TCC Gabriele

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES GABRIELE FERNANDES BEZERRA

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I MIDIATECA

Mogi das Cruzes, SP 2019


UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES GABRIELE FERNANDES BEZERRA

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I MIDIATECA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para avaliação da banca.

Professor (a) orientador (a): Celso Ledo Martins

Mogi das Cruzes, SP 2019


GABRIELE FERNANDES BEZERRA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO MIDIATECA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para avaliação da banca.

Aprovado em: ________________

BANCA EXAMINADORA

____________________________________ Professor Orientador Arquiteto Celso Ledo Martins Universidade de Mogi das Cruzes

____________________________________ Professor Convidado Universidade de Mogi das Cruzes

____________________________________ Arquiteto convidado


Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida.


AGRADECIMENTOS Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus por ter sido meu suporte durante todas as etapas da minha formação acadêmica. A minha família, por sempre me darem apoio, me incentivando, não me deixando desanimar perante os obstáculos. Meus sinceros agradecimentos a todas as pessoas que contribuíram de alguma forma para que eu chegasse até aqui.


“Só existe opção quando se tem informação.” (Gilberto Diemntein)


RESUMO Este trabalho Final de Graduação tem por finalidade a proposta de uma midiateca na cidade de Mogi das Cruzes. Um espaço que tenha capacidade de se adaptar as novas tecnologias da informação, oferecendo conhecimento, cultura e lazer. Vem como um espaço inovador para a cidade, um lugar destinado a todos os públicos e faixas etárias, valorizando o espaço urbano e promovendo integração social, buscando formas abertas, com a função de informar a todos e favorecer o encontro do público para um melhor convívio dentro da cidade. Um estabelecimento cultural aberto, um lugar de troca, pesquisa, de convívio e integração. Espaço para leitura, trabalho, reunião, um espaço de sociabilidade.

Palavras-chave: Biblioteca, mídias, informação, tecnologia, acesso, interação.


ABSTRACT This Final Graduation work has the purpose of the proposal of a media library in the city of Mogi das Cruzes. A space that has the capacity to adapt to the new information technologies, offering knowledge, culture and leisure. It comes as an innovative space for the city, a place destined to all the publics and age groups, valuing the urban space and promoting social integration, seeking open forms, with the function of informing all and favor the meeting of the public for a better conviviality inside the city. An open cultural establishment, a place of exchange, research, conviviality and integration. Space for reading, work, meeting, a space of sociability.

Keywords: Library, media, information, technology, access, interaction.


LISTA DE FIGURAS Figura 1: Teatro grego ............................................................................................... 18 Figura 2: Teatro romano ............................................................................................ 19 Figura 3: Teatro Medieval ......................................................................................... 20 Figura 4: : Commedia Dell’Art ................................................................................... 20 Figura 5: Teatro renascentista................................................................................... 21 Figura 6: Teatro The Globe ....................................................................................... 21 Figura 7: Escrita cuneiforme...................................................................................... 24 Figura 8: Pergaminho ................................................................................................ 25 Figura 9: Biblioteca de alexandria ............................................................................. 26 Figura 10: Nova biblioteca de alexandria .................................................................. 27 Figura 11: Biblioteca medieval .................................................................................. 28 Figura 12: Biblioteca de Oxford ................................................................................. 30 Figura 13: Teatro grego ............................................................................................. 35 Figura 14: Planta do teatro romano ........................................................................... 36 Figura 15: Cena palco improvisado ........................................................................... 37 Figura 16: Teatro Olimpico de vicenza ...................................................................... 38 Figura 17: Planta do teatro olimpico de vicenza ........................................................ 38 Figura 18: teatro the globe ........................................................................................ 39 Figura 19: Teatro contemporâneo ............................................................................. 40 Figura 20: atual biblioteca de alexandria ................................................................... 43 Figura 21: Biblioteca do Vaticano .............................................................................. 44 Figura 22: organograma genérico ............................................................................. 45 Figura 23: Fluxograma térreo .................................................................................... 45 Figura 24: Fluxograma primeiro andar ...................................................................... 46 Figura 25: Zona Central ............................................................................................ 55 Figura 26: Índices urbanísticos.................................................................................. 55 Figura 27: Fachada Midiateca de Sendai .................................................................. 57 Figura 28: Estrutural .................................................................................................. 58 Figura 29: Fachada Midiateca de Sendai .................................................................. 58 Figura 30: circulação vertical ..................................................................................... 59 Figura 31: Planta térreo ............................................................................................. 59 Figura 32: Vista Interna pavimento térreo ................................................................. 60


Figura 33: Planta primeiro pavimento ........................................................................ 60 Figura 34: vista interna .............................................................................................. 61 Figura 35: Planta segundo pavimento ...................................................................... 61 Figura 36: Biblioteca .................................................................................................. 62 Figura 37 Planta terceiro pavimento ......................................................................... 62 Figura 38: Planta quarto pavimento ......................................................................... 63 Figura 39: Galeria de exposição................................................................................ 63 Figura 40: Planta quinto pavimento .......................................................................... 64 Figura 41: Planta sexto pavimento ........................................................................... 64 Figura 42: Fachada principal ..................................................................................... 65 Figura 43: Fachada oposta........................................................................................ 65 Figura 44: Corte transversal ...................................................................................... 66 Figura 45: Corte longitudinal ..................................................................................... 66 Figura 46: corte transversal ....................................................................................... 66 Figura 47: Fachada principal ..................................................................................... 67 Figura 48: Fachada oposta........................................................................................ 67 Figura 49: Vista interna ............................................................................................. 68 Figura 50: Vista interna do térreo .............................................................................. 68 Figura 51: Planta térreo ............................................................................................. 69 Figura 52: Planta primeiro pavimento ........................................................................ 70 Figura 53: Vista interna do primeiro pavimento ........................................................ 70 Figura 54: Vista do jardim externo............................................................................. 71 Figura 55: Corte Longitudinal .................................................................................... 71 Figura 56: Corte Transversal ..................................................................................... 71 Figura 57: Elevação Longitudinal .............................................................................. 72 Figura 58: Elevação transversal ................................................................................ 72 Figura 59: Vista principal do museu do amanhã ....................................................... 73 Figura 60: Vista do espelho d’agua ........................................................................... 74 Figura 61: planta do pavimento térreo ....................................................................... 74 Figura 62: Vista interna do térreo .............................................................................. 75 Figura 63: planta do primeiro pavimento ................................................................... 75 Figura 64: planta do segundo pavimento .................................................................. 76 Figura 65: Corte transversal ...................................................................................... 76 Figura 66: Corte Longitudinal .................................................................................... 76


Figura 67: Elevação Nordeste ................................................................................... 77 Figura 68: Elevação Sudeste .................................................................................... 77 Figura 69: Fachada do CCSP ................................................................................... 78 Figura 70: Estrutura aparente.................................................................................... 79 Figura 71: Vista externa do jardim central ................................................................. 79 Figura 72: Vista interna do jardim central .................................................................. 79 Figura 73:Jardim suspenso ....................................................................................... 80 Figura 74: Foyer ........................................................................................................ 80 Figura 75: Teatro ....................................................................................................... 80 Figura 76: Acesso rampa .......................................................................................... 81 Figura 77: Acesso rampa .......................................................................................... 81 Figura 78: área de exposição .................................................................................... 82 Figura 79: Área externa ............................................................................................. 82 Figura 80: Biblioteca Louis Braille ............................................................................. 83 Figura 81: Gibiteca Henfil .......................................................................................... 83 Figura 82: Biblioteca Alfredo Volpi ............................................................................ 84 Figura 83: biblioteca Sergio Milliet ............................................................................. 84 Figura 84: Discoteca Oneyda Alvarenga ................................................................... 85 Figura 85: Piso de exposição .................................................................................... 85 Figura 86: comprovante fotográfico ........................................................................... 85 Figura 87: Fachada sesc paulista.............................................................................. 86 Figura 88: Central de relacionamentos ..................................................................... 87 Figura 89: Loja sesc .................................................................................................. 87 Figura 90: Acervo biblioteca ...................................................................................... 88 Figura 91: Área de estudos ....................................................................................... 88 Figura 92: Mirante ..................................................................................................... 89 Figura 93: comprovante fotográfico ........................................................................... 89 Figura 94: Fachada do instituto Moreira salles .......................................................... 90 Figura 95: Praça ........................................................................................................ 91 Figura 96: Acesso Midiateca ..................................................................................... 91 Figura 97: biblioteca .................................................................................................. 91 Figura 98: Observatório da avenida .......................................................................... 92 Figura 99: Acesso .................................................................................................... 92 Figura 100: Galeria de exposição.............................................................................. 93


Figura 101: Comprovante fotográfico ........................................................................ 93 Figura 102: Localização de Mogi das Cruzes no estado de São Paulo .................... 95 Figura 103: Mapa das cidades do Alto Tietê ............................................................. 96 Figura 104: Acessos.................................................................................................. 99 Figura 105: Linha 11 Coral da CPTM ...................................................................... 100 Figura 106: Localização do terreno ......................................................................... 100 Figura 107: Aspectos físicos ................................................................................... 102 Figura 108: Condicionantes ambientais .................................................................. 102 Figura 109: levantamento fotográfico ...................................................................... 103 Figura 110: Levantamento fotográfico ..................................................................... 103 Figura 111: Mapa uso do solo ................................................................................. 104 Figura 112: Mapa gabarito de altura ....................................................................... 105 Figura 113: Cheios e vazios .................................................................................... 106 Figura 114: Sistema Viário ...................................................................................... 107 Figura 115: organograma ........................................................................................ 114 Figura 116: Fluxograma térreo ................................................................................ 115 Figura 117: Fluxograma primeiro pavimento ........................................................... 115 Figura 118: Fluxograma segundo pavimento ......................................................... 116 Figura 119: Fluxograma terceiro pavimento ............................................................ 116


LISTA DE TABELAS Tabela 1: Índices Urbanísticos .................................................................................. 56 Tabela 2: Analise Swot- Midiateca de Sendai ........................................................... 66 Tabela 3: Analise Swot- Midiateca em Bourg La Reine ............................................ 72 Tabela 4: Analise Swot- Museu do Amanhã ............................................................. 77 Tabela 5: Tabela Síntese - Centro Cultural São Paulo ............................................. 86 Tabela 6: Tabela Síntese- Sesc Paulista .................................................................. 89 Tabela 7: Tabela Síntese - Instituto Moreira Salles ................................................... 94 Tabela 8: Agenciamento ......................................................................................... 110 Tabela 9: Programa de necessidades - Social ........................................................ 110 Tabela 10: Programa de necessidade- Cultural ...................................................... 111 Tabela 11: Programa de necessidades - Serviço .................................................... 113 Tabela 12: Programas de necessidades - Administrativo ...................................... 113


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS P.C.R: Pessoa em cadeira de rodas P.M.R: Pessoa com mobilidade reduzida P.O: pessoa obesa LOUOS - Legislação de Uso e Ocupação do Solo ZC - Zona Central CAb - Coeficiente de Aproveitamento Básico Rdl - Recuo da Divisa Lateral Rdf - Recuo da Divisa de Fundo TO - Taxa de Ocupação TP - Taxa de Permeabilidade SWOT - Strengths, Weakness, Opportunities, Threats IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística CCSP- Centro Cultural de São Paulo CONDEMAT: Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê PMMC - Prefeitura de Mogi das Cruzes


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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 17 1. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................... 18 1.1

Teatros ......................................................................................................... 18

1.2

Museus......................................................................................................... 21

1.3

Bibliotecas .................................................................................................... 23

1.3.1 1.4

Bibliotecas no brasil ............................................................................... 32

Midiateca ...................................................................................................... 33

2. REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA ............................................................. 34 2.1

Teatros ......................................................................................................... 34

2.2

Museus......................................................................................................... 40

2.3

Bibliotecas .................................................................................................... 42

3. ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO GENÉRICO SOBRE O TEMA ........................................................................................................................ 45 4. LEGISLAÇÕES ................................................................................................... 47 4.1

NBR 9050..................................................................................................... 47

4.2

NBR 9077 – Saídas de Emergência em edifícios ........................................ 49

4.3

Código sanitário ........................................................................................... 50

4.4

Código de Obras Estadual ........................................................................... 51

4.5

Código de Obras de Mogi das cruzes .......................................................... 52

4.6

Legislação Municipal .................................................................................... 54

5. ESTUDOS DE CASO ......................................................................................... 57 5.1

Midiateca de Sendai ..................................................................................... 57

5.2

Midiateca em Bourg-la -Reine ...................................................................... 67

5.3

Museu do Amanha ....................................................................................... 73

6. VISITAS TÉCNICAS ........................................................................................... 78


16

6.1

Centro Cultural de São Paulo ....................................................................... 78

6.2

Sesc Paulista ............................................................................................... 86

6.3

Instituto Moreira Salles ................................................................................. 90

7. LOCAL DE INTERVENÇÃO ............................................................................... 95 7.1

Estado de São Paulo.................................................................................... 95

7.2

Região do Alto Tietê ..................................................................................... 95

7.3

Mogi das Cruzes .......................................................................................... 97

7.3.1

Histórico e Desenvolvimento da Cidade ................................................ 97

7.3.2

Acessos ................................................................................................. 98

Análise do Terreno ........................................................................................... 100 7.3.3

Terreno ................................................................................................ 101

8. CONCEITUAÇÃO DO PROJETO ..................................................................... 108 8.1

Perfil do Usuário ......................................................................................... 108

8.2

Conceito. .................................................................................................... 108

8.3

Partido Arquitetônico .................................................................................. 109

9. ESQUEMAS ESTRUTURANTES ..................................................................... 110 9.1

Agenciamento ............................................................................................ 110

9.2

Programa de Necessidades ....................................................................... 110

9.3

ORGANOGRAMA ...................................................................................... 114

9.4

FLUXOGRAMA .......................................................................................... 115

10.

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 119

REFERENCIAS BIBLOGRAFIAS............................................................................ 120


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INTRODUÇÃO O processo evolutivo das tecnologias de informação e comunicação, gerou um outro tipo de biblioteca, que seria a midiateca. Segundo Marinho (2013) é um termo é francês e começou as ser utilizado nos anos 70, que procurou atualizar e inserir um novo tipo de biblioteca, com a inserção de novas tecnologias. Segundo Marinho (2013) a transformação das bibliotecas em midiatecas na França tinha duas metas, que seria modificar os meios disponíveis e ampliar a frequência das pessoas. Atualmente os sistemas de comunicação e tecnologias possui uma influência de modo geral no ser humano e esses meios possibilitam o acesso ao conhecimento da população com o desenvolvimento cultural. A questão levantada para a realização do projeto é como inserir um espaço que garante acesso a bibliotecas de boa qualidade e simultaneamente oferecer espaços de convívio requalificando o entorno Foram levantadas algumas hipóteses da existência desta problematização. Uma delas é a falta de interesse do público em frequentar esses espaços, pelo fato dessas instituições contarem com acervos que não são atualizados e acaba não chamando atenção dos usuários. Com o fato da evolução tecnológica estar bastante evidente, a grande maioria destes equipamentos, não estão conseguindo acompanhar todo o processo de evolutivo, uma vez que tem afastado as pessoas em vez de aproxima-las. O objetivo geral do projeto, seria criar um espaço convidativos, que atraia o público em geral, de modo que os usuários interajam entre si e com o espaço. Criar um ambiente que seja capaz de se adaptar e evoluir junto com os sistemas informacionais. Um lugar flexível, acessível e com ambientes atrativos


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1.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

1.1

Teatros O teatro é uma manifestação artística que faz parte da história da humanidade.

Esta arte surgiu no século VI a.C., na Grécia. O teatro como espaço, edifício próprio para encenações, possui mais de dois mil anos de existência, conforme descreve o J. Goinsburg. Esses edifícios nasceram na Grécia antiga, eram chamados o teatro de arena. “Anfitratros ao ar livre, com arquibancadas curvas que chegavam a mais da metade de um circuclo e tinham a área de encenação, denominada sheke, ao fundo era uma área circular do coro a frente, chamada orchestra. (GUINSBURG, J., 2006, p.131). Figura 1: Teatro grego

Fonte: https://www.guiaestudo.com.br/teatro-grego

As encenações surgiram para agradar aos deuses Dionísio, conhecido como deus das festas. Segundo Jardé (1977, p.71) foi destes teatros que surgiram os espetáculos, como a dramaturgia, a tragédia e a comédia. Segundo Margot Berthold (2014), o teatro romano, apesar de ter usado os gregos como referência, acaba perdendo o caráter sagrado, passando a se voltar a diversão e ao prazer. Os espetáculos romanos eram muitas vezes violentos e baseados em guerras e combates, seu espaço físico também adaptado dos gregos, passa a ser coberto. Em seu livro "história mundial do teatro, Berthold (2014), prossegue dizendo que no início da Idade média as peças teatrais, eram encenados dentro de igrejas e representavam peças bíblicas.


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O teatro grego se destacava por sua característica, as construções ao ar livre, chamados de teatro de arena, em forma de meia lua, eles possuíam uma grande plateia. Sendo os mais importantes do período o Teatro de Delfos e o Teatro de Dionísio. Os teatros romanos ficaram conhecido durante os tempos da república, em palcos de madeira, sendo a céu aberto. O primeiro teatro estável, de pedra, é construído em Roma por Pompeu em 55 a. C., e permanece durante muito tempo o “teatro” por excelência. Em 13 a. C., é construído um segundo teatro, o de Baldo, e, poucos anos depois, o de Marcelo, o primeiro do qual nos chegaram vestígios consideráveis. (Molinari, 2010; 1ª Ed. 1972, p. 64). Figura 2: Teatro romano

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_romano

O teatro ressurge na Idade Média, dentro das igrejas, com espetáculos formados por caráter religioso, onde a igreja católica controlava todo o caráter cultural. Os atores eram formados pelo clero e pelos fiéis. Os espetáculos ilustravam principalmente as passagens bíblicas. Com o passar do tempo o público foi aumentando, de modo que as encenações precisavam de locais maiores, passando então a ser utilizado a frente das igrejas ou um palco provisório e bancos espalhados pelas praças, para o povo e eram construídos camarotes ornamentados pela nobreza.


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Figura 3: Teatro Medieval

Fonte: https://es.m.wikipedia.org/wiki/Archivo:ChesterMysteryPlay_300dpi.jpg

Segundo professor Lindormar (2010), surgiram as companhias Commedia Del”Art, ainda na Idade Média e fez transição para a renascenças. Teve início na Itália e se difundiu na europa no sec XVI. Figura 4: : Commedia Dell’Art

Fonte: https://www.iped.com.br/materias/enem-gratis/teatro-popular-commedia-dell-arte.html

O teatro renascentista, teve início na Itália no século XV, diferente do teatro medieval, que possuíam um caráter mais religioso, o teatro renascentista apostou no teatro popular, explorando variados temas, com estrutura clássica, tendo, porém, um contributo importantíssimo a nível técnico e artístico.


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Figura 5: Teatro renascentista

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Globe_Theatre

O teatro elisabetano, como o próprio nome já diz, surge durante o reinado da rainha Elisabeth I (1558 a 1603), essencialmente em Londres. Teve seu surgimento no período que se estende da segunda metade do século XVI ao início do século XVII, na Inglaterra, coincidiram com a construção de teatros permanentes. Figura 6: Teatro The Globe

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Globe_Theatre

1.2

Museus Segundo Julião (2016) a palavra “museu” origina-se na Grécia Antiga:

Mouseion denominava o “Templo das Musas”, filhas de Zeus e Mnemosine, deusa da memória. Esses templos, contudo, não possuíam a função de reunir coleções para fruição dos homens; destinavam-se à contemplação e desenvolvimento de estudos artísticos e científicos. Conforme Suano (1986, p. 10), é de origem grega e significa “templo das musas”. Na Grécia antiga o mouseion, ou casa das musas, era uma mistura de templo com instituição de pesquisa, voltado especificamente ao saber filosófico. Segundo a mitologia grega, as musas eram filhas de Zeus com Mnemosine, que representa a


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divindade da memória. Todas as obras de arte expostas no mouseion não se destinavam à contemplação humana, existiam mais em função de agradar as divindades. A partir do século XV, com a formação de um novo olhar acerca das artes e ciências, com o Iluminismo e Renascimento, o termo “museu” ressurge, através de grandes coleções familiares que simbolizavam, para seus proprietários, poderio econômico e político. Porém, assim como na antiguidade, tais coleções não eram abertas ao público, possuindo apenas uso privado. O termo originado da Grécia Helênica segundo MATTOS (MATTOS, 2010), sofreu inúmeras mudanças ao longo da história e teve uma evolução conceitual de espaço depositário e conservador, cujas obras em si era o mais importante, para tornar-se um espaço orientado para o público. (GROSSMANN; RAFFAINI; TEIXEIRA COELHO, 2004, p. 269).

De acordo com Grossmann, Raffaini e Teixeira Coelho (2004), no Egito, sob Ptolomeu I (século III a.C.), o museu era espaço de discussão e ensino do saber universal. Mattos e Mattos (2010) afirmam que o Museu de Alexandria já desenvolvia uma função educativa naquele período, a partir das ideias pedagógicas do “Liceu de Atenas” fundado por Aristóteles, que foram levadas por Demetrio Falero, por volta de 307 a.C. De tal modo, este é o primeiro museu que se tem conhecimento na história. Esse período romano “heroico-patrício”, marca a educação romana, voltada ao valor histórico-patrimonial e sentimentos cívicos estimulados desde a infância, “O filho acompanha o pai às festas e acontecimentos mais importantes, ouve o relato das histórias dos heróis e dos antepassados, aprende de cor a Lei das Doze Tábuas. Isso desenvolve a consciência histórica e o patrimônio. ” (ARANHA, 1994, p. 68) Para Mattos (2010) os museus eram espaços reservados às reuniões filosóficas e às exposições de coleções, constituídas de livros, quadros, bronzes, objetos de adorno e decoração, que com o tempo ganharam valor monetário e se tornaram mercados de obras de arte. É nesta época que surgem concepções como: ‘série completa’, ‘raridade’, ‘originalidade’ e ‘antiguidade’. Colecionar significava ter poder e prestígio social, político e cultural. (MATTOS, 2010, p. 24).

Para Julião (2006), o termo museu foi pouco usado na Idade Média até reaparecer no século XV, com a onda do Colecionismo, que se tornou moda na


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Europa. Marcada pela era Cristã, a educação deste período é fortemente voltada ao moral, por meio das manifestações culturais e artísticas, polarizadas nas mãos da Igreja. Estudos mostram que as coleções da época eram formadas por objetos arqueológicos; que representavam os costumes e ilustravam as formas de poder das antigas civilizações tais como: grega, egípcia, romana, oriental, africana e de demais territórios conquistados em guerras. Naquele período, o encanto do tesouro era a sua intocabilidade. Segundo Suano (1986, p. 14) as coleções eram custodiadas pelo Clero, que pregava “o despojamento pessoal, o desprendimento dos bens materiais supérfluos”), e assim, formalizava pactos políticos, financiando as guerras do Estado papal. No entanto, essa situação se alterou ao final desse período quando príncipes das cidades italianas começam a formar suas coleções particulares. Segundo Mattos (2010, p 27) a Renascença é marcada com o advento do Humanismo, o mundo ocidental passa por grandes e importantes transformações, sendo a cultura fundamentada nas regras racionais e científicas, que bebem diretamente nas fontes da Antiguidade. É o período do desenvolvimento dos estadoscidades, do espírito universalista e das grandes navegações, de descoberta geográficas, científicas e tecnológicas. “De maneira geral, são essas grandes coleções principescas e reais do Renascimento que vão dar origem à instituição ‘museu’ que conhecemos hoje. A ampliação do acesso a tais coleções – normalmente restrito apenas às famílias e amigos do colecionador – foi lentíssima e motivada por razões várias.” (SUANO, 1986, p. 21).

1.3

Bibliotecas Segundo Santos (2010), o termo biblioteca tem origem grego ‘bibliotheke”

(biblio, livro e theke), passando a ser usado apenas no começo do sec. XIX na língua português, pois antes era usado a palavra livraria. Para Mey (2004), explica que: Cabe aqui um parêntese sobre a palavra “biblioteca”. De origem grega, através do latim, formada pelos termos “biblion” e “teca”, geralmente traduzidos como “livro” e “depósito” ou “lugar de guardar” – conduz a um princípio equivocado. A biblioteconomia, em consequência, seria a coleta, organização e disseminação de livros. Muitos se perguntam se a mudança de


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termos acarretaria mudança na imagem da profissão, não vinculando necessariamente a livros. No entanto, a palavra grega “biblion” não poderia referir se a livros, uma vez que eles eram inexistentes para os gregos antigos, havia apenas rolos de papiro. O papiro este sim, vinha da cidade Fenícia de Biblios (hoje Líbano), o que dominou o tipo de suporte grego. Portanto, qualquer ligação entre o suporte e a profissão não se dá através da etimologia, mas através da própria imagem que se dá a nossas bibliotecas. (MEY, 2004, p.3 - 4).

As bibliotecas surgiram na Antiguidade entre os séculos VIII a.C. e o V d.C., a partir da necessidade do homem em reunir, conservar, organizar e armazenar conhecimentos de sua época, porém isto, só foi possível depois da descoberta processo da escrita. Nesta época, as bibliotecas não eram abertas ao público e eram utilizadas apenas como depósitos, sendo mais um local em que se escondiam os livros do que um lugar para os preservar. Dentre as bibliotecas da Antiguidade mais importantes podemos citar a de Nínive, Pérgamo, as Gregas, Romanas e a lendária Biblioteca de Alexandria no Egito, que foi a mais importante do mundo. Os primeiros suportes utilizados pelo homem para realizar a escrita eram de origem mineral, pois até aquele momento o homem não conhecia o papel e muito menos o domínio da técnica de produzi-lo. A escrita nesta época era feita em tábuas de argila, usando-se um tipo de escrita denominada “cuneiforme”. Figura 7: Escrita cuneiforme

Fonte: www.infoescola.com/civilizacoes-antigas/escrita-cuneiforme/

Fontes mais antigas referentes a uma coleção de registros da escrita, destinada à guarda do conhecimento que foram encontradas, referem - se à biblioteca de Ninive,


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pertencente ao rei Assurbanipal, o último rei do império Assírio (685 a 627 A.C), que dominou a Mesopotâmia e grande parte do Mediterrâneo e o norte da África. Possuía um acervo constituído por cerca de 25 mil placas de argila com escrita cuneiforme. Os reis assírios tinham os seus arquivos, bem como os sumérios e babilônios. Nessa fase da história, esses povos usavam placas de argila para registrar o conhecimento, gravando nelas as inscrições cuneiformes - uma das primeiras formas de escrita. O conjunto dessas placas de argila pode ser entendido com uma biblioteca (MILANESI, 1983, p. 17).

A biblioteca de Pérgamo também surgiu durante a antiguidade, foi uma das mais importantes bibliotecas da Antiguidade, competindo com a lendária Biblioteca de Alexandria, sendo responsável pela criação do pergaminho, de modo que os habitantes de Pergámo tiveram que criar um novo suporte que substituísse, por ser mais resistente foi o preferido para a escrita por cerca de mil anos. Figura 8: Pergaminho

Fonte: http://webeduc.mec.gov.br/midiaseducacao/material/impresso/imp_basico/e1_assuntos_a15.html

A biblioteca de Alexandria, foi a mais importante da história, localizada na cidade que foi fundada por Alexandre o Grande. Onde ela existiu por aproximadamente 800 anos, do século IV A.C. até o século IV D.C. Segundo Chartier (1999), a grande Biblioteca de Alexandria assumiu qualidades lendárias desde a sua criação até seu desaparecimento. O conceito de uma biblioteca universal seria o de uma instituição que contemplaria todas as obras de grandes


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intelectuais que existiram no mundo, conceito esse que encantou e continua encantando estudiosos por séculos. Desde Alexandria, o sonho da biblioteca universal excita as imaginações ocidentais. Confrontadas com a ambição de uma biblioteca onde estivessem todos os textos e todos os livros, as coleções reunidas por príncipes ou por particulares são apenas uma imagem mutilada e decepcionante da ordem do saber (CHARTIER, 1999, p. 117).

Durante sete séculos, entre os anos de 280 a.C. a 416 d. C., a Biblioteca de Alexandria reuniu o maior acervo de cultura e ciência da Antiguidade. Criada por Ptolomeu I, do Egito, em 280 a.C., a biblioteca de Alexandria apresentou o maior acervo de cultura e ciência da antiguidade, sendo formado por 700.000 livros em volumes diversos (SANTOS,2012). Figura 9: Biblioteca de alexandria

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_de_Alexandria

Segundo Martin (1956) a Biblioteca de Alexandria não era formada por uma, mais sim por duas bibliotecas. A maior e principal foi erguida no século III A.C., no interior do Mouseion (Templo das Musas). A biblioteca menor foi criada um século depois, no interior do Templo de Serápis, deus egípcio helenizado e protetor da cidade de Alexandria. Os incêndios fazem parte da história da Biblioteca de Alexandria e, com certeza, o frágil papiro parece não ter ardido apenas uma vez. Segundo Battles (2013) o primeiro incêndio ocorreu em 48 a.C. quando Júlio César, cercado no palácio real e em defesa de sua amante, Cleópatra, incendiou os barcos ancorados no porto e, consequentemente, o fogo se espalhou e atingiu armazéns e a biblioteca do Mouseion, destruindo de uma só vez, 40 mil rolos.


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A biblioteca foi ainda destruída pelo fogo em mais três ocasiões: em 272 d.C. quando o Imperador Aureliano devastou o Bruquíon na guerra contra a famigerada Zenóbia, Rainha de Palmira; em 392, quando o Imperador Teodósio I com a colaboração de Teófilo, Patriarca de Alexandria, arrasou-a juntamente com outros edifícios pagãos e, em 642, pelos muçulmanos, sob a chefia do Califa Omar I (SOUZA, 2005). No ano de 2002, foi inaugurada na cidade do Cairo uma monumental e moderna biblioteca denominada Biblioteca de Alexandria, projetada pelo escritório Norueguês Snohetta, como um complexo. Figura 10: Nova biblioteca de alexandria

Fonte: https://www.galeriadaarquitetura.com.br/Blog/post/revivendo-a-historia-a-nova-biblioteca-dealexandria

Segundo Martins (2002), na Grécia, a primeira biblioteca foi criada por Pisístrato (571 – 561 a.C), que tinha o caráter de biblioteca pública e que reuniam em um mesmo lugar obras dos autores mais famosos, tais como Homero e outros rapsodos famosos. Faizem que o tirano Pisístrato, tendo reunido um grande número de escritos literários e científicos fundou em Atenas a primeira biblioteca pública” (MARTINS, 1956, p. 79).

A criação de biblioteca em Roma representou um verdadeiro avanço no que diz respeito à representação física e crítica das denominadas “casas do saber”. As bibliotecas em Roma eram de dois tipos: bibliotecas particulares e públicas. Segundo ainda Martins (1956, p.80) as mais célebres dentre as bibliotecas Romanas, foram as de Ulpiano, fundada por Trajano, e a Palatina as quais eram as duas mais


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importantes bibliotecas de Roma. Segundo Martins, “essas bibliotecas já tinham organizado e posto em funcionamento o serviço de empréstimo” Com os sucessivos incêndios, ataques e o caos político que se estabeleceu em Roma, as bibliotecas também sofreram, culminando em sua destruição. Segundo Battles, “não existe biblioteca que não acabe desaparecendo, deixando atrás de si um quebra cabeça que as futuras gerações tentarão remontar. (BATTLES, 2003, p. 58 – 59)

Segundo Martins (2002), a Idade Média contou com três tipos de bibliotecas: as Monacais (desenvolvidas dentro de mosteiros e abadias, logo no início do período medieval), as Particulares juntamente com as Bizantinas e as Universitárias (já bem no fim da Idade Média). As bibliotecas medievais, ao menos no início, eram apenas um prolongamento das bibliotecas da Antiguidade uma vez que, seu usuário, era específico e seu acervo era fechado ao público em geral. A biblioteca ainda era definida como uma guardiã dos livros e não como uma disseminadora da informação. As bibliotecas medievais ficavam dentro de mosteiros e o acesso era permitido apenas aos que pertenciam as atividades de ordem religiosas ou pessoas que fossem aceitas por estas. Mesmo assim, as obras existentes em seu acervo eram controladas, pois algumas delas eram consideradas de natureza profana. O controle também se estendia ao trabalho dos escribas que se ocupavam com a transcrição de manuscritos clássicos. Figura 11: Biblioteca medieval

Fonte: www.gaudiumpress.org

Segundo Martins (1956), durante todo o período da Idade Média, grande parte do conhecimento esteve sob o domínio, guarda e censura da Igreja Católica. Neste


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período histórico, as bibliotecas eram consideradas como locais sagrados, sendo muitas vezes veneradas e cercadas de mistérios. O pensamento predominante na Idade Média era favorável à existência e à manutenção das bibliotecas monásticas, tanto mais que a própria impiedade conhecida de muitos clérigos “literatos” contribuía para salvar, através de cópias sucessivas, muitas obras antigas que outros, mais zelosos, preferiam 39 lançar à fogueira. (MARTINS, 1956, p. 84).

Geralmente as bibliotecas monásticas tinham muitos volumes da Bíblia, pois se tratava da principal obra de leitura cotidiana dos monges. As obras tidas como profanas e vistas como pagãs foram mesmo assim reproduzidas pela Ordem dos Beneditinos, conforme relata Mello: Das ordens que mais se identificaram com o livro na Idade Média, sobressai a dos Beneditinos, nome que indica trabalho intelectual minucioso, paciente e perfeito. Também Dominicanos e Franciscanos deram às suas bibliotecas uma categoria especial. (MELLO, 1972, p. 216).

As bibliotecas universitárias surgiram no século XIII, pouco antes do Renascimento. A princípio elas estavam ligadas a ordens religiosas, porém já começavam a ampliar o conteúdo além da religiosidade. O acervo das bibliotecas universitárias era muito pequeno se compararmos com os acervos de hoje em dia. Algumas dessas bibliotecas nem tinham o acervo concentrado em um mesmo espaço físico, conforme constata Battles: De fato, em meados do século XIII, os livros da faculdade não estavam nem mesmo reunidos numa biblioteca. Ficavam distribuídos entre os professores, que os utilizavam em suas atividades de ensino. Era só quando um professor viajava que os livros usados por eles 48 ficavam armazenados em arcas acessíveis a todos. (BATTLES, 2003, p. 80)

Em determinadas bibliotecas universitárias era muito comum encontrarmos livros acorrentados, possivelmente como solução encontrada para evitar roubos, já que os livros nesta época eram caros. Segundo Milanesi, Os livros, de acordo com o seu valor – copiados à mão e ricamente ornamentados – ficavam presos por correntes às estantes, mas de maneira que pudessem ser levados às mesas de leitura. (MILANESI, 2002, p. 24).

Com a criação das bibliotecas universitárias, a figura do bibliotecário surgiu de fato, como aquele profissional responsável pela organização da informação,


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consolidando ainda mais o seu papel de disseminador do conhecimento, no período do Renascimento. Pode-se citar como importantes Bibliotecas Universitárias: a Biblioteca Jurídica de Orléans na França, a Biblioteca Médica de Paris, a Biblioteca de Oxford (fundada em 1334, na Inglaterra) e a de Cambridge (fundada em 1444, na Inglaterra).

Figura 12: Biblioteca de Oxford

Fonte: https://mundobibliotecario.com.br/2016/04/

É de fato no Renascimento que as bibliotecas iniciam seu papel de facilitar o acesso da informação, além de ser nesse momento que o bibliotecário assume o controle da organização das bibliotecas. Foi durante o movimento Renascentista que as bibliotecas passaram a desenvolver o seu papel de disseminadoras da informação, sem falar que foi nesta época que o bibliotecário assumiu de fato, o papel de agente central nas atividades das bibliotecas. De acordo com Santos (2013), pode-se dizer que o Renascimento significou uma reviravolta na economia política da leitura, criando não apenas uma oferta de novos tipos de livro, mas também novas maneiras de lê-los. Durante esse período, também surge uma maior preocupação com a situação física dos livros. Com a criação da prensa tipográfica em 1455 por Johannes Gutenberg, marco tecnológico onde foi possível aumentar os registros impressos, espalhando conhecimento e facilitando a informação, o que proporcionou um crescimento tecnológico. Organismo antes reservado a uns poucos, que deviam procurá-la e solicitarlhe os favores, a biblioteca moderna não apenas abriu largamente as portas,


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mas ainda sai à procura de leitores; não apenas quer servir ao indivíduo isolado, proporcionando-lhe a leitura, o instrumento, a informação de que necessita, mas ainda deseja satisfazer às necessidades do grupo, assumindo voluntariamente o papel de um órgão sobrecarregado, dinâmico e multiforme da coletividade. (MARTINS, 2002)

E neste processo, surgiu, no século XVII, em alguns países mais desenvolvidos da Europa, as bibliotecas públicas. Tendo um livre acesso do público, fornecendo de serviços gratuitos e uma variedade de suportes informacionais no acervo. Devido ao crescente número de pessoas que passaram a frequentar estes locais, ocorreu uma modificação dos espaços, para atender aos aumentos de usuários. Desta forma surge os ambientes destinados à leitura e aos acervos de livros. A partir Revolução Industrial de 1800, a imagem e o som se tornam os mais novos meios de informação passando a ser universalizada. Sucessivamente, com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a Guerra Fria (19451991), exigiu-se a necessidade de outros meios de comunicação, induzindo o surgimento da internet e dos computadores para uso militar. O uso destes equipamentos como meio de comunicação foi consequência dos movimentos sociais, que acabaram sendo incorporados nas indústrias, instituições, empresas, comércios e, posteriormente, no setor residencial. Desta forma, o conhecimento, seja ele, cultural, científico ou tecnológico, produzido no mundo, se tornou acessível a todos (CINTRA, 2002).

Hoje em dia com os avanços tecnológicos é possível converter objetos físicos e materiais em objetos virtuais, ajudando e facilitando a transferência de informação. Nas bibliotecas, estas mudanças foram notadas principalmente com a introdução das tecnologias de informação e comunicação, como por exemplo: as bases de dados online e os catálogos eletrônicos, que alteraram a rotina e o ambiente de trabalho dos bibliotecários, como também o processo de interação entre os bibliotecários e os usuários, conforme relata Le Coadic: A biblioteca tradicional, que conservava apenas livros, sucedeu a biblioteca que reúne acervos muito mais diversificados, tanto por seus suportes como por sua origem: imagens, sons, textos. Transformou- se em midiateca. Ademais, ao acolher não somente as obras de um patrimônio legado pelo passado, mas as informações veiculadas por redes comerciais atuais e em tempo real, ela passou a ser um sistema de informação (LE COADIC, 1996, p.15)


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Com a globalização, as informações midiáticas se tornaram mais presentes no cotidiano das pessoas, fazendo com que a televisão, rádio e principalmente a internet e os materiais impressos se tornaram importantes no papel de levar informação e conhecimento para toda a população. As tecnologias foram sendo ineridas nas bibliotecas, provocando mudanças internas e externas na forma como estas instituições, levando mais conhecimentos informacionais para as pessoas.

1.3.1 Bibliotecas no brasil No Brasil, o aparecimento de livros e as bibliotecas, só ocorreram a partir de 1549 com a instalação do Governo Geral, em Salvador (Bahia). Pode-se dizer que a partir desta data tem-se o início do sistema educacional brasileiro (SANTOS, 2010). A partir dessa data começou, de fato, o sistema educacional no Brasil e são, com o estabelecimento dos conventos de diversas ordens religiosas, principalmente da Companhia de Jesus, os Jesuítas, que formaram os primeiros acervos no país. De acordo com Moraes (1979) a vida intelectual estava concentrada no norte do país e foi lá que iniciou a produção literária naquilo que ele chamou de “Idade Média Brasileira. ” Segundo Santos (2010), os primeiros séculos de colonização (1500-1700), as bibliotecas eram encontradas nos mosteiros, conventos e nos colégios religiosos bem como as bibliotecas particulares. Durante este período, os livros eram escassos por conta da proibição do governo Português de instalar uma tipografia no país e da censura imposta pela inquisição católica. Estes são os únicos dados sobre as bibliotecas dos séculos XVI e XVII. Segundo Martins (2002), poucas pessoas possuíam livros, estando estas concentradas principalmente em Minas Gerais. Apenas pessoas de classe alto e que possuíam alguma escolaridade tinham acesso as informações Com o passar dos anos, entre o século XVIII para o XIX, a leitura e os livros foram ganhando espaço no Brasil, o que necessitou da criação de ambientes criados para essa função, como bibliotecas e livrarias. A chegada da Família Real no Brasil representou para o país o início de sua futura Biblioteca Nacional, pois a corte portuguesa trouxe consigo a Biblioteca Real com um acervo gigantesco, constando mais de 60 mil peças incluindo: livros, manuscritos, mapas, moedas e medalhas (SANTOS, 2010).


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A biblioteca era a primeira com um caráter verdadeiramente público uma vez que as dos Conventos não eram públicas e a Real Biblioteca do Rio de Janeiro já existia em Lisboa e tinha sido apenas transferida de sede (MORAES, 1979). A biblioteca foi oficialmente inaugurada no dia 13 de maio de 1811, sendo aberta ao público apenas em 1814. Passando a ser denominada de Biblioteca Nacional após a Independência do Brasil em 1822. A partir disso, a sociedade começou a sofrer uma transformação de caráter social e cultural. Pode-se afirmar que a história da biblioteca se relaciona intimamente com a história do conhecimento humano. Foi, por e com ela, que o conhecimento foi preservado e disseminado através do tempo. A mesma também não deve ser entendida apenas como um fenômeno social e cultural, mas sim como uma instituição social das mais complexas e importantes do sistema de comunicação humana, sendo responsável pela preservação e transmissão da cultura (SANTOS, 2010).

1.4

Midiateca A partir dos anos 70, foi criado pelos franceses o termo Midiateca, após a

mudança no caráter das bibliotecas, quando os conteúdos audiovisuais passaram a ser considerados registros culturais, como sendo transmissores de informação e conhecimento. Segundo Marinho (2013), foi realizado um movimento que envolveu bibliotecários e líderes nacionais de cultura, onde foi decidido que era necessário desenvolver um novo conceito de biblioteca moderna, com o intuito de atrair a população. Foi então nesse contexto, que criaram o termo midiateca, pois acreditavam que o termo “biblioteca” era visto pelo coletivo público francês, como um lugar fechado e intimidador. Marinho (2013) destaca que, a transformação das bibliotecas em midiatecas na França, serviu de modelo para muitos países. Além deste, os Estados Unidos, Portugal e a República da Angola também adotaram o termo que hoje já exerce grande influência no mundo, visto que grande parte de suas bibliotecas públicas mudaram de nome e agora são chamadas de midiatecas. Com o intuito diversificar e aumentar a frequência das pessoas nesses espaços, foram adotadas como característica principal, o uso dos diferentes tipos de suportes


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de informação e também através da mudança e organização de diferentes espaços dentro da biblioteca e a mudança nos serviços. Conforme ainda Marinho (2013), durante a fase inicial, o termo foi concebido apenas para referenciar um espaço dentro das bibliotecas onde eram oferecidos acesso à informação Digital e à internet A transformação que as mídias sonoras e visuais proporcionaram para a biblioteca, tornaram o espaço moderno e acolhedor, onde o livro deixa de ser o principal meio de informação, abrindo opções para o público. A partir disso, a biblioteca deixou de ser relacionada a um lugar de armazenamento de livros e passou a ser vista como um lugar que disponibiliza todas as formas possíveis de informação. Atualmente a biblioteca é vista como sendo um local de pesquisa e estudo enquanto que a midiateca é vista não apenas como um espaço com esse tipo de acervo, mas sim um lugar de lazer, descontraído onde há uma maior interação das pessoas com as diferentes tipologias de mídias. As duas apresentam a mesma função que vem a ser de preservar e incentivar a informação e o conhecimento. A partir desta análise pode-se dizer que este tipo de equipamento consiste em formar um espaço cultural aberto e integrado, sendo um lugar de troca, pesquisa, com vários serviços, contando com espaço para leitura, trabalho, reunião, curiosidade, um espaço de sociabilidade e interação. Oferecendo para as pessoas, um espaço confortável, livre, sem preconceitos literários que seja principalmente uma opção de lazer. Além de assumir a função de informar a todos e de favorecer o encontro público para um melhor convívio dentro da cidade.

2.

REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA

2.1

Teatros Segundo Cláudio Cajaiba (2010, p.178), a configuração arquitetônica do espaço

cênico que conhecemos hoje tem sua origem na Grécia. Toda relação que há entre o espaço do público e o espaço da representação tem influência das grandes arenas do teatro grego. Os teatros situavam-se ao ar livre, nos declives das encostas, locais que proporcionavam uma boa acústica. Inicialmente os bancos eram feitos de madeira, mas a partir do século IV a.C. passaram a ser construídos em pedra.


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Na arquitetura do teatro grego podemos notar as seguintes divisões: koílon, era a arquibancada concêntrica ou lugar onde ocupava o público; a orchéstra, era o espaço destinado para a atuação do coro; o proskénio que era o palco onde, segundo alguns escritos, atuavam os atores principais, situado dentro do círculo central; skené, era referente ao espaço onde os atores se vestiam e se preparavam antes de entrar em cena, a sua imagem representava a frente de um palácio com três portas que na maioria das vezes era utilizada como parte do cenário. Figura 13: Teatro grego

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_na_Gr%C3%A9cia_Antiga. Modificado pelo autor.

Segundo Santos (2015, p.24)), o teatro na Grécia era realizado a luz do dia, aproveitando a luz natural para iluminar a representação. Coube a Pompeu o mérito de construir o primeiro edifício teatral romano de grande porte, cuja arquitetura foi inspirada no teatro de Mitilene, situado na Ilha de Lesbos. O segundo edifício destinado às representações foi o Balbo de menor porte, sendo terceiro o de Martelo, construção iniciada por Júlio César, cabendo a Augusto a sua conclusão. LEÃO, Raimundo (2014, p.82)

Os romanos adaptam o modelo grego, porém o modificam significativamente quando desprendem o auditório da encosta. Embora ainda tenha o mesmo formato, o auditório é agora apoiado em um grande muro que o envolve, desconsiderando a


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orientação solar, que os gregos tanto prezavam quando escolhiam o local de implantação. “O primeiro teatro estável, de pedra, é construído em Roma por Pompeu em 55 a. C., e permanece durante muito tempo o “teatro” por excelência. Em 13 a. C., é construído um segundo teatro, o de Baldo, e, poucos anos depois, o de Marcelo, o primeiro do qual nos chegaram vestígios consideráveis” (Molinari, 2010; 1ª Ed. 1972, p. 64).

Segundo Molinari (2010), os acessos aos diferentes pisos são feitos através das arcadas da fachada, por longos corredores imediatamente por baixo das arquibancadas. A antiga entrada no edifício teatral grego que se fazia pela lateral, o párodos, é feita no teatro romano diretamente pelo auditório. No caso dos teatros romanos os lugares mais altos são considerados os menos privilegiados. O tamanho da orchestra que é reduzida a um semicírculo, o arco da cavea passa a ser igualmente semicircular, e o palco passa a ser mais comprido que o proskenion helenístico e mais baixo, de forma a ser visível a quem se encontra na plateia. Figura 14: Planta do teatro romano

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/794377/classicos-da-arquitetura-museu-nacional-de-arteromana

Características do teatro romano: 

Scenae frons (frente do cenário, do palco): normalmente composto de uma dupla linha de colunas.


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Orchestra: semicírculo, diante do proscênio, onde se sentavam as autoridades.

Aditus: corredores laterais para acesso à orchestra. 

Cavea: estrutura semicircular onde, segundo a escala social, sentavam-se os espectadores. Era subdividida em ima cavea, media cavea e summa cavea.

Vomitoria: entradas abobadadas por onde se acessava a cavea.

Proscaenium (proscênio): espaço diante do palco em que se desenrolava a ação dramática. Pórtico: espécie de pátio com colunas, atrás do cenário ou palco.

Durante a Idade Média, não se construíram teatros e representavam-se apenas passagens bíblicas, geralmente dentro das igrejas ou nas ruas das cidades. Assim, o próprio interior das igrejas servia de cenário. Segundo Leão (2014, p. 102) durante a Idade Média, grande foi a variedade de espaços utilizados para as representações, os carros eram utilizados como palcos eles eram dispostos em determinados lugares da cidade e ordenados conforme o conteúdo da cena, e seguiam em cortejo. Ainda durante a Idade Média, mais precisamente na Itália, segundo o Leão (2014) a Commedia Della’Arte surge com uma estética teatral que é apresentada nas praças públicas e nas ruas, em palcos improvisados ou em carroças. Com uma estética itinerante os grupos saiam pelas cidades à procura de espaços que pudessem se apresentar. As representações tinham como característica o improviso. Figura 15: Cena palco improvisado

Fonte: https://www.infoescola.com/teatro/commedia-dellarte/


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No Renascimento, durante os séculos XVI e XVII, onde começa a ser desenvolvida a forma do teatro mais próxima do palco italiano como o conhecemos hoje. A arquitetura teatral possui características clássicas. A renascença o modelo do edifício teatral é o greco-romano, porém, com cobertura de salas, a exemplo do teatro da Academia Olímpica de Vicenza, que começou a ser construído em 1580, onde a sua cobertura é fechada e pintada com frescos alusivos ao céu. Naquele tempo já se começava a pensar nos modelos de palcos em perspectiva. Figura 16: Teatro Olimpico de vicenza

Figura 17: Planta do teatro olimpico de vicenza

Fonte: (Figura 17) https://www.khanacademy.org/humanities/renaissance-reformation/high-renflorence-rome/late-renaissance-venice/a/palladio-teatro-olimpico Fonte: (Figura 18) http://arkikultura.com/teatro-olimpico-andrea-palladio/

O surgimento da perspectiva influencia profunda e permanentemente a forma da representação cênica e a composição arquitetônica dos espaços destinados à atividade teatral. O teatro elisabetano, como o próprio nome já diz, surge durante o reinado da rainha Elisabeth I (1558 a 1603), essencialmente em Londres. Teve seu surgimento no período que se estende da segunda metade do século XVI ao início do século XVII, na Inglaterra, coincidiram com a construção de teatros permanentes. Segundo Molina (2000), os teatros dessa época geralmente assumiam uma forma circular, hexagonal ou octogonal, e algumas vezes quadrado ou retangular. O palco elisabetano, também chamado de palco isabelino, é aquele que tem o proscênio prolongado, com um segundo plano (muitas vezes coberto) onde existem


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algumas aberturas, tais como janelas. É um espaço fechado em que o público o circunda por três lados. O Theatre ou The Globe é um modelo circular, construído em 1599 e destruído em 29 de junho de 1613 por um incêndio, sendo reconstruído em 1614 e encerrado permanentemente em 1642. Figura 18: teatro the globe

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Globe_Theatre

As transformações sociais do teatro no séc. XX delinearam a procura de novas formas de representação da ação teatral, bem como de novas formas de edifícios teatrais. Até as primeiras décadas do século XX, preponderava a estrutura teatral de palco italiano, originado no século XVI. Já no século XVII essa estrutura era considerada, no mundo teatral do Ocidente, inerente à própria ideia de teatro. Uma das preocupações dos arquitetos modernos era conceber o teatro com uma maior interação entre palco e plateia. Segundo Santos, o Teatro Oficina 6, do diretor José Celso Martinez Corrêa,1958, tinha uma realidade muito parecida com o Teatro de Arena. A arquitetura teatral do grupo busca uma concepção de espaço cênico da contemporaneidade, capaz de proporcionar uma experiência entre cena e público. (RODRIGUES, 2008 apud SANTOS, André, 2015, p. 32).


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Figura 19: Teatro contemporâneo

Fonte: http://teatroficina.com.br/ficha-tecnica-bacantes-em-viradas-de-fim-de-ano

2.2

Museus A palavra “MUSEU”, conforme Suano (1986, p. 10), é de origem grega e

significa “templo das musas”. Na Grécia antiga o mouseion, ou casa das musas, era uma mistura de templo com instituição de pesquisa, voltado especificamente ao saber filosófico. Suano (1986, p. 11) mostra também que foi durante a dinastia dos Ptolomeus, no Egito, no século II antes de Cristo, que Alexandria formou o seu grande mouseion, que tinha como foco principal o conhecimento enciclopédico. Buscava‐se ali ensinar e discutir todos os saberes conhecidos até então, concernentes à religião, mitologia, astronomia, filosofia, medicina, zoologia, geografia etc. Ainda segundo Suano (1986, p. 11) O mouseion de Alexandria possuía também estátuas, obras de arte, instrumentos cirúrgicos, instrumentos astronômicos, peles de animais raros, presas de elefante, minérios, biblioteca, anfiteatro, observatório, salas de trabalho, refeitórios, jardim botânico e zoológico. A formação de coleções de objetos é quase tão antiga como o próprio homem: A arqueologia nos revela a existência de extraordinárias coleções de objetos em propriedade dos faraós e imperadores do mundo antigo. Objetos em ouro, prata, metais vários formavam coleções que funcionavam como verdadeiras “reservas econômicas” para os tempos de guerra e que, na paz, consistiam em marca indubitável de poderio e prestígio social. A Ilíada, de Homero, contém várias menções a essas coleções‐tesouro, tanto em poder de privados como de templos. E vários autores romanos, entre os quais Plínio, listavam as peças pertencentes às coleções dos ricos romanos. Foram os romanos, aliás, os grandes colecionadores da antiguidade. Suano (1986, p. 12),

Na Idade Média, o cristianismo se mostrava como grande influência na sociedade e na política. Ao preconizar o despojamento pessoal e o desprendimento dos bens materiais, a Igreja católica se torna a grande receptora de doações,


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formando a partir daí verdadeiros tesouros que eram utilizados para fortalecer alianças políticas e financiar guerras contra os inimigos do Estado Papal. Para armazenar tamanhas relíquias, foi criado o studiolo, um espaço concebido especialmente para guardar e apreciar tais tesouros. Em sua obra sobre a história do colecionismo, Philipp Blom (2003) comenta: Se até o século XVIII, a maior parte da população não tem acesso às coleções particulares - com exceção dos acervos da Igreja -, a partir de então verifica-se a criação de fundos públicos; primeiro as bibliotecas, em seguida os museus. Assim, são essas grandes coleções principescas e reais do Renascimento que vão dar origem aos museus. A abertura de acesso a estas coleções, que eram restritas apenas as famílias e amigos do colecionador. Os museus modernos foram criados no século XVII a partir de doações de coleções particulares como a de Grimani a Veneza. Mas, o primeiro museu como conhecemos hoje surgiu a partir da doação da coleção de John Tradescant, feita por Elias Ashmole, à Universidade de Oxford, conhecido como Ashmolean Museum. O segundo museu público foi criado em 1759, por obra do parlamento inglês, na aquisição da coleção de Hans Sloane (1660-1753), que deu origem ao Museu Britânico. Ainda de acordo com Suano (1986, p.56 ) e seu estudo sobre as origens do museu, seguindo o movimento, na Inglaterra teve início o primeiro museu oficialmente público: o Ashmolean Museum (1683), da Universidade de Oxford. Paralelamente, a Galeria de Apolo, no então Palácio do Louvre, abriu suas portas a artistas e estudantes. O Museu do Louvre é, de fato, em 1793, o primeiro Museu Nacional da história ocidental e ganha, como sede, parte do palácio real do Louvre. Inaugurado pelos revolucionários franceses como Museu Central, é com Napoleão, que chegou a batizá-lo com seu próprio nome e tinha a pretensão de transformá-lo num museu continental, que o Louvre vai sofrer um grande impulso. Sua sede, o Palácio do Louvre, tem uma história que remonta à Idade Média, mas o edifício que hoje abriga o museu começou a ser construído em 1546, quando Francisco I mandou demolir o velho palácio medieval e deu início a uma série infindável de obras, reformas e ampliações O Séc. XIX surgem muitos dos mais importantes museus em todo o mundo, a partir de coleções particulares que se tornam públicas: Museu do Prado (Espanha),


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Museu Mauritshuis (Holanda).

2.3

Bibliotecas As bibliotecas surgiram na Antiguidade entre os séculos VIII a.C. e o V d.C., a

partir da necessidade do homem em reunir, conservar, organizar e armazenar conhecimentos de sua época, porém isto, só foi possível depois da descoberta processo da escrita. Foram muitas as bibliotecas na Antiguidade, as quais eram bastante distintas entre si. As diferenças entre elas era no tipo de suporte utilizado. Os primeiros suportes utilizados pelo homem para realizar a escrita eram de origem mineral, sendo feitas tábuas de argila, usando-se um tipo de escrita denominada “cuneiforme”. Já com o posterior uso do papiro, no Egito, os acervos das bibliotecas na Antiguidade eram organizados em nichos e arrumados em pilhas, onde havia etiquetas indicadoras dos títulos das obras. A Biblioteca de Alexandria foi considerada a mais importante representação de um dos maiores símbolos do conhecimento humano segundo consta nos registros históricos. Segundo Martin (1956) ela não era formada por uma, mais sim por duas bibliotecas. A maior e principal foi erguida no século III A.C., no interior do Mouseion (Templo das Musas). A biblioteca menor foi criada um século depois, no interior do Templo de Serápis, deus egípcio helenizado e protetor da cidade de Alexandria. Segundo relata Martins: A biblioteca de Alexandria era dividida em duas partes: quatrocentos mil volumes foram depositados num bairro da cidade chamado Bruchium; as novas aquisições, trezentos mil volumes, formaram uma biblioteca suplementar, num outro bairro, chamado Serápio (MARTINS, 1956, p. 77).

Muito se fala a respeito delas como se fossem uma só biblioteca, mas isso não corresponde à realidade. O objetivo em Alexandria era armazenar tudo, desde os grandes clássicos até as mais obscuras listas, glossários e comentários. Segundo Martins, A Biblioteca de Alexandria ostentava a singularidade de possuir manuscritos únicos de grande número de obras da Antiguidade que com ela desapareceram. (Martins, 1956, p. 77).

Segundo Battles, “a organização física da biblioteca era bem planejada para a


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época. As estantes no interior do edifício eram circundadas por colunatas abertas, expostas à brisa, formando corredores cobertos que os estudiosos podiam utilizar para estudo ou discussão” (BATTLES, 2003, p. 33). Vários incêndios e destruições fazem parte da lendária Biblioteca de Alexandria, na certeza de que o frágil papiro não ardeu somente uma única vez, mais várias vezes. O primeiro incêndio aconteceu quando Júlio César ateou fogo aos navios ancorados no porto de Alexandria, para impedir que seu inimigo dominasse a cidade pelo mar. Segundo Battles (2003, p. 30), o incêndio destruiu 34 aproximadamente 40 mil livros de uma vez só. Muitos afirmam que o fogo teria atingido apenas os livros estocados num armazém, onde ficavam antes de serem levados as estantes. Ela foi destruída ainda pelo fogo em mais algumas situações, conforme relata Oliveira: Há notícia de um incêndio ocorrido em 272, ao tempo do Imperador Aureliano, e do assalto, em 391, seguido de um novo incêndio ateado pelos monges selvagens Tebaida, dirigidos pelo bispo Teófilo de Antioquia (santo), sob inspiração de edito de Teodósio, contra o paganismo e mais a destruição do Serapeum – que se tornará um dos principais focos de resistência do helenismo ás ideias pregadas pelos primeiros cristãos (OLIVEIRA, 2003, p. 112).

No ano de 2002, foi inaugurada na cidade do Cairo uma monumental e moderna biblioteca denominada Biblioteca de Alexandria. A atual biblioteca pretende ser um dos centros de conhecimento mais importantes do mundo. A estrutura da atual biblioteca, que tem o nome oficial de Bibliotheca Alexandrina, conta com quatro bibliotecas especializadas, laboratórios, um planetário, dois museus (de ciência e caligrafia) e uma sala para congressos e exposições. Figura 20: atual biblioteca de alexandria

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Library_of_Alexandria

As bibliotecas medievais ficavam dentro de mosteiros e o acesso era permitido apenas aos que pertenciam as atividades de ordem religiosas ou pessoas que fossem


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aceitas por estas. Mesmo assim, as obras existentes em seu acervo eram controladas, pois algumas delas eram consideradas de natureza profana. Figura 21: Biblioteca do Vaticano

Fonte: www.gaudiumpress.org

As bibliotecas universitárias surgiram no século XIII, pouco antes do Renascimento. A princípio elas estavam ligadas a ordens religiosas, porém já começavam a ampliar o conteúdo além da religiosidade. Segundo Battles, o acervo das bibliotecas universitárias era muito pequeno se compararmos com os acervos de hoje em dia. Algumas dessas bibliotecas nem tinham o acervo concentrado em um mesmo espaço físico.


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ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO GENÉRICO SOBRE O TEMA 3.

Tendo como objetivo apresentar o funcionamento genérico da midiateca, foi identificado que tanto nacional quanto internacional, utilizam os semelhantes fluxograma, organograma e programa de necessidades. Organograma são gráficos da estrutura hierárquica de uma organização social complexa, que representa simultaneamente os diferentes elementos do grupo e as suas ligações, os setores principais utilizados são: os setores social, cultural, serviço e administrativos. Figura 22: organograma genérico

Fonte: autora 2019

Fluxogramas são gráficos da estrutura hierárquica de uma organização social dos ambientes, que representa simultaneamente os diferentes elementos do grupo e as suas ligações entre cada ambiente. Figura 23: Fluxograma térreo

Fonte: autora 2019.


46 Figura 24: Fluxograma primeiro andar

Fonte: autora 2019


47

4. 4.1

LEGISLAÇÕES NBR 9050 Segundo a NBR 9050 de 2015, as áreas de qualquer espaço ou edificação de uso público ou coletivo devem ser servidas de uma ou mais rotas acessíveis. Áreas de uso restrito como casas de máquinas, barriletes, passagem de uso técnico e outros com funções similares, não necessitam atender às condições de acessibilidade. Pisos: De acordo com a NBR 9050 de 2015, os pisos devem ter superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição, que não provoque trepidação em dispositivos com rodas (cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê). Admite-se inclinação transversal da superfície até 2% para pisos internos e 3% para pisos externos e inclinação longitudinal máxima de 5%. Inclinações superiores a 5% são consideradas rampas e, portanto, devem atender a 6.4. Recomenda-se evitar a utilização de padronagem na superfície do piso que possa causar sensação de insegurança (por exemplo, estampas que pelo contraste de cores possam causar a impressão de tridimensionalidade). Rampas: A NBR 9050 de 2015 estabelece que a inclinação das rampas, deve ser calculada segundo a seguinte equação: c h i ×100 = onde: i é a inclinação, em porcentagem; h é a altura do desnível; c é o comprimento da projeção horizontal. Corredores: A NBR 9050 de 2015 afirma que os corredores devem ser dimensionados de acordo com o fluxo de pessoas, assegurando uma faixa livre de barreiras ou obstáculos. As larguras mínimas para corredores em edificações e equipamentos urbanos são: a) 0,90 m para corredores de uso comum com extensão até 4,00 m; b) 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m; e 1,50 m para corredores com extensão superior a 10,00 m; c) 1,50 m para corredores de uso público; d) Maior que 1,50 m para grandes fluxos de pessoas, conforme aplicação da fórmula apresentada. De acordo com a NBR 9050 de 2015, os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devem obedecer aos parâmetros desta Norma quanto às quantidades mínimas necessárias, localização, dimensões dos boxes, posicionamento e características das peças, acessórios barras de apoio, comandos e características de pisos e desnível. Os espaços, peças e acessórios devem atender aos conceitos de acessibilidade, como as áreas mínimas de circulação, de transferência e de aproximação, alcance manual, empunhadura e ângulo visual; devem localizar-se em rotas acessíveis, próximas à circulação principal, próximas ou integradas às demais instalações sanitárias, evitando estar em locais isolados para situações de emergências ou auxílio, e devem ser devidamente sinalizados; devem possuir entrada independente, de modo a possibilitar que a pessoa com deficiência possa utilizar a instalação sanitária acompanhada de uma pessoa do sexo oposto; banheiros e vestiários devem ter no mínimo 5 % do total de cada peça instalada acessível, respeitada no mínimo uma de cada. Quando houver divisão por sexo, as peças devem ser consideradas separadamente para efeito de cálculo; recomenda-se que nos conjuntos de sanitários seja


48 instalada uma bacia infantil para uso; deve ter dimensão mínima de 1,50m acrescido do comprimento da bacia com tubo de ligação em sua extensão e 0,80m para área de transferência acrescido de no mínimo 0,40m do eixo da bacia ao prumo da barra de apoio de pessoas com baixa estatura e de crianças. Circulação Circulação e segurança, relativas às disposições construtivas das edificações e instalação de equipamentos considerados essenciais à circulação e à segurança de seus ocupantes visam, em especial, permitir a evacuação da totalidade da população em período de tempo previsível e com as garantias necessárias de segurança, na hipótese de risco. Espaços de circulação consideram-se espaços de circulação as escadas, as rampas, os corredores e os vestíbulos, que poderão ser de uso: coletivo, os que se destinarem ao uso público ou coletivo, devendo observar a largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros). Serão admitidos como privativos os espaços de circulação das edificações destinadas a qualquer uso com área construída menor ou igual a 250,00 m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados) altura menor ou igual a 6m (seis metros) e lotação total menor ou igual a 100 (cem) pessoas. As escadas coletivas deverão ser descontínuas a partir do pavimento correspondente à soleira de ingresso da edificação, de forma a orientar o usuário ao exterior. Biblioteca Nas bibliotecas e centros de leitura, todo o mobiliário deve atender pelo menos 5 %, com no mínimo uma das mesas, devem ser acessíveis. Recomenda-se, além disso, que pelo menos outros 10 % sejam adaptáveis para acessibilidade. A largura livre nos corredores entre estantes de livros deve ser de no mínimo 0,90 m de largura. Nos corredores entre as estantes, a cada 15 m, deve haver um espaço que permita a manobra da cadeira de rodas. Recomenda-se atender às necessidades de espaço para circulação e manobra. A altura dos fichários deve atender às faixas de alcance manual e parâmetros visuais. As bibliotecas devem garantir recursos audiovisuais, publicações em texto digital acessível e serviço de apoio, conforme definido em legislação específica. Recomenda-se que possuam também publicações em Braille. Pelo menos 5 % do total de terminais de consulta por meio de computadores e acesso à internet devem ser acessíveis à; pessoa em cadeira de rodas P.C.R. e pessoa com mobilidade reduzida- P.M.R. Recomenda-se, além disso, que pelo menos outros 10 % sejam adaptáveis para acessibilidade. Sala de espetáculo ou auditórios A NBR 9050 de 2015 determina que os cinemas, teatros, auditórios e similares, incluindo locais de eventos temporários, mesmo que para público em pé, devem possuir, na área destinada ao público, espaços reservados para pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, atendendo às seguintes condições: estar localizados em uma rota acessível vinculada a uma rota de fuga; estar distribuídos pelo recinto, recomendando-se que seja nos diferentes setores e com as mesmas condições de serviços, conforto, segurança, boa visibilidade e acústica; ter garantido no mínimo um assento companheiro ao lado de cada espaço reservado para pessoa com deficiência e dos assentos destinados às pessoas com mobilidade reduzida- P.M.R. e pessoa obesa - P.O.; estar instalados em local de piso plano horizontal. As dimensões dos assentos vão ter em média 600 a 720 mm de profundidade, espaço livre entre os assentos 400 mm, altura mínima 430 máximas 450 mm, altura do espaldar 800 a 850 mm acima do nível do piso. O espaço entre as fileiras ter uma passagem de cada pessoa ao longo da


49 fileira é de 400 mm, e as dimensões entre as fileiras de 760 mm a 850 mm. Rotas de fuga entre 300 a 400 pessoas largura da saída de 2,8m. Dimensões dos espaços segundo a norma 9050, para P.C.R. e assentos para P.M.R. e P.O. O espaço para P.C.R. deve possuir as dimensões mínimas de 0,80 m por 1,20 m, acrescido de faixa de no mínimo 0,30 m de largura, localizada na frente, atrás ou em ambas posições. Os espaços para P.C.R. devem estar deslocados 0,30 m em relação à cadeira ao lado para que a pessoa em cadeira de rodas e seus acompanhantes fiquem na mesma direção. Quando os espaços para P.C.R. estiverem localizados em fileiras intermediárias, devem ser garantidas faixas de no mínimo 0,30 m de largura atrás e na frente deles. O Palco deve ter uma rota acessível deve interligar os espaços para P.C.R. ao palco e aos bastidores. Quando houver desnível entre o palco e a plateia, este pode ser vencido através de rampa com as seguintes características: largura de no mínimo 0,90 m; inclinação máxima de 1:6 (16,66%) para vencer uma altura máxima de 0,60 m; inclinação máxima de 1:10 (10%) para vencer alturas superiores a 0,60 m; ter guia de balizamento, não sendo necessária a instalação de guarda-corpo e corrimão. Esta rampa pode ser substituída por um equipamento eletromecânico. Sempre que possível rampa ou equipamento eletromecânico de acesso ao palco devem se situar em local de acesso imediato, porém discreto e fora do campo visual da plateia. O desnível entre o palco e a plateia deve ser indicado com sinalização tátil de alerta no piso, O local no palco destinado a intérprete de Libras.

Praça de exposição e praça de convivência Praças de conveniência admitir pavimentação, mobiliário ou equipamentos edificados ou montados, estes devem ser acessíveis. Nos locais onde as características ambientais sejam legalmente preservadas, deve-se buscar o máximo grau de acessibilidade com mínima intervenção no meio ambiente. O piso das rotas acessíveis deve atender às especificações contidas em Pelo menos 5%, com no mínimo uma, do total das mesas destinadas a jogos ou refeições. Recomenda-se, além disso, que pelo menos outros 10% sejam adaptáveis para acessibilidade. Locais de exposições Todos os elementos expostos para visitação pública devem estar em locais acessíveis. Os elementos expostos, títulos e textos explicativos, documentos ou similares, os títulos, textos explicativos ou similares devem também estar em Braille. [...]

4.2

NBR 9077 – Saídas de Emergência em edifícios De acordo com a NBR 9077 de 2001, a largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que por elas deva transitar, observados os seguintes critérios:  Os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que servirem à população;  As escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior população, o qual determina as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída;  As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser as seguintes: 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55 cm, para as ocupações em geral, 2,20 m, para permitir a passagem de macas, camas e outros.


50  Os acessos devem satisfazer às seguintes condições: permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes do prédio; permanecer desobstruídos em todos os pavimentos; ter pé-direito mínimo de 2,50 m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de portas, e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,00 m;  As distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local seguro (espaço livre exterior, área de refúgio, escada protegida ou à prova de fumaça), tendo em vista o risco à vida humana decorrente do fogo e da fumaça, devem considerar: espaços categorizados como F (locais de reunião de público) sem chuveiros automáticos com mais de uma saída deve ter no máximo 50,00m, em casos que tenham chuveiros automáticos, 55,00m;  Em edificações térreas, pode ser considerada como saída, para efeito da distância máxima a ser percorrida, qualquer abertura, sem grades fixas, com peitoril, tanto interna como externamente, com altura máxima de 1,20 m, vão livre com área mínima de 1,20 m2 e nenhuma dimensão inferior a 1,00 m;  As portas das rotas de saída e aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas e em comunicação com os acessos e descargas devem abrir no sentido do trânsito de saída;  A largura, vão livre ou “luz” das portas, comuns ou corta-fogo, utilizadas nas rotas de saída, deve ser dimensionada como estabelecido em 4.4, admitindo-se uma redução no vão de luz, isto é, no vão livre, das portas em até 75 mm de cada lado (golas), para o contramarco marco e alisares;  As portas devem ter as seguintes dimensões mínimas de luz: 80 cm, valendo por uma unidade de passagem; 1,00 m, valendo por duas unidades de passagem; 1,50 m, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem;  As portas das antecâmaras das escadas à prova de fumaça e das paredes corta-fogo devem ser do tipo corta-fogo;

4.3

Código sanitário O Código Sanitário determina que tenham instalações sanitárias com, pelo menos 1 bacia sanitária e um lavatório, para cada sexo, contendo somente bacia sanitária: 1,20 m², com dimensão mínima de 1,00 m; contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50 m², com dimensão mínima de 1,00m. Sala de Administração/ Sala de Direção De acordo com o Código Sanitário, salas para escritórios, comércio ou serviços tenham 10,00 m² mínimos. Vestiários Segundo o Código Sanitário, junto aos locais de trabalho serão exigidos vestiários separados para cada sexo. Os vestiários terão área correspondente a 0,35 m² por empregado que neles deva ter armário, com o mínimo de 6,00 m²; as áreas para vestiários deverão ter comunicação com as de chuveiros, ou ser a estas conjugadas. De acordo com o Código Sanitário, os pés-direitos em salas de espetáculos, auditórios e outros locais de reuniões devem ter 6,00 m, podendo ser permitidas reduções até 4,00 m, em locais de área inferior a 250 m². As salas de auditórios, serão construídas com materiais incombustíveis. As paredes dos cinemas, teatros, auditórios e locais similares, na parte interna deverão receber revestimento ou pintura lisa, impermeável e resistente, até a altura de 2,00 m. Outros revestimentos poderão ser aceitos, a critério da autoridade sanitária, tendo em vista a categoria do estabelecimento. Lanchonete De acordo com o Código Sanitário, os depósitos de matéria-prima, adegas


51 e despensas terão: paredes revestidas de material cerâmico vidrado até a altura de 2,0 m, no mínimo; pisos revestidos de material cerâmico ou equivalente; aberturas teladas; portas com mola e com proteção, na parte inferior, à entrada de roedores. As cozinhas terão: área mínima de 10 m², não podendo a menor dimensão ser inferior a 2,5 m; piso revestido de material cerâmico; paredes revestidas até a altura mínima de 2,0 m com material cerâmico vidrado e daí para cima pintadas a cores claras com tinta lavável; aberturas teladas; portas com mola; dispositivos para retenção de gorduras em suspensão; mesas de manipulação constituídas somente de pés e tampo, devendo este ser feito ou revestido de material liso, resistente e impermeável; água corrente fervente, ou outro processo comprovadamente eficiente para higienização das louças, talheres e demais utensílios de uso; pias, cujos despejos passarão obrigatoriamente por uma caixa de gordura. As copas obedecerão às mesmas exigências referentes às cozinhas, com exceção da área, a qual deverá ser condizente com as necessidades do estabelecimento a critério da autoridade sanitária. As copas-quentes obedecerão às mesmas exigências relativas às cozinhas, com exceção da área, que terá, no mínimo, 4,00 m². Depósito e almoxarifado Conforme indicado no código sanitário na Sessão II, artigo 210 as áreas destinadas a deposito, armazéns, lojas e congêneres como almoxarifado, devem atender as prescrições contidas neste código, referentes aos locais de trabalho em geral naquilo que for aplicado, os ambientes com área de até 50m² terão que possuir no mínimo um sanitário, com bacia e lavatório, com compartimentos separados.

4.4

Código de Obras Estadual ELEVADORES DE PASSAGEIROS Qualquer equipamento mecânico de transporte vertical não poderá se constituir no único meio de circulação e acesso às edificações. 9-I 9.5.1-Deverão ser servidas por elevadores de passageiros as edificações com mais de cinco andares e/ou que apresentem desnível, entre o pavimento do último andar e o pavimento do andar inferior - incluídos pavimentos destinados a estacionamento - superior a 12,00m (doze metros) observadas as seguintes condições: a) no mínimo um elevador, em edificações até dez andares e/ou com desnível igual ou inferior a 24,00m (vinte e quatro metros); b) no mínimo dois elevadores, em edificações com mais de dez andares e/ou com desnível superior a 24,00m (vinte e quatro metros). 9.5.1.1-No cômputo dos andares e no cálculo do desnível não serão considerados o ático, o pavimento de cobertura, os andares destinados à zeladoria ou de uso privativo de andar contíguo. 9.5.2-Todos os andares deverão ser servidos, obrigatoriamente, pelo mínimo de elevadores determinado nesta Seção. 9.5.3-Com a finalidade de assegurar o uso por pessoas portadoras de deficiências físicas, o único ou pelo menos um dos elevadores deverá: a) estar situado em local a eles acessível; b) estar situado em nível com o pavimento a que servir ou estar interligado ao mesmo por rampa; c) ter cabine com dimensões internas mínimas de 1,10m (um metro e dez centímetros) por 1,40m (um metro e quarenta centímetros); d) ter porta com vão de 0,80m (oitenta centímetros); e) servir ao estacionamento em que haja previsão de vagas de veículos para pessoas portadoras de deficiências físicas. 9.5.3.1-Será indispensável a instalação de elevador em edificações que possuírem mais de um pavimento e população superior a 600 (seiscentas) pessoas, e que não possuam rampas para atendimento da circulação vertical.


52 9.5.4-A área do poço do elevador, bem como de qualquer equipamento mecânico de transporte vertical, será considerada no cálculo da área edificada de um único andar. 9.5.5-Os espaços de circulação fronteiros às portas dos elevadores, em qualquer andar, deverão ter dimensão não inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros). 9.5.6-O hall de acesso a, no mínimo, um elevador deverá ser interligado à circulação vertical da edificação por espaço de circulação coletiva, podendo os demais elevadores ter esta interligação garantida por espaço de circulação privativa. 12-CIRCULAÇÃO E SEGURANÇA As exigências constantes deste Capítulo, relativas às disposições construtivas das edificações e instalação de equipamentos considerados essenciais à circulação e à segurança de seus ocupantes visam, em especial, permitir a evacuação da totalidade da população em período de tempo previsível e com as garantias necessárias de segurança, na hipótese de risco. 12.2-ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO Consideram-se espaços de circulação as escadas, as rampas, os corredores e os vestíbulos, que poderão ser de uso: a) privativo, os que se destinarem às unidades residenciais e a acesso a compartimentos de uso limitado das edificações em geral, devendo observar a largura mínima de 0,80m (oitenta centímetros); b) coletivo, os que se destinarem ao uso público ou coletivo, devendo observar a largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros). 12.2.1-Serão admitidos como privativos os espaços de circulação das edificações destinadas a qualquer uso com área construída menor ou igual a 250,00m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados) altura menor ou igual a 6m (seis metros) e lotação total menor ou igual a 100 (cem) pessoas. 12.7-DIMENSIONAMENTO DOS ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO COLETIVA Os espaços de circulação coletiva, ou vias de escoamento, serão constituídos por módulos de 0,30m (trinta centímetros) adequados ao escoamento de 30 (trinta) pessoas por módulo, respeitada a largura mínima de l,20m (um metro e vinte centímetros). [...]

4.5

Código de Obras de Mogi das cruzes Lei complementar nº 143, 15 de janeiro de 2019. Subseção XI - DOS ELEMENTOS PERMEÁVEIS Art. 213. Deverá ser obedecida a taxa de permeabilidade definida para a Zona em que se encontra o imóvel, de acordo com o estabelecido na Lei de Uso e Ocupação do Solo através de áreas tratadas com vegetação. Art. 214. Para o atendimento da taxa de permeabilidade, poderão ser computados, como área permeável, elementos de piso comprovadamente permeáveis, de acordo com os valores demonstrados em ensaios técnicos e as Normas Técnicas Oficiais. §1º A área máxima a ser considerada como permeável, para os elementos de piso, será de 50,00% (cinquenta por cento) da área total coberta pelo referido elemento, independente de ensaio técnico comprovando maior permeabilidade, sendo que na ausência de ensaio técnico poderão ser utilizados os valores abaixo: I - Piso de “blocos de concreto intertravados”: 25,00% (vinte e cinco por cento); II - Piso “Concregrama”: 50,00% (cinquenta por cento);


53 III - Piso de concreto drenante: 50,00% (cinquenta por cento); §2º A área de piso considerada como permeável será o equivalente a no máximo 50,00% (cinquenta por cento) da taxa de permeabilidade mínima para o lote, devendo o restante permanecer permeável e vegetado. Subseção II - DOS ELEVADORES DE PASSAGEIROS Art. 276. Deverão, obrigatoriamente, ser servidas por elevadores de passageiros: I - as edificações com mais de cinco pavimentos ou que apresentem desnível entre o pavimento do último andar e o pavimento do andar inferior, incluídos os pavimentos destinados a estacionamento, superior a 11,00m (onze metros), observadas as seguintes condições: a) No mínimo um elevador, em edificações até 8 (oito) pavimentos ou com desnível igual ou inferior a 22,00m (vinte e dois metros); b) no mínimo dois elevadores, em edificações com mais de 8 (Oito) pavimentos ou com desnível superior a 22,00m (vinte e dois metros)

Capítulo IX - DOS ACESSOS, CIRCULAÇÃO E SEGURANÇA Seção I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Seção III - DAS ESCADAS Art. 296. De acordo com a sua utilização, as escadas serão classificadas como: I - uso privativo; II - uso privativo restrito; III - uso coletivo; IV - uso coletivo protegido. Art. 297. As escadas devem atender, conforme a classificação, às seguintes determinações: I - a escada de uso privativo deve possuir largura mínima de 0,90m (noventa centímetros); II - a escada de uso privativo restrito terá largura mínima de 0,60m (sessenta centímetros), vencendo desnível igual ou inferior a 3,20m (três metros e vinte centímetros), e será permitida nas: a) unidades residenciais para servir de acesso secundário ao mesmo ambiente; b) nas edificações em geral, para servir de acesso à casa de máquinas, barriletes, passagem de uso técnico e situações similares. III - a escada de uso coletivo terá largura mínima recomendável de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), sendo 1,20m (um metro e vinte) o mínimo admissível. IV - a escada de uso coletivo protegido deverá considerar o escoamento da população em condições especiais de segurança, conforme Norma Técnica Oficial e determinações do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. [..] Subseção I - DAS ESCADAS DE EMERGÊNCIA Art. 306. As escadas de emergência deverão atender às exigências das Normas Técnicas Oficiais e do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.


54 Seção IV - DAS RAMPAS DE PEDESTRES Art. 307. As rampas terão inclinação máxima de 8,33% (oito inteiros e trinta e três centésimos por cento) quando forem meio de escoamento vertical da edificação. §1º Sempre que a inclinação exceder a 5% (cinco por cento), o piso deverá ser revestido com material antiderrapante. §2º Em reformas, quando esgotadas as possibilidades de soluções que atendam ao caput deste artigo, poderão ser utilizadas inclinações superiores de acordo com as Normas Técnicas Oficiais, em especial a NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, quando couber. Seção V - DO DIMENSIONAMENTO DOS ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO COLETIVA Art. 311. O espaço fronteiro à saída das escadas deverá ter dimensão mínima de uma vez a largura da escada. Art. 312. As portas de acesso que proporcionarem escoamento deverão abrir no sentido da saída e, ao abrir, não poderão reduzir as dimensões das circulações nem serem menores que as dimensões mínimas exigidas. Art. 313. Os espaços de circulação para acesso aos elevadores, ou outro equipamento mecânico de transporte vertical, em qualquer pavimento, deverão conter largura não inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros). Art. 314. O hall de acesso a no mínimo um elevador deverá ser interligado à circulação vertical da edificação por espaço de circulação coletiva, podendo os demais elevadores ter esta interligação garantida por espaço de circulação privativa. Parágrafo único. O hall de acesso ao elevador interligado por espaço de circulação privativa à circulação vertical deverá ser dotado de sistema de segurança que garanta sua movimentação, mesmo em caso de pane no sistema ou falta de energia elétrica.

[...]

4.6

Legislação Municipal Segundo a Legislação de Uso e Ocupação do Solo (LOUOS), Lei nº 7.200/2016

regulamentada pelo Decreto municipal nº 16.225/2016 que determina que as exigências a serem seguidas para a construção em uma determinada região de acordo com o zoneamento disposto, classifica a área da intervenção como ZC (Zona Central) que tem como característica o uso misto.


55 Figura 25: Zona Central

Fonte: http://www.pmmc.com.br/public/site/doc/201701091437505873a03e91461.pdf

As categorias permitidas nessa zona são: A Zona Central compreende a área destinada maior dinamização urbana, com predominância de uso comercial e de serviços devendo ser estimulado o uso misto garantindo a permanência do uso residencial e a otimização da infraestrutura aproveitamento 3. De acordo com a ZC, a frente mínima é de 5m, a Taxa de Ocupação (TO) 70%, a Taxa de impermeabilização 20%, coeficiente de aproveitamento 6. Figura 26: Índices urbanísticos

Fonte:http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/public/site/doc/201901171411235c40a92b01e4d.pdf


56

Os cálculos dos índices urbanísticos do terreno (tabela 11) são: Tabela 1: Índices Urbanísticos

CÁLCULOS DOS ÍNDICES URBANÍSTICOS ÁREA:

1.634,50m² m²

T.O - 70%

1.114,15 m²

CAb = 3 T.P = 20%

68,16 326,90 m²

Fonte: Elaborada pela autora (2019).


57

5.

ESTUDOS DE CASO

5.1

Midiateca de Sendai

Arquiteto: Toyo Ito Local: Aoba-Ku, Miyagi, Japão Ano do projeto: 1995-2001 Área do terreno: 3 948.72m² Área construída: 2 933.12m² Localizada a 300km ao norte do Japão, a Midiateca foi construída no centro de Sendai, cidade formada por um milhão de habitantes, também conhecida como “a cidade das árvores”. A edificação está inserida em um terreno de 50x50x36 m de altura, cuja ideia principal foi a de construir um espaço público, fluido e aberto. Neste caso, o arquiteto optou pela transparência uma vez que o lote se encontra em frente a uma avenida arborizada, tornando esta característica um partido arquitetônico. Figura 27: Fachada Midiateca de Sendai

Fonte: https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/mediateca-em-sendai/

O edifício é composto através de três elementos: prato, tubo e pele. O prato é formado por seis placas quadradas que compõem as lajes. Os “tubos” são os pilares que sustentam o sistema as lajes, , compostos por uma série de peças de metal que se parecem com tronco de árvores e são vazados no meio. É por estes espaços vazados que atravessam todos os andares, que circula toda a energia do prédio e a luz natural.


58 Figura 28: Estrutural

Fonte: https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/mediateca-em-sendai/

A cortina de vidro duplo é denominada como pele, pois ela separa e protege o interior do edifício do seu exterior, com um efeito que deixa o edifício leve, parecido com algo quase virtual e holográfico quando iluminados à noite. Figura 29: Fachada Midiateca de Sendai

Fonte: https://www.revistahabitare.com.br/artigos/toyo-ito-virtualidade-fisica/

Apesar de sua aparência ser formada por aço e vidro, sua altura permite uma grande visão de quem vê de fora, assim como de quem está dentro da midiateca. É um design único, não só pelo seu tamanho e forma, a estrutura oferece flexibilidade, resistência e estabilidade horizontal e vertical, pois esta inserido em uma área de grande atividade sísmica e tufões constante. O que me atrai não está exibindo o vento, mas pensar em como seria maravilhoso se pudesse haver uma arquitetura que não tinha forma, leve como o vento. ” ITO, Toyo.


59

Cada andar varia de pé direito e possui planta livre, enquanto que os pilares estruturais são independentes da fachada apresentando variação de diâmetro à medida que vão de piso a piso. O maior tubo abriga a circulação vertical fazendo ligação entre os pavimentos. Figura 30: circulação vertical

Fonte: https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/mediateca-em-sendai/

A midiateca consiste em um edifício multifuncional, aberto e dinâmico, apresentando várias plantas de diferentes funções que são coordenados pelo mobiliário. A nível da rua, o pavimento térreo corresponde a um grande salão com pé direito duplo, onde contém a recepção, uma praça aberta, onde acontece exibição de filmes e outros eventos, além de um café e uma loja de livros e revistas. Consiste em um espaço totalmente dinâmico e bem integrado com as ruas, através de sua pele transparente por toda sua fachada. Figura 31: Planta térreo

Fonte:https://pt.wikiarquitectura.com/mediateca-em-sendai/#mediateca-planta-0er-nivel


60 Figura 32: Vista Interna pavimento térreo

Fonte:https://pt.wikiarquitectura.com/mediateca-em-sendai

O primeiro pavimento é composto por uma biblioteca infantil, computadores com internet, além da administração. Neste pavimento o espaço é muito integrado, sendo definido apenas pelo mobiliário. A separação entre a área pública e da leitura em particular de administração é feita apena por uma cortina translúcida. Figura 33: Planta primeiro pavimento

Fonte:https://pt.wikiarquitectura.com/mediateca-em-sendai/#mediateca-planta-1er-nivel


61

Nesse pavimento encontram-se livros e salas de leitura coletiva, onde todo o acervo impresso está disponível para empréstimos. Figura 34: vista interna

Fonte: https://pt.wikiarquitectura.com/mediateca-em-sendai

Já o segundo pavimento, consiste em um amplo espaço com acervo da biblioteca, e áreas voltado para estudo, permitindo que os usuários fiquem em um ambiente com menos circulação de pessoas, possibilitando ambientes com cabines mais individuais. Figura 35: Planta segundo pavimento

Fonte:https://pt.wikiarquitectura.com/mediateca-em-sendai/#mediateca-planta-2er-nivel


62

Figura 36: Biblioteca

Fonte:https://pt.wikiarquitectura.com/mediateca-em-sendai/

O terceiro pavimento é composto por um mezanino, onde os layouts compõem o ambiente. Ele oferece áreas voltado para estudo, além da circulação vertical. Figura 37 Planta terceiro pavimento

Fonte:https://pt.wikiarquitectura.com/mediateca-em-sendai/#mediateca-planta-3er-nivel


63

O quarto pavimento é composto por amplas galerias de exposição, onde acontece eventos. Neste ambiente, o mobiliário depende do tema das necessidades de cada exposição. Figura 38: Planta quarto pavimento

Fonte:https://pt.wikiarquitectura.com/mediateca-em-sendai/#mediateca-planta-4er-nivel

O quinto pavimento também é composto por a galerias, onde o mobiliário depende do tema das necessidades de cada exposição. Nele também está o foyer que serve de apoio para o auditório do pavimento acima. Figura 39: Galeria de exposição

Fonte:https://pt.wikiarquitectura.com/mediateca-em-sendai/


64

Figura 40: Planta quinto pavimento

Fonte:https://pt.wikiarquitectura.com/mediateca-em-sendai/#mediateca-planta-5er-nivel

No sexto andar é composto por um foyer que serve de apoio para o teatro. Nas laterais do teatro estão as salas de reunião, estúdios de arte e cultura e estúdio de áudio visual. Figura 41: Planta sexto pavimento

Fonte:https://pt.wikiarquitectura.com/mediateca-em-sendai/#mediateca-planta-6er-nivel


65

As diferentes fachadas são adaptadas ao ambiente que os envolve: a fachada principal tem sido o uso de vidros duplos que mudam a cada momento do dia com base na luz existente. Para o lado ocidental, as ripas e telas utilizadas nas fachadas norte e leste mudaram seus materiais, com uma característica opaco, revestido com uma estrutura metálica que revela as escadas de emergência, as fachadas norte e leste, os caminhos que levam em ruas do bairro têm acabamentos diferentes em cada andar: vidro, policarbonato e alumínio. Figura 42: Fachada principal

Fonte: https://www.archdaily.com.br/mediateca-em-sendai/ Figura 43: Fachada oposta

Fonte: https://www.archdaily.com.br/mediateca-em-sendai/

Para o telhado e para o lado oeste foram usadas telas de ripas opaca sendo revestida com uma estrutura metálica que e onde está localizada a escada de emergência. Nas fachadas leste e norte mudaram seus materiais em cada planta para melhorar o que é exposto no lado interno.


66 Figura 44: Corte transversal

Fonte:https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/mediateca-em-sendai/ Figura 45: Corte longitudinal

Fonte:https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/mediateca-em-sendai/ Figura 46: corte transversal

Fonte: https://www.archdaily.com.br/mediateca-em-sendai/


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Tabela 2: Analise Swot- Midiateca de Sendai

ASPECTOS POSITIVOS Boa localização, possui toda a iluminação e ventilação natural necessária

ASPECTOS NEGATIVOS Possui uma circulação confusa

OPORTUNIDADES Com o aumento do turismo, acaba incentivando o crescimento da economia

AMEAÇAS Longas peles de vidro podem obrigar o uso de cortinas ou de algum tratamento no vidro.

Fonte: Autora 2019

5.2

Midiateca em Bourg-la -Reine

Arquitetos: Pascale Guédot Architecte Localização: Bourg-la-Reine, França Ano do projeto: 2014 Área: 2.000 m² Figura 47: Fachada principal

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/771258/midiateca-em-bourg-la-reine-pascale-guedot-architecte Figura 48: Fachada oposta

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/771258/midiateca-em-bourg-la-reine-pascale-guedot-architecte


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A biblioteca de mídia está localizada no centro da cidade de Bourg la Reine, a apenas 30 km da capital. O novo espaço cultural é implantado no bairro com o objetivo de não se destacar, por isso possui dimensões pequenas. Ele é composto apenas dois pavimentos e a parte externa é toda revestida com pedra cinza que ajuda a se misturar com o entorno, onde ele é implantado. O volume é assimétrico, de modo que o interior permite que espaços irregulares sejam gerados. As características arquitetônicas, mudam completamente de uma face para a outra, enquanto em uma fachada existem grandes painéis de vidro, em outra quase completamente fechada com pedra, destacando os acessos de entrada, onde ele induz a entrada do usuário no espaço. Essas características assimétricas são repetidas no telhado, onde a inclinação é mais pronunciada em direção ao jardim. A midiateca consiste em um edifício multifuncional, aberto e dinâmico, apresentando várias plantas de diferentes funções que são coordenados pelo mobiliário, tornando a planta bastante funcional, facilitando a utilização do acervo, as salas ocupam espaços abertos, criado pelos grandes vãos. Figura 49: Vista interna

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/771258/midiateca-em-bourg-la-reine-pascale-guedot-architecte Figura 50: Vista interna do térreo

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/771258/midiateca-em-bourg-la-reine-pascale-guedot-architecte


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O térreo é composto por uma planta livre, onde o espaço é desprendido de paredes e pilares, os grandes vãos dão lugar ao espaço destinado as crianças composto por dois níveis, onde no nível mais baixo, acessado através de uma rampa, localiza-se os acervos da biblioteca, logo no nível mais alto encontram-se poltronas e pufes. Figura 51: Planta térreo

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br//midiateca-em-bourg-la-reine. Modificado pelo autor (2019)

Acima, no primeiro pavimento, com acesso através de circulação vertical e de uma escadaria, encontra-se um espaço amplo, destinado a midiateca e espaço para leitura. Com suas formas orgânicas o teto faz movimentos, criando várias alturas de pé-direito no mesmo ambiente, esse jogo de alturas propicia a entrada de luz natural.


70 Figura 52: Planta primeiro pavimento

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br//midiateca-em-bourg-la-reine. Modificado pelo autor (2019) Figura 53: Vista interna do primeiro pavimento

Fonte: https://archello.com/project/media-library-in-bourg-la-reine

A parte interna possui um acesso para a área externa, onde possui um generoso volume aberto para o jardim, onde o Interior e exterior são misturados, uma das paredes de pedra exterior continua no interior. Uma única arvore compõem o jardim, juntamente com um deck que estão nas laterais. Durante o verão, sob a sombra da nogueira, o jardim se transforma em outra sala de leitura.


71 Figura 54: Vista do jardim externo

Fonte; https://www.archdaily.com.br/br/771258/midiateca-em-bourg-la-reine-pascale-guedot-architecte Figura 55: Corte Longitudinal

Fonte; https://www.archdaily.com.br/br/771258/midiateca-em-bourg-la-reine-pascale-guedot-architecte Figura 56: Corte Transversal

Fonte; https://www.archdaily.com.br/br/771258/midiateca-em-bourg-la-reine-pascale-guedot-architecte


72 Figura 57: Elevação Longitudinal

Fonte; https://www.archdaily.com.br/br/771258/midiateca-em-bourg-la-reine-pascale-guedot-architecte Figura 58: Elevação transversal

Fonte; https://www.archdaily.com.br/br/771258/midiateca-em-bourg-la-reine-pascale-guedot-architecte

Tabela 3: Analise Swot- Midiateca em Bourg La Reine

ASPECTOS POSITIVOS Possui uma boa localização

ASPECTOS NEGATIVOS Não possui boa ventilação natural necessária

OPORTUNIDADES Com o aumento do turismo, acaba incentivando o crescimento da economia

AMEAÇAS Longas peles de vidro podem obrigar o uso de cortinas ou de algum tratamento no vidro.

Fonte.: Autor (2019)


73

5.3

Museu do Amanha

Arquitetura: Santiago Calatrava Localização: Rio de janeiro - Brasil Data de início do projeto: 2009 Data de finalização da obra: 2015 Áreas: 15.000,00m² Para conceber o desenho do edifício que abrigará o Museu do Amanhã, o arquiteto espanhol Santiago Calatrava considerou aspectos culturais e históricos do Rio de Janeiro e se inspirou em elementos da fauna e da flora brasileiras. Figura 59: Vista principal do museu do amanhã

Fonte: www.museudoamanha.org.br

Localizado no Píer Mauá, o Museu do Amanhã é parte de uma revitalização, a do Porto Maravilha, na zona portuária do Rio de Janeiro. O projeto permite uma melhor integração entre os bairro e zona central e está tornando o espaço um dos bairros mais atraentes da cidade. O museu tem arquitetura sustentável, os espelhos d'água que cercam o prédio são abastecidos com água da Baía de Guanabara. A refrigeração também utiliza essa água que depois é devolvida ao mar, mais limpa do que chegou. A água da chuva captada na cobertura do prédio é usada nos vasos sanitários, para lavar as áreas externas e para irrigar os jardins. O paisagismo é assinado pelo escritório Burle Marx e utiliza espécies da vegetação nativa típica da região.


74 Figura 60: Vista do espelho d’agua

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/785756/museu-do-amanha-santiago-calatrava

Com 15 mil metros quadrados de área construída, o edifício do museu possui dois andares destinados ao público, contendo área expositiva, auditório com 392 lugares, loja, restaurante, café, espaços educativos e bilheteria, galeria com áreas técnicas e subsolo de serviço. O projeto é composto por concreto, capaz de dar forma aos seus elementos curvos e/ou inclinados, além de funcionar como suporte para a estrutura metálica da cobertura, que se assemelha a um casco de navio invertido. O pavimento térreo e formado pelo balcão de informações, loja, guarda volumes, um café, acessos verticais, auditório que fica inserido na parte central do edifício. Local para exposições temporárias. Área administrativa e por fim o restaurante. Figura 61: planta do pavimento térreo

Fonte: museudoamanha.org.br. Modificada pela Autora


75

A cobertura metálica avança em grandes balanços com 70 metros de comprimento em direção à praça e 65 metros sobre o espelho d’água voltado para a baía, que exigiram ensaios em túnel de vento para que a dinâmica correta estivesse garantida. Figura 62: Vista interna do térreo

Fonte: museudoamanha.org.br

O primeiro pavimento é um mezanino onde fica o observatório do amanhã, laboratórios de atividades do amanhã, banheiro e a circulação vertical. Figura 63: planta do primeiro pavimento

Fonte: museudoamanha.org.br. Modificada pelo autor.

O segundo pavimento e formado pelo ponto de encontro, pela área de exposição principal, área educativa, banheiros e circulação vertical. Nas instalações audiovisuais, o público interage, participa e reflete, sempre sob a perspectiva da sustentabilidade e dentro do fundamento conceitual de construção coletiva da civilização


76

O espaço de exposição permanente está alojado no último pavimento do edifício. Ele apresenta uma cobertura com 10 metros de altura que emoldura a vista panorâmica da Baía de Guanabara Figura 64: planta do segundo pavimento

Fonte: museudoamanha.org.br. Modificada pela autora (2019). Figura 65: Corte transversal

Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/santiago-calatrava-museu-amanha-riojaneiro Figura 66: Corte Longitudinal

Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/santiago-calatrava-museu-amanha-riojaneiro


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Figura 67: Elevação Nordeste

Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/santiago-calatrava-museu-amanha-riojaneiro

Figura 68: Elevação Sudeste

Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/santiago-calatrava-museu-amanha-riojaneiro Tabela 4: Analise Swot- Museu do Amanhã

ASPECTOS POSITIVOS Possui uma ótima localização, edifício sustentável.

ASPECTOS NEGATIVOS

OPORTUNIDADES Muitos turistas, melhora na economia.

AMEAÇAS Super valorização do entorno

Fonte.: Autor (2019)


78

6. 6.1

VISITAS TÉCNICAS Centro Cultural de São Paulo O Centro Cultural São Paulo (CCSP) fica entre a Avenida 23 de Maio e a Rua

Vergueiro, São Paulo. Foi projetado pelos arquitetos Luiz Benedito de Castro Telles e Eurico Prado Lopes e colaboradores. Desde a rua, o edifício possui uma boa permeabilidade, com quatro entradas de pedestres através da Rua Vergueiro. Figura 69: Fachada do CCSP

Fonte: Autora 2019.

O lote público, com cerca de 300 metros de comprimento, 70 de largura e 10 de desnível, por ocasião das desapropriações das áreas na região do Paraíso para construção do Metrô/SP nos anos 70, a área seria destinada pela prefeitura para a construção de torres comerciais, hotéis, shopping e uma biblioteca, a qual foi abandonada para implantação de uma enorme biblioteca. Esse programa foi revisto posteriormente, e acrescido de espaços de exposições, cinema, teatro e restaurante. A acessibilidade do terreno é notável, conectando-se à Estação Vergueiro da Linha Azul do metrô e estando próximo à Av. Paulista, com alto fluxo de pedestres. O prédio foi projetado respeitando a topografia do local, e pode passar despercebido, devido ao desnível de 10 metros entre as duas ruas, parte dos 4 pavimentos fica semienterrada, tornando a volumetria baixa e discreta e as fachadas se misturam à paisagem com sua vegetação. A intenção do projeto é justamente valorizar o interior, atrair os pedestres, criando um espaço multiuso.


79

A técnica construtiva é de estrutura mista de aço e concreto armado. O acabamento é a própria estrutura aparente, com fechamentos de vidro e cobertura acrílica formada por átrios com iluminação zenital. Figura 70: Estrutura aparente

Fonte: Autora 2019.

O piso 1 é formado pelos acessos da Rua Vergueiro, onde logo na entrada é possível um grande jardim central de 700m², resultado da preservação da vegetação existente, criando um ambiente agradável o que fornece iluminação natural para dentro do edifício. Figura 71: Vista externa do jardim central

Figura 72: Vista interna do jardim central

Fonte: Autora 2019.


80

Na parte externa está uma área grande descoberta de convivência, onde está localizado o restaurante e podemos ver o acesso ao jardim suspenso, que fica na cobertura. Figura 73:Jardim suspenso

Fonte: Autora 2019.

Do lado lateral estão os acessos, com dois corredores laterais e o teatro na parte central, mais a frente está o foyer com um amplo espaço com banco para espera e também tem acesso a bilheteria do teatro. Figura 74: Foyer

Fonte: Autora 2019. Figura 75: Teatro

Fonte: Autora 2019.


81

A parte interna é formada por mesas de estudos nas laterais e no centro estão as rampas de acesso que descem levando à biblioteca e à discoteca (em forma de Y) e sobem para a Pinacoteca Municipal (em forma de X) onde estão os espaços de exposições. Figura 76: Acesso rampa

Fonte: Autora 2019. Figura 77: Acesso rampa

Fonte: Autora (2019)


82

Do lado direito do piso 1, está localizado o primeiro piso de exposição, nele está concentrada um espaço destinadas a pequenas exposições, e nesses espaços de exposições. Figura 78: área de exposição

Fonte: Autora 2019.

Com saída para área externa, onde estão algumas mesas de estudos nas laterais, utilizando parte do beiral da cobertura. Figura 79: Área externa

Fonte: Autora 2019.

No piso 0 é onde estão localizados os conjuntos de bibliotecas acessíveis ao frequentador, que conta com a Biblioteca Louis Braille, a Gibiteca Henfil, biblioteca Adolfo Volpi, sala de leitura infanto-juvenil, biblioteca Sergio Milliet e a discoteca.


83

A biblioteca Louis Braille, oferece uma ampla coleção de livros em braille e audiolivros; a Biblioteca de Culturas Surdas, com acervo e atendimento especial para o público surdo. Figura 80: Biblioteca Louis Braille

. Fonte: Autora 2019

A GIBITECA HENFIL possui uma coleção com mais de 10 mil títulos entre álbuns de quadrinhos, gibis, periódicos e livros sobre HQ. Sua programação diversificada, envolvendo oficinas, palestras, exposições, exibição de filmes e jogos, atrai fãs e profissionais da área. Figura 81: Gibiteca Henfil

Fonte: Autora 2019.


84

A biblioteca Alfredo Volpi, é especializada em livros de arte; livros sobre artes plásticas, arquitetura, fotografia, moda, recreação e artes performáticas, além de periódicos e CD-ROM. Figura 82: Biblioteca Alfredo Volpi

Fonte: Autora 2019.

A Biblioteca Sergio Milliet, consta com 100.000 volumes e microfilmes de jornais do século XIX, possui uma grande área de estudo na parte central. Figura 83: biblioteca Sergio Milliet

Fonte: Autora 2019.

Na parte dos fundos do edifício está a Discoteca Oneyda Alvarenga, considerada um dos mais importantes acervos especializados em música do mundo, contém múltiplos gêneros musicais de discos, além de livros de música, periódicos e hemeroteca musical e mais de 60 mil partituras que versam entre o popular e o erudito.


85 Figura 84: Discoteca Oneyda Alvarenga

Fonte: Autora (2019)

O ultimo pavimento é formado por uma ampla área, destinada para exposições. Nele se encontra paineis, dependendo do tipo de evento. Em alguns locais estão locados os blocos rigidos com banheiros e a circulação vertical. Figura 85: Piso de exposição

Fonte: Autora 2019. Figura 86: comprovante fotográfico

Fonte: Foto tirada pela Bianca Neves


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Tabela 5: Tabela Síntese - Centro Cultural São Paulo

ASPECTOS POSITIVOS Boa localização (próximo ao metro), espaço convidativo

ASPECTOS NEGATIVOS Falta de estacionamento e de posto médico.

OPORTUNIDADES Com o aumento do turismo, acaba incentivando o crescimento da economia

AMEAÇAS Super valorização do entorno, gerando gentrificação.

Fonte: autora (2019)

6.2

Sesc Paulista O Sesc desenvolvido pelo escritório Königsberger Vannucchi Arquitetos

Associados. Localizado na Avenida Paulista em um dos lugares mais movimentados da cidade, considerada eclética e dinâmica, contendo atividades financeiras compartilhadas em seus quase 3 quilômetros com lojas, centros de compras e, sobretudo, com edifícios e equipamentos culturais. Figura 87: Fachada sesc paulista

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/905384/sesc-avenida-paulista-konigsberger-vannucchiarquitetos-associados

A unidade possui uma localização privilegiada, de fácil acesso com transporte público em uma região extremamente movimentada. Os ônibus circulam em toda a sua extensão. Há também a estação Brigadeiro do metrô, que fica a 5 minutos do


87

mesmo local. O prédio possui uma distribuição de todas as atividades ao longo de seus dezessete andares. No térreo também se encontram duas escadas rolantes, 6 elevadores e duas escadas de incêndio pressurizadas para o acesso aos pavimentos superiores. No 2º Pavimento encontra-se a Central de Relacionamento e área de convivência, bem como a loja Sesc. Figura 88: Central de relacionamentos

Fonte: Autora 2019. Figura 89: Loja sesc

Fonte: Autora 2019.

O terceiro pavimento esta brinquedoteca. No quarto, quinto e sexto andar e onde estao os ateliers e galerias de artes. No sétimo pavimento é uma area de apoio. No oitavo pavimento é onde estão localizadas as clinicas de odontologia. O nono pavimento esta a administracao do sesc. Décimo, décimo primeiro e décimo segundo pavimento10, três andares que são dedicados a práticas esportivas. O décimo terceiro e o décimo quarto e sao pavimentos de arte. O décimo quinto pavimento, é um


88

espaço destinado a biblioteca, que oferece 5.400 títulos ao público. Esse espaço oferece espaços para estudos, contendo mesas e cadeiras. Figura 90: Acervo biblioteca

Fonte: Autora 2019. Figura 91: Área de estudos

Fonte: Autora 2019

A comedoria no décimo sexto pavimento é integrada por uma área de pé direito duplo onde é possível acessar, através de uma escada, o café e sua ligação, para o terraço e o mirante, que é uma plataforma circundada de vidro que está a cima do terraço, no décimo sétimo andar, o ponto maior interesse e mais disputado do projeto, a vista lá permite uma vista panorâmica de toda a avenida.


89 Figura 92: Mirante

Fonte: http://arquittetando.com.br/reinauguracao-sesc-paulista/ Figura 93: comprovante fotográfico

Fonte: Foto tirada pela Bianca Neves. Tabela 6: Tabela Síntese- Sesc Paulista

ASPECTOS POSITIVOS Boa localização (próximo ao metro)

ASPECTOS NEGATIVOS Grande fluxo de pessoas para o uso de elevadores

OPORTUNIDADES Recebe bastante turista e curiosos devido a sua localização.

AMEAÇAS Super valorização do entorno, gerando gentrificação.

Fonte: Autora (2019)


90

6.3

Instituto Moreira Salles O IMS foi desenvolvido pelo escritório Andrade Morettin Arquitetos. O instituto

está localizado na Avenida Paulista, quem um dos pontos mais movimentados da cidade, com um grande fluxo de pedestres. A fachada é toda revestida com placas de zinco, formado da pele dupla em uma única camada de vedação, colados entre si e fixados na estrutura metálica principal da fachada, que fornece leveza ao prédio. O efeito translucido filtra a radiação solar e a transmissão térmica, fornecendo uma qualidade ambiental no prédio promovida pela fachada, somada ao sistema de resfriamento no piso e à ventilação natural cruzada promovida pelo térreo elevado. Figura 94: Fachada do instituto Moreira salles

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/883093/instituto-moreira-salles-andrade-morettin-arquitetos

A criação de um novo museu é sempre um acontecimento extraordinário. O papel que desempenham nas cidades contemporâneas é fundamental, não só por promover os eventos ligados à arte e à cultura, mas sobretudo por trazer interesse e vitalidade aos espaços urbanos. Descrição enviada pela equipe de projeto, Andrade Morettin Arquitetos.

O pavimento térreo é um prolongamento da rua, composto por um amplo vão livre, formando uma praça, com bancos e ao fundo há um restaurante/café. As cores são intencionalmente escuras e ao centro estão as escadas rolantes que levam o visitante diretamente para o quinto andar, considerado o térreo elevado.


91 Figura 95: Praça

Fonte: Autora 2019.

Durante a subida pela primeira escada rolante, dando acesso ao primeiro pavimento onde podemos observar a midiateca do instituto, que é composta por auditório, salas de aula, espaço multimídia e biblioteca, formando um corpo único e integrado. Figura 96: Acesso Midiateca

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/883093/instituto-moreira-salles-andrade-morettinFigura 97: biblioteca

Fonte: autora (2019)


92

No segundo pavimento está a sala de aula, onde acontece cursos e palestras. Logo acima está localizado o cineteatro, um auditório para cinema, shows, debates e palestras. No quinto pavimento está a praça elevada, ou Térreo Elevado do instituto, composto por um amplo vão livre. O piso é de calçada portuguesa com desenho similar ao da Paulista. Logo à frente da escada rolante há um observatório da avenida, com um vão aberto que conta com apoio de guarda corpo. Nesta praça elevada estão situados o balcão de informações, a loja do instituto, cafeteria e vários bancos. Figura 98: Observatório da avenida

Fonte: autora (2019)

Há aberturas nas duas frentes deste grande espaço, permitindo assim ventilação natural cruzada. O volume vermelho das salas de exposições pode ser visto em toda a sua altura. Na lateral direita está localizada as escadas que fornecem acesso ao demais pavimentos. Figura 99: Acesso

Fonte: autora (2019)


93

São três galerias de exposições distribuídas no o sexto, sétimo e o oitavo pavimento. Todas as salas, não possui janelas, sendo amplas e refrigeradas com ar condicionado, possui um grande pé direito. A estrutura das lajes é visível no teto e serve de suporte para iluminação e exposições. Figura 100: Galeria de exposição

Fonte: Autora (2019). Figura 101: Comprovante fotográfico

Fonte: Foto tirada pela Karoline Fontes. (2019)


94

Tabela 7: Tabela Síntese - Instituto Moreira Salles

ASPECTOS POSITIVOS Boa localização (próximo ao metro) e muito procurado para visitas. Área bem distribuída, com um fluxo bem organizado. OPORTUNIDADES Com o aumento do turismo, acaba incentivando o crescimento da economia

ASPECTOS NEGATIVOS Não identifiquei aspectos negativos

AMEAÇAS Super valorização do entorno, gerando gentrificação.

Fonte: autora (2019)


95

7.

LOCAL DE INTERVENÇÃO

7.1

Estado de São Paulo Situado no estado de São Paulo, e fazendo parte da Região Metropolitana de

São Paulo – RMSP, na sub-região leste do estado (figura 84) denominado também de região do Alto Tietê, a cidade de Mogi das Cruzes. Segundo a prefeitura municipal de Mogi das cruzes- PMMC. O município está situado a menos de 50 quilômetros da capital paulista, Figura 102: Localização de Mogi das Cruzes no estado de São Paulo

Fonte: Revista UNG- Geociencias V.14, N.1. (2019)

7.2

Região do Alto Tietê De acordo com o site do CONDEMAT (Consórcio de Desenvolvimento dos

Municípios do Alto Tietê), a região é formada por 11 municípios, onde vivem aproximadamente 2,9 milhões de habitantes. A sub-região do estado de São Paulo é constituído pelos seguintes municípios: Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano (figura 101).


96 Figura 103: Mapa das cidades do Alto Tietê

Fonte: www.condemat.com.br/alto-tiete. (2019)

O Alto Tietê possui uma área de cobertura vegetal extensa e mananciais importantes, como por exemplo, o rio Tietê, que nasce em Salesópolis, o tornando um dos principais produtores de água do estado. Segundo o CONDEMAT, a região se destaca pela economia diversificada, pois está situada no “Cinturão Verde”, fazendo a agricultura ser o responsável pelo abastecimento da capital e outras regiões brasileiras, liderando na produção nacional de frutas, com destaque para o caqui e nêspera, além de cogumelos e flores, do tipo orquídeas. O perfil econômico é amplo, diversificado e crescente. Nos últimos anos, os municípios de Mogi das Cruzes e Guarulhos estão entre as 100 cidades brasileiras com maior potencial de consumo. As áreas de prestação de serviços e turismo tem se instituído como forte fonte de renda, e possui um dos maiores parques industriais do estado de São Paulo, com empresas multinacionais colaborando para a geração de empregos e impostos.


97

7.3

Mogi das Cruzes

7.3.1 Histórico e Desenvolvimento da Cidade Segundo o site da COMPHAP de Mogi das Cruzes1, antes de sua fundação, o bandeirante Braz Cubas, no ano de 1560, havia se ao profundado pelas matas do território mogiano, às margens do Rio Anhembi, hoje conhecido como Rio Tietê, à procura de ouro. Contudo, essas informações estão equivocadas, uma vez que em 1590, a região onde hoje está Mogi das Cruzes não tinha brancos, somente índios, não se podendo crer oficialmente. Naquela época, os índios que habitavam o local, eram ferozes, e travaram guerras defendendo o território, mas após o imediato da época reunir cinquenta homens brancos mais alguns índios tupinães, os índios locais foram massacrados. Outro bandeirante paulista, chamado Gaspar Vaz abriu o primeiro caminho de acesso de São Paulo a Mogi, dando início ao povoado, que foi elevado à Vila em 17 de agosto de 1611, com o nome de Vila de Sant'Anna de Mogi Mirim. A oficialização ocorreu no dia 1º de setembro. Mogi é uma alteração de Boigy que, por sua vez, vem de M'Boigy, o que significa "Rio das Cobras" (por conta das silhuetas dos rios da região), denominação que os índios davam a um trecho do Tietê. Quando a Vila foi criada em 1611, devido ao costume de adotar o nome do padroeiro, passou a ser denominada "Sant'Anna de Mogy Mirim". Por sua vez, Mirim quer dizer pequeno na língua indígena, sendo provavelmente referência ao riacho Mogi Mirim. A linguagem popular acrescentou o termo “cruzes” ao final do nome da atual cidade, porque era costumeiro dos povoadores sinalizarem com cruzes os marcos que indicavam os limites da Vila na época. Se tratando das datas e fatos fundamentais, temos a seguinte cronologia: 

1560 - Braz Cubas foi o primeiro a entrar nas matas do território de Mogi,

procurando ouro; 

1601 - Ano em que foi construída a primeira estrada que ligava São Paulo a

Mogi das Cruzes, favorecendo o trânsito dos indivíduos; COMPHAP, História de Mogi das Cruzes – Disponível em: <http://www.comphap.pmmc.com.br/pages/mogi_das_cruzes.html> Acesso em 11 de março de 2019 1


98

1611 - Em 17 de agosto, surge oficialmente a Vila de Sant’anna de Mogy Mirim

(oficializada em 1º de setembro) como sítio de grande imp0ortância no projeto de povoamento do Brasil; 

1822 – Mogi das Cruzes recebeu a visita do seu mais prestigiado visitante: o

príncipe regente D. Pedro, que tinha acabado de sair do Rio de Janeiro em direção a São Paulo. Ele retornou a Mogi depois da Proclamação da Independência em 9 de setembro; 

1865 – Em 13 de março ocorre a elevação da cidade;

1874 – Em 14 de abril ocorre a elevação à Comarca;

1931 – O brasão de armas de Mogi das Cruzes foi instituído pelo Ato nº48, em

1º de julho, idealizado pelo historiador Dr. Afonso Tauany e pelo artista J. Wash Rodrigues. E foi restabelecido pela Lei nº 19, em 27 de fevereiro de 1948; 

1956 – A bandeira de Mogi das Cruzes foi instituída e oficializada pela Lei

Municipal nº 804 em 29 de novembro, sendo seu criador, o então estudante Domingues Geraldo Sica; 

1º de setembro celebra-se o aniversário de Mogi das Cruzes.

Retornando ao raciocínio cronológico da cidade, Mogi das Cruzes foi organizada e urbanizada como a maioria das cidades coloniais daquela época: ao redor das edificações religiosas barrocas, geralmente sendo igrejas – trazidas pelas missões jesuítas – ordinariamente localizadas nos pontos mais elevados e/ou centrais das cidades, recebendo destaque na paisagem urbana. Com o decorrer do tempo, Mogi das Cruzes se tornou uma cidade histórica, pois de acordo com o Portal do Governo do Estado de São Paulo, é o quarto município mais antigo do estado de São Paulo. 7.3.2 Acessos Localizado a cerca de 50 quilômetros da capital, o município tem pouco mais de 440 mil habitantes, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)2. Possui aproximadamente 721 km² de expansão territorial, e está situado na região leste da Grande São Paulo, sendo o principal núcleo econômico e populacional da região do Alto Tietê.

IBGE, Mogi das Cruzes – Disponível em: <www.ibge.gov.br/mogi_das_cruzes> Acesso em -11 de março de 2019 às 11:40. 2


99

A cidade faz parte do mais importante corredor econômico do país, entre as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, estabelecendo-se no polo econômico e direcional da área que se expande dos limites do Vale do Alto Tietê às cabeceiras formadoras dessa região, possibilitando o fácil acesso ao porto de Santos e São Sebastião, e está próxima ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. O município é cercado pela Serra do Itapety e a Serra do Mar, possuindo 06 acessos diferentes (figura 86), sendo eles: 1-Rodovia Presidente Dutra; 2-Rodovia Ayrton Senna SP 70; 3-Rodovia Mogi-Dutra SP 88; 4-Rodovia SP66 – Estrada Velha Rio-São Paulo; 5-Rodovia Mogi-Salesópolis SP 88; 6-Rodovia Mogi-Bertioga SP 98.

Figura 104: Acessos

Fonte: www.google.com.br/maps/viniciuscarvalho (2019)

Mogi das Cruzes é servida também pela linha 11 Coral da CPTM (companhia paulista de três metropolitanos), fazendo trajeto entre as estações Estudantes e Luz, sendo atualmente a linha mais saturada da região metropolitana. A cidade de mogi das cruzes é composta por quatro estações de trem: Jundiapeba, Brás cubas, Mogi das Cruzes e Estudantes.


100 Figura 105: Linha 11 Coral da CPTM

Fonte: https://pt.map-of-sao-paulo.com/trens-mapas

Análise do Terreno O terreno está localizado no bairro central, onde possui o predominantemente comercial e serviços, apresentando grande potencial para abrigar um equipamento cultural, por estar próximo ao terminal central e a estação ferroviária de Mogi, contribuindo para o seu uso Premissas e Justificativa do Terreno 

Fácil acesso e integração com os bairros;

Próximo ao centro cultural

Situado na área com grande fluxo; O terreno adotado para o desenvolvimento do projeto, situa-se na na Avenida

Henrique Eroles, de esquina com a Rua Professor Flaviano de Melo., no bairro do Centro, Mogi das Cruzes – Região Metropolitana do Estado de São Paulo (figura 88). Figura 106: Localização do terreno

Fonte: Google Maps – modificado pela autora 2019.

O local estrutura-se em uma área que conta com equipamentos comerciais e serviços, onde estão localizados comércios de diversas tipologias, agencias bancarias. Somado a área central de Mogi das Cruzes, podemos destacar facilidade


101

do acesso, pois é atendido tanto por vias de acesso quanto pelo transporte público, por estar em frente ao Terminal Central, ou as linhas que fazem o trajeto do Terminal Estudantes. Já a via onde o terreno do projeto faz frente para a Avenida Henrique Eroles sendo uma das principais vias de acesso para o centro de Mogi das Cruzes, como para a rua Professor Flaviano de Melo, estando próxima de outros eixos principais que cortam a cidade como a Avenida Voluntário Fernando Pinheiro Franco, sendo considera a avenida dos bancos e a rua Doutor Ricardo vilela. Os principais equipamentos culturais e lazer estão concentrados na região Central, sendo considerados próximos ao terreno escolhido, são eles: 

Theatro Vasques

Centro Cultural- biblioteca

Casarão do Carmo

Museu histórico prof Guiomar Pinheiro Franco

Centro de Cultura e memória "expedicionários mogianos "

Auditorio Cemforp

Galpão Arthur Netto

7.3.3

Terreno O terreno como já mencionado, situa-se entre a Avenida Henrique Eroles e a

rua professor Flaviano de Mello, no bairro Central, Mogi das Cruzes – SP, medindo 46.70 metros de frente, 32,02 metros na lateral direita, 41,01 metros na lateral esquerda e 47,56 metros de fundos, totalizando uma área de 1.704,93 m² (figura 119). A topografia é plana em toda a sua extensão, área nivelada no mesmo plano, facilitando o deslocamento dos usuários, visando a acessibilidade em todo o complexo.


102 Figura 107: Aspectos fĂ­sicos

Fonte: Autor 2019 Figura 108: Condicionantes ambientais

Fonte: Google Earth. Modificado pelo autor. (2019)


103 Figura 109: levantamento fotográfico

Fonte: Google Earth satélite (2019) Figura 110: Levantamento fotográfico

Fonte: Google Earth satélite (2019)

Ocupação do Solo Observando o Uso e Ocupação do Solo (figura 111), nota-se que há a predominância de comércios e de áreas residenciais, no raio de análise de 300 m, seguido de usos institucionais. Há também bastante terrenos usados como estacionamentos


104 Figura 111: Mapa uso do solo

Fonte: Elaborado pela autora (2019).


105

Gabaritos de altura Nesta área da cidade tem predominância de até 1 pavimentos, sendo a maioria de 2 e 3 pavimentos, observa poucas construções com mais de 4 pavimentos. Figura 112: Mapa gabarito de altura

Fonte: Elaborado pela autora (2019).


106

Cheios e vazios De acordo com o levantamento de cheios e vazios, observamos que a área é bastante consolidada, tendo a maior parte do solo já construído, com poucos vazios, sendo a maioria espaços verdes e áreas utilizadas para estacionamentos. Figura 113: Cheios e vazios

Fonte: Autora (2019)


107

Sistema Viário No mapa de sistema viário, é possível observar que o fluxo intenso se concentra na Rod. Henrique Eroles e na Av. Vol. Pinheiro Franco, conhecida como a rua dos bancos, que por ser uma via arterial, ela que distribui todo o fluxo da região. Nos demais pontos, os fluxos são leves, só se tornando moderados próximos a instituições de saúde ou educacionais. Figura 114: Sistema Viário

Fonte: Autora (2019)


108

8.

CONCEITUAÇÃO DO PROJETO

8.1

Perfil do Usuário O projeto tem como objetivo estimular os usuários locais, usuários municipais

e usuários da região do alto tiete a conhecer e desfrutar todos os ambientes culturais da midiateca a ser oferecido. A edificação terá espaços para todas as idades e gostos, para haver maior interação com os setores culturais. A midiateca irá oferece muitos serviços e atividades. Com isso, o número e a variedade de usuários crescem também. A princípio, o complexo será um local de muitas visitas de estudantes que procuram um lugar para estudar, tendo os livros como consulta. Ou até mesmo pessoas apreciadoras de uma boa leitura O espaço do auditório irá atrair um público bem misto, dependendo do tipo de evento que estiver acontecendo Conta também com todos os colaboradores e outros prestadores de serviço para a manutenção e funcionamento do espaço. Funcionários administrativos, da comedoria, técnicos de informática, recepcionistas, bibliotecários.

8.2

Conceito O foco principal do projeto é tornar o espaço cultural atrativo aos usuários,

convidativo e útil. Além de ser um local de informação, leitura, ele deve ser também um local de encontro e distração e lazer. A intenção é que o edifício não atraia só pela sua função, mas que também seja um referencial para a cidade e para a região, valorizando a área em que se insere, harmonizando com o ambiente e seu uso. Conexão é a nossa palavra chave para definição de Conceito. Explorar Ambientes e espaços multifuncionais que possam estimular as percepções visuais e audiovisuais, a tranquilidade, a diversão, o conforto e o bem-estar dos usuários será um dos pontos a serem desenvolvidos. Áreas de permanência, com a presença de iluminação natural e conforto térmico serão criadas para gerar convívio entre os usuários


109

8.3

Partido Arquitetônico Para alcançar os conceitos do projeto, serão adotados como partidos

arquitetônicos uma distribuição do fluxo horizontal e vertical, com uma setorização bem definida, evitando ao máximo o uso de paredes, sendo composto por mobiliários para uma melhor visualização dos espaços e integração entre os ambientes. Haverá o emprego de composições geométricas e cores com os objetivos de tornar os espaços atrativos e interativos, se destacando como essência na concepção dos espaços, bem como módulos em áreas com seus usos. Entretanto, além de se tornar um local atrativo por suas atividades, é importante que a própria arquitetura induza as pessoas a adentar o espaço, e para isso, deve existir a interação entre eles, evidenciando a biblioteca, com ambientes midiáticos e lúdicos. Os ambientes serão acolhedores e confortáveis para proporcionar aos usuários sensações agradáveis. Recursos tecnológicos serão explorados e estudados como item a despertar interesse e atrair usuários para o complexo. Dessa forma dentro do partido arquitetônico procuramos por elementos arquitetônicos que contribuam para prevalecer confortos térmicos, acústicos e visuais. Temos como soluções a serem adotadas, além do posicionamento favorável dos espaços, a utilização de elementos como brises, marquises, vidros especiais, revestimentos ou módulos de fachada que virão a ser os princípios para valorizar esteticamente e criar espaços interessantes entre os usuários. Para soluções internas podemos estudar aberturas de janelas que promovam vistas interessantes e a troca favorável do ar assim como a entrada de luz.


110

9. 9.1

ESQUEMAS ESTRUTURANTES Agenciamento Tabela 8: Agenciamento

FUNÇÃO

SETOR

Área de convivência para os visitantes, por exemplo: praça, acervo de livros, musica, pátio externo, estacionamento, áreas verdes, átrio, auditório, foyer externo.

SOCIAL

Área onde as pessoas terão acesso aos acervos da biblioteca, gibiteca, audioteca, videoteca e os espaços de estudos e ao auditório, quando houver apresentações e foyer

CULTURAL

ADMINISTRATIVO

Área de administração para todo o edificio

Espaço destinado para funcionários se trocarem, almoçarem, apoio e para executarem serviços de limpeza do edifício, reposição de peças e guardar materiais.

SERVIÇO

Fonte: Autora 2019

9.2

Programa de Necessidades Tabela 9: Programa de necessidades - Social

SOCIAL

ambiente

Recepção

Lobby

agenciamento área para obter informações e atendimento ao publico aguardar e recepção dos usuários

mobiliário

quant.

área (m²)

área total (m²)

balcão, armários e cadeiras

1

15

15

sofá, cadeiras e mesas

1

50

50


111

Sala de exposição

área de exposição de artes e culturais

Coworking

Espaço de trabalho

Sanitário feminino

necessidade pessoal do usuário

Sanitário masculino

necessidade pessoal do usuário

expositores e murais Mesas, cadeiras, sofá, pufs sanitários e lavatórios sanitários, mictório e lavatórios

Área para venda de materiais de Pateleiras, mídia ou de uso balcão geral COMEDORIA/CAFÉ

Loja

1

30

30

1

150

150

1

10

10

1

10

10

1

50

50

Área social

espaço para refeições e encontros sociais

mesas e cadeiras

1

780

70

Cozinha

área de preparo de refeições e atendimento

pia, armários, eletrodoméstic o e bancada de apoio

1

50

50

1

25

25

1

10

10

área total (m²)

15

Balcão de atendimentos dispensa estacionamento social

Espaço para atendimento ao balcão cliente armazenar prateleiras e alimentos armário INTEGRAÇÃO Estacionar rotativo

-

Área para estacionar/ 10 guardar bicicleta Área total do social = 470,00 m² sem estacionamento

bicicletários

Fonte: autora 2019

CULTURAL

Tabela 10: Programa de necessidade- Cultural

ambiente

Recepção

agenciamento

mobiliário

quant.

área (m²)

área para obter informações e atendimento ao publico

balcão, armários e cadeiras

1

15


112

Sala de estudos

Área destinadas para estudar

Mesas, cadeiras

1

Acervo

Área destinadas para armazenar livros

prateleiras

1

Gibiteca

área destinadas com acervo de gibis

Audioteca

área destinadas com acervo em áudios

Videoteca

área destinadas com acervo em vídeos

Sala de exposição

Espaço para expor

-

wc. feminino

necessidade pessoal do usuário

wc. masculino

necessidade pessoal do usuário

sanitários e lavatórios sanitários, mictório e lavatórios

Espaço com layout multifuncional Espaço com layout multifuncional Espaço com layout multifuncional

70 150

70

150

1

70

70

1

70

70

1

70

70

1

500

500

1

20

20

1

20

20

20

80

80

2

15

15

1

15

15

Salas, espelhos, bancadas,

4

20

20

Guardar

1

15

15

Maquinário projeção, mesa e cadeira

1

15

15

Poltrona, palco

150

200

200

1

20

20

1

20

20

AUDITÓRIO

Foyer

bilheteria

Área destinada para espera

Atendimento

chapelaria

Área destina para guardar

camarim

Preparar, ensaiar

Almoxarifado Cabine técnica Plateia wc. feminino wc. masculino

Serviço

Serviço Área para assistir as apresentações necessidade pessoal do usuário necessidade pessoal do usuário

Poltronas, sofá, bancos, puffs, lixeiras Computador, cadeiras, mesa e caixa Balcão, armários, prateleiras, cabide

sanitários e lavatórios sanitários, mictório e lavatórios

Área total do Cultura = 1,905m² m²


113

Tabela 11: Programa de necessidades - Serviço

ambiente

agenciamento Estoque de suprimentos

Almoxarifado

área de refeição dos funcionários

Refeitório Área de descanso

SERVIÇO

DML

Vestiário fem.

Vestiário masc.

espaço descanso dos funcionários deposito de matérias de limpeza necessidade pessoal do funcionário necessidade pessoal do funcionário

Quant.

Área (m²)

Área total (m²)

1

15

15

1

20

20

sofás, tv , puff;

1

15

15

prateleiras e armário

1

4

4

1

20

20

1

20

20

mobiliário Mesas, cadeira, prateleira, armarios pia, mesa, cadeira, microondas, geladeira;

sanitário, lavatório, chuveiro; sanitário, lavatório, chuveiro;

Sala de medições

Area para medir

-

3

Ar condicionado (FAN COIL)

Area para controle

-

8

Area para controle

-

carga e descarga

Area para entregas

-

1

50

50

Estacionamento de serviço

Estacionar

-

3

28

28

Quant.

Área (m²)

Área total (m²)

1

8

8

1

12

15

1

20

20

Reservatório

Área total do serviço = m²

Fonte: autora 2019

ADMINSTRATIVO

Tabela 12: Programas de necessidades - Administrativo

ambiente Recepção

agenciamento

mobiliário

Receber, informar

Mesa, cadeira, computador Mesa, cadeira, computador Mesa, cadeira, computador

Diretoria

Serviço

Sala de reunião

Área destinada para se reunir


114 Administração Financeiro comunicação Funcionários Arquivo wc. feminino wc. masculino

Administrar Serviço, controle financeiro Área de atendimento e divulgação Espaço de trabalho geral Área para guardar documentos necessidade pessoal do usuário necessidade pessoal do usuário

Mesa, cadeira, computador Mesa, cadeira, computador Mesa, cadeira, computador Mesa, cadeira, computador Mesa, cadeira, computador sanitários e lavatórios sanitários, mictório e lavatórios

1

12

15

1

12

15

1

12

15

1

30

30

1

8

10

1

4

4

1

4

4

Área total do Administrativo = 136m² Fonte: autora 2019

9.3

ORGANOGRAMA Figura 115: organograma

Fonte: Autora 2019


115

9.4

FLUXOGRAMA Figura 116: Fluxograma tĂŠrreo

Fonte: Autora 2019 Figura 117: Fluxograma primeiro pavimento

Fonte: Autora 2019


116

Figura 118: Fluxograma segundo pavimento

Fonte: Autora 2019

Figura 119: Fluxograma terceiro pavimento

Fonte: autora 2019


117

ESTUDOS DE FACHADAS 1

Fonte: autora 2019.

2

Fonte: autora 2019.


118

Fonte: autora 2019.

Fonte: autora 2019


119

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para iniciar o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso, foram levantados questionamentos quanto a situação cultural e intelectual da sociedade brasileira, que se encontra em circunstâncias nada favoráveis. Com base em pesquisas e nos dados adquiridos nas pesquisas de campo, concluiu-se que mesmo com o acelerado processo evolução que o mundo está submetido na atualidade, tem-se presente a existência de verdadeiros problemas culturais onde a grande maioria da população brasileira se encontra desfavorecida, sendo esta também a realidade da região do alto tietê. Então, para reverter esse quadro, foi proposto desenvolver o projeto de uma midiateca afim de disponibilizar ao público como um todo, informações a partir do uso das tecnologias disponíveis no mercado. Ou seja, proporcionar a democratização do conhecimento de forma mais atrativa e prazerosa.


120

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125


RUA PROF. FLAVIANO MELO ROD. HENRIQUE EROLES

01

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

IMPLANTAÇÃO ESCALA: 1/150

TÍTULO:

TCC - I RESPONSÁVEL TÉCNICO:

GABRIELE FERNANDES BEZERRA ASSUNTO:

FOLHA:

IMPLANTAÇÃO ORIENTADOR

CELSO LEDO MARTINS

DATA:

01

ESCALA:

29/05/2019

1:150


ELEV. SERVIÇO

ELEV. SOCIAL

Balcão

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

02

PAVIMENTO TÉRREO ESCALA: 1/100

TÍTULO:

TCC - I RESPONSÁVEL TÉCNICO:

GABRIELE FERNANDES BEZERRA ASSUNTO:

FOLHA:

TÉRREO ORIENTADOR

DATA:

CELSO LEDO MARTINS

02

ESCALA:

29/05/2019

1:100


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RESPONSÁVEL TÉCNICO:

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PRIMEIRO PAVIMENTO

GABRIELE FERNANDES BEZERRA

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES TÍTULO:

PRIMEIRO PAVIMENTO

1:100 29/05/2019 CELSO LEDO MARTINS

ESCALA: DATA: ORIENTADOR

03 FOLHA: ASSUNTO:

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ELEV. SOCIAL ELEV. SERVIÇO

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

04

SEGUNDO PAVIMENTO

TÍTULO:

TCC - I RESPONSÁVEL TÉCNICO:

ESCALA: 1/100

GABRIELE FERNANDES BEZERRA ASSUNTO:

FOLHA:

SEGUNDO PAVIMENTO ORIENTADOR

DATA:

CELSO LEDO MARTINS

04

ESCALA:

29/05/2019

1:100


SALA

DE D A=12,3 IREÇÃO 1 m²

1.52

ADM A=4,8 . 6 m²

SAN. MASC.

ELEV. SOCIAL

PNE

ELEV. SERVIÇO

SAN. FEM.

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

05

TERCEIRO PAVIMENTO

TÍTULO:

ESCALA: 1/100

RESPONSÁVEL TÉCNICO:

TCC - I

GABRIELE FERNANDES BEZERRA ASSUNTO:

FOLHA:

TERCEIRO PAVIMENTO ORIENTADOR

DATA:

CELSO LEDO MARTINS

05

ESCALA:

29/05/2019

1:100


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