“Saber não basta, temos de aplicar. Querer não basta, temos de fazer.” (Goethe)
PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE AIMORÉS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE DESIGN Projeto de Conclusão de Curso Design de Produto GABRIEL FERNANDES DOS SANTOS Orientação: Tomas Queiroz Ferreira Barata
OS CAMINHOS QUE PERCORRI PARA CHEGAR ATÉ AQUI... Quando, em 2009, ingressei na vida universitária tive a oportunidade de participar do Projeto Bambu, através do Grupo Multidisciplinar de Alunos Taquara. Inicialmente meu interesse era a busca por conhecimento, causa pela qual deixei minha terra natural e vim para Bauru cursar Design, mas, pouco a pouco o bambu tornou-se um estilo de vida! O Projeto Bambu iniciou suas atividades em 199O, sendo coordenado desde então pelo Dr. Marco Antônio dos Reis Pereira, visando investigar, implantar e promover a cultura desta gramínea. Em 2009 surgia a primeira formação do Grupo Multidisciplinar de Alunos Taquara, composto inicialmente pelas áreas de Design Gráfico, Design de Produtos e Arquitetura e Urbanismo, e atuante nas atividades de extensão universitária do Projeto Bambu junto a um grupo de famílias do assentamento rural Horto de Aimorés, organizatdas em Grupo Agroecológico Viverde. Nossa intenção era utilizar o espaço físico, os meios disponíveis e a vontade para extravasar as barreiras do conhecimento, que nos são impostas pelas
salas de aulas como as conhecemos, possibilitando-nos experimentar na prática aquilo que muitas vezes só aprendíamos em teorias. Dessa forma nascia minha paixão por um caminho em aprender e aplicar, estendendo esse conhecimento para além da minha futura profissão como designer de produtos, estando próximo das pessoas e de suas realidades, projetando com elas e para elas, e utilizando para isto um material natural, renovável e notável ferramenta de tecnologia social, o bambu. Motivado pelo desenvolvimento técnico e crescimento humano vivenciado durante o meu processo de graduando, busquei em meu projeto de conclusão de curso dar continuidade ao que me fora apresentado durante os últimos cinco anos, inspirandome numa ideia de se fazer Design de forma participativa e inclusiva. E claro, utilizando o bambu como principal matéria prima para o planejamento do “produto” que estaria por vir.
ÍNDICE Introdução
8
Conceituando minhas ideias - Design participativo para a sustentabilidade - A educação popular na extensão universitária - O brincar, sermos eternas crianças - O bambu, materiais e resíduos locais para o planejamento de produção de componentes construtivos dos brinquedos
Objetivos
10 11 11 12 13
Mas, quais os materiais e como fazer acontecer? - O bambu, materiais e resíduos locais - Investigação para uma análise de similares - Planejamento: elaboração de projeto e confecção de testes dos brinquedos
15 15 15
PG. 7
E foi assim que aconteceu!
91
Agradecimentos
92
93 94
ASSENTAMENTO
- Livros lidos - Sites acessados
DO
Consultas realizadas
PARA AS CRIANÇAS
Conclusão
DIVERSÃO
17 23 24 24 70
DE
Dinâmicas realizadas junto às crianças do assentamento Estudos iniciais do planejamento de produção do parquinho Análise de similares Elaboração de projeto Confecção de testes dos brinquedos
PARQUINHO
-
RURAL HORTO DE AIMORÉS
INTRODUÇÃO Estimulado por meu percurso durante os anos da faculdade, estava diante um lema, como utilizar desse breve histórico de vida como aluno para dar as diretrizes e realizar o meu projeto de conclusão de curso? Um longo tempo de autoreflexão me pôs a pensar, pensar e pensar. Cheguei à conclusão do quão vasto poderiam ser os caminhos que teria de percorrer com, quaisquer fossem, as escolhas para a execução de meu projeto. Mas, de uma coisa eu já sabia, a paixão percebida e fomentada durante os anos de membro do Taquara me conduziam a realizar um design participativo e a utilizar o bambu como matéria prima. Contando com estas ferramentas, somei uma área de possível atuação que estava florescendo em mim, a vontade de adentrar no universo lúdico e único das crianças. Estando em constante contato com alguns moradores do assentamento rural Horto de Aimorés, identificamos a falta de um espaço recreativo para as crianças. Assim, nascera à proposta do planejamento de um parquinho de diversão em uma das áreas comunitárias da comunidade, utilizando o bambu, materiais e resíduos locais como matérias primas e conduzindo o projeto com o auxílio de ações inclusivas e cooperativas entre designer e usuário.
CONCEITUANDO MINHAS IDÉIAS
DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS
- O bambu, materiais e resíduos locais para o planejamento de produção de componentes construtivos dos brinquedos
DE
- O brincar, sermos eternas crianças
PARQUINHO
- A educação popular na extensão universitária
PG. 9
- Design participativo para a sustentabilidade
DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE AIMORÉS
Design participativo para a sustentabilidade Sem sermos dotados de um organismo autossuficiente para a nossa sobrevivência, utilizamos a inteligência ao longo de nosso processo evolutivo, para o desenvolvimento, a confecção e o aperfeiçoamento de “objetos”, buscando sanar, adaptar e melhorar as condições individuais e coletivas de vida, em virtude dos ambientes naturais que ocupamos e das diferentes razões sociais, econômicas e tecnológicas imperantes e vigentes em cada período desta cronologia. Conquistamos assim, o domínio de nosso planeta! A partir da revolução científica ocorrida durante o século XVI, sendo intensificado com a primeira Revolução Industrial em 1730 na Inglaterra e com o início do ofício de desenhista industrial, este cenário foi se alterando, o processo de industrialização ampliou o ritmo, a escala e a diversidade das produções, o que propiciou uma mudança acelerada e intensa em nosso modelo de vida. Devido às degradações constatadas no ecossistema com o abuso dos recursos não renováveis para satisfazer esse ideal de modernidade que consagrou, Segundo BOFF “[...] o progresso ilimitado, construído mediante um processo industrial, produtor de bens de consumo em grande escala, a expensas da exploração sistemática da Terra [...]” tida como detentora de recursos
inesgotáveis, atualmente, o design e a questão do desenvolvimento sustentável tornaram-se praticamente indissociáveis, isto porque são os designers que projetam os diversos produtos consumidos e descartados diariamente, levando em conta toda sua cadeia produtiva, a relação desta produção com os grupos de indivíduos que os consomem e o reflexo desta interação na sociedade. LÖBACH considera o designer como o produtor de “[...] ideias, recolhendo informações e utilizando-as na solução de problemas que lhe são apresentados.”. E que, além de possuir a capacidade criativa para desenvolver seu trabalho, deve estar “[...] incorporando as características que possam satisfazer as necessidades humanas, de forma duradoura.”. O designer tem como função elaborar e conceber opções efetivas e relevantes às pessoas, e que neste processo, através de ações participativas, o usuário final tenha a possibilidade de presenciar e colaborar nas atividades desenvolvidas pelo designer durante o processo de planejamento de suas criações, aproximando-os e os tornando cooperativos em busca de soluções para os seus próprios problemas (PAPANEK). Visto que, nas atuais condições de nosso modelo de vida, necessitamos mais do que apenas produtos industriais, tornando de grande importância o
conceito do desenvolvimento sustentável, para a continuidade da produção industrial, das atividades realizadas pelo profissional designer e a todos os usuários de suas produções. Pois, de fato, como frisa PAPANEK:
“As eventuais consequências daquilo que inventamos, projetamos, fazemos, compramos e usamos resultam todas na diminuição dos recursos, nos fatores de poluição e no aquecimento global do planeta.”. Para que haja uma interação entre designer e usuário se faz necessário à abordagem de uma metodologia de ação inclusiva e cooperativa no procedimento de tomada de decisão na elaboração e execução de um projeto/produto, e que nesta aproximação, como aponta SHIMBO, é precondição que seja viável a participação do usuário. De acordo com o educador popular FREIRE, para se conhecer os grupos de indivíduos, seus níveis de percepção do real e seus modos de pensar, estes não podem ser abordados como apenas ocorrência dos estudos elaborados.
A educação popular na extensão universitária
Assim, a extensão pode ser considerada um meio efetivo para a construção ou (re) construção de conhecimento.
PARQUINHO
Nesse espaço, para a compreensão da unidade prática e da teoria, como aponta THIOLLENT, é necessário que “[...] os pesquisadores,
extensionistas e agentes exerçam um papel de articulador e facilitador em contato com os interessados.”. Os conhecimentos úteis não devem ser simplesmente aplicados ou transferidos, pois, como evidência FREIRE, a comunidade envolvida nas ações de extensão não podem ser colocados como meros objetos, estes devem participar ativamente como estudiosos e investigadores.
PG. 1 1
Para que a extensão universitária ocorra de forma efetiva, promovendo uma construção social de transformação, identificando necessidades, disseminando informações, capacitando os participantes e propondo soluções, é necessário que haja interação e cooperação entre os estudantes universitários, agentes e a comunidade abrangida, mesmo que estes sejam de diferentes culturas, níveis educacionais e interesses.
DE
desapareçam no tempo, pois como afirma FORTUNA,
DO ASSENTAMENTO RURAL
“Não é só preciso assegurar o direito à brincadeira, como também é necessário fomentar a criação de novos lugares para brincar, bem como de uma consciência lúdica que garanta um justo lugar à brincadeira na vida.”.
PARA AS CRIANÇAS HORTO
O avanço tecnológico e a influencia da mídia modificaram a forma de relação, comunicação e expressão da sociedade, ficando evidente quando observamos e comparamos diferentes gerações, notando o curto espaço de tempo em que esse fenômeno tem ocorrido. Sendo estas alterações frutos da tecnologia e em contínuo processo expansivo, quando observamos o universo infantil e a sua importância na formação humana, verificamos a necessidade de assegurar o espaço físico e do tempo destinados aos jogos e brincadeiras, para que estes não
DIVERSÃO
O brincar, sermos eternas crianças
DE AIMORÉS
O bambu, materiais e resíduos locais para o planejamento de produção de componentes construtivos dos brinquedos O bambu, gramínea, de conhecimento pouco difuso no Ocidente, porém muito pesquisado no Oriente, é utilizada pelo ser humano há milênios, sendo estimado que, atualmente, contribua no dia a dia de mais de um bilhão de pessoas. O bambu tem acompanhado o ser humano no fornecimento de uma infinidade de itens, como o alimento, moradia, utensílios e ferramentas. (SASTRY apud PEREIRA & BERALDO). Atualmente, o desenvolvimento e a aplicação de novos materiais que consumam menos energia para sua extração, transporte e processamento, condicionando a um reduzido custo, tem se tornado uma necessidade indispensável na área do design. Sendo o bambu um material ecológico, este satisfaz a “[...]algumas exigências fundamentais para o futuro da humanidade, como: minimização do consumo de energia, conservação dos recursos naturais, redução da poluição e manutenção de um ambiente saudável”. (GHAVAMI & MARINHO). A associação de bambu com materiais e resíduos
locais para o planejamento de produção de componentes construtivos, apresenta uma cadeia produtiva que pode ser caracterizada como um sistema sustentável e adaptável, uma vez que esta junção de materiais, denominada técnica mista, possibilita “[...]a participação comunitária e o trabalho da mão-de-obra local.”. Sendo de rápida execução, e quando aplicada com o auxílio das inovações resultante do desenvolvimento tecnológico, podem apresentar baixo custo e “[...]contribuir significativamente no processo de produção social do habitat.” (GARZÓN) Para que seja possível a utilização do bambu em grande escala, sendo viável economicamente para o mercado e de possível industrialização, GHAVAMI & MARINHO apontam para a necessidade de se aplicar conhecimentos específicos da cadeia produtiva do bambu, “[...]analisando os processos de plantação, colheita, cura, tratamento e pós – tratamento[...]”, etapas que precedem o uso correto do material na execução de
qualquer projeto. O planejamento, o projeto e a confecção de componentes construtivos com bambu associado a materiais e resíduos locais, busca fomentar o desenvolvimento de um design sustentável com subsídios teóricos e práticos que vão de encontro à Lei 12484/11 (lei do bambu) que institui a Política Nacional de Incentivo ao Manejo Sustentado e ao Cultivo do Bambu tendo por objetivo o desenvolvimento da cultura do bambu no Brasil, como preconizado em seu artigo 5º parágrafo I “incentivar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico voltados para o manejo sustentado, o cultivo, os serviços ambientais e as aplicações dos produtos e subprodutos do bambu” e parágrafo III “incentivar o cultivo e a utilização do bambu pela agricultura familiar”.
OBJETIVOS
DE DIVERSÃO
Planejar, elaborar e confeccionar testes dos brinquedos, através de cursos e oficinas abertas para a comunidade do assentamento, Bauru e região.
PARQUINHO
Realizar um levantamento de dados sobre projetos, pesquisas e aplicações que utilizem o bambu aliado a materiais e resíduos locais para a produção de brinquedos.
PG. 1 3
Consultar, desenvolver e aplicar uma metodologia de ações inclusivas e cooperativas para a realização de dinâmicas que promovam um design participativo junto às crianças da comunidade do assentamento rural Horto de Aimorés.
PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE AIMORÉS
MAS, QUAIS OS MATERIAIS E COMO FAZER ACONTECER? - O bambu, materiais e resíduos locais - Investigação para uma análise de similares - Planejamento: elaboração de projeto e confecção de testes dos brinquedos
O bambu, materiais e resíduos locais
DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL
Foi realizado um levantamento de dados buscando informações sobre projetos, pesquisas e aplicações que utilizem o bambu aliado a materiais e resíduos locais para a produção de componentes construtivos e brinquedos, sendo consultados anuais de congressos, livros, artigos e buscas em biblioteca, sites de busca e sites comerciais.
Para a confecção dos testes foi rabordada uma metodologia de ação, promovendo atividades inclusivas e cooperativas entre designer e usuário, tendo como intenção a realização de um design participativo, possibilitando a capacitação dos participantes no conhecimento da tecnologia desenvolvida. Dessa forma, foram realizadas vivências junto à comunidade do assentamento, de Bauru e região com cursos e oficinas, alinhando teoria com a prática e utilizando desta experiência, quando necessário e viável, para incrementar o processo de planejamento inicial. As atividades foram divulgadas à comunidade em diversas mídias sociais.
PARQUINHO
Investigação para uma análise de similares
A elaboração de projeto dos brinquedos do parquinho de diversão utilizou softwares para 3D virtual, desenhos técnicos e renderes (Rhinoceros 5.0, Illustrator CS5 e Photoshop CS5). Neste processo, a linguagem visual do projeto procurou atender não só a finalidade de sua produção, mas também estabelecer um diálogo com o repertório cultural dos participantes dos cursos e oficinas, uma vez que estes possuíam conhecimentos e formações em áreas distintas ao design, buscando dessa forma transmitir a ideia do projeto e sua importância para o planejamento de um produto.
PG. 1 5
Os colmos de bambus foram obtidos através de coleção existente no Projeto Bambu/UNESP, campus de Bauru. Os gêneros utilizados foram Dendrocalamus, Bambusa e Guadua. Na etapa de colheita, foram escolhidos colmos maduros, com adequadas características físicas e mecânicas. Após colhidos, os colmos receberam tratamento preventivo contra o ataque de insetos xilófagos e fungos. Posteriormente os colmos foram estocados em local protegido até que estivessem secos e prontos para o uso. Os materiais e resíduos locais foram obtidos em pontos de coleta seletiva, descartes do comércio e comprados.
Planejamento: elaboração de projeto e confecção de testes dos brinquedos
HORTO DE AIMORÉS
E FOI ASSIM QUE ACONTECEU! - Dinâmicas realizadas junto às crianças do assentamento - Estudos iniciais do planejamento de produção do parquinho - Análise de similares - Elaboração de projeto - Confecção de testes dos brinquedos
Dinâmicas realizadas junto às crianças do assentamento Após 15 minutos os envolvidos foram convidados a trocarem seus esboços passandoos para o lado e assim sucessivamente as folhas caminharam de mãos em mãos.
A segunda etapa levou como proposta a experimentação das cores primárias e suas derivações a partir de suas misturas aplicadas sobre os desenhos trocados.
PG. 1 7
Com o intuito de reunir informações e coletar dados para iniciar o planejamento de produção de um parquinho de diversão, foram elaboradas e realizadas duas dinâmicas com as crianças do assentamento, uma vez que estas seriam os usuários dos brinquedos. Dessa forma, a execução das atividades através da abordagem de um design participativo possibilitou uma maior aproximação com a realidade de vida da comunidade, beneficiando e direcionando e desenvolvimento do projeto.
DIVERSÃO DO ASSENTAMENTO
Dinâmica realizada junto as crianças do assentamento - Primeira etapa (esboço com lápis grafite), troca de desenhos e segunda etapa (pintura com tinta guache)
PARA AS CRIANÇAS RURAL HORTO DE AIMORÉS
A primeira fase desta atividade foi dividida em três etapas. Durante a primeira os participantes receberam uma folha sulfite A3 e lápis grafite, sendo instruídos a sentarem em círculo e a representarem lugares, brincadeiras, brinquedos e animais que lhe agradassem ou tivessem alguma ligação com o seu dia a dia.
DE
A atividade foi dividida em duas fases. A primeira procurou trabalhar a representação visual em duas dimensões utilizando lápis grafite, tintas guache e um papel sulfite A3. A segunda fase teve como fundamento a técnica do Land Art, propondo a representação de um dos elementos dos desenhos confeccionados durante a primeira fase, tendo como plano para sua aplicação o solo.
PARQUINHO
A primeira dinâmica foi realizada no dia 30 de Setembro de 2012 com o auxílio do Grupo Multidisciplinar de Alunos Taquara, em uma das áreas comunitárias existentes no assentamento, onde se encontra em funcionamento um galpão bambuzeria, local de trabalho dos artesãos membros da associação agroecológica Viverde.
Outros 15 minutos foram dedicados à pintura e novamente as folhas foram trocadas. A terceira etapa consistiu em dar acabamento com guaches preto e branco.
Terceira etapa, acabamento com tintas guache preto e branco
Depois de terminada a terceira etapa, todos foram convidados a participarem do exercício final da primeira fase, procurando o desenho que traçou com grafite e expondo seus motivos e porquês dos elementos ali representados. Após, por meio de uma votação aberta, foi escolhido um elemento pertencente a um dos desenhos, para que a segunda fase da dinâmica acontecesse.
Os desenhos feitos de forma coletiva entre alunos e crianças do assentamento durante a primeira fase da dinämica
PG. 1 9 PARQUINHO
DE
DIVERSÃO
PARA AS CRIANÇAS
DO
ASSENTAMENTO
RURAL
HORTO
Desenho da pipa escolhida para a realização da segunda fase da atividade
DE
AIMORÉS
Com a escolha de uma pipa, os participantes foram convidados a representarem-na através da técnica do Land Art com materiais encontrados na área comunitária e usando o solo como plano, tendo apenas 15 minutos para a coleta dos materiais e a sua organização.
A segunda dinâmica aconteceu no dia 24 de Maço de 2013 com o auxílio do Grupo Multidisciplinar de Alunos Taquara, na mesma área comunitária do assentamento, local possível para a futura implantação do parquinho de diversão. Nesta atividade a proposta foi levar uma técnica construtiva com terra para a produção de uma bioescultura, visando captar formas espaciais no resultado gerado, absorvê-las e transferi-las para o projeto do parquinho. Esta segunda atividade buscou também demonstrar o potencial que alguns materiais locais apresentam para serem aplicados em soluções diárias diante as necessidades da comunidade, como a construção rural. Os participantes acompanharam todo o processo de preparação dos materiais para a confecção da massa de COB – técnica construtiva que utiliza terra, fibra vegetal e água. Estes foram coletados no local e preparados em conjunto com os envolvidos. Depois de uma explicação inicial das intenções desta ação, todos puderam meter as mãos e os pés no barro, deixando o material apto para uso.
Representação de uma pipa, elemento retirado de um dos desenhos feitos durante a primeira fase
Além do contato inicial com as crianças, esta primeira atividade demonstrou-se, de modo sútil, um exemplo para o planejamento de produção do parquinho, promovendo uma inclusão e cooperação da comunidade com a elaboração do projeto, consumindo mão de obra e materiais locais.
Os participantes da segunda dinâmica amassando com as mãos e pés a massa de COB para utilizá-la na construção da bioescultura
A instrução foi para nos organizarmos em círculo, estimulando o trabalho coletivo, e de mãos em mãos a quantia de massa que cada um pegara ia sendo moldada e trocada com a pessoa ao lado, até percorrer toda a roda.
PG. 2 1 PARQUINHO DE DIVERSÃO
Com o COB pronto para o fim proposto, uma vez que não foi necessário obter uma massa ótima para construção, já que a bioescultura foi de caráter efêmero, a dinâmica pode ser iniciada.
PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO
De mãos em mãos as pequenas porções de massa vão sendo modeladas por todos os participantes
RURAL HORTO DE AIMORÉS
Virando a massa para homogeinizar os ingredientes constituintes do COB
Em seguida, um por um, os envolvidos foram colocando as porções em um suporte de madeira, até que a bioescultura ganhasse suas dimensões finais.
Alcançada a forma espacial desejada, foi iniciada outra parte da atividade, o acabamento. Neste momento do processo, foi proposto o emprego de materiais encontrados localmente como areia, pedras e gramas, configurando as texturas e cores.
Acabamento com materiais encontrados no local e o resultado final da bioescultura
Crianças brincando com COB para a confecção da bioescultura
Estudos iniciais do planejamento de produção do parquinho P G . 23
As dinâmicas serviram como ponto catalisador no planejamento de produção do parquinho, pois uma grande quantidade de informações havia sido obtida e a partir deste momento eu estava em condições de iniciar os estudos para elaborar o projeto. Neste processo de organizar e avaliar os efeitos gerados com as duas dinâmicas, pude fazer um estudo inicial com possíveis formas e brinquedos que poderiam ser desenvolvidos.
PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO
Resultado obtido após avaliar os desenhos gerados com a primeira dinâmica. Brinquedos e a quantidade de vezes em que foram representados nos desenhos
RURAL HORTO DE AIMORÉS
Sketch | Associação de formas contidas na bioescultura com brinquedos
Análise de similares A análise de similares serviu para potencializar o meu repertório no processo investigativo e atuante como designer, buscando projetos, pesquisas e aplicações que dialogassem com a proposta dos brinquedos que viriam a compor o parquinho de diversão.
Brinquedos feitos com técnicas construtivas com terra. Fonte: http://www.small-earth.com/
Brinquedos feitos com bambu. Fonte: http://www.ibuku.com/
Elaboração de projeto A partir deste momento, posso dizer que o projeto estava nascendo, pois os primeiros traços iam se ligando e ganhando formas, configurando um circuito de brinquedos que unidos caracterizavam um parquinho de diversão. A produção intensiva de sketches, utilizando os resultados das dinâmicas em conjunto da análise dos similares, levou em conta a elaboração de brinquedos adaptados à vontade e a realidade da comunidade, empregando materiais renováveis como o bambu, terra e fibras vegetais e resíduos locais como câmaras de ar, sacos de ráfia e garrafas PET’s, conferindo um baixo custo ao projeto e estimulando a capacitação da comunidade na tecnologia desenvolvida.
PG. 25 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE
Estudos iniciais para o parquinho a partir dos resultados gerados com as duas dinâmicas e da análise de similares
AIMORÉS
Sketch | Ponte móvel em bambu natural
Sketch | Túnel trepa-trepa feito com módulos em arcos
Sketch | Circuito de brinquedos configurando um parquinho de diversão e as técnicas construtivas empregadas
Num dado momento, os sketches produzidos retornaram para a comunidade do assentamento, pois com uma proposta inclusiva e cooperativa entre designer e usuário, as ideias geradas precisavam passar por uma avaliação dos moradores do assentamento.
PG. 27 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS
Sketch | Proposta do parquinho de diversão apresentada junto a comunidade
DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE AIMORÉS
Esta ação moldou novamente o projeto, adotando as criticas e sugestões feitas pelos moradores, apontando para o caminho que eu deveria seguir ao refazer o sketch e dar prosseguimento no projeto com a modelagem em 3D virtual da proposta final do parquinho.
Proposta final do parquinho de diversão após consulta de projeto junto à comunidade do assentamento
Técnica desenvolvida com bambu, materiais e resíduos locais para a confecção dos componentes construtivos dos brinquedos projetados
Para modelagem em 3D virtual foi utilizado o software Rhinoceros 5.0 e muitas horas de meus dias. Levando em conta as mudanças sugeridas, o projeto do parquinho foi ganhando volume, textura, cor e um planejamento para o projeto executivo da confecção dos testes.
P G . 29 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS
Layout do software Rhinoceros 5.0 utilizado para a modelagem em 3D virtual
DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE AIMORÉS
Parquinho de diversão em forma de um circuito de brinquedos com dois túneis trepa - trepa, uma escalada e uma ponte móvel
O bambu utilizado como componente estrutural agregou resistência física e mecânica aos brinquedos do parquinho
Com a modelagem 3D virtual pronta o projeto executivo ia crescendo. Os desenhos técnicos dos componentes dos brinquedos foram gerados, tornando possível e organizada a etapa posterior, a confecção dos testes.
Vista superior
PG. 3 1 PARQUINHO
DE
DIVERSÃO
PARA AS CRIANÇAS
DO
ASSENTAMENTO
RURAL
HORTO
DE
Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Escala 1 : 30 Locação da fundação
Vista superior
Locação da fundação curva
Escala 1 : 60 Unidade de medida | cm
Vista superior
P G . 33 PARQUINHO
DE
DIVERSÃO
PARA AS CRIANÇAS
DO
ASSENTAMENTO
RURAL
HORTO
DE
AIMORÉS
Escala 1 : 30 Identificação dos brinquedos
Brinquedo túnel trepa-trepa. Composto por dois módulos idênticos, dispostos invertidos frente a frente
Há 3 tamanhos diferentes para os 7 pórticos, garantindo maior usabilidade pelas crianças de diversos tamanhos
Cada módulo é composto por 7 pórticos que configuram o túnel trepa-trepa, mais os pilares que interligam este brinquedo com a escalada. Cada pórtico é um elemento modular, facilitando sua montagem e viabilizando uma futura expansão do brinquedo
Brinquedo | Túnel trepa - trepa
As bases dos pilares foram cobertas por técnicas construtivas com terra para maior estabilidade da fundação do brinquedo, uma vez que bambu e cimento não apresentam boa união
Vista superior
P G . 35 PARQUINHO
DE
DIVERSÃO
PARA AS CRIANÇAS
DO
ASSENTAMENTO
RURAL
HORTO
DE
AIMORÉS
Escala 1 : 30
Escala 1 : 12,5 M贸dulo t煤nel trepa -trepa
Unidade de medida | cm
Corte A A
P G . 37 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO
CM - Concreto Magro
R - Pedra n° 1
RURAL
F - Fundação
HORTO DE
Quantidade - 4 unidades
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Componente - PO I
Corte B B
F - Fundação
Componente - PO II Quantidade - 6 unidades
CM - Concreto Magro
R - Pedra n° 1
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
Corte C C
P G . 39 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO
CM - Concreto Magro
R - Pedra n° 1
RURAL
F - Fundação
HORTO DE
Quantidade - 4 unidades
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Componente - PO III
O raio dos componentes devem ser moldados durante o processo de construção das paredes do túnel trepa-trepa, seguindo a locação dos pilares e sem a necesidade de ser um valor fixo
Vista superior
Componente - T’ II Quantidade - 6 unidades
Componente - T’ I Quantidade - 6 unidades
Escala 1 : 15 Espécie de bambu utilizado - Bambusa multiplex
Unidade de medida | cm
O raio dos componentes devem ser moldados durante o processo de construção da fundação do túnel trepa-trepa, seguindo a locação dos pilares e sem a necesidade de ser um valor fixo
Vista superior
Componente - T IV
PARA AS CRIANÇAS
Quantidade - 4 unidades
DIVERSÃO
Componente - T II
DE
Quantidade - 4 unidades
PARQUINHO
Componente - T III
PG. 4 1
Quantidade - 4 unidades
DO
Quantidade - 4 unidades
ASSENTAMENTO
Componente - T I
RURAL HORTO DE
Espécie de bambu utilizado - Bambusa multiplex
Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Escala 1 : 12,5
Vista l. direita
Vista superior
Componente - TT Quantidade - 14 unidades
Escala 1 : 7,5
Espécie de bambu utilizado - Dendrocalamus strictus
Unidade de medida | cm
Vista frontal
Componente - B Quantidade - 84 unidades Barra roscada em aço inox de 3/8”
Escala 1 : 5 Unidade de medida | cm
Vista frontal
Vista l. direita
Vista superior
P G . 43 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO
Espécie de bambu utilizado - Guadua angustifolia
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Quantidade - 8 unidades
DE
Componente - P I
Vista frontal
Vista l. direita
Vista superior
Corte D D
CC - Técnicas construtivas com terra C - Concreto
Componente - P I * Preparação da base do pilar
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
Vista frontal
Vista l. direita
Vista superior
PG. 45 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO
Espécie de bambu utilizado - Guadua angustifolia
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Quantidades - 12 unidades
DE
Componente - P II
Vista frontal
Vista l. direita
Vista superior
Corte E E
CC - Técnicas construtivas com terra C - Concreto
Componente - P II * Preparação da base do pilar
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
Vista frontal
Vista l. direita
Vista superior
P G . 47 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO
Espécie de bambu utilizado - Guadua angustifolia
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Quantidade - 8 unidades
DE
Componente - P III
Vista frontal
Vista l. direita
Vista superior
Corte F F
CC - Técnicas construtivas com terra C - Concreto
Componente - P III * Preparação da base do pilar
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
Vista frontal
Vista l. direita
P G . 49
Quantidade - 28 unidades
Escala 1 : 5
PARA AS CRIANÇAS
Vista frontal
DIVERSÃO
Unidade de medida | cm
DE
Barra roscada em aço inox de 3/8”
PARQUINHO
Componente - J
Vista l. direita
DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO
Sem espécie definida - Ramos laterais aéreos
Escala 1 : 5 Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Quantidade - 112 unidades
DE
Componente - Q
A ponte móvel é feita em bambu natural revestidos com garrafas PET’s, garantindo maior durabilidade aos colmos expostos as intempéries e em contato direto com o solo
Brinquedo | Ponte móvel
Vista superior
PG. 5 1 PARQUINHO
DE
DIVERSÃO
PARA AS CRIANÇAS
DO
ASSENTAMENTO
RURAL
HORTO
DE
AIMORÉS
Escala 1 : 10
Corte I I
R - Pedra n째 1
Escala 1 : 10 Unidade de medida | cm
Corte K K
PG. 53 PARQUINHO
DE
DIVERSÃO
PARA AS CRIANÇAS
DO
ASSENTAMENTO
RURAL
HORTO
DE
Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Escala 1 : 10
Vista frontal
Vista l. direita
Componente - PA Quantidade - 6 unidades Espécie de bambu utilizado - Dendrocalamus asper
Escala 1 : 5 Unidade de medida | cm
Vista frontal
Componente - BP Quantidade - 1 unidade Barra roscada em aço inox de 3/8”
Escala 1 : 5 Unidade de medida | cm
Vista superior
Vista frontal PG. 55 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO
Espécie de bambu utilizado- Dendrocalamus asper
Escala 1 : 10 Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Quantidade - 7 unidades
DE
Componente - PP
Vista superior
Vista frontal
Vista l. direita
Componente - PC Quantidade - 4 unidades EspĂŠcie de bambu utilizado - Dendrocalamus latiflorus
Escala 1 : 10 Unidade de medida | cm
Vista l. direita
PG. 57
Escala 1 : 5
Vista l. direita
PARA AS CRIANÇAS
Vista frontal
DIVERSÃO
Unidade de medida | cm
Barra roscada em aço inox de 3/8”
DE
Quantidade - 8 unidades
PARQUINHO
Componente - JP
DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO
Sem espécie definida - Ramos laterais aéreos
Escala 1 : 5 Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Quantidade - 44 unidades
DE
Componente - Q
A escalada é composta por trê arcos idênticos. Cada arco é formado por dois colmos de bambus curvados pela ação do fogo. Os arcos das extremidades são conectados junto aos pilares do túnel trepa-trepa.
Brinquedo | Escalada
Vista superior
P G . 59 PARQUINHO
DE
DIVERSÃO
PARA AS CRIANÇAS
DO
ASSENTAMENTO
RURAL
HORTO
DE
AIMORÉS
Escala 1 : 10
Corte LL
F - Fundação
CM - Concreto Magro
Escala 1 : 20 Unidade de medida | cm
R - Pedra n° 1
Detalhe II
PG. 6 1 PARQUINHO
Detalhe III
DE
A conexão representada no Detalhe III é igual em todas as uniões entre o componente A com PV e A com E. Assim, os componentes BA e JA também devem ser os mesmos para cada repetição desta junção.
DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE
Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Escala 1 : 10
Vista l. direita
Componente - A Quantidade - 6 unidades EspĂŠcie de bambu utilizado - Guadua angustifolia
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
Vista l. direita
P G . 63 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL
CC - Técnicas construtivas com terra
HORTO DE
*Preparação da base do arco
Escala 1 : 10 Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Componente - A
Vista frontal
Vista l. direita
Vista superior
Componente - P IV Quantidade - 4 unidades EspĂŠcie de bambu utilizado - Guadua angustifolia
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
Vista frontal
Vista l. direita
Vista superior
Corte G G P G . 65 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL
CC - Técnicas construtivas com terra
C - Concreto
HORTO DE
*Preparação da base do pilar
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Componente - P IV
Vista frontal
Vista l. direita
Vista superior
Componente - P V Quantidade - 2 unidades EspĂŠcie de bambu utilizado - Guadua angustifolia
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
Vista frontal
Vista l. direita
Vista superior
P G . 67 PARQUINHO
Corte H H
DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL
CC - Técnicas construtivas com terra
C - Concreto
HORTO DE
*Preparação da base do pilar
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Componente - P V
Vista frontal
Vista l. direita
Componente - Z Quantidade - 5 unidades EspĂŠcie de bambu utilizado - Dendrocalamus strictus
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
Vista frontal
Vista l. direita
Componente - S Quantidade - 14 unidades EspĂŠcie de bambu utilizado - Dendrocalamus strictus
Escala 1 : 15 Unidade de medida | cm
Vista frontal
Vista l. direita
Vista l. direita
P G . 69
Quantidade - 6 unidades
Escala 1 : 5
Barra roscada em aço inox de 3/8”
PARA AS CRIANÇAS
Vista frontal
Unidade de medida | cm
DIVERSÃO
Unidade de medida | cm
Escala 1 : 5
Quantidade - 72 unidades
DE
Barra roscada em aço inox de 3/8”
Componente - BA
PARQUINHO
Componente - JA
Vista l. direita
DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO
Sem espécie definida - Ramos laterais aereos
Escala 1 : 5 Unidade de medida | cm
AIMORÉS
Quantidade - 44 unidades
DE
Componente - Q
Confecção de testes dos brinquedos Elaborado o projeto dos brinquedos do parquinho, a etapa de confecção dos testes foi posta em prática. Através de uma abordagem metodológica de ação, foram realizados cursos e oficinas junto à comunidade do assentamento, Bauru e região, reunindo teoria e prática nas atividades onde designer e usuário trabalharam em cooperação. Para que pudessem ser iniciadas as confecções dos testes, foi idealizado e construído um sistema para tratamento dos colmos de bambu. O sistema concebido foi nomeado de “cozimento por vaporização”, que através do aquecimento da água e a consequente formação do vapor contido em um recipiente para estocagem dos colmos recém-colhidos, a alta temperatura em seu interior cozinha os compostos orgânicos presentes na constituição química do bambu, os tornando menos atrativos ao ataque de insetos xilófagos e fungos. O sistema de tratamento funciona basicamente da seguinte forma, coloca-se os colmos recém colhidos dentro de um recipiente com acesso frontal ao seu interior, este deve ser conectado a um tonel contendo água locado sobre uma fogueira e através do calor produzido a água vaporiza aumentando consideravelmente a temperatura no interior do sistema. Quando iniciado o seu funcionamento, depois da fogueira acesa e o processo de vaporização formado, os colmos devem ser alojados no interior do recipiente e permanecer tampado por no mínimo duas horas, para que o tratamento ocorra de forma correta e eficiente.
Os materiais utilizados na construção do sistema de tratamento foram comprados em ferro velho, contribuindo para um baixo custo e uma técnica de fácil replicação pelos participantes interessados em dar continuidade no conhecimento da tecnologia desenvolvida e disseminada.
Materiais utilizados para a construção do sistema de tratamento desenvolvido. Os três tambores de ferro foram abertos, limpos com areia grossa e soldados uns aos outros formando o recipiente de alojamento dos colmos. O compressor serviu como tonel de água e os pedaços de ferros cilidnricos como conexão entre os tambores com o compressor
Com o sistema montado, foi feito um teste inaugural com alguns colmos de bambus das espécies a serem utilizadas nos brinquedos.
A oficina de manejo, colheita, confecção e plantio de mudas buscou desenvolver junto aos participantes a compreensão da cadeia produtiva e da cultura do bambu. Dessa maneira, a transferência do conhecimento pôde abranger todas as etapas necessárias para o seu correto uso, visando à futura construção e implantação do parquinho de diversão dentro da comunidade do assentamento. Esta primeira atividade foi realizada no mês de Julho de 2013, sendo aberta para todos os interessados pelo assunto.
DIVERSÃO
projeto e levando em consideração suas potencialidades individuais.
DE
Bambusa multiplex, Dendrocalamus latiflorus, Dendrocalamus asper e Dendrocalamus strictus. Cada qual atendendo a uma especificidade do
PARQUINHO
As espécies de bambus abrangidas pelo projeto elaborado e que serviram como conteúdo dos cursos e oficinas foram o Guadua angustifolia,
PG. 7 1
Para ministrar a atividade foi feito um convite para os artesãos da associação agroecológica Viverde e o arquiteto Rafael Sette, uma vez que estes se encontram capacitados e aptos para realizarem trabalhos relacionados à cadeia produtiva e a cultura do bambu.
PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO
Teste de funcionamento do sistema de tratamento com colmos de bambus das espécies utilizadas nos brinquedos do parquinho
RURAL HORTO DE AIMORÉS
Ministrantes e participantes durante as atividades de manejo e colheita
P G . 73 PARQUINHO
DE
DIVERSÃO
PARA AS CRIANÇAS
Ministrantes e participantes durante as atividades de confecção de mudas
DO
ASSENTAMENTO
RURAL
HORTO
DE
AIMORÉS
Com a proposta da oficina em disseminar o conhecimento da cadeia produtiva e da cultura do bambu, os participantes puderam vivenciar na prática todas as etapas necessárias para o seu uso correto em projetos/produtos. As imagens mostram os envolvidos contribuindo com a preparação dos colmos para uso na confecção de testes dos componentes contrutivos dos brinquedos projetados
PG. 75 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE AIMORÉS
Explicação junto aos participantes sobre a etapa de plantio das mudas confeccionadas durante o manejo e a colheita dos colmos. Depois ocorreu a prática do plantio no viveiro experimental de mudas do Projeto Bambu/UNESP, campus de Bauru
Em seguida, ocorreu uma outra oficina de tratamentos e estocagem dos colmos. Neste estágio, o que se buscou foi agregar maior durabilidade ao bambu, tornando-o eficaz e apto para ser utilizado em projetos que requerem materiais com boa resitência física e mecânica. A atividade versou e pôs em prática três métodos de tratamento, sendo dois químicos e um natural. Os tratamentos químicos consistiram nas técnicas Boucherie modificado, onde ocorre à substituição da seiva do bambu por uma solução de água com 8% de octaborato, e a imersão em solução de água com 8% de octaborato. O método natural foi o de cozimento por vaporização. Após os tratamentos, os colmos foram estocados em local protegido das intempéries até atingirem umidade abaixo de 20%, dessa forma estando aptos para o uso. Tratamento químico - boucherie modificado (Desenvolvido pelo Dr. Antonio Ludovico Beraldo). Esta técnica consiste na substituição da seiva do bambu por solução de água com sais hidrossolúveis, nesse caso o octaborato. A seiva é onde encontra-se os compostos orgânicos, assim, sua substituição torna o colmo um material resitente aos ataques de insetos xilófagos e fungos
P G . 77 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO
Tratamento químico - imersão em solução de água com sais hidrossolúveis, também com o octaborato. Nesse caso é necessário fazer dois furos a cada entre nó do colmo para eliminar a pressão interior e possibilitando a remoção completa da solução dos bambus. Esta técnica requer apenas alguns minutos para sua execução completa
RURAL HORTO DE AIMORÉS
Tratamento natural - cozimento por vaporização. O tonel deve ser preenchido com água antes de acender a fogueira
Após acender a fogueira e com a formação de vapor, os colmos devem ser alojados no interior do recipiente confeccionado com os tambores de ferro, devendo permanecer por lá no mínimo duas horas
Após tratados, os colmos foram estocados em local seco e arejado, sem contato com o solo umido e ao abrigo das intempéries. A umidade do bambu deve estar abaixo de 20% para ser utilizado
Buscando agregar maior resistência, durabilidade e proteção contra as intempéries e os ataques de insetos xilófagos e fungos, foram investigadas e empregadas três técnicas construtivas com terra ao planejamento de produção dos componentes construtivos dos brinquedos, uma para preenchimento e duas para o revestimento. A técnica de preenchimento aplicada foi o cob e as duas de revestimento foram o solo-cal e o calfitice.
PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO HORTO DE AIMORÉS
Fórmula para cálculo do teste do vidro e tabela para consulta após resultado obtido. A parte colorida em marrom representa as terras em perfeitas condições de uso para as três técnicas construtivas com terra aplicadas nos componentes construtivos dos brinquedos. Fonte: NEVES, C; FARIA, O. B; ROTONDARO, R.; CEVALLOS, P. S; HOFFMANN, M. V; 2009. Seleção de solos e métodos de controle na construção com terra
RURAL
Em sua composição o cob utiliza terra em suas devidas proporções, água até que se obtenha a plasticidade desejada e fibras
Para realizar a análise da terra, chegando ao cálculo exato dos elementos que a compõe foi realizado o teste do vidro. Este teste consiste em tomar uma porção da terra que irá ser utilizada, um pote de vidro, água, uma caneta marcadora e uma pitada de sal. O pote de vido deve ser translúcido facilitando a verificação dos resultados. Com a caneta marcadora deve ser feito as marcações no pote, dividindo-o igualmente em três. Em seguida se adiciona terra até o primeiro terço, completa com água os dois terços restantes e acrescentada a pitada de sal. O pote deve ser fechado e sacudido vertiginosamente por alguns minutos, colocando-o em repouso sobre uma superfície plana até que os materiais comecem a ocupar a base do vidro, agitando-o novamente por alguns minutos e repousando sobre a superfície plana. Depois de algumas horas o resultado do teste pode ser medido com uma régua e verificando o resultado com uma fórmula para cálculo. Com o resultado anotado é possível verificar se a terra em estudo está apta para ser utilizada na construção ou se é necessário corrigir os elementos constituintes para as recomendações apontadas.
P G . 79
Analisando os elementos constituintes da terra iremos encontrar argila, silte e areia, apresentando variações de suas concentrações para cada porção de terra analisada que for extraída de diferentes lugares. Segundo GARZÓN as terras indicadas para serem utilizadas no preenchimento de uma construção e/ou um componente construtivo, “[...] deve conter grãos finos e uma porcentagem de argila suficiente para dar plasticidade à mistura, uma boa ligação com as fibras e com o entramado.” A areia é um importante elemento porque é a parte que dará estabilidade a terra, e recomenda-se o seu mínimo de 50%. O silte é o componente de transição entre a argila e a areia, sendo vulnerável a alterações de volume na presença de água. Uma construção com excesso de silte não apresenta muita coesão e pode vir a se degradar com a umidade, é recomendado que sua quantidade não deva ultrapassar 30%. A argila é a unidade que garante a coesão da terra, permitindo a aderência das fibras vegetais contidas na mistura, sendo recomendado que o teor de argila deva ser da ordem de 20%.
vegetais. Neste caso as fibras vegetais utilizadas foram os ramos laterais dos colmos de bambu colhidos durante a oficina de manejo, colheita, confecção e plantio de mudas, sem folhas e triturados em um triturador de galhos, tratados por imersão em solução de água com 5% de cal hidratada durante 24h, lavados em água corrente até eliminar um líquido amarelado devido à presença do amido e posteriormente secos em estufa elétrica para a temperatura e umidade ambiente.
Teste do vidro realizado com duas amostras de terras disponíveis para a confecção dos componentes construtivos com terra. O resultado obtido demonstrou que a amostra da terra contida no pote da esquerda estava dentro dos padrões exigidos, não sendo necessário nenhuma correção, ja o pote da direita, mostrou deficiencia em argila. Assim, para o cob foi utilizado a terra contida no pote esquerdo e para o solo-cal e calfitice foi adicionado frações da amostra do pote da direita com o a terra do pote da esquerda
Ramos laterais aereos de bambus triturados em triturador de galhos e tratados para uso na massa de cob
PG. 8 1 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE AIMORÉS
Tratamento das fibras de bambu utilizadas nas massas de cob, solo-cal e calfitice. Este processo consiste na imersão por 24h das fibras em uma solução de água com 5% de cal hidratada. Após, devem ser lavadas em água corrente até que saia todo o líquido amarelado das fibras, em seguida foram secas em estufa elétrica para a temperatura e umidade ambiente
Já a granulometria das terras indicadas para serem utilizadas no revestimento de uma construção e/ou componente construtivo, segundo GARZÓN, devem agregar “[...] durabilidade e elasticidade e diminuir a permeabilidade [...]”, e sua aplicação como proteção “[...] parte da necessidade de gerar superfícies mais resistentes que as dos sistemas construtivos da base, mas sem que se perca a capacidade de troca de ar e vapor de água com o meio ambiente.” Para revestimentos é instruído que a terra utilizada contenha seus elementos constituintes na ordem de “[...]2% de areia grossa; 76% de areia fina; 13% de silte e 9% de argila.”. Em sua composição o solo-cal utiliza terra em suas devidas proporções, água até que se obtenha a plasticidade desejada, fibras vegetais e cal hidratada. Já a massa do calfitice segue os mesmos materiais do solocal, adicionando cimento e os sacos de rafias utilizados durante sua aplicação. Em ambos os casos, as fibras vegetais foram coletadas do processamento de colmos existente no laboratório de produção e experimentação com bambus da UNESP, campus de Bauru. Sendo tratadas por imersão em solução de água com 5% de cal hidratada durante 24h, lavadas em água corrente até eliminar um líquido amarelado e posteriormente seco em estufa elétrica para a temperatura e umidade ambiente. Fibras de bambu coletadas do processamento de colmos existente no laboratório de produção e experimentação com bambus da UNESP, tratadas e secas para uso na massa de solo-cal
Fibras de bambu coletadas do processamento de colmos existente no laboratório de produção e experimentação com bambus da UNESP, tratadas e secas para uso na massa de calfitice
Para a etapa de confecção dos testes foi desenvolvida uma ilustração passo a passo, visando auxiliar o processo de aplicação das técnicas construtivas com terra, que utilizou preenchimento com cob, revestimento da primeira demão com solocal, segunda e terceira com calfitice.
P G . 83 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO
Utilizando ramos laterais aéreos dos colmos de bambus para confecção das travas da base do pilar para maior estabilidade do componente com a fundação do brinquedo
Tiras de câmaras de ar utilizadas para prender as travas da base do pilar. Devem ser amarradas de modo frouxo e não utilizar um nó definito
ASSENTAMENTO
Componente construtivo de bambu com os furos e/ou encaixes feitos previamente. Neste caso é ilustrado o pilar do brinquedo túnel trepa-trepa
RURAL HORTO DE AIMORÉS
Segunda demão de revestimento - CalFiTiCe Primeira demão de revestimento - Solocal
Preenchimento - COB Com as tiras de câmaras de ar amarradas de modo frouxo, utilizar ramos laterais aéreos de bambus para revestir a base do componente
Cobrir as tiras de câmaras de ar com corda de fibra vegetal, por exemplo, o sisal para maior aderência com as etapas de barreamento
A etapa de confecção dos testes dos brinquedos projetados foi realizada em forma de curso.
P G . 85
O curso foi dividido em três unidades, tendo um intervalo entre uma e outra, isto porque a cada aplicação de uma técnica construtiva os testes barreados precisavam passar por um processo de cura, evitando o aparecimento de trincas e garantindo um correto uso da técnica. A primeira unidade abordou a técnica de preenchimento com o cob, a segunda teve como foco da atividade a primeira demão do revestimento com o solo-cal e a terceira trabalhou a segunda demão do revestimento com o calfitice.
PARQUINHO DE DIVERSÃO
Os testes realizados buscaram testar as técnicas e os métodos abordados e desenvolvidos para cada componente construtivo utilizado nos brinquedos do parquinho de diversão. Dessa forma, foram confeccionados pilar, parede do túnel e o jota do brinquedo túnel trepa-trepa, o arco da escalada e a passarela e o pilar da ponte móvel.
PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO
Construção do arco da escalada com auxílio de um maçarico. O calor permite ao colmo maior flexibilidades e quando seco sua tendência é permanecer curvo
DE AIMORÉS
Para aplicar as técnicas construtivas com terra nos testes dos componentes construtivos foi desenvolvida uma técnica, apresentada inicialmente junto ao sketche final da proposta de projeto. Essa solução encontrada buscou criar uma maior superficie de contato no colmo do bambu, com ramos laterais aéreos presos por tiras de câmaras de ar e revestidas com corda de sisal para agregar ao cob
P G . 87 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS
Com os arcos curvados, primeiro devem ser feito os furos da base, depois colocados os tabiques que devem ser presos com tiras de câmaras de ar. Estas devem ser revestidas com corda de sisal para melhor união com a técnica construtiva com terra de preenchimento, o cob. A base do arco também deve ser revestida com ramos aereos laterais, preso com tiras de câmaras de ar e revestidas com corda de sisal. Em seguida podem ser aplicadas as técnicas construtivas com terra para preenchimento e revestimentos, respeitando os intervalos de cura
DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE AIMORÉS
Ténica de revestimento dos colmos com garrafas PET’s. Este componente construtivo foi aplicado em todas as peças do brinquedo ponte móvel e no trepa trepa do túnel trepa-trepa
Confecção do Jota com barra roscada em aço inox. Este componente construtivo foi utilizado em vários encaixes de todos os brinquedos
P G . 89 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE
Participantes do curso durante atividades de confecção de testes do componente construtivo pilar, presente nos brinquedos túnel trepa-trepa e escalada. Para a montagem da peça, a aplicação da técnica desenvolvida para receber o barreamento é a mesma descrita no arco
AIMORÉS
Participantes recebendo orientações para replicarem a técnica desenvolvida para os componentes construtivos
Amassando a massa de cob com os pés para sua aplicação nos componentes pré confeccionados
PG. 9 1 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS
Após a primeira etapa de preenchimento com cob, o componente deve passar por um período de cura, evitando o aparecimento de trincas. Em seguida, foram aplicadas a primeira demão de revestimento com solocal e a segunda com calfitice. O tempo de cura também deve ser respeitado entre a aplicação das demãos de revestimentos
DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE AIMORÉS
Teste do componente construtivo pilar pronto
Confecção do fechamento utilizado no brinquedo túnel trepa-trepa. Com o auxílio de uma faca estrela confecciona-se as ripas, devendo ser limpas com esponja para a remoção de ferpas. Em seguida, com no mínimo dois pilares pré-fabricados, deve ser realizado o travamento e aplicada a técnica construtiva com terra para preenchimento com o cob
P G . 93 PARQUINHO DE DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS
Assim como nos outros componentes construtivos que trabalharam com terra, após a etapa de preenchimento é necessário um intervalo para a cura do material, evitando o aparecimento de trincas. Quando em calor intenso recomendase aplicar água com um borrifador. Também é necessário limpar com esponja a superificie, removendo grãos soltos. A aplicação das demãos de revestimentos também devem seguir os mesmos critérios de pré aplicação e cura
DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE AIMORÉS
CONCLUSÃO Por meio de exemplo prático e com embasamento teórico conceituado, a realização deste projeto de conclusão de curso permitiu verificar a viabilidade no processo de planejamento, elaboração de projeto e produção do parquinho de diversão, utilizando bambu associado com materiais e resíduos locais. Demonstrando eficiência na obtenção dos materiais utilizados, bem como o baixo custo agregado aos recursos, matéria prima, ferramentas e equipamentos aplicados no planejamento de sua produção. Os cursos e oficinas realizadas através de um design participativo, promovendo a interação entre designer e usuário, demonstraram aos envolvidos o quão viável e próspero pode ser um trabalho realizado em conjunto, possibilitando gerar resultados benéficos para o projeto/produto desenvolvido e para os participantes com a capacitação e disseminação na tecnologia investigada e aplicada. Quanto a mim, pude tirar um grande proveito de todas as atividades envolvidas para a concretização deste trabalho, pois o compartilhamento de conhecimento por meio do contato direto com pessoas de diferente culturas, foram além da minha formação como aluno e futuro profissional. Sintome previlegiado e agraciado pelas oportunidades recebidas e com os resultados obtidos.
AGRADECIMENTOS Nesse momento sou todo gratidão!
ASSENTAMENTO RURAL
E agradeço por agora estar agradecendo, pois se não pudesse, talvez estaria noutra caminhada...
DO
Agradeço a comunidade do assentamento e aos artesãos da Associação Agroecológica Viverde, pois sem vocês nada seria exatamente como foi, do jeito que tinha de ser.
PARA AS CRIANÇAS
Agradeço ao meu orientador, professor Barata, que me aturou em incontáveis reuniões, me ajudando a conduzir o desenvolvimento e a concretização da minha vontade com este projeto de conclusão de curso.
DIVERSÃO
Agradeço ao menezes Zeca e Sette canivete, pessoas iluminadas que me ajudaram em muitos momentos deste projeto. Ao Coletivo AGA20 pelas experiências vivênciadas. Bem como todos que participaram e estiveram me auxiliando durante este trabalho.
DE
Agradeço por ter feito parte do Grupo Multidisciplinar de Alunos Taquara, aos parceiros que fiz durante os cinco anos em que permaneci ligado ao projeto. E para ter existido o Taquara, por ter me propciado o contato com o bambu, agradeço a existência do Projeto Bambu, fruto de trabalho e dedicação do professor Pereira, pessoa que tomo como referência profissional.
PARQUINHO
Agradeço pelas oportunidades que tive quando me mudei para Bauru. As pessoas que fui conhecendo, os amigos que foram surgindo, a namorada por quem me apaixonei e a segunda família que aqui conquistei, a saudosa República Neusa.
P G . 95
Agradeço pelas forças espirituais que me conduzem nessa jornada e que me agraciaram com a família que tenho, pais, avós, irmãos, tias, tios, sobrinhos, cachorros e periquitos.
HORTO DE AIMORÉS
CONSULTAS REALIZADAS Livros lidos BOFF, L.; 2012. Sustentabilidade: O que é – O que não é. Petrópolis, R.J.: Vozes. CARMIOL UMAÑA, V.; 1998. Muebles en bambú. Cartago, Costa Rica.: Editorial Tecnológica de Costa Rica. CROALL, S.; RANKIN, W.; 1981. Conheça Ecologia. São Paulo, S.P.: Proposta Editorial. Decreto-Lei nº 12484/11. D.R. I Série.000(11-09-08) 0000. FREIRE, P.; 1981. Pesquisa participante, pp 34 - 41. Brasiliense. FREIRE, P.; 2011. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra. GHAVAMI, K.; MARINHO, A.B.; Propriedades geométricas e mecânicas de colmos dos bambus para aplicação em construções. Eng. Agríc., Jaboticabal, v.23, n.3, p.415-424, set./dez. 2003. GHAVAMI, K.; MARINHO, A.B.; Propriedades físicas e mecânicas do colmo inteiro do bambu da espécie Guadua angustifólia. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.9, n.1, 2005. HIDALGO LÓPEZ, O.; 2003. Bamboo the gift of the gods. Bogota, Colombia.: D´VINNI LTDA. LENGEN, J. V.; 2008. Manual do Arquiteto Descalço.: Empório do Livro. LÖBACH, B.; Design Industrial – Bases para a configuração dos produtos industriais. São Paulo, S.P.: Editora: Edgard Blücher LTDA. 2001. LUNA, G. R.; 2007. Arte y Maña de La Guada. Editorial: Info Art. NEVES, C.; FARIA, O.B. (Org.); Técnicas de construção com terra. Bauru, SP: FEB-UNESP/PROTERRA, 2011. 79p. NEVES, C; FARIA, O. B.; ROTONDARO, R.; CEVALLOS, P.S.; HOFFMANN, M.V.; 2009. Seleção de solos e métodos de controle na construção com terra – práticas de campo. Rede Ibero-americana PROTERRA.
OLIVEIRA, C. C.; 2007. O papel dos jogos, brinquedos e da brincadeira no processo de desenvolvimento da criança. Trabalho apresentado no Seminário XIII – “Linguagens Infantis” do XVI COLE em Campinas – SP. PAPANEK, V.; 1995. Arquitectura e design. Ecologia e ética. Lisboa, Portugal.: Edições 70 PEREIRA, M.; BERALDO, A.; 2008. Bambu de corpo e alma. Bauru, S.P.: Canal 6 Editora SHIMBO, L. Z. ; INO, A.; 2002/2003. Questões, conflitos e potencialidades do diálogo entre moradores e arquitetos sobre materiais construtivos sustentáveis para habitação. Desenvolvimento de Mestrado, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Escola de Engenharia de São Carlos – EESC-USP, São Carlos. THIOLLENT, M.; A inserção da pesquisa – ação no contexto da extensão universitária. Coppe/UFRJ.
http://www.inbar.int >Acesso em: 16 de Maio de 2013.
PARA AS CRIANÇAS
http://www.redebrincar.org.br/forum/topics/bibliografia-basica-sobre-o-brincar >Acesso em: 13 de Agosto de 2013.
DIVERSÃO
http://permaculturabr.ning.com/profile/GuguCosta >Acesso em: 28 de Outubro de 2013.
DE
FORTUNA, T. R. Museu é lugar de brincar? Revista Museu – Cultura levada a sério, Julho de 2006. Disponível em: http://www.revistamuseu.com.br/artigos/art_.asp?id=9249 >Acesso em: 14 de Fevereiro de 2013.
PARQUINHO
http://canyaviva.com/Castellano/Inicio.html >Acesso em: 27 de Outubro de 2013.
P G . 97
Sites acessados
DO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE AIMORÉS