GABRIEL FERNANDO
CENTRo CULTURAL
J A P O N Ê S
.
INTERVENÇÃO CONTRA A DISCRIMINAÇÃO AO GRUPO SOCIAL ‘OTAKU’
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO
GABRIEL FERNANDO MARQUES DA SILVA
CENTRO CULTURAL JAPONÊS: INTERVENÇÃO CONTRA A DISCRIMINAÇÃO AO GRUPO SOCIAL ‘OTAKU’
Trabalho Final de Graduação apresentado à Universidade de Mogi das Cruzes, para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista. Orientadora: Prof.º Paulo Sérgio Pinhal Coordenadora: Prof.ª Samira Simone Bittar
MOGI DAS CRUZES 2021
e-mail do autor: bielfernando.0101@gmail.com
Silva, Gabriel Fernando Marques da Centro cultural japonês: Intervenção contra a discriminação ao grupo social otaku / Gabriel Fernando Marques da Silva. – Suzano – SP, 2021. XIV, 80 p. : il. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade de Mogi das Cruzes, Campus, Mogi das Cruzes – SP, 2021. Orientadora: Prof.ª Paulo Sergio Pinhal. 1. Centro cultural - Japonês. 2. Discriminação. 3. Grupo social Otaku. I. Título. II. Orientador Pinhal, Paulo Sergio. III. Universidade de Mogi das Cruzes.
GABRIEL FERNANDO MARQUES DA SILVA
BANCA EXAMINADORA
CENTRO CULTURAL JAPONÊS: INTERVENÇÃO CONTRA A DISCRIMINAÇÃO AO GRUPO SOCIAL ‘OTAKU’
________________________________________ Prof.º Paulo Sergio Pinhal
Trabalho Final de Graduação apresentado à Universidade de Mogi das Cruzes, para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista.
________________________________________ Prof.ª Ana Maria Abreu Sandim
Mogi das Cruzes, 24 de novembro de 2021.
________________________________________ Prof.ª Terezinha Lucio Rodrigues
Aos meus pais por terem me apoiado e proporcionado conhecimento em relação a cultura japonesa, através de eventos e amigos.
AGRADECIMENTOS Agradeço a minha família, aos meus pais Fernando Paulo e Luciane Marques, por me motivarem através de conselhos e sugestões perante os desafios e crises que passei em minha vida. Em especial ao meu pai por me conceder a oportunidade de graduar em uma ótima universidade em um momento árduo. Hoje sigo seus passos de construtor como arquiteto, e herdo suas vontades seguindo seus ensinamentos e levando-os adiante. Agradeço a todas as pessoas que conheci durante minha trajetória, aprendi muito com meus amigos e também com excelentes profissionais da área. Meus sinceros agradecimentos à minha professora orientadora Michele de Sá, sua percepção e experiência em arquitetura me ajudou muito nessa longa jornada. Por
fim,
agradeço
ao
PROUNI
por
ter
me
proporcionado a oportunidade de realizar um grande sonho, dado que de nada adianta o esforço sem oportunidades.
“ Se você não se sente a altura, suba até ela ” (Masashi Kishimoto)
08
RESUMO
ABSTRACT
O trabalho a seguir trata da importância da
The following work deals with the importance of
implantação de um centro cultural japonês na cidade de
establishing a Japanese cultural center in the city of Mogi das
Mogi das Cruzes, São Paulo. Expõe o quão relevante é
Cruzes, São Paulo. It explains how relevant it is to approach
abordar sobre a cultura e o lazer como influência na
culture and leisure as training in the socio-cultural
formação e desenvolvimento sociocultural do município.
development and development of the municipality. It
Propõe a evolução cultural com o objetivo de expandir os
proposes cultural evolution with the objective of expanding
conhecimentos da população sobre as artes, música, a
the population's knowledge about the arts, music, literature,
literatura, e as tradições japonesas, e em relação ao tema
and as Japanese traditions, and in relation to the proposed
proposto, mais precisamente, a intervenção contra a
theme, more precisely, the intervention against discrimination
discriminação ao grupo social otaku, um público amplo que
against the Otaku social group, a wide audience that for those
para quem apenas ouviu falar sobre, obteve imagens e
who just talk about it, they got wrong images and values about
valores errados sobre o mesmo em razão da mídia. Além de
it due to the media. In addition to acquiring, a specific space
adquirir também, um espaço específico para que esses
for these adolescent people to enjoy and extract from
adolescentes possam aproveitar e extrair da cultura pop
Japanese pop culture as if they were in Japan, the idea that
japonesa como se estivessem no Japão, ideia que
currently does not have architectural installations in Mogi das
atualmente não possui instalações arquitetônicas em Mogi
cruzes or any other region of Brazil.
das cruzes ou qualquer outra região do Brasil. Palavras-chave: Centro Cultural Japonês; Discriminação;
Key words: Japanese Cultural Center; Discrimination; Otaku; Sociocultural development.
Otaku; Desenvolvimento sociocultural.
09
LISTA DE FIGURAS HISTÓRIA ..............................................................
FIGURA 15: Edifício Japan House Brasil ................. 44
FIGURA 1: Pintura gueixa ........................................19
FIGURA 16: Sala multiuso Japan House Brasil ....... 45
FIGURA 2: Navio Kasato-Maru ................................23
FIGURA 17: Escada Japan House Brasil ................. 45
FIGURA 3: Força Expedicionária Brasileira ..............24
FIGURA 18: Restaurante Japan House Brasil ......... 45
FIGURA 4: Escultura da imigração japonesa ...........25
FIGURA 19: Biblioteca Japan House Brasil ............. 45
FIGURA 5: Divulgação G1 sobre otakus ..................29
FIGURA 20: Sala exposição Japan House Brasil..... 45
FIGURA 6: Yuri da novela A Força do Querer ..........30
FIGURA 21: Exposição mangá Japan House Brasil 45
FIGURA 7: Cosplay Uraraka Ochaco .......................31
FIGURA 22: Perspectiva Pavilhão CLT .................... 46 FIGURA 23: Bloca A e B Pavilhão CLT.................... 48
LEGISLAÇÕES ........................................................ FIGURA 8: Pintura soldado japonês .........................32
FIGURA 24: Tela digital Pavilhão CLT ..................... 48 FIGURA 25: Escada Pavilhão CLT .......................... 49 FIGURA 26: Salão do café Pavilhão CLT ................ 49
ESTUDOS DE CASO ...............................................
FIGURA 27: Sala de jogos Pavilhão CLT ................. 49 FIGURA 28: Café Pavilhão CLT ............................... 49
FIGURA 9: Pintura carpa Koi ....................................38
FIGURA 29: Vila Cultural, Jardim Japonês EUA ...... 50
FIGURA 10: Perspectiva Japan House Brasil ..........40
FIGURA 30: Área externa Vila Cultural .................... 52
FIGURA 11: Fachada Japan House Brasil ...............42
FIGURA 31: Pátio central Vila Cultural..................... 53
FIGURA 12: Salão Japan House Brasil ....................43
FIGURA 32: Café Vila Cultural ................................. 53
FIGURA 13: Cobogó Japan House Brasil.................43 FIGURA 14: Paisagismo Japan House Brasil ...........43
11
FIGURA 33: Escritório Vila Cultural ......................... 54
FIGURA 53: Perspectiva frontal direita terreno ........ 66
FIGURA 34: Pátio interno Vila Cultural .................... 54
FIGURA 54: Perspectiva frontal esquerda terreno ... 66
FIGURA 35: Biblioteca Vila Cultural ........................ 54
FIGURA 55: Perspectiva lateral terreno ................... 66
FIGURA 36: Sala de exposições Vila Cultural ......... 54
FIGURA 56: Perspectiva do entorno do terreno ....... 67
FIGURA 37: Área lateral externa Vila Cultural ......... 54
FIGURA 57: Perspectiva do entorno do terreno ....... 67
FIGURA 38: Fachada Vila Cultural .......................... 55
FIGURA 58: Perspectiva do entorno do terreno ....... 67
FIGURA 39: Complexo Anhembi, SP ...................... 56
FIGURA 59: Perspectiva do entorno do terreno ....... 67
FIGURA 40: Pavilhão de exposições Anhembi........ 57
FIGURA 60: Perspectiva do entorno do terreno ....... 68
FIGURA 41: Pavilhão de exposições interno ........... 58
FIGURA 61: Perspectiva do entorno do terreno ....... 68
FIGURA 42: Pavilhão com o evento Anime Friends 58
FIGURA 62: Perspectiva do entorno do terreno ....... 68
FIGURA 43: Campeonato cosplay........................... 59
FIGURA 63: Perspectiva do entorno do terreno ....... 68
FIGURA 44: Banca de mangá ................................. 59
FIGURA 64: Mapa de uso e ocupação do solo ........ 69
FIGURA 45: Palco de apresentações ...................... 59
FIGURA 65: Mapa rota pedestre .............................. 70
FIGURA 46: Ringue de batalha campal ................... 59
FIGURA 66: Mapa rota veículo ................................ 70
FIGURA 47: Espaço temático Harry Potter.............. 59
FIGURA 67: Maquete urbana 3D terreno ................. 71
FIGURA 48: Maid Café ............................................ 59
FIGURA 68: Croqui da cobertura de folhas .............. 72
FIGURA 49: Construção do parque Anhembi .......... 60
FIGURA 69: Croqui da perspectiva do projeto ......... 73 FIGURA 70: Croqui da perspectiva do projeto ......... 73
LOCAL DE INTERVENÇÃO .....................................
FIGURA 71: Diagrama de usos ................................ 75 FIGURA 72: Acesso principal, maquete 3D ............. 79
FIGURA 50: Pintura samurai japonês ...................... 62
FIGURA 73: Pintura oriental ..................................... 80
FIGURA 51: Mapa Mogi pontos referenciais .......... 64 FIGURA 52: Avenida Cívica Mogi das Cruzes......... 65
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Av. – Avenida
CEMFORPE – Centro Municipal de Formação Pedagógica
C.A. – Coeficiente de Aproveitamento
CIP – Centro Municipal Integrado Deputado Maurício
Fig. – Figura Min. – Minutos P. – Página T.O. – Taxa de Ocupação
Nagib Najar CLT – Cross Laminated Timber COE – Código de Obras e Edificações CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
T.P. – Taxa de Permeabilidade
3D – Espaço tridimensional ABNT – Associação de Normas Técnicas BUNKYO – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa CAU/BR – Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil CAU/UF – Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal
COVID-19 – Corona Vírus Disease 2019 COVS – Compostos orgânicos voláteis DML – Depósito de Material de Limpeza EUA – Estados Unidos da América FATEC – Faculdade de Tecnologia Estadual de São Paulo FEB – Força Expedicionária Brasileira FICARTS – Fundos de Investimento Cultural e Artístico
13
FNC – Fundo Nacional de Cultura
SP – São Paulo
JFA – Associação de Futebol do Japão
SPTuris – São Paulo Turismo
LEED – Leadership in Energy and Environmental Design
SWOT – Strenghts, Weaknesses, Oportunities, Threats
LIC – Lei Municipal de Incentivo à Cultura
VK – VKontakte
LOUOS – Legislação de Ordenamento do Uso e
ZDU – Zona de Dinamização Urbana
Ocupação do Solo NBR – Norma Brasileira de Regulamentação NPB – Nippon Professional Baseball PNC – Plano Nacional de Cultura PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura PROUNI – Programa Universidade para Todos RJ – Rio de Janeiro SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SNC – Sistema Nacional de Cultura
14
SUMÁRIO
1 2 3
INTRODUÇÃO ........................................ 17 HISTÓRIA ............................................... 19
4
LOCAL DE INTERVENÇÃO ....................... 62 INSERÇÃO URBANA.................................. 63 POR QUÊ AVENIDA CÍVICA? .................... 65
CULTURA JAPONESA ............................... 20
TERRENO................................................... 66
LINHA DO TEMPO ..................................... 21
ENTORNO .................................................. 67
CONTEXTO HISTÓRIO .............................. 23
DIAGNÓSTICO ........................................... 69
PESQUISA POPULACIONAL ..................... 26
MOBILIDADE URBANA .............................. 70
PROBLEMATIZAÇÃO DA MÍDIA ................ 28
CONDICIONANTES CLIMÁTICAS ............. 71 DIRETRIZES E PREMISSAS ...................... 72
LEGISLAÇÕES ......................................... 32 ESTUDOS DE CASO................................. 38 O QUE SÃO ESTUDOS DE CASO?........... 39
JARDIM JAPONÊS ..................................... 74 ÁREAS ........................................................ 75 ESQUADRIAS ............................................. 78 MATERIAIS ................................................. 79
JAPAN HOUSE ........................................... 40 CLT PARK HARUMI ................................... 46 VILA CULTURAL ........................................ 50 ANIME FRIENDS ........................................ 56 ANÁLISE SWOT ......................................... 61
15
5
PROJETO ................................................ 80 IMPLANTAÇÃO .......................................... 81 ACESSOS ................................................... 82 PAVIMENTO SUBSOLO ............................. 83 PAVIMENTO TÉRREO ............................... 84 1º PAVIMENTO ........................................... 85 CORTE AA .................................................. 86 CORTE BB .................................................. 87 CORTE CC ................................................. 88 CORTE DD ................................................. 89 CORTE EE .................................................. 90 VISTA FRONTAL ........................................ 91 VISTA LATERAL DIREITA .......................... 92 VISTA LATERAL ESQUERDA .................... 93 VISTA POSTERIOR .................................... 94 MAQUETE 3D ............................................. 95
BIBLIOGRAFIA ........................................ 97
INTRODUÇÃO Cultura, termo explorado pela antropologia está
Otaku, a palavra criada pelo escritor Akio Nakamori
presente nos quatro cantos do planeta terra, ela se encontra
em 1983, é um termo muito usado no Japão e outros países
constantemente nas pessoas, como vivem e o que são, nos
para constituir fãs de animes (desenhos animados) e mangás
hábitos, crenças e conhecimentos. Ela é a base da formação
(histórias em quadrinhos). Entretanto, no Japão, o termo
de um indivíduo, estabelece suas características e o
pode ser utilizado para designar um fã de qualquer coisa em
desenvolvimento na infância, determinando a saúde mental
grande excesso. A vinda de imigrantes japoneses, a partir do
da criança para quando adulta, ter seus pensamentos
século XX, trouxe ao Brasil a cultura do país. Os mangás
formados extinguindo os preconceitos e as discriminações
foram trazidos por eles para manter viva a cultura entre os
diante de povos de culturas diferentes.
descendentes e acabaram sendo absorvidos pela cultura
Afim de adquirir conhecimento sobre novas culturas, um centro cultural tem como objetivo suprir a curiosidade e necessidade das pessoas por meio da arte e tecnologia, e o projeto centro cultural japonês permanece com a mesma concepção, porém, adotando aspectos de um país da Ásia Oriental aos habitantes de Mogi das Cruzes, SP.
jovem brasileira. Entretanto, otakus ainda são mal vistos no Brasil e no mundo, estereótipos como, “Todo Otaku é retardado”, “Otakus não sabem distinguir entre realidade e ficção”, “Otakus são um bando de virjões”, “Todos os Otakus são gordos, feios e com espinhas”, “Se é Otaku, já sei que é gay”. Tudo isso ocorre por serem quem são, fãs de um determinado assunto, cultura pop japonesa. Exclusão social,
A proposta consiste em criar um espaço cultural
por não haver o reconhecimento das diferenças, bullying,
focado no público adolescente, mais precisamente, naqueles
gerando comportamento antissocial e depressivo nas
que se denominam “Otaku”.
vítimas, esses são fatos pertinentes e graves que o grupo social sofre em pleno ano de 2021.
17
Por consequência, o projeto irá caracteriza-se a esse
Este projeto será uma novidade na região de Mogi das
tema, a arquitetura japonesa estará presente em toda parte
Cruzes, mas com uma proposta única nunca feita antes, no
do centro cultural, em especial os materiais leves, como a
Brasil e no mundo.
madeira, bambu e papel, incluindo também o paisagismo, com belos lagos e vegetações típicas do Japão.
Centro cultural japonês em São Paulo, Japan House, há apenas 3 representações no mundo, com designer
Além da arquitetura ser específica da Ásia Oriental,
moderno é uma excelente referência, além da BUNKYO
como forma de intervenção contra a discriminação aos
também, órgão que representa a comunidade nipo-brasileira
otakus, ela agregará características do tema anime. Atrações
e promove a preservação e divulgação da cultura japonesa
e eventos como desfile de cosplay (representação de
no Brasil.
personagem a caráter), shows e apresentações de música temática pop oriental (J-Music), comercialização de mangás com espaço para leitura no local, salas de aula com professores de desenho, os adolescentes poderão aprender a desenhar seus personagens favoritos. Inclusive, um Maid Café (subcategoria dos cafés cosplay que surgiu no Japão
Levando-se em consideração esses aspectos, os estudos de caso serão analisados para uma melhor compreensão arquitetônica, além de incorporar um grupo social à uma proposta de intervenção, algo intuitivo, inovador e extremamente importante para a sociedade.
em 2001), além dessas categorias, haverá diversas lojas, roupas e acessórios estarão disponíveis ao público geek (gíria inglesa que se refere a pessoas fãs de tecnologia, jogos eletrônicos e mangás).
SATO, Cristiane A., O Poder da Cultura Pop Japonesa. 2007.
18
1 HISTÓRIA JAPÃO E CULTURA
Fig. 1 - Fonte da figura ao lado: Displayte. Red Sun Saiyan. Acesso em 12/03/2021 Fonte: displate.com/displate/596717.
CULTURA JAPONESA Com o propósito de preservar e promover a história através da vinda dos nativos japoneses ao Brasil, há espaços que permitem os habitantes da região de Mogi das Cruzes participarem de atividades culturais relacionadas ao país. O centro cultural japonês, é um importante instrumento para o desenvolvimento da população, propõe o conhecimento sobre diversas áreas culturais do Japão, como sua arquitetura predominantemente construída em madeira, grandes templos em pedra e areia além de uma vasta cultura
Arquitetura
Literatura
Religião
Tradição
Gastronomia
Esporte
tradicional literária, gramática e caligráfica, composta por três alfabetos diferentes (hiragana, katakana e kanji). Sua típica gastronomia (washoku), tem-se como destaque no Brasil o sushi, sashimi, tempurá, guioza, temaki, hot roll, entre outros. Além disso, suas principais crenças têm raízes no xintoísmo e budismo, mas coexistem com outras religiões. Os japoneses obtêm estilos únicos de artes como ikebana, origami, ukiyo-e, que são artes delicadas com flores, dobra de papéis e pintura em tela. Por mais que os povos japoneses pratiquem diversos esportes tradicionais como o judô, karatê, kendo e o sumô, há o futebol (JFA) e o basebol (NPB), exemplos de esportes internacionais.
20
LINHA DO TEMPO Era Jomon - Passagem da pedra lascada para polida Invenção de armas como arco e flecha e lança para as caças
Era Japão
Confecção de potes de barro para o preparo dos alimentos e pele de animais para roupas
Germinam o alicerce de uma cultura agrária e tribal fundada por pequenos estados
Através do intercâmbio cultural, monges, estudiosos e artistas imigram da Coreia para o Japão e fixam residência, além de inserir a doutrina e prática budista. Com seu primeiro templo em Nara
As tribos viviam em casa de galhos de árvores
Nesta época foi considerado “o país de cem reinos”
Surgimento dos Samurais (soldados profissionais)
8.000 a. C.
20.000 a. C. Era Pré-Jomon
604 - 1192
57 a. C.
200 a. C.
Os habitantes da época viviam da caça e pesca
Era Yayoi - Cultura do Arroz e as divisões de classes sociais
As ferramentas eram feitas de pedra lascada
Armas como espadas feitas de bronze Espelhos de metal para os rituais Realização de costura e tecelagem
188 d. C. Guerras intensas entre os reinos do Japão Origem dos Imperadores, primeiramente na cidade de Yamato Yamato convida artesões da China e Coreia para ensinamentos como a escrita, “kanji”
1192 - 1600 Surgimento da expressão kamikaze “vento divino” Nomeada classes: nobres, samurais, bonges (comuns) e semmin (marginais) Origem da Cerimônia do Chá Importação de armas de fogo de Portugal
A Era de Paz “Pax Tokugawa”
Datado cerca de 132.689 japoneses em terras brasileiras
Expulsão dos estrangeiros (portugueses e espanhóis)
90% da comunidade Nikkei dedicava-se a agricultura
Todos apartado de classe poderiam aprender a ler e escrever, uma evolução literária e artística
Chega em Santos - SP o ultimo navio com imigrantes japoneses
Durante a 2ª Guerra Mundial as atividades culturais e educacionais dos imigrantes foram suspensas
Surgimento das Gueixas
1867 - 1926 Fim da classe dos Samurais Japão derrota China e Rússia tornando-se a nação mais influente de toda Ásia Imigração para o Brasil por motivos sociais e trabalhistas. Para Mogi das Cruzes (1919)
Se tornou o principal exportador de produtos manufaturados e detentor da tecnologia de ponta em quase todos os setores industriais
Inauguração da Sociedade de Cultura Japonesa BUNKYO, em São Paulo.
1932 - 1952
1600 - 1867
O Japão moderno procura manter relação com todos os países, incentivando sempre o intercâmbio comercial e cultural
Através da TV, o Japão espalha sua história e cultura ao mundo. Filmes e animações (animês)
1960 - 1978
1958 Pós-Guerra Visita do príncipe Mikasa ao Brasil para participar das festividades do cinquentenário da imigração japonesa Soma-se nesta época 404.630 japoneses e descendentes no Brasil
2017 - 2021
1995 - 2017 Comemora-se o centenário do Tratado de Amizade e Imigração Japonesa entre Brasil e Japão Inauguração da Japan House, centro cultural dedicado a cultura nipônica localizado na Av. Paulista, SP
Primeira Guerra Mundial
22
CONTEXTO HISTÓRICO Tanto no Japão quanto no Brasil, a situação era de
Com a publicação da Lei de Imigração em 1907 através de
crise em meados dos anos 1905. A guerra contra a Rússia,
Ryu Mizuno, considerado o pai da imigração, firmou-se acordo
aumentou a miséria e o desemprego no país oriental,
com o governo de São Paulo, permitido que cada Estado
enquanto no Brasil, havia a superprodução do café com
definisse a forma mais conveniente para recepção e instalação
decorrente
mercado
dos Imigrantes. E assim sendo, no dia 18 de junho de 1908,
internacional. Logo então, a oferta de mão-de-obra foi
chegaram ao Brasil na cidade de Santos no estado de São Paulo,
resolvida com a vinda de trabalhadores nipônicos.
165 famílias em sua maioria formada por camponeses das
desvalorização
do
preço
no
regiões norte e sul do Japão, os 800 imigrantes vieram pelo navio Kasato-Maru, após uma viagem de longos 52 dias em alto mar. Logo após, num período de três anos, vieram mais, totalizando 3 mil imigrantes japoneses. Os primeiros grupos que chegaram à cidade de Mogi das Cruzes foram a família Suzuki, Shigetoshi Suzuki e sua esposa Fujie Suzuki em 1919, vindos de uma província do norte do Japão que pretendia morar na cidade de Taquaritinga, mas em virtude do avanço da maleita naquela região, resolveu-se fixar em Mogi, cidade fundada em 1560 por exploradores portugueses. Assim como todos os imigrantes, muitas foram as dificuldades: a língua, Fig. 2 - O dia da Chegada em SP. Navio Kasato-Maru. Foto: Câmara do Japão (reprodução).
a alimentação, os costumes e as moradias precárias foram
Fonte: mundo-nipo.com, 1919.
desafios a serem enfrentados. (MORAES, 1990).
23
Além destas, a maior das dificuldades foi durante a
É de se observar, que três nisseis de Mogi das Cruzes
Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), onde houve alteração
foram soldados que lutaram pela Força Expedicionária
através da política de perseguição, o relacionamento entre a
Brasileira. Alberto Tomio Yamada, Satsuki Nakasone e
colônia japonesa e a sociedade mogiana.
Tomessake Konno.
Os japoneses foram vítimas de discriminação por parte
As medidas de repressão e nacionalização adotadas
do Governo brasileiro, acusados de invasão, denominando-os
pelo governo varguista deram como consequência não uma
“fome de terra”. Nesta época, além da política restritiva de
assimilação a sociedade brasileira, ao contrário, fizeram com
imigração, a elite brasileira estava em preocupação com o
que os imigrantes japoneses, se voltassem “para dentro”,
“branqueamento da população”, e os povos nipônicos não
buscando uma união aos seus valores de tradição. Um exemplo
eram brancos, nem negros, surgindo o que se conhece por
disso foi o desaparecimento durante a guerra das distinções
“perigo amarelo”. Os japoneses tiveram que fechar as escolas
entre os japoneses (issei/nissei), colocando em pratica, pela
que abriram, bem como não podiam imprimir jornais ou mesmo
primeira vez, a noção de “colônia”. (MORAES, 2008).
falar o japonês nas ruas. Eles foram mais afetados do que os imigrantes dos outros dois países, pois tinham mais dificuldade de assimilar a cultura e o idioma local, além de já serem considerados etnicamente perigosos. As medidas xenófobas do governo de Getúlio Vargas, provocaram reações na colônia japonesa residente em Mogi das Cruzes. Reagindo a essas medidas e com o intuito de preservar a cultura oriental, foi fundada em 10 de janeiro de 1939, a organização Mogi Rengô, unificando as associações
Fig. 3 - Desfile da Força Expedicionária Brasileira (FEB). RJ. Foto: Arquivo Nacional. Fundo Agência Nacional.
de bairro existentes no município.
Fonte: i.pinimg.com/originals, 1944.
24
Fig. 4 - Escultura da imigração japonesa. Foto: Jorge Moraes. Fonte: redescobrindoaltotiete.blogspot.com, 2014.
O legado deixado pelos japoneses e seus descentes é bastante marcante no âmbito cultural, em 1926, foi fundada a Sociedade Cultural de Mogi das Cruzes, criada com a finalidade de dar assistência na organização de feiras, festas e, principalmente manter as tradições. Há entre eles, várias técnicas de agricultura, o desenvolvimento de novas espécies de legumes, verduras e flores, vários pratos da gastronomia japonesa que fazem parte da alimentação da população da região atualmente, além de patrimônios culturais imateriais e materiais, como o Parque Centenário da Imigração Japonesa, Paraíso das Orquídeas, Casarão do Chá, tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do Estado (CONDEPHAAT), que serviu para a desidratação e armazenagem de toneladas de chá, que na época saíam da Mogi das Cruzes para o porto de Santos direto para o Japão. (HIRATA, 2006).
A praça dos Imigrantes em Mogi das Cruzes foi feita por um holandês, cujo nome é Van de Wiel, em
Estes imigrantes demonstraram um exemplo de
comemoração à imigração japonesa no Brasil. E o modelo
superação, diante de tantos percalços e o enfrentamento da
para essa escultura é o famoso médico Doutor Nobolo Nori
xenofobia. Mas felizmente, hoje, apesar de não haver políticas
fundador do Hospital Ipiranga.
públicas voltadas para o apoio e preservação de suas memórias, vivem uma era de paz e tranquilidade.
25
PESQUISA POPULACIONAL Com o intuito de descobrir sobre os pensamentos,
experiências
e
opiniões
1 - Você sabe o que é
Animes e Mangás?
2 - E o termo Otaku, sabe o que é?
da 2%
população de Mogi das Cruzes e região, foi
29% Sim
realizado uma pesquisa online através das redes sociais contendo 100 participantes, compondo 7
Sim
Não
98%
71%
Não
perguntas referentes ao tema “Cultura Pop Japonesa”. Do dia 24/03/2021 ao dia 25/03/2021. 3 - Você acredita que 90% dos Otakus sofrem
Com
base
nos resultados coletados,
Discriminação por serem quem são?
4 - Sobre a Cultura Pop Japonesa, tem curiosidade de aprender mais sobre o tema?
percebe-se que a maioria das pessoas que responderam ao questionário conhece o assunto
24%
35%
e se interessam sobre, além de compreenderem
Sim
Sim
a problemática e alguns vivenciarem ela, (relatado
76%
65%
Não
Não
na sétima pergunta). A grande maioria nunca frequentou um espaço cultural japonês, mas iriam caso tivesse um na cidade de Mogi das Cruzes, com propósito de expandir seus conhecimentos
5 - Você já foi em algum evento Geek ou
Centro Cultural Japonês?
6 - Sobre um Centro Cultural Japonês em Mogi das Cruzes - SP, gostaria de conhecê-lo?
sobre a cultura oriental.
3% 56%
TYPEFORM, Empresa especializada na construção de formulários online, (2021).
44%
29%
Sim
Sim Não
71%
Não Talvez
26
7 - Se você é um Otaku, poderia informar se já sofreu algum tipo de Preconceito? Se sim, quais?
“Não me considero Otaku já que não sou de assistir animes, porem tenho um irmão Otaku só fala de animes, mangás e etc.… e sim ele sofria com isso... Eu sou kpoper e já sofri por isso tbm”.
“Otaku fedido”. “Não me considero uma otaku, mas conheço amigos meus que são e sofreram preconceito. Eles eram excluídos de
“Exclusão social seria apenas o começo, não somente fora de
grupos
casa, mas muitas vezes pela própria família”.
professores”.
“Pessoal fica rindo, não temos liberdade de falar que somos, pois
“Nunca sofri nenhum preconceito. Porém já ouvi relatos de
ficam zuando”.
pessoas que são zoadas por outras pessoas que não
“Não sou otaku, mas tenho amigos que são. Eles sofrem discriminação do seu estilo de vestimenta, corte de cabelo e são julgados como infantis”.
de
colegas,
até
mesmo
“perseguidos”
por
entendem esse tipo de cultura”. “Identificar como "lerdão, esquisito, estranho". “Muitas vezes acham que animes / mangas são histórias para
“Não lembro de ter sofrido nenhum tipo de preconceito ou
crianças, quando na verdade é todo o contrário os animes /
discriminação, mas conheço pessoas que de certa forma sim,
mangas são muito variados existe diversos tipos e gêneros
passando por discriminação verbal e exclusão social”.
dentro de eles. E na escola é muito comum zoar os Otakus”.
“Não sou, mas já observei o preconceito com pessoas próximas”. “Ao voltar de um evento japonês, vestida com acessórios e um amigo no ônibus fomos zoados o caminho inteiro”.
Os
depoimentos
são
de
origem
anônima
dos
participantes da pesquisa Cultura Pop Japonesa. Neles, há uma clara e real demonstração sobre a discriminação presente na vida dos adolescentes, otakus.
27
PROBLEMATIZAÇÃO DA MÍDIA Visto os relatos dos participantes da pesquisa
década de 80 após realizar assassinatos em série com
“Nesta comunidade reclusa, há a criação de um ciclo vicioso de relacionamentos fechados. Uma vez que seus membros atraem apenas outros membros da mesma comunidade. Muitos otakus constroem relacionamentos de forma análoga aos seus personagens shōnen e yaoi, idolatrando personagens fictícios e se desligando de outros seres humanos fora de seu círculo”. – (ŌSAWA, 1995. p. 267–268)
crianças inocentes, além de atormentar as famílias das
Com o tempo, os problemas gerados pela estagnação
vítimas enviando “presentes” perturbadores. Miyazaki foi
econômica começaram a ficar mais aparentes, ao passo que
condenado a pena de morte aos 45 anos, sendo assim
um movimento de internacionalização da cultura otaku se
executado por enforcamento em 17 de junho de 2008. A
tornaram cada vez mais visível. Com o sucesso de animes e
mídia logo tratou de ligar as ações dele às suas infinitas
mangás no mercado ocidental, a subcultura otaku se tornou
coleções de mangás, seu estilo de vida otaku e vício por
uma das mais poderosas do mundo. Através de animes como
computador. Como evidenciado no estudo realizado por
Dragon Ball, Pokémon, Cavaleiros do Zodíaco e filmes de
Sharon Kinsella em 1998.
longa-metragem lançados nos anos 1990, como Akira, Ghost
populacional realizada em Mogi das Cruzes, SP, é interessante analisar a percepção da mídia sobre o tema no decorrer dos anos, propriamente, desde o caso de Miyazaki Tsutomu, o “assassino otaku”, conhecido no Japão no fim da
Por um curto período de tempo, os otakus pareceram
in The Shell, Royal Space Force e Jin-Roh.
representar tudo de ruim sobre o estado da sociedade
Embora a aceitação dos animes e mangás tenha se
japonesa: a fragmentação social, o vício em entretenimento e
expandido, a noção de que ser otaku é algo negativo ainda é
a perda de laços com outros seres humanos. Seu
extremamente presente.
individualismo
se
expressava
no
altíssimo
grau
de
isolamento, perda de conexão com o real e de empatia.
28
Fora do Japão, os otakus não são tão obcecados por animes na mesma intensidade que os japoneses são, principalmente por no país ter lugares como Akihabara, conhecido como “o paraíso dos nerds e otakus”. Localizado em Tóquio, o bairro abriga milhares de lojas de eletrônicos, mangás e Fig. 5 - Captura de Tela. Fonte: g1.globo.com. Acesso em 11/02/2021
animes, maid cafés, pachinkos, além dos parques de
Parágrafo 1º: “A não ser que algo aconteça para melhorar o índice
diversões espalhados pela capital, temáticos de
de natalidade do Japão, a sua população vai diminuir por um terço entre
animes, Disney, Universal Studio, entre outros.
agora e 2060. Um motivo para a falta de bebês é o surgimento de uma
Claro, sempre existe pessoas que são fanáticas ao
nova “categoria” de homens japoneses - os otaku, que gostam mais de
extremo fora da Ásia Oriental, mas ser otaku no
literatura mangá, anime e computadores do que sexo no mundo real. ”
Brasil, não o impede de ter uma vida social normal
Parágrafo 7º: “Já os otaku vivem uma vida mais sedentária e com pouca interação com o sexo oposto. “ Último Parágrafo: “O Japão mantém sua cultura singular no mundo globalizado, mas em alguns casos - como no dos otaku - isso pode ser até mesmo prejudicial para os problemas populacionais do país. ”
com amigos, na escola e no trabalho. Uma das maneiras de socialização desse grupo social, são os eventos de anime, nos quais são ótimos para conhecer pessoas e fazer amizades. Uma das melhores formas de frequentar esses eventos é vestido de cosplay, arte de se transformar
Notícia postada por G1, no dia 24/10/2013 08h50 - Atualizado em
em um personagem de anime ou filme utilizando
24/10/2013 09h13. Portal de notícias que disponibiliza o conteúdo de
maquiagem, interpretação, vestuário e demais
jornalismo em formato de texto, fotos, áudio e vídeo das diversas
técnicas exigidas pelo alter ego do artista ou do
empresas do Grupo Globo - rede de televisão comercial aberta brasileira.
personagem que estão interpretando.
29
Entretanto, os cosplayers não são muito bem vistos por muitas pessoas que não tem conhecimento sobre o assunto até os dias de hoje, e mais uma vez, a mídia está aí para influenciar uma imagem errada em relação a isso. “A Força do Querer”, novela da Rede Globo recordista de audiência em São Paulo, apresenta um personagem cosplayer cujo nome é, Yuri. O grande problema disso tudo é
Fig. 6 - Foto: Marina Val, 30 de março de 2017 às 15h40. Fonte: emais.estadao.com.br/noticias/tv,cosplayers.
que ao invés de mostrar algo novo para a sociedade, a qual
Quando um otaku ou cosplayer passa a viver um
difere da nossa cultura, isso vai ser só mais um motivo para
determinado personagem a todo momento, adotando
críticas ofensivas.
vestimentas e comportamentos diferentes do usual, ele
O principal impasse sobre isso, é denegrir a imagem dos otakus através de uma falsa impressão. O personagem Goku do anime Dragon Ball representado pelo rapaz está inteiramente mal feito. A mãe do garoto deixa bem claro que o
deixa de ser um fã para ser um Weeaboo, pois agora ele não está mais interpretando e sim obcecado, vivendo aquele personagem literalmente. Ou seja, ele está vivendo uma ilusão que ele acredita ser o “verdadeiro ele”.
motivo dele estar mal na escola é porque ele assiste animes,
Além da má representação dos cosplayers, o ator
faz cosplay, vai a eventos, e no mesmo capítulo da novela,
também apresenta comportamentos estranhos, que ao
Yuri exigi ser chamado de “Kakaroto Son Goku” pela mãe,
decorrer da novela, descobre-se que ele está participando
uma atitude acéfala nada cognitiva. Isso claramente é uma
de um jogo, Baleia Azul, um fenômeno surgido na rede social
ofensa aos fãs de cultura oriental, principalmente aos
russa VK, que levou jovens ao suicídio em todo o mundo.
cosplayers, que trabalham arduamente para fazer um cosplay
Aumentando no Brasil, 26% a taxa de pessoas entre 15 e 29
perfeito e recebem valores por seus trabalhos como profissão.
anos que tiraram sua própria vida desde 1980.
30
É interessante mencionar que a grande parte dos otakus nos programas brasileiros de televisão, não representam o grupo social de fato, são pessoas com gostos comuns apenas. Como no programa da Globo, Encontro com Fátima Bernardes, exibido no dia 05 de novembro de 2012, com título “Gabriela Lian mostra como jovens brasileiros absorveram a cultura japonesa”. Neste quadro, é apresentado alguns jovens em São Paulo que se denominam otakus, porém, a reportagem resumese em apenas um grupo, no qual não é possível ter uma percepção ampla do que é de fato a cultura, seus hábitos e costumes. Assim sendo, nem tudo que a mídia propõe é algo que deve absorver-se e definir um assunto através daquilo, o seu verdadeiro significado. Com o maior intuito de gerar polêmica e telespectadores, acabam provocando conflitos através dos seus conteúdos, fazendo o público ter uma visão errada sobre determinado tema ou cultura, acarretando ainda mais preconceitos e discriminações.
“A generalização é a principal preconceituosos”. – (MOURA, João)
ferramenta
dos
Fig. 7 - Cosplay Personagem Uraraka Ochako de Boku no Hero Academia. Fonte Artista: @alenn__, 08/02/2018.
2 LEGISLAÇÕES DIRETRIZES PROJETUAIS
Fig. 8 - Fonte da figura ao lado: Pinterest, João Gil Pon. Acesso em 10/03/2021 Fonte: //pin.it/6X1HViz.
Plano Nacional de Cultura – PNC
Sistema Nacional de Cultura – SNC
LEI Nº 12.343, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2010
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 71, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2012
Conjunto de princípios, objetivos, diretrizes, estratégias, ações e metas que orientam o poder público na formulação de políticas culturais. Seu objetivo é orientar o desenvolvimento de programas, projetos e ações culturais que garantam a valorização, o reconhecimento, a promoção e a preservação da diversidade cultural existente no Brasil. Diário Oficial da União - Seção 1 - 3/12/2010, Página 19 (Veto).
Programa Nacional de Apoio à Cultura
Segundo o art. 216-A da Constituição Federal, o Sistema Nacional de Cultura é um processo de gestão e promoção das políticas públicas de cultura democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação (União, Estados, DF e Municípios) e a sociedade. O SNC é organizado em regime de colaboração, de forma descentralizada e participativa, tendo por objetivo promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercício dos direitos culturais. Diário Oficial da União - Seção 1 – 30 de novembro de 2012, Página 1 (Publicação Original).
LEI Nº 8.313, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1991
Embaixada do Japão no Brasil
Principal ferramenta de fomento à cultura do Brasil, a Lei de Incentivo à Cultura contribui para que milhares de projetos culturais aconteçam, todos os anos, em todas as regiões do país. Por meio dela, empresas e pessoas físicas podem patrocinar espetáculos – exposições, shows, livros, museus, galerias e várias outras formas de expressão cultural, Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), que também conta com o Fundo Nacional de Cultura (FNC) e os Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficarts).
As relações diplomáticas entre Japão e Brasil começaram em 1895, com a assinatura do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação. Com a abertura diplomática oficial em 1897, o caminho estava livre para o início da imigração japonesa para o Brasil, em 1908.
Diário Oficial da União - Seção 1 – 24 de dezembro de 1991, Página 30261 (Publicação Original).
Diário Oficial da União - Seção 1 – 11 de outubro de 1892, Página 4329 (Publicação Original).
LEI Nº 97, DE 05 DE OUTUBRO DE 1892
33
Lei Municipal de Incentivo à Cultura – LIC
Acessibilidade
LEI Nº 6.959, DE 17 DE SETEMBRO DE 2014
NBR 9050, DE 03 DE AGOSTO DE 2020
A proposta visa estimular a produção, distribuição e o acesso a produtos culturais como espetáculos musicais, teatrais, de dança, filmes e outras produções na área audiovisual, além de exposições, livros, jornais, revistas e outras publicações nesse segmento. Também se enquadram na lei projetos que visem proteger e conservar o patrimônio histórico edificado e acervos artísticos, ou aqueles que estimulem a produção e difusão da diversidade cultural no município. Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura de Mogi das Cruzes. Decreto 15.490, de 7 de julho. (Lívia de Sá).
As normas técnicas destinadas ao espaço construído existem para garantir sua padronização quanto a atributos como: qualidade, segurança, confiabilidade e eficiência. A NBR 9050, trata da acessibilidade no espaço construído, de modo a garantir que todas as pessoas possam se orientar e se deslocar facilmente em um ambiente, fazendo uso dos elementos que o compõem com segurança e independência, isto é, sem acidentes e sem necessidade de solicitar ajuda para realizar tarefas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT - Lei n º 4.150, de 21 de novembro de 1962.
Código Sanitário DECRETO Nº 12.342, DE 27 DE SETEMBRO DE 1978 Saneamento básico;
Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. Saneamento Básico, Áreas mínimas, Dimensões mínimas; Ventilação e Iluminação.
Representação de Projetos de Arquitetura NBR 6492, DE 30 DE ABRIL DE 1994 Saneamento básico;
Fornece todos os parâmetros necessários não só ao desenho, mas a correta compreensão dos elementos presentes em uma planta de arquitetura. É uma norma que se aplica tanto ao desenho a mão quanto ao desenho a instrumentos.
CAPÍTULO VII – Locais Culturais Artigo 22 do Decreto-lei 211, de 30 de março de 1970 - Secretaria de Estado da Saúde.
Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT - CB-002 Comitê Brasileiro de Construção Civil
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Plano Diretor de Mogi das Cruzes LEI COMPLEMENTAR Nº 150, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2019
Sistema de Planejamento Urbano que inclui as disposições fundamentais da regulação urbanística do Município, para sua área urbana e rural, e a sua Política de Desenvolvimento Urbano. Artigo 182 da Constituição Federal, dos artigos 39 a 42-B da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, e do artigo 181 da Constituição do Estado de São Paulo, pode ser consultada no Quadro de Editais do prédio sede da Prefeitura de Mogi das Cruzes, localizado na Avenida Vereador Narciso Yague Guimarães, 277 – Centro Cívico.
Código de Obras e Edificações – COE LEI COMPLEMENTAR Nº 143, DE 15 DE JANEIRO DE 2019
Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo – (LOUOS) LEI Nº 7200, DE 31 DE AGOSTO DE 2016 Orientar o crescimento demográfico onde há oferta de transporte público, incrementando as atividades econômicas e qualificando a paisagem; Incremento das centralidades de bairro; promover uma qualificação ambiental; simplificação das regras de parcelamento, uso e ocupação do solo, em especial nos lotes pequenos. Artigo 158 da Lei Orgânica do Município de Mogi das Cruzes, nos termos dos artigos 2º e 4º, inciso III, alínea "b" da Lei Federal nº 10.257, de 10 de junho de 2001 - Estatuto da Cidade.
Lei do Parcelamento do Solo Urbano LEI Nº 7201, DE 31 DE AGOSTO DE 2016
Instrumento legal que estabelece os procedimentos relativos à atividade da construção civil, com poder de impacto direto na qualidade do ambiente urbano e no campo de atuação de projetistas, técnicos, construtores e demais usuários que atuam diretamente com processos de elaboração de projetos, licenciamento e regularização das edificações.
Parcelamento do solo urbano é a divisão da terra em unidades juridicamente independentes, com vistas à edificação, podendo ser realizado na forma de loteamento, desmembramento, desdobro e remembramento de lotes, sujeitos à aprovação por parte da Prefeitura Municipal.
Código de Obras e Edificações do Município de Mogi das Cruzes, nos termos dos artigos 77, § único, II, e 165 da Lei Orgânica Municipal e dá outras.
Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, na Lei Federal nº 9.785, de 29 de janeiro de 1999, e suas alterações, na Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001.
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Lei do Contorno
Execução de Impermeabilização
DECRETO Nº 10.225, DE 13 DE JANEIRO DE 2010
NBR 9574, DE 01 DE DEZEMBRO DE 2008
Dispõe sobre a forma de apresentação de projetos de edificações para a aprovação. Limita-se a análise quanto ao uso do solo, levando em consideração os recuos, a taxa de ocupação (TO) e coeficiente de aproveitamento (CA) e ao mesmo tempo, o profissional firma o compromisso quanto ao cumprimento do código de obras (área dos ambientes, pé direito mínimo, vãos de ventilação e iluminação). Artigo 104, II, VI e IX da Lei Orgânica do Município. - Lei Complementar nº 62, 13 de novembro 2009
Esta Norma estabelece as exigências e recomendações relativas à execução de impermeabilização para que sejam atendidas as condições mínimas de proteção da construção contra a passagem de fluidos, bem como a salubridade, segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida a estanqueidade das partes construtivas que a requeiram. Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT - Comitê Brasileiro de Impermeabilização (ABNT/CB-22), pela Comissão de Estudo Gerais (CE-22:000.01). Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 27.06.2008 a 26.08.2008, com o número de Projeto ABNT NBR 9574
Elaboração de Projetos de Edificações NBR 13532, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1995
Confecção dos projetos arquitetônicos, mas regulando as condições exigidas para a construção de edificações, tanto em construção e ampliação, quanto em modificação, recuperação, etc. Detalha quais as informações devem constar do projeto, pois descreve as etapas do projeto arquitetônico (levantamento de dados, estudo de viabilidade, estudo preliminar entre outros). Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT - CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
Estruturas Mistas NBR 8800, DE 25 DE AGOSTO DE 2008
Sistema misto aço-concreto aquele no qual um perfil de aço (laminado, soldado ou formado a frio) trabalha em conjunto com o concreto formando um pilar misto, uma viga mista, uma laje mista ou uma ligação mista. Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT - Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de Estudo de Estruturas de Aço (CE-02:125.03).
36
As leis representam normas jurídicas criadas através
Há também as exigências do Corpo de Bombeiros, que
dos processos próprios do ato normativo e estabelecidas
informa as características técnicas da edificação e demonstra
pelas autoridades competentes. É toda a regra jurídica,
o local de instalação das medidas de segurança contra
escrita ou não, ela abrange os costumes e todas as normas
incêndio.
formalmente produzidas pelo estado, por exemplo, pela Constituição
Federal,
Medida
Provisória,
decreto,
lei
ordinária, lei complementar, etc.
Em todas elas, estão estipuladas normas básicas para garantir que as edificações contem com níveis mínimos de segurança,
salubridade,
conservação
de
energia,
Lei 12.378, de 31 de dezembro de 2010, criação do
acessibilidade e conforto ambiental, proporcionando melhor
Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR e
qualidade de vida para a população que reside tanto na área
os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados,
urbana, quanto na área rural de um município.
CAU/UF e do Distrito Federal. Lei base para exercício da profissão dentro de parâmetros legais que garantam qualidade e compromisso ético dos profissionais. Além destas citadas anteriormente no corpo deste trabalho, no capítulo 3, existe dentre elas outras leis importantes que dão ênfase na hora de realizar um projeto arquitetônico, como as leis ambientais, que abrangem o
“Desta forma, entender a complexidade e gama de informações que regem a produção do projeto de arquitetura, é fundamental para o entendimento de que projetar não é produto somente da genialidade do Arquiteto, mas também – e principalmente – de sua capacidade técnica de viabilizar o empreendimento, à luz das condicionantes legais”. – (SBARRA, Marcelo, 28 agosto de 2016).
código florestal, parcelamento do solo, recursos naturais para a construção de um empreendimento e resíduos sólidos.
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3 ESTUDOS DE CASO REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Fig. 9 - Fonte da figura ao lado: Carpa Koi, Aido Arte. Acesso em 10/03/2021 Fonte: aidobonsai.com/2011/12/11/100-desenhos-de-carpas/ #jp-carousel-23080.
O QUE SÃO ESTUDOS DE CASO? São métodos de pesquisa ampla sobre um assunto específico, permitindo aprofundar o conhecimento sobre ele e, assim, oferecer subsídios para novas investigações sobre a mesma temática. Além de serem utilizados como
“A essência de um estudo de caso, a principal tendência em todos os tipos de estudos de caso, é que ele tenta esclarecer uma decisão ou um conjunto de decisões: o motivo pelo qual foram tomadas, como foram implementadas e com quais resultados”. – (YIN, Robert K., 2010).
benchmark, ou seja, como ponto de partida ou inspiração para quem deseja realizar um trabalho semelhante com o que foi relatado.
Para a consolidação do projeto do centro cultural japonês, foram realizados estudos de casos e levantados aspectos bibliográficos para fundamentar o tema proposto,
Ao observar os passos dados por outra pessoa, grupo
além de expor vários pontos importantes como a história de
ou organização, fica mais simples compreender e fazer
centros culturais, conceito de cultura e suas formas de
previsões para evitar erros de percurso. É útil que os estudos
representação arquitetônica.
de caso mostrem não apenas os acertos, mas também as falhas encontradas na busca por uma solução, como orientação para que uma empresa, equipe ou profissional faça um planejamento eficiente e consiga alcançar seus objetivos.
Desta forma, o objetivo através deste estudo é propor um espaço que incentive a vivência cultural e interação social, difundir diferentes formas de expressão, contribuir para a melhoria de qualidade de vida no município e ascensão social.
Um estudo de caso precisa ser relevante, interessante e específico, mais do que isso: deve oferecer contribuições para o crescimento do segmento no qual o objeto de estudo está inserido.
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JAPAN HOUSE Localização: São Paulo – Brasil Arquiteto: FGMF, Kengo Kuma & Associates Programa: Centro Cultural Projeto: 2017 Área Construída: 2.273 m²
Fig. 10 - Japan House Brasil. Foto: Rogério Cassimiro. 08/05/2018. Fonte: www.lance.com.br/copa-america/japan-house-consulado-promovem-eventos-durante.html.
INSERÇÃO URBANA A Japan House, inaugurada em 05 de maio de 2017, está localizada na Avenida Paulista, no centro, um dos logradouros mais importantes do município de São Paulo, no Brasil. Considerada um dos principais centros financeiros da cidade, assim como também um dos seus pontos turísticos mais característicos, a avenida revela sua importância não só como polo econômico, mas também como centralidade cultural e de entretenimento. O centro cultural foi aberto como o primeiro caso da “Japan House Project”. Sua construção foi iniciativa do governo japonês no Brasil e faz parte de um projeto que tem como objetivo difundir a cultura do país para a comunidade internacional. Liderado pelo Ministério das Relações Exteriores, que visa promover vários aspectos da cultura japonesa mundialmente.
ARCHDAILY, Broadcasting Architecture Worldwide, 01 de junho de 2017.
Mapa – Estado de São Paulo
Mapa – Capital de São Paulo
/
41
MATERIAIS
Fig. 11 - Japan House Brasil. Foto: Tatewaki Nio, 30/11/2019. Fonte: www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/japan-house/.
O centro cultural foi projetado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma. A construção possui uma fachada de 36 metros de largura e 11 metros de altura feita com seis toneladas de tábuas de hinoki, equivalente a 630 réguas de madeira aromática trabalhadas por artesãos que vieram do Japão para realizar esse trabalho. Elas são usadas na construção de templos japoneses, material nobre considerado sagrado na religião xintoísta, com mais de 70 anos de idade. A fachada também conta com painéis em malha coberta com washi, papel japonês artesanal, permitindo aos visitantes observar e sentir o acabamento refinado das técnicas tradicionais japonesas, criando atmosferas leves e espaços bem iluminados.
“No caso do uso da madeira, por exemplo, japoneses e brasileiros trabalharam de perto para expressar as melhores características arquitetônicas de ambas as culturas através desse material”. – (KUMA, Kengo, 2017).
.
42
Fig. 12 - Japan House Brasil. Foto: Laura Delboni.
O Mr. Cryl Alto Tráfego, da Protécnica, é um revestimento
monolítico
mineral
que
possui
Fonte: www.aecweb.com.br/emp/cont/m/japan-house, 2018.
base
limestone com 2 mm de espessura. Com aparência de cimento queimado, se destaca pela alta resistência. É um fungicida natural sem odor e livre de COVS. Esse revestimento ainda proporciona conforto térmico, além de se destacar por evitar o aparecimento de bolhas e descascamentos.
Fig. 13 - Japan House Brasil. Foto: Milton Spires. Fonte: revistaprojeto.com.br, 2018.
Para formar o cobogó, a Stone Pré-Fabricados Arquitetônicos utilizou 220 placas sobrepostas (70 x 80 cm cada) de Ductal®, um concreto de ultra‑alto desempenho com
fibras
metálicas
resistência,
ou
durabilidade,
orgânicas, qualidade
que
e
garante
acabamento
excepcional. Alex
Hanazaki,
responsável
pela
arquitetura
paisagista da Japan House, apresenta uma atmosfera envolvente composto
harmonizada por
plantas
por
um
orientais
jardim que
Fig. 14 - Japan House Brasil. Foto: Marcelo Brandt/G1. Foente:www.notibras.com/site/inverno-que-nada-e-primavera-na-paulista/, 2018.
sensorial
são
fortes
características da cultura japonesa. Em conjunto com a Kanela Bambu, através de elementos externos em bambu, mostra sua versatilidade por promover sofisticação, que alia a luxuosidade com uma natureza rústica.
43
COMPOSIÇÃO DOS PAVIMENTOS Fig. 15 - Japan House Brasil. Foto: São Paulo Sem Mesmice. Fonte: saopaulosemmesmice.com.br/japan-house-sao-paulo/, 2019.
O edifício que abriga a Japan House passou por uma reforma que incluiu uma série de intervenções, inclusive estruturais, para permitir a instalação
de
elevadores,
escadas,
reforços estruturais, vãos, entre outros. A administração (assim como o restaurante) fica no segundo andar, mas no fundo do pavimento, escondida do público. Já no primeiro pavimento estão os ateliês multiusos, que são salas com uma divisão bastante flexível, criadas para receber palestras, treinamentos e cursos relacionados à cultura japonesa. “O que eu mais gosto nesse projeto é que ele é extremamente simples e despojado e, ao mesmo tempo, tenta comunicar uma coisa que é fundamental, que é a tradição japonesa da construção”. – (GIMENEZ, Lourenço, 2017).
44
No térreo, ficam os ambientes de exposição e o café, que são abertos para a rua. Neste local, grandes portas se abrem para uma pequena praça que é quase uma continuação da praça Osvaldo Cruz e, também, uma continuação da calçada. Quando as portas da Japan House se abrem, esse espaço permite uma integração quase que absoluta dos ambientes internos e externos. O andar térreo conta também com divisórias feitas de telas translúcidas e chapa expandida metálica mergulhada em papel japonês. Trata-se de algo extremamente artesanal e que funciona como divisão de ambientes, a exemplo de um biombo. Pavimento Térreo
1º Pavimento
2º Pavimento
Fig. 16, 17, 18, 19, 20 e 21 - Japan House Brasil. Fotos: Japan House. Fonte: www.japanhouse.jp/pt/what/saopaulo.html, 2019.
45
CLT PARK HARUMI Localização: Tóquio – Japão Arquiteto: Kengo Kuma & Associates Programa: Espaço Cultural Projeto: 2019 Área Construída: 1.631,16 m²
Fig. 22 - Pavilhão CLT Park Harumi. Foto: Mitsubishi. Fonte: www.metalocus.es.
INSERÇÃO URBANA Chamado de CLT Park Harumi, o pavilhão está localizado em Harumi, Chuo-ku, Tóquio, uma área residencial construída em uma ilha de terras recuperadas na capital japonesa. O projeto foi desenvolvido em dezembro de 2019 por Kengo Kuma and Associates, Mitsubishi Jisho Sekkei e Mitsubishi Estate Home, uma incorporadora imobiliária que ostenta a posição de liderança no mercado japonês, operando uma gama de negócios em diversos campos relacionados ao mercado imobiliário, incluindo um edifício comercial centrado no distrito de Marunouchi, no centro de Tóquio. O espaço é utilizado como site de divulgação de cultura e informação para divulgar os atrativos da CLT. Depois disso, está planejado realocar a instalação em Hiruzen na cidade de Maniwa no inverno de 2020, e será
Mapa – Tóquio
/
usada como um centro de arte, cultura e turismo. O projeto representa a troca cíclica de recursos naturais e culturais entre a cidade e as áreas regionais, um sistema de construção sustentável e acessível.
Mapa – Japão
47
MATERIAIS E COMPOSIÇÕES
Fig. 23 - Pavilhão CLT Park Harumi. Foto: Kobayashi Kenji. Fonte: www.metalocus.es.
O espaço semi-externo “Edifício Pavilhão”, tem uma altura de 18 metros de altura, o piso 1 é o edifício da história. A área total é de cerca de 601,00 m². Ele foi construído tecendo folhas feitas de painéis (CLT), estruturas de madeira laminada cruzada (160cm x 350cm, 21cm de espessura) com uma moldura de aço, criando uma estrutura que parece se estender em forma de espiral em direção ao céu. Peças super transparentes em forma de pipa feitas de TEFKA (filme de fluororresina de alto desempenho) foram usadas para fechar a lacuna entre os painéis a fim de evitar a entrada de chuva e vento, permitindo que a luz filtrasse através das folhas CLT como árvores em uma floresta. Utilizou-se ciprestes japoneses da cidade de Maniwa na prefeitura de Okayama para fabricar os painéis. Em parte do gramado sintético do espaço cultural, há telas digitais no mesmo formato diagonal da obra. Elas exibem imagens que variam conforme a interação do público. "Pulando, pisando, coletando! ”.
Fig. 24 - Pavilhão CLT Park Harumi. Foto: Discovery Leaf. Fonte: iko-yo.net/facilities/156870.
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O "Edifício de Exposições Interior", consiste em um espaço comunitário gratuito onde você pode desfrutar de "jogos do futuro" por três gerações, contendo jogos de sombras digitais e quebra-cabeças matemáticos, fornecido pela empresa operadora do parque temático de próxima geração "Little Planet", atração educacional do Google. Além de ser capaz de experimentar um café inteiramente construído em madeira, incluindo também a escadaria, e mobiliários. “De concreto para madeira: por que a madeira é importante”. – (KUMA, Kengo, 2019).
CLT Park Café
Play Forest
Crossing Forest
Fig. 25, 26, 27 e 28 - Pavilhão CLT Park Harumi. Fotos: Apenas mais um site WordPress, Príncipe Oui. Fonte: iko-yo.net/facilities/156870.
49
VILA CULTURAL Localização: Portland – Estados Unidos Arquiteto: Kengo Kuma & Associates Arquiteto Local: Hacker Architects Projeto: 2017 Área Construída: 1.431 m²
Fig. 29 - Vila Cultural, Jardim Japonês de Portland. Foto: Bruce Forster. Fonte: ciclovivo.com.br/arq-urb/arquitetura/vila-cultural.
INSERÇÃO URBANA PORTLAND
O Jardim Japonês localizado em Portland, Oregon, EUA, contratou Kengo Kuma, arquiteto mundialmente conhecido por meio de um concurso internacional para projetar uma nova Vila Cultural, com objetivo de atender a crescente popularidade do jardim, Cultural Crossing. Iniciou-se a obra em setembro de 2015, inaugurando-a em abril de 2017. A nova Garden House e o íntimo Umami Café aprimoram de forma coesa a aparência atemporal do Jardim Japonês de Portland.
“A nova Vila Cultural do Jardim Japonês de Portland é um modesto conjunto de edifícios projetados para a escala humana, dispostos em torno de uma praça, com os jardins existentes e intocados da década de 1960. O projeto é uma vila posicionada ao longo de um caminho da cidade até o topo da colina, uma forma de monzenmachi moderno onde a peregrinação é uma homenagem ao espírito da natureza”. – (KUMA, Kengo, 2017).
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Mapa – Oregon
/
Mapa – Estados Unidos
51
CONCEITO PROJETUAL
Fig. 30 - Jardim Japonês de Portland. Foto: Bruce Forster. Fonte: www.metalocus.es.
A Vila proporcionará um espaço "de livre fluxo" para
.
eventos e atividades educacionais, além de salas de aula multifuncionais, galerias, uma biblioteca, um café e outros programas. Além disso, uma nova entrada para visitantes será construída no terreno existente nos fundos da encosta na Kingston Avenue, localizada nos arredores do centro de Portland. O sistema de fachada de painéis metálicos de alumínio especificado para cada pavilhão unifica as novas estruturas com as antigas. De forma simples, mas com textura e tom marcantes, os painéis animam o jardim urbano sem desviar o centro da instalação da natureza. O costume japonês de criar santuários paisagísticos como refúgios da vida urbana prevaleceu por séculos, promovendo a restauração por meio da reconexão com a natureza. Sua beleza é eloquentemente ecoada na palavra shinrin-yoku (banho na floresta). Beleza, naturalismo e simplicidade continuam sendo a essência da cultura japonesa, que é continuamente celebrada por meio da revitalização dos Jardins Japoneses de Portland.
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MATERIAIS E COMPOSIÇÕES
Todas as três estruturas são certificadas pelo LEED e foram projetadas para garantir que a natureza permaneça como o ponto focal do local. Como parte do projeto, o jardim adicionou 24 poços geotérmicos abaixo da praça da vila cultural. Os poços foram perfurados a 300 pés de profundidade para aproveitar as temperaturas moderadas do solo, aumentando a eficiência energética e reduzindo os custos operacionais de aquecimento e resfriamento dos edifícios. O maior dos três edifícios é o jordan schnitzer Japanese arts learning center, que contém uma galeria com exposições durante todo o ano, uma sala de aula polivalente, um canto cultural com demonstrações e música, uma loja de presentes e uma biblioteca que oferece recursos em jardinagem japonesa e artes relacionadas. O projeto conta com grandes paredes de janela deslizante, permitindo o acesso à luz e ao ar fresco, enquanto os telhados vivos absorvem a água da chuva e minimizam o escoamento.
O
paisagismo
projetado
por
Sadafumi
Uchiyama, introduz centenas de plantas, arbustos e árvores para criar um ambiente com erosão reduzida, melhor saúde Fig. 31 e 32 - Jardim Japonês de Portland. Foto: Jeremy Bittermann.
do solo e melhor qualidade do ar.
Fonte: www.archdaily.com.br/br/896977/vila-cultural-do-jardim-japones.
53
‘
Fig. 33 - Foto: Bruce Forster. Fig. 34 - Foto: Jonathan Ley. Fig. 35 - Foto: Bruce Forster. Fig. 36 - Foto: Bruce Forster. Fig. 37 - Foto: Jeremy Bittermann. Fonte: www.metalocus.es/es/noticias/espacios-intermedios-ampliacion-del-jardin-japones-de-portland-por-kengo-kuma#.
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Embora a arquitetura respeite a paisagem, o dispositivo principal é o telhado em zigue-zague, que cria saliências profundas de metal liso e vegetação exuberante, um indeterminado suave e borda flexível. O projeto reutilizou e otimizou o terreno existente do local, adicionando 3,4 acres de espaço útil à propriedade de 9,1 acres. Articuladas em torno do pátio tateuchi, a composição dos edifícios emula os monzenmachi do Japão, as cidades com portões que circundam templos e santuários sagrados. “Nosso objetivo era uma infraestrutura cultural como uma vila, adequada para uma cidade humana integrada à natureza”, – (Kengo Kuma, 2017).
Fig. 38 - Foto: Mike Centioli. Fonte: cdn.ciclovivo.com.br
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ANIME FRIENDS Localização: São Paulo – Brasil Arquiteto: Jorge Wilheim Visionário: Caio de Alcantara Machado Programa: Pavilhão de Eventos Projeto: 1970 Área Construída: 76,2 mil m²
Fig. 39 - Complexo Anhembi, SP. Fonte: www.boqnews.com.
INSERÇÃO URBANA O Complexo Anhembi foi inaugurado em 1970, SANTANA
em Santana, SP, durante a realização do Salão do Automóvel; sendo resultado do empreendedorismo de um
brasileiro,
Caio
de
Alcantara
Machado.
Atualmente ele é administrado pela São Paulo Turismo S.A. (SPTuris). Possui mais de 400 mil m² de área total, divididos em três grandes áreas (Pavilhão de
Exposições,
Palácio
das
Convenções
e
Sambódromo); que possuem 18 espaços de vários tamanhos e funcionalidades diferentes.
Mapa – Estado de São Paulo
Fig. 40 - Pavilhão de Exposições Foto: Anhembi São Paulo. 2020. Fonte: www.tribunadeituverava.com.br.
Mapa – Capital de São Paulo
/
57
PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES Composto pelo Pavilhão Norte/Sul, Pavilhão Oeste e Portal Monumental, o Pavilhão de Exposições Caio de Alcântara Machado possui 76,2 mil m² de área de exposição. Mais de 30% das principais feiras e eventos de negócio do Brasil acontecem no Anhembi, como a Bienal Internacional do livro, feira do Automóvel, WorldSkills, que foi realizado em 2015, Feira do empreendedor do SEBRAE, entre outros, é o maior e mais versátil espaço contínuo para eventos da América do Sul. Dentre os eventos, Anime Friends é um dos maiores eventos do Brasil direcionado a animes, mangás e cultura japonesa em geral. Teve sua 1ª edição em julho de 2003 organizado pela Yamato Corporation e conta hoje com um público superior a 120 mil pessoas todo mês de julho, atraindo muitos de fãs de todo lugar
www.anhembi.com.br/fotos-anime-friends-2019/anime-friends-2019
do país e fora dele. Fig. 41 e 42 - Anime Friends, 2019. Fonte: anhembi.com.br/fotos-anime-friends-2019.
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ATRAÇÕES DO EVENTO Cosplay World Masters
Mangá ao vivo
Shows e Apresentações
Batalha Campal
Espaços Temáticos
Maid Café
Fig. 43, 44, 45, 46, 47 e 48 - Anime Friends 2019. Fonte: falauniversidades.com.br/anime-friends-2019.
59
MATERIAIS E COMPOSIÇÕES Em terrenos até então usados pelo futebol de várzea em dezembro de 1969, a imponente estrutura metálica de quase 70.000 m² suspensa no ar por 25 guindastes, foi construída levando 8 horas de trabalho, a cobertura do Pavilhão de Exposições
do
Parque
Anhembi,
centro
internacional de feiras e salões. Ao se imaginar uma estrutura metálica leve que pudesse nascer e crescer feito árvore, montada no solo para evitar a construção provisória
de
um
vasto
emaranhado
de
andaimes, a solução veio graças ao uso pioneiro do computador nos anos 60 por um engenheiro canadense, que foi capaz de calcular a estrutura espacial
desejada.
operação
de
estrutura
metálica
Assim,
foi
levantamento num
possível
da
recorde
a
gigantesca mundial,
cobrindo a vasta área com cerca de 15 metros Fig. 49 - Construção do Parque Anhembi. Foto: Jorge Wilheim.
de altura livre.
Fonte: www.jorgewilheim.com.br/legado/Post/visualizar/23.
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ANÁLISE SWOT No brasil, todos os eventos de animes, cultura pop
Além das atrações que contém nos eventos, que são
japonesa em geral, são realizados em galpões feitos em
de extrema importância e interesse do público geek, é
estrutura metálica destinados a eventos de curto período, com
interessante
duração de alguns dias, no qual no grande espaço disponível,
arquitetura
é possível realocar as atrações do evento realizado, montando
fortemente à contemporaneidade e tecnologia às tradições
e desmontando os ambientes.
construtivas japonesas num único projeto, combinando muito
Entretanto, de acordo com o arquiteto japonês Kengo
expandir moderna
essa no
temática
tema
envolvendo
proposto,
a
mesclando
bem beleza com funcionalidade.
Kuma, “Concreto e aço não fazem o corpo feliz”, ou seja, é um
Os espaços japoneses, são pensados para se
espaço sem predefinição, sem aconchego ou conforto, a não
integrarem à natureza de maneira harmônica e sustentável,
utilização de elementos naturais como a madeira, por exemplo,
fazendo o uso de elementos leves e naturais. Devido a isso,
à modelagem projetada não representa a cultura oriental de
é incitante aplicar no centro cultural, jardins orientais,
fato, arquitetonicamente não há um local para o grupo social
englobando materiais visíveis ao externo principalmente na
otaku, um lugar para se sentir em casa, viajar para o Japão
área de saúde e educacional, proporcionando tranquilidade,
sem sair do Brasil e expandir seus conhecimentos e vontades
paz e harmonia, explorando recursos como a iluminação e
por meio de representações fiéis do país, hábitos e costumes,
ventilação natural.
edificações, decorações, acessórios, vegetações e materiais nativos utilizados para se explorar através dos cinco sentidos do corpo humano e suas diversificações, como a sinestesia, a relação do cruzamento de sensações.
atrações que disponibiliza essa interação cultural
O objetivo é criar uma nova oportunidade de explorar a cultura pop japonesa, um local de aprendizagem e diversão para aqueles que amam, imergir nesse mundo, e tambem para o público desconhecedor do assunto.
61
4 LOCAL DE INTERVENÇÃO TERRENO E REGIÃO
Fig. 50 - Fonte da figura ao lado: Samurai Japonês, Conpassione. Acesso em 29/03/2021 Fonte: //www.redbubble.com/i/metal-print/Japanese-Samurai-byconpassione/21813076.0JXQP.
INSERÇÃO URBANA Mapa – Brasil
O espaço escolhido para a implantação do Centro Cultural Japonês, está localizado em Mogi das Cruzes, município brasileiro do estado de São Paulo, localizado na Região Metropolitana de São Paulo e Alto Tietê. O terreno de frente para a Avenida Cívica totalmente limpo sem quaisquer construções, tem a disponibilidade de uma rua de grande extensão muito
CENTRO
Mapa – Estado de São Paulo
utilizada em Mogi para eventos, como, desfile Militar, apresentações natalinas, treinos de ciclismo entre outros. Sua última ocupação foi o Hospital de Campanha, utilizada para a construção de leitos ao combate do COVID-19.
Mapa – Mogi das Cruzes
63
Faculdade de Tecnologia Estadual - FATEC Spazio Mirassol
Metro Restaurante
Mizuta Society Clube
Spazio Miraflores
Burger King
Makro Atacadista
Temperia Paulista
Helbor Dual Patteo Mogilar
Mercado do Produtor
Condomínio Spazio Mondrian
Condomínio Res. Spazio Miraflores
Condomínio Res. Eco Plaza
CEMFORPE
Condomínio Res. Eco Plaza 2
Condomínio Residencial Espanha I Condomínio Residencial Itapeti l
Ateliê de Duas
CIP Mogilar Marfan Empreendimentos
UMC - Centro Esportivo
Combinatto Giardino
Ampliatto NeoBPO Mogi I Extra Hipermercad o Sodimac Dicico
Essence Prime Living
Green Valley
Edifício Mont Serrat
Condomínio Porto Seguro
Ginásio Municipal de Esportes
Habib's Supermercado Alabarce Petz
UBC CAMPUS II Braz Cubas
Estação Estudantes
Fig. 51 - Principais Pontos Referenciais. Fonte: Elaboração do autor pelo Styling Wizard e programa AutoCAD, 2021.
Terminal Rodoviário
A. A. Comercial
Universidade de Mogi das Cruzes
Center Castilho Restaurante Grill Posto Shell
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POR QUÊ AVENIDA CÍVICA? O lugar apresenta forte gama cultural, lazer e esporte, envolvendo muitas atrações de diferentes datas ao longo do ano. Além de ser um ótimo ponto acessível e histórico, próximo ao Parque Centenário da Imigração Japonesa, um diálogo entre o passado, o presente e o futuro, respeitando toda a trajetória dos imigrantes japoneses desde 1915 em Mogi das Cruzes, os homenageando e aprofundando os laços de pertencimento dos descendentes a partir de espaços que gerem reflexões e atividades culturais. Bem como, um tema único na cidade, novidade nacional e internacional que irá ter seu primeiro modelo na cidade mais populosa do Brasil quando o assunto é a cultura nipônica.
Fig. 52 - Avenida Cívica, Mogi das Cruzes, SP. Fonte: Captura de Tela do Google Maps, 2021.
.
65
TERRENO
O terreno tem uma bela e ampla área para trabalhar, conta com 19 mil m², uma testada de 140,13 m, 139,8 m em sua lateral direita e na sua esquerda, 133,76 m. Não será necessário a remoção de vegetações, ao contrário, há um bom espaço para se plantar os seres vivos produtores, melhorando a qualidade da paisagem urbana e do ar. Pouca movimentação de terra, no qual gera economia na obra. Calçadas largas sem a necessidade de reforma, garantindo acessibilidade aos pedestres que irão frequentar o centro cultural. Outrossim, a facilidade de locomoção é notável, ficando 8 min. da estação ferroviária Estudantes, junto do Terminal Rodoviário e Urbano.
Fig. 53, 54 e 55 - Terreno escolhido para a realização do projeto. Fonte: Captura de Tela do Google Maps, 2021.
66
01
ENTORNO
02
01
08
07
02
TERRENO
06
03
04
05
03
04
Fig. 56, 57, 58 e 59 - Edificações Vizinhas do Terreno. Fonte: Captura de Tela do Google Maps, 2021.
05 As principais visuais identificadas estão representadas pelas fotos 01, 02 e 03, localizadas na Av. Cívica, que representam como os motoristas e pedestres que passam pelo local visualizam do outro lado do terreno. Em sua lateral direita, pode-se visualizar através da foto 04, 06
o Ginásio Municipal de Esportes Professor Hugo Ramos, local de lazer e esporte, que conta com uma pista de skate ao lado. Pela falta de acesso na parte posterior do terreno, as fotos aéreas 05 e 06, demonstram que há atrás, outro terreno, um grande campo vazio sem nenhum tipo de utilização, entretanto, murado. Por fim, demonstrado através da foto de número 07, ao lado
07
esquerdo do terreno está o Condomínio Residencial Espanha I, e na 08 o Condomínio Spazio Mondrian, os dois localizados na Rua Masuzo Naniwa. A partir dessa análise fotográfica, é possível perceber que a rua do terreno é pouco movimentada, os condomínios têm a sua própria particular, no qual ela não dá acesso a Av. Cívica. Área cultural, com edificações vizinhas residenciais e institucionais, além
08
de muitos outros terrenos limpos nas proximidades. Fácil acesso veicular e de pedestres, próximo, mas sem o estresse do trânsito do centro de Mogi das Cruzes. Fig. 60, 61, 62 e 63 - Edificações Vizinhas do Terreno. Fonte: Captura de Tela do Google Maps, 2021.
68
DIAGNÓSTICO
Fig. 64 - Mapa de Uso e Ocupação do Solo da Região de Mogi das Cruzes, Sem Escala. Fonte: Elaboração do autor pelo programa AutoCAD, 2021.
O levantamento de dados representados é da região de Mogi das cruzes, área foco deste trabalho. Através do mapa, é possível identificar que num raio de 600 metros, ponto referencial o centro do terreno escolhido, o uso é bem mesclado, contendo grandes terrenos sem ocupação, instituições de ensino como a Braz Cubas, Faculdade de Tecnologia Estadual (FATEC), o Ginásio Municipal de Esportes e o CEMFORPE, um Centro Municipal de Formação Pedagógica. As regiões de uso Residencial, predomina-se em condomínios verticais. As ocupações comerciais, contam com o Hipermercado Extra, Habib´s, Temperia Paulista, Makro Atacadista, Metro Restaurante e a Dicico, loja de materiais de construção. Os serviços representados no mapa são, CIP Mogilar, NeoBPO, Banco Itaucard e a Casa Lotérica.
Dados do Zoneamento ZDU-1 – Zona de Dinamização Urbana
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MOBILIDADE URBANA Principal Rota do Pedestre
Principal Rota do Veículo
5 Min.
8 Min.
Estação Estudantes
Estação Estudantes Fig. 65 e 66 - Fonte: Elaboração do autor pelo programa Styling Wizard, 2021
Com essa análise de fluxo de pedestres e veículos, foi possível tecer algumas considerações. A partir da Estação Ferroviária
Estudantes, o pedestre pode facilmente ir diretamente em sentido ao terreno, enquanto o veículo tem que fazer um outro caminho no início da trajetória, porém, chega-se mais rápido. Não há ciclovias predestinadas nas medições, e de ônibus, ao lado da Estação Estudantes, encontra-se o Terminal Rodoviário de Mogi das Cruzes, ponto de partida semelhante ao da Estação.
70
CONDICIONANTES CLIMÁTICAS Com a análise da carta solar e de ventos de São Paulo, foi possível obter LESTE
informações
sobre
as
condicionantes. A fachada do terreno testada para Av. Cívica, encontra-se na Oeste, e sua lateral norte, não há sombreamento devido ao condomínio
NORTE
ao
lado,
excelente
pela
maior
incidência solar. Em relação aos ventos, independente da estação do ano, eles predominam o Sul e Sudeste, fazendo com que esse lado seja ainda mais frio, necessitando certa atenção.
OESTE
Fig. 67 - Maquete Urbana 3D, Mogi das Cruzes. Fonte: Elaboração do autor pelo programa Sketchup, 2021.
Vento Frequência
Vento Predominante
71
DIRETRIZES E PREMISSAS CULTURA HÁ TODOS
uma forma que demonstra o natural, folhas da flor de
O conceito principal do Centro Cultural Japonês, é
cerejeira, duas folhas da tão famosa espécie de árvores
promover o acesso ao conhecimento e educação cultural
frutíferas da Ásia cobrem os prédios do centro cultural, seu
para todas as idades, porém, com foco em apresentar a
material é constituído de madeira laminada colada, lâminas
diversificação e inibir os preconceitos e discriminações.
de madeira em disposição paralela na horizontal faz com que
Desta forma, a proposta atenderia aos moradores da cidade
a incidência solar entre para dentro do edifício, e suas curvas
de Mogi das Cruzes e região, a fim de lhes mostrar um novo
e pontas das folhas remetam aos telhados japoneses
mundo, um embarque à cultura japonesa e ainda mais, sobre
tradicionais.
os gostos e costumes do grupo social otaku. PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA A inserção do Centro Cultural na região irá fortalecer ainda mais a cultura e manter a preservação da história com os povos japoneses, que tem grande influência no desenvolvimento da cidade a mais de um século. PROPOSTA ARQUITETÔNICA O uso de materiais naturais como a madeira e bambu, está constantemente presente na arquitetura japonesa, e para dar ênfase nessas questões, o edifício projetado traz
Fig. 68 – Croqui da Cobertura de Folhas. Fonte: Elaboração do autor, 2021.
72
Seus elementos e estrutura pura de madeira tratada a vista revestida em vidro no exterior dos prédios, cria-se ambientes de liberdade, no qual é possível a visualização e a contemplação com a natureza através de um imenso jardim japonês em seu entorno, importante conceito biofílico aplicado que aumenta o bem-estar dos funcionários e visitantes. O paisagismo conta com espécies vegetativas nativas, torii, pontes de madeira, grandes lagos com peixes, e sobe um dos lagos principais do acesso ao estacionamento subsolo, é possível a apreciação das águas sobre você, sensação de entrar e estar em baixo dos mares, feito com piso de vidro, a estrutura traz um novo conceito e atenção maior a um lugar comumente esquecido quando fala-se de beleza.
Fig. 69 e 70 – Croqui das Perspectivas do Projeto. Fonte: Elaboração do autor, 2021.
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JARDIM JAPONÊS
PEQUENO
IMAGEM
NOME POPULAR
NOME CIENTÍFICO
COR
PORTE
Grama Japonesa
Zoyzia Tenuifolia
Verde
10 à 15 centímetros
Azaleia
Rhododendron simsii
Púrpura
MÉDIO
PEQUENO
PORTE
Pinheiro Negro Japonês
Pinus Thunbergii
Verde
até 6 metros
GRANDE
TABELA BOTÂNICA
Cedro-japonês
Cryptomeria japonica (L. f.) D. Don
Verde
até 40 metros
até 2,0 metros
PEQUENO
ELEMENTOS PARA O JARDIM Pitosporo
Pittosporum tobira
Verde
até 3,0 metros
NOME
MÉDIO
Lanterna de Pedra Bordô-Japonês
Acer palmatum
Vermelho
IMAGEM
NOME
Pontes
IMAGEM
NOME
IMAGEM
Pedras e cascalho
6 à 10 metros
MÉDIO
O jardim japonês proposto é o Tsukiyama, idealizado na Cerejeira
Prunus serrulata
Rosa
4 à 10 metros
procura pela paz de espírito, no qual compõem em seus elementos, fontes, lagos, e longos passeios que ressaltam a beleza natural de forma harmoniosa através de árvores, arbustos e plantas nativas.
74
ÁREAS Fig. 71 – Diagrama de Usos. QUADRO DE ÁREAS
Fonte: Elaboração do autor pelo programa Sketchup, 2021.
Área do Terreno
19.170,64m²
Área Construída Subsolo
3.154,79m²
Área Construída Térreo
3.384,43m²
Área Construída 1º Pav.
3.255,85m²
Área Total Construída
9.795,07m²
Área de Projeção
4.501,81m²
Área Permeável
11.754,73m²
TO Projeto
0,23
CA Projeto
0,51
SUBSOLO
SETOR
AMBIENTE
QTD.
M²
1
305,29
1
1865,42
Estac. Área Shows
1
116,42
Bicicletário
1
61,20
Guarita
1
17,91
P.N.E.
1
3,60
Estac. Funcionários e Palestrantes Estac. Visitantes
75
AMBIENTE
QTD.
M²
Recepção Áreas Shows Bar Camarim P.N.E. Camarim Sala Vídeo, Luz e Som
1 1 1 1 1 1
Depósito
3
46,76 250,05 9,23 17,67 2,89 6,16 14,92 12,48
Sala Ensaio Circulação Principal
1 1
D.M.L.
2
Sanitário Masculino Sanitário Feminino Fraldário Pátio Interno Cinema Sala Vídeo e Som Jogos de Mesa Jogos Eletrônicos Jogos Clássicos Jogos e DVD´s Mangás Acessórios Anime Roupas Animes Trajes Tradicionais Cosplay Lobby Recepção Lobby Exposições
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
8,29 17,00 170,55 6,36 3,61 15,95 15,64 7,51 305,48 28,27 34,32 81,56 88,14 64,15 50,09 42,48 44,36 59,94 75,34 60,09 123,25 14,78 210,60
TÉRREO
TÉRREO
SETOR
Multiuso Montagem Auditório Café Recepção Café Cozinha Despensa Recepção Adm. Enfermaria Secretaria Geral Arquivamento Almoxarifado Curadoria Diretoria Sala Reunião Coordenadoria Supervisor Copa Funcionários Guarda Volumes Vestiário Feminino Vestiário Masculino Segurança Área Técnica Área Manutenção Doca Abastecimento Gerador Energia Resíduos Filtro Reservatório Bomba
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
51,11 28,96 8,29 75,95 16,90 19,82 6,47 19,70 7,20 22,95 13,76 7,47 10,29 11,60 16,32 11,73 11,50 14,69 8,38 14,16 13,57 14,84 10,18 8,06 75,34 22,04 23,89 22,27 17,50 40,00 - 120m³ 8,75
76
AMBIENTE
2,69
QTD.
M²
Maid Café
1
80,20
Recepção Maid Café
1
9,12
Cozinha
1
14,50
Vestiário Masculino
1
21,33
Despensa
1
3,95
Vestiário Feminino
1
22,16
Praça de Alimentação
1
468.41
Curso de Chanoyu
1
25,34
1
16,26
D.M.L.
3
3,00 2,92
Sanitário Masculino
1
20,22
Curso de História Japonesa
Sanitário Feminino
1
20,84
Curso de Língua Japonesa
1
16,10
Fraldário
1
7,79
Curso de Mangá
1
17,85
Doceria Japonesa
1
35,61
Curso de Shodô
1
17,07
Sushi
1
30,54
Curso de Furoshiki
1
22,33
Yakitori
1
24,15
Curso de Tamatebako
1
16,53
Okonomiyaki
1
24,00
Curso de Origami
1
17,85
Karaokê Bar
1
34,80
Curso de Oshi-ê
1
16,12
Izakaya
1
27,80
Curso de Ikebana
1
16,16
Shabu-Shabu
1
28,24
Depósito Ikebana
1
10,63
Ramen
1
22,75
Acupuntura Japonesa
1
12,68
Soba
1
22,68
Zen Shiatsu
1
13,19
Yakitori
1
24,50
Seitai
1
12,56
Tempura
1
25,69
Bambuterapia
1
13,58
Reiki
1
12,97
Tonkatsu
1
24,00
Kobido
1
14,32
Área Externa
1
82,25
Recepção Biblioteca
1
7,31
Camarim
1
13,23
Reprografia
1
5,46
P.N.E.
1
3,14
Acervo Geral
1
286,25
Aulas Artes Marciais
1
156,68
Espaço de Leitura
1
212,70
Depósito
1
12,00
Sanitário Feminino
1
13,81
Yoga
1
99,85
Sanitário Masculino
1
14,91
Depósito Yoga
1
12,91
Armazenamento
1
12,75
1º PAVIMENTO
1º PAVIMENTO
SETOR
77
ESQUADRIAS QUADRO GERAL DE ESQUADRIAS
JANELA
PORTA
TIPO DE ESQUADRIA
CÓDIGO
LARGURA
ALTURA
ÁREA (m²)
P1
0,80
2,10
1,68
P2
0,90
2,10
1,89
P3
1,50
2,10
3,15
P4
2,00
2,10
4,20
PC1
2,00
2,10
4,20
PC2
2,90
2,10
6,09
J1
1,00
3,50
3,50
J2
1,50
1,00
J3
2,65
J4
3,60
PEITORIL
TIPO
MATERIAL
ABRIR
MADEIRA/ VIDRO
ABRIR
MADEIRA
ABRIR
MADEIRA
ABRIR
MADEIRA/ VIDRO
CORRER
VIDRO
CORRER
VIDRO
0,25
CORRER
VIDRO
1,50
2,20
CORRER
VIDRO
1,00
2,65
2,20
CORRER
VIDRO
1,00
3,60
2,20
CORRER
VIDRO
-
78
MATERIAIS
BRISES HORIZONTAIS DE MADEIRA LAMINADA COLADA
ASFALTO-BORRACHA
PISO DE VIDRO TEMPERADO-LAMINADO COM PELÍCULA SENTRYGLAS
ESTRUTURA PURA DE MADEIRA LAMINADA COLADA PISO DE PEDRA CACÃO BASALTO LEVIGADO
VIDRO INSULADO CURVO
Fig. 72 – Acesso Principal, Maquete 3D. Fonte: Elaboração do autor pelo programa Sketchup, 2021.
5 PROJETO ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Fig. 73 - Fonte da figura ao lado: Displayte, Red Sun Saiyan. Acesso em 12/03/2021 Fonte: displate.com/displate/596717.
Muro h= 2,00m
Muro h= 2,00m
Legenda
747,50 748,00 Muro h= 2,00m
D
Muro h= 2,00m
Piso Pedra Irregular Asfalto Borracha
747,30
Grama Japonesa Água (lagos) Ponte de Madeira
Árvores Japonesas
747,50 747,30
746,88
Banco de Madeira
748,00
B 747,30
rampa c= 16,64m i= 15,00%
de
A
e
C
sc
C
E
D
747,10
E 747,00
3.45
Muro h= 2,00m
B
Muro h= 2,00m
A Ponte de Madeira
747,25
IMPLANTAÇÃO ESC. 1:1000
Torii de Madeira
747,00
747,00 4.62
ACESSO VEÍCULOS
AVENIDA CÍVICA 24.00
SAÍDA VEÍCULOS
ACESSO PEDESTRES
747,00
SAÍDA VEÍCULOS
ACESSO VEÍCULOS
747,00
Legenda Acesso Visitantes Acesso Vertical Visitantes Acesso Externo Acesso Interno Acesso Funcionários Acesso Vertical Funcionários Ponte de Madeira
Acesso Externo Acesso Interno
13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
5
desce 4
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
rampa c= 8,91m i= 6,95%
rampa c= 7,44m i= 8,33%
rampa c= 8,91m i= 6,95%
sobe
3
2
1
sobe
sobe
sobe
sobe
rampa c= 7,44m i= 8,33%
sobe 1 2 3 4
1 2 3 4
desce
sc e
rampa c= 16,64m i= 15,00%
de
13 12 11 14 10 15 9 16 17 18 6 19 5 4 20 21 3 22 2 1 23 24 25 8
7
P= 0.29m E= 0.16m
so
be
14 13 15 12 16 11 10 17 18 9 8 19 7 20 6 21 22 5 4 23 3 24 2 25 1
sobe
r
o superio
projeçã
ACESSOS ESC. 1:650
Legenda 1
Estac. Funcionários e Palestrantes
2
Estac. Visitantes
3
Estac. Área Shows
4
Bicicletário
5
Guarita
6
P.N.E.
P6 (20/30) P5 (20/30)
P4 (20/30)
2,50
P11 (20/30) P10 (Ø30, Ø50)
13
16.5
47.80
9
P34 (20/30)
P32 (20/30)
o de Arr imo h=
15
1
02
0
3.0
m
P16 (Ø30, Ø50)
16
h= imo
o de
65
2,50
P44 (20/30)
8
P7 (20/30)
P42 (20/30)
4.4
m
P17 (20/30)
h= 2,50m P35 (Ø30, Ø50)
P31 (Ø30, Ø50)
P30 (20/30)
2,30
01
P8 (Ø30, Ø50)
Muro de Arrimo
P33 (Ø30, Ø50)
P43 (Ø30, Ø50)
745,00
3
64
Arr
PD. 2,50m
Mur
0
be
4.8
745,00 50
5.0
P26 (20/30)
0
1.84
5.0
5 6 4 7 3 8 2 9 1 10 11 12 13 14 P= 0,16m 15 E= 0,08m 16 17
52
IDOSO
27
PD. 2,50m
P52 (Ø30, Ø50)
o 42
2.5
su p
0
4
31 43
P50 (Ø30, Ø50)
21
P87 (20/30) P86 (Ø30, Ø50)
P73 (Ø30, Ø50)
PD. 2,50m
0
4
P64 (Ø30, Ø50)
745,00
2.5
.80
55
0
30
20
56
08
33
4.8
0 2.0
745,00
0
PD. 2,50m
P85 (20/30)
57 P84 (Ø30, Ø50)
0
45
.3 0
P63 (Ø30, Ø50)
44 22 09
2.5
35.18
32
Muro de Arrimo h= 2,50m
P45 (20/30)
23 10
58
dro
34
p.
46 P62 (Ø30, Ø50)
5.2
35
o vi
pis
o su
24 11
P75 (Ø30, Ø50)
iso
ro vid
.p up
os
jeçã
ã jeç pro
pro
0
00 5.
P49 (Ø30, Ø50)
P48 (20/30)
59
P83 (20/30)
47 25
8
5.6
12
P58 (20/30)
P82 (Ø30, Ø50)
P74 (Ø30, Ø50)
36 48 P61 (Ø30, Ø50)
26 P73 (Ø30, Ø50)
B
745,00
P60 (Ø30, Ø50)
PD. 2,50m
P59 (20/30)
P80 (Ø30, Ø50)
P72 (Ø30, Ø50)
P71 (20/30)
5.00
P70 (20/30)
P76 (20/30)
o de
imo Arr
h=
m 2,50
P81 (20/30)
Mur
projeção sup. piso vidro P78 (Ø30, Ø50)
P77 (20/30)
P79 (20/30)
46.76
13.48
A
P89 (20/30) P88 (Ø30, Ø50)
79
1.0
0
07
19.60
78
0
19
5.2
pe
3.7
2
P37 (Ø30, Ø50)
P36 (20/30)
a de
faix
P51 (Ø30, Ø50)
77
stre
vidr 29
P91 (20/30)
P66 (Ø30, Ø50)
P65 (Ø30, Ø50)
pede
piso
re dest
5 3.0
P90 (Ø30, Ø50)
76
a de
sup.
SO S ES AC ANTE IT VIS
41
P69 (20/30)
P67 (Ø30, Ø50)
75
PD. 2,50m
0
SO S ES AC ANTE IT VIS
745,00
faix
54
0
ão
1.7
eç proj
IDOSO 28
P68 (Ø30, Ø50) P1
74 PD. 2,45m
P= 0,32m E= 0,16m
P38 (Ø30, Ø50)
PD. 2,45m
72
745,05
40 P24 (20/30)
PD. 2,45m
71
4.7
0
P25 (Ø30, Ø50)
53
IDOSO
70
745,05
73
sobe
3.0
745,00
745,05
P54 (Ø30, Ø50)
P53 (Ø30, Ø50)
39
PD. 2,50m
5
P2
5 3.8
0 1.5
38
P22 (Ø30, Ø50)
P21 (Ø30)
745,00
6
69
45m . 2,
PD
0
J2
P55 (Ø30, Ø50)
0
2.49
51
P39 (Ø30, Ø50)
5
0
3.0
,05
1.5
SO S ES AC NÁRIO IO NC
0
0
1.5
37
P27 (Ø30)
74
60
0 2.5
PD. 2,50m
P23 (20/30)
FU
.1 27 06 P18 (20/30)
0
5. 27
so
P= 0.29m E= 0.16m
0 2.5
67
68
SO ES AS AC T TIS AR
P40 (Ø30, Ø50)
A
0 5.1 P57 (20/30)
P56 (Ø30, Ø50)
pro
9 2.
05
66
2 5.4 61
49
8
7
P14 (20/30)
P47 (20/30)
r linea p. ralo v. su ão pa projeç
62
P28 (20/30)
13 12 11 14 10 15 9 16 17 18 6 19 5 20 4 21 3 22 2 23 1 24 25
P41 (Ø30, Ø50)
PD. 2,50m
PD. 2,50m
P20 (20/30)
18 04 P15 (Ø30, Ø50)
745,00
ão
745,00
jeç
P29 (Ø30, Ø50)
1 .1 21
84
0 1.3
3.
0
PD. 2,50m
03
P19 (20/30)
1.3
P12 (20/30)
17
.p
63
745,00
P46 (Ø30, Ø50)
3.00
P9 (Ø30, Ø50)
ACESSO VEÍCULOS
P13 (20/30)
14
PD. 2,45m
21.63
idro
0
5.4
Mur
745,05 P1 (20/30)
h=
B
SO ES ES AC RANT T LES PA
P2 (20/30)
m
imo Arr
iso v
o de Mur
47
.03
21 P3 (20/30)
SUBSOLO ESC. 1:500
Legenda
42 6.
6. 42
ra rtu be co da ão jeç pro
6.60
748,00
747,30
7.4 6
D
747,50 PD. 4,00m
3 3. 8
28 bambu h= 2,00m
2. 10
35 3. 14
7.
28
Ponte de Madeira
.7 31
projeção do mezanino
747,30 bambu h= 2,00m
3.07
747,50 PD. 4,00m
P4
6
P1
7
.95
1.80
P1
10.24
4.86
P1
P1
30
J3
8
747,50
31
PD. 4,00m
13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
5
1.38 desce
8.46
26 4
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
PC2
747,50
5.00
PD. 4,00m
2
747,30
2.20
rampa c= 8,91m i= 6,95%
P= 0,32m E= 0,16m
P4
747,50 P1
0m h= a eir ad m
Resíduos Filtro Reservatório Bomba
muro h= 2,00m
ra rtu be
co da ão jeç
de
sobe
14
A 0 2.5
P= 0,32m E= 0,16m P4
P= 0,16m E= 0,08m
Piso de Vidro
7 .3 29
19
P1
8.69
747,50
8.02
projeç ão da
Gerador Energia
sc e
.78
ba nc o
D
14 13 15 12 16 11 17 10 9 18 8 19 7 20 6 21 5 22 4 23 3 24 2 25 1
9
25
P4
1
0 3.0
cobert ura
projeção da cobertura
Doca Abastecimento
9
2
be co da jeç ão
748,00
Recepção Lobby
Área Técnica Área Manutenção
0 2.5
o anin
P1
12.7
747,50
PD. 4,00m
1
PD. 4,00m
ra
rtu
o
çã
da
be co
je pro
P1
20
PD. 3,00m
P1
P1
24 22
erior
ão sup
A
23
PC2
90
2.
6
6.0
747,50
B
21
SO S ES RE AC EST D PE
Ponte de Madeira proj
eção da
11.05
58
36.70 cobe rtura
747,50
TÉRREO
57 1.50
747,10
Lobby
PD. 12,50m
P1
59
Cosplay
747,50
P1
mez
8
P1
1.50
Acessórios Anime Roupas Animes Trajes Tradicionais
Vestiário Masculino Segurança
748,50
do
P1
747,10
projeç
Mangás
Guarda Volumes Vestiário Feminino
rampa c= 16,64m i= 15,00%
0
ão
747,40
56
82 2.
Jogos e DVD´s
Copa Funcionários
9.0
pro
9
6.1
18
747,00
747,15
5.0
eç proj
53 P3
P1
P1
52
S
P2
2
0
1.2
5
J4
4
P1
E
5.85
P1
P1
6.0
Jogos Clássicos
P1
7
0
h= 1,
J2
51
PC1
palco
00m
J2
P4
P1
P1
FU ACE NC S IO SO NÁ RIO
P3
13
17
P3
2.0
3
P1
0,3
1.50
5.00
2
6.01
PD. 4,00m
2.0 5
Jogos Eletrônicos
Coordenadoria Supervisor
P1
P1
13 12 11 14 10 15 9 16 8 17 7 18 6 19 5 20 4 21 3 22 2 23 1 24 25
747,10
50
12
4.00
49
be
15
0 6.6
6.42
748,50
8
1 1.
8.9
2.70
so
P= 0.29m E= 0.16m
Sala Vídeo e Som Jogos de Mesa
Sala Reunião
pro
8 9.7
1.40 P1
Cinema
Diretoria
6
P1 P4
P1
PD. 4,00m
0 2.0
P1 P1
747,50
0 3.0
48
Pátio Interno
Almoxarifado Curadoria
J4
37
P1
42
P1
7
8 0
2.0
P1
3.02
.51
41
P1
P1
20
P1
13
34
47
P2
2.
40
43
11
16
.87 20
56 9.
P1
P1
PC2
P1
5
39
10 P1
C
12 11 5 P1
P1
44
2.0
Sanitário Feminino Fraldário
Secretaria Geral Arquivamento
29.37
2.90 6 6.0
1.1
1.0 7
P1
rtu ra
0
PD. 4,00m
P1
46
55
38
PC2
747,50
P1
0
E
36
projeção do mezanino
45
5
3.1
Sanitário Masculino
Enfermaria
projeção da cobertura
SO ACES RES ST PEDE
J1
P1
10
D.M.L.
Recepção Adm.
2
J4
6. 4
P3
.52
747,50
J2
11
J4
2.90
P1
Sala Ensaio Circulação Principal
Cozinha Despensa
747,30
6.65
P1
J4
P1
C
P3
32
Sala Vídeo, Luz e Som Depósito
29 Multiuso 30 Montagem
2.8
1.42
P1
P.N.E Camarim
28 Exposições
30
B
5
747,40
54
33
11
P1
PD. 4,00m
1.5 5
J4
34
P1
J2
6.
5
3.1
Camarim
5
Auditório Café Recepção Café
8.42
1 2 3 4
4
projeção da cobertura
PD. 4,00m
P2 P3
2.00
747,50
J3
ACES PEDE SO STRE S
747,50
P1
J2
12
1.83 sobe
4
2.35
2.00
35 P1
P2
5 desce
P1
P1
P= 25,0m E= 15,5m
balcão madeira h= 1,10m
4.32
rampa c= 7,44m i= 8,33%
muro h= 2,00m
1 2 3 4
sobe
746,88
palco h= 0,62m
3 14.2
sobe
2.00
sobe
P= 2,230m E= 0,124m
P= 25,0m E= 15,5m
.89
1.68
1.60
sobe P3
2.39
3.71
P3
13
J2
1
746,88
9.67
Bar
4
30
rampa c= 7,44m i= 8,33%
P= 0,16m E= 0,08m
PD. 4,00m
2.90
projeção da
747,50
ACESSO S PEDESTRE
rampa c= 8,91m i= 6,95%
sobe
3
3
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59
Área Shows
7.
cobertura
3.4
27
P4
3.00
7.30
PD. 4,00m
P2
7.65
9.7 3
bambu h= 2,00m
7 37.1
.05 10
747,40
747,50
5
747,50
2
28
Recepção
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
29
2. 10
1 2
3.30
ESC. 1:500
3.30 Piso de Vidro
0
25.1
747,25
c da ão jeç pro
6.60
Legenda ura ert ob
1 2
D
6.
42
42 6. 00
3.
37 38
36
P1
P1
751,50
P1
PD. 4,00m
39
P1
P1
10 .0 7
35 34
40 P1
P1
P1
3
3.3
0
33
3
38.3
38.3
P1
.32 10
41 P1
42
P1
751,50
43
32
751,50
PD. 4,00m
PD. 4,00m
44
Espelho
25
P1
P2
751,50 PD. 4,00m
3.32
P1
26
J4
P1
3.20
13.46
PC2
46
2.00
projeção da cobertura
45
13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
751,50
P= 0,16m E= 0,08m
desce
P= 0,32m E= 0,16m
PD. 4,00m P3
PC2
P1
751,50 PD. 4,00m J4
1.50
31
projeção da cobertura
47
P1 P1
751,50 PD. 4,00m
48
P1
J4
30
P1
27
29
P1
Cozinha
4
Despensa
5
Praça de Alimentação
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
D.M.L. Sanitário Masculino Sanitário Feminino Fraldário Doceria Japonesa Sushi Yakitori Okonomiyaki Karaokê Bar Izakaya Shabu-Shabu Ramen Soba Yakitori Tempura Tonkatsu Área Externa Camarim P.N.E. Aulas Artes Marciais Depósito
Japonesa
34 Curso de Língua 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55
Japonesa Curso de Mangá Curso de Shodô Curso de Furoshiki Curso de Tamatebako Curso de Origami Curso de Oshi-ê Curso de Ikebana Depósito Ikebana Acupuntura Japonesa Zen Shiatsu Seitai Bambuterapia Reiki Kobido Recepção Biblioteca Reprografia Acervo Geral Espaço de Leitura Sanitário Feminino Sanitário Masculino Armazenamento
Yoga
29 D.M.L. 30 Vestiário Masculino
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31 Vestiário Feminino 32 Curso de Chanoyu 33 Curso de Hístória
28 Depósito Yoga
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1º PAV. nível 751,50 ESC. 1:500
CORTE A-A ESC. 1:350
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CORTE C-C ESC. 1:250
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CORTE E-E ESC. 1:100
VISTA FRONTAL ESC. 1:400
VISTA LATERAL DIREITA ESC. 1:400
VISTA LATERAL ESQUERDA ESC. 1:400
VISTA POSTERIOR ESC. 1:400
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