CENTRO CULTURAL ZUM-ZUM
Trabalho desenvolvido para as disciplinas:
LAUP VIII e Paisagismo
VIII
Professores:
Marina Lages Gonçalves Teixeira
Marta Enokibara
Paulo Roberto Masseran
Aluna:
Gabrielli Budart
Trabalho desenvolvido para as disciplinas:
LAUP VIII e Paisagismo
VIII
Professores:
Marina Lages Gonçalves Teixeira
Marta Enokibara
Paulo Roberto Masseran
Aluna:
Gabrielli Budart
O Eco-bairro Jataí - projetado na primeira etapa da disciplina de LAUP (Laboratório de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo) VIIIestá localizado em Bauru-SP, entre os bairros Vila Aviação B, Jardim Mary e Jardim Marabá Seu Centro Cultural, objeto escolhido para a segunda etapa do projeto, está localizado no centro do conjunto, tendo em seu entorno os prédios de Habitação Social, áreas verdes e lotes destinados a habitação residencial e de uso misto Está, ainda, em um importante eixo de convergência de diferentes caminhos, ideal para ser ponto de encontro da comunidade, com a Shared Street ao sul sendo a rua mais importante dentre as demais ruas circundantes ao Centro Cultural Zum-Zum
O conceito do Centro Cultural projetado para o Eco-bairro Jataí está intrinsecamente ligado ao conceito do bairro em si: a abelha Ela representa a sustentabilidade e a necessidade e manutenção do ecossistema, além de ter uma organização social complexa, o que remete ao conceito de comunidade
O nome escolhido para o bairro é Jataí (Tetragonisca angustula), uma espécie de abelha nativa do cerrado brasileiro, muito representativa para o remanescente de cerrado da região do Eco-bairro
O Centro Cultural leva o nome de Zum-Zum, onomatopeia para o som do zumbido da abelha, pois representa o objetivo do projeto: fazer com que a comunidade do bairro tenha voz e "faça barulho", na esperança de haver mudanças concretas, advindas de todas as atividades e pautas a serem desenvolvidas naquele espaço comunitário Assim, a ideia é que lá haja uma polinização de ideias, seguidas de ações pelo bairro, para enriquecer a comunidade local no sentido social, cultural e artístico
Para que o conceito se faça presente no projeto, o partido expresso em arquitetura será pautado principalmente na colmeia: com a ideia de angularidade do hexágono,que foi o princípio da plástica do edifício; a ideia de cheios versus vazios, com o cobogó; a ideia de diferentes tonalidades do mel, com a paleta de cores; e a ideia de união entre as células, expresso na união dos dois blocos pela praça central
Terreno: 8833,32 m²
Edifício 1 (acima): 1132,82 m²
Edifício 2 (abaixo): 1795,50 m²
Total Área edificada: 2928,32 m² (33,15%)
Área livre: 5905,00 m² (66,85%)
O objetivo do Centro Cultural ZumZum é promover o encontro dos cidadãos, em especial os residentes do bairro Jataí, com levantamento de discussões acerca de seu modo de vida sustentável, além de estimular o afloramento artístico da comunidade Além disso, sua existência deve contribuir como exemplo de sustentabilidade, como um microcosmos de possibilidades ecológicas, a fim de que ideias possam se espalhar pelo restante do bairro.
Para o urbanismo, a prioridade foi a Shared Street, pois o acesso principal ao Centro Cultural será por ela Seu piso será diferenciado das outras ruas, além de ser mais elevada, no mesmo nível do Centro Cultural Contará com o mobiliário urbano necessário, priorizando a escala do pedestre Além disso, a importância da rua foi de criar um caminho mais estreito para os carros e maiores lugares de permanência e mobilidade de pedestres e ciclistas, como exemplo dos Parklets A questão da drenagem foi resolvida com os Jardins de Chuva ao longo da extensão da rua A pavimentação da rua também será drenante, com piso intertravado em tons de amarelo
Área permeável Térreo: 2019,43 m²
Área permeável Cobertura: 1956,39 m²
Área permeável total: 3975,82 m² (45,01%)
Para garantir a sustentabilidade, algumas estratégias foram tomadas, algumas já previstas para o ecobairro como um todo No Centro Cultural, as técnicas empregadas foram as seguintes:
Captação de Energia através de Placas Solares; Armazenamento de água com reuso para irrigação de jardins; Construção em Steel Frame; Priorização da ventilação e da iluminação natural; Telhado Verde; Hotel de abelhas
lanesi (1997), um ral deve reunir em si nformação, Discussão ssas atividades devem s formas de enxergar a efletir e se expressar Assim, a provocação devem ser elementos entes nas práticas dos ultural Zum-Zum, cada representa a ia de uma atividade O norte representa o om a Biblioteca O ul representa o Criar, com os Ateliês A praça ao centro, que liga o Informar ao Criar, é o representante do Discutir
om o objetivo sustentável de iorizar a ventilação e iluminação s aberturas nos edifícios a circulação livre do ar, Bauru vem do sentido com uso de cobogós e no rebaixamento do forro nte As aberturas foram postas ndo o caminho do sol dia
hos foram determinantes dir o fluxo que deve ser nos edifícios e em seus Considerando a Shared os blocos de Habitação oram considerados os principais os que a eles, também considerando o Centro Cultural como um grande ponto de encontro de fluxos por todo o bairro, como se fosse um ponto nodal
Quanto às vistas, a maior prioridade é a vista para a APA Campo Novo, com o Mirante do edifício permitindo essa visão, importante para a conscientização para com a sustentabilidade
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O programa conta com diversos lugares que trazem a interação da comunidade, como a Horta, Salão de Eventos e a Praça Central
Deu-se importância para a criação artística de diversas formas, com as salas de oficinas Além disso, há dois pontos esportivos: a Pista de Skate e a Piscina interna
Para a exposição de arte da comunidade, foi adicionada uma sala de Exposições Temporárias, além de um Mural Artístico no Hall de Entrada, para que qualquer pessoa possa interagir com ele
Também foi importante acrescentar uma sala para reuniões do bairro, com pautas a serem discutidas acerca da manutenção da sustentabilidade do eco bairro
Há também no conjunto lugares de lazer, para diferentes idades, como a Brinquedoteca, o Parque Infantil e o Cinema
Por fim, visando a promover o empreendedorismo da comunidade, previram-se Salas Comerciais Rotativas, que podem ser alugadas a preços acessíveis por moradores do bairro Assim, a comunidade pode valorizar as criações que seus moradores fazem
A cobertura é feita de platibandas, e nos locais em que há telhado, as telhas são de fibrocimento, com inclinação de 10% No telhado hexagonal, mais elevado, ficam as placas solares
Há uma rampa que conduz ao nível da cobertura, chegando a um terraço com um mirante para o eco bairro e também para a APA Campo Novo, a leste
O restante da cobertura é composto de telhado verde, com a vegetação apropriada
Lambari (Tradescantia zebrina)
Margarida (Leucanthemum vulgare)
Para o paisagismo, foi pensado em preservar ao máximo a vegetação nativa do cerrado, com o edifício inserido dentro dessa massa vegetal e alguns caminhos, com a ideia de clareira ao centro Essa preservação também é essencial para a atração de abelhas, um ponto importante do projeto
Para essa atração de abelhas, serão feitos hotéis de abelhas, com canteiros de flores e uma horta orgânica comunitária com alimentos que abelhas possam polinizar.
Para auxiliar na drenagem de água, a proposta é de um telhado verde na cobertura e de jardins de chuva na Shared Street.
Girassol (Helianthus annuus)
Lavanda (Lavandula angustifolia)
Árvores nativas
Lambari Girassol
Para o Paisagismo, a forração escolhida foi a Lambari (Tradescantia zebrina) As arbustivas, que atraem abelhas, foram: Girassol (Helianthus annuus), Lavanda (Lavandula angustifolia) e Margarida (Leucanthemum vulgare) Não foi implementada nenhuma árvore além das nativas do cerrado, levando em conta a importância da manutenção tanto para o ecossistema, mas também para um microclima mais favorável à polinização das abelhas
Lavanda Margarida
Os alimentos escolhidos para serem plantados na Horta Comunitária foram escolhidos com base na maior facilidade de se plantar, além de alguns serem polinizados por abelhas, como o Tomate e diversas ervas aromáticas
As ervas são: Alecrim, Coentro, Hortelã, Manjericão, Manjerona, Orégano e Tomilho
As verduras são: Alface, Brócolis, Couve e Rúcula
Os legumes são: Abobrinha, Batata, Beterraba, Cenoura, Rabanete e Tomate
Beterraba Tomate
Grama preta
Planta de gelo
Sempre viva Estancadeira
Gr amendoim Bambu
Camarão-rosa Junco
Para manter a horta orgânica e sustentável, o adubo natural escolhido poderá ser de: cascas de alimentos (frutas, leguminosas, ovos); borra de café; cinzas de carvão; grama; compostagem
Para o Telhado Verde (ver pág 12), as espécies indicadas precisam ser resistentes a diferentes condições climáticas, além de terem fácil manutenção Assim, são geralmente de pequeno porte, como gramíneas, forrações e suculentas
A forração escolhida foi a Grama-preta (Ophiopogon japonicus)
As suculentas escolhidas foram: Planta-de-gelo (Delosperma spp ) e Sempre-viva (Sempervivum sp )
A gramínea escolhida foi a Estancadeira (Armeria maritima)
Para o Jardim de Chuva (ver pág 13), as espécies foram consultadas segundo o trabalho desenvolvido para a disciplina de Paisagismo VIII, com o tema Alagados Construídos, que gerou uma planilha com espécies típicas do cerrado em teste de uso em wetlands
O posicionamento desses Jardins de Chuva foi feito com base na análise da topografia do terreno e do consequente escoamento das águas da chuva
As espécies escolhidas foram: Grama-amendoim (Arachis repens), Bambu (Dendrocalamus giganteus), Camarão-rosa (Justicia scheidweileri) e Junco (Eleocharis geniculata)
O sistema construtivo escolhido para ser aplicado ao projeto é o Steel Frame, por conta das suas características que o fazem sustentável: baixo uso de energia, pouco ou nenhum desperdício, pode ser feito a partir de materiais reciclados, longevidade, leveza, menor emissão de CO2
A estrutura é composta de aço galvanizado que recebe um tratamento anticorrosivo especial, que lhe confere vida útil superior a 100 anos
Para a vedação e o isolamento foi utilizado placas de OSB (provenientes de madeira de reflorestamento)
O acabamento foi feito em gesso acartonado internamente, e base coat externamento, com pintura em ambas partes
O telhado verde foi escolhido para compor parte significativa da cobertura
Suas vantagens quanto à sustentabilidade são diversas:
Diminui a poluição e melhora a qualidade do ar da cidade; Melhora o isolamento térmico da edificação;
Ajuda na diminuição da temperatura;
Maior retenção e filtração da água das chuvas;
Diminui a possibilidade de enchentes;
Reduz o consumo de energia e melhora a eficiência energética;
Traz aumento da biodiversidade, atraindo abelhas, pássaros, borboletas, entre outros.
O Jardim de Chuva é uma infraestrutura verde projetado para absorver as águas das chuvas, ajudando na drenagem urbana
Essa alternativa sustentável serve como uma esponja no cenário urbano, ajudando no escoamento das águas pluviais que causariam enchentes pela cidade
Para que isso aconteça, utiliza-se determinadas plantas resistentes ao alagamento, e que através de suas atividades biológicas, removem poluentes das águas pluviais e contribuem para a infiltração das águas precipitadas
As espécies utilizadas nesse projeto foram: Grama-amendoim, Bambu, Camarão-rosa e Junco
O hotel de abelhas é uma alternativa sustentável para a preservação da espécie e manutenção do microecossistema Além disso, é uma maneira lúdica de ensinar as pessoas sobre a importância das abelhas para a produção de alimentos e para o meio ambiente Para isso, haverá parceria com o Zoológico Municipal de Bauru, que já apresenta um importante trabalho quanto à preservação das abelhas "melíponas"
A construção dos hotéis poderá ainda ser feita com materiais recicláveis, com a instalação nas árvores nativas, com propósito de construí-las em mutirão com a comunidade.
Para atrair as abelhas, deverá ser borrifado extrato de própolis nos hotéis Além disso, algumas espécies escolhidas para o jardim e horta atraem as abelhas