MERCADO MUNICIPAL DE CATANDUVA TRABALHO DE CURSO
por Gabrielly Ferraz Milan
UNIVERSIDADE PAULISTA | 2017
UNIP • ARQUITETURA E URBANISMO • TC • 2017 •
UNIVERSIDADE PAULISTA | ARQUITETURA E URBANISMO | TRABALHO DE CURSO
MERCADO MUNICIPAL DE CATANDUVA Orientanda: Gabrielly Ferraz Milan | Orientador: Prof. Ms. Sidnei Sérgio Espósito
São José do Rio Preto 2017 UNIP • ARQUITETURA E URBANISMO • TC • 2017 •
GABRIELLY FERRAZ MILAN
MERCADO MUNICIPAL DE CATANDUVA
Trabalho de curso de 2017 para obtenção do título
de
graduação
em
Arquitetura
e
Urbanismo
apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Prof. Ms. Sidnei Sérgio Espósito
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________/____/_____
_______________________________________/____/_____
_______________________________________/____/_____
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AGRADECIMENTOS Aos meus pais, Nilva e Atilio, por me ensinarem o valor das batalhas e das conquistas, sempre incentivando e dando o exemplo; Ao meu orientador, Sidnei Sérgio Espósito, pelas instruções e ensinamentos que fizeram desse trabalho algo concreto; Às minhas Carols, Ofman e De Marqui, amigas que foram apoio nesses cinco anos de trajetória, presentes da faculdade para a vida; Ao meu namorado, Cristhyano, por toda a ajuda e paciência; Ao meu irmão, João Pedro, por ser o melhor amigo e se fazer presente mesmo estando distante; À todos que participaram e contribuíram , direta e indiretamente, para a realização desse feito. Muito obrigada!
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"As cidades têm a capacidade de oferecer algo para todos, somente porque, e somente quando, são criadas por todos".
Jane Jacobs
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ABSTRACT
RESUMO O presente trabalho se desenvolve acerca do contexto histórico
The present work develops about the historical context of the
do comércio e sua importância no decorrer do desenvolvimento das
commerce and its importance in the course of the development of the
diferentes civilizações, bem como o surgimento de algumas tipologias
different civilizations, as well as the emergence of some typologies of
de mercado.
the market.
Sendo o alvo especifico dos estudos o Mercado Municipal de
Being the specific target of the studies the Municipal Market of
Catanduva, é discorrida a sua história e condições atuais, além da
Catanduva, its history and current conditions are discussed, besides the
área em que está inserido.
area in which it is inserted.
O objetivo desse é propor um novo mercado para a cidade de
The purpose of this is to propose a new market for the city of
Catanduva, com a finalidade de resgatar as suas reais funções e
Catanduva, with the purpose of rescuing its real functions and
proporcionar à população um espaço de comércio adequado para
providing the population with an adequate trade space for the
as relações de consumo e convivência.
relations of consumption and coexistence.
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SUMÁRIO 1
3
APRESENTAÇÃO
O PROJETO
O TEMA
P.9
O PORQUÊ
P.9
O PROPÓSITO
P.9
BENEFÍCIOS
P.9
CONTEXTO HISTÓRICO
P.10
MERCADO MUNICIPAL DE CATANDUVA
P.11
ESTUDO DE CASO
P.12
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
P.13
2
O LOCAL
A CIDADE DE CATANDUVA
P.15
O TERRENO
P.15
ANÁLISE DE ENTORNO
P.16
DIAGNÓSTICO URBANO
P.17
LEGISLAÇÃO
P.18
AGENTES CONDICIONANTES
P.18
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
P.19
CONCEITO
P.21
PARTIDO
P.21
FACHADAS NORTE E OESTE
P.30
CONCEPÇÃO
P.21
FACHADAS SUL E LESTE
P.31
QUADRO DE ÁREAS
P.22
MAQUETE ELETRÔNICA
P.32
IMPLANTAÇÃO
P.23
BOXES
P.33
PLANTA PAVIMENTO TÉRREO
P.24
DIRETRIZES PAISAGÍSTICAS
P.34
PLANTA PAVIMENTO INTERMEDIÁRIO
P.25
PAISAGISMO
P.35
PLANTA PAVIMENTO SUPERIOR E MEZANINO
P.26
SISTEMA ESTRUTURAL
P.37
CORTE AA
P.27
CONFORTO AMBIENTAL
P.38
CORTE BB
P.28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
P.39
REFERÊNCIAS ICONOGRÁFICAS
P.39
4
OS DETALHES
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Apresentação UNIP • ARQUITETURA E URBANISMO • TC • 2017 •
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Apresentação do Tema
O Propósito do Projeto
O Porquê
Um mercado público representa a imagem da
está
cidade. As tradições e características da região estão
A proposta é a elaboração do projeto de um
atualmente degradado, não só no quesito infraestrutura,
refletidas nos produtos que ali são comercializados e nas
novo mercado municipal, que atenda a população
mas também cultural. O comércio tradicional de
relações e eventos consequentes do local.
local e regional com produtos do setor alimentício e
produtos hortifrutigranjeiros é minoria, perdendo espaço
artesanal, criando um ponto turístico que proporcione
para a venda de artigos industrializados como roupas e
espaço adequado para as relações de consumo,
sapatos, o que o distanciou de sua verdadeira função.
encontros,
Nele é onde se estabelecem não só as tradicionais
relações de compra e venda, mas também o convívio
O
democrático no espaço, onde todas as camadas da população se misturam sem segregação. Diferente de outros edifícios públicos, o mercado se destaca pelo seu potencial econômico e cultural,
Seu
Mercado
aspecto
Municipal
de
construtivo
Catanduva
não
apresenta
apresentações
culturais
e
exposições
artísticas temporárias.
características arquitetônicas relevantes, bem como seu
O objetivo, através desse, é resgatar a importância
uso encontra-se subutilizado e em desacordo com as
e o valor histórico do mercado municipal na cidade de
normas sanitárias vigentes.
Catanduva, além de criar um espaço que ofereça as
devendo assim proporcionar um espaço adequado para o convívio dos cidadãos, fortalecendo os vínculos com a cidade.
atividades tradicionais de um mercado público durante o
dia
e
no
período
noturno
permaneça
em
funcionamento.
Benefícios De acordo com a organização Project for Public Spaces (PPS), um mercado público bem planejado e bem administrado pode proporcionar vários benefícios à
Reúne diversas pessoas
Renova centros urbanos e vizinhança
comunidade, tais como:
Atrair compradores para um centro ou distrito comercial;
Fornecer oportunidades de varejo acessíveis para pequenas empresas;
Preservar a agricultura ou terras agrícolas na região;
Fornecer à comunidade acesso a alimentos saudáveis e frescos;
Criar um lugar público convidativo, seguro e animado que atrai uma vasta gama de pessoas;
Conecta economia Rural e Urbana
Promove Saúde Pública
Cria espaços públicos ativos
Fornece oportunidades econômicas
UUNNI IPP •• AARRQ QUUI ITTEETTUURRAA EE UURRBBAANNI ISSM MO O •• TTC C •• 22001177 ••
9
Mercados Públicos Durante a evolução do mercado podemos evidenciar três tipologias
Breve Histórico
arquitetônicas que se destacam pelo contexto socioeconômico e cultural que
A origem dos mercados está atrelada ao início da civilização humana. Segundo
lhes deram origem, o bazar árabe, a ágora grega e o fórum Romano.
Oliveira Júnior (2006), quando o homem primitivo passou a fixar aldeias para garantir
Estabelecer uma continuidade linear com a ágora grega, o fórum romano e
uma produção estável de alimentos através da agricultura e criação de animais, criaram
os espaços abertos da era medieval é algo superficial, conforme Calabi (apud
-se melhores condições de sobrevivência e o consequente aumento da população.
VARGAS, 2001). As feições iniciais e os usos tendem a se alterar com a evolução
Com a modernização das técnicas de cultivo, a produção aumentou para além
da sociedade, tanto em tecnologia como em caráter social da atividade
daquela necessária à subsistência. Os excedentes produzidos passaram a ser trocados
comercial que se mistura com as demais atividades, não existindo qualquer
por outros bens de consumo, criando-se assim o comércio.
diferença na sua essência.
Bazar Árabe
Fórum Romano
Ágora Grega
No oriente médio as relações de negócios se
Na Grécia antiga o comércio era realizado no
As atividades comerciais, religiosas e politicas
davam no espaço do bazar, um local de negociação
espaço da Ágora. Com o crescimento da população
eram realizadas dentro de fóruns, caracterizadas por
de mercadorias e de convívio harmônico entre
e da complexidade das relações comerciais, a
um espaço público descoberto, envolto por edifícios
diversas classes sociais, se tornando parte importante
Acrópole se desvinculou da praça de mercado, se
públicos monumentais que adotavam a característica
da cultura islâmica e coração da cidade.
tornando um espaço religioso enquanto a Ágora, um
de centros urbanos, com múltiplas funções.
De acordo com Weiss (apud VARGAS, 2001), os bazares continham mercados e pátios internos, lojas,
O mercado funcionava como uma praça aberta
lugar para comércio e encontros. Inicialmente,
de
acordo
com
Kato
(apud
onde
os
comerciantes
armavam
suas
barracas,
fontes, casas de banho e oração. Eram lugares onde o
VARGAS, 2001), a ágora surge como um espaço plano
rodeadas por colunatas que davam acesso às lojas e
estímulo sensorial era aguçado através dos variados
fechado por edifícios monumentais que acabavam
no centro havia uma fonte de água pública.
aromas,
por isolar o espaço aberto do entorno urbano.
LEGENDA 1 e 2-Bazares 3 a 5-Mesquitas 6 a 12-Caravançarais 13 e 14-Banhos 15 a 17-Restaurantes 22 e 23-Outros
Imagem 1 : Planta do Grande Bazar coberto Kapali Carsi, Istambul.
LEGENDA 1-Stoa Sagrada 2-Templo de Asclepius 3-Ecclesiasterion 4-Prytaneion 5-Templo de Athena 6-Ágora
Imagem 2 : Planta da Ágora de Priene
Imagem 3 : Mercado em semi
Imagem 4 : Mercado Público
círculo no Fórum de Trajano
no Império Romano
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Anos 40
Mercado Municipal de Catanduva
Imagem 6 : Antigo Mercado
História e Realidade
Municipal, na década de 40, em situação insalubre. Mostra uma
era
Com o passar dos anos, sua degradação e
conhecido na época de sua construção, foi inaugurado
subutilização se tornaram evidentes. O mercado não
no dia 8 de setembro do ano de 1956.
atende mais as exigências dos novos frequentadores
O
mercado
modelo
municipal,
como
Desde o início de Catanduva, a população vinha
que se modernizaram no decorrer do tempo. O público
se servindo do sistema de comércio apresentado pelas
que utiliza o mercado nos dias atuais é o que não abriu
feiras-livres,
mão
antiquado
e
anti-higiênico,
que
não
dos
costumes
tradicionais
e
antiga balança Filizola e a Casa Econômica Federal ao fundo.
Anos 60 Imagem 7 : Foto tirada da rua Maranhão mostrando um barco
continuam
socorrendo
frequentando o local como um ritual.
acompanhava o crescimento da cidade. A construção do mercado passou a ser exigida
As
imagens
abaixo,
1
e
2,
p op ul ação
durante enchente ocorrida no
demonstram
a
em um local que obedecesse aos requisitos mais
subutilização do pátio interno do mercado, a 3 retrata o
rigorosos da higiene, salubridade e conforto.
tipo de comércio predominante atualmente e a 4 a
Como a obra era de alto custo e faltavam os
a
infraestrutura precária.
Rio São Domingos em meados dos anos 60.
Anos 80
recursos necessários para a sua realização, a prefeitura aceitou
a
proposta
da
Companhia
Brasileira
Imagem
de
8
: Mercado
na
década de 80, foto tirada da
Incorporações Imobiliárias, que faria um plano de
Rua Maranhão
construção do mercado sem ônus para o município.
1
2
Os catanduvenses foram beneficiados com a presença do novo mercado, que fornecia os produtos 2000 - 2001
mais variados para suprimento dos lares, a preços
Imagem 9 : Mercado nos anos
inferiores aos do comércio comum em virtude da própria 3
concorrência entre os fornecedores.
2000, mesma época em que
4
Com a falência da construtora, os boxes foram vendidos aos comerciantes como propriedade privada
e o mercado hoje não é mais administrado pela Um dos grandes problemas enfrentados pelo são
as
inundações
Crippa“
e
nome foi
de
“João
considerado
histórico
do
município pelo CONDEPHACT.
2017
pelas
Imagem 10 : Mercado nos dias
enchentes do Rio São Domingos. A pior foi registrada no
atuais, foto tirada da Av. São
ano de 1983, onde a água atingiu a marca dos dois
Domingos.
metros dentro do mercado.
causadas
fazendas.
o
patrimônio
ral de azulejos, datado de 1955, obra do artista plástico Antônio Luiz Gagni, que retrata o cotidiano da vida nas
prefeitura. mercadão
Na fachada do Mercado Municipal existe um mu-
recebeu
Imagem 5 : Mural de azulejos presente na fachada do mercado.
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Estudo de Caso Mercado Municipal de São Paulo
O Mercadão, como é popularmente conhecido, foi originalmente projetado pelo escritório de arquitetura de Ramos de Azevedo e inaugurado no ano de 1933. Em 2003, como parte do programa de revitalização do centro de São Paulo, o escritório PPMS foi contratado para projetar a restauração do mercado. Além de adequar a infraestrutura, um novo uso foi dado ao espaço. Uma plataforma metálica de aproximadamente 2 mil metros quadrados foi articulada às duas torres, onde fora instalada uma “varanda gastronômica”, de acordo com o arquiteto Saraiva (2004), com pequenos restaurantes e lanchonetes. A partir do mezanino pode-se avistar o interior do mercado e os vitrais coloridos, tornandose assim um mirante.
Hoje o mercadão recebe cerca de 20 mil pessoas por dia e é um forte ponto turístico e gastronômico da cidade. Conta com cerca de 300 boxes que vendem os mais variados produtos entre frutas, legumes, laticínios, adegas, carnes e especiarias.
Distribuição dos Boxes no Mercado TÉRREO
Localização Área do terreno
MEZANINO
São Paulo - SP 23.700 m²
Construção Original Escritório de Arquitetura Construção Área construída Sistema construtivo
Ramos de Azevedo 1925 a 1932 10.890 m² Alvenaria de tijolos
Reforma Escritório de arquitetura Construção Área construída Sistemas construtivos
PPMS 2003 a 2004 12.600 m² Estrutura metálica
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Referências Projetuais Mercado El Encants Localização
Barcelona - Espanha
Área do terreno
8.000 m²
Reforma
A proposta desse projeto foi a de conectar, através de uma
rampa
contínua,
os
diferentes níveis do mercado ao
Escritório de arquitetura
b720
das
vias
de
entorno,
Construção
2013
forma evitando o modelo de
Área construída
35.440 m²
centro
Sistemas construtivos
Estrutura metálica
assemelhando à uma praça
comercial
dessa e
se
coberta.
Mercado de Santa Caterina A
peculiaridade
dessa
Localização
Barcelona - Espanha
construção
funda-se
Área do terreno
23.452 m²
cobertura
abobadada
Reforma
formato
irregular,
na
sua de
que
se
vasto
mar
Escritório de arquitetura
EMBT
Construção
1997 a 2005
assemelha
Área construída
17.533 m²
colorido pelas tonalidades das
Estrutura metálica, Sistemas construtivos
concreto armado e madeira
a
um
frutas, verduras e legumes ali comercializados.
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O Local UNIP • ARQUITETURA E URBANISMO • TC • 2017 •
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A Cidade de Catanduva
O Terreno
Catanduva é um município do noroeste paulista,
A área do mercado municipal está localizada no
fundado em 14 de abril de 1918. Está localizado à 387
centro da cidade, em uma das principais avenidas de
km de São Paulo e 58 km de São José do Rio Preto.
Catanduva, Av. São domingos, que margeia o Rio de
Atualmente, com seus 99 anos, possui uma população
mesmo nome.
estimada em 120.092 habitantes (IBGE,2010). A
cidade
é
um
importante
polo
Pertence a um núcleo de edifícios públicos centrais regional,
importantes, o Parque das Américas, que compreende a
considerada a capital nacional dos ventiladores e polo
Prefeitura, o terminal urbano e o fórum. Devido a isso,
sucroalcooleiro, possui industriais exportadoras de suco
sua atual localidade possui facilidade de acesso e
de laranja, açúcares, café solúvel, óleo de amendoim,
atratividade de usuários.
álcool etílico, entre outras. Sua microrregião engloba treze municípios e faz parte da mesorregião de São José do Rio Preto. O principal acesso rodoviário à cidade se dá
A quadra a qual se encontra possui 7.995m² onde divide espaço com residências, uma auto elétrica, um posto de gasolina e um restaurante popular. Sua área construída está atualmente consolidada.
através da Rodovia Washington Luís (SP-310), que faz a ligação de São Paulo capital aos municípios de Campinas, São Carlos, Catanduva, São José do Rio Preto, entre outros.
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Análise do Entorno Para o Terreno
A Partir do Terreno
1
8
6 5
1
5
2
6
3
7
4
8
7 2
3 4
A foto 1 demonstra a fachada principal do mercado, voltada para a Av. São Domingos, já as 2, 3 e 4 mostram, respectivamente, a Auto Elétrica, o restaurante popular e o posto de gasolina presentes na parte posterior do mercado. Seu entorno imediato encontra-se desvalorizado, compreendido por pequenos comércios e botecos, assim como o retratado nas fotos 5, 6 e 7. Na bifurcação entre a Avenida São Domingos e o Viaduto Almirante Castelo Branco existe uma pequena praça, indicada em 8. Nela estão locadas algumas palmeiras que a evidencia em seu contexto porém seu uso é apenas para percurso, não havendo nenhum mobiliário para a permanência.
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Diagnóstico Urbano
Uso e Ocupação do Solo COCAM Comercial Residencial
Visto que se trata de uma área central, o setor de
Prefeitura Terminal Urbano Fórum
Institucional
comércio é predominante. As maiores concentrações
Lojas Populares
Serviços
Matilat
de pessoas se encontram nos arredores da praça da
Industrial
Praça da República
república onde existem diversas instalações comerciais,
nas
lojinhas
populares
e
no
Garden
Garden Shopping
Catanduva
Shopping , sendo esse o maior expoente comercial e o único do gênero na cidade de Catanduva. No setor de serviços se destacam os bancos, hotéis e o clube de tênis. O uso industrial ocupa uma grande parcela do solo,
Hierarquia Viária Rua São Paulo Via Arterial
Viaduto AC Branco
marcado pela presença da COCAM , Companhia de
Via Coletora
Rua XV de Novembro
café solúvel e derivados, e Matilat, de laticínios.
Via Local
Rua Sete de Setembro Rua Pará
A margem da Av. São Domingos concentra a maior
Rua Brasil
parte dos edifícios públicos. Destacam-se a Prefeitura , o
Rua Maranhão
terminal urbano e o fórum municipal, pertencentes ao
Av. São Domingos
Parque das Américas. As vias arteriais correspondem a Avenida São Domingos, que corta o centro da cidade e a Rua Amazonas e sua continuação, Rua Sete de Setembro, que recebem grande e contínuo fluxo de veículos.
Gabarito de Alturas
Como coletora, destacam-se a Rua São Paulo e o
De 1 a 2 pavimentos
Viaduto de Almirante Castelo Branco que distribuem o
De 3 a 5 pavimentos
fluxo do bairro Higienópolis para o centro, onde são
Mais de 6 pavimentos
coletados pelas ruas, Pará, Brasil e Maranhão. O centro de Catanduva possui poucos edifícios maiores que seis pavimentos, representados por edifícios residenciais, sendo os mais altos de 15 a 20 pavimentos.
UNIP • ARQUITETURA E URBANISMO • TC • 2017 •
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Legislação Urbanística Em âmbito municipal, a legislação relacionada é o plano diretor participativo, uso e ocupação do solo e parcelamento do município de
Agentes Condicionantes Orientação Solar
Catanduva (Lei Complementar 355 de 26 de dezembro de 2006) e o código A fachada principal do edifício
de obras (Lei Complementar 008 de 23 de dezembro de 1994). está
De acordo com o plano diretor, o terreno está inserido na macrozona
direcionada
ao
norte
onde
de aproveitamento urbano, onde os usos pertinentes ao mercado são
recebe insolação durante o ano todo
permitidos.
exceto no período do verão. A
O código de obras em seu capítulo XII, seção C, artigo 111, que dispõe sobre mercados e supermercados estabelece:
Sol Poente
Sol Nascente
fachada
oeste
é
a
que
necessita de mais proteção solar, visto que recebe insolação durante todo o
Recuo mínimo
6,00 m
Pé direito mínimo
4,00 m
Área mínima dos boxes Distribuição de vãos iluminantes
ano no período da tarde, sendo Fachada com maior necessidade de proteção
8,00 m²
considerada a pior.
20% da área do piso
Segundo a Lei Complementar 369 de 10 de abril de 2007
Topografia
prevê: O terreno está localizado em Taxa de ocupação Taxa de Permeabilidade Índice de Aproveitamento Recuo Frontal Recuo Lateral
≤ 70% 7%
uma
área
Domingos
próxima e
possui
ao uma
Rio
São
queda
3
uniforme em direção ao mesmo, com
1,5 m
inclinação de aproximadamente 2%,
Altura/6, para altura do pé direito
representando um desnível de 2,5
entre 3,00m e 12,00m.
Considerando a área do terreno de 6.309 m², o
metros entre suas extremidades (da Rua Paraíba à Av. São Domingos).
máximo que poderá ser construído é 18.927 m², ocupando até 5.867,37 m² do lote.
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Proposta de Intervenção O mercado foi considerado patrimônio municipal
Devido o costume da população, a facilidade de
pelo COMDEPHACT em 2001, porém, o tombamento
acesso e proximidade com o centro, o local do
não foi averbado em cartório, constando apenas em
mercado será mantido.
ATA de reunião dos membros do conselho. Alguns dos
Tendo
em
vista
a
falta
de
características
motivos destacados para o tombamento do edifício
arquitetônicas relevantes e a estrutura precária e
foram o fato de o mesmo ser um marco histórico
insalubre, optou-se pela desapropriação dos boxes e
popular, ser o único do gênero na cidade e estar locado
demolição total do mercado atual. Dele será mantido
em “um lugar interessante”.
apenas o mural de azulejos presente na sua fachada,
Em 2006, a pedido da Prefeitura de Municipal, as arquitetas Aline Coelho Sanches Corato e Daniele arquitetônico
de
algumas
2
realocado no novo projeto.
Resende Porto vieram à Catanduva para realizar um inventário
1
único elemento de valor artístico do local, que será Uma ampliação será necessária a fim de obter
edificações
espaço para a construção de estacionamentos, praça
significativos da cidade. Na ficha catalográfica escrita
pública e área para exposições diversas. Sendo assim,
por elas, citam o mercado municipal como sem
alguns edifícios no entorno serão desapropriados e
identificação estilística.
posteriormente demolidos. Da
quadra,
serão
mantidos
o
edifício
Imagem 12: Edifícios a serem mantidos.
do
restaurante popular (1), por ser uma construção nova e ter cunho social importante, e o posto de gasolina (2) devido à complexidade de desativação, ambos trarão benefícios ao mercado. No restante existem algumas residências (3) e comércios antigos (4) , um barracão onde
funciona
uma
auto
elétrica
(5)
e
um
estacionamento (6). A área resultante das demolições será de 6.309 metros
quadrados,
onde
serão
instaladas
5
3
6
4
as
dependências do mercado, um estacionamento, uma praça e área livre para exposições. Imagem 11: Ficha catalográfica referente ao mercado municipal de Catanduva .
Imagem 13: Edifícios a serem demolidos.
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O Projeto UNIP • ARQUITETURA E URBANISMO • TC • 2017 •
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Conceito e Partido
Concepção
O propósito do presente projeto é o de resgatar a função do mercado municipal na cidade de Catanduva, a fim de fortalecer a imagem da cidade e o sentimento de pertencimento dos cidadãos com os espaços públicos que ela os dispõe. Proporcionando
um
espaço
adequado
para
as
atividades
tradicionais de um mercado público, pretende-se valorizar a cultura
local, bem como oferecer à população uma nova experiência atrelada à prática de consumo. O mercado assim deve se unir à cidade e às pessoas, fornecendo
1º Estudo de eixos da quadra
2º
Descentralização para a criação da praça e estacionamento
3º
Continuação da praça adentrando ao mercado
fluxos contínuos e permeabilidade, onde a distinção entre os espaços públicos se fundam em um só. A entrada principal será mantida na Av. São Domingos e uma praça será criada no local para fortalecer a relação entre espaços públicos e a sensação de pertencimento à cidade.
O mercado é formado por três pavimentos sobrepostos por uma supra cobertura. O espaço interno que dá continuidade à praça se abre em um grande átrio que será utilizado como área para exposições temporárias sendo protegido pela cobertura.
A praça tem o papel de conectar e fazer a interação entre lugares. Dessa forma ela é englobada pelo equipamento, pertencendo tanto a ele quanto à via, encaixando os lugares como em um quebracabeça. Para garantir a permeabilidade, os acessos aos pedestres se darão por todas as quatro faces do edifício, onde é possível entrar por uma via e sair por outra. A linguagem paisagística das praças do parque das américas será trazida à praça de mercado, afim de criar uma junção entre elas e
englobar o edifício ao núcleo central.
DIRETRIZES
4º
Sobreposição dos pavimentos.
5º
Sobreposição da supra cobertura sobre o átrio.
6º
Definição dos acessos (amarelo pedestres, preto veículos).
-Valorização -Permeabilidade -Conexão
UNIP • ARQUITETURA E URBANISMO • TC • 2017 •
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Quadro de Áreas e Setorização Infraestrutura
Público Praça 1.656 m²
DML 11 m² Refeitório 54,70 m²
Átrio 725 m²
Vestiário 120 m²
Sanitários 100 m²
Sala de Preparo 52,65 m²
Fraldário 26 m²
Subtotal
Administração 1%
8%
Infraestrutura
Área úmida
Primeiro Pavimento
Área semiúmida Área seca Lojas externas
Central de Energia 16,79 m²
Apresentações
Arquivo 12,70 m²
Sanitários
Almoxarifado 12,70 m² Subtotal 587,05m²
Copa 6,45 m²
115,60 m²
Área de comércio
Depósito de Lixo 22,94 m²
Sala de Reunião 30 m²
Diretoria 20 m²
Acesso vertical de serviços
Recicláveis 18,92 m²
Subtotal 4.651,95 m²
Secretaria e 30 m² Administração
Acesso vertical público
Docas 157,15 m²
Circulação Vertical 304,95m²
Sala Segurança 14,95 m²
Acesso exclusivo aos funcionários
Abastecimento 33,70 m²
Estacionamento 1090 m²
Banheiros 14,20 m²
Acesso livre ao público
Segundo Pavimento
Depósito 73,80 m²
Praça Alimentação 750 m²
Administrativo
LEGENDA
Infraestrutura
Átrio
Administração
Térreo
Praça de Alimentação Área de Mercado Comércio
Acesso Principal
Escadas e Elevadores
2.308 m²
Área Total 7.663 m²
Área de Mercado
Circulação Vertical
30%
14%
Estacionamentos
4%
9%
Apresentações
Sanitários 2%
Praça
10%
30%
Praça de Alimentação
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MOBILIÁRIO
Lixeira com dois compartimentos para resíduos e recicláveis.
Poste de Iluminação com dois braços para iluminação de via e passeio.
Poste de Iluminação com um braço para iluminação de passeio.
Banco de madeira.
Paraciclos.
LEGENDA Acessos ao Mercado Acessos Veículos Acesso Lojas Externas
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LEGENDA BOXES Açougue
Grãos
Avícola
Especiarias
Peixaria
Utilidades
Quitanda
Adega
Laticínios
Artesanato
Floricultura
Lanchonetes
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B A
Telha Termoacústica
Treliças Metálicas
Pilar metálico
Calha Metálica
Cortina de vidro temperado Vigas de concreto pré-moldado Viga em concreto pré-moldado Pilar em concreto pré-moldado
Brises horizontais
Detalhe A
Detalhe B
Esc 1:75
Esc 1:75
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C D
Viga I parafusada Telha Termoacústica Telha termoacústica
Treliça Metálica
ACM
Treliça Metálica
Calha Metálica Pilares Metálicos Forro de gesso Pilar em concreto pré-moldado
Laje Alveolar
Brises horizontais
Guarda-corpo em vidro e inox
Estrutura em concreto pré-moldado
Vigas em concreto pré-moldado Detalhe C
Detalhe D
Esc 1:100
Esc 1:100
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Os Detalhes UNIP • ARQUITETURA E URBANISMO • TC • 2017 •
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Fachada Norte
Fachada Oeste
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Fachada Sul*
Fachada Leste*
* Desconsiderando edifícios existentes
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Boxes As áreas dos boxes foram padronizadas nas medidas de 10 metros x 6 metros e moduladas para comportarem quatro boxes cada. São quatro tipologias pré-definidas, sendo as tipologias 1, 2 e 3 presentes no comércio térreo e a 4 empregada no mezanino para comportar as vendas na praça de alimentação. Com as divisórias em drywall, é possível uma modulação flexível de acordo com as necessidades do vendedor, podendo os boxes serem ampliados ou divididos, desde que não sejam inferiores a 6m² (medida mínima exigida pelo código de obras de Catanduva). São no total 68 boxes, 56 no térreo e 12 no mezanino, a fim de atender a demanda dos comerciantes e suas necessidades específicas. A quantidade de boxes de acordo com cada produto comercializado está relacionada abaixo:
ÁREA ÚMIDA
ÁREA SEMI ÚMIDA
Tipologia 1
Tipologia 2
4 X 15m²
2 x 18,75m² 2 X 11,25m²
Tipologia 3
Tipologia 4
2 X 19,80 m² 2 X 9,9 m²
4 x 15m²
ÁREA SECA
2 x Açougue 10 x Quitanda
5 x Grãos
1 x Avícola 5 x Laticínios
5 x Especiarias
1 x Peixaria 3 x Floricultura
24 x Lanchonete
TOTAL DE 68 BOXES
4 x Utilidades
3 x Adega
5 x Artesanato
*Com compartimento para cozinha ou despensa
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Diretrizes Paisagísticas Uma das intenções de projeto é trazer a linguagem paisagística do parque das américas à praça de mercado, afim de criar uma junção entre elas e englobar o edifício ao núcleo central. Na junção da Avenida São Domingos com o Viaduto Castelo branco existe uma praça que serve apenas como passagem, sendo esquecida como equipamento urbano. O processo de conexão no centro englobará, por fim, cinco praças.
Parque das Américas
1 5 4
1. Prefeitura Municipal 2. Terminal Urbano
2
3. Fórum
3
Praça do Terminal Urbano
Praça de Mercado 4. Mercado Municipal 5. Praça Bifurcação
O projeto paisagístico das praças que abrigam os edifícios da prefeitura municipal, terminal rodoviário urbano e fórum é autoria do escritório Barbieri e Gorski com a coordenação da arquiteta paisagista Rosa Kliass. A equipe empregou o uso de pedra portuguesa, ilhas de paralelepípedo com faixas no piso e mobiliário em granito flameado com os assentos dos bancos em madeira. Os materiais foram trazidos no projeto da praça de mercado, onde fora substituída a pedra portuguesa por piso intertravado, devido à manutenção e Também acrescido o uso de pisograma para as vagas de estacionamento. Nas imagens ao lado podemos observar as técnicas utilizadas na composição paisagísticas do Parque da Américas. Praça da Prefeitura
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Paisagismo ARBORIZAÇÃO Nome Popular: Resedá Nome Científico: Lagerstroemia indica Altura: 4.7 a 6.0 metros Luminosidade: Sol Pleno Nome Popular: Ipê Rosa Nome Científico: Tabebuia impetiginosa Altura: 6.0 a 9.0 metros Luminosidade: Sol Pleno Nome Popular: Ipê Branco Nome Científico: Tabebuia roseo-alba Altura: 6.0 a 9.0 metros Luminosidade: Sol Pleno Nome Popular: Resedá Nome Científico: Senna macranthera Altura: 5.0 a 8.0 metros Luminosidade: Sol Pleno Nome Popular: Salgueiro-chorão Nome Científico: Salix x pendulina Altura: 9.0 a 12.0 metros Luminosidade: Sol Pleno Nome Popular: Aceroleira Nome Científico: Malpighia emarginata Altura: 3.0 a 4.0 metros Luminosidade: Sol Pleno Nome Popular: Jabuticabeira Nome Científico: Myrciaria cauliflora Altura: 5.0 a 6.0 metros Luminosidade: Sol Pleno * Palmeiras existentes
PAGINAÇÃO DE PISO
Granito Flameado
Madeira Plástica
Piso Intertravado
Concregrama
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Paisagismo
ESPÉCIES DA COMPOSIÇÃO
JARDIM VERTICAL Os jardins verticais fornecem diversas melhorias ao ambiente, entre elas a filtragem do ar e o controle da umidade. Também atuam como barreira acústica e melhoram o conforto térmico, além de ser um
Nome Popular: Xanadu Nome Científico: Philodendron xanadu Altura: 0.6 a 0.9 metros
elemento estético compositivo. A fachada leste, ao qual foi inserido, recebe sol durante toda a manhã e o ano todo, possibilitando o
Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra, Sombra
uso de diversificadas espécies de plantas. O sistema escolhido para a implantação do jardim foi o de módulo cerâmico com sistema de irrigação Nome Popular: Trapoeraba roxa
por gotejamento automatizado.
Nome Científico: Tradescantia pallida purpurea Altura: 0.3 a 0.4 metros Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Nome Popular: Peperômia Nome Científico: Peperomia variegata Altura: 0.6 a 0.9 metros Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra
Localização do Jardim Vertical
Módulo cerâmico empregado 16,12 metros
Nome Popular: Camarão Amarelo Nome Científico: Pachystachys lutea Altura: 0.9 a 1,2 metros
4 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol pleno
Nome Popular: Samambaia-americana Nome Científico: Nephrolepis exaltata
Vista do Jardim Vertical
Altura: 0.4 a 0.6 metros Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra
Sem escala UNIP • ARQUITETURA E URBANISMO • TC • 2017 •
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Sistema Estrutural Devido à sua resistência e adaptabilidade ao projeto, o
Supra Cobertura
sistema estrutural
escolhido para a utilização no mercado foi o de concreto pré-moldado. Para a cobertura, o aço será empregado em um sistema de treliças metálicas que garantem maior leveza à estrutura. Cobertura
Entre os pavimentos será utilizada laje do tipo alveolar, que com um sistema de protensão consegue vencer maiores vãos e têm o peso próprio reduzido.
Para sustentar a supra cobertura, que cobre átrio central, foram utilizados pilares metálicos em forma de V.
Segundo Pavimento
Sistema Estrutural do Edifício em Perspectiva
Pilares
Concreto Pré-moldado
Pilares V
Metálicos
Vigas
Concreto Pré-moldado
Lajes
Alveolar
Cobertura
Treliças Metálicas
Telha
Termoacústica
Escadas
Concreto Pré-moldado
Primeiro Pavimento
Laje Alveolar
Telha Termoacústica
Pavimento
Térreo
Viga e Pilar em concreto Pré-moldado
Treliça Metálica Sistema Estrutural do Edifício em Perspectiva Explodida
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Conforto Ambiental ESTUDO DE FACHADAS E BRISES 62º
O Mercado Municipal possui quatro fachadas que
62º
FACHADA NORTE
FACHADA OESTE
são voltadas para o Norte (sendo a principal), Leste, Sul e Oeste. Fachada Norte: A fachada voltada paro o Norte, sendo a principal, não pega sol no verão, exceto às 12:00h, pega muito sol no inverno, e é a fachada com mais insolação em relação as outras. Fachada Leste: A fachada voltada para Leste, tem radiação fraca, sol o ano todo somente no período da
28º
28º
manhã. Fachada Oeste: Tem insolação o ano todo praticamente durante todo o dia com radiação forte, considerada então uma péssima fachada.
Fachada Sul: A fachada Sul tem insolação durante todo dia no verão e alta radiação. Durante o inverno não há insolação. Tendo em vista a carta solar, pode-se realizar um estudo das fachadas mais críticas (norte e oeste) e obter as angulações solares para os respectivos períodos e horários, conforme tabela. FACHADA NORTE
OESTE
PERÍODO EQUINÓCIO
VERÃO
Prancha de madeira plástica HORÁRIO
α
11 h
62º
16 h
28º
14 h
62º
17 h
28º
Devido a alta angulação solar, os brises utilizados são os horizontais fixos de 45º. Os brises além de oferecerem proteção solar fazem a vedação do edifício.
45º
Chapa metálica soldada Viga I metálica para fixação do brise Viga do edifício
Detalhe do Brise Horizontal em planta
Detalhe do Brise Horizontal em corte
S/ escala
S/ escala
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Referências Bibliográficas
Referências Iconográficas
LEI COMPLEMENTAR 08 DE 23 DE DEZEMBRO DE 1994. Dispõe sobre o código de obras
Imagem 1 : Planta do Grande Bazar coberto Kapali Carsi, Istambul. Fonte: Vargas,
e edificações do município de Catanduva.
2001
LEI COMPLEMENTAR 355 DE 26 DE DEZEMBRO DE 2006. Institui o plano diretor
Imagem 2 : Planta da Ágora de Priene. Fonte: Vargas, 2001
participativo, a lei de uso e ocupação do solo e a lei de parcelamento do solo do
Imagem 3 : Mercado em semi círculo no Fórum de Trajano. Fonte: Vargas, 2001
município de Catanduva.
Imagem 4 : Mercado Público no Império Romano. Fonte: Vargas, 2001
Mercat
dels
Encants.
Disponível
em
<http://b720.com/en/proyecto/
Imagem 5 : Mural de azulejos presente na fachada do mercado.Fonte: A autora, 2017
mercat_dels_encants_es>. Acesso em: 01/03/2017. Mercat Encants / b720 Fermín Vázquez Arquitectos. Disponível em <http://
Imagem 6 : Antigo Mercado Municipal, na década de 40, em situação insalubre.
www.archdaily.com/453829/mercat-encants-b720-fermin-vazquez-arquitectos/>.
Mostra uma antiga balança Filizola e a Casa Econômica Federal ao fundo. Fonte:
Acesso em: 01/03/2017.
Museu Municipal, 2017.
MIRALLES TAGLIABUE EMBT. Santa Caterina Market Renovation, Barcelona, 2004. Disponível
em
<http://www.mirallestagliabue.com/project/santa-caterina-market-
JÚNIOR,
José
Vanildo.
população durante enchente ocorrida no Rio São Domingos em meados dos anos 60. Fonte: Museu Municipal, 2017.
renovation/>. Acesso em: 01/03/2017. OLIVEIRA
Imagem 7 : Foto tirada da rua Maranhão mostrando um barco socorrendo a
Fluxograma
do
Processo
de
Planejamento
Arquitetônico Aplicado a Mercados Públicos. 2006. 146 f. Dissertação (Mestrado em
Engenharia) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa. Disponível em <http://
Imagem 8 : Mercado na década de 80, foto tirada da Rua Maranhão. Fonte: Museu Municipal, 2017.
Imagem 9 : Mercado nos anos 2000, mesma época em que recebeu o nome de
tede.biblioteca.ufpb.br/bitstream/tede/5557/1/parte1.pdf>. Acesso em: 01/03/2017.
“João Crippa“ e foi considerado patrimônio histórico do município pelo
PINTAUDI, Silvana Maria. Os mercados públicos: metamorfoses de um espaço na
CONDEPHACT. Fonte: Museu Municipal, 2017.
história urbana. Scripta Nova. Revista eletrônica de geografia y ciências sociales. Barcelona: Universidad de Barcelona, ago.2006, vol. X, núm. 218(81). Disponível em <http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-218-81.htm>. Acesso em 18/03/2017. SERAPIÃO, Fernando. Pedro Paulo de Melo Saraiva: Mercado Municipal de SP. Projeto Design, ed. 297. Disponível em <https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/
Imagem 10 : Mercado nos dias atuais, foto tirada da Av. São Domingos. Fonte: a autora, 2017. Imagem 11: Ficha catalográfica referente ao mercado municipal de Catanduva. Fonte: Museu Municipal, 2017. Imagem 12: Edifícios a serem mantidos. Fonte: Google Earth, alterado pela autora,
pedro-paulo-de-melo-saraiva-revitalizacao-de-17-11-2004>. Acesso em 01/03/2017
2017.
VARGAS, Heliana Comin. Espaço Terciário: O Lugar, A Arquitetura e a Imagem do
Imagem 13: Edifícios a serem demolidos. Fonte: Google Earth, alterado pela autora,
Comércio. São Paulo: Ed. SENAC, 2001.
2017.
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UNIVERSIDADE PAULISTA | ARQUITETURA E URBANISMO | TRABALHO DE CURSO | 2017
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