MODA MÚSICA
TAT T O O H O T- R O D
PIN-UPS
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ed Pill é uma revista que aborda temas de uma forma peculiar, nessa edição falaremos de moda Vintage e Retro, carros Hot Rod, musica Rockabilly, tatuagens e por ultimo mas não menos importante, muito pelo contrario, Pin Ups, tudo isso visto a partir da visão do Lowbrow.
Pág 6...............................PIN-UP Vanderlei Bezerra
Pág 10................................MODA Gabriel Macedo
Pág 16.............................TATTOO Jonas Cauno
pág 20...........................MÚSICA Thiago Furtado
Pág 24.........................HOT-ROD Rosana Ijiro
BRIAN VIVEROS Designer e diretor surrealista, começou a se destacar ao participar ao lado de ninguém menos que o lendário H.R. Giger, da exposição “The Art of Porn”, desde então é um dos artistas mais requisitados da cena.
NOSSA S REFE RÊNCIA DESSA S EDIÇÃO .... gustavo rimada Artista plástico mexicano, radicado nos EUA, tem como grande influência as PIN-UPs, o exército e a, mais marcante, a cultura mexicana.
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Red Pill deste mês, traz à foco a cultura retrô. O que era apenas cotidiano de décadas atrás, tornouse um estilo de vida para muitas pessoas hoje.
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alvez o leitor esteja se perguntando o que esse tema tem a ver com o estilo surreal e underground da Red Pill. A resposta é bem simples tem tudo à ver. Apesar de o estilo clássico ainda ser cultuado, o que vemos é uma mescla unindo antigo ao novo, o tradicional ao hardcore e à uma perspectiva mais urbana e pós moderna. Ou seja veremos o retrô pelos olhos do lowbrow, essa será nossa ponte para reler o estilo em uma visão mais pesada, mais surreal, e mais contemporânea da contra-cultura.
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omo exemplo as garotas Pin-up, que antigamente, apesar da sensualidade, ainda apresentavam um ar de “certinhas”, hoje encontramos garotas no estilo pin-up, porém, adaptadas a outro contexto, elas possuem tatuagens, cabelos raspados ou coloridos etc.
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omo já é de praxe teremos a nossa seção de tattoos, e nessa edição abordaremos as tanto as tattoos old school como as clássicas, como as mais pesadas reinterpretando o estilo, será falado também sobre a moda e vestuário do estilo, Hot-rod que nada mais é que a customização de carros especificamente antigos, além de destacar a influência na música com o Rockabilly .
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alvez o leitor estranhe o uso excessivo de rosas e de imagens femininas, mas isso se deve ao fato de que é quase impossível voltar ao retrô sem falar das pin-ups e sua influência feminina, e como base nesse conceito, demos particular atenção ao artista lowbrow Gustavo Rimada e ao designer Surreal Brian Vivero e usando elementos comum a ambos.
Ótima viajem a todos pelo passado e presente.
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eja sob a pele de uma artista ou modelo famosa, seja em ilustrações nos mais diversos meios, ou até mesmo em uma tatuagem, de alguém com um estilo um pouco mais atípico, quase todas as pessoas já viram uma Pin-up. Um dos principais ícones do estilo retrô, esbanjando sensualidade indutiva e nunca vulgaridade, as Pin-ups sobrevivem há quase um século, tanto em sua forma clássica e nostálgica, como na moderna e hardcore. Oficialmente o termo aparece documentado em 1941, embora se acredite que a mais de meio século antes, já se utilizavam desse termo. Basicamente a tradução de Pin-up quer dizer “taxinha – pendurada” devido ao ato muito comum de pendurar páginas ou recortes de revistas e jornais, cartões
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p U n i
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postais, cromos-litografias e posteriormente calendários de garotas consideradas bonitas e sexys, tal hábito ocasionou a produção industrial e em massa de pôsteres e revistas pin-up.
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uitas destas pin-ups eram fotografias de celebridades consideradas simbolos sexuais como Lana Turner, Veronica Lake e a tão desejada Betty Grable presente em quase todos os armários dos soldados norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Além das Pin-ups reais também eram muito populares as que eram representações artísticas, pois nelas era possível estilizar , exaltar e idealizar a sexualidade feminina, inúmeros nomes faziam parte dessa arte entre eles os respeitados Alberto Vargas, George Petty, Art Frahm e o tão aclamado Gil Elvgren.
OOPS! DEIXEI CAIR Minha Calcinh a...
A frase citada acima tornou-se famosa quando apareceu junto à uma mulher de seios firmes, com expressão de inocente e surpresa, com um vestido esvoaçante mostrando as pernas perfeitas e atrativamente articuladas, segurando uma sacola de compras domésticas, enquanto sua calcinha pendia até os tornozelos. Esse traço do artista Art Frahm, demonstra as pin-ups em sua essência mais pura, a fantasia sexual e o desejo, ambos insinuados em um corpo belo, e primariamente pudico, podendo transformar cenas banais do cotidiano em algo sensorialmente erótico, instigando o observador.
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as nem tudo era erótico, muitos conceitos acompanharam as pin-ups, elas traziam sempre a idéia de limpeza e higiene, o estereótipo de beleza e formas perfeitas que trazia em seu encalço a alusão à saúde perfeita. Ao mesmo tempo foi uma espada de dois gumes para o movimento feminista, pois dividia antagonicamente os princípios e valores que estariam atribuídos às Pin-ups, de um lado elas se opunham a vergonha do corpo,algo profundamente enraizado e herdado culturalmente, além de trazer o orgulho e o valor ao corpo feminino. Por outro lado, algumas pessoas argumentavam que as pin-ups eram representações machistas das mulheres, denegrindo sua dignidade, transformando-as em objetos sexuais.
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a fase de maior tensão da 2º grande guerra, cerca de 9 milhões de ilustrações das Vargas girls (do artista Alberto Vargas) e da revista Esquire foram compradas pelas forças armadas para serem distribuídas para os militares, e também usadas como modelos para a chamada Nose Art, que consiste em pintar uma garota pin-up sobre a fuselagem dos aviões de guerra. Isso demonstra algo muito mais importante do que militares carentes do sexo oposto, mas denota a mentalidade e a necessidade da sociedade da época, porque as pin-ups pré guerra tinham seu foco na beleza, já as pin-ups do período de guerra focavam atitude e sexualidade, idealizações de uma suposta deusa guerreira americana, que incitava o sentimento de união entre os gêneros num só propósito contra o eixo do mal.
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A Nova Pin-up
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s diversos movimentos artisticos ao longo da história, as mais diversas revoluções, a moda, a forma de governar, enfim, Todas essas transfomações que sempre acompanharam todas as partes da sociedade humana, provam uma coisa, que a mentalidade e a cultura de um povo reflete diretamente ans suas açoes e conseguentemente na sua produção artística. Logicamente as Pin-ups, quer fossem atrises ou desenhos,não escaparam à esse processo. Assim como a meiga garota de Gibson não encontrava lugar algum entre as garotas desnudas e decididas de Vargas, também as pin-ups donas de casa não podiam mais refletir uma sociedade onde a mulher ganhava cada vez mais espaço,ainda que à passos lentos e curtos, logo a representação de uma uma mulher bonita e atraente que fosse representada limpando uma casa, ou em alguma outra situação que demonstrasse a carencia por um homem, embora pudesse ser muito sensual, hoje em dia seria considerado algo muito machista.
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esse contexto qual seria a pin-up correspondente aos dias atuais? Elas encontram-se apenas em uma balada ou evento retrô?A verdade é que o termo pim-up se tornou um representante do estilo retrô, já no que se diz respeito ao significado desse termo como o era antigamente, de uma foto ou ilustração de uma mulher sexy,, esse termo sim caiu em desuso, Maria Elena Buszek autora do livro Pin-up Grrrls escreve: “Toda e qualquer foto de Britney Spears é uma pin-up. Mas ninguém a chama mais assim” ou seja, ainda temos fotos de mulheres que são ícones da beleza, mas não são mais chamadas de pin-up. Voltando ao estilo a La pin-up, muitas são as garotas que resgatam o modo de se vestir da década de 40 e (ou)50, e ao mesmo tempo fazem uma releitura do estilo adaptando-o a contextos mais atuais relacionados à um ambiente mais underground e urbano. A nova pin-up, por exemplo pode ter tatuagens, o clássico batom vermelho e o delineador podem ser substituidos por outras cores, as roupas ainda que sejam baseadas nas antigas podem conter algum elmento “dark” como caveiras,o cabelo mesmo que contenha elementos retrô como o topote, a franja e o lake, podem apresentar trechos coloridos ou raspados.
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quando as subvertentes de um estilo se confrontam e ao mesmo tempo se completam, que vemos nascer algo consolidado e maduro, pronto para resisistir as futuras décadas e se adaptar aos novos contextos que surgirão, sem perder em seu DNA as raízes do passado.
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iva las Vegas é um dos maiores eventos retrô da atualidade, ocorre anualmente e reuni milhares de amantes do estilo, é o lugar perfeito para encontrar a mescla entre o novo e o vintage em sua forma pura, lá é possivel encontrar uma sósia de Bettie Page ao lado de uma réplica viva das obras de Gustavo Rimada, são esses elos que tornam o estilo forte o suficiente para ser tratado como cultura, e como tal capaz de ser cultivado e herdado.
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anto a clássica como a nova, cumprem seus papéis de idealizar o feminino, Não é apenas o erótico que é exposto, mas carrega um pacote imenso dos valores da mulher, do seus papéis na sociedade, Sabese que muitos dos povos antigos, antes de serem subjugados por uma cultura e religião patriarcal, tomavam a fêmea como algo divino, pois são elas esomente elas que podem reproduzir a vida, os ciclos da lua, as estações tudo era associado a mulher e a sua vida desde donzela atéa velhice, vê se portanto o vinculo da mulher com a natureza portanto com a vida. Não é a toa que mesmo em nossos dias haja tantos artistas, fotógrafos e desenhistas que ainda se utilizam disso, faltam páginas para tantos nomes, destaque para um dos ícones dos HQ’s Frank Frazzeta, o polêmico ilustrador Hajime Sorayama, o fotógrafo Roberto Alvarado, a burlesca Dita Von Tease considerada por muitos a principal referência do estilo, e claro, Gustavo Rimada e o designer Brian Vivero, cujos
Dita Von Teese
trabalhos serviram de inpiração para confecção da arte da Red Pill deste mês.
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ão importa o tipo de flor na cabeça, a cor do batom, ou se a pele tem ou não tattoo, a pin-up permanece instigando e provocando com sua sensualidade, sem apelar ao vulgar, evidenciando o feminino, em um estilo tão próprio, eliminando a fronteira entre o pudico e o erótico.
A queridinha dos fetichistas, e uma das maiores representantes da arte burlesca, Dita renova o estilo pin-up esbanjando sensualidade .
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ROUPA VELHA?
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alar de moda não é tão simples quanto parece..... não é so combinar roupas e pronto....moda tem uma historia, muito rica, dessa vez nos vamos falar de duas em especifico, VINTAGE e RETRO, embora pareçam a mesma coisa, elas não são.....
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essa edição voce vai saber o que difere retro de vintage, algumas caracteristicas de ambas e muito mais coisas
ENTÃO VAMOS COMEÇAR.
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PARTINDO DO COMEÇO
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amos começar pelo ponto de que voce não saiba o que é a moda retro, vamos explicar qual é a desse termo, retro vem retrospectiva, ou seja moda retro é uma visão do passado, logo não é necessariamente uma roupa do passado mas sim uma roupa com influencias do passado, como sabemos que a moda vintage abrange as vestimentas usadas entre as decadas de 1920 e 1970 (ver pag. 12), é dito que o retro abrange as decada de 1980 e 1990, mas na moda isso é um pouco diferente, na moda, não se aponta nenhuma época em especifico, moda retro são roupas inspiradas em varios estilos do passado.
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etro embora pareça se tratar de uma subcultura, ela não pode ser tratada somente como tal, por que ela não é só isso, ela abrange tanta coisa que transcende uma subcultura, por que ela esta em todas as culturas de hoje em dia, cada pessoa tem um item retro, desde um All-Star até as jaquetas de couro, mas, é claro, que existe um subcultura retro, que são aquelas pessoas que parecem ter saido de um filme B dos anos 80, por usar tantas coisas diferentes, coloridas e estranhas, tudo junto.
MAS QUANTA COISA!
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artindo da idéia de que a moda é ciclica podemos começar a perceber o por que do retro nunca sair de moda, afinal como ja dizia o Chacrinha “nada se cria, tudo se copia” a moda segue essa mesma filosofia, nada na moda hoje em dia é novidade, tudo tem uma influencia no passado.
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endo alguns exemplos do que se usa hoje em dia ou a pouco tempo atras como as calças boca de sino, que tiveram seu auge na era da discoteca nos anos 70, ou os oculos de sol grande, que tiveram seu auge nos anos 80, ou as bolsas de couro, que foram moda nos anos 50, só por esse exemplos podemos ver que muitas coisas usadas hoje em dia, não são de hoje mas sim de um periodo muito anterior a isso.
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ntão por que ha diferenciação entre vintage e retro? por que vintage a roupa é original de uma época passada, ja na moda retro ela é uma releitura, ou seja, ela é uma roupa com estilo antigo feita hoje em dia. E isso influencia muito na gama de produtos que se veem, enquanto as roupas vintage são muito limitadas a essa exigencia da originalidade da peça a moda retro não tem esse problema, muito pelo contrario, ela usa as roupas vintage como inspiração, mas ao contrario do vintage tem muito mais cores, diferentes tecidos
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NÃO BASTA SER VELHO oje em dia se fala muito em roupa vintage, mas o que é uma roupa vintage? É aquela camisola que sua avó deixou guardada 30 anos no fundo do armario? Ou alquesle calsão de banho que seu avo usava pra ir pra praia no fim de semana? Se voce respondeu sim para as duas perguntas voce é so mais um dos que acham que roupa vintage é so uma roupa velha.
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ara uma roupa ser considerada vintage é preciso levar algumas coisa em considederação, como o periodo no qual ela foi feita, e o contexto historico que ele esta inserido, mas como assim? Logico, que nem toda roupa vintage precisa ser feita pela Coco Chanel ou pela Elsa
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Schiaparelli, mas tambem não é aquela roupa que a sua bisavó costurou para a sua vó quando ela caiu e rasgou o vestido.
ENTÃO, O QUE É VINTAGE?
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om, para muitos especialistas rooupas vintages são aquelas roupas feitas entre as decadas de 1920 e 1970, e isso é um periodo longo e cheio de nuances e estilos diferentes desde a era de ouro da Broadway, na decada de 30, com as mulheres elegantes con suas roupas longas e de cores neutras ou sóbrias passando pelo crescimento das PIN-UPs, na decada de 40, e suas cores vivas.
COMO E ONDE COMPRAR
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omo todo item de colecionador, sim roupas vintages são itens de colecionador, tem muitas coisas que influnciam o preço sendo os principais deles quem fez, quem usou, se teve alguma intervenção posterior a fabricação da roupa, se ela esta inteira (sem rasgos ou faltando algum botão). Roupas vintage podem ser adquiridas em varios
locais como brechos, mercado de pulgas, feiras especializadas, internet e por aí vai.
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ma das principais feiras de roupas vintage acontece na Inglaterra, que é a “Frock Me!”, e esse tipo de feira foi por muito tempo o principal lugar para achar roupas vintage de boa qualidade, mas isso mudou com o advento da internet e o aparecimento de sites especializados ou de sites de vendas como o eBay (http://www,ebay.com), que fez com que ficassse muito mais facil o acesso de pessoas que moram em uma região onde a cultura vintage não é tão ativa, ter acesso a uma quantidade muito maior de roupas.
MODA EM EXTINÇÃO
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xatamente por essa necessidade da originalidade, as roupas vintages ficam cada vez mais dificeis de serem encontradas em seu estado original ou em bom estado, e quanto mais antiga mais dificil, e isso é uma coisa que não tem salvação, pois, não é possivel refazer roupas da decada de 1920 nos dias de hoje.
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Tatuagem ao som carioca. A
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s tatuagens dão sorte dizia o senhor “Lucktatto” ou “Mister tatto” como era conhecidoKnudHarldLikkeGregersen, famoso dinamarquês que trouxe a tatuagem ao Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro em 1959,e foi morar em Arraial do cabo em Cabo Frio, onde se consagrou o pioneiro na era da tatuagem elétrica, com sua maquina própria e catálogos de tatuagens. Knud chamou a atenção de vários artistas e entre eles Chico Buarque de Holanda, com
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a canção “Menino do Rio” ajudou a popularizar a tatuagem na década de 80. No auge da década de 80, no verão carioca foi iniciada uma nova modalidade de tatuagens, as tatuagens multicoloridas, onde foram criados muitos adeptos de todas as idades, etnias e classes sociais. A tatuagem desde então teve um aumento tão grande e super popularizou
Arte na pele que o número de estúdios nesses últimos 30 anos subiu de cerca de 100 para mais de 180.000 mil estima-se no Brasil. Tendo em torno de 800.000 mil tatuadores e uma infinidade de adeptos.
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tatuagem no momento atual não é mais vista com os olhos do passado pelo contrario, é bem recebida no tratamento estético e até recomendada por dermatologistas na cobertura de manchas ou cicatrizes, e também na recomposição de sobrancelhas, delineamento dos olhos e lábios. A tatuagem passou a ser reconhecida como arte, devido aos esforços dos tatuadores e simpatizantes em comum em realização de encontros de arttattooe atualização e modernização dos métodos de aplicação e de assepsia e prevenção de doenças. A tatuagem realmente se tornou segura e viável a muitos pelo surgimento do órgão regulamentadorSETAP-BR “Sindicato dos Estúdios de Tatuagem e BodyPiercing do Brasil” um sindicato a nível federativo, que esta regulamentando a tatuagem no Brasil e será um órgão que atuara em conjunto com a ANVISA a nível Brasil e assim a Tatuagem será reconhecida nacionalmente como profissão. Felizmente, a tatuagem está quebrando cada vez mais preconceitos, hoje em dia
é comum encontrar pessoas tatuadas, ou que ao menos cogitou a hipótese de fazer uma tatuagem, e principalmente não difere indivíduos por classe social, idade ou ideologia.
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A historia é escrita a tinta. O
ld school tatoo foi uma importante modalidade que constituiu no desenvolvimento histórico da tatuagem no mundo. A velha escola ou olds chool são tatuagens caracterizadas por consistir contornos simples e desenhos ousados, seu berço foi Chatham Square em Nova York, passou por aprimoração e se deu em aproximadamente 1908. Alguns dos desenhos mais característicos do Oldschool,são símbolos da marinha e das forças armadas, possuindo detalhes como “fitas” (pergaminho)em torno de um lema, datas especiais, etc.
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m Chatham, era comum que tatuadores, tatuassem suas esposas para divulgar seu trabalho, por vezes a mesma era vista com espanto e admiração, algumas mulheres a utilizavam para fins estéticos como, por exemplo, corar bochechas, delinear os olhos e sobrancelhas, colorir os lábios e vários outros fins. Devido a 1ª Guerra Mundial a tatuagem em soldados também era vista como símbolo de bravura. Embora old school tivesse conquistado aceitação dos amantes da
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” u ” a w t “ta “tatto ” o o t t “ta
tatuagem, a mesma sofreu grandes abalos durante sua história, chegou a ser proibida devido à má higienização da aparelhagem, reutilização dos materiais por alguns tatuadores, e principalmente após a 2ª Guerra Mundial por a associarem com Marlon Brando um tipo juvenil de motociclistas infratores, a tatuagem não tinham o respeito da cultura americana. Desde então este ciclo só piorou, devido ao surto de hepatite. Devido a impopularidade, o centro das tatuagens mudou-se para ConeyIsland, e visando o reconhecimento da modalidade localizou-se onde havia bases navais e militares, principalmente nas bases navais era possível saber quem determinada pessoa havia sido e por onde havia passado devido suas tatuagens.
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or muito tempo foi difícil obter tatuagem em Nova York, pouquíssimas pessoas quiseram se tatuar devido a má reputação. Felizmente com o decorrer dos anos a situação mudou, e hoje a tatuagem ocupa diferentes conceitos, constituindo estilos e diversidade.
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Rockabilly é um dos inúmeros subgêneros do rock and roll. Tornou-se conhecido durante os anos 1950, devido a artistas norte-america nos. Durante aquela década, o gênero foi ipulsionado por batidas atrativas, guitarras e contrabaixos acústicos que eram tocados usando a técnica slap-back (batendo nas cordas, ao invés de puxá-las individualmente).
Origem da expressão
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termo rockabilly nasceu da junção das palavras rock (de rock’n roll) e hillbilly (termo utilizado nos Estados Unidos para definir música caipira), mais tarde sendo substituído por country music que contribuiu fortemente para o desenvolvimento desse gênero.
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O MOVIMENTO
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mbora o rockabilly seja considerado como tendo surgido no início dos anos 50, quando Bill Haley começou a misturar jump blues com electric country, pode-se dizer que surgiu pelo desenvolvimento da música country dos anos 40 – com artistas como: Tennessee Ernie Ford (Smokey Mountain Boogie), Hank Williams (Rootie Tootie), e Merle Travis (Sixteen Tons).
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foi com “Rock Around The Clock“, sucesso lançado por Bill Haley em 1954, que se deu o pontapé inicial do estilo, e catapultou as carreiras de diversos artistas do rockabilly. No mesmo ano, entretanto, um cantor chamado Elvis Presley iniciou a verdadeira popularização do gênero com uma série de gravações lançadas pela Sun Records.
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á em 1958, face ao desaparecimento (precoce) de grande parte dos músicos, o rockabilly praticamente desapareceu da música popular norte-americana.
os anos 80, foi reacendido um breve interesse no rockabilly. Mais tarde, bandas mesclaram o estilo com o punk, formando um subgênero chamado de psychobillyBandas actuais de rockabilly usam em suas apresentações componentes teatrais característicos dos anos 50: o Penteado da epoca, roupas Retrô e Vintage dos anos 50, o slap do contrabaixo, o Finger-Pickin’ na Guitarra, acompanhados pelos fãs da epoca, denominados de Rockers e Pin-up‘s.
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m Portugal este movimento está presente e activo com bandas como os 49 special, Mean Devils, Texabilly Rockets e os Dixie Boys.
o Brasil, o gênero é promovido por algumas bandas, entre elas: Crazy Legs (em português) , Henry Paul Trio, Red Lights Gang, Alex Valenzi & The Hideaway Cats, Grilos Barulhentos, Big Fish Trio, CWBillys, etc.
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m Portugal este movimento está presente e activo com bandas como os 49 special, Mean Devils, Texabilly Rockets e os Dixie Boys.
o Brasil, o gênero é promovido por algumas bandas, entre elas: Crazy Legs (em português) , Henry Paul Trio, Red Lights Gang, Alex Valenzi & The Hideaway Cats, Grilos Barulhentos, Big Fish Trio, CWBillys, etc.
Cenário Brasileiro
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Rockabilly propriamente dito surgiu tardiamente no Brasil, já “revival”, com o Eddy Teddy e sua banda Coke Luxe.
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em clima de
esse momento em diante, especialmente após o show do Stray Cats em São Paulo, formaram-se vários grupos de rockers, especialmente na capital e região do ABC, e a questão deixou de ser puramente musical, para se transformar num verdadeiro estilo de vida. Entre esses grupos, podemos mencionar os Rebeldes e os Ases do Rock´n Roll (ABC), Ratz, The Dogs, Rebel 50’s, AeroRockers, Ted Netuno e os Rabos-de-peixe, entre outros.
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uito mais que um culto nostálgico, o estilo rocker no Brasil se tornou um modo de vida diário e dinâmico, com os olhos no passado, mas a mente no futuro. Os mais modernos meios eletrônicos de comunicação e divulgação são usados em todos os seus limites e isso criou uma rede nacional informal que permite o contato entre pessoas, artistas, bandas, nunca imaginado antes.
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om isso, do final da década de 90 até o momento, assistimos ao fortalecimento de casas noturnas com ênfase no estilo “fifties”, como a Wooly Bully em Vinhedo, e o nascimento de outras, como a The Clock em São Paulo e a DIXIE BAR (em português), em Salto/SP. Algumas, como a Blue Moon ou A Casa, em Indaiatuba, não tiveram a mesma sorte, mas merecem honrosa menção.
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lém dos bares temáticos, apareceram festas periódicas como a já extinta “Old School Party“, organizada por Gio Perro Loco, Jukka e Redneck em Salto/SP, e outras precursoras e já muito bem estabelecidas, como a Pin Up´s Party, criada por Rosângela e Ivan, e as festas do Rock´n Roll Club do Brasil, de Erick Von Zipper.
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ambém se estabeleceram barbearias e lojas de roupa em estilo retrô, como a Barbearia 9 de Julho em São Paulo e a loja PASKU (em português) em Campinas, demonstrando que o rockabilly é um estilo firme e um público consumidor voraz de artigos relacionados ao seu “Way of Life”. Nesse sentido, ainda merece indicação o único selo brasileiro exclusivamente rockabilly, o BAD HABITS RECORDS.
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Hot Rod? S
im! Hot Rod é um termo utilizado para definir carros antigos (ou com estilo de outra época) que foram repaginados e modificados. O começo foi antes da Segunda Guerra, na década de 20, lá na Califórnia e em LA, onde começaram as primeiras corridas e competições.
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asicamente, o que se fazia, era comprar um carro barato e modificá-lo para que ficasse mais rápido e leve. Essa é a principal diferença entre o Hot Rod e os Custom Cars (Carros Customizados); o primeiro preza a velocidade e geralmente, era modificado pelo próprio dono, e o segundo prefere design e visual, além de muitas vezes ser entregue nas mãos de um profissional.
Quer conhecer mais? Então fique de olho nesses sites: hotrodbrasil.com.br streetcustoms.com.br Ou vá atrás desses ótimos livros:
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HOT-ROD
Veja algumas fotos do evento “Hot Style Expo Center” que aconteceu nos dias 18, 19 e 20 de maio deste ano. no Pavilhão Vera Cruz.
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ma do i c a e d ificulda mas, nós d a m u , zer e a “Red Pill” a r p Foi um concluir do espera mos. ui conseg o,
obrigad
rriola“
“Ca equipe