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ANO 09 N°9 R$ 15,90

F ILOSOFIA

A RTES PLÁSTICAS

C INEMA

M ÚSICA

A REVISTA PARA QUEM APRECIA A VIDA

A FONTE DA DISCÓRDIA

ENTREVISTA COM O DIRETOR DO FILME QUE CAUSOU POLÊMICA NO DESIGN

TONY BENNET

LENDA DO JAZZ FAZ SHOW NO VIVO RIO

CASA DO SABER

PANORAMA DO PENSAMENTO FRANÇÊS CONTEMPORÂNEO

ÓPERA NA TELA

EVENTO TRAZ UMA SELEÇÃO DE GRANDES PRODUÇÕES


ENTREVISTA

| GARY HUSTWIT

helvetica A fonte da discórdia POR

Quando vai (e volta) de metrô para seu trabalho na Plexifilm, uma produtora de cinema e selo independente de DVDs com sede no Brooklyn (NY), Gary Hustwit vê a mesma coisa por toda parte: a fonte Helvetica. O metrô, diz “está coberto de Helvetica”.

agora

| outubro de 2009

VIRGÍNIA POSTREL


O

metrô, diz “está coberto de Helvetica. Eu quis entender o porquê disso”. Não é apenas o metrô. Os números de táxis de Nova York também estão em Helvetica. A fonte está presente nos formulários de Imposto de Renda, nos caixas do

correio dos EUA e em caminhões da ConEd (empresa de energia). A fonte “sans serif” criada há 50anos (completos em 2007) é vista em inúmeras logomarcas: Sears, Fendi, Jeep, Toyota, Energizer, Oral-B, Nestlé. Quando você se dá conta de que a Helvetica está em toda parte, diz Hustwit, “não consegue deixar de pensar nisso” Para descobrir a razão da onipresença dessa única fonte, Hustwit fez um documentário, seu primeiro como diretor (ele já tinha produzido cinco documentários sobre temas relacionados à musica). “Helvetica” estreou em março do ano passado no festival de cinema South by Southwest e, divulgado em grande parte por sites voltados ao design e pelo boca-a-boca, em pouco tempo se tornou sucesso cult internacional. O DVD foi lançado em novembro. Una semana mais tarde, Hustwit foi indicado ao prêmio Independente Spirit na categoria “Mais Verdadeiro que a Ficção”. Para outros, ela é tediosa, opressiva e empresarial demais. Hustwit usa história da Helvetica para relatar a história de design gráfico no pósguerra e demonstra a eterna tensão estética entre o expressivo e o clássico.

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Tipo gráfico associado ao modernismo e à falta de criatividade, Helvética é tema de documentário cult que tem causado polêmica em todo o mundo

Entrevista com o diretor Gary Hustwit Por que não um filme sobre a fonte Times New Roman? Por que a Helvética se impõe a tal ponto? Uma fonte tipográfica parece um tema improvável para um filme, mas o tema de Helvetica suscita reações fortes. Para alguns designers, a fonte representa um tipo de beleza transparente, racional e moderna. Para outros, ela é tediosa, opressiva e empresarial demais. Hustwit usa história da Helvetica para relatar a história de design gráfico no pós-guerra e demonstra a eterna tensão estética entre o expressivo e o clássico.

Como se sente, pessoalmente em relação à questão? Quando vai (e volta) de metrô para seu trabalho na Plexifilm, uma produtora de cinema e selo independente de DVDs com sede no Brooklyn (em Nova York), Gary Hustwit vê a mesma coisa por toda parte: a fonte Helvetica. O metrô, diz “está coberto de Helvetica. Eu quis entender o porquê disso”. E não é apenas o metrô. Os números de táxis de Nova York também estão em Helvetica. A fonte está presente nos formulários de Imposto de Renda, nos caixas do correio dos EUA e em caminhões da ConEd (empresa de energia). A fonte “sans serif” criada há 50anos [completos em 2007]é vista em inúmeras logomarcas: Sears, Fendi, Jeep, Toyota, Energizer, Oral-B, Nestlé. Quando você se dá conta de que a Helvetica está em toda parte, diz Hustwit, “não consegue deixar de pensar nisso”

Você mesmo desenhou algumas fontes um tanto quanto “grunge” no início dos anos 1990. O que se aprende quando se desenha uma fonte?

Quando você se dá conta de que a Helvetica está em toda parte, diz Hustwit, “não consegue deixar de pensar nisso”Para descobrir a razão da onipresença dessa única fonte, Hustwit fez um documentário, seu primeiro como diretor (ele já tinha produzido cinco documentários sobre temas relacionados à musica). “Helvetica” estreou em março do ano passado no festival de cinema South by Southwest e, divulgado em grande parte por sites voltados ao design e pelo boca-a-boca, em pouco tempo se tornou sucesso cult internacional. O DVD foi lançado em novembro. Una semana mais tarde, Hustwit foi indicado ao prêmio Independente Spirit na categoria “Mais Verdadeiro que a Ficção”.Uma fonte tipográfica parece um tema improvável para um filme, mas o tema de Helvetica suscita reações fortes. Para alguns designers, a fonte representa um tipo de beleza transparente, racional e moderna.Para outros, ela é tediosa, opressiva e empresarial demais. Hustwit usa história da Helvetica para relatar a história de design gráfico no pós-guerra e demonstra a eterna tensão estética entre o expressivo e o clássico.

O cinema está passando por algo semelhante à transformação que atingiu a tipografia no início dos anos 90, com ferramentas digitais barateando muito a produção e distribuição. Existe algo que os cineastas possam aprender com o que aconteceu nas fontes? Para descobrir a razão da onipresença dessa única fonte, Hustwit fez um documentário, seu primeiro como diretor (ele já tinha produzido cinco documentários sobre temas relacionados à musica). “Helvetica” estreou em março do ano passado no festival de cinema South by Southwest e, divulgado em grande parte por sites voltados ao


design e pelo boca-a-boca, em pouco tempo se tornou sucesso cult internacional. O DVD foi lançado em novembro. Una semana mais tarde, Hustwit foi indicado ao prêmio Independente Spirit na categoria “Mais Verdadeiro que a Ficção”.

Você foi a 90 sessões de seu filme em todo o mundo, algumas com públicos amplos e outros com platéias formadas por designers gráficos. Quais são eram as perguntas que faziam? Quando vai (e volta) de metrô para seu trabalho na Plexifilm, uma produtora de cinema e selo independente de DVDs com sede no Brooklyn (em Nova York), Gary Hustwit vê a mesma coisa por toda parte: a fonte Helvetica. O metrô, diz “está coberto de Helvetica. Eu quis entender o porquê disso”. E não é apenas o metrô. Os números de táxis de Nova York também estão em Helvetica.. A fonte está presente nos formulários de Imposto de Renda, nos caixas do correio dos EUA e em caminhões da ConEd (empresa de energia). A fonte “sans serif” criada há 50anos (completos em 2007) é vista em inúmeras logomarcas: Sears, Fendi, Jeep, Toyota, Energizer, Oral-B, Nestlé. Quando você se dá conta de que a Helvetica está em toda parte, diz Hustwit, “não consegue deixar de pensar nisso” Para descobrir a razão da onipresença dessa única fonte, Hustwit fez um documentário, seu primeiro como diretor (ele já tinha produzido cinco documentários sobre temas relacionados à musica). “Helvetica” estreou em março do ano passado no festival de cinema South by Southwest e,

divulgado em grande parte por sites voltados ao design e pelo boca-a-boca, em pouco tempo se tornou sucesso cult internacional. O DVD foi lançado em novembro. Una semana mais tarde, Hustwit foi indicado ao prêmio Independente Spirit na categoria “Mais Verdadeiro que a Ficção”. Uma fonte tipográfica parece um tema improvável para um filme, mas o tema de Helvetica suscita reações fortes. Para alguns designers, a fonte representa um tipo de beleza transparente, racional e moderna.

Uma das coisas divertidas do filme é que ele mostra tantos usos diferentes da Helvética. Qual é a sua favorita? Quando vai (e volta) de metrô para seu trabalho na Plexifilm, uma produtora de cinema e selo independente de DVDs com sede no Brooklyn (em Nova York), Gary Hustwit vê a mesma coisa por toda parte: a fonte Helvetica. O metrô, diz “está coberto de Helvetica. Eu quis entender o porquê disso”. E não é apenas o metrô. Os números de táxis de Nova York também estão em Helvetica.. A fonte está presente nos formulários de Imposto de Renda, nos caixas do correio dos EUA e em caminhões da ConEd.

O filme discute se a Helvética pode continuar a ser neutra, depois de ser tão usada. Hustwit: Quando vai (e volta) de metrô para seu trabalho na Plexifilm, uma produtora de cinema e selo independente de DVDs com sede no Brooklyn (em Nova York), Gary Hustwit vê a mesma coisa por toda parte: a fonte Helvetica. O metrô, diz “está coberto de Helvetica. Eu quis entender o porquê disso”. E não é apenas o metrô. Os números de táxis de Nova York também estão em Helvetica. A fonte está presente nos formulários de Imposto de Renda, nos caixas do correio dos EUA e em caminhões da ConEd. Quando vai (e volta) de metrô para seu trabalho na Plexifilm, uma produtora de cinema e selo

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independente de DVDs com sede no Brooklyn (em Nova York), Gary Hustwit vê a mesma coisa por toda parte: a fonte Helvetica. O metrô, diz “está coberto de Helvetica. Eu quis entender o porquê disso”. E não é apenas o metrô. Os números de táxis de Nova York também estão em Helvetica.. A fonte está presente nos formulários de Imposto de Renda, nos caixas do correio dos EUA e em caminhões da ConEd.

Como você financiou seu filme? Quando vai (e volta) de metrô para seu trabalho na Plexifilm, uma produtora de cinema e selo independente de DVDs com sede no Brooklyn (em Nova York), Gary Hustwit vê a mesma coisa por toda parte: a fonte Helvetica. O metrô, diz “está coberto de Helvetica. Eu quis entender o porquê disso.

Teria custado muito mais fazer o filme 20 anos atrás? Para descobrir a razão da onipresença dessa fonte, Hustwit fez um documentário, seu primeiro como diretor (ele já tinha produzido cinco documentários sobre temas relacionados à musica). “Helvetica” estreou em março do ano passado no festival de cinema South by Southwest e, divulgado em grande parte por sites voltados design

e pelo boca-a-boca, em pouco tempo se tornou sucesso cult internacional. O DVD foi lançado em novembro. Una semana mais tarde, Hustwit foi indicado ao prêmio Independente Spirit na categoria “Mais Verdadeiro que a Ficção”. Uma fonte tipográfica parece um tema improvável para um filme, mas o tema de Helvetica suscita reações fortes. Para alguns designers, a fonte representa um tipo de beleza transparente, racional e moderna. Para outros, ela é tediosa, opressiva e empresarial demais. Hustwit usa história da Helvetica para relatar a história de design gráfico no pós-guerra e demonstra a eterna tensão estética entre o expressivo e o clássico. Você já sabe qual será seu próximo projeto? Hustwit: Para descobrir a razão da onipresença dessa única fonte, Hustwit fez um documentário, seu primeiro como diretor (ele já tinha produzido cinco documentários sobre temas relacionados à musica). “Helvetica” estreou em março do ano passado no festival de cinema South by Southwest e, divulgado em grande parte por sites voltados ao design e pelo boca-a-boca, em pouco tempo se tornou sucesso cult internacional. O DVD foi lançado em novembro. Una semana mais tarde, Hustwit foi indicado ao prêmio Independente Spirit na categoria “Mais Verdadeiro que a Ficção”. Quando vai (e volta) de metrô para seu trabalho na Plexifilm, uma produtora de cinema e selo

Para alguns designers, a fonte representa um tipo de beleza racional e moderna Para outros, ela é opressiva e empresarial demais 25


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