ARQUITETURA - Sentir para Ver

Page 1

ARQUITETURA SENTIR PARA VER



ARQUITETURA SENTIR PARA VER

ARQUITETURA SENTIR PARA VER

Desenvolvimento do Trabalho Final da Graduação em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário Estácio.

aluno

GABRIEL ROBERTO TORRES orientadora PROFª MA.

ALEXANDRA MARINELLI

Ribeirão Preto - SP | 2019



Ficha Catalográfica Elaborada por Matheus Felippe Tunis. CRB 8/8766 T693a

Torres, Gabriel Roberto Arquitetura: sentir para ver / Gabriel Roberto Torres. – Ribeirão Preto, 2019. 174 f. : il. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da Profa. Ma. Alexandra Marinelli. 1. Centro de arte. 2. Multissensorial. 3. Inclusão. 4. Arquitetura. 5. Arte. I. Título. II. Alexandra Marinelli.

CDD 720


[ dedicatória ] [ dedic‘t+ri‘ ]

Para todos com deficiência visual. Que em sua essência possam vivênviar o mundo de forma plena e integra.


[ agradecimento ] [ ‘gr‘decimento ]

Agradeço meus famíliares, em especial a família carioca por sua recepção no tempo que precisei, por seu carinho, paciência e dedicação para com meus estudos. Aos mestres cariocas e paulistas pelo emprenho prestado durante todo meu percuso acadêmico. Aos amigos paulistas que se eternizarão em minha história como as pessoas incríveis que são, e por tornarem o período acadêmico mais leve e engraçado. Em especial ao meu noivo, responsável pela maior motivação e ajuda que obtive, por sua paciência, atenção, dedicação e amor. Agradeço a todos pela contribuição direta para a construção de minha formação e conclusão deste trabalho. Obrigado.



‘.ACHO APROPRIADO DESAFIAR A HEGEMONIA DA VIS>O - O PRIVIL=GIO DOS OLHOS DADO PELA NOSSA CULTURA‘ .E ACHO QUE PRECISAMOS EXAMINAR DE MANEIRA MUITO CR/TICA O CA- R(TER DA VIS>O QUE ATUALMEN- TE PREDOMINA EM NOSSO MUN- DO‘ .PRECISAMOS URGENTEMEN- TE DE UM DIAGN+STICO DA PA- TOLOGIA PSICOSSOCIAL DA VI- S>O COTIDIANA -- E DE UMA COMPREENS>O CR/TICA DE N+S PR+PRIOS COMO SERES VISION(- RIOS‘ <‘LEVIN1 #AIIC1 P‘ #BJE,>

““Acho apropriado desafiar a hegemonia da visão o privilégio dos olhos dado pela nossa cultura. E acho que precisamos examinar de maneira muito crítica o caráter da visão que atualmente predomina em nosso mundo. Precisamos urgentemente de um diagnóstico da patologia psicossocial da visão cotidiana – e de uma compreensão crítica de nós próprios como seres visionários.” (levin, 1993, p. 205)



[ resumo ] [ resumo ] O presente trabalho tem como objetivo desenvolver uma proposta para implementação de um centro de arte multissensorial para a cidade de Ribeirão Preto - SP. Um centro de arte voltado a experiências sensoriais para além da visão, buscando agregar ampla percepção arquitetônica assim como em artes visuais, de modo a ser aplicado experiências multissensoriais por todo à área. Um espaço para novos aprendizados, lazer, cultura, artes, gastronomia e sobretudo um local que promova inclusão social, agregando ainda mais valor à cidade de Ribeirão Preto. Palavras-chave: centro de arte, multissensorial, inclusão, arquitetura, arte.

[ abstract ] [ ‘bstr‘cti ] The present work aims to develop a proposal for the implementation of a multisensory art center for the city of Ribeirão Preto - SP. An art center focused on sensory experiences beyond sight, seeking to add broad architectural insight as well as visual arts, so that multisensory experiences can be applied throughout the area. A space for new learning, leisure, culture, arts, gastronomy and above all a place that promotes social inclusion, adding even more value to the city of Ribeirão Preto. Keywords: art center, multisensory, inclusion, architecture, art.


[ lista de imagens ] IMAGEM 1 – Os amantes – René Magritte (1928) / FONTE: https://tinyurl.com/ut2jtzn. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/06/19 IMAGEM 2 – A incredulidade de São Tomás – Caravaggio (1601-2) / FONTE: https://www.unicamp.br/chaa/warburg.php. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19 IMAGEM 3 – Sacadas de edifício arquitetônico. / FONTE: https://unsplash.com/photos/Sc5RKXLBjGg. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 17/06/19 IMAGEM 4 – Mulher com deficiência visual tocando o rosto de homem. / FONTE: https:// tinyurl.com/sgrpkr7. Acesso em: 17/06/19 IMAGEM 5 – Pintura de Pieter Bruegel, o Velho; A Parábola dos Cegos. / FONTE: https://tinyurl. com/qw9hnhq. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 17/06/19 IMAGEM 6 – Imagem desfocada e trêmula de pessoa tocando a parede. / FONTE: https://unsplash.com/photos/Hs1uDTl6eUI (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/06/19 IMAGEM 7 – Homem com deficiência visual analisando foto perto aos olhos com óculos. https://tinyurl.com/sgrpkr7. (Modificado pelo Autor). Acesso em 17/06/19 IMAGEM 8 – Equipamentos ópticos para pessoas com deficiência visual. / FONTE: https:// tinyurl.com/w9y6owe. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 18/06/19 IMAGEM 9 – Mulher com deficiência visual tocando o rosto de homem. / FONTE: https:// tinyurl.com/sgrpkr7. (Modificado pelo Autor). Acesso em 17/06/19 IMAGEM 10 – Textos em Braille. / FONTE: https://en.wikipedia.org/wiki/File:English_braille_sample.jpg. Acesso em: 18/06/19 IMAGEM 11 – Alfabeto Braille. / FONTE: http://www.megatimes.com.br/2015/03/sistema-braille-alfabeto-braille.html. Acesso em: 22/06/19

12

IMAGEM 12 – Mãos produzindo escrita Braille com pulsor e reglete. / FONTE: http://www. blogin.com.br/2018/04/08/conheca-sistema-braille/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 22/06/19 IMAGEM 13 – Reglete. / FONTE: http://www. blogin.com.br/2018/04/08/conheca-sistema-braille/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 22/06/19 IMAGEM 14 – Máquina de escrever em Braille. / FONTE: http://www.blogin.com.br/2018/04/08/ conheca-sistema-braille/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 22/06/19 IMAGEM 15 – Pulsor. / FONTE: http://www. blogin.com.br/2018/04/08/conheca-sistema-braille/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 22/06/19 IMAGEM 16 – Leitura de textos em Braille. / FONTE: https://www.portalcaparao.com.br/noticias/visualizar/26190/a-importancia-do-sistema-braille. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 18/06/19 IMAGEM 17 – Piso tátil. / FONTE: https://www. pisotatilborracha.com.br/elemento-tatil-inox. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 25/06/19 IMAGEM 18 – Utilização de bengala no piso tátil. / FONTE: http://www.fapesc.sc.gov.br/univali-apresenta-tecnologias-assistivas-durante-jogos-paralimpicos/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 18/09/19 IMAGEM 19 – Mapa tátil / FONTE: http://www. advcomm.com.br/recife-instala-mapa-tatil-urbano-em-lugar-publico-e-se-torna-pioneiro-no-nordeste/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 19/09/19 IMAGEM 20 – Ambiente escuro com iluminação na parte superior da parede .... 42 / FONTE: https://unsplash.com/photos/YBl4fQPsBJY (Modificado pelo Autor). Acesso 25/06/19 IMAGEM 21 – Menino em piscina com edifício arquitetônico ao fundo. / FONTE: https://unsplash.com/photos/uRcl64R-D-A. Acesso em: 25/06/19

IMAGEM 22 – Mulher com venda nos olhos .... 47 / FONTE: https://unsplash.com/photos/YbHFrt7-9Lc (Modificado pelo Autor). Acesso em: 25/06/19 IMAGEM 23 – O Metropolitano Solitário – Herbert Bayer (1932). / FONTE: https://www. elmarcoverde.com/shop/herbert-bayer-urbanita-solitario-cartel-original-exposicion-en-fundacion-juan-march/ (Modificado pelo Autor). Acesso em: 25/06/19 IMAGEM 24 – Fachada do Kunsthaus Bregenz e KUB Café Bar. / FONTE: https://www.vn.at/ leserservice/2019/09/06/10-uhrkunsthaus-bregenz-4.vn. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 25 – Fachada do Kunsthaus Bregenz. / FONTE: https://www.flickr.com/photos/lunamtra/3650869369. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 26 – Imagem aérea da cidade de Brengez, Áustria; e os equipamentos próximos ao meuseu Kunsthaus Bregenz. / FONTE: FONTE: https://www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 27 – Fachada do museu Vorarlberg Museum. / FONTE: https://www.archdaily. com/585185/vorarlberg-museum-bregenz-austria-cukrowicz-nachbaur-architekte. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 28 – Fachada do teatro Vorarlberg Landestheater. / FONTE: https://ticketgretchen. com/locations/vorarlberg/bregenz/vorarlberger-landestheater/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 29 – Fachada do KUB Café Bar. / FONTE: https://www.kunsthaus-bregenz.at/besuch/ kub-cafe-bar/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 30 – Fachada da galeria de arte Bildraum Bodensee. / FONTE: https://www.google. com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19


IMAGEM 31 – Imagem aérea dos lotes próximos ao Museu Kunsthaus Bregenz. / FONTE: https:// www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19

do museu Kunsthaus Bregenz. / FONTE: https:// publicdelivery.org/olafur-eliasson-meditated-motion/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19

do. / FONTE: http://www.capital.sp.gov.br/noticia/prefeitura-entrega-obras-de-recuperacao-da-praca-ramos-de-azevedo. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19

IMAGEM 32 – Imagem aérea de área residenciais próximas ao museu Kunsthaus Bregenz. / FONTE: https://www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19

IMAGEM 42 – Exposição de maquetes no Museu Kunthaus Bregenz. / FONTE: https://artmap. com/kunsthausbregenz/exhibition/simon-fujiwara-2018. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19

IMAGEM 52 – Imagem aérea com marcação da Praça das Artes. / FONTE: https://www.google. com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

IMAGEM 33 – Imagem aérea em perspectiva 3D do museu Kunstahus Bregenz. / FONTE: https:// www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 34 – Fachada do museu Kunsthaus Bregenz. / FONTE: https://www.vorarlberg-alpenregion.at/en/bludenz/info/kunsthaus-bregenz.html. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 35 – Escada interna do Museu Kunsthaus Bregenz. / FONTE: https://www.archdaily. com/107500/ad-classics-kunsthaus-bregenz-peter-zumthor?ad_medium=gallery. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 36 – Museu Kunsthaus Bregenz internamente. / FONTE: https://www.bregenz.travel/ en/tourism/culture/kunsthaus-bregenz/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 37 – Museu Kunsthaus Bregenz ao anoitecer. / FONTE: https://www.hotel-bodensee.at/essential_grid/kunsthaus-bregenz/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 38 – Planta baixa do pavimento térreo e pisos superiores do Museu Kunsthaus Bregenz. / FONTE: https://www.kunsthaus-bregenz.at/ about-us/architecture/?L=1. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19

IMAGEM 43 – Passarela suspensa em exposição no interior do museu Kunthaus Bregenz. / FONTE: https://publicdelivery.org/olafur-eliasson-meditated-motion/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 44 – Escultura no exterior do museu Kunthaus Bregenz. / FONTE: https://www.kunsthaus-bregenz.at/exhibitions/archive/thomas-schuette/?L=1. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 45 – Fachada da Praça das Artes. / FONTE: https://www.archdaily.com.br/br/626025/ praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 46 – Circulação interna à Praça das Artes. / FONTE: https://theatromunicipal.org.br/ pt-br/praca-das-artes/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 47 – Imagem aérea da cidade de São Paulo nas proximidades da Praças das Artes, e seus equipamentos do entorno. / FONTE: https://www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 48 – Fachada da Pinacoteca. / FONTE: https://viagemladob.com/museus-em-sp/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/0719

IMAGEM 39 – Planta baixa do pavimento porão e coberturas do museu Kunsthaus Bregenz. / FONTE: https://www.kunsthaus-bregenz.at/ about-us/architecture/?L=1. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19

IMAGEM 49 – Escultura da Biblioteca Mario de Andrade. / FONTE: http://cidadedesaopaulo.com/v2/atrativos/biblioteca-mario-de-andrade/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

IMAGEM 40 – Cortes do museu Kunsthaus Bregenz. / FONTE: https://www.kunsthaus-bregenz. at/about-us/architecture/?L=1. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19

IMAGEM 50 – Vista superior da fachada do Teatro Municipal de São Paulo. / FONTE: https:// tinyurl.com/tvwt3ce. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

IMAGEM 41 – Exposição com água no interior

IMAGEM 51 – Fonte da Praça Ramos de Azeve-

IMAGEM 53 – Imagem aérea em perspectiva com marcação da Praça das Artes. / FONTE: https://www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 54 – Imagem aérea em perspectiva com marcação da Praça das Artes. / FONTE: https://www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 55 – Desenhos em perspectiva da Praça das Artes. / FONTE: https://www.archdaily. com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 56 – Fachada da Praça das Artes. / FONTE: https://theatromunicipal.org.br/pt-br/ praca-das-artes/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 05/07/19 IMAGEM 57 – Vista interna da Praça das Artes. / FONTE: https://www.archdaily.com.br/ br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 58 – Vista interna da Praça das Artes próxima ao estacionamento durante a noite. / FONTE: https://theatromunicipal.org.br/pt-br/ praca-das-artes/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: IMAGEM 59 IMAGEM 59 – Vista interna a Praça das Artes com entorno de prédios. / FONTE: https://www. archdaily.com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 60 – Vista aérea em perspectiva da Praça das Artes com marcações. / FONTE: https://www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

13

IMAGEM 61 – Croqui de distribuição de programas da Praça das Artes. / FONTE: https://www.


archdaily.com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 62 – Planta baixa do primeiro pavimento da Praça das Artes. / FONTE: https:// www.archdaily.com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

IMAGEM 71 – Praça das Artes internamente. / FONTE: https://www.archdaily.com.br/ br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 72 – Sala de dança internamente à Praça das Artes. / FONTE: https://www.archdaily. com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

área de estudo e intervenção. / FONTE: FONTE: https://www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19 IMAGEM 84 – IMAGEM aérea de Ribeirão Preto próxima a área de intervenção. / Fonte Autoral IMAGEM 85 – Fachada do Teatro Pedro II. / Fonte Autoral IMAGEM 86 – Vista interna da Praça Carlos Gomez. / Fonte Autoral

IMAGEM 63 – Planta baixa do segundo pavimento da Praça das Artes. / FONTE: https:// www.archdaily.com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

IMAGEM 73 – Bailarinas em sala de dança. / FONTE: https://www.archdaily.com.br/br/626025/ praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

IMAGEM 64 – Planta baixa do terceiro pavimento da Praça das Artes. / FONTE: https://www.archdaily.com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

IMAGEM 74 – Vista da circulação vertical na Praça das Artes. / FONTE: https://www.archdaily. com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

IMAGEM 88 – Frente ao Sesc de Ribeirão Preto. / Fonte Autoral

IMAGEM 65 – Corte longitudinal da Praça das Artes. / FONTE: https://www.archdaily.com.br/ br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

IMAGEM 75 – Vista do antigo conservatório internamente. / FONTE: https://theatromunicipal. org.br/pt-br/praca-das-artes/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

IMAGEM 90 – Fachada do Edifício Diederichsen / Fonte Autoral

IMAGEM 66 – Corte transversal da Praça das Artes. / FONTE: https://www.archdaily.com.br/ br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

IMAGEM 77 – Mapa da América do Sul, Brasil. / FONTE: https://tinyurl.com/sesbenw. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 10/09/19

IMAGEM 67 – Corte transversal da Praça das Artes. / FONTE: https://www.archdaily.com.br/ br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 68 – Desenho em perspectiva de vista superior da Praça das Artes. / FONTE: https:// www.archdaily.com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 69 – Desenho em perspectiva de vista superior da Praça das Artes. / FONTE: https:// www.archdaily.com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19 IMAGEM 70 – Desenho em perspectiva de vista superior da Praça das Artes. / FONTE: https:// www.archdaily.com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 07/07/19

14

IMAGEM 78 – Mapa do Brasil, São Paulo. / FONTE: https://tinyurl.com/vf3cd57. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 10/09/19 IMAGEM 79 – Mapa de São Paulo, Ribeirão Preto. / FONTE: https://tinyurl.com/r3cjmdm. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 10/09/19 IMAGEM 80 – Mapa aéreo de Ribeirão Preto/ SP. / FONTE: FONTE: https://www.google.com. br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19 IMAGEM 81 – Mapa aéreo do Quadrilátero Central de Ribeirão Preto. / FONTE: FONTE: https:// www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19

IMAGEM 87 – Calçadão de Ribeirão Preto. / Fonte Autoral

IMAGEM 89 – Edifício onde localiza-se o Pinguim. / Fonte Autoral

IMAGEM 91 – Piso tátil no calçadão de RP. / Fonte Autoral IMAGEM 92 – Piso tátil no calçadão de RP. / Fonte Autoral IMAGE 93 – Piso tátil no calçadão de RP. / Fonte Autoral IMAGEM 94 – Piso tátil no calçadão de RP. / Fonte Autoral IMAGEM 96 – Olho .... 84 / FONTE: https://unsplash.com/photos/R5v6nFL0Csc. Acesso em: 24/07/19 IMAGEM 97 – Gráfico de pessoas que não conseguem ver de modo algum em RP. / Fonte Autoral IMAGEM 98 – Pessoas que conseguem ver com grande dificuldade em RP. / Fonte Autoral IMAGEM 99 – Pessoas que conseguem ver com alguma dificuldade em RP. / Fonte Autoral

IMAGEM 82 – Mapa aéreo de Ribeirão Preto/ SP. / FONTE: FONTE: https://www.google.com. br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19

IMAGEM 100 – Pessoas com algum tipo de deficiência visual em Ribeirão Preto. / Fonte Autoral

IMAGEM 83 – Mapa aéreo de Ribeirão Preto da

IMAGEM 101 – Gráfico de pessoas com algum


tipo de deficiência visual em Ribeirão Preto por sexo. / Fonte Autoral IMAGEM 102 – Símbolo sexual feminino. / Fonte Autoral IMAGEM 103 – Símbolo sexual masculino. / Fonte Autoral IMAGEM 104 – Fachada da ADEVIRP. / FONTE: FONTE: https://www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19 IMAGEM 105 – Mapa de Ribeirão Preto do percurso da ADEVIRP até área de intervenção. / FONTE: FONTE: https://www.google.com.br/ maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19 IMAGEM 106 – Fachada da Associação dos Cegos. / FONTE: FONTE: https://www.google.com. br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19 IMAGEM 107 – Mapa de Ribeirão Preto do percurso da Associação dos Cegos até área de intervenção. / FONTE: https://www.google.com. br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19 IMAGEM 108 – Mapa de hierarquia física de mobilidade da área de intervenção. / Fonte Autoral IMAGEM 109 – Mapa de hierarquia funcional de mobilidade da área de estudo. / Fonte Autoral IMAGEM 110 – Mapa de IMAGEM – fundo da área de estudo. / Fonte Autoral IMAGEM 111 – Mapa de gabarito da área de estudo. / Fonte Autoral

IMAGEM 116 – Rampa de acesso para calçadas quebradas nas proximidades da área de intervenção. / Fonte Autoral

Acesso em: 16/09/19 IMAGEM 133 – Vista da Rua Tibiriça, próxima à área de intervenção. / Fonte Autoral

IMAGEM 117 – Imagem aérea do estacionamento. / FONTE: https://www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19

IMAGEM 134 – Vista do Palacete Camilo de Mattos. / Fonte Autoral

IMAGEM 118 – Topografia existente do quarteirão de intervenção. / Fonte Autoral

IMAGEM 135 – Vista do Quarteirão Paulista. / Fonte Autoral

IMAGEM 119 – Mapa da área de levantamento. / Fonte Autoral

IMAGEM 136 – Vista da Rua Tibiriça. / Fonte Autoral

IMAGEM 120 – Fachada do Estacionamento. / Fonte Autoral

IMAGEM 137 – Vista da Rua General Osório. / Fonte Autoral

IMAGEM 121 – Imagem aérea do estacionamento. / FONTE: https://www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19

IMAGEM 138 – Vista do Sesc de RP pela Rua Visconde do Rio Braco. / Fonte Autoral

IMAGEM 122 – Vista lateral do estacionamento. / Fonte Autoral IMAGEM 123 – Vista lateral do estacionamento. / Fonte Autoral IMAGEM 124 – Vista interna do estacionamento. / Fonte Autoral IMAGEM 125 – Imagem aérea do estacionamento. / FONTE: https://www.google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19 IMAGEM 126 – Vista interna do estacionamento. / Fonte Autoral IMAGEM 127 – Vista interna do estacionamento. / Fonte Autoral IMAGEM 128 – Vista interna do estacionamento. / Fonte Autoral

IMAGEM 139 – Vista da Rua Mariana Junqueira, frente ao estacionamento. / Fonte Autoral IMAGEM 140 – Vista da Rua Álvarez Cabral. / Fonte Autoral IMAGEM 141 – Imagem aérea de área de intervenção. / FONTE: https://www.google.com. br/maps. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 16/09/19 IMAGEM 142 – Medusa – Caravaggio (1597) / FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Medusa_ (Caravaggio). (Modificado pelo Autor). Acesso em: 17/09/19 IMAGEM 143 – Restaurante às cegas. / FONTE: https://www.viagemegastronomia.com.br/gastronomia/em-sp-jantares-secretos-sao-opcao-aos-indecisos-e-curiosos/ IMAGEM 144 – Pessoa com deficiência visual conhecendo mirantes. / FONTE: https://ndmais. com.br/noticias/deficientes-visuais-conhecem-o-mirante-de-joinville/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 22/09/19

IMAGEM 112 – Mapa de mobiliário urbano e estratos vegetativos da área de estudo. / Fonte Autoral

IMAGEM 129 – Vista interna do estacionamento. / Fonte Autoral

IMAGEM 113 – Saxofonista no calçadão de Ribeirão Preto. / Fonte Autoral

IMAGEM 130 – Vista interna do estacionamento. / Fonte Autoral

IMAGEM 114 – Calçada quebrada nas proximidades da área de intervenção. / Fonte Autoral

IMAGEM 131 – Vista interna do estacionamento. / Fonte Autoral

IMAGEM 145 –Mona Lisa 3D. / FONTE: https:// noctulachannel.com/impressora-3d-unseen-art/. (Modificado pelo Autor). Acesso em: 22/09/19

IMAGEM 115 – Vista de rua nas proximidades da área de intervenção. / Fonte Autoral

IMAGEM 132 – Imagem aérea das proximidades da área de intervenção. / FONTE: https://www. google.com.br/maps. (Modificado pelo Autor).

15


[ sumário ] [ sum‘rio ]

#A APRESENTAÇÃO

1

[ INTRODUÇÃO ] - 1 7

#B REFERÊNCIAL TEÓRICO

2

[ 2 .1 - Arquitetura visual ] - 2 1 [ 2 .2 - Ausência da visão ] - 25 [ 2 .3 - sentir para ver ] - 43

referências BIBLIOGRÁFICAS

6

[ referências bibliográf icas ] - 1 69

#F


#C 3

#D REFERÊNCIAS PROJETUAIS

5 1 - [ 3 .1 - Kunsthaus bregenz ] 63 - [ 3 .2 - Praça das artes ]

o projeto [ CAM CENTRO DE ARTE MULTISSENSORIAL ] - 109 [ A PROPOSTA ] - 1 19 [ CONCLUSÃO ] - 147 [ RENDERS ] - 149 [ PRANCHAS TÉCNICAS ] - 1 51

4

CONDICIONANTES PROJETUAIS

77 - [ do macro ao micro ] 78 - [ morfologia urbana ] 97 - [ O TERRENO ]

5

#E



a

PRE S E iN T AÇÃ O a P R E S E N TA Ç Ã O

#A

#A


Os Amantes - RenĂŠ Magritte ( 1928 )


[ INTRODUÇÃO ] [ INTRODU‘‘O ] No decorrer dos periodos a ARQUITETURA tem se mostrado cada vez mais na função de caráter artístico concebido aos olhos, dessa maneira, classificado como uma ARTE VISUAL. Entretanto, a arquitetura como todas as artes está fortemente conectada aos quesitos de existência humana, proporcionando aos mesmos a percepção de pertencimento ao mundo, enfatizando a percepção de realidade e identidade pessoal, como também sendo a principal ferramenta de relação entre o espaço e tempo. Paralelamente ao evidênciar a Arquitetura como produto visual dissociado de sua singularidade, questões vinculas à artes visuais em sua integralidade apresentam a problemática existente de inclusão social mediante AUSÊNCIA DA VISÃO. Diante disso, gera-se duas PROBLEMÁTICAS vinculadas ao contexto visual, sendo elas a notória predileção dos olhos direcionadas ao âmbito arquitetônico, da mesma forma a insuficiência de compreensão e percepção arstítica e arquitetônica proveniente de pessoas com deficiência visual. Sendo assim, ambas circustâncias associadas à visão, logo, o estudo direcionado a percepção e assimilação de conhecimentos obtidos por pessoas com deficência visual conecta e enfatiza as necessidades, meios e métodos de acessibilidade e percepção para além da visão. Subsequentemente, decorrente de fundamentos e estudos levantados, percebe-se a acessibilidade está conectada na aplicação dos sentidos sensoriais; assim, por meios de estimulos multissensoriais a inclusão artística e a contemplação arquitetônica suprimida da visão adquire métodos e mecanismos que auxiliam e conectam percepções e compreensões volumetricas e estéticas, como também na assimilação de objetos, materiais, efeitos climáticos e vivências. Portanto, o presente trabalho tem como OBJETIVO a elaboração de um Centro de Arte Multissensorial (CAM) para a cidade de Ribeirão Preto, com o intuito de promover um local direcionado a contemplação de artes visuais e estéticas arquitetônicas por meios de estímulos multissensoriais, tendo como diretriz a ausência da visão, objetivando o beneficiamente e progresso do cenário atual e promovendo ampla inclusão social, agregando valores para a cidade de Ribeirão Preto. Diante disso, os OBJETIVOS ESPECÍFICOS se fazem da seguinte forma: 1. 2. 3. 3.

Projetar um equipamento que promova artes e arquitetura; Adequar e proporcionar todo o projeto a experiências multissensoriais; Constituir um programa que abranja contemplações e vivências; Estabelecer e promover inclusão a todos os usuários;

Para obtenção de determinado objetivo, a elaboração de estudo do presente trabalho se faz dos seguintes métodos: 1. 2. 3.

Pesquisa: Analisar fundamentos e informações bibliográficas pertinentes ao contexto de arquitetura visual, ausência da visão e estímulos multissensoriais; Referências: Efetuar estudo de projetos que abordem a temática de conexões multissensoriais à arquitetura, tendo em vista análises funcionais para tal aplicação, visando empregar referências ao partido projeto. Dados: Elaborar levantamentos urbanos da cidade de Ribeirão Preto e terreno para implantação projetual do Centro de Arte Multissensorial (CAM).

17


18


R

#B

EFE iR Ê N c IAL teór iCO REFERÊNCIAL TEÓRICO

19

#B


20 a incredulidade de sĂŁo tomĂĄs - caravaggio ( 1601-2 )


2 . 1 [ ARQUITETURA VISUAL ] [ INTRODU‘‘O ]

A arquitetura se faz presente na vida humana desde seu primeiro contato com o mundo. Segundo PALLASMAA (2011), a arquitetura proporciona a experiência de pertencimento do mundo, enfatizando a percepção de realidade e identidade pessoal de modo que as edificações conectam a perspectiva da condição existencial humana. O significado final de qualquer edificação ultrapassa a arquitetura; ele redireciona nossa consciência para o mundo e nossa própria sensação de termos uma identidade e estarmos vivos. A arquitetura significativa faz com que nos sintamos como seres corpóreos e espiritualizados. Na verdade, essa é a grande missão de qualquer arte significativa. (PALASMA, 2011, p.11)

Dessa maneira, ainda segundo PALLASMAA (2011), a arquitetura como todas as artes está profundamente envolvida com quesitos da existência humana, sendo ela a principal ferramenta de relação entre o espaço e tempo, contudo, a arquitetura ainda que concebendo edificações imponentes e instigantes, traz consigo, assim como as artes, uma crítica à predileção dada aos olhos (visão) pela cultura em geral, desse modo, com a dominância da visão sobre os demais sentidos a importante análise crítica sobre o papel da visão em relação a prática da arquitetura e sua relação com os demais sentidos.

IMAGEM 3 - Sacadas de edi� cio arquitetônico

21


Na cultura ocidental, a visão tem sido historicamente considerada o mais nobre dos sentidos, e o próprio pensamento é igualado à visão. Já na filosofia grega, as certezas se baseavam na visão e na visibilidade. [...] Platão considerava a visão como a maior dádiva da humanidade [...] Aristóteles também considerava a visão como o mais nobre dos sentidos. [...] Desde os antigos gregos, os escritos de filosofia de todas as épocas têm metáforas oculares abundantes, a tal ponto que o conhecimento se tornou análogo à visão clara e a luz é considerada uma metáfora da verdade. (PALLASMAS, 2011, p.15)

dêmica. Segundo MALARD (2206), o cidadão comum percebe dois grandes universos de formas e significados, definidos perante olhar como ‘antigo’ e ‘moderno’, dessa maneira sendo eles capazes de identificar imagens de edificações ‘antigas’ daquelas classificadas como ‘modernas’, ainda que sem nenhum embasamento de classificação acadêmica.

De acordo com PALLASMAA (2011), a criação da representação em perspectiva estabeleceu os olhos como o ponto central e principal do mundo perceptual, da mesma maneira que o conceito de identidade pessoal; hoje, a visão e audição são os sentidos socialmente privilegiados, enquanto os demais são contidos pelo código cultural, onde basicamente são correlacionados apenas as sensações do prazer usual, como no direcionamento a refeições e florais.

A Arquitetura é uma “aparência” que incorpora lugares e estes nos remetem ao significado. (MALARD, 2006, p.30)

A nomenclatura Arquitetura Visual está diretamente ligada a importância que se dá às aparências quando analisado visualmente o objeto arquitetônico. Dito isso, a arquitetura está fundamentalmente ligada a valores estéticos visuais, ainda que atribuídos de forma acadêmica em diferentes momentos históricos, entretanto, visualmente notáveis por qualquer cidadão sem qualquer formação aca-

22

Dito isso, a totalidade de atributos que agregam o valor da Arquitetura está na maioria absoluta dos casos em seus aspectos visuais (aparências), classificados em alguns casos de: forma, volumetria ou plasticidade.

MALARD (2006) afirma que através dos sentidos o corpo estabelece conexões entre as coisas, obtendo adequações à percepção e como resultado a experiência espacial, dessa maneira a espacialidade é parte complementar da natureza do ser, uma vez que sendo existencial inclui as necessidades, desejos, experiências e expectativas da existência humana. Não somente, a aparência visual do elemento arquitetônico abrange significados e elementos de comunicação no espaço que podem ser compreendidos e decodificados de maneira visual decorrentes da vivência cotidiana e social.


Portanto, para compreender o espaço arquitetônico em toda a sua abrangência, é preciso que se compreendam as interações sujeito/objeto que fazem os lugares da Arquitetura. Poderíamos dizer que está se compõe de aparências e lugares. As aparências são elementos que visualizamos. Os lugares são elementos que vivenciamos. As aparências evocam os lugares. Evocam, portanto, as imagens de semelhança: o mistério. (MALARD, 2006, p. 34 e 35)

O sentido dominante da visão está fortemente evidente nos escritos dos modernistas de acordo com PALLASMAA (2011), onde os mesmos expressam frases que classificam o sentido de existir em vida apenas se possível ver, como também em conceitos definidos somente pelo entendimento visível aos olhos, de modo a classificarem e denominarem a arquitetura como um instrumento plástico, logo, visto e medido pelos olhos. Para tanto, a evidência pelos olhos na arte da Arquitetura nunca foi tão notória como nos últimos 30 anos, onde veem se tornando cada vez mais produtos visuais desagregados da sua singularidade, como consequência, a Arquitetura atual constantemente vem sendo uma autêntica arte da retina, logo, uma arte para os olhos. (PALLASMAA, 2011) De acordo com MARTINS (2006), inicialmente, por meio do aparelho sensorial e progressivamente através do sistema cognitivo, o entendimento e

percepção do mundo são adquiridas pelo ser humano aos poucos desde o início de sua vida, de modo a se desenvolver com as relações e perspectivas do cotidiano social. Entretanto, quando relacionado ao desenvolvimento de pessoas com deficiência, a conquista estabelecida para tal processo funciona de acordo com a amplitude e compreensão em que é executada e discutida. Mediante exposto, a Arquitetura dentre vários fatores tem se mostrado cada vez mais associada diretamente a artes visuais, acarretada de grande impacto e discussões voltadas para sua forma, plasticidade e função, como também de grande fator contribuinte para o intelecto e formação do indivíduo como ser social. Dessa maneira, o tema arquitetura visual acarreta diversos princípios e condições plausíveis de discussões, sendo assim, o objetivo deste trabalho tem como intuito a discussão de três tópicos de problemáticas correlacionados, levando em consideração a premissa de conceito projetual ligado diretamente aos temas, tendo como intuito a transformação de tal cenário; sendo eles:

• Ausência da Visão • acessibilidade às artes visuais • Arquitetura multissensorial

23


24

IMAGEM 4 - Mulher com defi ciĂŞncia visual tocando o rosto de homem.


2 . 2 [ ausência da visão ] [ .Aus<nci‘ d‘ vis>o ]

O objetivo deste trabalho não tem a intenção de priorizar pessoas com deficiência visual como usuário exclusivo para o projeto arquitetônico resultante do mesmo. Sua análise e estudo está relacionada a fundamentação correlacionada ao tema de arquitetura visual e a experiência de exclusão da visão envolta ao contexto arquitetônico, entretanto, aspirando a premissa de melhorias na questão de incompatibilidade e exclusão social quando considerado o fator visual no acesso às artes visuais para tais pessoas, dessa maneira, propondo um projeto arquitetônico que tem como objetivo a inclusão social e o acesso à arte e arquitetura para todos. Não somente, a relação do estudo está pontualmente conectada ao conceito projetual da ausência da visão, portanto, vivênciando por todos uma experiência sensorial arquitetônica exclusa da condição predominante da mesma.

Ao integrar especificamente a pessoa com deficiência visual no contexto arquitetônico, levando em consideração a premissa da visão como fator predominante na arquitetura conforme exposto, a problemática é existente a partir do momento em que advém do isolamento dominante dos olhos, restringindo a experiência de mundo exclusivamente a visão, ainda que os demais sentidos acrescentem informações, a visão se faz princípio na essência de concepção e impacto do objeto arquitetônico com o observador. Dessa maneira, para que se possa chegar em uma possível solução de inclusão para tal problemática, é necessário o estudo da ausência de visão perante o observador, nesse caso, pessoas com deficiência visual.

25


[ CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DE PESSOAS COM DEFIÊNCIA ]

DEFICIÊNCIA “Perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente. Incluem-se nessas a ocorrência de uma anomalia, defeito ou perda de um membro, órgão, tecido ou qualquer outra estrutura do corpo, inclusive das funções mentais. Representa a exteriorização de um estado patológico, refletindo um distúrbio orgânico, uma perturbação no órgão.” (BUBLITZ e HENDGES, 2011)

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA “São aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.” (RESENDE e VITAL, p. 27)

A deficiência tem como perspectiva inicial o preconceito atribuído, resultando em diversas formações de atributos (estereótipos) característicos, decorrentes de momentos históricos e suas interpretações. Historicamente todos os tipos de deficiências tiveram suas convicções desenvolvidas de forma in-

26

IMAGEM 5- Pintura de Pieter Bruegel, o Velho; A Parábola dos Cegos.

terpretativa conforme crenças, valores culturais e transformações sociais em diferentes períodos históricos. Consequentemente, as pessoas com deficiências, sendo elas mental, física ou sensorial eram denotadas como mal constituídas, aleijadas, débeis, deformadas ou anormais. (BRUNO e MOTA, 2001) Com o início da concepção científica do mundo e do homem, e com o desenvolvimento da medicina, tudo o que até então era estabelecido no mundo como as leis fixas, eternas e universais de Deus, explicadas de forma sobrenatural e mágica, foram sendo eliminadas do mundo científico, abrindo caminho para o desenvolvimento do conhecimento da técnica e da medicina, que consequentemente avançaria na concepção efetiva de deficiência. (BRUNO e MOTA, 2001) Ainda que com melhorias de vivência sendo alcançadas no decorrer dos períodos históricos, o avanço em busca de meios inclusivos e social não é capaz de ser considerado efetivo, visto que medidas tomadas até a contemporaneidade tem se mostrado falhas e escassas, onde pessoas com deficiências continuam a sofrer e enfrentar diariamente todo tipo de descriminalização, exclusão social, mobilidade precária, insuficiência na educação e restrições a cultura.


No Brasil, o atendimento às pessoas com deficiência começa na época do Império, com a fundação das instituições: o Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atual Instituto Benjamin Constant), 1854; e o Instituto dos Surdos-Mudos (atual Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES), 1856, de maneira que a institucionalização das pessoas com deficiência se faz necessária para ações sociais. Helena Antipoff (1974), psicóloga e educadora russa, chega ao Brasil na década de 30. Antipoff criou os serviços de diagnósticos e classes especiais nas escolas públicas no Estado de Minas Gerais, que futuramente se estenderam para outros, e influenciou a implan-

tação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) em 1954. As APAEs, sem fins lucrativos, teriam a função de disponibilizar atendimento aos casos mais graves de deficiência intelectual, entretanto, acabaram aceitando crianças com deficiência leve e problemas de comportamento, encaminhadas pela rede pública. (CAPELLINI e RODRIGUES, 2010) Com a institucionalização das pessoas com deficiências, inicia-se diversas diretrizes em busca da diminuição de desigualdade social, serviços para educação e legislação brasileira.

1988

A Constituição Federal determina que a educação é um direito de todos os cidadãos, assegurando atendimento educacional qualificado a pessoas com deficiência;

1989

Lei Federal 7853, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos das pessoas com deficiência; onde a obrigatoriedade de educação especial em estabelecimentos públicos de ensino, que também é prenunciado crime punível em eventualidades de rejeição e suspensão, sem justa causa, de alunos com deficiência;

1990

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), proclama os direitos assegurados na constituição;

1998

O MEC (Ministério da Educação) apresenta o documento que contém as adaptações curriculares a serem tomadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), com o propósito de aplicar em prática métodos para a melhoria da educação aos alunos com deficiência;

2001

O Ministério publica as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação básica;

2006

A ONU, na Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, determina um sistema de educação inclusiva, abrangendo todos os níveis de ensino, com o objetivo de maximizar o desenvolvimento acadêmico e social de pessoas com deficiência, dando a elas o direito a participação e inclusão igualitária. (CAPELLINI e RODRIGUES, 2010)

27


28

FIGURA 6 - Imagem desfocada e trĂŞmula de pessoa tocando a parede.


DEFICIÊNCIA VISUAL “A deficiência visual é definida como a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da visão. O nível de acuidade visual pode variar, o que determina dois grupos de deficiência: Cegueira e Baixa Visão.” (DORINA, s.d., p. 1)

A visão dentro os demais sentidos é a principal em sua hierarquia, quando se refere à percepção e integração de formas, contornos, tamanhos, cores e imagens que formam uma composição de imagem. A visão é a conexão que envolve os outros sentidos, permitindo associar som e imagem, comportamentos, entre outras funções elementares. (SÁ, CAMPOS e SILVA, 2007) O Instituto Benjamin Constant (IBC) foi o primeiro educandário para cegos na América Latina e é a única Instituição Federal de ensino destinada a promover a educação das pessoas cegas e das portadoras de baixa visão no Brasil. Além de ter criado a primeira Imprensa Braile do País (1926), tem-se dedicado a capacitação de recursos humanos, a publicações científicas e a inserção de pessoas deficientes visuais no mercado de trabalho. A cronologia dos acontecimentos em prol da edu-

cação de pessoas cegas no Brasil apontam o surgimento em outros 28 estados do país, seguindo o mesmo modelo educacional do IBC, as primeiras escolas especiais para alunos cegos: 1926 – Instituto São Rafael – Belo Horizonte-MG 1928 – Instituto Padre Chico – São Paulo-SP 1929 – Instituto de Cegos da Bahia – Salvador-BA 1941 – Instituto Santa Luzia – Porto Alegre-RS 1943 – Instituto de Cegos do Ceará – Fortaleza-CE 1957 – Instituto de Cegos Florisvaldo Vargas – Campo Grande-MS. (BRUNO e MOTA, 2001, p. 27 - 28)

A formação da imagem visual depende de uma estrutura complexa, da qual os olhos são apenas parte desse sistema. A capacidade de ver e interpretar as imagens envolve aspectos fisiológicos, função sensório-motora, perceptiva e psicológica, de modo que o a função cerebral recebe, codifica, seleciona, armazena e associa essas imagens a outras experencias anteriores.

29


2.2.1 condições de def iciência visual

Para que haja uma definição funcional da visão, é necessário a consideração da acuidade visual, o campo visual e o uso edificante da capacidade de visão. Sendo a acuidade visual a distância de um ponto ao outro em uma linha reta da qual o objeto é visto; o campo visual é a amplitude e a abrangência do ângulo da visão; e a eficiência da visão definida pela qualidade do aproveitamento do potencial visual. (SÁ, CAMPOS e SILVA, 2007) DEFINIÇÕES:

30

BAIXO VISÃO

CEGUEIRA

“É a alteração da capacidade funcional da visão, decorrente de inúmeros fatores isolados ou associados tais como: baixa acuidade visual significativa, redução importante do campo visual, alterações corticais e/ou de sensibilidade aos contrastes que interferem ou limitam o desempenho visual do indivíduo. A perda da função visual pode ser em nível severo, moderado ou leve, podendo ser influenciada também por fatores ambientais inadequados.” (BRUNO e MOTA, 2001)

Afeta uma ou mais funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente. Classificada como grave e total. Seus fatores são classificados como Cegueira congênita: Desde o nascimento; Cegueira Adventícia ou adquirira: Decorrência de causas orgânicas ou acidentais; Surdocegueira: Em alguns casos, pode associar-se à perda de audição; ou a outras deficiências; Visão Monocular: Se afetar apenas um dos olhos. (SÁ, CAMPOS e SILVA, 2007)


Dentre as definições, as causas mais frequentes associadas a cegueira e baixa visão são as congênitas: Retinopatia da prematuridade, Catarata congênita, Glaucoma congênito, Degenerações retinianas e alterações visuais corticais; e adquiridas: Doenças como diabetes, descolamento de retina, glaucoma e traumas oculares. (GIL, 2000)

IMAGEM 7 - Homem com defi ciência visual analisando foto perto aos olhos com óculos.

Muitas vezes, a perda da visão ocasiona a extirpação do globo ocular e a consequente necessidade de uso de prótese oculares em um dos olhos ou em ambos. [...] As informações tátil, auditiva, sinestésica e olfativa são mais desenvolvidas pelas pessoas cegas porque elas recorrem a esses sentidos com mais freqüência para decodificar e guardar na memória as informações. Sem a visão, os outros sentidos passam a receber a informação de forma intermitente, fugidia e fragmentária. [...]

audição tato

olfato e paladar

Desempenha um papel relevante na seleção e codificação dos sons que são significativos e úteis. A habilidade de atribuir significado a um som sem perceber visualmente a sua origem é difícil e complexa. [...] A experiência tátil não se limita ao uso das mãos. O sistema háptico é o tato ativo, constituído por componentes cutâneos e sinestésicos, através dos quais impressões, sensações e vibrações detectadas pelo indivíduo são interpretadas pelo cérebro e constituem fontes valiosas de informação. As retas, as curvas, o volume, a rugosidade, a textura, a densidade, as oscilações térmicas e dolorosas, entre outras, são propriedades que geram sensações táteis e imagens mentais importantes para a comunicação, a estética, a formação de conceitos e de representações mentais. [...] O olfato e o paladar funcionam conjuntamente a experiência tátil, e são coadjuvantes indispensáveis. (SÁ, CAMPOS e SILVA, 2007, p. 15)

31


2.2.2 meios de auxílio;

baixa visão Os recursos utilizados por pessoas com baixa visão que manifestam algum tipo de dificuldade de percepção em diferentes circunstâncias, são: ópticos e não-ópticos. A utilização dos recursos visa estimular a utilização total do potencial de visão e dos sentidos remanescentes. Entretanto a indicação dos recursos vária de acordo com cada caso e patologia, e sua utilização se faz necessária através de prescrição e orientação médica, onde serão avaliados inúmeros fatores para avaliar e determinar as peculiaridades e atividades de cada indivíduo. (SÁ, CAMPOS e SILVA, 2007)

roprismáticas, lentes monofocais esféricas, sistemas telemicroscópicos). Lupas manuais ou lupas de mesa e de apoio: úteis para ampliar o tamanho de fontes para a leitura, as dimensões de mapas, gráficos, diagramas, figuras etc. Quanto maior a ampliação do tamanho, menor o campo de visão com diminuição da velocidade de leitura e maior fadiga visual. (SÁ, CAMPOS e SILVA, 2007, p. 19)

RECURSOS ÓPTICOS

Recursos não-ópticos são modificações das condições ambientais, e não envolvem lentes.

Recursos ópticos são lentes de uso especial ou dispositivo formado por um conjunto de lentes, com o objetivo de ampliar a imagem da retina.

32

Recursos ópticos para longe: telescópio: usado para leitura no quadro negro, restringem muito o campo visual; telessistemas, telelupas e lunetas. Recursos ópticos para perto: óculos especiais com lentes de aumento que servem para melhorar a visão de perto. (óculos bifocais, lentes esfe-

RECURSOS NÃO-ÓPTICOS

Tipos ampliados: ampliação de fontes, de sinais e símbolos gráficos em livros, apostilas, textos avulsos, jogos, agendas, entre outros. Acetato amarelo: diminui a incidência de claridade sobre o papel. Plano inclinado: carteira adaptada, com a mesa inclinada para que o aluno possa realizar as atividades com conforto visual e estabilidade da coluna vertebral.


IMAGEM 8 - Equipamentos ópti cos para pessoas com defi ciência visual.

cegueira Acessórios: lápis 4B ou 6B, canetas de ponta porosa, suporte para livros, cadernos com pautas pretas espaçadas, tiposcópios (guia de leitura), gravadores. So�wares com magnificadores de tela e Programas com síntese de voz. Chapéus e bonés: ajudam a diminuir o reflexo da luz em sala de aula ou em ambientes externos. Circuito fechado de televisão - CCTV: aparelho acoplado a um monitor de TV monocromático ou colorido que amplia até 60 vezes as imagens e as transfere para o monitor. (SÁ, CAMPOS e SILVA, 2007, p. 20)

Tendo em vista que a cegueira é o estágio mais agravante da deferência visual, seus recursos dispõem de maiores condutas social, psicológica, educacional e de mobilidade. Pessoas com deficiência visual no estágio de cegueira necessitam de recursos específicos para sua inclusão, de modo que suas necessidades se fazem superior ao de pessoas sem deficiência visual e pessoas com baixa visão.

No entanto, em alguns casos de recursos ópticos existe a chance de cirurgias especificas com a finalidade de melhorias visuais, contudo, nos casos mais graves de baixa visão, se faz necessário a utilização de bengalas para auxilio de mobilidade e orientação dos espaços.

De maneira geral, os recursos buscam maximizar a qualidade de vida de pessoas com deficiência visual, uma vez que existe a necessidade de se suprir uma carência existente, já que grande parte do conhecimento adquirido em vida, vem da utilização e aplicação da visão, e seu desenvolvimento social resulta na troca de informações cotidianas conjunta ao conhecimento adquirido.

33


2.2.3 aprendizado e comunicação

De acordo com BRUNO e MOTA (2001), o termo aprendizado está diretamente ligado a diversas diretrizes, de forma que sua aplicação ocorre tanto nos casos de deficiência visual congênita como adquirida, pois ambos necessitam eliminar as barreiras existentes do cotidiano, visto que pessoas com deficiência visual necessitam aprender ou reaprender de acordo com suas relações e necessidades. Desde o nascimento uma pessoa sem deficiência visual, vai adquirindo com o tempo diversas experiências cotidianas, de modo que seu contato com o mundo vai formando conceitos, estabelecendo relações, desenvolvendo linguagem e compreendendo símbolos de forma natural. Já uma pessoa com deficiência visual requer maior atenção e motivação para a aprendizagem formal, pois sua compreensão de desenvolvimento se dificulta com a ausência da relação e vínculo da visão com o meio físico. Havendo tamanha dificuldade, a interação, apreensão, exploração e domínio do meio físico os leva ao atraso no desenvolvimento. Com a ausência da visão, a interpretação do mundo pelas vias sensoriais remanescentes (táteis, auditivas, olfativas e gustativas) se fazem responsáveis pelo reconhecimento do todo. (BRUNO e MOTA, 2001) Consequentemente, a comunicação é o principal meio de aprendizado para pessoas com defici-

34

ência visual. Dentre todos os sentidos sensoriais, o tátil se torna o meio existente fundamental de comunicação, aprendizado e alfabetização do indivíduo com deficiência visual, embora os demais também se façam necessário para um maior entendimento e percepção. A comunicação tátil, aquela que se dá, principalmente, por meio de símbolos gráficos com texturas diferenciadas e/ou em relevo ou pela emissão de impulsos vibratórios e requer a percepção tátil para sua recepção. Os interesses estão na sua tridimensionalidade espacial e mental, na possibilidade de aplicação de diferentes materiais e técnicas utilizadas para a confecção desses artefatos, e na promoção de maior acessibilidade, autonomia e segurança dos deficientes visuais em ambientes construídos. (DIAS, ESTANISLAU e BAHIA, s.d., p. 45) Segundo DIAS, ESTANISLAU e BAHIA (s.d.) , as formas de comunicação e sinalização possíveis no espaço construído são a visual, tátil e sonora. Podendo ser classificadas suas tipologias da seguinte forma: Sinalização visual; Sinalização tátil em Braille; Sinalização de textos e figuras; Sinalização sonora; Sinalização tátil vertical; Sinalização de portas; Sinalização tátil de corrimãos; Sinalização tátil do piso; Planos e mapas táteis; Cartografia tátil; Maquete visual; Maquete táti e Maquete tátil e sonora.


Dito isso, a alfabetização está conectada e associada na matriz de comunicação, de modo que sua iniciativa produza aprendizados e concepções do desenvolvimento intelectual e social das pessoas com deficiência visual, consequentemente favorecendo o crescimento particular e autonomia dos mesmos. O deficiente visual só passa a ter contato com o “ler e escrever”, no período escolar, pois o seu sistema de aprendizado, conhecido como BRAILLE, não se faz presente no contexto diário e social dos demais, fazendo com que sua utilização e conhecimento seja restrito apenas aos deficientes visuais, no qual, tal carência pode vir a trazer prejuízos e atrasos no processo de alfabetização. (BRUNO e MOTA, 2001) Em virtude dos desenvolvimentos básicos da pessoa com deficiência visual, pode-se concluir que a relevância de se desenvolver capacidades se faz extremamente importante e necessária pelo fato de se proporcionar ao indivíduo a oportunidade de desenvolver toda sua potencialidade, a fim de torná-lo um ser autônomo, participativo e consciente de si mesmo.

35

IMAGEM 9 - Mulher com defi ciência visual tocando o rosto de homem.


sistema braille

O Sistema Braille é um código universal de leitura tátil e de escrita, usado por pessoas cegas, inventado na França, por Louis Braille, um jovem cego. O ano de 1825 é reconhecido como o marco dessa importante conquista para a educação e a integração das pessoas com deficiêcia visual na sociedade. (BRUNO e MOTA, 2001, p. 32) O sistema Braille até o período contemporâneo não foi superado. Antes de seu invento histórico, foram registradas inúmeras tentativas em diferentes países, na finalidade de se encontrar um meio que permitisse as pessoas com deficiência visual as condições de ler e escrever. Louis Braille teve como referência para a criação do sistema Braille, uma invenção denominada SONOGRAFIA ou CÓDIGO MILITAR, que foi desenvolvida por Charles Barbier, que tinha como finalidade possibilitar a comunicação noturna entre oficiais nas campanhas de guerra. Entretanto, sua criação daria apenas a possibilidade de leitura para as pessoas com deficiência visual. (BRUNO e MOTA, 2001)

36

[ A sonograf ia ] baseava-se em doze sinais, compreendendo linhas e pontos salientes, representando sílabas na língua francesa. O invento de Barbier não logrou êxito no que se propunha, inicialmente. (BRUNO e MOTA, 2001, p. 33)

O sentido tátil dos pontos em relevo do invento de Barbier foi a base para criação do Sistema Braille de Louis Braille, de modo que sua concepção seria aplicável na leitura e na escrita. [ O Sistema Braille ] baseia-se na combinação de 63 pontos que representam as letras do alfabeto, os números e outros símbolos gráficos. A combinação dos pontos é obtida pela disposição de seis pontos básicos, organizados espacialmente em duas colunas verticais com três pontos à direita e três à esquerda de uma cela básica denominada cela braille. (SÁ, CAMPOS e SILVA, 2007, p. 23)

Como apresentado na imagem ao lado:

IMAGEM 10 - Textos em Braille


IMAGEM 11 - Alfabeto Braille

37


IMAGEM 12- Mรฃos produzindo escrita Braille com pulsor e reglete.

IMAGEM 13 - Reglete. IMAGEM 14 - Mรกquina de escreverem Braille.

38

IMAGEM 16 - Leitura de textos em Braille.

IMAGEM 15 - Pulsor.


Para a produção da escrita em Braille é necessário a utilização de uma REGLETE (Régua confeccionada em metal, madeira ou plástico, composta com um conjunto de celas braille, dispostas em linhas horizontais sobre uma base plana.), e PUNÇÃO (Instrumento em madeira ou plástico, no formato anatômico, com ponta metálica, utilizado para a perfuração dos pontos na cela braille), ou uma MÁQUINA DE ESCREVER BRAILLE (Esteticamente parecida com a máquina de escrever comum, porém, com seis teclas básicas correspondentes aos pontos da cela braille, sendo preciso o toque simultâneo de uma combinação de teclas para produzir os pontos que correspondem aos sinais e símbolos desejados). Entretanto, para a escrita em braille utilizando a reglete e punção, o movimento de perfuração deve ser realizado da direita para esquerda, com a finalidade de se produzir a escrita em relevo de forma espelhada no verso da folha, ainda que sua leitura seja realizada da esquerda para a direita, dessa maneira, se produzindo uma escrita de forma inversa ao convencional e formal de acordo com as normas brasileiras. (SÁ, CAMPOS e SILVA, 2007) Logo, seu processo de escrita acarreta diversas desvantagens e problemas, sendo eles a lentidão, pois é necessário a perfuração de cada ponto para formação de um conjunto; a exigência de uma boa coordenação motora; sua imensa dificuldade de correção de erros; desinteresse e dificuldade de aprendizado, uma vez que a pessoas com deficiência visual necessitariam memorizar o alfabeto braille para leitura e as

mesmas letras, entretanto tendo que executar a escrita de forma espelhada. Em virtude do seu processo lento de execução, e procurando simplificar o método de escrita, a empresa Tecnologia e Ciência Educaional (Tece), especializada no desenvilvimento de tecnologias assistivas, juntamente com o apoio do Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), desenvolveram um ferramenta para que já se escreva o sistema braille em alto-relevo da esquerda para direita, chamado de Reglete Positiva. A Reglete Positiva funciona como um molde, onde o papel é colocado entre a parte de cima, que é um guia para encontrar os pontos, e a parte de baixo, onde ficam os conjuntos de seis pontos do braile já em relevo, de modo que, com a utilização de um punção com a ponta em “concha”, ao pressiona-lo sobre o ponto abaixo , o mesmo fica marcado em relevo sobre o papel. Logo, diminuindo seu tempo de execução, e melhorando a eficiência do aprendizado, afinal, dessa forma sua escrita e leitura se formam no mesmo sentido. (PAIVA, 2013) Portanto, pode-se concluir que o sistema Braille é o fundamental acesso a linguagem escrita utilizada por deficientes visuais, entretanto seu acesso a vida cotidiana e social tem se mostrado carente e insuficiente em diversos setores. Ainda que com leis de acessibilidade, o braille é implementado minimamente em produtos e embalagens, ainda assim não suprindo sua carência existente para uma total autonomia de pessoas com deficiência visual.

39


IMAGEM 18 - Uti lização de bengala 7o piso táti l.

40

IMAGEM 17 - Piso Táti l.


2.2.4 orientação e mobilidade A independência e autonomia de pessoas com deficiência visual é limitada. A necessidade de locomover-se com segurança, buscando domínio do espaço e autonomia se faz necessário, tanto em pessoas com baixa visão como em casos de cegueira. A introdução da bengala se dá como instrumento de locomoção. O uso da bengala tem sua importância ligada a locomoção e direcionamento do indivíduo, porém pode-se atribuir sua relevância também nos casos de prevenção de alterações posturais, pois permite melhor alinhamento, simetria corporal e ajuda na organização postural, como também na flexibilidade e controle dos movimentos, diminuindo a tensão e insegurança do deficiente visual ao se locomover. (BRUNO e MOTA, 2001) De acorco com DIAS, ESTANISLAU e BAHIA (s.d.), a utilização de cão-guia tem se mostrado relevante nos aspectos de orientação e mobilidade. O cão-guia é um animal adestrado com o objeto de auxiliar e dar assistências cotidianas ao deficiente visual. Entretanto, o processo de aquisição também tem se mostrado burocrático e caro, se tornando inviável em grande parte dos casos. Mediante o exposto, agregado ao uso da bengala, o PISO TÁTIL tem como função sinalizar e criar percursos seguros indicando as direções a seguir, como também na indicação de barreiras ou perigos potenciais existentes ao longo do percurso. (DIAS, ESTANISLAU e BAHIA, s.d.)

IMAGEM 19 - Mapa táti l.

Tal qual importância tátil atribuída na orientação e locomoção do deficiente visual, a audição também tem se mostrado essencial na busca de autonomia. Seus conceitos são atribuídos em diversos meios e objetos, como em semáforos, bengalas, relógios analógicos, celulares, ponto de ônibus, aparelhos para leitura de livros, visitas guiadas em locais públicos por meios de aparelhos eletrônicos, entre outros. (DIAS, ESTANISLAU e BAHIA, s.d.)

MAPAS TÁTEIS Os mapas táteis têm como objetivo a representação de informações da realidade através de símbolos, relevos e diferentes texturas, servindo para que pessoas com deficiência visual formem esquemas espaciais de ambientes, minimizando a complexidade destes ambientes de forma a ser representado bidimensional em uma representação gráfica sobre um plano, diferentemente das maquetes táteis, entretanto geralmente utilizadas em conjunto a fim de produzir um maior entendimento do espaço e ampliação de dados e informações existentes. (DIAS, ESTANISLAU e BAHIA, s.d.)

41


42

FIGURA 20 - Ambiente escuro com iluminação na pare superior da parede


2 . 3 [ sentir para ver ] [ sentir p‘r‘ ver ]

Mediante exposto, pessoas com deficiência visual necessitam de condições de acessibilidade que auxiliem na comunicação, orientação e mobilidade. Dessa maneira o seu compreendimento de espacialidade, percepção, volumetria e estética se dá por meios de métodos e mecanismo para tal inclusão. Tendo como perspectiva a arquitetura, é eminente que sua compreensão seja aplicada sublimemente pela visão. Dito isso, para que se possa estabelecer uma conexão para além da visão, é necessário a consideração de métodos e mecanismo para tal efeito absoluto. Diante disso ambos contextos se agrupam, uma vez com a finalidade de contemplação de objetos arquitetônicos e artísticos para além da visão, o estudo de métodos e mecanismos são aplicados igualmente e associadamente aos métodos e mecanismos para inclusão de pessoas com deficiência visual, almejando tal compreensão e entedimento arquitetônico e artistico.

DE QUAL MANEIRA A INCLUSÃO É CONCEBIDA?

Não existe inclusão sem acessibilidade. Quando o assunto inclusão, juntamente ao acesso à artes visuais em geral é relacionado, logo se idealiza acessibilidade de forma a tencionar para os acessos e deslocamentos arquitetônicos. Entretanto,

ainda que integralmente essenciais, o estabelecimento de acessos e deslocamentos não se faz suficientes para a contemplação e vivência junto ao meio artístico e arquitetônico. Segundo HENRIQUES (2015), a acessibilidade em sua função generalizada, deve proporcionar o acesso tanto ao edifício quanto ao seu conteúdo de forma a tensionar na igualdade dos acessos por pessoas com e sem deficiência visual, calhando em uma democratização cultural. Entretanto, para se gerar tamanha potencialidade inclusiva é necessário que as entidades se proponham a disponibiliza os serviços, e a desenvolverem estruturas que permitam a inclusão de modo a potencializar a experiência. Ainda de acordo com HENRIQUES (2015), embora a dedicação persistente em busca da inclusão seja constituída de uma “minoria”, o ganho social é atribuído a todos, uma vez que a deficiência visual é constituída em sua formação por fator congênito ou adquirido, dessa forma, pode-se dizer que usuários que não necessitam atualmente da acessibilidade possam vir a precisar, visto que progressivamente seja possível a perda de capacidades dos sentidos pelo simples facto da evolução humana, como também por circunstâncias advinda de acidentes ou doenças degenerativas, classificadas como cegueira adquirida. É no conjunto de pequenas e grandes iniciativas que se permite a influência na mudança de pa-

43


radigmas. Oportunidades e acesso ao conhecimento artístico e arquitetônico carecem da mais semelhante aproximação de vivência entre pessoas com e sem deficiência visual, não de forma segregada mas sim de forma inclusiva. (HENRIQUES, 2015)

QUAIS OS MÉTODOS E MECANISMO POSSÍVEIS PARA TORNAR TAL COMPREENSÃO? De acordo com estudos apresentados sobre as condições de acessibilidade que pessoas com deficiência visual necessitam para sua inclusão social, nota-se que o conceito SENSORIAL se aplica fundamentalmente para tal objetivo. Dessa maneira, identifica-se que as percepções não equivalem somente no poder ver, mas também através dos demais sentidos, de modo a se tornar possível a captação de informações de forma sensorial, de modo que os estímulos no corpo absorvam e interpretem tais informações direcionadas. A captação de informações por meio de estímulos sensoriais são possíveis mediante a resposta dos receptores sensoriais, sendo eles os olhos, ouvidos, nariz, boca e pele, classificando os sentidos como visão, audição, olfato, paladar e tato. (DIAS e ANJOS, 2017) A conexão de um ou mais sentido transforma-se em MULTISSENSORIAL, diante disso, os sentidos FIGURA 21 - Menino em piscina com edi� cio arquitetônico ao fundo.

44

multissensoriais são conectados de acordo com as necessidades individuais existentes para tal entendimento e compreensão de informações direcionadas aos mesmos. Diante disso, os sentidos podem descrever e transmitir informações espaciais e materiais para os seres humanos da seguinte forma:

As maquetes táteis são mecanismos utilizados para recursos de captação de informações que auxiliam pessoas com deficiência visual na compreensão do objeto edifícado. (MILAN, 2008) As maquetes têm a função representar elementos realistas de sua edificação e relação com o entorno, em alguns casos, sendo necessário a execução de maquetes táteis com acesso aos seus espaços, volumes e edificações de seu interior. Buscando uma maior compreensão dos volumes edificados, são utilizados materiais com texturas e detalhes, juntamente com legendas explicativas referente a cada material. Porém, o uso distinto de materiais, e seu constante manuseio faz com que as maquetes não possuem grande durabilidade. Atualmente, o uso de impressoras 3D tem auxiliando em demandas e tempo de execução, de modo a se criar maiores detalhes e informações existentes. (MILAN, 2008)


audição

olfato

O som existente incorpora e cria uma experiência de interioridade que aborda e recebe informações. A sua existência acústica estrutura e articula a experiência e o entendimento espacial. Da mesma forma, a acústica pode levar a um percepção de escala compreensível, como também na assimilação da materialidade ali presente (PALLASMAA, 2011). Além disso, a acústica musical pode ser atribuída ao sentido emocional de acordo com sua intensidade atribuída ao som, como também na experiência auditiva inexistente, ou seja, silenciosa, podendo-se criar vivências tranquilas, dramáticas ou até mesmo mórbidas.

O impulso olfativo é responsável por detectar mais de dez mil diferentes odores, consequentemente, a memória mais persistente de espaço ou tempo é seu cheiro. Com isso o olfato cria memórias e as correlaciona e associa a diferentes espaços e relações, diante disso, pode-se concluir que vivencias a diferentes espaços são atribuídas e relacionadas a cheiros distintos, tendo como exemplo a distinta relação sensorial e emotiva entre áreas densas de veículos automotores, áreas vegetais e florais, áreas com presença de água, áreas de mal cheiro, dessa maneira, criando concepções formais de entendimentos distintos e os atribuindo a experiências futuras. (PALLASMAA, 2011)

45


46

paladar

tato

O paladar tem como impulso a esfera oral, logo, a concepção de um entendimento material não está relacionado ao ato de se experimentar de forma direta e oral, e sim em relações sensoriais ligadas ao receptor sensorial, no caso a língua. Dessa forma, o paladar e o olfato caminham juntos, uma vez que partículas que foram cheiradas entram pelo nariz e passam pela boca, estimulando o paladar. Diante dessa relação, pode-se aplicar o paladar aos objetos materiais, correlacionado-os ao olfato, de modo a se criar uma relação sensorial abrangente de local e materialidades presentes ao mesmo, como exemplo, o ato de se cheirar uma madeira é quase sentir o seu sabor ao paladar. (DIAS e ANJOS, 2017)

O tato está conectado rigorosamente ao sentido da pele, não sendo exclusivamente um receptor das mãos, mas sim de toda a tatilidade do corpo. O tato integra a experiência individual de cada ser, conectando-os ao mundo, tempo e relações pessoais. Logo, diante aos demais sentidos, o tato é o aspecto determinante na assimilação final do recebimento de informações e a compreensão de um todo, visto que todos os demais sentidos estão diretamente conectados a ele, de modo que ao enviarem suas informações sendo elas visuais, sonoras, olfativas ou degustativas, entram em contato direto com a pele, concebendo sensações e informações captadas de forma distintas, como exemplo, o contato da luz solar ou artificial com a pele, como também no contato de vibrações sonoras com o corpo. (DIAS e ANJOS, 2017)

visão

Ainda que o estudo tenho como foco a ausência da visão, uma vez que em seu excelênte funcionalidade seu entendimento espacial é concebido de forma mais genuína, entretanto é eminente a existência de pessoas de pessoas com alta, média e baixa deficiência visual, portanto, ainda que exista uma condição visual, o usuário contempla de uma absorção de conhecimento de forma mais abrangente, conectando os demais sentidos juntamente ao seu campo visual existente. Nesse caso, a utilização de estímulos visuais por meio de cores e iluminação é extremamente relevante, uma vez que as cores podem ser utilizadas como manifestações psicológicas e atrativas aos sentidos do receptor. (DIAS e ANJOS, 2017)


COMO UNIR INCLUSÃO SOCIAL COM EXPERIÊNCIAS SENSORIAIS ARTÍSTICAS E ARQUITETÔNICAS?

com a pluralidade das experiências, a variedade e qualidade do material, a clareza, a simplicidade e a forma como o comportamento exploratório é estimulado e desenvolvido. (SÁ, CAMPOS e SILVA, 2007, p. 16)

Em conformidade aos fundamentos expostos, nota-se que a atmosfera multissensorial agrega ampla relevância na capacidade de assimilação de informações, ainda que excluso da visão.

Toda experiência comovente com a arquitetura é multissensorial; as características de espaço, matéria e escala são medida igualmente por nossos olhos, ouvido, nariz, pele, língua, esqueleto e músculos. [...] Em vez da mera visão, ou dos cinco sentidos clássicos, a arquitetura envolve diversas esferas da experiência sensorial que interagem e fundem entre si. (PALLASMAA, 2011, p. 39)

Desse modo, mediante exposto, CONCLUI-SE que por intermédio da problemática, juntamente aos estudos e levantamentos realizados, este trabalho tem como objetivo a proposta de implantação de um CENTRO DE ARTE MULTISSENSORIAL, com o intuito de se criar um local de experiências multissensoriais, proporcionando um espaço de inclusão social envolvido pela percepção arquitetônica e ao acesso às artes visuais mediante Ausência da Visão.

Portanto, pode-se concluir que associando experiências multissensoriais conjuntamente ao arquitetônico e a percepção artística, nota-se ampliação de conhecimentos advindos da captação de informações e percepções por meio dos sentidos. Cada pessoa desenvolve processos particulares de codificação que formam imagens mentais. A habilidade para compreender, interpretar e assimilar a informação será ampliada de acordo

FIGURA 22 - Mulher com venda nos olhos.

47


48


r

efe

#C

rĂŞnci as proje tua i s referĂŞ ncias projetuais

49

#C


50 O METROPOLITANO SOLITÁRIO - HERBERT BAYER ( 1932 )


3.1

kunsthaus bregenz

51 IMAGEM 24 - Fachado do Kunsthaus Bregenz e KUB CafĂŠ Bar


kunsthaus bregenz

52

IMAGEM 25 - Fachado do Kunsthaus Bregenz


O MUSEU KUNSTHAUS EM BREGENZ - LOCALIZAÇÃO: Karl-Tizian-Platz, 6900 - Bregenz, Áustria. - ARQUITETO: Peter Zumthor - ANO: 1997

A leitura Falar sobre Arquitetura Multissensorial é referênciar obras do arquiteto Peter Zumthor. Vencedor do Pritzker de 2009 é um dos mais respeitados arquitetos do século XX. Conhecido mundialmente por sua preocupação na contextualização do objeto arquitetônico para com o local implementado, como também nas experiências multissensorias com que a arquitetura juntamente com sua materialidade interagem com os usuários, não somente de forma estética. Dito isso, a leitura deste projeto tem como objetivo a utilização de referências projetuais associadas ao partido arquitetônico tendo em vista o seu programa e levando em consideração os espaços atribuidos para exposições e materialidades; como também no seu extenso conceito multissensorial aplicado de acordo com seu partido arquitetônico desenvolvido pelo arquiteto responsável.

53


IMAGEM 26 - Imagem aérea da cidade de Brengez, Áustria; e os equipamentos próximos ao museu Kunsthaus Bregenz.

4 3

10 1

9 7 5

8

6

2

5

6

8

9

54 IMAGEM 27 - Fachada do museu Vorarlberg Museum.

IMAGEM 28 - Fachada do teatro Vorarlberg Landestheater.

IMAGEM 29 - Fachada do KUB Café Bar.

IMAGEM 30 - Fachada da galeria de arte Bildraum Bodensee.


IMAGEM 31 - Imagem aérea dos lotes na proximidade do Museu Kunsthaus Bregenz.

LOCALIZAÇÃO

9 7 8 5

O Kunsthaus Bregenz está localizado no centro da cidade de Bregenz, Áustria, nas margens do Lago Constança. O museu encontra-se localizado entre três edificios também voltado a artes, sendo eles: Museu VORARLBERG MUSEUM; Teatro VORARLBERG LANDESTHEATER e Galeria de Arte BILDRAUM BODENSEE. Seu entorno é predominantemente voltado a áreas comerciais, como hoteis, cafeterias e restaurantes; havendo áreas residências predominantes apenas na região sul, proxima as zonas de massa vegetativa alta, conforme ilustrato na imagem abaixo.

6 IMAGEM 32 - Imagem aérea da cidade da área residenciar próximas ao museu Kunthaus Bregenz.

IMAGEM 33 - Imagem aérea em perspecti va 3D do museu Kunthaus Bregenz.

1

Centro de Eventos FESTSPIELHAUS BREGENZ

2

Estação de Trem BREGENZ

3 1

Marina LEUCHTTURM

4

Base Militar KOMMANDOGEBÄUDE OBERST BILGERI

5

Museu VORARLBERG MUSEUM

6

Teatro VORARLBERG LANDESTHEATER

7

Museu KUNSTHAUS BREGENZ

8

KUB CAFÉ BAR

9

Galeria de Arte BILDRAUM BODENSEE

10

Instituto Federal de Ensino e Pesquisa Técnico Superior Bregenz HÖHERE TECHNISCHE BUNDESLEHR- UND VERSUCHSANSTALT BREGENZ

55


IMAGEM 34 - Fachada do museu Kunthaus Bregenz.

56


CONCEITO O seu conceito é atribuido a experiência de paz e tranquilidade ao adentrar pelo mesmo, espaços amplos de arquitetura minimalista e, em sua comunicação sensorial através de sua iluminação externa e interna para com seu local, onde durante à noite ocorre o efeito de reversão por meio de suas fachdas; como também na sensibilidade material utilizada.

PARTIdo O partido está conectado a sua estrutura em concreto, que conta com três paredes principais e estruturais, integrado à estruturas de suporte de filigrana entre o edifício e toda sua fachada de vidro fosco, escondendo seu núcleo em concreto aparente, e sua fonte de iluminação superior individual, oferencendo e transmitindo todo o conceito atribuido pelo arquiteto.

O Kunsthaus está à luz do Lago Constança. Seu corpo é feito de placas de vidro, aço e uma pedra de concreto que forma estrutura e espaço dentro da casa. Visto de fora, o edifício parece um filamento. Ele absorve a mudança de luz do céu, a névoa do lago, irradia luz e cor e, dependendo do ângulo de visão, da hora do dia e do clima, dá uma idéia de sua vida interior. (Kinsthaus Bregenz, s.d.)

IMAGEM 35- Escada interna do museu Kunthaus Bregenz.

IMAGEM 36 - Museu Kunthaus Bregenz internamente.

57 IMAGEM 37 - Museu Kunthaus Bregenz ao anoitecer.


PLANTA BAIXA

2

1

5

IMAGEM 38 - Planta baixa do pavimento térreo e pisos superiores do museu Kunsthaus Bregenz.

3

8

2

1

3

9

7

4

4 6

TÉRREO

PISOS SUPERIORES

CIRCULAÇÃO VERTICAL 1 2 3 4 5

• • • • •

6 • Entrada Principal 7 • Balcão de Informações 8 • Hall de Entrada 9 • Área de Exposições 10 • Sala dos Funcionários 11 • Banhº Func. Masc. 12 • Banhº Func. Fem.

Elevador de Mercadorias Escada de Emergência Elevador de Passeio Escada de Passeio Escada Administrativo

17

1

2

IMAGEM 39 - Planta baixa do pavimento porão e coberturas do museu Kunsthaus Bregenz.

13 14 15 16 17 18 19 20

• • • • • • • •

Sala de Embalagem Oficina Sala de Aula Área de Exposições Banhº P.N.E. Banhº Feminino Banhº Masculino Cobertura

2

1

18

15 10 5

19 11 12

58

3

20

3

13 14

16

4

4

PORÃO

COBERTURA


progama O Kunsthaus Bregenz é uma casa de exposições internacionais de arte comtemporânea, conhecida internacionalmente entre os admiradores de arquitetura e artes. O museu conta com área de exposições de 1.880 m². TÉRREO O térreo serve como um hall de entrada, e também como espaço de ação multifuncional, podendo receber exposições em sua área de quase 500 m². Externamente ao museu, o programa conta com um anexo, sendo ele um prédio terceirizado de 3 pavimentos, onde encontra-se as salas administrativas e em seu térreo o KUB Café Bar. Sua terceirização de escritórios é caracterizada com a finalidade do aumento na concentração e percepção da arte, espaço e aquitetura ocasinadas pelos usuários.

CORTES

ANDARES SUPERIORES Os três andares superiores foram projetados para diversas possibilidades de exposições, dessa forma, seus espaços são livres, com iluminação acima da cobertura feita de painéis de vidro. PISOS DO PORÃO O projeto conta com dois níveis de porão, onde em seu primeiro nível conta com sala de aulas, área de exposições, sanitários, e também áreas não públicas, sendo elas zonas de embalagem, oficinas e salas dos funcionários. O segundo porão contém área de arquivos, áreas de armazenamento e centro técnico.

IMAGEM 40 - Cortes do museu Kunsthaus Bregenz.

59


IMAGEM 41 - Exposição com água no interior do museu Kunthaus Bregenz.

60


O museu KUNSTHAUS BREGENZ foi determinado como um local para receber diversas exposições internacionais de obras de arte contemporânea, onde os seus usuários possam conhecer e desfrutar das mesmas em um local tranquilo, no qual a sua arquitetura disolva tamanha sensibilidade e clareça, por esse motivo, grande parte dos trabalhos expostos são feitos especificamente para o local. O museu já recebeu diversas exposições, sendo elas de diversos artistas internacionais.

IMAGEM 43 - Passarela suspensa em exposição no interior do museu Kunthaus Bregenz.

IMAGEM 42 - Exposição no maquetes no museu Kunthaus Bregenz.

Portanto, sua referência projetual agrega tamanha percepção e conhecimento espacial, não somente por seu programa de realizações de exposições culturais, mas também por seu extenso direcionamento multissensorial agregado a técnicas projetuais incoporadas em seu arquitetura.

IMAGEM 44 - Escultura no exterior do museu Kunthaus Bregenz.

61


62


3.2

IMAGEM 45 - Fachado da Praรงa das Artes.

praรงa das artes

63


praça das artes

64

IMAGEM 46 - Circulação interna à Praça das Artes.


praça das artes - LOCALIZAÇÃO: Av. São João, 281 - Centro Histórico de São Paulo, São Paulo - Brasil. - ARQUITETOs: Brasil Arquitetura - área do terreno: 7.210 m² - área construída: 28.500 m² - ANO: 2012

A leitura O leitura projetual da Praça das Artes tem como intuito referênciar o seu conceito de acessos e conexões atribuidos por seu partido projetual que utiliza a criação de uma praça no pavimento térreo que ocupa toda a extensão do terreno da edificação, criando diversas conexões com o entorno e vizinhança.

65


1 IMAGEM 47 - Imagem aérea da cidade de São Paulo nas proximidades da Praça das Artes, e seus equipamentos do entorno.

2

3 10 8 6

9

7 4 5

1

5

6

IMAGEM 49 - Escultura da Biblioteca Mario de Andrade.

IMAGEM 50 - Vista superior da fachada do Teatro Municipal de São Paulo.

7

66 IMAGEM 48 - Fachada da Pinacoteca.

IMAGEM 51 - Fonte da Praça Ramos de Azevedo.


LOCALIZAÇÃO

IMAGEM 52 - Imagem aérea com marcação da Praça das Artes.

A Praça das Artes é incorporada por uma série de lotes que se ligam por meio de sua extensa Praça localizada no Térreo. A Praça da acesso à três ruas (R. 24 de Maio > R. Conselheiro Crispiniano > Av. São João) no centro da cidade de São Paulo. O seu entorno conta com diversas memórias, caracterizada por diferentes épocas da vida urbana de São Paulo. Vitalidade, diversidade e usos são atribuidos aos seus diversos equipamentos presentes em seu entorno, no qual, grande parte ocupado por edifícios prediais de alta volumetria.

9 7 8 5

6 IMAGEM 53 - Imagem aérea em perspecti va com marcação da Praça das Artes.

IMAGEM 54 - Imagem aérea em perspecti va com maração da Praça das Artes.

1

PINACOTECA DO ESTADO DE SP

2

ESTAÇÃO DA LUZ

3 1

PRAÇA DA REPÚBLICA

4

EDIFÍCIO COPAN

5

BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE

6

TEATRO MUNICIPAL DE SP

7

PRAÇA RAMOS DE AZEVEDO

8

PRAÇA DAS ARTES

9

PARQUE DOM PEDRO II

10

MUSEU CATAVENTO

IMAGEM 55 - Desenho em perspecti va da Praça das Artes.

67


IMAGEM 56 - Fachada da Praรงa das Artes.

68


CONTEXTUALIZAÇÃO A Praça das Artes é um espaço cultural, resultado da desapropriação de dez imóveis, em um terreno que se interliga por três ruas do seu entorno. Sua concepção teve como iniciativa uma área que envolvesse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, como também no ponto principal do projeto, a requalificação da Praça Municipal que havia presente em sua área de projeto, sendo ela completamente subutilizada.

CONCEITO Sua decisão conceitual está envolvida, gradiosamente, na natureza do local. Levando em consideração a Praça anteriormente abandonada, seu conceito principal está na conexão e acessos, nos quais foram defenidos pela praça que interliga um programa de diversos usos às artes, como também a sua vigorosa vizinhança.

IMAGEM 57 - Vista interna da Praça das Artes.

PARTIdo O projeto teve como partido a restauração e reabilitação do antigo Conservatório Dramático Musical de São Paulo, de grande importancia no marco histórico e arquitetônico do centro da cidade de São Paulo. Seu partido está direcionado a criação de uma edificação que, juntamento ao seu conceito projetual, abrigasse todo o programa determinado às artes. Sua arquitetura moderna, de marcas aparentes, composta por edifícios em concreto aparente pigmentado, tranforma e introduz um novo olhar a sua vizinhança.

IMAGEM 59 - Vista interna externa a Praça das Artes com entorno de prédios.

69

IMAGEM 58 - Vista interna da Praça das Artes próxima ao estacionamento durante a noite.


IMAGEM 60 - Vista aérea em perspecti va da Praça das Artes com marcações.

progama O projeto abriga um conjunto de edi� cações que hospeda anexos do Teatro Municipal, sendo eles: Orquestras Sinfônicas Municipal e Experimental, Corais, Balé, Escolas de Música e Dança, Museu, Administração, Salas de Recitais, Estacionamento e Áreas de Convivência. Sua distribuição funciona da seguinte forma:

IMAGEM 61 - Croqui de destribuição de programas a Praça das Artes.

7 3

1

2

5 3

8

70

1 2 3 4 5 6 7 8

4

6

3

5

EDIFÍCIOS DOS CORPOS ARTÍSTICOS EDIFÍCIO ANEXO / ADMINISTRATIVO ESCOLA DE DANÇA E MÚSICA EDIFÍCIO CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO ESTACIONAMENTO EDIFÍCIO ANTIGO CONSERVATÓRIO DISCOTECA ONEYDA ALVARENGA RESTAURANTE


PLANTA BAIXA CIRCULAÇÃO VERTICAL

1

A

2

B C

B

3

A

9 8

11

4

B 12

C

5 10 6

7

IMAGEM 62 - Planta baixa do primeiro pavimento da Praça das Artes.

Primeiro Pav.

4 1

A

1 • Sala Ensaio das Orquestras 2 • Sala dos Maestros e Áreas de Apoio 3 • Escultura Verdi 4 • Restaurante 5 • Hall Acesso 6 • Documentação 7 • Exposições 8 • Lanchonete 9 • Praça Central 10 • Auditório 11 • Café 12 • Banca de Revista

CIRCULAÇÃO VERTICAL

3 2

B C

A

5

B

12 7

C 10

8 6

9 11

IMAGEM 63 - Planta baixa do segundo pavimento da Praça das Artes.

Segundo Pav.

1 • Café 2 • Terraço Café 3 • Vazio Sala de Ensaio Orquestra 4 • Sala de Apoio e Camarins 5 • Restaurante 6 • Documentação 7 • Hall de Acesso 8 • Sala de Concertos 9 • Administração Escolas 10 • Cozinha 11 • Salas de Ensaio de Dança e Música 12 • Terraço

3 1

2

CIRCULAÇÃO VERTICAL

4

A B C

A

5

B 11

8 7

C

7 9

10

6 10

IMAGEM 64 - Planta baixa do terceiro pavimento da Praça das Artes.

Terceiro Pav.

1 • Sala Coral Lírico 2 • Sala Coral Paulistano 3 • Salas de Apoio 4 • Sala Maestros 5 • Vazio Restaurante 6 • Documentação 7 • Camarins 8 • Hall de Acesso 9 • Administração Escolas 10 • Salas de Ensaio de Dança 11 • Salas Ensaio Música

71


CORTES

IMAGEM 68 - Desenho em perspecti va de vista superior da Praça das Artes.

CORTE A-A IMAGEM 65 - Corte longitudinal da Praça das Artes.

IMAGEM 66 - Corte transversal da Praça das Artes.

CORTE B-B

IMAGEM 69 - Desenho em perspecti va de vista superior da Praça das Artes.

IMAGEM 67 - Corte transversal da Praça das Artes.

CORTE C-C

72 IMAGEM 70 - Desenho em perspecti va de vista superior da Praça das Artes.


IMAGEM 71 - Praça das Artes internamente.

IMAGEM 72 - Sala de dança internamente à Praça das Artes.

Sendo assim, a Leitura Projetual agregará direcionamentos projetuais na concepção do Pavimento Térreo do Centro Cultural Multissensorial, levando em consideração seus conceitos de conexões e acessos, conforme exposto.

IMAGEM 73 - Bailarinas em sala de dança.

IMAGEM 75 - Vista do anti go conservatório internamente.

IMAGEM 74 - Vista da circulação verti cal na Praça das Artes.

73


74


c

ond iciona

#D

ntes proje tuais condicionantes projetuais

75

#D


76 O olho ref letindo o Teatro de Besanรงon - CLAUDE-NICHOLAS LEDOUX ( 1775-1784 )


[ do MACRO AO MICRO ] [ do MACRO AO MICRO ]

IMAGEM 77 - Mapa da América do Sul, Brasil. IMAGEM 78 - Figura do mapa do brasil.

BRASIL

IMAGEM 79 - Figura do mapa do São Paulo.

SÃO PAULO

RIBEIRÃO PRETO

localização Ribeirão Preto, cidade adotada para implantação da proposta de projeto deste trabalho situa-se no Nordeste do Estado de São Paulo, lozalizada a 313 km da capital do estado. Denominada a sexta região metropolitana do Estado de São Paulo, a região metropolitana de Ribeirão Preto é composta por 34 municípios, dentre eles estão: Jaboticabal, Batatais, Mococa e Cravinhos. Segundo Censo 2010 do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, em 2019 Ribeirão Preto possuia 604.682 de população. Com isso, Ribeirão Preto é a 29ª cidade no país com maior número de população, segundo Censo, e 8ª no Estado de São Paulo. IMAGEM 80 - Mapa aérea de Ribeirão Preto/SP.

77


[ Morfologia urbana ] [ morfologi‘ urb‘n‘ ] aspectos da região A região do Quadrilátero Central de Ribeirão Preto tem como princípio a presença de diversos equipamentos culturais, e principalmente, excelentes condições de acessos, como também uma grande densidade de meios de transportes coletivo presentes nas proximidades da área de intervenção. Diante disso, pode-se notar, conforme demostrado no mapa abaixo, a área apresenta diversas vias de fácil acesso, sendo elas de fluxo constante, tanto de veículos como de pedestres.

O terreno escolhido para implementação do Centro Cultural Multissensorial, está localizada no Centro da cidade de Ribeirão Preto/SP, dentro do Quadrilátero Central, entre as ruas: Mariana Junqueira > Tibiriça > Visconde do Rio Branco > Álvares Cabral. Sua lozalização também classificada como Hipercentro Espandido, tem em seu entorno diversos equipamentos de transporte coletivo, áreas de convívios, expaços culturais, entre outros.

Av. Dr. Francisco Junqueira

78

IMAGEM 82 - Mapa aérea de Ribeirão Preto/SP.

R. Duque de Caxias

QUADRILÁTERO CENTRAL

Av. Nove de Julho

Av. Independência

IMAGEM 81 - Mapa aérea do quadrilátero central de Ribeirão Preto/SP.

imo G Av. Jerôn

área de estudo ACESSOS

onçalves

TERRENO DE IMPLANTAÇÃO


R. ARNANDO SALES

R. DA LIBERDADE

R. BENJAMIN CONSTANT

R. TAMANDARÉ

R. JOÃO RAMALHO

R. ONZE DE AGOSTO

R. SÃO PAULO

AV. SAUDADE

R. PARAÍBA

R. SERGIPE

R. POMPÉU CAMARGO

R. CAMILO DE MATTOS R. MONSENHOR SIQUEIRA

AV. FÁBIO BARRETO

AV. DR. FRANCISCO JUNQUEIRA

R. VISCONDE DO RIO BRANCO R. MARIANA JUNQUEIRA

R. CEL. LÚIZ DA CUNHA

R. DUQUE DE CAXIAS

R. MARTINICO PRADO

R. GEN. OSÓRIO

R. SÃO SEBASTIÃO

R. SANTOS DUMONT

R. AMÉRICO BRASILIENSE

R. FLORÊNCIO DE ABREU

R. LAFAIETE

R. CMTE.. MARCONDE S.

R. CERQUEIRA CÉSAR

R. BARÃO DO AMAZONAS

R. VISC. DE INHAÚMA

R. TIBIRIÇA

R. ÁLVARES CABRAL

R. AMADOR BUENO

R. SALDANHA MARINHO

R. JOSÉ BONIFÁCIO

AV. JERÔNIMO G.

FIGURA XX

IMAGEM 83 - Mapa aéreo de Ribeirão Preto da área de estudo e intervenção.

Terreno de implantação

área de estudo

ventilação predominante sudeste

insolação

79


IMAGEM 84 - Figura aérea de Ribeirão Preto proxima a área de intervenção.

22

23

9 6

10

1 14

11 12 13

16

17

24

15

2

7 3 8

18

20

19

4

5

80

21


1

equipamentos urbanos

Praça Antática

2

ubds central

3

TERMINAL RODOVIÁRIO DE RP

4

TERMINAL URBANO

5

PARQUE MAURILIO BIAGI

6

INSTITUTO SEB

7

MERCADÃO CENTRAL DE RP

8

CENTRO POPULAR DE COMPRAS

9

SESC RIBEIRÃO PRETO

12

IMAGEM 85 - Fachada do Teatro Pedro II.

1 0 BAUHAUS CENTRO 11

CENTRO CULTURAL PALACE

12

TEATRO PEDRO I I

13

CHOPPERIA PINGUIM

14

CALÇADÃO

15

HOTEL DIEDERICHSEN

16

PRAÇA XV DE NOVEMBRO

17

PRAÇA CARLOS GOMES

18

PRAÇA DAS BANDEIRAS

19

CATEDRAL METROPOLITANA DE SÃO SEBASTIÃO

Dado local da área de intervenção, pode-se afirmar que sua localização é privilegiada, uma vez que a área está localizada no centro da cidade, onde o acesso a diferentes modais é mais denso, ainda que falho em alguns aspectos, entretanto, plausível de melhorias. Dito isso, o mapa ao lado mostra diferentes tipos de equipamentos abrangentes da área de intervenção, estabelecendo com isso melhorias e qualidade urbana ao entorno do projeto, como também na formação de diretrizes para conexão dos mesmo ao Centro Cultural Multissensorial.

IMAGEM 86 - Vista interna da Praça Carlos Gomez. IMAGEM 90 - Fachada do Edi� cio Diederichsen.

17 IMAGEM 87 - Calçadão de Ribeirão Preto.

2 0 CASA DA MEMÓRIA ITALIANA 21

SHOPPING SANTA ÚRSULA

2 2 BOSQUE MUNICIPAL FÁBIO BARRETO 2 3 CAVA DO BOSQUE

15

14

2 4 masp - museu de arte de rp

terreno de implantação

81

área de estudo 9

IMAGEM 88 - Frente ao Sesc de Ribeirão Preto.

13

IMAGEM 89 - Edifi cação onde localiza-se o Pinguim.


82

IMAGEM 91 - Piso tรกti l no calรงadรฃo da Cidade de RP.


equipamentos: acessibilidade Conforme apresentado por este trabalho, não há inclusão sem acessibilidade. Todas as Pessoas com Necessidades Especiais (P.N.E.) merecem exercer o seu direito igualitário de ir e vir por todas as áreas e regiões. A acessibilidade é prevista pela Lei nº 10.098, conhecida como Lei da Acessibilidade, que estalece que todas as pessoas portadoras de deficiência ou que apresentam mobilidade reduzida, indiferente de qual seja sua deficiência requerem os critérios básicos para promover a sua acessibilidade.

Dada premissa de estudo, serão analisados pelo entorno da área de intervenção equipamentos de acessibilidade disponibilizados para Pessoas com Difiência Visual.

IMAGEM 92 - Piso táti l no calçadão da Cidade de RP.

Dentre as necessidades estabelecidas por pessoas com deficiencia visual, e já determinado por este trabalho os meios e parâmetros de principais equipamentos para sua mobilidade independente em meio ao contexto urbano, se fez necessário o levantamento existente dos mesmos em torno área de implementação de projeto. Tendo em vista a independência na mobilidade, os principais parâmetros de levantamentos realizados foram o de identificar semáforos sonoros e pisos táteis na região.

SEMÁFOROS SONOROS Segundo levantamentos, Ribeirão atualmente conta com apenas dois semáforos sonoros, sendo localizado um nas proximidades do Terminal Urbano de Ribeirão Preto na Av. Jerônimo Gonçalves, e outro em frente a ADEVIRP - Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto. De acordo com informaçõs obtidas, ambos os semáforos encontram-se quebrados, logo, sem funcionamento, e sem previsão de conserto. PISOS TÁTEIS Segundo ABNT NBR 9050 - “6.2.1 Nas edificações e equipamentos urbanos todas as entradas devem ser acessíveis, bem como as rotas de interligação às principais funções do edifício;” entretanto não é a realidade no entorno da área de intervenção. Apenas algumas edificações classificadas de uso Institucional contam com pisos táteis para seus acessos, ainda que nem sempre em bom estado. Não somente, no entorno da área foi localizado pisos táteis no passeio público, localizado no Calçadão de Ribeirão Preto (R. General Osório), percorrendo todo o seu território. Entretanto, para que haja uma melhor locomoção dessas pessoas, é necessário uma melhora nos equipamentos citados, dessa maneira, o projeto objeto deste trabalho contará com diretrizes direcionadas a tal melhorias.

83

IMAGEM 93 - Piso táti l no calçadão da Cidade de RP.

IMAGEM 94 - Piso táti l no calçadão da Cidade de RP.


dados relevantes Segundo dados coletados pelo IBGE, no censo demográfico de 2010, pelo menos 23,9% da população residente no Brasil têm algum tipo de deficiência: Visual, auditiva, motora e mental ou intelectual, ou seja, 45.606.048 de brasileiros(as), sendo 26,5% (25.800.681) mulheres e 21,2% (19.805.367) homens. Ainda segundo dados, 38.473.702 dessas pessoas vivem em áreas urbanas e 7.132.347 vivem em áreas rurais.

Segundo Censo 2010, Ribeirão Preto dentre o ranking de pessoas com deficiência visual no Estado de São Paulo se encontra da seguinte forma: Não consegue de modo algum 9º Ribeirão Preto / 1º São Paulo Grande dif iculdade: 9º Ribeirão Preto / 1º São Paulo Alguma dificuldade: 8º Ribeirão Preto / 1º São Paulo

Dentre todas as deficiências investigadas, a deficiência visual é a que apresentava maior ocorrência, afetando 18,6% da população brasileira. Toda a investigação é classificada da seguinte forma: 23,90% - Pelo menos uma das deficiências 18,60% - Visual 5,10% - Auditiva 7% - Motora 1,40% - Mental ou Intelectual De acordo com dados, 8,3% da população brasileira apre sentava pelo menos um tipo de deficiência severa, sendo elas: 3,46% - Visual Severa 2,33% - Auditiva Severa 1,12% - Auditiva Severa 1,4% Mental ou Intelectual “Das 45.606.048 pessoas com deficiência 1,6% são totalmente cegas, 7,6% são totalmente surdas, 1,62% não conseguem se locomover.”

84

FIGURA 96 - Olho.


censo 2010 Para parâmetros, foi realizado o levantamento da densidade de pessoas com deficiência visual na cidade de Ribeirão Preto para um maior entendimento da realidade atual. pessoas com algum tipo de def iciencia visual em ribeirão preto:

Dessa maneira serão apresentados gráficos de informações obtidas no Censo 2010.

98.648 pessoas sendo a def iciência classif icada da seguinte forma:

não consegue de modo algum Para a pessoa que declarou ser permanentemente incapaz de enxergar;

2.030

IMAGEM 100 - Pessoas com algum ti po de defi ciêncial visual em Ribeirão Preto. IMAGEM 101 - Pessoas com algum ti po de defi ciêncial visual em Ribeirão Preto por sexo.

pessoas

IMAGEM 97 - Gráfi co de pessoas que não conseguem ver de modo algum em RP.

grande dif iculdade Para a pessoa que declarou ter grande dificuldade permanente de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes de contato;

12.965

pessoas

59.096

por sexo

39.552

IMAGEM 98 - Gráfi co de pessoas que conseguem ver com grande difi culdade em RP.

alguma dif iculdade Para a pessoa que declarou ter alguma dificuldade permanente de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes de contato; IMAGEM 99 - Pessoas que conseguem ver com alguma difi culdade em RP.

83.654 pessoas

IMAGEM 102 Símbolo sexual feminino.

59,90%

40,10%

IMAGEM 103 - Símbolo sexual masculino.

85


ADEVIRP Atualmente em Ribeirão Preto conta com a instituição ADEVIRP - Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto, principal fonte de inclusão social voltada a pessoas com deficiência visual em Ribeirão Preto. ADEVIRP é uma instituição da sociedade civil sem fins lucrativos, localizada na cidade de Ribeirão Preto, na Av. Leais Paulista, 706, no bairro Jardim Irajá. A associação foi fundada em 1998 com o apoio da escola estadual Prof. Cid de Oliveira Leite, no momento em que a Professora Marlene Taveira Cintra e alguns voluntários, identificaram a necessidade da inclusão educacional e social das pessoas com deficiência visual. Conforme o passar do tempo, o trabalho foi se expandindo, e aumentando o número de voluntários. (SITE) Desde o início, o foco de atenção da instituição foi o atendimento educacional especializado, social, profissional, esportivo e cultural, junto às crianças, jovens e adultos com deficiência visual. Sempre visando a inclusão como um todo, num trabalho centrado também na família, escola e comunidade. (SITE)

ção e inclusão dessas pessoas. A ADEVIRP, em 2007 foi vencedora do Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos, pelos serviços prestados a comunidade, e foi destaque a defesa dos direitos humanos no Estado de São Paulo. Com a missão de contribuir para o desenvolvimento humano global e a inclusão educacional e social das pessoas com deficiência visual, a DEVIRP atualmente conta com a execução de projetos sociais educacionais apoiados pelo Criança Esperança, em parceria com a UNESCO (organização das Nações Unidades para a Educação, a Ciência e a Cultura), entre outros. (SITE) A instituição encontra-se localizada a 4,7 km da área de intervenção, conforme ilustrado no mapa abaixo, tendo em média um tempo de 8 minutos para ser efetuado o percurso de carro, e 15 a 20 minutos de ônibus. área de estudo / terreno de implantação adevirp

A instituição conta com várias salas de aulas, oficinas e ambientes adaptador voltados a capacita-

IMAGEM 105 - Mapa de Ribeirão Preto do percurso da ADEVIRP até área de intervenção..

86

IMAGEM 104 - Fachada da ADEVIRP.


lar dos cegos Lar dos Cegos é uma Associação, localizada na cidade de Ribeirão Preto, na Rua Lafaiete, 897 - Centro; fundada em 20 de dezembro de 1952, segundo informações obtidas. A Associação propõe-se a atender pessoas com deficiência visual nos seguintes segmentos: Assistência 1. Manter um local de residência para cegos desprovidos de recursos; 2. Os residentes recebem atendimento em alimentação, orientação sobre higiene, convivência, encaminhamento para recursos de saúde, sociais (INSS), primeiros socorros, vestuário, calçados, roupa de cama e 3. banho (lavada e passada), lazer (confraternização de aniversário) e atividades cultuais (apresentação de coral) 4. Assistência medicamentosa

de capacitar o deficiente visual para uma atividade profissional mais digna. Prevenção à Cegueira 1. Atender, encaminhar e fazer o possível para que a cegueira não se caracterize nas pessoas que apresentem qualquer possibilidade de recuperação; 2. Prestigiar, promover e cooperar nas campanhas oficiais ou particulares, que visem à prevenção da cegueira. Sua localização, para com a área de intervenção do projeto está a 1,2 km de distância como demostrado no mapa abaixo. Sua trajeto pode ser percorrido de carro em até 5 minutos, e em 13 minutos a pé. área de estudo / terreno de implantação lar dos cegos

Educação 1. Promover a instrução do cego. Trabalho 1. Preparar e incentivar o cego ao trabalho. 2. Buscar parcerias na comunidade, na tentativa

IMAGEM 107 - Mapa de Ribeirão Preto do percurso da Associação dos Cegos até área de intervenção..

IMAGEM 106 - Fachada da Associação dos Cegos.

87


hierarquia viária física

R. BENJAMIN CONSTANT

R. TAMANDARÉ

R. JOÃO RAMALHO

R. ONZE DE AGOSTO

R. SÃO PAULO

AV. SAUDADE

mobilidade

R. MONSENHOR SIQUEIRA

AV. DR. FRANCISCO JUNQUEIRA

De acordo com levantamento realizados, a hierarquia viária física dentro da área de estudo se classifica da seguinte forma:

R. VISCONDE DO RIO BRANCO

R. MARIANA JUNQUEIRA

VIAS ARTERIAIS VIAS COLETORAS

R. DUQUE DE CAXIAS

TERRENO DE IMPLANTAÇÃO

0 25 30

100

200m

R. GEN. OSÓRIO

88

100

R. BARÃO DO AMAZONAS

0 25 50

R. VISC. DE INHAÚMA

N

R. TIBIRIÇA

R. ÁLVARES CABRAL

R. AMADOR BUENO

R. SALDANHA MARINHO

IMAGEM 108 - Mapa de hierarquia � sica de mobilidade da área de intervenção.

200 m


R. BENJAMIN CONSTANT

R. TAMANDARÉ

R. JOÃO RAMALHO

R. ONZE DE AGOSTO

R. SÃO PAULO

AV. SAUDADE

hierarquia viária funcional

R. MONSENHOR SIQUEIRA

Já na hierarquia funcional as vias apresentam diferentes fluxos. No caso da Av. Dr. Francisco Junqueira, seu fluxo é alto devido a ligação de diversos pontos e bairros no decorrer do seu trajeto, se trafego rápido; Nas vias de médio fluxo sua intensidade é relacionada ao fato de serem ruas com trafego de veículos coletivos, como também em seus acessos direto a pontos especificos e relevantes do centro de Ribeirão Preto; Demais vias classificadas com baixo fluxo, principalmente no caso da R. Gen. Osório por estar parte localizada no Calçadão da Cidade.

AV. DR. FRANCISCO JUNQUEIRA

R. VISCONDE DO RIO BRANCO

R. MARIANA JUNQUEIRA

R. DUQUE DE CAXIAS

R. GEN. OSÓRIO

200m

100

R. BARÃO DO AMAZONAS

100

0 25 50

R. VISC. DE INHAÚMA

0 25 30

N

R. TIBIRIÇA

TERRENO DE IMPLANTAÇÃO

R. ÁLVARES CABRAL

baixo f luxo

R. SALDANHA MARINHO

médio f luxo

R. AMADOR BUENO

IMAGEM 109 - Mapa de hierarquia funcional de mobilidade da área de estudo.

alto f luxo

200 m

89


R. BENJAMIN CONSTANT

R. TAMANDARÉ

R. JOÃO RAMALHO

R. ONZE DE AGOSTO

R. SÃO PAULO

AV. SAUDADE

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

R. MONSENHOR SIQUEIRA

USO DO SOLO Por se tratar do centro da Cidade, a maior predominância de usos se dá ao comercio e prestação de serviço, conforme ilustrado no mapa. Primordialmente sua vivência ocorre em horário comercial, dessa forma, ocasionando a insociabilidade durante a noite, conforme já mensionado por este trabalho.

AV. DR. FRANCISCO JUNQUEIRA

R. VISCONDE DO RIO BRANCO

R. MARIANA JUNQUEIRA

RESIDENCIAL COMERCIAL R. DUQUE DE CAXIAS

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO INSTITUCIONAL ÁREA VERDE VAZIO

R. GEN. OSÓRIO

90

R. TIBIRIÇA

0 25 50

100

R. BARÃO DO AMAZONAS

200m

N

R. VISC. DE INHAÚMA

100

R. AMADOR BUENO

0 25 30

R. SALDANHA MARINHO

TERRENO DE IMPLANTAÇÃO

R. ÁLVARES CABRAL

IMAGEM 190 - Mapa de uso do solo da área de estudo.

EDIFICAÇÃO SEM USO

200 m


R. BENJAMIN CONSTANT

R. TAMANDARÉ

R. JOÃO RAMALHO

R. ONZE DE AGOSTO

R. SÃO PAULO

AV. SAUDADE

OCUPAÇÃO DO SOLO: FIGURA - FUNDO

R. MONSENHOR SIQUEIRA

AV. DR. FRANCISCO JUNQUEIRA

Perante área, o volume de edificações encontra-se de forma adensada, assim como grande parte do centro da Cidade de Ribeirão Preto.

R. VISCONDE DO RIO BRANCO

R. MARIANA JUNQUEIRA

PROJEÇÃO DE ÁREA CONSTRUÍDA TERRENO DE IMPLANTAÇÃO

R. GEN. OSÓRIO

100

R. BARÃO DO AMAZONAS

0 25 50

R. VISC. DE INHAÚMA

N

R. TIBIRIÇA

IMAGEM 110 - Mapa de fi gura - fundo da área de estudo. R. ÁLVARES CABRAL

200m

R. AMADOR BUENO

100

R. SALDANHA MARINHO

0 25 30

R. DUQUE DE CAXIAS

200 m

91


R. BENJAMIN CONSTANT

R. TAMANDARÉ

R. JOÃO RAMALHO

R. ONZE DE AGOSTO

R. SÃO PAULO

AV. SAUDADE R. MONSENHOR SIQUEIRA

ocupação do solo: gabarito Ainda que uma área abundante em edificicações, o gabarito das edificações presentes na área de estudo são em sua maioria de 1 à 2 pavimentos, apresentando maiores edificações nas proximidades da Praça XV de Novembro e Carlos Gomes.

AV. DR. FRANCISCO JUNQUEIRA

R. VISCONDE DO RIO BRANCO

R. MARIANA JUNQUEIRA

1 > 2 PAV. 3 > 4 PAV.

R. DUQUE DE CAXIAS

5 > 10 PAV. + 10 pav. TERRENO DE IMPLANTAÇÃO R. GEN. OSÓRIO

92

100

R. BARÃO DO AMAZONAS

0 25 50

R. VISC. DE INHAÚMA

N

R. TIBIRIÇA

200m

R. ÁLVARES CABRAL

100

R. AMADOR BUENO

0 25 30

R. SALDANHA MARINHO

IMMAGEM 111 - Mapa de gabarito da área de estudo.

200 m


R. BENJAMIN CONSTANT

R. TAMANDARÉ

R. JOÃO RAMALHO

R. ONZE DE AGOSTO

R. SÃO PAULO

AV. SAUDADE

mobiliário urbanos + estratos vegetativos

mobiliário urbano R. MONSENHOR SIQUEIRA

poste de iluminação poste de energia semáforo

AV. DR. FRANCISCO JUNQUEIRA

ponto de ônibus ponto de táxi bancos lixeiras

R. VISCONDE DO RIO BRANCO

estrato vegetativo

R. MARIANA JUNQUEIRA

grande porte médio porte pequeno porte

R. DUQUE DE CAXIAS

TERRENO DE IMPLANTAÇÃO R. GEN. OSÓRIO

100

R. BARÃO DO AMAZONAS

0 25 50

R. VISC. DE INHAÚMA

N

R. TIBIRIÇA

R. ÁLVARES CABRAL

200m

R. AMADOR BUENO

100

R. SALDANHA MARINHO

IMAGEM 112 - Mapa de mobiliário urbano e estratos vegetati vos da área de estudo. 0 25 30

200 m

93


94

IMAGEM 113 - Saxofonista no calçadão de Ribeirão Preto.


diagnóstico da área

A área de intervenção, localizada dentro do quadrilátero central, nas proximidades do centro da cidade, tem seus pontos positivos e negativos. VIVÊNCIA Sua extensa opção de equipamentos de caráter comercial e cultural são pontos que agregam ao projeto do Centro Cultural Multissensorial, entretanto, sua vida noturna se torna oposta a sua vivência matutina, pelo fato de grande partes dos seus usos serem destinados a comercios de existência diurna, dessa forma, ao anoitecer a vitalidade do centro da cidade é tomada por ruas vazias, falta de segurança e motivação.

IMAGEM 114 - Calçadas quebradas nas proximidades da área de intervenção.

IMAGEM 115 - Vista da rua nas proximidades da área de intervenção.

degradação Grande parte das áreas de passeio públicos nas proximidades da área de intervenção possuem degradação e falta de manutenção, conforme ilustrado nas imagens. f luxos Como demostrado em mapas, o entorno da área de intervenção é de predominancia em lotes voltado ao comércio e serviço, diante disso, seu fluxo de veículos e pedestres são primordiais exercidos durante horário comercial, sendo eles fluxos intensos durante o dia, e fluxos baixos durante a noite. impactos visuais As barreiras visuais são de predominância em edificações de 1 à 2 pavimentos, entretanto, próximo a Praça XV de Novembro, há um maior adensamento de edificações de 3 a 10 pavimentos. IMAGEM 116 - Rampa de acesso para calçada quebrada nas proximidades da área de intervenção.

95


96

IMAGEM 117 - Vista aérea do lote de intervenção.


R. BENJAMIN CONSTANT

R. TAMANDARÉ

R. JOÃO RAMALHO

Apresentados os aspectos morfologicos, físicos e ambientais da área de estudo, visualiza-se ao lado esquema gráfico referente ao microclima do terreno, indicado por aspectos de insolação e ventilação. Logo abaixo representação de estudo de declividade do quarteirão, indicando o desnivel de três metros dentro da área do terreno de implantação do projeto.

AV. SAUDADE

R. Mariana Junqueira > R. Tibiriça > R. Visconde do Rio Branco > R. Alvares Cabral.

R. SÃO PAULO

O terreno escolhido para implantação do Centro Cultural Multissensorial está localizado entre as ruas:

R. ONZE DE AGOSTO

[ o terreno ] [ o terreno ]

R. MONSENHOR SIQUEIRA

AV. DR. FRANCISCO JUNQUEIRA

R. VISCONDE DO RIO BRANCO

R. MARIANA JUNQUEIRA

ventilação predominante R. DUQUE DE CAXIAS

insolação R. GEN. OSÓRIO

R. TIBIRIÇA

R. ÁLVARES CABRAL

R. BARÃO DO AMAZONAS

R. VISC. DE INHAÚMA

R. TIBIRIÇA

R. ÁLVARES CABRAL

de

R. VISCONDE DO RIO BRANCO

R. AMADOR BUENO

cl

ivi

da d

e

R. SALDANHA MARINHO

IMAGEM 119 - Mapa da área de levantamento.

área de intervenção curso d’água massa vegetativa

R. MARIANA JUNQUEIRA

IMAGEM 118 - Topografi a existente do quarteirão ao lote de intervenção.

97


A remoção do estacionamento para implementação do projeto tem como j u s t i f i c a t i v a a reapropiação do espaço, oferecendo requalificação a sua função, de modo a contribuir com a diminuição do adensamento de veículos particulares no centro da cidade, como também, principalmente, na instauração de um equipamento cultural na cidade voltado ao conceito Multissensorial. Dessa maneira, trazendo novas possiblidades de inclusão, lazer e cultura para todos com equidade e qualidade.

98

IMAGEM 120 - Fachada do Estacionamento.


Atualmente no lote determinado para implementação do projeto, consta edifi cado um estacionamento parti cular para veiculos automotor, como ilustrado nas fotos abaixo.

3

1

2

IMAGEM 121 - Imagem aérea do estacionamento.

IMAGEM 122 - Vista lateral do estacionamento.

1

IMAGEM 123 - Vista lateral do estacionamento.

2

3

99 IMAGEM 124 - Vista interna do estacionamento.


levantamento fotográfico:

TERRENO

4

5

3

1 6 2

IMAGEM 125 - Imagem aérea do estacionamento.

100


IMAGEM 126 - Vista interna do estacionamento.

1

IMAGEM 127 - Vista interna do estacionamento.

IMAGEM 128 - Vista interna do estacionamento.

3

IMAGEM 129 - Vista interna do estacionamento.

2

4

101 IMAGEM 130 - Vista interna do estacionamento.

5

IMAGEM 131 - Vista interna do estacionamento.

6


levantamento fotográfico:

ENTORNO

IMAGEM na Junqu mento. IMAGEM 136 - Vista da Rua Tibiriça.

1

8

6

2 1

7 2 IMAGEM 133 - Vista da Rua Tibiriça, proxima à área de intervenção.

3

4

5

IMAGEM 135 - Vista do Quarteirão Paulista.

4

IMAGEM 134 - Vista do Palacete Camilo de Ma� os.

102 3

IMAGEM 132 - Imagem aérea das proximidades da área de intervenção.


M 139 - Vista da Rua Mariaueira, frente ao estaciona-

6 IMAGEM 140 - Vista da Rua ร lvarez Cabral.

7

5 IMAGEM 137 - Vista da Rua General Osรณrio.

103

IMAGEM 138 - Vista do Sesc de RP pela Rua Visconde do Rio Branco.

8


104


Restrições Urbanísticas

Segundo Plano Diretor da cidade de Ribeirão Preto, a área em questão se localiza na área de macrozoneamento ZUP, conforme ilustrado no mapa. Sua definição é classifica como: “Zona de Urbanização Preferencial - ZUP, que é a região do município onde o uso e a ocupação do solo urbano deverão ser incentivados considerando o potencial de sua infraestrutura urbana existente ou a implantar.” Ainda segundo o plano diretor, para contemplar os Programas de Reestruturação Urbana o Poder Público apresentará Projetos Especias que contemplem o Quadrilátero Central: “Considerando questões de incremento para a habitação, incentivo à produção de emprego e renda, melhorias na mobilidade e acessibilidade urbana, incentivos a manifestações culturais e artísticas, proteção à paisagem urbana e garantia à segurança.”

TAXA DE OCUPAÇÃO - L.C. 2157/07: A taxa de ocupação máxima do solo para edificações não residenciais será de 80%. “Respeitar os recuos e a taxa de solo natural desta lei, exceto nos parcelamentos que tiverem restrições maiores registradas em cartório, as quais deverão prevalecer.” COEFICIENTE DE APROVEITAMENTE - L.C. 2157/07: Na ZUP o coeficiente de aproveitamente máximo será de até 5 vezes a área do terreno. “A lei 2866/18 plano diretor prevê C.A. básico = 1 para todo município possibilitando que a outorga onerosa auxilie o municipio incentivar adensamento e verticalização em áreas que seja interessante realizar esse tipo de ocupação e vice versa, a partir de valores diferentes.” GABARITO - L.C. 2157/07: O gabarito básico é de 10 metros de altura para todas as edificações novas ou a reformar no município de Ribeirão Preto, entretanto, poderá ser ultrapassado na zona onde se localiza, desde que atendidas as disposições pertinentes, tais como: Recuos, Taxa de Ocupação, Coeficiente de aprovietamento, etc. TAXA DE PERMABILIDADE - L.C. 2157/07: Segunda lei 2158/07 codigo de obras - ART. 236, as ZUP deverá ter taxa de 5% para lotes com área igual ou inferior a 400 m²; 10 % para lotes com área entre 400m² e 1000m²; e 15% para lotes com área maior que 1000 m². DENSIDADE POPULACIONAL - L.C. 2157/07: A densidade populacional básica permitida para cada lote de terreno é de 850 Hab/HA, e sua densidade máxima permitida para lotes ou glebas localizadas na ZUP é de 2.000 Hab/HA

IMAGEM 141 - Imagem aérea de área de intervenção.

105


106


o pr oje t

#E

o o projeto

107

#E


108 MEDUSA - CARAVAGGIO ( 1597 )


[ cam - CENTRO DE ARTE MULTISSENSORIAL ] [ C‘m cENTRO DE ARTE MULTISSENSORIAL ]

109


110


[ PREMISSAS PROJETUAIS ]

Mediante o exposto, a proposta de projeto a ser apresentada tem como problemáti ca a insufi ciência de percepção e compreensão de artes visuais e, principalmente da arquitetura mediante a condição da ausência da visão, Assim como retratado, a arquitetura está correlacionada diretamente ao tema artes visuais, não somente, sua infl uência está presente na vida de todos diariamente, da mesma forma que a vivência em meio ao arquitetônico aborda e infl uência a vida e a condição singular de pertencimento de todo indivíduo perante o social. Diante disso, o presente trabalho propõe o desenvolvimento de um objeto arquitetônico que dispõe do CONCEITO MULTISSENSORIAL como mecanismo transmissor de informações. Conceito atribuido ao fator proveniente dos cinco senti dos humanos, sendo eles: Visão, Audição, Olfato, Paladar e Tato. Não somente, consequente a problemáti ca apresentada o programa estabelecido para o objeto arquitetônico tem como diretriz o CONCEITO atribuido à AUSÊNCIA DA VISÃO, uma vez que a problemáti ca demanda de métodos e mecanismos para se fazer inclusiva e singular. Para além disso, com o intuito de objeti var tal conceitos atribuidos ao objeto, o PARTIDO aquitetônico se dá na associação da proposta de conexão entre um CENTRO DE ARTE, juntamente a um RESTAURANTE, unidos e conectados por uma PRAÇA PRINCIPAL que associados ao conceito Multi ssensorial estabelece um programa que contempla e inclui a ARTE e a ARQUITETURA, despertanto todo o SENTIR PARA VER. Desse modo o PARTIDO se introduz ao projeto pela implantação de espelhos d’água interati vos, percursos arquitetônico interati vos, materialidades com texturas, subtração de volumes arquitetônicos, como também na relação da materilidade da arquitetura para com as intempéries. Portanto, o objeto arquitetônico se dá na proposta de um Centro de Arte Multissensorial (CAM).

111


112


[ programas de atividades ] [ progr‘m‘s de ‘tivid‘des ]

O programa proposto para o Centro de Arte Multi ssensorial foi defi nido de acordo com as necessidades de compreendimento arti sti co/arquitônico mediante o conceito principal da Ausência da Visão. O programa tem como proposta a vivência por diferentes aspectos da Arte e da Arquitetura em uma edifi cação inclusiva; dessa maneira o programa se faz da seguinte forma: • Administrativo Setor Administrati vo; Sala da Gerência; Sala de Reunião; Banheiros; Depósito de Limpeza; Lazer e Descanso para funcionários; Cozinha; Almoxarifado; Armários; Vesti ário Fem. e Masc.; Depósito; Exposições e Acesso de Carga e Descarga. • Pátio / Praça Sensorial Palcão de Informaçoes; Páti o de Circulação; Átrio; Lounge; Banheiro Família; Banheiro P.N.E.; Praça aberta e integrada; Lazer Aquáti co (Espelho D’água interati vo; Chafariz); Exposições Iti nerantes; Deck; Comércios; Área de Alimentação; Bicicletário e Vagas de Veículos para P.N.E. • Centro DE ARTE Multissensorial Recepção; Mirantes; Sala de Projeção; Sala Sensorial; Sala Escultua; Sala Pintura; Balanço Sky; Sala Sensorial ar/ Eco; Sala Sensorial Terra; Sala Sensorial Água; Sala Sensorial Vegetáti va; Sala Sensorial Fogo/Calor; Ofi cina de Artes e Estudos; Palco; Sala de Mídias; Banheiro Família e Banheiros P.N.E. • Restaurante Às Cegas Recepção; Área Alimenti cia; Cozinha Industrial, Depósito; Lavagem de Alimentos; Armários de Funcionários e Sala de Bebidas. • Acessos / Circulação Escadas; Elevadores; Rampas e Piso Táti l.

113


114


[ estudos preliminares ] [ estudos prelimin‘res ] Os estudos preliminares tem como ponto de partida a assimilação entre o tema abordado, conceito/partido atribuido e desenvolvimento do objeto final. Dessa maneira o desenvolvimento projetual tem como determinação inicial a designação das destribuições dos programas no terreno. Havendo um programa extenso de atividades e gestões administrativas envolvidas em cada um deles, a necessidade de diversos pavimentos se torna inevitável, entretanto, de acordo com normas de acessibilidades previstas para o deslocamento entre os pavimentos, a indispensabilidade de rampas de acessos tornaria grande parte do espaço edificavel do projeto. Como solução para essencial adequação, a utilização das mesmas como objeto determinante da fachada; não somente, o alargamento das rampas de 1,20m (conforme previsto em ABNT NBR 9050:2015) para 4,00m de largura a tornaria mais convidativa e confortável. Além de seu alargamento, fixando o conceito sensorial, propõe-se a utilização de cobogós em toda sua extensão de vedação, produzindo e intensificando a experiência sensorial ao caminhar por entre as rampas. Com o acessos estabelecidos em proposta, as destribuições dos programas nos terrenos e pavimentos vão sendo direcionadas de acordo com necessidades. Adequa-se portanto a área administrativa no pavimento inferior juntamente com a Praça Sensorial nas demais extensões do pavimento. A Praça Sensorial, partido de projeto, projeta-se e abraça toda a extensão e acessos das ruas em seu entorno, e no então pavimento superior, não somente, a praça conecta o setor administrativo, lazer destinado ao aquático, comércio alimenticios, áreas de exposições e áreas para lazer ativo no mesmo pavimento. Já no pavimento superior ao pavimento da Praça e Administração, destina-se a entrada principal ao edifício, pavimento esse que projeta-se para receber o Restaurante às cegas, como demais equipamentos de uso público. Situando a entrada inicial ao CAM - Centro de Arte Multissensorial, também partido de projeto no qual a edificação leva o nome, é estabelecido um percurso a ser percorrido, entretanto, projeta-se a concepção do percurso ser iniciado pelo último pavimento superior da edificação, sendo assim, percorrendo e descendo o percuso por entre os demais pavimentos inferiores ao início. Consequentemente a volumetria se inicia, proporcionando adequações e estabelecendo diretrizes de projeto para a então proposta de projeto.

115


ACESSO 1

BICICLETÁRIO RAMPA

RAMPAS CARGA E DESCARGA

PRAÇA SENSORIAL ACESSO 2

LIXEIRA

HALL DE ENTRADA

VAGAS DE VEÍCULO P.N.E.

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

ÁREA ADMINISTRATIVA

ESCADA

SALA DA GERÊNCIA

RAMPAS

SALA DE REUNIÃO

ESCADAS

BANHEIROS DEPÓSITO DE LIMPEZA LAZER E DESCANSO COZINHA

PÁTIO

ACESSO 3

ALMOXARIFADO ARMÁRIOS DE FUNC.

BALCÃO DE INFORMAÇÕES RECEPÇÃO RESTAURANTE ÀS CEGAS

VESTIÁRIOS

RESTAURANTE ÀS CEGAS

DEPÓSITO DE EXPOSIÇÕES ÁREA DE BEBIDAS / CIRCULAÇÃO DECK LAZER AQUÁTICO EXPOSIÇÕES ITINERANTES ESCADAS COMÉRCIO ALIMENTICIO ÁREA DE ALIMENTAÇÃO

116

COZINHA INDUSTRIAL DEPÓSITO LAVAGEM DE ALIMENTOS ARMÁRIOS DE FUNCIONÁRIOS LOUNGE BANHEIROS RECEPÇÃO DO CAM SAÍDA DO CAM


[ fluxograma ] [ fluxogr‘m‘ ] ÁREA TÉCNICA

PAVIMENTOS

CAIXA D’ÁGUA

INFERIOR TÉRREO

CIRCULAÇÃO

1º PAV. MIRANTES

2º PAV.

RAMPA

TERRAÇO ACESSOS PRINCIPAIS

SALA DE PROJEÇÃO

CIRCULAÇÃO VERTICAL

SALA SENSORIAL SALA ESCULTURA BANHEIROS SALA PINTURA BALANÇO SKY RAMPA SALA SENSORIAL AR/ECO SALA SENSORIAL TERRA SALA SENSORIAL ÁGUA SALA SENSORIAL VEGETÁTIVA ESCADA PRIVADA BANHEIROS

ELEVADOR PRIVADO

SALA SENSORIAL FOGO/CALOR OFICINA DE ARTES E ESTUDOS

ESCADA PÚBLICA

PALCO

ELEVADOR PÚBLICO

SALA DE MÍDIAS RAMPA

117


118


[ a proposta ] [ ‘ propost‘ ] INTRODUÇÃO Posteriormente a introdução, será apresentadas as propostas projetuais para a edificação do Centro de Artes Multissensorial (CAM). Suas definições contam com as destribuições dos programas já apresentados, e seus acessos e relações para com os usuários. A apresentação será feita inicialmente por plantas humanizadas, contendo informações direcionadas à distruição dos programas (e suas relações mediante conceito e partido atribuido ao projeto), acessos, e textos explicativos para a proposta definida ao pavimento apresentado. O Centro de Artes Multissensorial será mencionado e atribuído em alguns momentos pelo nome/siglas CAM (Centro de Arte Multissensorial), conforme já exposto e atribudio ao projeto. Além disso, a proposta prevista para o mesmo tem como instruções normas de acessibilidade de acordo com ABNT NBR 9050:2015, que preve a acessibilidade de modo a possibilitar condições de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edifcações, transportes, informação e comunicação por pessoa com defciência ou mobilidade reduzida. Não somente, a proposta de projeto agrega amplo valor à pessoas com deficiência visual, uma vez que a concepção da proposta provém da discussão da Ausência da Visão nas Artes e Arquitetura, dito isso, além de normas de acessibilidade previstas e direcionadas ao projeto, propõe-se a inclusão de maquetes e mapas táteis no inicio de todo percuso direcionado a proposta de projeto. A implantação dos mapas e maquetes acrescentam maior senso de direcionamento e conhecimentos espaciais para pessoas com deficiência visual. Dito isso, a proposta ao CAM se faz da seguinte forma:

119


PAV. INFERIOR (-3.00M) O Pavimento Inferior encontra-se no nível -3.00m, onde está previsto toda área administrativo da edificação. Área administrativa na qual conta com todo o programa previsto para a mesma, conforme apresentado ateriormente, sendo assim, uma área privativa para funcionários, mas também com acessos de usuários do CAM. O setor administrativo conta com acessos diretos à Praça Sensorial (20) e Deck (25), também localizados no pavimento inferior. O acesso de veículos para Carga e Descarga está localizado próximo à área administrativa e circulação vertical privativa, sendo assim, previstos para um acesso direto a áreas de exposições e manuntenção. Não somente, a localização de carga e descarga encontra-se proxima ao Depósito de Lixos, auxiliando e agilizando a manutenção e retiradas dos mesmos.

ii

7

12

8

iii R. ÁLVARES CABRAL

b

22

i

R1

i

10

11

23 30

13

3

5

4

14 24

1

ii

2

iii

6

25

ii

15

i

17

i

16 18

19

28

ii

26

29

ii

20

a

120

27

ii

9

R. TIBIRIÇA

21

i

Os principais acessos para a Praça Sensorial estão localizados no pavimento inferior, conforme ilustrado na imagem abaixo. A Praça encontra-se no nível -2.00m, contando com acessos de rampas e escadas para deslocamentos entre o nível administrativo e pavimento superior. Ela conta com estacionamento de veículos para pessoas com necessidades especias (P.N.E.), áreas de convivência e amplo espaço para lazer ativo. A Praça conta também com acesso direto ao Lazer Aquático por meio de rampas e escadas. O Deck (29), assim como o setor administrativo, está localizado no nível -3.00m. Ele conecta todo o entorno da área administrativa, percorrendo pelo setor aquático e conectando ao acesso à Área de Exposições Itinerantes (26), como também a áreas voltadas ao comércio alimentício e sua respectiva área de alimentação. Em meio ao seu miolo,

a b

R. MARIANA JUNQUEIRA


encontra-se o Átrio existente na edificação, no qual está presente arvóres de porte médio, e acesso vertical de escadas para o pavimento superior. Átrio no qual estão presentes toda a extensão de rampas visiveis em meio a fachada principal da edificação, revestidas por cobogós com suas aberturas em circulos. Por fim, a Área de Exposições Itinerantes conecta por meio de rampas, o acesso à Praça, Circulação para nível superior, Deck e Lazer Aquático.

1

HALL DE ENTRADA

16

2

CIRCULAÇÃO

1 7 VESTIÁRIO FEM.

3

ADMINISTRATIVO

18

VESTIÁRIO MASC.

4

SALA GERÊNCIA

19

COMÉRCIO

5

SALA REUNIÃO

20 ARÉA DE ALIMENTAÇÃO

6

DEPOSITO EXPOSIÇÕES

21

7

LIXEIRA

2 2 BICICLETÁRIO

8

BANHº FEM.

2 3 ESPELHO D’ÁGUA SENSORIAL

9

BANHº MASC.

2 4 CHAFARIZ

1 0 BANHº P.N.E. FEM.

acessos princípais

ARMÁRIOS FUNCIONÁRIOS

CARGA E DESCAGARGA

VISTA DO RENDER circulação vertical i ii iii

rampas 8,33% escadas elevadores

2 5 praça

11

BANHº P,N,E, MASC.

2 6 exposições ITINERANTES

12

LIMPEZA

2 7 vagas p.n.e.

13

SALA DESCANÇO

2 8 CASA DE MÁQUINAS

14

COZINHA

2 9 DECK

15

ALMOXARIFADO

30

arquibancada

121


122 R1


A uti lização de diferentes materias está diretamente prevista na vinculação do conceito sensorial atribuido ao parti do arquitetônico, sendo assim, toda a extensão do pavimento inferior propõe-se interagir com os usuários em diferentes momentos e sensações. A aplicação de diversos materiais interligam os senti dos de diferentes modos, portanto, a uti lização da madeira por toda a extensão do Deck produz sensações, como também a uti lização de extratos vegetáti vos em caminhos de percursos, paredes revesti das de blocos de ti jolos maciços vermelhos, e principalmente na uti lização da água no lazer aquáti co. Toda a interação dos usuários para com o projeto está voltada nos senti dos da vivência e conexão do individuo com o local, dessa maneira a Praça Sensorial se faz o parti do de projeto que aborda grande parte da extensão do pavimento inferior, portanto, com maior interação com os pedestres e usuários do CAM, dessa maneira, a Praça se faz sensorial pelo moti vo de conectar diferentes espaços, materias, esferas arquitetônicas e arti sti cas e suas interações, vivência e concexões para com os usuários.

123


PAV. térreo (+0.20M) O Pavimento Térreo localiza-se no nível +0.20m, onde encontra-se os acessos as demais programas previstos para ao CAM. O acesso principal ao pavimento se dá ao Pátio (15) da Edificação, onde a introdução ao mesmo se dá pela R. Mariana Junqueira, onde está localizada rampas de acessos e escada de deslocamento com o pavimento inferior próximo a R. Tibiriça. Não somente, o acesso também ocorre por rampas localizadas na área de circulação da Praça Sensorial, também com entrada pela R. Tibiriça; e pela escada localizada no Átrio, acesso direto ao Deck presente no pavimento inferior. O programa do pavimento conta com a implantação do Restaurante Ás Cegas. O Restaurante foi introduzido ao edifício com o intuito de promover maiores experiências

sensoriais envolvidas ao paladar. A experiência se dá ao fato de serem vendados ao adentrarem ao resturante, de modo a se vivcênciar uma refeição suprimido da visão, conforme imagem ilustrativa. Além do conceito sensorial atribuido a todo o programa da edificação, o restaurante conta com diversas áreas internas de produção e funcionamento, dispondo de acesso direto a todos os pavimentos por meio de escadas e elevadores privativos aos funcionários. Lounge (11), banheiro familía com fraudário (8) e banheiros p.n.e. (9/10) também são implementados no pavimento, próximos ao Restaurante ás Cegas. Não somente, o programa principal ao qual a edificação leva o nome se dá ao início da experiência ao Centro de Arte Multissensorial (CAM), no qual é realizado pela Recep-

b 8

ii 2

3

R. ÁLVARES CABRAL

iii

10

9

5

4

R. TIBIRIÇA

1

11 6 7 i

ii

12 iii

15

16

13

ii

14

17 R2

i

ii

a

124

b

R. MARIANA JUNQUEIRA

i

a


ção do CAM (12). Como referência atribuida ao Museu de Arte do Rio (MAR), o CAM se ínicia de cima para baixo. Para que isso seja possível, após recepção, são localizados elevadores que levam os usuários ao pelo pavimento do terraço, dando ínicio ao percurso previsto a experiência sensorial do terraço para o demais pavimentos inferiores ao mesmo. O percurso realizado pelo CAM tem como diretriz a utilização de vendas nos olhos para pessoas sem deficicência visual e o uso de bengalas para auxilio de localização. Toda a edificação conta com pisos táteis.

INFORMAÇÕES

1

DEPÓSITO COZINHA

16

2

LAVAGEM DE ALIMENTOS

1 7 ÁTRIO

3

ARMÁRIOS FUNC.

acessos princípais

4

COZINHA INDUSTRIAL

VISTA DO RENDER

5

BEBIDAS / CIRC.

6

RESTAURANTE ÀS CEGAS

7

RECEPÇÃO RESTAURANTE

8

BANHº FAMÍLIA

9

BANHº P.N.E. FEM.

circulação vertical i ii iii

rampas 8,33% escadas elevadores

1 0 BANHº P.N.E. MASC. 11

LOUNGE

12

RECEPÇÃO CAM

13

INICIO CAM

14

SAÍDA CAM

15

PÁTIO DE CIRCULAÇÃO

IMAGEM 143 – Restaurante às cegas.

125


126 R2


127


pav. terraço (+9.80m) nos olhos para pessoas sem deficiência visual, como também na utilização de bengalas no auxilio e locomoção. Entretanto, sua utilização não se faz obrigatória, dessa forma a edificação foi projetada com poucas aberturas externas para que mesmo sem a utilização das vendas, a visão não se torne primordial. Não somente, é previsto também o auxílio de funcionários para suportes em todos os pavimentos e salas destinadas ao programa.

Conforme informado no pavimento anterior, o início ao CAM se dá pelo pavimento terraço, dessa forma, iniciando o percurso do última pavimento superior, para os demais pavimentos inferiores ao mesmo. Dito isso, a apresentação das plantas se dá por ordem de percuso para um melhor entendimento e compreensão das mesmas. No pavimento terraço o programa conta também com áreas restritas ao público, destinadas a manutenção do edifício, entre elas, áres de caixa d’água (6) e equipamentos de queda d’água para salas sensoriais de pavimentos inferiores.

Ao inciar o percurso pela pavimento (1), o mesmo estabelece diversos Mirantes (2) em diversas direções e posicionamentos do entorno, o quetionamento da ausência da visão se dá ao mencionar a palavra Mirante, pois segundo definições a palavra mirante refere-se a um local elevado de onde se aprecia um panorama aos olhos, entretanto, a

Assim como já apresentado anteriormente, o percurso previsto ao CAM tem com diretriz a utilização de vendas

b ii

R. ÁLVARES CABRAL

5

R. TIBIRIÇA

6

iii

7

2

1

ii

R3

3

iii

4

2

2 i

a

128

a b

R. MARIANA JUNQUEIRA


implantação de mirantes ao projeto aborda exclusivamente o questionamento literal da palavra, onde o apreciamente pode ocorrer de diferentes maneiras sensoriais, entre elas por meio do sensor auditivo, olfativo e principalmente pelo sensor tátil. O sensor tátil está ligado não somente ao receptor das mãos, e sim por todo o corpo sendo possível receber informações diversas do clima e vibrações, portanto, ainda que exclusos da visão os mirantes se fazem necessários e inclusivos a todos.

1

INÍCIO cam

2

MIRANTE

3

CIRCULÇÃO

4

ÁTRIO

5

ABERTURA QUEDA D’ÁGUA

6

CAIXA D[‘AGUA

7

ÁREA´TÉCNICA acessos princípais VISTA DO RENDER

IMAGEM 144 - Pessoa com difi ciência visual conhecendo mirantes.

129


130 R3


131


2º pav. SUPERIOR (+6.60) sorial (2) está canalizada na experimentação da vivência de permanecer em meio a uma sala com a presença de uma queda d’água (3), fechada por cobogós com aberturas circulares em toda as extremidades, fazendo com que o usuário perceba e reconheça por meio dos sentidos toda a experiência e reconhecimento do local, sem necessidade e alcance de toque direto a água.

O 2º pavimento inferior está localizado no nível +6.60, subsequente ao percurso iníciado no pavimento anterior/superior, tendo o acesso por meio das rampas voltadas para a fachada princípal da edificação, localizadas frente a R. Mariana Junqueira; porém o seu acesso pode ser feito por meio de escadas e elevados públicos. O ínicio do percurso ao pavimento começa na Sala de Som e Projeção (1), tendo como diretriz a apresentação inicial do conceito sensorial ligado ao CAM e introduzindo o usuário a toda a experiência que irão vivênciar. Mais uma vez, a utilização de imagens por meio de projeção não está ligada somente ao VER, assim como os mirantes.

Consetivo a Sala Sensorial está a Sala de Esculturas (4), direcionada e atribuida ao tato. Não somente, na sala encontra-se o banheiro familía e banheiros p.n.e. Em seguida, a Sala de Pinturas, também destinada ao sentido tátil, sua análise pode ser constitúida diretamente da pintura apresentada com estrutura tátil, como na apre-

Seguinte ao percurso, a Sala classificada como Sen-

b ii

2

5

7 R. TIBIRIÇA

R. ÁLVARES CABRAL

iii

6

3 4 8 R4

ii

iii

1 9

i

a

132

a R. MARIANA JUNQUEIRA

b


sentação de figuras mais dinâmicas e 3D, conforme apresentado na foto ao lado. Além da apresentação de pinturas táteis, a sala direciona para uma sacada onde encontra-se o Balanço Sky (8). O balanço sky é suspenso com 7 metros de cabos e conexões junto a viga localizada no pavimento terraço. Seu intuito de implementação se dá a liberdade de se balançar do alto do edifício, sobrevoando por meio as edificações do entorno e em meio a sua recorrente vivência externa urbana.

1

SALA DE SOM E PROJEÇÃO

2

SALA sensorial

3

QUEDA D’ÁGUA

4

SALA ESCULTURA TÁTIL

5

BANHº P.N.E. FEM.

6

BANHº FAMÍLIA

7

BANHº P.N.E. MASC.

8

BALANÇO SKY

9

SALA PINTURA TÁTIL acessos princípais VISTA DO RENDER circulação vertical

i ii iii

rampas 8,33% escadas elevadores

IMAGEM 145 Mona Lisa 3D.

133


134 R4


135


1º pav. SUPERIOR (+3.40) O 1º pavimento inferior localizado no nível +3.40, subsequente ao pavimento anterior/superior, sendo acessado por meio de rampas voltadas para a fachada princípal da edificação, localizadas frente a R. Mariana Junqueira; sendo possível acessa-lo também por meio de escadas e elevados públicos. Conforme apresentado anteriormente, o 2º Pav. Superior tem como programa salas voltadas a artes representadas diáriamente de maneira visual, entretanto, vivênciadas de maneira tátil. Já o 1º Pav. Superior apresenta percursos sensorias de modo a vivênciar contextos arquitetônicos, como também pelos 4 elementos da natureza (Terra, Água, Ar e Fogo) e sua relação para com a arquitetura. Inicialmente o percurso se dá em parte na utilização

de corrimão, não havendo a utilização do piso tátil, pelo motivo da aplicação de materiais na extensão do piso, como na utilização de terras e gramas, podendo dificultar o direcionamento dos usuários. Assim que conectado ao corrimão, inicia-se a experiência pelo Sensorial Eco/Ar (1), que conta com um pé direito duplo, conjunto ao seu extreitamente das paredes tornando possível o efeito de reverberação do som. Materiais como peças em ferro estão localizadas no piso, aumentando e provocando tal efeito. Posteriormente, o percuso leva o usuário ao Sensorial Terra (2) onde o tato ao pisar em diferentes texturas como terra e areia são provocados ao caminhar, como também no sentido olfativo ao percorrer pelos mesmo. Subsequente, o Sensorial Água (3) conecta e finaliza os aspectos da água interligados pelo pavimento anterior,

b

ii

10 9

iii

11

R. ÁLVARES CABRAL

R5 R. TIBIRIÇA

5 3

4

8 2 ii

6

iii

1

i

7

a

136

a R. MARIANA JUNQUEIRA

b


concebendo um senso de direção e deslocamento arquitetônico por meio da conexão dos fatores água, como também na possibildiade de contato direto com a água e sua queda. Dando fim ao percurso com a utilização do corrimão, o Sensorial Vegetação (4) conecta a Sala Sensorial Água (3) com a subsequente Sensorial Calor/Fogo (5), por meio de conexões do contato vegetátivo com a água e com apectos provenientes ao calor. Sua percepção se dá ao contato imediato ao tato, e seus vínculos olfativos.

1

SENSORIAL - ECO/AR

2

SENSORIAL - TERRA

3

SENSORIAL - ÁGUA

4

SENSORIAL - VEGETAÇÃO

5

SENSORIAL - CALOR/FOGO

6

OFICINA DE ARTES E ESTUDOS

7

SALA DE MÍDIAS

8

PALCO acessos princípais VISTA DO RENDER circulação vertical

i ii iii

rampas 8,33% escadas elevadores

A Sala Sensorial Vegetação conta também com o acesso ao banheiro familía e banheiros p.n.e. O Sensorial Calor/Fogo se faz por uma passarela suspensa ao pavimento inferior, suspensa por pilares estruturais introduzidos na Praça Sensorial e Lazer Aquático; tendo como fechamento uma parede e cobertura envidraçada, e uma parede posterior com fechamendo de cobogós com abertura circulares. A abertura dos cobogós conta com o direcionamento para extratos vegetátivos presentes no exterior da fachada, vindos da Sala Sensorial Vegetação. Portanto, dado fechamentos envidraçados voltados para fachada Nordeste, o sentido do fogo se dá ao calor atribuido a emissão do sol agregado a utilização do vidro, gerando um

efeito estufa. Como última Sala do percurso, o programa para o CAM destina uma grande área para Oficinas de Artes e Estudos (6), tendo como diretriz a atribuição de aprendizados e valores voltados a todos, mas principalmente à PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL, oferendo livros traduzidos para o sistema Braille, oficinas de artes inclusivas, peças teatrais interativas, palestras a pais e responsáveis para métodos de inclusão, como também oferendo Salas de Mídias (7) interativas. Por fim, o acesso a rampa principal, direcionando a saída do CAM conforme apresentado no pavimento Térreo.

137


138 R5


139


140

SUDESTE

NOROESTE

NORDESTE

SUDOESTE


[ situação / elevações ]

ELEVAÇÃO SUDOESTE

ELEVAÇÃO NORDESTE

ELEVAÇÃO SUDESTE

ELEVAÇÃO NOROESTE

141


CORTE a-a

CORTE b-b

142


[ CORTES HUMANIZADOS ]

143


ESTRUTURA Propõe-se, essencialmente a estrutura metálica para a edifícação do projeto por razões de agilidade na execução, produção de resíduos e alcanço de maiores vãos. Pilares e vigas serão conectados por soldas, permitindo maior resistência a tensões de tração, compressão e/ou cisalhamento. Nos casos de

IMAGEM 178 - Perspecti va de estrutura metálica com lajes.

144

emendas de pilar com pilar, propõe-se a utilização de ligações parafusadas. Os pilares devem ser fixados na fundação por meio de placas de aço, parafusadas e chumbadas no blocos de concreto. Já no cado dos pilares fixados em meio ao Lazer Aquático, objetiva-se a impermeabilização dos mesmo, assim como na concretagem posterior ao serrem fixados em suas fundações de blocos de concreto, afim de evitar corrosões. Não somente, as lajes previstas para o


[ ESTRUTURA E COEFIENTES ] [ estrutur‘ e coeficientes ] projeto são de concreto moldadas in loco, com acabamento em cimento aparente. Os princípais máterias propostos para as vedações são: blocos cerâmicos, acabamento em cimento aparente, parades verdes e tijolos cerâmicos maciços vermelhos.

- 6.00 m - 5.00 m - 4.00 m - 3.00 m

topográfia

- 2.00 m - 1.00 m

Para implantação do CAM, propõe-se o deslocamento de terra conforme ilustrado na imagem ao lado. Devido ao maior desnível na fachada Sudoeste, a utilização de muros de arrimo se faz necessária.

0.0 m + 1.00 m

topográfia original

- 6.00 m

+ 1.00 m

COEFICIENTES ÁREA DO TERRENO: ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL: ÁREA PERMEÁVEL: PORCENTAGEM PERMEÁVEL: GABARITO: TAXA DE OCUPAÇÃO: COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO:

- 5.00 m

0.0 m

4.146,17 m² 10.753,84 m² 661,16 m² 16% 14 m 0,65 2,59

- 4.00 m

- 1.0 m - 2.0 m

- 3.60 m

- 3.0 m

- 2.00 m

- 1.00 m

- 3.00 m

- 4.0 m - 5.0 m - 6.0 m

- 2.00 m - 1.00 m 0.0 m + 1.00 m

topográfia alterada

145


146


[ conclusão ] [ conclus>o ] Ao longo do curso em Arquitetura e Urbanismo, conheci, desenvolvi e assimilei diversos tipos de conhecimentos apresentados pelos mestres durante todos os anos. A relevância visual, plástica, estética e artistica da Arquitetura sempre me interessou e despertou grande intensidade expressiva. No decorrer dos estudos acadêmicos a inclinação por questões de temática visual sempre me foi estabelecida com maior interesse e sensibilidade. Me interessar demais pelo assunto me colocou no lugar de afinidade. Assumir a minha necessidade da visão para apreciar e enteder tamanho impacto que ela trazia me fez questionar como tamanho deslumbre seria possível na ausência da minha visão. Trabalhar com a temática visual artistica e arquitetônica tendo em contramão questões de ausência de visão pode gerar questionamentos teóricos, perspectivas discordantes e vertentes variadas de acordo com cada avaliador e leitor. Entretando, ainda que capaz de alterações e melhorias, o estudo do caso e desenvolvimento do projeto teve como motivação particular a empatia. Entender e provomover tamanho produto para a formação do curso me despertou motivação, uma vez com as habilidades adquiridas durante todo o curso de arquitetura e urbanismo isso seria genuinamente possível. Portanto, após esforço e dedicação, anseio que todos em sua essência possam vivênviar o mundo assim como eu o vejo e sinto.

147


VISTA PERPENDICULAR DE FACHADA NOROESTE E SUDOESTE.

148 ACESSO PELA FACHADA SUDOESTE.


[ renders ] [ renders ]

OFICINA DE ARTES E ESTUDOS.

149 VISTA PARA O DECK.

CIRCULAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO.


150


[ pranchas técnicas ] [ pr‘nch‘s t=cnic‘s ]

151



B1 S

S

1,20

11,55

7 8 9

4 5 6

S 1 2 3

2,50

S P01

PRAÇA A: 304,35 m2 -1,95

LAZER / DESCANSO A: 39,85 m2 -2,95

A3 Projeção superior

4 5 6

7 8 9

1 2 3

S

J03

4,25

S

S

S

3,80

RAMPA: I = 8,33%

RAMPA: I = 8,33%

S

S

4,00

S

J03

RAMPA: I = 8,33%

-3,50 VESTIÁRIO MASC. A: 23,63 m2 -2,95

A2

1 2 3

J03

3,70 3,70

P04 P04

P01

VESTIÁRIO A: 32,15 m2 -2,95

RAMPA: I = 8,33%

14,50 3,50

3,50

3,50

J07

J07

J07

COMÉRCIO 1 A: 18,90 m2

3,50 J07 P04 P04

CASA MÁQ. AQUÁTICO A: 34,74 m2

13,80

P06

2

P03

DEP. EXPOSIÇÕES A: 109,80 m2 -2,95

VESTIÁRIO FEM. A: 23,60 m2 -2,95

Elev.

CIRC. ACESSOS A: 99,24 m2 -1,95

-2,53

P05

2,50

J06

-1,26 RAMPA: I = 8,33%

P01

ELEV.R 2 A: 4,16 m2 3,00

ALMOXERIFADO A: 24,29 m2 -2,95

J05

5,25

P05

CIRC. 4,85 ANTECÂMERA A: 43,00 m2 -2,95 A: 10,37 m2 P03 1,60 ESCADA A: 15,73 m2 ELEV. 1 2 A: 4,16 m

COZINHA A: 27,24 m2 -2,95

Ref.

CIRC. A: 118,85 m2 -2,95

A4

3,40

3,82 J03

J05

P01

P02 2,10

P04

6,40

J04

P04

7,85

7,60

RAMPA: I = 8,33%

REUNIÃO A: 27,79 m2 -2,95

J04

4

Elev.

P01 CIRC. A: 140,31 m2 -2,95

P01

GERÊNCIA A: 33,52 m2 -2,95

3,70

9,90

ÁREA DE EXPOSIÇÕES ITINERANTES A: 276,67 m2 -2,95

COMÉRCIO 2 COMÉRCIO 3 COMÉRCIO 4 A: 18,88 m2 A: 18,88 m2 A: 18,89 m2

5,40

P07

4,30

DECK A: 483,26 m2

A1

A1

-2,95

0 1 2 3

5

153

B1

1 Elev.

B2

153

B3

20,10

B4

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

VAGA P.N.E. 2 A: 18,25 m2

S

2,60

GSEducationalVersion

P01

6,15

-3,46

P01

A2

LAZER AQUÁTICO A: 537,65 m2

6,40

18,40 ADMINISTRATIVO A: 131,00 m2 -2,95

2,60

01 / 14

3,40

VAGA P.N.E. 1 A: 18,25 m2

RAMPA: I = 8,33%

19,80

P01

SHAFT ELEV. SERV. 2 2,19 m2 A: 3,79 mA: 2,35

1,80

4,80

2,20

CIRC. ESCADA SERV. m2 A: 7,20 m2 A: 11,22 1,20

1,10 P04 P04

DEP. LIXO A: 7,80 m2

P03

A4

4,20 BANHº MASC. BANHº FEM. DEP. LIMPEZA A: 6,40 m2 2 A: 24,10 m2 A: 24,53 m P04 J07 J07 CIRC. BANHº 2 A: 12,55 m 2,80 2,80 -2,95 P.N.E. FEM. P.N.E. FEM. 2 A: 5,05 m2 A: 5,05 m

3,75

P03

8,90

1,50

RAMPA: I = 8,33%

J01

J02

J01

J08 P04

P02

15,40

-2,53

BICICLETÁRIO A: 65,00 m2 -2,95

P04 P04

J07

S

P04 P04

FOLHA

B2

B3

B4 S

CARGA / DESCARGA A: 118,75 m2 -2,95

RAMPA: I = 8,33%

PLANTA PAV. INFERIOR (-1) NIVEL: -3.00 ESC.: 1:250

3

RAMPA: I = 19% -3,90

A3

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

Elev.

10

20

-1.

Pav. Inferior Escala: 1:250


1,10

BANHº FAMÍLIA A: 54,09 m2 P03

1,80

P09

P04

1,50

P04

P.N.E. FEM. A: 5,05 m2

3,40

P04

J07

ELEV. SERV. SHAFT A: 3,79 m2 A: 2,19 m2 2,35 1,20

2,80 BANHº MASC. A: 24,10 m2

CIRC. BANHº A: 7,57 m2

B1

A4

P.N.E. FEM. A: 5,05 m2 10,85

12,05 REFRIGERADORES A: 7,67 m2

6,15

A3

LOUNGE A: 115,45 m2

Projeção superior

10,61

CIRC. A: 6,03 m2

P08

P08

J01

3,40

J07 P04

4,80

ESCADA SERV. A: 11,22 m2

J01

4,20 FRALDÁRIO A: 6,41 m2

P10

BANHº FEM. A: 24,53 m2

P10

J02

P03

3,75

P04

COZINHA A: 54,46 m2

RECEPÇÃO RESTAURANTE A: 53,00 m2

P07

8,30

+0,20

P07

P07

RESTAURANTE AS CEGAS A: 215,71 m2

2

7,10

P07

7,60

P05

5,25

CIRC. INICIO C.C.M. A: 28,11 m2

A

P05

ELEV.R 2 A: 4,16 m2

INFORMAÇÃO A: 53,61 m2

7,75

1,60 ELEV. 1 A: 4,16 m2

3,00

S

6,40

7,90

3,70

RECEPÇÃO C.C.M. A: 59,76 m2

A

A2

P07

2,50

18,00

8,80

P07

5,45

21,90

PÁTIO / CIRC. A: 733,83 m2 +0,20

9,90

Mapa tátil

10,15

A2

RAMPA: I = 8,33%

P07

P03

2,10

P03 ESCADA A: 15,73 m2

RAMPA: I = 8,33%

Elev.

4

16,90 4,85 ANTECÂMERA A: 10,37 m2

-0,52

S

RAMPA: I = 8,33%

S

16,40

RAMPA: I = 8,33%

S

RAMPA: I = 8,33%

S

RAMPA: I = 8,33%

S

S

4,30

+1,05

A1

RAMPA: I = 8,33%

A1

4,00

1 Elev.

B2

B3

154

0 1 2 3

154 5

B1

RAMPA: I = 8,33%

RAMPA: I = 8,33%

B4

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

P03

ARMÁRIOS CIRC. 2 A: 10,64 m2A: 7,20 m

A

GSEducationalVersion

J01

2,80 4,85

B2

B3

B4

LAVAGEM A: 18,19 m2

SAÍDA C.C.M. A: 65,74 m2

02 / 14

3

J08 2,20

A4

Elev.

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

J03

DEPÓSITO COZINHA A: 23,38 m2

J06

PLANTA PAV. TÉRREO (0) NIVEL: +0.20 ESC.: 1:250

J03

A3

FOLHA

Elev.

10

20

0.

Pav. Térreo Escala: 1:200


FOLHA

03 / 14

155 155

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

PLANTA 1º PAV. SUPERIOR (+1) NIVEL: +3.40 ESC.: 1:250


FOLHA

04 / 14

156 156

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

PLANTA 2º PAV. SUPERIOR (+2) NIVEL: +6.60 ESC.: 1:250


B1

B2

B3

B4

3

J03 P03

11,25

17,40

CIRC. ESCADA SERV. 2 A: 7,20 m2 A: 11,22 m

4,80

CAIXA D'ÁGUA A: 83,90 m2

A4

A4

SHAFT ELEV. SERV. 2 1,20 m2 1,50 A: 3,79 mA: 2,19 2,35 P04

P09

4,90

25,50

A3 Queda d'água

ÁREA TÉCNICA A: 515,94 m2

8,25

14,60

71,15 CIRC. MIRANTES A: 462,29 m2 +9,80

Mapa tátil P05

A2

GSEducationalVersion

5,45

9,85

9,90

MIRANTE A: 394,97 m2

16,85

RAMPA: I = 8,33%

+8,38

RAMPA: I = 8,33%

+9,18

S

A1

+7,58

S

RAMPA: I = 8,33%

RAMPA: I = 8,33%

A1

1 Elev.

B2

B3

157

19,55

7,30

3,85

0 1 2 3

5

157

B1

3,00

2,50

J03

ELEV.R 2 A: 4,16 m2

B4

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

05 / 14

26,20

5,25

7,60

P05

P03 1,60 ESCADA A: 15,73 m2 ELEV. 1 2 A: 4,16 m

A2

2

P03

2,10

4,85 ANTECÂMERA A: 10,37 m2

MIRANTE A: 108,37 m2

FOLHA

5,15

34,55

P04

S

4

Elev.

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

A3

Elev.

PLANTA PAV. TERRAÇO (+3) NIVEL: +9.80 ESC.: 1:250

Elev.

10

20

3.

Terraço Escala: 1:250


06 / 14

GSEducationalVersion

B4

158 B3

Laje Impermeabilizada

Elev.

1

7,80

46,70

0 1 2 3

158 5

2

A3

A2 49,25 19,70

A1

10

4.

Elev.

PLANTA PAV. COBERTURA (+4) NIVEL: +13.90 ESC.: 1:250

4,90

Laje Impermeabilizada +14,00

B1

10,10

5,05 2,35

4

Elev.

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

B3

B4

B1

B2

3

B2

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

7,80

FOLHA A4

Elev.

25,60

A4

A3

24,67

+14,00

A2

7,45

A1

20

Cobertura Escala: 1:250


FOLHA

07 / 14 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

R. TIBIRIÇA

R. ÁLVARES CABRAL

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

PLANTA DE SITUAÇÃO ESC.: 1:250

R. VISCONDE DO RIO BRANCO

R. MARIANA JUNQUEIRA

159 159

7 Situação Escala: 1:250


FOLHA

08 / 14

160 160

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres DETALHES ESC.: 1:100


0,20 0,80

+13,80 4 Cobertura

0,20 1,20

2,80

+14,00

+9,80 0,50

+9,60 3 Terraço

3,00

+8,38

0,50

0,20

+6,60 +5,98

+6,40 2 2º Pav. Superior

3,00

+5,18

17,80

1,00

+7,58

17,00

+4,38 1,00

0,20

+3,40 0,50

+2,65

+3,20 1 1º Pav. Superior

+1,85 3,00

CORTES A1 / A2 ESC.: 1:250

+9,18

1,00

+1,05

±0,00 0 Pav. Térreo

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

3,00

0,50

0,20

+0,20

-2,95

-3,00 -1 Pav. Inferior

GSEducationalVersion

0,20 0,80

+13,80 4 Cobertura

0,50

3,00 17,80

+6,40 2 2º Pav. Superior

0,20

+3,20 1 1º Pav. Superior

0,50

+0,20

0,20

3,00

1,10 2,10

+9,60 3 Terraço

3,00

0,50 +3,40

±0,00 0 Pav. Térreo 3,00

1,05 2,10

0,20

+6,60

0,50

+6,60

6,20

2,10 1,10 2,10

16,75

161

0,20 1,20

2,80

0,50 2,10

+9,80

1,10

09 / 14

Escala: 1:200

+14,00

17,75

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre FOLHA

Corte A1

1

-2,95

-3,00 -1 Pav. Inferior

161

2

Corte A2 Escala: 1:200


3,00

+6,40 2 2º Pav. Superior 3,00

15,75

0,50

+6,59

+9,60 3 Terraço

0,20

+6,60

7,20

CORTES A3 / A4 ESC.: 1:250

0,50

0,20

+9,80

+3,40

+3,20 1 1º Pav. Superior 3,00

0,49

0,20

+3,39

16,80

7,20

4,00

0,50

+13,80 4 Cobertura

0,20

-2,95

-3,00 -1 Pav. Inferior

-3,45

Corte A3

3

Escala: 1:200

0,20 0,80

Alteração de direção

0,20 1,20

2,40 GSEducationalVersion

0,20

17,80

0,20 3,00

+3,20 1 1º Pav. Superior

0,20

±0,00 0 Pav. Térreo 3,00

2,40

2,45

+6,40 2 2º Pav. Superior

3,00

16,80

2,40 2,40

2,50

+0,20

162

+9,60 3 Terraço

3,00

2,40

2,50 2,50

17,75

+3,40

-3,00 -3,45

-3,80

162

4

0,76

0,50 0,50 0,50

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

10 / 14

+6,59

-1,96

+13,80 4 Cobertura 2,80

1,12

+14,00

+9,80

FOLHA

±0,00 0 Pav. Térreo 3,00

0,50

5,67

-1,96

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

-1,80

6,16

4,67

+0,20

-3,00 -1 Pav. Inferior

Corte A4 Escala: 1:200


0,20 0,80

Alteração de direção Projeção do balanço suspenso

+13,80 4 Cobertura

0,20 1,20

2,80

0,50

+14,00

+9,60 3 Terraço

+6,40 2 2º Pav. Superior

3,00

0,50

+6,60

16,80

0,20 1,20

1,80

CORTES B1 / B2 ESC.: 1:250

+9,80

+3,90

+3,20 1 1º Pav. Superior 3,20

0,50

0,20

+3,40

Corte B1

5

0,20 0,80

Escala: 1:200

+13,80 4 Cobertura

4,20

0,20

+9,80

+3,45

3,20

3,20 0,20

+3,40

3,20

0,20

-0,15

±0,00 0 Pav. Térreo 3,00

6,70

+0,20 -0,90

+6,40 2 2º Pav. Superior

+3,20 1 1º Pav. Superior

3,00

0,20

+3,08

18,30

3,00

0,20

+6,60

+6,34

3,20

3,00

+9,60 3 Terraço

18,30

1,20

4,00

2,30

0,50

0,30

+14,00

4,20

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

11 / 14

-1,95

-3,00 -1 Pav. Inferior

+9,54

FOLHA

±0,00 0 Pav. Térreo 3,00

1,05

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

4,65

+0,20

-2,73

-2,95 -3,50

-3,00 -1 Pav. Inferior

-3,45

163 6

Corte B2 Escala: 1:200


12 / 14

GSEducationalVersion

FOLHA

8 +3,40

+0,20

-2,95

Corte B4 Escala: 1:200

0,20

+6,60

0,20

3,00

+9,80 0,20 4,00

Escala: 1:200

0,20

5,78

1,20

4,20

+14,00 0,20 0,80

3,00

2,40

2,45

0,55

0,20

-0,90

3,20

3,20

+0,20

3,05

3,00

2,90

3,00

0,20 3,00

17,80

0,20

+6,60

3,15

3,00

0,50

0,50 0,30

6,30

3,00

1,20

0,20

+9,79

-2,95

164

3,00

1,80

2,70

0,50

0,30

CORTES B3 / B4 ESC.: 1:250

4,00

0,20 0,80

+14,00

1,58

3,00

1,95

6,20

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

7

0,68

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

+14,00 +13,80 4 Cobertura

+9,60 3 Terraço

+6,40 2 2º Pav. Superior

+3,45 +3,20 1 1º Pav. Superior

±0,00 0 Pav. Térreo

-3,00 -1 Pav. Inferior

Corte B3 +13,80 4 Cobertura

+9,60 3 Terraço

+6,40 2 2º Pav. Superior

+3,20 1 1º Pav. Superior

±0,00 0 Pav. Térreo

-3,00 -1 Pav. Inferior


0,20 0,80

Alteração de direção Projeção do balanço suspenso

+13,80 4 Cobertura

0,20 1,20

2,80

0,50

+14,00

+9,60 3 Terraço

+3,90

+3,20 1 1º Pav. Superior 3,20

0,50

0,20

+3,40

±0,00 0 Pav. Térreo 3,00

1,05

4,65

+0,20

-1,95

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

-3,00 -1 Pav. Inferior

Elevação Corte Sudoeste B1

5 1

Escala: Escala: 1:200 1:250

Projeção do balanço suspenso

2,80 3,20 3,20 3,00 3,00

-1,95

-2,73

-2,95 -3,50

165

-3,45

165

13 / 14 GSEducationalVersion

5 2 6

16,80 18,30

0,20 1,20 3,20 0,20

3,20

3,00

0,50

0,20

1,05

-0,15

6,70

+0,20

3,20

3,00

4,65

+0,20

-0,90

+3,40

0,20

+3,08

0,50

+3,45

0,20

3,00

+3,90 +3,40

+9,60 3 Terraço +9,60 3 Terraço

1,80

0,20 3,00 +6,60

0,20

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

+6,60 +6,34

18,30

1,20

+9,80 +9,80

+13,80 4 Cobertura +13,80 4 Cobertura

0,20 1,20 4,20

4,00

2,30

0,50

0,30

+14,00

0,50

0,20 0,80

+14,00

4,20

0,20 0,80

Alteração de direção

+9,54

FOLHA

+6,40 2 2º Pav. Superior

3,00

ELEVAÇÕES ESC.: 1:250

0,50

+6,60

16,80

0,20 1,20

1,80

+9,80

+6,40 2 2º Pav. Superior +6,40 2 2º Pav. Superior

+3,20 1 1º Pav. Superior +3,20 1 1º Pav. Superior

±0,00 0 Pav. Térreo ±0,00 0 Pav. Térreo

-3,00 -1 Pav. Inferior -3,00 -1 Pav. Inferior

ElevaçãoCorte Nordeste B1

Corte B2 Escala: Escala: 1:200 1:250 Escala: 1:200


0,20 0,80

Alteração de direção Projeção do balanço suspenso

+13,80 4 Cobertura

0,20 1,20

2,80

0,50

+14,00

+9,60 3 Terraço

+6,40 2 2º Pav. Superior

3,00

ELEVAÇÕES ESC.: 1:250

0,50

+6,60

16,80

0,20 1,20

1,80

+9,80

+3,90

+3,20 1 1º Pav. Superior 3,20

0,50

0,20

+3,40

±0,00 0 Pav. Térreo 3,00

1,05

4,65

+0,20

-1,95

Banca Final TFG - 2019 ARQUITETURA - Sentir para Ver Orientadora: Profª Ma. Alexandra Marinelli Orientado: Gabriel Roberto Torres

-3,00 -1 Pav. Inferior

ElevaçãoCorte Sudeste B1

35

Escala: Escala: 1:200 1:250

Projeção do balanço suspenso

14 / 14 GSEducationalVersion

4,20

0,20 1,20 1,80

16,80 3,20 3,20

18,30

0,20 1,20 3,00 0,20

3,20 0,20

+6,40 2 2º Pav. Superior +3,20 1 1º Pav. Superior +3,20 1 1º Pav. Superior

3,20

±0,00 0 Pav. Térreo ±0,00 0 Pav. Térreo

3,00 -3,50

166

+6,40 2 2º Pav. Superior

-3,00 -1 Pav. Inferior

-2,73

-2,95

FOLHA

+9,60 3 Terraço +9,60 3 Terraço

3,00

-0,15

6,70

-1,95

0,20

1,05

+0,20

3,00

4,65

+0,20

-0,90

+3,40

0,20

+3,08

+13,80 4 Cobertura

3,20

+3,45

0,50

3,00

+3,40

18,30

+3,90

0,50

3,00 +6,60

0,20

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO Arquitetura e Urbanismo 10ª Semestre

+6,60

+13,80 4 Cobertura 2,80

0,20 0,80 4,00

+9,80

0,20

2,30

+9,80

1,20

4,20

0,50

0,30

+14,00

+6,34

0,50

+14,00

+9,54

0,20 0,80

Alteração de direção

-3,00 -1 Pav. Inferior

-3,45

166Corte B2

ElevaçãoCorte Noroeste B1

45 6

Escala: Escala: 1:200 1:250

Escala: 1:200


r

1

efe

rênci as biblio gráficas referências bibliográficas

#F 167

#F


168 A CRIAÇÃO DE ADÃO - MICHELANGELO BUONARROTI ( 1508-1512 )


[ referências bibliográf icas ] [ refer‘nci‘s bibliogr‘fic‘s ] LEVIN, D. M.; Modernidade e a hegemonia da visão [Modernity and the hegemony of vision.], p. 205, 1993. BRUNO, M. M. G.; MOTA, M. G. B. Programa de Capacitação de Recursos Humanos do Ensino Funadamental. Brasília: Ministério da Educação, v. 2, 2001. 162 p. BRUNO, M. M. G.; MOTA, M. G. B. Programa de Capacitação de Recursos Humanos no Ensino Fundamental. Brasília: Ministério da Educação, v. 1, 2001. BUBLITZ, M. D.; HENDGES, C. E. J. O conceito de deficiência para fins do benefício assistencial do artigo 203, inciso V, da Constituição Federal de 1988. JUS.COM.BR, 2011. Disponivel em: <https://jus.com.br/artigos/19651/o-conceito-de-deficiencia-para-fins-do-beneficio-assistencial-do-artigo-203-inciso-v-da-constituicao-federal-de-1988>. Acesso em: 08 Abril 2019. CAPELLINI, V. L. M. F.; RODRIGUES, O. M. P. R. Marcos históricos, conceituais, legais e éticos da educação inclusiva. Bauru: UNESP-FC, v. 2, 2010. CROCHÍK, J. L. Preconceito, indivíduo e sociedade. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, Dezembro 1996. 47-70. DIAS, A. S.; ANJOS, M. F. Projetar Sentidos: A Arquitetura e a Manisfetação Sensorial. 5º Simpósio de Sustentabilidade e Contemporaneidade nas Ciências Sociais, p. 18, Junho 2017. DIAS, R. Á.; ESTANISLAU, S. S. B.; BAHIA, I. P. MAQUETES E MAPAS TÁTEIS: DIRETRIZES PARA PROJETO, SELEÇÃO DE MATERIAIS E. Revista Brasileira de Ergonomia, v. 9, n. 1, p. 54, s.d. DORINA. O que é deficiência? Fundação Dorina Nowill para Cegos, s.d. Disponivel em: <https://www.fundacaodorina.org.br/a-fundacao/deficiencia-visual/o-que-e-deficiencia/>. Acesso em: 20 Março 2019. GIL, M. Deficiência Visual. Brasília: Ministério da Educação. Secretária da Educação a Distância, 2000. HENRIQUES, R. M. V. Os Sentidos nos Museus - Acessibilidade para o. Instituto Universitário de Lisboa. [S.l.], p. 100. 2015. MILAN, L. F. Maquetes táteis: infográficos tridimensionais para a orientação. Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, 1, Junho 2008. 26. PAIVA, T. O braile simplificado. Carta Capital, 2013. Disponivel em: <http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/o-braile-simplificado/>. Acesso em: 20 Março 2019. PALLASMAA, J. Os Olhos da Pele. Porto Alegre: Bookman, 2011. RESENDE, A. P. C.; VITAL, F. M. P. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência Comentada, Brasília. 165.

169


SÁ, E. D.; CAMPOS, I. M.; SILVA, M. B. C. Atendimento Educacional Especializado. SEESP / SEED / MEC. Brasília, p. 57. 2007. MALARD, M. L.; As aparências em arquitetura. Belo Horizonte: Editora UFMG, p. 144, 2006. MARTINS, P. I. S. R.; A Inclusão pela Arte: Museus e Públicos com Deficiência Visual. Lisboa, 2008. Disponivel em: <https://repositorio.ul.pt/handle/10451/647>. Acesso em: 3 Outubro 2019. CENSO 2010 - Disponível em: <https://censo2010.ibge.gov.br/> ABNT NBR 9.050:2015 - Disponível em: <http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/pfdc/temas/inclusao-de-pessoas-com-deficiencia/legislacao/abnt-nbr-9-050-2015/view> ARCHDAILY - Disponível em: <https://www.archdaily.com/107500/ad-classics-kunsthaus-bregenz-peter-zumthor?ad_medium=gallery>. Acesso em: 25 Setembro 2019. KUNSTHAUS BREGENZ SITE - Disponível em: <https://www.kunsthaus-bregenz.at/>. Acesso em: 25 Setembro 2019. ARCHDAILY - Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura>. Acesso em: 28 Setembro 2019. VITRUVIUS - Disponível em: <https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.151/4820>. Acesso em: 28 Setembro de 2019.

170


171



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.