UFV | DAU | 2017
GABRIEL FERNANDES | ORIENTADORA: DENISE MÔNACO
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
ARQ 398 - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I
HUB DE MODA
POR GABRIEL ASSIS FERNANDES
ORIENTADORA: DENISE MÔNACO
755000 VIÇOSA, MG 2017
4
CHARLES EAMES
3
760000
Agradeço
minha
orientadora
Denise Mônaco por todas as conversas,
motivações
ensinamentos,
por
ter
e me
acolhido e permitido que eu libertasse minha imaginação. Agradeço
também
à
professora Maristela Siolari, por
ter
primeira
quebrado
minha
maquete,
ainda
calouro, e ter permitido que eu
fosse
além
de
mim,
me
descobrindo no universo que é a arquitetura. Aos sempre e grandes amigos Arthur Marina Sabrina Thalles e à todos aqueles que sempre acreditaram.
2
Este trabalho apresenta a proposta de elaboração projetual de um Hub de Moda no município de Ipatinga/MG, localizado na Região Metropolitana do Vale do Aço. O projeto consiste em um espaço público/privado para criação, aprimoramento, estudos, colaboração e produção da moda. Essa proposta surge de uma constatação de uma possível necessidade de um incentivo à uma fonte econômica alternativa a ser explorada pelo município de Ipatinga, paralela à existente, que se configura pela supremacia do setor industrial. A questão arquitetônica desta proposta, ligada ao programa de moda, é a variabilidade que a moda tem, a efemeridade, a troca, o mudar, e como isso acontece na arquitetura. Uma arquitetura mutável, que pode se alterar tanto tectonicamente (pele) como no programa, que pode, a partir das conexões de uso, e mesmo das conexões materiais, mudar. Essas conexões, representadas por passarelas, que se movem, mudam de configuração para atender o programa.
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Mesquita
Área Rural
GRUPO MALHA. IMAGEM RETIRADA DO ARCHDAILY
APRESENTAÇÃO APRESENTAÇÃO
06 11 21 APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
11 CONTEXTUALIZAÇÃO
22 NOVO MUSEU BAUHAUS
16 JUSTIFICATIVA
24 PAVILHÃO EQUADOR 26 MANUS X MACHINA 28 MARNE LA VALLÉE
30 34 38 O TERRENO
O PROGRAMA
O PROJETO
30 CONTEXTUALIZAÇÃO
34 PROGRAMA DE NECESSIDADES
38 EVOLUÇÃO DO PARTIDO
33 ANÁLISES
36 PRÉ-DIMENSIONAMENTO
40 PROCESSO DE PROJETO 41 PARTIDO MUTÁVEL 42 PROTÓTIPO DE ESTUDO 44 IMPLANTAÇÃO
RDM CAMPUS. IMAGEMRDM RETIRADA CAMPUS. DO PINTEREST IMAGEM RETIRADA DO PINTEREST
INTRODUÇAO A cidade de Ipatinga, localizada na Região Metropolitana do Vale do Aço, em Minas Gerais, teve seu desenvolvimento paralelo ao desenvolvimento da Usina Siderúrgica de Minas Gerais - USIMINAS. A fundação da siderúrgica em 1956, fruto do Plano de Desenvolvimento do então presidente Juscelino Kubitschek, potencializou o crescimento do pequeno povoado que existia na região, na qual já se encontrava a ferrovia Vitória-Minas criada para escoar a produção do minério de ferro de Itabira/MG até o porto de Vitória/ES. Toda a especulação em volta da implantação da Usina, em 1962, fez com que a região passasse por um acelerado processo de urbanização, de modo que a malha urbana se deu com base nos fundamentos do urbanismo modernista. Emancipado em 1964, o município de Ipatinga prosperou tendo como principal incentivador o setor industrial, que atraiu tanto trabalhadores para a usina, quanto moradores que sabiam do grande potencial que a região iria consolidar, visto a USIMINAS ter se tornado uma referência na produção de aço nacional e mundialmente. A economia do município, como já citado, baseia-se fortemente na produção industrial, além da, também considerável, participação de serviços, como podemos observar nos dados gerados pelo SEBRAE, comparando os anos de 2000 a 2011.
Valor Adicionado por Setor ao PIB do município | 2000-2011
2000
2011
SERVIÇOS INDÚSTRIA AGROPECUÁRIA (Dados obtidos pelo SEBRAE - Identidade Econômicas dos Municípios Mineiros)
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O poderio da siderurgia na região é tão considerável que permite que outros negócios se instalem e prosperem na região. É o caso da PROVEST Uniformes, uma fábrica de confecção de uniformes profissionais que, além de atender as demandas da siderúrgica, que por si só são significativas, também se estende à Fundação São Francisco Xavier e outras grandes marcas como FIAT, Companhia Vale do Rio Doce. A PROVEST tornou-se a maior indústria de uniformes profissionais de Minas Gerais e a segunda maior do Brasil, segundo a Santista Têxtil S/A. A demanda de produção têxtil é tão grande que a PROVEST, atualmente, terceiriza mais de 50% da costura das peças que são produzidas pela fábrica, sendo assim, firmam parcerias com o mercado local a fim de darem segmento na produção, são as chamadas facções. Essas facções são, em sua maioria, costureiras autônomas ou pequenas
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associações do setor, o que confirma a existência de mão de obra para as atividades de vestuário no município. As épocas de grande produção e exportação do aço, de economia aquecida e os momentos de crise e desestabilização financeira, refletem diretamente no município de Ipatinga e sua população. Assim sendo, este trabalho propõe a criação de um Hub de Moda para o município de Ipatinga que priorize as conexões que o cenário da região propiciam no ramo do vestuário, estimulando e desenvolvendo, principalmente, os pequenos e autônomos seguidores da área da moda, dando-lhes oportunidade, auxílio e conhecimento e propiciando espaços que estimulem a criatividade e o compartilhamento de experiências e negócios.
GRUPO MALHA. IMAGEM RETIRADA DO ARCHDAILY
GALERIA DE THE COMMONS. IMAGEM RETIRADA DO PINTEREST
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GRUPO MALHA. IMAGEM RETIRADA DO ARCHDAILY
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Santana do Paraiso
Diante dos cenários econômicos que todas as cidades estão sucessíveis, o município de Ipatinga precisa rever a dependência econômica baseada no setor industrial da região. Dessa forma, fazem-se necessárias novas possibilidades de diversificar a economia do município de Ipatinga, caracterizando um dos propósitos da economia criativa. A Indústria Criativa é apontada pelo FIRJAN (2016), como tendo um evidente caráter estratégico, em especial, em um cenário de crise econômica.
A economia criativa, definida por Howkins, compreende os setores em que o valor de seus bens e serviços se baseia na propriedade intelectual: arquitetura, artes visuais e artísticas, artesanato, cinema, design, publicação, pesquisa e desenvolvimento, jogos e Coronel brinquedos, moda, música, publicidade, software, TV e Fabriciano rádio e videogames. (BID, 2013. Traduzido pelo autor).
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A indústria criativa pode ser entendida como “o conjunto de atividades que, de forma encadeada, permitem que as ideias sejam transformadas em bens e serviços culturais, cujo valor é determinado pelo seu conteúdo de propriedade intelectual.” (BID, 2013. Traduzido pelo autor) Entende-se que uma Indústria/ Economia Criativa se baseia na criação, produção e distribuição que envolva a propriedade intelectual, gerando, nesse sentido, uma nova forma de se pensar a indústria do século XXI, que está relacionado com o intangível, caracterizando uma possível “‘nova revolução industrial’ em que a tecnologia aliada à criatividade contribui para o surgimento de novas relações de trabalho e produção”, conforme observado por Monfré (2015). A indústria criativa, portanto, estimula o aprendizado prático e acessível aos mais variados públicos, trabalhado de forma multidisciplinar.
PAVILHÃO BRASIL EXPOPAVILHÃO MILÃO 2015. BRASIL IMAGEM EXPORETIRADA MILÃO 2015. DO PIN IMA
Considerando os 13 setores criativos da economia criativa que contribuem em 16,4% para o PIB nacional (FIRJAN, 2016), as atividades do setor de moda - que juntamente com arquitetura e design representam o núcleo responsável pela maior parcela criativa nacional - têm pouco reconhecimento e incentivo, mesmo sendo um setor chave para o desenvolvimento da economia criativa brasileira.
NTEREST
C
Apesar de ser um setor que movimenta a economia durante todo o ano, a moda é pouco investida e, por isso, se faz necessário o aprofundamento nas discussões sobre o tema, principalmente no que diz respeito à cultura da formação, incentivando cada vez mais os estudos no setor. Sendo assim, são necessários espaços de promoção da moda, que estimulem o compartilhamento de ideias e práticas a fim de alavancar o potencial iminente nessa área.
GRUPO MALHA. IMAGEM RETIRADA DO ARCHDAILY
a Urbana
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Uma vez que os espaços físicos são de grande influência para o compartilhamento de ideias, é preciso trabalhá-los de modo a garantirem o estímulo à cadeia de produção criativa. Paralelo às discussões acerca da troca de conhecimentos, têm-se o conceito de HUB: “Lugares físicos para redes sociais e produtivas, onde é possível estabelecer conectividade entre pessoas e experiências, sendo propícios para se reunir, trabalhar, criar, imaginar. Funcionam através de múltiplos acontecimentos como coworking, escola, incubadora, consultoria e laboratório de inovação, onde as pessoas pensam e empreendem juntas.” (MONFRÉ, 2015)
HUBS
são lugares propícios Dessa forma os para conexão entre pessoas que criam, empreendem e trabalham em conjunto: um centro comunitário de criação.
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Os estudos de caso a seguir apresentam algumas questões projetuais que ajudaram na fundamentação da proposta de projeto que será apresentada neste trabalho. Essas questões passam por discussões a respeito da flexibilidade e mutabilidade da forma arquitetônica. Destacam-se ainda a os elementos que se constituem como peles do edifício, sejam internas ou externas, mas que reforçam o caráter entre o efêmero e o permanente na arquitetura, que pretende-se trabalhar através de PASSARELAS.
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NOVO MUSEU BAUHAUS ESCRITÓRIO PENDA (CONCURSO) DESSAU, ALEMANHA 2015 ÁREA: 4.500m²
“Um museu que não é definido pela sua forma, mas pelo seu desempenho.”
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PENDA
A proposta do PENDA consiste em um projeto mutável com a presença de duas plataformas giratórias que fazem a conexão cidade-museu e museu-parque. A ‘Bauhaus Flexível’, como foi chamada, apesar de não ter sido a escolhida, é uma fusão de geometria e elementos tecnológicos que oferece flexibilidade e integração. Devido à sua capacidade de se transformar, o museu pode reagir a diversas necessidades dentro do Parque, tendo assim, uma configuração volumétrica para diferentes usos.
Os dois elementos flexíveis são capazes de interagir com a vida pública no parque além de adaptarem-se às necessidades e às demandas de seu ambiente. A plataforma giratória faz-se em torno de um núcleo estável em seu eixo, onde escadas, elevadores e sistemas elétricos como cabos e tubos estão localizados. IMAGENS RETIRADAS DO ARCHDAILY
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PAVILHÃO EQUADOR ESCRITÓRIO ZORROZUA Y ASOCIADOS EXPO MILÃO 2015 FACHADA: KriskaDECOR ÁREA: 1.000m²
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IMAGENS RETIRADAS DO ARCHDAILY
“Uma fachada gráfica inspirada nos tecidos multicoloridos da região de Otavalo, no Equador.” ZORROZUA Y ASOCIADOS
A fachada do pavilhão gera um impacto visual cativante que, além de se destacar dos demais pavilhões, tem esse caráter chamativo realçado pelos efeitos do sol e dos ventos, que criam movimento nessa pele que envolve o pavilhão.
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MANUS X MACHINA 26
ESCRITÓRIO OMA MUSEU METROPOLITANO DE ARTE NOVA YORK 2016 ÁREA: 1.700m²
IMAGENS RETIRADAS DO ARCHDAILY
“Uma armadura de andaimes envolta com um tecido translúcido introduz uma temporalidade única dentro de uma instituição histórica.” OMA
Contituindo-se de um volume branco e translúcido a instalação, que ousa ao criar um segundo pavimento no átrio eclético e de pé-direito duplo do museu, cria um ambiente neutro e favorável à exposição vestuária. Essa pele - uma membrana perfurada - combinada com elementos de iluminação e projeções permite criar variadas experiências pela exposição.
Iluminada de frente, essa membrana torna-se uma tela praticamente opaca, funcionando como um pano de fundo para projeções, ao passo que, iluminada por trás, se revela uma transparência que permite, além do sutil suspense entre o ver e ser visto, visualizar toda a estrutura bruta (contrapondo-se à delicadeza dos tecidos) que condiciona a exposição.
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ESCOLA DE ARQUITETURA
MARNE-LA-VALLÉE ARQUITETO BERNARD TSCHUMI MARNE-LA-VALLÉE, FRANÇA 1999 ÁREA: 2.300m²
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O projeto para escola baseia-se no propósito de que a arquitetura proporciona espaços para diferentes usos e experiências. O salão principal concentra toda a circulação da escola, dessa forma todo o programa está disposto ao redor desse grande pátio que pode ser explorado pelos mais diversificados usos, desde encontros e debates à projeções e comemorações.
A circulação da escola é feita por escadas e passarelas que se configuram em espaços abertos em vários níveis.
“Isso transforma o edifício em um GRANDE PASSEIO, que, como em uma cidade, pode ter vários pontos de partida, bem como múltiplos atalhos através dele..”
IMAGENS RETIRADAS DE TSCHUMI.COM
TSCHUMI (Traduzido pelo autor)
Planta baixa (sem escala)
Corte longitudinal (sem escala)
É possível notar que as circulações e pátios de vivências dominam o programa da escola.
CIRCULAÇÃO
PÁTIO
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TERRENO IPATINGA MALHA URBANA Terreno escolhido
Localização do terreno escolhido Avenida Brasil - Bairro Iguaçu
INSERÇÃO DO TERRENO NO CONTEXTO URBANO ZONAS DE CENTRALIDADE 1 Plano Diretor: Capítulo II - Seção I: Art. 66. As centralidades do Município de Ipatinga correspondem aos espaços que tencionam e organizam em diversos níveis o Município, em razão de sua importância na estrutura urbana e regional.
INSERÇÃO DO TERRENO NO CONTEXTO URBANO: BAIRRO Plano Diretor: Capítulo II - Seção I: Art. 66. Bairros Iguaçu, Horto, Bom Retiro e os eixos do Bairro Cidade Nobre, Jardim Panorama, Canaã, Bethânia e Veneza, que se configuram como centralidades de segundo nível, as quais impulsionam os vetores de crescimento e têm impacto em nível de bairro.
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O terreno escolhido para a implantação do Hub localiza-se no bairro Iguaçu, numa área central do município, responsável por conectar vários bairros da cidade. A escolha dessa região para o projeto foi condicionada por planos previstos pela administração municipal para a área, como podem ser encontrados no Plano Diretor de
Ipatinga (2014), além de seu posicionamento estratégico no contexto urbano do município. Analisando o entorno, percebe-se que a região é consolidada por grandes galpões industriais, com poucas edificações mistas e residenciais, o que confere quase um padrão quanto às formas e gabaritos da região.
TERRENO COMERCIAL/ INDUSTRIAL RESIDENCIAL MISTO INSTITUCIONAL
Sendo um terreno de esquina, este é margeado pela rua Turquesa longitudinalmente, além da importante Avenida Brasil, que se caracteriza por um longo eixo de uso misto/comercial de grande importância para o bairro Iguaçu e seus limítrofes. Conforme o zoneamento urbano, o terreno é categorizado na Zonda de Grandes Equiapmentos (ZGE) que, pelo Plano Diretor, são áreas que, pela localização ou interesse público, serão destinadas a implantação de grandes equipamentos de uso coletivo. Além disso, ainda existem Áreas de Diretrizes Especiais (ADEs), que para o bairro Iguaçu prevê o incentivo à transferência dos usos de
atividades industriais e comerciais de grande porte que, como observado no mapa de uso do solo, dominam o entorno da área de projeto. Ainda consta a melhoria da mobilidade urbana na região tanto para automóveis quanto para ciclistas e pedestres. Como exemplo dessa política de mobilidade, em 2017 foi finalizada e inaugurada a Avenida Maanaim, que passa aos fundos do terreno escolhido e, ainda mais, consta a transformação da Rua Turquesa em um grande eixo conector de grandes áreas do município. Dessa forma, cada vez mais a área se consolida por suas conexões urbanas em seus mais diversos níveis e o terreno escolhido se insere no meio de todos esses eixos.
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Atualmente no terreno funciona uma escolinha de futebol que funciona duas vezes na semana e aos finais de semana acontecem alguns jogos a nível de bairros, sendo assim, a permeabilidade do terreno é quase total, excluindo-se apenas as arquibancadas descobertas e um apoio/vestiário. Fora do campo, para a Av. Brasil, há um pátio em que ficam estacionados caminhões de frete.
V04
Rua Turquesa
Rua Jaci
Avenida Maanaim
V06
V01
CICLOVIA (PROPOSIÇÃO) Avenida Brasil
V02 V03
EIXO DE CONEXÃO URBANA (PROPOSIÇÃO)
Novas proposições (Plano Diretor 2014) / Marcações de visadas
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Avenida Maanaim
75%
TAXA DE PERMEABILIDADE
25%
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
2,0
ÁREA DO TERRENO (m²)
19.885
VENTOS PREDOMINANTES
NASCENTE
184m
196m
FUNDOS DE LOTES
Rua Turquesa
POENTE
ZGE - ZONA DE GRANDE EQUIPAMENTO TAXA DE OCUPAÇÃO
MARCAÇÃO APP(LEITO DO RIO)
Ciclovia
Rua Jaci
Conforme consta no Plano Diretor de Ipatinga (2014), existe a proposição de um eixo de conexão no município, assim como a avenida Maanaim, inaugurada em 2017. Além disso, ainda nas propostas de mobilidade, há a ampliação da ciclovia que, atualmente, corta grande parte da cidade. Com todas essas obras urbanas, o terreno se faz de grande destaque no contexto em que está inserido na malha urbana.
105m VENTOS CANALIZADOS Avenida Brasil
Dados retirados do Anexo XX da Lei de Uso e Ocupação do Solo de Ipatinga/MG.
RUÍDO DO TRÁFEGO
INTENSO EM HORÁRIOS DE PICO PONTO DE ÔNIBUS
O gabarito da região é predominantemente padrão, com altura próxima a 6 metros, devido a configuração das edificações se assemelharem, em maioria, a galpões industriais. A Rua Turquesa (lateral) é predominantemente residencial, exceto pelo campo de futebol, e apesar de manter um gabarito padrão (dois pavimentos), apresenta residências de um pavimento e um edifício multifamiliar de quatro pavimentos, caracterizando-se como a edificação de maior porte no entorno imediato.
V01 - Rua Turquesa
V02 - Avenida Brasil
V03 - Pátio de Caminhões
Avenida Maan
V04 - Avenida Maanaim
V05 - Conexão Av. Maanaim
V06 - Campo de Futebol
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PROGRAMA DE NECESSIDADES
ENSINO
34
AMBIENTE
ATIVIDADE/ USO
ÁREA
QUANTIDADE
ÁREA TOTAL
sala de aula
aulas e cursos
50m²
6
300m²
atelier de fotografia
fotografias e edição digital
80m²
1
80m²
atelier digital
editoração gráfica
60m²
2
120m²
atelier criativo
criação e desenho
100m²
3
300m²
atelier de modelagem
pranchetas e manequins
150m²
3
450m²
atelier de costura
máquinas de costura + cortadoras laser
100m²
2
200m²
box criativo
atelier individual (criação + costura)
16m²
30
480m²
bureaux de tendência
centro de acesso a informações
70m²
1
70m²
acervo de material
tecidoteca
50m²
1
50m²
secretaria
recepção
30m²
1
30m²
espaço dinâmico 01
nichos para professores
120m²
1
120m²
espaço dinâmico 02
apoio para funcionários + vestiário
30m²
2
60m²
sala dinâmica 01
reuniões
45m²
1
45m²
sala dinâmica 02
coordenação e direção
15m²
2
30m²
almoxarifado
material de uso diário
10m²
1
10m²
sanitário
uso individual
6m²
8
48m²
sanitário
uso coletivo
15m²
8
120m²
aparato técnico
ar-condicionado + internet
12m²
1
12m²
segurança
vigilância/ monitoramento
15m²
1
15m²
depósito 01
materiais gerais
40m²
1
40m²
depósito 02
material de limpeza
10m²
1
10m²
depósito 03
armazenamento de lixo
5m²
1
5m²
ÁREA PARCIAL
2595m²
CIRCULAÇÃO (20%)
520m²
ÁREA TOTAL
3115m²
EVENTOS/ EXPOSIÇÕES AMBIENTE
ATIVIDADE/ USO
ÁREA
QUANTIDADE
ÁREA TOTAL
auditório flexível
palco + plateia (500 pessoas)
900m²
1
900m²
camarim coletivo
25m²
1
25m²
camarim individual
9m²
3
27m²
sala de projeção
12m²
1
12m²
apoio técnico (infraestrutura/ cenografia) 70m²
1
70m²
galeria 01
espaço de exposições multiuso
450m²
1
450m²
box criativo
atelier individual (criação + costura)
250m²
2
500m²
apoio
exposição permanente
50m²
1
50m²
foyer
recepção + bilheteria
50m²
1
50m²
almoxarifado
material de uso diário
10m²
1
10m²
sanitário
uso individual
6m²
4
24m²
sanitário
uso coletivo
20m²
6
120m²
aparato técnico
ar-condicionado + audiovisual
12m²
1
12m²
segurança
vigilância/ monitoramento
15m²
1
15m²
depósito 01
material de limpeza
10m²
1
10m²
depósito 02
armazenamento de lixo
5m²
1
5m²
ÁREA PARCIAL
2280m²
CIRCULAÇÃO (20%)
455m²
ÁREA TOTAL
2735m²
12m²
60
720m²
COMERCIAL/ USO COMUM box comercial (individual) feira
CICLO
atelier colaborativo
coworking
150m²
4
450m²
espaço dinâmico
reuniões + direção
40m²
1
40m²
box fornecedor
estoque de material/ fornecedores
10m²
3
30m²
sanitário
uso individual
6m²
4
24m²
sanitário
uso coletivo
20m²
6
120m²
depósito 01
material de limpeza
10m²
1
10m²
depósito 02
armazenamento de lixo
6m²
1
6m²
refeitório
alimentação (cozinha, mesas, apoio...)
200m²
1
200m²
ÁREA PARCIAL
1600m²
CIRCULAÇÃO (20%)
320m²
ÁREA TOTAL
1920m²
35
S
PRÉ DIMENSIONAMENTO - SÍNTESE ENSINO
3115m²
EVENTOS E EXPOSIÇÕES
2735m²
COMERCIAL
1920m²
ÁREA TOTAL*
9020m²
* considerando o acréscimo de 2250m² para estacionamento: (automóveis/ motocicletas + bicicletário)
XISTENTE
PROPOSTA
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO
DROGRAFIA
ODOVIAS
OGRADOURO FLUXOGRAMA SIMPLICADO COM AS PRINCIPAIS CONEXÕES DO PROGRAMA
36 ERROVIAS
B
O PROJETO
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DIAGRAMAS SEM ESCALA.
EVOLUÇÃO DO PARTIDO
Como o programa conta com três usos diversificados (ensino, eventos e comercial), partiu-se de três blocos que permitiam fácil acesso entre eles. A longitudinalidade do terreno, permitiu explorar os deslocamentos horizontais mais que os verticais.
38
Seguindo a lógica da FRAGMENTAÇÃO em que, quanto mais se fragmentam os blocos, mais possibilidades de acessos e circulações se configuram, o que potencializa o caminhar espontâneo pelo projeto, fortalecendo, assim, a proposta da feira livre.
Rua Turquesa
Rua Jaci
Avenida Maanaim
Avenida Brasil
Unindo à fluidez da forma gerada pela fragmentação - que possibilita um percurso mais dinâmico pelo projeto - às circunstâncias as quais o projeto está inserido, como disposição do terreno, acessos e vistas, além do posicionamento dos lotes do entorno que fazem fundos para a área, chegou-se a uma implantação fluida, harmônica e que permite explorar os caminhos, as passagens, as passarelas, ao mesmo tempo que conecta todo o programa, conferindo uma unidade, mesmo que este esteja setorizado.
39
Os três blocos estão distribuídos pelo terreno de modo a se criar uma fluidez central, que proporcione ambiente favorável para o desenvolver da feira livre, como o ápice do compartilhamento dos resultados de toda a colaboração do programa, de modo que esta ‘costura’ e une todos os blocos.
O posicionamento dos blocos, condicionou uma circulação linear, aos mesmo tempo que cruzada, e, ao passo que esses deslocamentos são livres - e, por isso, permitem uma infinidade deles procura-se articular as conexões existentes por meio de passarelas móveis e vazios que culminam nas transformações formais que o partido pode se submeter.
(Croquis de fluxos e posicionamentos de blocos gerados no processo de projeto)
40
(Croquis de configurações das passarelas/ mudanças formais do projeto)
PARTIDO MUTÁVEL
UR R. T
QUE
SA
AV. MAANAIM
AV. BRASIL
(DIAGRAMAS SEM ESCALA)
URQ R. T
A UES
AV. MAANAIM
AV. BRASIL
Possibilidades de mudança de forma, através de deslocamentos de passarelas aéreas e demarcações de passagens no nível térreo, além de fachadas ativas (peles) que assumem diferentes configurações conforme os usos de determinados espaços.
41
PROTÓTIPO
Esquema de fachada-pele que se configura de acordo com o uso pretendido, podendo funcionar como balcão (varanda), ou como ponte que se conecta a outros blocos, além do exterior.
42
Rua Jaci
PROPOSIÇÕES
Extensión Museo MALI (Productora)
Sede da Aachenmünchener (Kadawittfeldarchitektur)
IMAGENS RETIRADAS DO PINTEREST
Pretende-se trabalhar as passarelas e caminhos como passagens de vivências, potencializando a troca de experiências tanto profissionais quanto pessoais. Como uma rede, pretende-se integrar o projeto à cidade, tornando-o mais que um equipamento de grande porte, mas um centro de conexão de pessoas e atividades. Para isso, além das edificações flexíveis em suas formas e programas, trabalhará o espaço da feira, os espaçoso públicos, integrando a comunidade ao terreno e à cidade. O terreno permite ser explorado, também, como um local de respiro no meio urbano, logo as áreas livres/ de circulação serão trabalhadas como “parques”, por meio de paisagismo, tudo tirando propósito das experiências dos encontros e das trocas.
Complexo Cultural Luz (Herzog e De Meuron)
URSSAF Headquarters (Mikou Studio)
43
Rua Turquesa
COMERCIAL
EVENTOS
BOX (feira)
ENSINO
44
Avenida Brasil
IMPLANTAÇÃO
BIBLIOGRAFIA BERNARD
TSCHUMI
ARCHITECTS.
School
of
Architecture,
Marne-la-Vallée.
Disponível
em:
<http://www.tschumi.com/projects/15>. Acesso em: novembro 2017. BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento. La economía naranja: Una oportunidad infinita. 2013. Disponível em: <https://publications.iadb.org/bitstream/handle/11319/3659/La%20economia%20naranja%3a%20Una%20oportunid ad%20infinita.pdf?sequence=4>. Acesso em agosto 2017. BOTTMANN, Denise; GREY, Roberto. O campo ampliado da arquitetura: Antologia teórica (1993-2009), trad. Denise. Bottmann e Roberto Grey. São. Paulo: Cosac Naify, 2013 FERNANDES, Joel A. L. A pele na arquitetura: entre a tectónica e a aparência na obra de Herzog & de Meuron. Lisboa. 2013. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11067/654>. Acesso em agosto 2017. FIRJAN.
Mapeamento
da
Indústria
Criativa
no
Brasil.
2016.
Disponível
em:
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PA IPANEMA
ASSA D'ÁGUA
UADRAS
MITE MUNICIPAL
UFV | DAU | 2017
Descrição Revisão
GABRIEL FERNANDES | ORIENTADORA: DENISE MÔNACO