MAR SOLÍS Tempestades
SÃOMAMEDE GALERIA DE ARTE
Maio / Junho 2017 Columna Furica 2015 Escultura em Madeira de Mogno 100x80x125 cm
A Tempestade Ponto por ponto. Entrei a bordo na nave real, na popa, na proa, na cobertura e nos camarotes, fiquei em chamas de espanto, por vezes dividindo-me para estar em vários sítios ao mesmo tempo: no extremo do mastro, nas vergas, e no gurupés, ardia com fulgor por todas as partes para logo ressurgir num único fogo. Os relâmpagos de Júpiter, percursores do rugido terrível do trovão, não eram tão rápidos, nem tão brilhantes, os fogos e estalidos estrondosos do enxofre pareciam assediar o poderoso Neptuno e estremecer suas ondas audazes, sacudindo até o seu feroz tridente - dixit Ariel (A Tempestade, de William Shakespeare) Com este arrojo e franqueza, Mar Solís empreende a criação das suas tempestades, para depois, com o mesmo brio, lutar e vencê-las. ...Coragem, coragem rapazes! Vamos! Baixai a gávea! Atentos ao apito do capitão! E tu, sopra até rebentar, se é que se pode!.....Fixai o leme! Despegai as duas velas outra vez! Mar adentro! Soltai as velas! Mar adentro! - dixit Contramestre (A Tempestade, de William Shakespeare) Mar Solis mantém um desafio que lhe permite libertar, desde as suas profundezas, o seu próprio vulcão. É, ao mesmo tempo, o vento que sopra com ímpeto e o pulso firme que sustem o leme. Neste projeto, a artista leva-nos através de uma viagem pessoal que em face das tormentas, afronta os desafios como símbolos de transformação e força.
A artista apresenta-nos um trabalho escultórico com uma grande carga narrativa onde cada peça, através da curva e da linha, elementos expressivos e interdependentes na sua obra, nos apresenta analogias com as restantes. E onde a sombra se projeta sem peso nem volume, como abstração da sua própria criação. Temperando o vazio através de materiais como a madeira e o metal, Solís eleva no espaço formas que se intuem em movimento. Peças oscilantes que multiplicam até ao infinito o desenho curvo da sua morfologia. Esculturas fragmentadas e reconstituídas que evocam a curva furiosa, quebrada e encaixada no tempo pela força do seu movimento. Com mão destra e oficio, Mar Solís, uma das escultoras espanholas com maior projeção internacional, tripula através da sua obra a aventura do devir nesta exposição intitulada Tempestades. Julieta de Haro Gestora cultural Comissária independente
VOR II 2016 Escultura em Ferro 200x70x60 cm
Se com vossa arte, queridíssimo pai, haveis feito rugir as ondas selvagens, acalmai-as... Quanto sofri ao ver sofrer os demais! - dixit Miranda (A Tempestade, de William Shakespeare)
Tornado II 2016 Escultura em Ferro 215x90x90 cm
Mare Insularum I 2016 Escultura em Ferro 160x54x54 c
MAR SOLÍS BARRADO Nota Biográfica Nasce em Madrid em 1967. 2013 Mestrado em Investigação em Arte e Criação. 2009 Bolsa de residencia Fundação Delfina, Londres, Reino Unido. 1995 Licenciatura em Belas Artes com a especialidade em Escultura, Universidad Complutense de Madrid. 2005 Bolsa de gravura. XXVII Festival de Assilah. Marrocos. 2004 Bolsa de Artes Plásticas de la Ville de Paris. Cité internationale des Arts. París. França. 2003 Bolsa de Artes Plásticas da Casa de Velázquez PRÉMIOS: 2008 Primeiro prémio do concurso Internacional de Escultura Caja de Extremadura. 2007 Menção honrosa, Bienal de escultura de Valladolid, Museu de arte contemporânea Patio Herreriano, Valladolid. 2006 Primeiro prémio, Concurso Público, Fachada Casa de Cultura de Navacerrada, Madrid. 2005 Prémio Ojo crítico-Segundo Milenio de Artes Plásticas, Radio Nacional de España. Primeiro prémio Racimo 2004 de escultura, Fundação Serrada Blanco del Arte, Município de Serrada, Valladolid. 2004 Menção honrosa XXIII Certamen internacional Jacinto Higueras, Santisteban del Puerto, Jaén. 2003 Primeiro Prémio de Escultura Generación 2003 Prémios y Becas de Arte Caja Madrid. 2002 Pámpana de Plata, LXIII Edición Exposición Internacional de Artes Plásticas de Valdepeñas. 2001 Primeiro Prémio Escultura Mariano Benlliure, Prémios Villa de Madrid 2001, Madrid. EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS (Seleção): 2016 En 8 minutos. Museu de Arte Contemporáneo de Alicante MACA; Estanque de Tormentas, El Tercero de Velázquez, Madrid; Durius Flumen, Exposição de escultura pública, Aranda de Duero, Burgos; Barroco, Barroco, Galeria Ansorena, Madrid. 2012 La Línea, la Curva, la Elipse, Instituto Valenciano de Arte Moderno, IVAM, Valência; Dibujar, Transformar, Tiempos Modernos. Madrid. 2011 Un camino sinuoso, Fundación Artsur, Madrid; Encuentros en el espacio, Natalia Abot y Mar Solís, Museo de arte contemporáneo Eduardo Sívori, Buenos Aires, Argentina e Museo de arte contemporáneo de Salta, Argentina (Coordinação da Fundação Artsur; Bajo la sombra de un sol roto, Casa de la Provincia, Sevilla; Galería El viajero Alado, Lebrija, Sevilla; The Tale of unknowing Island, Frost Art Museum, Miami. 2010 Encuentros en el espacio Natalia Abot - Mar Solís, Museo de arte contemporáneo de Unquillo, Córdoba, Argentina. 2009 Raices del Aire, Galería Sao Mamede, Lisboa; El Cielo Abierto, Museo Barjola, Gijón, Asturias; Cuadernos de viaje Madrid – Damasco, Instituto Cervantes de Damasco, Siria; Cuadernos de Rincón, Galería Raquel Ponce. Madrid. 2008 La transformación del eco, Galería Ana Vilaseco, La Coruña; Paréntesis del Aire, Galería Full Art. Sevilla; El Cielo Abierto, Galería Raquel Ponce, Madrid. Texto Julieta de Haro • Fotografia Julio Moya e Mar Solis • Grafismo Galeria São Mamede • Impressão Gráfica Vilar do Pinheiro • Tiragem 300 exemplares
R. MIGUEL BOMBARDA, 624 4050-379 PORTO TEL/FAX +351 226 099 589 M +351 934 388 500
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Mare Eternum I 2016 Escultura em Ferro 38x30x30 cm
Danza Elíptica 2014 Escultura em Madeira de caoba tingida 43x15x15 cm
SÃOMAMEDE GALERIA DE ARTE