Cruzeiro Seixas - O Infinito Segredo

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CRUZEIRO SEIXAS O INFINITO SEGREDO MARÇO A ABRIL 2009

SÃOMAMEDE GALERIA DE ARTE


A maior parte da história fica para sempre por contar ou existir. Que sabemos nós do que o mar diz ao mar dos nós que há em nós oh tu que mais vives quando dormes do que quando desperto vens ouvir e ver vir o inferno inevitável como uma mãe? Vibra no corpo de cada coisa a noite como um restrito argumento vegetal. todo o sangue de uma formiga é um excesso para este sonho de fazer correr enfim o sangue dos Deuses ou sangue da maquina de escrever restituindo-nos todo o poder de repulsa dos répteis.

África 72 Artur Cruzeiro Seixas Obra Poética vol III

4. ... logo renascia ainda mais bela, 1985,Tinta-da-china sbpapel, 61 x 43 cm


O INFINITO SEGREDO PINTURA E DESENHO

“O irreal é o real à espera de ser criado” António Cândido Franco

SÃOMAMEDE GALERIA DE ARTE MARÇO A ABRIL DE 2009


28. Dos antepassados dos animais,Anos 70, Desenho Ă pena sb papel, 35 x 50 cm


S E M P R E D E S A F I A DOR E S , S E M P R E A D M I R Á V E I S : O S D E S E N H O S D E C RU Z E I R O S E I X A S

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Desenhos surpreendentes só surgem quando os sonhos mais íntimos de um artista irrompem, convergem, juntam forças e de repente se expandem em nada menos do que o imprevisto selvagem. Tais passos gigantescos por sua vez conduzem-nos directamente a ,novos e excitantes modelos do Pluriverso – uma entidade imaginativa poderosa, imensamente maior, mais profunda e mais encantadora do que o universo paroquial, comum. O meu grande amigo Artur Cruzeiro Seixas, a quem o mundo deve indiscutivelmente tantos dos mais maravilhosos desenhos das ultimas cinco décadas, é também um dos incontestáveis mestres deste Pluriverso em perpétua transmutação. Uma figura principal no movimento surrealista internacional pela segunda metade do séc.XX, ele continua a ser como a presente exposição demonstra, um excelente exemplo e mentor do séc. XXI. (…) Esticando os limites da “probabilidade convencional” e rompendo o “desconhecido” como novo e provocante conhecimento, ele também teve a ousadia repetidas vezes de desafiar e destruir o denominado “impossível”, com um arsenal de probabilidades inéditas e saídas de um impulso. (…) A sua mistura maravilhosa de alquimia e anarquia exemplifica não só o seu espírito profundamente poético, mas também o seu humor selvagem e milagroso. Claro que a justaposição é central aqui. Contemplar as paisagens físicas e as mentais de Cruzeiro Seixas é não só circum-navegar pelo globo, mas também visitar espaços intergalácticos e locais vertiginosamente além do usual e do dia-a-dia. Ele mostranos galáxias autónomas, uma geologia simbólica totalmente inesperada, e um sem numero de desertos de outros-mundos, repletos de surpresas: coreografias de cumes de montanhas, escadas dançantes, arquitectura acrobática, e montanhas russas para as estrelas. (…) Vendo o panorama extraordinário do seu trabalho, fica claro que Cruzeiro Seixas teve o prazer de ir a locais, e de ver coisas em terras distantes, como também o de alcançar os pontos mais remotos da experiência objectiva e da imaginação. Os seus muitos anos em África seguramente elevaram o seu sentido do maravilhoso e da magia, como também a sua forte oposição ao colonialismo e imperialismo, da mesma forma que o seu amor pelo Jazz, aprofundaram e fortaleceram o seu espírito surrealista militante. Nas suas viagens – não só as da “realidade” como também as da imaginação – é claro que ele teve o prazer de abrir muitas portas – realmente, florestas inteiras de portas, abrindo-se para vistas incontáveis e imprevistas. Graças a Cruzeiro Seixas, muitas coisas novas são agora possíveis na arte de desenhar.

Franklin Rosemont Chicago, 14 Julho 2007 25.

24. Estudo, 1968,Técnica mista sb papel, 20 x 16 cm ; 21. O Envelope, 2001,Técnica mista sb papel, 23 x 19 cm ; 25. Estudo para escultura, 1949, Desenho sb papel, 21 x 17 cm


1. As pedras olhando as constelações, 1980, Técnica mista sb papel, 51 x 70 cm


- Quais são as ocupações diárias de um pintor? - Primeira coisa; de manhã faz um buraco na crosta celeste que dá para o vazio. Depois degola um pinheiro e falha o seu percurso. Inspecciona o seu dada, atrela o cavalete ao seu dada. Desça para a crosta terrestre e está de bom humor. Pinta uma fechadura na parede e, através do buraco, descobre as frágeis penas de luz. Saúda alguns Deuses obscuros e a ninfa Eco. Uma pegada ao lado de um túmulo aberto indica-lhe que o dia será belo, que a colina estará inspirada e que os homens não o saberão.

Max Ernest Ècritures avec cent vingt illustrations extraites de l’ouvre de l’auteur Le point du jour, NRF - Editions Gallimard, 1970

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Mais uma exposição de Cruzeiro Seixas dizem amigos e inimigos e com igual espanto, indignação e ironia, digo-o eu. De facto, há um excesso de problemas que detectamos, mas que não sabemos resolver. A invenção de novos mitos, essa por demais evidente satisfação que o homem tira do erro, esse espelho sempre atravessado por nuvens, o falhanço dos que esperam que a liberdade lhes seja dada pelos políticos, quando ela só pode estar dentro de nós, ou aqueles que quando lhes é dada a liberdade, tão mal a sabem usar. O que sei é que comecei muito cedo a meter na cama todas as paisagens, árvores enormíssimas, rios, montanhas, o mar em fúria, catedrais góticas, castelos, o arco-íris, etc., etc., etc. Evidentemente que não fui capaz de aprender a tabuada e ainda hoje não sei se isso aconteceu por estupidez ou por inteligência. Um inútil que não passou pelo liceu, nem por faculdades nem sequer pelas “BelasArtes”. Um tipo assim não precisa de ser “artista”; sempre me disse como um homem que pinta, não como um pintor. Para tudo o que desenhei e pintei não precisei de mais do que um qualquer canto de mesa. Hoje, com 88 anos sei que a tabuada não me fez falta nenhuma. Não pedi NADA A NINGUEM e não morri de fome. Ouvi dizer que Dostoiewsky dizia que para ele dois e dois nunca eram quatro. O mesmo me aconteceu. Tive grandes amigos, arvores, pedras, canetas. E amigos como o Cesariny de quem estão depositadas cento e tal cartas na Biblioteca Nacional em que ninguém pega. E refiro-o com toda a grandeza de quem partindo cedo, partiu inteiro, o António Maria Lisboa. E o Mário Henrique Leiria. E o Fernando José Francisco, de que quase apenas a memória resta. E o António Pimentel Domingues, e o António Quadros e o Mário Botas. Estes e muitos mais; Mário Eloy. Mário Sá-Carneiro, Júlio (dos Reis Pereira), Camilo Pessanha, Ernesto Sampaio, e tantos, tantos outros. O melhor de mim, a eles o devo, e, por certo, com eles partiu. Isto sem esquecer os inúmeros de que, a obra de arte era a sua própria vida de todos os dias. E há este local geográfico que é todo o meu grande luxo; não o trocaria por nenhum outro, isto por razões que nada têm a ver com o patriotismo. Nos anos 40 a maioria dos que se reuniam no café Hermínius ainda não tinham atingido os vinte anos, mas reinventavamos o possível à medida do tempo Pidesco que nos impunham. Que é feito desses que abriram portas geniais para o futuro como Isidore Ducasse, Fourier, Freud, Picasso, Magritte, Chirico, Artaud, Breton, Tzara, Duchamp etc., etc., etc? Que cenários tristes outros puseram para além dessas portas? E não posso deixar de referir África, uma África em tamanho natural, os jornais da época referem a quem se queira documentar, a grande diatribe aquando das minhas exposições de 1953 e 1955, explicitamente anti-colonialistas, em que a folha volante transcrevia um poema de Aimé Cesaire. Foi ali que nasceram os meus primeiros poemas escritos, foi ali que vi o fim de uma civilização, pois de uma civilização se tratava. É com o abecedário, não com os números, que faço as contas que faço. A ninguém prometi o sublime. Não vos sei dar mais do que esta respiração alterada.

Cruzeiro Seixas Fevereiro 2009 26. 22. Ficha de racionamento, 1948, Técnica mista sb papel, 21 x 13 cm 26. A Carta, 2005, Técnica mista sb papel, 22 x 15 cm


10.

7. 10. A noite de uma palavra, 1999, Tinta-da-china sb papel, 30 x 42 cm 7. Todos os dias à mesma hora‌, 2002, Tinta-da-china sb papel, 40 x 52 cm


9.

5. 9. "Tisife me fit mieux que lui‌", 2001, Tinta-da-china sb papel, 29 x 42 cm 5. "Finalidade sem fim", 2004, Tinta-da-china sb papel, 33 x 51 cm


2. A Porta, 1977, Desenho sb papel, 107 x 49 cm

12. "L'une des grandes encontres de ma vie", 1997, Desenho sb papel, 35 x 52 cm


16.

13. 16. O Silêncio do poeta, 2005, Técnica mista sb papel, 26 x 40 cm 13. Tudo o que não existe, existindo, 2006, Técnica mista sb papel, 41 x 57 cm


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Série "Memórias diárias", 1987, técnica mista sb papel, 16x25cm


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14. Na extensa, tão tensa linha do horizonte do teu corpo, 2004, Técnica mista sb papel, 25 x 35 cm

19. Aprenderemos até ao fim, 2002, Técnica mista sb papel, 28 x 21 cm


17. Histórias sem fim nem princípio, 2004, Técnica mista sb papel, 28 x 21 cm

11. A realidade espera-te, 2006, Técnica mista sb papel, 25 x 35 cm


27. Hist贸ria por contar ou existir, 1960, Pintura a tempera, 23 x 30 cm


15.

8. 15. Aparecem e desaparecem…, 2005, Técnica mista sb papel, 28 x 42 cm 8. Três palavras cegas, 2004, Tinta-da-china sb papel, 29 x 42 cm


NOTA BIOGRÁFICA Artur Manuel Rodrigues do C r u z e i ro S e i x a s nasceu na Amadora em 1920. Começou por atravessar uma fase expressionista-neo-realista mas desde cedo (1948) tomou parte no movimento Surrealista quer na pintura quer na poesia, tendo constituído o grupo “Os Surrealistas” em 1949. Entre 1952 e 1964 viveu em Angola e foi bolseiro da Gulbenkian em 1968 ano em que inicia a sua actividade como consultor artístico da Galeria São Mamede, até 1974. Posteriormente, de 1976 a 1983 dirige a Galeria da Junta de Turismo do Estoril, bem como entre 1985 e 1988 a Galeria de Vilamoura, no Algarve. Em 1999 doa a totalidade da sua colecção à Fundação Cupertino de Miranda, de V. N. de Famalicão, com vista à constituição do Centro de Estudos do Surrealismo e do Museu do Surrealismo. Actualmente vive em Lisboa. P r i n c i p a i s e x p os i ç õ e s : 1 9 4 8 toma parte na actividade dos surrealistas de Lisboa (António Maria Lisboa, Mário Cesariny, Mário Henrique Leiria, Pedro Oom, Fernando José Francisco, Risques Pereira, Fernando Alves dos Santos, Carlos Eurico da Costa, Carlos Calvet e António Paulo Tomás). 1 9 4 9 e 1 9 5 0 exposições de “Os Surrealistas”. 1 9 5 3 e 1 9 5 9 expõe em Luanda. 1 9 5 5 “Retrato Homenagem”, a António Maria Lisboa incluído na edição de a Verticalidade e a Chave”. 1 9 6 7 Retrospectiva na Galeria Bucholz. Galeria Divulgação, Porto, expõe com Cesariny. 1 9 7 0 e 1 9 7 2 Expõe na Galeria São Mamede.

1 9 7 5 Galeria da Emenda, expõe guaches de África. Galeria Ottolini, cinquenta anos da Revolução Surrealista, exposião de “cadavres-exquis” e “pinturas colectivas” (Com Samouco, Raúl Perez, Laurens Vancrevel, Paula Rego, Mário Botas, entre outros) 1 9 7 2 , 1 9 7 4 e 1 9 7 6 Exposições colectivas em Paris, no Brasil, em Bruxelas, em Chicago, em Londres, em Madrid, na Alemanha e no México. 1 9 7 7 Expõe em Amsterdão com Raúl Perez e Philip West. 1 9 9 4 Colabora na organização e participa numa importante exposição do Surrealismo em Portugal, realizada na Galeria São Mamede, intitulada “Surrealismo ou Não” 1 9 9 5 Galeria São Mamede, exposição de “Homenagem a Mário Henrique Leiria”. 2 0 0 0 Exposição retrospectiva e de homenagem a Cruzeiro Seixas, por ocasião do seu 80º aniversário 2 0 0 1 Galeria Sacramento, em Aveiro, exposição conjunta com Eugenio Granell Fundación Eugenio Granell, em Santiago de Compostela, grande exposição retrospectiva, sendo paralelamente publicado o livro biográfico “Cruzeiro Seixas”. 2 0 0 3 Centro de Arte e Espectáculos da Figueira da Foz, grande exposição retrospectiva da obra de Cruzeiro Seixas. Galeria Municipal Artur Bual,Amadora, exposição retrospectiva e de homenagem. Galeria São Mamede, exposição conjunta com Raúl Perez. 2 0 0 5 Galeria São Mamede, Porto, exposição “Fauna, Flora e Arte”. 2 0 0 9 Galeria São Mamede, exposição “O Infinito Segredo”.

29. Não me oponho ao poeta…, 1975, Desenho à pena sb papel, 35 x 45 cm


NOTA BIOGRÁFICA O u t r a s p a r t i c i p a ç õe s a r t í s t i c a s : Participa em várias mostras colectivas como em 1979 “Presencia Viva de Wolfgang Paalen” no Museu do México (cidade do México); em 1984 “Le Surréalisme Portugais” organizada por Moura Sobral, no Canadá (Montreal); em 1994 “O Rosto da Máscara” no Centro Cultural de Belém (Lisboa), e de tapeçarias de Portalegre com Eugenio Granell na galeria desta manufactura em Lisboa; em 1997 “Le Surréalisme et l’Amour” no Pavillon des Artes, em França (Paris); em 1998 “O que há de Português na Arte Moderna Portuguesa” no Palácio Foz (Lisboa); em 1999 “Desenhos de Surrealistas em Portugal” no Museu Nacional Soares dos Reis (Porto) e “Confrontos” com Carlos Calvet e Manuel Moura na livraria Ler Devagar (Lisboa); em 2000 “Le Mouvement Phases de 1952 à l’horizon 2000” em França, exposição itinerante, “Neo-realismo Versus Surrealismo”, na Galeria Municipal de Vila Franca de Xira (Póvoa de Sta. Iria) e “Parenté n’est pas hériditaire (Surréalisme et Liberté)” na República Checa, exposição itinerante; em 2001 “Surrealismo em Portugal 1934-1952” no Museo Extremeño Ibero-americano de Arte Contemporáneo, em Espanha (Badajoz), posteriormente no Museu do Chiado, em Lisboa e na Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão, ou “Os passos lado a lado” no Hospital Júlio de Matos, em conjunto com três artistas utentes deste estabelecimento de saúde mental. Executa ilustrações para diversos livros como “A Afixação Proibida” de António Maria Lisboa, “A Cidade Queimada” e “Titânia” de Mário Cesariny, “Antologia Erótica e Satírica” de Natália Correia, “Kunst en Anarchie” de Edgar Wind (Holanda), “Casos de Direito Galáctico” de Mário Henrique Leiria, “História Trágico Marítimo” e “Mulher de Luto” de Gomes Leal ou “Le Livre du Tigre” de Isabel Meyrelles. Colabora nas revistas surrealistas francesa “Phases”, holandesa “Brumes Blondes” e na canadiana “La Turtue-Lièvre” A partir de trabalhos de Cruzeiro Seixas, os escultores Alberto Trindade e Bruno Trindade têm vindo a executar diversas esculturas. Redige prefácios diversos, dos quais se cita para as exposições de Cesariny em 1969, de Raúl Perez em 1981, de Philip West em 1988 e de Eugenio Granell em 1996. Realizou cenários para a Companhia Nacional de Bailado e para a Companhia de Bailado de Gulbenkian. L i v r os : 19 7 3 livro “Cruzeiro Seixas”, por Mário Cesariny, da colecção Escritores e Artistas de Hoje. 1 9 8 6 Edição do livro de poemas de Cruzeiro Seixas “Eu Falo em Chamas”. Publicação de álbum referindo 230 obras de diversos autores, da colecção de Cruzeiro Seixas, adquiridas pela Fundação Cupertino de Miranda. 1 9 8 9 Publicação do álbum ilustrado “Cruzeiro Seixas”, sobre a sua vida e obra (SOCTIP) por ocasião da atribuição do prémio soc-tip “Artista do Ano”. 2 00 0 Edição do álbum “O que a Luz Oculta” com poemas e desenhos de Cruzeiro Seixas. Edição “Retrato sem Rosto”, exposição retrospectiva e de homenagem a Cruzeiro Seixas, por ocasião do seu 80º aniversário, álbum biográfico “Cruzeiro Seixas”. 2 0 0 1 Edição de “Viagem sem Regresso” poemas e desenhos, paralelamente é feita uma edição de luxo, em formato de álbum acompanhado de serigrafia; “Galeria de Espejos - Galeria de Espelhos” livro de poemas prefaciados e tradu zidos para castelhano por Perfecto E. Cuadrado; “Local Onde o Mar Naufragou” de desaforismos e serigrafias “Cruzeiro Seixas”, Livro biografico editado pela Fundación Eugenio Granell, de Santiago de Compostela, por ocasião de uma grande exposição retrospectiva. 2 0 0 2 É editado o livro de poesia “Artur do Cruzeiro Seixas - Obra Poética vol. I”. 200 3 Edição do segundo volume de poesia:“Artur do Cruzeiro Seixas - Obra Poética vol. II”. Encontra-se representado em diversas colecções privadas e em instituições como o Museu do Chiado (Lisboa), Centro de Arte Moderna da Fundação Caloust Gulbenkian, Biblioteca Nacional, Biblioteca de Tomar, Fundação Cupertino de Miranda (V. N. de Famalicão), Museu Machado de Castro (Coimbra), Fundação António Prates, (Ponte de Sor), Fundación Eugenio Granell (Galiza), ou o Museu de Castelo Branco.

Catálogo 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45.

As pedras olhando as constelações 1980 Técnica mista sb papel 51 x 70 cm A Porta 1977 Desenho sb papel 107 x 49 cm "Ora as estrelas lhe pareciam homens…" 1984 Técnica mista sb papel 44 x 59 cm ... logo renascia ainda mais bela 1985 Tinta-da-china sbpapel 61 x 43 cm "Finalidade sem fim" 2004 Tinta-da-china sb papel 33 x 51 cm "Dito isto, fica um grande espaço vazio" 2004 Tinta-da-china sb papel 49 x 37 cm Todos os dias à mesma hora… 2002 Tinta-da-china sb papel 40 x 52 cm Três palavras cegas 2004 Tinta-da-china sb papel 29 x 42 cm "Tisife me fit mieux que lui…" 2001 Tinta-da-china sb papel 29 x 42 cm A noite de uma palavra 1999 Tinta-da-china sb papel 30 x 42 cm A realidade espera-te 2006 Técnica mista sb papel 25 x 35 cm "L'une des grandes encontres de ma vie" 1997 Desenho sb papel 35 x 52 cm Tudo o que não existe, existindo 2006 Técnica mista sb papel 41 x 57 cm Na extensa, tão tensa linha do horizonte do teu corpo 2004 Técnica mista sb papel 25 x 35 cm Aparecem e desaparecem… 2005 Técnica mista sb papel 28 x 42 cm O Silêncio do poeta 2005 Técnica mista sb papel 26 x 40 cm Histórias sem fim nem princípio 2004 Técnica mista sb papel 28 x 21 cm Os Segredos do vento 2004 Técnica mista sb papel 21 x 28 cm Aprenderemos até ao fim 2002 Técnica mista sb papel 28 x 21 cm S/ Título 1997 Técnica mista sb papel 28 x 21 cm O Envelope 2001 Técnica mista sb papel 23 x 19 cm Ficha de racionamento 1948 Técnica mista sb papel 21 x 13 cm Colagem 1972 Técnica mista sb papel 34 x 19 cm Estudo 1968 Técnica mista sb papel 20 x 16 cm Estudo para escultura 1949 Desenho sb papel 21 x 17 cm A Carta 2005 Técnica mista sb papel 22 x 15 cm História por contar ou existir 1960 Pintura a tempera 23 x 30 cm Dos antepassados dos animais Anos 70 Desenho à pena sb papel 35 x 50 cm Não me oponho ao poeta… 1975 Desenho à pena sb papel 35 x 45 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 25 x 16 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 25 x 16 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 25 x 16 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 16 x 25 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 16 x 25 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 16 x 25 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 16 x 25 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 16 x 25 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 16 x 25 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 16 x 25 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 16 x 25 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 16 x 25 cm Série "Memórias diárias" 1987 Técnica mista sb papel 16 x 25 cm Memória de Viagem 1987 Técnica mista sb papel 16 x 25 cm Diário não diário Técnica mista sb papel A Caixa Pintura sb madeira

FICHA TÉCNICA Grafismo Miguel F. Silva

Fotografia Galeria São Mamede

Texto Max Ernest Franklin Rosemont Artur Cruzeiro Seixas

Tiragem 750 exemplares


SÃOMAMEDE GALERIA DE ARTE R. ESCOLA POLITÉCNICA, 167 1250-101 LISBOA TEL. 213 973 255 FAX. 213 952 385 R. D. Manuel II, 260 4050-343 Porto Tef. 226 099 589

www.saomamede.com galeria@saomamede.com

3. "Ora as estrelas lhe pareciam homens…", 1984,Técnica mista sb papel, 44 x 59 cm


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