Saltão: 40 anos de Pintura

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saltĂŁo 40 anos de Pintura | 1979-2019

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saltĂŁo 40 anos de Pintura | 1979-2019

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Quadro Forra do Livro

Marroquito, 2018, Óleo/Tela, 120 x 120 cm (pormenor) Foto Separador

Nélio Saltão e o “Ning”

Ficha técnica Escreveram sobre a sua obra

Edgardo Xavier Fernando Gaspar Francisco Pereira Coutinho José d’Encarnação Nuno Lima de Carvalho Salvato Teles de Menezes Fotografias:

Nélio Saltão Afonso Saltão Araújo Filipe Condado Impressão

Grafilinha Tiragem

300 exemplares

Edição:

© Março 2019

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Sumário

© 2019 Nélio Saltão

Textos 9 Francisco Pereira Coutinho Edgardo Xavier Fernando Gaspar José d’Encarnação Nuno Lima de Carvalho Salvato Teles de Menezes

Obras 21 Biografia 125 Exposições 143 Representações

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Francisco Pereira Coutinho

O que significa, na vida de um Homem, 40 anos de carreira entregues à Pintura?

expressão artística muito própria e coerente que não cansa de ser reinventada.

A Galeria São Mamede - que conta com 51 anos de existência - em tentativa de resposta a tal pergunta, estaria na capacidade de recorrer a múltiplos percursos artísticos de tantas célebres figuras que por aqui passaram, desde o seu começo até hoje. Em 2019, respondo a esta questão, celebrando um destes extraordinários exemplos que tanto orgulho temos em representar, um artista singular na história da Galeria: Nélio Saltão.

As suas telas são ecos da natureza, inspiradas entre a realidade campestre e urbana. A grelha matricial em que muitas vezes estão estruturadas as suas pinturas, é a solução compositiva ideal para refletir a imensa paixão que tem pela cor, um amor que o artista traz consigo desde muito pequeno. Os jogos de cor são realçados pela técnica que utiliza do palimpsesto, que consiste em sobrepor camadas sobre camadas de tinta, pintando ou despintando, escondendo ou revelando, consoante a vontade do artista, variadas composições cromáticas que inevitavelmente nos suscitam diferentes sensações e estados de espírito.

Como muitos outros artistas, Saltão iniciou a sua carreira por uma fase figurativa muito inspirado pelos modernistas do séc. XX, mas rapidamente se aventurou, ou melhor, “se atreveu”, como o próprio gosta de dizer, por novas linguagens que, inevitavelmente, levaram a um abandono progressivo da figuração. Foi há cerca de 10 anos atrás, já em plena fase abstracta, que as portas da Galeria se abriram ao artista e aí se iniciou o percurso, que se revelaria em todo o seu tempo, de enorme sucesso. Ao longo destes anos, enquanto director da Galeria São Mamede, testemunhei o progresso da obra de Saltão, como a de um autodidata que abraçou a tradição dos grandes modernistas, para logo encontrar a sua própria voz, desenvolvendo com autenticidade uma

Essa maturidade visual é resultado da produção compulsiva em que se sustenta o seu processo criativo, a consciência de quem observa intensamente e trabalha de forma generosa e dedicada, numa procura contínua por novas soluções cromáticas de enorme riqueza. Espero poder contar com o “atrevimento” criativo de Saltão por muitos e bons anos, por forma a que constitua, como muitos outros artistas que por aqui passaram, mais um marco na história da pintura portuguesa contemporânea. Lisboa, Março de 2019. 9


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Nélio Saltão, o outro lado. Edgardo Xavier

Conheci-o há muito tempo. Salto tudo o que não diga da sua diferença, do gosto pela luz e pelas sombras, do deambular pelo mundo que se cumpria na vizinhança, da caça às imagens, aos cheiros, ao estar sereno da cidade adormecida. Homem de poucas palavras e muita interioridade, contido e atento, a si mesmo se construiu alargando o restrito mundo dos números, do jogo, das suas envolvências pontualmente radicais.

lo, vestida que foi a nova pele, esplendoroso e forte, inventivo. Para trás ficam todas as demais coisas que se decantaram e são estrutura ou referência, rasto de passos esforçados, luta determinada para ver a luz que adivinhava. Aprendeu a organizar-se a escolher entre tantos ensaios o que mais perto sentia da sua experiência, da vontade que trazia em mostrar-se e ser visto, em conquistar o seu lugar na ribalta das artes plásticas, impondo uma presença digna a todos os títulos, merecida por tanto ter conquistado em terra estranha. A seguir a linguagem, a caligrafia pictórica, o delírio da cor que veio primária antes de se adoçar de tempo e poesia, de reconhecido talento.

Sair para outras contingências, descobrir o que se esconde aos olhos profanos, amar o inimaginável, querer atravessar os espelhos, as exigências, os tabus e ser, no outro lado, o artista cabal que medita nas formas, nas cores, nos ritmos que na sua arte são motor e principal mecanismo de criação. Ver, aprender, fazer, repetir e recusar são fases do processo e ninguém chega sem romper a malha, sem ousar outros caminhos, sem voar. Como se faz assim tamanho Pintor? A resposta cresce entre as silvas e os medos, as tremendas rondas pelo opaco dos dias repetidos, na recusa de ser mais um onde tantos já estiolavam, medíocres, sem génio nem rasgo.

Todas as etapas do seu percurso mostram um real empenhamento, a vivência da pintura que vai expondo em Salões, Galerias e Feiras . Pela mão do amigo Dr. Nuno Lima de Carvalho, apoiado pelo Dr. Mário Assis Ferreira, ousa uma individual que lhe trouxe todo o sucesso num espaço reconhecido como barómetro de qualidade. “Red” era o título duas vezes sublinhado. Vermelho assim jogado em inglês mostrava a ambição de ir mais longe, sempre mais longe, até sair a raia para certames

Foi difícil romper fronteiras, avançar quando tudo o retinha, ser quando ninguém acreditou que podia, que sequer devia. E, ei-

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internacionais. Um excelente catálogo ajudou a vender as obras e, quando as luzes enfim se apagaram, havia um novo Pintor a disputar o mercado, a trazer outras vertentes para um trabalho que ganhava já a notoriedade. Nélio Saltão era o nome que todos precisavam aprender.

mais empenhado, com vontade de alargar os seus limites estreitos e conhecer Lisboa que lhe descreviam sem que pudesse apreender-lhe a grandeza. Mudava ainda a voz e eram inocentes os seus catorze anos. A cidade estava ali. Enorme, luminosa, imponente e irreal. Outra vez as cores, as transparências, os cheiros, o rio, o amontoado de casas altas, de praças e jardins, de gente bem vestida, de outra humilde e sem vez. Era o ano de 1963 e o Rossio era o reino do néon, das cores que apareciam, corriam, desapareciam para voltar a seguir. A noite era de luzes e nela não cabiam saudades do Amieiro. Aprendeu ruas, ruelas, lugares e viveu intensamente a cidade onde quase tudo era novo ou novidade.

Nasceu em 1949 no Amieiro, localidade ao tempo sem asfalto nem luz elétrica, perdida em caminhos que raros percorriam. Erigiase de pedras e musgos, de casas caiadas mas de pontual brancura. Neste sombrio colectivo de rostos ásperos e marcados de trabalho duro, de gente vergada a ritos e tradições além de uma fé escusa que se cumpria no culto dos santos antigos, nas procissões de pouca gente, nas missas rezadas quando o dia ainda só se adivinhava, nasceu Nélio Saltão de uma Mulher linda de olhos intensamente verdes, dinâmica, doce e atenta.

Com dezoito anos foi viver e trabalhar para Cascais e, em 1972, casado de fresca data, entra para o Casino Estoril. Era de novo tudo diferente, amplo, com uma Galeria de Arte na qual o velho sonho da pintura renasceu. Passou, consequentemente a ver trabalhos, artistas plásticos, a acompanhar de longe o que se passava na intimidade de um espaço que renovava as suas apresentações de gravura, desenho, pintura, escultura. Via as festas das inaugurações e usufruía nas folgas a visão pessoal do que ali se mostrava.

Na Escola havia livros com desenhos, cores que anteriormente só nas flores podia apreciar. Aos nove anos, finalmente, o Mar, o pasmo ante tanta água azul e transparente, ante a ondulação e a espuma, a linha do horizonte, o céu limpo, a extrema beleza que superava as descrições. Voltou diferente. Depois de tão forte abalo, O menino era outro, quiçá

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Anos depois, aproximou-se mais daquele mundo que já lhe era familiar. Conviveu com gente da Direção de Manifestações Culturais, acompanhou e ajudou nas montagens e desmontagens, fez amizade com artistas plásticos tão notáveis como Martins Correia , Nadir Afonso, Artur Bual ou Costa Martins e aprendeu, ensaiou, começou. Muito mais que fazer, importava viver a pintura por dentro, sentir a vibração cromática, ler as tonalidades de cada coisa e amar a sua representação, afinal o lugar em que o homem comum se torna mágico e atrai a raridade. Foi receoso que afagou a primeira tela, que riscou na sua brancura o tema, que se submeteu à tirania das cores primárias, que as amainou errando, que recomeçou. Nasce-se artista e o artista, ainda que estranho ao mundo das artes, vê com olhar diferente tudo à sua volta. Ignora o que os demais esperariam que visse e exalta o que, na fímbria da realidade comum, é o tal universo variado, único, capaz de ser seu só através da emoção. E mil factos preencherão os dias e a procura balizando o caminho. Há quem aceite sem perceber e quem tolere as diferenças ficando, no entanto, do lado de fora. Somos diferentes mas importa que se aprenda a gerir este mundo variado que cobra tudo dos iniciados, que os rejeita antes de os amar.

O teu quadro fica ao lado do meu e onde a minha obra estiver, essa é a parede principal, disse-lhe um dia sentindo-o inquieto pela provável colocação do seu trabalho na periferia do Salão. Falavalhe de confiança, a que nunca pode ser abalada arbitrariamente por quem quer que seja. O critério da montagem deveria ser apenas estético mas nem sempre a isenção prevalecia naqueles anos em que tantos precisavam para valer do aval de uma parede principal. Peregrinou Saltão por onde lhe pareceu que devia. Paris, Nova Iorque, Madrid, Lisboa. E o que achou era de luz. Da crueza à suavidade, da força à originalidade, tudo nascia por ser claro, por ser sombra, por brotar de corpos que não sabia. E eis os reflexos do sol nas torres de Manhattan, a folha que rebentava tenra e verde na intimidade de Central Park, a luz coada nos ocasos espanhóis, o Tejo, esse esplendoroso espelho de azul e gaivotas . E sentiu que ser Pintor o universalizava, o tornava irmão de outros que bebiam na arte a sua lonjura, que a terra deixara de ser estranha e era agora sua, que bem podia ser de onde quisesse tão irrelevante é a língua que se fale se temos olhos para ver, entendimento para ser, vontade de aceitar sangrando, o direito de ver outro

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Fernando Gaspar

mundo, o talento que impede aos eleitos de voltar a ser pequeninos.

Vem de dentro o vermelho e a sépia- a força que rasga e soma - o negro moldando a luz com a verdade que não se disfarça. E o Homem é isto. E a obra é sempre, no mais íntimo, a sua outra parte. O Saltão é assim! Porque ele nasceu escravo da única coisa que nos liberta.

E, no entanto, nunca se chega. Nem ao fim do mar, da terra ou do céu. Muitas vezes não somos capazes de tocar o outro que espera de nós a maravilha, que precisa dos nossos olhos para a sentir. E o que poderia ser um novo horizonte ali se estiola e perde, ali morre sem a garantia de recomeço. O imponderável pode ser o novo desafio como a vontade de encontrar o que ainda não sabemos, no lugar íntimo em que temos o deserto que aguarda que a vida aconteça fundamental. Depois, outra vez à procura, outra vez donos do tempo, da certeza, da vontade que nos leva, todos os dias, a amar o inacabado e o imperfeito. A beleza está nos olhos de quem a vê como disse Rámon Campoamor y Camposorio e corre, tantas vezes perversa, ao encontro da sede ou do inferno. Saber que nos cabe, em cada momento, dizer ou mudar faz parte da comunicação. A coerência vale para o Pintor por ser uma liberdade sem lei.

Estoril, 2002.

Sintra, Fevereiro de 2019.

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Nada maaais!... José d’Encarnação

... Dezassete, preto. Seventeen, black! ... Inexorável, a raqueta inicia de pronto o seu passeio coleante, por entre o variegado colorido das fichas, arrebanhando sem dó nem piedade as desprotegidas da sorte. Em torno do pano verde, não há um esgar nem grito de revolta nem gargalhada sonora. E o croupier, de gestos mecânicos, vai separando as cores, alinhando as fichas certinhas, indiferente às riquezas que se jogaram, aos sonhos que se deitaram a perder... O seu sonho, outro! E o pano verde transforma-se em paleta, as fichas são as cores e é novo o cenário que surge.

desta janela há outra e outra e um azul de céu escondido lá bem no alto, a desvendar. Nada maaais!... - ah! a urgência de voltar à realidade material. O voltear rápido da bola- nem quero ver!... - lembra desenfreada corrida de cavalos. Um galopar ofegante - como, sem se verem, se atropelam esperanças, sonhos, dúvidas, certezas na mente de quem teimou em apostar de novo... A bola está quase a parar, saltita agora, a marfada!... «Dezassete, preto. Seventeen, black!»... “Outra vez!”alguém ousa ciciar ao lado. Discretamente. ••• Nélio Saltão - croupier por ofício, artista por íntima necessidade. E é de espantar como, partindo do desenho de objectos simples, juntando-os com singeleza e cor, pouco a pouco a sua espátula se soltou em imaginações outras, as formas se esbateram em sugestão, a imagem passou a valer mais do que o rigor. Turbilhonar simultaneamente excitante e quedo, a maravilha perante um corpo sedutor que paulatinamente se desnuda e nos envolve. Da sala de jogo à galeria há, no quotidiano, uma parede arcana. Nélio Saltão ousou osmose. O resultado? Magnífico!... Nada mais!... Cascais, 25 de Março de 2001.

Tem sonhos dentro, claro! Mas raivas incontidas, friezas de solitários arranhacéus... E é como que um estaleiro naval, com escadas e guindastes para subir, subir, ganhar outras asas («Se eu fizesse um pleno, agora!... »), vogar sobre mares procelosos... Comeria ali pato com laranja, mas levaria para a mesa os patos por depenar, laranjas por descascar... assim! Não gosto do esparramar de peças na horizontal verde deste pano. Anseio alturas. Até este vermelhão escorrido, que deixa entrever escada de parca viela, tem de vir de cima. As multidões, essas vão de pé, tem de ser, que a isso as obriga a hirta verticalidade urbana. Sei que por cima

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Pintura de Nélio Saltão Edgardo Xavier

Ao apelo da luz e da cor responde um encantamento que nenhum tema baliza e que nenhuma motivação amarra. À margem de tensões é o sentido lúdico em todo o seu esplendor que domina os espaços, dita os primeiros registos ou isola as vozes cromáticas em geometrias irregulares. A vida passa por ali muitas vezes decantada. Vem nos sons, nas melodias, nos pensamentos. Os gestos cimentam as relações, inventam a avidez e a sede. O trabalho surge quando os temas se definem neste esgrimir de vontades frequentemente paradoxais.

A obra, sempre densa, guarda as sucessivas fases de elaboração como um segredo romântico e os símbolos, muitas vezes imperceptíveis ao primeiro olhar, remetem o observador para sabidos roteiros do imaginário popular. Corações, rendas, palavras, números ou meros devaneios de espátula que se exaltam ou sussurram, na intimidade iluminada, respondem á necessidade de acerto cronológico e legam ao todo uma marcante actualidade estética. Curiosamente discretas as telas brancas ou as predominantemente escuras, quase negras, tornam-se pólos de maior interesse. Exigem do olhar uma acuidade diferente para a percepção dos elementos tridimensionais ou tímbricos e apenas se revelam em pleno quando criteriosamente expostas. Nelas, as ausências celebram-se, então, em surdas tonalidades e a cor rouqueja nos apagamentos que podem evoluir, profundos, até ao silêncio total. Diferentes são as obras que mostram elaborados jogos cromáticos onde a maturidade do autor se recreia na vivacidade tonal dos pigmentos. É a festa dos sentidos, o grato passeio pelas superfícies enfeitadas, a emocionada vibração que traduz o prazer de ligar opostos, de exaltar contrastes e de comemorar, na matéria, as apoteoses da vida. Sintra, 10 de Fevereiro de 2011.

A força e o imediatismo das abordagens iniciais dão lugar a uma ponderada meditação. Importa que a ideia principal resista à construção e se requinte no processo. Importa que a emoção permaneça mas como agente da dinâmica que consiste em acertar os ritmos com a verdade expressa e a matéria com a serenidade que emana das superfícies generosamente cobertas. Pintar é, para Nélio Saltão, um acto que se organiza segundo aleatórios padrões de composição. As linhas isolam as cores e redimensionam a sua importância no contexto geral. Na textura grossa, avultam raros tons de ruptura mas há vibrações que fluem, entre as cores dominantes, como sinais que traduzem a subtil procura da harmonia.

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Nuno Lima de Carvalho

E mais. À medida que os anos foram passando - apenas 10 - a evolução do Nélio, cuja carreira, que nasceu e cresceu nesta Galeria, fui acompanhando com interesse e empenho, foi notável, segura, clara, qualificações bem patentes em cada novo trabalho que apresentava.

Ao longo destes quase 30 anos que levo como Director da Galeria de Arte do Casino Estoril, têm-me surgido casos verdadeiramente singulares, a provar que a Arte nasce de repente, onde e quando menos se espera. Quando há uma dezena de anos, o Nélio Saltão, que era uma presença quase diária na Galeria, me apareceu, com evidente timidez, a mostrar dois ou três quadros de sua produção, nunca pensei que aquele “croupier” da vizinha Sala de Jogos do Casino haveria de manejar os pincéis e as tintas, com a destreza e o saber com que, na sala ao lado, manejava as fichas sobre o pano verde da roleta. Com uma diferença. A roleta exige prática. A Arte requer Talento.

E a prova dessa evolução qualitativa aí está, fácil de “ler” e comprovar nesta exposição 10 Anos Depois. Os seus últimos trabalhos denotam grande domínio da técnica, paleta rica de complementaridade de cores, justeza na composição, acerto na escolha dos temas. Os coleccionadores de novos valores anotem este nome, que não lhes chegará o arrependimento: Nélio Saltão. Pintor. Estoril, 2002.

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Nélio Saltão ou os ecos de uma arte urbana Edgardo Xavier

Se o imponderável dita o caminho é na solidão que o Autor sofre a necessidade das escolhas.

Do caminho lhe vem a experiência, o olhar arguto, a acuidade. Da sensibilidade traz a diferença e é nela que achamos a linguagem que o traduz e define. Olho as obras de Nélio Saltão e percebo como naturais os números, as cores solares, a densidade dos contrastes, a exuberância da comunicação. Leio-os como a urgência de dizer, a segurança que o quase geométrico lhe oferece, o sentido da narrativa alegre ou sóbria, mágica ou misteriosa, afirmativa.

Na pintura forte e determinada, o pintor joga, muitas vezes, o equilíbrio e a harmonia. Arrisca perder o trabalho e aceita o recomeço: Faz parte do desafio aceder a zonas de rotura, a polos de grande intensidade formal e cromática e conciliar tudo para que, sob os focos, a pintura resista ao olhar e nos imponha, fascinante, o seu recado.

Retrato ambíguo da sua procura, este fazer pictórico guarda a solidão e o esforço, a divagação que se revela e esconde, a vibração que se sente sempre que a luz mostra as porções de cor que afloram, os roteiros abandonados, as formas que chegam à superfície como a verdade que deve ser pesquisada, a pele que espreita, humaníssima, onde tudo parece apontar fronteiras cartesianas ou silêncios.

Sintra, Junho de 2014.

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Salvato Teles de Menezes

pintar o que estava a ver mas o que tinha visto, i. e., aquilo que o efeito mnemónico preservara para ser refeito, reconstruído. Se não conhece, é como se lá tivesse chegado intuitivamente, e as suas telas, em que a cor e a textura desempenham um papel fundamental, são um bom exemplo dessa consciência do tempo.

Nélio Saltão é um pintor que nos esmaga com a sua presença física, imponente, mas não é isso que mais impressiona. O que nos toca é o impacte das suas obras, realizadas por um criador prolífico mas cuidadoso, intenso mas delicado, como todos os artistas que se devotam ao trabalho com a consciência de que, como disse o Mestre, o suor é uma das componentes mais importantes do ofício (qualquer que ele seja, diga-se). Não é difícil perceber, quando se olha com atenção para os trabalhos de Nélio Saltão, essa pulsão interior que o estimula a procurar, dentro de parâmetros muito pessoais e distintivos, as melhores soluções compositivas para o que deseja produzir. Pode ser que não conheça a frase do outro Mestre que disse não

Laborore stanca, escreveu Cesare Pavese: é verdade, mas também não deixa de ser motivo digno de registo que é nesse esforço, nessa aplicação, nessa devoção, à arte que reside grande parte da experiência criativa. Creio que é isso que Nélio Saltão sente quando entra no atelier para criar e nos aturdir com a sua arte, que é, afinal, nosso prazer. Cascais, Março de 2017.

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Obras Edgardo Xavier

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Ecos da Arte Urbana, 2018, Óleo/Tela, 50 x 40 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Pintura Painel Azul, 2018, Óleo/Tela, 120 x 120 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Azul, 2018, Óleo/Tela, 120 x 120 cm Colecção Particular

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Sedução de Cores, 2018, Óleo/Tela, 140 x 90 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Acontecimento, 2018, Óleo/Tela, 116 x 89 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Sem Título, 2018, Óleo/Tela, 120 x 120 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Pintura de Algum Lugar, 2018, Óleo/Tela, 80 x 80 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Ecos da Arte Urbana, 2018, Óleo/Tela, 140 x 180 cm (díptico) Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Garden, 2018, Óleo/Tela, 41,5 x 34 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Marroquito, 2018, Óleo/Tela, 120 x 120 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Fim de Rua, 2018, Óleo/Tela, 180 x 310 cm (Tríptico) Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Rumor dos Sentidos, 2018, Óleo/Tela, 150 x 75 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Jardim de Silêncios, 2018, Óleo/Tela, 100 x 100 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Silêncios, 2018, Óleo/Tela, 150 x 150 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Abstrat Painting, 2018, Óleo/Tela, 41,5 x 34 cm (série de 5 obras) Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Ecos da Arte Urbana, 2018, Óleo/Tela, 50 x 40 cm (série de 5 obras) Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Portas de Cesariny, 2010, Óleo/Tela, 60 x 60 cm Colecção Particular Ecos da Arte Urbana, 2018, Óleo/Tela, 50 x 40 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Ecos da Arte Urbana, 2018, Óleo/Tela, 40 x 40 cm (série de 5 obras) Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Pintura Inventada, 2018, Óleo/Tela, 120 x 120 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Vibrações que Fluem, 2018, Óleo/Tela, 120 x 120 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Festa dos Sentidos, 2018, Óleo/Tela, 100 x 100 cm Colecção Particular

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Cidade Imaginária, 2018, Óleo/Tela, 100 x 100 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Sem Título, 2017, Óleo/Tela, 40 x 27 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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As Cores da Primavera, 2018, Óleo/Tela, 92 x 73 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Sangria, 2017, Óleo/Tela, 120 x 120 cm Galeria São Mamede

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Alegria do Azul, 2017, Óleo/Tela, 80 x 80 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Sem Título, 2019, Óleo/Tela, 33 x 27 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Pintura Decantada, 2018, Óleo/Tela, 150 x 150 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Red Window, 2017, Óleo/Tela, 60 x 50 cm Galeria São Mamede

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Divagação, 2016, Óleo/Tela, 89 x 116 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Jardins da Gândara, 2018, Óleo/Tela, 100 x 100 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Força que Rasga e Soma, 2018, Óleo/Tela, 120 x 120 cm Exposição 40 anos de pintura Galeria São Mamede

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Canal da Mancha, 2018, Óleo/Tela, 89 x 116 cm Colecção Particular

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I Have a Dream, 2017, Óleo/Tela, 92 x 73 cm Colecção Particular

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Outono, 2010, Óleo/Tela, 154 x 122 cm Colecção Particular

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Happy Time, 2015, Óleo/Tela, 120 x 120 cm Colecção Particular

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Festa da Cor, 2010, Óleo/Tela, 89 x 116 cm Colecção Particular

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Trapiche, 2013, TĂŠc./Mista, 120 x 90 cm SalĂŁo de Outuno, Casino Estoril Homenagem a Jorge Amado

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Pintura Sem Tempo, 2017, Óleo/Tela, 137 x 137 cm Colecção Particular

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Sem Título, 2016, Óleo/Tela, 120 x 140 cm Colecção Particular

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Diálogo, 2016, Óleo/Tela, 143 x 115 cm Colecção Particular

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Viagem, 2010, Óleo/Tela, 81 x 100 cm Colecção Particular

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Campo Amarelo, 2010, Óleo/Tela, 100 x 80 cm Colecção Particular/Madrid

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Muros I, 2013, Téc/Mista, 157 x 120 cm Colecção Particular

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Muros II, 2013, Téc/Mista, 157 x 120 cm Colecção Particular

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Wonderful Word, 2013, Téc/Mista sob/ Madeira, 131 x 165 cm Colecção Particular

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De igual, 2014, TĂŠc/Mista Sob/ Madeira, 185 x 60,5 cm Galeria SĂŁo Mamede

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Two, 2013, Téc/Mista sob/ Madeira, 80 x 80 cm Colecção Particular

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Docas, 2013, Óleo/Tela, 70 x 70 cm Colecção Particular

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Eva, 2014, Téc/Mista sob/ Madeira, 60 x 50 cm Colecção Particular

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SR, 2014, Óleo/Tela, 57 x 52 cm Colecção Particular

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Pompeii II, 2016, Óleo/Tela, 150 x 150 cm Colecção Particular

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Sem Título, 2016, Óleo/Tela, 120 x 120 cm Colecção Particular

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Sem Título, 2016, Óleo/Tela, 110 x 110 cm Colecção Particular

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Sem Título, 2016, Óleo/Tela, 100 x 81 cm Colecção Particular

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Parado no Tempo, 2016, Óleo/Tela, 96 x 86 cm Galeria São Mamede

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Janela, 2016, Óleo/Tela, 120 x 102 cm Colecção Particular

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Destemido, 2014, Óleo/Tela, 150 x 90 cm Colecção Particular

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Parede Arcana, 2017, Óleo/Tela, 140 x 180 cm Colecção Particular

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Janelas Silenciosas, 2013, Óleo/Tela, 125 x 81 cm Colecção Particular

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Janela, 2017, Óleo/Tela, 40 x 30 cm Colecção Particular/Madrid

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Still Life, 2016, Óleo/Tela, 121 x 121 cm Colecção Particular

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Times Square, 2013, Óleo/Tela, 100 x 100 cm Colecção Particular/Paris

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Viagem II, 2010, Óleo/Tela, 70 x 70 cm Colecção Particular

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Sem Título, 2013, Óleo/Tela, 70 x 70 cm Colecção Particular

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Red Window, 2013, Óleo/Tela, 40 x 30 cm Colecção Particular

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A Minha Cidade, 2015, Óleo/Tela, 80 x 60 cm Colecção Particular

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Alegria Vadia, 2017, Óleo/Tela, 89 x 116 cm Colecção Particular

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Formas em Sugestão, 2012, Óleo/Tela, 104 x 104 cm Colecção Particular

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As Cores que trago, 2017, Óleo/Tela, 86 x 118 cm Colecção Particular

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Janela, 2015, Óleo/Tela, 40 x 40 cm Colecção Particular

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Temperamental, 2015, Óleo/Tela, 100 x 140 cm Exposição Ancorados Centro Cultural de Cascais Colecção Fundação D. Luís

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Docas II, 2013, Óleo/Tela, 57 x 52 cm Colecção Particular

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Caminhos da Faina, 2015, Óleo/Tela, 120 x 90 cm (promenor) Colecção Particular

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Homenagem a Nadir Afonso, Ă“leo/Tela, 100 x 81 cm SalĂŁo de Outono 2013 Casino Estoril

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Abstrat Morning II, 2013, Óleo/Tela, 110 x 110 cm Colecção Particular

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Lenço de Seda, 2017, Óleo/Tela, 90 x 90 cm Colecção Particular

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Pintura sem nome nem Tempo, 2017, Óleo/Tela, 110 x 137 cm Colecção Particular

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Janela, 2017, Óleo/Tela, 40 x 30 cm Colecção Particular

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EU - Vivi os 60’s, 1998, Óleo/Tela, 130 x 120 cm Colecção da Estoril Sol

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Sem Título, 2014, Óleo/Tela, 80 x 80 cm Exposição Ancorados Centro Cultural de Cascais Colecção Particular

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Sem Título, 2018, Óleo/Tela, 100 x 240 cm (díptico) Colecção Particular São Paulo/Brasil

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Sem Título, 2015, Óleo/Tela, 80 x 80 cm Colecção Particular

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Sobre o Quadrado, 2015, Óleo/Tela, 80 x 120 cm Colecção Particular

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Summer Window, 2017, Óleo/Tela, 80 x 80 cm Colecção Particular

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Times Square, 2015, Óleo/Tela, 130 x 100 cm Colecção Particular

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Red Chair, 1998, Óleo/Tela, 120 x 90 cm Colecção do Autor

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Homenagem a Mário Eloy, 1998, Óleo/Tela, 120 x 80 cm Colecção do Autor

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Atelier de Van Gogh, 1998, Óleo/Tela, 120 x 90 cm Colecção do Autor

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Pena Longa, 1998, Óleo/Tela, 100 x 81 cm Colecção Penha Longa Lagoa Azul

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Natureza Morta, 1999, Óleo/Tela, 32 x 27 cm Colecção do Autor

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Still Life, 1979, Téc. Mista Sob/ Papel, 40 x 30 cm Colecção do Autor

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Biografia. Edgardo Xavier

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1. Cláudia Ribeiro da Cunha e Teresa Lemos 2. Nélio Saltão, Amélia Pereira Coutinho, Gonzalez Bravo e Francisco Pereira Coutinho 3. Luís Amorim, Marta Amorim e Filhos com Nélio Saltão 4. Nélio Saltão, Nuno Lima de Carvalho e José d’Encarnação 5. Rita Saltão Bacelar, Nélio Saltão e Lili Caneças

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6. Pedro Bravo, Nélio Saltão e Mary Gaspar 7. Nélio Saltão, Luís Cohen Fuze, Gonzalez Bravo e Maria Teixeira 8. Nuno Lima de Carvalho, Cláudia Ribeiro da Cunha, Carlos Ramos e Esposa

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1. Amélia Pereira Coutinho, Nélio Saltão e Francisco Pereira Coutinho 2. Luís Silva Santos, Nélio Saltão e Francisco Pereira Coutinho 3. Maria Parente, Nélio Saltão e Guilherme Parente 4. Afonso Araújo Saltão (neto), Martin Saltão Bacelar (neto) e Nélio Saltão

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5. Filipa Melo Saltão (filha), Afonso Araújo Saltão (neto), Constança Saltão Santos (neta), Rita Saltão Bacelar (filha), Martin Saltão Bacelar (neto) e Matilde Saltão Bacelar (neta)

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1. Duarte Cunha, Nélio Saltão, Alves Barbosa e António Monteiro Saltão 2. Rui Costa e Esposa, Aurélio e Esposa com Nélio Saltão 3. Irene, Nélio Saltão e Helena de Oliveira Saltão

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1. Edgardo Xavier, Luís Peralta, Rodyner e Nélio Saltão 2. Carlos Carreiras e Nélio Saltão 3. Io Appolloni e Nélio Saltão 4. Fotografia de Grupo, na Galeria do Casino Estoril, por ocasião do Aniversário de Nadir Afonso 5. Francisco Relógio (Pintor) e Nélio Saltão 6. Robert Maller, António Araújo (Pintor) e Nélio Saltão

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1. Nélio Saltão, Raúl Indipwo e Artur Bual 2. Nélio Saltão e Artur Bual 3. Fernando Gaspar (Pintor), Nélio Saltão e Nuno Lima de Carvalho 4. José Viana (Actor) e Nélio Saltão

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5. Rógerio Timoteo (Escultor), Pedro Castanheira (Pintor), Nélio Saltão e Branislav Mihajlovic (Pintor) 6. Mário Vinte e Um (Pintor), Nélio Saltão e Damião Porto (Pintor) 7. Mestre Martins Correia e Nélio Saltão

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1. O Pintor com Mário Assis Ferreira 2. Nélio Saltão e Manuel Ferreira Enes 3. Os pintores António Joaquim e Nélio Saltão com o Bispo D. Ximenes Belo 4. Nádir Afonso com Nélio Saltão 5. Os pintores Luís Cohen Fusée, Margarida Cepêda e Nélio Saltão 6. Nélio Saltão com Lima Carvalho 7. Pintor e Ceramista Manuel Cargaleiro com Nuno Lima de Carvalho e Afonso Saltão Araújo (neto de Nélio Saltão)

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1. Nélio Saltão, Regimento Caçadores Pára-quedistas (1970) 2. Nélio Saltão com o “Ning” 3. Fernando Saltão (Irmão) e Nélio Saltão 4 e 5. Casamento com Maria Amélia da Costa e Melo (1971) 6. Pais do noivo, Helena Saltão e Fernando Saltão

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Exposições Edgardo Xavier

2019 Exposição Individual. “40 anos de pintura”. Galeria São Mamede. Lisboa.

Antiguidades. Condoaria Nacional. Lisboa. Exposição Colectiva. “XXIX Salão de Outono”. Galeria de Arte do Casino Estoril.

2017 Exposição Individual. “O Fascínio da Cor”. Galeria São Mamede. Lisboa. Exposição Colectiva. “En Torno al Circulo”. Galeria Kreisler. Madrid.

2014 Exposição Individual. “Ecos de Arte urbana”. Galeria São Mamede. Lisboa. Exposição Colectiva. Coletiva de Verão. Galeria São Mamede. Lisboa. Exposição Colectiva. “XXVIII Salão de Outono”. Galeria de Arte do Casino Estoril.

2016 Exposição Individual. “Nélio Saltão Ponto Cor”. Galeria de Arte do Casino do Estoril. Exposição Colectiva. Feira de Arte e Antiguidades. Cordoaria Nacional. Lisboa. Exposição Colectiva. Coletiva de Verão. Galeria São Mamede. Lisboa. Exposição Colectiva. “XXX Salão de Outono”. Galeria de Arte do Casino Estoril.

2013 Exposição Individual. “Festa da Cor”, Galeria de Vale de Lobo. Exposição Colectiva. “XXVII Salão de Outono”. Homenagem a António Joaquim e António Araújo. Galeria de Arte do Casino Estoril. 2012 Exposição Individual. As cores e as formas”. Galeria de Arte do Casino do Estoril (com o escultor Carlos Ramos).

2015 Exposição Individual. “Ancorados”. Centro Cultural de Cascais. Exposição Colectiva. Feira de Arte e

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Exposição Colectiva. Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa, Cordoaria Nacional (Galeria São Mamede). Lisboa.

Exposição Colectiva. “XXIV Salão de Outono”. Galeria de Arte do Casino Estoril.

2011 Exposição Individual. “Sorte ao Jogo, Sorte ao Amor”. Casino de Lisboa. Exposição Individual. “Festa da Cor”, Galeria São Mamede. Lisboa.

2007 Exposição Colectiva. IX Bienal do Avante. Atalaia. Exposição Colectiva. Bienal da Nazaré. Exposição Colectiva. “XXIII Salão de Outono Douro/Duero”. Galeria de Arte do Casino Estoril.

2010 Exposição Colectiva. “XXVI Salão de Outono”. Homenagem a Nadir Afonso. Galeria de Arte do Casino Estoril. Exposição Colectiva. “Os Bichos também são gente”. Galeria de Arte do Casino Estoril.

2006 Exposição Colectiva. “XXII Salão de Outono”. Galeria de Arte do Casino Estoril. Exposição Colectiva. Bienal da Nazaré.

2009 Exposição Colectiva. “XXV Salão de Outono”. Galeria de Arte do Casino Estoril.

2005 Exposição Individual. “Tensão em Vermelho”. Biblioteca da C. M. de Ponte de Sor. Exposição Colectiva. “Arte Contemporânea”. Galeria de Arte do Casino Estoril. Exposição Colectiva. “VIII Bienal do Montijo”, com Menção Honrosa.

2008 Exposição Individual. “RED”. Galeria de Arte do Casino Estoril.

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Exposição Colectiva. Arte em Movimento”. Galeria do Casino Estoril. Exposição Colectiva. “XVII Salão de Outono”. Galeria do Casino Estoril Exposição Colectiva. “X Salão de Pequeno Formato”. Galeria do Casino Estoril.

Exposição Colectiva. “XXI Salão de Outono”. Galeria do Casino Estoril. 2004 Exposição Colectiva. “XX Salão de Outono”. Galeria de Arte do Casino Estoril. Exposição Colectiva. “Arte Contemporânea”. Galeria de Arte do Casino Estoril.

2000 Exposição Colectiva. “Encontro de 5 Artistas”. ArtHouse. Cascais. Exposição Colectiva. “XVI Salão de Outono”. Galeria de Arte do Casino Estoril. Exposição Colectiva. “IX Salão de Pequeno Formato”. Galeria do Casino Estoril.

2003 Exposição Colectiva. “XIX ‘Salão de Outono”. Galeria de Arte do Casino Estoril. Exposição Colectiva. “Arte Contemporânea”. Galeria de Arte do Casino Estoril. 2002 Exposição Individual. “10 anos depois”. Galeria de Arte do Casino Estoril. Exposição Colectiva. “Exposição Inaugural”. D’ArteHouse. Cascais.

1999 Exposição Colectiva. “XV Salão de Outono”. Galeria de Arte do Casino Estoril. Exposição Colectiva. “VIII Salão de Pequeno Formato”. Galeria de Arte do Casino Estoril.

2001 Exposição Individual. “Do gonzo do abstracto da vida”. ArtHouse Galeria. Cascais.

1998 Exposição Colectiva. “Arte Contemporânea”, Galeria de Arte do Casino Estoril.

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1995 Exposição Individual. “Diálogos com....”. Galeria de Arte Junta de Freguesia de Cascais. Exposição Colectiva. I Bienal de Cascais “Utopia”. Junta de Turismo da Costa do Estoril. Exposição Colectiva. “IV Salão de Pequeno Formato”. Galeria do Casino Estoril Exposição Colectiva. Galeria Municipal de Rio de Mouro.

Portugal. Cascais. Exposição Colectiva. “VII Salão de Pequeno Formato”. Galeria de Arte do Casino Estoril. 1997 Exposição Colectiva. “Paisagem”. Galeria de Arte do Casino Estoril. Exposição Colectiva. Galeria de Arte da Sociedade Musical de Cascais. Exposição Colectiva. “VI Salão de Pequeno Formato”. Galeria de Arte do Casino Estoril.

1994 Exposição Individual. Galeria de Arte do Casino de Monte Gordo. Exposição Colectiva. “III Salão de Pequeno Formato”. Galeria de Arte do Casino Estoril.

1996 Exposição Colectiva. “O Figura” Homenagem informal a Artur Bual. Galeria Municipal da Amadora. Exposição Colectiva. “V Salão de Pequeno Formato”. Galeria de Arte do Casino Estoril. Exposição Colectiva. “Fernando Pessoa”. Galeria de Arte do Casino Estoril. Exposição Colectiva. “Imagens (Im) perfeitas”. Galeria Municipal de Rio de Mouro. Exposição Colectiva. Galeria de Arte Edmundo Cruz.

1993 Exposição Colectiva. Galeria de Arte do Casino da Figueira da Foz. 1992 Exposição Individual. Galeria de Arte Junta de Freguesia de Cascais.

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Representações Edgardo Xavier

• Museu Martins Correia, Golegã • Centro de Artes da Camâra Muinicipal de Ponte Sôr • Estoril Sol, S.A. • Centro Cultural de Cascais - Fundação D. Luís I • Colecções Particulares em Portugal, Espanha, França, Alemanha e Brasil.

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