Nana Toledo
Ilustraçþes
Cecilia Varela
À minha amada mãe Marília, in memoriam, protetora, delicada, acolhedora, corajosa, tão importante e iluminada! N.T.
Para Federica. C.V.
Copyright do texto © 2015, Nana Toledo Copyright das ilustrações © 2015, Cecilia Varela Coordenação editorial: Pablo César Lugones Revisão: Albanella Thaiz Leon Teran Ficha catalográfica T649p
Toledo, Nana. Parece gente / Nana Toledo ; ilustrações de Cecilia Varela. – 1. ed. – Blumenau : Gato Leitor, 2015. [32] p. : il. color. ISBN 978-85-69086-02-4 1. Literatura infantil. 2. Literatura infantojuvenil. I. Varela, Cecilia. II. Título. CDD 20 – 028.5
Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária Sandra Cristina da Silva, Msc. – CRB 14/945
Editado conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa vigente no Brasil desde 2009. Impresso no Brasil Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou copiada, por qualquer forma ou por qualquer meio, sem a expressa autorização, por escrito, da editora. 1ª edição, setembro de 2015 Todos os direitos reservados à Gato Leitor um selo da Ilumina Arte, Educação, Cultura e Editora Ltda. Rua Frei Lucínio Korte, 100 - Vila Nova 89035-620 - Blumenau - SC - Tel: (55 47) 3325-3419 contato@gatoleitor.com.br - www.gatoleitor.com.br
Nana Toledo
ilustraçþes de
Cecilia Varela
Teimoso Parece gente que vem dando olá, bate na janela de manhã cedinho e diz que é hora de acordar. Eu digo “bom dia” com o rabo do olho, mas não quero levantar. Viro para um lado, viro para o outro... “Ai, que sono gostoso. Só mais cinco minutos!” Mas ele insiste, é tão teimoso. Com um jeitinho especial, faz carícias em meu rosto. “Eu me rendo, amigo. Venha com seus raios me abraçar!”
Inconstante Sempre passa e assobia, mas um dia bateu a porta e entrou. Sem dar voltas, sussurrou em meu ouvido um segredo da chuva e depois se foi, esvoaçante e acelerado, derrubando o vaso que já foi remendado caco por caco tal como um coração quebrado que mal acredita que a tempestade passou, que o sol nasceu de novo depois de um dia nublado.
Acolhedora Parece gente que só quer fazer o bem, quando abre os braços gigantes, quando enche a cesta de frutos e oferece sombra, elegante. Daí é hora de estender a toalha, fazer piquenique, dar risadas, ficar contente. Ela é tão acolhedora e sabe guardar segredos de apaixonados que declaram seu amor e ali trocam presentes. Que vontade de abraçá-la, tocar seus pés tão firmes que já foram tão pequenos, tão sementes.
O que faz o sol parecer gente? E uma tartaruga anciã, uma passarinha, o rio, a árvore, uma flor, se parecem com alguém conhecido ou com você? Este livro desperta um olhar poético sobre alguns elementos da natureza comparados ao ser humano. O título de cada poema expressa uma qualidade ou comportamento e o leitor terá que descobrir, através dos textos e das ilustrações, de quem está se falando.