governatorio

Page 1

Governatório Yin-Yang 1. Yin de Cima 2. Yang de Baixo 3. Casamento de Par 4. Representação do Casamento 5. Eleição 6. Escola 7. Escola da Eleição 8. Eleição da Escola 9. Governatório 10. Espaçotempo de Onde se Governa Vitória, quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009. José Augusto Gava.

1


Capítulo 1 Yin de Cima OS DOIS YIN E OS DOIS YANG

Quem olha assim direto, sem pensar, não percebe aquilo que o modelo pirâmide veio aos poucos ensinar: que existem dois lados de cima e dois lados de baixo. BAIÃO DE QUATRO Yang de baixo Yin de cima Yin de baixo Yang de cima DE 0 A 100 EM 4 PASSOS • 00 a 25 – yin-yin (corpo do sim) • 26 a 50 – yin-yang (cabeça do não em corpo do sim) • 51 a 75 – yang-yin (cabeça do sim em corpo do não) • 76 a 100 – yang-yang (corpo do não) Um é muito-depressa e outro é quase-parando. De fato, em termos de prateoria das relações, dialética, quase não pensamos como os contrários se transformam uns nos outros: é que dentro do sim existe outro sim que é parente do não e vice-versa o contráriocomplementar. Só que na espiral, quando o sim muda em não 2


ele fez isso tão lentamente a ponto dele não notar a transformação, como quando envelhecemos para os outros e não para nós mesmos, porque não vemos a consciência envelhecer, já que ela não tem rosto – quem nos vê o tempo todo são os outros, os de fora. Esses contrários não são “traidores”, são gestos nossos que comportam o contrário; não notamos que os fazemos : lentamente vamos nos transformando em nosso pai e nossa mãe, como eles se transformaram no pai e na mãe deles, nossos avós. Por outro lado, como assumimos as posições díspares das deles, acabamos nos parecendo com nossos avós. Há essa mutação em círculo-que-sobe, espiral. Círculo que gira na horizontal e sobe na vertical. O diagrama yin/yang não deve ser visto estático, mas girando e subindo, sendo extremamente conciso para indicar governo e governabilidade. Deveria ser estudado nas escolas, particularmente nos níveis superiores delas. Começaria com o encaixe de um par qualquer, digamos o mais “simples” deles, sim-e-não, que formam uma tríade, um terceiro motor, que é sim-não, senão, talvez, lógica nebulosa. Depois, idealmente, iria encaixando todos os pares, o que não é fácil e diz respeito àquilo que chamei de Esfera de Tríades, uma geodésica de terceiros motores todos coligados como solução final. A Rede Cognata, propondo a língua universal, caminha para o emparelhamento geral e faria, se tivéssemos o programáquina terminal que a desvendasse, a reunião completa dos terceiros. Em tese homem-mulher formariam par com sim-não, mas como? Enquanto homem-mulher, não, a RC não oferece essa solução, mas como pai-mãe é direto. RESPONSÁVEIS PELOS PARES (quando a Natureza cria ao acaso ela obedece também à Lógica total de fundo) pai mãe sim não pé mão pensar memória Outros alinhamentos são muito mais difíceis, mas em todo caso isso deve ser investigado. Já raciocinei muito sobre alinhamento de pares, o objetivo nesta cartilha não é esse (embora o governatório - como não poderia deixar de ser - dependa muito desse estudo).

Capítulo 2 Yang de Baixo Porém o diagrama não se move apenas em círculo e se levanta, ele alonga e encurta na horizontal, de modo que, vendo de perfil, forma-se uma onda. Quando alonga em área os pares se distraem da luta e afrouxam sua pegadura, de modo que o mundo depois de sua “boa existência” ou da “boa vida” torna-se um desastre (como está se tornando agora, depois do afrouxamento desde 1945, por 60 anos ou duas gerações). 3


FAZENDO ONDA

4


Deve haver quatro movimentos básicos, assim como as ondas em geral, PORQUE o diagrama yin-yang ou sim-não É UMA ONDA: a freqüência também muda, aumentando ou diminuindo. ESPIRAL MUITO DOIDA (o sim-não gira na horizontal, os pares tentam se superar nela, ocupando os lugares uns dos outros sucessivamente; todo o círculo aumenta e diminui na horizontal, enquanto gira e sobe; nisso, toda espiral balança ao sabor dos ventos das tempestades ambientais do devir-a-ser)

Grosso modo (porque existem as sutilezas) é com isso que devem lidar os governantes, só que há (os três poderes) sub-espirais para cada um dos poderes visíveis hoje, e espirais para cada PESSOA (indivíduo, família, grupo, empresa) e para cada AMBIENTE (cidade-município, estado, nação e mundo), devendo cada um lidar com as suas e as que estão operando em volta.

Capítulo 3 Casamento de Par HALTERES

haltere (união indissolúvel de par)

5


sul norte É isso que é um par: eles funcionam juntos, mesmo se não souberem disso; na realidade eles são um e o mesmo, digamos o homulher (homem-mulher). O governo deve aprender a lidar com isso, a considerar TUDO em pares cujos pólos se alternam no poder, confundem suas mensagens, se castigam mutuamente. O GOVERNO COMO OSCILADOR HARMÔNICO

oscilador harmônico simples

O papel dos governos não é simples: é o de produzir a harmonia DE TODAS AS ONDAS, de todas e de cada uma desde as maiores às menores. Harmonizar ondas psicológicas não é fácil. HAMONIZAÇÃO PSICOLÓGICA 1. harmonização das figuras; 2. harmonização dos objetivos; 3. harmonização das produções; 6


4. harmonização das organizações; 5. harmonização dos espaçotempos. HARMONIZAÇÃO DAS PSICOLOGIAS ECONÔMICAS 3.1. harmonização da agropecuária-extrativismo; 3.2. harmonização das indústrias; 3.3. harmonização do comércio; 3.4. harmonização dos serviços; 3.5. harmonização dos bancos. Conforme os pares polares, as espirais e todos os outros elementos vão decidindo o que fazer dia após dia tudo muda tremendamente depressa: como é que os governos incompetentes de até agoraqui não se afogaram em tanta multiplicidade? Em primeiro lugar, afogaram-se, sim, pois aconteceram 14 mil guerras, fora os conflitos não detectados. Em segundo lugar, há o que poderíamos chamar de “amortecimento por desatenção”: simplesmente deixe de lado para ver como é que fica (do ditado popular: “deixar como está para ver como é que fica”); se ficar muito grande, interfere-se. Seria interessante mapear os conflitos visíveis e invisíveis, indicação da “ingovernância” (ponho aspas por ser menos que a ingovernabilidade, senão não estaria escrevendo este texto). A IN-GOVERNÂNCIA CONFLITOS AMBIENTAIS CONFLITOS PESSOAIS Seria MUITO INTERESSANTE haver um jornal só sobre os conflitos em toda parte, desde a totalidade do planeta até cada indivíduo.

Capítulo 4 Representação do Casamento CASAMENTO DO SIM E DO NÃO (PAI E MÃE) – produz um monte de simzinhos e de nãozinhos que recomeçam tudo.

7


Aqui vistos um dentro do outro no casamento. sim-pretendente casamento sim-não (senão, talvez) não-pretendente Os casamentos “senão” nem sempre dão certo e sendo 1,6 bilhão só de casamentos humanos - a chance maior na Curva do Sino é dar errado, o que a coletividade não pode tolerar, por causa dos filhos. Se o divórcio deve continuar enquanto solução plausível para os desacertos, os filhos do casal em separação deveriam tornar-se sociais ou ser assim desde o começo, para não haver tropeços. Essa é uma questão a estudar, porque não são mais sim-indivíduos e nãoindivíduos que se casam, mas enormes redes extraordinariamente complexas. Não é justo as crianças sofrerem com isso. Os governos ainda raciocinam como se estivéssemos nos tempos primitivos e não nestes de agoraqui, com 12 mil anos já passados. CONTANDO EM GERAÇÕES (os governos são sempre ineptos, independente de como meçamos) – de 30 em 30 anos, eles provaram isso geração após geração. 1º

400º

Não há congressos, revistas, palestras sobre cada um dos itens ou tópicos do governo (e devem ser milhares), sequer há uma triagem por grupos segundo a complexidade (que o modelo pode prover). Não há nem mesmo uma “parada” para perguntar: o que é o mundo? O que estamos fazendo? Como governar? Não há, como dizem os motoristas dos ônibus, uma “freada de arrumação”. Os governos simplesmente vão atropeladamente andando para frente, aos encontrões, empurrando-se uns aos outros ao sabor do planejamento iluminista velho de 300 ou 400 anos. 8


ANALISANDO & SINTETIZANDO • sintanálise das máquinas; • sintanálise dos instrumentos; • sintanálise dos programas; • sintanálise dos aparelhos; • sintanálise dos recursos humanos, etc. GOVERNATÓRIO DA PRATEORIA DE GOVERNO – a parte de cima é um cone com uma esfera no meio, onde se insere um yin-yang volumétrico.

25 governo das governatório dos governo das práticas encontros teorias (governo das (governo dos noites) dias) 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 10 10 11 11 12 12 Um prédio especificamente com este formato: os andares da esquerda e da direita aparecendo como tais, os do centro pintados como coisa única (com as aberturas por dentro), indicando unidade. O da esquerda para praticar as teorias, o da direita para teorizar sobre as práticas, o do centro para produzir as harmonias através das tecnartes. TECNARTES DA HARMONIA E HARMONIA DAS TECNARTES a) harmonia da visão: poesia, prosa, pintura, desenho, fotografia, dança, moda, etc.; b) harmonia do paladar: comidas, bebidas, pastas, temperos, etc.; c) harmonia do olfato: perfumaria, etc.; d) harmonia da audição: músicas, discursos, etc.; e) harmonia do tato: cinema, teatro, decoração, urbanização, arquiengenharia, paisagismojardinagem, esculturação, tapeçaria, etc. Governar não é brincadeirinha de criança, nem ninguém alguma vez disse que era, mas tem gente demais que é infantil nisso, comportando “como quem vai às goiabas”. É ISTO QUE PRECISAMOS ORGANIZAR: transformar essa corrida desabalada pelo enriquecimento solitário num andar compassado pelo enriquecimento de todos e cada um. OUTRA VISÃO DA EXPONENCIAL 9


A exponencial como Curva do Sino...

... e a Curva do Sino como exponencial (só uma porção está apta a ir para cima nas velocidades requeridas). UMA NOVA PROFISSÃO (harmonizador psicológico: um deles, você sabe, era o casamenteiro antigo ou é o casamenteiro atual, recasamenteiro, o conselheiro matrimonial) – buscando o centro, o ponto comum no olho do furacão, onde não há conflitos.

HP (uma nova HP) • HP de figuras (interna e externamente; internamente corpo e espírito, externamente as imagens); • HP de objetivos (grandes e pequenos); • HP de produções (esse precisa ser especialmente afinado, tanto em cada setor como nos sub-setores e entre eles); 10


• •

HP de organizações (combinar idéias do que é certo e do que é errado, e de como chegar à predominância dos seus objetivos); HP dos espaçotempos (organizar as geohistórias, estabelecer uma métrica das relevâncias não é simplório).

Capítulo 5 Eleição Como venho dizendo desde a juventude o valor de um voto é grande, muito grande, e é (isso não vi então) tão grande fracionalmente quanto: 1. eleger todo o Executivo: • eleição de todo o passado (o que restará de antes como lembrança e o que será apagado: o que você se lembra das civilizações persas?); • eleição de todo o presente (como imaginamos que somos atualmente: isso depende de como achamos que foi nosso passado e do que queremos para o futuro); • eleição de todo o futuro (como seremos, como serão nossos filhos e netos); 2. eleger todo o Legislativo; 3. eleger todo o Judiciário (embora sejam escolhidos, dependem das outras eleições). Só de cargos de primeiro, segundo e terceiro escalões no Brasil o executivo federal escolhe 50 mil, cada um deles podendo orientar milhões de reais, por vezes bilhões. O ORÇAMENTO FEDERAL (vem somente do PIB-visível, daquilo que não é sonegado, e outras rendas) – todo ano políticos-governantes-juizes devem dar fim a esse montante, haja o que houver; sem falar na soma dos orçamentos estaduais e municipaisurbanos. Quinta-feira, 17 maio de 2007 Or çamento amer icano ser á de US$ 2,9 tr ilhões Congr esso vota plano que eleva gasto militar par a US$ 600 bi em 2008

AP, NYT E WP, WASHINGTON Os deputados democratas anunciaram ontem um projeto de orçamento dos EUA para 2008 no valor de US$ 2,9 trilhões. A Câmara e o Senado devem votar o plano hoje. Entre os gastos estão US$ 145 bilhões previstos para as operações no Iraque e no Afeganistão. O financiamento da guerra, no entanto, só vai até 2009. O cálculo prevê mais de US$ 600 bilhões para defesa, o que torna o orçamento militar americano maior do que a soma dos gastos militares de todas as nações do mundo. É o maior dispêndio militar desde o fim da 2ª Guerra, em 1945, superando os de anos em que o país esteve em guerra, tanto no Vietnã quanto na Coréia. O projeto democrata prevê ainda um aumento de US$ 23 bilhões para as agências governamentais e um crescimento dos gastos com saúde e educação, em completo desacordo com o presidente George W. Bush, que prometeu vetar qualquer proposta que aumentasse as verbas para essas áreas. 11


Nenhum país do mundo tem um orçamento tão grande quanto o americano. Ele supera com folga o PIB dos 54 países da África e é igual à soma dos orçamentos de Japão e Alemanha, respectivamente a segunda e a terceira maiores economias do mundo. Se aprovado, os EUA gastarão no ano que vem a soma das receitas dos dez clubes de futebol mais ricos do mundo: Real Madrid, Barcelona, Juventus, Manchester United, Milan, Chelsea, Internazionale, Bayer de Munique, Arsenal e Liverpool. Apesar da dinheirama, os EUA continuam gastando mais do que arrecadam. O déficit em 2007 deve ficar em US$ 214 bilhões. Segundo a proposta democrata, ele aumentaria para US$ 252 bilhões em 2008. Só então começaria a ser reduzido, atingindo o superávit de US$ 41 bilhões em 2012. Isso se a Casa Branca aumentar uma série de impostos, o que o governo Bush também se recusa a fazer. US$ 2,9 TRILHÕES É 14 vezes mais o que gastou o Brasil no ano passado É a soma dos orçamentos de Japão e Alemanha, respectivamente segunda e terceira maiores economias do mundo. É o valor de todas as receitas somadas dos dez maiores clubes de futebol do mundo em 2006. É o dobro da soma do PIB de todos os países da América do Sul ORÇAMENTO PÚBLICO

Orçamento Público é parte integrante do curso “Como Elaborar um Plano de Governo”, e tem por objetivo demonstrar ao aluno conhecimentos introdutórios a respeito dos Planos Diretor e Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). É um curso totalmente online, com recursos multimídia (áudio, vídeo e animações). O conteúdo complementar será apresentado por meio de apostilas e referências bibliográficas. PÚBLICO-ALVO Prefeitos • Vice-Prefeitos • Vereadores • Ministros de Estados • Secretários Estaduais • Secretários Municipais Diretores da Administração Direta e Indireta • Assessores e Consultores •

CONTEÚDO Plano Diretor e Plano Plurianual • Descrição do Plano Diretor • Planejamento do município • Objetivo do Plano Diretor • Obrigatoriedade de elaboração • Instrumentos • Prazo final de desenvolvimento

12


Sustentação do Plano Diretor Conteúdo Mínimo do Plano Diretor • Instrumentos de desenvolvimento urbano • Utilização de Compulsórios • Compulsórios • Direito de Preempção • Alteração de Uso de Solo • Outorga Onerosa do Direito de Construir • Aplicação de Operações Urbanas Consorciadas • A Transferência do Direito de Construir • Estudo do Impacto de Vizinhança • Sistema de Acompanhamento • O Plano Plurianual • Lei de periodicidade quadrienal • Diretrizes • Conceitos estabelecidos no PPA • Objetivos do PPA • Metas da Administração Pública • Despesas de Capital • Decorrência • Programas de Duração Continuada • Fases de Elaboração do PPA • Ações governamentais prioritários • Composição final do PPA • Síntese das diretrizes estratégicas • A avaliação periódica do Plano • Prazos de encaminhamento do PPA • PPA não é imutável Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual A Lei de Diretrizes orçamentárias • Elo entre o PPA e LDO • Conteúdo da LDO • Atribuições da LDO • Autorização da LDO • Novas atribuições para LDO • Anexo de Metas Fiscais • Conteúdo do Anexo de Riscos Fiscais • Prazos de Encaminhamento • Recebimento de emendas • Participação do Poder Legislativo • LDO - Conclusões • Lei Orçamentária Anual • Proposta Orçamentária • Conteúdo da a Proposta Orçamentária • Definições da LOA • Periodicidade da LOA • Planejamento • Impedimentos • Compatibilidade com LDO • Conteúdo da LOA • O que é Orçamento Fiscal • Conteúdo do Orçamento Fiscal •

13


• Orçamento da Seguridade Social Orçamento de Investimentos das Estatais • Ciclo Orçamentário da LOA • Execução da LOA • Prazo de encaminhamento para aprovação • Emendas Parlamentares • O Marco Legal do PPA, LDO e LOA • Sustentação Sistema de Planejamento • Três instrumentos legais •

METODOLOGIA O Instituto de Tecnologia em Conhecimento busca inovar constantemente em seu modelo de construção do conhecimento. Todas as aulas são produzidas e editadas no formato e-learning, utilizando diversos recursos interativos com o objetivo de elevar o índice de aprendizagem dos alunos. O conteúdo é transmitido através de várias mídias e o sistema conta com excelentes ferramentas de comunicação. • Aulas interativas em vídeo, áudio e animações • Exercícios de fixação • Apostilas em formato pdf • Avaliações online • Objetos de aprendizagem inovadores • Blog • Email • Chat • Webconference • Mural de recados • Agenda • Disco virtual • Fórum de discussão • Biblioteca virtual PROFESSOR Doralice Lopes Bernardoni Mestranda em Ciência, Gestão e Tecnologia da Informação e especialista em Formulação e Gestão de Políticas Públicas, ambas pela Universidade Federal do Paraná, pós-graduada em Administração e Marketing pela FAE – Business School. Possui uma experiência profissional multidisciplinar, atuando nas áreas de planejamento e orçamento público, estudos e projetos, com ênfase em formulação e gestão de políticas públicas. Nesse período exerceu vários cargos na administração pública estadual, destacando o de Diretora de Administração e Finanças e Secretária de Estado do Esporte e Turismo do Estado do Paraná. FORMAS DE PAGAMENTO O ITC oferece para você diversas opções, com o objetivo de proporcionar a forma de pagamento mais adequada. - Boleto Bancário – para pagamento à vista, com descontos. Será incluída a taxa de emissão do boleto. - Cartão de crédito – para pagamento à vista (no vencimento do cartão)

14


e parcelado em até 3 vezes sem juros. As melhores bandeiras à sua escolha.

Orçamento do governo brasileiro é aprovado Origem: Wikinotícias, a fonte de notícias livre. Edição actual (não-analisada) 12 de Março de 2008 O Congresso Nacional brasileiro aprovou o Orçamento Geral da União para este ano, com quase três meses de atraso. Os 56 senadores presentes ao plenário votaram a favor. Dos 417 deputados presentes, 404 votaram favoravelmente à proposta, 12 contra e um se absteve – o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que só votaria em caso de empate. Ainda serão feitas duas votações simbólicas. Em seguida, a proposta orçamentária será encaminhada para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O orçamento prevê para este ano recursos de R$ 1,423 trilhão, valor superior ao proposto inicialmente pelo governo, que era de R$ 1,414 trilhão. Com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que deveria arrecadar quase R$ 40 bilhões neste ano, o relator geral, José Pimentel (PT-CE), promoveu cortes em custeio e investimento nos Três Poderes. Mesmo assim, foi mantido os mesmos recursos destinados a saúde, da ordem de R$ 48,42 bilhões, para o reajuste do salário mínimo (R$ 415), R$ 5,2 bilhões para compensar estados exportadores. O grande impasse dos últimos dias para aprovação da proposta era o chamado Anexo de Metas e Prioridades, que reservava R$ 534 milhões para emendas parlamentares e de bancada. Ontem, os líderes partidários da base e da oposição fecharam acordo para retirar da proposta o anexo e redistribuir a verba entre as 27 unidades da Federação, obedecendo os seguintes critérios: 50% de acordo com o repasse do FPE, 40% pela média das emendas de bancada nos últimos três anos e 10% de acordo com a população. A Bahia receberá o maior percentual (7,25%, equivalente a R$ 38,7 milhões) e o Distrito Federal, o menor (1,52%, equivalente a R$ 8,1 milhões). “Construímos uma proposta que se não é a ideal, é o mais próximo dele. O fim da CPMF impôs uma profunda revisão da peça orçamentária”, disse Pimentel. Sobre o valor superior ao proposto inicialmente pelo governo, o relator comentou: “Esse aumento é fruto das reestimativas de receita e reajustes no período de discussão da proposta”. É escandaloso: enquanto isso não há dinheiro para salvar os corpos e as almas que i (ELI, Elea, EleEla, Deus-natureza) deu à humanidade. Dada a complexidade das eleições e dos caracteres psicológicos oferecidos de dois em dois anos (eleições brasileiras de quatro em quatro anos, mas alternados as executivas e as legislativas), como é que se pode escolher corretamente sem freqüentar a escola? Para aprender a contar e a escrever, sim; para aprender interpretações oficiais do tempo e dos espaços geográficos, sim; para várias outras pertinências e impertinências, sim, mas para o controle político dos ambientes que refletem tudo que vivem e podem viver as pessoas, não. Para a política não há escola. Não é escabroso? Não é terrível pensar que algo tão crucial nem é tocado? Não é muito desprezo das elites para com todos, povo e elites? 15


Capítulo 6 Escola ESCOLA DO YIN/YANG (é preferível chamá-la no Ocidente de Sim/Não, porque é, inclusive, mais explicativo, já que se trata de pares polares, sem a reunião de todo o misticismo oriental)

TODOS ESSES SÍMBOLOS REPRESENTAM A MESMA COISA (como o modelo vem mostrando) – porque todos são ou representam a ação dos pares polares.

preto & branco

gangorra, o ciclo que as crianças não percebem

Curva do Sino, a gangorra de Gauss 16


árvore de Natal, ciclo que aumenta ou diminui, conforme o sentido do olhar

uma árvore de Natal sem começo ou fim

sinuosidade de rio, um embate entre o rio e o terreno

o sim da humanidade enfrentando o não da montanha

símbolo do governatório de Davi (estrela) e de Salomão (selo)

governa também as forças e o espaçotempo 17


governa o espectro eletromagnÊtico e a combinação das cores

governa o nosso uso dele 18


Então, o governatório - o espaçotempo de onde se governa a psicologia humana - tem de levar em conta essa disputa constante entre o sim e o não, e entre todos os pares de oposto-complementares. SIM-NÃO, SENÃO (talvez, lógica fuzzy, lógica nebulosa) – uma nova formestrutura de governar terá início.

a lógica do arco-íris

as dúvidas que a Natureza apresenta

nem tudo é inteiramente preto, nem tudo é inteiramente branco 19


respondendo à complexidade com a complexidade (e à simplicidade com bem menos atenção) É evidente que os governos (os três) são simplórios, tanto os governantes do Executivo quanto os políticos do Legislativo, quanto ainda (ou mais) os juizes do Judiciário porque embora existindo o Conhecimento (mágico-artístico, teológico-religioso, filosóficoideológico, científico-técnico e matemático) ainda não o incorporaram, não obstante eu ter ido à Assembléia Legislativa desde 1988 pleitear a criação de um conselho tecnocientífico. CONSELHO DOS 8 PARTIDOS E UM INTEIRO (oito modos de conhecer e a matemática) – estrela dos magos.

Este conselho terá um gerente rotativo (para cada um dos oito modos) e um permanente, o da matemática, a ele sendo submetido qualquer anteprojeto de lei formando no geral uma MATRIZ PSICOLÓGICA DE PRECISA RESSONÂNCIA com a realidade, quer dizer, um programáquina matemático que responderá à realidade passo a passo minuto a minuto, num fino compasso entre as previsões do governatório e a realidade, com o CUBO DE GOVERNO (é um instrumento a ser criado, um cubo de equações da governabilidade) mostrando as áreas de tensão. 20


Capítulo 7 Escola da Eleição Como são as eleições hoje? Qualquer pessoa pode se candidatar (deve continuar assim), sem qualquer treinamento (não deve continuar assim), sem qualquer aprendizado. UM APRENDIZADO PARALELO (qualquer um pode surgir em qualquer ponto dela, mas deve evoluir, ir para cima, pois a coletividade precisa do máximo)

pirâmide escalonada (poder central: é uma questão de classe e categoria): 7. iluminados; 6. santos-sábios; 5. estadistas; 4. pesquisadores; 3. profissionais; 2. lideranças; 1. povo.

1. 2. 3. 4.

pré-primário + política; primeiro-grau (8 anos) + primeira política; segundo grau (3 anos) + segunda política; terceiro grau (4, 5, 6 anos) + terceira política (já eletiva); 5. mestrado (2 anos) + quarta política; 6. doutorado (4 anos) + quinta política; 7. pesquisadores & desenvolvedores de campo + sexta política; Enfim, política o tempo todo. E ENSINAPRENDIZADO DO CONHECIMENTO

21


i. ii. iii. iv.

v.

magia-arte da política; teologia-religião da política; filosofia-ideologia da política; ciência-técnica da política: 4.1. saber físico-químico; 4.2. saber biológico-p.2; 4.3. saber psicológico-p.3: 4.3.1. detalhes das figuras ou psicanálises; 4.3.2. detalhes dos objetivos ou psicosínteses; 4.3.3. detalhes das economias ou produções; 4.3.4. detalhes das sociologias ou organizações; 4.3.5. detalhes das geo-histórias ou espaçotempos; 4.4. saber informacional-p.4; 4.5. saber cosmológico-p.5; 4.6. saber dialógico-p.6; matemática da política.

O mundo tornou-se extremamente complexo, não é mais o mesmo; até o de 1960 era muito mais simples. Não temos mais agora Manoel-indivíduo, tudo cresceu desmesuradamente. AQUELE MANOEL PRIMITIVO DE 12 MIL ANOS ATRÁS EVOLUIU MUITO (de um par fundamental Manoel + Maria no Paraíso, viraram bilhões) a) MANUEL PESSOA: a.1) Manoel indivíduo; a.2) Manoel família; a.3) Manoel grupo; a.4) Manoel empresa; b) MANUEL AMBIENTE: b.1) Manoel cidade-município; b.2) Manoel estado; b.3) Manoel nação; b.4) Manoel mundo (em processo de globalização, durante o qual Manoel deve se render a bilhões. A caminho de 10,0 bilhões já chegamos a 6,7). Como pode um indivíduo pretender sozinho saber tanto? Não deveríamos desconfiar, des-confiar, tirar a confiança? Deveríamos, terminantemente deveríamos. TIRANDO A CONFIANÇA DOS TRÊS PODERES (assim como a Escola geral, é preciso pós-contemporanizar os governos, colocando-os depois de 1991) DESCONFIAR DO DESCONFIAR DO DESCONFIAR DO EXECUTIVO LEGISLATIVO JUDICIÁRIO perfeitos, vereadores, deputados promotores, governadores e estatuais e federais, juízes, presidentes senadores desembargadores Além de todos esses, também os assessores, viciados nas informações e controles antigos e viciados de um modo geral. Anos atrás falei em acabar com todos os governos (vá ler o texto próprio), visando reinventá-los em outro 22


patamar de eficiência; de fato, esta crise em curso nos proporcionará isso. Podemos incrementar a energia de transformação, estimulando o processo. Podemos criar a ESCOLA DAS ELEIÇÕES para aprendermos a votar segundo os novos estágios da evolução, por exemplo, este da globalização. Se fôssemos votar em candidatos ao Executivo, Legislativo e Judiciário mundial como faríamos, em quem votaríamos? Como instrumentos tão poderosos como os da mídia, o que alegaremos como dificuldade? MÍDIA POLÍTICA (divulgando a Escola de Política) • TV para a política (um grupo especialmente treinado); • Rádio para a política; • Revista para a política; • Jornal para a política; • Internet para a política (tudo que não for notícia oficial será oficiosa, quer dizer, pública, sujeita a enganos e erros); • Livro para a política (uma turma de editores, isto é, de buscadores de notícias de longo prazo & fundas pesquisas); • outros meios. Se o governo é psicologia tudo que fala dele ao povelite deve ser psicológico também; entretanto, tal não acontece com o porta-voz, ele não é um estudioso de psicologia, nem entende de relações com a mídia do jeito mais profundo.

Capítulo 8 Eleição da Escola ESCOLHA DENTRO DE ESCOLA (fundar a escola, dentro dela escolher os professores e treiná-los, este aos alunos e estes ao povo) – ESCOLA POLÍTICA, algo que deveria ter existido desde os primórdios da democracia. Não terem criado diz de quanto respeito temos merecido dos governantes. Vários níveis de redução da estupidez individual e dos níveis mais baixos.

Capítulo 9 Governatório 23


ESCOLHENDO UM DESENHO (não sei qual será, mas presumo que os números oferecidos pela história tenham a ver com a escolha, por exemplo, do 12: 1, 2, 4, 12, 24, 36, 48, 60, 72, 84, 96 etc.: 3 x 1 x 4, 3 x 2 x 4, 3 x 3 x 4, 3 x 4 x 4 e segue) governatório (cabeça) governo do corpo esquerdo governo do corpo direito perna braço braço perna UM CINCUNTEATRO (com 24 cadeiras em cima, 12 intermediárias, depois 4 e o governante no centro) – os visitantes que não trabalham postos do lado de fora e sem serem ouvidos nesta hora de tarefas.

ENORME FLUXO DE DADOS (em tempo real, com sintanalistas promovendo a COMPACTAÇÃO RELEVANTE; decidir o que é relevante é um problema muito sério) – corte dos tubos crescentes. No centro sendo pequeno, porém tendo só o governante. 4º 3º 2º 1º nível governante (cilindro menor) 1º nível 2º 3º 4º Cada nível para dentro deve pressupor uma concentração, divisão por 4 ou 16 ou 64, conforme se vá estudando, de tal modo que os níveis de estudos quantitativos tecnocientíficos fiquem do lado de fora, ocorrendo do lado de dentro as respostas intuitivas (fortemente embasadas na razão) e rápidas (com o embasamento a chance de errar deve diminuir exponencialmente, de modo a não precisarmos mais de milagres e de sensitivos). AMPLA DISTRIBUIÇÃO DOS PROJETOS A CRÍTICA (sujeitando-os a escrutínio, os governos obterão sugestões gratuitas e de grande valor) – prazos para leituras e críticas dos projetos. Obviamente 24


10 º

9

8

7

6

5

4

3

2

1

0 (publicação)

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10 º

nos mais casos simples não é preciso ofertar tanto tempo, nem sequer algum. Esse desenho é só uma ilustração.

Em resumo, o governatório deve caminhar para aplicações matemáticas de altíssimo nível (pois não podemos pensar em instrumentos melhores para emparelhar com a psicologia mais afinada). O ACORDO DOS CINCO PODERES (os três que já existem, mais dois a eleger)

O que vemos: o indivíduo governante (melhor seria se fossem um homem e uma mulher) tentando decidir coisas por vezes extremamente relevantes e críticas, mas embasado apenas em seu conhecimento fragmentado de como funciona o amplo organismo social humano, os grupos de apoio (fungos, plantas, animais, primatas) e tudo mais. Olhando como é hoje só podemos ficar estarrecidos que tal primitivismo possa ainda nos levar a algum lugar!

Capítulo 10 Espaçotempo de Onde se Governa O corpo pode ter 100 trilhões de células, mas governantes são os 10 bilhões de células do cérebro, relação de 1.000/1, pelo menos ou talvez 10.000/1 (por exemplo, se seguíssemos essa relação, os 3,5 milhões de habitantes do Espírito Santo deveriam ter somente 350 a 3.500 ocupados com a governabilidade nos três poderes; evidentemente há muito mais, mostrando que a biologia é muito mais esperta que a psicologia). O governatório não é a mesma coisa do governante; o primeiro é o coletivo, o segundo é o indivíduo (melhor o par). Este deve ter um lugar próprio onde irá aprender a governar (o governante é um CANDIDATO, 25


candidatando-se a aprendizado durante toda a vida, desde as tarefas mais simples até as mais complexas – e nisso existe um funil que vai encurtando as chances de avançar). UM FUNIL (como o lado de dentro de uma pirâmide escalonada, seja de base quadrada, seja de base circular) – menos e menos gente é competente para estar no cimo; se fosse o contrário não precisaríamos de governo.

As provas devem ser pesadas, indo muito além do confucionismo em exigências, mas sem os desdobramentos doutrinários que conduzem à emulação, à imitação fotogênica ou mimética e ao congelamento das funções. O CENTRO GOVERNAMENTAL (cérebro do cérebro no governante-governatório e nas secretarias descritas no modelo)

26


Algo parecido, mas não espalhafatoso assim. No Espírito Santo venho propondo tais mudanças desde 1988, há mais de 21 anos. Tudo aqui é muito lento, mas há males que vem para bem, porque pelo menos pude elaborar esta cartilha. E esse cérebro (estadual, no caso) deve se relacionar com outros corpomentes ambientais em todo o mundo; quando olhamos direito, os serviços, departamentos, secretarias, ministérios estão (ou estariam) trabalhando por todos, se as informações produzidas vazassem - o que antes era muito difícil e agora seria muito fácil, se houvesse orientação mundial a tal. Medindo o passado e o presente, projetando o futuro com sensibilidade extrema o governatório-exterior e o governante-interior poderiam prover as respostas mais rápidas e coerentes ao corpo que as pede, estimulando-o instantaneamente a seguir as melhores direções-sentidos. É claro que um corpomente ambiental desse tipo um novo organismo super-equilibrado psicomecanicamente se tornará predador dos demais, e nem há como não ser, pois há psicologicamente luta e seleção do mais apto. Não devemos reclamar, os museus contém belas amostras dos que estiveram aptos e morreram pelo caminho, seja por morte individual a que todos estamos condenados, seja por morte coletiva a que só os ineptos estão condenados. Se for o ES e se o estado e seus municípios e pessoas se destacarem, do que reclamaríamos? Há um processo de substituição dos primeiros lugares, subindo uns e declinando outros, pois os guias não podem ser sempre os mesmos, sob pena da humanidade caducar e morrer. Vitória, quarta-feira, 06 de maio de 2009. José Augusto Gava. 27


ANEXOS Capítulo 2

ESTUDANDO AS ONDAS (e, veja, a onda de cada organismo, instituição, grupo está posicionada na Curva do Sino) – a razão de não haver um estudo da mecânica de ondas dos pares polares é uma incógnita para mim e fala de nossa estupidez coletiva. Ondulatória é a parte da Física que estuda as ondas. Qualquer onda pode ser estudada aqui, seja a onda do mar, ou ondas eletromagnéticas, como a luz. Conceito de Onda A definição de onda é qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. Ex: uma pedra jogada em uma piscina (a fonte), provocará ondas na água, pois houve uma perturbação. Essa onda se propagará para todos os lados, quando vemos as perturbações partindo do local da queda da pedra, até ir na borda. Uma sequência de pulsos formam as ondas.

Chamamos de Fonte qualquer objeto que possa criar ondas. A onda é somente energia, pois ela só faz a transferência de energia cinética da fonte, para o meio. Portanto, qualquer tipo de onda, não transporta matéria!.

As ondas podem ser classificadas seguindo três critérios: Classificação das ondas segundo a sua Natureza Quanto a natureza, as ondas podem ser dividas em dois tipos: - Ondas mecânicas: são todas as ondas que precisam de um meio material para se propagar. Por exemplo: ondas no mar, ondas sonoras, ondas em uma corda, etc. - Ondas eletromagnéticas: são ondas que não precisam de um meio material para se propagar. Elas também podem se propagar em meios materiais. Exemplos: luz, raio-x , sinais de rádio, etc. Classificação em relação à direção de propagação As ondas podem ser dividas em três tipos, segundo as direções em que se propaga: - Ondas unidimensionais: só se propagam em uma direção (uma dimensão), como uma onda em uma corda. - Ondas bidimensionais: se propagam em duas direções (x e y do plano cartesiano), como a onda provocada pela queda de um objeto na superfície da água. - Ondas tridimensionais: se propagam em todas as direções possíveis, como ondas sonoras, a luz, etc. Classificação quanto a direção de propagação - Ondas longitudinais: são as ondas onde a vibração da fonte é paralela ao deslocamento da onda. Exemplos de ondas longitudinais são as ondas sonoras (o alto falante vibra no eixo x, e as ondas seguem essa mesma direção), etc. - Ondas transversais: a vibração é perpendicular à propagação da onda. Ex.: ondas eletromagnéticas, ondas em uma corda (você balança a mão para cima e para baixo para gerar as ondas na corda). Características das ondas

28


Todas as ondas possuem algumas grandezas físicas, que são: - Freqüência: é o número de oscilações da onda, por um certo período de tempo. A unidade de freqüência do Sistema Internacional (SI), é o hertz (Hz), que equivale a 1 segundo, e é representada pela letra f. Então, quando dizemos que uma onda vibra a 60Hz, significa que ela oscila 60 vezes por segundo. A freqüência de uma onda só muda quando houver alterações na fonte. -Período: é o tempo necessário para a fonte produzir uma onda completa. No SI, é representado pela letra T, e é medido em segundos. É possível criar uma equação relacionando a freqüência e o período de uma onda: f = 1/T ou T = 1/f - Comprimento de onda: é o tamanho de uma onda, que pode ser medida em três pontos diferentes: de crista a crista, do início ao final de um período ou de vale a vale. Crista é a parte alta da onda, vale, a parte baixa. É representada no SI pela letra grega lambda (λ) - Velocidade: todas as ondas possuem uma velocidade, que sempre é determinada pela distância percorrida, sobre o tempo gasto. Nas ondas, essa equação fica: v = λ / T ou v = λ . 1/T ou ainda v = λ . f - Amplitude: é a "altura" da onda, é a distância entre o eixo da onda até a crista. Quanto maior for a amplitude, maior será a quantidade de energia transportada. Ondas No estudo da física onda é uma perturbação que se propaga no espaço ou em qualquer outro meio, como, por exemplo, a água. Uma onda transfere energia de um ponto para outro, mas nunca transfere matéria entre dois pontos. As ondas podem se classificar de acordo com a direção de propagação de energia, quanto à natureza das ondas e quanto à direção de propagação. Quanto à direção de propagação de energia as ondas se classificam da seguinte forma: • Unidimensionais: propagam-se em uma única dimensão; • Bidimensionais: propagam-se num plano; • Tridimensionais: propagam-se em todas as direções. Quanto à natureza, as ondas se classificam em: • Ondas mecânicas: são aquelas que necessitam de um meio material para se propagar como, por exemplo, onda em uma corda ou mesmo as ondas sonoras; • Ondas eletromagnéticas: são aquelas que não necessitam de meio material para se propagar, elas podem se propagar tanto no vácuo (ausência de matéria) como também em certos tipos de materiais. São exemplos de ondas eletromagnéticas: a luz solar, as ondas de rádio, as microondas, raios X, entre muitas outras. Quanto à direção de propagação as ondas se classificam em: • Ondas transversais: são aquelas que têm a direção de propagação perpendicular à direção de vibração como, por exemplo, as ondas eletromagnéticas. • Ondas longitudinais: nessas ondas a direção de propagação se coincide com a direção de vibração. Nos líquidos e gases a onda se propaga dessa forma. Para descrever uma onda é necessária uma série de grandezas, entre elas temos: velocidade, amplitude, freqüência, período e o comprimento de onda. Por Marco Aurélio da Silva Equipe Brasil Escola

ARTIGOS DE ONDAS • A audição humana onda mecânica, compressão e descompressão do ar, como percebemos os sons, o som, estrutura do...

29


• A Classificação das Ondas como as ondas são classificadas, onda unidimensional, onda bidimensional, onda tridimensional, o... • A velocidade do Som Velocidade do som, qual é o valor da velocidade do som, velocidade da luz, temperatura, fatores... • Acústica Acústica, ondas sonoras, estudo do som, o que é o som, freqüência sonora, fenômenos sonoros,... • Forno Microondas Forno de microondas, como funciona o forno de microondas, quando surgiu o forno de microondas, a... • Intensidade de Energia Transmitida pelo Som Intensidade do som, como calcular a intensidade sonora, potência, som forte, som fraco, vibração... • Intensidade, Timbre e Altura altura, intensidade, timbre, corpos em vibração, principais características do som, som agudo,... • O Efeito Doppler Efeito Doppler, o que é efeito Doppler, propagação ondulatória, freqüência sonora, onde se aplica... • O Fenômeno da Interferência Interferência, interferência construtiva, interferência destrutiva, coloração da bolha de sabão,... • O Infra-Som e o Ultra-Som Ultra-som, infra-som, freqüência, sonar, os morcegos são cegos, freqüência sonora, o que é o som,... • Os sons dos trovões Os sons dos trovões, origem dos trovões, como ocorrem os trovões, relâmpago, o que são os... • Radar Radar, funcionamento do radar, qual a função do radar, onde o radar é utilizado, qual o princípio... • Radiação Eletromagnética Radiação eletromagnética, ondas eletromagnéticas, campo magnético, campo elétrico, luz, reflexão,... • Raios Gama Raios gama, radiação eletromagnética, freqüência, elemento radioativo, radiação ionizante, núcleo... • Raios X Raios X, como é que se produz o raio X, quem descobriu o raio X, onde são utilizados os raios X,... • Reflexão e Refração do Som Refração do som, reflexão do som, o que é refração, eco, reverberação, onda sonora, onda,...

30


Onda Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Onda

As ondas podem ser classificadas como um movimento harmônico simples. Em física, uma onda é uma perturbação oscilante de alguma grandeza física no espaço e periódica no tempo. A oscilação espacial é caracterizada pelo comprimento de onda e a periodicidade no tempo é medida pela freqüência da onda, que é o inverso do seu período. Estas duas grandezas estão relacionadas pela velocidade de propagação da onda. Fisicamente, uma onda é um pulso energético que se propaga através do espaço ou através de um meio (líquido, sólido ou gasoso). Segundo alguns estudiosos e até agora observado, nada impede que uma onda magnética se propague no vácuo ou através da matéria, como é o caso das ondas eletromagnéticas no vácuo ou dos neutrinos através da matéria, onde as partículas do meio oscilam à volta de um ponto médio mas não se deslocam. Exceto pela radiação eletromagnética, e provavelmente as ondas gravitacionais, que podem se propagar através do vácuo, as ondas existem em um meio cuja deformação é capaz de produzir forças de restauração através das quais elas viajam e podem transferir energia de um lugar para outro sem que qualquer das partículas do meio seja deslocada; isto é, a onda não transporta matéria. Há, entretanto, oscilações sempre associadas ao meio de propagação. Uma onda pode ser longitudinal quando a oscilação ocorre na direcção da propagação, ou transversal quando a oscilação ocorre na direcção perpendicular à direcção de propagação da onda.

Ondas se propagando na superfície de um meio líquido

Meios de propagação

Meios nos quais uma onda pode se propagar são classificados como a seguir: • Meios lineares: se diferentes ondas de qualquer ponto particular do meio em questão podem ser somadas; • Meios limitados: se ele é finito em extensão, caso contrário são considerados ilimitados; • Meios uniformes: se suas propriedades físicas não podem ser modificadas de diferentes pontos; • Meios isotrópicos: se suas propriedades físicas são as mesmas em quaisquer direções.. •

Exemplos de ondas

Ondas oceânicas de superfície , que são perturbações que se propagam através da água (veja também surf e tsunami). • Som - Uma onda mecânica que se propaga através dos gases, líquidos e sólidos, que é de uma freqüência detectada pelo sistema auditivo. Uma onda similar é a onda sísmica presente nos terremotos, que podem ser dos tipos S, P eL. • Luz, Ondas de rádio, Raio X, etc. são ondas eletromagnéticas. Neste caso a

31


propagação é possível através do vácuo.

Propriedades características

Todas as ondas tem um comportamento comum em situações padrões. Todas as ondas tem as seguintes características: • Reflexão - Quando uma onda volta para a direção de onde veio, devido à batida em material reflexivo. • Refração - A mudança da direção das ondas, devido a entrada em outro meio. A velocidade da onda varia, pelo que o comprimento de onda também varia, mas a frequência permanece sempre igual, pois é característica da fonte emissora. • Difração - O espalhamento de ondas, por exemplo quando atravessam uma fenda de tamanho equivalente a seu comprimento de onda. Ondas com baixo comprimento de onda são facilmente difratadas. • Interferência - Adição ou subtração das amplitudes das ondas, dependo da fase das ondas em que ocorre a superposição. • Dispersão - a separação de uma onda em outras de diferentes freqüências. • Vibração - Algumas ondas são produzidas através da vibração de objetos, produzindo sons. Exemplo: Cordas ( violão, violino, piano, etc.) ou Tubos ( orgão, flauta, trompete, trombone, saxofone, etc.)

Ondas transversais e longitudinais

Ondas transversais são aquelas em que a vibração é perpendicular à direção de propagação da onda; exemplos incluem ondas em uma corda e ondas eletromagnéticas. Ondas longitudinais são aquelas em que a vibração ocorre na mesma direção do movimento; um exemplo são as ondas sonoras. Marolas na superfície de um lago são na realidade uma combinação de ondas transversais e longitudinais, então os pontos na superfície realizam percursos elípticos. Polarização Ondas transversais podem ser polarizadas. Ondas não polarizadas podem oscilar em qualquer direção no plano perpendicular à direção de propagação. Ondas polarizadas no entanto oscilam em apenas uma direção perpendicular à linha de propagação.

Descrição física de uma onda

1 = Elementos de uma onda 2 = Distância 3 = Deslocamento λ = Comprimento de onda γ = Amplitude Ondas podem ser descritas usando um número de variáveis, incluindo: freqüência, comprimento de onda, amplitude e período. A amplitude de uma onda é a medida da magnitude de um distúrbio em um meio durante um ciclo de onda. Por exemplo, ondas em uma corda têm sua amplitude expressada como uma distância (metros), ondas de som como pressão (pascals) e ondas eletromagnéticas como a amplitude de um campo elétrico (volts por metro). A amplitude pode ser constante (neste caso a onda é uma onda contínua), ou pode variar com tempo e/ou posição. A forma desta variação é o envelope da onda.

32


O período é o tempo(T) de um ciclo completo de uma oscilação de uma onda. A freqüência (F) é período dividido por uma unidade de tempo (exemplo: um segundo), e é expressa em hertz. Veja abaixo: . Quando ondas são expressas matematicamente, a freqüência angular (ômega; radianos por segundo) é constantemente usada, relacionada com freqüência f em: . Ondas estacionárias e ondas não-estacionárias Ondas que permanecem no mesmo lugar são chamadas ondas estacionárias, como as vibrações em uma corda de violino.

Corda a vibrar na freqüência fundamental e no 2º e 3º harmónicos. Quando uma corda é deformada, a perturbação propaga-se por toda a corda, reflectindo-se nas suas extremidades fixas. Da interferência das várias ondas pode resultar uma onda estacionária, ou seja, um padrão de oscilação caracterizado por sítios (os nodos) onde não há movimento. Os nodos resultam da interferência (destrutiva) entre a crista e o ventre de duas ondas. Nos anti-nodos, onde o deslocamento é máximo, a interferência dá-se entre duas cristas ou dois ventres de onda. Cada padrão de oscilação corresponde a uma determinada freqüência a que se chama um harmónico. As freqüências de vibração variam com o comprimento da corda e com as suas características (material, tensão, espessura), que determinam a velocidade de propagação das ondas. À freqüência mais baixa a que a corda vibra chama-se freqüência fundamental. Ondas que se movem (não-estacionárias) têm uma perturbação que varia tanto com o tempo t quanto com a distância z e pode ser expressada matematicamente como: y = A(z,t)cos(ωt - kz + φ), onde A(z,t) é o envelope de amplitude da onda, k é o número de

onda e φ é a fase. A velocidade v desta onda é dada por: comprimento de onda.

, onde λ é o

A equação universal da onda A forma mais simples desta equação é: V = λ.f Em que: • V: Velocidade da onda • λ: Comprimento de onda (a letra do alfabeto grego λ chama-se "lambda",sendo equivalente fonético do "l" latino) • f: Frequência de onda Y+a.sen[2.pi(x/l - t/T)+φ0) Equação de Schrödinger A equação de Schrödinger descreve o comportamento ondulatório da matéria na mecânica quântica. As soluções desta equação são funções de onda que podem ser usadas para descrever a densidade de probabilidade de uma partícula.

] Ver também

• • •

Efeito Doppler Onda estacionária Equação da onda

FÍSICA-MATEMÁTICA DO YIN-YANG (estamos longe de chegar a esse nível de aprofundamento) Yin e Yang Segundo a filosofia chinesa o yin yang é a representação do positivo e do negativo, sendo o princípio da dualidade, onde o positivo não vive sem o negativo e vice e versa. O criador desse conceito foi I Ching, ele descobriu 33


que as formas de energias existentes possuem dois pólos e identificou-o como Yin e Yang. O Yin representa a escuridão, o princípio passivo, feminino, frio e noturno. Já o Yang representa a luz, o princípio ativo, masculino, quente e claro. Além disso, também são indicados como o Tigre e o Dragão, representando lados opostos. Quanto mais Yin você possuir, menos Yang terá e, quanto mais Yang possuir menos Yin você terá. Essa filosofia diz que para termos corpo e mente saudável é preciso estar em equilíbrio entre o Yin e o Yang. Há sete leis e doze teoremas da combinação das energias Yin e Yang: As leis são: 1. Todo o universo é constituído de diferentes manifestações da unidade infinita; 2. Tudo se encontra em constantes transformações; 3. Todas as contrariedades são complementares; 4. Não há duas coisas absolutamente iguais; 5. Tudo possui frente e verso; 6. A frente e o verso são proporcionalmente do mesmo tamanho; 7. Tudo tem um começo e um fim. Os teoremas são: 1. Yin e Yang são duas extremidades de pura expansão infinita: ambas se apresentam no momento em que a expansão atinge o ponto geométrico da separação, ou seja, quando a energia se divide em dois; 2. Yin e Yang originam-se continuamente da pura expansão infinita; 3. Yang tende a se afastar do centro; Yin tende a ir para o centro; E ambos produzem energia; 4. Yin atrai Yang e Yang atrai Yin; Yin repele Yin e Yang repele Yang; 5. Quando potencializados, Yin gera o Yang e Yang gera o Yin; 6. A força de repulsão e atração de todas as coisas é proporcional à diferença entre os seus componentes Yin e Yang; 7. Todos os fenômenos têm por origem a combinação entre Yin e Yang em várias proporções; 8. Os fenômenos são passageiros por causa das constantes oscilações das agregações dos componentes Yin e Yang; 9. Tudo tem polaridade; 10. Não há nada neutro; 11. Grande Yin atrai pequeno Yin; o grande Yang atrai o pequeno Yang; 12. Todas as solidificações físicas são Yin no centro e Yang na periferia. O Yin e o Yang são representados pela figura abaixo:

O lado negro é o Yin e o branco o Yang; o pequeno círculo branco no lado negro significa que o Yin possui o Yang e, o círculo que o lado branco possui significa que Yang possui Yin. Por Eliene Percília Equipe Brasil Escola 34


Taoísmo Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Nomes Língua Chinesa:

道教 ou 道家

Pinyin: Wade-Giles:

Dàojiào ou Dàojia Tao-chiao ou Tao-chia

A palavra Taoísmo (ou Daoísmo) é geralmente empregada para traduzir dois termos chineses distintos, "Daojiao" (道教) (py Dàojiào, W-G Tao-chiao), que se refere aos "ensinamentos ou à religião do Dao", e "Daojia", que se refere à (道家) "escola do Tao (ou Dao)", a uma linha de pensamento da filosofia chinesa. Assim, o termo Taoísmo tem mais de um sentido no ocidente, pode referir-se a: • Uma escola de pensamento filosófico chinês que se baseia nos textos do Tao Te Ching atribuídos a Lao Tse e nos escritos de Chuang Tse. • Um movimento religioso chinês com origem em Zhang Daoling no final da Dinastia Han que se estrutura em seitas como a Zhengyi ("Ortodoxa") e Quanzhen ("realidade completa"). • As manifestações da tradição religiosa chinesa, de caráter popular, que integram elementos da religião Taoísta, do Confucionismo e do Budismo. O Tao do Taoísmo O ideograma Tao (ou Dao) (道) pode ser traduzido como "caminho", mas assume um significado mais abstrato para a religião e para a filosofia chinesa. Traduzido literalmente, significa "o ensinamento do Tao". No contexto taoísta, 'Tao' pode ser entendido como um caminho no espaço-tempo - a ordem na qual as coisas acontecem. Como termo descritivo, pode se referir ao mundo real na história - algumas vezes nomeado como o "grande Tao" - ou, antecipadamente, como uma ordem que deve se manifestar - a ordem moral de Confúcio ou Lao Tsé ou Cristo, etc. Um tema no pensamento chinês primitivo é Tian-dao ou caminho da natureza (também traduzido como "céu", e às vezes "Deus"). Corresponde aproximadamente à ordem das coisas de acordo com a lei natural. Tanto o "caminho da natureza" quanto o "grande caminho" inspiram o afastamento estereotípico taoísta das doutrinas morais e normativas. Assim, pensado como o processo pelo qual cada coisa se torna o que ela é (a "Mãe de todas as coisas") parece difícil imaginar que temos que escolher entre quaisquer valores de seu conteúdo normativo - portanto pode ser visto como um príncípio eficiente de "vazio" que sustenta confiavelmente o funcionamento do universo. Os textos acima, são uma tradução dentro do pensamento e postura ocidental, pois a base do TAO é que uma vez tentado explicar ou interpretar o TAO deixa de ser TAO. 35


Ou seja o TAO é o universo "criador" que tudo contém, não pode ser pensado ou idealizado pela criatura, pois como se ensina na Matemática: a parte e o todo (a parte está no todo mas a parte não é o todo). Taoísmo e Confucionismo O taoísmo é uma tradição que dialogando com seu tradicional contraste, o confucionismo, modelou a vida chinesa por mais de 2000 anos. O taoísmo enfatiza a espontaneidade ou liberdade da manipulação sócio-cultural pelas instituições, linguagem e práticas culturais. Manifesta o anarquismo - defendendo essencialmente a idéia de que não precisamos de nenhuma orientação centralizada. Espécies naturais seguem caminhos apropriados a elas, e os seres humanos são uma espécie natural. Seguimos todos por processos de aquisição de diferentes normas e orientações da sociedade, e no entanto podemos viver em paz se não procuramos unificar todas estas formas naturais de ser. Como o conceito confucionista de governo consiste em fazer todos seguirem o mesmo moral tao, o taoísmo representa de muitas maneiras a antítese do conceito confucionista referente a deveres morais, coesão social e responsabilidades governamentais, mesmo que o pensamento de Confúcio inclua valores taoístas e o inverso também ocorra, como se pode observar lendo os Analetos de Confúcio. Origens do Taoísmo Tradicionalmente, o Taoísmo é atribuído a três fontes principais: • O mais antigo, o mítico "Imperador Amarelo"; • o mais famoso, o livro de aforismos místicos, o Dao De Jing (Tao Te Ching), supostamente escrito por Lao Zi (Lao Tse), que, segundo a tradição, foi um contemporâneo mais velho de Confúcio; • e o terceiro, os trabalhos do filósofo Zhuang Zi (Chuang Tse). • Outros livros ampliaram o Taoísmo, como o True Classic of Perfect Emptiness, de Lie Zi; e a compilação Huainanzi. • Além destes, o antigo I Ching, O Livro Das Mutações, é tido como uma fonte extra do taoísmo, assim como práticas de divinação da China antiga. Filosofia Taoísta • Do Caminho surge um (aquele que está consciente), de cuja consciência por sua vez surge o conceito de dois (yin e yang), dos quais o número três está implícito (céu, terra e humanidade); produzindo finalmente por extensão a totalidade do mundo como o conhecemos, as dez mil coisas, através da harmonia das Wuxing. O Caminho enquanto passa pelos cinco elementos do Wuxing é também visto como circular, agindo sobre si mesmo através da mudança para simular um ciclo de vida e morte nas dez mil coisas do universo fenomênico. • Aja de acordo com a natureza, e com sutileza em lugar de força. • A perspectiva correta será encontrada pela atividade mental da pessoa, até chegar a uma fonte mais profunda que guie sua interação pessoal com o universo (veja 'wu wei' abaixo). O desejo obstrui a habilidade pessoal de entender O Caminho (veja também karma), moderar o desejo gera contentamento. Os taoístas acreditam que quando um desejo é satisfeito, outro, mais ambicioso, brota para substitui-lo. Em essência, a maioria dos taoístas sente que a vida deve ser apreciada como ela é, em lugar forçá-la a ser o que não é. Idealmente, não se deve desejar nada, "nem mesmo não desejar". • Unidade: ao perceber que todas as coisas (inclusive nós mesmos) são interdependentes e constantemente redefinidas pela mudança das circunstâncias, passamos a ver todas as coisas como elas são, e a nós mesmos como apenas uma parte do momento presente. Esta compreensão da unidade nos leva a uma apreciação dos fatos da vida e do nosso lugar neles como simples momentos 36


miraculosos que "apenas são". • Dualismo, a oposição e combinação dos dois princípios básicos Yin e Yang do universo, é uma grande parte da filosofia básica. Algumas das associações comuns com Yang e Yin, respectivamente, são: masculino e feminino, luz e sombra, ativo e passivo, movimento e quietude. Os taoístas acreditam que nenhum dos dois é mais importante ou melhor que o outro, na verdade, nenhum pode existir sem o outro, porque eles são aspectos equiparados do todo. São em última análise uma distinção artificial baseada em nossa percepção das dez mil coisas, portanto é só nossa percepção delas que realmente muda. Ver taiji. Wu Wei Muito da essência do Tao está na arte do wu wei (agir pelo não-agir). No entanto, isto não significa "espere sentado que o mundo caia no seu colo". Essa filosofia descreve uma prática de se realizar coisas através da ação mínima. Pelo estudo da natureza da vida, você pode influenciar o mundo do modo mais fácil e menos disruptivo (usando a sutileza em vez da força). A prática de seguir a corrente em vez de ir contra ela é uma ilustração; uma pessoa progride muito mais não por lutar e se debater contra a água, mas permanecendo quieta e deixando o trabalho nas mãos da correnteza. O Wu Wei funciona a partir do momento em que confiamos no "design" humano, perfeitamente ajustado para nosso lugar na natureza. Em outras palavras, confiando na nossa natureza em vez da nossa racionalidade, nós podemos encontrar contentamento sem uma vida de luta constante contra forças reais e imaginárias. • Uma pessoa pode aplicar essa técnica no ativismo social. Em vez de apelar para que outros tomem atitudes relacionadas a uma causa, seja qual for a sua importância ou validade, ela pratica uma vida de acordo com o que acredita, "remando contr a maré". Ao deixar sua crença se manifestar em suas ações, está assumindo sua responsabilidade pelo movimento social que acredita. A religião Taoísta Lao Zi nunca tenha pregado nenhuma religião no Tao Te King e se tenha Embora sempre mantido no terreno filosófico e moral, cerca de mil anos depois da sua morte formou-se um corpo de doutrinas e de práticas religiosas e culturais que constituíram a religião taoista. A religião taoista conserva apenas uns traços da filosofia de Lao Zi com empréstimos de ideias e práticas culturais do budismo, com a introdução de vários deuses, deusas e génios, e uma mistura com algumas crenças preexistentes, como a Teoria dos Cinco Elementos, a alquimia e o culto aos ancestrais. Tentativas de alcançar maior longevidade eram um tema frequente na magia e alquimia taoístas, com vários feitiços e poções, ainda existentes, com esse propósito. Muitas versões antigas da Medicina Tradicional Chinesa foram enraizadas no pensamento taoísta, e a medicina chinesa moderna bem como as artes marciais chinesas são ainda de várias formas baseadas em conceitos taoístas, como o Tao, o Qi, e o balanço entre o yin e o yang (Ver Yin yang). Com o tempo, a absoluta liberdade dos seguidores do taoísmo pareceu ameaçadora à autoridade de alguns governantes, que incentivaram o crescimento de seitas mais comprometidas com as tradições confucionistas. Uma escola taoísta foi formada ao fim da dinastia Han, por Zhang Daoling. Muitas seitas evoluíram através dos anos, mas a maioria traça suas origens a Zhan Daoling, e grande parte dos templos taoístas modernos pertence a uma ou outra dessas seitas. As escolas taoístas incorporam panteões inteiros de divindades, incluindo Lao Zi, Zhang Daoling, o Imperador Amarelo, o Imperador Jade, Lei Gong (O Deus do Trovão) e outros. As duas maiores escolas taoístas da atualidade são a Seita Zhengyi (evoluída de uma 37


seita fundada por Zhang Daoling) e o Taoísmo Quanzhen (fundado por Wang Chongyang). Influências no Budismo Zen O Budismo Chan, que se desenvolveu como um escola distinta na China medieval, reflectiu fortes influências da filosofia chinesa e, em particular, do Taoísmo. Com o tempo, o Chan acabou se estabelecendo na Coréia, onde recebeu o nome Seon. Havia monges que chegavam de outros países da Ásia para estudar o Chan, e a escola foi se espalhando pelos países vizinhos. No Vietname, recebeu o nome Thien, e, no Japão, ficou conhecida como Zen. Através da história, essas escolas cresceram de maneira independente, tendo desenvolvido identidades próprias e características bastante diferentes umas das outras. Na China, elementos do taoísmo se combinaram com elementos do Budismo e do Confucionismo na forma do Neo-Confucionismo. Taoísmo fora da China A filosofia taoísta é praticada em várias formas, em outros países além da China. Kouk Sun Do na Coréia é uma dessas variações. A filosofia taoísta encontrou muitos seguidores ao redor do mundo. Genghis Khan era simpático à filosofia taoísta, e durante as primeiras décadas de dominação mongol, o taoísmo viu um período de expansão, entre os séculos XIII e XIV. Devido a isso, muitas escolas taoístas tradicionais mantém centros de ensino em vários países ao redor do mundo. Taoísmo no Brasil No Brasil, existem vários ramos ligados ao Taoísmo, tanto o religioso (Taochiao) quanto o filosófico (Taochia). Uma das vertentes religiosas mais importantes é representada pela Sociedade Taoísta do Brasil. A Sociedade Taoísta do Brasil foi instituída no Rio de Janeiro/RJ, em 15 de janeiro de 1991 com o objetivo de difundir o ensinamento do Taoísmo em todas as suas formas de expressão - religiosa, filosófica, científica e cultural - e contribuir para o aperfeiçoamento espiritual dos freqüentadores. O caminho taoísta propõe a restauração do estado pleno de vida e consciência, chamado Tao. Para isso, utilizam-se vários meios, como as práticas que promovem a boa saúde física e mental, o estudo de clássicos escritos pelos grandes mestres do passado, os métodos místicos para a restauração da ordem interna e fundamentalmente, a meditação, como caminho de auto-transformação e elevação espiritual. A Sociedade Taoísta do Brasil foi fundada por Wu Jyh Cherng (1958-2004), sacerdote taoísta Kao Kon Fa Shi (Alto Ofício, Mestre da Lei). Mestre Cherng escreveu diversos livros sobre artes taoístas e traduziu o Tao Te Ching, o livro do Caminho e da Virtude, o Yi Jing (I-Ching), o livro das Mutações e entre outros clássicos do taoísmo. Em março de 2002 inaugurou a sede de São Paulo, um espaço adequado para a prática e estudo do Taoísmo, suas artes e sabedoria, e onde se tem palestras abertas ao público, rituais, meditação e diversos cursos. Entre as atividades de São Paulo, enfatiza-se as práticas de Meditação, Yi Jing (I Ching), Feng Shui, Astrologia Chinesa (Zi Wei Dou Shu), Tai Ji Quan (Tai Chi Chuan), e Qi Gong (Chi Kun), e o atendimento de acupuntura e massagem. [editar] Ver também • Filosofia oriental • I Ching • Tao Yin • qigong • Tai Chi Chuan • Tai Chi Pai Lin • Yingtan • Zen-budismo 38


• •

Monismo dialético Religiões do Oriente Ligações externas • Vários textos sobre o Taoísmo • Mestres do Tao: tradição, experiência e etnografia - José Bizerril Neto • Dao De Jing, na tradução de Mário Bruno Sproviero Leituras • Fritjoff Capra, "O tao da física". Editora Cultrix, São Paulo SP. • Lao Tse, "Tao-te King", texto e comentário de Richard Wilhelm. Editora Pensamento. • John Blofeld, "O Portal da Sabedoria". Editora Pensamento. • Brian Browne Walker, "O I-Ching Fácil". Editora Cultrix. • Wu Jyh Cherng, "I Ching, A Alquimia dos números". Editora Mauad. • Wu Jyh Cherng, "Tai Chi Chuan, A Alquimia dos Movimentos". Editora Mauad. • Wu Jyh Cherng, "Iniciação ao Taoísmo". Editora Mauad. • Wu Jyh Cherng, "Iniciação ao Taoísmo - Volume II". Editora Mauad. • Wu Jyh Cherng, "Tao Te Ching - O Livro do Caminho e da Virtude de Lao Tse" (tradução direta do Chinês para o português). Editora Mauad. • Wu Jyh Cherng com Líla Schwair, "Dào, em sua Essência". Editora Mauad.

Capítulo 6 Escola Yin-Yang Oriental

Yin e Yang Segundo a filosofia chinesa o yin yang é a representação do positivo e do negativo, sendo o princípio da dualidade, onde o positivo não vive sem o negativo e vice e versa. O criador desse conceito foi I Ching, ele descobriu que as formas de energias existentes possuem dois pólos e identificou-o como Yin e Yang. O Yin representa a escuridão, o princípio passivo, feminino, frio e noturno. Já o Yang representa a luz, o princípio ativo, masculino, quente e claro. Além disso, também são indicados como o Tigre e o Dragão, representando lados opostos. Quanto mais Yin você possuir, menos Yang terá e, quanto mais Yang possuir menos Yin você terá. Essa filosofia diz que para termos corpo e mente saudável é preciso estar em equilíbrio entre o Yin e o Yang. Há sete leis e doze teoremas da combinação das energias Yin e Yang: As leis são: 1. Todo o universo é constituído de diferentes manifestações da unidade infinita; 2. Tudo se encontra em constantes transformações; 3. Todas as contrariedades são complementares; 4. Não há duas coisas absolutamente iguais; 5. Tudo possui frente e verso; 6. A frente e o verso são proporcionalmente do mesmo tamanho; 7. Tudo tem um começo e um fim. Os teoremas são; 1. Yin e Yang são duas extremidades de pura expansão infinita: ambas se 39


apresentam no momento em que a expansão atinge o ponto geométrico da separação, ou seja, quando a energia se divide em dois; 2. Yin e Yang originam-se continuamente da pura expansão infinita; 3. Yang tende a se afastar do centro; Yin tende a ir para o centro; E ambos produzem energia; 4. Yin atrai Yang e Yang atrai Yin; Yin repele Yin e Yang repele Yang; 5. Quando potencializados, Yin gera o Yang e Yang gera o Yin; 6. A força de repulsão e atração de todas as coisas é proporcional à diferença entre os seus componentes Yin e Yang; 7. Todos os fenômenos têm por origem a combinação entre Yin e Yang em várias proporções; 8. Os fenômenos são passageiros por causa das constantes oscilações das agregações dos componentes Yin e Yang; 9. Tudo tem polaridade; 10. Não há nada neutro; 11. Grande Yin atrai pequeno Yin; o grande Yang atrai o pequeno Yang; 12. Todas as solidificações físicas são Yin no centro e Yang na periferia. O Yin e o Yang são representados pela figura abaixo:

O lado negro é o Yin e o branco o Yang; o pequeno círculo branco no lado negro significa que o Yin possui o Yang e, o círculo que o lado branco possui significa que Yang possui Yin. Por Eliene Percília Equipe Brasil Escola

Escola Yin - Yang Ricardo Joppert em O Alicerce Cultural da China. (1979), Editora Avenir, Rio de Janeiro. ____________________________________________________________ Escola do Yin- Yang: Os primeiros cosmogonistas chineses Escola do Yin- Yang é uma denominação tradicional, herdada da dinastia Han, mas que não coincide com a realidade dos fatos. Com efeito, já durante os Han imperava uma confusão que reuniu sob um mesmo nome pelo menos duas linhas de pensamento, análogas, é bem verdade, mas cuja evolução se fizera por caminhos diversos. A chamada “Escola do YinYang” originou-se nos meios ocultistas que trataram, durante os Zhou, e, talvez, até antes, de mágica, adivinhação, astrologia e numerologia. Tais ocultistas eram globalmente conhecidos como “Fang Shi ou Fang Shui Zhi Shi”. Eram todos praticantes de artes ocultas, mas o ângulo sob o qual as abordavam e as exploravam diferia de um para outro circulo de especialistas. Desse modo temos hoje duas linhas principais de pensamento, englobadas indistintamente por alguns estudiosos modernos e entre as quais convém, por motivos de clareza, estabelecer uma fronteira. Durante o feudalismo, cada família aristocrata abrigava especialistas hereditários em artes ocultas, consultados antes de decisões importantes a serem tomadas. A desintegração do sistema feudal trouxe o desemprego a tais praticantes do oculto e, como tantos outros intelectuais, viram-se eles obrigados a dispersar-se no meio do povo e a vender seu trabalho a quem o solicitasse. Pouco a pouco certos sistemas perderam toda influência, mas outros suscitaram interesse a ponto de serem suas doutrinas registradas por escrito e mesmo, posteriormente, incorporadas aos próprios clássicos confucionistas. As artes ocultas compartilham com a ciência, de que foram talvez a origem, um certo desejo de interpretar a natureza e forçá-la a servir o homem. Primeiramente de uma forma muito rudimentar, mas depois com progressiva evolução, elas procuram analisar a estrutura e a

40


origem do Universo e dão, numa fase última de pensamento, uma explicação aos fenômenos em termos de forças naturais. Colocam-se então muito próximas da ciência, que, na verdade, constitui a compreensão racional do mistério, em contrapartida ao medo do ignorado, fundamento de toda religião. Enquanto o confucionismo não se preocupou com o sobrenatural, apesar de aceitá-lo, enquanto o taoísmo procurou passivamente anuir-se às forças maiores da Natureza, os praticantes da magia e das artes ocultas desenvolveram, por sua vez, uma doutrina muito mais dinâmica, que acreditava ser possível ao homem impor-se ao Universo, reduzir o macrocosmo e o Destino à condição de escravos, através de uma investigação das leis cósmicas, realizada não para curvar-se diante delas, mas para dominálas. No “Tratado de Literatura”, apêndice à História (oficial) da Dinastia Han anterior, enumeram-se seis classes de artes ocultas: astrologia, almanaques, teoria dos Cinco Elementos Básicos da Natureza, adivinhação por ossos e carapaças de animais e pelos ramos da planta do milefólio (achillea ptarmica), adivinhações por outros processos e fisiognomonia, ao lado do sistema a que se chamou mais tarde de “Feng Shui” (“Vento e Água”). Esse último é baseado no conceito de que o homem é o produto do Universo. Sua casa, seu túmulo, tudo, enfim, que lhe diz respeito deve ser construído em harmonia com as forças naturais. Chegaram até nós somente duas linhas principais do pensamento referente às artes ocultas, ambas eivadas de fragmentos de outras doutrinas ocultistas e mesmo combinadas entre si. O primeiro sistema interpretou a estrutura do Universo. Consubstancia-o a chamada “Teoria dos Cinco Elementos” (Wuxing). “Wu” é o número 5 e já mostra a que ponto a numerologia também estava envolvida na questão. “Xing” quer dizer “agir”, “fazer”, “caminho”. Assim, poderíamos dizer, com Feng Youlan, “5 Agentes” ou “5 Atividades”, uma vez que “Xing” se refere a forças dinâmicas e interagentes, elementos formadores do Universo e entre os quais o total desse último se acha decomposto. Segundo a teoria, as mudanças históricas interpretam-se de acordo com as revoluções e transformações dos “Cinco Elementos”. A sucessão das dinastias harmoniza-se com o predomínio natural de determinado Elemento, ao qual se identificam os novos governantes. A teoria dos Cinco Elementos está registrada em duas obras da filosofia chinesa: num tratado chamado “Hong Fan” (“A Grande Norma”), incorporado posteriormente ao Shujing (“Anais da China” ou “Clássico dos Documentos Escritos”), e num pequeno almanaque, o “Yue Ling” (“Determinações Mensais”), agregado, numa de suas versões, ao “Liji” (“Livro dos Ritos”). No “Hong Fan”, os Cinco Elementos são: a água, o fogo, a madeira, o metal e a terra. Tais elementos mudam e agem sem cessar e constituem o todo do Universo. A eles dão-se correspondentes numéricos (1, 2, 3, 4, 5). 5 é o número da “terra”, emblema do centro e não deve ser contado, mas a soma dos valores restantes (1 + 2 + 3 + 4) é igual a 10, número da unidade total, que corresponde a 1, unidade simples. Os elementos também correspondem às estações, aos pontos cardeais e às cores. São, pois, categorias espaçotemporais. A água simboliza o norte, o inverno e a cor negra; o fogo, o sul, o verão e o vermelho; a madeira, o leste (onde nasce o sol), a primavera e o verde; o metal, o oeste (onde o sol se põe), equivalente ao outono e ao branco, cor do luto. A terra, elemento central, é neutra. Segundo o Hong Fan, os elementos sucedem-se por destruição: uma dinastia em decadência, que tivesse o símbolo da água, só seria substituída por uma cujo emblema fosse o fogo, pois, diz o Hong Fan, a água tem a propriedade de molhar e descer; o fogo, de queimar (isto é, secando a água) e elevar-se. Transporta ao plano político, a teoria dos Cinco Elementos revezados por sucessiva destruição serviu para justificar o espírito de conquista na época do declínio da Casa de Zhou e foi identificada à “Teoria das Cinco Virtudes” (Wude), cuja ascensão e cujo declínio correspondiam ao início e ao fim do direito de governar de uma dinastia. A Teoria dos Cinco Elementos, tal como se acha no Hong Fan, teria sido esposada por Zou Yan, figura maior da chamada “Escola do Yin - Yang” no século III antes da nossa era, o patrono da filosofia da História acima explicada. Zou Yan, segundo o historiador Sima Qian, teria escrito livros que totalizavam mais de cem mil caracteres (6). Toda essa obra foi praticamente perdida e o que dela sabemos está registrado em citações de outros autores. O segundo texto que trata da teoria dos Cinco Elementos é o almanaque chamado “Yue Ling” (“Determinações Mensais”). O Yue Ling contém uma série de prescrições, relativas a cada mês, tendentes a harmonizar aos ciclos celestes os da existência terrestre. Corno o Soberano era o mediador entre o Céu e a Terra, ele deveria, num palácio chamado Mingtang (“Assembléia da Luz”), símbolo de seu Reino, acompanhar o curso das estações. O Mingtang

41


compunha-se de nove salas, que formavam um quadrilátero e correspondiam às nove províncias da China. Em cada uma delas, o Soberano cumpria mensalmente ritos sazonais adequados. Assim, o Imperador fazia eco ao ciclo sucessório dos Elementos e mantinha a harmonia do macrocosmo e microcosmo. Segundo o Yue Ling, os Elementos sucedem-se por produção e na seguinte ordem: madeira, fogo, terra, metal e água. A madeira é consumida pelo fogo e produz terra (= cinza); os minerais são, por sua vez, produzidos pela terra, pois nela se encontram e, liqüefeitos pelo fogo, tomam a aparência da água (isto é, produzem líquido). Cada Elemento, correspondente a uma estação do ano (menos a Terra, elemento neutro, colocado no centro e equivalente a um mês ideal de repouso), gera atividades que não devem ser as mesmas para todos os meses. Assim, por exemplo, no primeiro mês de primavera (do ano lunar, que era o vigorante na China), toda diligência deveria voltar-se para trabalhos de semeadura. O próprio Soberano mune-se de um arado e sulca a terra, simbolizando a desfloração da virgindade do solo, a abertura do caminho à sua fecundação e à influência geradora do Céu, influência essa representada pela chuva, o sêmen divino. Preparam-se os trabalhos agrícolas. Proíbe-se o corte de árvores e a destruição de ninhos. Nenhuma cria ou fêmea animal devem ser mortas, a fim de não atrapalhar o fluxo positivo de vida na Natureza. Na época de germinação toda guerra fica interdita. Durante cada mês de primavera, o Filho do Céu ocupa um dos três quartos do Mingtang situados a leste e neles circula ritualmente num carro em forma de fênix ornamentado de bandeiras verdes, ao qual se atrelam dragões verdes. O Soberano veste-se de verde, cor da Primavera, e adorna-se de jade, a fim de estar em harmonia com a cor dos bosques. Nos meses de verão, o Filho do Céu passa a morar nas salas do lado sul do Mingtang (na China antiga, a posição do sul era invertida em relação à. que lhe atribuímos no Ocidente, isto é, os aposentos do sul, no Mingtang, ficavam no ápice do quadrilátero do edifício). O carro em que circula é então vermelho, bem como as vestes do Soberano e os jades ornamentais. Os cavalos são ruços, de caudas negras. O fogo, elemento do verão, tem a propriedade de elevar-se: proibidos são, pois, os trabalhos que impliquem em aplainar a terra, bem como em cortar árvores altas. Indultos são concedidos aos criminosos. Recomenda-se o retiro e evita-se o excesso de agitação. É o momento da separação máxima entre o Yin e o Yang e, portanto, tudo convida à meditação e não às atividades corporais. A vida sexual, própria da primavera, deve reduzir-se ao mínimo. O sopro vital deve ser conservado e não sofrer agitações através de paixões. No verão não se fazem guerras. Seguindo-se ao terceiro mês de verão, há um período intermediário em que o Filho do Céu, no aposento central do quadrilátero do Mingtang, simboliza estar no eixo de seu reino. De lá ele observa o “ciclo dos astros em torno da Viga Celeste (Tianji)”, constituída essa pela constelação da Ursa Maior. O Filho do Céu veste-se então de amarelo (cor da terra), circula num grande carro feito de uma prancha quadrada (símbolo da Terra), a qual cobre um pálio arredondado (símbolo do Céu). O Imperador, colocando-se entre um e outro símbolos, representa o Intermediário Supremo no eixo do mundo. O Outono, por sua vez, é uma estação de justiça e repressão. É quando o Yang, força positiva, declina e perde terreno para o Yin, pólo negativo. O Filho do Céu, acompanhando o ritmo natural do Universo, passa a viver a oeste do Mingtang, lado do sol poente. O gavião lança-se, no outono, à caça e à morte. O Soberano imita-o e circula no seu carro de guerra, ao qual se atrelam cavalos brancos de crinas negras. O Filho do Céu veste-se de branco, cor do luto na China. Seus jades são brancos e ele alimenta-se de plantas fibrosas e carne de cão. Impera o metal, elemento de que se fazem as armas. No Outono é propício castigar os opressores e os negligentes. As prisões são reparadas. O Céu e a Terra começam a mostrar seu rigor. A pena de morte pode, então, ser aplicada aos crimes sérios. Não há mais liberalidade e feudos não podem ser distribuídos aos vassalos: a época é de recolher e não de conceder. Devem construir-se muralhas e edificar-se cidades. Os depósitos de cereais devem estar repletos, à espera do Inverno. No último mês do Outono, há o retorno dos campos, onde se passa a vida na primavera e no verão; o fogo, que se acendera nas regiões do plantio, “é levado às cidades e vilas”. Interrompem-se as atividades nos campos. No Inverno, o Filho do Céu retira-se para a “Sala Escura” (Xuantang) no Mingtang, situada ao norte do Palácio (isto é, na parte inferior do quadrilátero, pois como o norte corresponde ao elemento água, sua propriedade é descer e não elevar-se, como o fogo). “O Sopro Celeste ausenta-se da Terra; o Sopro Terrestre afunda num abismo”. Como no Verão, quando existe um afastamento entre Céu e Terra, também no Inverno (já que os opostos se tocam) “não há mais comunicação entre um e outro”. “Tudo está finalizado, tudo está fechado: é então que o Inverno se instala”. Para aumentar a energia vital e renovar as alianças humanas, organizam-se grandes festas, em que todos se alcoolizam. O Soberano, no Xuantang, circula

42


num carro de cor escura, ao qual se atrelam corcéis cinza - ferro. Suas roupagens são negras, ornamentadas de jade azul - escuro. Como no verão, o sábio, no momento em que Yin e o Yang estão em conflito, retira-se e permanece em repouso. Ele procura atingir urna paz interior que auxilia o Yin e o Yang a reencontrarem tranqüilidade. Sacrifícios são realizados no último mês de inverno, a fim de que o novo ano, já próximo, seja propício. Finalmente, o Rei promulga um novo calendário. Se os “Cinco Elementos” explicam a estrutura da Universo, nada elucidam sobre a origem das coisas. Coube a segunda linha de pensamento cosmogônico chegada até nós o mérito de fazê-lo. Partindo do Dao, “Não- Ser” primordial, gerou-se o “Ser” básico (simbolizado pela Unidade). A Unidade bifurcou-se, já que era o Absoluto mostrado em seu aspecto dinâmico e produtor. Nessa divisão estabeleceram-se os dois princípios fundamentais da criação diversificada, o Yin, princípio feminino e o Yang, princípio masculino. Já vimos um esboço de explicação a respeito dos dois conceitos, quando tratamos do Laozi e de sua numerologia (capítulo 42 do Daodejing). Através da ação conjunta do macho e da fêmea essenciais, produziu-se todo o Universo. Embora constituam noções comuns a todo o pensamento chinês, no contexto especifico da cosmogonia o Dao, o Yin e o Yang exprimem especialmente as regras essenciais encontradas na origem de toda mutação operante no Universo. O Dao preside ao conjunto das transformações e é então encarado como um Princípio Ordenador; o Yin e o Yang são suas manifestações e Nele se confundem. “Yi Yin yi Yang zhe wei Dao” – “Um aspecto Yin, um aspecto Yang, eis o Dao” – é a definição dos dois conceitos em relação ao Princípio que os gerou. O Dao é o todo que se constitui desses dois aspectos, ora referentes, na arte da adivinhação, a noções espaciais (inspeção de locais propícios ao estabelecimento de uma cidade, por exemplo), ora referentes a noções temporais (ocasiões favoráveis). Para representar o princípio Yang, os chineses imaginaram uma linha reta e una, pois os números do Yang são sempre impares. O Yin seria composto de uma linha quebrada em duas, pois os seus números são sempre pares. Acredita-se hoje que a origem de tais representações teriam sido as rachaduras provocadas pela introdução de um bastonete de metal sob a ação do logo, nos ossos de animais e carapaças de tartaruga, durante o processo de adivinhação através desse método, praticado na dinastia Shang. As rachaduras unas dariam uma resposta positiva do oráculo e as fendas duplas seriam equivalentes a “não”. Pouco a pouco, os chineses desenvolveram o sistema e os traços simples deram origem a combinações por redobramento, às quais um terceiro elemento se acrescentou. Produziramse assim, oito trigramas fundamentais (bagua), cada um deles formado de superposições de três linhas, divididas ou unas:

Combinando-se ainda dois trigramas de maneira a formar diagramas de seis linhas, constituíram-se 64 hexagramas (chonggua), que, segundo Maspero, não são representações simbólicas de uma coisa, mas a coisa ela mesma em sua realidade. O todo da vida e dos seres são os hexagramas. Tais trigramas e hexagramas mostram a passagem das realidades de um estado a outro; são, efetivamente, realidades que se transformam sem cessar e mostram os movimentos dos latos do Universo em suas evoluções. Através dos hexagramas podemos saber as tendências do movimento natural das coisas do mundo. Cada situação na vida exige um comportamento apropriado e, através dos hexagramas, transposição sintética de todas as realidades da vida, pode-se saber qual a conduta a seguir em determinado caso concreto. A adivinhação por ossos de animais e carapaças de tartaruga dava um “sim” ou um “não” como resposta a urna pergunta. Os hexagramas desenvolveram algo muito mais complexo, mostrando um curso certo para as atitudes. São uma forma de mostrar ao homem qual a verdadeira maneira de integrar-se no ritmo do Universo e, assim, projetar seu futuro. “Nem os fenômenos da Natureza, nem os da sociedade humana são estáticos”, diz Max Kalternmark, “eles estão era constante mutação (yi); graças aos símbolos divinatórios, a simplicidade pode ser reencontrada detrás da complexidade das coisas, e a não - mudança, detrás da mudança, pois as mutações realizam-se era obediência a ritmos imutáveis”. O sistema está consubstanciado no “Clássico das Transformações” (Yijing, Yiching ou Yiking), no qual cada hexagrama vem acompanhado de um texto breve que dá a explicação do mesmo chamado Tuan; cada linha do hexagrama recebeu, também, uma interpretação própria – Yao – palavra que significa “mudar, entrecruzar”. É a forma exterior do hexagrama que domina sua análise. Os hexagramas de linhas simétricas são funestos, A posição relativa das linhas ocupa, também, papel importante em sua interpretação. Acreditava-se que os

43


espíritos ancestrais davam a cada linha um sentido especial e a reunião dos significados particulares consistia no significado total. O texto do Yijing, os Tuan e os Yao constituem uma fonte de conselhos para a conduta correta do homem e associam-se à formação de seu destino; pois suas ações intervêm nos acontecimentos como fatores decisivos. Pelo Yijing o homem conhece o germe dos fatos e, enquanto esses permanecem num estado incipiente, ainda é possível governá-los, antes que se tornem realidades poderosas demais. Os hexagramas apresentam o emblema dos movimentos e transformações do mundo e da vida; graças à consulta ao Yijing chega-se ao todo de uma situação antes que ela ocorra. Uma vez obtido esse todo, o oráculo indica o que é necessário fazer, a fim de adaptar-se às exigências do momento. A idéia fundamental é, pois, a de um Universo em constantes transformações que se refletem no homem. Os sábios que reconhecem essa noção não vêem mais as coisas individualmente, mas consideram-nas no plano da lei eterna que cinzela cada mutação. Conhecedor dos emblemas do Yijing, o sábio imerge nos mistérios da vida e da morte e atinge uma serenidade que o distingue das pessoas vulgares, sempre incertas ou inquietas. Na verdade, o Yijing primitivo não menciona os termos Yin - Yang. Ele descreve o mecanismo dual, mas chama a cada um dos componentes de “flexível, maleável” (o elemento Yin) e “duro, rígido” (o elemento Yang). Yin e Yang são nomes que vieram posteriormente ao texto do Yijing e pertence, com mais propriedade, ao sistema divinatório já despido de seu fundo religioso e interpretado de um ponto metafísico, cosmológico e ético pela Escola Confucionista, que, com suas tendências ateizantes, tinha uma aversão básica a toda forma de superstições irracionais. Essa transposição do Yijing religioso para um plano filosófico materialista tem seus princípios consubstanciados nos chamados “Apêndices” do “Livro das Mutações”. No “Grande Apêndice” (Xici), o mais importante de uma série de dez, o Yin e o Yang são descritos como aspectos do mundo invisível e visível e suas alternâncias constituem o Dao, Princípio Cósmico. O Yin e o Yang, em suas manifestações concretas, consistem no Céu (Yang) e na Terra (Yin). O “Dao”, na concepção da Escola Taoísta, era unitário, como vimos, a fonte “sem nome” na qual se originam as produções e as mutações das coisas do Universo. O “Dao” dos Apêndices do Yijing é múltiplo: há vários “Dao”, cada um governante de uma categoria separada das coisas do Universo. Doutrina social por excelência, o Confucionismo transpôs a idéia de Dao para o sistema político-social e, assim, concebeu o “Dao” do Soberano, o “Dao” dos Ministros, o “Dao” dos pais e dos filhos. Em última análise, o “Dao”, nesses casos, era uma noção ética, consistia na forma ideal ou perfeita de exercer um papel na sociedade humana. O Confucionismo considerava os 64 hexagramas do Yijing, explicados por seus comentários globais do texto (tuan) e individuais de cada linha (yao), como representantes de todos os Dao do Universo. Ao contrário do objetivo do Yijing religioso, a interpretação filosófica ateizante confuciana do “Livro das Mutações” via na obediência a uma conduta prescrita pelos textos em questão apenas uma maneira de portar-se bem ou mal dentro da sociedade, e não uma forma de conseguir boa sorte ou evitar má sorte. O dever social importava, não a felicidade ou a desgraça pessoal. Há, pois, uma grande diferença, compreender-se-á certamente, entre o Yijing original religioso e individualista e a interpretação do Yijing consignada em seus “Apêndices”, humanista por excelência. Na prática, consulta-se o “Livro das Mutações” de duas maneiras. Na primeira, lança-se mão de cinqüenta galhos da planta do milefólio (achillea ptarmica), os quais são separados em dois grupos. Em seguida, um dos galhos é retirado, a fim de que um dos grupos some um número ímpar e o outro, um número par. O adivinho (Shiren) coloca o galho que separou entre o quinto e o quarto dedos de sua mão esquerda. Abandonando um dos montículos, divide o outro, contando seis vezes os bastonetes quatro a quatro. O número de bastonetes restantes em cada contagem dá-lhe uma resposta: se o número é par, tem-se uma linha dividida (Yin negativa); se o número é ímpar, a linha é Yang (positiva). Recomeça-se a operação três vezes para cada uma das seis linhas (para confirmar). O método de construir um hexagrama, como se vê, é trabalhoso e, assim, criou-se um outro sistema, no qual se usam três moedas; Geralmente são peças de cobre, inscritas de um lado e lisas do outro. As três são jogadas ao mesmo tempo e o lado inscrito considera-se como Yín, com valor 2. O lado liso é Yang e vale 3. Se a soma das três moedas for 9, a linha é chamada de “velho Yang”, isto é, ela é madura bastante para ocasionar uma mutação em Yin. Se o resultado for 6 (isto é, as três moedas deixaram ver seus lados inscritos = 2), a linha é um “velho Yin”, que passará a Yang. Dois lados inscritos (2 + 2) e um liso (3) dão 7, linha dita do “jovem Yang”, dois lados lisos (3 + 3) e um inscrito (2) dão 8, linha do “jovem Yin”. As linhas jovens não se

44


transformam. Quando houver linhas “velhas”, haverá mutação e teremos, ao lado do primeiro hexagrama tirado, um outro, com tais linhas substituídas pelo aspecto oposto ao que tinham (velho Yin transforma-se em Yang jovem e velho Yang em Yin jovem). Vejamos um exemplo prático. Suponhamos que as moedas, jogadas seis vezes, resultassem na seguinte sucessão de números: 7, 8, 8, 8, 6, 6. Contando-se de baixo para cima, teremos um hexagrama de uma linha Yang “jovem” (7) e cinco Yin (8, 8, 8, 6, 6). Dessas últimas, as três primeiras são “Yin jovem” e as duas finais, “Yin velho” - móveis, portanto. Forma-se um novo hexagrama, em que quatro das linhas permanecem iguais (uma “Yang jovem” e três “Yin jovem”), mas as duas do topo tornam-se “Yang jovem”: 7, 8, 8, 8, 7, 7): Primeiro hexagrama Mutação do hexagrama 6ª linha _ _ 6 ___ 7 5ª linha _ _ 6 ___ 7 4ª linha _ _ 8 _ _ 8 3ª linha _ _ 8 _ _ 8 2ª linha _ _ 8 _ _ 8 1ª linha ___ 7 ___ 7 Estará pronto, dessa maneira, o esquema da realidade da vida do consulente no momento da investigação. O primeiro hexagrama chama-se “Fu” (“Retorno”) e tem o número 24; o segundo representas “Yi” (“Aumento”) e seu número é 42 no Yijing. Consulta-se, então, no texto do Yijing, o “Tuan” que os acompanha e os “Yao” correspondentes somente ás linhas móveis (Yin velho). A interpretação seria a seguinte: depois de as linhas da escuridão (Yin) terem empurrado para o exterior do hexagrama todas as linhas da luz (Yang), uma nova linha positiva (Yang) aparece na parte inferior e indica o retorno da claridade, após a fase de negrume. Terminado o exílio da luz, tem inicio uma mutação positiva. Essa ocorreu de uma maneira totalmente natural, no momento propício e mostra-se sem subterfúgios. O “Retorno” (da luz = Yang) baseia-se no curso da Natureza e não há como evitá-lo. A analogia é com o final do inverno, quando a primavera forçosamente chega. As duas linhas superiores são móveis, isto é, o valor das moedas, tendo em ambas somado seis, indica linhas do “velho Yin”, que se transmutarão em “Yang jovens”. Assim cumpre que se leiam os “yao” a elas referentes: 1º yao (linha 5 no primeiro hexagrama): “seis na quinta linha quer dizer: chegado o momento do “Retorno”, um homem deve olhar para dentro de si mesmo e reconhecer os erros do passado”; 2º yao (linha 6): “seis na sexta linha significa: se alguém perde o momento propício para o “Retorno”, ocorrerá uma desgraça, cuja causa indireta é uma atitude errada perante o mundo; a causa direta será sempre conseqüência dessa atitude”. O que se deseja é evitar uma obstinação cega. Uma vez que a quinta e sexta linhas do primeiro hexagrama indicam uma mutação (isto é, uma das realidades é menos imediata), constitui-se uma nova figura de seis linhas, das quais as duas superiores serão agora “Yang” (indivisas). Ter-se-á, pois, formado o hexagrama no. 42, “Yi” (o “Aumento”). Sua interpretação completará a leitura do futuro. “Yi” constitui-se dos trigramas “sun” (vento) e “zhen” (trovão). A idéia de “Aumento” é dada pela linha “Yang” na parte inferior do hexagrama. Ela indica um sacrifício do elemento superior (Yang) a fim de que se produza um benefício (isto é, um “aumento”) para o elemento inferior. Em termos de política, um bom governante tira de si mesmo para dar ao povo e “aumentar” a prosperidade dos súditos. O Homem Superior “aumenta” suas virtudes eliminando vícios e tomando a excelência de conduta por modelo. Com relação ao segundo hexagrama, não se interpretam as linhas, pois a mutação ocorreu para elementos “jovens”, isto é, linhas imóveis, que ainda irão amadurecer, para estarem aptas a transformar-se.Concluindo, convém esclarecer que, no Yijing, apenas o primeiro hexagrama (qian – o “Criador”), formado de seis linhas indivisas e o segundo (kun – o “Receptivo”), construído de seis linhas divididas, são absolutamente homogêneos, isto é, “qian” é, em sua totalidade, Yang (masculino positivo); “kun” é Yin (feminino negativo). Todos os outros hexagramas combinam linhas masculinas (Yang) e femininas (Yin). Os antigos chineses haviam muito bem compreendido a relatividade dos fatos da vida. Na maioria das vezes, nada é totalmente positivo, nem absolutamente negativo. Em última analise, é a presença do masculino no feminino e vice-versa que deseja consignar o velho “Livro das Mutações”.

Lógica da Transição 45


Segunda-feira, 12 de Novembro de 2007 Fuzzy: A lógica do mais ou menos.

Aristóteles, filósofo grego (384 - 322 a.C.), foi o fundador da ciência da lógica. Uma teoria toda ela baseada em certezas absolutas como o Sim, o Não, o E e o Ou. A lógica Fuzzy ou das variáveis difusas, assume que, entre um Sim e um Não, existe um Mais ou Menos, ou seja, entre a certeza de ser e a certeza de não ser, existem infinitos graus de incerteza. Estes tipos de incerteza, no entanto, são diferentes da incerteza da Teoria das Probabilidades. Enquanto as probabilidades se aplicam a casos e sistemas independentes, as variáveis fuzzy caracterizam-se pela sua interdependência, é que a lógica Fuzzy aplica-se principalmente em conjuntos de variáveis contínuas, que podem ser incluídas em vários conjuntos, sendo conhecidos por Conjuntos Nebulosos. Por exemplo, um homem de 1,75 é alto ou é baixo? Não podemos responder concerteza se ele é baixo ou se é alto, mas podemos atribuir-lhe uma percentagem de "baixo" e uma percentagem complementar para"alto", no entanto uma coisa é certa, entre o homem de 1,75 de altura e um outro de 1,80, este último é de certeza mais alto que o primeiro. Desde que foi inventada, em 1965 por Lotfi A. Zadeh (Universidade da Califórnia, Berkeley), que existe uma certa concorrência com a teoria das probabilidades, contudo, a Lógica Fuzzy, com base na teoria dos Conjuntos Nebulosos (Fuzzy Set), tem-se mostrado mais adequada para tratar imperfeições da informação. Os conjuntos Fuzzy constituem uma "ponte " no caminho de aproximar o raciocínio humano ao da lógica executada pela máquina. Na prática, as variáveis difusas caracterizam-se por pertencer em simultâneo a vários conjuntos numa determinada proporção entre eles. Esta proporção é designada por Grau de Pertinência. Este conceito de dualidade, estabelece que um determinado estado, pode e deve coexistir com o seu oposto, e deste modo faz da Lógica Fuzzy, uma lógica natural, até mesmo inevitável.

Figura 1: Exemplo da intersecção de variáveis entre conjuntos 46


Características da Lógica Difusa - A Lógica Difusa baseia-se em palavras e não em números, ou seja, os valores verdadeiros são expressos adjectivos, por exemplo: quente, muito frio, verdade, longe, perto, rápido, vagaroso, médio, etc. - Ou então em predicados como por exemplo: muito, mais ou menos, pouco, bastante, médio, etc. - Possui também conjuntos de quantificadores, como por exemplo : poucos, vários, aproximadamente, habitualmente. - Faz uso das probabilidades da lingua como por exemplo: provável, improvável, que são interpretados como números fuzzy e manipulados pela sua aritmética. - As variáveis são sempre associadas a um grau de pertinência com valores entre 0 e 1.

Figura 2: Exemplo de aplicação de variáveis fuzzy Vantagens da utilização de variáveis Fuzzy - Requer poucas regras, valores e decisões; - Fácilmente se podem integrar com outras variáveis observáveis; - O uso de variáveis verbais aproxima a sua aplicação à lógica do pensamento humano; - Simplifica a resolução de problemas; - Proporciona uma análise rápida e facilidade de criação de protótipo dos sistemas; - Simplifica a aquisição e transmissão do conhecimento. Exemplos práticos de problemas Fuzzy Para podermos perceber melhor este conceito, nada melhor do que dar-mos uma olhada aos exemplos em baixo: Exemplo 1: Classificação de Casas Uma imobiliária pretende classificar as casas que tem para oferecer aos seus clientes. 47


Um dos indicadores de conforto é o número de divisões da casa. Em baixo representamos o universo de tipos de casas num conjunto (FuzzySet). U = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10} Este conjunto descreve o numero de divisões das casas. A Imobiliária pretende descrever o grau de conforto que as suas casas proporcionam a uma família de quatro pessoas. Solução: O conjunto difuso “Tipo de casa confortável para uma familia de quatro pessoas” pode ser descrito do seguinte modo.

Que conclusões podemos tirar daqui? Primeiro sobre o conjunto fuzzy: Verifica-se que associado ao numero de divisões da casa existe um classificador que vai de zero a um. É o Grau de Pertinência. Sobre o resultado: Logicamente que casas até 4 divisões crescem no conforto oferecido. A partir das cinco divisões, o conforto decresce consoante o critério estabelecido. Exemplo 2: Representar a faixa etária 2-1. Representar o conjunto Universo da idade razoável para os seres humanos. U = {0, 1, 2, 3, ... , 100} 2-2. Assumir que o conceito de Novo é definido pelo seguinte conjunto trapezóidal: O conceito de velho pode também ser representado por um conjunto onde os membros estão definidos da seguinte forma: Podemos deste modo definir o conceito de meia idade como não sendo nem novo nem velho. Isto faz-se utilizando operadores da lógica Fuzzy: Podemos assim definir um conjunto fuzzy que represente o conceito de meia idade através da intersecção dos elementos complementares aos dois conjuntos anteriores - Novo e Velho. 48


Em baixo podemos observar o efeito gráfico desta intersecção de conjuntos:

Podemos pelo gráfico concluir que a intersecção dos Novos com os Velhos dá uma boa definição do conceito de Meia Idade. Para ver mais exemplos consultar: http://www.wolfram.com/products/applications/fuzzylogic/examples/ Infra-Estruturas Fuzzy A resposta de um sistema Fuzzy é contínua e suave com o tempo, aprovada para o controle de sistemas continuamente variáveis, como por exemplo: - Centrais nucleares, refinarias, processos biológicos e químicos, fornos de calor, máquina diesel, tratamento de águas e sistemas ferroviários de controlo automático. A Lógica Fuzzy tem encontrado grandes aplicações nas seguintes áreas: - Sistemas Especialistas; Computação com Palavras; Raciocínio Aproximado; Linguagem Natural; Controle de Processos; Robótica; Modelação de Sistemas Parcialmente Abertos; Reconhecimento de Padrões; Processos de Tomada de Decisão entre outros.

Exemplo de dispositivo Fuzzy Conclusão A lógica Fuzzy permite lidar de forma mais eficaz com a gestão de modelos e sistemas complexos, principalmente na gestão de ambientes incertos. Nos últimos anos, temos vindo a assistir a uma utilização combinada entre esta lógica das variáveis difusas e as Redes Neuronais, que possuem características de adaptação e aprendizagem. É com base nesta nova espécie de controladores neurodifusos que surgem cada vaz mais sistemas adaptativos e inteligentes que poderão, num futuro próximo, não apenas ajudar a decidir, mas também eles próprios tomarem as decisões, com base na percepção da envolvente. 49


Rui Almeida Santos Fontes: http://www.renci.org/publications/presentations/Autopilot.PerfTuning/sld027 .htm http://www.geocities.com/logicas2000/Fuzzy.htm Sunday, November 18, 2007 A lógica fuzzy, em quadrinhos

Depois de 'A História da Fundação da Vila de São Vicente' em quadrinhos (de 2005), o professor da Faculdade de Engenharia da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), João Inácio da Silva Filho, volta a colocar a cidade de Santos no mapa das ampliações da Nona Arte, com 'Conheça e Entenda a Lógica Fuzzy em Quadrinhos' O livro de divulgação científica em quadrinhos sobre a lógica difusa tem 112 páginas; conta com a colaboração do professor Jair Minoro Abe, e tem ilustrações do cartunista Ed Carlos (o criador do Capitão Brás) e do personagem Domingos. O livro procura trazer uma visão geral da Lógica Fuzzy, utilizando uma linguagem simples e objetiva, sem muito rigor técnico. os autores procuram incentivar o leitor a procurar outras fontes sobre a a Lógica Fuzzy: eles incluíram uma bibliografia com livros e artigos técnicos que tratam o assunto com maior profundidade. O livro será lançado no primeiro dia do VI Congresso de Lógica Aplicada à Tecnologia - LAPTEC 2007 - que acontece de 21 a 23 de novmebro, nas dependências da UNISANTA. As ilustrações de Ed Carlos e algumas páginas selecionadas do livro ficarão em exposição, durante os três dias do congresso, no Espaço Cultural da UNISANTA. Visitação aberta das 9 às 12 e das 14 às 17 horas. A obra tem o título catalográfico de 'Conheça e entenda a Lógica Fuzzy com a linguagem divertida dos quadrinhos com o Próf e sua Turma'. O preço é R$ 25,00 O selo é da Paralogike, em co-edição com a Comunnicar, de Santos. O e-mail de contato: inacio (at) unisanta.br Número ISBN: 978-85-99561-46-1 Marko Ajdarić Neorama dos Quadrinhos A maior newsletter da Nona Arte do Mundo http://www.neorama.com.br/ 50


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.