2
JARDIM ALIANÇA: “DE INFERNINHO A PARAÍSO” De uma época quando nada era fácil, os poloneses produziam hortifrutigranjeiros, faziam parte da Colônia Santa Cândida, região conhecida como '' Inferninho", local onde hoje é o Jardim Aliança. “ O nome 'Inferninho' foi dito pelo Padre João Wislinski, pároco da Igreja de Santa Cândida" relembrou Aluisio Kachel (Folha do Santa Cândida em 1998) Uma das vezes na missa o pároco dizia que iria 'juntar dinheiro lá no inferninho' para as bem feitorias necessárias na Igreja Santa Cândida. Claro que era uma brincadeira sobre as dificuldades para se chegar até o local naquele tempo, muito estreito a rua e lama nos dia de chuvas e de ‘’gangue’’ que criavam baderna nos jogos de futebol e bailes da região. Mas o nome acabou pegando. Ficou conhecido por ''Inferno'' mesmo, depois,' Inferninho', em seguida "Paraíso", até ficar conhecido como Aliança, hoje Jardim Aliança. “Segundo os moradores mais antigos da região o nome vem do encontro das ruas, Guilherme Weiguert com a Rua José Ursulino Filho formando uma ‘‘Aliança”, na realidade foi um loteamento que teve este nome da planta. Quanto ao Nome ''Paraiso'' ficou sendo o nome de outra planta onde hoje está a farmácia e Mercado do Boni.
Conheça o “Homem Livro” Uma das personalidades de destaque em nossa cidade, o “Homem Livro”, Antônio Ribeiro, é o nosso entrevistado desta edição. Ele é administrador pela Universidade Mackenzie de São Paulo, especialista em marketing pela PUC-PR e com MBA pelo ISAE – FGV. Autor de mais de 400 artigos que já tiveram 1390 publicações. Ministrou mais de 600 cursos e palestras, sendo 99 no exterior. Por que te chamam de “Homem Livro”? Antônio - Como escrevo sobre temas técnicos: administração, marketing, gestão e sucesso profissional, não sou conhecido do grande público. Ao lançar os livros de pensamentos motivacionais, imaginei que precisaria associar meu nome a algo que chamasse a atenção e aí lembrei das Mulheres Melancia, Pêra, Moranguinho e outras, bem como do Homem Pizza e do Oil Man. Estava criado o Homem Livro. O mercado editorial brasileiro é lucrativo? Antônio - Para os grandes autores e para as grandes livrarias, tenho certeza que é, mas para os pequenos autores e editoras independentes, ainda não. Principalmente porque estes tem que bancar todos os custos de publicação antes, para saber depois se um livro irá vender ou não. Depois de dois anos e meio com estes onze livros de pensamentos, fui ter meu primeiro mês em que a receita cobriu as despesas. E como faz para sustentar estas publicações? Antônio - Recebi dos meus pais uma herança que daria para comprar um apartamento ou carro. Como já tenho ambos, decidi não gastar este dinheiro em coisas comuns e com ele estou bancando a publicação destes livros. Tenho certeza que eles gostariam de saber o que fiz com o dinheiro que
deixaram e aprovariam minha ideia. A quem se destinam estes livros de pensamentos? Antônio - Aos que não tem o hábito
Antônio - Nos meus livros de marketing, gestão e sucesso profissional, sempre coloco um pensamento no início de cada capítulo, relacionado com o assunto do capítulo. Nos cursos que ministro e nos congressos que participava como ministrador, verificava nos estandes que vendiam meus livros, que muitos ficavam lendo só os pensamentos. Daí surgiu a ideia. Onde você consegue tantos pensamentos? Antônio - Nos onze livros já publicados são mais de 4.000 pensamentos e tenho mais 13.000 outros para os próximos. Como coleciono pensamentos, consegui fácil montar os primeiros. Daí em diante os amigos e leitores passaram a me mandar outros por e-mail, que separo por assuntos e por autores.
da leitura, por não gostar de ler livros grandes ou não poder comprar livros caros. Como são frases curtas, com o autor e caricaturas, a leitura é agradável e pode ser interrompida a qualquer momento. O preço destes livros de pensamentos é R$ 10,00 cada, acessível a todas as pessoas. Porque o formato livro de bolso? Antônio - Meus livros técnicos são em tamanho normal. Quando comecei a fazer estes de pensamentos a ideia era encontrar um formato que fosse prático de ler nos lugares de tempo perdido: ônibus, metro, avião e até nos congestionamentos. Também são bons de ler nas salas de espera e nas filas, hoje comuns no Brasil. Como surgiu a ideia destes livros?
Qual seu livro de maior vendagem? Antônio - Pelos controles das Livrarias Curitiba que é onde os livros estão a venda no Paraná, São Paulo e em Santa Catarina, o mais vendido é o Livro da Felicidade. Em segundo aparece o Livro do Pensar, se bem que a diferença na venda entre todos eles é pequena, já que todos os assuntos são de interesse. Fale sobre seus projetos futuros. Antônio - Com o Livro da Alegria, terminei a primeira série de 10 livros, que chamo de Aula de Vida. Em 23 de outubro será lançado na Livraria Curitiba do Shopping Palladium o Livro do Saber, que já faz parte da nova séria, que denominei Ser ou Ter. Penso em aposentar e dedicar todo meu tempo aos livros.
Anuncie 8433-7462 3328-0176
EXPEDIENTE Diretor: Adilson da Costa Moreira - Fones 8433-7462 e 3328-0176 Dep. comercial: Sharon Simão Zunino Rua Canadá, 2108 - Ap. 32 - Bloco A3 - Bacacheri - Curitiba E-mail: gazetasantacandida@gmail.com Tiragem: 10.000 exemplares www.gazetasantacandida.com.br / www.gazetasantacandida.blogspot.com As matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal.
GAZETA DO SANTA CÂNDIDA Atingindo a maioria dos bairros da nossa região.
3
Ibope: com 55,2% Beto Richa vence no 1º turno A cinco das eleições de 5 de outubro, a quarta pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (29) sobre intenção de voto ao Governo do Paraná, aponta novamente o governador Beto Richa (PSDB) com uma ampla vantagem contra os seus principais adversários: Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT). Considerando apenas os votos válidos: Beto Richa (PSDB) - 55,2 % Requião (PMDB) -32,9% Gleisi Hoffmann (PT) - 10,5% O tucano ganha no primeiro turno no próximo domingo, tendência apontada também pelo Datafolha (26/9) e por todas as pesquisas no estado até o momento. “É a décima pesquisa que confirma a confiança dos paranaenses nas nossas propostas para o Estado continuar avançando”, disse Beto Richa. “O Paraná não pode voltar para trás. Vamos trabalhar dobrado nesta última semana para, com o apoio da população, garantir a vitória já neste domingo, no primeiro turno”. Beto Richa manteve os mesmos 47% da pesquisa anterior, de 19 de setembro, mas demonstra ritmo de crescimento desde a primeira pesquisa Ibope (25/8) em que pontou 43%, na segunda (4/9) pontuou 44% e na terceira e pesquisa (19/ 9) chegou aos 47%. Já Requião chegou a pontuar 30% na Ibope anterior, mas sofreu queda de dois pontos e está com 28 %. Gleisi se
consolidou na terceira colocação com 9% das intenções de voto e também apresentou nova queda de três pontos em relação aos levantamentos anteriores: 14% nas pesquisas de 25/8 e 4/9 e 12% na pesquisa de 19/9. Ogier Buchi (PRP) manteve seu 1% que já apresenta desde o levantamento anterior. Já os candidatos Bernardo Pilotto (PSol), Geonísio Marinho (PRTB), Rodrigo Tomazini (PSTU) e Túlio Bandeira (PTC) não pontuaram pois não alcançaram 1% das intenções de votos. Na simulação de segundo tur-
no, Beto Richa segue vencendo com ampla diferença de 19 pontos sobre Requião e 33 pontos sobre Gleisi. Beto Richa tem 52% e Requião, 33%. Contra Gleisi, Beto Richa faz 58% contra 25% da petista. Beto Richa (PSDB) - 47% Requião (PMDB) - 28% Gleisi Hoffmann (PT) - 9% Ogier Buchi (PRP) - 1% Segundo turno Beto Richa: 52% Requião: 33% Beto Richa: 58% Gleisi Hoffmann: 25% Requião: 47% Gleisi Hoffmann: 37%
No cálculo da rejeição, aqueles em que os eleitores declararam que não votam de jeito nenhum, também não houve drásticas mudanças em relação a pesquisa anterior. Requião tem maior rejeição, 23%, seguido de Gleisi, com 22% e Beto Richa com 16%. Tulio Bandeira tem 8% de rejeição, Ogier Buchi e Tomazini, ambos têm 7% cada um. E o Bernardo Pilotto e Geonísio Marinho, os dois têm 6% cada um. O levantamento do Ibope, feito a pedido da RPC TV, a um custo de R$ 72.240. Foram entrevistados 1.204 eleitores os dias 24 (quartafeira) e 29 (hoje, segunda-feira) de setembro. Sob o registro PR00042/2014 no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e BR-000886/ 2014 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a pesquisa tem um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 3% para mais ou para menos.
DIAGNÓSTICO PRECOCE DO SOBREPESO EM ADOLESCENTES O Laboratório de Ergonomia da UTFPR está realizando gratuitamente avaliações de composição corporal em adolescentes com idade entre 12 a 17 anos para fins de pesquisa. Interessados entrar em contato pelo e-mail laergcuritiba@gmail.com ou pelos telefones (41) 9106-0579 Lucas (41) 9915-9988 Jhomyr
4
COBRANÇA INDEVIDA DE TARIFAS BANCÁRIAS A cobrança indevida de tarifas bancárias é uma prática antiga que sempre causou aborrecimentos aos consumidores. Nos contratos de arrendamento mercantil ou cédulas de crédito bancário, que têm como garantia veículos automotores, é comum que o consumidor se obrigue pelo pagamento das tarifas de abertura de crédito, taxa de emissão de carnê, serviços de terceiros, comissões, avaliação, etc., mas o valor nunca é exigido diretamente do consumidor, no ato da contratação. O que geralmente ocorre, é que a instituição financeira, "gentilmente", financia o valor de todas essas despesas, diluindo em longos 60 ou até 72 meses, de sorte que essas tarifas tornam-se imperceptíveis ao longo do financiamento. Assim, consumidor desconhece que tais valores vão elevar significativamente o custo do financiamento para patamares absurdos. O que aparece no anúncio, de regra, não é o CET (custo efetivo total), mas a taxa mensal, menor, ilusoriamente atraente, convidando ao consumo. Diante disso, em recente julgamento proferido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça - REsp 1251331 e
1255573) consolidou-se o seguinte: "Nos contratos celebrados até 30 de abril de 2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96), era válida a
pactuação dessas tarifas (TAC e TEC), inclusive as que tiverem outras denominações para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame da abusividade em cada caso concreto". Isso vale dizer que para os contratos firmados após essa data (30 de abril de 2008) a cobrança de toda e qualquer tarifa que tenha como finalidade abertura de crédito, emissão de carnê, serviços de terceiros, entre outras, é tida como ilegal, cabendo a restituição des-
ses valores, com as devidas correções e/ou abatimento no valor das prestações. Outra ilegalidade reconhecida pelo STJ, e estampada na Súmula 472, foi a cobrança abusiva de juros e encargos pelo atraso no pagamento das prestações, que também gera o dever da instituição financeira de devolver o indevidamente cobrado. Em linhas gerais, significa que não é permitida a cobrança cumulada de comissão de permanência, juros
remuneratórios, juros moratórios e multa contratual quando do pagamento em atraso das prestações, prática corriqueira e adotada em quase a totalidade dos contratos de financiamento celebrados. Dessa forma, o consumidor que celebrou contrato de financiamento após 30 de abril de 2008, ao perceber que houve a cobrança de tarifa bancária, tais como TAC, TEC, Serviços de Terceiros e assemelhados, ou que, por dificuldades financeiras pagou parcelas em atraso, pode pleitear judicialmente a devolução de tais tarifas e o refazimento dos cálculos para obtenção de nova parcela, além de danos morais pela prática ilegal já reconhecida pelo STJ. Advocacia Tristante administrativo, cível, consumidor, criminal, empresarial, família, imobiliário, previdenciário, trabalhista. Tels: 3077-6200 e 9657-6647. tristante.advocacia@gmail.com
5
SEMINÁRIO SOBRE SAÚDE E A PESSOA COM DEFICIÊNCIA REÚNE 40 MUNICÍPIOS EM CURITIBA Em comemoração ao Dia Nacional da Luta das pessoas com deficiência, realizou-se no Hotel Nacional Inn em Curitiba o Seminário sobre "Saúde e a Pessoa com Deficiência - Novos Caminhos", nos dias 19 e 20 de Setembro O evento, foi realizado pelo CVIRM - Centro de Vida Independente da Região Metropolitana de Curitiba, com apoio da Secretaria de Estado da Saúde e entidades parceiras. O seminário, que teve a presença do vice-governador do estado, Flavio Arns, além de outras autoridades, recebeu publico de 180 pessoas de exatos 40 municípios do estado do Paraná, que debateram nos dois dias as questões de saúde, como órteses e próteses (demanda reprimida), prevenção de doenças raras, trabalho dos órgãos públicos em favor da pessoas com deficiência, atividades da Secretaria
Justiça proíbe propaganda que atribui propriedades curativas a repositor de cálcio
Municipal de Direitos da Pessoa com deficiência da Prefeitura de Curitiba e do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa com deficiência, lançamento do projeto LIA Lazer, Inclusão e Acessibilidade e trabalhos desenvolvidos pelo SIANEE das Faculdades Uninter. Dentre as propostas foi aprovada a CARTA DE CURITIBA, com solicitação de criação em 2015 da
Secretaria de Estado da Pessoa com Deficiência e Idosos e mais quinze itens, para ser entregue aos candidatos ao governo do Paraná e uma moção ao governo federal e ao Congresso Nacional, solicitando zerar impostos e taxas incidentes sobre produtos destinados ao tratamento, reabilitação e laser das pessoas com deficiências, como medicamentos, órteses e próteses e veículos.
Três fornecedoras de produtos para reposição de cálcio, que prometem, indevidamente, “qualidades curativas” no combate a doenças como osteoporose, artrite e artrose, não poderão mais promover propaganda com esse teor em qualquer tipo de mídia e em todo o território nacional. A decisão da 15.ª Vara Cível de Curitiba, que estipula multa de R$ 10 mil em caso descumprimento, atende à ação coletiva de consumo proposta pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba. De acordo com a ação, assinada pelo promotor de Justiça Maximiliano Ribeiro Deliberador, as três empresas (uma com sede em São José dos Pinhais e duas em Curitiba) vêm realizando publicidade irregular dos produtos “Cálcio Osteo D Fin” e “Cálcio Ósteo D”, ao prometer “mudança na vida das pessoas” e induzir o consumidor a erro. Na propaganda, prometem o combate a dores e à osteoporose em apenas 20 dias, e afirmam que os produtos recompõem 90% do cálcio no organismo.
6
A Líbia destruída pelo imperialismo e pelo sionismo O paranaense José Gil foi talvez o brasileiro que mais viajou à Líbia de Kadafi: foram 19 viagens, e a última delas 3 meses antes do início da guerra de ocupação e destruição da Líbia em 2011. A história não pode ser assim, manipulada pelos mais poderosos. Um país foi destruído, seu líder foi covardemente assassinado por mercenários financiados pelas maiores potências econômicas e militares do planeta. Hoje vemos que a Líbia foi destruída. É um país tomado por gangues armadas que saqueiam, roubam, invadem residências e empresas comerciais. O aeroporto de Trípoli está fechado indefinidamente. Nas últimas semanas houve combates que destruiram alguns aviões e parte da estrutura do aeroporto. Para contar essa história, para que não fique no esquecimento, publicamos a seguir relatos de José Gil, um brasileiro que esteve na Líbia por 19 vezes, sendo que a primeira viagem foi quando ele tinha 18 anos, na condição de agitador cultural na cidade de Maringá. Ele organizou um evento com a presença do embaixador da Líbia na época, Ali Far Fer, e a partir de então passou a viajar à Líbia, levando consigo dezenas de paranaenses que se destacavam na militância política ou cultural. O objetivo de Kadafi, conta José Gil, “era mostrar ao mundo a experiência política e econômica da Líbia, um país onde o poder era exercido pelo povo, sem intermediários.” A história real, verdadeira, precisa ser resgatada. As pessoas precisam saber que foram e são enganadas pelos meios de comunicação - afirma Gil. Não se enganem: os noticiários dos jornais e televisões são todos manipulados, forjados pelo governo dos EUA. A imprensa brasileira tem como maiores anunciantes empresas norte-americanas, e por isso os meios de comunica-
ção são controlados e dominados pelas agências de notícias norte-americanas, que fornecem 90% da informação, via agências de notícias internacionais, para a imprensa brasileira. Portanto, quando se trata de notícias internacionais, recebemos mentiras e mais mentiras, para tentar legitimar as guerras de dominação deflagradas pelos EUA em nome da “democracia” ou “combate ao terrorismo”, mas no fundo, por trás dessas palavras-de-ordem, está o roubo descarado das riquezas naturais dos países menos desenvolvidos pelas potências estrangeiras: EUA, França e Inglaterra. O aeroporto de Trípoli Hoje, após a “democracia” norteamericana, o aeroporto de Trípoli está em escombros. Pela pista diversos aviões incendiados, bombardeados por rebeldes e pela guerra de ocupação do país, liderada pela Otan - pelos governos dos EUA, França e Inglaterra. Mas houve um tempo em que o aeroporto de Trípoli era um dos mais modernos da África, e ainda assim estava se preparando para se transformar em um simples aeroporto de carga, porque ao lado começava a ser construído o aeroporto mais moderno e avançado do mundo, construído pela brasileira Camargo Correa. As primeiras fundações do novo aeroporto ainda podem ser vistas até
os dias de hoje, mas o início de sua construção foi interrompida por bombas de países que destruíram a Líbia para roubar petróleo. Destruíram a Líbia para que o país não fosse um exemplo de democracia direta, onde o povo governava sem intermediários, e principalmente, porque Kadafi enfrentava os EUA. Ao ver a fotografia acima eu lembro as diversas vezes que estive no aeroporto de Trípoli, no estacionamento sempre lotado aguardando um carro que nos levaria ao centro da cidade, hotéis ou alojamentos de universidades. Algo que jamais esquecerei: os desfiles de roupas típicas de pessoas de diversos países. Gente vestindo roupas coloridas e exóticas de países como China, Afeganistão, Índia, Tailândia, Tunísia e muitos outros. As pessoas desfilavam sorridentes pelos
corredores e saguões do aeroporto. Havia trabalho, bom pagamento (a moeda local, o dinar, valia 2,6 dólar) e conforto para os estrangeiros que trabalhavam na Líbia de Kadafi. Havia lan houses, lanchonetes, joalherias, lojas de presentes, restaurantes. Um mundo mágico com suas cores e perfumes que encantavam os visitantes. Na entrada do aeroporto, diversas palmeiras e um jardim mais ou menos bem cuidado davam as boas vindas a todos. Os líbios que desembarcavam retornando de países da Europa ou outros países quase sempre vinham com excesso de bagagem, demonstrando que o país era próspero. Em diversos vôos vi camponeses líbios voltando de viagens com novos instrumentos para trabalhar o campo. Anos atrás, vôos que vinham do Marrocos, Argélia e Tunísia, traziam na bagagem pássaros de diversas espécias. Hoje vejo as fotos do que restou do aeroporto de Trípoli e penso que os piores terroristas do mundo são os governantes dos EUA, França e Inglaterra, porque eles não relutam em destruir um país inteiro, em assassinar milhares de pessoas indefesas e inocentes, para roubar petróleo, para ganhar dinheiro na corrupção de compra e venda de armamentos bélicos. São criminosos apoiados pela imprensa mentirosa e corrompida”.
7
Obama ignora Congresso e lança ataque ilegal contra a Síria O presidente Barack Obama violou flagrantemente, mais uma vez, a Constituição dos EUA e lançou ataques aéreos contra território sírio, sem qualquer amparo legal e sem qualquer tipo de legitimação pelo Congresso. Em movimento que ameaça pôr fogo em toda a região, Washington disparou uma onda de ataques com mísseis cruzadores Tomahawk contra alvos do ISIL, na noite de ontem. Os primeiros relatos falam de oito civis mortos, inclusive três crianças, no bombardeio contra a cidade de Raqqa. Apesar de o governo ter hoje amplo apoio para sua campanha militar contra o ISIL – quase dois terços dos cidadãos norte-americanos defendem ataques aéreos contra o território sírio, há muita desconfiança de que, na sequência, Washington passará a atirar contra o regime do presidente Assad, que os EUA tentam derrubar, sem sucesso, já há mais de dois anos. Seja qual for a necessidade ou alguma justificativa para a campanha contra o ISIL, a decisão de Obama, de ignorar, mais uma vez o Congresso, como fez antes, quando ordenou o desastrado ataque à Líbia, reforça o precedente de a Casa Branca ordenar ataques militares sem absolutamente nenhum – absolutamente nenhum – fundamento legal. Pouco depois de aparecerem os primeiros relatos dos ataques aéreos dos EUA contra a Síria, o Congressista Shortly after reports of U.S. air strikes on Syria emerged, Congressman Justin Amash também resumiu o sentimento de vários deputados, que lastimavam que o Congresso não se tivesse empenhado em qualquer tipo de discussão sobre o novo conflito. Apesar de o Congresso ter recentemente aprovado um plano para armar os chamados rebeldes sírios “moderados” (muitos dos quais já se compuseram com o ISIL ou venderam as próprias armas àqueles terroristas), os deputados não deram luz verde para que o presidente lançasse qualquer tipo de ataque aéreo. “O Congresso jamais autorizou qualquer nova guerra” – escreveu Lynn Sweet. – “A cadeia de eventos que começou pelos ataques da 2ª-feira na Síria
pode diluir a pressão por outra votação de autorização. Não importa o que venha a acontecer, o Congresso pode hesitar no movimento de negar a Obama autorização para guerra... quando, de fato, os EUA estão outra vez em guerra.” O president Obama diz que tem instrumentos legais para atacar o ISIL, baseado na mesma Autorização para Uso de Força Militar, AUFM [orig. Authorization to Use Military Force (AUMF)] de 2001 que precedeu a GGaT (Guerra Global ao Terror). Porém, como observa W. James Antle, aquela lei só cobre “nações, organizações ou pessoas” que “planejaram, autorizaram, cometeram ou ajudaram os atos terroristas que aconteceram dia 11/9/2001, ou que abrigaram aquelas organizações ou pessoas.” “O argumento do presidente é implausível, porque a AUFM de 2001 exige nexo com a al-Qaeda ou forças associadas à al-Qaeda contra as quais os EUA estejam em luta” – disse Robert Chesney, professor da Faculdade de Direito da Universidade do Texas, falando a The Daily Beast. “Dado que o ISIL rompeu com a alQaeda, o argumento do presidente é imprestável.” Antes de atacar a Líbia, Obama dedicou-se empenhadamente em esvaziar o poder do Congresso, insistindo em que sua própria autoridade viria do Conselho de Segurança da ONU, e que a aprovação pelo Congresso não seria necessária. “Nem preciso entrar na questão Constitucional”, vangloriou-se o presidente. Dessa vez, Obama sequer se deu o
trabalho de buscar algum carimbo da ONU, nem discutiu se o Congresso teria ou não direito de se manifestar sobre se os EUA poderiam comprometer-se em mais uma campanha militar que pode, muito facilmente, converterse em conflito generalizado, dado que o presidente Assad disse que qualquer ação militar dos EUA dentro do território da Síria seria tratado como ato de guerra. Segundo o Congressista Walter Jones, uma vez que Obama não obteve aprovação no Congresso para o ata-
que contra a Líbia em 2011, “seu ato constitui crime de primeiro grau seguido de infração gravíssima nos termos do artigo II, seção 4 da Constituição dos EUA.” Agora, pela segunda vez, ao atropelar o Congresso, Obama outra vez viola a Constituição dos EUA e pela segunda vez comete crime para o qual a pena prevista é o impeachment. Infowars – Tradução: Vila Vudu www.marchaverde.com.br
Terroristas do Levante Islâmico posam para a fotografia com pedaço de avião norte-americano abatido durante ataques a redutos extremistas no Iraque.
8 NOSSO BAIRRO, NOSSA COMUNIDADES
NOSSA RUA, NOSSOS PERSONAGENS
CONTRASTES DE NOSSO BAIRRO É na sociabilidade construída cotidianamente que os diversos atores sociais vivem e convivem com seus iguais, participando de várias atividades em conjunto; principalmente quando estas atividades estão voltadas para o lazer; se reunindo para resolver os problemas mais corriqueiros: como a falta de ruas asfaltadas ou socorrer algum vizinho que se encontra doente (neste caso, o vizinho se torna uma figura mais do que
importante no convívio social). O bairro, desse modo, não é apenas uma demarcação territorial que divide a cidade – servindo para delimitar os espaços urbanos e o controle administrativo dos serviços públicos e municipais – mas, antes de tudo, o bairro é a própria constituição de uma cidade, onde os moradores que nele habitam se identificam, se sociabilizam, criam laços afetivos e sentimentos de pertencimento. No bairro se percebe rituais, práticas habituais, culturas, e tradições. No bairro se percebe dificuldades e problemas. Problemas com o crescimento populacional, com infra-estrutura, com a violência, com a falta de serviços, com
a falta de emprego, com a falta de uma habitação digna que começam a circundar nas margens dos rios. Contamos no bairro com calçadas péssimas, descontinuas, inseguras,também com a falta de iluminação e estímulo para o uso dos espaços ( praça e escola para lazer e esporte) pelo morador. Em uma breve analise positiva nos bairros, observamos que a praça Anna Maurer Ruter( praça do abaeté) no bairro Boa Vista, em cooperação de moradores e a regional da prefeitura estão revitalizando o espaço esportivo e de lazer, estão promovendo a nossa saúde e a melhora do convívio social . Para a garantia de força e poder foi criada também a Associação de bairro Mãos Amigas. Em contraste observamos que a praça Jornalista Alexandre Zraik, entre as ruas Angelo Gulin e a Rua engº Luis Augusto Leão Fonseca, no bairro Santa Cândida, sem a tão esperada academia ao ar livre que por muito foi reivindicação dos moradores,muitas vezes abriga desocupados que pernoitam no local, e o total abandono do espaço esportivo e da sede da Associação dos Moradores e Amigos Fernando de Noronha que abrangia grande parte do bairro Santa Cândida. Somente com a participação e a união dos moradores é que teremos um bairro melhor e alegre. É com lideranças e autoridades comprometidas com as causas do bairro que deveremos nos apoiar. Lorinaldo Manso (Ativador social) Próximo artigo desta coluna: A promoção da saúde em nossas comunidades
PRAÇA ALEXANDRE ZRAIK Jornalista Alexandre Zraik nasceu
no dia 12 de Janeiro de 1969, iniciou sua carreira na Radio Eldorado como cronista esportivo, também trabalhou nas rádios CBN e Transamérica e na TV Iguaçu, onde comandou o programa Tribuna no Esporte. Além dos espotes, Zraik também trabalhava com política, assinando uma coluna no jornal do Es-
tado. Antes de sua partida deste mundo havia acertado com a 96 Rádio Rock um programa de esportes. Faleceu no dia 29 de Julho de 2004, vítima de acidente de trânsito. A praça que leva o seu nome fica na rua Engº Luiz Augusto Leão Fonseca e Rua Angelo Gulin no Bairro Santa Cândida.
9
O professor que se tornou uma referência na região Norte de Curitiba Apenas com 20 anos de idade, Edno Manuel Lourenço se mudava para Curitiba atrás de um sonho: se tornar professor. Deixou para trás a cidade catarinense de Tijucas do Sul, onde residia com a família para tentar a vida na capital do Paraná. Morando há 43 anos em Curitiba, o professor se considera um paranaense de coração. Aqui, Edno se formou em Letras Inglês/Português, Literatura Inglesa e Portuguesa, e também constituiu família. Há 43 anos reside no Bairro Boa Vista, bairro que o acolheu enquanto ainda era um jovem, e o local em que iniciou sua carreira de professor dedicando sua vida para lecionar. Mas, além disso, trabalha em favor de trazer melhorias para o bairro e para as pessoas que vivem nele. Durante a entrevista, Edno comenta que uma de suas qualidades é ser muito solícito, e que sempre gostou de ajudar as pessoas. Agora com 63 anos, e aposentado, o professor Edno continua sendo uma referência para os moradores da região Norte de Curitiba e considerado uma liderança dos bairros. Tudo aconteceu espontaneamente, ao começar a lecionar na região, Edno criou um contato maior com as es-
colas e toda a população, o que culminou no fato de que os moradores do bairro começaram a procurá-lo para a resolução de alguns problemas. Muitas das vezes quando é cumprimentado nas ruas por desconhecidos, pergunta de onde o conhecem. Muitos dizem que foram alunos em escolas que ele lecionava. Perguntar onde mora o Edno na região muitos respondem com outra pergunta:
O professor Edno ao lado de dois ex-alunos. - O professor? - Sim, o professor. – Mora ali. Acabou se envolvendo politicamente, e filiado pelo PMDB foi candidato a vereador três vezes. Apesar de não ter sido eleito, ficou cada vez mais conhecido. E por mais que não se envolva com movimentos sociais no Boa Vista e região, sempre busca auxiliar individualmente e no anonimato. “Às vezes, as pessoas me avisam que precisa tampar o buraco de uma rua, ou limpar uma valeta ou de um rio, então eu sempre faço o requerimento e vou atrás para que resolvam o proble-
ma’’ explica o professor Edno. P. Em sua opinião, quais são as melhorias que ocorreram no bairro Boa Vista? R. Eu penso que o bairro começou a melhorar agora. Mas muitas ruas ainda precisam asfaltadas, nós não temos praças de esportes. As que temos são pequenas e mal cuidados. A segurança não é das piores por ser um bairro antigo onde todos que moram aqui, vivem há muito tempo e se conhecem. Muita coisa mudou em 43 anos. P. Quais são os pontos que precisam melhorar no quesito na educação no Brasil? R. No meu modo de ver, o Brasil está um caos no quesito de educação. Além da educação, tem uma coisa muito importante a família. A família como base da sociedade. Na educação, não sei de que forma, teria que ser estudado, de maneira que pudesse impor um pouco mais de respeito, com relação ao ensino e com relação às pessoas de modo geral, corpo docente e discente. O que me parece é que o governo de modo geral se preocupa com o fim, e não se preocupa com o início. Teríamos que ter matérias que preparem o aluno melhor para a vida, afinal isso é o papel da escola. P. Qual foi sua maior contribuição como professor? R. Primeiro, eu me sinto gratificado, pela consideração que as pessoas têm por mim. O professor não ganha dinheiro com seu trabalho, mas faz muitas amizades e hoje muita gente me agradece por isso. Por outro lado, eu fico feliz também quando
encontro ex-alunos que são mestres, grandes advogados, grandes médicos. Até jogadores de futebol da seleção foram meus alunos. Então eu sinto que contribuí para algo na sociedade. P. Quais são suas metas para o futuro? Pretende trabalhar em algum projeto? R. Hoje eu estou aposentado, e vejo que trabalhei bastante. Tive um início de vida muito sofrida. O que eu tenho que fazer é ajudar as pessoas com o que eu puder. A gente passa por bobo muitas vezes, mas ajudar faz bem para a alma da gente. P. E para finalizar, o que Curitiba significa para o senhor? R. Visitei minha terra natal esses dias. Está muito bonito, gostei muito, mas me parece que não sou de lá. Parece que eu nasci aqui. Curitiba foi à cidade onde passei por muitas dificuldades, mas o povo me acolheu. Sou casado há 37 anos com a mesma mulher. Temos cinco filhos nascido aqui e Seis netos também nascidos aqui. Eu só posso agradecer ao povo e a cidade. por: Diandra Nunes
10
Palestra do Exmo. Sr. Embaixador Dr. Ghassan Nseir, Chefe da Missão da Embaixada da República Árabe da Síria, na Semana da Cultura Árabe promovida pela Federação das Entidades Árabes – Fearab. Primeiramente, gostaria de dar as boas vindas a todos vocês e agradecer a Fearab – Federação das Entidades Árabes - seu Presidente e seus membros pela organização deste evento. Vou falar sobre o meu país, a Síria e quero agradecer, desde já, pelo seu interesse e o seu amor pelo conhecimento. É verdade que a Síria está muito longe do Brasil em termos de distância, mas perto e geminada com o país por duas razões básicas. O número de descendentes de origem síria no Brasil ultrapassa treze milhões de pessoas, que chegaram, desde o início do século passado a este país, contribuíram e continuam contribuindo para o seu desenvolvimento econômico, social e científico. Por outro lado, os meios de comunicação aproximaram as distâncias, ampliaram o conhecimento e criaram movimentos de solidariedade entre as nações e os povos. Os países em desenvolvimento passaram a querer sair do domínio e exploração dos países colonialistas e imperialistas, que saquearam suas riquezas, enriqueceram e desenvolveram-se, mas impediram os outros de se desenvolverem e de terem uma vida decente. Após esta introdução, passarei para a questão síria. A República Árabe da Síria, país situado no coração da região do Oriente Médio, tem fronteiras ao norte com a Turquia, ao leste com o Iraque, ao oeste com mar mediterrâneo e o Líbano e ao sul com a Jordânia, a Palestina e os territórios ocupados por Israel, em 1967. Sua capital é Damasco. A Síria, que antes incluía a Palestina, o Iraque, a Jordânia e o Líbano, passou por diferentes e variadas civilizações, consideradas a base da civilização do Oriente Médio e da Europa. O arqueólogo francês André Perrot disse: “Todo ser humano civilizado tem duas nações, sua terra natal e sua outra pátria, a Síria”. Porque daquela terra surgiu o conhecimento: As primeiras letras do alfabeto, a primeira nota musical, as primeiras ferramentas agrícolas, as primeiras leis civis e assim por diante. Além de tudo isso, e o mais importante, a partir dela surgiu a religião cristã, que se espalhou pelo mundo, levando consigo os valores sírios, disseminados pelo apóstolo Paulo, o mensageiro que se converteu ao
cristianismo em Damasco, segundo o serviços de saúde gratuitos aos Novo Testamento, e levou a todas as cidadãos. nações os ensinamentos destes Os alimentos básicos e a energia princípios. elétrica são subsidiados pelo Estado e Na Síria também surgiu o comercializados, às vezes, por menos islamismo. O islamismo tolerante, da metade do preço se comparados centrista e aberto ao próximo. Eu não aos preços praticados pelos países quero me prolongar na história que vizinhos. alguns tentaram adulterar para atender Temos os partidos nacionais que a fins próprios, mas durante o período atuam na vida civil e no Parlamento. da colonização A mulher ocupa Otomana, ao longo um lugar importante de quatro séculos, o em todas as país assistiu a um instituições do p e r í o d o Estado, tem os obscurantista, mesmos direitos que quando houve um os homens e retrocesso em tudo, trabalha em todas quando apareceram as áreas. Temos uma Viceas lutas sectárias Presidente da alimentadas pelos República, temos otomanos naquela mulheres nos época e que ministérios e no culminaram com os Parlamento e em massacres dos todos os empregos armênios, dos públicos e privados. siríacos, dos assírios Ghassan Nseir e de outras denominações cristãs. E até agora, Por que eles querem destruir a Erdogan e seu partido continuam a fazer Síria? uso deste comportamento, seguindo o Esta é a questão básica, central e lema: “Dividir para conquistar”. fundamental. Nosso sistema de governo é Porque ela resiste à ocupação presidencial, onde os poderes israelense. Porque eles querem remover legislativo, executivo e judiciário são tudo o que obstrui o cumprimento dos independentes. Na Síria, vivemos em planos sionistas, que visam a ocupação uma sociedade secular. O cidadão sírio, de terras e o deslocamento da tanto o cristão quanto o muçulmano ou população. Este é o maior crime do o judeu, tem os mesmos direitos e mundo contemporâneo: O deveres. Basicamente, não existe na deslocamento de pessoas que carteira de identidade nenhuma menção carregam em seu próprio nome o à religião do cidadão. As mesquitas nome de terra, a Palestina, e sua estão ao lado de igrejas, cada uma substituição por outro povo, que desempenhando o seu papel e o nosso baseia seu direito sobre a terra numa princípio é: “A religião é de Deus e a referência metafísica de que é a “terra pátria é para todos”. A educação na prometida por Deus” e desta forma Síria, em todas as etapas, é gratuita, colocam Deus como o dono de uma desde a creche até a universidade e imobiliária, que dá a terra a quem Ele com o subsídio do Estado. quer e dela priva quem Ele quer. Existem instituições de saúde Por causa das posições da Síria e espalhadas por todo o país, oferecendo
de sua resistência à ocupação, os países quiseram sua destruição e o controle de sua soberania, então vieram com a chamada “Primavera Árabe”. Alguns sírios saíram em manifestações para exigir melhores condições de vida e reformas políticas, mas essas manifestações acabaram sendo usadas como meio para atacar as forças de segurança, instalações e instituições públicas e privadas. Escolas e hospitais foram queimados, invadiram os palácios de Justiça e queimaram tudo. Abriram fogo contra as forças de segurança, vitimando muitos de seus membros, especialmente na cidade de Deraa, onde tudo começou. Apareceram as armas nas mãos da chamada “oposição armada” e as agências de notícias, os canais de televisão árabes e meios de comunicação estrangeiros deram início a uma ofensiva tendenciosa, falsificando os fatos e falando sobre cenários irreais, utilizando para isso métodos modernos de falsificação de imagens e palavras. O dever das forças de segurança era o de defender os cidadãos, o patrimônio e a soberania do Estado contra os grupos de terroristas que vieram da Turquia, do Líbano, da Jordânia, da Arábia Saudita, do Qatar e dos países europeus como a Alemanha, a Chechênia, a França, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos da América e de mais de 82 outras nacionalidades. Então qual é a relação deles com a democracia na Síria? Note-se que todos eles são takfiristas ligados à organização terrorista Al Qaeda. E são apoiados pela Arábia Saudita e pelo Qatar, com dinheiro e armas. Estes países esvaziaram suas prisões e mandaram os criminosos para a Síria. A Turquia facilitou seu treinamento e a sua entrada para a Síria e deu a eles todo o suporte logístico e militar, assim como o fizeram os Estados Unidos e a França. O Ocidente não somente fez vista grossa como incentivou essas práticas que não estão em conformidade com a Carta das Nações Unidas. E passou a comprar o petróleo das mãos dos terroristas armados, que tomaram o controle dos poços de petróleo na Síria, e em troca passou a vender-lhes as armas. Todavia a Síria, que teve o apoio de países como a Rússia, a China, o Irã e os BRICS, cooperou plenamente com as resoluções das Nações Unidas para o combate ao terrorismo, aceitou desmantelar o seu arsenal de armas químicas e participou
11 da Conferência de Genebra, onde convidou todos os países a se unirem numa só fileira para combater o terrorismo takfirista, que ameaça não somente a Síria, mas todos os outros países. Mas os Estados Unidos e seus seguidores insistem em continuar fornecendo armas aos terroristas e impôs um bloqueio econômico contra o povo sírio, impedindo a entrada de alimentos e medicamentos para as pessoas que alegavam querer ajudar. A hipocrisia internacional ficou clara e a política de dois pesos e duas medidas foi adotada. O que eles querem é tirar da Síria o seu poder de decisão independente. Após três anos de luta dos terroristas para destruir a Síria e seu povo, a Síria, através de seus líderes, seu governo, seu povo e seu exército está lutando contra o terrorismo e disse ao mundo que “o terrorismo o alcançará, então parem com o apoio ao terrorismo e sequem suas fontes”. No entanto, eles nunca deram ouvidos e acreditaram que tomariam o controle da Síria e de sua decisão soberana. E quando eles não puderam mais encobrir o terrorismo, que alcançou seus países e seus cidadãos, se convenceram da necessidade de combatê-lo e o Conselho de Segurança anunciou a resolução No. 2170 sobre o combate ao terrorismo. Daí criaram uma coalizão formada por países que apoiam o terrorismo, incluindo a Turquia, o Qatar e a Arábia Saudita e excluíram os países que combatem o terrorismo. Que hipocrisia é essa? Que moral é essa? Além disso, eles dizem querer combater o terrorismo armando a oposição moderada! Prestem atenção nesta contradição! Vejam como eles menosprezam a inteligência humana! Tem como existir uma oposição moderada armada? A oposição está no pensamento e no trabalho, no debate e no diálogo, e não em carregar armas contra o Estado, que manifestou a sua
Obama diz que inteligência
O líder do esquadrão da fumaça e congêneres parece que vive em outro planeta. Dizer que a inteligência dos EUA subestimou a Síria é ignorar a realidade que o cerca. Se a inteligência dos EUA fun-
corações humanos e proibiram todas disponibilidade para o diálogo com democracia? todos os seus cidadãos patriotas Agora Israel está dando apoio aos as manifestações civilizadas, honrados sírios, que rejeitaram a grupos terroristas armados, na fronteira, especialmente no que diz respeito às intervenção estrangeira. O povo sírio nas Colinas do Golã. O Qatar contribuiu mulheres, e trouxeram a expressão rejeita qualquer forma de interferência para o sequestro dos membros das “casamento jihadista”, e outros em seus assuntos internos, em sua forças de paz da ONU, a UNDOF. E comportamentos takfiristas selvagens escolha sobre a forma de governo e por agora as forças da ONU, que tinham que não tem qualquer relação com a religião muçulmana ou quem será governado. Os qualquer outra religião, sírios são os donos da conhecem a democracia? decisão. Isto está em Eles sequestraram os dois conformidade com a Carta bispos, que seguem das Nações Unidas, que desaparecidos, entraram nas proíbe a interferência nos cidades para destruir seu países para mudar o seu patrimônio religioso e sua sistema de governo. E foi civilização, como em isso que fez com que países Maaloula, onde seus como a Rússia, China e Irã e moradores ainda falam a os países do BRICS se língua de Jesus Cristo. Eles posicionassem contra todas também mataram os sheikhs as tentativas de violação da muçulmanos que não Carta das Nações Unidas, concordam com suas para que não prevalecesse a opiniões e métodos. vontade dos países Em resumo, estamos, na imperialistas e colonialistas Síria, defendendo a nossa sobre as resoluções da soberania, a dignidade do Organização das Nações povo sírio e o seu direito de Unidas, que lhes permitiria escolher o seu sistema interferir nos assuntos dos países, ora pela democracia, O presidente Dr. Bashar Al Assad lidera com heroismo político e suas alianças. Defendemos, ainda, a como ocorreu no Iraque e o povo sírio na luta contra os terroristas financiados consolidação da Carta das na Líbia, ora sob a forma de por potências ocidentais e monarquias árabes. Nações Unidas, sobre a não intervenção humanitária. Estes são os métodos, as manobras e como missão separar as tropas nas interferência nos assuntos internos dos os caminhos tortuosos que eles utilizam Colinas do Golã, retiraram-se, deixando países. Nos comprometemos, ainda, a para impor sua hegemonia sobre os o caminho livre para que os elementos lutar contra o terrorismo, principalmente países. Mas e o que aconteceu após a terroristas entrem na Síria, com o apoio o terrorismo takfirista Wahabista. Assim intervenção americana no Iraque? O de Israel. como nos posicionamos ao lado do que aconteceu após a intervenção na Em suma, eles querem a destruição povo palestino para recuperar o seu Líbia? O que aconteceu no da Síria. A Síria realizou eleições direito legítimo de construir seu Estado Afeganistão? Cada vez que estas presidenciais, em meio à crise, e seus independente, tendo a sagrada potências brutais intervêm nos países, cidadãos vieram de todas as partes do Jerusalém como a sua capital, e espalham a desordem, a morte e a país para votar. O Presidente Bashar queremos recuperar as nossas terras, destruição. al-Assad venceu as eleições à que Israel tomou da Síria em 1967. Será que a Arábia Saudita é um presidência entre três candidatos. Os Nós não fomos lutar contra estes exemplo de democracia? Eles não países europeus e os Estados Unidos países então porque eles direcionam permitem que os cristãos façam suas tentaram impedir a realização destas todas as suas forças para lutar contra orações nem dentro de suas próprias eleições, fecharam as embaixadas e a Síria? Basta a estes países a casas. proibiram os imigrantes sírios de votar. dominação colonialista dos povos e de E o Qatar é um exemplo de Esta é a democracia deles. Eles sabiam suas capacidades. Chega de políticas democracia? em quem os sírios iriam votar e por isso de dois pesos e duas medidas. E chega E a Turquia é um exemplo de mesmo os impediram. Mas os de hipocrisia, de discursos retóricos cidadãos sírios tomaram seus voos e sobre a democracia e sobre os direitos vieram dar o seu voto, vindos da humanos. dos EUA subestimou a Síria França, da América, da Europa e dos A Síria deseja que todos os países países árabes. Não nos e organizações, que acompanham os cionasse não precisariam invadir e surpreendemos quando a Arábia acontecimentos com interesse, se saquear nações. Saudita proibiu a realização das posicionem de forma imparcial e Bem faria esse capitão-do-mato se eleições na embaixada da Síria, porque objetiva sobre a evolução dos fatos na lesse Bernard Shaw. ela não sabe o que é a democracia, Síria, que apoiem a solução pacífica Depois de viajar pelos EUA, o escrimas sim quando os países que alegam baseada no diálogo e nas reformas tor irlandês fez apenas uma pergunta ao querer a democracia fecharam as propostas pela liderança síria, que seu interlocutor: - Você sabe qual é a diferença entre embaixadas e proibiram os nossos condenem o terrorismo praticado uma vaca ruminando e um americano cidadãos de expressarem sua opinião, pelos grupos armados e as campanhas e foi isso que ocorreu nos países de incitação disseminadas pela mastigando chicletes? europeus. propaganda mentirosa. O fim destas E ele mesmo respondeu. Será que os terroristas takfiristas, práticas representa o caminho para dar - É que logo você nota o olhar inteliapoiados pelo ocidente um basta ao derramamento de sangue gente da vaca... “democrático”, que destruíram igrejas e para levar a Síria a uma margem de Reparem na foto e digam se o escrie mesquitas, crucificaram cidadãos, segurança e paz. tor irlandês não tem razão. cortaram suas cabeças, comeram Georges Bourdhoukan Tradução: Jihan Arar
12
13
Os Estatuto do Homem “A beleza de alguns poemas faz com que a sua nacionalidade se perca no espaço e, por conseguinte, sua mensagem ultrapassa os limites de qualquer fronteira e os torna universais. È o que aconteceu em O Estatuto do Homem, de Thiago de Mello, considerado um dos mais representativos poetas da Literatura Brasileira contemporânea. “Thiago de Mello é um transformador da alma, de perto ou de longe, de frente ou de perfil, por contato ou transparência, Thiago mudou nossas vidas, deu-nos a segurança da alegria”, diz Pablo Neruda em sua tradução. O autor THIAGO DE MELLO nasceu em Barreirinha , no ano de 1926 na pequena cidade de 1500 habitantes, em plena selva amazônica. Autor de mais de três dezenas de livros, em vários países, ele se diz bastante satisfeito em viver modestamente da sua palavra escrita e falada: "Talvez seja eu, o único desta geração que esteja vivendo desta forma', diz o escritor. Só o Estatuto do Homem foi publicado em mais de trinta idiomas. A propósito, sua história revela a sua exis-
tência de poema do mundo. O poema nasceu no Chile, tão logo Thiago leu o primeiro ato institucional da revolução de 64: "Escrevi esse poema pensando no meu povo, sobretudo no destino do homem". De imediato, pediu sua renúncia de Adido Cultural. Enquanto não chegava a resposta, "eu infligia as instruções da embaixada, recebendo todo brasileiro perseguido pela ditadura". Chegando ao Brasil, foi preso, porque declarou à imprensa chilena: "Voltarei ao meu País para lutar junto aos meus irmãos, pela liberdade". Foi exilado e seu poema tornou-se um lema em favor da dignidade, da liberdade, não só dos brasileiros, mas daqueles que vivem sob a batuta da ditadura. Na Índia, o poema de Thiago foi declamado (no idioma hindu) para uma multidão de 100 mil pessoas, que, a cada fragmento demonstrava clamor emocionado, durante o primeiro Encontro de Paz, realizado naquele país. "Notei no clamor dos meus irmãos a compreensão da minha mensagem", diz o poeta. Nas Nações Unidas representou o Brasil num encontro de pensadores e poetas do mundo inteiro, por ocasião da discussão da catástrofe nuclear. No final desse encontro, seu poema foi lido e reproduzido na abertura do livro documental do acontecimento. Este mesmo poema foi declamado por Thiago na abertura dos trabalhos da Constituinte, acompanhado pela Orquestra Sinfônica de Brasília. Você encontra este livro na Livraria Chain, na rua General Carneiro 441, centro, próximo a reitoria da UFPR. Fone 3264-3484.
JOVENS, CHEGOU A HORA! “Tentaram instrumentalizá-los nas suas legítimas manifestações de junho do ano passado. Mas ali, com o apoio inestimável da Mídia Ninja, vocês começaram a entender que queriam transformá-los em massa de manobra para interesses reacionários” – Gilson Caroni Filho Não costumo comentar pesquisas, mas a desta sexta-feira, do Datafolha, me obriga a abrir uma exceção. Dilma cresceu nas pesquisas com intenções de voto que migraram de Marina para ela. Os analistas da grande imprensa rapidamente arrumaram uma explicação: “a candidata da Rede perdeu votos nos extratos mais pobres”. É o desejo se confundindo com a análise. É a tentativa de ocultar o mais significativo: parcela da juventude que estava com Marina da Silva entendeu que ela nada mais é que “ a velha direita” disfarçada de ” nova política”. Mas vocês, jovens que são, sabem o que é velho, mesmo que o disfarce tenha maquiagem da grande mídia. Tentaram instrumentalizá-los nas suas legítimas manifestações de junho do ano passado. Mas ali, com o apoio inestimável da Mídia Ninja, vocês começaram a entender que queriam transformá-los em massa de manobra para interesses reacionários. Pregavam ódio à política. No primeiro momento, vocês até que se confundiram ao gritar “não à política”. Mas com o tempo, afirmaram, mais uma vez, que só se aprende na ação, se deram conta que a alternativa que lhes propunham era dizer sim a uma imprensa, que abandonou o jornalismo, para virar panfleto partidário do PSDB. A opção que lhes ofereciam era deixar tudo com o mercado e ficarem brincando com celulares, aplicativos e joguinhos. E foi aí, mostrando que não se deixariam infantilizar, que se deu o que chamarei de “a grande recusa”: vocês estão começando a vida, mas não são mais crianças. São jovens cidadãos que não estão acorrentados ao cabresto dos fetiches. Conheceram as ruas e entenderam que é nela que se faz a grande política. Confesso que na minha juventude era muito mais fácil optar por um caminho.
As coisas eram claras ou escuras, pois vivíamos sob uma ditadura brutal. Para vocês, foi mais difícil: vivemos uma crise de representação e todos se dizem democratas, velhos corruptos falam de uma indignação que não sentem e escravocratas resolveram posar de vestais da República. Mostrando discernimento, aprenderam a ler a grande imprensa e passaram a ignorá-la. A edição da revista Veja desta semana é um exemplo. Prometeu um “tiro de prata” e produziu uma matéria patética, um tiro de espoleta que evidencia a tarefa dos estudantes jornalismo: recriar a imprensa, pois a que aí está jogou sua credibilidade no ralo. Por fim, e isso foi maravilhoso, compreenderam que nada é mais novo e revolucionário do que dar continuidade a três governos que reduziram substancialmente as desigualdades com políticas de inclusão. Nada é mais importante do que continuar tirando milhões de pessoas da miséria, dando-lhes condições de frequentar uma escola e, posteriormente, ingressar em uma faculdade. Vocês, mais do que eu, sabem como é rica a convivência, em ambiente acadêmico, de pessoas de classe média alta com jovens oriundos de comunidades carentes. Como o a gente aprende com isso, como vencemos preconceitos. E é isso que faremos juntos: continuaremos vencendo preconceitos e construindo um mundo novo. Em vários artigos os concitei à reflexão. Hoje é diferente. Venho aqui para externar meu orgulho pelos jovens que não se renderam ao discurso do ressentimento, do ódio de classe reproduzido pela mídia, por algumas escolas, igrejas e alguns professores portadores de discursos pseudomodernos. Meu orgulho é como pai, avô e professor. Seguiremos unidos até a vitória. Gilson Caroni Filho
14
Plenário aprova novas regras para eleger diretores de escolas O projeto de lei que cria novas regras para a eleição de diretores e vice-diretores das escolas municipais de Curitiba (005.00212.2014) foi aprovado pela Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (29). A proposta é de iniciativa do Executivo e recebeu, em primeiro turno, 30 votos favoráveis – unanimidade em plenário. A matéria revoga a lei municipal 8.280/1993 (alterada pela norma 9.717/1999), mantendo dispositivos e acrescentando itens. Segundo a mensagem do prefeito Gustavo Fruet, as mudanças foram propostas com base em um estudo realizado por um grupo formado por representantes da Prefeitura de Curitiba e do Conselho Municipal de Educação. “Para possibilitar maior participação, a comissão elaborou um instrumento de consulta às escolas. Em maio, o grupo apresentou as propostas de alteração da lei e as orientações para o processo de consulta aos nove núcleos regionais de educação. Cerca de 800 profissionais de diferentes segmentos participaram das reuniões, os quais foram responsáveis em articular as principais propostas apresentadas”, completa a justificativa. O texto amplia, de 11 para 13, o número de membros da Comissão Eleitoral, responsável por coordenar o pleito. O colegiado será constituído por cinco representantes da Secretaria Municipal de Educação (SME); dois do Sismmac (Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal); dois do segmento de Pais de Conselho de Escola; um do Sismuc (Sindicato dos Servidores
Públicos Municipais); um do Legislativo Municipal; e dois do conselho de educação. O projeto mantém o mandato de três anos para ambos os cargos e autoriza apenas uma reeleição para mandato imediatamente posterior – impedindo, assim, que uma mesma pessoa ocupe, pela terceira vez consecutiva o cargo de diretor ou vice-diretor. A eleição será realizada no mês de novembro, e sua convocação deverá ocorrer 30 dias antes da data definida pela Secretaria Municipal de Educação (SME). “A lei de 1993 já disciplinava o processo, mas a prefeitura decidiu alterar a norma depois da consulta, que contou com a colaboração de mais de 12 mil funcionários”, complementou o líder da maioria na Casa, Pedro Paulo (PT). Ainda conforme o parlamentar, a aprovação da matéria nesta semana contribui para que as novas regras sejam aplicadas ainda em 2014. Quem concorre e quem vota Qualquer profissional integrante do quadro próprio do magistério, em efetivo exercício na escola, poderá concorrer ao cargo de diretor ou vice-diretor, desde que tenha concluído o estágio probatório e registre sua candidatura em apenas uma instituição, caso detenha duas matrículas em escolas distintas. O concorrente também não pode ter recebido penalidade administrativa ou ter sido condenado em ação penal por sentença transitada em julgado, nos cinco anos anteriores ao pedido do
registro da candidatura. Outro requisito estabelecido é a apresentação de declaração acerca da disponibilidade para cumprir 40 horas semanais de trabalho. Os candidatos serão escolhidos mediante eleição direta, por meio do voto secreto. Os eleitores são membros da comunidade escolar: professores com vaga fixa, provisória ou substituta; profissionais não docentes em efetivo exercício na escola; estudantes com 16 anos ou mais, regularmente matriculados; e responsável por estudante menor de 16 anos. O voto será vedado para servidores que estejam prestando serviço na sede da SME ou em regime integral de trabalho (RIT); aos estagiários; e aos profissionais de ensino de outras instituições à disposição da pasta, que trabalham na escola onde haverá a eleição. Emendas rejeitadas O plenário rejeitou a emenda modificativa 034.00058.2014 e a substitutiva 035.00024.2014. Outra proposição rejeitada foi a 035.00025.2014, que estabelecia que escolas com menos de 300 alunos que tenham atendimento noturno em educação de jovens e adultos poderiam eleger diretor e vice-diretor. Segundo a autora das emendas, Professora Josete (PT), as alterações foram sugeridas em atendimento ao Sismmac. Mas em encaminhamento contrário às proposições, Pedro Paulo explicou aos pares que a matéria foi amplamente debatida com a categoria e que “há a dúvida ape-
nas com relação à não existência da eleição do vice-diretor para instituições com menos de 300 estudantes”. O texto aprovado em primeira votação prevê que, com exceção das escolas especializadas, as instituições com menos de 300 estudantes vão escolher apenas o diretor. Já aquelas que tem mais de 1.500 alunos e que funcionam em três turnos, deverão eleger, além do diretor, dois vice-diretores. “Aprovar estas alterações hoje é trabalhar no afogadilho. Se houver acordo entre os pares, vamos apresentar uma emenda coletiva para o segundo turno”, complementou o líder da maioria. O posicionamento foi reiterado pelo presidente da Comissão de Educação, Cultura e Turismo, Mauro Ignacio (PSB). “O texto foi discutido no colegiado, em reunião com a participação do sindicato”. Presidente do colegiado de Serviço Público, Julieta Reis (DEM) explicou que foi contrária às emendas de Professora Josete, porque “ficou acertado que, caso fossem apresentadas emendas, seria de forma conjunta”. O debate ainda contou com as manifestações de Tico Kuzma (PROS), Serginho do Posto (PSDB), Mestre Pop (PSC), Chico do Uberaba (PMN), Aldemir Manfron (PP), Helio Wirbiski (PPS) e Valdemir Soares (PRB). Nesta terçafeira (30), a proposta retorna à pauta do plenário em segundo turno. Se aprovada, será encaminhada para a sanção. A lei será regulamentada por meio de decreto.
15 O velho senador, retornando de seu passeio matinal chega à sua mansão e é recebido pelo mordomo que, desmedidamente respeitoso e com um largo sorriso e reverência, abre a porta e de cabeça baixa, o saúda dizendo: - Entre, seu grande filho de uma puta, de onde é que o corno do senador vem com essa cara de vagabundo? E o senador, sorridente, responde: - Do otorrino. Acabo de colocar um aparelho auditivo. Antigamente as mulheres cozinhavam igual às mães. Hoje, estão bebendo igual aos pais! Antigamente as bundas vinham dentro das calcinhas. Hoje em dia, a calcinha vem dentro das bundas. Antigamente os cartazes nas ruas, com rosto de criminosos, ofereciam recompensas; hoje em dia, pedem votos. ORAÇÃO DA MULHER NA TPM: “Querido Deus, Até agora o meu dia foi bom: não fiz fofoca, não perdi a paciência, não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata e nem irônica. Controlei minha TPM, não reclamei, não praguejei, não gritei, nem tive ataques de ciúmes. Não comi chocolate. Também não fiz débitos em meu cartão de crédito, nem do meu marido, e nem dei cheques pré-datados. Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para levantar da cama a qualquer momento. Amém!” NO ÔNIBUS Num ônibus superlotado, uma mulher volta-se para um passageiro inconveniente: - O senhor quer fazer o favor de desencostar e afastar essa coisa volumosa que está incomodando?! - Calma, minha senhora. Não é o que está pensando. Este volume é o dinheiro do salário que recebi hoje. Enrolei num pacote e pus no bolso esquerdo das calças. - Ah! Então o senhor deve ser um funcionário exemplar! - Por que? - É que desde o embarque até aqui, o senhor já teve três aumentos salariais. ERRO DE CÁLCULO Com menos de um mês de casada, a filha única chega à casa da mãe, toda roxa: - Oh! Mamãe, o Zecão me bateu! - O Zecão? Eu pensei que ele estivesse viajando! - Eu também, mamãe! Eu também!
VELÓRIO No velório, o viúvo recebe o abraço dos amigos: - Meus pêsames. Ela vinha sofrendo há muito tempo? - Sim. Desde que nos casamos. Q.I. A moça entra na delegacia e anuncia: - Acabo de ser violentada por um débil mental. - Como tem certeza que era mesmo um débil mental? - pergunta o delegado. - Certeza absoluta. Tive que ensinar tudo para ele. QUARTEL A velhinha entra no quartel e vai direto para o escritório dos oficiais: - Capitão, eu vim visitar o meu neto, Sérgio Ricardo. - Ele serve no seu regimento, não é? - Serve, sim, mas hoje pediu licença para ir ao enterro da senhora. EMPREGO O chefe de departamento de pessoal da empresa justificando para o jovem solteiro porque não vai contratá-lo. - Desculpe, mas nossa empresa só trabalha com homens casados. - Por quê? Por acaso são mais inteligentes e competentes que os solteiros? - Não, mas estão mais acostumados a obedecer! Maradona encontrou Amy Winehouse no aeroporto, um mês antes dela morrer. O argentino cumprimentou a cantora, e disse: - Amy!!! Minha heroína!!! Ela respondeu: - Maradona!!! Meu crack!!! SÓ A MULHER CONSEGUE: 1 – Falar sem ter razão 2 – Mijar sem por a mão 3 – Transar sem ter tesão Só Mulher consegue II: 1 - Fingir naturalidade durante um exame ginecológico. 2 - Usar o poder de uma calça jeans para rediagramar a estrutura do corpo. 3 - Ter crise conjugal, crise existencial, crise de identidade e crise de nervos! 4 - Ser mãe solteira, mãe casada, mãe separada e mãe do marido. 5 - Rasgar a meia calça na entrada da festa. 6 - Sentir-se pronta para conquistar o mundo, quando está usando um batom novo! 7 - Chorar no banheiro e depois ficar se olhando no espelho para ver qual é o melhor ângulo. 8 - Achar que o seu relacionamento acabou e depois descobrir que era tudo tensão pré-menstrual. 9 - A diferença entre creme, marfim, e bege claro.
16
O PIOR ANALFABETO É O ANALFABETO MIDIÁTICO “Ele imagina que tudo pode ser compreendido sem o mínimo esforço intelectual”. Reflexões do jornalista Celso Vicenzi em torno de poema de Brecht, no século 21 Ele ouve e assimila sem questionar, fala e repete o que ouviu, não participa dos acontecimentos políticos, aliás, abomina a política, mas usa as redes sociais com ganas e ânsias de quem veio para justiçar o mundo. Prega ideias preconceituosas e discriminatórias, e interpreta os fatos com a ingenuidade de quem não sabe quem o manipula. Nas passeatas e na internet, pede liberdade de expressão, mas censura e ataca quem defende bandeiras políticas. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. E que elas – na era da informação instantânea de massa – são muito influenciadas pela manipulação midiática dos fatos. Não vê a pressão de jornalistas e colunistas na mídia impressa, em emissoras de rádio e tevê – que também estão presentes na internet – a anunciar catástrofes diárias na contramão do que apontam as estatísticas mais confiáveis. Avanços significativos são desprezados e pequenos deslizes são tratados como se fossem enormes escândalos. O objetivo é desestabilizar e impedir que políticas públicas de sucesso possam ameaçar os lucros da iniciativa privada. O mesmo tratamento não se aplica a determinados partidos políticos e a corruptos que ajudam a manter a enorme desigualdade social no país. Questões iguais ou semelhantes são tratadas de forma distinta pela mídia. Aula prática: prestar atenção como a mídia conduz o noticiário sobre o escabroso caso que veio à tona com as informações da alemã Siemens. Não houve nenhuma indignação dos principais colunistas, nenhum editorial contundente. A principal emissora de TV do país calou-se por duas semanas após matéria de capa da revista IstoÉ denuncian-
do o esquema de superfaturar trens e metrôs em 30%. O analfabeto midiático é tão burro que se orgulha e estufa o peito para dizer que viu/ouviu a informação no Jornal Nacional e leu na Veja, por exemplo. Ele não entende como é produzida cada notícia: como se escolhem as pautas e as fontes, sabendo antecipadamente como cada
uma delas vai se pronunciar. Não desconfia que, em muitas tevês, revistas e jornais, a notícia já sai quase pronta da redação, bastando ouvir as pessoas que vão confirmar o que o jornalista, o editor e, principalmente, o “dono da voz” (obrigado, Chico Buarque!) quer como a verdade dos fatos. Para isso as notícias se apoiam, às vezes, em fotos e imagens. Dizem que “uma foto vale mais que mil palavras”. Não é tão simples (Millôr, ironicamente, contra-argumentou: “então diga isto com uma imagem”). Fotos e imagens também são construções, a partir de um determinado olhar. Também as imagens podem ser manipuladas e editadas “ao gosto do freguês”. Há uma infinidade de exemplos. Usaram-se imagens para provar que o Iraque possuía depósitos de armas químicas que nunca foram encontrados. A irresponsabilidade e a falta de independência da mídia norte-americana ajudaram a convencer a
opinião pública, e mais uma guerra com milhares de inocentes mortos foi deflagrada. O analfabeto midiático não percebe que o enfoque pode ser uma escolha construída para chegar a conclusões que seriam diferentes se outras fontes fossem contatadas ou os jornalistas narras-
sem os fatos de outro ponto de vista. O analfabeto midiático imagina que tudo pode ser compreendido sem o mínimo de esforço intelectual. Não se apoia na filosofia, na sociologia, na história, na antropologia, nas ciências política e econômica – para não estender demais os campos do conhecimento – para compreender minimamente a complexidade dos fatos. Sua mente não absorve tanta informação e ele prefere acreditar em “especialistas” e veículos de comunicação comprometidos com interesses de poderosos grupos políticos e econômicos. Lê pouquíssimo, geralmente “bestsellers” e livros de autoajuda. Tem certeza de que o que lê, ouve e vê é o suficiente, e corresponde à realidade. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o cor-
rupto e o espoliador das empresas nacionais e multinacionais.” O analfabeto midiático gosta de criticar os políticos corruptos e não entende que eles são uma extensão do capital, tão necessários para aumentar fortunas e concentrar a renda. Por isso recebem todo o apoio financeiro para serem eleitos. E, depois, contribuem para drenar o dinheiro do Estado para uma parcela da iniciativa privada e para os bolsos de uma elite que se especializou em roubar o dinheiro público. Assim, por vias tortas, só sabe enxergar o político corrupto sem nunca identificar o empresário corruptor, o detentor do grande capital, que aprisiona os governos, com a enorme contribuição da mídia, para adotar políticas que privilegiam os mais ricos e mantenham à margem as populações mais pobres. Em resumo: destroem a democracia. Para o analfabeto midiático, Brecht teria, ainda, uma última observação a fazer: Nada é impossível de mudar. Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. O analfabeto político O pior analfabeto, é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, O preço do feijão, do peixe, da farinha Do aluguel, do sapato e do remédio Depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que Se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Não sabe o imbecil, Que da sua ignorância nasce a prostituta, O menor abandonado, O assaltante e o pior de todos os bandidos Que é o político vigarista, Pilanta, o corrupto e o espoliador Das empresas nacionais e multinacionais. Bertold Brecht