GAZETA NITEROIENSE • EDIÇÃO 142

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O primeiro período legislativo de 2015 foi aberto na tarde de quinta-feira, dia 19, pelo presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Bagueira (SDD). O prefeito Rodrigo Neves (PT) fez a leitura da primeira mensagem-executiva e deu boas-vindas aos vereadores, fazendo um balanço do que já foi realizado por sua administração até agora e traçando as prioridades para os dois últimos anos de governo. Entre as mensagens encaminhadas pelo Executivo que ainda aguardam aprovação estão a lei de construção de hotéis, a criação da Fundação Estatal de Saúde, cuja audiência pública acontece dia 26, e a que altera o Plano Urbanístico Regional da Região das Praias da Baía por conta das obras do Túnel Charitas-Cafubá. Destacando que o município está preparado para enfrentar as dificuldades financeiras impostas pelos cenários nacional e internacional, Rodrigo Neves anunciou para 2015, na área da Educação, a construção de mais nove escolas e a convocação de concurso público. Na Saúde, destacou o aumento de 55 para 85% de cobertura do Programa Médico de Família (PMF) e pediu empenho dos vereadores para aprovação da Fundação Estatal de Saúde, que vai gerir o PMF. “Fizemos nosso dever de casa, senhores verea-

Sérgio Gomes - Ascom CMN

Câmara abre ano legislativo com mensagem do prefeito Pezão encomenda projeto

dores. Esse ano vamos entregar mil unidades habitacionais e temos três mil já contratadas. Um novo Campo de São Bento vai surgir na Zona Norte com as obras de revitalização do Horto do Fonseca”, disse o prefeito. O chefe do Executivo também lembrou as obras de construção da nova sede da Guarda Municipal, no Barreto, a reativação de cabines desativadas pela PM e a implantação do Centro Integrado de Segurança Pública, na Região Oceânica. Rodrigo também lembrou a mobilidade urbana, as obras da TransOceânica e a drenagem e recapeamento de ruas por toda a cidade.

Balanço positivo Esse ano, dois novos vereadores assumiram definitivamente: Vitor Junior

(PT) e Betinho (SDD). Vitor entrou no lugar de Waldeck Carneiro, eleito deputado estadual, e Betinho assumiu a cadeira de Tânia Rodrigues, que renunciou para também ocupar vaga como deputada. Milton Cal (PP), que comandava a Secretaria Municipal de Indústria Naval, Petróleo e Gás, deixou o Executivo e reassume em lugar de Carlos Magaldi (SDD). Ao longo de 2014, 46 projetos de lei foram aprovados, sendo 24 deles de autoria dos vereadores e 22 do Poder Executivo. “Para esse ano, a exemplo de 2014, a meta é fechar o ano legislativo dentro do prazo e com os principais projetos analisados e votados pela Casa. Estamos com desempenho dentro da média histórica dos últimos anos e conseguindo concluir, na data cer-

ta, o encerramento do ano legislativo, votando as leis ligadas ao Orçamento para o ano subsequente”, explica o presidente Bagueira. Ainda em 2014 os vereadores apresentaram 1.600 indicações legislativas, a maioria referente a solicitações para que a Prefeitura realizasse algum tipo de serviço em bairros onde é maior a participação do vereador junto à comunidade. Poda de árvores, troca de lâmpadas, reparo nas redes de drenagem e de esgotamento sanitário e asfaltamento foram as indicações mais apresentadas. Também foram expedidas 418 moções a diferentes personalidades e autoridades do município que se destacaram durante o ano de 2014 e que mereceram o reconhecimento público ou repúdio por parte da Câmara.

de usina de dessalinização Estado quer viabilizar a proposta por meio de PPP O governador Luiz Fernando Pezão encomendou a um grupo espanhol um projeto de uma usina de dessalinização com capacidade para fornecer água para pelo menos um milhão de pessoas. O projeto e o orçamento devem ser apresentados em 15 dias. O governo já estuda a possibilidade de construir o equipamento, por meio de parceria público-privada (PPP), na Zona Oeste da capital fluminense. O anúncio foi feito por Pezão depois de cerimônia realizada na quinta-feira (12/2) pelo Comitê Rio 2016. – Estou avaliando a possibilidade de uma PPP. Desta forma, te-

OAB Niterói promove primeiro plantão da Saúde Itinerante de 2015 Já tem data marcada o primeiro plantão do vitorioso projeto Saúde Itinerante da OAB Niterói em 2015. Será no dia 26 de fevereiro, das 10h às 16 horas, no Fórum Regional de Pendotiba e contará com a parceria da Policlínica do Exército. Coordenado pela Comissão de Ação Social e Saúde, presidida por Ana Cecília Cardoso, e pelo diretor do Departamento de Cultura e Eventos da OAB Niterói, Hélio Consídera, o

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remos um fundo garantidor, o que nos dará tranquilidade para realizar esse investimento – adiantou Pezão. A empresa responsável pelo projeto atua em 25 países e está construindo usinas de dessalinização na Europa e na Ásia. São Gonçalo poderá sediar uma segunda usina, a partir do orçamento que for apresentando ao governo. – Queremos que a usina seja uma ferramenta estratégica. As condições climáticas estão mudando no planeta. Os governos precisam se modernizar em relação ao uso da água. Não podemos depender somente dos atuais recursos hídricos – observou Pezão.

plantão destina-se a verificar gratuitamente a taxa de glicose, colesterol e pressão arterial dos advogados e estagiários. Muito elogiado, já atendeu mais de 7.385 mil profissionais, servindo de modelo para diversas seccionais e subseções do país. No dia 12 de março, o plantão será no Fórum Estadual da cidade, também das 10h às 16 horas, desta vez em parceria da Secretaria Municipal de Saúde.

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Prefeitura inaugura escola de ensino fundamental em Itaipu A Prefeitura de Niterói vai entregar no próximo dia 25 a unidade de ensino Dario de Souza Castello, a terceira escola destinada ao Ensino Fundamental do município que funcionará na Rua Alice Picanço, 21, em Itaipu, na Região Oceânica. A nova unidade vai atender cerca de 280 crianças de seis a dez anos divididas entre 1º e 2º ciclos (1º ao 5º ano). O prédio vai contar com dez salas de aula, auditório com cerca de 100 lugares, pátio, sala de recursos, sala de artes, laboratórios de ciências e informática, um amplo refeitório, dois vestiários, banheiro e um ginásio poliesportivo. Todos os

espaços atendem às condições de acessibilidade para os alunos com necessidades especiais. De acordo com a superintendente de Ensino Fundamental, Patrícia Gomes, a Escola Municipal Dario Castelo, junto à Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI) Nina Rita Torres, em Piratininga, vai atender a demanda por vagas na Região Oceânica e no Engenho do Mato. “Esta é uma localidade que apresenta uma carência muito grande, tanto no ensino fundamental quanto na educação infantil. Expandir este atendimento é mais um compromisso que está sendo honrado pela atual gestão”, declarou.

Carnaval de Niterói reuniu cerca de 250 mil pessoas, segundo prefeitura A Prefeitura de Niterói informou nesta semana que cerca de 250 mil pessoas participaram do Carnaval no município, tanto nos desfiles da Rua da Conceição, como nos blocos em diversos bairros da cidade. Durante os quatro dias de carnaval foram realizados um total de 68 atendimentos nos postos

médicos montados no Rio do Ouro, Largo da Batalha, Avenida Central e Rua da Conceição. Dentre eles o maior número foi de ingestão de alcóol, totalizando oito atendimentos, seguido de curativos, totalizando seis. O restante dos atendimentos se deu por conta de cefaleia, entorse, hipertensão, entre outros.

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Carnaval

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Certeza de título e indefinição de notas no Grupo de Acesso Luiz Eugenio, editor do Na Cadência da Bateria <nacadencia.blogspot.com>

Santa Rosa é a nova capital do samba niteroiense Vagner Souza

Se no ano passado o Fonseca vibrou com as vitórias de Sabiá pelo grupo principal e Alegria da Zona Norte no grupo de acesso, em 2015 foi a vez do bairro de Santa Rosa parar para comemorar as vitórias de Folia do Viradouro e Souza Soares. Por pouco o bairro não fez também a campeã do Grupo Especial de Enredo (correspondente ao terceiro grupo de escolas), já que a Garra de Ouro, da Garganta do Viradouro, ficou com o segundo lugar. O resultado do Carnaval de Niterói em 2015 foi conhecido na última quinta-feira, 19 de fevereiro na quadra do Unidos do Viradouro, diante de um público estimado em 3.000 pessoas. A boa notícia anunciada pela Neltur, pouco antes do início da apuração, foi a liberação de cartas de crédito em outubro para as escolas que apresentarem suas prestações de contas até março.

Grito engasgado Por dois anos consecutivos a Folia do Viradouro amargou o vicecampeonato, ambos perdidos para a Sabiá. Em 2015 as posições se inverteram. A escola de Santa Rosa perdeu apenas meio ponto no quesito Enredo. Cada “10” anunciado pelo locutor era comemorado por diretores e componentes da Folia como gols de seus times de coração, mostrando o otimismo pelo título. A Sabiá perdeu três pontos logo no

Presidente da Folia do Viradouro ergue o troféu de Campeã do Carnaval Niterói 2015

segundo quesito anunciado, Comissão de Frente. Com duas notas 9 em Mestre Sala e Porta Bandeira a diferença cresceu o que só aumentava o entusiasmo da Folia. Outra candidata ao título apontada pela equipe da Cadência da Bateria após o desfile, o Império de Arariboia, também perdeu pontos preciosos nos quesitos Enredo, Conjunto e Harmonia. No começo da apuração a grande rival da Folia foi a Unidos da Região Oceânica, com notas máximas nos dois primeiros quesitos, Enredo e Comissão de Frente. Mas o 8 e o 9 em

harmonia deixaram a escola apenas com o quinto lugar. A Magnólia Brasil foi quem ocupou o quarto lugar, mesma classificação do ano passado. Antes da apuração, dirigentes da Neltur e Uesbcn anunciaram que a escola de samba ‘Tá Mole mas é Meu’, licenciada neste carnaval, foi rebaixada para o Grupo de Acesso em 2016. Entretanto as entidades não informaram quantas escolas caem. Grupo dos 15, em sexto lugar, Alegria da Zona Norte em 7º e Cacique da São José, em 8º completaram a classificação do Grupo Principal.

O favoritismo da Souza Soares no desfile de segunda-feira de carnaval foi concretizado na abertura dos envelopes. A certeza da vitória levou um grande número de torcedores à quadra da Viradouro. No comando da torcida a homenageada do enredo, Cris Alves. Em segundo lugar ficou o Experimenta da Ilha da Conceição e em terceiro o Unidos do Sacramento. Não foi informado pelos organizadores quantas escolas sobem. A apuração do Grupo de Acesso foi a mais demorada da noite. O primeiro mapa de notas divulgado foi contestado pela Mocidade Independente de Icaraí, última colocada naquele momento. O presidente da agremiação, Mauro Ferreira, pediu nova contagem visto que o mapa oficial não coincidia com o registrado pela escola. Depois de algum tempo, um novo mapa foi apresentado. A Mocidade aparecia em

quinto e o Balanço do Fonseca em último. Aí foi a vez do presidente, Neguti, reclamar. A reclamação também foi aceita e uma nova classificação foi divulgada após a apuração do Grupo Principal. Desta vez com o Galo de Ouro em último. O presidente da Independente do Boaçu também reclamou. A reclamação se baseava na perda de 1 ponto para cada integrante faltoso das rivais punidas. Diante da reclamação, foi lido por uma diretora da Uesbcn o tópico que esclareceu que o ponto perdido correspondia a não apresentação de contingente mínimo total e não para cada componente. Tudo esclarecido foi anunciado resultado final. Campeã Sousa Soares, em segundo Experimenta, depois Sacramento, Engenhoca, Mocidade de Icaraí, Balanço do Fonseca, Boaçu, Bafo do Tigre e Galo de Ouro. A licenciada ‘Se Não Guenta porque Veio’ foi rebaixada.

Cris Alves, homenageada da Campeã Souza Soares

Quesito enredo dá vitória ao Combinado do Amor no 3º Grupo

Folia do Viradouro

A disputa por um lugar no Grupo de Acesso foi a mais acirrada do carnaval. Garra de Ouro e Combinado do Amor disputaram ponto a ponto o título. Após a leitura do último quesito houve um empate entre as escolas da Garganta do Viradouro e do Caramujo. No quesito Evolução,

anunciado antes da apuração como desempate, a Combinado do Amor se saiu melhor com duas notas 10 contra um 9,5 e um 10 do Garra de Ouro. A chuva que caiu no domingo de carnaval prejudicou muito este grupo. As primeiras escolas a desfilar tiveram sérias dificuldades.

Viradouro fica em 12º e volta para a Série A A Unidos do Viradouro abriu o carnaval do Grupo Especial do Rio no domingo e sofreu muito com a chuva. A escola teve as penas de algumas fantasias estragadas e falhas no som, duas nos 10 minutos iniciais do desfile. O quarto carro também teve problemas quando o guindaste Carvalhão não conseguiu aproximação suficiente e três destaques do final da alegoria tiveram de ir para o chão. O último carro mostrou um anjo negro com um braço danificado. O samba uniu duas composições de Luiz Carlos da Vila, morto em 2008. Com 3500 componentes, 30 alas e sete carros, a escola mostrou o enredo “Nas veias do Brasil, é a Viradouro em um dia de graça”, sobre a importância da raça negra na formação do povo brasileiro. A agremiação foi rebaixada e volta para a Série A, de onde saiu em 2014.


Geral

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Zé Luiz Anchite prossegue com encontros de interação na Sedrap Júlio Lopes oferece intermediação em principais projetos da secretaria, como a Cidade da Pesca O deputado federal Júlio Lopes esteve na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, a Sedrap. Foi conhecer melhor o dia a dia do órgão que tem em sua estrutura a Ceasa-RJ e a Fiperj (Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro). Recebido pelo secretário Zé Luiz Anchite, o deputado se ofereceu para intermediar ações em andamento para alavancar os projetos diferenciados da secretaria, em especial, a Cidade da Pesca. Com a expectativa de se tornar o maior empreendimento do pescado em todo o país, a Cidade da Pesca ocupará uma área de 630 mil metros quadrados em Itaoca, São Gon-

Os subsecretários Renato Bravo e Sebastião Rodrigues; o deputado Júlio Lopes; o secretário Anchite; o presidente da Fiperj Essiomar Gomes; e o novo subsecretário Marcelo Gomes

çalo, gerando, pelo menos, 10 mil empregos diretos no município. Idealizado em 2012 pela Sedrap, o projeto prevê obras modernas como a implantação do Terminal Pesqueiro Público em 51 mil metros quadrados; a construção de um atracadouro com capacidade para 70 embarcações; e a criação do Condomínio Industrial Pesqueiro Sustentável de 465 mil metros quadrados.

A Cidade da Pesca contribuirá expressivamente com a economia fluminense, atraindo de volta ao estado as indústrias do pescado que na década de 80 - com a falta de políticas públicas de incentivo ao setor acabaram migrando para o sul do país. O encontro com o deputado Júlio Lopes contou com a participação do presidente da Fiperj, Essiomar Go-

mes, e dos subsecretários Sebastião Rodrigues (de Estado), Renato Bravo (de Pesca) e Marcelo Gomes, de Abastecimento e Segurança Alimentar, nomeado no Diário Oficial desta quinta, 12. O projeto - Tema da primeira reunião realizada pela nova gestão da Sedrap com outros órgãos do Governo, em 12 de janeiro, a Cidade da Pesca já tem declaradas de utilidade pública para desapropriação as áreas do Condomínio Industrial e do TPP, que sozinho vai gerar mais de 300 empregos diretos na região. Técnicos da Subsecretaria de Desenvolvimento Regional trabalham na estruturação do Condomínio Industrial, fazendo o levantamento econômico das áreas que serão desapropriadas.

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Mundo

A CIGANA LEU O MEU DESTINO/EU SONHEI/BOLA DE CRISTAL/JOGO DE BÚZIOS/CARTOMANTE/EU SEMPRE PERGUNTEI/O QUE SERÁ O AMANHÃ?/COMO VAI SER O MEU DESTINO? Ricardo Medina não tem nada a ver com o Rock in Rio, apesar do sobrenome. Ele interpretou um dos personagens da série televisa Power Rangers. Ricardo teve um ataque de fúria e matou com uma espada o seu companheiro de apartamento. O motivo da discórdia teria sido a namorada do “ex-ranger vermelho”. Ela teria ficado no apartamento sozinha com o companheiro de Ricardo. Um ataque de ciúmes acometeu o pobre coitado. A vida não está fácil nem para os heróis. DEIXA ME ENCANTAR/COM TUDO TEU/E REVELAR/O QUE VAI ACONTECER/NESTA NOITE DE ESPLENDOR/O MAR SUBIU NA LINHA DO HORIZONTE/DESAGUANDO COMO FONTE/AO VENTO A ILUSÃO DESCE/O MAR/Ô O MAR/POR ONDE ANDEI/ MAREOU/MAREOU... Além de deixarem belas e inesquecíveis músicas, muitos artistas falecidos ainda rendem bons dividendos para os seus herdeiros. Os onze maiores artistas brasileiros que mais geram dinheiro com os direitos autorais são na ordem de maior arrecadação: Tom Jobim, Tim Maia, Gonzaguinha, Renato Russo, Vinícius de Moraes, Chorão, Luiz Gonzaga, Cazuza, Dorival Caymmi, Cartola e Raul Seixas. Um senhor time. RELUZIU/É OURO OU PRATA/ FORMOU A GRANDE CONFUSÃO/QUAL AREIA NA FAROFA/É O LUXO E A POBREZA/NO MEU MUNDO DE ILUSÃO... E Tim Maia continua rendendo polêmicas. Uma foi com Roberto Carlos, que resolveu falar sobre o filme que retrata a vida de Tim e a versão editada exibida pela Rede Globo, em que foi cortada a cena em que o rei esnoba o síndico. Roberto declarou que “nunca vi isso, nem ninguém da banda na época. Também nunca tive um secretário com aquele nome, que jogou dinheiro no chão”. E a outra polêmica envolveu o sobrinho de Tim, Ed Motta, que está inconformado com o projeto da Nívea que homenageia Tim Maia e traz Ivete Sangalo cantando os clássicos dele. Ed declarou que “houve falta de respeito e dignidade em um projeto cara de pau, sem caráter e oportunista”.

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O TEMPO TRAZ ESPERANÇA E ANSIEDADE/VOU NAVEGANDO EM BUSCA DA FELICIDADE/EM CADA PORTO QUE PASSO/EU VEJO E RETRATO EM FANTASIAS/ CULTURA/FOLCLORE/E HÁBITOS/COM ISSO REFAÇO MINHA ALEGRIA... Na Nova Zelândia, em pleno escritório, dois colegas (um homem e uma mulher) de trabalho resolveram fazer uma conferência carnal. Só esqueceram de um detalhe: o escritório ficava em frente a um bar. E todos viram, fotografaram e filmaram a relação sexual dos pombinhos. O casal achou que através do vidro escuro da janela não fosse possível ver do lado de fora. Ledo engano. As imagens rodaram o mundo. O homem era casado...

LÁ VAI A BUNDA/PASSEANDO PELA FEIRA/VAI CONDUZINDO RAIMUNDA ORGULHOSA... “Graças a Deus desde criança eu só tenho bunda. Eu era chamada de tanajura. O pessoal fala tanto, mas tanto, que eu até já me acostumei. Dizem que eu coloquei silicone, mas sempre fui assim. A bunda é natural”, assim declarou Luana Bandeira, rainha de bateria da Estácio de Sá (que em 2016 estará no Grupo Especial), que em uma eleição informal ganhou o título de “Bumbum mais bonito da Sapucaí”. HOJE/EU TENHO UMA PROPOSTA/A GENTE SE EMBOLA/E PERDE A LINHA A NOITE TODA... No Carnaval baiano a grande sensação foi a cápsula do sexo, infraestrutura com 7 metros de comprimento por 3,5 de largura. A cápsula ficou em um camarote a 15 metros de altura, e incluía sofá-cama, ar-condicionado, frigobar, mesas e cadeiras, e os convidados poderiam desfrutar de 15(?) minutos de total privacidade. Será que Roberto Medina também irá adotar algo parecido no Rock in Rio?

CADÊ O CLODOVIL? Os figurinos decotados, ousados e generosos de Claudia Leitte no programa The Voice chamaram bastante atenção. Claudia se empolgou tanto com os elogios que disse que a fantasia de rainha de bateria da Mocidade Independente seria muito mais provocante. Criada a expectativa, chegou o grande dia. E com ele uma das maiores decepções do Carnaval: a fantasia, avaliada em R$ 100 mil, e o desempenho de Claudia, deslumbrada e perdida à frente dos ritmistas, deixaram muito a desejar. A fantasia de sol sofreu as mesmas críticas do figurino usado na abertura da Copa do Mundo, quando Claudia foi comparada à personagem Galinha Pintadinha. E para completar, ela insistiu em utilizar o polêmico protetor nos ouvidos durante o desfile da Mocidade.

VEM/VEM/VEM REVIVER COMIGO AMOR/O CENTENÁRIO EM POESIA/ NESTA PÁTRIA/MÃE QUERIDA/O IMPÉRIO DECADENTE/MUITO RICO/ INCOERENTE/ERA FIDALGUIA... Greice Caroline. Apesar do nome que leva o Caco Antibes à loucura conseguiu uma boquinha de R$ 7.945,86 como assessora da Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral. Mas deu a maior merda, pois ela não teria as qualificações necessárias para ocupar o cargo. Greice ficou conhecida ao participar do reality show “Casa Bonita”. Diante da repercussão, a gostosin, ops, a pobrezinha foi exonerada. “A gente vive numa sociedade na qual se uma mulher bonita tem um trabalho, como eu, e consegue um cargo melhor, é porque fez alguma coisa errada, passou por cima de alguma coisa ou saiu com alguém”, assim falou Greice Caroline. VEJAM ESTA MARAVILHA DE CENÁRIO/É UM EPISÓDIO RELICÁRIO/QUE O ARTISTA NUM SONHO GENIAL/ ESCOLHEU PARA ESTE CARNAVAL... Uma notícia não muito boa para a maioria dos homens: um estudo feito na Austrália constatou que para as mulheres tamanho é documento. A pesquisa mostrou que a primeira coisa que elas olham nos homens é a proporção entre ombros e cintura (???), e a segunda é o bilau. Pelo sim, pelo não, se você não foi agraciado pela natureza seria bom não tentar um algo mais com as mulheres da terra dos cangurus. SONHAR COM A FILHARADA/ É O COELHINHO/COM GENTE TEIMOSA/NA CABEÇA, DÁ BURRINHO/E COM RAPAZ TODO ENFEITADO/O RESULTADO, PESSOAL/É PAVÃO OU É VEADO... Manipulação do mercado e informação privilegiada, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, e por aí vai... Esses crimes estão relacionados ao outrora midas Eike Batista, que chegou a ser apontado como um exemplo de cidadão a ser seguido. Nessa reviravolta, em que até os seus bens foram bloqueados, Eike demonstrou toda a sua generosidade ao doar R$ 127 milhões para o filho Thor; R$ 15 milhões para o filho Olin; R$ 25 milhões para a ex-mulher Flávia; e R$ 15 milhões para outra ex-mulher Luma de Oliveira.

CYBORG... Luana Piovani em ação: a loira deu parabéns a modelo Cindy Crawford, 48 anos, por ela ter exibido o corpo sem photoshop na revista Marie Claire. E logicamente não perdeu a chance de dar uma voadora nas mulheres-traveco: “Minha gratidão à eterna musa (Cindy) por esse serviço generoso feito em prol das mulheres que não tomam suplemento, não têm tempo nem saco de passar três horas na academia todos os dias, têm bundinha mole, peitinho que segura caneta... e não vivem de selfie”. A imagem de Gracyanne Barbosa como rainha de bateria da X-9 Paulistana ilustra bem o que Luana filosofou. VOCÊ QUE INVENTOU ESSE ESTADO/E INVENTOU DE INVENTAR/TODA A ESCURIDÃO/VOCÊ QUE INVENTOU O PECADO/ ESQUECEU-SE DE INVENTAR O PERDÃO... A briga particular entre o Grupo Globo e a Beija-Flor por causa do patrocínio de R$ 10 milhões continua rendendo. A Globo criticou a escola de Nilópolis por ter aceitado a verba do governo da Guiné Equatorial, enredo que deu o 13º título do Carnaval do Rio para a azul e branco. A direção da Beija-Flor não aceitou as críticas. De qualquer forma é contraditória a posição da Globo. Se por um lado, ela é contra tal patrocínio, por outro, ela tem uma longa parceria com um evento (o Carnaval) que é notoriamente bancado pelo dinheiro da contravenção do jogo de bicho. Como diria Stanislaw Ponte Preta: Ou restaura-se a moralidade ou nos locupletemos todos.

193... London calling. Nesse caso, chamando os bombeiros londrinos. O lançamento do filme “Cinquenta tons de cinza”, baseado no livro homônimo, está inspirando os casais a praticarem as mais loucas fantasias sadomasoquistas. Só que o exagero tem sido tanto que os chamados de ajuda aos bombeiros aumentaram consideravelmente no país da Rainha Elizabeth. São pessoas presas em algemas, homens com os pênis presos em anéis, remoção de objetos das pessoas, ou a remoção das pessoas dos objetos. Diante de tanta loucura, os bombeiros criaram o “Cinquenta tons de vermelho” cujas recomendações principais são: 1 - Se algo não parece seguro, provavelmente não é mesmo, então não faça; 2 - Se for usar algemas, deixe as chaves em local de fácil acesso; 3 - Dedos e aparelhos eletrônicos (principalmente com lâminas) não combinam.

O TURISTA ACIDENTAL... Quase um milhão de turistas visitaram o Rio de Janeiro no período do Carnaval. O que significou R$ 2 bilhões na economia. Um desses turistas foi o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. Imagine a seguinte cena: você organiza uma festa e convida as pessoas; o seu vizinho organiza uma festa no mesmo dia e hora. E na hora de ir à festa, você abre mão de ser o anfitrião e opta pela festa do vizinho, sem se importar com seus próprios convidados. Assim fez o prefeito de Niterói, que não compareceu aos desfiles na Rua da Conceição, na Cidade Sorriso, para comparecer à Marquês de Sapucaí, na Cidade Maravilhosa. Vai entender...


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Variedades

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7 Shana Reis

Espetáculo ‘Savana Glacial’ tem apresentação única em Niterói

Arte & Espetáculo

Oficina Social de Teatro encerra festival Verão no Palco com o espetáculo Zona Norte A Oficina Social de Teatro (OST) vai encerrar no próximo dia 26, às 19h30, a mostra de teatro Verão no Palco, que já apresentou quatro espetáculos em janeiro e fevereiro, com a peça Zona Norte. A peça retrata uma família brasileira, com desejo, incesto, assassi-

nato, amor... e muita hipocrisia. Zona Norte é inspirada em Álbum de Família, de Nelson Rodrigues. Também é uma adaptação da sua família, ou um retrato daquilo que você sempre quis fazer. Ingressos: 40,00 O Teatro Eduardo Kraichete fica na Av. Roberto Silveira, 123, Icaraí.

Dirigida por Renato Carrera e com texto do dramaturgo Jô Bilac – considerado um dos mais promissores nomes da nova safra de autores cariocas – a peça “Savana glacial” revela as arestas de amores partidos, perdidos no tempo e na memória, em uma trama elaborada entre a realidade e a ficção. Vencedor do Prêmio Shell de Melhor Texto em 2010, o espetáculo será encenado no Sesc São Niterói, no dia 27 de fevereiro, às 19h.

Sesc Niterói apresenta peça gratuita de Shakespeare para crianças Uma história de amor proibido com pitadas de fantasia e permeada por música é o que crianças e adultos vão encontrar em “Sonho de uma noite de verão – a magia de Shakespeare para todas as idades”, que tem única apresentação no sábado (28/2), às 16h, no Sesc Niterói. O clássico de William Shakespeare para crianças adaptado pela Trupe do experimento tem entrada gratuita. Sesc Niterói (teatro): Rua Padre Anchieta, 56, Centro. Tel.: 2719-9119

Ingressos: R$ 2 (associados Sesc), R$ 4 (meia) e R$ 8 (inteira) Sesc Niterói (teatro): Rua Padre Anchieta, 56, Centro. Tel.: 2719-9119

Circuito Polo na Praia

Esporte

Rio 2016 anuncia cidades que poderão sediar jogos de futebol nas Olimpíadas Modalidade será a única realizada fora do Estado do Rio O Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 anunciou as cidades que cumprem os requerimentos técnicos, logísticos, operacionais e financeiros estabelecidos no Caderno de Encargos da Matriz de Responsabilidade e se habilitam para receber partidas do Torneio Olímpico de Futebol. São elas: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Manaus. Presente no evento, o governador Luiz Fernando Pezão falou sobre o legado dos Jogos para o Rio e para o país. - O futebol é uma das modalidade que o brasileiro e o mundo mais gostam. Os legados que ficarão para o estado se-

rão enormes, como a questão da mobilidade, que para a gente é tão vital. Vamos deixar toda a nossa frota de trens ao final de 2015 com ar condicionado, levar o metrô para a Barra da Tijuca. Ainda há os investimentos da prefeitura no BRT, na área portuária e na Barra da Tijuca. Esse legado não será só para as Olimpíadas, mas para toda a população do nosso estado, do nosso país - afirmou o governador. A escolha final das sub sedes caberá à Fifa. O futebol será a única modalidade esportiva com disputas fora do Rio de Janeiro. Serão realizadas 58 partidas, em diferentes localidades. No total, 16 países competirão na categoria masculina e 12 na feminina. O sorteio dos grupos ocorrerá em abril de 2016.

Nos dias 28 de fevereiro e 1º de março (sábado e domingo), a Equipe Niterói de Polo Aquático realizará o Circuito Polo na Praia, em Itaipu, na Região Oceânica. Além do time niteroiense, a competição contará com clubes como Botafogo, Tijuca, Master Rio e Brasília. Cerca de 100 atletas participarão do evento, que conta com o apoio da Prefeitura de Niterói e está sendo realizado pela primeira vez na cidade. “Nosso principal objetivo é divulgar o esporte, que vem ganhando cada vez mais praticantes em Niterói e em todo o Brasil” – destaca Diogo Cairo membro da Equipe Niterói de Polo Aquático e um dos realizadores do Circuito.


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Variedades

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Cristina é autora do livro Marca d’Água livro de poesias, contos e

Horóscopo da Semana De 21 a 26 de fevereiro

prosas poéticas – à venda nas Livrarias Gutenberg, na Livraria da Eduff, pelo portal www.biblioteca 24horas.com ou diretamente pelo e-mail lebre.cristina@gmail.com

(21/03 a 20/04)

ÁRIES - Separe a vida pessoal da profissão. Para quem está só, alguém desconhecido pode mexer com seu coração. Vontade de sair da rotina e aproveitar a vida podem falar mais alto, mas não se esqueça de seus compromissos.

(21/04 a 20/05)

TOURO - Deixe de lado os desentendimentos e aproveite os bons momentos ao lado de gente querida. Conheça novas pessoas e não tenha medo de mudar de opinião. No romance, clima de carinho, compreensão e ajuda.

(21/05 a 20/06)

GÊMEOS - Use seu charme e seu sorriso para cativar as pessoas. Na profissão, mostre sua capacidade. Problemas serão resolvidos com diálogos objetivos. Para quem está só, boa chance em uma nova paquera.

(21/06 a 22/07)

CÂNCER - É hora de mudar o que aborrece, caprichar no visual, conhecer gente nova e se divertir. Cuidado com pessoas muito "boazinhas", você pode estar sendo enganado. O astral aproximará você e a pessoa amada.

(23/07 a 22/08)

LEÃO - Cuidado ao brincar com pessoas que não gostam disso. Poder de sedução em alta: aproveite para caprichar no visual e conquistar quem ama. Questões financeiras vão exigir muita paciência e tempo. Saúde estável.

(23/08 a 22/09)

VIRGEM - Não brinque com o coração dos outros. Bom momento para aproveitar a vida a dois, ou para encontrar alguém especial. Na profissão, empenho de sobra. Lute pelo que deseja. Converse mais com sua família.

(23/09 a 22/10)

LIBRA - Mude sua forma de pensar, abra seu coração e não tenha medo de viver novas experiências. Não leve as preocupações tão a sério. Os astros favorecem o romance, a diversão ou uma nova paquera.

(23/10 a 21/11)

ESCORPIÃO - Fale sobre o que antes não tinha coragem. Dificuldade para levar os planos para o futuro a sério, cuidado! No relacionamento amoroso, seu clima de paixão será correspondido. Aproveite os bons momentos.

(22/11 a 21/12)

SAGITÁRIO - Aja de modo racional. Conte com a ajuda de amigos e parentes para identificar e resolver problemas. Forte atração por alguém mais experiente. Ótimo momento para viajar, passear e se divertir.

(22/12 a 20/01)

CAPRICÓRNIO - Bom momento para estreitar laços e assumir compromissos no amor. Para quem está só, alguém muito especial pode aparecer. Pessoas próximas podem surpreender. Um passeio ao ar livre só fará bem.

(21/01 a 19/02)

AQUÁRIO - Deixe que tudo aconteça naturalmente. Momentos de descontração ao lado de quem ama. Respeite a liberdade dos outros e a sua também será respeitada. Clima em família reforçará seu carinho por pessoas.

(20/02 a 20/03)

PEIXES - Use seu charme e sensualidade para cativar quem deseja. Lembranças do passado podem trazer saudade e abalar seu humor. Para quem está só, uma nova paquera poderá trazer surpresas agradáveis.

O silêncio fala, e ecoa! O silêncio é uníssono. Em cada caminho de árvores secas, beirando riachos azuis que levam folhas, não há senão o canto estridente dos corvos, voando de galho em galho, e nossas pisadelas no chão de folhas ocres e crocantes. É um inverno rigoroso. A temperatura não passa de dois graus Celsius. Nosso alvo é um castelo medieval, ao longe, alcançado somente depois de muitos passos e fotos. Que lugar incrível! Sua beleza se agiganta com o silêncio e o quase vazio de pessoas. O bosque de árvores depenadas, cinzas, com seus galhos finos, é reto, e seu solo, firme, embora um tanto úmido pelo orvalho gelado derramado durante a madrugada: paisagem petrificante, mas não se atreva a passar ali a noite, quando ao silêncio se junta o escuro, a temperatura abaixo de zero, quem sabe neve e o torpor mesmo dos animais ali guardados: aquela propriedade milenar abriga jumentos, cavalos e outros lindos exemplares da natureza! Nossa caminhada prossegue em direção ao castelo imponente e que nos faz viajar no tempo, recordar os contos de fadas e as princesas e príncipes que um dia poderiam naquele lugar ter habitado. O bosque é estreito e comprido. Trocamos poucas palavras diante de tanta magia e beleza. Preferimos captar ângulos para fotos ou, para descansar das incessantes atividades turísticas, simplesmente ouvir o silêncio, isto mesmo, ouvir sua grandiosidade e tentar traduzir a mensagem de seu sonoro momento.

Ele diz das histórias passadas, das pessoas que lá viveram, há vários séculos, ele nos confessa a continuidade da humanidade, desde as eras dos reis e rainhas até nós, estranhamente, dentro de um único fio condutor chamado tempo. Em mais alguns passos o bosque se abre para a vista do esplendor do castelo: o ápice de nossa visita! Ele é enorme, de uma arquitetura renascentista, abóbodas articuladas com paredes retas e totalmente trabalhadas. Dois leões em cima de pedras ladeiam a entrada principal! Lá em cima asas abertas de águia completam a ponta fina que todos os castelos têm: a representação do poder, da legitimidade das realezas que ali habitaram. Em todo o percurso, interno e externo ao castelo, o silêncio nos acompanha. Nos quartos de banho e de dormir da rainha, nos salões de baile, no escritório do rei, nos quadros que são réplicas dos próprios seres humanos moradores do lugar: o silêncio ecoa.

Nas partes externas as sacadas nos levam a vistas fantásticas dos imensos e super bem tratados jardins. A manutenção de um castelo como aquele é crucial para se entrar em um túnel do tempo. Eu sou a rainha e meu namorado o rei. Somos a continuidade daquela era. Vivemos em circunstâncias diferentes, mas nossos sentimentos são iguais. Poderíamos também ser serviçais dos reis. Viveríamos uma realidade que não estaria em nossa herança genética, mas viveríamos, sabese lá quantos anos... O silêncio como que brada em nossos peitos que não estamos tão distantes dos habitantes daquele castelo. Somos a continuidade deles. Eles são nossos ancestrais. E a humanidade continua viva, uns opressores e outros oprimidos, o silêncio bradando em nossa essência humana que, em verdade, pouca coisa mudou dentro de nós. Ao sair, mais fotos impressionantes das laterais

do castelo, banhadas pelo rio Le Loire. Uma bela coleção de fotos. O,bosque para voltar. No caminho um desvio para as casas laterais de apoio, onde encontramos banheiro. O frio queima nossas mãos, que insistem em tirar as luvas para captar imagens de um lugar que talvez não nos seja possível voltar. Mas que estará, para sempre, em nossa memória e nossos registros. Mais que esses, a grande lembrança de todo o Chenonceau foi a voz do silêncio. Um eco de Deus em nossos ouvidos e corações afirmando que a humanidade Lhe pertence, que ali Ele esteve com os reis e agora está conosco. Os jumentos cuidados nos jardins são lindos, fortes, bem nutridos. O silêncio é Deus: o mesmo de ontem, hoje e amanhã. Ele é uma corrente estranha em nossos ouvidos quando chegamos a um lugar como esse. Ele nos fala mais alto ali, por meio de todo aquele silêncio.


Artigo

Edição de 21 a 27 de fevereiro de 2015 www.gazetanit.com.br | gazetanit@gmail.com

Saudade do amigo Celso Blues Boy No show dos Stones, Lula Tiribás, eu e Jamari França

Festa de aniversário com um milhão e meio de convidados e os Rolling Stones tocando ao vivo Dia de aniversário para mim sempre foi uma data essencialmente solitária, mas jamais triste. Jamais. Desde criança agradeço a Deus por habitar este planeta, mas sem aquela euforia que vejo incorporar em outros aniversariantes. O fato de ter nascido em fevereiro, alto verão, mês de férias escolares e carnaval, fez com que as comemorações se restringissem a família já que os colegas de escola estavam sempre de férias, e os amigos, em geral, viajando. Não só me acostumei com a solitária data como, com o passar do tempo, quando descobri a individuação - benção maior da maturidade - passei a gostar de 18 de fevereiro do jeito que é possível e não da maneira como os outros julgam ideal. Jornalista, sem dia e hora para nada, passei muitos aniversários longe da família, mas nem por isso deixei de curtir os telefonemas, os sinceros desejos de saúde e felicidade e muito bolo Plus Vita com vela de botequim nas estradas da vida;comemoração de colegas no meio de coberturas jornalísticas. Um aniversário que me marcou muito foi o de 2006. Trabalhei como jornalista na equipe que fundou a Rádio Bandnews FM, em 2005. No dia do meu aniversário, um sábado, estava de plantão e desde de manhã cedo fiquei em frente ao Copacabana Palace. Na areia, a noite, aconteceria o maior show de rock da história do Brasil, quando os Rolling Stones tocaram para mais de um milhão de pessoas. Entrei ao vivo dezenas de vezes, em rede nacional, falando do repertório, expectativa do público, aparições da banda na janela do Copa, enfim, uma geral. Até que, por volta de meio dia, o âncora da rede descobriu que era o meu aniversário, desejou parabéns no ar, eu brinquei que “ia comemorar com uma festinha íntima com mais de um milhão de convidados, ao som dos Stones ao vivo”, gargalhada no ar e tudo bem. Só que muitos ouvintes da rádio estavam na área e começaram a me procurar. Não tinha como não me encontrar já que estava literalmente embaixo do giga-palco dos Stones na areia, com os amigos Luiz Tiribás (o Lula) e Jamari França. Ouvintes chegavam, falavam comigo, lembravam de outros trabalhos meus (Rádio JB-AM,

Rádio Fluminense FM, Jornal do Brasil, Rede Manchete de TV Pasquim, etc) e aquilo começou a me emocionar. Por que? Porque só a sinceridade leva um indivíduo a procurar um desconhecido (no caso eu) para desejar parabéns.

O que mais? Além dos desconhecidos, colegas, músicos que passavam por lá, amigos me ligavam o tempo todo, tudo isso associado ao alegre tumulto em Copacabana que só aumentava, a medida em que a noite se aproximava. Bote na receita 39 graus de temperatura e vieram emoções que eu não conhecia, capitaneadas pela gratidão. Lá pelas 7 da noite fui até a beira do mar (já estava difícil transitar pela multidão) e fiz uma oração. Agradeci por tudo e, sobretudo, por todos que falavam comigo quando poderiam ter ficado quietos. Voltei para o nosso bunker embaixo do palco e as oito horas chequei as baterias dos celulares, subi alguns degraus de uma torre de som e vi que o povão, compacto, já devia estar chegando ao Leme. Nunca tinha visto tanta gente num show. Nunca. Nem eu, nem Luiz Oscar Niemeyer (dono da Planmusic, que trouxe os Stones), nem todos os jornalistas que ali estavam e muito menos os Rolling Stones. As nove e pouco, a banda detonou tudo, abrindo com a magistral “Jumpin’ Jack Flash”. A multidão explodiu. O show foi rolando e muitas cenas de minha vida desfilaram em minha cabeça. Afinal, além de meu aniversário, os Stones embalaram a minha adolescência e suas namoradas, amigos, alegria, caos, enfim, a cada canção uma lembrança. A todo instante eu conseguia falar ao vivo na rádio pelo celular, via São Paulo (não sei como por causa do volume do som) e voltava aos pensamentos. Mas quando Keith Richards mandou o riff de “Happy”, não aguentei. Fui as lágrimas. Emoção boa, farta, bonita, grata, vida. Há muitos e muitos anos não derramava uma lágrima. Não sei por que. Mas naquela noite, naquela data, naquela areia, naquele som, o vulcão entrou em erupção. Que bom. Não sabia o que era tão bom chorar de emoção. Valeu.

Tenho dedicado os últimos dias ao estudo profundo, mas muitíssimo profundo do blues em função de um projeto maravilhoso que estou envolvido. Desde pequeno o blues me fascina, especialmente o de Chicago à bordo de figuraças como Muddy Waters, Willie Dixon e tantos outros que acabaram parindo lendas como Jimi Hendrix, Jimmy Page, Jeff Beck, Eric Clapton. O chamado blues inglês é uma variável desconcertante (não encontro outra palavra) do blues de Chicago que trouxe ao mundo, também, Keith Richards, Ron Wood, Rory Gallagher, enfim, eu passaria o dia aqui citando. Quero falar do maior bluesman brasileiro. Um amigo chamado Celso Blues Boy, morto precocemente em agosto de 2012 de câncer. Amigos comuns que conviveram com ele no final, dizem que o músico não acreditava na existência doença e sequer se tratou. Aliás, fazer amigos era uma outra arte do generoso, altruísta e sempre ético Celso Blues Boy que teve na muito querida Maria Juçá, imperatriz do Circo Voador, uma fiel confidente e no mago do jornalismo, Jamari França, um ombro amigo. Eu o conheci em outubro de 1981, quando montava a rádio Fluminense FM que estava com uma programação de teste no ar. A portaria do prédio interfonou para a sala da produção (eu dividia com Sergio Vasconcellos, Amaury Santos, Maurício Valladares e Alex Mariano, todos nós trabalhando com um único toca-discos), dizendo que “o senhor Celso Carvalho quer falar com você”. Sem saber quem era, mandei subir. Celso, tímido, muito tímido entrou na sala num daqueles raros momentos em que eu estava sozinho. Acompanhado de seu amigo, fiel escudeiro e super-empresário Lourival de Almeida Neto. Tempo: Lourival, estou precisando falar URGENTE com você! Não consigo te achar! Me mande um e-mail: luizantonio mello@gmail.com. Celso entrou com uma fitinha K7, com gravações quase caseiras de umas três músicas. Fiz o que não podia fazer: coloquei a fita para tocar. Por que não podia fazer: e se fosse ruim? Se não valesse nada? Com que cara ele e eu ficaríamos quando viesse a fatídica pergunta “vai dar pra rolar na programação da rádio?” e eu respondesse “não vai dar não, meu chapa”, como sempre fiz e faço, com muita franqueza. Só que o som de Celso era demais! Eu ainda não tinha ouvido uma guitarra de blues tão forte, estrondosa, potente e visceral como a dele. Claro, era blues rock, mas comentei que “você tem muito do blues de Chica-

go” e ele, visivelmente atônito, respondeu sem a menor cerimônia “sei lá, meu blues é de Copacabana mesmo”. O encontro selou a nossa amizade. Mais: eu disse que Celso Carvalho podia ser nome de tudo “até de cavalo do Jóquei “(ele deu uma gargalhada), menos de músico de blues. Foi quando o Lourival, empolgado, olhou para ele e quase gritou “não te disse? Eu não te disse?” Celso mudou para Blues Boy ali mesmo, na hora. Raspamos o Carvalho da fitinha K7 e escrevemos Blues Boy em cima, homenagem dele a seu segundo ídolo maior, Blues Boy King, o B.B. King. O primeiro ídolo? Eric Clapton. Para refrescar a memória dos fãs daquela época e informar a quem está chegando agora, fui lá no Wikipédia: Celso Blues Boy (nascido Celso Ricardo Furtado de Carvalho, Rio de Janeiro, 5 de janeiro de 1956 — Joinville, 6 de agosto de 2012) foi um cantor, compositor e guitarrista brasileiro. Começou a tocar profissionalmente na década de 1970, acompanhando Raul Seixas e Sá e Guarabyra. Montou a banda Legião Estrangeira em 1976, com a qual se apresentava em bares e casas de show. Passou a ser mais conhecido a partir de 1980, quando mandou uma fita para a Rádio Fluminense, no Rio, voltada para o repertório roqueiro. Gravou o primeiro disco em 1984, "Som na Guitarra", que incluía seu maior sucesso: "Aumenta que Isso Aí É Rock'n Roll". Um dos primeiros a cantar blues em português, escolheu o nome artístico em homenagem ao ídolo B. B. King, um dos pais do gênero, com quem também tocou na década de 1980. No fim da sua vida morava em Joinville, Santa Catarina. Foi um ilustre torcedor do Vasco da Gama, tendo participado do Megashow comemorativo dos 113 anos do clube, onde tocou em sua guitarra o Hino do Club de Regatas Vasco da Gama.

Discografia: 1984 - Som na Guitarra. 1986 - Marginal Blues 1987 - Celso Blues Boy 3 1988 - Blues Forever 1989 - Quando a noite cai 1991 - Ao vivo Celso Blues Boy 1996 - Indiana Blues 1998 - Nuvens Negras Choram 1999 - Vagabundo errante 2008 - Quem foi que falou que acabou o rock n' roll? (DVD ao vivo, Gravado no Circo Voador) 2011 - Por um Monte de Cerveja (CD)

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Como Blues Boy Celso explodiu rápido na Fluminense FM e, em pouco tempo, tornou-se um herói dos ouvintes. Pelo menos uma vez por mês ele ia até a rádio para ouvir opiniões. Muitas vezes conversava com ouvintes no telefone, enfim, adorava os seus fãs. Em contrapartida eu ia vê-lo em minha terceira casa (Circo Voador, já que a primeira era a Rádio Fluminense FM e a segunda era onde morava) e até dei uns esporros nele por conta do excesso de cerveja e da tradicional golfada que ele dava atrás do palco em pleno show. Ele sempre concordava comigo e na última vez que dei-lhe um toque ele respondeu “É Lêi – ele me chamada de É Lêi, L.A. em inglês – realmente eu tenho que parar de vomitar...acho que parar de vomitar eu consigo, mas de tomar cerveja, fumar e azarar mulher na plateia...amigo, me perdôe, mas isso eu não vai dar não.” Caímos na gargalhada e nunca mais toquei no assunto. E, para delírio da plateia, Celso continuou bebendo cerveja e vomitando em todos os shows. Em 1984 procurei o amigo, guru e padrinho de estúdio Roberto Menescal, na época diretor da Polygram (hoje gravadora Universal Music). Minha ideia era produzir o primeiro álbum de Celso Blues Boy. Menescal aceitou no ato, mas com uma condição: a Polygram contrataria a empresa que eu tive até 1989 com Zeca Mocarzel e a nossa empresa contrataria o Celso. Assim foi feito. Blues Boy assinou com a nossa Provence, que por sua vez assinou com a Polygram. Uma semana depois Celso estava ensaiando em um estúdio em Botafogo. Eu ia lá assistir. Ele não lia nada de música, fazia tudo na intuição, no faro, no instinto de um verdadeiro bluesman. No terceiro dia senti falta de um percussionista. Constrangido, Celso me levou para um canto e confidenciou "É Lêi, o cara foi em cana...” Como assim? “Não pagou a pensão, a ex-mulher engaiolou ele ali na Voluntários da Pátria, quando estava vindo pra cá”. Em 15 dias entrávamos no estúdio 1 da Polygram (24 canais), acompanhando o Menescal. Digo que ele é meu padrinho de estúdio porque ele entrou, me apresentou ao engenheiro, aos dois técnicos, me mostrou a mesa de dezenas e dezenas de botões, luzes, indicadores, disse “deita e rola, meu amigo” e saiu. Não entrei em pânico porque não nasci num estúdio porque o destino colocou um hospital no caminho de minha mãe. Passamos três meses no estúdio 1 da Polygram, em sessões de seis horas por dia. Todos foram fundamentais no trabalho, em especial o Zeca, o Lourival e o Assistente de Produção Artística, super pianista e organista e Luiz Eduardo Farah, peça chave no sucesso do disco. Expliquei a Celso que gosto de gravar com uma “cama” de violões com cordas de nylon. Ele gostou da ideia, mas não tínha-

mos um violão. Bom, hoje posso dizer. Chico Buarque gravada no mesmo estúdio em outro horário e, por isso, afanamos emprestado o violão dele que Blues Boy esmerilhou fazendo as bases. Não satisfeito, Celso descobriu uma garrafa de vinho (acho que era Michel Arnaud) que pertencia ao Chico e disse que ia dar um gole. Fingi que não ouvi e continuei passando o som do órgão Hammond com Luiz Eduardo Farah. De fato, a garrafa de Chico Buarque já estava aberta, mas Celso teve a delicadeza de empurrar a rolha para dentro. Subimos até o Menescal para pedir que descontasse o valor (em valores de hoje, algo em torno de 500 dólares!!!!!) de nossa produção. Menescal disse “toquem o disco, não esquentem a cabeça”. Eu e Celso conversamos muito e fechamos um pacto: fazer um disco de blues rascante, sujo, marginal, porém perfeito. Por isso, não arrisquei e consegui dois amplificadores Marshall, um Fender e um Roland (Celso queria um desses) para as guitarras, mais um Ampeg para o baixo. A bateria, da própria Polygram, era uma maravilhosa Ludwig, idêntica a primeira de John Bonham, do Zeppelin. A seleção dos músicos para a gravação deixei com o Celso porque ele sabia melhor do que ninguém quem era quem. De cara, encantado com a genialidade de Luiz Eduardo Farah, além de assistente de produção ele foi promovido a pianista e órgão. Para o baixo, Celso convidou Milton Botelho; Antonio Scobino, bateria, Carlitos, gaita; Marcelo Scobino; backing vocals e guitarra. Blues Boy cantou (muitas vezes dobrando a voz), tocou violão e guitarras. Quando fui mixar o disco estava estafado. Foram oito semanas de exaustivo trabalho, com um artista fantástico, pontual, disciplinado, que sabia tudo de blues, de voz, de guitarra. A foto da capa, de meu ultra-amigo Maurício Valladares (que ilustra esse texto), deu ao disco uma cara de blues que nenhum outro, em qualquer época, conseguiu. Celso ficou muito feliz com o disco. Quando levei uma fita para a reunião de avaliação de Menescal e a cúpula da Polygram, nervosíssimo, expliquei que tínhamos feito um disco sujo de propósito, que eu assumia os riscos, etc etc etc. Toda a Polygram aplaudiu “Som na Guitarra” do grande Celso Blues Boy. Hoje, com saudade do meu amigo, leio que “Som na Guitarra” é considerado o melhor disco de blues gravado no Brasil. Orgulho. Orgulho de um músico de Copacabana, exímio compositor, guitarrista dos melhores que já ouvi no mundo e a certeza que o Blues Boy ainda tinha muita guitarra para mostrar. Orgulho de um bando de pessoas dispostas a desempenar o mundo através da música. Quase conseguimos. É isso aí.


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Edição de 21 a 27 de fevereiro de 2015 www.gazetanit.com.br | contato@gazetanit.com.br


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