GAZETA NITEROIENSE • EDIÇÃO 179

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Semana de 14 a 20 de novembro de 2015

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A Cantareira é de quem?

Desordem Urbana na falta da Ordem Quando eu passo pelas ruas de nossa cidade, não deixo de aproveitar para observar o comportamento dos fluxos humanos pelas calçadas. Olho as expressões dos olhares ou as manifestações dos gestos, que muitas vezes revelam o estado de espírito dos indivíduos, como também a auto-estima do cidadãos. Em Niterói, vivo há 25 anos. Vi mudanças significativas nos bairros e na sociedade, as relações comunitárias se esmaeceram, até ficarem imperceptíveis. Não sabemos os nomes dos pais ou filhos dos nossos vizinhos. Não sabemos onde estudaram ou se são felizes. Não compartilhamos quaisquer momentos familiares, como batizados, casamentos e aniversários. Vieram de outras cidades para morar na cidade, como eu. Bem-vindos. Clubes estão sendo vendidos, assim como as salas de cinema. Escolas, padarias, mercearias e tudo que nos faz viver a vizinhança, vendidos também. Nesses lu-

gares, novos prédios, novos moradores, novos carros, uma nova cultura distante da comunidade. A cidade mudou, o coletivo e o público não têm mais donos, ninguém cuida ou dá atenção. As calçadas e os equipamentos urbanos não são mais daqueles que moram, passam e usam o espaço público. Camelôs, mendigos, animais, lixo, buracos, obstáculos, postes, canteiros, além de carros estacionados e orelhões quebrados, se apropriam das ruas e praças de Niterói. Na desordem urbana, a ordem pública faz proselitismo eleitoral. O Prefeito Rodrigo Neves inaugurou novas barraquinhas cor de abóbora para os camelôs da cidade. Não combateu a desordem urbana, só colocou a logomarca do seu governo no comércio ilegal que ocupa nossas calçadas e prejudicam empresários e pedestres. Eles vendem comidas, bebidas alcoólicas e contrabandos, sem fiscalização ou vigilância. Mas autorizados pelo Prefeito.

Os Caminhos da Charitas Conheci Jurujuba com um amigo de carro, saímos do Rio para visitar Arduíno Colasanti. Passeávamos ao longo de São Francisco e Charitas, pouca coisa, uma boate, um hotelzinho, uma igrejinha... um aeródromo, um hospital e uma delegacia, até entrarmos na pista estreita encravada nas pedras. Chamou a atenção um conjunto grande de ônibus, todos intermunicipais, parados em um lugar ermo, pareciam escondidos. Passageiros para Castelo, Galeão, UFRJ e PUC. Ali ficavam, saíam vazios e só pegavam o primeiro passageiro em Icaraí. Até hoje, com milhares de moradores a mais, estas linhas só pegam passageiros em Icaraí. Agora abrirão um túnel entre a região oceânica e o terminal hidroviário e esses ônibus. Também querem colocar uma garagem subter-

rânea para guardar os carros dos novos passageiros do terminal hidroviário e um novo terminal rodoviário. Dezenas de milhares de carros passando por esse túnel! Ao mesmo tempo? Uma grande obra da matemática, eu não compreendo. Então, preocupados com a sobrecarga de passageiros, resolveram construir um VLT entre um terminal hidroviário e outro, no Centro. O que queremos saber, é o que Charitas tem a ver com esta loucura de política matemática? Bilhões de reais na Charitas para transportar passageiros que não são da Charitas? Não seria mais fácil tirar esses ônibus vazios e levar para Piratininga ou Largo da Batalha? Ninguém mais de lá viria de carro para Charitas, porque não precisaria ir até lá para ter condução para o Rio de Janeiro. Não tem outro caminho?

Quando estudei Cinema em Niterói, a cidade estava no ápice da agitação cultural. Poucas cidades pulsavam tantas produções independentes e alternativas como a nossa. O Prefeito Jorge Roberto ainda desenhava o Caminho Niemeyer, o Reitor Raimundo Romêo desenhava os novos campi universitários, o Jornalista Luiz Antônio Mello aprontava na Cultura Municipal e a Maldita FM bombava na atmosfera. Muita coisa acontecia nos bares, praças e praias, de Itacoatiara à Cantareira, sentava-nos na areia ou na mesa ao lado com músicos, pintores, atrizes, professores, fotógrafos, cineastas. A Cantareira era o maior centro cultural popular, da cidade, só comparável ao Circo Voador, revitalizou sozinho os bairros de São Domingos e Gragoatá. Niterói tinha noites animadas, tranquilas e seguras. As ruas eram seguras de noite em Niterói. A Cantareira é nossa! Mas agora é de ninguém. Hoje, o pólo cultural que já reuniu vinte mil jovens no seu passado, está abandonado pelo Prefeito Rodrigo Neves e pelos paladinos da Cultura Municipal, todos candidatos a representar a Cantareira na política. Rodrigo Neves fez campanha bradando “A Cantareira é Nossa!”. Cheguei a acreditar. Hoje, até bala perdida tem na praça. Reboques sem placa, alimentos sem higiene, vendem bebidas alcoólicas mais baratas que os bares que pagam licenças e impostos. Agora, os moradores, assim como os militantes petistas, não querem mais frequentar a praça. São Dom Dom, Studio 49 e Tribos fecharam. A prometida Cantareira também.

Previsão www.climatempo.com.br

Câmara aprova Conselho de Transparência Plenária realizada na noite de quarta-feira (11) aprovou, em primeira discussão e sem prejuízo das emendas, o Projeto de Lei 110/2015. Encaminhada pela Mensagem-executiva 07/2015 organiza a Política Municipal de Transparência e Controle Social e cria o Conselho Municipal de Transparência e Controle Social. Algumas das atribuições do Conselho são monitorar o cumprimento da legislação pertinente à transparência e ao controle social no âmbito municipal; expedir para os órgãos públicos orientações e recomendações pertinentes a serem aplicadas; e requerer informações das autoridades públicas, para o efetivo desenvolvimento de suas atividades.

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Orçamento 2016 Na noite de terça-feira (10) foi realizada a segunda audiência pública para debater a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício financeiro de 2016. O encontro foi presidido pelo vereador Bruno Lessa (PSDB), membro da Comissão de Fiscalização Financeira, Controle e Orçamento. A próxima audiência será realizada em 24 de novembro, às 20 horas. Emendas produzidas por vereadores ou por entidades da sociedade civil, já podem ser enviadas ao Departamento Legislativo ou à Comissão de Orçamento. A receita estimada é da ordem de R$ 2.310 (Dois bilhões, trezentos e dez milhões).

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Catamarã Itacoatiara chega ao Rio

Arquivo

Esta é a terceira das sete novas embarcações chineses que vão operar na linha Praça XV-Arariboia

Ministro e Secretário de Saúde visitam INCA O ministro da Saúde, Marcelo Castro, visitou o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) nesta segunda-feira (9). O ministro reuniu-se com representantes do instituto e conheceu as instalações do Hospital do Câncer I na Praça Cruz Vermelha. O ministro percorreu o Centro de Transplante de Medula Óssea, o Serviço de Oncologia Pediátrica e o Centro de Ra-

dioterapia. Durante a visita, conheceu as atividades e os projetos desenvolvidos no INCA. Também fazia parte da delegação o secretário de Estado de Saúde no Rio de Janeiro Felipe Peixoto, que destacou a importância do encontro. “Integrar os poderes melhora nosso diálogo. Saímos cientes de nossos desafios e com mais fôlego para resolvê-los”, afirmou.

Instituto Vital Brazil está entre as melhores empresas do país

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O Instituto Vital Brazil está no ranking entre as 1,5 mil melhores empresas do Brasil. No campo da Saúde, ocupa o 25º lugar e o 113º das

empresas que estão localizadas no Estado do Rio. O resultado foi publicado na revista Empresa Mais, do Estadão, que lista quais as grandes empresas do país em seus setores de atuação e que mais impactam positivamente de maneira coerente e consistente. A análise é feita a partir dos resultados dos últimos quatro anos (2011 a 2014) e levam em consideração mais de cinco mil empresas.

A quarta das nove embarcações encomendadas pelo Governo do Estado ao estaleiro chinês Afai Southern Shipyard chegou ao Rio de Janeiro. O catamarã Itacoatiara atracou nesta sextafeira (13) no Porto do Rio e será a terceira megabarca a operar no trajeto Rio-Niterói após passar por registro, homologação, vistoria e teste de mar. O processo poderá durar até 60 dias, antes de ser liberada pela Capitania dos Portos para entrar em operação assistida. Assim como as embarcações Pão de Açúcar e Corcovado, em operação desde março

e agosto, respectivamente, o novo catamarã Itacoatiara tem capacidade para até 2 mil pessoas e conta com sistema de ar-condicionado, acessibilidade plena e espaço para cadeirantes, bicicletários, 18 banheiros, sistema de

TV e duas proas. Ao todo, o Governo do Estado investiu R$ 273 milhões na aquisição de nove novas embarcações, sendo sete com capacidade para 2 mil pessoas, compradas do, e duas com capacidade para 500 pessoas, fabri-

cadas pelo estaleiro INACE, no Ceará. As próximas embarcações serão integradas à frota até 2016. A compra das novas barcas faz parte do processo de modernização da frota do sistema aquaviário do Rio de Janeiro.

Crise no Hospital Antonio Pedro é debatida A mais recente crise do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) foi debatida em audiência pública na última segunda-feira, dia 9. Representantes das secretarias estadual e municipal de Saúde, entidades ligadas a funcionários e usuários, sindicalistas e a população discutiram o fechamento da emergência, a carência de recursos e de mão de obra sem a presença do diretor Tarcísio Rivello ou de qualquer outro repre-

sentante do Huap. A audiência foi encaminhada pelo vereador Betinho (SDD), autor do pedido inicial, e pelo presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Paulo Eduardo Gomes (PSOL), que também protocolou pedido semelhante. Com as galerias e o plenário lotado, a redução dos repasses financeiros à instituição foi um dos temas de maior destaque. Dados revelados durante a audiência mostraram que em 2013 os repasses foram

de R$ 50 milhões; caíram para R$ 40 milhões em 2014; e foi reduzida para apenas R$ 28 milhões em 2015. Embora sem a presença de representantes do Hospital Universitá-

rio, a direção enviou ao gabinete do vereador Alberto Iecin (Betinho) um documento com dados sobre investimentos e verbas recebidas pela instituição federal.

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Cidadania

O direito de lutar contra o cancêr Por Professor Barragan Faz algum tempo que o mundo tem enfrentado surtos e epidemias de diversas enfermidades como a AIDS, o Ebola, o Alzheimer, o Câncer, entre outros. Algumas daquelas moléstias possuem meios de tratamento e medicamentos que podem garantir uma sobrevida ao indivíduo ou curá-lo da doença. Esse é o possível caso da fosfoetanolamina, que tem sido utilizada por algumas pessoas no combate ao câncer mediante decisão judicial. O fosfoetanolamina é uma substância, produzida pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC-SP), desenvolvida pelo químico e professor aposentado, Gilberto Orivaldo Chierice, que começou a estudar a mencionada substância na década de 80 e afirma que ela seja capaz de tratar o câncer em seres humanos. Contudo, apesar da boa intenção do nobre professor, os maus e velhos entraves governamentais, mais uma vez, parecem impedir que o direito à vida seja exercido. Neste escopo, o combate ao câncer parece ter de enfrentar a mesma agonia que a AIDS passou um dia em relação à liberação do coquetel que combate o vírus HIV. Na esperança de ver a substância salvando vidas, foi requerido à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorização para desenvolver os testes considerados necessários, mas a referida Agência Reguladora se negou, revelando má vontade e um possível desprezo com o pleito formulado. Em sua defesa, a ANVISA argumenta que nunca houve um pedido de autorização para pesquisa clínica sobre aquela substância, porém, parece-nos pouco provável de não ter havido o dito pedido. Neste sentido, rendemo-nos a concordar que, como todos os efeitos da fosfoetanolamina são desconhecidos, não há como excluir a possibilidade de efeitos colaterais, e é nesse ponto que a polêmica se acentua. Afinal, o que seria considerado um efeito colateral mais grave do que a morte de um paciente em estágio terminal de câncer? Quem, em sã consciência, mas em estado quase mortal causado por um câncer, não arriscaria ingerir tal substância na tentativa de lutar por sua vida, sua sobrevivência? Acredito que todos, ou quase todos, arriscariam. Exatamente na esteira daquele ideal de entendimento que o Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu, na última quinta-feira (08/11), uma decisão favorável a uma paciente de câncer do Rio de Janeiro, privilegiando o direito à vida - que deve sempre ser nosso maior e indisponível bem a ser tutelado - e obrigando o Governo Federal, por meio da Universidade de São Paulo (USP), a entregar a fosfoetanolamina para aquela paciente. Nesse contexto, resta claro que negar aos que possuem câncer a possibilidade de experimentar uma possível cura por meio do uso daquela substância, seria como lhe negar o próprio direito de lutar por suas vidas. Logo, só quem tem ou já teve câncer, compreende a angústia de não saber se estará vivo no dia seguinte. Para isso, basta conversar com pessoas que possuem ou possuíram câncer, tal como eu procurei fazer antes de escrever esta coluna, sobre o uso da fosfoetanolamina, que a resposta virá de modo uníssono: “Claro que eu quero experimentar, afinal, eu quero viver!”. Portanto, se você é portador de câncer, é preciso tomar conhecimento da existência da fosfoetanolamina, bem como da decisão proferida pelo STF e de tantas liminares concedidas pelo Poder Judiciário determinando a entrega daquele medicamento para a sobrevivência ou recuperação de pacientes com câncer. Lute por sua vida e viva a cidadania!!! Professor Barragan é advogado e sócio do escritório Barragan & Andrade Advogados, Professor de Direito Constitucional, Tributário e Financeiro, Contador e Mestre em Direito Econômico e Desenvolvimento. Página do Facebook: Professor Barragan E-mail: professorbarragan@yahoo.com.br Instagram: @professorbarragan Twitter: @profbarragan

Na Cadência da Bateria Por Luiz Eugênio

Cubango agita Niterói nesse fim de semana O fim de semana da Acadêmicos do Cubango começou na quinta-feira com o seu tradicional ensaio de quadra. O Presidente Pelé convoca toda a diretoria da escola, segmentos e componentes para o primeiro ensaio de rua na Avenida Amaral Peixoto, neste sábado, 14 de novembro, a partir das 19h. E no domingo, 15, o Grupo Ala dos compositores com Wagner, Pará, Pão, Dedé e Pablo animam o Bingo da Comunidade, cantando sambas da Cubango e clássicos do carnaval e pagode.O valor do Bingo é de R$10,00 e haverá prêmio até o 6º vencedor. A quadra da Acadêmicos da Cubango fica na Rua Noronha Torrezão, 560.

1º casal de Mestre Sala e Porta Bandeira Diego Falcão e Jack Gomes

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Cães e gatos têm ação do Novembro Azul

Projeto socioambiental é lançado em Niterói Alunos da rede pública participarão de oficinas de moda e de música O projeto Niterói EcoCultural foi lançado na segunda-feira (9), no Museu Janete Costa de Arte Popular, com as aulas de oficinas do EcoMúsica e EcoModa, de capacitação em aproveitamento integral de resíduos sólidos, destinado a alunos da rede pública de ensino. Com aulas teóricas e práticas, os estudantes vão aprender a fabricar instrumentos musicais e confeccionar roupas e acessórios, a partir do reaproveitamento de materiais descartados sem receber a destinação corre-

ta. Além de contribuir com a preservação do meio ambiente e a diminuição da produção de lixo, prevenindo enchentes e deslizamentos de encostas, os cursos promovem a inclusão social e geração de renda aos jovens em situação de vulnerabilidade social. Uma vez por mês, as turmas de todos os núcleos serão reunidas em um “aulão”, onde poderão assistir a palestras sobre educação ambiental e workshops com músicos profissionais. Os projetos são resultado do acordo de cooperação celebrado entre a Secretaria Estadual do Ambiente e a Prefeitura de Niterói, através da FAN (Fundação de Arte de Niterói).

Segunda parcela do 13º

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A prefeitura de Niterói pagará no próximo dia 11 de dezembro a segunda parcela do 13º salário dos servidores ativos, inativos e pensionistas, tanto da administração direta como indireta. O benefício poderá ser antecipado graças ao esforço fiscal e de gestão, implementado pela administração municipal, por determinação do prefeito Rodrigo Neves, o que permitiu o equilíbrio das contas públicas. Em agosto a prefeitura já havia antecipado 50% do valor do 13 º, que normalmente é pago no mês de novembro em mais uma medida inédita.

A Unidade de Controle de População Animal, da Fundação Municipal de Saúde, realizou evento em celebração ao Novembro Azul, mês de prevenção e conscientização ao câncer de próstata, comum nos seres humanos e animais. A atividade batizada de ‘’Pet Azul’’ aconteceu na sede da Unidade, na quinta-feira, 12, e teve objetivo de alertar sobre a importância dos exames de prevenção e diagnóstico precoce da doença também nos bichinhos de estimação. Os animais castrados e seus donos receberam lacinhos azul, símbolo da campanha. A equipe da unidade deu as orientações necessárias aos donos dos ani-

mais sobre a doença, sendo a castração o método fundamental, já que reduz problemas na próstata e tumores testiculares em até 90%. Além disso, o procedimento contribui para a saúde do animal, evitando crias indesejadas e ajudando no controle comportamental dos mais agressivos e dominantes. O Serviço de Castração para cães e gatos é oferecido gratuitamente aos moradores de Niterói. Em 2015, a equipe de médicos veterinários do Centro de Castração realizou mais de 800 cirurgias. A meta para esse ano é ultrapassar 1000 castrações. As inscrições são abertas para os morado-

Perfurações no túnel em Charitas começam dia 19 A prefeitura anunciou que no próximo dia 19 serão iniciadas as perfurações no lado de Charitas do túnel. Ao todo, 300 metros de túnel já foram perfurados. Na segunda -feira (16), irão começar as obras do lado esquerdo de quem sobe para a Região Oceânica do trecho 8 da obra, que vai da padaria Versailles até o Engenho do Mato, e o lado direito da obra estará concluído, facilitando assim a vida dos comerciantes tendo em vista a proximidade do período de Natal.

Na quarta-feira foi iniciado o trecho 4 da obra, entre o DPO do Cafubá e a rótula do bairro, com microdrenagem, sistemas de drenagem e preparação da pavimentação da antiga avenida Raul de Oliveira Rodrigues. O trecho 3, que vai do canteiro de obras até a rótula do Cafubá, está em andamento, com sistema de drenagem, com previsão de conclusão para março. Já o trecho 5, na Estrada Francisco da Cruz Nunes, deverá começar em janeiro.

Fiscalização em ônibus intermunicipais

Com o objetivo de fiscalizar o funcionamento dos equipamentos de acessibilidade nos ônibus intermunicipais, o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Transportes, realizou na quinta-feira (12) operação especial no Terminal Rodoviário João Goulart, em Niterói. Pela manhã, os fiscais vistoriaram 60 coletivos e registraram duas irregularidades. O valor das multas, somadas, é de R$ 4.801,74. A população pode colaborar por meio do telefone (21) 3883-4141 ou pelo WhatsApp (21) 98596-8545.

res de Niterói a cada dois meses e feitas atendendo um determinado número, de acordo a capacidade de realizar as cirurgias e o processo dura geralmente 15 dias. No período de dois meses, os animais que foram agen-

dados são castrados. Para agendar a cirurgia, o responsável pelo animal deve procurar o Centro de Castração na Rua Silvestre Rocha, 2, esquina com a Rua Lemos Cunha, em Icaraí. O telefone é 2711-0113

Sucesso no encerramento da campanha de Claudio Vianna Os salões do Clube Rio Cricket foram pequenos para abrigar a imensa quantidade de eleitores militantes da Campanha para a presidência da OABNiterói, que tem como candidato Claudio Vianna. “Isso aqui é o resultado da adesão dos muitos colegas que acreditam nas nossas propostas e desejam transformações efetivas. A minha gestão vai ser assim. Participativa e pulsante. Retomaremos o lugar de prestígio que perdemos ao longo dos últimos nove

anos”, disse Cláudio. A eleição será no próximo dia 16 de novembro e acredita-se que esta seja a mais participativa de todos os tempos.


Estilo

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Projeto vai ‘invadir’ as praças da RO

Ultrapassando modismos A designer paulista Alessandra Delgado já tem em seu portfólio um grande número de criações autorais. Premiada em primeiro lugar no SALÃO DESIGN MÓVEL SUL, em 2000, pela criação da linha de jantar SERATA, com júri composto por nomes como Sérgio Rodrigues, conquistou reconhecimento no mercado do design. Delgado acredita que beleza é fundamental, mas nunca deve estar dissociada da funcionalidade. Para ela, cada produto tem uma história para contar e deve ter sua própria personalidade. A designer desenvolve móveis de linhas simples, retas e acabamento primoroso. Anualmente saem mais de 15 peças inéditas de seu estúdio, o GIRONA DESIGN. Com traço marcante, suas criações ultrapassam épocas e modismos e relevam a brasilidade do seu desenho. Vale conferir!

No próximo dia 21, a partir das 9h, acontece na Praça do Descobrimento, Rua Domingos Araújo, em Piratininga, o piquenique do projeto “Nós vamos invadir nossas praças!”. Criado pela advogada Débora Oliveira depois de ouvir de muitos moradores sobre o abandono das praças da Região Oceânica, o objetivo do projeto é reunir famílias, em especial as crianças, para chamar a atenção dos responsáveis pela necessidade de conservação desses

Débora Oliveira

espaços que constituem excelentes áreas de lazer para toda a população. O evento é gratuito e a pipoca já está garantida.

A presidente da NITERÓI MAIS HUMANA Fernanda Sixel e os organizadores da Casa Design Eliane Figueiredo e Carlos Bezerra estiveram no Movimento Pró-Criança, instituição beneficiada com a arrecadação da venda dos convites do Coquetel de Abertura da Mostra, para avaliarem as instalações e possíveis obras. Esse ano, o projeto irá viabilizar a reforma de dois espaços da instituição. A diretora Renata Paez realizou um encontro entre os parceiros com o objetivo de definirem as necessidades e escutarem os desejos dos alunos. A renda obtida com a ação foi de R$15 mil.

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www.gazetanit.com.br | Twitter Facebook @ # gazetanit A MAIS ANTIGA DAS PROFISSÕES... Que tal ter uma renda de R$ 30 mil por mês só para fazer o vuco-vuco? Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Goiás revelou o perfil das moças de fino trato que atuam em Goiânia. Elas têm no máximo 30 anos, são solteiras, usam preservativos, vão ao ginecologista regularmente e sustentam a família. Participaram da pesquisa 402 profissionais do sexo (elas se formam na faculdade da vida). Para ter um maior controle da pesquisa, as “primas” recebiam um questionário e tinham que dar aos pesquisadores (que fique claro: dar o questionário). Em contrapartida, realizaram exames de sangue e ganharam preservativos.

Humor e informação na medida errada

LÍNGUA DE VELUDO... “Tudo na nossa vida precisa de um rótulo. Tudo nela tem que ser “alguma coisa” mas eu não sou “alguma coisa”. Nós não somos uma coisa. Somos humanos com sentimentos que mudam tanto quanto o tempo. Precisamos fazer algo em relação a isso, e que bom que eu não estou sozinha nessa”, a declaração em tons filosóficos e filantrópicos vem de ninguém menos do que Miley Cyrus, jovem artista americana que assombra os puritanos com seu jeito de ser pós-Hannah Montana (personagem “santinha” que a agora “endiabrada” Miley interpretou). Famosa por sempre mostrar a língua, Miley deu uma bela lambida num órgão... mas precisamente um piano. Esse piano foi a leilão e acabou arrematado por US$ 50 mil durante o evento beneficente Vanguard Awards. Imagina se a lambida (em local a ser escolhido pelo arrematador) estivesse incluída como bônus para quem fizesse o maior lance pelo piano...

HOJE EU ACORDEI/ME VEIO A FALTA DE VOCÊ/SAUDADE DE VOCÊ/SAUDADE DE VOCÊ/LEMBREI QUE ME ACORDAVA DE MANHÃ SÓ PRA DIZER/BOM DIA, MEU BEBÊ/TE AMO, MEU BEBÊ... Na falta do que fazer, o psicólogo David Greenberg (Universidade de Cambridge) realizou um estudo para descobrir qual a melhor música para se ouvir ao acordar. Uma música adequada fará o peão levantar cedo, ficar animado, pegar o transporte público lotado e não reclamar do trabalho. E a canção escolhida foi “ V iva la vida” da banda Coldplay. Já na hora de dormir, basta qualquer música sertanejo-romântica...

AS FEMINISTAS PIRAM... No país dos bundões, Suzi Cortez foi a grande vencedora do Miss Bumbum Brasil 2015. E olha que na concorrência tinha gente conhecida: Dani Sperle e Sabrina Boing Boing, figurinhas fáceis, principalmente, nos carnavais. Mas o que mais chamou atenção na Suzi não foi o popozão, e sim a sua semelhança com Daniella Cicarelli, a ex do fofômeno Ronaldo. Qual a importância do concurso? Na verdade, esse texto é apenas um pretexto para ter uma imagem no melhor estilo “o que é bonito é pra se mostrar”. Ah, e tem também vencedora para o Bumbum Revelação (o que seria esse “revelação”?). A vencedora foi Luciane Hoepers.

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É (DO DINHEIRO) DOS CARECAS QUE ELAS GOSTAM MAIS... Você já ouviu falar em agência especializada em turismo médico? Sim, existe. O pacote que mais tem feito sucesso inclui uma visitinha à Turquia. E não é para aprender o banho turco ou para ver o clássico futebolístico Galatasaray x Fenerbahçe. É para resolver aquele que é considerado o maior drama masculino da história da humanidade (impotência não conta): a calvície. Como a crise econômica na Turquia também é grande, embora lá não tenha a Dilma, as clínicas têm cobrado um precinho camarada para colocar uns tufos a mais na cabeça dos menos favorecidos “capilarmente”...

ANDO MEIO DESLIGADO/ EU NEM SINTO/MEUS PÉS NO CHÃO/OLHO E NÃO VEJO NADA... Que a falta de concentração e a falta da vida social são sintomas dos viciados em redes sociais não é novidade, entretanto, um estudo na Dinamarca apontou que as pessoas que ficaram sem acessar o Facebook por uma semana se sentiram mais felizes do que as que não largaram a rede. Mais de 1 bilhão de usuários se conectam diariamente no Facebook. É gente triste pra carvalho.


Arte & Espetáculo

Isabella Taviani faz show no Municipal A cantora Isabella Taviani se apresenta no Teatro Municipal de Niterói na sexta e no sábado, 20 e 21 de novembro, às 20h. Com mais de dez anos de carreira no estilo MPB, a cantora prepara um show no formato “voz e violão”, para curtir a intimidade com o público. No repertório, canções como “Luxúria”, “Sentido contrário” e “De qualquer maneira”. Os ingressos custam R$ 60 reais. Algumas das canções que serão apresentadas por Isabella fazem parte de seu trabalho mais recente, o álbum “Eu Raio X”, gravado ao vivo no Imperator, em setembro de 2013, com participações de grandes nomes da música, como Elba Ramalho, Zélia Duncan e Moska. Mas, não vão faltar as mais antigas

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Lançamento

‘O menino e o poeta’ na Livraria Icaraí

e regravações, como “Ternura”, de Roberto Carlos e Wanderléa. Isabella lançará em breve seu novo CD, intitulado “Carpenter Avenue”, um tributo à dupla americana The Carpenters, que preencheu os

corações de milhões de fãs por todo o mundo. O CD foi gravado em Los Angeles e no Brasil, e conta com participações especiais de Dionne Warwick e Monica Mancini, filha do inesquecível Henry Mancini.

Luiz Carlos Lacerda no Cine Arte UFF

Em homenagem ao diretor, roteirista e produtor responsável por alguns dos mais importantes filmes da cinematografia nacional, entre os 20 a 25 de novembro o Cine Arte UFF (Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí) exibe a mostra de filmes de Luiz Carlos Lacerda, o “Bigode”, como é carinhosamente conhecido entre os cinéfilos. Parte integrante da mostra, a exposição aberta no dia 3 na Sala de Cultura Leila Diniz - “50 anos de cinema de Luiz Carlos Lacerda” - que emocionou o diretor, que tem uma forte ligação com a cidade de Niterói e com a atriz Leila Diniz, de quem era um dos melhores amigos.

Professora e contadora de histórias, Biba Cabral de Mello lança “O menino e o poeta”, a partir das 16h do dia 18 na Livraria Icaraí (Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí). No livro Biba narra a relação precoce do neto, Diego, de oito anos, com o universo da literatura. Tudo começou quando Diego nasceu. Pensando na importância de despertar no neto, desde cedo, o interesse pela leitura, Biba e o marido presentearam o menino, com uma minibiblioteca, na certeza de que ali nascia também um futuro leitor. Hoje, a paixão de Diego pelos livros é carinhosamente contada por sua avó, em páginas recheadas de fotos que ilustram a relação no pequeno leitor com seus livros. Preço: R$25.

Cine Nikiti exibe longa de suspense com a cantora Sandy

O cineclube Cine Nikiti exibe neste mês o longa de suspense “Quando Eu Era Vivo”, de Marco Dutra e baseado no livro “A Arte de Produzir Efeito Sem Causa”, de Lourenço Mutarelli. Ele será apresentado no dia 18 de novembro, quarta-feira, às 19h, no Solar do Jambeiro

(Rua Presidente Domiciano, 195, Ingá), com entrada gratuita. O elenco do filme conta com a presença de nomes conhecidos como Antonio Fagundes e Sandy Leah ao lado de Marat Descartes, que vem se consolidando como um grande ator do cinema nacional e dos palcos (ganhou o Kikito de Melhor Ator em Gramado em 2012 e o Prêmio Shell de Teatro), além de ter atuado em “Trabalhar Cansa”, longa anterior de Marco. Os filmes serão exibidos na área externa do Jambeiro. E já que estamos em horário de verão, das 18h30 às 19h30, exibiremos videoclips de dance e pop para animar a galera. Aline Ourique

Duo Aprendiz - O violoncelista Samuel Hamilton e o guitarrista Calvin Sucena, que compõem o Duo Instrumental Aprendiz, fazem uma apresentação neste domingo, dia 15 , às 17h, no Skate Park, em São Francisco. O show faz parte da programação do ‘Festival de Experimentação Esportiva’, que será realizado mensalmente pela Prefeitura de Niterói, no local, unindo Cultura e Esporte. Entrada Franca.

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Semana de 14 a 20 de novembro de 2015

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Tiro Livre

Na Festa do Céu, onde as estrelas brilham, uma brilha mais... Daniel Chutorianscy

Feiras de Artesanato no Jardim Icaraí e em Santa Bárbara

A Casa do Artesão realiza duas feiras com artesanato da cidade, neste sábado, dia 14. Uma será na Rua Leandro Mota, no Jardim Icaraí e a outra na Praça de Esportes João Saldanha, em Santa Bárbara. No Jardim Icaraí, a feira acontece das 13h às 20h e vai reunir cerca de 80 barracas com objetos de decoração para o lar, vestuário, sabonetes, difusores, diversos suvenires da cidade, além de adornos e peças indígenas e africanas. Já em Santa Bárbara, a feira funcionará das 9h às 16h, com 30 barracas com produtos variados, que vão desde acessórios e peças de roupas a objetos decorativos. Entrada Franca

Na Festa do Céu, onde as estrelas brilham, uma luz brilha muito mais que as outras. Seu brilho brilha mais do que uma estrela do céu da noite. Não é uma falsa estrela. Uma luz brilhante de outro universo, tão definida, definitivamente definitiva. Brilho muito colorido, da cor daquele céu: azul, branco, vermelho, amarelo, verde, marrom, roxo, preto, lilás, rosa, cinza, laranja, prata, ouro, claro, escuro. De todos clarões e matizes. Um brilho muito, muito iluminado com fogo intenso. Com um ritual muito especial... Muito especial. Mais do que qualquer estrela na festa do céu. De qualquer pontinho do nosso planetinha, onde você estiver, pode provar. E provem!... Crianças, adultos, velhinhos e velhinhas, não esquecendo os passarinhos, os bichos, plantas e vegetais, com aquele gosto bom de provar e viver: o gosto de quero mais, e mais, e mais. Como é bom, gostinho doce e generoso... É só levantar um pouquinho o olhar, um pouquinho só, para ver aquele brilho mágico, muito colorido, um arco-íris que não conhece tempo, nem interrupção, chamado LIBERDADE A poesia é um momento mágico, certamente semelhante à luz atemporal da vida: aurora que brilha mais que o Sol. E poetisando, por que não, com total liberdade de infância feliz? “A lâmpada nova / no fim de apagar / volta a dar a prova / de estar a brilhar / Assim a alma sua / deveras desperta / quando a noite é nua / e se acha deserta / Vestígio que ergueu / sem ser no lugar / de onde se perdeu... / Nasce devagar!” Despoetizando a Pessoa do Fernando, jorrando esperanças: “onde se perde a liberdade, justiça deveras desperta. A lâmpada nova volta dar prova de estar a brilhar”. Na festa do céu, onde as estrelas brilham, uma brilha muito mais, como as ideias e razões dos argumentos e fazeres de cores da JUSTIÇA. Muito mais do que as outras. Portas abertas de onde entoam:

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“Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós”. Daniel Chutorianscy é médico psiquiatra e psicoterapeuta e apresentador do programa de TV “Pulando a Cerca” na Uniteve /UFF Contato: trenzinhocaipira@vnet.com.br

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CRISTINA LEBRE é autora dos livros OLHOS DE LINCE e MARCA D’ÁGUA à venda nas Livrarias Gutenberg de Icaraí e São Gonçalo, pelo portal da editora, www.biblioteca24horas. com, ou diretamente pelo e-mail lebre.cristina@gmail.com

Campos do Jordão – onde a crise não chegou Estivemos em Campos do Jordão no fim de semana passado. Linda e turística cidade, a 340 Km do Rio, fica à cerca de 1.600 m de altitude, um friozinho delícia! A arquitetura é majoritariamente alpina, e os passeios super agradáveis. Sem dúvida, um belo fim de semana! O que estranhamos um pouco foi o clima, não da natureza, mas das pessoas. Parece que não estamos no Brasil. Ou não neste Brasil assolado por uma crise econômica e política cujo túnel nem aparece, que dirá a luz no seu fim! E ficamos pensando, “gente, o Brasil é tão grande que o mundo inteiro caberia nele”. Aqui a gente pode ver tanto a miséria absoluta quanto a mais portentosa riqueza. Em Campos do Jordão até nas favelas a gente vê casinhas em enxaimel. Uma graça! Claro que as favelas ficam na periferia, bem longe dos bairros sofisticados. Mesmo assim se apresentam com muito mais charme do que as nossas, rsrsrsrsrrsrsrs. De todo modo parece que estamos meio que na Suíça. Motocicletas incríveis passam para cima e para baixo das ladeiras floridas, carros importados se cruzam imponentes, a nata paulista, hiper bem-vestida, com mulheres lindíssimas que parecem ter saído de Hollywood diretamente para a estância, desfilam pelas ruas do mais badalado bairro da cidade, o Capivari. Ali uma simples água mineral não sai por menos de R$ 10,00. A mais barata das cervejas Baden Baden, a marca artesanal de Campos do Jordão, custa R$ 27,00, e a garrafa nem é grande, é tipo uma long-neck gorducha. Por um espaguete básico, tipo à bolonhesa, é preciso desembolsar a quantia de R$ 90,00 enquanto que um vinho

tinto razoável, chileno, que nos mercados daqui a gente encontra por R$ 27,80, lá na Baden Baden não sai por menos de R$ 120,00. Ou seja, um jantarzinho romântico acaba deixando de ser tão amoroso na hora em que chega a conta. Bem mas, afinal, estamos na chique Búzios paulista. Ora direis, mas Búzios também é um assalto. Decerto. É mesmo. As únicas diferenças são que Búzios fica mais perto de Niterói, do Rio e tem praia. O choque que levamos fica por conta do tempo que não íamos praqueles lados, aliado ao fato de que agora, nestes tempos de vagas esqueléticas, fica mais aparente a ilusão que se vive em alguns lugares deste Brasil tão rico quanto miserável. A impressão que se tem é de que a crise não chegou a São Paulo. Que seus empresários continuam prosperando galhardamente a cada estação. Que a juventude paulista está cheia de grana pra gastar com cerveja e salsicha alemã. E que as mulheres, com seus gigantescos saltos pontiagudos, suas jóias brilhando em rostos e pescoços, e suas echarpes de oncinha, desconhecem totalmente o significado da palavra “crise”. Enfim, um oásis. A torre de Babel mais requintada de um estado que parece continuar sendo super promissor. E nós aqui, como nos sentimos? Bem, tirando o “Pastel do Maluf”, uma pastelaria enorme que serve qualquer recheio que você possa imaginar dentro daquela massa muito consumida pelos paulistas, o resto do bairro parece te constranger e, se você se vir no espelho, pensará que, finalmente, apareceu um mendigo: você. Na verdade eu não consegui me situar muito bem ali. Nem meu namorado. Ficamos

tentando achar gente de classe média, como nós, mas o desfile de jaquetas e botas de couro legítimo não nos permitia ver pessoas vestidas de jeans, regata e tênis, como nós, além de um casaquinho mais arrumado para os passeios noturnos. Havia momentos em que eu ficava me perguntando “onde estão os pobres?” Pois se até os garçons têm cara de ricos, pedintes são completos desconhecidos, e somente alguns cães sem dono parecem denunciar um aspecto preocupante no ambiente, embora sejam bonitos, aparentemente sem doenças ou sarnas, e adotados pelos restaurantes, que os alimentam. Nosso fim de semana foi muito bom, mas não sabemos mais quem somos. Ficamos meio que em crise existencial, hahahhahahaha. Não somos

ricos nem pobres, somos classe média, mas que classe média é essa que acha tudo caro, que se vê reclamando das contas dos bares e procurando um self-service (que não encontramos) para não ter de dar de cara com uma fatura inóspita do cartão de crédito daqui a uns 20 dias? Eu, hein, quando vamos à Nova York – e em 2016 está difícil de ir, com esse dólar bizarro a nos atochar - conseguimos ver gente como a gente. Gente de jeans e camisetas amassadas, gente comprando na H & M (a Leader de lá) da Quinta Avenida , gente comendo nos Starbucks presentes em cada esquina. Campos do Jordão é lindo, mas de certa forma nos intimidou. Ficamos querendo voltar, é certo, embora mais pra comer pizza e andar de tirolesa do que pra passear pelas ruas do Capivari. A cerveja Baden Baden é realmente uma delícia. Mas a noite, inflacionada por egos soberbos, não nos apeteceu muito. Pode ser que realmente os mais felizes da terra sejam os alienados, independente de cor, raça, sexo ou a que classe social pertençam. Entretanto, pra quem é sensível e lê, não há mais como se desligar do mundo e pensar apenas no vinho da noite. Pior pra nós, gente que se importa com os outros, com os problemas do país, do mundo. Quem mandou estudar e se abalar com as injustiças da vida? Ali, na Macedo Soares, parece que o lema é “comamos, e bebamos, pois amanhã morreremos!”. Pode ser a saída para todo o estresse que vivemos. Ou para um sofrimento fatal se algo sair errado. Melhor deixar isso tudo pra lá e pensar como é bom poder ir a Campos do Jordão de vez em quando. Sinal de que ainda estamos remediados. Ainda!

Horóscopo da Semana Semana de 14 a 20 de novembro

(21.03 a 20.04)

ÁRIES - Excesso de ciúmes pode trazer problemas para sua vida pessoal. Bom momento para pensar sobre o futuro. Troque idéias com pessoas próximas. Novidades no setor financeiro serão favoráveis.

(21.04 a 20.05)

TOURO - Não procure problemas. No amor, alguém do passado pode dar notícias. Mantenha os pés no chão e não sonhe com o que está fora de alcance. Teimosia pode atrapalhar na evolução profissional.

(21.05 a 20.06)

GÊMEOS - Estará carente e precisando da pessoa amada. Para quem está só, é hora de apostar no poder de sedução. Não leve as críticas tão a sério. Atividade profissional vai agitar sua semana.

(21.06 a 22.07)

CÂNCER - Alto poder de comunicação colocará você no centro das atenções. Clima de sensualidade no romance. Bom momento para iniciar uma nova atividade. Tensão no trabalho pode abalar seu bom humor.

(23.07 a 22.08)

LEÃO - Melhore o humor para não passar por problemas no romance. Aproveite as oportunidades na vida profissional. Cobre menos e aproveite mais os bons momentos ao lado de amigos e parentes.

(23.08 a 22.09)

VIRGEM - Bom momento para estreitar laços no relacionamento. Pense bem antes de tomar decisões no trabalho. Busque harmonia em família. Confie em você e pense menos em traições e ciúmes.

(23.09 a 22.10)

LIBRA - Momento de realização ao lado da pessoa amada. Falta de atenção pode levar a falhas e imprevistos. Conte com a intuição para tomar decisões profissionais. Mantenha a calma, sempre.

(23.10 a 21.11)

ESCORPIÃO - Vida social agitada, ao lado de amigos e parentes. Não tenha medo de dizer o que sente e pensa. Saia da rotina e busque novidades no romance. Dedicação e planos serão fundamentais.

(22.11 a 21.12)

SAGITÁRIO - Mudanças em sua vida estão por vir. Bom momento para fortalecer laços de amizade. Saia da rotina e renove o relacionamento amoroso. Não tenha medo de arriscar. Reveja seus sentimentos.

(22.12 a 20.01)

CAPRICÓRNIO - Ótimo momento no relacionamento amoroso. Reflita e entenda seus sentimentos. Não tenha medo de buscar novos caminhos. A rotina pode abalar seu humor. Não transfira seus deveres para os outros.

(21.01 a 19.02)

AQUÁRIO - Fuja de discussões e viva os bons momentos. Passe mais tempo ao lado de quem lhe faz bem. Notícia em família pode entristecer você. Questões práticas estarão favorecidas.

(20.02 a 20.03)

PEIXES - Possessividade da pessoa amada pode irritar você. Bom momento para cuidar do visual. Organize o lar, coloque os compromissos financeiros em dia e faça planos. Cuidado com fofocas e intrigas.

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Artigo

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Funk carioca, ameba sonora e social que pretende virar patrimônio do Rio O funk carioca é um cancro que não tem nada a ver com o som forjado nos Estados Unidos na segunda metade da década de 1960, quando músicos negros, misturando soul, jazz e rhythm and blues, criaram uma nova forma de música rítmica e dançante. Músicas funk são comumente baseadas em um único acorde, distinguindo-se das canções do rhythm and blues, centradas nas progressões de acordes. A palavra funk vem do inglês que quer dizer medo, pânico, covardia. Amo o blues, a origem de tudo, mas com raras exceções, sempre detestei o funk. Mesmo o original norte-americano. Uma questão de gosto, que não se discute. Ou se discute? Quando li o livro “Jimi Hendrix por ele mesmo” que reúne escritos do maior guitarrista de todos os tempos - e um dos mais completos (e complexos) artistas negros da história - ele tirou da minha língua o que sempre pensei, e sobretudo senti, sobre a música negra pasteurizada como, por exemplo aquela tão cultuada da Motown. Jimi Hendrix escreveu em seu grande livro: “A Motown não é o som verdadeiro de nenhum artista negro. É tudo tão comercial, tão bem construído, tão bonito que eu não sinto nada. Tudo o que eles fazem, e essa é a minha opinião, é colocar uma batida bem forte, uma batida muito boa. Depois põem umas mil pessoas tocando tamborim, mais mil metais e mil violinos e os vocais são sobrepostos milhões de vezes. Para mim isso soa tão artificial. “Soul sintético”, é assim que eu chamo a Motown”. O blues migrou da África (Mali, com certeza) e atingiu em cheio os campos escraviza-

dos dos Estados Unidos. Ere diferente, mais percussivo, mas era blues. Que maravilha o blues. Que maravilha. Vou a Wikipédia e arranco uma definição para funk carioca. Vamos lá: “O funk carioca é um estilo musical oriundo das favelas do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Apesar do nome, é diferente do funk originário dos Estados Unidos. Isso ocorreu a partir dos anos 1970, quando começaram a ser realizados bailes black, soul, shaft e funk no Rio de Janeiro. (…) Apesar do nome, o funk carioca surgiu e é tocado em todo o estado do Rio de Janeiro e não somente na cidade do Rio de Janeiro.(…) Tornou-se popularmente conhecido em todo o Brasil e no exterior. Formar derivadas: Proibidão, funk melody. Em São Paulo: funk ostentação.” No início deste século, a sequela sonora tomou conta do Brasil, mais ou menos na mesma época em que começaram a cuspir na música regional brasileira e inventaram o sertanejo e seus efeitos colaterais, semeados e cultuados na famigerada Casa da Dinda, onde vivia aquele bípede, hoje ex-presidente, que foi chutado do Planalto pelo povo. De vingança, deixou o “sertanejo universitário” e outros coliformes fecais como maldição. Maldição que pegou, lamentavelmente. Quem força a barra tentando declarar o funk, sub-estilo sonoro com pretensão de se tornar musical, patrimônio carioca, numa boa, democraticamente falando, merece muito tapa na cara. Mais uma manobra para ceifar o poder do samba autêntico, negro, radical e maravilhosamente negro (esse sim, a alma do Rio) e difamar o já decadente universo cultural do

Rio de Janeiro. Esse funk que está aí não tem pai, mãe, irmã porque não existe. É um monte de golfadas vocais acompanhada de sub-ritmos sonoros produzidos por computadores com mãe na zona, tudo servido com muito molho marrom de cocô. Não restam dúvidas quanto a inexistência (ou existência oportunista) dessa bosta. Acho que o Dr. Dráuzio Varella poderia fazer uma série sobre as influências dessa ameba social no comportamento humano do novo brasileiro, da nova classe média. Ou seria classe mídia? Uma amiga que esta-

va em Salvador, Bahia, teve o prazer, o privilégio de vaiar aquela baranga chamada Anitta com dois T, ícone do novo funk carioca, que tentou defecar sua música na capital baiana durante o carnaval. Até O.B. usado os baianos atiraram na funkeira carioca que, dizem colunistas de má reputação, teria se arrependido de tentar exportar seus coliformes sonoros para solo baiano. Foi despachada de volta para o Rio no dia seguinte, onde foi recebida com paquete vermelho na Marques de Sapucaí. O problema é o tal funk carioca não chegou ao mercado sozinho. Ele

arrombou a caixa de gordura de onde saíram o falso hip hop, o charm paraguaio e outros subprodutos de uma cultura que não conheço, nunca tive interesse de conhecer e por causa dela sou obrigado a andar com dois protetores auriculares marca 3M no bolso. Sorte que não estou mal acompanhado nesse ponto de vista. B.B. King, que já entrevistei duas vezes, fez cara feia quando eu perguntei sobre o avanço desse tipo de funk pelo mundo. Outro gênio que também fingiu que não ouviu a pergunta foi Robert Cray, que entrevistei nos anos 1980. Ou seja, a

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ditadura desse funk só impera no Brasil e em outros países que tem no arrego o seu olimpo existencial porque lá fora há muita resistência. Muita. Quem me conhece, ouve, assiste, lê sabe que não nutro preconceitos. Essa minha má vontade com esse funk que está por aí é conceito ou pósconceito se quiserem uma definição mais elegante. Não posso sequer lembrar da voz aguda, lancinante e torturante de uma falecida cantora do mainstream-funk-romântico que morreu afogada em uma banheira e muito menos de um sujeito que processou o vizinho em Manchester, na Inglaterra, por se sentir “torturado” com um disco dessa cantora que o tal vizinho ouvia compulsivamente 24 horas por dia. O cara ganhou a ação e foi indenizado. Seria leviano afirmar que funk carioca é música de bandido. Os ladrões da República, que enchem cuecas, bolsas e malas e carro com dinheiro público, preferem sertanejo universitário. O bando que assaltou (e ainda assalta) a Petrobrás adora aquela espécie de Neymar do sertão de acrílico chamado Luan Santana. Com o famigerado funk carioca é diferente. A indústria da TV e do cinema tenta associa-lo ao tráfico de drogas, pedofilia e outras calamidades sociais. OK, podem associar ao que quiserem porque faz sentido, mas dizer que é cultura carioca é querer chamar pimenta na rabiola dos outros de Sukita.


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