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O VLT “funciona” sem educação? O mundo digital globalizado nos permite ter acesso a diversos tipos de práticas e culturas que anteriormente não conseguiríamos tomar conhecimento. Isso se revela como um mecanismo fantástico de difusão mundial da moda, da música, dos costumes, bem como, das políticas públicas praticadas em outras nações. Nesse último caso, temos como exemplo o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que foi criado na Europa em decorrência da modernização do sistema de bondes daquele continente. Atualmente, o VLT se encontra presente em aproximadamente 400 cidades em todo o mundo. Portanto, parece inegável que a proposta de modernização do transporte público por meio do VLT trará resultados positivos em termos de mobilidade urbana, salvo se o problema de falta de educação resolver se revelar entre nosso povo. Explico. O sistema do VLT, adotado em países europeus, tem como premissa a confiança no indivíduo, vez que o usuário irá comprar o bilhete em uma máquina e ingressar na composição do VLT sem precisar passar por uma catraca.
Durante o trajeto de sua viagem, o usuário pode ser abordado por um fiscal do VLT que tem o direito de lhe exigir a comprovação do pagamento do bilhete de transporte. Caso o indivíduo não tenha o aludido bilhete, o fiscal deverá lhe imputar uma multa. Contudo, na Europa, os usuários receberam demasiada e boa educação ao longo dos últimos anos, o que faz com que cumpram rigorosamente com o pagamento do bilhete de transporte. Destaca-se que, nos países que adotam o VLT, caso algum usuário utilize aquele meio de transporte e não esteja munido do respectivo bilhete, sofrerá a imputação de altas multas. O cenário para o Brasil não parece ser tão evidente do ponto de vista do cumprimento daquela regra de aquisição do bilhete para utilização do VLT. Infelizmente, o Brasil não investiu em educação de qualidade e formação cultural de alto padrão para poder instituir um sistema ferroviário urbano que possa dispensar a instalação de catracas para o controle de sua utilização. A colocarmos em execução o VLT nas cidades brasileiras, sem o controle realizado por
uma catraca, poderemos nos deparar com o provável: alguns usuários ingressando na composição sem ter efetuado o pagamento do respectivo bilhete de transporte (prática usualmente conhecida como “calote”). A conscientização popular prévia é fundamental para garantir o sucesso de qualquer prática ou política pública que tenha como pressuposto a confiança sobre a conduta do usuário. Neste particular, parece-nos que ainda falta muito em termos de educação e cultura para que uma parte da população compreenda a importância de pagar pelo bilhete de
transporte antes de utilizá-lo, bem como a importância de preservar as composições dos meios de transporte público, que representa parte do patrimônio que é por todos utilizado. Portanto, resta agora aguardar e torcer para que toda a população se conscientize da necessidade de pagar pelo bilhete de transporte antes da utilização do VLT e que não deprede os seus vagões. Mas, caso o contrário seja verificado, constatar-se-á uma falha causada pelo Governo por sua omissão na implementação de um processo educacional e cultural de alto padrão. Vamos de VLT e viva a cidadania!
PROFESSOR BARRAGAN é professor universitário, advogado, contador, vice-presidente de Cultura Jurídica da OAB/Niterói e Mestre em Direito Econômico e Desenvolvimento Facebook: Professor Barragan • Twitter: @profbarragan • Instagram e Periscope: @professorbarragan • E-mail professorbarragan@yahoo.com.br
REDE na Semana Mundial do Meio Ambiente O partido Rede Sustentabilidade de Niterói participará das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, neste domingo. Sob o tema “REDE abraça Niterói”, todos os seus filiados ocuparão espaços da cidade para promover rodas de conversas sobre a questão ambiental. O debate com a população, que ocorrerá de 10 às 13 horas, servirá de subsídio para a elaboração da Agenda 18, programa de governo que será apresentado pelo pré-candidato a prefeito Jose Seba. Os membros da Rede Sustentabilidade estarão presentes para as rodas de conversa em Icaraí (Praça Getúlio Vargas, final da praia em frente à Igreja São Judas Tadeu e Campo de São Bento), Hortos do Fonseca e de Itaipu e Largo da Batalha.
As rodas de conversas neste domingo tratarão de temas como poluição de rios, praias e lagoas, esgoto sanitário, qualidade do ar e da água, desperdício de água, ciclovias, arborização de calçadas e parques urbanos, mobilidade urbana, poluição sonora, entre outros assuntos pertinentes ao meio ambiente.
Horto de Itaipu promove doação de mudas na Semana do Meio Ambiente Durante a Semana do Meio Ambiente, os frequentadores do Horto de Itaipu, que reabriu ao público nos fins de semana, poderão levar uma lembrança da natureza para sua casa. Cerca de 250 mudas de acerola serão distribuídas no local neste fim de semana. "É uma forma de pre-
sentearmos a cidade com mais árvores, de uma fruta saudável e sempre muito procurada", celebra a secretária de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa. Além do Horto de Itaipu, o Plaza Shopping e o Parque da Cidade também serão pontos de distribuição de mudas.
Cursos de extensão na Anhanguera A Anhanguera de Niterói está com inscrições abertas para seu programa de extensão, com início no dia 13 de junho. Ao todo, 44 cursos voltados para as áreas de Comunicação, Computação, Engenharia, Marketing e Saúde. Com carga horária que variam de 8 a 50 horas, as aulas serão ministradas na unidade. Os interessados podem ter acesso à lista completa de cursos e realizar a sua inscrição pelo site www.portalextensao.com.br.
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PSB de Niterói anuncia construção de programa de governo com a população Partido convoca sociedade para participar de reuniões que começam no próximo dia 7
Novo batalhão da PM em Niterói é tema de debate na Câmara Na última segunda-feira (30), a audiência pública sobre a implantação de mais um batalhão da Polícia Militar em Niterói lotou o plenário e as galerias da Câmara. A proposta discutida seria que a nova unidade ficaria responsável pelo patrulhamento ostensivo na Região Oceânica da cidade e por todo o município de Maricá. Ao 12º BPM caberia o patrulhamento do restante de Niterói. Aberta pelo presidente da Comissão de Segurança e Ordem Pública da Câmara, vereador Renato Cariello (PDT), o encontro foi solicitado e coordenado pelo vice da Comissão, Daniel Marques (PV). Entre os presentes destacamos os coronéis comandantes do 4º CPA (Comando de Policiamento de Área), Danilo Nascimento; do 12º BPM (Niterói), Fernando Salema; o secretário municipal de Segurança, Gilson Chagas; e o também coronel PM Paulo Afonso, presidente da Niterói Trânsito e Transportes. Delegados titulares de todas as de-
legacias de Niterói e o chefe do 4º Departamento de Polícia de Área (DPA), Sergio Caldas; lideranças comunitárias; moradores da Região Oceânica e os vereadores Betinho (SDD), Beto da Pipa (PMDB), Bruno Lessa (PSDB), Paulo Eduardo Gomes (PSOL) e Paulo Henrique Oliveira (PPS) também participaram. Os comandantes militares, diferentemente do que pensa a população, acreditam que a criação de um novo batalhão irá apenas “dividir o pequeno efetivo já existente, devido ao momento financeiramente difícil pelo qual passa o Estado”. Presente ao encontro, o assessor de Relações Institucionais da Polícia Civil, Gilbert Stivanello, apresentou a proposta da criação da Central de Garantias, já funcionando de forma experimental na Zona Norte do Rio. Semelhante a Central de Flagrantes, já existente, vai servir como ponto de aglutinação de recursos humanos para elucidação de crimes.
Mudança na LDO 2016
Na tarde de terça-feira (31) a secretária de Planejamento, Modernização da Gestão e Controle, Giovanna Victer, explicou os motivos que levaram o Executivo a mudar as metas fiscais para esse ano. A mensagem-executiva 06/ 2016 altera os chamados resultados primários de R$ 45 milhões para apenas R$ 398 mil, previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para esse ano. Aos vereadores Bira Marques (PT), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira, Controle e Orçamento, que presidiu a audiência pública, e aos colegas Bruno Lessa (PSDB), Daniel Marques (PV), Henrique Vieira (PSOL), Paulo Bagueira (SDD), Paulo Eduardo Gomes (PSOL) e Renatinho (PSOL) e Renato Cariello (PDT) a secretária deu detalhes. “O País encolheu mais que o esperado, a inflação foi maior que a prevista e algumas receitas importantes, como ISS, ICMS e FPM, estão abaixo do esperado. Elaboramos a LDO 2016 em abril do ano passado. Estamos sendo zelosos, mas vale ressaltar que nossas contas estão saudáveis e o superávit, apesar de muito menor, está sendo mantido”, ressaltou a secretária. A mensagem-executiva já foi aprovada em primeira discussão e vai voltar ao plenário nos próximos dias.
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Censo Previdenciário
A Prefeitura divulga em sua página oficial que os servidores municipais de Niterói terão, a partir da semana que vem, um novo posto para participar do Censo Previdenciário 2016: funcionará na Câmara de Vereadores, a partir do dia 6, das 8h às 17h. Numa primeira fase, que vai até o dia 14 de junho, o atendimento será exclusivo para os servidores ativos. Já aposentados e pensionistas poderão se recadastrar ali de 15 a 27 de junho.
O PSB de Niterói reuniu mais de 200 pessoas na noite de terçafeira, dia 31, durante o encontro realizado no auditório da Faculdade Maria Thereza, em Niterói, para apresentar a proposta de construção de um programa de governo com a sociedade. O presidente municipal do partido e pré-candidato à prefeitura da cidade, Felipe Peixoto, abriu o evento explicando que serão 22 reuniões, 14 delas temáticas
para discutir questões como Educação, Saúde, Segurança, Urbanismo e Meio Ambiente, além de oito regionais para o mapeamento dos principais problemas de cada um dos 52 bairros niteroienses. Com o lema “Cidadania ativa, cidade inclusiva”, o projeto integra a chamada Agenda 40, estratégia de formação política da Fundação João Mangabeira (FJM) para as eleições municipais. “Hoje é um dia muito importante. É o marco do início de uma maratona de encontros que visam a construção de um programa de governo colaborativo. Não nos moldes tradicionais de participação da sociedade, em que muitas
vezes a pessoa só vai para legitimar algo já pronto. Será de fato algo construído com a população. Para isso, precisamos da colaboração de todos, participando das reuniões, apontando problemas e contribuindo com sugestões”, convocou Felipe Peixoto.
Os trabalhos começam na próxima terçafeira, dia 7, com o tema Trânsito, Transporte e Mobilidade, às 19h, também na faculdade. A programação poderá ser acompanhada pelas redes sociais de Felipe Peixoto e na página PSB Niterói 40, no Facebook.
Anunciada ampliação de monitoramento do CISP
Operação identifica moradores em situação de rua
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, assinou nesta quinta-feira (02) um contrato para a implantação de mais 50 câmeras para monitorar a segurança pública na cidade. O acordo contempla também a criação de sete portais, com 15 dispositivos de monitoramento, que serão capazes de ler placas de carros e serão instalados em vias que fazem divisa com outros municípios. Esses novos sistemas serão implementados em até quatro meses. Foi anunciado ainda para o dia 23 de junho o início da instalação das câmeras inteligentes na Ponte Rio-Niterói, que também farão a leitura das placas de carros que entrarem na cidade e permitirão que o Cisp (Centro Integrado de Segurança Pública) acione em tempo real a Polícia Militar em casos em que os veículos sejam roubados. Os novos portais serão instalados nas entradas da cidade, como a Avenida Central, em Itaipu, a Estrada Caetano Monteiro, em Pendotiba, a Alameda São Boaventura, no Fonseca, e também no Barreto.
A Secretaria de Ordem Pública de Niterói desencadeou, na noite de terça-feira (31), uma operação conjunta envolvendo a Guarda Civil Municipal, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, agentes da Polícia Civil (76ª DP), Polícia Militar e CLIN, com foco em pessoas em situação de rua. A ação teve como principal objetivo abordar e identificar pessoas que estão residindo nas ruas do Centro de Niterói, além de tentar o encaminhamento e acolhimento aos abrigos do município. Foram abordados 47 homens e oito mulheres, encaminhados para 76ª DP para serem identificados. Duas mulheres ficaram à disposição da Justiça, uma por estar com mandado de prisão em aberto e outra por diversos processos, entre eles: tentativa de homicídio, agressão, furto e uso de drogas. Outras 53 pessoas abordadas foram encaminhadas para o Centro Especializado para População de Rua (CREPOP), também no Centro.
Niterói terá bicicletário com 424 vagas no Centro O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, assinou a ordem de início de construção do local, que ficará na Praça Arariboia, ao lado da estação das barcas. O investimento será de R$ 852.598,79. A coordenadora do programa Niterói de Bicicleta, Isabela Ledo, o viceprefeito Axel Grael, o presidente da Empresa Municipal de Moradia, Urbanismo e Saneamento (Emusa), Ricardo Lanzellotti, o secretário de Obras, Vicente Temperini, e a secretária de Conservação e Serviços Públicos (Seconser), Dayse Monassa, também participaram do evento. “Queremos que Niterói seja referência como cidade amiga da bicicleta no Estado do Rio de Janeiro. A instalação do bicicletário, que
será o maior da cidade, é um passo importante para isso. É necessário contribuir para que haja uma mudança cultural. Niterói tem uma distância curta entre bairros, é uma cidade bonita, com frente marítima e enseadas extraordinárias, isso tudo pode fazer com que a bicicleta não seja só lazer, mas uma possibilidade de mobilidade mais sustentável e saudável”, destacou o prefeito. Isabela Ledo explicou que o bicicletário contará com segurança, recepção, bebedouros e área para manutenção básica e bombas de ar, ocupando uma área total de 478 metros quadrados aproximadamente. A diária para estacionar as bicicletas será de R$ 0,80 e o local funcionará de acordo com o horário da estação das barcas.
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Esporte
Vôlei do Canto do Rio é campeão em Miracema O time adulto do Canto do Rio/ Mundovolei, de Niterói, foi o grande Campeão da segunda Copa UVM Clube XV realizado entre 26 e 29 de maio em Miracema, Região Noroeste Fluminense. O Cantusca levou a melhor após vencer o time do Cordeiro por dois sets a zero. A disputa foi realizada pela União de Vôlei de Miracema, juntamente com o Clube XV. Dez equipes participaram do torneio. Defenderam o Canto do Rio os jogadores Fabiano (levantador), Tayan (líbero), Matheus (oposto), Rafael e Danilo (centrais), Ramon e Willian (ponteiros). Ramon e Danilo também jogam na Superliga Brasileira de Vôlei. O time tem como técnico Alessandro Celano Garcia que também é coordenador da Escola de Vôlei do Bernardinho. E as competições não param por aí. Essa mesma equipe estará participando neste sábado, dia 4, de mais uma etapa dos Jogos Abertos do Interior (JAI) que acontecerá na quadra poliesportiva do Canto do Rio.
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Bruno Lessa propõe IPTU Verde Na semana em que é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, o vereador Bruno Lessa (PSDB) propôs um projeto de lei para implantar em Niterói o "IPTU Verde", como já existe em outras cidades brasileiras. O projeto de lei, de número 74/ 2016, prevê desconto no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), aos proprietários de imóveis que promoverem medidas visando a sustentabilidade. O desconto pode variar de 2 a 6% e é cumulativo. O objetivo da proposição, segundo Lessa “é criar incentivos para preservar, proteger e recuperar o meio ambiente, através do benefício no imposto ao contribuinte”. Pelo projeto, para conseguir o benefício, os moradores devem promover adaptações em seus imóveis. Nos residenciais, implantação de sistemas de captação e reutilização de água de chuva; aquecimento hidráulico ou elétrico solar; utilização de energia eólica; separação
de resíduos sólidos, entre outros. Para os não residenciais, manutenção de terreno sem a presença de espécies exóticas e cultivo de espécies arbóreas e a implantação dos sistemas de captação de água de chuva com armazenagem em reservatório; reuso de água; aquecimento hidráulico solar com a captação de energia solar térmica para aquecimento de água; construção com materiais sustentáveis, etc. Lessa justifica que a Constituição Federal, artigo 225, prevê o direito ao meio ambiente e que outros municípios já concedem o benefício no tributo aos contribuintes como Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Recife (PE). "Recentemente, vivemos o problema da escassez de água em decorrência da ausência de políticas públicas que minimizem os efeitos da falta de chuva. É fundamental incentivar ações para melhor utilizar os recursos naturais ", finaliza.
Bandeira tarifária sem custos A bandeira tarifária para o mês de junho será verde, sem custo para os consumidores. A decisão da Diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ocorreu em reunião extraordinária nesta terça-feira (31). Entre os fatores que contribuíram para a manutenção da bandeira verde estão o resultado positivo do período úmido, que recompôs os reservatórios das hidrelétricas; o aumento de energia disponível com redução de demanda; e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro. esde que foi implementado o sistema de bandeiras tarifárias, em janeiro de 2015, até fevereiro de 2016, a bandeira se manteve vermelha (com cobrança de R$ 4,50 a cada 100 quilowattshora consumidos). Em março, passou para amarela (com taxa de R$ 1,50 a cada 100 kWh) e, em abril e maio, a bandeira foi verde.
Show
Claudia Foreaux em Icaraí dia 10 Depois de ler o trabalho de pesquisa feito pelo jornalista e escritor Ruy Godinho nos dois livros intitulados “Então foi assim – os bastidores da criação musical brasileira”, o músico e produtor Carlos Poubel resolveu montar um show em que a cantora e intérprete Claudia Foureaux pudesse, não somente cantar, mas também, interagir com seu público contando as lindas e surpreendentes histórias ligadas aos momentos mágicos da criação de alguns grandes sucessos da MPB. No repertório escolhido, pérolas como Carinhoso, Teletema e Gostava Tanto de Voce que darão brilho à qualidade musical do espetáculo. Dia 10 de junho às 21 hs, no restaurante SP Gourmet (Rua Gal. Pereira da Silva 182, Icaraí). Ingressos na Amabili (Shopping Icaraí Lj 130). R$30 até 05/06. Após R$35.
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Antônio Rayol elucida questões sobre segurança pública Rayol é delegado aposentado da polícia federal e pré-candidato a prefeito de Niterói pelo PSDB André Lar Belle
Colaborador
Antônio Carlos Cardoso Rayol é um brasileiro, e como todos nós, preocupado com as mazelas que nos rodeiam. Atuou como delegado da Polícia federal e é responsável pela prisão do marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Duda Mendonça, em 2004. Dentre outras missões, Antônio Rayol nos concedeu uma entrevista para falar sobre Segurança Pública e outros problemas de nossa cidade. Além de prender o marqueteiro do PT, em uma rinha de galo, o senhor participou de outras operações importantíssimas. Cite algumas delas. Em 1992 fui o coordenador geral das equipes de segurança da PF que acompanharam os mais de 130 chefes de estado que compareceram à conferência da ONU sobre o meio ambiente (RIO 92). Elaborei e executei com sucesso um projeto que envolveu a administração de grande volume de recursos humanos e materiais. O êxito só foi possível porque sei formar boas equipes de trabalho. Em 1997 fui o chefe da segurança do Papa João Paulo II durante o Encontro Mundial do Papa com as Famílias ocorrido no Rio de Janeiro, também com pleno êxito! Foram muitas missões importantes! Qual é a sua avaliação da Segurança Pública em Niterói nos dias atuais?
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Niterói já foi uma cidade tranquila a despeito da vizinhança do Rio de Janeiro com elevados
A sociedade tem que cobrar do prefeito que atue dentro de suas atribuições (mais iluminação pública, aplicação da nova lei das guardas municipais, por exemplo) e que use os poderes de mandatário dos niteroienses para exigir do governo do Rio que recomponha o efetivo do 12° BPM, hoje a metade do que seria necessário e que invista nas delegacias de polícia civil de Niterói. A polícia está sucateada!
índices de criminalidade. Hoje é uma cidade atemorizada, em qualquer hora ou em qualquer lugar existe o perigo. Os niteroienses estão traumatizados, muitas famílias perderam entes queridos vítimas de criminosos que migraram do Rio de Janeiro. Niterói está violento. Tiroteio em quase todos os bairros. Notícias de assalto, sequestros e mortes. O que fazer, no âmbito da Segurança Pública, para diminuir o aumento da violência em Niterói? Uma nova Lei, o estatuto das guardas municipais, os transformou em força auxiliar de segurança pública com poder de polícia e poder de usar armas de fogo. Não é uma opção, é inexorável, as prefeituras terão que adaptar suas guardas. Não se trata só de comprar armas de fogo e distribuí-las. Os guardas terão que ser treinados e qualificados sob a supervisão da Polícia Federal, é o que diz a Lei. Nós vamos treinar, qualificar e armar a Guarda Municipal de Niterói. Será uma força a mais na segurança pública de Niterói. A implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) poderia ser uma das soluções? As UPPs são um equívoco desde o seu começo. Sergio Cabral usou as UPPs como outdoor eleitoral para se reeleger em 2010 e para eleger Pezão em 2014. O projeto está errado porque não é possível colocar UPPs em todas as comunidades carentes dominadas por traficantes. Também erra por propor uma polícia diferente para um setor da cidade, isso só apro-
No entanto, a violência não é o único problema da cidade. Nenhum problema está sozinho, um influencia o outro. Como tratar desses problemas nos dias de hoje? funda o abismo entre o “morro” e o “asfalto”. A polícia deve ser a mesma para toda a sociedade, os policiais devem agir da mesma maneira em Ipanema ou no complexo do Alemão. O erro maior consiste em investir apenas na PM (polícia preventiva) porque isso dá visibilidade política, é preciso investir em polícia judiciária (polícia civil) porque é a polícia civil quem tira os bandidos de circulação. O que a sociedade niteroiense poderia fazer para ajudar as autoridades a diminuir a violência na cidade?
Niterói tem muitos problemas, todos resultantes do fato de que há mais de 20 anos nossa cidade vem sendo administrada por dois grupos políticos, o PT e o PDT que vem se revezando com práticas equivocadas e muito semelhantes. Os últimos prefeitos de Niterói e o atual também governam de costas para a população e de frente para os grandes empreiteiros. A prefeitura é um “balcão de negócios”, priorizam as grandes obras eleitoreiras, que enriquecem empreiteiras e se esquecem das comunidades que mais preci-
sam do poder público. O atual prefeito coloca granito nas calçadas da Moreira Cesar, enquanto há dezenas de ruas em Niterói de chão batido. É preciso se preocupar mais com as pessoas. É um problema de prioridades equivocadas, a prefeitura tem que atender a quem mais precisa em primeiro lugar. O atual prefeito endividou a prefeitura em cerca de 2 bilhões de reais, dívida que será paga em 20 anos pelos niteroienses com aumento no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que hoje já é o quarto mais caro do país. Não vamos pagar essa dívida, temos que acionar o Ministério Público e a Procuradoria do Município para entrar no judiciário contra essa dívida. Também temos que enxugar a máquina da prefeitura que hoje tem 48 secretarias e 3 mil servidores comissionados. É cabide de empregos para cooptar apoios para o prefeito. É o niteroiense que paga essa conta. Isso tem que acabar!
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CRISTINA LEBRE é autora dos livros OLHOS DE LINCE e MARCA D’ÁGUA à venda nas Livrarias Gutenberg de Icaraí e São Gonçalo, pelo portal da editora, www.biblioteca24horas.com , ou pelo e-mail lebre.cristina@gmail.com
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Carta a quem chega agora Meu menino, Eu já sou avó mas tem um lado meu que ainda é muito menina. Um lado que transborda do dentro de mim. Ele não é enevoado, antes brilha nos meus olhos pequeninos, quando estou feliz e irradio luz pelas esquinas. Na verdade, ele não é um lado, é um inteiro. Não é perene, nem passageiro. É límpido como você nos seus tenros dias de vida. Um grande aceno ao amor. Sabe, pequeno, olhando pra trás vejo que tudo o que fiz esses anos todos foi amar, e lutar pelo amor. O amor é minha mais desbravada bandeira. Minha estrada sem fronteira. Não consegui ler tantos livros quanto queria, nem abraçar nenhuma ideologia política. Minha filosofia é o amor, miúdo, mesmo que seja utopia. Ainda quero viajar muito, e amar mais. Não quero ser tão culta quanto os pensadores, nem tão rica nem tão pobre, nem tão velha nem tão moça, nem tão bela nem tão sem atrativos. Não quero coisas demais pra mim. Tenho orgulho de ser assim, lindo, e de ter amado tanto, e de ainda ter saúde para amar. Quando eu não estiver mais aqui você vai ficar com essa lembrança de sua avó. Uma mulher que amou a vida inteira, que não desistiu, nunca, do amor. Que não abriu mão da pureza, de ser sincera, de declarar que amava. Que não se rendeu aos estereótipos (depois eu te expli-
co o que é isso, ok?), nem ficou pensando muito antes de dizer, que não teve medo de amar como a maioria das pessoas, na verdade, têm. E o amor é tanta saúde, querido, que até hoje eu tenho vontade de começar de novo, e de novo, e de ir até o fim sempre amando. Plantei árvores, tive filhos, escrevi livros. Quero plantar mais e escrever mais, os filhos já estão aí. Não preciso ser famosa, não careço de ter joias, nem de comprar tantos supérfluos. Quero dignidade. Quero pra mim e para o mundo inteiro. Sonho com justiça, respeito, arrependimento de erros, restauração de relações. Busca da retidão. Persigo o amor. O amor que jamais acaba. Sabe, bacuri, você agora se traduz no legado que construí. Com você eu esqueço que um dia amei alguém que já foi. Os que já foram são pra gente se lembrar contente, filhote, sem tristeza. Eles são nossas marcas fincadas na pele, na fronte, na frente dos nossos caminhos. Dia desses eu vou também e você vai recordar feliz da minha gargalhada aberta, escancarada. Igual ao meio jeito de amar. Sem reservas, melindres, sem dúvidas a me adoecer o peito. Torcendo pra ser assim também o seu jeito, como seus pais, um para o outro feitos. Deixe que sua voz brade ao vento que amar é o melhor caminho. Eu fiz assim e não me arrependo, ainda que tenha deixa-
do tantas lágrimas caírem pelas ruas, e travesseiros, e páginas dos meus cadernos de poesia. Ah, antes que eu esqueça, miúdo. Faça poesia. Tire fotografia. Poesia aplaca as dores, multiplica os amores, faz florescer a alma. Não se importe com essa história de que “poesia não vende”, o essencial não tem preço mesmo. É muito mais do que moedas possam avaliar. O sorriso deve estar nas fotos, assim como poemas devem enfeitar seu jardim de letras. Você vai ver quanta gente vai se identificar com o que você escrever e o quanto será gratificante ser voz de outros queridos seus. Poesia é como flor: brota e colore as manhãs, sejam elas de frio ou de calor... No mais, coma, beba, brinque, se lambuze todo de terra, ou de lama, sem deixar que o medo te paralise. Vá com fé, vontade e amor. Porque o amor é assim também, um jardim ora seco, ora molha-
Doações: Doações: Banco Banco Santander Santander Agência Agência 3531 3531 C/C C/C 13-000504-1 13-000504-1
do da chuva que cai dos céus. De todo modo, um jardim pra pisar e plantar, e colher, e replantar. Sofra e seja feliz, sempre amando, como eu fui, menina, mulher, avó. Amando as nossas pegadas ficam mais marcadas no caminho. Nenhuma tempestade as desfaz. É como quando eu olho pra trás e vejo minha estrada toda mesclada de amores e dores. Dores de amores são válidas e se curam. Essas, pra sempre, se tornam felicidade. Eternas. Profundas. Perfeitas. E pra não me alongar demais, Leãozinho, não esqueça de usar o protetor solar. E apazigue brigas, ande descalço, tome banho de chuva, nade, ande de bicicleta, deixe o vento revoltar seus cabelos, jogue bola, faça todos os gols que tiver de fazer. E que o amor permeie tudo em sua vida, netinho. Assim como a gente se ama, ame o mundo e as pessoas. Sempre valerá à pena!
Em “O princípio de ver histórias em todo lugar”, o carioca Leonardo Villa-Forte estabelece um pacto entre o apego obsessivo e a construção literária. A estreia no romance do autor carioca tem início com o narrador, um redator publicitário, despedindo-se da namorada que vai passar três meses em Munique a trabalho. A separação gera nele uma combustão de emoções e suposições nocivas, entre as quais a de que Cecília irá traí-lo com um O princípio de ex-namorado que reside na ver histórias em cidade alemã. todo lugar Seus dias seguem, as(197 págs) sim, transtornados, até que Editora Oito e meio decide montar uma oficina Preço: R$ 39,90 de criação literária a fim de se “aproximar de pessoas que não enxerguem no desequilíbrio uma falta de caráter, ou na flutuação de humor um traço suspeito”. Seis pessoas se habilitam para as sessões que serão aplicadas semanalmente em seu apartamento, nas quais farão leituras de contos e desenvolverão os próprios textos. A partir de então, o autor recheia a trama principal com algumas dessas pequenas narrativas produzidas pelos alunos. Contos que refletem as personalidades de cada um que, enturmadas, resultarão em interesses amorosos e desacordos. A tensão aumenta quando uma das participantes desaparece. Villa-Forte oferece um jogo de intertextualidade no qual a suspeição do que é narrado resulta num final inesperado e intrigante. Um livro que dialoga com “O túnel”, do argentino Ernesto Sabato.
* * * * * * A poesia do paulista Marcelo Adifa percorre o cosmo e o cosmonauta. Nasce de um processo semelhante a de um astro celeste, a partir da fragmentação da matéria interstelar em moléculas-vocábulos, mas também é o homem centrado na totalidade das próprias emoções, que não se refletem. “A quem se fizer estrela” versa, em poemas de força simbólica, sobre o corpo do tamanho de um universo, em que o subjetivo e o material se harmonizam para A Quem se Fizer protagonizarem uma viagem (134 págs) pelo espaço transcendental, Editora Penalux anímico. “Da matéria/as esPreço: R$ 34 trelas, areias/o homem que jaz/coberto de luzes” Adifa consegue capturar o vasto e o íntimo com mesma sensibilidade, relatando os mistérios da vida que nos cercam e a natureza humana, decifrada em seus desejos, suas angústias e suas verdades. “Sendo amor uma estrela é pouco/pois de luz se faz um universo todo/e no descortinar da noite gritam/aqueles que só precisam do aceno/da manhã seguinte, a que sorri”. Um livro que almeja ser grande e consegue.
Sérgio Tavares é editor do site http://anovacritica.wordpress.com
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Semana de 4 a 10 de junho de 2016
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Semana de 4 a 10 de junho de 2016
Arte & Espetáculo |
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Ator Diogo Oliveira está em cartaz no espetáculo Universo Íntimo O ator Diogo Oliveira, que na primeira fase da novela “Velho Chico” deu vida ao Índio Popiá, estreia em curta temporada, de 3 a 12 de junho, no Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói, a peça “Universo Íntimo” com direção de Bia Oliveira. O espetáculo aborda a vida e emoções de 4 jovens e seus conflitos e caminhos encontrados para superar as crises no relacionamento. Saulo, Leila, Júlio e Bruno enfrentam seus instintos ao terem as vidas cruzadas. Todos de certa forma são confrontados por seus desejos mais íntimos, seja sexual, amoroso ou
até mesmo de liberdade. A obra contemporânea de Humberto Dássumpção é tão tangível e seus personagens tão reais que farão o espectador entrar em contato com seu universo mais íntimo.
Além de Diogo, o elenco conta com os jovens atores Carolina Fernandes, Plínio Lopes e Mau Alves. De 03 a 12 de Junho, sextas (21h), sábados (20h) e domingos (19h). Ingresso: R$ 40
Duo Piano e Voz Na terça-feira, 7 de junho de 2016, às 19h, o Salão Nobre Eunice Linton, do Teatro Municipal de Niterói, recebe a apresentação do Duo Piano e Voz, formado pelo pianista e maestro Joabe Ferreira e pelo tenor Daniel Marinho. No repertório, destaque para as canções italianas, "Parla Piu Piano" e "Cinema Paradiso", ambas temas de filmes clássicos. Como pianista solista o Maestro apresentará a "Fantasia em Ré menor" do compositor W. A. Mozart. Ainda no programa a música portenha de Piazzolla e a Ópera de Verdi". Entrada franca.
‘Olhares em foco’ na Unilasalle A lente pode estar voltada para o pássaro no espelho d’água, para a casa antiga, para o pôr do sol, para as placas que apontam diferentes direções, para o sapatinho de bebê enquanto o visor apresenta a combinação escolhida de diafragma e velocidade. No fim, no entanto, o olhar é o ingrediente fundamental para a foto. E é ele o mote da exposição que chega no dia 6 de junho à Galeria La Salle, às 19h30 (Rua Gastão Gonçalves, 79, Santa Rosa). A turma do curso “Fotografia: Introdução às técnicas e composição fotográfica”, ministrado nos últimos meses no centro universitário, compartilha com o público seu trabalho final em mostra que fica em cartaz até 21 de junho. “Olhares em foco” traz ensaios sem um tema pré-definido. Cada um dos 21 iniciantes no mundo da fotografia pôde escolher o que registrar e a quantidade de imagens a expor, em exercício de seleção após o uso das técnicas aprendidas em sala.
Musical Infantil Tarzan no Teatro Popular Prestes a completar um século de sua criação, “Tarzan” de Edgar Rice Burroughs, preserva nos dias atuais todo seu encantamento e heroísmo nas selvas africanas, sendo contado por várias gerações. Após o naufrágio de um navio na África, um menino fica órfão e é salvo por uma gorila chamada Kala que lhe dá o nome de Tarzan. Assim o pequeno menino começa a entender os mistérios e a magia da selva africana, sempre em companhia da gorila Terk e do elefante Tantor, seus amigos inseparáveis. Sábados e domingos de Junho, às 16h. Ingresso R$30.
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"Brasil na Era da Bossa Nova" A Sala Carlos Couto abre as portas para a exposição "Brasil na Era da Bossa Nova", do fotógrafo Antonio Nery. Nessa mostra, composta por um precioso legado visual da história da música brasileira, o curador Luiz Ferreira expõe o registro cuidadoso, sensível, criterioso, metódico e precioso que o renomado fotógrafo fez dos primórdios da "Bossa Nova" e da cena musical de sua época. A mostra pode ser visitada até 3 de julho.
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SERMÃO, Padre Antonio Vieira “Príncipes, reis, imperadores, monarcas do mundo: vedes ruína dos vossos reinos, vedes as aflições e misérias dos vossos vassalos, vedes as violências, vedes as opressões, vedes os tributos, vedes as pobrezas, vedes as fomes, vedes as guerras, vedes as mortes, vedes os cativeiros, vedes a assolação de tudo? Ou vedes ou o não vedes. Se o vedes como não remediais? E se o não remediais, como o vedes? ESTAIS CEGOS. Príncipes eclesiásticos, grandes, maiores, supremos, e vós, ó Prelados, que estais em todo lugar: vedes as calamidades universais e particulares da Igreja, vedes os destroços da Fé, vedes o descaimento da religião, vedes o desprezo das leis divinas, vedes a irreverência dos lugares sagrados, vedes o abuso dos costumes, vedes os pecados públicos, vedes os escândalos,vedes as simonias, vedes os sacrilégios, vedes a falta de doutrina sã, vedes a condenação e perda de tantas almas, dentro e fora da cristandade? Ou vedes ou não vedes. Se o vedes, como não remediais, e se não remediais, como vedes? ESTAIS CEGOS. Ministros da república, da justiça,da guerra,do estado, do mar, da terra: vedes as obrigações que se descarregam sobre o vosso cuidado, vedes o peso, que carrega sobre vossas consciências, vedes as desatenções do governo, vedes as injustiças, vedes os roubos, vedes os descaminhos, vedes os enredos, vedes as dilações, vedes os subornos, vedes os respeitos, vedes as potências dos grandes, e as vexações dos pequenos, vedes as lágrimas dos pobres, os clamores e gemidos de todos? Ou o vedes ou o não vedes. Se o vedes, como não remediais? E se o não remediais, como o vedes? ESTAIS CEGOS.”
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Padre Antonio Vieira – religioso, filosofo, escritor e orador da Companhia de Jesus....*6 de fevereiro de 1608 Lisboa ....*18 de julho de 1697 – Salvador, Bahia. Era chamado “ Paiaçu” – “grande padre” em tupi. Escreveu 200 SERMÕES, 700 cartas, tratados, relações. Daniel Chutorianscy é médico psiquiatra e psicoterapeuta e apresentador do programa de TV “Pulando a Cerca” na Uniteve /UFF
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Semana de 4 a 10 de junho de 2016
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Na TV, a incrível história das entrevistas do Pasquim Anote na agenda, na parede, na virilha porque é imperdível. No próximo dia 13 de junho, as 20 horas, começa a série "As Grandes Entrevistas do Pasquim", no Canal Brasil. Demais! O secular colega Ricky Goodwin (um cara absolutamente do cacete), editor das célebres entrevistas do Pasquim, vibra muito. Com razão. Está confirmada para 13 de junho, as 20 horas, no Canal Brasil o início da série “As Entrevistas do Pasquim”. Serão 13 episódios, dirigidos pelo Ricky. Com muito prazer, fui convidado e dei uma longa entrevista sobre a minha estada no Pasquim entre 1976 e 1980. Parido quase clandestinamente em 26 de junho de 1969 por Ziraldo, Henfil, Jaguar, Paulo Francis, Ivan Lessa, Tarso de Castro, Flávio Rangel, enfim, pela grossa flor da intelectualidade carioca, o jornal conseguiu desmoralizar a imoralidade, se é que isso faz algum sentido. Comecei a escrever no Pasquim em meados dos anos 70 e, acima de tudo, convivi cara a cara com meus heróis. Tive o privilégio de vê-los atuando, escrevendo, bebendo, brigando, criando, revolucionando, anarquizando, sacaneando, no quartel general do jornal que funcionava numa casa de três andares e dezenas de degraus de escadaria íngreme na rua Saint Roman, em Copacabana, em frente ao morro do Pavãozinho. Além de artigos, participei de muitas entrevistas e escrevia também para as Dicas do Pasquim, páginas de notas curtas, ácidas, debochadas e verdadeiras como zarabatanas vietnamitas. Não sei quantas vezes cheguei ao pé da subida da Saint Roman e fui
obrigado a encostar num botequim enchendo a cara de caldo de cana porque o jornal estava invadido pela tigrada da ditadura (tigrada é uma invenção de Élio Gaspari) que, indignada, eventualmente metia o pé na porta e revirava tudo, "just like a swindler justice officer", diria Paulo Francis. E, é claro, empastelava (amordaçava) aquela edição do jornal. Como eu ainda não era formado e Ziraldo cismava que era irmão mais velho do mundo, eu estava terminantemente proibido de me aproximar da casa. "Vai que você toma um 477 nos cornos seu put.....", ele explicava. Explico: 477 foi um decreto, filho do AI-5 que expurgava de qualquer escola ou faculdade elementos que a ditadura julgava "subversivos" ou "danosos ao bem estar da nação, a moral e aos bons costumes". Quer saber, caro leitor? Não sei como não tomei um 477 dentro da faculdade e quem estudou comigo sabe por que. Jaguar, o ex-bêbado mais lúcido que conheço, elogiava minha disciplina. "Se você for em cana não vai sobrar ninguém pra dar a descarga". Gosto do Jaguar e ele diz que gosta de mim, mas faz uma ressalva: "você tem essa deformação etílica, essa mania de não beber e isso te joga no abismo de meus preconceitos". Essa série de TV sobre as antológicas entrevistas do Pasquim vai fazer com que muita gente da nova geração conheça um país que, apesar do pau-de-arara, das perseguição, da covardia dos gorilas, conseguia criar, pensar, refletir. Não vou encher o saco com papo-cabeça dizendo que o Brasil já foi menos anta, mas o Brasil já foi menos anta.
Uma vez presenciei um ataque de fúria de Paulo Francis, dois dias após uma invasão da tigrada. Ele espumava e berrava "eu vou me imbecilizar, eu quero virar imbecil, ir pra porta do Ponto Frio pra ver fogão novo chegar e TV a cores passando jogo de futebol. Eu vou me lobotomizar no Maracanã lotado e brigar na arquibancada, apanhar e bater vestindo camisa de escroto...eu vou desfilar como alegoria de torturador-bicheiro-traficantesambista na avenida porque eu sou uma alegoria popular. Eu sou um merda porque penso, reflito, sinto...mas ainda bem que bebo até cair (na época), exatamente como essa escrotália gosta!" O Pasquim não era só risada. Aliás, só um búfalo pantaneiro acha que O Pasquim era um mar de gargalhadas. Não foram 30, nem 60 vezes que vi “dona” Nelma Quadros, amiga de todos nós (e minha em particular), chorar porque um "pasquiniano" havia sido preso, ou, pior, estava desaparecido. Não, eu não fui "pasquiniano" porque seria muita prepotência afirmar. Eu apenas escrevia no Pasquim e via os caras mandarem ver. Um deles (me concedo um off) tinha um estilingue. Estilingue do
nordeste, borracha grossa, alta potência. Ia lá para o último andar da casa e, usando bilha de rolimã, acertava falsos funcionários da companhia telefônica (na verdade agentes da ditadura) que ficavam pendurados nos postes da Saint Roman ouvindo as conversas da redação. "Menos um!!!!", comemorava essa grande figura quando derrubava um deles. Burra, a ditadura achava que as estilingadas partiam da favela e, como sempre se borrava
de medo de favela, ficava quieta. As Veraneios pretas (camburões da Chevrolet que serviam as polícias oficial e clandestina) rondavam o jornal como hienas 24 horas por dia. Gozado, ainda hoje os camburões são Chevrolet, só que Blazer. Deve ser coincidência ou resíduo paranoico. O Pasquim, apesar de nanico, era grandioso demais para abrigar a unanimidade, irmã mais velha da mediocridade. A primeira grande entrevista de Leonel Brizola,
quando retornou do exílio, também foi ao Pasquim. Idem com Gabeira e outros banidos que regressaram ao país depois da Anistia em 1979. Nas asas do iconoclasta e imbatível humor carioca, O Pasquim não fez história. Ele fez a História. E eu vi quase tudo! Eu estava lá com os meus ídolos, jamais de igual para igual porque o temor reverencial ergue muralhas intransponíveis. Mas percebi que quanto mais geniais eram os "pasquinianos" mais simples e generosos se mostravam no trato com os outros e com os erros dos mais novos. Levei esporro, jamais esculacho, ofensa, humilhação. Mas ai daquele que não conhecesse Português e História. Felizmente nunca aconteceu de eu ter que perguntar quem era quem ou duvidar de um X , Z ou S. Talvez eles perdessem completamente a cabeça diante de um ato imbecil porque, como dizia Tarso de Castro "mula sem cabeça aqui dão come".
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