TFG Biblioteca-Parque como agente de requalificação no vazio urbano

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BIBLIOTECA-PARQUE

Geisa Silva


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BIBLIOTECA-PARQUE COMO AGENTE DE REQUALIFICAÇÃO NO VAZIO URBANO

Geisa Silva Trabalho Final de Graduação Orientadora Prof. Dra. Luciana Tombi Brasil Arquitetura e Urbanismo Universidade São Judas São Paulo, 2019


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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que contribuíram de alguma maneira e me acompanharam no decorrer de minha formação, à minha orientadora Luciana brasil, pela dedicação e atenção ministrada durante este trabalho. Também agradeço a minha família, pelo companheirismo, parceria e paciência.


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RESUMO

O presente Trabalho de Final de Graduação (TFG) refere-se ao projeto que busca requalificar

uma área no bairro da Mooca que atualmente é um grande vazio urbano para transformá-lo em parque e um equipamento cultural, trazendo uma significativa área verde para um dos bairros mais quentes da cidade de São Paulo.

O trabalho tem como princípio: a promoção do comércio, requalificação do espaço e convívio

entre o espaço construído como a Biblioteca e o espaço não-construído como o parque, buscando trazer um respiro urbano ao bairro e à cidade, que devido à sua herança industrial gerou espaços residuais como o lugar do projeto. Atualmente os moradores anseiam por uma área de lazer e recreação para a região.

O objeto de estudo propõe requalificar, dinamizar e promover um local de convivência para a

comunidade. O parque tem como princípio trazer atividades de lazer e a biblioteca visa ser um espaço catalisador de atividades diversificadas. Para se obter tais resultados, foram realizadas investigações de áreas de lazer e cultura ao redor imediato da área de intervenção. Após estes levantamentos e a partir de referenciais arquitetônicos e programáticos foi elaborado a proposta de intervenção do seguinte trabalho. Palavras-chave: requalificação, dinamização, cultura e integração.


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 1.1 O TEMA 1.2 A IDEIA 1.3 JUSTIFICATIVA

7 11 12 14

2 A BIBLIOTECA 2.1 A BIBLIOTECA NO SÉCULO 21 2.2 A INOVAÇÃO

16 18 24

3 ESTUDOS DE CASO 3.1 REFERÊNCIAS PROJETUAIS 3.2 REFERÊNCIAS PROGRMÁTICAS 3.3 REESTRUTURAÇÃO URBANA DE ÁREAS INDUSTRIAIS

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ANÁLISE DO LUGAR 4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO BAIRRO 4.2 ESCOLHA DO LUGAR E ANALISE DO ENTORNO 4.3 ANÁLISE MORFOLÓGICA

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4.3.1 PRINCIPAIS VIAS 4.3.2 ÁREAS VERDES 4.3.3 ESCOLAS 4.3.4 LAZER

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LEGISLAÇÃO URBANA

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LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

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7 PROJETO 7.1 MEMORIAL 7.2 PRIMEIRAS INVESTIGAÇÕES 7.3 VEGETAÇÃO E MATERIALIDADE 7.4 PROGRAMA 7.5 PROJETO

69 70 76 78 80 82

8 BIBLIOGRAFIA

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INTRODUÇÃO


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1.1 O TEMA

O projeto busca a requalificação de uma área que desde o seu desuso pela empresa Esso

tornou-se ociosa, e devido ao seu espaço ser um vazio urbano no bairro, tem uma relação afetiva com os moradores que clamam por um parque na região. Este trabalho discute a importância de trazer essas áreas para o convívio interpessoal, principalmente quando se trata de antigas áreas industriais, por acabar se tornando espaços vazios, quando ocorre a desativação do espaço, e por agredirem o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas que moram ao seu redor. A ideia é trazer dinamismo e pensar como esses espaços podem se articular com a vizinhança e com a cidade de modo que possa agregar áreas verdes e espaços de inclusão social.


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1.2

A IDEIA

A exemplo de Medellín na Colômbia em que foram implantadas bibliotecas-parque nas áreas

periféricas a fim de reestruturar os lugares em que foram inseridos, transformando antigas áreas degradadas em local de transformação urbana e cultural para as comunidades onde estão inseridas.

“ALÉM DISSO, ESSES EDIFÍCIOS TAMBÉM OFERECEM UMA COMBINAÇÃO DE PROGRAMAS

QUE VISAM INCLUIR ESSAS COMUNIDADES NAS LÓGICAS ECONÔMICAS E CÍVICAS DA “SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO” – OFERECENDO CURSOS DE INFORMÁTICA, ADMINISTRAÇÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS, IDIOMAS, ARTES ETC.” [1]

A ideia é que a área escolhida, que hoje é um grande vazio urbano, se torne um lugar vívido,

harmonioso e de convívio para que a população seja atraída a usufruir desse espaço público.

1. CAPILLÉ, Cauê. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/884133/arquitetura-como-dispositivo-politico-introducao-ao-projeto-de-parques-biblioteca-em-medellin#_ftn5> abril,2019.


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1.3

Justificativa

De acordo com os dados obtidos pelo site: Rede Social de Cidades. Disponível em: <https://www. redesocialdecidades.org.br/br/SP/sao-paulo/regiao/mooca/areas-verdes>. Acesso em: 29.Mar.2019. A Mooca é um dos bairros mais áridos e quentes da região metropolitana de São Paulo, contando com uma cobertura em torno de 2m² de área verde por habitante, sendo que o recomendado pela OMS é de 12m². Então, os moradores da região esperam que a área subutilizada se torne um parque para não precisar de grandes deslocamentos para utilizar um local verde. O projeto situa-se em um terreno subutilizado na área conhecida popularmente pela vizinhança local como “antigo terreno da Esso”, em que a população local anseia para que se torne um parque há mais de 10 anos, segundo: QUINTELLA, Sérgio. Movimento na Mooca quer parque em terreno de 450 milhões de reais. Veja SP, São Paulo, 09 de mar. De 2018. Disponível em: <https://vejasp.abril.com.br/cidades/ mooca-moradores-parque/>.Acesso em: 19.Mar.2019. Portanto, o projeto visa criar uma biblioteca-parque no local, fazendo com que a população não somente usufrua de uma área verde, mas de um espaço público de multiuso. A relação direta do espaço construído com os espaços externos do parque faz com que se formule uma múltipla diversidade de atrações culturais, artísticas e musicais, mas contribuindo também para um espaço de estudo e pesquisa, trazendo uma nova forma de aproveitamento da área em que está situado com o seu entorno. “O CONTATO TRANSMITE MAIS VIDA ÀS RUAS E CALÇADAS E ESTE CONTATO NÃO DEVE TER LIMITES FÍSCOS. AS PESSOAS QUE VIVEM EM DETERMINADAS RUAS E CALÇADAS NÃO DEVEM ESQUECER QUE FAZEM PARTE DE UM BAIRRO E CONSEQUENTEMENTE DE UMA CIDADE. AS RELAÇÕES DEVEM SER MUITO MAIORES E TER COMPROMISSO COM AS CAUSAS E REPRESENTAR BEM ÀQUELA COMUNIDADE, PARA QUANDO NECESSÁRIO DERRUBAR AS BARREIRAS INVISÍVEIS CRIADAS PELA PRÓPRIA SOCIEDADE. ” [2] Dessa forma conceber o projeto vai muito além é pensar na sua interação com o parque proposto, sendo um espaço catalisador de pessoas, movimento e acontecimentos, contribuindo para romper com as barreiras físicas e invisíveis entre o espaço público e privado e trazendo um respiro urbano à cidade. 2. GAVASSA, Natássia. Disponível em: < http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/12.137/4736 > março, 2019.


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A BIBLIOTECA


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Neste

capítulo

serão

abordadas algumas bibliotecas do século XXI mais relevantes como referências, para o projeto especialmente na busca da sua inovação em um mundo cada vez mais conectado à internet.


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2.1 A biblioteca no século XXI Com o crescimento tecnológico cada vez mais evidente e fazendo parte do cotidiano das pessoas, as bibliotecas do século XXI vão muito além de oferecer um local somente de empréstimos de livros, é um local imersivo e multifuncional que agrega diversos tipos de atividades culturais para toda a comunidade e para a cidade em geral se apropriar do espaço. “UM DOS TEMAS MAIS SIGNIFICATIVOS NO DIA A DIA DAS BIBLIOTECAS É A GESTÃO DO ESPAÇO. AS ALTERAÇÕES LIGADAS ÀS TECNOLOGIAS E À PROMOÇÃO DA CULTURA DE COLABORAÇÃO E APRENDIZAGEM COMPARTILHADA CONDUZEM PARA UMA VERDADEIRA TRANSFORMAÇÃO NESSA QUESTÃO[...]. ”[1] Jan Gehl em seu livro: “Cidades para pessoas” fala sobre como a cidade pode ser um local de encontro, diversão ou simplesmente lazer, e para que isso aconteça o local precisa ter uma integração de diversos fatores com a rua, calçada, parques e praças. As bibliotecas-parque acabam por oferecer essa qualidade de espaço, pois une espaço público paisagístico aliado à um bom projeto arquitetônico. Os projetos de bibliotecas-parque têm como objetivo trazer não somente requalificação urbana, mas vontade da comunidade de se apropriar desses espaços, transformando lugares em desuso em áreas com qualidade ambiental. “A VISÃO DE CIDADES VIVAS, SEGURAS, SUSTENTÁVEIS E SAUDÁVEIS TORNOU-SE UM DESEJO UNIVERSAL E URGENTE[...]. UM GRANDE REFORÇO DESSES OBJETIVOS É UMA INTERVENÇÃO POLÍTICA UNIFICADA POR TODA A CIDADE PARA GARANTIR QUE OS MORADORES SINTAM-SE CONVIDADOS A CAMINHAR E PEDALAR, TANTO QUANTO POSSÍVEL, EM CONEXÃO COM SUAS ATIVIDADES COTIDIANAS. ”[2]

1. MARCIAL, Viviana Fernández. Inovação em bibliotecas, in: Ribeiro, Anna C.M.L; Ferreira, Pedro C.B. Biblioteca do século XXI. Brasília: Ipea, 2017. 353 p. 2. GEHL, Jan. Cidade para pessoas. São Paulo: perspectiva, 2014, 2° ed. 276 p.


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Assim como Gehl fala que uma cidade se torna mais segura ao ter pessoas caminhando pelos espaços urbanos, transformar áreas que eram vazios urbanos em locais de convívio e interação entre pessoas, acaba por trazer investimento público em locais que antes eram subutilizados como nos casos das Bibliotecas-parque de Medellín na Colômbia. “OS PARQUES BIBLIOTECAS SÃO EQUIPAMENTOS DE CARÁTER EDUCATIVO, CULTURAL E SOCIAL DESENHADOS COMO ESPAÇOS PÚBLICOS E ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA PAISAGEM PARA QUALIFICAÇÃO DE UMA ZONA URBANA ESPECÍFICA. ”[3]

Biblioteca-Parque em Medellín - Colômbia 3. SILVA, A. B. Rede de espaços públicos: As intervenções dos parques-bibliotecas no espaço informal de Medellín. V!rus, São Carlos, n. 14, 2017. Disponível em: <http://www.nomads.usp.br/virus/virus14/?sec=4&item=13&lang=pt>. Acesso em: 29 mar. 2019.


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As Bibliotecas-Parque de Medellín são intervenções que englobam vários setores como: infraestrutura, serviços, equipamentos e espaços públicos. (Silva, 2017). Também servem de requalificação para criar novas centralidades na cidade de Medellín, os projetos vieram para apresentar as ações do poder público - Projetos Urbanos Integrais - em relação à violência e a precariedade da região. Nesse contexto a arquitetura vai muito além de ser um agente transformador, mas tem um caráter político, como ferramenta por parte do Estado. Outro exemplo a se mencionar são os concebidos no Rio de Janeiro, seguindo os preceitos dos Parque-Bibliotecas da Colômbia, de promover espaços de cidadania nas regiões mais vulneráveis.

Biblioteca-Parque Do Rio De Janeiro - Brasil.

As bibliotecas-parques do Rio de Janeiro surgiram vinculadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por meio de desenvolver novos projetos e reformular as também existentes com o novo conceito de parque, mas trazendo atividades culturais aonde estão inseridas como teatro, cinema dentre outros.


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“AS BIBLIOTECAS CONSTITUEM LUGARES DE MEMÓRIA, IDENTIDADE, CONHECIMENTO E DIÁ-

LOGO CULTURAL E CUMPREM NOS TERRITÓRIOS O PROPÓSITO DE MELHORAR A VIDA DAS PESSOAS E COMUNIDADES, FORTALECENDO OS VÍNCULOS ENTRE DIVERSIDADE E ALTERIDADE, E ASSIM AGINDO SOBRE O CAPITAL HUMANO, QUE É A BASE E A FINALIDADE DO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E COLETIVO.”[4]

As bibliotecas-parques proporcionaram benefícios de inúmeras formas, como forma enrique-

cedora de conhecimento, lazer e cultura para as regiões onde estão implantadas. Tem como principal ação a relação comunitária garantindo que todas as unidades sejam projetos culturais, acessíveis e inclusivos.

”AS BIBLIOTECAS PÚBLICAS PENSADAS COMO PODEROSOS EQUIPAMENTOS CONFIGURA-

DORES DE NOVOS MARCOS URBANOS COM CAPACIDADE DE ATRAÇÃO DE TODO TIPO DE FREQUENTADOR, TANTO DA CIDADE FORMAL QUANTO DA “INFORMAL”, CONSTITUINDO NOVOS ESPAÇOS DE CONVIVIALIDADE.” JORGE MÁRIO JAUREQUI.

IMAGEM

AO

LADO:

Fachada da Biblioteca Parque da Rocinha: um sonho da comunidade

4. Biblioteca Parque Estadual. Conceito Parque. Disponível em: <Http://Www.Bibliotecasparque.Rj.Gov.Br/Estadual/A-Biblioteca/Conceito-Parque/>. Acesso em: 17. Abr.2019.


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As bibliotecas contemporâneas têm o desafio de se reinventar promovendo constantes inovações e mudanças tanto no seu ambiente construído quanto no lugar que estão inseridas. “[...] AS BIBLIOTECAS CONTEMPORÂNEAS SE CONSTITUEM EM AMBIENTES HÍBRIDOS, COMPOSTOS POR DISTINTAS MÍDIAS, FORMATOS E SUPORTES, CUJOS CONTEÚDOS IMPRESSOS, ELETRÔNICOS E DIGITAIS, NECESSITAM DE AÇÕES ESPECÍFICAS. A PRESERVAÇÃO DE CONTEÚDOS RELEVANTES, PORTANTO, DEPENDE DE ATIVIDADES REALIZADAS NO PRESENTE, PARA QUE NO FUTURO O PÚBLICO USUÁRIO E A SOCIEDADE EM GERAL POSSAM DE FATO ACESSÁ-LOS.” [5] 5. VALENTIM, M.L.P. O PERFIL DAS BIBLIOTECAS CONTEMPORÂNEAS, IN: RIBEIRO, ANNA C.M.L; FERREIRA, PEDRO C.G. BIBLIOTECA DO SÉCULO XXI. BRASÍLIA: IPEA, 2017. 353 P. A partir dessa ideia surge o conceito de Midiateca com projetos que trazem algo inovador em relação às bibliotecas, com a inserção de mídias como: DVDs e vídeos, entre outros. Uma nova forma de abordar e reinventar as bibliotecas, algo mais fechado e sem interação com seu entorno e com as transformações das gerações.

Mediateca De Sendai - Japão


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Sempre deve se considerar que a Biblioteca e a Midiateca não se distinguem uma totalmente da outra, pois ambas têm a função de preservar e ampliar a informação e conhecimento. Por isso a biblioteca contemporânea se reinventa trazendo outros tipos de atividades além da pesquisa e leitura como forma de deixa-la mais próxima da sociedade com múltiplas atividades tanto no âmbito educacional como interativo.

Mapa conceitual das bibliotecas e mostrando sua interação com a sociedade.


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2.2 A inovação

O aumento da tecnologia e a facilidade que a mesma traz, sugeriu outras formas de usos e

busca por informações, não sendo necessariamente a ida à uma biblioteca para ter acesso a tal.

As bibliotecas buscam sua inovação em trazer criatividade para o seu espaço, aprimorando a

qualidade e atendimento dos seus serviços assim como contribui para se obter um local dinâmico e de maior convívio. As inovações consistem em trazer novas formas de usos como veremos a seguir: Na biblioteca municipal centenário em Poços de Caldas- Minas Gerais, o projeto Biblioarte LAB trouxe aos jovens o incentivo de se tornarem booktubers (influencers digitais de livros), com isso a biblioteca disponibiliza vários recursos audiovisuais a fim de incentivar os usuários a usufruírem e aliar a leitura com a tecnologia.

Alunos do projeto biblioarte lab na Biblioteca municipal centenária - poços de caldas / mg


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Em Turku - Finlândia no verão a biblioteca propõe diversas atividades ao ar livre, trazendo usos ao seus espaços externos. “Seu pátio de paralelepípedo é palco de diversos eventos durante todo o verão...”. ¹ Bem como, também leva uma biblioteca móvel para que onde esteja ocorrendo alguma atividade as pessoas se interessem pela leitura. Na Biblioteca Pública de Almere a inovação veio na mudança da organização dos espaços e do seu mobiliário, além de utilizar em seu interior o conceito das livrarias modernas, em que é separado como espaços comerciais de acordo com perfil de cada cliente, além de trazer uma nova disposição do mobiliário, de uma forma mais informal e leve.

Biblioteca de Nieuwe Almere

Aliar empreendedorismo à biblioteca contribui positivamente para que a sociedade se identifique como um desejo de melhoria e mudança, atraindo diversas idades e objetivos para a mesma, reformulando o que seria tradicional, como um espaço silencioso e somente de leitura para um local disseminador de cultura e usos. ¹PUUKKO, Outti. Inovação nas Bibliotecas Finlandesas. This is Finland. Ago. de 2012. Disponível em: <https://finland.fi/pt/vida-amp-sociedade/inovacao-nas-bibliotecas-finlandesas/>. Acesso em: 30.08.2019


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ESTUDOS DE CASO


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Com o intuito de analisar projetos que

sirvam de apoio para o trabalho em questão, esse capítulo vai buscar explorar projetos que de alguma forma possa ser levado em consideração tanto nas suas questões projetuais, quanto na programática.

A ideia é estudar trabalhos que possam

de alguma forma contribuir com a concepção do projeto, buscando permeabilidade do solo e formas de articulação no interior do projeto, assim como refletir e mostrar sobre projetos no mundo que se tornaram bem-sucedidos em antigas áreas degradadas industriais.

Dessa forma, os projetos estudados

seguem a seguir:


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3.1 Referências projetuais

Praça das Artes, São Paulo / SP

O projeto situado em miolo de quadra cria uma fluidez pelo térreo para 3 direções distintas a avenida São João, a rua Conselheiro Crispiniano e o Vale do Anhagabaú com espaço totalmente aberto, “como se fosse um polvo pronto a estender seus tentáculos e ocupar espaços”, diz o arquiteto Francisco Fanutti, além de ter cores icônicas e fortes criando uma linguagem visual única e forte no centro de São Paulo.


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Com essa ampla conexão pelo térreo o projeto cria uma permeabilidade livre com a circulação

aberta tornando-se única no contexto inserido servindo de espaço para múltiplas atividades.

“ESTE EDIFÍCIO POSSUI UM PÉ-DIREITO LIVRE, DE MODO A LIBERAR O PAVIMENTO TÉRREO

AOS PEDESTRES, QUE PODEM CRUZAR O QUARTEIRÃO DE LADO A LADO E EM TRÊS DIREÇÕES, A CÉU ABERTO OU PROTEGIDOS POR MARQUISES.” [2]

Planta térreo do edifício mostrando a permeabilidade do solo pelas diferentes direções.

2. GUERRA, Abílio. Praça Das Artes. <Http://Vitruvius.Com.Br/Revistas/Read/Projetos/13.151/4820>. Acesso Em 01.Abr.2019


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Concurso Anexo da Biblioteca Nacional - Vigliecca & Associados

Perspectiva do Projeto ganhadora do concurso

Localizado no Rio de Janeiro, este projeto foi o vencedor para o Anexo da biblioteca nacional

promovido pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN), de acordo com o escritório:

“NOSSO OBJETIVO É CRIAR UM POLO DE REGENERAÇÃO URBANA QUE INTEGRE ESTE EQUI-

PAMENTO JUNTO A UMA CLARA INFRAESTRUTURA DE MOBILIDADE [...].” [3].

A referência surgiu a partir da sua relação com o térreo em que se cria áreas mais livres para

o público e da sua divisão de layout como se fossem dois blocos que se unem a partir de um único articulador, e da sua relação com a paisagem, em que quase todas as fachadas criam-se vistas para o exterior. 3. BARATTO, Romullo. Primeiro lugar no concurso anexo da biblioteca nacional / Vigiecca & Associados. <https://www.archdaily.com.br/ br/757691/primeiro-lugar-no-concurso-anexo-da-biblioteca-nacional-vigliecca-and-associados> acesso em: 03.mai.2019.


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Fachada do projeto mostrando a sua relação com o exterior

Auditório Oscar Niemeyer - Oscar Niemeyer Situado em São Paulo no parque do Ibirapuera a referência desse projeto surgiu a partir de criar um auditório que fosse aberto ao parque, com a liberdade de poder ter apresentações livres e com perspectiva para um grande público.

Auditório Ibirapuera, SÃO PAULO / SP


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Passarela na Copa das Árvores de Kew & Rhizotron - Marks Barfield Architects Este projeto situado em Richmond no Reino Unido, cria uma experiência sensorial por caminhar entre as copas das arvores e ter vista da cidade sobre ela, a uma altura mais significativa, sua estrutura foi inspiorada na seqüência de Fibonacci.

Passarela na Copa das Árvores de Kew & Rhizotron, LONDRES / INGLATERRA


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3.2 Referências programáticas Biblioteca de Dokk1 - Schmidt/Hammer/Lassen

Área externa da biblioteca e a relação com o rio.

Vencedora em 2016, pela Federação Internacional de Associações e Instituições de Bibliotecas (IFLA), como a biblioteca do ano, este projeto situado na Dinamarca foi a referência programática tanto pelo seu contexto por situar-se em uma área industrial, como pelo seu conceito de biblioteca como um local de múltiplas atividades. Esse projeto conta com além dos espaços de leitura da biblioteca, com áreas para exposições, infantis e oficinas makers, com a ideia do faça você mesmo.


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A implantação da Dokk1 “faz parte do plano ambicioso do distrito para revitalizar as antigas docas de carga industrial na frente do porto, conectando a área tanto visualmente quanto fisicamente ao centro histórico da cidade.”[1](tradução autoria própria).

Biblioteca São Paulo - Aflalo e Gasperini

Biblioteca São Paulo, São Paulo / SP

Este projeto situado no parque da juventude foi uma obra de revitalização de uma área que tinha outra memória como o complexo presidiário do Carandiru, foi uma obra que visou trazer melhoria não somente para o bairro em que se situa, mas com a cidade. 1. SHL. D0kk1. Disponível em: <https://www.shl.dk/dokk1/> Acesso em: 08.ABR.2019


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O projeto conta com espaços divididos e situa-

dos por cores distintas de leitura para crianças, adultos e adolescentes, seu primeiro pavimento e/ou mezanino conta com espaços de acessibilidades e o acervo adulto (Imagem A), a área conta com vários espaços de leitura com pufes, sofás e mesinhas (Imagem B) para ser um espaço de acolhimento e leitura no ambiente não somente como um local de pesquisa, e terraços em ambas as extremidades da sua lâmina para a área externa do parque. E um pequeno auditório situado em seu A

Imagem A: acervo de livros para portadores de deficiência física.

térreo, que realiza atividades socioculturais de aprendizagem, como no dia da minha visita em que acontecia um workshop voltado às pessoas da terceira idade em como interagir com as tecnologias atuais como smartphone, notebook e tablet (Imagem C).

A

B

Imagem B: livros infantis e mesas para pesquisa.

C

Imagem C: pequeno auditório, onde se realiza atividades socioculturais de aprendizagem.


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Parque da Juventude - Rosa Grena Kliass

Parque da Juventude, São Paulo / Sp.

O parque situado no bairro Carandiru onde se encontra também a Biblioteca São Paulo que

após as demolições do antigo Complexo Carandiru o governo abriu um concurso de reformulação para a área, o escritório vencedor chamou a arquiteta paisagista Rosa Grena Klias para o projeto do parque.

O parque foi setorizado conforme seus usos com a parte de recreação/esportivo (Imagem A),

central e institucional, ao leste do parque se encontra a área esportiva com quadras, pista de skate e sanitários, a área institucional encontrada a sudoeste de fácil acesso ao Metrô fica a Etec de Artes, a biblioteca (imagem B) e uma grande esplanada como praça de ligação entre os dois edifícios, e área de aparelhos de ginástica que se encontram perto da entrada para a Av. Cruzeiro do Sul.


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O projeto conta com áreas arborizadas densas onde foi deixada algumas ruínas do que seria o Carandiru III por onde se pode caminhar entre decks (Imagem C) e estruturas observando como a natureza tomou o espaço, fazendo de um passado obscuro à um lugar totalmente perceptivo e sombreado, onde pode se encontrar pessoas fazendo caminhada percebendo o espaço e fazendo um misto de reflexão e como a natureza é sublime em sua beleza.

A

Quadra Parque da Juventude, SÃO PAULO / SP.

Decks e estruturas no Parque da Juventude do antigo Carandiru III

B

Vista da biblioteca no Parque da Juventude.


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Parque Villa-Lobos - Décio Tozzi

Portão de acesso ao Parque Villa-Lobos em São Paulo / SP

O projeto localizado no bairro de Pinheiros em São Paulo, é um exemplo de uma antiga área

que até meados da década de 90 era uma área contaminada por ser um depósito de resíduos, após o processo de descontaminação a área foi revitalizada criando assim o parque.

O parque foi projetado para ter áreas com uma biodiversidade de vegetação variada tanto

com áreas de árvores mais fechadas para uma trilha, quanto com lugares de menor densidade para se aproveitar um dia ensolarado no gramado. Os caminhos são largas faixas para corredores e pedestres poderem usufruir e organizar o fluxo do espaço (Imagem A), além de contar com áreas setorizadas por atividades de recreação, a área de esportes possui aparelhos para ginástica (Imagem B), pista de cooper, trilhas, quadras e campos de futebol, a área de lazer conta com playground, sanitários e lanchonete, a área cultural conta com anfiteatro (imagem C) e a biblioteca.


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A

Imagem A: Vista aĂŠrea de parte do parque Villa-Lobos.

B

C

Imagem B: Aparelhos de ginastica, parque Villa-Lobos.

Imagem C: Anfiteatro ao ar livre, parque Villa-Lobos.


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Biblioteca Parque Villa-Lobos - Décio Tozzi

Biblioteca Parque Vila-Lobos

Da mesma autoria do parque Villa-Lobos, a biblioteca faz parte de um conjunto de espaços de

atividades culturais que se desenvolvem ao longo do parque.

O projeto conta com acervo adulto, infantil e adolescente (imagem A), para ser um espaço

multidisciplinar o térreo conta uma praça circular aberta sendo um local de leitura com pufes e almofadas em seu interior (imagem B), além de contar com área infantil com brinquedoteca, auditório e um café (Imagem C). Já em seu primeiro pavimento o projeto possui salas de cursos livres, e ambientes de leitura, já no segundo e último andar encontra-se a área administrativa, e salas +18 (literatura adulta), área expositiva e espaço de leitura para a terceira idade.


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Imagem a esquerda: parte do acervo de livros com cadeiras para leitura localizado no primeiro pavimento.

Imagem a direita: ilha com pufes e almofadas localizada no tĂŠrreo da biblioteca.

Imagem a esquerda: cafĂŠ e restaurante da biblioteca.


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3.3 Reestruturação Urbana de áreas industriais Neste capítulo abordaremos alguns exemplos de projetos que transformaram áreas predominantemente industrias que se tornaram ociosas com o tempo, ou pelo seu desuso, ou simplesmente pelo fato não haver nenhum tipo de atividade que atraía as pessoas a usar esses espaços. Apesar do trabalho não se tratar de um Grande Projeto Urbano (GPU), se comparado aos exemplos a seguir é somente uma pequena área de intervenção, porém a ideia é mostrar que esses lugares podem se tornar potencialmente construtivos e atraentes, quando há intervenções arquitetônicas que contribuam com uma melhoria tanto no bairro quanto na escala da cidade.

Paris Rive-Gauche - 1991

Paris Rive-Gauche atualmente, França.


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Paris Rive-Gauche em 1970, França.

Paris Rive-Gauche em 1995, França.

Este projeto faz parte da operação urbana francesa ZAC (zoné d’aménagement concerté) que requalificou uma área industrial que era cortada por uma ferrovia, em um lugar de intenso movimento com vários projetos de diferentes tipologias: residencial, institucional, corporativo e comercial. O bairro planejado para ser sustentável conta com ciclovias internas além de drenagem para captação de água da chuva, o projeto transformou uma área totalmente abandonada em um local integrado ao restante da cidade com usos diversificados, a Biblioteca Nacional da França projeto de Dominique Perrault foi a primeira intervenção arquitetônica na área e um exemplo de equipamento cultural como agente disseminador de transformação urbana.


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Parc André-Citroen - Alain Provost - 1992

Vista aérea do jardim

Resultado de um concurso em

que o júri decidiu que seria um trabalho coletivo entre os principais participantes, o projeto foi concebido em um terreno que foi utilizado pela Citroen e abandonado em 1970, sendo uma área muito privilegiada por se situar perto do Rio Sena. Pavilhões de estufa


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A área fica entre as zonas urbana e rural de Paris, deslocada do centro da cidade, o parque usa

de formas geométricas que se mistura com a natureza, tornando-se um local de interação entre as pessoas, pois as formas contam com jardins e caminhos elevados se estruturando mais por formas construídas do que com a vegetação, em que se pode vivenciar o espaço ao caminhar por esses lugares. E devido à proximidade com o rio Sena, o projeto conta com pequenas e grandes fontes, assim como espelhos d’água ao longo do mesmo, trazendo pessoas de diversas idades para usufruir do espaço.

Piscina pública do parque

Escadas de acesso as estufas

Acesso ao jardim

Caminho entre as arvores


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ANÁLISE DO LUGAR


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Este capítulo irá abordar sobre o

lugar desde a sua história até os dias atuais mostrando o seu entorno e discutindo a partir de alguns autores a importância de trazer o referido projeto para o bairro e os pontos mais relevantes e significativos da região.


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4.1 Contextualização do Bairro


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4.2 Escolha do lugar e Análise do entorno A escolha do lugar surgiu a partir de entender áreas vazias com grande potencial de requalificação para se tornar um local propício ao lazer. De acordo com entrevistas de jornais Veja e Estadão os moradores do bairro anseiam por um parque na região para melhoria da qualidade de vida tanto social quanto ambiental, já que o local é um resquício da era da industrialização e por seu abandono tornou-se um grande vazio urbano ocioso. Em meio a residências e algumas indústrias a região acaba por tornar-se um local quente e sem vida, e a ideia do projeto é justamente dinamizar essa área trazendo convívio, aprendizado, lazer e cultura. “A INDÚSTRIA DEIXA APENAS SEU LEGADO DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E BAIXA QUALIDADE DA OCUPAÇÃO ESPACIAL URBANA.” [1]

Industrias localizadas próximo ao terreno na rua Dianópolis, Mooca / SP. 1. SOMEKH, Nadia; Neto, C.M.C. Desenvolvimento Local E Projetos Urbanos (1). Vitruvius, 2005. Disponível em: <Http://Www.Vitruvius. Com.Br/Revistas/Read/Arquitextos/05.059/470> Acesso Em: 20. Mar. 2019.


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O texto de Nadia Somekh e Candido Malta exemplifica algumas obras situadas em antigas

áreas industriais ou portuárias e mostra os pontos negativos e positivos dessas ações quando ocorre intervenções nessas áreas tanto em uma escala urbana com renovação geral com diretrizes para a região, quanto na requalificação de pequenas áreas com intervenções arquitetônicas de grandes nomes da arquitetura como por exemplo o Centro Georges Pompidou de Renzo Piano e Richard Rogers.

Esses vazios urbanos antes ocupados por indústrias também podemos chamar de “friche in-

dustrielle”, segundo Adalton da Motta Mendonça. “A CONSTITUIÇÃO DE FRICHES INDUSTRIAIS EM REGIÕES ANTES INDUSTRIALIZADAS INDUZ A UMA GRANDE VARIEDADE, TANTO SOBRE PLANO DAS CARACTERÍSTICAS ESPACIAIS DOS TERRENOS ABANDONADOS QUANTO SOBRE SEU POTENCIAL DE REVITALIZAÇÃO.” [2]

Vista aérea do local - 1

Vista aérea do local - 2

2. MENDONÇA, Adalton da Motta. Vazios e ruinas industrias. Vitruvius, 2001. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.014/869> acesso em: 20.abr.2019.


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Assim com o arquiteto Dominique Perrault também fala sobre os vazios em uma entrevista ao site AU, em dezembro de 2011, diz que: “SE VOCÊ CONSIDERAR A MALHA URBANA DE CARÁTER HISTÓRICO, EXISTE UMA POSIÇÃO ESTÁVEL E CLARA SOBRE A ARQUITETURA NA CIDADE. E ENTRE UMA FACHADA E OUTRA EXISTE UM VAZIO COM UM STATUS BASTANTE CLARO DE QUAL É SEU PAPEL - UM ESPAÇO PÚBLICO, POR EXEMPLO. HÁ ALGUNS VAZIOS NA METRÓPOLE QUE ALGUÉM CATEGORIZOU COMO ALGO INTERESSANTE QUE DEVERÍAMOS PROTEGER. OU TALVEZ TER ESPECIAL ATENÇÃO, POR TER UM PAPEL NO DESENVOLVIMENTO URBANO DA CIDADE.” (PERRAULT, 2011).


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LEGENDA DA IMAGEM: ANTIGO TERRENO DA ESSO, MOOCA / SP


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4.3 Análise Morfológica

Neste capítulo irá abordar sobre as principais relevâncias do projeto em relação ao seu entorno em um raio de 2km à partir do terreno viabilizando mais acima por ser de maior expressão ao lugar. Foram estudadas as principais vias de acesso ao lugar, a deficiência de áreas verdes no raio de estudo, escolas e a pouca quantidade de projetos culturais na região. Apesar de estar dentro da cidade de São Paulo podemos analisar a falta de projetos em relação a cultura, parques e praças na região.


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4.3.1. Principais vias


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4.3.2 Ă reas Verdes


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4.3.3. Escolas


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4.3.4. Lazer


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Legislação Urbana


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O projeto possui área total de 98.000 m², situado no bairro da Mooca na cidade de São Paulo,

e inserido na Macroárea de Estruturação Metropolitana e pela lei de zoneamento a cumprir, situa-se em área de Zona Mista (ZM) e Zona Especial de Proteção Ambiental (Zepam), ver imagem abaixo, que tem como objetivo promover usos residenciais e não residenciais, com intuito de viabilizar a diversidade de usos e pela preservação e proteção do patrimônio ambiental com intuito de preservar parques urbanos existentes e planejados assim como parques naturais planejados.

Imagem do Geosampa mostrando as leis de zoneamento vigentes do setor.


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De acordo com a Legislação Vigente o terreno possui: ZM: CA mínimo: 0,3 = 5.343,18 CA máximo: 2 = 35.621,16 TO máximo: 0,7 T.P mínima: 0,25 Zepam: CA mínimo: N.A CA máximo: 0,1 TO máximo: 0,2 T.P mínima: 0,90 Devido a indústria ter usado o local por longo prazo, a área ficou contaminada, mas hoje encontra-se em processo de monitoramento para reabilitação, com nenhum tipo de restrição quanto ao seu solo e água subterrânea, se tornando um local propício a inserção de parque na região.


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Dados coletados da Cetesb e Prefeitura:


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LEVANTAMENTO FOTOGRAFICO


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1

2

Imagem 1 - Esquina da R. Dianรณpolis com a R. Francisco Cipullo Imagem 2 e 3 - R. Francisco Cipullo

3


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4

6 Imagem 4 - movimento M-10 Imagem 5 - ponto de Ă´nibus na R. BarĂŁo

5

de Monte Santo Imagem 6 - cruzamento


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7

8 Imagem 7 - R. Bar찾o de Monte Santo Imagem 8 - Cruzamento entre a R. Bar찾o de Monte Santo, R. Silica e a R. Dian처polis Imagem 9 - Rua Dan처polis

9


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10

11 12 Imagem 10 - GalpĂŁo empresa Potenza Imagem 11 e 12 - Vista do terreno a partir da R. DianĂłpolis


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PROJETO


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7.1 Memorial O partido surgiu através do olhar e encontro das ruas adjacentes com o terreno, através da implantação da biblioteca surgiram os caminhos do parque criando uma continuidade das linhas não-ortogonais do projeto, afim de criar um ambiente convidativo para a população em que toda a entrada acaba se voltando para o projeto da biblioteca (conforme diagrama de fluxo logo abaixo).

Legenda:

Fluxo Passarela

Fluxo Principal


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A partir das referências programáticas e de acordo com seu contexto urbano local o projeto busca a requalificação do espaço propondo o parque e a biblioteca, o local que hoje é um grande vazio urbano propõe um novo espaço afim de resgatar o convívio e dinamismo, sendo uma área catalisadora de atividades e criando uma nova paisagem para o bairro, um parque sem grades, que seja livre e traga a transformação para o local que hoje encontra-se obsoleta. O projeto está organizado em 3 setores: 1 - Recreação que conta com quadras, pista de skate, playground e aparelhos de ginástica.

Playground

Quadras e acesso a pista de skate


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2 - Convívio que conta com lanchonetes, deck para área de alimentação e outro deck que está ligado a área do espelho d’água com bancos para uma área de descanso.

Área da lanchonete com Deck

Deck com espelho d´água.

3 - Educação onde se encontra a biblioteca, em que cada pavimento possui uma área de atividade diversificada. O projeto da biblioteca situado ao sul do terreno, está dividido em 3 pavimentos onde cada pavimento conta com um tipo de interação com o público, seu térreo conta atividades de acesso mais público, como restaurante, café, área de exposição e o auditório em que seu fundo, onde se encontra o palco, se abre para o parque trazendo uma continuidade do exterior para seu interior, assim um pequeno local de espetáculo torna-se algo grandioso para um público muito maior.


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O segundo pavimento conta com atividades semiprivadas com coworking, administração, salas

de cursos livres e espaço maker onde cada pessoa pode produzir seu produto. E o terceiro pavimento com a biblioteca, sendo a área mais privativa do projeto, onde seu acesso se encontra somente em um lado para controlar a entrada e saída tanto de pessoas quanto de livros. Nas fachadas voltadas ao norte foram fixados grandes painéis metálicos e colocadas as áreas de estudo possibilitando uma permeabilidade visual ao parque, e para preservar as estantes da orientação solar, seu pavimento está setorizado por cada tipo de acervo: infantil, geral e de mídia. Para dimensionar o seu acervo foram feitos estudos da quantidade de livros, sabe-se que a cada 1 metro/largura de prateleira são acomodados 45 livros com espaço entre prateleiras de 40 cm. Então para a área infantil foram estudadas 1,20m de altura com 3 prateleiras cada estante, para facilitar o acesso, então o acervo tem 4 estantes com 4 divisórias, totalizando 4.320 livros e 3 estantes com 3 divisórias duplas totalizando 2.430 livros, o total do acervo= 6.750 livros.

No acervo geral seguindo a mesma lógica de 45 livros por 1 metro, na parte I foi estudada

2,00m de altura/cada estante com 8 estantes, 4 divisórias duplas e 5 prateleiras totalizando 14.400 livros. Na parte II que se encontra de frente para a rampa foi estudada 1,60 de altura/cada estante com 6 estantes, 4 divisórias duplas e 4 prateleiras totalizando 8.640 livros. Na parte III ao sul do projeto são 6 estantes por 1,60 de altura/cada estante com 3 divisórias duplas e 4 prateleiras totalizando 6.480 livros e 1 estante com 4 divisórias duplas e 4 prateleiras sendo 1.440 livros, assim o total do acervo geral= 30.960 livros.


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A circulação para cada bloco que está a meio nível de diferença se acessa por rampa e através

da transparência do vidro é possível criar uma fruição visual do interno para o externo, como se os caminhos do parque estivessem dentro do prédio da biblioteca, assim como todas as fachadas que estão livres no terreno possibilitando vários tipos de vistas do seu interior.

O parque busca resgatar áreas de lazer e convivência para a comunidade ao seu redor assim

houve um alargamento da calçada para trazer mais conforto ao pedestre. E sua articulação tem a possibilidade de acontecer em dois caminhos tanto no térreo ligado diretamente ao parque, quanto pela passarela que ora conta com áreas de descanso e passa pelo meio das árvores, ora funciona de mirante e faz ligação com a Rua Barão de Monte Santo e a Rua Francisco Cipullo, sendo uma alternativa de ligação entre elas como também de acesso a administração e à biblioteca. Assim o seu programa gerou os 3 setores para melhor atender a comunidade inserida ao seu redor.

Vista da passarela


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Diagrama de setorização Programa-parque: Pista de skate I 3 quadras poliesportivas I Playground Aparelhos para ginástica I Sanitários: 50 m² I Lanchonete: 50 m² Administração: 190 m² I Praça cívica/área de eventos I Bicicletário


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7.2 Primeiras investigações Na banca intermediária o projeto contava com 4 pavimentos que quando chegava no pavimento da biblioteca eram ligados por um bloco único que servia como um terraço, no seu térreo havia uma fruição visual livre, entre a Rua, o parque e a biblioteca.

Diagrama mostrando os pavimentos e o terraço.

Render da vista a partir do parque

Render com vista à partir da Rua Francisco Cipullo


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No projeto do parque havia caminhos que ligavam as ruas adjacentes com a Rua Dianópolis onde se encontra a área dos galpões, que proporcionavam um caminho direto, pouco convidativo ao usuário.

Planta de Implantação sem escala

Render com vista para o parque.

De acordo com as considerações, a implantação do projeto da biblioteca continua no mesmo lugar e mantém a entrada dos caminhos a partir das ruas adjacentes, mas com caminhos que são intrínsecas ao local, cria um eixo de árvores voltadas a área dos galpões e uma setorização para o parque.


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7.3 Vegetação e Materialidade. As Paginas a seguir tem como objetivo informar os tipos de vegetações e materialidade, escolhidas para serem usadas no projeto apresentado, como melhor opção de bem estar e estetica para o ambiente e as pessoas que ultilizarão o espaço.

Grama São Carlos Plus

Ipê Branco Altura: 8 a 16 metros

Ipê Roxo Altura: 8 a 12 metros

Jenipapo Altura: 8 a 14 metros

Grama Esmeralda

Acácia Chuva de Ouro Altura: 5 a 10 metros

Jacarandá-Cabiúna Altura: 8 a 20 metros

Sibipuruna Altura: 8 a 25 metros


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Sombreiro Altura: 5 a 15 metros

Sapucaia Altura: 5 a 15 metros

Flamboyant Mirim Altura: 3 a 5 metros

1. Piso Drenante comum à base de cimento

2. Piso Granilite Fulget Vermelho

3. Deck de madeira tradicional

4. Cimento queimado

5. Caixilhos de alumínio preto

6. Chapa Metálica perfurada formato irregular

7. Guarda-corpo metálico tubular

8. Elevadores externos Ref. Elevador público AUMM Architects

Pau Ferro Altura: 20 a 30 metros

Materialidade:


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7.4 Programa

2° PAVIMENTO

1° PAVIMENTO

TÉRREO


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2° PAVIMENTO: 25 - Acervo infanto-juvenil para 6.750 livros: 150 m² 26 - guarda-volumes: 20 m² 27 - Recepção: 28 m² 28 - Espaço de leitura de periódicos: 20 m² 29 - Sala de jogos: 40 m² 30 - Área para acessibilidade: 40 m² 31 - Área multimídia para 16 computadores: 170 m² 33 - Acervo Geral para 30.760 livros: 350 m2 34 - Espaço para leitura: 178 m² Total= 998 m²

TÉRREO 1 - café: 110 m² 1.A - Deck Café: 50 m² 2- sanit: 69 m2 3 - Espaço para exposições: 130 m² 4 - Hall de entrada/ Foyer: 305 m² 5 - camarim: 25 m² 6 - Auditório para 180 pessoas: 355 m² 7 - projeções: 18 m² 8 - tradução: 8 m² 9/10 Cozinha e despensa - 50 m² 11 - Restaurante: 170 m2 11.A - Deck Restaurante: 28 m² Total= 1318 m²

1° PAVIMENTO: 12 - Deposito: 52 m² 13 - Almoxarifado: 22 m² 14 - Oficinas makers: 64 m² 15 - Circulação/Convivio: 135 m ² 16 - salas de cursos livres: 120 m² 17 - Área administrativa: 88 m² 18 - Sala do diretor: 20 m² 19 - Sala de reunião: 34 m² 20 - Almoxarifado: 13 m² 21 - Área para funcionários: 33 m² 22 - Copa funcionários: 5 m² 23 - Coworking: 170 m2 Total: 700 m²

Área total: 3016 m²


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7.5 Projeto

Implantação - sem escala


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CORTES PERSPECTIVADOS


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Vista do parque que pode ser observada a partir da Rua BarĂŁo de Monte Santo


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Entrada a partir do parque


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Fachada a partir da esquina R. Barão de Monte Santo com a R. Francisco Cipullo

Vista da passarela com entrada pela Rua Francisco Cipullo

Vista de cima da passarela com acesso a administração


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Vista externa


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Vista para o auditรณrio aberto

Fachada a partir da R. Dianรณpolis


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Vista interna na rampa do 2° pavimento

Sob a passarela Vista aĂŠrea


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Referências Bibliográficas: GEHL, Jan. Cidade para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2014, 2° ed. 276 p. SAKATA, Francine Gramacho. Paisagismo urbano: requalificação e criação de imagens. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2011. 272 p. CULLEN, Gordon. Paisagem urbana. São Paulo, SP: Edições 70, 1983 - 2010. 202 p. (Arquitectura e urbanismo ; 1). ISBN 9724414019. KLIASS, Rosa Grena. Parques urbanos de São Paulo e sua evolução na cidade. São Paulo: PINI, 1993. MACEDO, Silvio Soares; SAKATA, Francine Gramacho. Parques urbanos no Brasil= Brazilian urban parks. 2. ed. São Paulo, SP: EDUSP: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2003. 207 p VALENTIM, M.L.P. O perfil das bibliotecas contemporâneas, In: RIBEIRO, Anna C.M.L; FERREIRA, Pedro C.G. Biblioteca do século XXI. Brasília: Ipea, 2017. 353 p. MARCIAL, Viviana Fernández. Inovação em bibliotecas, In: RIBEIRO, Anna C.M.L; FERREIRA, Pedro C.G. Biblioteca do século XXI. Brasília: Ipea, 2017. 353 p. CAPILLÉ, Cauê. Arquitetura como dispositivo político. Revista Prumo, [S.l.], v. 2, n. 3, july 2017. ISSN 2446-7340. Disponível em: <http://periodicos.puc-rio.br/index.php/revistaprumo/article/view/325>. Acesso em: 29.Mar.2019. SILVA, A. B. Rede de espaços públicos: as intervenções dos Parques-Bibliotecas no espaço informal de Medellín. V!RUS, São Carlos, n. 14, 2017. Disponível em: <http://www.nomads.usp.br/virus/virus14/?sec=4&item=13&lang=pt>. Acesso em: 29 Mar. 2019. Biblioteca Parque Estadual. Conceito Parque. Disponível em: <http://www.bibliotecasparque.rj.gov.br/estadual/a-biblioteca/ conceito-parque/>. Acesso em: 17.Abr.2019. FARIA, Renato. Conheça a operação urbana Paris Rive Gauche, que transformou um distrito industrial dividido por uma ferrovia em um novo bairro integrado e sustentável. 2013. Disponível em: <http://infraestruturaurbana17.pini.com. br/solucoes-tecnicas/34/conheca-a-operacao-urbana-paris-rive-gauche-que-transformou-um-302589-1.aspx>. Acesso em 10.Abr.2019


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BOECHAT, João Pedro. Parc André Citroen. 2015. Disponível em:< https://uffpaisagismo.wordpress.com/2015/10/17/parc-andre-citroen/>. Acesso em 14.Abr.2019. SERPA, Angelo. (2004). Paisagem em movimento: o parque André-Citroën em Paris. Paisagem E Ambiente, (19), 136-161. HAUS. Construída em antigo lixão, biblioteca brasileira concorre a prêmio de melhor do mundo. 2018. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/898207/construida-em-antigo-lixao-biblioteca-brasileira-concorre-a-premio-de-melhor-do-mundo> Acesso em: 16.Abr.2019. MOURA, Éride. Univers Design: Biblioteca Villa-Lobos, São Paulo. Disponível em: <https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/univers-design-biblioteca-villa-lobos-sao-paulo>. Acesso em 14.Abr.2019 PEREIRA, Matheus. Parque da juventude como ressignificador espacial. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com. br/br/880975/parque-da-juventude-paisagismo-como-ressignificador-espacial>. Acesso em 16.Abr.2019 SAMBIASI, Soledad. Biblioteca São Paulo/aflalo/gasperini arquitetos. 2012. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/ br/01-38052/biblioteca-sao-paulo-aflalo-e-gasperini-arquitetos>. Acesso em 16.Abr.2019 Dados das Áreas Verdes Região Mooca. Rede Social de cidades. Disponível em: <https://www.redesocialdecidades.org.br/br/ SP/sao-paulo/regiao/mooca/areas-verdes>. Acesso em: 16.Abr.2019. Biblioteca Parque Estadual. Relações Comunitárias. Disponível em: <http://www.bibliotecasparque.rj.gov.br/estadual/a-biblioteca/rela%C3%A7%C3%B5es-comunit%C3%A1rias/ >. Acesso em 17.Abr.2019 MARINHO, R.R; PEREIRA, L.J.S; PEREIRA, L.J.S. Mediateca: uma nova terminologia ou um conceito ampliado de biblioteca?. XXV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, documentação e ciência da informação. Florianópolis, v.25, julh.2013 SOMEKH, Nadia; NETO, C.M.C. Desenvolvimento local e projetos urbanos (1). Vitruvius, 2005. Disponível em: <http://www. vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.059/470> acesso em: 20. Mar. 2019. MENDONÇA, Adalton da Motta. Vazios e ruinas industrias. Vitruvius, 2001. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/ revistas/read/arquitextos/02.014/869> acesso em: 20.Abr.2019.


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PERRAULT, Dominique. Arquiteto francês Dominique Perrault fala sobre planejamento urbano e edifícios simbólicos. [Entrevista concedida a] Laura Sobral. Disponível em: <http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/213/metropoles-paisagens-e-transformacoes-arquiteto-frances-esteve-em-sao-243059-1.aspx>.

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FOTOS DA MAQUETE, PROJETO FINAL.


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