AUTOR: PRISCILA SILVA CONTATO : PRISILVAHEAVEN @GMAIL.COM GRUPO NO FACEBOOK: WWW.FACEBOOK.COM/GROUPS/298814063591439/?HC_LOCACION=STREAM
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MATT CAPITULO 1 – A VIDA SEM VIDA. A dor de viver sem Alie dilacera a cada dia mais o meu coração. Achei que com o passar do tempo, as coisas poderiam melhorar e a dor diminuiria, mas não, a dor fica ainda pior. Não sei se o fato de não ter noticias dela piora ou melhora a minha situação. Bloqueei meu telefone para suas chamadas de Milla e de Teph, de todos que conviviam conosco. Mas recebi as mensagens. Algumas me faziam tremer de chorar e outras me faziam sentir como o cachorro que eu me tornei. Alie: Matt onde você esta? Estou preocupada com você fala comigo. Alie: Matt o que ta acontecendo? Preciso falar com você. Alie: Matt você me deve uma explicação! Me liga agora! Alie: Matt não faz isso comigo, por favor! Preciso ouvir sua voz! Essas foram apenas algumas que eu recebi. Elas me faziam chorar em desespero. Não poder ficar com ela era uma coisa, agora não poder se quer dar uma explicação? Eu me sinto um monstro por isso. Sei que ela me ama tanto quanto eu a amo. E saber que ela sofre por minha culpa me faz sofrer ainda mais. Milla e Teph, me faziam sentir como o grande filho da puta que eu sou. Milla: Seu cachorro desgraçado. Alie chora todo dia por sua culpa. Vou te caçar pelo mundo e te matar! Milla: Seu filho de uma cadela, ela precisa de uma explicação! Seja homem ao menos esta vez. Teph: Poxa Matt, achei que você fosse um cara legal. Ta sendo muito difícil ajudar Alie. Eu e Milla dormimos com ela esses dias. Pena que você não é nosso vizinho para ouvir os gritos dos pesadelos na madrugada graças a vc! _|_ É eu mereço tudo isso. Mas a vida do meu filho esta em jogo. Ainda brilha uma faísca de esperança dentro de mim, mas acordo a cada dia para apaga-la. Hoje é o dia de voltar pra perto de tudo, parar de se esconder não é a melhor ideia, mas é o que tenho que fazer. Casarei-me com Josephine, mas farei com que se arrependa a cada dia de sua vida, nunca haverá uma esposa mais infeliz que ela na historia da humanidade. Hoje volto pra minha triste vida sem ela, vou ter que enfrentar as coisas finalmente. Explicar a meu pai e a minha família Eu sei que eu poderia tê-la ligado ao invés de mandar uma carta, mas que credibilidade eu teria se chorasse como um bebê quando dissesse adeus, ela claro não iria acreditar em mim, e eu teria que dizer tudo pra ela. E colocaria a vida do meu filho em risco. E não só por isso, eu não posso impedila de viver e tentar ser feliz com outro homem. E é com isso que tenho pesadelos todos os dias. Pensando em alguém a tocando, beijando e... Deus dai-me forças. Amanhã volto pra realidade, vou ter que enfrentar todos e contar minha família sobre o casamento e espero que todos acreditem na mentira.
Faço as malas com as poucas mudas de roupas que trouxe. Vim para minha casa em xxxxx , tentar esquecer da vida e pensar nos dias que virão. Meu telefone toca e nem me apresso pra atender, a musica xxxx soa alto no quarto. Esse toque é dela. - O que você quer? - Isso é jeito de falar com sua noiva? - Vadia fala com desdém. - Sim é desse jeito que falarei com você. O que você quer? - Temos que falar sobre como vamos contar a papai e a sua família. - Não tem o que conversar sobre isso vamos falar e pronto. - Quando você volta de viagem? - Amanhã. - Ok, vamos conversar e não esqueça que quem dita as regras sou eu. - Está bem então, tenho que levar o contrato pra você assinar. - Que contrato? - De casamento e nascimento da criança! - Não precisa de contrato! - Claro que precisa, sou um homem de negócios não faço nada sem que haja um contrato! - Pelo menos nada que envolva você! - Falaremos amanhã então! Vou pra sua casa que horas? - Você não vai a minha casa! – Não quero você lá. – Te ligo pra informar o lugar. - Ok, bei..- Desligo antes da saudação final. - Vadia! – Jogo meu celular em cima da cama e ele cai no chão fazendo barulho. Me dá embrulho no estomago só em pensar em encontrar essa mulher. Amanhã mesmo procuro uma casa nova pra comprar! Na minha casa só quero lembranças de Alie e preciso de um lugar pra me ver longe de tudo. Depois de três dias acordado direto consigo dormir as 4:00 am, não tomo whisky pra dormir, quero sentir a dor. Quero sentir a falta dela. Quero que ela sobreviva para sempre dentro de mim. As 6:30 estou de pé. E vou para o aeroporto pegar o voo para Miami. Encarar a realidade. Vou direto para o escritório. Finjo não perceber o jeito que as pessoas me olham, talvez seja pela minha barba crescida ou pelos meus cinco quilos a menos, ou pela minha camisa amassada. Não sei. A Heaven fica num prédio no centro da cidade, podemos ver a cidade quase toda daqui. Prestamos consultoria para as maiores empresas do país, e investimos em ações também disso vem a maior parte do meu dinheiro. Dinheiro esse que daria todo pra ter minha vida de volta. Papai
graças a Deus não está, foi para algumas reuniões fora, assim não preciso me explicar por enquanto, quero que ele volte a sua aposentadoria o mais rápido possível. Preciso trabalhar vinte quatro horas por dia pra ocupar minha mente. Aproveito o tempo pra dar mais uma olhada no contrato com Josephine. O contrato é bem simples. Apenas garantindo que ela não faça nada com a criança enquanto eu estiver casado com ela. Inclui também que ela estará expressamente proibida de incomodar Alie. Também garanti que ela não leve nada nesse casamento, um centavo se quer. E a melhor de todas, que ela não tem direito a se quer me tocar, nem dormir na mesma cama nem estar no mesmo cômodo da casa. A última coisa que quero é acordar do lado dela. Ainda tenho uma proposta pra faze-la que seria uma felicidade imensa se ela aceitasse. Como de costume não como nada no almoço e nem a ligo para que ela me encontre no horário. Quero que seja breve. Disco seu número no celular. - Estou indo pro Carvié pode me encontrar lá? – Carvié é um restaurante completamente comercial. Para que ela entenda que trataremos de negócios. - Por que você não vem me buscar? - Por que eu não quero você vai ou não. – Ela rosna como a cadela que é. - Estarei lá em vinte minutos. Até ma... – Espero não estar distraído um dia e deixar ela terminar a frase. Sigo para o Carvié e chego em quinze minutos, ela ainda não está. Mas não demora muito que chegue. Como sempre discreta como uma bazuca. Com um vestido verde limão com um decote cobrindo apenas o bico do peito, óculos enormes e bronzeada ela se aproxima, se não me desse vontade de vomitar cada vez que eu a olho ela poderia até ser bonita. Não! Não mesmo! Os homens do restaurante a seguem com o olhar. - Eca você está horrível. - Vai desistir de me chantagear? – ela senta a minha frente. - Não! - Então não me interessa! Senta ai! - É assim que você fala com a mãe de seus filhos? - Nós teremos apenas um e é assim que eu falo com a bruxa que me chantageia. – Josephine finge estar ofendida, mas eu não caio nessa. - Isso pode fazer mal pro bebe, ele pode ficar traumatizado. - Tenho dinheiro suficiente pra contratar mil psicólogos pra ele. – Ela se cala e aceita. – trouxe o contrato pra você dar uma olhada. – Entrego o contrato a ela. Ela olha clausula por clausula. - Preciso levar para os meus advogados darem uma olhada. - Seus advogados sabem que você me chantageia. - Claro que sabem. Eles precisam saber de tudo.
-Josephine, - me aproximo dela – esse contrato diz que você não terá nada meu. Você não terá direito a uma moeda do meu dinheiro, nenhuma de minhas propriedades ou carros, nada. Eu posso te dar muito dinheiro, posso te dar tudo que eu tenho. Josephine eu te dou três bilhões de dólares se você desistir disso. E eu ainda crio esse bebe, você só precisa tê-lo e entregar pra mim. – A risada dela enche o lugar. - Você acha que eu quero seu dinheiro? Você esqueceu que meu pai é milionário? – Tanto dinheiro e não pagou um psicólogo pra ela. – Eu quero você Matt, eu quero você e não o seu dinheiro. - Você não me terá Josephine. Você apenas morará na mesma casa que eu, e como diz ai nesse contrato, não precisamos se quer estar no mesmo cômodo. Talvez você passe meses pra me ver. – A vaca nem se abala. O olhar dela mostra esperança. Completamente doente só pode! - Vamos ver Matt! - É sério que você ainda tem alguma esperança? - Minha vez de rir. – Se eu não queria você antes agora eu tenho nojo de você. - Não me importa! Você vai casar comigo e pronto. – Isso já foi demais pra mim. – Me levando querendo sair dali correndo - Temos que contar a seus pais sobre o casamento vamos almoçar lá amanhã e faça o possível pra ser convincente. Ninguém pode saber da chantagem, nem mesmo seu pai! É isso ou adeus bebe pra você! – Deus como e odeio essa vadia. - Te pego que horas? - As 11:00 pra mim está ótimo. Vou embora antes que quebre uma mesa na cabeça dela! Meu filho vai nascer de um monstro sem alma e sem coração. Quem sabe não mando matá-la depois que ela tiver o bebe? Não, não poderia por a cabeça no travesseiro depois disso. Volto de taxi pra Heaven e peço a Diana tudo que eu perdi nessas duas semanas. Papai fez muita coisa, mas ainda há muito pendente e me entrego ao trabalho pra tentar não pensar em Alie, mas não importa o quanto tente, os olhos dela sempre veem a minha frente.
ALIE CAPITULO 2 – O QUE É VIDA ? Me olho no espelho tentando encontrar a mim mesmo, mas é em vão. Ele levou minha alma junto quando se foi! Oito quilos mais magra, as roupas já não me servem mais, com rodas azuis ao redor dos olhos que estão sempre vermelhos da constante agua salgada que teima em cair, e a dor
incessante no meu coração tento seguir em frente, não fui mais a Macfeel, trabalho em casa me apegando a tudo que posso. A criatividade não é mais a mesma, mas ainda tenho boas ideias. Tudo dele ainda está aqui, o cheiro, algumas roupas que faço de minhas na maior parte do tempo, as risadas, as conversas. Ele se foi, mas deixou tudo aqui pra me massacrar. Sinto como se meu peito se partisse em mil pedaços cada vez que lembro do seu sorriso, de suas declarações de amor. Falso!. Já passei por algumas decepções, mas ele vai ser a pior de todas. Além de me deixar sem notícias durante mais de uma semana, me envia uma carta de adeus, onde diz que quer que eu seja feliz, que eu case e tenha filhos. Como ele pode dizer isso, depois de tudo que significou pra mim? Depois de tudo o que passamos! No final vi que fui muito burra em acreditar em tudo que ele me disse. Mas meu coração ainda bate acelerado com a menção do nome dele. Depois de uma semana sem dormir Milla me arrastou para um médico que me indicou remédios para dormir, já consigo dormir depois deles, mas eles não evitam meus pesadelos diários. Alguns me lembro, outros não. Mas é sempre o mesmo final. Ele indo embora. Me deixando desamparada e chorando. Sei que grito e esperneio por que as vezes acordo com alguma coisa roxa e Milla e Teph, dormiram algumas noites comigo. Não conseguia olhar pra cara de pena deles toda manhã, então disse que não precisavam mais vir. Vou para a minha varanda e sento na poltrona. Vestida com uma camisa de botão dele, olho para algum lugar distante ainda imaginando onde ele está. Às vezes eu acredito que ele morreu e que está no céu e que olha por mim lá de cima. Boba, idiota é disso que eu me chamo quando penso esse tipo de coisa. Na maioria das vezes apenas acho que eu fui apenas mais uma, penso que ele cansou de mim e da brincadeira de homem apaixonado. Da varanda vejo as pessoas lá em baixo vivendo suas vidas normais. Quantas vezes pensei em pular daqui de cima. Estaria tudo acabado, a dor iria embora. Mas não fui idiota o suficiente pra tirar minha própria vida. Ir direto para o inferno não valeria a pena. Se bem que o que vivo já é o inferno. A porta se abre e olho mais uma vez com esperança. Ele ainda não devolveu minha chave e ainda não sei o porquê, o mais provável é que tenha jogado fora. Ou apenas esquecido. Eu sei, sou uma tola. Milla e Teph que entram pela porta. Não posso evitar a minha cara de decepção ao ver os dois. - Para com isso Alie! – Teph fala e eu dou um sorriso forçado. - Parar com o que? - Cada vez que entramos por aquela porta você sorri e quando vê que somos nós fecha o rosto. - Desculpa! – Já falo com os espasmos do choro. Essa é a minha rotina, acordar, chorar, comer algo forçada pelos dois, tomar remédio e dormir. - Ow amor, não fica assim vem cá. – Milla me abraça e eu apoio minha cabeça em seu ombro. -Eu só não consigo, eu não consigo parar de pensar Milla eu não consigo. – Agora desabo. – Dói tanto, dói aqui Milla. - ponho a mão no peito - Me ajuda por favor, faz passar essa dor. Eu consigo ver o desespero nos olhos dos meus amigos que aprenderam a chorar comigo. Eu sei que eles sentem um pouco da minha dor.
- Ow querida essa dor vai passar sim! - Teph diz passando a mão no meu cabelo. – Chora Alie, chora tudo que isso um dia passa. - Eu espero que sim. - Milla diz me abraçando forte. Depois de alguns minutos eu fico melhor e pelo menos paro com os soluços do choro. - Trouxemos uma sopa pra você! - Eu não quero! - Você tem que comer Alie. Você vai acabar ficando doente. - Já está! – Teph diz- Você não está bem Alie! Tudo que come põe pra fora, você ta transparente. Você tem que ir ao médico. - Se eu não melhorar até a próxima semana eu juro que vou! - Você promete? – Faço que sim e ele vai até a minha cozinha e volta com uma colher. Milla abre a sacola e tira uma embalagem que já sei bem o que é. Sopa, só como isso ultimamente. Eles antes traziam sanduiches e comida de verdade, mas eu não conseguia comer. Descobrimos que a sopa descia então eles trazem sopa pra mim todos os dias e me olham comer. Em seguida vão embora e mais alguns minutos eu corro pro banheiro, algumas vezes Teph viu por isso quer que eu vá ao médio. Acabo de tomar a sopa e Teph tira as coisas da minha mão. Eu me sinto fraca e indisposta, sinto que é anemia já tive uma vez e na minha família é bastante comum. -Como está na Mac? - Muito bem! Conseguimos a conta daquela rede de supermercado famosa. – Milla diz. - Me sinto tão ruim por não participar disso. - Ah Alie! Você cria muitas coisas daqui da sua casa. Menina você nem sabe! Adivinha quem convidou Milla pra sair? - Não faço a mínima ideia! - O moreno mais delicia dessa cidade. – Milla apenas olha meio envergonhada. - Maison te convidou pra sair? - Sim! - Ahhhhhhhh ela grita e eu a puxo para um fraco abraço. - Finalmente ele se tocou! – Eu digo. - Ela mudou de tática, resolveu jogar na defesa e foi dito e feito o cara não parava de olhar pra ela na reunião. E no final pediu pra leva-la pra jantar. - E você? - Disse que não! – Eles riem - Como assim disse que não?
- Vou esperar pela próxima vez. - Você ta sendo difícil neh garota. - Segui os conselhos. – os dois se calam constrangidos pelo fato de que aquele que o nome está proibido de ser dito na minha casa foi quem deu a dica. - Que bom amiga! Só espero que ele realmente peça uma segunda vez. - Já pensou se ele não pedir mais! Teph diz e nós rimos pensando na Milla correndo atrás do cara de novo. Teph olha no relógio e já sei que está na hora de eles irem. - Alie nós temos uma conta pra correr atrás. - É? - Sim, o Hotel Tompson acaba de abrir concorrência e eu, é claro já nos inscrevi. Amanhã eles colocam no site o estilo que eles querem e eu te passo. - Ok, vai ser muito bom ter o que fazer! Espera, você disse Tompson? - Sim! - Eu conheço o dono, ele quem veio me deixar no dia do evento de caridade. - Ouvi dizer que ele é lindo! – Teph diz. - E é, lindo e cavalheiríssimo. - Vamos agarrar essa conta então!- Milla diz! - Mais um homem lindo andando pelos corredores da Mac! É tudo que eu peço. – Ele diz com as mãos juntos fingindo oração. Nós rimos eles me abraçam e se vão. E eu fico aqui, mais uma vez com a minha solidão. Apenas eu e as lembranças. Nunca mais toquei meu violão. As músicas fazem lembrar o que ele foi pra mim, a mais crua poesia!
MATT CAPITULO 3- A PESSÍMA NOTICIA. Ligo para Ravem as 23:00, peço que ele venha me pegar. Talvez eu consiga dormir hoje. O cansaço do trabalho me faz ter um pouco de sono. As 23:20 ele chega ao nosso prédio comercial. Posso ver o espanto nos olhos dele ao olhar pra mim. Poxa eu to tão mal assim? Vou ter que tirar a barba se não quiser que meus pais me olhem da mesma maneira. - Boa noite Sr. Heaven!
- Boa noite Ravem. - O senhor esta bem? - Não! Mas vou ficar. - Pelo menos espero que sim. Ele faz que sim com a cabeça e entro no carro. O silencio tem sido o meu melhor amigo nas noites de sofrimento que alagam meu coração. O caminho é curto e ao chegar vejo a casa tão escura quanto a minha alma, iluminada apenas com a luz da lua. Não me incomodo de acender se quer uma lâmpada, vou direto pro meu quarto e aqui o vazio é maior ainda. Passo a mão pelo colchão visualizando ela deitada. Arrependo-me tanto de não ter a trazido mais vezes pra cá, não há nada, apenas lembranças. Manterei essa casa pra sempre. Apenas pra lembrar-me da nossa primeira noite juntos. Vou até o banheiro pra fazer a barda para o dia de amanhã. Não vai ser nada fácil enrolar meu pai. Ele me conhece muito bem! Nunca fomos muito de conversar sobre assuntos pessoais, mas ele me lê como ninguém. Olho no espelho e não reconheço o cara que olha pra mim, ele continua do mesmo tamanho, o rosto um pouco mais fino pelo emagrecimento, os olhos ainda são da mesma cor, mas sem brilho. Vazios de alma e de coração. Depois de tirar a barba e vestir uma calça de malha que cai no meu quadril. Vou até o meu escritório, deixai meu violão lá há tempos e preciso de música pra lembrar dela, não que eu não me lembre, mas preciso fazer mais viva. Duas portas depois do meu quarto esta ele. O meu lugar, uma sala grande com uma mesa negra grande e uma cadeira presidencial como a do meu escritório na Heaven. Um sofá grande cinza, uma poltrona da mesma cor. Um armário projetado pra guardar arquivos e livros, alguns que nunca li. Um monitor grande para tele conferencia. Na minha mesa um MacBook e papeis que preciso avaliar. Olho para as paredes vendo o quanto elas são vazias. Em cima do sofá esta meu violão. A música me lembra Alie e a música triste me lembra os motivos pelo qual não estou com ela. Pego meu violão e sento no chão com as costas no sofá. Pego meu celular e vou direto para a galeria de fotos, vejo todas todos os dias. Ponho para exibir em slyde e ponho no chão na minha frente. Passo a mão pelas cordas e sai a primeira que vem a minha mente. The Blower’s Daughter. - Canta comigo Alie. E é inevitável antes de as notas saírem meus olhos já não se aguentam, durante o dia é fácil, mas aqui e sozinho, eu só penso nela. Ainda sinto seu cheiro quando fecho meus olhos. Sinto seu toque e olhar as suas fotos me fazem matar a saudade aos poucos e matar a mim mesmo junto. Canto a versão mais triste possível da música. Nas partes da letra que dizem mais de mim, a lagrima cai com mais força. Sem amor, sem glória Sem herói no céu dela ... Não consigo parar de pensar em você Não consigo parar de pensar em você
Quando acaba já começo outra. Need you now diz muito de mim. Canto o mais forte possível o refrão.
Memórias Imagem perfeita, Espalhadas por todo o chão. Alcançando o telefone porque Eu não posso lutar mais. E eu me pergunto se eu já passei pela sua mente Para mim, isso acontece o tempo todo.
É o quarto após uma, Eu estou sozinho e eu preciso de você agora. Disse que eu não chamaria Mas eu perdi todo o controle e eu preciso de você agora. E eu não sei como eu posso fazer, Eu só preciso de você agora.
Outra dose de uísque, Não posso parar de olhar para a porta. Desejando que você entre por ela Da forma que você fazia antes. E eu me pergunto se eu já passei pela sua mente. Para mim, isso acontece o tempo todo.
É o quarto após uma, Eu estou um pouco bêbado, e eu preciso de você agora. Disse que eu não chamaria Mas eu perdi todo o controle e eu preciso de você agora. E eu não sei como eu posso fazer, Eu só preciso de você agora.
Sim, eu prefiro sentir dor do que nada. É o quarto após uma, Eu estou sozinho e eu preciso de você agora. E eu disse que não chamaria Mas estou um pouco bêbado e eu preciso de você agora. E eu não sei como eu posso fazer, Eu só preciso de você agora, Eu só preciso de você agora. Oh, baby, eu preciso de você agora.
É dela que eu preciso. Só dela, tiro meus olhos dela um segundo na tela do ceular e olhos para as paredes vazias. Tudo sem vida como eu! E tenho uma ideia, ligo para Jack. - E ai Matt? - Jack, ta livre amanhã? - pra você sempre! - pode ser as 09:00 na minha casa? - Fechado! - Obrigado! Até mais! - Até Matt.
Olho novamente pra sua foto na proteção de tela do meu celular. A foto do dia da festa beneficente, linda vestida de rosa e olhos dourados. Pelo menos tirei fotos dela, na festa, na viagem, enquanto dormia. Lembranças dela são o que eu mais quero agora. Cantando meu repertorio fúnebre, passo a noite toda! As 9:00 Jack chega. Ainda estou no escritório, mas no sofá. Jack projetou a minha casa toda, sempre que alguma coisa precisa ser feita na Heaven ele é chamado. - E aí chefe. - Oi Jack. – Ele olha pra mim parecendo não me reconhecer. - Você ta diferente cara! Mais magro! Estranho.
- Estou morto Jack! - Num diz isso nem brincando cara! Mas vamos deixar desse papo. Me diz aí o que você precisa. - Preciso de um painel de madeira que cubra todas essas paredes. - Pra que um painel tão grande? - Vem aqui, vou te mostrar. – Levo ele na minha mesa e mostro o que eu quero que ele faça. As 10:00 ele vai embora. Tomo banho e visto uma camisa de botão, calça jeans e uma jaqueta por cima. Saio as 10:20 de casa, não vi Norah, mas ela vai me procurar mais tarde. Passo o endereço da Megera para Ravem e nós seguimos pra busca-la. Ravem desce do carro para abrir a porta pra ela, assim que entra ela pergunta. - Onde está Matt? – Não respondo nada apenas levanto a mão sem olhar trás, pra que ela me veja sentado no banco do lado do motorista. - Você vai aí? - Sim! - Por que você não vem aqui comigo? - Tenho medo do seu veneno me fazer mal. - Muito engraçado! E ela se cala graças a Deus. Chegamos na casa dos meus pais e vejo meus sobrinhos no jardim brincando. Quando me veem correm na minha direção, eu corro para encontra-los no caminho. Josephine vai logo atrás de mim. Bem corre mais rápido que todos e o pego nos braços. Os outros se dividem entre as minhas pernas e cintura abraçando. Bem olha por cima dos meus ombros. Depois olha nos meus olhos e percebo que ele põe o indicador na boca babando o todo. E já sei do que se trata. - Onde ta tia Alie? - Tia Alie não veio Bem. – eu digo já me segurando pra não chorar junto com ele. Isso vai ser bem pior do que eu imaginei. Josephine passa por nós. - Não existe mais tia Alie por aqui, agora é tia Josephine. – As meninas olham com cara de assustada pra mim e eu faço que não com a cabeça. Josephine sai de perto e adentra a casa. - Você trocou uma fada por uma bruxa? – Joseph pergunta. Eu não posso evitar de rir, as crianças leem as pessoas. - Titio não trocou Jose, existem coisas que vocês não podem entender. – Só agora percebo que eles me dão toda atenção querendo saber a resposta que daria pra Joseph. – Escutem crianças, as caras de choro já me fazem quase parar. Fico de joelhos pra ficar na altura delas, as quatro me rodeiam olhando nos meus olhos. – A Alie não será mais tia de vocês. – Vejo os lábios inferiores de todos pularem a frente, sim vai ser um choro coletivo. E o que eu faço? Choro junto com eles é claro! As crianças parecem entender a minha dor. Me abraçam forte e choram junto comigo. Dessa
vez não faço tanto escândalo, as lagrimas apenas rolam sem a minha vontade. Passo as mãos nos olhos. E eles pegam na minha mãos e nós entramos. Na sala está apenas papai. - Que merda está acontecendo aqui Matt? – ele nota que falou palavrão na frente das crianças. – Crianças vocês podem nos deixar a sós. - Promete que não vai brigar com o titio? – Pam diz. - Sim, agora vão. – Ih essa promessa não valeu de nada. As crianças saem. - Vem, vamos pro meu escritório, sua mãe nos aguarda lá. Subo as escadas como um réu que vai a júri. Quando chego mamãe está olhando pela janela, ao me aproximar vejo que ela observa Josephine conversando animada com Marissa. A abraço e percebo que ela está com raiva, eles não entendem. Não posso culpa-los. - Ok, Matt agora vai ter que nos explicar o porquê que Josephine entrou pela porta da sala dizendo que iria casar com você? - Por que nós vamos casar! - VOCÊ ENLOUQUECEU? - Essa é minha doce mãe com raiva. Prefiro ser mais reservado, até mesmo por que não posso dizer a verdade. Odeio mentir, mas é necessário. - Não! – Falo balançando a cabeça, com cara de louco acredito. - E Alie? - Não estamos mais juntos! - Mas como? vocês estavam apaixonados. - Meu pai indaga. -Acabou pai! Acabou! Não deu. – Meu pai fica tão triste como as crianças. - Mas por que Josephine? Você a odeia! – Mamãe dessa vez. Decido contar uma parte da história. - Ela está grávida de mim! - O QUE? – Os dois dizem em uníssono. - Vocês entenderam, ela está grávida e nós vamos nos casar, ponto! - Filho, você não precisa casar só por que ela está gravida! Você pode criar essa criança sem casar com ela.- Se fosse fácil assim. - Eu sei pai, mas eu quero casar com ela. – o choque é total, pelo meu costume de não mentir eles acreditam, ou não. - Nós vamos avaliar isso Matt. – Preciso de uma saída dolorosa. - Não preciso que avaliem nada! Apenas quero que aceitem, caso não aceitarem nós casaremos em Las Vegas longe de vocês. Vocês quem decidem. – A cara de horror da mamãe me diz como ela se sente.
- Você nem casou e já adquiriu o veneno dela. - Mamãe fala e sai da sala sem olhar pra mim. Papai se aproxima e olha nos meus olhos. - Conheço você Matt! Mais que qualquer um. Sei que você não está bem! Sua mãe chateada não percebeu, Não vou criticar você filho. Você sempre fez a coisa certa e sei que independente do motivo isso é o melhor a fazer. - Obrigado papai! – O abraço e as comportas abrem novamente. Ele passa a mão pelas minhas costas. Sei que ele sente minha dor também. - Alie já sabe? – Faço que não com a cabeça. – Você sabe que Josephine vai colocar em todos os jornais e revistas não sabe? – PUTA QUE PARIU! Não tinha pensado nisso. Pobre Alie. Tenho que continuar o teatro. - Ela vai superar pai! - E você vai? – Com isso ele sai da sala me deixando só. Pego os óculos escuros da gola da minha camisa e essa é a hora de usar. Vou para mesa e todos estão lá. Mamãe, papai, Mandy, Connor, Marissa e a Bruxa. Nem sinal das crianças. Vou até lá e me sento longe de Josephine. Apenas o perfume dela já me enoja. Marissa olha pra mim espantada. - Matt, você ta um lixo! - Você também obrigado! – Mandy não diz nada, apenas me olha, Marissa ou Josephine já devem ter dito pra ela. E ela como eu não está feliz com a notícia. Ao contrário de Marissa que planeja o casamento todo com Josephine enquanto alguns comem e outros não sentem se quer fome como eu. - Onde estão as crianças? – Pergunto interessado. - Disseram algo sobre bruxa e foram comer na cozinha. – - E Dom? - Disse que ia acompanhá-los. - Eles realmente gostam da Alie ou odeiam a Josephine. Que dá no mesmo. Não existe conversa no almoço, apenas diálogo entre as duas retardadas, minha irmã parece enfeitiçada. Todos percebem o meu sofrer menos ela. Quando vamos embora ninguém vem se despedir de nós nem mesmo as crianças. Fico triste, mas entendo. Vamos para o carro e Ravem nos espera. - Precisamos fazer os preparos para o casamento. - Me diga a data e estarei lá. - Você não vai querer participar de nada? - Não faço questão! Qual foi a parte do estou casando obrigado você não entendeu? - Ok, não precisa participar de nada. Precisamos começar a reforma na nossa casa. - Esqueci de ver imóveis.
- Não vamos reformar A MINHA casa, você pode comprar outro imóvel de sua preferência. - Quero morar na sua casa! - Esquece! Não é negociável. - Quem vai pagar pela casa nova? - Seu pai é que não é! - Ok, eu escolho! - Dou de ombros. Vou novamente para o banco do lado do motorista. Deixamos ela em casa no caminho Ravem me olha como se quisesse dizer algo. - O que foi Ravem? - Nada senhor. - Fala! - O senhor não me parece muito feliz com o casamento. - Você estaria feliz se fosse para a cadeira elétrica? - Não, mas não entendo o porquê de casar senhor. - Existem coisas que não entendemos Ravem. Nos calamos e vamos para a minha casa. Ainda é cedo então vou pra academia do lado da piscina e ando três horas direto na esteira e levanto alguns pesos. Quando me sinto exausto tomo banho e vou tomar banho pra tentar dormir. Depois de algumas horas olhando pro teto o sono vem e eu o abraço.
ALIE CAPITULO 4- DESESPERO. Milla e Teph me imploram para sair com eles, Jeana ou qualquer lugar. Mas não sinto vontade de sair de casa. Me sinto fraca e indisposta, não vou sair assim. As pernas já não me suportam mais. A lembrança dele é inevitável e a dor não se vai, ela só aumenta a cada dia. Nunca pensei que pudesse ficar assim por alguém, nunca. Indo até o quarto esbarro em um copo de vidro que estava no chão e vejo ele correr até a parede bater nela e se estraçalhar. A dor! Sei como fazer a dor ir embora. Pego alguns cacos de vidro e vou até o banheiro, ligo o chuveiro e me sento no chão. Olho para os meus pulsos e sinto à vontade imensa de ver sangue. Levo o pedaço de vidro com a mão direita até o pulso esquerdo. Toco o pulso com o vidro. -Não!
Levanto a cabeça de repente procurando o lugar de onde saiu a voz. Nada! Ainda estou sozinha. E de repente a lucides me invade. Fico de joelhos e peço perdão a Deus pelo que estive prestes a fazer. Não posso tirar minha vida. Estarei sempre condenada a viver pensando nele. Choro por alguns minutos, tomo banho, visto uma das camisas dele, mudo a dose do remédio para dois comprimidos e me deito. Em alguns segundos o sono vem.
MATT CAPITULO 4.1 – A DOR DA SAUDADE. A dor da saudade me faz acordar duas horas depois que dormi. Ainda são uma da madrugada, pego uma jaqueta e visto por cima da minha calça de malha e uma camisa de mangas que uso pra dormir. Pego o Lamborghine que me lembra ela e saio sem destino. Ponho minha playlist pra tocar e sigo sem rumo. Alguns minutos depois saio do transe e percebo que estou na porta da garagem de Alie. Entro com o carro na garagem, como de costume não há ninguém. Olho nos bolsos da minha jaqueta e “milagrosamente” encontro as cópias da chave do seu AP. Subo pelas escadas achando mais seguro. Não quero que ninguém me veja. Vou para o seu apartamento e abro a porta devagar. Está tudo em silencio, seu quarto está com a luz acesa o que é estranho, ela nunca dormiu de luz acesa. Me aproximo devagar e a vejo na cama. Deitada de frente, com as mãos fechadas do lado do corpo. Parece estar em coma. Paro então pra observa-la. Junto com a felicidade de vê-la novamente me vem a tristeza de ver o seu estado. Ainda continua linda, mas suas pernas estão mais finas. As maças do seu rosto estão pálidas e consigo ver as olheiras ao redor de seus olhos. Minha linda Alie. O que eu fiz com você?. Me ajoelho no chão do lado dela na cama a observando. As lagrimas são inevitáveis, mas agora elas caem com uma força estrondosa. Ela deve estar em um sono muito profundo por que nem se mexe com o meus espasmos e soluços do choro. Lembro-me dos remédios que Teph disse numa sms que ela estava tomando pra dormir. Me sinto tão mal por ela estar assim. Esperava que ela fosse se recuperar rápido, mas ela está tão mal quanto eu. Fazendo uma oração silenciosa peço a Deus que a abençoe, passei a dar mais credito a ele. Preciso me agarrar a algo, se alguém ainda pode me salvar esse alguém é ele. Olho no rosto dela quando de repente ela começa a se mexer e resmungar coisas que não entendo. Parece totalmente fora de si, e me pergunto o que aconteceria se me deitasse ao seu lado para tentar conforta-la. Ela resmunga ainda mais forte e tomo a decisão. Me deito a seu lado e de repente ela se acalma. Eu sei meu amor! Sinto exatamente a mesma coisa. Ela me abraça inconsciente, nossos corpos magros se encaixam perfeitamente ainda. Ela roça a cabeça no meu peito e observo ela dar um sorriso de olhos fechados dormindo. Passo a mão no seu rosto e vejo que suas bochechas estão molhadas. Assim como as minhas. Deus essa mulher me ama demais.
Sinto seu amor por mim, e sei que ela também sente o meu por ela. A paz que sai de seu corpo é tocável e se mistura com a minha. - Amo você Alie! Me pergunto o que aconteceria se ela acordasse. Bocejo, nem acreditando que estou do seu lado sentindo sua respiração como fazíamos antes. E o nosso amor ainda está aqui, quebrado, mas não acabado. Mas do que adianta. Você tem que me esquecer Alie. É a última coisa que penso antes de cair no sono ao seu lado.
ALIE CAPITULO 5 – PARECE QUE TUDO VAI MELHORAR. SQN Depois de dormir por quase 12 horas acordo, estranho como sinto o cheiro dele ainda mais forte hoje pela manhã. Sinto como se o vazio dentro de mim diminuísse um pouquinho, mas só um pouco. Milla e Teph vem tomar café da manhã hoje comigo. Como não quero cozinhar eles disseram que trariam a comida estou faminta. Vou tomar banho. Visto um short jeans que antes era colado, agora cai no quadril e é folgado nas coxas e uma camisa de manga caída de um lado. Talvez essa mudança seja devido ao sonho que tive com ele ontem. Desse eu me lembro muito bem. Alguém bate na porta, aquele fio de esperança bate no meu coração, mas Milla e Teph entram por ela me decepcionando mais uma vez. - Bom dia baby! - Bom dia amores. - Corro pra sacola que Teph está nas mãos pra ver o que tem dentro. Ele me olha adorando o que vê. Os dois só observam. - O que foi gente? To com fome! – Eles continuam olhando. Eles trouxeram donuts e pãezinhos doces. Eu pego um donut e coloco a sacola na mesa da cozinha pra que nós arrumemos pra comer. Faço café e ponho suco de laranja e leite na mesa. Sento e eles ainda me olham. - Aconteceu alguma coisa com você Alie? - Teph - Não sei! Apenas acordei mais disposta. - Estamos vendo! – Milla.- Então, já temos que começar o projeto do Tompsom. - Ok, vou dar uma olhada nas campanhas anteriores hoje na internet e ver se já tenho algumas ideias.
- Ótimo! - Me conta ai, aconteceu alguma coisa durante a noite? - Na verdade tive um sonho. – Os dois olham pra mim intrigados. - Um sonho? – Teph diz- Conta ai. - Prometem que não vão ficar chateados? - Sim! –Eles dizem juntos. - Na verdade ia começar como os outros pesadelos. Ele estava na minha frente num quarto branco vazio e ele ia sumindo devagar na frente dos meus olhos. Mas ai quando eu começava a me desesperar no sonho, ele voltava e me abraçava e tudo ficava colorido novamente, e gente foi tão real. E daí eu acordei alegre e com fome. - Louquinha da Silva. – Teph diz. - Alie, acho que já tá na hora de seguir em frente, de voltar a viver sua vida. Você não pode ficar assim pra sempre. E se ele não voltar? Que eu acho que é o mais provável. - Eu não consigo Milla! É como se eu tivesse perdida no tempo e não consigo dar um passo à frente, é como se eu estivesse presa a ele de uma forma sobrenatural. - Amiga isso só vai te fazer mal. Não vai melhorar, só piorar. – Teph diz. - Ok, vamos falar de vocês agora. E ai Milla como está com o Maison? – Ela olha pra mim e começa a falar, entende o meu recado. - Bom, ele me ligou e eu dispensei sem dispensar. Disse que não podia encontra-lo no dia que ele queria e disse pra ele ligar depois. - Essa é minha garota Teph diz. E nós conversamos sobre tudo, tudo que não envolva o nome dele. Depois de comer eles se vão e eu vou para o notebook ver as antigas campanhas do Tompsom. Ponho no Google e vem vários sites. O site do hotel, os sites de promoção, antes de tudo aparecem as imagens de Elijah. De várias formas. Na praia com uma prancha debaixo do braço e cabelos molhados, uma tatuagem tribal no braço o deixando ainda mais másculo. Vejo fotos dele em algumas festas e eventos, mas sempre está sozinho. Estranho. Vejo o site do hotel e realmente vejo que são muitas unidades, aqui em Miami, em Cancun, no Brasil, na Italia e em outros países. Se conseguirmos essa conta seremos reconhecidos internacionalmente. Vejo que tem um link de fofoca também e a minha curiosidade me faz clicar. Vejo a foto de Elijah na capa e a matéria é clara. “Elijah Tompsom ganha o posto de solteiro mais cobiçado do pais depois que Matthew Heaven anuncia noivado” Meus olhos arregalam até quase saírem das caixas! Como assim anuncia noivado? Vou no maior fofoqueiro do mundo o “Google” e ponho na busca. Matthew Heaven vai casar?
Ele me dá inúmeras opções de sites com a notícia. Clico no primeiro. Em estado de choque as lagrimas não caem. Uma mistura de raiva e ódio cobrem a superfície do meu coração. Quando o site abre a matéria de capa diz assim: “Josephine Morgam anuncia noivado com Mathew Heaven neste sábado” na capa do site algumas declarações de Josephine. “Nós sempre fomos apaixonados.” “Estamos juntos há muito tempo e finalmente ele resolveu me pedir em casamento” Na foto da notícia está uma mulher magra muito bonita e ele logo atrás..Photoshop obviamente. Eles realmente formam um casal bonito. Bem mais do que eu e ele. As lagrimas então dão as boasvindas. E clareiam minha mente como num flash, essa é a mulher que Teph disse que sempre acompanhava ele. Mas então, ele sempre esteve com ela e comigo? Eu finalmente caio em mim. Foi isso! Foi apenas uma brincadeira. O ódio parte meus ossos em mil pedaços. Fecho a tela do notebook com força. E vou direto para o meu quarto. Saio colhendo todas as roupas dele que estavam lá. Vou até a cozinha e pego o cesto de lixo de aço e as coisas que eu vou precisar. Levo até a varanda. Jogo as roupas dentro do cesto, ateio álcool e por último risco o fosforo. Parece cair em cima das roupas em câmera lenta. E o fogo começa e se espalhar rápido. Por uma fração de segundos meu coração para e eu pisco os olhos como se saísse de um transe, vou pra mais perto do cesto de lixo e tento colocar a mão, mas está quente demais. Ele se foi! A sua lembrança se vai aos poucos! É melhor assim Alie caio em mim novamente. Vou até o quarto e pego sua maldita carta na minha gaveta. Volto pra varanda. -Você morre hoje Matt! Você deixa de existir hoje pra mim. Jogo a carta no fogo e me ajoelho, e os espasmos do choro são ouvidos a quilômetros. Dói demais, dói como se alguém abrisse o meu peito e segurasse meu coração com a mão e apertasse. Dói inexplicavelmente. A ligação que nós tínhamos acaba de ir embora. Eu não sei se é o melhor a fazer, mas já foi feito. Ele apenas me usou! Como se usa um guardanapo, enquanto eu verdadeiramente o amei. - Deixa de ser idiota Alie! Enxugo minhas lagrimas com as costas das mãos. E tentaria fazer algo diferente do que vou fazer, mas seria impossível. Vou pra minha cama chorar ainda mais, talvez essas lagrimas um dia sequem.
MATT CAPITULO 5- O MEU LUGAR.
Depois da noite perfeita que tive, quase fui pego ao sair da casa de Alie quando estava amanhecendo. Encontrei um morador tirando o carro da garagem, mas não o conhecia. Quando acordei Alie ainda estava agarrada a mim, com a cabeça no meu peito e o braço envolto na minha cintura. Com um enorme sacrifício me levantei daquela cama. Quando o meu desejo era estar lá até o dia da minha morte. Faziam muitas noites desde que dormia tão bem. Eu realmente não devia ter feito isso, ela deve seguir em frente enquanto eu estou condenado a vida de solidão e tristeza sem ela. Jack me liga por volta das 09:00 dizendo que já está com tudo pronto. Então peço pra ele vir a minha casa assim que possível. Vou para o meu escritório resolver algumas pendências da Heaven. Quando ouço Norah me chamar. -Aqui Norah! - grito pra que ela me localize. Noto a bandeja de comida nas suas mãos junto com o jornal de domingo. - Olá Matt meu querido! – Ela me vê sentado na minha mesa, só depois de falar ela olha pra mim e o espanto no qual já me acostumei nela é ainda maior. – o que aconteceu com você meu filho? - Muitas coisas Noh. – Ela põe a bandeja em cima da mesa. - Você está tão mal meu filho. Deve estar doente.- Toca na minha testa, pra ver a temperatura. - Estou doente do coração Noh. - O que aconteceu com Alie? - Não estamos mais juntos! - O que? Por quê? – Ela realmente se espanta. - Por que vou me casar! – Ela olha sem entender absolutamente nada. - Se não é com Alie com quem será? - Com Josephine! - Ela ri. - Mas você odeia aquela mulher Matt. – ela vê a seriedade no meu olhar. – Você vai casar com Josehine de verdade? – Faço que sim com a cabeça. – Você vai ter que me explicar isso meu filho. - Um dia Noh, um dia explico. – E ela faz o que as mães fazem nessa situação. Vem até mim e me abraça. Eu ponho as mãos no meu rosto. Queria tanto poder contar a alguém! Compartilhar minha dor, hoje eu acredito que a dor pode diminuir se eu contasse. Mas ainda não. Ainda me condeno a guardar. Ela dá um beijo no topo da minha cabeça e diz: - Não se desespere meu filho! Tudo vai se resolver. – balanço minha cabeça rápido num sim e ela se vai. Ainda derramo algumas lagrimas. Como um pouco, me sinto melhor depois de ter estado com ela. Norah me liga avisando que Jack chegou e peço pra ele subir. Ele chega com três ajudantes e já trazendo uma parte das coisas. Hoje o dia vai ser longo, pelo menos ocuparei minha mente com o que a de melhor a fazer.
Nós afastamos os moveis que ficam perto da parede. Os ajudantes de Jack buscam as partes em madeira que ficaram no caminhão. - Você foi rápido Jack. - digo de braços cruzados na frente do corpo enquanto espero a caixa mais aguardada. O homem que foi buscar a caixa aparece na minha frente e eu a tomo dele. Ponho no sofá e a abro com pressa. Depois de tanto tempo abro um sorriso no rosto e os homens me olham como se achassem que sou louco. Vejo as fotos de Alie, muitas fotos de vários tamanhos e modelos, em preto e branco, sépia, destacando apenas seus olhos verdes, nós dois juntos no tapete vermelho, nem me reconheço na foto parecia tão diferente do que sou hoje. E mais fotos dela, me sinto como uma criança de cinco anos no dia de natal. Jack começa a montar a madeira na parede e fica exatamente como eu o pedi. Um grande painel de fotos de Alie, um painel que ocupa duas paredes do meu escritório, queria mais, mas as outras paredes tenho que usar para outras coisas. Envolvendo as fotos está uma madeira toda detalhada esculpida a mão. Ponho o sofá e as poltronas de frente a parede. Já sabendo onde dormirei nos próximos dias. Ou pelo menos ficarei parado olhando pra ela. Decido não fazer nada no domingo, apenas olha-la e admira-la. Minha Linda e amada Alie. Chega a segunda-feira e me agarro ao trabalho pra me distrair. Na hora do almoço passo pelos corredores da Heaven e todos me dão parabéns e eu não consigo entender. Agradeço mesmo assim. Quando chego na minha sala. Ligo pra Diana minha secretaria. - Você sabe por que todos estão me dando parabéns? - Pelo seu casamento Sr. Heaven? - Quem disse que eu iria casar? - Todos os sites de fofoca, revistas e jornais nacionais e estaduais. - PUTA QUE PARIU! Desculpe Diana. Você pode mandar o link pra mim? - Éhr agora mesmo senhor! - Ótimo agora vou ser processado por abuso. - Obrigado! Alguns segundos ela me manda o link e eu fico pasmo com as mentiras que aquela louca inventou. Estou completamente fodido multiplicado por mil. Alie com certeza já viu isso e deve estar me odiando. Deve achar que o que tivemos não significou nada pra mim. E não seria melhor que ela pensasse isso? Por um segundo eu penso nessa hipótese. - Meu Deus o que eu vou fazer? Ela me odeia! - Queria poder gritar pro mundo, mas não posso. Só me resta entrar em desespero sozinho. Passam se dois dias e eu apenas trabalho durante o dia e olho para as fotos de Alie durante a noite. Chorando e me lamentando.
ALIE CAPITULO 6- TENTANDO DAR A VOLTA POR CIMA. As últimas noites tive pesadelos novamente, todos com ele indo embora. Talvez devesse tomar sempre dois comprimidos por dia, assim talvez dormisse em paz como no sábado. Hoje é terça feira e temos a reunião com o Elijah. Conseguimos criar um projeto muito rápido mergulhando de cabeça no trabalho. Me senti melhor, sem nenhuma roupa ou a carta pra eu olhar antes de dormir, apenas me sinto sozinha, ainda mais. Hoje não quero parecer pior do que já estou, então visto um vestido azul marinho colado no corpo acima dos joelhos, com mangas curtas e um decote discreto, um sapato fechado caqui e joias discretas de prata. Uso uma maquiagem básica. Base para o rosto, muito corretivo para as olheiras. Blush para dar uma diminuída na palidez, gloss incolor e rímel para dar o toque final. Essa conta é importante e uma mendiga não pode apresentar um projeto milionário. Prendo meu cabelo num rabo de cavalo. Me olho no espelho e pareço uma mulher poderosa, pareço até a velha Alie. Mais magra, mas agora pareço comigo. Quem sabe não é o melhor a fazer? Chego na Mac depois de Milla e Teph. Entro na sala de reuniões e sou recebida com aplausos. - Uhuuuu. – Teph grita. - Amiga você está linda. – Milla diz e eu rio. - Vamos trabalhar seus babões. E nós arrumamos a sala de reunião para receber o dono dos hotéis Thompsom. Conto do mais novo noivado da elite da cidade, tentando conter as lagrimas. Os olhos vermelhos não posso evitar. Eles apenas me dão forças e não dizem mais nada. Ele chega exatamente na hora marcada. Amanda anuncia e ele entra. Um homem lindo. Vestido de terno preto e camisa branca sem gravata com o ultimo botão aberto. Com ele vem dois senhores, um que parece ele daqui há alguns anos. Imagino que deve ser seu pai. - Boa tarde senhores. – Teph diz, macho como só! – Esta é Milla Álvarez e esta é Alie Macfeeel. – Ele pega na mão de Milla e depois na minha, olhando no fundo dos meus olhos. Talvez tentando ver as lagrimas da última vez. Mal sabe ele que as lagrimas andam mais presentes ainda. - Como vai Alie?
- Bem, e você? – Minto. - Muito bem! – Só agora ele solta minha mão e nos apresenta os outros homens, como imaginava um deles é seu pai. Pedimos que eles se sentem e eu começo a apresentação. Não gosto de fazer isso. Gosto de fazer o trabalho e deixar que Milla ou Teph apresentem, mas trabalhei muito nisso e preciso de distrações. - Bom senhores. Antes de tudo avaliamos as suas campanhas dos últimos cinco anos e percebemos que são feitas as mesmas para todos os países, apenas mudam a língua falada nos comerciais. Observamos alguns gráficos e depois de algumas pesquisas de mercado percebemos que cada país costuma receber um público diferente. Já imaginávamos que fosse, mas com as pesquisas comprovamos. - O que propomos é bem simples; faremos campanhas diferentes para cada país! Não se assustem, pode sair mais caro, mas os lucros conseguidos com um bom marketing são incontáveis. Deixem-me citar alguns exemplos. - Em Cancun percebemos que pessoas dentre 23 e 28 anos viajam com mais frequência para lá, jovens em busca de diversão. Então não adianta colocarmos um casal de velhinhos segurando nas mãos como vocês fizeram ano retrasado. - A Itália é considerada um dos lugares mais românticos e vimos que a maioria das pessoas que viajam até lá, são recém-casados, nesse caso, além de fazermos algo mais voltado para casais poderíamos fazer algumas promoções para noivos ou para lua de mel, ou até mesmo promover passeios, jantares e essas coisas temáticas... - A conta é sua! - Como? – Milla pergunta. - A conta é de vocês! Essa é a quinta reunião que nós temos a respeito da escolha da nova empresa de publicidade e nenhuma delas questionou nossas campanhas anteriores. Isso foi excelente. Vocês buscaram o nosso histórico. E ninguém propôs campanhas diferentes para cada país. E referente a valores não nos incomodamos com isso. Sabemos do bom retorno com o marketing. - Podemos mostrar as ideias que tivemos? – Teph pergunta. - Adoraríamos! – Agora é o pai de Elijah que diz. E nós definitivamente arrasamos! Borbulhamos de felicidade pela nova conta! Maison e a Heaven nos fazem conhecidos, mas o hotel é mundial. Elijah, seu pai e o assessor ouvem atenciosos cada palavra. Nós três trabalhamos juntos nessa campanha e todos merecemos credito. A reunião acaba. Milla e Teph vão deixar os dois homens até a saída e Elijah fica pra falar comigo. - Então, ainda mora no mesmo lugar? - Ele sorri pra mim, e percebo que seus dentes são perfeitos todos alinhados e do mesmo tamanho. - Sim! - Agora tenho seu telefone!
- Sim! – Fiquei monossilábica, isso será ótimo para relacionamentos futuros. - Posso te ligar qualquer dia desses pra jantarmos? - Claro. – Acho que ele vai tocar meu rosto, mas ele apenas põe uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. Sinto seu perfume másculo. E pisco algumas vezes. - Adeus Alie! - Adeus Elijah. – E ele se vai. Eu me sento numa das cadeiras me sentindo uma vadia por flertar com ele daquele jeito. “Vadia”? O que há com você garota? Você foi abandonada esqueceu? E ele vai casar! Droga! Com os cotovelos apoiados na mesa coloco as mãos no rosto, isso tudo me dói, lembrar desse casamento me fere profunda e dolorosamente. Chegou a hora de seguir em frente e tentar esquece-lo! Elijah seria ótimo pra isso. Como de costume comemoramos a nossa vitória no Jeana’s, me recuso a cantar e eles acabam me entendendo. Depois de beber muito mais do que deveria, pego um taxi e vou pra casa, tomo banho e me deito. Não posso evitar de ver os lindos olhos azuis que faziam parte de sonhos e agora fazem parte dos pesadelos a minha frente. Me deito de lado e deixo que as lagrimas rolem pela lateral do meu rosto.
MATT CAPITULO 6.1 - DESESPERO Depois de passar alguns dias sem ver Alie, me sinto como um viciado que precisa da droga pra sobreviver. Fui ontem no apartamento, mas ela não estava lá. O medo me invadiu imaginando o que ela poderia estar fazendo, ou pior, com quem. Tive que me agarrar ao velho companheiro para desviar os pensamentos. O álcool ajuda nessas situações, agora já são uma da manhã e preciso vê-la. Pego meu carro e sigo pra seu apartamento. Faço da mesma maneira dos dias anteriores e consigo entrar. A lâmpada está acesa e ela dorme em posição fetal. Já não me parece tão ruim, parece melhor, de alguma forma, mas não sei como. O medo de ser esquecido me invade, mas ao mesmo tempo fico feliz por ela, quero apenas que eu viva no inferno, quero a felicidade dela. Só acho que está um pouco cedo pra isso. Droga de maldito ciúme que me deixa louco! Percebo que ela não está com uma de minhas camisas e vou até o seu armário. Nada. Nada meu. Ela está no processo de esquecimento. Agora as minhas melhores amigas caem sem pausa e sem piedade. Cubro a minha boca e choro olhando pra ela, me ajoelho na sua frente olhando pro seu lindo rosto e tentando me conformar, mas é impossível. Percebo que chegou a hora! Chegou a hora de deixa-la ir! Me levanto rapidamente e vou em direção a porta, saio de seu apartamento para ir chorar em casa!
MILLA CAPITULO 7- A DESCOBERTA. Depois de deixar T em casa volto pra minha, ele me obriga a fazer cada coisa. Hoje tivemos que ir até um bar novo que abriu no centro, por que um amigo seu tocaria lá. E o cara toca mal pra caralho, mas nós aplaudimos a cada música. Algo me diz que esse tal cara não é apenas amigo. Deixo meu carro na garagem que esta escura, não consigo ver a maioria dos carros, entro no elevador privativo e vou pro meu andar. Paro com o que vejo. Mesmo com o corpo mais magro e barba por fazer reconheceria em qualquer lugar. O vejo com o ante braço encostado na porta e a cabeça deitada sobre o braço. - O QUE DIABOS VOCÊ FAZ AQUI? – só agora percebo os espasmos do seu corpo. Ele olha pra mim e vejo seus olhos vermelhos e suas bochechas molhadas. Espera, homens poderosos como ele não choram. Pior ainda, homens que abandonam mulheres por não ama-las não choram na sua porta as duas da manhã! Ele sai do transe e vem na minha direção, tão rápido que mal percebo quando ele me abraça, mas é bem nítido o momento em que posso sentir seu corpo tremer e ouvir seus soluços de um choro sufocante. Sem entender nada pego nos seus ombros e o empurro pra que olhe nos meus olhos. Impressionome ao ver o sofrimento neles, tanto quanto vejo nos de Alie. Algo está muito errado nessa historia! E eu vou descobrir. Sem falar nada pego na sua mão e o levo pro meu apartamento. Ele parece um pouco sem destino. O levo até o sofá e ele senta, ao sentar ele põe os cotovelos nos joelhos e as mãos no rosto sem parar de chorar. Vou até a cozinha e pego um copo de água e o entrego. E como ninguém resiste a um homem chorando, choro também, mesmo sem saber de nada. Resolvo falar. - Me fala Matt! Me conta o que aconteceu. – Ele pondera por alguns segundos, solta um suspiro forte e começa. - Estou sendo chantageado pra casar Milla. - O que? – Que mentira! Ele então olha pra dentro de mim e pelo pouco que o conheço sei que fala a verdade. - Me fala droga! – Me aproximo dele e vou até o chão na sua frente e sento com os braços abraçados aos joelhos, olhando pra ele. Ele então começa. -Algumas semanas antes de conhecer Alie, eu transei com Josephine. Ela sempre me perseguia e um dia eu bebi demais e acabei na casa dela, estava muito bêbado e não me lembro, só sei que acordei na cama dela apenas de cueca. Em fim, há mais ou menos três semanas, pouco depois de voltarmos da casa dos pais de Alie, Josephine foi até meu escritório e jogou na minha cara que
estava grávida. – Não falo nada apenas ouço. - Sempre quis um filho Milla, sempre achei que um filho mudaria a minha vida. Meu sonho é constituir uma família e agora é o meu maior pesadelo. - Não sei onde entra a chantagem nisso. -Josephine me disse com todas as letras que eu teria que casar com ela, ou ela abortaria a criança, e, além disso, disse que se eu casasse achando que poderia fazer alguma coisa quando o bebê nascesse ela mataria a criança não importando a idade que ela tivesse. – Nesse momento eu ponho minha mão na boca pra sufocar o grito de horror. Meu Deus essa mulher é um demônio. Matt deve estar sofrendo tanto quanto Alie. – Como se não fosse suficiente ela disse que não ver Alie fazia parte do acordo. Disse que eu não poderia falar com ela, ou ela faria a mesma coisa. Então decidi viajar por algum tempo e escrevi uma carta pra Alie. Foi a pior maneira de dizer adeus eu sei, mas não poderia liga-la ela notaria na minha voz que eu não queria fazer aquilo. Eu não poderia escolher a Alie Milla, eu não poderia escolher entre ela e a vida do meu filho. Embora eu esteja morto. Esse filho precisa nascer. – Mesmo eu que nunca me calei diante de qualquer situação fico imóvel, apenas olho o homem crescido chorando na minha frente, e eu o entendo. Entendo perfeitamente. Ele sacrificou sua felicidade pelo nascimento de outro ser. Pobre Alie, ainda pensa tanto nele e ele com certeza ainda a ama. Mas o que resta a fazer? - O que você quer que eu faça Matt? – Ele me olha pensativo. - Nada Milla! Continue sendo amiga de Alie e tente fazê-la me esquecer. – Isso dói até em mim. - É isso que você quer? - O que mais eu poderia querer Milla? Que ela passe a vida esperando por um homem condenado? Que ela passe a vida sofrendo por minha causa? Não, não quero isso! Quero que ela seja feliz. Vai doer muito em mim. Não consigo soltar o laço que me une a ela e nem quero, mas não posso prendê-la a mim. – Eu sei como ele se sente, posso ver nos seus olhos. Ele esta quebrado, arrasado e acabado. - Vou ajuda-lo Matt. Sinto muito, muito mesmo por você, mas te entendo. Obrigada por compartilhar comigo. – O abraço para tentar conforta-lo. Pobre homem. -Obrigado Milla. – Depois de alguns momentos calados, ele levanta e se vai sem dizer mais nenhuma palavra. Eu nem sei o que pensar ou dizer, não queria estar na pele dele. E Alie de certa forma também esta condenada. Não sei se devo dizê-la. Talvez a confortasse um pouco. Mas talvez seja melhor ela achar que ele é um canalha. Não sei mesmo o que devo fazer.
ALIE CAPITULO 7.1- SAINDO PRA JANTAR. Na quinta feira à tarde Elijah me ligou me convidando pra jantar. Ponderei um pouco as minhas opções. Ficar em casa e chorar ou ir jantar com um homem lindo e rico. Vou ficar em casa mesmo! Milla e Teph estavam do meu lado e me olharam, jurava que eles não imaginassem do que se tratava, então começaram a fazer gestos cortando a garganta e eu entendi que eles sabiam sim e me matariam se eu dissesse não. Então estamos aqui, dessa vez não quero ficar muito arrumada, não tenho vontade. Visto um blazer azul claro, com uma camiseta longa folgada branca, uma calça jeans preta e uma anabela branca. Teph aprovou meu look, fez uma trança rabo de peixe caindo na lateral no meu cabelo e uma maquiagem leve pra completar. Elijah chega as oito como marcamos. Esta lindo vestido numa camisa preta gola rolê e uma calça jeans apertada. Sapatos negros de bico quadrado. Agora posso admirar seu lindo corpo malhado vestido na camisa colada, parece ser impressão, mas consigo ver os gominhos no seu abdome. -Boa noite! – Digo olhando nos seus olhos. -Boa noite Alie, você esta linda! – -Obrigada! Onde vamos? -Gram Royal. – Puta que pariu, logo no restaurante do amigo dele. Ele percebe. – Você não gosta de lá? -Pra mim esta ótimo. Só acho que não estou vestida para o lugar. -Você será a mais linda de todas Alie! -Obrigada! – Depois disso não a desculpa. Ele abre a porta do carro, entra e nós seguimos para o restaurante. Ao chegarmos a atendente é super simpática não tira os olhos do Elijah e nem me importo, nos leva até uma mesa no salão. Graças a Deus sem mesa privativa. Consigo ver o espanto e desconfiança no rosto de Ralf do outro lado do lugar. Ele sai de onde estava e vai para onde parece ser a cozinha.
MATT CAPITULO 7.2- CIUME DOENTIO. Estou em casa deitado na cama olhando pro teto e pensando nela quando o telefone toca. Nem um pouco interessado não olho quem é e atendo.
- Onde você esta homem? - reconheço a voz. Contei uma parte da historia pra ele, apenas a parte que eu me casarei. Não disse os motivos, ele me xingou e eu disse que sabia o que estava fazendo então ele me deixou em paz e nunca mais falou comigo, até agora. Graças a Deus encontrei Milla e pude desabafar. Sinto-me melhor desde então. -Estou em casa. O que quer? -Alie acaba de chegar aqui com o solteiro mais cobiçado da cidade. – É nesse momento que me levanto rápido da cama e tropeço na colcha e caio de cara e joelho no chão. - O que? Quem é esse? – Me sento no chão passando a mão rápido pelo joelho, pra tentar diminuir a dor da pancada. -Elijah idiota. - Pensei que fosse eu! - E era até você resolver casar. - Expulsa eles daí Ralf. - Não posso fazer isso Matt. - Então me espera! - O que você vai vir fazer aqui cara? - Não sei, apenas me espera. Tiro meu pijama e visto uma calça jeans e uma camisa de manga longa e capuz. Só não me pergunte o porquê, meu subconsciente me guia! Pego meu carro na garagem e saio de casa. Avanço todos os sinais pelo caminho. Não faço a mínima ideia do que estou indo fazer, mas vou! Em 10 minutos estaciono meu carro na parte de trás do restaurante. Entro pela cozinha e Ralf já está lá, quando me ver entrar ele gargalha! Fecho minha cara pra ele e ele para. - Onde é o banco? - Que? - Onde é o banco que você vai assaltar! - Haha, onde ela está? - Aqui vem cá. - Ele me leva para uma sala pequena com câmeras de segurança e eu a vejo. Meu coração para por alguns segundos. Ela está linda vestida casualmente, sorri, mas seu sorriso não chega aos olhos. Elijah é um cara bonito, droga! Por que que minha concorrência tem que ser tão forte sempre? Pensa cara pensa! - Ralf você vai ter que me ajudar! - Nem pensar! - Fala sério cara! Você nem me ouviu! – Faço cara de ofendido.
- Posso ver o que passa na sua mente insana! Elijah é meu cliente! - E eu sou seu cliente e melhor amigo! – Começo a chantagem emocional – Eu a amo Ralf, eu quero que ela siga a vida em frente, mas não agora. – Poderia fazer beicinho agora, mas não será necessário ele já me olha com pena! - Seu filho da mãe chantagista. Não me envolva nisto. Vou lá pra cima, não quero nem ver o que pretende fazer. – Abro um sorriso e o abraço. Ele não devolve, faz que não com a cabeça e sobe as escadas que vão para a administração do restaurante. “Vamos Matt pensa, pensa” O garçom finalmente se aproxima pra pegar o pedido dos dois, e as ideias começam a surgir a minha cabeça. Ligo para Mandy. Ela atende no segundo toque. - Você tem o telefone daqueles caras que cantaram no aniversário do papai? - Tenho sim, mas pra que você quer? - Depois te explico, me passa ai! Ah e daquela atriz loira que é sua amiga também. - Tah- Ela diz sem entender bosta nenhuma – Te passo por mensagem. - Beijo irmã, obrigado! – Por isso que a amo! Ela ajuda até sem saber. Ela me manda a sms segundos depois e eu ligo para os dois e marco, peço urgência e ofereço um valor mais alto pra que eles deixem de fazer o que estão fazendo pra vir. Quando o garçom que atendeu Alie e Elijah vai pra cozinha eu saio da sala para encontra-lo. - Olá amigo! – Ele olha pra mim me achando com cara de louco. Mais um! - Olá?! - Preciso da sua ajuda, sou amigo de Ralf e quero fazer uma pegadinha para os meus amigos que você está atendendo. – Ele franze as sobrancelhas, claro ele está atendendo muita gente. – Uma loira linda de azul – sua mente clareia - E um cara forte que parece um soldado em missão no Iraque. – Ele franze de novo. – Tá, um bonitão, forte de preto. – Agora sim o filho da mãe lembra. - O que eu tenho que fazer. - Eles pediram vinho? - Sim, um Bourbon. – Além de gosto pra mulher tem gosto pra vinho. - É o seguinte, preciso de tempo. Você vai até lá e acidentalmente, escuta acidentalmente derramar vinho na camisa dela. – Ele faz que sim com a cabeça. Eu tiro minha carteira do bolso e dou uma nota de cem pra ele. E ele se vai. Vou para a sala acompanhar tudo pelas câmeras. Quando chego coloco todos os monitores apenas neles e tento alinhar o som pra poder ouvi-los e eu posso mas muito ruim. Acompanho quando o garçom se aproxima com o vinho. Ele abre o vinho e coloca na taça de Alie, então finge uma topada muito mal fingida e derrama em cima do peito dela uma boa quantidade de vinho. Ela se assusta mas não fala nada. O garçom pede desculpas e ela sorri sempre tão simpática. Ela levanta e Elijah a segue com os olhos. Filho da mãe! Ele bebe vinho
impaciente enquanto a espera. Dez minutos depois ela volta, sexy como um inferno com a camisa molhada ele não olha como eu esperava. - Tudo bem? – O ouço perguntar. - Tudo bem, foi apenas um acidente. – ela sorri. - Você quer pedir logo? - Sim. – Não sei se é a minha esperança mas ela não parece interessada. Ele chama o garçom e eles fazem o pedido. Olho no relógio. - Então Alie, você não me disse por que estava chorando aquele dia, - Como assim? Que dia? - Eu tinha acabado de ver meu namorado beijando outra mulher. – Hum o dia da festa. - Serio? Com você lá? - Na verdade foi tudo um mal entendido, alguns dias depois ele me mostrou a filmagem do hotel onde ela o agarrava. - Seu namorado é Matthew? - Era. Como você sabe? - Meu gerente me falou do pedido da filmagem. E me disse que ele estava bem desesperado. – Ela sorri. - Então, ele vai casar agora não é? - Não gostaria de falar nisso. - Tem certeza? Quero ser seu amigo Alie, pode me contar. - Não tem muita coisa pra contar. - Adoraria ouvir! - Bom, nós namorávamos daí um dia ele sumiu e dez dias depois ele me manda uma carta de adeus, me desejando felicidades. – Toco a tela do monitor passando a mão pelo seu rosto vendo a sua tristeza. – E pronto agora ele vai casar com outra mulher. - Essa história é muito estranha Alie. - Também achei no início, mas agora não me importo mais! - Eu sinto muito Alie! Posso sentir a sua dor. – Posso ver seus olhos vermelhos e cheios d’agua. Ela ainda sente tanta dor. - Mas me fala de você! – Ela diz fingindo interesse. Toc toc toc ouço o barulho na porta e olho, o cantor mexicano está na porta. - Tudo bem, pode entrar! – ele entra. - Foi com você que eu falei no telefone?
- Sim! Não entendi muito bem o que você queria por telefone. – Então explico a ele o que eu quero. Vejo seus amigos saírem junto com ele para o salão. Quando eles saem nas portas todos olham pra banda. Cinco maniates com instrumentos nas mãos e sombreiros na cabeça, vestidos em roupas chamativas pretas e tocando músicas mexicanas. As pessoas batem palmas e quando eles param apenas na mesa de Alie e Elijah. No começo eles gostam e batem palmas, mas depois da terceira musica Elijah fecha o rosto e procura o gerente da casa. O gerente claro não aparece. Alie ainda ri do que acontece. Mas esta envergonhada, posso ver suas bochechas avermelhadas. Elijah se levanta e fala com os homens. Eles riem e começam a cantar corazón espinado. Ele sabe sair de uma situação embaraçosa. Depois disso sei que ele vai só fazer mais pedidos. Mando uma sms pro cantor e ele canta mais uma música e vem até a mim. Pago e agradeço. Quando eles estão saindo a loira aparece. A loira é bonita. Magra, cabelos curtos, rosto fino, olhos azuis escuros. Veste um vestido curto, com um grande decote e um blazer por cima. Saltos altíssimos. - Tira isso minha filha! - Digo pra ela tirar o blazer. Explico o que ela tem que fazer e ela se vai. Me sento rápido na sala pra poder ver. A mulher se aproxima da mesa deles. - É isso que você veio fazer aqui? É essa sua reunião. – Ele fecha um pouco os olhos, e aponta pro peito. - Você ta falando comigo? - Com quem mais poderia ser seu canalha? - Agora ele arregala os olhos. - Não conheço você moça. - É assim que você me trata, ontem você disse que me amava e agora você está com essa ai! Alie olha pra mulher sem entender absolutamente nada. E de repente a gargalhada de Elijah toma conta do lugar, a atriz pornô fica sem jeito esperaria tudo menos essa atitude. Alie ri sem jeito também. Elijah chama o garçom e o garçom vai. - Você pode trazer mais uma cadeira pra nossa amiga aqui? – O garçom faz que sim e vai buscar. A atriz fica sem jeito. Alie ainda sem entender. - Eu não quero sentar, eu quero explicações. - Ela é apenas uma amiga amor? Desculpa qual o seu nome? – ele pergunta pra atriz. - Agora você esqueceu meu nome. - Sempre te chamei de amor, então não lembro. – A mulher burra fica sem saber o que fazer. - Quer saber? Não preciso disso! “Fica, fica ai sua filha da mãe” – grito com a tela do monitor, obviamente ela não me ouve e se vai. Atriz de merda essa que arrumei! Game over pra mim! Agora eu to perdido. Esse cara e bom, seria um bom cara pra ela seguir a vida, bonito, rico e bem humorado. Parece outro cara pelo qual ela já se apaixonou. O medo me
domina, quero que ela siga em frente e não sei mais o que fazer, mas isso me dói tanto. Não sei se vou embora ou se fico para ouvir o resto da conversa. - O que foi isso? – Alie pergunta rindo. - Parece que alguém tentou sabotar nosso encontro. – Espertalhão - Parece que sim. Sabe Elijah, você é um homem muito bonito, sabe sair de situações embaraçosas,- ele ri - e tem bom humor, seria um ótimo namorado. Mas eu não estou a procura disso agora! Preciso por algumas coisas no lugar, preciso remontar meu coração, não quero que tenha esperanças em relação a nós. - Não vejo em você uma namorada em potencial Alie. – Ele fala rápido.- Também não quero transas casuais. – Ele ri e ela também. - Quero sua amizade Alie, você é linda e bem humorada, seria uma perfeita namorada. Mas como você, gosto de mulheres complicadas. Com você a vida seria muito fácil. Os dois riem juntos e eu rio daqui da sala. Deus obrigada! Vou poder dormir hoje a noite. Até que Elijah continua. - Podemos curar nossos corações juntos qualquer dia desses, com algumas doses de whisky. Depois se você quiser tirar a roupa pra mim seria bem legal. Alie ri, mas eu não gostei dessa piada! Não mesmo! Fico grudado na tela mesmo quando mudam de assunto, não posso perder nada! Poucos minutos depois do jantar eles resolvem ir embora. Eu vou pegar meu carro junto. Os sigo até o apartamento de Alie com cuidado para que eles não me vejam. Me roo por não saber o que acontece no carro. Ele estaciona e desce para abrir a porta pra ela, dou graças a Deus que ele nem se convida nem ela o chama para subir. Eles se despedem com um abraço e ele se vai. Me arrependo de ter feito tudo isso, mas passa logo. Esse poderia ser o momento de ela dar a volta por cima, de ficar com um homem bom. Mas o meu egoísmo apenas não permite que ela siga em frente, pelo menos por enquanto. Depois de passar alguns minutos em frente ao apartamento de Alie, resolvo ir pra casa. Chegando em casa vou pro meu escritório, me sirvo de whisky, deito no sofá e olho para as suas fotos. Pensando que um dia terei que deixa-la ir. Depois de pensar muito em nada e ao mesmo tempo em tudo as 4hs am pego no sono. Um sono tranquilo e profundo. Alie está parada na minha frente linda com os cabelos esvoaçantes e vestida de branco numa praia, seu sorriso rasga meu coração. Ouço um barulho de música e percebo que vem do meu celular. Desperto do sonho e olho a tela do celular e é o pesadelo personificado. Atendo. - Fala! - Você vai falar sempre assim comigo? - Posso pensar em coisas piores. – Não suporto essa mulher.
- A data está marcada. – PUTA QUE PARIU -Casaremos daqui a exatos dez dias. No jardim da casa dos seus pais. Estou mandando entregar na sua casa mais tarde o seu terno do casamento, vou mandar juntos os papeis da casa pra você assinar. O cheque era seu então não pude registrar em meu nome. Também mandarei seu contrato assinado. Em dez dias casaremos meu amor. Desligo o telefone sem dizer uma palavra a mais. Tudo parecia ser uma ilusão até agora! O último fio de esperança que existia dentro de mim acaba de ser cortado e queimado. Em estado de choque não me mexo nem choro. Nada! Absolutamente nenhuma reação, nenhum pensamento. Nada!
ALIE CAPITULO 8 – A GRANDE NOTICIA. Me prendo ao trabalho pra que consiga esquecer um pouco de tudo. A notícia de que o casamento de Matt já está marcado foi forte demais pra mim. Eu que achava que estava me recuperando, consigo ficar ainda pior. Parei de comer, só como quando me obrigam, parei de viver esse é o termo mais exato. Havia prometido para Milla e Teph que se não melhorasse iria ao médico e agora eu sinto que preciso ir antes que a anemia piore. Não consigo guardar nada no estomago, não sinto fome e o que como, me faz ir ao banheiro minutos depois pra vomitar. Já consigo dormir sem remédios, aliás o sono me domina, estou amarela e sem cor. Anemia com certeza. Marquei uma consulta com Dr. Mark Olsem hoje as 03:00 pm. Vou para o consultório meia hora antes e aguardo na recepção, dez minutos antes do meu horário sou chamada. O consultório do Dr. Jones é simples, como a maioria dos consultórios bem pagos da cidade. -Olá Alie como vai? – Não tão bem doutor. - O que você anda sentindo? - Bom, são muitas coisas, tudo que como ponho pra fora e sinto sono me sinto frágil e cansada sempre. - Você vem sentindo alguma dor? - Apenas uma dorzinha de cólica as vezes. Mas acho que não tem nada a ver com outros sintomas, devo estar com anemia, é bem comum na minha família. – Ele me olha com cara feia. Acabo de fazer o que os médicos mais odeiam. Dei o meu próprio diagnostico. - Bom, Alie acho que eu não posso fazer nada por você!
– Ah meu Deus estou muito doente e vou morrer? - Acho que não! – Ele levanta e me dá um cartão. Ele se levanta e eu levanto junto. – Vá até o andar de cima e procure pela Dra. Lana só ela poderá atender você. - Por que o senhor não pode? – Fico preocupada. Deve ser uma oncologista. Meu Deus que não seja câncer. - Não se preocupe Alie, vá até lá e ela poderá te ajudar mais que eu. Sem entender absolutamente nada vou até o andar de cima que está vazio. Falo com a recepcionista e ela pede que eu aguarde mais um pouco. Sento em um dos sofás da recepção e aguardo. Enquanto aguardo chegam duas mulheres uma com um barrigão. A outra normal como eu, mas um pouco mais velha. Sou chamada minutos depois entro na sala da Dra. Lana. Aqui parece ter mais vida, muito rosa e enfeites, mais organização. Dra. Lana deve ter em torno de 45 anos, é negra e tem um sorriso muito bonito. Depois de dizer as mesmas coisas que disse na outra sala. - Qual foi a ultima vez que você menstruou Alie? – Ela pergunta e só agora dou por mim que não menstruei desde que comecei a namorar com o Matt. Será que anemia atrapalha a menstruação? -Ah quase dois meses doutora. Ela me diz então que tenho que fazer um exame de sangue e que eu espere por que o resultado sai rápido. Vou para o laboratório e faço o exame. Espero mais vinte minutos e fico cada vez mais apreensiva. Ao voltar para o consultório da Dra. Lana ela está atrás de uma parede que não havia percebido no seu consultório. Quando me aproximo vejo que ela prepara uma máquina grande com um monitor do lado e apoios na maca confortável. De repente me vem uma luz. - A senhora é ginecologista? - E obstetra! Me dá seu exame? - Ela estende a mão sorrindo. Eu a entrego. Não entendo por que o Dr. Jones me mandou pra cá. Não existe a possibilidade de gravides eu sempre tomei anticoncepcional. Ela abre o exame e sorri. Eu a olho com medo como se fosse um animal indefeso. – Como eu suspeitava Alie! Você está gravida! – Eu rio alto. - Isso é impossível doutora! - Nada é impossível Alie, e aqui diz que você está grávida! E meu mundo cai, nas pernas faltam força. Dra. Lana me segura e me senta na máquina. Me falta o ar e o raciocínio. Isso não pode estar acontecendo! Grávida? Só pode ser pegadinha! - Vamos fazer um ultrassom intravaginal pra ver como está o bebê? – Faço que sim com a cabeça sem me lembrar onde estou. A Dra. Lana sai e vai chamar alguém. Poucos minutos ela volta com uma ajudante. - Você pode se trocar ali Alie. – Ela aponta para uma porta. – Lá vai ter a roupa pra você vestir. Quero que você vista com a abertura pra frente ok. - Eu vou até lá e mudo de roupa sem pensar em nada. Nem percebo que estou quase nua. Nada vem a minha mente. Volto e ela me ajuda a subir na maca. Põe as minhas pernas em cima de um apoio e fico totalmente exposta pra ela. Tão fora
de mim que não sinto nada de vergonha. Ela levanta um objeto fino cilíndrico branco, cobre com um plástico e fala alguma coisa que não entendo, meu mundo gira. Ela liga o monitor do lado da maca e percebo que na verdade o objeto que ela me mostrou anteriormente é uma câmera. Legal, o que será que ela vai fazer com isso? - Pode incomodar um pouco Alie. – Ela passa um liquido transparente na câmera e vai levando em direção ao meu sexo. Por reflexo eu fecho as pernas. – Vamos Alie não vai doer tanto assim.- Eu idiota deixo ela pôr a câmera achando que tudo é uma piada e que nada vai acontecer. Quando ela coloca sinto uma pequena dor, faz tempo que nada passa por ai. E a tela se ilumina. Vejo algumas manchas em sépia na tela. - Essa tela é em 3 D Alie, agora não por que os bebês são pequenos ainda, mas quando eles tiverem maiores poderemos ver até seus rostos. – Por que ela ta falando no plural? - Ah sim meus parabéns! Serão gêmeos! – Agora sim eu entro em estado de choque e alguns segundos depois gargalho, rio como uma louca. - Ta bom gente já pode parar! Acabou a graça! Foi muito boa a brincadeira ha ha ha. – Olho pra Dra. Lana que deve achar que eu sou louca pela cara que ela me faz! – Você não está brincando não é? - Não mesmo! Você está grávida e de gêmeos! – rio de novo e emendo o gargalhar com os espasmos do meu choro, como isso foi acontecer? Preciso de explicações! - Isso é impossível Doutora. Sempre tomei remédios. - Pode ser um propósito de Deus. – Penso comigo mesmo. “ Só se o proposito dele for acabar com a minha vida!” A Dra. Lana levanta-se e eu levanto junto. Ela pede que eu vista a roupa, eu faço e em seguida volto para sua mesa. – ainda chorando. - Aqui estão as receitas de algumas vitaminas que você precisa tomar! Você precisa se alimentar bem Alie, tem duas vidas dentro de você agora! Também recomendei um para que você pare de enjoar. – ela olha pra mim e vê meu sofrimento. – Escuta Alie, sou medica a mais de dez anos e vi poucos casos como esse, mas todos tinham os seus motivos! Deus não te dá fardos maiores do que você pode carregar. - Espero que seja assim mesmo! – ela me diz mais algumas coisas, mas não entendo bem. Saio de lá e vou para a recepção. Sabendo que não posso dirigir assim ligo pra Milla. Ela atende rápido. - Oi Alie! - Você pode vir me pegar na clínica do Dr. Jones? – Ela percebe que ainda choro. - O que aconteceu Alie? Você está bem? - Vem logo Milla por favor. – Continuo sentada na recepção, chorando enquanto as mulheres gravidas com os maridos olham pra mim com pena. Milla chega depois de alguns minutos. Me vê chorando e me abraça. - Vamos! – Digo e ela vai comigo de braço dado até o estacionamento.
- Teph está na sua casa nos esperando. – Faço que sim com a cabeça. Chegamos em casa e eu continuo calada. Me sento no sofá como um ser sem vida olhando pro nada e as lagrimas caindo. Eles olham pra mim Teph em pé e Milla na poltrona de frente. Resolvo falar. - Estou gravida! – Eles arregalam os olhos, mas os de Milla quase saem da caixa. - O que? – os dois dizem juntos. - Estou gravida, e como se não fosse o bastante, de gêmeos. – Teph fica feliz e Milla põe as mãos no rosto. - Como isso aconteceu Alie? – Milla pergunta. - Eles estavam nus e... – Milla joga um travesseiro em Teph. - Não to falando disso idiota! Você tomou seus comprimidos direito? - Sim, como sempre! - Não fica assim amiga! Esse bebê vai ter três mães! - Teph diz! - E nenhum pai! – As lagrimas voltam a cair e eu me imagino com duas crianças nos braços sozinha em casa, na solidão. Milla me olha com uma pena infernal, tanta que me faz ter pena dela por me olhar assim. - Matt está sendo obrigado a casar! – Ela agora consegue minha atenção. Sem ser interrompida ela continua. Fico horrorizada com a história que ela me conta, parece ter saído de um filme trash dos anos 80. Como uma mulher pode fazer isso? É uma bruxa sem coração. Imediatamente me sinto mal pelo que pensei quando soube que estava gravida. Eu não posso pensar assim, tenho que pensar que essas crianças são uma benção na minha vida e que nós três seremos muito felizes. Depois de ouvir toda a história, choro mais ainda, choro pelo meu pobre Matt, ele na verdade me ama e as vezes que eu me senti melhor pela manhã foi por que ele veio até mim. Ele deve estar sofrendo tanto quanto eu. Mesmo depois de ouvir essa história o que eu posso fazer? Não posso fazer nada! - Mas Alie, com o sacrifício que ele está fazendo por um filho ele vai enlouquecer quando souber que você espera dois? – Teph diz. - Não posso pedir que ele escolha entre os meus filhos ou o dela Teph! Meus filhos vão nascer e crescerão felizes com ou sem pai! Enquanto o outro pode não nascer por egoísmo meu! – As lagrimas rolam descontroladas. – Não posso fazer isso Teph, vou deixar casa-lo e criar seu filho. – depois de muito chorar comigo e me acalentar eles se vão. Eu então tomo banho e me arrependo de ter queimado suas lembranças. Deito me na cama de lado tocando minha barriga, agora sei de onde veio a vóz quando pensei em tirar minha própria vida. Agora sei que vou chorar por muito mais tempo, agora sei que chorarei talvez pelo resto da minha vida. Vou chorar por não tê-lo e chorar por sua infelicidade eterna. Pego meu celular e ligo pra ele ainda deve estar bloqueado mais a intenção é essa. Ponho pra gravar assim que começa a chamada. Um bip e a mensagem.
“Você ligou para Matthew Heaven, no momento não posso atende-lo! Deixe seu recado que assim que possível retornarei” E consigo o que queria, tenho sua voz gravada no celular. Ouço mais algumas vezes e ponho o celular em cima da cama do lado da minha barriga. “Ouçam amores essa é a voz do papai” Ponho pra repetir várias vezes e choro, choro sem esperança de cessar. Meus bebês, essa será a única lembrança de seu pai, uma gravação da voz. Acaricio minha barriga até que o sono chegue. E mesmo dormindo continuo a chorar!
MARISSA CAPITULO 9 – A SALVAÇÃO Com os últimos preparativos para o casamento, e com tudo quase pronto, decido fazer uma visita a Josephine. O casamento já é amanhã e Matt esta em casa direto, não quer falar com ninguém, não deu opinião em nada no casamento. No dia do almoço em casa o achei muito estranho, mas deve ser o nervosismo. Nós não ouvimos mais falar em Alie e pelo que Josephine me disse Matt terminou seu relacionamento e disse para Alie que sempre foi apaixonado por ela. Sempre torci pelos dois. Josephine é apaixonada por ele há muito tempo. Nunca achei que Matt se interessasse, mas sempre torci. Meu irmão sempre falou em casar e ter filhos e construir uma família. Talvez ele agora tenha percebido que ela é a melhor pra ele. Papai e mamãe não falam nada, mas não estão felizes, Mandy se recusa a falar comigo. Disse até que a culpa era minha e que nosso irmão seria infeliz para o resto da vida. Chego na casa de Josephine e os seguranças me deixam entrar. A mansão dos Morgam é sempre bem segurada. O pai de Josephine é muito rico e poderoso. Eu não sei bem o que ele faz pra ter tanto dinheiro, na verdade nem Josephine sabe. Vou direto para o quarto dela. Ouço sua voz. Quando me aproximo a vejo de costas olhando na janela. Ela gargalha. Eu não quero atrapalhar. Fico encostada na porta. -Você ta louca Holly? Claro que não! Paguei muito caro por esse exame falso, o Dr. Daniel me cobrou uma fortuna, papai nem sonha que eu peguei tanto dinheiro pra isso. – Fico com a testa franzida tentando entender, ela continua falando e olhando pra fora da janela.- E Matt? Matt ta comendo na minha mão! Você tinha que ver o desespero daquele idiota! Nunca quis algo e não consegui! Tive que chantagear e dizer que mataria um filho dele pra que ele quisesse casar comigo! Aquele idiota! - Não me preocupo com isso! Depois que estiver casada ele pode se apaixonar por mim. Quando a criança não nascer claro, vou tentar chantagea-lo dizendo que me matarei, acho que ele não vai ligar ou vai tentar me matar com as próprias mãos. – Ela gargalha novamente. Minha respiração parou faz tempo! Não acredito que Josephine fez isso! Ela chantageou Matt, mentindo que estava grávida! Deus ela falsificou um exame! Então por isso que meu irmão estava
tão infeliz! Como eu pude ser tão idiota? Eu não posso deixar que ela acabe com a vida de meu irmão. Saio às pressas da casa dela. Ela não me vê. Preciso avisa-lo!
MATT CAPITULO 9.1 – MARCADO PRA SEMPRE! Tive uma grande ideia, já que não vou ter Alie pra mim. Quero deixa-la marcada pra sempre na minha pele. Vou ao tatuador hoje à tarde! Marissa não para de ligar, não atendo, tudo que eu não preciso agora é dela falando merda no meu ouvido. Termino alguns contratos e depois do almoço vou ao tatuador. Chego lá por volta de 14:00pm. Já tenho em mente o que quero fazer. Marissa não para de me ligar então desligo meu celular. Hoje a noite não volto pra casa. Quero pensar em nada e ficar longe de tudo. Acabou a vida pra mim. Hospedarei-me em um hotel até a hora da forca. Chego no tatuador já sabendo exatamente o que quero fazer. Dói pra caramba, mas me faz pensar em coisas que não sejam a dor no meu coração. Ele me diz que eu posso fazer em algumas sessões, mas eu prefiro fazer toda de uma vez. Amanhã toda esperança morre!
ALIE CAPITULO 9.2 – A VOLTA DA FELICIDADE. O casamento de Matt já é amanhã e eu já me sinto até conformada. Terei duas miniaturas dele comigo, pra que lembre pra sempre. Me senti muito mal pensando depois em como recebi a noticia de estar grávida. Resolvi ir até a igreja, preciso pedir a Deus perdão por tudo e proteção para minha família de três! Aviso pra Milla, à igreja que vou fica próxima a minha casa. Quando chego esta vazia. Fico na frente do altar. Ajoelhada aproveitando o momento meu e de Deus. Peço por Matt também. Desejo toda felicidade do mundo pra ele. Ele deve estar sofrendo muito mais que eu! -Deus, me perdoe por tudo que eu pensei quando soube que estava grávida. Estava em um momento muito ruim da minha vida. Hoje sei qual foi o seu propósito, sei que Matt me ama como eu o amo e como não podemos ficar juntos o senhor me deu os bebes pra que eu pudesse ter uma parte dele sempre comigo. Pai, por favor o proteja e de muita força e paciência, que sua vida tenha felicidade, que o seu filho seja amado e cuidado por ele e pela mãe. - Ouço passos se aproximando. É uma igreja então não me incomodo em olhar. Até que chamam meu nome.
- Alie?!- Agora olho pra ver quem é, não reconheço a voz. Vejo a irmã mais nova de Matt se aproximando. Levanto-me sem falar nada. Ela apressa o passo e me abraça. Continuo sem entender nada, ela me odeia. O que veio fazer aqui? – Alie, me desculpe, eu fui tão idiota! Deixei que meu irmão sofresse e você também, eu devia ter percebido antes. Alie me perdoa por favor. – Ela chora também. - Do que você esta falando? - Josephine esta chantageando meu irmão! - Disso eu já sei! - E você não fez nada? -E o que você queria que eu fizesse? Ela exigiu que ele nem se quer falasse comigo. Se eu fizesse algo ela abortaria o filho dele! – já falo se paciência. - Ela não esta grávida Alie. - Agora é como se aquele velho brilho de esperança voltasse como o amanhecer. - Como? Você tem certeza disso? -Fui até a casa dela hoje de manha e a ouvi ao telefone. Ela disse barbaridades. Falou da chantagem e de ter falsificado o exame de gravidez, disse que o medico cobrou uma fortuna. Disse até que não saberia o que fazer quando casassem, disse que talvez dissesse que perder o bebê. - Que burra! Temos que avisar ao Matt! - Ele esta com o celular desligado, tento falar com ele desde de manhã. - Já tentou ir a casa dele? - Não, depois que não consegui o telefone. Resolvi te procurar. - Vamos até lá! Então vamos no carro de Marissa até a casa de Matt. Marissa parece realmente arrependida, esta nervosa, rói as unhas e fica calada por todo o caminho. Quando chegamos a mansão de Matt. Os portões estão fechados. Tocamos o interfone e a câmera na entrada se meche para os nossos rostos. - Boa tarde! -Boa tarde! Preciso falar com o meu irmão. – Marissa diz. - Desculpe Srta. Marissa, mas a senhora não esta autorizada a entrar nem a Srta. Alie. – De repente ouvimos uma voz que conversa com o homem do interfone. - É Alie? Deixe a entrar. – Uma voz feminina diz isso e já sei que é Norah. Os portões se abrem e nós entramos. Passamos pelo grande jardim e avistamos Norah na frente da casa. Descemos do carro e vamos em direção a ela. Quando me vê me abraça. E em seguida
Marissa, não com o mesmo carinho que me abraçou. Quando solta Marissa nos leva pra dentro da casa. Sinto o alivio no meu coração de estar na casa de novo. Pensei que nunca colocaria os pés aqui de novo. Nós passamos pela escada e ela nos leva para uma porta na lateral do lado esquerdo. Parece a sala, não conheço a casa direito, só vi a entrada com lustre, o quarto, a cozinha e a garagem. Na parede da frente da sala esta uma parede que parece ser feita de pedra com uma lareira grande no centro. O chão de madeira como o resto da casa. Nas laterais estão dois sofás pretos enormes um de frente pro outro. Entre os fofas esta uma mesa de centro quadrada com um vidro que parece ter uma lâmpada embaixo. Em cima da lareira está uma prateleira de madeira com alguns vasos decorativos. As outras paredes são de um bege claro, mas o melhor são as enormes janelas de vidro que vão do chão a quase o teto. Parecem dar para a lateral da varanda. É possível ver o lado do jardim. Algumas arvores grandes e algumas rosas deixam a visão espetacular. Nós sentamos e Norah fala. - Então meninas o que acontece? -Precisamos falar com o Matt é urgente! -Ele não esta, saiu e disse que não voltaria antes do casamento. Não disse pra onde ia. – Nós ficamos tristes com a noticia. - Então Alie, vocês terminaram mesmo. Norah é uma boa pessoa então resolvemos conta-la toda a historia. ela fica horrorizada e nos diz que senti muito em não poder ajudar. - Creio que só conseguirão falar com ele na hora do casamento. E sinceramente, seria muito melhor ver a cara daquela vaca quando vocês a desmascarassem toda vestida de noiva. - Grande ideia Norah. Marissa diz. - Temos que pensar em uma maneira de provar Marissa, ela vai mandar os seguranças nos expulsar e Matt com medo vai apoia-la. - Não sei se ele fará isso com você Alie. - Vamos pensar em algo. Então saímos de lá, meu coração esta apertado, pensando onde Matt deve estar. Chegamos em minha casa a noite já e ficamos pensando na melhor maneira de desmascarar Josephine. Marissa terá que ir e fingir que nada aconteceu, vamos seguir o conselho de Norah e fazer a revelação na hora do casamento. Já consigo até comer, minha mais nova amiga Marissa adorou minha comida. Pensei em contar pra ela sobre a gravidez, mas decidi que quero contar pra Matt antes de mais alguém. Qual será a reação dele? E se ele estiver traumatizado e não aceitar meus bebes. E se ele achar que eu quero da um golpe nele também. E se ele não me quiser mais? Marissa vai embora por volta de dez horas e eu fico pensando nessas questões. E nem consigo dormir pensando nessas questões.
MATT CAPITULO 9.3 – O DIA DO CASORIO. Depois de mais uma noite sem dormir, mais whisky e musicas tristes me preparo para o casamento. Antes mesmo de eu tomar banho Josephine me liga. - Já acordou? - Nem dormi! - Eu também não, estou muito ansiosa. - Não temos os mesmos motivos com certeza! O que você quer? - Queria saber se você estava bem. – Desligo, meu Deus como que eu vou conviver com essa mulher. E o beijo? To fudido! Não tiro a barba, nem a expressão de tristeza, não quero fingir em relação a isso! Não vou tirar foto com sorriso e muito menos pegar na mão dela. Me olho no espelho e dou uma ultima olhada na tatuagem da minha Alie. Me visto e sigo para a casa dos meus pais. Não chegou muita gente ainda, vejo poucos carros estacionados. A decoração é claro esta tão discreta como a noiva. Flores e mais flores por todo o lugar, rosas vermelhas e brancas espalhadas pela entrada. Se aqui esta assim imagina no jardim de trás. Não vou pra lá. Entro na casa para ver se vejo meus pais. Encontro as crianças no sofá da sala, tristes de cabeça baixa. Quando me veem correm até mim, menos Joseph que fica de cara emburrada. Talvez ele seja o único que não compreende. Me abraçam e as lagrimas já pensam em sair. Depois de abraça-los vou até Joseph, as crianças me seguem. Sento do seu lado e ele olha pra mim. - Se não ia casar com a tia Alie, por que trouxe ela aqui? – Todas as cabecinhas viradas pra mim. - Crianças existem coisas que vocês não podem entender. Eu ainda amo a Alie. Mas a vida de gente grande nem sempre é cheia de alegria. – Eles olham pra mim com pena. Como se vissem um passarinho morto no chão. - Você me deixa casar com ela agora? - Ah seu safado! Era isso que você queria num era. – O agarro e começo a fazer cócegas nele. Os outros entram na brincadeira e todos rimos. Só essas crianças pra me fazerem esquecer do que esta pra acontecer. Vejo quando papai se aproxima e escosta os ombros na porta. Saio de perto das crianças e eles continuam brincando. Me aproximo do papai e vejo que ele esta tão feliz quanto eu. Ele me abraça.
- Bom, filho! Vejo que não esta tão feliz como deveria com esse casamento, mas eu sem a autorização de sua mãe que esta chorando no quarto comprei lhe um presente de casamento. – Ele me entrega um envelope, mas devolvo. Não aceito. - Não quero presentes pai. Pretendo casar e ir pra casa e passar o resto da minha vida no escritório trabalhando e não pensando na vida. Quero esperar essa criança nascer e tê-la como o único motivo da minha existência. Obrigada pai, mas não quero mesmo.- Ele faz que sim com a cabeça e sai para o jardim. Vou para o quarto dele e de mamãe. Quando entro a vejo sentada na cama. Como ele disse chorando. Pela janela de seu quarto posso ver os convidados chegando. Ela percebe que sou eu, mas não olha pra mim. - Meu filho, não faça isso por favor! - Não tenho outra escolha mãe! - Sempre a o que fazer Matt! - Nem sempre. – me aproximo dela -Não fica assim mãe, eu posso ser feliz – minto pra tentar melhorar seu humor. – Vou ter um filho. Sempre quis, creio que ele me fará muito feliz! - Olha como você fala isso Matt, pra que você vai casar se é o filho que você quer! - Você não entenderia mãe. - Me explica então. – Ela fala firme, com raiva. - É melhor não. - Já esta na hora Matt. – Mandy fala da porta do quarto. Me salvando como sempre. Suspiro bem forte e passo a mão na minha barba por fazer. Chegou a hora! Mamãe levanta da Cama levando uma caixa de lenços nas mãos. Mandy se vai junto com ela. Vou para a janela olhar mais uma vez pra tudo aquilo. Que merda! Como eu poderia pensar que estaria tão triste no dia do meu casamento. Algo que tanto almejei! - Deus tenha misericórdia de mim! Saio do quarto e vou para o jardim. Tudo tão exagerado. Cadeiras revestidas com cetim vermelho e mais rosas vermelhas e brancas espalhados por todo o local. Fico pensando se ela contratou um decorador ou fez sozinha. Chego ao pequeno altar. E minhas pernas já começam a tremer, vejo as centenas de convidados. A maioria convidados dela. Na verdade nem disse quem queria convidar, mas posso ver os meus amigos e algumas pessoas da empresa. Ralf e sua irmã me olham com desprezo. Não posso querer algo diferente disso. Lá no fundo vejo as câmeras e repórteres de programas. Claro esse momento não poderia deixar de ser filmado. Meus olhos já enchem de água e espero que as pessoas acreditem que é de felicidade. Fico de cabeça baixa do lado do padre. Ouço a banda começar a tocar a marcha fúnebre. Tá na verdade não é marcha fúnebre, é a marcha nupcial, mas pra mim dá no mesmo. Depois de um tempo que a musica começa olho para o tapete vermelho para ver a bruxa chegando. Vestida num tomara que caia que cobre apenas seus mamilos e uma saia gigante que quase não deixa ela passar pelo corredor. Um véu gigante
cobre seu rosto. Nenhuma criança vem na sua frente, creio que meus sobrinhos tenham se recusado a fazer parte disso. Vejo quando ela passa por eles. Todos fazem careta, até mesmo Dom que já é quase adulto. William segura no braço da filha como se ela fosse um tesouro e a megera sorri triunfante. Ele chega do lado do altar e estende a mão da filha. Eu finjo que não vejo e a deixo no vácuo ela então baixa a mão e fica do meu lado. Queria fazer o papel direito, mas não posso evitar, não consigo olha-la na cara. O padre começa a falar e eu já não ouço mais nada. Vejo tudo embaçado pelas lagrimas que começam a cair. Penso em quanto eu imaginei eu e Alie aqui. O quanto nós seriamos felizes. Só agora lembrei de Marissa não a vi! Todos estamos em silencio enquanto o padre fala. De repente ouço palmas solitárias. Olho para trás junto com todos os outros convidados e vejo Marissa. Todos ficamos calados esperando que ela fale. E ela faz. - Parabéns Josephine! Você quase me enganou! – Josephine lança um olhar de morte para Marissa que não se importa. – como você pode ser tão baixa.? Idiota já sabia que você era, mas agora percebi que alem de tudo ainda é burra como uma porta! Nem sei como Matt foi capas de cai numa dessas. Você foi esperta nessa parte, soube usar seu maior desejo para atingi-lo. – Os repórteres se aproximam de Marissa. - Do que você esta falando Srta. Heaven? – Um repórter pergunta e coloca o microfone a sua frente, os outros repetem. - Josephine esta chantageando meu irmão para que ele case com ela! - Que tipo de chantagem? – O outro pergunta não deixando Marissa terminar o resto da frase. - Marissa comprou um exame de gravidez e disse para meu irmão que estava grávida e que só teria a criança se ele casasse com ela. Caso ele não fizesse ela abortaria. – Um grande ohh soa no local. Eu fico sem nenhuma reação. Josephine olha pra mim. - Faça alguma coisa Matt, ou você já sabe o que acontece. - Cala a boca sua vadia! – Ela fica horrorizada e resolve falar com Marissa. - Eu estou grávida Marissa. Posso provar! - Pode? Ta bom então. Vem cá Alie. – Vejo minha querida Alie levantando de uma das cadeiras, acho que ela não estava ai antes eu a teria visto. Ela esta perfeita! Apenas com algumas olheiras ao redor dos olhos, mas esta com seu corpo antigo. SUS cabelos e sua pele brilham a luz do por do sol. Vejo o brilho dos seus olhos verdes de onde estou. Seus olhos encontram os meus. Eu não posso evitar de sorrir. Fazia muito tempo que não a olhava nos olhos. Ela se veste casualmente com um vestido folgado verde claro. Com certeza não veio para o casório. Ela veio pra me salvar. Posso ver. Alie entrega uma sacola para Marissa e fica do seu lado. -Bom Josephine! Você esta realmente grávida? - Sim estou!
- Ok, trouxemos dez testes de farmácia pra você fazer. – Eu e as outras pessoas rimos. - Não vou fazer isso! Não preciso tenho o exame. E quem sabe se estes testes não estão batizados. - Ainda estão todos lacrados. Mas caso não queira fazer o teste trouxemos um pessoal especializado do laboratório. Você pode fazer o exame de sangue também. – Olho para o rosto de Josephine e sei que ela esta nervosa. - Então Josephine o que vai fazer? - Vocês me pagam pela humilhação! - Prepare-se para a cadeia!– Ela olha pela saída na lateral e sai. Os repórteres saem e eu não consigo parar de sorrir. Olho em direção a Alie e ela ainda me olha. Começo a dar alguns paços em sua direção e ela corre pra me encontrar! O choro de felicidade é inevitável. Nos encontramos e a agarro num abraço forte e nos beijamos, posso sentir sua boca úmida e salgada pelas lagrimas e sentia tanta saudade dessa boca que poderia beija-la para a vida toda. Depois de muito tempo nos separamos e a olho nos olhos. - Nunca pensei que estaria tão feliz por não ter um filho. – Ela sorri como o gato de Alice. Eu sem entender ponho a cabeça de lado. - O que você quer dizer com isso Alie? - O que você acha! – Um clarão na minha cabeça faz entender. - Você esta grávida? – Ela faz um sim tímido com a cabeça. Eu sorrio chorando pensando em tudo aquilo que passei nos últimos dias. E esse com certeza entrará na lista dos mais felizes. Eu a abraço agora não tão forte com medo de machuca-la. - Se prepara papai! Serão dois! – Nesse momento eu fico paralisado. Dois? Dois? Eu poderia estar mais feliz? Não mesmo! As pessoas nos olham querendo saber o que falamos. Eu olho então para todos e falo alto. - Peço que todos os familiares e convidados de Josephine se retirem. Os outros peço que fiquem e comemorem meu noivado e a gravidez da minha linda futura esposa. Os meus amigos batem palma, as crianças gritam de felicidade e todos vem nos abraçar. Mamãe e papai numa felicidade só. Imagina quando souberem dos meus DOIS filhos. Todos fazem como pedi. Os convidados de Josephine saem e eu peço que os empregados da casa desfaçam a decoração ridícula e se juntem a nós.
ALIE
CAPITULO 10 – DE VOLTA A FELICIDADE. Olho pro Matt sem acreditar que estamos juntos novamente. Ele já deve estar com dor no rosto pelo sorriso que estampa há duas horas, mas quem sou eu pra falar se eu estampo o mesmo sorriso. As crianças estão numa felicidade só. Os pais de Matt também ficaram, os empregados da casa dançam e se divertem com os outros. As minhas cunhadas parece que finalmente se entenderam. Matt se afasta de mim e vai até ao palco. Pega o microfone. -Eu não gosto de fazer isso, mas esta data é realmente muito especial pra mim. Quero agradecer minha irmã Marissa pelo que fez. – Marissa solta um beijo pro irmão. Finalmente nos damos bem, mas também, de uma forma ou de outra ela nos salvou.- Marissa me salvou da maior enrascada de todas. E quero agradecer a esta mulher ele aponta pra mim- Alie me salva a cada dia. Desde que a conheci não passo mais que um minuto sem pensar nela. E nesses dias de inferno, por que senhores eu sofri, sofri demais mesmo. – Ele ri como se lembrasse de algo do passado. – Alie foi a minha corda de salvação. Era pensar no seu sorriso, seu amor e em outras coisas – Eu já choro e sorrio envergonhada. – Que tudo parecia melhor, e me fez ter esperança até o ultimo momento. Eu amo você Alie, Te amo mais que a vida! – Ele vai até um dos homens da banda e fala no seu ouvido. Quando a banda começa já sei que musica é; é Bliss de John Mayer, mas numa versão mais lenta. Ele olha pra mim enquanto canta, sem desviar um segundo. Esse homem é meu! Sempre foi e como o nome da musica diz é felicidade! Muita felicidade! Seu toque é elétrico Eu senti na primeira vez que me segurou A forma como estamos conectados Tão facilmente Eu tentei defini-lo Procurado pela frase perfeita Eu tentei descrevê-lo Em um milhão de maneiras diferentes É alegria, é êxtase, é verdade, é o destino E mesmo o amor não é suficiente para dizer como você me faz sentir Só há uma palavra para isso Eu tenho que admitir que Você tomou meu coração de surpresa Não sei como você fez isso Mas, querida, eu nunca me senti tão vivo
É alegria, é êxtase, é verdade, é o destino E mesmo o amor não é suficiente para dizer como você me faz sentir Só há uma palavra para isso É bem-aventurança Ei, sabe amor, você sabe o que o futuro reserva Enquanto você está aqui comigo É alegria, é êxtase, é verdade, é o destino E mesmo o amor não é suficiente para dizer como você me faz sentir É fé, é honestidade, é vida, é tudo Para dizer "eu te amo" não é o suficiente para dizer como você me faz sentir É no seu sorriso, no seu beijo É a razão a qual eu existo Só há uma palavra para isso É felicidade É felicidade
É felicidade Ele vem até mim e me abraça e me beija e diz que me ama. E eu apenas sinto seu corpo no meu, com saudade e implorando. Ele se afasta um pouco e olha nos meus olhos. -Que tal nós darmos uma fugidinha? - Espero por isso faz tempo. – Ele olha ao redor e vê que todos dançam e riem alegres. Pega na minha mão e me leva rápido pra dentro da casa. Nós subimos as escadas e vamos pelo corredor. Paramos de frente a uma porta e ele abre. O quarto é simples e bem decorado. O chão em madeira escura, uma cama de casal grande como a da casa dele e algumas prateleiras com fotos e artigos decorativos. Nada de fotos de mulher pelada, mas não podia esperar isso, ele morou ali até os trinta anos e deve ter mudado a decoração nesse período e não é nenhum adolescente. Enquanto olho tudo ele tranca a porta e vem até mim. Me agarra pelas costas e da beijos no meu pescoço e clavícula. - Senti tanta falta sua Alie. Tanta que meu peito doía e eu não consegui dormir durante tanto tempo. – Ele passa a mão pela minha barriga alisando devagar. – Nós podemos fazer amor? Não quero machucar meus filhos. Reviro os olhos sem que ele veja. E me viro pra ele.
- Vi que não existe problema. - Algum medico te disse isso? - Não, vi na internet. - Ah não Alie, não vou arriscar. – Ele se afasta de mim. - Ah amor, você acha que ninguém faz isso quando ta grávida! Vem cá. – Estendo a mão pra ele. Ele pega. O puxo pra mim e ele me agarra, se afastando um pouco da minha barriga. Eu vi que se depender dele não sai mato desse cachorro, ou pênis dessa cueca! - Então é isso? Você me trouxe pra cá pra olhar pra minha cara? – Cruzo os braços e vejo quando o pânico toma conta do rosto dele. Ele então se aproxima. Pega minha mão e coloca na frente da sua calça. Sinto seu pau duro como nunca e ele olha nos meus olhos com aquela linda cara de mau fechando um pouco os olhos. Eu já gemo só de toca-lo. - Você acha que eu não quero comer você? – Faço que sim com a cabeça, gosto dessa brincadeira. Ele continua – Pensei nisso todos os dias que passamos separados Alie, quando conseguia dormir sonhava com a sua bocetinha rosa e suculenta bem molhadinha pra mim. No pouco que dormia acordava de pau duro pensando em você. E eu quero meter com tanta força que quero te ouvir gritar, mas estamos na casa dos meus pais e por hora eu só vou sentir seu sabor delicioso de novo. Quero sentir cada sensação de estar dentro de você de novo. E depois mais e mais e mais. – Ele me puxa para um beijo devagar ele abaixa e tira meu vestido pela cabeça. Meus seios já estão um pouco maiores e duros e ele toca devagar com as mãos, fecha os olhos e massageia devagar, eu olho tudo aquilo com prazer. Matt carinhoso é bom também, na verdade esse homem é bom de todas as maneiras. Eu então resolvo me mexer também. Começo a tirar seu paletó, ele esta sem gravata. Desço o paletó pelos seus ombros e ele ainda me olha. Beijo sua boca e desabotoo sua camisa sem parar de beija-lo. Passo a mão pelos seus ombros pra tirar a camisa e sinto uma coisa estranha na sua pele. Tiro minha boca da dele e ele me olha apreensivo. Olho pra onde toquei e abro e fecho a boca três vezes. Sou eu na tatuagem! Claro mil vezes mais bonita. Parece uma foto real. As cores vibrantes, a cor do meu cabelo exata esvoaçantes pelo seu ombro. O rosto fica no peito e eu dou um sorriso de lado. Não sei o que dizer, se o chamo de louco ou se o agradeço pela prova. Isso é realmente uma loucura! Me afasto mais um pouco e vejo uma frase escrita abaixo da imagem e leio.
Que a minha coragem de viver sem você seja maior que o meu medo, e que a minha força seja maior que a minha fé e vontade de te ter de novo. Meus olhos enchem de água, passo a mão levemente pela tatuagem. -Por que você fez? - Por que passar a minha vida sem você ia ser a maior dor de todas e queria ter você gravada em minha pele além do meu coração. – Sorrio e pulo nos seus braços fecho minhas pernas na sua
cintura. Foi um grande impacto, mas seu corpo bem maior que o meu nem se mexe. Ele segura em baixo das minhas pernas e me leva até a cama. Me deita devagar e se afasta. - Abre as pernas pra mim?! – Eu faço. Ele em pé na minha frente me olha. Começa a tirar a calça sem tirar os olhos. Quando fica nu, posso ver o brilho que sai da glande do seu membro. Como uma pantera tranquila que persegue a presa ele vai até mim em cima da cama. Chega a minha boca e me beija, dessa vez com pressa e desespero. Ele me solta de repente e eu gemo pela perda. Me olha nos olhos e eu já empurro meu quadril pra ele, preciso dele dentro de mim agora! Ele ficou ainda mais sexy com essa tatuagem. O deixa com um ar de selvagem, ela cobre um lado todo do seu peito e ombro. Ele me beija de novo rápido e puxa meu cabelo pra um lado pra que meu pescoço fique exposto. Da uma lambida devagar e uma mordida em seguida. Nesse momento tenho certeza que a cama esta molhada por minha causa. Ele vai descendo até chegar aos meus seios e da uma leve mordida no mamilo. Eu continuo gemendo sem parar, ele então passa a língua úmida devagar e chupa de leve, passa pro outro e desce. Tudo isso pra mim parece uma tortura. Acho que vou gozar antes mesmo de ele chegar lá. Ele da beijos na minha barriga, muitos beijos, beijos até demais, então empurro sua cabeça com a mão. Ele olha pra mim e ri. Morde os lábios e desce mais. Eu empurro meu quadril na sua direção e ele fica com a cabeça entre minhas pernas. Ele da um beijo por cima da calcinha. Eu ponho as mãos do lado para tirar e ele afasta minhas mãos. Passa a língua por cima da calcinha fazendo-me arrepiar do cabelo aos pés. Afasta a calcinha pro lado e passa a língua devagar pela abertura. Beija com carinho. Em seguida pega minhas pernas e levanta, põe as duas no ombro e puxa a calcinha devagar enquanto beija minha perna. E ele me faz sentir amada e venerada. Depois de tirar a calcinha ele baixa minhas pernas e põe uma em cada ombro me deixando exposta pra ele. Eu vejo como ele aprecia essa parte do meu corpo, passa a língua devagar algumas vezes e então chupa o meu clitóris devagar e em seguida apressa as lambidas, eu claro, gozo em segundos. E isso só me fez querer ainda mais. Parece que minha fome dele só aumentou desde que nos separamos. Eu tento me mover em baixo dele, mas ele não deixa. Ele volta a se posicionar em cima de mim e me beija. Passa a língua pelo meu queixo e posiciona seu pau na minha entrada. E começa a colocar devagar. Eu sinto um pouco de dor e ele para e olha pra mim apreensivo. - Dá pra você enfiar logo? - Não posso fazer isso, pretendo usar muito hoje e essa ainda é a primeira. – Ele então empurra um pouquinho rápido e eu gemo, ele segue empurrando devagar até enfiar tudo. Eu sinto como se estivesse em outro mundo. As sensações de tê-lo de novo dentro de mim são inexplicáveis. Preenchida pelo homem que amo. -Oh amor, você ta tão quente e molhada pra mim. – Ele fala no meu ouvido. Pega o meu cabelo pela lateral e puxa levando meu rosto pra mais próximo a ele. Beija minha boca com força e começa a bombear rápido e implacável. Eu gemo enlouquecidamente e mais alguns segundos chego ao clímax e ele logo em seguida. Ele então coloca uma mão em cada lado do meu rosto e me olha nos olhos. -Eu amo você Alie! - Eu também amo você!
E aquele brilho de esperança volta a ser uma chama acesa e forte no meu coração. A família de três passa a ser a família de muitos já que meus bebês vão ter muitos primos e tios e avós. Felicidade é a palavra exata pra descrever.
MATT CAPITULO 11 – A VIDA DE VOLTA. Depois de fazer amor com a mãe dos meus filhos eu a olho com o sorriso bobo na cara, sorriso esse que ainda vai permanecer muito tempo. Ela é a mesma, mas parece diferente não apenas fisicamente, esta mais mulher, mais radiante e ainda mais linda. Ainda estou cansado das noites sem dormir e Alie parece estar também. Ela esta deitada no meu peito de olhos abertos olhando pra tatuagem, e eu ainda de pau duro. Ela passa a mão pelo meu peito, estomago e vai até o final da minha barriga. Uma criança feliz pulsa abaixo de onde ela toca ansioso pelo toque. E ela me tortura. Vai com a boca até o bico do meu peito e chupa devagar e depois lambe, fico louco com isso. Preciso estar dentro dela de novo. Ela ainda alisa e não toca meu pau. Sorrio e vou pra cima dela, prendendo suas pernas fechadas comas minhas e seguro suas mãos acima da sua cabeça. Meu pau duro toca na sua barriga. -Você quer brincar amor? -Você pode e eu não posso? – Ela diz se fazendo de ofendida. - Uhum. – mordo seu lábio inferior e depois a beijo com força, ela já balança o quadril embaixo de mim. TOC TOC TOC Alie arregala os olhos. Eu seguro suas mãos com uma só. Coloco meu indicador em frente a minha boca em sinal de silencio. Vemos quando tentam abrir a porta empurrando a maçaneta. Nós continuamos calados. TOC TOC TOC Que pessoa mais insistente. -Sabemos que esta ai tio Matt! – A voz é de Abby. Com certeza os outros estão com ela. Sempre andam em bando. Nós continuamos calados. -Não vamos sair daqui até o senhor aparecer! – Agora é Pan. Ouvimos quando os outros dizem “é” em concordância. - Droga! – Falo num sussurro mais pra mim mesmo. Alie ri. - Você ri sua safadinha. – faço cócegas de leve nela que se torce abaixo de mim.
TOC TOC TOC -Não tem ninguém aqui vão embora! - Você acha que somos idiotas tio Matt? – Joseph fala dessa vez. - O que vocês querem? - Tia Alie esta com você? – Se disser que ela está adeus sexo selvagem. -Não, ela não esta! Vim pro quarto e a deixei lá em baixo. – Meu pau guerreiro permanece em posição de ataque. - Já procuramos em todo lugar e ela não esta em nenhum. - Tentem ver na piscina, talvez ela esteja lá. Depois me junto a vocês pra procura-la! - Ta bom, mas se não descer em cinco minutos nós voltamos pra te buscar! – Que povo chato. - Ta! Vão lá seus empata foda! - O que é empata tody tio Matt? – Bem finalmente fala curioso como sempre. Não podemos vê-los, mas tenho certeza que estão todos com as orelhas grudadas na porta para ouvir a explicação. Alie quase gargalha e eu tapo sua boca com uma mão. Com que eu saio dessa? - Em tio Matt? O que é empata tody? - Alie para de rir e põe a cabeça de lado, para ouvir o que vou dizer. Aproximo-me mais dela. Quase tocando meu peito nos seios dela. Olhando-a nos olhos. - Sabe quando você ta comendo uma coisa muito gostosa, mas muito gostosa mesmo. Aquela coisa mais gostosa de todas? - Hum – Eles dizem todos juntos do outro lado da porta. - Daí vem um coleguinha seu e esbarra em você sem querer e derruba tudo no chão estragando. Isso é um empata tody. -Isso não é legal tio Matt! – Bem diz. – O que o senhor ta comendo que é tão gostoso? – Alie troce a boca querendo saber quando vou me sair dessa. - Na verdade pode ser num sonho também, e vocês me acordaram num sonho muito bom. Agora vão procurar a tia Alie depois me junto a vocês. - Desculpa tio Matt! – Abby diz – Vamos esperar o senhor no jardim. Se não for em cinco minutos voltamos aqui! - Ta bom!- Que droga, queria só mais uma por enquanto, mas não dará tempo. Ouço seus passinhos pelo corredor quando eles vão embora. Olho para Alie que esta vidrada no meu pau. Passo ele pela sua barriga devagar. - Vamos ter que ir amor! Eles voltam em alguns minutos!
- Que tal uma rapidinha? – Sorrio, me levanto da cama e a pego nos braços. - Onde vamos? - Dar uma rapidinha! A levo até o banheiro e a sento em cima da bancada da pia. Passo dois dedos pela sua boceta e ela já esta pronta pra mim. Abro suas pernas e vejo seu clitóris inchado e pulsando por mim, meu pau faz exatamente igual pela visão. Fico entre as suas pernas. Ela me puxa pra um beijo com fome e apressado. Implorando pra que eu entre nela. Faço um suspense, sou difícil! - Então você gosta de uma rapidinha? – Pergunto empurrando um dedo dentro dela. E olhando nos seus olhos. -Gosto do seu pau dentro de mim! - Alie falando essas coisas é sexy pra caralho. Dou um tapa de leve no rosto dela. - Olha a boca suja mocinha. – Finjo estar ofendido. Ela sorri e morde o lábio. Essa mulher me deixa louco. - Você vai ter que me dar mais tapas desse qualquer dia! – Puxo ela rápido mais pra borda da pia a colocando mais próximo de mim. E empurro meu pau dentro dela sem piedade, todo de uma vez. Ela grita. Posso ver a parte de trás do seu corpo pelo espelho da pia. Seu cabelo longo e loiro. Suas costas brancas perfeitas. Vejo seu corpo se movimentar com as minhas estocadas fortes. Puxo-a pra mim e ela fecha suas pernas na minha cintura, a seguro pendurada, ela se apoia em meus ombros e eu seguro abaixo de sua bunda, puxo a pra cima e a empurro pra baixo bem forte. Diminuo o ritmo quando sinto tremer comigo dentro. Tiro ela de cima de mim e a ponho de costas pra mim e de frente pra bancada. Antes que ela dê por si, já estou dentro dela de novo. Ponho seu cabelo de lado e mordo o músculo do seu ombro, com uma mão apertando seu seio e outra no seu quadril puxando e empurrando. Pelo espelho posso ver quando sua boca abre e seus olhos reviram de prazer. Sinto sua boceta vibrar comigo dentro e sei que ela esta perto. Eu mantenho o ritmo e ela goza gemendo fodasticamente. Eu continuo com o ritmo pra gozar também, já estou perto. Alie me empurra de repente e por não esperar vou um pouco pra trás. Ela se ajoelha na minha frente e agarra meu pau com uma mão e a outra põe na minha bunda. Me puxa pra ela e põe na boca. Chupa forte e até seus lábios encostarem-se à minha pele. Posso sentir sua garganta e a sensação é maravilhosa. Fecho meus olhos pra sentir. Abro a boca e gemo alto também. Ela tira da garganta e lambe a cabeça. Eu abro os olhos preciso ver. Não existe nada mais sexy do que uma mulher venerando seu pau. Ela chupa a cabeça com força e volta a colocar todo na boca. Com uma mão ela faz movimentos na base e sinto que vou gozar. Pego nos seus ombros para afasta-la, mas ela não deixa e eu gozo na sua boca. Depois de muitos espasmos respiro rápido e forte. A puxo para um beijo. Posso sentir meu gosto misturado com o dela. A cada segundo tenho mais certeza que ela é perfeita pra mim. Linda, independente, bem humorada, alegre, maravilhosa e tarada! O que mais um homem pode querer? A abraço forte.
- Toma banho comigo? - Claro! – A levo junto comigo para o Box do banheiro. Ela prende o cabelo em um nó. Eu ligo o chuveiro e a abraço. Quero apenas sentir seu corpo molhado no meu. Senti tanta falta dessa mulher. Separo-me e pego o sabonete liquido e ponho na esponja. Passo pelos seus ombros, seios barriga, claro demoro muito na barriga. Não paro de imagina-la com o barrigão. Ah meu Deus, serão dois. Deus não podia me dar tanta felicidade. Ela sorri enquanto eu ainda aliso a sua barriga. -Você sabe que quando eu tiver com o barrigão vai ter que fazer muito isso? - Farei com muito prazer. Banhar-te-ei todos os dias. – Falo com ela ainda olhando pra sua barriga. - Sabe que eu vou ficar chata, e engordar, vou brigar e chorar com muita frequência. - Daremos um jeito! - Sabe que eu vou acordar de madrugada com vontade de comer algo estranho ou que só tem muito longe? E que você terá que ir comprar. - Tenho muitos empregados pra isso. – Termino de banha-la e passo a esponja em mim. - Nada disso, você é o pai, terá que fazer. - Farei então! – Todos fazem por que eu não posso fazer não é? - Vou querer sexo a toda hora! No meio do dia e no meio da noite e quando acordar também. - Essa será a melhor parte! – Ela sorri e eu a beijo. - Vamos Matt, as crianças já devem estar voltando. – a beijo devagar. Saio do Box pra pegar as toalhas. Nos vestimos e descemos as escadas. Vamos em direção ao jardim do quintal quando vemos as crianças entrarem, ainda bem que eles se atrasaram um pouco. Quando nos veem correm na nossa direção e a abraçam pela milésima vez hoje. Sinto ciúme não sei se deles por me esquecerem ou de Alie por estar cercada deles e eu ter que ficar longe. Eles brigam pra ver quem segura sua mão e os outros dois que não conseguem fecham a cara. - Onde você estava tia Alie? – Bem o sortudo da mão direita pergunta. - Tava dando uma olhada por ai. - Hum, te procuramos por todo lugar e não te achamos. – Joseph diz, atrás deles com os braços cruzados de raiva. - Devemos ter nos desencontrado. Da próxima vez tentem andar separado. Mas me digam ai o que queriam? - Todos já foram embora, só estamos nós da família. Você pode tocar alguma coisa pra gente? – Pan que segura a outra mão diz. - Claro! Vamos!
Nós saímos e eu fico pra trás com ciúme de Alie, é infantil eu sei, mas todo homem tem uma criança dentro de si. Desculpinha mais filha da mãe. Eles a carregam. Vamos em direção à única mesa que ainda esta no jardim. Os empregados desfazem a decoração e retiraram as outras mesas. Na única mesa esta toda a minha família. Mamãe, papai, Mandy, Connor e minha mais nova e querida irmã Marissa. Eles riem de alguma coisa e tenho certeza que foi das piadas de Connor. É tão bom ver todos assim felizes, desde a má noticia do casamento estavam todos sempre tristes. Nós sentamos a mesa, eu claro bem longe de Alie graças aos meus sobrinhos que não a largam. - E ai filho, como se sente? – Mamãe pergunta. Todos me olham pra saber. - Mais feliz impossível. - Marissa finalmente fez algo de útil. – Mandy diz e joga uma azeitona em Marissa. - Um dia se aprende maninha! – Marissa joga de volta. Nos rimos. - Agora você pode aceitar meu presente filho. – Papai diz e me entrega o envelope novamente. - Acho que não posso aceitar pai! -Por quê? - Não quero nada que me lembre daquela bruxa. - Na verdade se tivesse aberto esse envelope antes, saberia que não era pra você e Josephine.Agora ele me deixou curioso. – Marissa me contou ontem sobre o que descobriu Matt. Eu sabia que elas viriam aqui na hora do casamento. Se você estivesse com o celular ligado ou em casa, não teria que passar por isso. Marissa me pediu segredo e eu sabia que você era cabeça dura o suficiente pra não aceitar presente de casamento. – Abro o envelope ansioso. Nele esta apenas uma carta escrita à mão. “Leve Alie para passar um fim de semana na sua casa em Sitka no Alaska. Pegue o jato da Heaven.” Esse é o presente do meu pai! Uma carta dizendo o que eu tenho que fazer, eu rio. -Você gastou muito nesse envelope? -Você ainda não casou então... – A família ri pelo pai sem jeito por não ser um presente de verdade. - Gente, papai me deu de presente um envelope me dizendo o que fazer. - Bem a cara dele. - Mamãe diz. -Vamos brindar esse momento! – Mandy diz e pega taças e vai colocando champanhe em todas. - Alie não pode beber! – Eu digo e todos olham pra mim. Inclusive Alie.
- Esta doente Alie? – Connor pergunta e todos mudam o olhar para Alie. Alie fica calada e eu fico em pé e encho o peito. - Eu vou ser papai! - É serio Alie? – Marissa pergunta olhando pra Alie. To sem credibilidade mesmo. - É sim, vamos ser pais! – Todos batem palma e levantam-se pra nos abraçar, me abraçam e a Alie, um de cada vez inclusive as crianças. Espero que todos sentarem de novo. - Mereço mais um abraço por que serão dois!- As crianças se espantam e põem a mão na boca e riem, batem palmas, gritam estão em êxtase. Todos se levantam e vem nos abraçar de novo. Mamãe esta com os olhos cheios de água assim como todos os outros. As crianças vão buscar o violão e entregam pra Alie que recebe com um sorriso e começa a cantar I’m yours do Jason Mraz, as crianças acompanham. Papai ainda esta com os olhos vermelhos por lagrimas que imploram pra cair. - A família de Alie já sabe? – Eu a olho e ela olha pra nós. Da de ombros. - Estava esperando Matt para conta-los! – Ela ri. E eu arregalo os olhos. Estou fudido, Frank vai arrancar meus olhos.
***** ALIE A noite passa animadamente, conversamos, brincamos, comemos, bebemos, eu água ou suco claro, Matt não me deixa beber nada e eu entendo. Bocejo a cada dez segundos, muito cansada pelas noites perdidas de sono. - Vamos amor! – Ele levanta e vem pra trás de mim e Poe as mãos nos meus ombros, beija o topo da minha cabeça. Pensei que ele nunca ia me chamar pra ir embora. Amo a sua família, mas estou realmente cansada. Ele também esta com cara de acabado. - Vamos! – Seguro sua mão no meu ombro e levanto. Despedimos-nos de todos e dessa vez as crianças estão tão cansadas que não precisamos engana-las. Dominic não veio à festa de casamento do tio. Mandy disse que ele se recusou a fazer parte disso. Voltamos pra casa em silencio, Matt veio em um dos seus carros esportivos, estou tão cansada que nem o questiono. Durmo durante o caminho e acordo quando ele me põe nos braços pra me tirar do carro. Com o corpo em óbito agradeço. Ele me leva até a escada e sobe os degraus comigo ainda em seus braços. Eu sinto seu cheiro delicioso e passo meu nariz pelo seu peito. Ao chegar ao quarto ele me deita na cama. Ele se afasta e ouço quando ele liga o chuveiro pra tomar banho. Desperto quando ele tira meu vestido e calcinha, eu acreditava que iria acontecer alguma coisa, até ele me cobrir com o edredom e beijar minha testa e em seguida sair do quarto. Durmo novamente.
Durante a noite toco seu lado da cama e não o encontro. Sento-me e olho ao redor do quarto. Ele não esta. Visto uma de suas camisas de malha. Saio pela casa à procura dele, não preciso andar muito, vejo uma luz acesa saindo de uma porta no corredor. Vou até lá e o vejo sem camisa, sentado na cadeira olhando pra tela do computador e com o celular na orelha. - Diana, caso precise de mim sabe onde me encontrar. Preciso que faça tudo como falei, chame o Dr. Phil para que avalie o contrato. - Ela fala algo. Ele levanta a cabeça e finalmente me vê encostada na porta o olhando. Ele abre um grande e lindo sorriso, o sorriso mais perfeito de todos. Não preciso de mais nada pra me juntar a ele. Quando me aproximo ele afasta um pouco. Entendo a mensagem e sento no seu colo. De lado, com a cabeça em seu peito e as pernas encostadas no apoio da cadeira presidencial. Apenas sinto seu cheiro de banho, fresco como uma brisa da chuva. Enquanto ouve Diana falar ao telefone, da beijinhos na minha cabeça. Amo tanto essas demonstrações de carinho. -Ok Diana, até segunda! Boa noite! – Ele desliga o telefone e eu ponho minha cabeça pra trás para olhar nos seus olhos, ele ainda sorri e me da um beijo castro na boca. - Você sabe que horas são? – Ele olha na tela do computador. Não entende a mensagem que passo, que é: isso é hora de ligar pra secretaria? Coitada deve não ter vida com esse patrão! - são 01:40 am, sentiu minha falta? - Muito, procurei você do meu lado na cama e não achei! – Faço beicinho pra ele e ele me imita rindo e toca a boca na minha. Ele passa a língua pelos meus lábios e invade minha boca com ela, eu abro a boca pra que ele me beije doce e profundamente. Ele passa a mão pelo meu seio por cima da camisa. E passa o dedo pelo mamilo que esta aceso desde o beijo. Seu corpo parece mandar descargas elétricas pelo meu. Ele solta minha boca e eu afasto minha cabeça pra trás, começa a beijar meu pescoço com a boca úmida, com a mão direita ele desce pelo meu estomago e barriga indo até o meu sexo. Passa o dedo pelo meu sexo. Comprovando que eu já estou excitada, empurra o dedo devagar dentro de mim, eu puxo seu cabelo com a mão. Ele enfia o dedo em mim mais algumas vezes e me vira de frente pra ele, fico com as costas na mesa de frente pra ele, minha pélvis tocando seu membro duro. Matt pega a camisa pelas laterais e puxa pela minha cabeça, me deixando completamente nua pra ele. Morde o lábio inferior me olhando e passa as mãos devagar pelos meus seios e em seguida leva a boca até eles. Passa a língua aberta e quente pelo mamilo e em seguida chupa devagar. Repete o processo no outro. Eu seguro sua cabeça pela lateral e admiro meu homem, o mais lindo do mundo. Meu! Todo meu! Ele volta a beijar minha boca e a meter o dedo em mim novamente. Quando percebe que eu me convulsiono sentindo o orgasmo chegar ele para e desce a parte da frente da calça exibindo seu membro, grosso, grande e cheio de veias. Não posso evitar passar a língua pelos lábios. Não posso evitar olhar pra essa parte do seu corpo como se fosse meu sorvete favorito. Ele percebe e puxa a pele da base até a cabeça. Eu então levo dois dedos até a boca e molho de saliva, levo a mão até seu membro e esfrego os dedos nele devagar. Matt aspira ar com a boca aberta enquanto olha pra mim. Eu preciso dele dentro de mim. Então posiciono na minha entrada e desço devagar, centímetro por centímetro.
- Ah amor, como você consegue ficar mais apertada ainda? – ele agarra a minha cabeça com uma mão em cada lado e me puxa pro beijo, subo e levanto algumas vezes em cima dele. Ele vira a cadeira pra que eu não fique com as costas na mesa. Ele segura minhas costas com uma mão de cada lado. Eu tento não entrar em pânico quando ele baixa meu tronco e a minha cabeça quase tocando o chão. Ele segura meu quadril com as duas mãos, e começa as estocadas fortes. Sinto ele me preencher toda, por dentro. O sangue esta todo na minha cabeça, mas é muito prazeroso. Ele segura meu quadril com uma mão só e leva o polegar pro meu clitóris estimulando. Empurra forte dentro de mim, pega minhas duas pernas e põe fechadas de um lado do seu ombro as enlaça com o braço direito, levanta meu tronco com a esquerda, num movimento rápido ele se levanta e me põe sentada na cadeira onde estava, com as pernas ainda no ombro. Empurra tudo pra dentro de mim. Eu posso senti-lo batendo fundo. Eu gemo alto e descontrolada. - Geme pra mim amor. – E nem precisa me pedir eu gemo sem controle. Ele geme junto comigo e solta um urro no final, e posso sentir a pulsação do seu pênis dentro de mim, eu chego ao clímax junto com ele. Ele baixa minhas pernas abertas antes de sair de dentro de mim. Toca sua testa na minha. - Tudo bem amor? - Tudo óooootimo! – Ele ri e beija minha boca devagar apaixonado. Sai de dentro de mim e eu sinto o vazio quando ele se retira. - Esta na hora das crianças dormirem. – Eu rio ele se afasta e me veste na camisa e depois me levanta, ele pega minha mão para irmos para o quarto. Paro de repente, com a boca aberta e uma emoção indescritível. A parede de frente a sua mesa e a da lateral com muitas fotos minhas, fotos que eu nem sabia que ele havia tirado. Sorrio emocionada e me afasto dele para tocar as fotos. Todas com madeira detalhada na lateral. Fotos em preto e branco, sépia e ao natural. Algumas nós dois juntos. Eu sempre estive com ele afinal. Olho pra trás pra vê-lo de braços cruzados esperando que eu diga algo. - Como você ia morar com outra mulher aqui? - Ela não viria pra cá, essa casa é nossa Alie! Mesmo que você tivesse vindo aqui apenas uma vez. Essas fotos eram pra o caso de eu nunca mais vê-la. Sempre teria como olhar pra você. – Vou em direção a ele e o abraço forte ele me abraça também e me tira do chão, tocando os lábios nos meus com força. - Passei muitos dias aqui olhando pra você. - Obrigada amor! - Eu te amo! Muito! – Ele fala olhando nos meus olhos. - Eu também te amo muito! – Ele me põe no chão e pega na minha mão novamente, antes de sair dou mais uma olhada nas minhas fotos. Sorrio como uma retardada infantil. É tão bom morrer de amor e continuar vivendo. Chegamos ao quarto e vamos direto para o banheiro, tomamos um banho comportado juntos. Visto sua camisa novamente e ele a sua calça de malha. Deitamos em nossos lados na cama. Ele me puxa pra perto, seu peito tocando minhas costas e alisando minha barriga. Essa é a sua parte
preferida no meu corpo agora. Sinto quando sua respiração fica tranquila e sei que ele pega no sono, impressionantemente ele ainda alisa minha barriga. Sorrio e pego no sono também. A luz do sol bate no meu rosto. Pisco os olhos algumas vezes e me dou por mim. Num impulso sento na cama apressada procurando um relógio no quarto. Vejo um no criado mudo do lado da cama. 9:30am. Meu Deus, estou atrasada. Levanto-me rápido. Matt entra pela porta vestido de calça jeans, sem camisa e descalço, com uma bandeja não mãos. - Calma ai mocinha! - Estou atrasada, não posso tomar café! – Ele levanta o polegar fazendo não. - Nem em sonho você vai pular uma refeição tão importante! Já liguei pra Milla avisando que você não vai hoje. - Por que eu não vou hoje? Ainda é sexta-feira! - Alie você é dona do lugar e tenho uma surpresa! – Ele sorri como o gato de Cheshire. - Surpresa? Me conta? - Fico de joelhos na cama com as mãos fechadas no peito. - Se fosse pra contar não seria surpresa. – Faço careta pra ele. - Me deixe alimentar minhas crianças! – Olho para a bandeja em suas mãos. Dois copos de suco, uma tigela com iogurte e granola. Uma tigela com morangos, kiwi e maça cortados. Torradas com geleia. Tudo exagerado. - Você ta querendo me engordar. - Uhum, você e meus pimpolhos! - Você vai chamar nossos filhos de pimpolhos? - Pode ser bibulhos ou esperminhas ou fetinhos se preferir! – Sorrio. - Pra mim pimpolhos ta ótimo! – Levanto as mãos em rendição. Reclamei da quantidade, mas como quase tudo. E ele parece uma criança com um brinquedo novo. Me olha sorrindo feito um idiota. Amo esse sorriso também! Quando termino ele tira a bandeja da cama. - Vá se trocar, vamos sair em 20 minutos. - E é o que eu faço. Ponho o vestido da noite anterior e desço, ele esta na entrada conversando com Ravem. Pôs sapatos e uma camisa gola role preta. - Estou pronta! – Matt passa o braço pela minha cintura. -Vamos! – Ele fala pra Ravem, saímos pela porta da frente onde o carro já esta estacionado. Entramos e o Ravem da partida. Fico agarradinha no Matt o caminho todo. Achando estranho estar demorando tanto pra chegar ao meu prédio. Tenho que fazer a mala. O carro para e eu olho pela janela. Não estamos no meu apartamento. Estamos num hangar. - Por que não passamos na minha casa pra eu fazer as malas!
- Suas malas já estão feitas! - Como? Quem quando? – Ele ri. - São só detalhes querida Alie! -Me beija a boca devagar. O carro se aproxima de um avião de médio porte. Fico boquiaberta quando vejo o nome e a logo da Heaven do lado. Ravem para o carro e vem abrir a porta. Matt sai e pega minha mão para que eu desça. Vamos para o avião. E do lado ainda é maior, Branco com as cores vermelhas da empresa. Matt faz sinal pra eu subir a escada para entrar. Por dentro é ainda mais impressionante, o avião comporta umas oito pessoas acho eu, todo em caramelo, com poltronas de couro. Matt me manda sentar e vai até a cabine, os pilotos já estão a postos, em seguida senta do meu lado. - A viagem vai ser curta Alie, talvez duas horas. – Faço que entendi com a cabeça e ele senta ao meu lado, ponho a cabeça no seu ombro. Cochilo um pouco e quando acordo já estamos pousando. Quando nos levantamos Matt veste um casaco em mim e outro nele. Hum o lugar é frio. Descemos do avião. Matt me da um sorriso largo! -Bem vindo a Sitka! - Nós estamos no Alaska? – Ele assenti com a cabeça. Abro um grande sorriso, nunca vim até o Alaska antes e dando uma olhada em tudo é bem diferente do que eu pensava ser. Imaginava neve e gelo por todo o lugar, mas não é assim, o chão do Lado da pista que pousamos é todo gramado e uma estrutura de madeira branca que parece até uma casa esta bem ao lado do lugar. Dou um abraço apertado no meu namorado que me olha com expectativa. Ele sorri e me da um beijo casto na boca. Seguimos em direção a uma grade onde estão algumas pessoas. Matt fala com um senhor e ele nos leva até um carro de luxo. Entramos e o carro é ligado em seguida. Andamos um longo tempo por uma estrada com arvores e mais arvores na lateral. Tudo muito verde e bonito. Depois de longos 15 minutos chegamos a uma pequena cidade. Achei que fossemos ficar em um hotel ou pousada na cidade, mas passamos direto pelos comércios, mercearias, papelarias e livrarias, uma cidade interiorana, tudo bem rústico e bonito, me faria até lembrar-me de casa, se não fosse pelas montanhas verdes com cumes de gelo. Depois de passar pelo centro da cidade chegamos a um porto, alguns barcos e lanchas estacionados. Descemos do carro e eu já me sinto cansada pela viagem. -Vamos amor, estamos quase chegando! – Ele pega a minha mão e eu desço do carro. De mãos dadas vamos até a borda da calçada. Um grande muro de pedra e algumas escadas de madeira nos levam a parte mais baixa próxima a água. As escadas são simples parecidas com escadas de construção. - Cuidado amor! – Vejo o medo em seus olhos ele desce antes de mim e me espera em baixo. Me apoio na escada e começo a descer. -Ah Matt eu não sou de cristal! - Pra mim é! – Sorrio com a besteira.
No final da escada esta o chão de madeira e ancorada esta uma lancha de médio porte, branca com azul. Entramos na lancha debaixo do toldo de cor azul também. O mesmo homem que nos trouxe de carro pilota a lancha pelo grande oceano escuro de água gelada que espero não precisar sentir. Em alguns minutos chegamos, o piloto para a lancha e amarra na estaca de madeira. Matt pega nossas malas e passamos por mais uma escada de madeira com degraus e caminhamos pelo píer, um muro de pedra impede que a água do oceano chegue até a parte de cima. Após sairmos do píer vejo a casa, o alicerce é todo em pedra também deixando a casa mais alta que o nível da grama que a rodeia. A casa de madeira branca e cinza é tão grande quanto a casa dos pais de Matt. Atrás da casa esta uma floresta com muitas arvores na maioria delas pinheiros, um farol e muitas montanhas ao fundo. A visão é digna de um filme de romance. Subimos por uma escada de pedra e chegamos à frente da casa. Uma senhora nos aguarda. - Olá Matt! - Oi Amy! Esta é Alie!- Ele a abraça e me apresenta. - Olá Srta. Alie! – Ela me puxa para o abraço também. - Alie esta é Amy, é quem cuida da casa o ano inteiro. - Fiquei muito feliz ao receber sua ligação ontem à noite, faz muito tempo que não vem aqui. Mais de um ano. Ou melhor só veio comprar. – Matt ri. - Obrigada Amy, se Alie gostar da casa passaremos mais tempo aqui. – Amy parece ser muito simpática, tem por volta de 50 anos e é loira com olhos azuis.
- O almoço esta servido Matt! Vou estar do outro lado caso precise de mim. - Ok, muito obrigado. – Matt da outro abraço em Amy e ela sai, nós vamos para dentro da casa. A casa por dentro é linda a sala é toda em madeira marrom com grandes janelas de vidro coberta com cortinas verdes claras. Um sofá quase da mesma cor esta posto de frente pra uma lareira de pedra escura. Um lustre grande no meio da sala. Uma mesa de centro, duas poltronas marrons, alguns moveis de madeira escura ficam espalhados pelo lugar com luminárias em cima. Grandes quadros na parede. Típica casa milionária rústica. Matt me leva pela escada e abre a primeira porta a direita do corredor. No quarto esta um sofá vermelho de costas para uma grande cama com dossel de madeira grosso, colchas e edredons marrons e bege estão na cama misturados com inúmeros travesseiros na mesma faixa de cores e um móvel de cada lado na cama. Um tapete persa vermelho com dourado e bege esta no chão do quarto, dois armários grandes ao redor. No quarto a uma porta de vidro que leva para o que parece uma varanda, uma cortina marrom de tecido grosso esta na lateral. Dois armários estão no quarto também e uma porta que deve levar para o banheiro. - Aqui estão as roupas de banho e cama. – Ele abre o armário menor. – E aqui esta o armário que podemos colocar nossas roupas, ou podemos deixar na mala e ficar o fim de semana inteiro pelados. – Ele vem na minha direção. E me abraça. - Eu acho totalmente perfeito. – Quando ele toca a boca na minha, me agarra me tirando do chão, eu enlaço minhas pernas na sua cintura e ele me sentindo no seu corpo apressa o beijo, me comendo e passando a língua pelos meus lábios. De repente ele se separa e me olha.Sinto seu membro duro na minha bunda. - Você tem que comer amor! Vamos! Com cara de decepcionada saio do quarto de mãos dadas com ele. Quando chegamos a grande mesa da sala de jantar que já esta posta com comida pra no mínimo cinco pessoas. - Pra que tanta coisa. - Pedi pra Amy preparar comida pra quatro. -Somos dois Matt! - Não! Somos quatro Eu, você, pimpolho numero um e pimpolho numero dois. – Ele faz cara de senhor da razão. - É assim que você vai chama-los? Por esse nome que você arranjou e um numero depois? - ele ri e faz que sim com a cabeça. -Matt nossos filhos são do tamanho de um caroço de feijão! – Eu rio dele. - Mas eles precisam se alimentar Alie! - Mas não como dois adultos. -Ok, vamos fazer assim. Vamos comer o suficiente e deixamos para o jantar o que sobrar.- Desisto, essa discussão não vai levar a lugar algum. - Ta bom, você é tão bobo às vezes.
- Você me chamou de que? – Ele olha pra mim sério. - De bobo! O que você vai fazer sobre isso? – Ele continua serio e isso me deixa excitada pra caramba. - Verei o que posso fazer por você agora coma! – Eu como, e esta tudo muito delicioso, cordeiro assado, com batatas e arroz e pra completar uma salada verde com molho de mostarda. Amy cozinha muito bem. Matt finge estar serio e nós conversamos sobre as banalidades da vida. Me fala sobre um investimento que quer fazer em Tókio. Algo sobre tecnologia. Ele me convence que é um bom ramo. Sinto que ele precisa da minha aprovação e vendo que parece ser um bom negocio apoio com certeza. No final da conversa vejo que comemos quase tudo, eu claro a grande maioria Bocejo com sono e cansada da viagem. - Você quer dormir um pouco amor? - Pensei que íamos fazer alguma coisa mais interessante! – O cansaço me trai e bocejo novamente. - Iremos, mas agora não. Venha! – Ele me pega pela mão e me leva pelas escadas. Escovamos os dentes juntos. Deito-me na grande e confortável cama. Matt me beija castamente nos lábios e vejo quando ele pega as nossas malas e começa a desfazê-las. O sono só me deixa ver até ai. Quando acordo o sol ultrapassa a janela. O quarto esta quentinho devido ao aquecedor. Levantome e vejo Matt sair do banheiro com uma toalha enrolada na cintura. Lindo com seu corpo escultural e a nova tatuagem que o deixa com a aparência de bad boy que na verdade ele não é. Meu homem lindo e perfeito. - Gostou da vista amor? – Ele me pergunta rindo. - Amo o que vejo! Você não me esperou pra tomar banho? - Na verdade estava preparando um banho pra nós. Venha. – Eu fico de joelhos na cama e ele puxa meu vestido pela cabeça. Ele fita meus seios com desejo disfarçado. Mas algo na toalha revela o que ele sente. É tão bom se sentir desejada, não vou negar que fico insegura pelos meses que virão. Se ele me desejara quando estiver com o barrigão. Ponho esses pensamentos de lado. Desço da cama, Matt segura minha mão e me leva ao banheiro. Quando abre vejo velas espalhadas por todo o lugar. A banheira aqui é oval e menor que a da casa de Matt, mas não deixa de ser aconchegante. Tiro minha calcinha e me sento na banheira. A água esta quentinha, revigorante. Matt tira a toalha e eu olho seu membro acordado. Ele me olha tenso e fica atrás de mim. Não entendo o porquê de tanta tensão. Será que ele acha que uma grávida não pode tomar banho de banheira? Quando ele senta encosto minhas costas ao seu peito e me aconchego no seu corpo grande e musculoso. Fecho os olhos e sinto o perfume do gel que ele pôs na banheira. Sinto seus olhos me fitando e ponho a cabeça em seu ombro, como ele é bem maior que eu, sinto seu membro duro roçar o meu traseiro, já estou muito tempo sem sexo e essa aproximação sem roupas me deixa louca. Matt passa as mãos pelos meus braços. Ele esta estranhamente calado. Pega uma esponja, esfrega em meus ombros e passa pelos meus seios tocando meus mamilos duros, me arrepio com o simples toque, posso sentir o seu sorriso de satisfação, desce para minha barriga demorando o tempo de costume, e passa pelo meu sexo também. Rápido demais pro meu gosto. Ele esta tenso por que não me quer é isso!
- Vamos beber algo? – Ele pega duas taças de vinho no qual não havia percebido do nosso lado. - Você me proibiu de beber esqueceu? – Falo carrancuda. - É suco de uva Alie! – Ele sorri pra mim e eu aceito a taça, estou com sede. Bebemos o suco de uva calados e eu sinto sua respiração se intensificar quando nosso banho esta próximo do fim. - Você pode levantar amor! – Ok, o banho acabou e nada de sexo. Levanto-me de costas pra ele. – Vira de frente. – Faço e cruzo os braços na frente do corpo. De ai em diante a cena passa lentamente de ante dos meus olhos. Matt pega uma caixa preta que estava do lado das taças que eu também não havia percebido, se ajoelha na minha frente e olha nos meus olhos. An? - Desde que conheci você não penso em mais nada a não ser você dividir tudo comigo. Alegrias, felicidades, dores, tristezas e amor, muito amor. Amo você com toda profundidade da minha alma. Amo desesperadamente e incondicionalmente. Case-se comigo Alie Christine Macfeel e eu te mostrarei o meu mundo e partilharemos uma só alma e coração. Seja minha até a eternidade Alie!– Ele abre a caixa e nela esta um anel com uma esmeralda verde oval e safiras azuis e diamantes menores rodeando a pedra maior. Espera, é isso mesmo que esta acontecendo Matt me pediu em casamento? Meus olhos estão cheios d’ água, era por isso que ele estava tenso, e esse pedido foi no mínimo inusitado. Sorrio e me ajoelho pra ficar mais próximo dele. Estendo a mão e ele beija meu dedo anelar esquerdo, em seguida põe o anel que se ajusta perfeitamente no meu dedo. Ele beija novamente e vejo que seus olhos estão lacrimejando também. - Alô... você ta me matando, eu preciso de uma resposta! – ele olha pra mim em expectativa. Será que eu tenho que dizer mesmo. - Aceito meu amor! Aceito demais, não a nada que eu queira mais na minha vida. – Ele me abraça e meus seios nus e sensíveis tocam seu peito másculo e tatuado. Me beija devagar e sem pressa e tudo muda quando eu invado sua boca com a minha língua. Matt me abraça com força e toca meu traseiro apertando os dois lados com as mãos. Ele levanta de repente, talvez não calculando que seu pau iria ficar na minha cara. Ele ri e me puxa junto. - Vem! -Saímos da banheira e ele pega uma toalha e me seca rapidamente e enrola a toalha em meu corpo, em seguida faz o mesmo com ele. Me leva até o quarto e ficamos em pé próximo a cama. – Então futura senhora Heaven, o que você deseja desse seu pobre futuro marido? – Ah isso é tentador, realmente tentador. - Desejo uma trepada sacana e violenta. – Ele não faz cara de espanto então presumo que ele já imaginava o que eu queria. - Ok, noivinha. Seu desejo é uma ordem! – ele chega bem próximo a mim e lambe a minha boca e a invade com a língua. Eu sigo seu beijo quente e molhado. Ele para de repente. Vai até armário e tira uma caixa preta de tamanho medio de lá.
- Sabe Alie, eu gostei muito quando você me amarrou você se incomodaria se eu fizesse o mesmo com você? - De maneira nenhuma. – ele ri com o canto da boca. Se aproxima e me pega pela mão, me põe de costas para o dossel da cama. Se afasta e abre a caixa, não vejo muita coisa apenas vejo a fita de cetim preta que ele tira dela. A fita mede no mínimo mais de dois metros, ele a desenrola. A calma com que ele mexe na fita me deixa agoniada. Com a fita solta ele chega do meu lado, pega minhas mãos e põe pra trás. Ele toca seu peito no meu rosto e eu passo a língua. Ele não esboça nenhuma reação. Amarra minhas mãos atrás calmamente. Não entendo o porquê dessa fita tão grande. Quando termina de amarrar minhas mãos tira a minha toalha, pega o grande pedaço que sobrou da fita e passa por cima dos meu ombro. Ele então passa pelo meu seio direito do lado do meu braço e da à volta por baixo ainda do mesmo como se quisesse amarra-lo, volta com a fita para o meu pescoço e repete o processo com o mesmo seio. É como se ele pendurasse os meus seios e os deixassem mais elevados e duros. Ainda devagar ele passa a fita que sai nas minhas costas pela minha cintura, como se me amarrasse no dossel da cama. Ele não estando satisfeito amarra meus pés no pé da cama. Ele se afasta de mim e meu sexo pulsa com a visão do seu rosto contorcido mordendo o lábio inferior como se quisesse arrancar um pedaço. - Você gosta de violência não é mesmo? – Faço que sim com a cabeça, tão excitada que não quero nem falar. - E se eu te tratasse como uma qualquer, como você se sentiria? - Melhor impossível! – Ele não ri, ainda serio ele sai do quarto. Eu fico pasma sem entender nada e imóvel feito uma estatua sem conseguir mover se quer um membro. Alguns longos minutos depois ele volta com uma bandeja nas mãos. Vejo uma lata de chantilly, uma tigela grande com morangos e uma garrafa de champanhe num balde de gelo. Ele põe em cima da cama. - Espero que não tenha feito à senhorita esperar muito! – Eu franzo o cenho sem entender bulhufas. Como assim a senhorita? Ele tira a toalha da cintura e vejo seu membro grosso e duro pulsando, vejo o brilho do liquido da sua excitação. Ele começa a se tocar na minha frente, como se masturbasse lentamente me olhando de cima a baixo, como se realmente nunca tivesse me visto nua. - Você tem cara de safada moça! - Fica na minha frente. Pega um morango e põe na boca, morde um pedaço e me da o outro. Eu aceito calada ainda. Ele pega outro morango, mas dessa vez coloca chantilly na fruta, olha nos meus olhos e passa o morango no meu pescoço. Sinto o frio do creme abaixo da minha orelha. Ele se abaixa um pouco na minha frente pra ficar na minha altura e passa a língua onde colocou o creme de chantilly, depois chupa, como se fosse um beijo de língua. Eu gemo com a sensação boa de prazer. Depois disso ele come o morango na minha frente. Pensei que ele usaria mais alguns morangos, mas ele apenas pega o chantilly dessa vez. Põe uma boa quantidade em cada seio meu e eu me preparo para o que virá. Ele passa a língua algumas vezes por onde espalhou o creme e chupa em seguida. Gemo quase gritando, tanto pela sensação com as sugadas que ele da no meu mamilo, como pela frustração de não poder me mover. Observo sua língua passear pelos meus seios, de olhos fechados ele lambe e chupa tudo. Sinto uma piscina de excitação no meio das minhas pernas. Poderia jurar que esta
escorrendo pela minha coxa. Ele passa o chantilly pela minha barriga e faz o mesmo processo que fez com os seios. Eu já estou na expectativa de que ele faça o mesmo processo lá em baixo. Ele levanta-se e eu me decepciono. Vai até o balde e acreditava que ele iria pegar o champanhe, até ele pegar uma pedra de gelo e põe na boca. Tira da sua e põe na minha e eu chupo. Em seguida ele me puxa para um beijo forte e gelado, ele me pega de surpresa quando passa o gelo pelo meu pescoço enquanto me beija. Me arrepio dos pés a cabeça. Ainda me beijando ele passa o gelo por cada um dos meus seios e desce até a barriga. Acho que ele vai me tocar lá, mas ele passa de novo. Para o beijo e põe a pedra na boca. Ele pega um seio em cada mão e aperta com força. Abre a boca e põe quase todo na boca, como se morresse de fome e meus seios fossem a solução. Grito e sinto que vou gozar a qualquer momento, a sensação da língua gelada na pele é extraordinária. Minha respiração rápida e ofegante com as batidas aceleradas do me coração me entregam. Matt se afasta de mim mais uma vez e me olha de cima abaixo. -Eu preciso! – Eu falo, mas um tapa na cara me cala. Um tapa não tão forte pra doer, apenas o suficiente pra mandar descargas elétricas para o meio das minhas pernas. - Eu não mandei você falar vadia! – Eu gemo com as suas palavras sujas.- Vou comer você até estar assada e lembrará de mim por uma semana, mas nada mais que isso.– Faço que sim com a cabeça. Ele vai até a bandeja e pega um morango, chega bem próximo a mim e olha nos meus olhos, desce o morango pelo meu corpo e passa pelo meio das minhas pernas tocando meu clitóris. São inevitáveis os espasmos do orgasmo no meu corpo. Gemo com clímax mais intenso que já tive sem que me tocassem no sexo. Ele não para enquanto eu gozo. Ele enfia o morango pelos meus grandes lábios. E levanta na altura do meu rosto. - Você vê isso? – Olho para o morango molhado com o que penso ser minha excitação. Ele leva até a boca e vejo o prazer nos seus olhos enquanto ele come a fruta. – Deliciosa. Em seguida fica de joelhos na minha frente e põe as mãos na minha coxa logo abaixo do meu sexo. - Você molhou suas coxas, assim você me deixa maluco gostosa. – Bate na minha bunda com força. Eu gemo de dor e surpresa, de repente passa a língua pelo meu clitóris, devagar me castigando. Parece muito mais intenso, não sei por que, talvez porque eu esteja amarrada. Ele parece ouvir meus pensamentos - Vi em algum lugar que a mulher sente mais prazer no sexo oral com as pernas fechadas. – ele põe um dedo dentro de mim e volta a me lamber. – Você concorda? - Uhum. – É tudo que eu consigo dizer. Ele me chupa e me lambe rápido e implacável, enfia dois dedos em mim, sinto meu corpo tremer de novo, para mais um orgasmo. Matt se levanta, beija minha boca e toca meus seios com as mãos. Ainda me beijando, sinto seu pênis se posicionar entre minhas coxas, mas não dentro de mim, ele movimenta e sinto seu membro esfregando no meu clitóris e descendo até o meu traseiro. Ele toca meus seios fazendo esse movimento e tira sua
boca da minha e leva até o meu pescoço e lambe, depois morde e em seguida faz o mesmo nos meus ombros. Inexplicavelmente depois de alguns segundos gozo de novo e ele geme também, sinto seu liquido descer pelas minhas pernas também. Ele gozou junto comigo e sem entrar em mim. Sinto-me esgotada e cansada. Ele beija meus ombros e pescoço por onde mordeu e me beija na boca. Abaixa-se para soltar meus pés e desfaz o caminho da fita. Desamarra minhas mãos e me olha, creio que seja pra saber se continua ou para. Eu sorrio maliciosamente pra ele. Levanto minhas mãos para toca-lo, mas ele se afaste. - Não me toque! – Ele grita. - Ou o que? – Falo olhando pra ele atrevidamente. Sim eu quero que você siga com o papel. - Ou vou foder seu cuzinho até você gritar! – Não aguento essa boca suja. E fizemos sexo anal algumas vezes e foi muito bom. Mas será que ele vai ser piedoso? – Mas antes quero foder essa sua boceta deliciosa. Ele me pega pelo braço e me joga na cama. Caio de frente e ele rapidamente me vira de costas. Puxa minhas pernas para cima, me fazendo ficar de quatro pra ele. Num intervalo de um segundo ele mete seu membro em mim com força e duro, até o final. Enrola meu cabelo em sua mão e me puxa pra trás. Grito com a dor boa e a surpresa, ele enfia mais e mais rápido e forte, posso sentir cada centímetro do seu pau em mim. Depois de algumas investidas ele tira seu membro com a mão. Ele abre a caixa que esta em cima da cama e pega uma bisnaga e um vibrador, não o meu, mas um novo, um transparente parece ser de silicone, mas é o mesmo tamanho que o que nós brincamos da outra vez! -Você esta preparada para ser fodida senhorita? – Sem forças para falar faço que sim com a cabeça. Ele enfia o vibrador dentro de mim, não é a mesma sensação de tê-lo dentro de mim, mas é boa também. Ele pega a bisnaga e espreme um pouco, agora sei o que é: é lubrificante, ele põe nos dedos e passa na entrada do meu anus. Enfia o dedo devagar e passa mais gel em seguida, fazendo o mesmo processo. Ele posiciona seu pênis na entrada e começa a enfiar devagar, gemo com a dorzinha inicial, o gel ajuda a deslizar mais fácil. - Quero que você movimente esse pau que esta na sua bocetinha- Ele pega na minha mão e põe na minha entrada. – Mas quero que faça na mesma velocidade que enfio no seu cu entendeu? - Sim. – Ele vai metendo devagar e eu sigo seus movimentos. Reviro os olhos com a sensação de ser invadida em todos os lugares. Ele empurra até o final devagar. É a parte que mais dói. - Vou deixar parado um pouco pra que você se acostume. –Faço que sim com a cabeça. Sinto a dor diminuir e da aquela vontade de movimentar. Mas fico parada, sei que ele me conhece bem o suficiente. Ele então começa a tirar e enfiar devagar, eu faço o que ele disse e movimento o vibrador na mesma intensidade que ele mete em mim. Ele começa com os movimentos rápidos e sinto sua coxa bater no meu traseiro, ele enfia tudo e a sensação é inexplicável. Deixa de ser dor e passa a ser puro prazer carnal. Ouço os barulhos que seu corpo faz ao se chocar com o meu. Ele pega um seio em cada mão e aperta, amassa e belisca os mamilos entre os polegares. Eu sinto a pulsação crescer dentro de mim e gozo tremendo todo o corpo com a intensidade que ele me proporciona. Mais algumas estocadas e sinto ele se derramar dentro de mim. Ele beija minhas costas voltando a ser o velho Matt carinhoso.
- Fui muito grosso amor? - Você foi perfeito! Se não tivesse me pedido em casamento antes eu pediria a você agora. – Ele ri e sai de dentro de mim, sinto o vazio quando ele sai. Ele me puxa para um abraço de frente e me leva para o banheiro. Tomamos banho e ele me veste com uma camisola preta. E veste uma cueca boxer preta também. Nos deitamos e ele aperta um botão num controle que fica no móvel do lado da cama. O sol ainda invade o quarto. As cortinas que ficam na porta de vidro da varanda se fecham e de repente fica tudo escuro. Olho no relógio do quarto e vejo que são 10:40 pm. Pego no sono abraçada com o homem mais gostoso desse mundo.
MILLA CAPITULO 12– ACASO. Numa sexta-feira sozinha, Matt levou Alie para um fim de semana romântico, Teph só Deus sabe onde anda. Eu sozinha em casa e sem nada na despensa tenho que fazer compras. Odeio ir ao supermercado, aquelas pessoas lesadas andando por todo lugar. Então o que eu faço? Vou depois das dez da noite, diminui as chances de alguém esbarrar em você ou a fila do caixa estar enorme. Prendo meu cabelo em um nó, visto um short curto jeans, uma camisa de alça fina rosa e ponho chinelo de dedo. A cara da domestica. Pego meu carro e vou a um supermercado 24 hs. Quando chego vejo que está quase vazio, apenas algumas pessoas circulam pelo local. Pego um carrinho e vou passando pelos corredores. Passo pela sessão de higiene, de alimentos e em seguida vou pra melhor sessão. A de guloseimas. Encho meu carro de salgadinhos, batatas, balas e chicletes, não vivo sem isso. - Boa noite Milla! – Esse cheiro, essa voz... Puta que pariu, puta que pariu, puta que pariu... Não seja o Maison, não seja o Maison... Me viro pra pessoa, sim é o Maison. - Oi Maison! – Esse é aquele maldito momento que você sai de casa, como uma perdedora, com a maldita intenção de fazer compras e voltar pra casa. Daí quem você encontra? O bofe mais lindo que já viu e que você é super afim. E hoje ele está mais gostoso que de costume. Vestido numa camisa preta de mangas curtas posso ver seus músculos dos braços evito por a cabeça de lado para admira-lo. De bermuda até a altura dos joelhos e uma sandália de dedo também preta. Está tão casual quanto eu, com a diferença que ele ainda parece o cara milionário e lindo, enquanto eu
pareço uma mulher solteira e perdedora fazendo faxina num domingo. Tanto tempo que desejo esse homem e o vejo agora. Desse jeito! É muita sorte! SQN. - Como vai Milla? – Preciso sair daqui correndo. - Bem obrigada. Tenho que ir. – Pego meu carrinho e vou caminhando rápido para o caixa. - Você esta fugindo de mim Milla? – Na verdade eu queria te agarrar seu lindo. - Claro que não Maison. Que ideia! - Você esta saindo sem pagar. – Percebo que levei o carrinho para a saída do supermercado e não para o caixa. Ele ri descaradamente na minha cara. É vergonha demais para uma noite só. Faço cara de quem sempre é assim lesada, sorrio e vou com o carrinho para o caixa. O que se pode fazer numa situação dessas? Ele me segue. O silencio mortal nos rodeia. - Então Milla, sempre faz compras aqui? - Sempre. – Se eu continuar sendo difícil ele vai me perseguir e se eu voltar a ser interessada ele pode não mais tentar. Eu já deixei de aceitar muitos pedidos de jantares e acho que já esta na hora de da-lo uma chance. Isso se ele ainda estiver interessado depois desse meu visu. – Sempre faço compras nesse horário e você? - Esse supermercado é da minha família. Passo aqui ma vez ou outra, mas nunca te vi por aqui. Mora aqui perto? - A alguns quarteirões. – Chegamos à fila do caixa. A moça mais simpática do que nunca, acredito que pela presença do patrão. Um rapaz chama Maison e eu dou graças aos céus. Espero que ele não volte até eu ir embora. As mulheres que estão nas outras filas o olham descaradamente. Um homem assim não se vê todos os dias. Algumas noites sonho com ele, sem roupa claro. Maison deve ser a figura da perfeição nu. - Senhora, são U$ 59,00. – Ela me olha revirando os olhos. Ela deve ter me chamado algumas vezes. Pago e espero desimpacientemente que ela termine de empacotar. Quando ela termina pego minhas sacolas e vou rapidamente para a saída. Um corpo moreno e alto me para nas portas de vidro. - Eu levo pra você! – Entrego as sacolas relutantemente. Passamos pela porta. Na saída uma menina de mais ou menos vinte anos, vestida num short mais curto que o meu e uma camisa branca o olha descaradamente. Ele não percebe. - Precisa de companhia pra hoje a noite bonitão? Ela fala rindo descaradamente. - VOCÊ NÃO TA VENDO QUE ELE TA ACOMPANHADO Ô PIRANHA! – Deus me diga que eu não falei isso alto. Diga que foi apenas no meu pensamento. E gritei! Puta que pariu, essa noite só melhora. A menina vai rapidamente para dentro do lugar e ele me olha serio. Vou rápido quase correndo em direção ao meu carro. Maison me para de repente me forçando contra a porta do carro. Pressionando seu corpo grande e musculoso contra o meu. Evito olha-lo nos olhos. - Olhe pra mim Milla. – Eu olho.
- Eu quero você droga! Se você me quer não lute contra isso! – Eu fico calada e ele me beija. Passa a língua pelos meus lábios e eu desisto. Abro a boca para que ele a invada. E ele o faz. Me beija com pressa e desejo. - Entre no carro! - Ele ordena. Eu abro a porta e entro na parte de trás. Ele entra logo em seguida. O espaço no carro é grande, mas com Maison dentro parece ser bem menor. Ele puxa minha cabeça pela nuca e apressa o beijo. Me solta e me olha nos olhos. Poe as mãos no decote da minha blusa e puxa com força, rasgando e me deixando nua ele toca meus seios, admirando. - Eu imagino você nua faz tempo, mas nada que chegue perto disto. – Eu estou mortificada, mas ficar excitada é inevitável. Ele leva a boca até meus seios e os chupa com força eu encosto minhas costas no carro. Desabotoo meu short e ele puxa pelas minhas pernas com a calcinha junto. Fico nua e ele ainda esta vestido completamente. Percebendo ele tira a camisa pela a cabeça. Seu peito é musculoso e forte uma tatuagem tribal no ombro puxando pro braço. Mordo meu lábio desejando ele dentro de mim. Ele parece ter tanta pressa quanto eu e tira a bermuda e a cueca. Sinto um puxão no meu ventre com a visão do seu cassete duro e grande. Ele senta no banco e pega um preservativo do bolso. - Não acredito que vamos fazer isso aqui. – Eu digo desacreditando. Ele rasga o pacote e embala seu membro. - Você não aceitou meu pedido de jantar então, nada mais digno do que provar você bem aqui. - Você só quer me comer seu palhaço! – A raiva toma conta de mim, esse filho da puta só quer me usar e jogar fora. – Sai do meu carro agora! SAI! – Dou tapas no seu peito e braço, sou muito idiota mesmo, se bem que já dei pra muitos só por dar, mas eu realmente acreditei que rolaria alguma coisa. Ele me pega pelo braço e me beija novamente rápido e com força. Como ele é bem maior e mais forte que eu me põe sentada em cima dele. Eu sou forte, mas não ao ponto de lutar quando tudo que eu mais quero agora é senti-lo dentro de mim. Ele me posiciona e me senta devagar em cima do seu cassete. -Não quero só comer você Milla! Quero comer você todos os dias durante muito tempo. Você virou minha cabeça garota. Nunca pensei tanto em uma mulher. Você ta me deixando louco. – Ponho a cabeça pra trás com o prazer e ele agarra meus seios e os suga. – Namora comigo Milla? – O que eu posso fazer além de dizer um sim ofegante. Seu pau é delicioso e me invade me rasgando inteira. Ele me puxa pra cima e pra baixo com força. Toca meu clitóris com movimentos rápidos e eu chego ao clímax, depois de mais algumas investidas, ele goza também. Põe a cabeça no meu ombro ofegante. - Podemos ir pra sua casa e pedir algo pra jantar? Acho que te devo isso. Quem sabe algumas preliminares antes da próxima. Faço que sim com a cabeça e rio, finalmente o tenho e da maneira mais incomum possível.
MATT
CAPITULO 12.1 – DE VOLTA PRA CASA. Olho pra minha futura esposa deitadinha na cama. Hoje é domingo dia de voltarmos pra casa e encararmos a realidade. Pedi que Diana contatasse meu advogado e mostrasse o contrato que Josephine assinou. Quero-a atrás das grades, eu como advogado sei que vai ser difícil, mas pode haver uma brecha na área criminal. Ontem eu e Alie pedalamos juntos pela floresta, mostrei também o resto da casa pra ela. Os três quartos de hospedes a sala de jogos, as varandas e o ponto mais alto da casa onde podemos olhar as montanhas e florestas mais distantes. Fizemos amor devagar e paciente durante toda a noite. Alie é deliciosa de todas as formas. Apenas tocar nela me satisfaz. A acordo com beijos na bochecha e testa. Já são 12:30 da tarde, já refiz nossas malas. Deixei apenas uma calça jeans, botas marrons e um casaco preto pra ela vestir na volta. -Acorda linda. – Vejo o sorriso nascer em seu rosto. Não paro de beija-la até ela estar toda desperta. Parece se decepcionar ao me ver vestido de calça jeans azul clara e jaqueta preta. Quando estamos juntos um sempre acordamos o outro pra fazer amor – Vamos amor, temos que ir, a previsão diz que irá chover e se não formos logo só poderemos ir amanha. – eu realmente queria ficar aqui pelo resto da vida, mas temos muitas coisas pra resolver. Temos que organizar sua mudança pra minha casa, os preparativos para o casamento e a nossa ida à casa de seus pais. Quero fazer isso o mais rápido possível, me tremo só em pensar em contar ao Frank. Não faço ideia de como ele reagirá. Como dizer a um homem que não deixa você dormir com a sua filha que você a engravidou? Que Deus me ajude. Alie levanta-se, eu a olho completamente nua ao sair da cama, meu pau acorda imediatamente, passo a mão o empurrando como se pedisse pra ele se comportar. Alie é a perfeição em forma de mulher mesmo com poucas semanas de grávida, sua cintura já esta mais quadrada, a barriga ainda é chapada, seus seios estão um pouco maiores e estão sempre duros pela sensibilidade, seus cabelos loiros claros caem por sua cintura e esses olhos verdes cor de lodo que me fascinam. Ela sabe o que causa em mim, e sabe me provocar como ninguém. Eu continuo sentado na cama, exatamente como estava quando a acordei. Ela vem pra minha frente e senta de pernas abertas comigo no meio. Fito seus seios quase me tocando e meu pau bate como um tambor dentro da cueca, olho pra sua boceta e a vejo toda rosada e suculenta. Droga, não temos tempo! Devia tê-la acordado mais cedo. Toco meus lábios nos dela algumas vezes castamente. Mais pra que eu me acalme do que pra que ela compreenda. - Temos que ir amor, ou vamos nos atrasar. – Falo como se ela fosse uma criança de cinco anos. Ele fecha a cara pra mim e se levanta rápido pegando suas roupas que tinha posto em cima da cama. Esses são os queridos hormônios da gravidez. Sabe quando uma mulher ta menstruada, onde tem a tal TPM? Imagina uma mulher com TPM durante nove meses mais ou menos, espero ter a sorte de que Ale não seja tão afetada! Na verdade não é só a parte chata, é a parte briguenta, chorona, enjoada, tarada, e outras mais. Alie já é briguenta e esquentada, imagina grávida. Isso não me deixa triste ou com medo. Na verdade me da mais vontade de cuidar dela. E fazer o possível pra não magoa-la em vão. Enquanto ela toma banho eu ligo para James pra que ele venha nos pegar pra nos levar para o aeroporto da cidade. Ela sai toda vestida com uma cara tão fechada quanto a que entrou. - Venha comer amor! – Eu falo carinhosamente.
- Não estou com fome! – Agora ela esta sendo infantil. - Você tem que comer meu amor, já são quase uma hora da tarde e o voo vai ser demorado. Não pode passar tanto tempo sem comer. – Eu sou tão paciente. - NÃO QUERO COMER! – Ela fala alto e aquele homem paciente sai correndo pela porta. - Você vai comer sim Alie! Você esta grávida e vai comer nem que eu tenha que te enfiar goela abaixo. -Urr- Sim ela faz esse som como se rosnasse e pega a bandeja que deixei do lado do móvel na cama. Frutas, suco e panquecas para que ela se alimente bem. Senta e come sem dizer uma palavra. A observo comer e quando acaba levo a bandeja pra cozinha. Pego nossas malas e tento pegar na mão dela. Ela não aceita e sai na minha frente. Quando saímos para a entrada principal da casa James e Amy nos esperam. Nos despedimos com abraços e beijos em Amy. E seguimos para a nossa viagem. Durante a ida ela não troca uma palavra comigo. Tento toca-la, mas ela não deixa. Será que fui grosso demais com ela? Mas ela não pode deixar de comer por birra. Poxa ela ta grávida, tem que se alimentar. No avião ela cochila um pouco e eu estou triste por não tê-la tocado. Enquanto ela dorme pego sua cabeça e encosto no meu ombro, sinto seu perfume doce e delicado. Minha doce Alie, esses nove meses vão ser tão longos pra mim. Rio com o pensamento de quantas brigas vamos ter por besteiras. Tenho paciência, mas não sou de ferro. Quando pousamos ela instantaneamente acorda, percebe que esta com a cabeça no meu ombro e tira rapidamente. Quando descemos Ravem nos espera com as portas do carro aberta. - Olá Alie, como foi a viagem? – Ele fala com ela que chega primeiro ao carro. - Maravilhosa Ravem. – Ela o abraça, nesse momento morro de inveja dele. Ele fica serio quando me aproximo. - Senhor. - Olá Ravem, se tiver acabado já podemos ir! – Ele fica sem entender, mas vai para o seu lugar. A birra de Alie me contamina durante o caminho. Penso o que posso ter feito de tão grave para que ela não fale e nem me deixe toca-la. - Me deixe no meu apartamento Ravem. – Ela fala. - Não Ravem! Nos leve a minha casa! – Alie olha pra mim, como se pudesse me matar com os olhos. Ravem nos olha sem saber o que fazer. Resolve fazer o que eu digo já que sou eu quem pago seu salário. Ela não dá mais uma palavra durante o caminho, chegamos a minha casa e ela sobe as escadas sem me esperar, digo a Ravem que eu mesmo levo as malas e subo em seguida. Quando chego ao quarto ela esta deitada de bruços na cama, posso ver os espasmos do seu corpo. Ela chora e isso me dói. Sento na cama do seu lado. - Alie amor, o que eu fiz? Me fala, isso ta me matando.- Falo passando a mão pelo seu cabelo. - O que você fez? Você não me quer Matt! Você. Não. Me. Quer. – Não posso evitar rir com isso, como ela pode pensar uma besteira dessas.
- Não seja boba Alie! - Agora me chama de burra! – solto o ar pela boca exasperado. - Não chamei você de burra, chamei de boba. – ela vira o rosto pra mim e vejo suas bochechas molhadas. - Olha o jeito que você fala comigo! – ela fala alto e chorando dramaticamente. - Alie meu amor, como eu posso não querer você? Eu te pedi em casamento ha dois dias. – me deito pra ficar do seu lado de frente pra ela. - Você me pediu em casamento por que eu estou grávida Matt. – Agora ela exagerou. - Olhe pra mim Alie! – Ela olha. – Eu amo você! E é por isso que te pedi em casamento, nunca mais pense isso entendeu! – Ela assente com a cabeça. – vem cá. A chamo e ela cola seu corpo no meu. - Me diga por que você ficou assim. – peço enquanto enxugo suas bochechas com carinho. - Você não quis fazer amor comigo. – O que você fez esse drama todo por isso? Isso foi o que eu quis dizer, mas claro não disse. - Meu amor, não fiz amor com você por que estávamos atrasados, você tem que entender isso ta bom. - Ta bom. – Ela fala soluçando. Três bebes é o que eu tenho. - Agora vem cá, me usa! Sou todo seu! - Agora não quero mais! –Ela fica de frente pro teto, com as costas na cama. De braços cruzados. - Não? - U um! – Fico de joelhos na cama com ela entre minhas pernas. Abro minha jaqueta e tiro em seguida a minha camisa. Ela me olha como se não ligasse, mas sei o que se passa. Ela tem o mesmo efeito em mim. Abro o botão da minha calça e a tiro. Fico só de cueca na sua frente. Nesse momento ela me olha desejando. Eu tiro as suas botas e desabotoo sua calça puxando junto com a calcinha. Olho sua bocetinha lisa e rosada. Meu pau já dói por querer estar nela. Me deito com o peito na cama próximo a sua entrada e ponho suas pernas pra trás dos meus ombros. Beijo sua boceta acima da abertura e passo a língua devagar pelo seu clitóris, sei que ela adora isso. Ela se mexe em baixo de mim. Repito esses movimentos e depois enfio a língua dentro dela, sentindo deslizar com facilidade pela sua entrada. Sugo seu clitóris como chupo seus mamilos. Saio da posição tiro a cueca e em seguida abro sua camisa para ver os seios com aureolas rosadas exigindo um pouco de atenção. Dou a devida atenção que eles merecem e me apoio nos cotovelos me posicionando para penetra-la. Faço com calma e devagar. Ela geme no meu ouvido. Sinto meu pau deslizando dentro dela, é quente e úmida ao mesmo tempo. Beijo sua boca com amor e carinho que ela merece. Não aumento o ritmo, apenas enfio o mais fundo possível a cada estocada e nós gozamos juntos. Ela me olha nos olhos.
- Te amo fada! - Te amo! – Ela me beija de novo. Tomamos banho e ela veste minha calça de malha e uma camiseta branca regata minha. Mesmo assim continua linda. Eu fico de cueca samba canção, com o menino livre. Jantamos em casa mesmo e conversamos sobre irmos à casa de seus pais. Decidimos ir no próximo final de semana para eu pedir a seu pai e dar a noticia da gravidez. Ui, isso me deixa nervoso. Alie me diz pra não me preocupar, mas é meio que impossível isso não acontecer. Depois do jantar Alie me força a assistir “Diário de uma paixão” na sala de TV, ficamos deitados no sofá gigante quase uma cama, ela chora como uma louca grande parte do filme e dorme antes do final. Vai entender neh. Pego a nos braços e a levo para a cama. Deito junto com ela e pego no sono enquanto acaricio meus pimpolhos. Acordo com Alie me chupando e eu gemendo involuntariamente. Fazemos amor preguiçosamente e depois tomamos banho juntos. O vapor do chuveiro nos envolve entre as paredes afuniladas de vidro no meio do banheiro. Dessa vez ela me banha e lavamos os cabelos juntos. Eu faço isso tudo sorrindo, é tudo o que eu sempre quis. Deus é tão maravilhoso. Quando saímos do banheiro ela pega suas roupas na mala. Milla separou roupa para uma semana. Eu a admiro sentado na cama enquanto ela passeia pelo quarto se vestindo. Ela veste uma calça skining vermelha e uma camisa branca folgada estilo camisetão com costas nadador e um blazer branco aberto por cima, calça o converse vermelho com cadarços brancos e faz uma trança na lateral do cabelo. Me lembra o dia em que eu a conheci, linda. Eu levanto da cama com a toalha na cintura e a abraço. - Essa mãe dos meus filhos é tão estilosa. – A abraço e beijo sua boca com gosto de hortelã. Ela me sorri com todos os dentes. Minha querida Alie nem parece que vai ser mamãe. Agora é a minha vez. Ela senta na cama pra por os brincos e passar um pouco de maquiagem. Eu tiro a toalha e passeio nu pelo quarto, percebo seus olhos me seguindo então a olho. Ela sorri com o canto da boca. - Esse pai dos meus filhos é tão gostoso! – Eu rio e vou pra ela e a beijo, pego suas mãos e passo pelo meu peito como se dançasse sensualmente, desço pelo abdome e paro. – Não me provoque Matt, qualquer dia quero um Streep completo. – Ela diz sorrindo. Afasto-me e sinto quando o travesseiro bate atrás da minha cabeça. Eu gargalho e continuo a me vestir, me visto com um terno azul marinho risca de giz e uma camisa branca com uma gravata vinho. Olho-me no espelho já ta na hora de cortar o cabelo neh?! Descemos e tomamos café juntos, Norah já se sente mãe de Alie assim como sente em relação a mim, a obrigo a comer bem no café da manha, ela não sente muita fome nesse horário, mas a obrigo a comer mesmo assim. Dou graças a Deus e a medicina por ela não enjoar. Ravem nos leva de carro. Deixo Alie relutantemente na Macfeel. Por mim passaríamos o dia grudados um no outro. Vai ser difícil ficar longe dela o dia todo. Mas abandonei a Heaven por um longo tempo e tenho muito trabalho a fazer. - Vamos almoçar juntos? - Não posso! Marquei com Milla, Teph e Amanda. – Faço cara de cachorro que caiu da mudança. Ela me da beijinhos na boca. – Teremos o jantar e a noite toda juntos amor.
- Pelo visto vou ter que me conformar. - Sim vai! Agora deixe-me ir, Elijah virá hoje para apresentação do projeto do seu Resort no Havaí. - Elijah é? Não gosto desse cara. - Você não gosta de nenhum homem que se aproxime de mim. - Isso é mesmo, claro além dos da família. – Ela ri, mas eu não. - Tchau amor. - Tchau, Ravem vai levar suas coisas para minha casa hoje. Venho te buscar as 06:00pm? - Não! É cedo, venha me buscar as 7:00pm. – desisto! Não vou nem tentar convencê-la de que saia mais cedo a mulher é tão maníaca por trabalho quanto eu. Se bem que eu ando meio relaxado depois que a conheci. Mas não posso evitar. Saímos do carro e a deixo na porta. A beijo de língua, mas devagar. - Vou morrer de saudade! – Digo com a sua boca na minha ainda. - Vamos sobreviver. – Sorrio e a deixo entrar. Quando partimos vamos direto pra Heaven. Hoje os colaboradores me olham curiosos como se quisessem perguntar ou dizer algo. Quando chego faço sinal para que Diana venha até mim assim que possível por que esta numa ligação. Sento-me a mesa e já estão milhares de papeis nela. Ligo meu computador e vejo muitos e-mails na caixa de entrada. Quando vou responder o primeiro Diana entra na sala. - Ola Matt! – Ela sorri com seus dentes grandes e brilhantes, Diana é a negra mais bonita que já vi. Muitos homens que vem até aqui a cantam, nem sonham que ela é casada com outra mulher. – Como foi de viagem? - Foi perfeita Diana, obrigado por tudo! – Ela sorri me dando a resposta. – Me diga uma coisa, por que todos me olham nos corredores novamente?. – Ela levanta as sobrancelhas. - Você mais uma vez é noticia patrão, pelo que contei 26 jornais e revistas nos contataram hoje. E a noticia já esta em 1º lugar nos maiores escândalos do ano. - Como assim escândalo? - Seu casamento que não deu certo Matt. – Droga! Havia esquecido desse detalhe. - Haviam muitos programas de TV e jornais presentes. Graças a Deus que nas filmagens não falam nada sobre Alie pelo menos até agora. – Ufa, pelo menos isso. – Ah e você voltou pro primeiro lugar no Ranking de solteiros mais cobiçados do país. - Não por muito tempo. Vou me casar Diana! O mais rápido possível. - Ela me abraça. Diana trabalha comigo a mais de quatro anos, claro que ao vir pra presidência a traria junto comigo. - Por favor quando ligarem diga que não darei entrevista pra ninguém. - Já ofereceram muito dinheiro pela sua entrevista.
- Era só o que me faltava, ganhar dinheiro com essa mídia de lixo. - Alguns programas anunciam que Josephine dará entrevista exclusiva ainda esta semana. - Esse nome esta proibido aqui entendeu. – Ela assente com a cabeça. – Vamos chama-la de bruxa, ou de picareta ou do meu favorito; vadia. – Ela ri. - Vadia pra mim esta ótimo senhor. - O que Dr. Phil disse sobre o contrato? - Disse que serve apenas para um processo, não é o suficiente pra prisão. Se encaixaria em chantagem e ameaça que não servem para prender alguém. – Bato na mesa com a mão fechada. - Droga! Peça a Phil que venha aqui ainda hoje. - Sim senhor! Sua agenda esta cheia, só temos o horário das 5:00 pm pode ser? - Esta ótimo. Obrigada Diana. - Por nada Chefe. - Ela sai da minha sala e começo a ver as pendências que tenho pra resolver.
********** ALIE Entro na Macfeel e Amanda me sorri de orelha a orelha. Sai da sua mesa e vem me abraçar. - Ah Alie estamos tão felizes, todos nós. - Obrigada Amanda! Mas por que exatamente? - Por tudo, os bebês o casamento. – Ela da pulinhos na minha frente e eu rio. – Por que Milla tem que ser tão bocão, não me da nem a chance de ser a pessoa a contar pra todos. - Ah, ela também tem novidades. - As dela você não vai me contar neh? - Não! Nem eu sei! Vai ficar pro almoço. Teph esta finalizando o projeto de Elijah que deve chegar em duas horas. Espera você na sala de criação. -Vou lá então. – Sorrio e vou pra sala. Quando chego Teph esta louco correndo com papeis na mão. Quando vê me abraça forte. - Alie isso não se faz! Você some e não me dá noticias! Se não fosse a radio Milla pra nos contar, ficaríamos no escuro. - Desculpa amigo, é que foi tudo tão rápido.
- Deixe-me ver o anel! – Levanto a mão e mostro o anel pra ele. Assusto-me quando ele grita. Ahhhhhhhhh - Alie é perfeito. Com uma esmeralda, rubis e diamantes. Esse anel deve ter custado um ano do meu salário. - Ele toca os olhos na pedra avaliando. - E olha que você me paga bem. – Eu rio. - Onde esta Milla? - Fim de semana longo, esta fazendo o maior suspense. O melhor é que a vida dos outros ela conta. – Eu rio. - Vamos adiantar enquanto ela não chega, temos trabalho a fazer. – Havíamos montado toda a apresentação. O Resort do Elijah no Havaí é o mais perfeito que já vi. A grama cruza com a areia da praia, onde esta um grande jardim com piscinas e arvores gigantescas e estranhas, tudo muito bem decorado, o Resort é gigante e lindo, unindo a modernidade com o clássico estilo havaiano. Esse nós emplacaremos com certeza. Nada como um produto fácil de vender. Milla chega vinte minutos depois. Veste um terninho azul escuro com saia até abaixo dos joelhos. Salto alto sempre. - Fim de semana bom? – Eu pergunto morta de curiosa. - Perfeito! Mais tarde conto tudo! Vamos terminar isso. Finalizamos o projeto, uma propaganda bem leve no estilo havaiano, isso é o que nós fazemos, depois outra equipe da Macfeel junto com o cliente ou não, escolhe os modelos e faz as gravações, em seguida passa por nós novamente para aprovação. Elijah chega na hora exata, dessa vez vem sozinho. Veste um terno preto com camisa azul clara sem gravata. Irresistível como sempre. Tento levantar o queixo de Teph, mas é inútil.
Pega na mão de cada um de nós. Mostramos todos os processos pra ele e aprova tudo sem mudar nada. Não deixamos de elogiar seu Resort. Diz que deixa tudo em nossas mãos e nos da o cheque com o pagamento inicial. - Não esqueçam que temos mais cinco hotéis para esse trimestre. – Ele nos fala orgulhoso. - Não esqueceremos Elijah. – Ele olha pra minha mão. - Não me lembro deste anel Alie. - Alie ficou noiva e se casará em breve. – Milla escancara tudo. Elijah não faz cara de desapontado nem nada. Pelo contrario parece feliz. - Espero que seja com Matt! Depois do esforço que ele fez pra sabotar o nosso jantar. Não aceitaria que casasse com outro. – Então ele sabe que foi Matt, prefiro não perguntar como. - Será com ele sim! Noivamos esse fim de semana e pretendemos nos casar o mais rápido possível. E vamos convida-lo com certeza. – Sei de uma certa mulher complicada que ele adoraria conhecer. - Você já sabe onde fazer a festa?
- Ainda não sei, quero uma coisa simples e bonita. - Vi que você gostou do Havaí, muitos casais fazem a cerimônia por lá. Se quiser pode casar no Resort. - Você disponibilizaria o espaço do seu hotel pra mim? - Claro, podem fazer a cerimônia e hospedar os convidados lá. Também podem aproveitar e ficar pra lua de mel. Se não se incomodar eu posso tratar de tudo. - Ah Elijah você é um amor! Vou falar com Matt e aviso pra você! Mas por mim já está resolvido. – O abraço com gratidão. - Imagina Alie, já considero você uma grande amiga. - Ele me devolve o abraço sem maldade. Espero que Matt concorde. Nos despedimos de Elijah e pouco depois saímos para almoçar. Escolhemos um restaurante vegetariano, eu queria na verdade um sanduiche bem suculento e com muito queijo. Mas segundo Milla por ordem expressas de Matt, Não me deixariam comer porcarias. - Então Milla, o que aconteceu de tão bom no fim de semana? - Maison me pediu em namoro! – Eu e Teph ficamos sem entender nada. Mas felizes e boquiabertos. - Como assim? – Teph é mais rápido que eu. Milla faz um resumo da história, que louco, as coisas quando tem que acontecer acontecem, ela levou a serio demais o conselho de Matt de ser difícil, ela tava quase impossível. Não deixa de dizer o tamanho do pênis de Maison claro. Teph se importa muito com esse detalhe. Ficamos felizes ela é apaixonada pelo Maison. - Só eu estou solteira agora! – Teph diz. - Arrumaremos um homem lindo pra você amigo. – O abraçamos. - Vocês tem que fazer isso, estou muito carente. – Ouço o bip no meu celular. Matt me manda uma mensagem pelo Whats. Matt: Morrendo de saudade! Amo você! Eu: Também amor, e com raiva por não me deixarem comer sanduiche! : | Matt: Vou colocar uma fita verde no seu braço escrita assim: ESTOU GRAVIDA! Pra ver se você lembra. Suas coisas já estão na nossa casa. Beijinho amor da minha vida! Alie: Eu sei que estou grávida sim e tenho desejos de grávida! Espero que se sinta culpado quando nossos filhos nascerem com cara de queijo coalho. Bjinho coisa linda! Matt: Esse negocio é serio? Ou você ta brincando comigo. Alie: É serio! Pesquisa no Google!
Matt: Ah meu Deus Alie! Tenho que ir, beijo minha fada! Alie: Até mais príncipe! Beijo! Eu rio olhando pra tela do telefone, O telefone de Milla toca interrompendo seu papo sobre maquiagem com Teph. - Oi... Uhum... tá bom pode deixar.... Abraço, Tchau. – Milla me olha estreitando os olhos. - Você convenceu o Matt a deixar você comer porcaria! Mas nós não vamos deixar! – Não mete essa Alie! – O garçom se aproxima.- Moço por favor uma salada que tenha beterraba pra essa moça. - Toca aqui garota! – Teph levanta a mão pra Milla bater. - É um complô contra mim! – Nós rimos e vou ter que me acostumar com os três me regulando.
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A semana passa tranquila. Matt milagrosamente aceita numa boa que a festa seja no Resort de Elijah, e até planeja algumas coisas para o casamento. Vamos trabalhar juntos todos os dias, em alguns volto sozinha com Ravem por que Matt tem muito trabalho a fazer na Heaven. Conviver com Matt é muito fácil, ele é sempre muito atencioso, divertido e muito apaixonado por mim. A cada dia que se passa ele fica mais nervoso por ter que dizer a meu pai que estou grávida. E o pior é que eu também tenho um certo receio de que acabe em merda, não sei como ele reagirá. A sexta-feira chega e nós vamos trabalhar até o começo da tarde. Almoço na Macfeel pra acertar umas coisas com Milla e Teph. Vamos no meu carro e ele passa pra me pegar as 02:00pm. Ele segue o caminho estranhamente calado. - Matt, não precisa ficar nervoso. - É impossível Alie. – ele olha pra estrada com a mão direita fechada na boca pensativo. Eu cochilo durante o caminho, acordo quando meu celular toca. - Oi mãe. - Ola querida! Vocês estão onde? - Estamos em vinte minutos daí. - Ótimo! Você pode passar na casa da Sra. Richer pra buscar a vovó? - Claro mãe! - Beijo minha filha!
- Beijinho. Eu desligo e Matt me olha com as sobrancelhas levantadas querendo saber do que se trata. - vamos ter que passar na cidade pra buscar vovó. - Ok. Matt faz o resto do percurso com a mão na minha coxa. Jonh Mayer enche o espaço com sua voz. Alguns minutos depois passamos pela cidade e eu guio Matt até a casa onde vovó esta. Nós paramos na frente da casa branca com grama e jardim na frente. Sra. Richer é amiga de vovó desde a época da escola. As duas são viúvas e tem um grupo de amigas que gostam das mesmas coisas. Se reúnem para uma coisa que elas dizem que é a festa do chá, mas ela nunca me enganou. Descemos do carro e Matt franze o cenho quando ouve a musica Yeah de Usher vindo da casa. Não me pergunta nada, vamos de mãos dadas até a porta e batemos. A Sra. Richer abre a porta e a musica fica mais alta. Matt arregala os olhos e se assusta eu conhecendo as peças não me espanto. A Sra. Richer tem a idade da vovó um pouquinho mais fofinha. Matt fica sem saber o que fazer quando vê a mulher vestida numa camisola preta sexy quase transparente com um boá rosa no pescoço. Ele olha para todos os lugares menos pra ela. Ainda bem, por que se ele visse como ela o olha ficaria mortificado - Vovó esta ai Sra. Richer? - Sim! Entre Alie querida. - Eu vou ficar aqui e esperar amor! – Matt diz gaguejando. – Sra. Richer agarra a mão dele e o puxa pra dentro. - Nem pensar gostosão. - Meu Deus! – É a primeira coisa que ele diz quando entra na sala e vê as mulheres de terceira idade vestidas, alias tentando se vestir sensualmente com camisolas não tão comportadas. Ele fica no meio da sala observando as mulheres dançando a musica de Usher. Vovó não demora muito para vê-lo. E vai em direção a ele. Ele então fica parado como um estatua. Olhando assustado como se fosse um animal encurralado eu rio alto e desesperadamente com a cena. Ele olha pra mim estreitando os olhos. E vejo claramente quando ele diz sem sair som algum de seus lábios. “To fudido” faço que sim com a cabeça e vovó chega a seu destino. Passa seu boá roxo no pescoço de Matt. E ele dá graças a Deus por ser bem mais alto que ela se não estariam cara a cara agora e não seria legal. Ela dança na frente de Matt. E as suas amigas não demoram muito a se juntar. Vejo o desespero nos seus olhos que agora quase saem das caixas, seus braços grudados do lado do seu corpo. Ele me olha implorando que eu faça alguma coisa. Eu então faço. Vou ate o sofá e me sento cruzando as pernas. Ele então me da aquele lindo sorriso de “você me paga depois”. Começa a dançar com as senhoras a sua volta. Rebolando os quadris e ele balança bem direitinho. As coroas ficam loucas gritam e riem satisfeitas. - Só não vale passar a mão. – Eu digo fingindo o ciúme. Matt as provoca mais ainda desabotoando sua camisa branca. De calça jeans apertada ele ta sexy pra caramba.
- Uuuuuuuu- As velhas gritam como loucas. Matt sensualizando anda um pouco pra trás se afastando das senhoras, a camisa já esta desabotoada até a metade. Bate em algo e cai no chão de costas. Um “ai” é o que eu escuto. As senhoras ficam ao redor dele. Eu vou até ele apressada, mas não deixo de gargalhar com a cena tosca. As senhoras não riem, estavam gostando do show. Fico de joelhos do seu lado. - Tudo bem amor? – Ele faz que sim com o polegar.- Você é tão desastrado. –Eu rio e ele também. - Você ainda não viu nada. – Me levanto e dou a mão para ajuda-lo a levantar. As senhoras ficam na expectativa de que ele recomece o show. - Ok senhoras o show acabou. – Eu digo e algumas me olham odiando, outras apenas riem. – Vamos vovó? - Vamos sim querida. Vou apenas trocar de roupa. Matt e eu sentamos no sofá, e as senhoras sentam na nossa frente olhando fixamente pra Matt que esta roxo de vergonha encolhido no canto do sofá. Perguntam se ele é o ator que fez Magic Mike, eu tenho que assistir a esse filme! Vovó desce cinco minutos depois já vestida decentemente. - Vamos amores? – Nós nos levantamos e as senhoras se levantam junto. -Voltem sempre! Principalmente você lindo. – Ô velhinha descarada. Matt sorri sem mostrar os dentes, com a mão nas costas pela dor. - Obrigado senhoras! – Ele então quase corre em direção ao carro. Eu vou atrás e vovó se despede das amigas. Matt joga as chaves do carro pra mim. - Não vou conseguir dirigir. -Vai fazer de novo “gostosão”! – Rio dele mais uma vez. Entramos no carro e seguimos para a casa. Minha mãe nos espera na porta da frente. Descemos do carro e Matt ainda anda estranho. Mamãe nos abraça forte. - Então como foi à viagem. - Foi ótima! – A respondo sorrindo. - E o chá? – Pergunta olhando pra vovó. - O melhor de todos! – Vovó pisca pra Matt que ri envergonhado. - E você Matt? O que aconteceu? - Dor nas costas. - Vamos comer alguma coisa, e por compressa nisso ai – Nós entramos.
Mamãe diz que papai foi até a cidade e Nick chegará para o jantar. Tomamos o café da tarde e em seguida eu vou ajuda-la com o jantar e Matt vai brincar com Beer no quintal depois de colocar compressa de gelo nas costas, na intenção de ficar o mais longe possível da vovó. Que só Deus sabe onde anda. Estamos na cozinha eu corto os legumes pra salada enquanto mamãe prepara o assado. - Então Alie, tem alguma coisa que você queira me dizer? – A olho sem entender. - Sobre esse anel no seu dedo ou o seu aumento de peso. - Estava pensando agora mesmo em como te dizer. - Não pense, apenas diga. – Ela me olha serio, oh Deus, será que ela ficará com raiva de mim? - Matt me pediu em casamento e eu estou grávida, de gêmeos! – Pronto falei! É até melhor ela saber logo, mamãe tem o coração derretido. Fico tensa pelo jeito que ela me olha seria e só volto a respirar quando ela vem na minha direção e me abraça forte e carinhosa. - Oh meu amor estou tão feliz por você! Matt é maravilhoso e será um grande pai! Ele até aguenta o Beer.! Poxa dois de uma vez. - Eu rio por ela falar no nosso cachorro hiperativo. Meus olhos enchem d’água e os dela também. Ela olha pra mim. – Você já começou com as alterações de humor? - Já mãe, acho estranho por ter começado tão cedo. Dizem que é apenas nos últimos meses. – Ela pega nos meus ombros olhando nos meus olhos. - Alie, você vai ser igual a mim! Seu pai sofreu os nove meses da gestação. Quase que nos separamos, ele sofreu tanto. Até chorar chorou. - Papai chorou? - Ali querida, eu falei as coisas mais horríveis pra ele, fiz ele fazer cada coisa que agora nem consigo acreditar, já quando engravidei de Nick tudo foi mais calmo. - Hum, espero que eu não seja assim. - Duvido muito. – Matt entra na cozinha todo sujo e fica na porta. E Beer logo atrás dele com a língua de fora cansado. - Fique ai garotão! Mais tarde brincamos mais. – Ele fecha a porta e Beer fica de fora. Um segundo depois ele vê alguma coisa pelas arvores e corre atrás. Matt se aproxima de mim e me beija a testa. Minha mãe olha pra ele com um grande sorriso. - Vem cá Matt,me da um abraço! – Ela o abraça sem se preocupar com a sua camisa suja. - Então a senhora já sabe? - Alie acabou de me contar, estou tão feliz. – Matt sorri, mas vejo em seus olhos que ainda falta o pior. - A senhora acha que Frank me matará?
- Existe essa possibilidade, mas Frank é tão imprevisível. Ele pode querer te matar ou ficar muito feliz. Não sei qual será sua reação. Mas fique tranquilo, ele ama Alie e quer o melhor pra ela como qualquer pai. Agora vá La em cima tomar banho que o jantar deve estar sendo servido em 30 min. E Frank vai chegar a qualquer momento. Você também pode ir Alie, eu termino tudo aqui. - Obrigado Fan! – Matt agradece mamãe e a abraça de novo. - Saiam daqui vocês vão me fazer chorar. Nós então subimos as escadas. Deixo Matt na porta do quarto de hospedes. - Não se preocupe meu amor. Meu pai não vai me deixar criar um filho sozinha. - Isso foi muito consolador. – Rio e dou-lhe um ultimo abraço e beijo. O deixo em seu quarto e vou para o meu tomar banho e me trocar. ********** MATT Sentado na cama com os cotovelos nos joelhos e as mãos juntas na frente do rosto faço um pedido a Deus. A verdade é que não tenho medo de que Frank faça algo comigo. Mentira eu tenho sim, mas o que realmente me preocupa é que ele não goste da ideia de que Alie e eu nos casemos. Alguém bate na porta. Levanto e vou abri-la. - Vamos?! – Alie me olha compreensiva. - Você esta linda amor. – A abraço e beijo tirando seus pés do chão. Ela veste um vestido amarelo solto curto e sem decote com um chinelo de dedo. Eu uso uma camisa gola v cinza, uma calça jeans preta e uma sandália fechada. - Você também meu amor! Preparado? – Ela me olha esperando a resposta. - Não! Mas vamos acabar logo com isso. – Pego sua mão, descemos as escadas e vamos para mesa onde já estão todos. – Meu coração esta acelerado e a respiração entrecortada. - Fique calmo Matt. – Alie sussurra só pra mim. E aperta minha mão com carinho. Fan me da um sorriso de incentivo e vovó me olha com aquela cara de assanhada que ela tem. Frank me olha sem expressar nada. Nick sorri e me lembra o sorriso de Alie. Frank levanta e da à mão pra mim, eu a pego e ele aperta com força. - Como vai Matt? - Bem Frank e você? - Muito bem, você parece doente, esta da cor de um papel novo. - Deve ser a fome. – Fan me socorre. - E ai cara? – Agora é Nick que aperta minha mão, com menos força que seu pai claro.
- Beleza Nick! – Ele faz que sim com a cabeça. E sento-me por ironia do destino do lado direito do pai de Alie. Os dois abraçam Alie calorosamente. - Minha doçura você esta linda. O que andou fazendo? – Bebês. Pensei em responder, mas prefiro morrer depois do jantar. - Obrigada papai. Nós então sentamos e começamos a comer, Nick nos conta sobre a sua faculdade e que termina ainda esse ano. E Frank fala do orfanato, parece de muito bom humor. Pelo menos ele gosta de crianças. Eu mal toco na comida. Alie come como um homem grande e gordo. Seu pai percebe que tem algo diferente na filha. - Tudo bem com você filha? - Sim pai. - Parece uma ursa grávida. – Eu começo a tossir engasgando com a comida. Alie bate nas minhas costas. Ficamos calados e o jantar acaba logo depois. - Matt tem algo pra falar com você querido. – Fan diz e eu começo a tremer e a suar feito um porco. O olho, mas a voz não sai. - Então filho o que tem pra me dizer. – Alie aperta minha coxa me incentivando. “Que Deus me ajude”. Levanto e olho pra todos. - Bom Frank, existe um motivo pra nós termos vindo até aqui.- Olho apreensivo - Amo sua filha e quero cuida-la e ama-la para todo sempre. Gostaria da sua benção pra que nos casássemos. - Você não acha que esta cedo rapaz? – Jesus ele aumentou o tom de voz. - Não Frank! Desde que conheci Alie que sei que ela é perfeita pra mim. - Você, o que me diz Alie? - Eu quero muito papai! Eu o amo! – Ela levanta e segura na minha mão. Frank nos olha pensativo. - Ok! Então benção concedida! – Eu sorrio e ele me abraça. Abraça Alie também.- Fico muito feliz pelos dois. - Obrigado Frank. – Todos nos abraçam e eu fico mais tenso ainda. Quando vou sentar eu digo rápido. - Ah e nós vamos ter bebês! - Claro que vão ter! Quero essa casa cheia de crianças. - Ele me diz sorrindo. - Não Frank, Alie esta grávida e de gêmeos. – Fan diz em alto e bom som. Ele me olha serio e vejo sua garganta se mover quando ele engole saliva.
- Não vou matar você agora Matt! Não antes e saber se Alie esta tendo alterações de humor. Então ela esta? – Eu olho pra ele quase sem respirar. -Sim está! – Ele começa a gargalhar. E eu também rio feito um idiota daqueles filmes de comedia que fazem o que o chefe faz. Eu não entendo porra nenhuma. Ele para de uma vez e olha pra Fan. - Você não vai fazer isso Frank! - Claro que vou Fan! Matt não preciso fazer nada com você. Alie provavelmente será igual à mãe e... bom você saberá. Vá buscar Molly Fan.- Oh meu Deus ele tem uma arma e a chama de Molly. Nick e Alie me olham sem entender também. - Vá logo Fan. Vovó gargalha. A velha quer me ver morto. Fan sai e todos ficamos calados. Ela volta cinco minutos depois com uma caixa nas mãos. Eu começo a bater meu pé no chão de ansiedade. Ele guardaria uma arma em uma caixa? Fan entrega a caixa pra Frank. Ele a abre mortalmente devagar. Eu, Alie e Nick esticamos o pescoço pra tentar ver. Meu coração para de bater. E ele tira uma boneca bebê da caixa. Eu solto o ar dos pulmões. - Esta é Molly Matt! Fan me fez andar com esta maldita boneca durante boa parte da sua gravidez. Tudo por que um dia eu disse que ela havia enlouquecido. Então ela me fez provar que eu estava preparado para ser pai. - O senhor quer que eu ande com esse boneco? - Não, você vai andar com um de seus filhos. Esta boneca tem alarme e horários, ela chora e grita quando precisa comer ou quando esta suja. Precisa acalenta-la e também coloca-la pra dormir. Quase me separo de Fan pelas suas loucuras na gravidez. Se você sobreviver um fim de semana com essa boneca sei que terá paciência pra cuidar de minha filha e de seus filhos. Pena que só tenho uma Molly. – Ele me entrega a boneca e eu a olho. A boneca tem os olhos azuis e é muito parecida com um bebê de verdade. Ele tira as coisas da caixa e vai me explicando. - Essa é a mamadeira de mentira, você tem que mantê-la na boca do bebê por alguns minutos pra que ele fique satisfeito, em seguida tem que segurá-lo em pé para que arrote. Tem que comer a cada três horas, precisa dar banho ao menos duas vezes ao dia. Tem que ter cuidado para não mata-la afogada. A água do banho não pode estar fria ou quente demais. Aqui estão as fraldas que tem que ser trocadas sempre que precisar. Esses são os lenços umedecidos precisa usa-los às vezes em vez de banha-la bebês não podem tomar muitos banhos e eles fazem cocô a cada meia hora. Esse aqui é um canguru, você coloca o bebê dentro e põe como se fosse uma mochila. Agora ponha ele em você. – Ele aperta um botão no boneco. – Ainda funciona. Eu faço o que ele disse e desajeitadamente coloco a boneca, ops, Molly na bolsa e tento entender como a coisa funciona. Todos levantam da mesa e eu fico tentando encaixar minha filha temporária. Nick passa por mim e bate no meu ombro. - Bem vindo à família de loucos! - Obrigado Nick! *****
Eu consigo finalmente encaixar Molly na bolsa. Todos estamos na varanda de trás olhando pra lua ao horizonte escuro iluminado apenas pela lua. A visão é linda. Me sento em uma das cadeiras acolchoadas e Beer vem pra minha frente e olha para a boneca com a cabeça de lado e faz um som de choro. - Eu sei garotão. – Eu levanto a mão para toca-lo. - Não faça isso Matt! Não pode tocar no Beer e depois no bebê. – Vovó me recrimina. Até você sua traidora, não tem mais dança sensual pra você. Beer fica desamparado e Nick senta do meu lado para acariciar o cão. - Então Nick já arranjou uma namorada? – Frank pergunta. - Na verdade esse negocio de namorar não é pra mim pai. Tenho muitas mulheres pra conhecer e fazer sexo ainda. – Fan joga uma almofada nele. - Não pense que vai trazer mulheres pra cá que não sejam pra casar. - Ai mãe. Eu tava brincando. - Hum, sei! Vamos falar do que interessa. Vocês já sabem a data do casamento? - queremos casar em menos de um mês. –Eu a respondo. - Como vão organizar uma festa em tão pouco tempo? - Temos nossos meios Fan. -Vamos casar no Havaí. – Alie diz. –Quero todos de branco e pés no chão. Tudo muito simples e harmonioso. - Então temos que saber a data pra reservar hotel e passagem. - Não se preocupe com isso Fan. Nós vamos tratar de tudo. - Se é assim. – Ela da de ombros e Frank nos conta como conheceu a mãe de Alie, vejo que Alie tem muito da mãe, sempre segura e determinada. Fan sai da varanda e Alie vai junto alguns minutos depois Fan volta com xícaras de chocolate quente e mais tarde Alie aparece com cobertores grossos. E distribui entre nós. Tomamos chocolate e Alie fica do meu lado cobrindo a mim e o bebê falso junto com ela. - Não entendi por que a Alie não tem um bebê falso também. - Alie é mulher Nick, tem o dom. Depois de algumas horas na varanda decidimos dormir. Despeço-me de Alie na porta do seu quarto. - Nenhuma rapidinha hoje? – Pergunto a ela. Ela ri.
- Estou cansada amor. - Ok, tudo bem deixe me ir dormir com a minha menina. - Olho para Molly e ela esta com os olhos arregalados. Alie não para de rir e eu confesso que a situação é engraçada. Um homem carregando uma boneca numa bolsa na frente do corpo é no mínimo ridículo. Ela me agarra e me beija devagar de língua. - Boa noite amor! - Boa noite fada. Vou para meu quarto. Esse negocio vai ser moleza, Molly é uma boa menina comportada e caladinha. Tiro a bolsa com ela e ponho em cima da cama. Me assusto com os gritos que saem da boneca e a pego no colo de novo e ela para de chorar. - Você ta de sacanagem comigo Molly? – Posso jurar que ela sorriu efez que sim com a cabeça. Seguro ela com um dos braços e vou para o banheiro lavar o rosto e escovar os dentes. Olho pra Molly e ela esta de olhos arregalados ainda. Como coloco uma boneca pra dormir? Faço malabarismo pra trocar de roupa segurando a boneca, tapo seus olhos pra ela não ver nada. Tento coloca-la na cama e ela começa a chorar de novo. Seguro ela nos meus braços olhando pro teto. E de repente ela faz sons estranhos. Não de choro, mas de incomodo. Ponho ela devagar deitada na cama e dessa vez ela não chora. Abro a sua fralda e esta com uma mancha marrom imitando cocô. Levo o nariz até a fralda pra sentir e claro não tem cheiro. É apenas uma boneca panaca. Pego os lenços umedecidos e estico meu braço como se fosse uma vassoura passo o lenço no falso bebê, me sinto mal por tocar numa criança mulher. Parece errado. Mas enquanto não passo direito ela não para de choramingar. Ponho outra fralda nela e a levanto. A fralda escorrega pelas suas pernas e cai. Eu rio de mim mesmo. “Sou um fiasco de pai”. Recoloco a fralda mais apertada dessa vez. Ponho-a nos braços e começo a balançar, depois de um tempo olho pra ela e ela esta com os olhos fechados. Parece um anjinho, mas não é. A deito na cama e fico do seu lado. Meus olhos pesam e pego no sono.
- Não mãe, ta cedo pra ir pra escola! Pego um travesseiro e jogo no chão. Sento-me rápido na cama percebendo que joguei a boneca e não um travesseiro, Molly grita. Levanto da cama e piso em cima dela, escorrego e bato a cabeça no móvel da lateral da cama caindo de joelhos no chão. - Droga de pai que joga a filha no chão pensando que é um travesseiro e depois pisa em cima. – Me ajeito e fico de joelhos olhando pra ela. - Shiiii – Faço sinal de silencio para a boneca e ela continua a gritar. Droga ela vai acordar Frank. Ponho a em meus braços. - Ow meu amor vem cá. Papai foi muito mal com você não é? – A agarro no meu peito e a balanço ninando, ela para de gritar mais ainda choraminga. Lembro-me de ter que alimenta-la a cada três horas. Pego a mamadeira e encosto na sua boca. Ela se cala e depois de algum tempo vejo que esta satisfeita. A nino mais um pouquinho. E seguro a em pé nos braços para que arrote. Depois
deito-me na cama com Molly deitada no meu peito, olho no relógio e já são 4:30 am. Pego no sono novamente. ********** ALIE Acordo ainda sonolenta. Parece que quanto mais durmo mais sono me dá. Tive uma noite maravilhosa de sono. Nem pra ir no banheiro acordei durante a noite. Por incrível que pareça nem senti muita falta de Matt. Talvez pelo cansaço da viagem. Visto um short jeans, uma camiseta rosa folgada e um chinelo de dedos. Hoje pretendo visitar Nara, uma amiga da escola. Não sei se Matt quer ir comigo. Olho no relógio e já são 08:30am. Vou até o quarto de hospedes para acorda-lo. Quando entro o vejo dormindo com a boneca deitada em seu peito o rosto dela colado na sua pele. Não resisto, tiro meu celular do bolso e fotografo o momento. Achei que papai aceitou bem a noticia, na verdade sei que ele sempre quis ter netos. Tudo que ele quer saber é se Matt é o homem ideal pra mim e pra cuidar de crianças. Sento-me na cama e aliso seu rosto, defiro beijos na sua testa e bochechas e por fim na boca. Ele desperta com um sorriso no rosto. - Como foi a noite? – O pergunto. - Traumatizante. Senti sua falta. – Ele me beija na boca devagar. E depois levanta com a boneca em seus braços. Eu ainda não consigo deixar de rir. – Você pode segurar nossa filha enquanto eu tomo banho? - Claro da aqui! – Ele me entrega e vai para o banheiro, eu a deito na cama, ela parece uma estatua. Aliso a sua barriga e ela continua de olhos fechados. - Por que ela é boazinha com você? –Ele me pergunta encostado na porta com os braços cruzados e uma toalha na cintura. Dou de ombros. E ele se aproxima. – Sei o que é! Ninguém resiste a esses grandes olhos verdes no seu rosto. – eu rio. - Pode ser, mas pode ser também por isso. – Abaixo minha camisa mostrando meus seios pra ele. - Ah com certeza é por isso! – Ele alisa meu seio. E me beija a boca. Devagar ele passa a língua pelos meus lábios. – Vamos pro banheiro não posso fazer isso na frente da minha filha. – Eu rio e ele pega na minha mão e me leva para o banheiro. Quando chego à porta do banheiro me lembro que a porta do quarto esta aberta, corro pra trancar. Não seria legal que papai nos visse. Volto pro banheiro e ele já me espera nu. Pareço ter fome dele. E faz apenas um dia sem sexo. Ele agarra meu rosto com as mãos e me beija com pressa. Eu toco seu membro com as duas mãos. Ele tira minha camisa devagar e em seguida o short. - Você fica mais gostosa a cada dia amor. – Ele fala agarrando meu cabelo pela nuca. Me pega pela cintura e como se eu não pesasse nada me senta devagar na pia do banheiro e abre minhas pernas. Baixa seu corpo na frente do meu. Passa a língua no meu sexo e chupa meu clitóris devagar, sem pressa. Meu corpo treme com seu toque, eu seguro seu cabelo com força puxando pra que ele me beije. Quero ele dentro de mim. Ele recebe o recado e me beija forte. Posiciono seu membro na minha entrada e ele empurra devagar. Ele geme na minha boca e eu faço o mesmo sentindo ele bem profundo. Ele me puxa mais pra borda, segura meu quadril e continua empurrando devagar, mais profundo ainda. Ele poe minhas pernas em seus ombros e empurra até
onde pode e onde é possível. Eu gemo alto dessa vez e ele tapa minha boca com a mão. E isso me excita ainda mais. Ele aumenta o ritmo e com estocadas rápidas e fortes chegamos ao clímax juntos. Ele respira profundamente no meu pescoço e eu faço o mesmo no seu. Ele se afasta um pouco e me olha procurando meus olhos. - Amo você Alie! Mais que a vida! - Amo você, muito! Me beija mais uma vez e depois de um tempo se afasta. Tomamos um banho rápido juntos e me visto novamente esperando por ele. - Sabe amor, vou visitar uma amiga hoje. Você se importa de vir? - Não, claro que não. Ele veste uma bermuda caqui e uma camisa polo azul claro, chinelos de dedo e um boné branco. Ele pega a bolsa canguru e segura a boneca nos braços, fora da bolsa. - Espera Alie. – eu paro de repente pra saber se ele esqueceu de algo. Ele pega a nécessaire de apoio da boneca com as coisas dela e tira a mamadeira. – Esta na hora de ela comer. – Eu rio com os cuidados do papai. Espero calmamente que ele a alimente e a ponha pra arrotar. Quando termina poe ela dentro da bolsa canguru. E saímos de mãos dadas com ele carregando a nossa falsa filha. Quando chegamos à cozinha Nick gargalha com a cena. - Não acredito que o pai ta fazendo isso com você. – Matt e eu rimos. - Terei que fazer daqui a alguns meses mesmo. Nick esta de camiseta branca e bermuda jeans com seu chapéu de pesca. Papai entra na cozinha. Vestindo sua camisa xadrez e calça jeans e boné de pesca. - Como foi à noite Matt? - Conturbada. - Essa garotinha fez você perder o sono? Ouvi seu choro durante a noite. - Fez, acordei de madrugada com ela chorando, mas os filhos também farão isso não é? - Ah sim farão pior ainda. Tomamos café todos juntos eu claro como por dois. - Vou à casa de Nara hoje, faz tempo que não a vejo. - Ótimo assim Matt pode ir pescar conosco. - Tudo bem pra você Alie? – Nick me pergunta. – Vamos ao rio do outro lado da cidade, passaremos o dia lá. - Claro. Sem problemas. Tudo bem pra você Matt?
- Claro! – Sei que ele prefere ficar no meu pé ouvindo a minha conversa do que fazer um programa de meninos. – Mas tenho uma filha pra cuidar e não posso deixa-la só. - Não esquenta homem, a vovó cuida por hoje. - Se é assim está ótimo. - Tudo bem, vamos depois do café. - Vocês me dão uma carona até Nara? Na volta passam pra me pegar. - Pergunto a eles. - Ótimo, assim vejo a gostosa da Nara. – Nick dia e eu jogo uma migalha de pão nele. - Vê se cresce pirralho. – ele joga de novo em mim e a bagunça ta feita. Mamãe nos fala sobre a sua horta e de como eu gostava de lírios quando era criança. Conta as minhas histórias e diz pra Matt ter muita paciência comigo durante a gravidez. E que seja forte e paciente. Vão fazê-lo desistir com esse papo, até parece que eu vou ser uma louca descontrolada. Saímos 30 min depois em direção à cidade. Eles me deixam na casa de Nara. A apresento Matt e o queixo dela quase cai. Me despeço do meus homens. Eles seguem seu trajeto para a pescaria logo em seguida. - Alie minha filha que sorte grande. - Não é?! - Lindo ele, é forte e gostoso. Tem cara de ter pau grande. - Ei! - Acabei de ter a certeza que ele tem. Amiga onde você encontrou? Quero um igual pra mim. Me obriga a conta-la toda a nossa curta história. Nara é uma loira de olhos castanhos escuros, magra e muito bonita, não quer saber de casar. Vive fazendo viagens pelo mundo. É representante de uma marca de remédios. Nos atualizamos sobre a vida uma da outra e sobre as fofocas da cidade pequena. Ela mora só, então fazemos um frango xadrez para o almoço. À tarde tiro um cochilo na sua casa e falamos sobre a via alheia. Olho no relógio e já são 6:00pm e nada dos meninos, começo a ficar preocupada. Ligo nos telefones, mas chama e ninguém atende. Quando vou começar a andar de um lado pro outro, ouço a buzina do carro na frente da casa de Nara. Corro para vê-los. Vejo a picape do papai e me despeço de Nara no portão. Estranhamente Matt não desce do carro para abrir a porta pra mim. Papai dirige o carro, Nick esta no banco do passageiro e Matt no banco de trás, dormindo? Franzo o cenho e entro no carro. Ele então abre os olhos. Vejo seus olhos vermelhos e meio vesgos. - Me abraça minha fadinha. – Ah meu Deus Matt esta bêbado. - Não acredito que você bebeu Matt. - Não fique chateada com ele Alie. O pai o embebedou. - Por que você fez isso pai?
- Precisava conhecê-lo. Só se conhece um homem depois de bêbado querida. - Não acredito que você fez isso. - Amanhã ele estará novinho. Ou pelo menos com uma ressaca dos infernos.- Sento do lado dele e ele poe a cabeça no meu ombro. Começa a esfregar a cara no meu peito e eu tentando empurra-lo disfarçando pra que papai não veja pelo retrovisor. Ele para e começa a roncar dormindo. - Então o que ele disse? - Não vou dizer a você! - Poxa pai, eu tenho direito de saber. - Não se preocupe Alie! Ele só chorou e disse a cada cinco minutos que te amava. E estava preocupado com Molly. Eu rio por ele se lembrar da boneca. Chegamos em casa. Passo alguns minutos tentando acordalo, ele cheira a peixe morto. Ele acorda e consegue andar sozinho, mas cambaleando. - Vai lá Alie o ajude a deitar na cama. – Papai diz. Levo Matt com o braço nos meus ombros. Ele vê mamãe rindo e não gostando da cena ao mesmo tempo. Ela ri do Matt e faz cara de brava pro meu pai, ela o conhece muito bem e sabe que ele fez de propósito. Matt olha para mamãe. - Onde esta Molly? - Esta dormindo Matt. - A senhora a alimentou? Deu banho direitinho? - Claro querido, vá tomar banho e dormir depois levo Molly até lá. – ele faz que sim com a cabeça. Nick gargalha. Subimos as escadas. - Eu amo sua família Alie, são loucos, mas eu amo. Vovó quer meu corpo nu, mas não me importo. – Eu rio. Vamos para o quarto de hospedes e o levo para o banheiro, ponho ele debaixo do chuveiro e começo a despi-lo. Tiro sua camisa e bermuda o deixando de cueca boxer preta. Ligo o chuveiro para a água cair no seu corpo, observo a água cair pelos seus músculos do peito e banhar sua tatuagem com meu rosto vejo seu membro duro empurrando tecido da cueca. Olho nos seus olhos e ele parece completamente sóbrio e ardendo de desejo, parece tentar ver a minha alma. Sua boca entre aberta e água escorrendo por seu nariz longo e fino. Ele me agarra de repente. Me abraça forte de frente pra ele. - Parece que mudamos de lugar. – Eu não entendo e ele percebe. – Da ultima vez que alguém bebeu e o outro teve que cuidar. - Hum, o que que tem? – Dou uma de desentendida.
- Hoje posso comer você! – Ele me puxa pro beijo desesperado engolindo minha boca com a sua, seu corpo agarrado no meu me deixa molhada, ele puxa minha camisa e a deixa em pedaços. - Filho da mãe eu gostava dessa camisa! – bato em seu braço. - Isso bate! Resiste! – O jeito que ele me olha me faz tremer de desejo. Vamos brincar um pouco. Eu finjo que quero me soltar do seu agarro e ele me segura forte contra o seu corpo. Ele desabotoa meu short e tira bruscamente. Minha calcinha tem o mesmo destino da camisa. - Ei! - CALA A BOCA! – Ele fala me olhando serio como com raiva. - Me solta ou eu vou gritar! – falo pra ele. - Não! Você não vai! – Ele tapa minha boca com força, mas não pra machucar. - Vamos ocupar sua boca. – Ele desce minha cabeça fazendo com que eu me ajoelhe a sua frente ainda tapando minha boca. Tira a cueca num movimento rápido. Pega meus braços esticados e cola no seu peito, prende com uma das mãos e com a outra envolve meu cabelo com força. Seu membro grosso de cabeça rosada fica no meu rosto, morro de vontade de por na boca, mas espero as suas ordens. - Chupa! – Travo a boca e faço que não rápido com a cabeça. - ele solta meu cabelo, da um tapa no meu rosto de leve e segura meu queixo apertando me forçando a abrir a boca. Seu membro entra devagar pelos meus lábios e eu o sinto crescer ainda mais na minha boca. Ponho a língua pra fora pra que ele sinta mais prazer. Ele volta a segurar meu cabelo e me força a leva-lo mais profundo. Sinto o liquido se acumular entre as minhas pernas. Ele empurra todo na minha boca até minha testa tocar sua barriga. Não sabia que podia fazer isso, talvez pela excitação não me da se quer ânsia. Ele geme acima de mim. Me puxa de volta pra eu levantar e eu chupo a cabeça do seu sexo demorando a subir. Ele me beija sugando meus lábios e me encosta na parede de frente pra ele, abre meu sutiã e tira pelos braços. Ele beija minha boca novamente e começa a descer pelo meu corpo. Com um seio em cada mão ele amassa admirando-os. Chupa um mamilo de cada vez dando uma mordida que me faz gritar no final. Ele desce pela minha barriga beijando por todo o caminho. Ajoelha-se na minha frente e puxa meu quadril pra frente. Levanta a minha perna esquerda pondo acima dos seus ombros. Eu desligo o chuveiro pra ouvir os gemidos que saem da sua linda boca. Ele chupa meus grandes lábios um de cada vez, demorando pra tocar meu clitóris que pulsa de desejo. Ele olha pra cima e me vê com a boca aberta gemendo, seus lindos olhos azuis acinzentados me fitam por mais alguns segundos. Ele me da seu sorriso convencido e finalmente chupa meu clitóris com força, meu corpo convulsiona involuntariamente e eu gozo. Ele não para de me chupar até que a minha respiração desacelere. Sobe pelo meu corpo dando beijos como fez ao descer. - Me diga o que você quer! – Ele pergunta me olhando. - Quero que me deixe ir! – Ele me olha confuso e desapontado, mas ai lembra da brincadeira e me da seu sorriso malvado com a lateral dos lábios, quase tenho outro orgasmo olhando pra ele com essa cara de safado.
- Você vai ficar calada entendeu? - E se eu gritar? - Você apanha! – Eu quero isso, mas ainda não é o momento certo. Ele levanta minha perna direita dessa vez e posiciona seu membro na minha entrada. Quando ele começa a enfiar dentro de mim, eu empurro seu peito com as mãos, tentando afasta-lo, mas ele quase não mexe seu corpo grande e forte. Bato no seu peito e ele consegue meter dentro de mim forte e implacável, dessa vez eu dou um grito agudo, mas é sem querer com a boca completamente aberta, ele tapa minha boca e eu continuo tentando gritar, mas pra que ele faça o prometido. Ele da um tapa no meu rosto, eu rio e capricho na cara de safada, ele me sorri com todos os dentes satisfeito. Ele de repente mete mais profundo e rápido. Da um tapa em cada seio e meus mamilos gritariam também se tivessem bocas. Sinto mais um orgasmo vir. E ele sai de dentro de mim me deixando com vontade. Eu respiro rápido e com o coração quase saindo pela boca. Ele me vira de costas pra e baixa meu tronco tão rápido que eu pareço um fantoche. Quase dobrada ao meio me apoio com as mãos nas minhas canelas. Ele mete em mim rápido e me segura pelos quadris. Empurra forte e eu grito com a dor que sinto no meu ventre, meus olhos arregalam e eu sinto o orgasmo vindo para a borda. Ele diminui o ritmo me torturando. Sua mão passeia pelo meu traseiro, da um tapa forte de repente e eu gemo de surpresa. Em seguida alisa onde bateu e repete por mais algumas vezes. Sinto seu dedo dar voltas pelo meu anus. E eu quero muito isso, movimento a bunda pra que ele perceba que eu quero. Ele começa a enfiar o dedo em mim devagar no mesmo ritmo que seu membro. Começa as estocadas rápidas e fortes. Empurra os dois juntos e eu sinto meu mundo parar e meu centro tremer como se me despedaçasse por dentro, chego ao clímax e ele empurra mais algumas vezes pra sua liberação. Ele me levanta de repente e me beija a boca apaixonadamente. Ligo o chuveiro para a água cair em nossos corpos quentes e suados. - Eu amo você! Mais que a vida! – ele fala com a boca ainda na minha. - Você já me disse isso! - Se prepare pra ouvir todos os dias. - Também amo você! Muito! – Ele ri pra mim feliz. E eu reflito seu sorriso como um espelho. Tomamos banho rápido, graças a Deus que o cheiro de peixe estava só na sua roupa dele. Quando terminamos deixo ele se vestir sozinho e vou para o meu quarto vestir uma roupa seca e limpa. Quando volto ele esta deitado de costas roncando vestindo apenas uma cueca boxer cinza, admiro seu corpo gostoso com o traseiro que parece ter sido desenhado a mão. Alguém para de repente na porta, eu olho e vejo vovó encostada olhando pra Matt. Preparo-me para o que pode sair de sua boca. - Você tem muita sorte querida! Matt é um bom homem e ama você, qualquer um pode ver em seus olhos. – Fico boquiaberta com suas palavras, vovó era normal até o vovô morrer, acho que ela quer curtir a vida a doidado antes que seja tarde demais. – E tem a bunda mais linda que já vi! – Claro que ela tinha que complementar esse momento avó e neta. Eu rio, amo essa velha assanhada. Ela me da um abraço e sai do quarto. Cubro Matt com um lençol e durmo do seu lado. - Alie querida. Acorda ta na hora do jantar. – Pisco os olhos antes de acordar completamente. Mamãe esta sentada na cama do meu lado. – Vamos comer meu bem?
- Deixe-me acordar Matt. – Ela assente com a cabeça e sai do quarto. Mexo, cutuco e Matt não acorda, desço pra jantar uma sopa de tomate deliciosa que mamãe preparou. Um jantar normal em família, quer dizer normal pra nossa família. Mas eu acho que todas são assim. Papai senta Molly numa cadeira infantil do lado dele na mesa. - Por que você ta com essa boneca ai papai? - Quero me acostumar com crianças a mesa. Vai ser tão bom ter bebês pela casa. Você terá que trazê-los pelo menos uma vez por mês aqui Alie. - Ou trazê-las não é pai.- Nick diz. - Claro. Por mim tanto faz. Estou animado com a ideia de ter netinhos, ou netinhas. - Que bom que aceitou bem pai! – Eu o digo. - Minha filha você já tem vinte e seis anos é uma idade boa para ter filhos. Matt é um cara legal. Espero que resista a prova de fogo que é a gravidez. - Por que você repete tanto isso pai? -Por que minha filha, se você se comportar como sua mãe ele vai sofrer. – Ele percebe que eu não entendo. - Eu e sua mãe brigávamos todos os dias, alias ela brigava comigo por tudo. Gritava, chorava e ficava feliz de repente. Em trinta anos de casados foi a única crise no nosso casamento. - Não vou me comportar assim pai. -Espero que não! - Diz mamãe. Papai desliga Molly e a poe na caixa novamente, acho que Matt passou no teste. Acabamos o jantar e eu levo um pouco pra Matt que ainda dorme quando chego ao quarto. Consigo acorda-lo dessa vez, fica sentado com as costas na cabeceira da cama de olhos fechados e dou a sopa na sua boca. Quando ele acaba eu levo o prato pra cozinha e me deito do seu lado, vou dormir com ele hoje, acho que papai não se importará. ********** MATT Acordo com a luz do sol invadindo o quarto. Alie esta do meu lado. A abraço e beijo seu lindo rosto. Olho no relógio e já são 10:00am. Meu Deus não me lembro de quase nada, lembro apenas do bom sexo que fizemos ontem a noite, e de seu pai me incentivando a beber e eu falando besteira. Agora fudeu tudo. Como que eu fico bêbado na presença do pai de Alie. Nem me lembro de qual foi a ultima vez que havia bebido tanto. Levanto e vou tomar banho, prefiro não acorda-la. Quando termino e volto ela esta sentada na cama com o cabelo assanhado e cara de preguiça. - Bom dia linda. – Ela sorri. Ótimo esta bem humorada. - Bom dia amor. – Vou até ela e a abraço e beijo. – Vamos partir depois do almoço. Tudo bom pra você? -Uhum.
A manhã passa rápido e o almoço voando. Arrumamos nossas coisas e estamos na frente da casa nos despedindo da família de Alie. Não vou mentir que estou morrendo de medo de não ser um bom pai, sempre quis, mas isso não quer dizer que farei as coisas certas. Cuidar de Molly foi desastroso, e ela é apenas uma boneca, imagina dois filhos de verdade? Me despeço de Fan e depois de vovó com um abraço mais afastado. Nick disse que irá nos visitar qualquer dia desses e eu adoraria que ele fosse mesmo. - Obrigado por tudo Frank. Obrigado pela experiência de cuidar de um bebê. Só não sei se me sai bem. - Você foi ótimo Matt, com duas horas com Molly eu a segurei pelos pés e a bati na parede vinte vezes seguidas como se fosse um taco de beisebol por que ela não parava de chorar. – Ah filho da mãe!- Foi apenas pra saber se você aceitaria a loucura que lhe propus. Mesmo com esse surto com a boneca sei que fui um ótimo pai para Alie e Nick. Quando segurei Alie pela primeira vez em meus braços, tudo que pensei foi em cuida-la e protegê-la do mundo, meus medos aumentaram, mas eu dei o melhor de mim a cada dia. Quando era criança tudo que quis foi educa-la e não mima-la demais pra que não fosse mal criada. Na adolescência tentei manter os marmanjos longe, mas foi a parte mais difícil com ela sendo linda. E agora sinto que todas as fases foram completadas e que outro homem ira cuidar dela a partir de agora. E se você não fizer isso vou até a sua casa mata-lo com minhas próprias mãos. - Não será necessário Frank. - Sei que não, mas não custa nada avisar. - O abraço e dou tapas nas suas costas. Alie se despede de todos também e vamos pra casa.
ALIE CAPITULO 13 – O CASAMENTO O tempo passa voando e quase não conseguimos organizar o casório. Graças à equipe de Elijah muito eficiente terminamos a tempo. Decidi não mais fazer na areia da praia com todos descalços. Milla e Marissa que agora se dão muito bem me convenceram a fazer em um dos jardins do hotel com os argumentos de que ficariam todos muito parecidos, tirariam a atenção da noiva que deveria ser a única de branco essas coisas baixas que fazem as mulheres mudarem de ideia. Marissa resolveu usar seu diploma do curso de estilismo e moda e abrir um ateliê, Matt achando que a deve muito por tê-lo salvo das garras da vadia investe no seu negocio. Milla já é cliente dela e apesar de fazer menos de um mês que abriu, já conseguiu muitos clientes alguns deles ate celebridades, e posso garantir que ela tem muito talento. Nesse ultimo mês quase não trabalhei. Milla e Teph
cuidaram de tudo pra mim, apenas dei uma olhada nas campanhas que antes de lançar, conto com os melhores criadores do estado. Não tivemos tempo de ensaiar nada para a cerimônia. Eu estou muito nervosa não posso negar. Minhas mãos suam e minhas pernas cambaleiam. Estamos casando longe dos holofotes, ninguém alem dos nossos amigos mais íntimos e funcionários foi convidado, fora a família é claro. - Pare de morder o lábio Alie! Vai fazê-lo sangrar. - Teph me diz. Estamos na sala onde sairei direto para o tapete vermelho em direção ao meu futuro marido. Pela brecha da porta vemos os convidados chegando. Milla não parou de chorar desde que me viu vestida de noiva. Elijah me deu de presente alem do espaço de seu hotel o dia de noiva. Cabelo, maquiagem, banho de sais no que tenho certeza que vou cheirar a morangos pelos próximos dez dias, parece que a fragrância penetrou minha pele. Matt durante a organização do casamento passou a gostar de Elijah, acho que viu que não corria perigo. Elijah não esta interessado em mim e depois que soube que eu estava grávida é que não tem o menor perigo mesmo. Marissa esta muito feliz, não chora como Milla, mas tenho certeza que suas bochechas saíram doidas daqui pelo sorriso de orelha a orelha que ela esbanja. Vejo tristeza em seus olhos, mas tenho certeza que não é pelo casamento. Sei que ela no fundo quer o mesmo que o irmão. Becky também esta aqui entre nós, ganhei mais uma grande amiga. Serão nossos padrinhos, Milla e Maison, Teph e Marissa, Becky e Ralf, Mandy e Connor e Nick e Amanda. Todos nem se conhecem ainda. Teph não conhece Ralf e Nick não conhece Amanda, quero mudar isso hoje. Algo me diz que Teph e Ralf se darão muito bem. Não comentei com Matt, acho que ele não sabe que o amigo é gay. Mandy esta vestindo as crianças por isso não esta aqui conosco, mas deve estar chegando. Mamãe e Lari organizam tudo lá fora. - Ai gente eu to tão nervosa. - Não fique Alie, você esta maravilhosa. Tudo esta perfeito. - Vocês estão tão lindas também. – Incluo a passiva claro. Estão todas de amarelo com um mine buque igual ao meu com lírios brancos e tulipas amarelas. Decidimos que os cabelos das madrinhas estariam presos. Os vestidos são da mesma cor amarela, mas Marissa fez um diferente do outro. Milla usa um de uma manga só todo colado ao corpo um pouco acima do joelho, sexy e perfeita como sempre. Becky usa um frente única sem decote e abaixo dos joelhos, comportado e elegante. Marissa usa um de mangas longas até os pulsos sem decote também de costas nuas e acima dos joelhos, muito ousada e sensual, mas não vulgar. Tenho que apresenta-la a Elijah, acho que ela é o tipo de mulher problemática que ele quer. Mandy não esta aqui, mas optou por um decote quadrado e fechado nos ombros, abaixo do joelho também, mesmo com uma penca de filhos exibe um corpo magnífico. Amanda veste um de alças finas com um caimento perfeito no seu corpo magro, preferiu um longo diferente das outras madrinhas. Os homens todos de terno preto e elegantes com gravatas nos mesmos tons de amarelo das madrinhas. - Calma Bem, vá devagar. – Mandy entra na salinha já estressada com as crianças. - Tia Alie, tia Alie! – Bem grita por mim. E olho em sua direção pra vê-lo correndo até mim. - Oi meu amor. – Me abaixo um pouco pra ficar quase na mesma altura dele. Vejo as outras crianças entrarem pela porta junto com Dom.
- Jos disse que vai entrar primeiro. – Oh meu Deus. Era só o que faltava eles começarem uma briga no meio do tapete vermelho. Estão as coisas mais fofas do mundo de terno e gravatas amarelas. - Sim eu vou! – Joseph meu briguento lindo entra na discussão. As meninas são comportadas, mas talvez por que são mais velhas. Estão lindas de vestido de princesa amarelo e cabelos soltos em cachos. - Ok, venham cá os dois. – Eles se aproximam e ficam na minha frente me olhando atentamente. – Deixem-me explica-los como funciona. As meninas entraram espalhando pétalas de rosas brancas pelo chão, em seguida um de vocês entrará com as alianças e o outro com a bíblia. - Eu quero ir perto de você tia! – Bem diz. - Não eu que vou! – Joseph faz a cara de irritado de sempre. E em frações de segundos os dois se agarram e rolam pelo chão. Teph e Dom separam. - VENHAM CÁ OS DOIS! – Eu grito e eles me olham de olhos arregalados. E vem pra minha frente de cabeça baixa. – Me olhem! – Eles fazem. – Não quero ver os dois brigando de novo entendeu? – Fazem que sim com a cabeça e Bem com o indicador na boca como sempre faz. Olho nos seus olhinhos azuis lindos. – Vamos fazer assim. Os dois entram na minha frente juntos um do lado do outro, tudo bem assim? - Sim tia Alie! - Ok, agora venham cá, tia Alie precisa de um abraço. – Eles vêm me abraçar forte. – Tia Alie ama vocês ta! Todos vocês! Venham cá também princesas. – Pam e Abby vêm me abraçar também. – Quero você aqui também Dom. – Ele timidamente me abraça junto com as crianças. Todos na sala nos olham com as cabeças de lado achando a cena fofa, e é. As crianças se afastam e vão conversar sobre os doces da festa. - Oh Alie querida você esta tão perfeita! Acho que Matt vai desmaiar quando te ver. – Mandy me diz com os olhos cheios d’água. Eu rio, mas o nervosismo transparece. - Seu noivo lindo esta indo em direção ao altar. – Teph diz suspirando enquanto olha pela fechadura da porta que instantaneamente se abre, os outros quatro padrinhos vem buscar seus pares. Eu que de boba não tenho nada percebo os olhares que Teph e Ralf dão um pro outro. Já vi tudo. Amor à primeira vista. Eles não falam nada, os que chegaram cumprimentam todos que estavam na sala. Maison enxuga o rosto de Milla com um lenço. Eles formam um casal lindo ele parece ser xucro, mas na verdade é um fofo. Eles fazem fila um do lado do outro na porta. A cerimonialista os organiza para a saída. Dom sai antes pra ocupar seu assento na frente junto com o restante da família. Os padrinhos se vão. Ficamos eu, as crianças e a cerimonialista. Papai finalmente entra na sala. Ia perguntar onde ele estava, mas vejo seus olhos marejados e não o faço, sei que estava sozinho pensando em algum lugar por ai. Dou-lhe um abraço forte. - Ah minha menina. Pensei que isso nunca aconteceria, pensei que seria meu bebê pra sempre. - E eu que fui forte até agora, me desmancho em seus braços. Nunca vi meu pai chorar. -Obrigada por tudo pai! – Ele não diz nada e me abraça.
- Seja feliz Alie! – Sorrio pra ele segurando as lagrimas pra que não caiam e molhem meu rosto. - Tudo pronto Alie! – A cerimonialista diz. Ouvimos a corneta anunciando a minha entrada. - Arrasem meninos! – Digo sorrindo para meus anjinhos de olhos azuis. Eles me sorriem felizes de volta. Pra eles aquilo tudo é uma grande brincadeira de papai e mamãe. Então saem na formação. Papai coloca seu braço no meu e nos posicionamos depois que as crianças se vão. A marcha nupcial começa e a cerimonialista nos manda seguir em frente. ******** MATT Meus sobrinhos estão lindos e sorrio pela alegria em seus rostos, estou tão feliz quanto eles, mas a dormência do nervosismo no meu corpo me impede demonstrar. Contratei segurança extra sem Alie saber, quando Josephine declarou que tudo foi uma armação contra nosso casamento, os repórteres me perseguiram, eu a muito custo consegui afasta-los e depois que souberam do meu casamento fizeram de tudo para descobrir, onde seria. Já dei entrada no processo contra Josephine e aguardamos o que irá acontecer, a prisão não será possível, mas não a deixaria sair impune de tudo isso. A marcha nupcial começa e sei que Alie vai entrar no meu campo de visão a qualquer momento. O tapete vermelho no centro esta quase coberto com pétalas brancas. Cadeiras douradas nas laterais com nossos parentes, amigos e colaboradores. Estou em baixo de um portal branco junto com os padrinhos e o padre. A decoração muito elegante completamente diferente do meu quase velório. Lírios brancos com cetim da mesma cor enfeitam as cadeiras. Jarros grandes de flores brancas e amarelas na entrada do cerimonial. Tudo simples e harmonioso. Exatamente como sempre quis que fosse. Meu coração para de bater quando a vejo. Seu vestido tomara que caia com renda cobrindo o colo, os ombros e com manga até os pulsos. Delicado, colado ao corpo e solto delicadamente nas pernas, sua barriga ainda é pequena e não marca no vestido. Ainda exibe belas curvas. Seu rosto uma obra de arte desenhada à mão pelo próprio Deus. Usa batom vermelho não tão forte, com sombra marrom clara quase imperceptível, mas o seu cabelo é o que me faz suspirar. Esta com um moicano na frente e todo cacheado caindo pelos seus ombros e costas. flores amarelas e brancas espalhadas estrategicamente por seus cachos. Minha fada! É exatamente assim que esta. Vejo seus olhos vermelhos pelas lagrimas que ela impede de cair. Não sou tão forte como ela, as minhas já rolam pelo meu rosto. Esse momento é tão mais especial e feliz do que um dia eu pude imaginar. Finalmente esse momento da minha vida chegou e não haveria uma mulher mais perfeita pra unir minha alma. Ela sorri tímida quando se aproxima de mim. Seu pai me dá a sua mão e eu a seguro, esta tremendo tanto quanto eu a olho nos olhos verdes escuros e a puxo pra um beijo. A beijo devagar e demorado. Deus queira que seu batom seja daqueles que não borram. - Ainda não é a hora do beijo senhor. – O padre me diz e eu a largo, ela sorri pra mim e olho pros padrinhos que riem também junto com o restante dos convidados. A cerimônia começa e eu não posso ouvir uma palavra, não tiro os olhos de Alie. Não mostramos nossos votos um ao outro. Tudo corre perfeitamente bem. E chega o momento, me viro de frente
pra ela para falar os votos que não escrevi e nem treinei apenas quero dizer o que sinto e penso. Eu falo posicionando a aliança em seu dedo anelar da mão esquerda. - Alie Christine Macfeel, eu prometo ama-la e respeita-la. Ser fiel e leal durante todos os dias de minha vida. Serei seu melhor amigo, companheiro e confidente. A partir de agora jamais estará sozinha. Seus, serão meu corpo, mente e alma. Jamais a deixarei cair, sempre estarei pronto para apoia-la em seus objetivos e disposto a realizar seus sonhos e desejos. Amar-te-ei com todas as minhas forças e pensamentos. Jamais a deixarei que duvide por um segundo do meu amor por você. Na dor e na alegria estaremos unidos em um só corpo e alma. A felicidade será nossa rotina. Amar-te-ei para todo o sempre! Mais que a própria vida! – a olho nos olhos e ela derrama lagrimas pelo rosto eu também faço o mesmo desde a primeira palavra. – ela começa seus votos e posiciona a aliança em meu dedo. - Mathew Heaven, aqui diante de Deus e de todos nossos amigos e familiares prometo me esforçar para ser a companheira que você sempre sonhou encontrar. Prometo me esforçar para que seus dias sejam de satisfação e alegria. Estarei sempre ao seu lado para enfrentar os momentos mais difíceis. Prometo ama-lo e respeita-lo diante de todas as situações. Cuidarei de você e de nossa família com toda a alegria possível. Os nossos piores dias serão no mínimo perfeitos. Prometo ajuda-lo e apoia-lo em seus projetos e sonhos. Que Deus nos ajude a formar um lar abençoado e nos mantenha unidos até o fim de nossas vidas. E depois disso eu desabo em lagrimas junto com os padrinhos e todos os convidados. Nunca pensei que fosse assim. Uma luz parece invadir o meu ser como se eu não coubesse mais em meu próprio corpo. Sinto-me finalmente completo. A cerimônia acaba, eu e Alie paramos de chorar. - Agora pode beijar a noiva! – Eu então a olho sorrindo de lado do jeito que sei que ela ama e tiro o buque de suas mãos, entrego ao padrinho mais próximo que não olho pra saber quem é. A pego de surpresa baixando seu tronco deitando abaixo de mim e a beijo devagar e profundamente. Teph grita primeiro e ela ri na minha boca com os assobios e gritos e palmas que seguem. A festa corre perfeitamente bem sem imprevistos, ocupamos o salão de festas do hotel e o jardim que fica na saída do salão. No jardim esta a piscina iluminada e decorada com luminárias rústicas no estilo havaiano. Falamos com nossos convidados e dançamos a primeira valsa e aproveitamos nossa festa.
(Capitulo bônus. Co-autora) Elijah
Meu encontro com Alie foi uma tragédia, mas mesmo que desse tudo certo daria errado do mesmo jeito, Alie não estava interessada em mim, e alguma coisa não bateu entre nós, talvez a química como dizem por ai.
E agora aqui estou eu em seu casamento, ofereci que fizessem a cerimônia no meu resort, Matt agora já me suporta. Acho que não se sente mais ameaçado. Até parece, estava escrito nos olhos de Alie que ela não cairia nos meus encantos quando jantou comigo, é devo admitir realmente nasceram um para o outro, Alie é uma mulher linda, inteligente e simpática,é Matt é um cara de sorte ! Sou um cara de trinta e três anos, posso dizer que aproveitei muito a vida, sabe como é, mulheres para um cara bonito e rico não costumam faltar, só que essas mulheres não se interessam por mim de verdade, por quem eu realmente sou minhas manias, hobbies ou sonhos. Elas querem somente o conforto que meu dinheiro e fama podem lhes oferecer. Eu não me incomodo com isso. É apenas uma troca. Elas me dão seu corpo e eu as deixo desfrutar da minha grana. Sou homem de uma noite só, saio com elas e até levo pra jantar, tomar alguma coisa, mas nada de promessas, somente uma conversa e sexo casual, só que nem todas ficam felizes com isso, acham que porque dou um pouco de atenção antes de levar pra cama tenho que querer algo mais sério em seguida. Meninas não sou um cara desse tipo. Querem romance? leiam livros. Essa é a minha resposta. Muitas vezes nem lembro o nome delas.
Casamentos são ótimos, as mulheres costumam caprichar no visual. Eu sou um mero admirador de mulheres bonitas. As loiras me chamam a atenção.
De longe com uma taça do melhor champanhe na mão observo os convidados de Alie e Matt. Algo me chama a atenção, ou melhor, alguém. Uma garota meio que escondida entre uma coluna e outra, aparentemente tentando discretamente passar despercebida entre a multidão. Vestida de amarelo, uma das madrinhas. Seu vestido na parte da frente não mostra decote, mas eu como especialista em seios posso dizer que os dessa mulher são deliciosos, nem grandes nem pequenos, apenas a medida certa pra caber na minha mão. Pelo seu vestido colado posso ver suas discretas mas maravilhosamente sensuais curvas, o que me chama a atenção de verdade nela é seu rosto, seus olhos azuis demonstravam muita felicidade e exibia um lindo sorriso, com dentes brancos brilhantes, suas maçãs do rosto levemente rosadas e seus cabelos presos no alto da cabeça, com uma rosa amarela do lado. Não é o tipo de garota que me atrai, ela é do tipo comum, simples, mas ao mesmo tempo muito sexy, como disse gosto mais das loiras com longas pernas e essa delicada mulher mesmo com um salto alto não chegava a 1,70m de altura. Ela vira de costas pra mim e eu quase cuspo meu champanhe com a visão de suas costas. “Jesus”, suas costas estão completamente nuas até o fim, cobrindo apenas seu traseiro. Uma corrente dourada une as mangas compridas do vestido. Sua pele pálida me faz querer acaricia-la. Ela prende minha atenção com a sua simplicidade e beleza natural. Algo me diz que ela não é como as outras, vejo
alguma coisa de diferente na profundidade dos seus olhos que me deixam encantado, minha vontade é de me perder naquele profundo mar azul em seu rosto. Eu preciso descobrir quem é ela.
Marissa
Nem acredito que fui tão cega com Josephine, sempre achei que ela fosse a mulher certa para meu irmão, ela sempre me pareceu TÃO apaixonada por ele, idiota! Fui uma completa idiota em pensar que ela éramos amigas, pior, fui idiota ao pensar que ela amava meu irmão.
Graças a Deus descobri quem ela era de verdade, tempo suficiente de salvar Matt das garras e da loucura dela. Agora vejo com quem ele é realmente feliz, ao lado de Alie, Matt muda completamente, pra falar a verdade o clima em casa também mudou, com Alie estão todos felizes, as crianças então estão no céu. É fácil se encantar por Alie, eu que nunca quis enxergar como ela é doce e trata todos muito bem, não é arrogante nem egoísta como Josephine, e o amor que ela tem por Matt é lindo, na verdade o amor que eles tem um pelo outro é de outro mundo. Sorte dos que encontram a sua outra metade, vou confessar que sempre quis ter isso que papai e mamãe têm, mesmo depois de anos de casados ainda são carinhosos e se respeitam. Mandy e Connor também se amam muito. Agora vendo Matt e Alie sinto até um pouco de inveja, espero que eu seja perdoada por meus erros e que eu tenha um pouquinho da sorte deles.
Decidi mudar, fiz faculdade de moda apenas por diversão há alguns anos, mas é meu passatempo favorito, desenhar como se brincasse de Barbie. Sempre perdi horas dos meus dias em ver desfiles e fazer compras e mais compras. Então resolvi investir nisso, abrir um ateliê e fazer minha própria coleção. Matt me deu o dinheiro, papai me apoiou e mamãe ficou super feliz em saber que coloquei a cabeça no lugar e estou pensado no futuro. Larguei a vida fútil que tinha, shopping, salão de beleza, shopping e gastar, gastar, gastar. Mandy debochou e disse que quem sabe agora eu desencalho, não tiro sua razão, não tem mesmo como ser levada a sério com uma vida dessa. Não quero ser mais a menina mimada e sustentada pelo pai, vou cuidar de minha própria vida. Quem sabe aparece um cara sensível que me entenda. Minha irmã já me apresentou alguns solteirões, mas nada interessante.
Estou olhando as crianças de longe rindo das suas brincadeiras. Uma sensação estranha de estar sendo observada me invade. Passo meus olhos pelo lugar. Vejo um homem do outro lado do salão com uma taça na mão, seus olhos vidrados em mim, usa um terno preto que parece muito caro e feito sob medida para ele, alto, muito alto, moreno e de porte atlético. O tipo de homem que não sai
da academia, porque pelo visto pode ficar em uma academia sem se preocupar em trabalhar esta escrito na sua linda testa que é rico. E aparenta ser o tipo de homem que eu estou fugindo. O tipo conquistador, safado que caça mulheres diferentes todas as noites. Quero um homem serio que queira as mesmas coisas que eu; amor, paixão e até um pouco de perigo, mas algo duradouro. Por isso desvio o olhar para ele não achar que estou interessada! Ele é um homem muito sexy, gostoso, lindo para o demônio, e sim me senti atraída, mas ele não precisa saber disso.
Alguém
toca minha mão olho e vejo Bem. -Tia Mar vem brincar comigo?- Meu dengoso. -Claro que sim querido. E saímos andando em direção ao parquinho que fica junto à área da piscina onde as crianças estão brincando. Alguém me chama. Olho pra trás e vejo Alie vindo até nós. -Venha Marissa quero lhe apresentar alguém.- Ela pega minha mão. -Agora não posso Alie, eu estava indo brincar lá fora com o Bem. -Acredito que Bem não vai sei incomodar se eu lhe roubar por alguns minutos, não é querido? Alie tem magia sobre essas crianças. -Não, mas depois a tia vai tá! -Claro que sim querido, me espera lá fora! Ele se vai e Alie me puxa na direção de onde estava o homem que me observava, vejo Matt conversando com alguém de costas quando eles se viram lá esta o estranho sexy. -Marissa, quero lhe apresentar um amigo. Esse é Elijah Thompson. - Fiquei muda, verde, pálida e molhada! -Elijah esta é Marissa minha cunhada. - O cara é ainda mais perfeito de perto. Ele ergue a mão para me cumprimentar penso em apertar sua mão, mas quando ele pega a minha leva até seus lábios carnudos, planta um beijo quente e úmido que contra a minha vontade me causa arrepios. -Olá Marissa, estou encantado em conhecer-lhe.- contenha-se mulher -Er... Oi Elijah, prazer em conhecê-lo. - o que? Gaguejando? Tremendo, acorda retardada! E fico ali envolvida no seu feitiço! Ele segurando a minha mão e eu hipnotizada por seus olhos castanhos de chocolate. Nos olhamos avaliando o rosto do outro, eu olho sua boca rosada e ele a minha. Ele malditamente me atrai. Alie fala e Elijah larga minha mão e eu sinto a falta do seu toque no mesmo instante. -Vamos Matt, ainda temos alguns convidados para cumprimentar. E assim os dois saem, Alie com um largo sorriso no rosto como se tivesse segundas intenções em relação a nós dois o que era visível em seu rosto. -E então Marissa está feliz com o casamento de seu irmão?
-Eu não poderia estar mais feliz Alie e Matt se amam muito e a felicidade deles é a minha felicidade também. -Isso é muito gentil da sua parte. Mas essa felicidade não é de toda plena. Agora ele me surpreendeu, foi um comentário muito direto pra alguém que nem me conhece direito, Ele tem razão e isso me deixa irritada. - Acho que você poderia guardar a sua inútil opinião e ser menos indelicado. - Ora vamos Marissa, me chame de Elijah acho que nossa diferença de idade não é tão grande e eu não pareço tão velho. E quanto a meu comentário sei que fui direto mas você me chamou a atenção e fiquei muito curioso em saber porque uma linda mulher como você está sozinha em um casamento. As pessoas sempre vêm em pares. -Bom, nada disso é de sua conta. -Tem alguém irritada por aqui? – Ele fala olhando atrás dos meus ombros. Palhaço. -Você deveria cuidar da sua vida e ser um pouco mais educado com pessoas que acaba de conhecer.- Ao cuspir as palavras na sua cara me viro e saio rápido. Cega de ódio ando de cabeça baixa e passo pelo salão atordoada pelas sensações que esse homem me causa. Esbarro em alguém e levanto a cabeça. Pra ver que estou no meio da pista de dança, cheia de casais. Todos me olham e eu fico bege de vergonha. O único ser da terra que vai para uma pista de dança sozinha numa musica romântica. Sinto o toque quente nas minhas costas e me viro pra ver Elijah que me agarra forte. -Dança comigo?. -Não! - Que é isso mulher, eu vim te salvar e você fala assim. – Gargalho. - Salvar? - Sim salvar. Uma mulher sozinha na pista de dança não é nada natural. Se bem que você parece ser o tipo de solteirona que vai ficar pra titia. - Que seja! Casamentos não valem a pena! - Por que tanta amargura? -Por que hoje em dia ninguém mais se importa em seguir uma tradição. Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza e o resto dessa baboseira que toda mulher sonha em ter. - humm então você não quer isso aqui? Casamento? -Não, não quero casamento. -Então, diga-me o que você quer? -Ah, como se você estivesse interessado. -Se você não acredita, finja que estou. - urgh sujeito arrogante, tento me soltar e deixa-lo sozinho no meio da pista de dança, mas ele me segura firme e olha fundo em meus olhos.
-Vamos Marissa, me conte, me dê uma chance de conhecê-la ao menos um pouco. - Hum agora ele ficou gentil. -Ok, você venceu, eu quero um Amor. -Amor? Explique-me. -Sim amor, um alguém que me ame exatamente pelo que sou. Que goste da minha companhia, que me admire, e não como a maioria dos homens com quem saí que só querem sexo ou exibir as mulheres como um troféu, apesar de que nessa última eu não me encaixo. Vejo ele se identificar com as minhas palavras. -Como assim, não serve pra troféu?-Ah, eu apenas não sou nada parecida com essas modelos, altas, magras e lindas. -Não concordo com você! Você é o tipo de troféu que eu exibiria em qualquer lugar, ou melhor guardaria só pra mim.- Agora ele resolveu me cantar, tá achando que eu sou dessas que ele fala meia dúzia de palavras e a calcinha cai no chão, ridículo. Já chega disso ele que vá galantear outra. -Bom, Elijah certo?- ele assente com a cabeça. -Muito obrigada pela dança, mas deixei um dos meus sobrinhos me esperando, com licença.- E com isso fujo dele, mas uma estranha sensação de falta me percorre, não, só pode ser tolice minha. Vou procurar pelas crianças e vejo que não estão mais no parquinho, mas escuto barulho de água e um grito meio sufocado, quando me aproximo mais entro em choque. Uma das crianças caiu na piscina, quando consigo me mover vejo alguém se jogar lá dentro e agarrá-lo... Elijah? Graças a Deus, ele tira a criança da água e sai dela também, com o meu nervosismo nem vi que todos já estavam aqui. Ele faz os primeiros socorros e graças a Deus não foi nada demais. Os pais da criança o agradecem milhares de vezes por ter salvado a vida de seu filho e o levam para o hospital, os convidados mais calmos e aliviados voltam para festa. E eu continuo aqui, olhando tudo e pensando em nada. E se fosse meus sobrinhos? E se ele não tivesse aparecido? E se tivesse acontecido o pior? Estremeço com esse pensamento e o tento afastá-lo. Elijah está ensopado, consegui tirar o terno e seus sapatos. A camisa está colada em seu corpo, e que corpo agora dá pra ver seus músculos bem definidos, o peito enorme a barriga cheia de quadradinhos, os braços grandes e fortes com uma sombra de tatuagem O calor toma conta de mim. - Admirando a vista? - agora percebo que estou secando ele descaradamente e ele percebeu. - O que? -Você gostou do que viu aqui? - Agora ele está perto de mim, realmente perto. -Você é um ridículo, a criança quase morreu, e você está aí de deboche? - IDIOTA -Eu ridículo? Eu o salvei, não sei se viu. -. Eu podia muito bem tê-lo salvado. - Ele tá rindo do que? Da minha cara?
- Do que você tá rindo Elijah? - Eu? De você! - Argh, esse cara tem o verdadeiro dom de me tirar do sério, vou sair de perto dele antes que o mate, mas mais uma vez ele me segura. -Você fica ainda mais gata assim brava!! - Aff, imbecil - E você é um completo cretino! tento me soltar mas ele me puxa ainda mais perto e mais forte, e me beija, de longe o melhor beijo da minha vida, com vontade, pegada, fome, desejo. Meu Deus o que é isso? Que homem é esse? Ele finalmente me solta e eu estou zonza, uau. Ele ainda está rindo. - Bom Marissa, foi muito bom te conhecer, muito bom mesmo, mas agora tenho que trocar essa roupa molhada, com licença, quer dizer a menos que você queria conhecer meu quarto. O que? Ele disse isso mesmo? Agora quem ele pensa que eu sou? Saio pisando duro e o deixo lá. Sinto o olhando as minhas costas. Me viro para olhar e ele já havia saído.
ALIE Depois do susto com a criança que Elijah salvou, todos voltamos a nos divertir, no final os pais da criança estavam hospedados no hotel, nem eram convidados do casamento. Ele pediu que colocassem a cobertura na piscina pra que não voltasse a acontecer. Não vi mais ele depois disso. Vi de longe o beijo que ele deu em Marissa. Sei que ela gostou, mas também sei que ficou nervosa e por isso o deixou sozinho. - Amor, acho que já passamos tempo demais nessa festa. Tudo que consigo pensar é no que você usa por baixo desse vestido.- Matt me fala com carinha de safado. - Vou jogar o buque e em seguida vamos para a suíte. Quero seu corpo nu! – Ele ri! - Vamos logo com isso. – Ele vai até a banda e fala com o vocalista que fala em seguida. - Senhoritas, chegou a hora! Venham todas pra cá! A noiva vai jogar o buque. – Em questão de segundos o salão esta cheio de mulheres. Que já se empurram pra garantir um lugar na frente. A banda começa a tocar Survivor do Eye Of The Tiger a musica tema do filme do Rocky Balboa. De longe eu ouço a risada de Matt que gargalha com o tema escolhido. Posiciono-me de costas pra elas. Os homens sentados as suas mesas nos olham apreensivos. Posso até ver as mãos de alguns juntas fazendo uma oração pra que seu par não pegue o buque e se iluda. Elas contam junto comigo e a cada numero eu dou uma enganada, fingindo que vou jogar o buque, mas não jogo. - Sai daí Teph! – Ouço Maison gritar pra Teph que esta no meio das meninas. - Nada disso, eu também quero casar. – Todos rimos com o grito de Teph. Todas contam junto comigo.
- 1... - 2... - 3... Joguei! Imediatamente olho pra trás e vejo o buque seguindo seu caminho lentamente até cair no colo de Marissa que nem se quer estava no meio das desesperadas. Sentada na mesa junto com os padrinhos ela olha surpresa. Teph olha pra mim abusado e vai até a lá, junto com Milla que faz cara de triste. Marissa desata o laço do buque e divide as flores entre eles. Lindo gesto. - Ok, agora vamos embora! – Matt fala atrás de mim me agarrando. - Nada disso Sr. Heaven! Tem que jogar a liga da noiva para os homens! – Suly nossa cerimonialista fala. - Eu não vou jogar a liga de Alie para esses marmanjos! - É simbologia Sr. Heaven. Jogará essa aqui! – Ela dá a ele uma liga branca de renda que esta em suas mãos. - Hum essa eu jogo! – Depois de caça-los pelo salão ela consegue juntar os homens desinteressados no meio. A macha fúnebre começa a tocar e todas nós rimos. Teph é claro esta lá no meio também! Matt não conta como eu. Joga de repente e todos eles correm deixando apenas Teph parado para pegar. Matt da sua gargalhada gostosa que me faz molhar a calcinha instantaneamente. Ele vai até a banda e pega o microfone. - Bom, machos, agora chutarei o balde! Diz à lenda que o sortudo que pegar será o ultimo a casar! – Agora os safados se animam, gritam, batem palmas e assobiam. - Brincadeirinha besta! – Diz Teph indo sentar no seu lugar e os outros homens o vaiam. Rimos todas com o desespero deles para conseguir se posicionar pra pegar o tal balde. O balde é azul escrito sortudo bem grande nele. A banda começa a tocar tambores e Matt chuta. Eles correm atrás do balde e a briga fica entre Elijah que esta vestido casualmente agora e Maison! Maison ganha e levanta o balde! - Não se ofenda amor! É só uma brincadeira! – Ele fala pra Milla que o olha brava. Não vejo mais nada! Apenas o homem lindo de fraque cinza que vem em minha direção. - Então, vamos me mostrar essa liga de verdade? - Agora mesmo! – Ele agarra minha cintura e nós saímos do salão. ***********
MATT Pego ela pela mão e a levo para nossa suíte. Já não suporto mais ela vestida de noiva próxima a mim. Tive muitos sonhos com ela vestida assim. Quando saímos do elevador pra suíte ela vai direto pro quarto apressada. -Espere, espere. – Ela espera sem entender. Vou até ela e a levanto em meus braços. - Amor é só quando chegarmos a nossa casa.- A sorrio com todos os dentes e ela derrete. - Prefiro não arriscar. – Ela ri e eu a levo até nossa suíte em meus braços. Abro as portas, na suíte há vários ambientes, uma mini sala, cozinha e é claro o quarto a levo direto pra lá. A deito na cama. A cama tem uma cabeceira grande de madeira e é do tamanho da que tenho em casa. O quarto tem janelas grandes com uma visão direta da praia, é simplesmente perfeito. Ela me olha e levanta. - Onde você vai? - A olho decepcionado. - Preciso ir ao banheiro. - Quero você vestida de noiva! - Ta bom gostosão. Sente- se naquela cadeira e me espere. Não tire sua roupa! - Ela aponta pra uma cadeira no outro canto do quarto. - Tudo bem. – Sorrio e meu pau já se debate na cueca. – Antes de ir ela busca uma cadeira preta acolchoada sem encosto pras mãos e com pés de madeira, igual a que ela me mandou sentar e poe do lado da porta mais pra frente quase no meio do quarto. A espero sem paciência, ela demora tanto que meu pau quase começa a dormir. Aproveito esse momento para olhar tudo no quarto, realmente muito bonito, bem havaiano, um ar de paz, olha aqueles vasos são de cristal, acabando com o contraste da decoração, mas até que ficou legal. Ouço a voz do Snoop dogg alto dentro do quarto e franzo o cenho. O que diabos ele faz aqui? A porta do banheiro se abre, mas ela não sai. Poe o braço no meu campo de visão, movimenta a mão devagar girando e me chama. Eu levanto e ela faz sinal devagar de NÂO. Eu então me sento de volta. Totalmente sem reação. Quando a musica Buttons do The Pussicat Dools realmente começa a tocar ela se mostra pra mim. Veste um terninho branco, com saia até os joelhos e blazer com manga tres quartos. Vejo sua meia calça branca e saltos altíssimos da mesma cor do terno. Retocou o batom deixando o mais vermelho e seus cabelos agora estão presos e sem nenhuma flor. Infernalmente sexy. Por mim já estaria dentro dela agora mesmo, mas quero ver o espetáculo que sei que ela me proporcionará.
Ela movimenta os quadris sensualmente seguindo o ritmo inicial da musica me hipnotizando, tira a presilha do cabelo e ele cai em cachos pelos seus ombros ela balança a cabeça pra um lado e depois pro outro pra que ele se espalhe, começa a abrir os botões do blazer olhando nos meus olhos, com movimentos totalmente seguros. Tum Tum Tum Posso ouvir meu pau pulsando dentro da cueca. Ela desliza o blazer pelos ombros ainda me olhando, eu faço o mesmo. A peça cai no chão atrás dela. A olho mordendo meus lábios, é inevitável, poderia dizer que até estrábico estou. Ela me mostra seu sutiã branco de renda com alças finas. Em seguida põe as mãos pra trás e baixa o zíper da saia. Ela mexe o quadril de um lado pro outro e a saia baixa bem devagar só pra me matar. Meu Deus! – Vejo a peça de renda cobrindo sua calcinha, ela é unida a sua meia calça por duas ligas uma em cada coxa. A saia escorrega pelas suas pernas lindas e cai no chão, ela sai com uma perna e com a outra levanta a saia e joga pra mim. Eu seguro contra o peito, ela pisca pra mim e eu rio jogando a cabeça pra trás. Ela encosta as costas na base da porta e desce devagar até o chão em seguida sobe empinando o traseiro. Ela sai da porta e vai para a cadeira, segue me torturando com movimentos lentos. Senta na cadeira de lado e cruza as pernas e poe a cabeça pra tras, me olha e poe o indicador nos labios e morde a ponta, em seguida descruza as pernas, vira de frente e abre as pernas devagar pra mim, me dando a visão do paraíso. Ela baixa a cabeça e joga o cabelo pra trás. Segurando na base da cadeira no meio das pernas abaixo do seu sexo. - Eu casei com uma deusa. – Ela ri. Depois levanta e vira de costas pra mim me fazendo ver a parte de trás da sua calcinha minúscula que cobre apenas a fenda do seu traseiro. Sem parar de balançar os quadris. Ainda olhando pra mim com a cabeça pra trás. Ela poe uma mão nas costas e abre o sutiã, depois vira de frente pra mim o segurando o sutiã com o antebraço. Movimenta os ombros e as alças caem, mas ainda não vejo nada ela esta com o braço cobrindo, ela ri com cara de safada pra mim, ela resolve deixar de ser má e tirar me deixando ver seus seios lindos e fartos com aureolas rosadas. Solto o ar dos pulmões frustrado. Levo a mão para minha calça. - Não se toque! – Ela manda autoritária. Então eu não faço. Ela caminha até mim bem devagar sensualmente como tudo que fez até agora, chega diante de mim e eu a admiro de perto, sinto que se ela me tocar posso gozar. – Não me toque entendeu? - Sim! – Ela ainda me olha nos olhos. Sexy pra caralho. Ela desata os laços nas laterais da calcinha, separando da outra peça, sua calcinha cai no chão. Levo minha mão até a boca esfregando meus lábios frustrado. Morrendo de desejo de toca-la. E o que ela faz em seguida me faz convulsionar. Levanta a perna direita e passa pelas minhas coxas como se fosse sentar no meu colo, mas não faz. Poe os braços esticados por cima dos meus ombros segurando na cadeira e desce um pouquinho, eu prendo as mãos uma na outra atrás da cadeira pra que possa resistir a tentação. Ela então esfrega seu sexo na minha calça exatamente onde meu pau esta e minha
respiração acelera. Ela vai pra frente e depois pra trás em movimentos lentos, ela leva a boca até a minha e me beija devagar. É o suficiente, pro meu pau pulsar liberando o liquido da minha ejaculação. Eu arregalo os olhos. A liberação mais estranha que já tive. Nunca pensei que um dia gozaria com toque tão simples, fiquei tão excitado que não precisei de mais. Ela percebe e sorri de lado com cara de safada. - Pode tocar agora! – E era tudo que precisava. Levanto-me rápido e levo ela pendurada em mim. Beijo sua boca com possessão e desejo brutal. A jogo com força em cima da cama e ela cai no centro com os cabelos espalhados. Arranco minhas roupas tão rápido quanto posso e tiro seus sapatos. Me coloco entre suas pernas, preciso beijar cada pedaço do seu corpo. Beijo seu pescoço com força e amo os gemidos que saem da sua garganta. Sigo beijando seus ombros e chego ao seus seios deliciosos, passo a língua e os seguro com força nas mãos em seguida sugo um de cada vez, chupando, lambendo e mordendo o mamilo. Ela arqueia as costas pondo a cabeça pra trás. Eu desço por sua barriga dando beijos molhados no seu ventre. Quando chego ao seu sexo, gemo alto ao vê-la toda molhada pra mim e por mim. A surpreendo ao tocar seu sexo com meus lábios devagar, beijo como beijo sua boca. Com paixão e entrega, passo a língua de baixo pra cima, algumas vezes, como se provasse seu sabor delicioso. Enfio minha língua dentro da sua boceta e sinto suas paredes convulsionarem. Ela goza na minha língua e antes mesmo de seu corpo parar com as contração enfio meu pau nela. Rápido e duro. - Ah – Ela grita e eu grito junto. Meto uma vez e outra e mais uma. Ela pega meu rosto com as duas mãos e enfia a língua na minha boca. Nós nos beijamos rápido e desesperadamente. Ela levanta os quadris pra ir de encontro com os meus fazendo com que entre mais profundo, eu abro minha boca em um O com a sensação de invadi-la por inteira. Ela cruza suas pernas nas minhas costas acima do meu traseiro e poe as mãos nas minhas omoplatas por baixo dos meus braços. Ela toca suas unhas na minha pele e desce rasgando. A dor da pele sendo machucada e o prazer de estar dentro dela me leva ao ápice. Ela goza junto comigo. Ainda com coração e respiração acelerados ponho minha cabeça na curva do seu pescoço. Ela me beija com carinho. E toca meu cabelo. - Você sabe como eu me chamo moça? Eu não me lembro! – Ela ri e eu levanto a cabeça para encostar minha boca na sua.
(Capitulo bônus – co-autora)
MARISSA Deitada na cama desse quarto de hotel tão perfeito não paro de pensar nele. Argh, que cara arrogante, idiota, metido, lindo, maravilhoso, gostoso..Aff Marissa, para de pensar nele. Mas como? Aquele corpo molhado, os braços, o peito largo, a barriga definida..ahh é hoje não durmo, o desgraçado é lindo de morrer tenho que admitir, mas não vou ser mais uma na cama dele! Impossível não imagina-lo na cama, aquele corpo grande e musculoso, na cama ele deve fazer loucuras pra satisfazer uma mulher, pois se me deixou com as pernas moles com aquele beijo imagina só o resto. Aquele beijo, nossa será que ele também sentiu tudo o que eu senti? É claro que não, pra ele não deve ter sido nada de mais, ele deve ter costume de enlouquecer as
mulheres. Enquanto eu sou só uma solteirona que não faço sexo há muito tempo. Nossa que calor, aqui ta quente, não, não é o lugar, sou eu!! Não vou conseguir dormir mesmo, vou voltar para aquela piscina, me refrescar ver se consigo tirálo dos meus pensamentos.
ELIJAH Uaauu, que mulher é aquela? Marissa nossa, esse nome é lindo, ou melhor, TUDO nela é lindo, aquelas costas, os olhos, a boca, aquela boca, M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A, o beijo dela foi incrível, de muitas que eu já beijei, nenhuma me deixou assim, inquieto, sem conseguir dormir, pra mim todas eram iguais, mas ela me faz pensar alem. Já estou ha horas nessa cama e nada de dormir, seu rosto me vem à mente toda a vez que fecho os olhos. Ela é engraçada, fica linda quando está brava, e eu tenho esse efeito sobre ela, deixá-la irritada, louca de raiva, a cara que ela fez quando a beijei- Impossível não rir com a lembrança. Fiquei louco pra levá-la pra um canto e possuí-la junto a alguma parede, alisar suas costas, pernas, seu traseiro redondo e perfeito, tenho certeza que ela se encaixaria muito bem em mim e eu faria de tudo para satisfazê-la, pra vê-la estremecer, sussurrar meu nome. Cara, que sorrisinho besta é esse na sua cara? Ah é hoje que não durmo, é melhor eu gastar um pouco dessa energia, de alguma forma, pra ver se me canso e consigo pegar no sono e também pra que ficar perdendo tempo dentro desse quarto se não vou dormir mesmo, tá calor nada melhor que uma bebida gelada pra refrescar. Quem sabe eu encontro uma turista gostosa no bar. Acho que preciso comer alguém pra tirar essa mulher da minha cabeça. Coloco minha sunga branca, uma bermuda por cima branca também e uma camisa branca com flores vermelhas, adoro usar essas coisas que nós pensamos ser estilo havaiano, mas que só os turistas usam e os havaianos riem da nossa cara. Eu como surfista não resisto. Pego o elevador desço até o térreo, ando até o deque pra cortar o caminho até o bar e paro de repente com o que esta diante dos meus olhos. É ela, PERFEITA, vestida num maiô branco frente única de estampa de flores azuis, ele segura seus seios maravilhosos e passa pela sua barriga lisa revelando as suas curvas, suas coxas são torneadas, ela não é bronzeada e nem pálida demais. Só sei que em volta de mim suas pernas seriam um sonho! Droga eu pareço um tarado, espiando uma bela mulher e de pau duro agora pra completar, relaxa cara, fica calmo. Desvio o olhar e começo a pensar em coisas broxantes, para conseguir me controlar, preciso me aproximar dela, mas não assim, senão vai ocorrer um assassinato neste hotel, porque com certeza ela me matará afogado na piscina. Acalmo-me um pouco e ela ainda fora da piscina senta numa cadeira e olha para o mar. Eu resolvo me aproximar.
MARISSA
É tudo tão bonito aqui, o mar iluminado apenas iluminado pela lua. É tudo perfeito pra se pensar na vida, ficar sozinha, ma que besteira eu passo quase vinte quatro horas sozinha agora. Pelo menos tenho vestidos e roupas pra desenhar e acompanhar a criação. A família de Elijah deve vir aqui sempre, se bem que eles têm vários hotéis pelo mundo. Seria tão bom vê-lo por aqui. Achei que haveria mais pessoas na piscina à noite. Mas como sempre sozinha estou. Aquela sensação me invade de novo. Olho pra trás. Não acredito Elijah? - O que você faz aqui?- pergunto. - Agora? Parado e olhando pra você! – Eu pego minha toalha e enrolo na minha cintura. Percebo seu desapontamento. - Pergunto o que você faz exatamente aqui! – Idiota. - Eu? -ele diz parado feito estátua com os braços cruzados no peito. - Não sei se você se lembra, mas sou dono deste lugar. E também participei do casamento do seu irmão no qual você me beijou - ele sorri lindamente, espera eu o beijei? -Eu o que? Escuta aqui seu babaca arrogante, foi você quem me beijou, e eu perguntei o que você está fazendo nessa piscina há essa hora imbecil? - Ah eu vou matá-lo afogado nesta piscina se ele não tirar esse sorrisinho dessa cara linda imediatamente. - Calma gata, tava só brincando, eu estava sem sono e com calor, então resolvi tomar uma bebida no bar. - uui agora o calor voltou. Gata? Me passa pela cabeça imagens dele deitado na cama, nu, suado se remexendo de um lado para o outro, fico vermelha esse cara ta me deixando louca, ah tenho que parar com isso. É melhor eu sair daqui. -Ah é eu que te beijei, mas quando o fiz você não protestou nem um pouco. -fico roxa o que ele disse é verdade na realidade não queria nem que ele tivesse parado, agora percebo que ele está perto de mim me analisando e rindo com certeza da minha cara, me sinto envergonhada quero sair daqui. Me levanto da cadeira e ele esta na minha frente parado. Levanto a cabeça pra parar de olhar seu peito másculo. -Marissa espera! - eu desvio dele e continuo andando. -Me desculpa tá! - agora eu paro, viro e olho pra ele. O homem é lindo demais. -Acho que esse negócio de gato e rato não vai nos levar a nada, vou te propor uma trégua. Que tal? Amigos? - Ele diz ainda com aquele sorriso presunçoso. -Ah e eu devo acreditar em você? Você não vai me levar pra cama Elijah!- Essas palavras parecem atiça-lo ainda mais. Se Deus fez algo mais gostoso guardou pra ele sem dúvida nenhuma. -Vou te confessar que imaginei você em diversas posições possíveis na minha cama, - Espera o que? Repete por favor - Mas já percebi que você não é esse tipo de mulher, então desisto. Nãooo, continua tava quase me convencendo!! Contenha-se mulher, ele não é nada do que você precisa, claro que o corpo é tudo o que eu sonho, mas eu não quero só corpo, quero amor e isso ele não vai me dar. -Você ta falando sério? - pergunto. -Sério. - ele diz. - Amigos? - ele estica a mão pra mim, humm ele acha que vou cair nessa, que comecem os jogos!!! -Claro! Amigos! - eu digo e aperto sua mão, mas tenho uma ideia perversa na cabeça, ele vai aprender a não brincar com Marissa Rosely Heaven. - Humm sabe Elijah, você tava quase me convencendo. - eu digo caminhando para mais próximo da piscina.. -Convencendo? De que? - ele diz levantando uma sobrancelha. -De ir com você, pro seu quarto sabe? Imaginei-me em todas aquelas posições possíveis com você. – Agora ele sorri vitorioso, sempre convencido.
-Ah é? - eu sabia amigos uma ova! - Sim, acho que se você insistisse mais um pouco.. -Humm, eu quero ser seu amigo Marissa, mas se você realmente quiser, posso te levar pra conhecer meu quarto. - Ele sorri amplamente, tá acreditando em mim, bobinho. -Sabe Elijah, eu gosto de aventuras, e essa piscina me deu uma ideia ótima! -Me fala qual é! – Ele já esta muito próximo a mim. Me deixa tonta com seu perfume másculo. -Você já transou com alguém numa piscina? - pergunto passando a mão pelo meu corpo, e com o dedo indicador na boca fazendo charme. -Como assim? - tento não rir com a reação dele q se faz de desentendido, ah menininho tolo. -Sempre tive uma vontade louca de fazer sexo numa piscina dessas, mas nunca tive um homem realmente interessante pra fazer isso, e agora você apareceu, esse hotel cheio de hóspedes, nossa fiquei muito excitada. – me afasto dele, me abaixo, coloco a mão na água e molho meu pescoço, olho de relance pra ele pra ver sua boca aberta e queixo caído. -Marissa, você está falando sério? – Ele comprime um pouco os olhos. -Mas é claro, essa é uma fantasia minha antiga. - Ele vem em minha direção, nossa essa visão é deliciosa demais, esse homem é puro músculo 1,90m de muita gostosura. Me levanta e me pega em seus braços - Vou realizar pra você a sua fantasia então. - agora o peguei. -É mesmo? – digo - Sim, amigos são pra essas coisas, sabe. - Aff, idiota. -Humm, então que tal você me mostrar o que tem dentro dessas roupas?- Vou confessar que eu realmente to curiosa. -Com prazer, gata! - E ele tira a camisa e os shorts. Joga na espreguiçadeira onde eu estava antes. - Quero que tire tudo! – Sorrio com cara de inocente pra ele. Ele faz e meu ventre se contrai com a visão do seu membro. Sinto meu corpo arder. Além de lindo, super gostoso, é muito bem dotado, minhas duas mãos não conseguiriam agarrá-lo até a ponta, acho que precisaria de mais uma. A marca da sunga me mostra que sua pele dessa região é um pouco mais clara que o resto. -Gostou? - ele me pergunta sempre convencido e eu acordo do meu devaneio, tenho que continuar firme, apesar da minha vontade de me jogar nele. -Muito - digo mantendo meu olhar no dele pra não me distrair. Ele então entra na piscina, alguém pode passar e vê-lo nu. Não seria legal ver o dono do estabelecimento pelado. Mesmo ele sendo tão gostoso assim. - Vem cá sentir! - Você que vai sentir bebê. Ando a espreguiçadeira onde ele deixou suas roupas e pego sua sunga no chão. - O que você está fazendo? Deixa essas coisas aí e vem gata! - Gargalho pra ele, tão inocente. - Você é ingênuo Elijah, realmente pensou que ia dar pra você? Só nos seus sonhos, e isso é pra você aprender a não se meter comigo. -Com suas roupas na mão saio correndo e ouço seus gritos enquanto corro -Hey Marissa, volta aqui. Eu sou dono desse hotel não posso ser visto assim. MARISSA, VOLTE AQUI! FILHA DA MÃE! – Ouço ele bater a mão com força na água. E eu o deixo lá, nu na piscina do seu hotel, que logo estaria lotado de gente conforme amanhecesse. Rio na entrada e as pessoas que estão lá me olham confusas. Ele vai aprender a ser menos convencido depois disso. Eu chego no meu quarto e coloco suas roupas em cima da minha cama. - Afinal você vai dormir comigo gostosão.
Porra! Se havia alguma chance de rolar outro beijo, acabou hoje. Homens como ele jamais passam por cima do orgulho.
3º MÊS DE GESTAÇÃO Passamos duas semanas no Havaí e foi tudo muito perfeito. Ficamos no resort durante o fim de semana junto com os familiares e quando se foram fomos para uma ilha particular alugada por Matt. Fizemos amor por horas e dias seguidos, a minha fome dele só aumenta, cada vez que o olho quero tê-lo sem roupa. Tivemos que voltar a realidade, muito trabalho na Macfeel e na Heaven. Hoje tenho consulta na Dra. Lana, preciso saber como os bebês estão. Minha barriga já é notável, por sorte não engordei quase nada. Matt teve que acordar cedo hoje, e foi pro trabalho antes de mim, mas marcamos de nos encontrar na clinica para a consulta. Ravem foi deixa-lo na Macfeel. Antes de sair essas foram as instruções: -Ravem vai me deixar enquanto fica pronta, depois vira busca-la para leva-la a Mac tudo bem? - Acho melhor ir no meu carro. - Não quero você dirigindo! - Matt torra minha paciência, quer me dar ordens em tudo. O que comer, o que vestir e até em como devo dormir. Minha paciência se esgota mais a cada dia. Não querendo discutir digo que esta tudo bem e ele se vai. Visto uma calça jeans que ainda me serve uma camisa de manga longa preta e ponho meu converse preto. Meu traje de costume depois da gravidez. Os vestidos para o trabalho já não me cabem mais e os saltos não suporto. Preciso respirar e ficar livre por um momento. Antes de tudo isso fazia o que queria da minha vida. Ninguém me dava ordens. Nós nos casamos, somos companheiros e não dono um do outro. Vou para a nossa garagem. Ao entrar vejo seus carrões e o meu querido Evoque, sou apaixonada por esse carro. No fundo vejo uma capa cobrindo minha Kawasaki. Corro pra ela e tiro a capa de cima. Esta linda como sempre, vejo meu capacete em cima de uma prateleira no fundo. Decidido, matarei minha saudade dela hoje. Sento-me na maquina imponente. E sinto a sensação de liberdade correr pelo meu corpo. Dou a partida e acelero um pouquinho para ouvir o ronco do motor. Ponho o capacete e vou em direção ao portão da casa. Ninguém esta a vista, saio livremente pelas ruas de Miami. Sinto o vento bater na minha pele junto com a luz do sol.
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MATT Cheguei a Heaven mais cedo hoje, tenho que conversar com o advogado sobre o processo contra Josephine. Já rola por mais de um mês. Preciso de noticias, Josephine anda muito calada e da ultima vez que isso aconteceu não acabamos bem. Estou na minha mesa aguardando Phil, aproveito para checar meus e-mails. Meu telefone toca. - Oi Diana. - Dr. Phil chegou. - Pode manda-lo entrar. - Phil entra segundos depois. Levanto-me para cumprimenta-lo. - Como vai Matt? - Ótimo e você? - Muito bem também! - Sente-se Phil. - Ele faz. -Vamos deixar de papo furado. Preciso saber sobre o processo. - Ainda estamos parados Matt. Você ganhará com certeza. O pedido inicial é de cinco milhões pelos danos. E ela também entrou com uma ação contra você. Alegando danos pela humilhação publica. – Que vadia! Ela quase acaba com a minha vida e ainda quer me processar? - Não quero esse dinheiro sujo. Quero que ela Page de alguma maneira. E quanto a esse ridículo processo contra mim. Existe a possibilidade de ela ganhar? - Impossível. -Nós não podemos exigir que ela cumpra uma pena de serviço comunitário? - Sim podemos! - Também quero uma restrição de no mínimo quinhentos metros pra mim e Alie. É possível sim? - Sim Matt, conseguiremos tudo isso. Talvez até consigamos em menos de um mês. - Estou cansado de fazer seu trabalho Phil, o pago muito bem para ter que ficar te dizendo o que fazer. Preciso de resultados, não posso ficar tranquilo com ela por ai. Essa mulher é perigosa Phil, tenho medo do que ela possa fazer. – Passo a mão pelos cabelos. Eu fui muito sincero com ele. Tenho medo, mas não por mim. Tenho por Alie e meus filhos.
- Sinto muito Matt! Pode ficar tranquilo que fecharei esse processo o mais rápido possível. – Antes que possa respondê-lo meu telefone celular toca. Olho na tela e é Ravem. Atendo rápido já que ele iria deixar Alie no trabalho quando voltasse da Heaven. - Com licença Phil. – Ele assente com a cabeça. - O que há de errado Ravem? - Sra. Heaven não esta aqui! - O QUE? - Alie não esta! – Eu sei que Alie e a Sra. Heaven são a mesma pessoa. Quero saber o que se passa. – O nervosismo me invade. - Cheguei para busca-la e ela não estava na casa. - Mas que diabos ela fez! Deve ter ido de carro, mesmo eu dizendo que não fosse!- Teimosa. - Na verdade não Sr. Heaven. Seu carro esta aqui! – Meu Deus onde Alie esta! - Sua moto é que não esta na garagem! - Essa mulher só pode ter enlouquecido. - Já ligo pra você Ravem! Obrigado! - Por nada Senhor. Imediatamente disco o numero de Alie no meu celular. Ela atende rápido. - Oi amor! - Oi amor é o cacete! O que diabos você tem na cabeça? Merda? - Não fale assim comigo Matt! - Como você pode ser tão irresponsável Alie? Você carrega duas crianças com você droga! - FALA DIREITO COMIGO PORRA! – Ela grita comigo. Percebo que me excedi, afinal ela esta bem, tratava de um assunto delicado e recebo essa noticia, fiquei nervoso. Droga. - Meu amor me escuta. – Tento amansa-la. – Você não pode sair por ai nessa moto entendeu? É muito perigoso Alie. Poderia... - Escuta aqui você Matt! Eu piloto motos há quase dez anos. E você não é meu pai pra falar assim comigo. Eu sei da minha condição de grávida e eu jamais colocaria a vida dos meus filhos em risco. - Desculpa amor, eu só fiquei nervoso. Pensei no perigo e tudo mais. Me perdoe. - Tenho muito trabalho a fazer e pouco tempo pra perder com você.
- Ainda me deixará te acompanhar na consulta? - Claro! Os filhos são seus também! Puta que pariu seu idiota!!! É primeira briga depois do casamento e eu me sinto muito mal. Que espécie de marido eu sou? Como posso falar com minha esposa assim. Porra! - Posso mandar buscar sua moto? Ravem vai buscar você de carro para irmos juntos a consulta. Tudo bem pra você? - Pode mandar sim Matt! Aproveita e da um sumiço nela! - Me desculpe amor! - Adeus Matt! – Eu te amo!- ela desliga antes mesmo que eu termine de dizê-la. Olho pra Phil que me olha com desinteresse. - Primeira briga do casal. - Sim! - Não se abale Matt, minha esposa me enlouqueceu quando estava grávida. – Quero entender por que todos dizem isso. Alie até agora tem estado de ótimo bom humor. Eu que me excedi com ela. – Tenha muita paciência. - Obrigado Phil. - Nossa reunião acaba por aqui. Vou exigir o que me pediu ao juiz talvez ganhemos esse processo mais rápido do que esperamos. - Ok Phil! Contatar-te-ei para mais esclarecimentos. Qualquer novidade me passe, por favor. - Fechado Matt! – Ele me da à mão. – Boa sorte! – E se vai. Eu me sento na minha cadeira presidencial me odiando por tudo. Preciso implora-la o perdão. Disco o ramal de Diana. - Oi Sr. Heaven. - Venha aqui, por favor, Diana. *************
ALIE Já não consigo me concentrar em nada! Fico entre chorar, gritar ou sair quebrando as coisas. Matt me aprisiona a cada dia mais. Lembro-me da maneira que ele falou comigo. Nunca havia me tratado assim. Opto por chorar. Por muito tempo. Esses hormônios me matam. Milla entra na sala falando no telefone.
- Te ligo depois. – Ela fala e desliga o aparelho em seguida senta ao meu lado. – O que acontece Alie? - Nada demais! - Me fala garota! Conhecemos demais uma a outra pra esconder algo. – eu então começo a soluçar e chorar como uma desesperada. - Matt me ligou agora e gritou comigo. Perguntou se eu tinha merda na cabeça e me disse que eu sou irresponsável. – ela me olha fazendo pouco caso. -Certo, agora me diga o que fez? - Isso tudo por que eu vim trabalhar de moto. - Você ta louca Alie! Motos não são seguras. Muito menos pra uma mulher grávida. Sinto dizê-la, mas Matt tem razão. Creio que ele tenha errado apenas na maneira que falou com você. Não quero você andando por ai naquilo. - Mais uma pra mandar na minha vida! –Ela me olha seria. - Então é isso senhora dona do próprio nariz? Você veio nessa porcaria para afronta-lo. - Claro que não. - Então me diga que ele não veio com você como faz todos os dias ou mandou o motorista te deixar. - Ok, ele mandou Ravem vir, mas eu não quis esperar. - Escuta Alie. Você tem que parar de pensar em você. Matt ficou preocupado com você. Por isso a tratou mal, talvez estivesse preocupado. – Mais uma pra defendê-lo. Alguém bate na porta e entra em seguida. É Amanda com uma caixa na mão. - Entrega pra você Alie. – Ela Poe a caixa na mesa e curiosa como é me espera abrir. Eu já imagino que devem ser rosas brancas como pedido de desculpas. Abro a caixa. E retiro o papel que cobre o que esta embaixo. Meus olhos enchem de lagrimas, dois macacões que mais parecem de bonecos que pra bebês. Na frente de um esta escrito. “Mamãe nos ama” e na outra” E papai também” . Milla me olha emocionada também. Abraço as roupinhas brancas com letras azuis. - Ual, isso é bem melhor que rosas. – Amanda diz como se tivesse lido meu pensamento anterior. - Não é?! - Vai lá Alie liga pra ele. - Milla me diz. - Tem um cartão na caixa. – Amanda me diz e eu pego o envelope e retiro o cartão. “Perdoa o papai mamãe?” – Eu rio, embaixo esta escrito com sua letra. “Perdoe-me meu amor, o pensamento de tê-la em perigo me mata. Nunca mais a tratarei assim”.
Sentimentos totalmente contrários do que sentia a pouco me invadem. Sei que ele sente muito mesmo. Não é seu costume agir assim. Eu ligo e ele atende no primeiro toque. - Oi meu amor! - Oi amor, me desculpe eu não sei o que me deu, eu só... Eu só... Eu imaginei mil coisas e... Só me perdoe. Pensar que você esta chateada comigo me corroí. - Tudo bem meu amor! Eu amei as roupinhas. - Você gostou, eu consegui personalizar muito rápido. Estou nervoso pela consulta. Talvez consigamos ver o sexo dos bebês hoje. - Eu também estou ansiosa. - Passo ai pra te pegar as 3:00pm então? - Sim amor! Agora tenho que desligar! - Eu te amo baby! Mais que a vida! - Eu também te amo! E assim nos despedimos. É tão fácil perdoa-lo como é me aborrecer pelas suas coisas. Almoço com Milla e Teph como de costume e espero Matt vir me buscar. Ravem veio pegar a moto e tenho certeza que Matt o mandou sumir com ela, ou pelo menos esconder de mim. Parando pra pensar realmente foi um ato irresponsável. Ele me liga para avisar que chegou e eu saio para encontra-lo. Ele esta fora do carro me esperando. Quando saio ele vem ao meu encontro rápido. Abraça-me com desespero. - Oh meu amor me perdoe, por favor! - Quantas vezes tenho que te dizer que o perdoo? - É serio mesmo? - Claro que é bobão. – Ele me beija na boca devagar, passando a língua pelos meus lábios. Me solta de repente. - Onde esta a roupinha dos pimpolhos? - Esta lá dentro. Vou levar outro dia. -É melhor irmos ou vamos nos atrasar. – ele pega minha mão e nós vamos pro carro. Chegamos ao consultório da Dra. Lana, desta vez há muitas mulheres na espera, eu me sento no sofá e Matt senta ao meu lado. As mulheres grávidas olham para meu marido desejando-o. Seus maridos carecas e barrigudos se incomodam com a presença do homem lindo que chamo de meu. Matt segura minha mão e com a outra pega uma revista sobre nomes de bebes e começa a folhear. - Já pensou em algum nome? – Ele me pergunta. Olhando pra revista.
- Na verdade não! Veremos depois de saber o sexo. – Ele faz que sim com a cabeça. E acaricia minha mão com o polegar. Esperamos por uns 20 min. E finalmente somos chamados. - Ola Alie como vai?- Dra. Lana me cumprimenta. - Bem Dra. Lana! Este é meu marido Matt! - Olá Matt! Vejo que comprovou a minha teoria sobre os propósitos de Deus! - Sim Doutora. Agora tudo faz muito sentido pra mim. - Vamos começar? - Ok! - Vamos pra ultrassom. – faço que sim com a cabeça e Matt esta calado e nervoso. Já sabendo o processo troco de roupa enquanto ele me espera. Volto e a Dra. Lana já esta posicionada na maquina. Vou até lá e me sento. Matt fica do meu lado e segura minha mão. - Ok Matt! Como essa é sua primeira vez vou explica-lo. Por esta tela ouviremos os corações dos bebes e até o sexo se eles colaborarem. – Ele olha atento pra tela. - Poderemos saber se eles estão perfeitos por ai? - Sim saberemos até seus dias exatos. Dra. Lana então pega o cabo da maquina que dessa vez é diferente do que usei na primeira vez. Dessa vez parece um leitor de código. Ela dessa vez passa o gel na minha barriga e eu fico tranquila por não ser penetrada por aquela coisa. É gelado. Em seguida ela passa a coisa pela minha barriga, quase em cima do meu sexo. Faz suspense até ligar a tela e lá estão eles. Já conseguimos ver a formação dos dois, as perninhas os braços a cabeça. São tão feinhos. Olho pra Matt e ele já esta chorando de emoção. - Você nem ouviu o coração ainda Matt. - Mal posso esperar! – Ele diz sem tirar os olhos da tela. Doutora liga o botão e as batidas tomam conta do lugar. - Isso é tão lindo. – Ele chora como um bebê sou mais forte que ele. Já chorei demais na primeira vez que vim aqui. Hoje pra mim é só alegria. - Você esta precisamente com quinze semanas Alie. - Como eles estão doutora? – Ele pergunta preocupado. - Perfeitas! Fortes e saudáveis. O cérebro se desenvolve bem e todos os seus membros também. O coração bate normal. - Espera você disse perfeitas?- Ele fala. - Sim perfeitas! Duas menininhas. – Sinto a mão de Matt tremer na minha. Ele parece perder o equilíbrio.
- Preciso sentar. Dra. Lana balança a cabeça para a enfermeira que o pega pela mão e o leva pra uma das cadeiras na frente da mesa. Leva agia pra ele em seguida. - Você esta bem amor? – Pergunto de longe. Ele balança a cabeça rápido me dizendo que sim. Quando terminamos ela me passa o DVD com a gravação e nos fala sobre os cuidados que precisam ser tomados nessa fase. Me passa mais vitaminas e me da dicas sobre cuidados. Fala que preciso fazer alguma atividade física, mas uma coisa leve. Aff detesto, a única coisa que fazia que gostava era o muay thai. E desde que conheci Matt que não faço. Matt continua nervoso. A doutora termina as instruções. Não sei por que de tanto nervosismo afinal elas estão bem. Ele sai do devaneio e olha pra Dra. Lana. - Doutora, é seguro fazer sexo até que mês? –Fico mortificada de vergonha e ele nem ai. - Aconselho até o sétimo mês. Antes disso pode se fazer o máximo possível. - Obrigado. - Essa é a pergunta mais comum feita pelos homens que acompanham as esposas. - É um fato importante. – Ele fala rindo e posso jurar que Dra. Lana flerta com ele. Saímos do consultório e vamos pra casa, passar o resto da tarde juntinhos. Abraçados, amando e devotando um ao outro. No final eu entendo por que ele ficou nervoso no consultório. Pelo fato de serem duas meninas. Matt parece sofrer antecipadamente.
4º MÊS DE GESTAÇÃO A barriga de Alie cresceu significativamente. A cada dia parece aumentar um pouquinho e ela fica mais bonita e perfeita e ela fica mais natural ainda. Seu cabelo e sua pele brilham mais. Mas também não usa maquiagem e nem tem vontade de se arrumar, até agora não me importei. Nunca aceita jantar fora comigo, sempre diz que prefere comer em casa. E acabamos comendo sozinhos. Seus amigos e os meus vem nos visitar uma vez ou outra na nossa casa. Quase tive um ataque quando soube que Ralf e Teph estavam namorando. Nunca neste mundo imaginaria que Ralf era gay. Mas não me lembro de vê-lo com, uma mulher, apesar de nos conhecermos ha tanto tempo. Sempre falava das mulheres como se as conhecessem bem, e talvez afinal conheça, mas não como eu. A preguiça domina o corpo da minha linda esposa. Todos os dias eu tenho que acorda-la para trabalhar e não é uma tarefa fácil. O sexo anda muito bem obrigado. Alie fica tarada e as vezes me corda durante a noite pra fazer amor. A noite não dormimos sem e pela manhã não pode faltar. Achei que me sentiria esgotado,
mas não. Quanto mais tenho mais quero. Hoje é sábado e temos um jantar beneficente para ir, este é um evento mais aberto e Maison vai com Milla, e Marissa vai também pra dar uma divulgada no seu ateliê, as mulheres que estarão lá são da mais alta sociedade, tipo de cliente que Marissa quer atingir. Estou evitando tocar o assunto da roupa que ela ira usar no jantar, estou pisando em ovos pra manter a nossa convivência bem, ela sempre diz que eu quero mandar na sua vida e em tudo mais, ela vai trabalhar sempre de como eu classificava antes de “ estilo maloqueira” , ela não quer mais sair e em casa esta sempre enfiada nas minhas roupas. Ela vaga pela casa com minhas calças de malha e camisetas, ou com minhas cuecas samba canção e minhas camisas velhas. Mas não é o tipo de roupa que se usa pra ir a um jantar, esse jantar é muito importante pra mim. Os caras de Tóquio estarão lá e estamos finalizando a compra da empresa. Preciso dar boa impressão. Tive que ir até a Heaven para terminar algumas coisas que ficaram pendentes na semana e já são cinco da tarde, temos que nos preparar para o jantar que será as oito. Chego em casa e vou procura-la. Não esta no nosso quarto onde achei que iria estar se preparando. Desço para seu lugar favorito na casa. A cozinha. E lá esta ela vestida numa camisa preta velha, umaa das minhas mais antigas, minha cueca samba canção azul a veste na parte de baixo. Seu cabelo esta assanhado, talvez ela não tenha penteado ainda hoje. Sentada no balcão com coisas espalhadas por cima dele. Pão, manteiga de amendoim, maionese, catchup, mostarda, peito de peru, queijo, presunto e salgadinhos de nachos, o que ela vai fazem com tudo isso? Me aproximo e a beijo no rosto enquanto ela monta seu sanduiche. Ela passa manteiga de amendoim no pão. - Olá meu amor! - Olá amor! Então como foi a tarde de trabalho? - Tranquila! Apenas alguns imprevistos com uma consultoria na Alemanha. – Ela poe o peito de peru em cima da manteiga de amendoim e em seguida o queijo. Como ela consegue comer isso? – Mas já foi resolvido. - Que bom! Você quer um lanchinho? - Não obrigado. Você já sabe o que vai vestir hoje? - Já escolhi, esta na porta do closet. - Que bom, ela parece estar de bom humor. Ela coloca o presunto no pão e eu franzo a testa quando ela coloca os salgadinhos nachos dentro do pão. Em seguida encharca tudo com maionese, catchup e mostarda. Isso não deve estar tão gostoso como ela faz parecer que esta. – assim que comer vou me vestir tá? – Ela da a primeira mordida no sanduiche como se fosse a coisa mais gostosa do mundo. - Ta bom! Vou indo tomar banho. Tenho alguns contratos pra revisar – Tenho trabalhado muito ultimamente. Aproximo-me para beija-la, mas olho seu rosto e desisto imediatamente, suas bochechas estão meladas e seu queixo também. Isso não é muito sexy. A beijo na testa e vou para o quarto. Tomo banho e vou revisar os contratos. Já são 6:30 pm resolvo dar uma olhada nela. Chego ao quarto e a vejo. Prevejo a briga que teremos. Ela veste um vestido marrom que parece um saco de pão, seus cabelos estão amarrados em um coque mal feito, sem nada de maquiagem, e calça uma sandália que nem mamãe usaria. Onde ela arranjou essas coisas? Eu fico parado na porta do quarto escolhendo as palavras. Ela me vê. Sorri.
- Estou pronta. - Você vai assim? - Sim! Algum problema? - Não meu amor, apenas achei que você fosse estar mais arrumada. - Você esta dizendo que eu estou feia? - Vai começar. - Não. Claro que não. Só achei que um vestido longo ficaria melhor. - Não minta pra mim Matt! Sei que você me acha gorda! Eu sei que você evita estar comigo e inventa trabalhos aos sábados e veio me dizer essa semana que iria fazer algumas viagens. Você tem uma amante Matt? - Mas que porra é essa! Eu não tenho nenhuma amante Alie. - esta vendo? É assim que os maridos agem quando tem amantes.Eu vi em alguns sites e revistas. - Alie não diga isso por favor isso me magoa muito. Como posso ter uma amante, se estou sempre trancado dentro de casa com você? E eu tenho que trabalhar você sabe disso! - Então esse é todo o motivo da sua raiva? – Que raiva mulher! – É isso, você queria? sair com seus amiguinhos como fazia antes? Caçar as super modelos e leva-las pra um motel e enfiar seu grande pau nelas? HEIN É ISSO? Você ta completamente louca! Isso foi o que pensei em dizer, mas achei melhor não, tenho que ir a esse jantar e ir desacompanhado não seria tão ruim como ela me odiando por tê-la deixado em casa. Paciência tem limites! E meu estoque ta cheio. Ela chora como uma louca fazendo careta. Eu me aproximo. Sei que a mulher que eu amo ainda esta ali dentro. A abraço forte. - Meu amor, me desculpe se pareço estar com raiva. Mas eu não estou, sei Que tenho trabalhado demais ultimamente. Eu amo estar em qualquer lugar que você esteja. Mas esta reunião é muito importante pra mim. - Mais importante que eu? – Eu me aproximo dela. Que diminuiu o choro. - Claro que não! Você é mais importante que tudo! Mas eu agradeceria se pudesse vestir algo mais apresentável. -Posso vestir blazer e calça jeans? – Oh Deus não!!!! Também sei que ela chegando lá e vendo todas aquelas mulheres bem vestidas irá se sentir mal. Não quero outra briga. - Pode sim! – Dou aquele sorriso mais falso do mundo onde se segura os lábios e não mostra os dentes. Ela sorri abertamente. – Vou deixar você em paz, vou lá em baixo tomar água. - Tudo bem, te amo tá! - Eu também meu amor! Mais que a vida! Desço as escadas correndo, pego meu celular e ligo pra Marissa.
- Você já terminou os vestidos que encomendei pra Alie? - Alguns por quê? -Preciso que me traga aqui em casa! - Mas Matt tenho que me aprontar pro jantar! - Ótimo! Clube da Luluzinha! Venha e ajude Alie a se vestir! Chame Milla se possível também. - Por que tudo isso? - Alie quer ir ao jantar onde estarão meus melhores clientes e os donos da empresa em Tóquio vestida num saco de pão! - Hum isso é serio. Chego ai em 40min. - Não! Você vai chegar em 20 e com Milla a tira colo. - Nem tudo é como o que você quer Matt! - Você esta perdendo tempo! – Desligo o telefone antes que ela me responda. O bom de ser o irmão mais velho é que Marissa me atende e agora que investi no seu ateliê ela se sente com mais obrigação ainda. Vou até a cozinha e tomo água, se passam os vinte minutos e vou até a entrada. Milla esta estacionando o carro. Elas saem e vem na minha direção. Estão vestidas em shorts curtos e camisas folgadas. O cabelo de Milla com bobs e o de Marissa numa touca. As duas carregam capas de roupas e sacolas de sapatos nas mãos. E com bolsas a tira colo. Milla me olha tentando me matar com olhar. - Vocês estão horríveis. – Falo enquanto as ajudo com as coisas que carregam. - Espero que seja muito serio Matt! - Vocês verão! Subimos as escadas enquanto dou as instruções. - Vocês não podem dizer que eu as chamei! Já tivemos uma briga agora pouco! Ela não pode saber que eu as chamei! Pelo amor de Deus! -Aff, você ta tão dramático. - Alie esta em um período muito difícil, ela me mata com as alterações de humor. Vive dizendo que eu a acho gorda e coisas ridículas do tipo. Elas sobem junto comigo e eu bato na porta. Em seguida ponho a cabeça para olha-la vestida como disse que ia estar. Numa calça jeans e as mesmas sandálias de antes. Uma camisa azul e o blazer preto. Não esta tão ruim, esta pronta pra ir fazer compras no super mercado. - Olha quem veio te visitar! – As meninas aparecem na porta e a cara de espanto delas me faz quase dizer. “Num disse!” -Viemos nos arrumar aqui! Estávamos loucas pra te ver e aproveitamos pra vir hoje.
- É! E também trouxe uns vestidos que Matt havia comprado pra você! -Que bom meninas! Tava com tanta saudade de vocês! – Ela caiu. - Vou deixa-las em paz. – Saio e vou para o escritório esperar que elas fiquem prontas. Já são 08:30pm e nada. Já olhei e-mails, revisei contratos e até quase furei o chão andando de um lado pro outro. Decido ir até lá ver se ainda estão vivas. Fico na frente da porta e bato. Milla abre a porta. Ela veste um vermelho longo de uma manga só como no casamento, colado ao corpo com uma abertura na perna esquerda, seus cabelos esta preso com um rabo de cavalo liso pra tras. Marissa também já esta pronta. Claro seminua, por que ela não pode se vestir como uma moça de família! Usa um vestido com as costas nuas e colado ao corpo. Seus cabelos estão presos no alto da cabeça. O vestido tom sobre tom fashionista a cara dela.
- Terminaram? - Quase. - Você vai conosco? - Não, Maison já deve estar a caminho. - Você vai só Marissa? - Deus me livre, eu cairia direto pro poço da humilhação se aparecesse sozinha nesse evento! Vou levar Teph. Ralf me emprestou. Ele vai estar lá também, vai acompanhado da Beck. -Vocês vão conosco ou com Milla e Maison? - Vou com vocês, Milla e Maison parecem estar no cio. – Nós rimos e começo a bater o pé no chão de ansiedade. - Onde esta Alie? - Esta no banheiro dando alguns retoques na maquiagem.
- Já estou saindo! – Ela grita e sai em seguida! E lá esta ela, a mulher que eu casei. Linda! Seu vestido diferente das outras duas é estampado. Longo com a saia rodada. Decotado, deixando seus seios grandes lindos como sempre. Esconde um pouco a barriga de grávida e as costas também estão nuas, mas mais discreto que o de Marissa. Seu cabelo na frente moicano e atrás também esta preso. Sua maquiagem mais forte nos olhos destacando a cor e o batom na cor rosa discreto. Vou até ela e a puxo para um abraço e um beijo quente! - Você esta linda meu amor! - Obrigada! – Ela sorri com todos os dentes e eu apenas a olho com veneração. O telefone de Milla toca e ela atende. Eu ainda olho Alie nos olhos. - Te amo! Sussurro em seu ouvido. E ela sorri e me responde sussurrando também. -Maison chegou com Teph. Vamos? - Vamos! Quando saímos eles estão lá. Maison se veste todo de preto, camisa e gravata preta de cetim. Teph, fashion como sempre veste um terno azul listrado de cinza com colete. Uma camisa branca e gravata azul. Eu estou de terno cinza com listras brancas quase imperceptíveis, de colete também, camisa branca e gravata cinza. Teph sai do carro fazendo escândalo batendo palmas e gritando. - Ahhh vocês estão lindas!!!! – Aas três riem dele. E nós homens também. Todos nos cumprimentamos e seguimos em frente. Maison vai com Milla no seu Bentley de luxo e nós quatro na limusine da Heaven. - Ai estou me sentindo tão glamorosa. – Sim Teph disse isso. - Você ta lindo amigo. – As duas enchem a bola dele. - Teph lá dentro não precisam saber que você é gay! - Ta bom! Mas vai ser difícil se meu namorado estiver lá. - Só se comporte tá! - Ta bom, juro que serei mais homem possível! Nós seguimos viagem, Alie poderia até estar intimidada com o jeito que a olho. Ela apenas me olha e sorri com vergonha. Eu a sorrio de volta. Nós chegamos a festa e como solicitado por mim todos estamos na mesma mesa. Foi um pouco difícil passar pelo tapete vermelho, já que todos querem tirar fotos de Alie. Afinal ela casou com o solteiro mais cobiçado do pais. Isso é tão idiota. Agora eu sou o homem mais bem casado do mundo. Sentamos a nossa mesa, pouco depois Ralf chega, e iniciamos uma conversa animada. Falamos de tudo que é possível. Maison gargalha quando Alie fala que eu disse que ele parecia um ator pornô.
- Vou buscar uma bebida com muito alcool , alguém quer? – Marissa levanta-se. Ninguém se habilita. – Ok, volto quando estiver bêbada. -Comporte-se Marissa! - Claro que sim irmão. – E ela se vai exibindo a sua parte de trás.
ELIJAH Ela fala alguma coisa, mas o que eu escuto é isso: Bla bla bla... Minha acompanhante é bonita, seus cabelos loiros platinados. Olhos azuis cor de gelo, seios enormes, talvez 400ml de silicone, mas eu não estou interessado em saber qual o valor da ultima Chanel que Ela comprou, ou pra quantas revistas ela já fez capa. Muito menos o que ela da pro seu cachorro comer. Espero que ela esteja ao menos toda depilada, detesto mulher peluda. Espero que meu pau levante também, ainda fico vermelho quando me lembro da vergonha que passei com a atriz daquele seriado famoso. Porra ver a mulher nua na minha frente e ele não levantar foi muito humilhante,mas pior foi quando ela botou na boca e ele nem reagiu! Porra! O que aquela mulher fez comigo? Não paro de pensar em Marissa. Ainda lembro-me dela correndo com as minhas roupas me deixando nu naquela piscina. Hoje rio, mas fiquei com ódio dela nos dias que se seguiram. Não sei o que faria com ela se a visse. - Com licença, preciso beber alguma coisa forte! - Eu vou com você! – Ela levanta. - NÃO! Eu trago pra você! – Gritei já de saco cheio. Quase corro pra longe dela. Passeio pelo lugar antes de ir ao bar. Paro de repente. Uma mulher sentada no bar desacompanhada. “Ual que perfeita!” Espera! Essas costas, esse cabelo, essa bundinha. Aproximo-me colo no seu corpo e quase toco sua orelha com a boca. - Como vai ladrona de roupas.
MARISSA Arrepio-me dos pés a cabeça, sua voz, rouca e grossa, sua boca quase tocando minha orelha. E seu corpo encostado no meu. Porra! Elijah era tudo que eu não queria encontrar hoje. Estou no meu período fértil e tudo que eu penso é no seu pau grande e grosso. -Olá Elijah, como vai? - Muito bem e você? - Bem também, agora se puder desencostar do meu corpo eu agradeço.
- O problema é que se eu desencostar todos vão ver que meu pau esta duro por causa de você! – Agora minha excitação escorre pelas minhas coxas! - Poupe-me Elijah! - Não sabia que solteironas podiam vir desacompanhadas para estas festas. – Palhaço! - Eu estou acompanhada tá! - É? – Ele franze a testa, parece ter ciúme. – E onde ele esta agora! - Na mesa junto com os outros. - Quem é ele? - Teph. – O desgraçado gargalha rindo de mim. - E o namorado dele esta conosco também. – Rio com sua risada gostosa. - Você poderia ter me chamado, eu viria com todo prazer! - E depois tentaria me comer? - Talvez! Mas seria muito bom! – Com certeza. - Onde esta sua acompanhante. - Em algum lugar falando sobre Chanel ou Louis Vuitton.- Ele me olha nos olhos quase me deixando envergonhada. É hora de ir. Ele esta perfeito vestido num blazer cinza escuro e camisa rosa com os primeiros botões abertos. - Agora deixe-me ir de volta para meus amigos.- Pego minha bebida e levanto do banco. Ele me olha com desejo e me para segurando meu braço. -Marissa eu não sei mais o que fazer. Só penso em você! Eu queria estar te odiando pelo que você me fez, mas só consigo pensar se você esta usando calcinha ou não debaixo desse vestido. – Eu me seguro pra não rir. - Já disse a você o que eu quero! Se você um dia estiver disposto a me dar, me liga! – Ele vira a cabeça de lado sem entender. – Quero algo bem diferente de uma transa casual sem troca de telefone. – Ele parece ter uma briga interna e solta meu braço. Isso me dói. - Adeus Marissa! -Adeus Elijah. E assim vou embora. Mas que idiota você achava que ele iria largar as supermodelos e as atrizes? Que dão pra ele sem exigir nada! Você acha que ele um dia iria deixar de ficar com uma mulher diferente a cada dia. Pra ter uma namorada? Droga! Tenho que arranjar um namorado o mais rápido possível!
ELIJAH
Tive que deixa-la ir, entrei em pânico. Nunca um dia se quer me imaginei namorando. E é incrível como me sinto vazio quando ela se vai. Encosto no bar e peço dois cowboys, tenho que beber no mínimo uma garrafa pra voltar pra mulher fútil que é minha acompanhante.
ALIE Esta festa está tão perfeita como a outra que fomos juntos. Matt como sempre faz uma ótima doação. Dessa vez nossa mesa é visitada por alguém a cada cinco minutos, os melhores doadores estão aqui, Ralf e Maison e Matt. Talvez Elijah esteja aqui. Marissa voltou um pouco triste depois de buscar sua bebida. O jantar estava perfeito. Tudo muito bonito. Matt não tira os olhos de mim. Parece hipnotizado. A minha bexiga frouxa já me pede socorro. Sinto vontade de fazer xixi direto. - Vou ao banheiro! – Aviso para Matt. - Vou com você! – Ele me diz se levantando. - Não precisa amor. - Eu vou Matt pode deixar! – Marissa se habilita. Milla só sabe olhar para boca de Maison. Essa esta caída demais, mas eu não posso culpa-la. Também me senti assim por Matt. Nós fizemos tudo tão rápido que às vezes me pergunto se ele se arrepende. Chagamos ao banheiro e entramos. Vou fazer xixi correndo enquanto Marissa me espera. Quando saio vejo outra mulher se olhando no espelho do seu lado. E era tudo que eu precisava encontrar Cyzarine aqui! Vou lavar as mãos na pia e ela me vê. - Veja quem esta aqui, a caçadora de recompensa. – Ela me fala sarcástica. Eu estou grávida, mas ainda sou forte pra me defender. - Você fala pra mim? Ou pro seu reflexo no espelho? – Ela faz careta pra mim como uma criança de cinco anos. - Pra você sua vadia, você tomou Matt de mim! E agora deu o golpe do baú com essa gravidez. – Marissa olha pra ela com ódio. Eu faço um sinal de que esta tudo bem pra ela. Ela não sabe que uma mulher grávida - Escuta aqui garota, eu estou grávida, mas ainda posso quebrar todos os seus dentes com um soco! E pare de me importunar! Se você dirigir a palavra a mim mais uma vez, você vai parar na UTI! – Marissa me olha assustada, mas a loira aguada me olha mais assustada ainda. - Eu não me importo mais! Estou acompanhada pelo atual solteiro mais rico e lindo deste país. - Bom pra você. – Marissa diz ficando triste imediatamente, ela também sabe que é Elijah. -Vamos Marissa! Tenho que voltar pro meu marido lindo e sexy! – Cyzarine fica seria e nos voltamos para mesa. Marissa olha pro nada pensativa.
- Não se preocupe Marissa! Elijah se engana mais do que engana a ela. –Ela não diz nada apenas faz que sim com a cabeça. Ponho a mão em seu ombro e voltamos pra mesa. Marissa parece esquecer-se de Elijah depois das piadas de Teph, no final alguns estão bêbados e Milla e Maison quase se comendo na mesa. Eu heim! Vamos todos embora e deixamos Marissa em casa, Teph se foi com Ralf. E Milla com Maison. Chegamos em casa e meus pés estão me matando. Assim que chego ao nosso quarto me sento na cama pra tirar os sapatos. Matt entra e me vê tentando me dobrar pra alcançar os pés. Fica muito difícil quando a barriga te impede. Ele se ajoelha na minha frente e tira a sandália com cuidado. Beija meu pé e só o simples toque me ascende. Quando retira ele os massageia e me olha cheio de nonas e décimas intenções. O alivio é imediato da dor nos pés, mas ela também é trocada por desejo. - Levante-se! – Ele me ordena e eu faço. Ele me vira e abre o meu vestido. Beija meus ombros e eu arqueio as costas. Ele tira as alças do vestido pelos meus braços e desce o vestido devagar pelas minhas pernas. Arrependo-me de ter vestido uma calcinha bege gigante. Fico envergonhada. Ele morde o lóbulo da minha orelha e eu gemo. - Você esta mais gostosa que nunca meu amor! – E ai a vergonha vai embora. Levo minha mão a frente da sua caça só pra comprovar que ele esta duro e pronto pra mim. Ele me vira de frente pra ele e me beija devagar e pacientemente invade minha boca com a sua língua. Ele me faz sentir tão amada. Devagar ainda me beijando ele me empurra até a cama e quando ela toca a minha perna eu deito. Fico na borda e tento me afastar mais pro centro. -Não! Quero você aqui! – Sim senhor! Fico apenas deitada do traseiro pra cima na cama e as pernas penduradas. – ele tira a roupa lentamente na minha frente. E mesmo que tenha o visto assim ainda me impressiono por tudo isso ser meu. Quando fica totalmente nu ele tira a minha calcinha com cuidado. Pensei que ele fosse me penetrar, mas na verdade ele se ajoelha na minha frente novamente. Grito quando seus lábios tocam minha pele. Ele beija com carinho e em seguida passa a língua de cima abaixo devagar pelo meu sexo. Sinto sua saliva se misturar como liquido da minha excitação e isso me faz gemer como uma louca. Ele então aumenta o ritmo, passando a língua e em seguida enfiando dentro de mim. Bastam algumas vezes pra que eu goze. Ele se levanta e eu vislumbro seu corpo mais uma vez. Olho seu pau grosso e grande com a ponta molhada e passo a língua nos lábios. - Não meu amor! Você esta cansada. - Eu não digo nada. Apenas o olho como uma retardada excitada que é o que eu sou nesse momento. Com as mãos ele segura seu membro e o posiciona. Ele então me penetra devagar, centímetro por centímetro, se abaixa e beija meus seios e com dificuldade a boca, daqui há alguns meses será impossível. Ele aumenta o ritmo e me olha nos olhos eu enlouqueço com o prazer de vê-lo tão excitado pra mim. Ele sai de dentro de mim e me vira de costas. Essa posição é a melhor pra mim, não sinto incomodo por falta de ar. De ladinho também é muito bom, nem quero saber como isso acontecerá daqui a alguns dias.
Ele passa a mão pelo meu traseiro enquanto da estocadas rápidas e profundas. Enfia mais uma e outra vez, morde meu ombro e eu vou a loucura. Mais algumas vezes e ele goza também. Beija minhas costas com carinho. Me vira de frente e meu beija a boca com selinhos no final. - Amo tanto você! – Eu digo olhando nos seus olhos. - E eu a você, mais que a vida! Tomamos banho junto e dormimos de conchinha como sempre fazemos.
5° MÊS DE GESTAÇÃO Estou sempre com fome, com sono, com preguiça ou com raiva. Olho-me no espelho e já tenho vergonha de ficar nua na frente de Matt. Que faz questão de me dizer que estou linda todos os dias. Sei que ele faz isso só pra me ver menos triste ou louca. Só visto as roupas dele em casa. Depois de insistir muito eu resolvi ir até o ateliê de Marissa encomendar algumas coisas. Mandy me deu algumas roupas das suas gestações que não foram poucas, mas vendo elas sei que ela era tão louca quanto eu! Visto um vestido estampado até os pés branco com flores azuis. É folgado em todos os lugares. Ravem vai nos levar até lá. Andamos pelas ruas de Miami tranquilamente, Matt esta de mãos dadas comigo olhando nos meus olhos. Seus óculos escuros os deixam mais sexy ainda. Eu também estou com os meus, ele me obrigou a usar disse que posso ter problemas oculares por expor meus lindos olhos verdes a luz do sol. Bobinho, graças a Deus que ele tem paciência, se não já teria pedido a separação faz tempo. O ateliê fica nua rua bem movimentada, com muitos outras lojas de roupas, salões e bancos. Hoje por ser sábado esta tudo muito tranquilo. Ravem estaciona o carro e fica parado por um tempo olhando nos retrovisores. Ele abre o porta luvas e tira uma arma lá de dentro. Meu Deus, Ravem sabe usar essa coisa? E pra que Diabos ele pegou isso? - Não saia do carro senhor! - Matt parece entender sua mensagem imediatamente. Eu fico nervosa e curiosa ao mesmo tempo. Ele sai e Matt bloqueia a minha visão. De repente começamos a ouvir disparos. - Droga! – Matt bate no encosto do banco da frente e aperta um botão e de repente tira uma arma debaixo do banco. Eu entro em estado de choque. Ele olha nos meus olhos.
- Não tente sair do carro. - Não vá Matt! -Não posso deixa-lo morrer! - E se você morrer? - Dois tem mais chance que um! E com isso ele se vai. Sai do carro rápido fecha a porta e quando ele sai eu tento abri-la mais esta travada. - Droga. Não consigo olhar na direção que ele foi. Meu coração bate acelerado e me falta o ar. Meu corpo não obedece meu comando de virar a cabeça para ver o que acontece. Ouço mais disparos e finalmente tenho forças pra olhar pra trás que é de onde vêm os sons. Quando olho, paro de respirar e fico tonta. Matt esta de joelhos, do lado de um corpo caído ao chão. Vejo sua camisa branca ensanguentada e minha visão fica turva e tudo fica escuro...
MARISSA Quando escutamos os disparos todos ficamos em estado de choque, eu e minhas duas assistentes mais três clientes olhamos pelo vidro da loja que leva pra rua e a minha primeira reação é correr, vejo meu irmão meio sentado e meio ajoelhado, como se sentasse sobre os calcanhares. Sua camisa branca encharcada de sangue, meus olhos arregalam até o quase saírem das caixas. Imediatamente começo a chorar. Abro a porta da loja e vou para a calçada/estacionamento. - Chame o socorro! Rápido! – Aviso para uma das minhas assistentes. Vou até ele e vejo que respira com dificuldade, me abaixo para toca seu peito e tentar ver de onde vem o sangue, mas não consigo. Sua camisa não me deixa ver nada, esta completamente vermelha. Ele parece desnorteado com os olhos correndo por todo lugar. Ele fixa seu olhar em mim. - A...lie! – Ele me diz quase sem força apontando para o carro. Eu entendo perfeitamente o que ele quer dizer. Vejo o carro estacionado e vou até lá. Vejo Alie sentada escorada no carro. Seus olhos fechados e suas mãos também. Ela desmaiou. - DROGA! – Bato na porra da porta trancada. Vou até Matt e só agora vejo Ravem deitado do seu lado. Seus olhos estão abertos e ele também foi baleado. Matt segue meus movimentos com desespero no olhar, ele não consegue falar. Vou aos bolsos de Ravem e procuro a chave do carro. - Você chamou o socorro? – Pergunto pra Agnes, minha assistente. - Sim já está a caminho.
Quando finalmente encontro a chave no bolso do seu paletó corro para o carro, encosto o sensor na porta e ela abre. Sento-me ao lado de Alie e confiro se ela respira e esta normal, seus pulsos estão bem. Deito-a encostada pelo lado esquerdo para o sangue fluir melhor. Segundos depois ela acorda atordoada. Então olha pra mim espantada. - Onde está Matt? – Senta de repente e a seguro para que não fique tonta. – Onde esta ele? – Não tenho tempo de responder. Ela abre a porta saindo do carro e eu saio junto, fica em pé olhando pra onde ele esta. Matt esta na mesma posição de antes olhando em nossa direção, quando a vê cai tombando deitado, como se esperasse apenas ter certeza de que ela esta bem. - MATT! – Alie grita e vai pra onde ele esta. Ele esta de olhos fechados e nós nos desesperamos. Ela se ajoelha e chora. Passa a mão pelo seu peito, tocando o em todos os lugares possíveis. Num ato de desespero ela puxa seu cabelo. Seus cabelos ficam vermelhos do sangue do meu irmão. Ela respira rápido soltando o ar pela boca tentando controlar, treme e chora soluçando. Ouço o barulho da ambulância. Olho na direção e o carro do socorro esta estacionando. Eles então dão os primeiros socorros e chamam outra unidade, alguns poucos minutos depois o outro carro chega. Alie segura a mão de Matt a todo o momento, reza baixo acompanhando todos os movimentos que os paramédicos fazem. O atendimento é muito rápido. Minutos depois os dois estão em macas sendo transportados para dentro das unidades. Alie senta no assento dentro da ambulância ao lado da maca que Matt esta. O medico checa o estado dela também. Ravem é colocado na outra ambulância e eu vou acompanha-lo até o hospital. Ravem parece morto embora ainda respire, mas com ajuda da maquina.
ALIE Deus, por favor, o deixe viver. Parei de chorar me sinto mais aliviada depois que o medico disse que o estado dele é instável. Desconfio que seja apenas pra me tranquilizar, mas me agarro a isso. Uma mascara de oxigênio esta no seu rosto, mas mesmo assim eu mantenho a mão no seu peito para ter certeza de que ele respira. Chegamos muito rápido ao hospital. Matt e Ravem são removidos e levados à emergência de imediato. Não me deixam entrar. Eu e Marissa aguardamos na sala de espera. A família de Matt chega logo em seguida e até Norah veio. Todos me abraçam, Mandy tenta me convencer a ir até o banheiro e tirar o sangue do cabelo, mas eu não quero sair da sala nem por um segundo. Eu seguro as mãos fechadas na frente do rosto enquanto lagrimas silenciosas caem pelo meu rosto. Bato o meu pé no chão sem parar com ansiedade. Minha sogra passa a mão pelas minhas costas. E o restante da família esta espalhada pela sala. Mandy e Marissa nas cadeiras da frente. Rob e Connor estão em pé de braços cruzados conversando e Norah esta no refeitório buscando café. Faz quatro horas que estamos aqui. Um homem alto e loiro vestido de verde entra na sala. - Alie? - Sou eu! – Levanto-me rápido e o resto da família me segue. Ele me olha por um instante, mas depois fixa o olhar em Marissa.
- Você é a senhora Heaven? - Sim! Mas todos são da família. - Ok, sou Lucas Dashwood o cirurgião responsável pelo seu marido, já conseguimos retirar os projeteis, ele passa bem e quer vê-la. - Todos podemos entrar?- Lari pergunta. - Na verdade não. Já demos medicação suficiente para um elefante dormir, mas ele simplesmente não reage da forma normal, que é fechar os olhos imediatamente. Só chama o nome “Alie” a cada dez segundos. Vamos? Vocês podem vê-lo quando acordar. – Ele fala apontando pra todos, mas ainda olha pra Marissa. Rum. Sigo o médico até o apartamento onde ele esta instalado. Está tomando soro na veia. Ele me vê e tenta sorrir. Eu não consigo controlar as lagrimas que caem agora mais rapido pelo meu rosto. Vou para o seu lado e seguro sua mão. Pelo seu avental branco de tecido fino, posso ver as ataduras no seu ombro, não vejo mais nada, um cobertor cobre quase seu corpo inteiro. - Você ta uma droga! – Ele me diz quase sem força mostrando os dentes. Sei que ele faz isso pra me tranquilizar. Eu fico seria, estou realmente chateada por ele ter posto a vida em risco, mas estou feliz por vê-lo bem. - Nunca mais faça isso entendeu? – Digo apontando o dedo indicador pra ele. Ele faz que sim com a cabeça. - Amo você. Mais que a vida! – Ele me fala baixo e sem força. Eu sorrio feliz. - Eu amo você. Muito! – Antes mesmo que eu termine a frase ele apaga. -Ual, tenho que aprender esse truque! – Dr. Dashwood está próximo à porta do quarto nos olhando. Eu rio sem vontade pra ele. – Vamos para a sala de espera, vou passar a situação para todos. – Ele vai à frente e eu o sigo. Ao chegarmos à sala. Outro médico esta lá. Creio que seja o que cuidou de Ravem. Dr. Dashwood nos informa que Matt foi baleado em dois lugares. No ombro e no abdome esquerdo, não foi tão grave por que não atingiu nenhum osso ou órgão. Ele chegou a perder uma boa quantidade de sangue então terá que passar alguns dias no hospital, mas não corre nenhum risco de vida. Graças a Deus! Ravem não teve tanta sorte, foi baleado no peito e seu pulmão foi atingido, e também na coxa e no braço. Talvez eu tenha sido um pouco egoísta ao não querer que Matt saísse do carro, talvez Ravem não tivesse tido chance se estivesse sozinho. Ele passará mais tempo no hospital, seu ferimento no peito fez com que seus pulmões se enchessem de sangue, então terá que passar alguns dias com uma sonda pra retirar o liquido. Mas também esta fora de perigo. Depois das noticias todos me forçam a ir em casa tirar o sangue do cabelo e da roupa. Jim me leva. Tomo banho e mudo de roupa, separo também algumas coisas pra Matt e pra mim, ninguém vai me fazer sair daquele hospital enquanto ele estiver lá. E vamos ficar por mais alguns dias. Eu levo
roupa suficiente. À noite chega e quando organizo tudo, nós voltamos para o hospital ele ainda não acordou, mas está devidamente instalado no apartamento do hospital. Este é o melhor hospital da cidade, o apartamento é espaçoso, possui duas camas; a do paciente e a do acompanhante, um sofá relativamente grande junto à parede de frente pras camas, duas poltronas do lado da cama do paciente e uma TV na parede do canto. Tudo num tom pastel, bem equipado e confortável. Um armário pequeno e um cofre digital. No quarto há um banheiro grande com barras de apoio para o pacientes. Depois de guardar a bolsa com nossas coisas em um dos armários. Sento-me na poltrona do seu lado direito e olho pro seu rosto bonito. Seguro sua mão entre as minhas, e a beijo varias vezes, tudo que senti quando o vi naquela situação, foi surreal. Foi como se meu peito explodisse, me senti tão vazia, foi tão desesperador. Passaram todos os nossos momentos juntos pela minha mente, e nem sei o que seria de mim sem meu amado Matt. Enquanto Matt ainda dorme visito Ravem pra ver como ele esta, ainda dorme também. Eu solicitei uma enfermeira de plantão pra que ele não se sinta só quando acordar. Rob me diz que um homem foi preso e esta em outro hospital porque também ferido. O outro conseguiu escapar. Não tem tantas informações, ainda não teve tempo de falar com os policiais. Depois de me dar a noticia a família de Matt vai pra casa e eu volto para o quarto. Minha vontade é deitar do seu lado pra sentir seu calor e ver que esta tudo bem, mas sabendo que isso não seria nada bom deito na outra cama, de lado virada de frente pra ele. Sentindo-me cansada pelo dia duro que tive, pego no sono.
MATT Sinto como se um caminhão tivesse passado por cima de mim. Lutando com a dor de cabeça consigo abrir os olhos, olho para o teto claro que quase me cega. Lembro-me de tudo, de cada detalhe. Lembro-me de ter olhado pelo vidro do carro e visto Ravem encurralado sem ter algo pra se proteger e saí do carro por que vi que ele não queria ir pra detrás de nós, pra usa-lo como escudo. Sei que o carro é blindado, mas sei que ele não foi pela nossa segurança e um homem que põe sua vida em risco pela minha e de minha esposa, merece no mínimo a minha ajuda. Quando saí do carro Ravem havia sido atingido e caído no chão, corri pra onde ele estava. Os homens vinham em nossa direção. Atirei no homem que estava mais próximo e o outro correu fugindo do local, senti a adrenalina muito forte sobre meu corpo, só percebi que havia sido baleado quando não sustentei o meu peso e cai de joelhos do lado de Ravem. Estando naquela situação, tudo que pensei foi na segurança de Alie, ainda lembrei-me da sua expressão assustada quando sai do carro e a tranquei lá. Fiquei com medo também de as balas tivessem chegado até o carro, não sei. Apenas conseguia pensar nela e nas pimpolhas. Não me entreguei ao sono e a vertigem enquanto não a vi salva. Não faço a mínima ideia de que horas sejam. Quero tanto vê-la, mas sei que ela deve estar em casa, na nossa cama, onde seria muito mais confortável do que aqui. Sinto meu corpo quase dormente e como um imã que nos une olho pro meu lado esquerdo e ela esta lá. Toda coberta com o cobertor branco da cama. Sorrio mais uma vez e caio no sono ao vê-la bem e do meu lado.
6° MÊS DE GESTAÇÃO Foi um mês muito difícil, passei três longos dias no hospital, Alie sempre do meu lado. Minha família sempre por lá também. Depois disso pude vir pra casa. Demorei mais uns dez dias pra conseguir movimentar o braço normalmente, mas depois de algumas sessões de fisioterapia consegui ficar intacto. Ainda não me recuperei completamente dos ferimentos, mas em mais uns dias estarei. Fiz questão de ver o depoimento do homem que atirou em Ravem e em mim. Ele alegou que iria assaltar o banco do lado da loja de Marissa e que se desesperaram quando viram o carro se aproximando. Ravem ainda esta se recuperando, ainda não quis chatea-lo com isso. Ele merece descanso. Jim o motorista de papai esta trabalhando comigo enquanto ele se recupera. Tivemos a infelicidade de cruzar com aqueles sujeitos, mas mesmo assim exigi uma prisão bem longa para o que foi preso e uma boa recompensa pelo que fugiu. Alie me apoiou durante muitos dias, mas também brigamos muito por isso. Ela na verdade aceita bem às vezes, mas em outras simplesmente fica louca e joga na minha cara. Tenho que calcular todos os movimentos e palavras quando estamos juntos. Nos últimos três dias ela esta de ótimo humor, mas só Deus sabe até quando isso vai durar. Ela nunca para de comer, ontem à noite enquanto eu revisava um contrato deitado na cama ela comia um sanduiche de frango, sentada com as costas na cabeceira do meu lado, derrubando migalhas pela cama e folheando uma revista. E ainda me obrigando a segurar um copo de refrigerante, outro pivô de algumas brigas. Hoje é sábado e agora ela está deitada do meu lado virada de costas pra mim. Ela só tem conseguido dormir assim ultimamente. Já que sua barriga esta enorme. Diz que se sente sufocada e está sempre enfadada. Acaricio sua barriga descoberta, é tão inacreditável isso, saber que minhas duas pimpolhas crescem ai dentro desse espaço tão pequeno pra dois. Entrei em pânico ao saber que seriam meninas. Lembrando-me de como me saí com Molly quando estive na casa dos seus pais. Ser pai de meninas me assusta. Já penso na adolescência. Lembrome do seu pai falando da fase de manter os marmanjos longe. Minhas filhas só namorarão depois dos vinte um anos. E ai de Alie se quiser passar por cima da minha ordem. Vou contar com a ajuda dos meus sobrinhos eles vão ser mais velhos e poderão vigia-las, mas não quero sofrer mais ainda por antecipação. Alie só dorme com minhas roupas, diz que são mais confortáveis. Usa minhas calças largas de malha e veste minha camisa cinza folgada que sempre deixa sua barriga toda a mostra no final, e eu amo isso. Sempre acordo durante a noite pra dar uma conferida se ela respira ou dorme bem. Ultimamente não temos saído, sempre ficamos em casa.
Nossos amigos nos visitam muitas vezes. Ah, brigamos também quando eu falo que ela deve parar de trabalhar, não exatamente parar, apenas trabalhar em casa. Ela sempre volta cansada. Seus cabelos loiros caem pelos travesseiros. Eu admiro a beleza da minha mulher, mesmo engordado um pouco e com o barrigão, penso que ainda esta mais linda. Deitado de lado com o cotovelo na cama e a mão segurando o rosto eu olho pra ela. Passo a mão pela sua barriga alisando a devagar pra que não acorde. Eu pretendo dormir um pouco mais junto com ela. Ainda são 08:00am Beijo sua bochecha e deito me aconchegando ao seu corpo... - Toc Toc Toc. Que merda é essa quem esta aqui a essa hora? - Tio Matt! Podemos entrar? – É a voz da Pam. Eu levanto da cama rápido, mas com cuidado pra não fazer barulho. Preciso tira-los daqui antes que a acordem. Chego à porta e abro. Quando abro vejo todos. Dom mexendo no celular, Pam e Abby de mãos dadas sorrindo, Joseph esta movimentando a cabeça olhando pra dentro do quarto, com certeza pra ver se encontra Alie e Ben me olha sorrindo com cara de bobo. - Empatamos seu tody de novo tio Matt? – Ben pergunta ainda com o sorriso faltando um dente da frente. Eu rio pela criança ainda lembrar-se desse termo. Não vejo a necessidade de dizê-lo que o sexo não esta tão frequente ultimamente. - Não Ben, o que fazem aqui? – Pergunto sussurrando. - Viemos passar o fim de semana com vocês. – Só agora percebo que cada um leva uma mochila nas costas. - Não nos culpe tio Matt! Mamãe não precisou de muito pra nos convencer, sabe que amamos vocês! – Abby fala. Espertinha. - É isso ai tio Matt! Mamãe e papai viajaram, vovó e vovô estão fora e tia Marissa esta muito ocupada com o ateliê, só nos sobra o senhor e tia Alie. – Dom me fala. - Ok então, mas não façam barulho a Alie esta dormindo. - Oi Tia Alie! – Ben diz e invade o quarto passando por mim, olho pra trás e vejo-a sentada na cama se espreguiçando com um sorriso de orelha a orelha. - Cadê o beijo da tia? - Como não ama-la? Todos passam por mim e vão pra cama, sobem e a abraçam e beijam um de cada vez, até Dom que já é um adolescente fica bobo com ela. Vou pra lá também, mas só me sobra um cantinho na cama. Alie começa a conversar com eles e eles vão contando as novidades da escola. Já vi tudo! Vão passar o fim de semana alugando minha mulher.
********* ALIE As crianças me rodeiam pela cama e Matt está desolado no cantinho.
- Todos tomaram café? – Pergunto. - Não, mamãe disse que o daqui era melhor. – Joseph responde. Eu rio com o descaramento de Mandy. Mas ela precisa de um tempo a sós com o maridão, ter cinco filhos deve ser enlouquecedor. - Que tal as panquecas deliciosas da tia Alie? - Êeeee- São gritos e palmas coletivas, até Matt grita junto. Faz um tempão que não cozinho. - Quem quer aprender a fazer? - Eu!!! - A tia Alie vai tomar banho e em seguida vamos para a cozinha tudo bem? – Eles fazem que sim com a cabeça. - Vamos lá gente, ta passando Bob Esponja na Nick. – Dom os avisa fazendo gesto com as mãos para que saiam. Eles levantam e vão em direção à porta. – Quando estiver pronta nos chame tia Alie. – Dom avisa saindo com todos. Eu levanto da cama e sigo para a porta do banheiro. Matt continua sentado na ponta da cama, me olha com cara de choro, seu lábio inferior sobressaltando o superior. Eu vou até ele e me sento em seu colo. - Vai chorar bebê? - To com ciúme! - Vem cá meu bebezinho. – Puxo sua cabeça e beijo sua boca devagar e com carinho. – Quer tomar banho comigo? – Ele faz que sim com a cabeça se animando, ando muito indisposta ultimamente. – Você vai ter que se acostumar a me dividir amor, quando as meninas chegarem terei menos tempo pra você. - Eu levanto e ele levanta junto comigo. - Eu sei, mas eu vou estar muito ocupado babando nas minhas pimpolhas. – Ele me abraça de costas e me beija no pescoço. - Já pensou se elas forem miniaturas suas? Seriam tão lindas, loirinhas de olhinhos verdes. – Ele olha pra longe mergulhado em pensamentos. - Eu já acho que serão iguaiszinhas a você. Espero que não tão desastradas se não, vão ser cheia de hematomas. Teremos que contratar uma babá pra cada e não poderemos deixa-las sozinhas por um minuto. - ele segue para o banheiro e eu fico pra trás. - Não seja exagerada Alie! – Ele fala olhando pra mim enquanto anda. Como se pra comprovar o que eu disse ele bate a cabeça na porta quando se vira de frente. Eu rio e ele também. - Ok! Acho melhor que não saiam a mim. Tomamos banho e fazemos amor lentamente, eu de costas pra ele por que de frente não da mais. Matt ainda continua carinhoso, até mais do que era antes. Ao sair eu ponho um vestido azul céu folgado no meio da coxa. Matt veste um short de tecido fino preto e uma camiseta branca apertada nos seus braços. Saímos do quarto de mãos dadas e vamos procurar as crianças na sala de TV. Estão todos lá, sentados alguns nas almofadas e os outros no grande sofá.
- Vamos lá crianças. - eles me olham com seus olhinhos brilhando, crianças adoram cozinhar. E devem estar com fome, já são nove horas. Os levo para a cozinha e Matt vai junto, Norah nos ajuda a cozinhar e acabamos fazendo waffles também. No final comemos bastante, panquecas com mel e geleia de morango. Suco de laranja e chá. No final obrigo todos a ajudarem Norah com a limpeza. Comemos demais e sábado é o dia da preguiça. Se bem que todo dia ta sendo de preguiça pra mim. Vamos para a sala principal. Jogamos banco imobiliário por uma hora. Dom ganha todas e o jogo perde a graça. Matt então faz um convite. - Quem quer ir pra piscina? - Euuuuu. – As crianças respondem. - Trouxeram roupa de banho? - O senhor acha tio Matt, que nós viríamos pra sua casa onde tem uma piscina gigante. – Ele abre os braços pra indicar o tamanho da piscina- sem roupa de banho? – Joseph “o marrentinho” responde. - Ok sabichão! Vamos todos pra piscina então. – ele fala bagunçando o cabelo de Joseph com a mão. Joseph faz a carinha de zangado, mas sorri em seguida. As crianças se levantam rápido e vão se trocar, eu faço o mesmo, visto um biquine preto antigo, mas só a parte de cima que infelizmente deixa as laterais dos meus seios a mostra e um short folgado do Matt, meu Deus, nesse momento me sinto mais que horrorosa. A gravidez não tem sido tão generosa comigo, engordei demais. Na ultima consulta com a Dra. Lana ela disse que engordei só o suficiente, mas acho que ela diz isso só pra eu não ficar mais encanada do que já estou. Às vezes não gosto nem de me olhar no espelho, e cada vez que fico nua na frente de Matt me sinto mal, tenho vergonha e receio de que ele me ache feia, ele já esteve com tantas mulheres bonitas e mesmo ele me elogiando sempre não vou deixar de pensar assim. Matt veste uma sunga verde bem escura. Lindo, sexy e gostoso. Quando vejo que ele é tudo isso, me sinto mais insegura ainda. Posso ver a marca do seu membro nada discreto na parte da frente, e sua bundinha redonda e perfeita. De óculos escuros ele calça chinelos de dedo e com uma toalha no ombro segue para o jardim onde fica a piscina. As crianças vão conosco. Divididas entre agarrar minha mão e a de Matt. Já moro aqui há tempos, mas nunca fui à piscina. E ela é realmente grande, com as bordas de madeira, as arvores e o deck na lateral fazem com que ela fique boa parte na sombra, o que é o ideal pra mim e as crianças. Há um jardim lindo nas laterais, com arvores e plantas diversas o que indica que um bom paisagista passou por aqui. O deck também é todo em madeira escura. Cadeiras artesanais de palha, em formato oval com almofadas brancas, um sofá pra no mínimo seis lugares conjunto das cadeiras e uma mesa de centro de madeira. Alguns vasos de plantas diversas estão espalhados nele. É dia, mas é possível ver as lâmpadas que a noite devem deixar o ambiente mais lindo ainda. A piscina é em formato de L com pontas arredondadas, onde parte menor é mais rasa, creio que pensado para as crianças. Ao redor da piscina há dois bangalôs, um com dossel de madeira e almofadas brancas também, e outro maior com duas redes e um sofá acolchoado branco e uma mesa com oito lugares, para refeições. Ficamos com as crianças no lado mais raso. Eu fico sentada na beira da piscina com as pernas balançando na água. Matt brinca com as meninas um
pouco afastado na parte mais funda. Dom esta no bangalô com o celular nas mãos, esses adolescentes. Vejo alguém sentar do meu lado. Olho pra ver Ben com sua sunga colorida e uma boia do Bob esponja em cada braço. Ele começa a balançar a perna olhando pra Matt e as meninas assim como eu. Joseph esta repetindo o movimento de pular na piscina e depois sair e pular novamente, ele já fez isso no mínimo dez vezes. Olho para o rostinho de Ben e ele esta como sempre sorrindo. Ele olha pra minha barriga com timidez. -Você quer me dizer alguma coisa Ben? – Ele sorri mais ainda. - Você esta tão linda tia Alie! – Eu abro ainda mais o meu sorriso pra ele e o abraço forte. – É verdade que tem duas meninas ai? - Sim meu amor! Duas menininhas. Você quer tocar? - Eu posso?- Ele me olha implorando. - Claro! Vai lá! – Ele com cuidado leva a mão até minha barriga e alisa devagar. - É tão bom! – Ele me diz. – Posso beijar? - Claro! - Eu a noite sempre paro pra pensar e me preocupo um pouco, já estou com seis meses de gestação e elas ainda não mexeram. Fico pensando muitas besteiras em relação a isso. Dra. Lana me tranquiliza dizendo que esse é o período delas mexerem. Mas até agora nada. Talvez o nervoso que passei com o incidente de Matt tenha causado isso, realmente não sei. Matt me chama sempre pra comprar as coisas delas, mas eu acho que ainda esta cedo. Quero esperar até o oitavo mês, também ainda não decidimos os nomes. Mesmo tendo uma pra cada um. Eu quero Laura e Matt quer Barbara, daí eu não gosto do dele e ele não gosta do meu, e assim decidimos parar com a discussão. Já decidimos que elas ocuparão o quarto de hospedes do lado do nosso, mas ainda não decoramos ou compramos os moveis. Por ele já estava tudo organizado, mas não tenho pressa. Ben beija minha barriga com carinho. Depois se afasta. - Opa, são dois beijos, uma pra cada! –Ele ri feliz por poder beijar mais uma vez. No mesmo instante Joseph aparece. - Posso beijar também? - Claro meu amor! – Ele beija e eu digo também que é um beijo pra cada. As meninas vêm nadando rápido pra beijarem também. Matt olha de onde está com aquele grande sorriso lindo que me faz suspirar. Tudo aconteceu tão rápido, tão intenso. Nós namoramos por pouco tempo e eu engravidei. Essa é uma das coisas que me faz pensar que ele talvez queira desistir de estar comigo. Talvez não tenha me conhecido o suficiente. Não sei, apenas me sinto assim as vezes. Ele vem na nossa direção. Dom olha pra nós de onde esta.
- Vamos Dom, sei que você quer também! – Matt diz e Dom sorri e o acompanha. Matt chega do meu lado e alisa com carinho minha barriga. Dom se aproxima ansioso. Olha-me como se pedisse permissão. - Vai em frente Dom! – Ele agarra minha barriga com as duas mãos e beija duas vezes, ele se afasta em seguida sorrindo. - Que tal um abraço coletivo agora? – Abby diz. carinhosamente.
Não respondemos. Apenas nos abraçamos
Matt costuma conversar com minha barriga todas as noites. Na verdade não com minha barriga, com nossas filhas. Ultimamente ele tem chegado um pouco tarde e eu na maioria das vezes já estou deitada. Comigo deitada de lado na cama, ele se ajoelha no chão na minha frente e aproxima a boca da minha barriga. A conversa é um pouco monótona, sempre na terceira pessoa, mas eu rio muito pela situação, é mais ou menos assim: “Boa noite pimpolhas, hoje o papai ganhou muito dinheiro pra vocês, dinheiro pra que nunca falte nada. Quando vocês vierem pra esse mundo louco, nós vamos viajar muito. Vou apresentar o lugar aqui fora, mas só se me prometerem que vão se comportar! Vão ter que esperar até a hora certa, quando estiverem fortes e saudáveis o suficiente pra olhar pro rosto lindo da mamãe e o do papai não tão lindo (eu discordo). Eu sei que ai dentro deve estar apertado, mas falta muito pouco, muito pouco mesmo. Vocês já são muito amadas e a cada dia o papai e a mamãe amam ainda mais. Amo muito vocês! Mais que a vida! Bons sonhos.” “Boa noite pimpolhas, hoje o papai está muito cansado. Teve que aturar alguns portugueses chatos, mas no final deu tudo certo. Hoje a mamãe brigou com o papai mais uma vez, mas nós três já estamos acostumados não é?! Mas não se preocupem, quando vocês vierem pra cá tudo isso vai acabar, Deus espero muito que isso acabe. Às vezes o papai não tem paciência, e acaba levando a serio o que a mamãe fala. Mesmo falando alto ela ainda ama o papai e o papai ama muito, muito mesmo a mamãe. Mamãe sempre esta certa, papai sabe disso. Não se preocupem tudo vai terminar bem. Amo muito vocês! Mais que a vida!” Essa é a minha favorita: “Boa noite pimpolhas, hoje o dia foi muito produtivo. Mamãe não brigou com o papai nem jogou um objeto nele por que ele fez piada com seu programa de TV favorito. Hoje me assustei ao passar de carro e ver um casal de adolescentes na rua de mãos dadas. Sei que vocês não vão decepcionar o papai assim. Também não quero que usem minissaias e aquelas camisas que mostram seu sutiã...” - Matt, elas não vão querer sair se você assusta-las. - Tá bom! – Ele faz que sim e retoma a conversa. “Eu sei que vocês vão querer sair, vão ser meninas comportadas e não vão tirar o juízo do papai. Sei que vocês serão tão lindas e amadas quanto à mamãe. Esperamos por vocês aqui ansiosamente! Amo muito vocês! Mais que a vida!”
Ele então beija a minha barriga duas vezes demoradamente, alisa mais uma vez e me beija na boca. Em seguida deita do meu lado e me abraça. Às vezes quando brigamos o que ocorre muitas vezes ele conta a briga toda, diz para não se preocuparem por que eu estou passando por um momento difícil. Os motivos mais frequentes são o fato de eu ainda querer trabalhar, eu beber refrigerante e comer porcaria (palavras dele) e ele chegar tarde às vezes em casa. Eu sei que ele não me dá motivos pra desconfiar e me liga a cada meia hora pra saber se estou bem. Mas me sinto muito sozinha nessa casa enorme. Acabo assistindo muita besteira na TV, programas que me fazem pensar mais besteiras ainda.
MATT
É tão bom ter muita gente em casa. Nós almoçamos na beira da piscina e passamos a tarde toda por lá. Jantamos na cozinha, Norah fez uma sopa de legumes e as crianças me impressionaram ao comer tudo. Demos banho nos meninos menores e as meninas tomam banho em um dos quartos de hospedes. Organizamos o lugar que eles vão dormir. Que por fim será no nosso quarto. Levamos um colchão grande pra colocar no chão. Assim poderemos dormir todos no quarto, menos Dom, que já é grande o suficiente pra dormir em um dos quartos de hospedes. Acabamos com os dois colchões no chão, pra não haver briga, e claro eu poder dormir perto da minha esposa. Ela esta com minhas roupas, uma cueca boxer preta e uma camisa preta folgada. Eu com uma calça de malha branca e camiseta azul. Todos eles de pijama de calça e camisa de manga longa, todos iguais, mas com bichinhos e cores diferentes. - Tio Matt canta pra gente! – Pam me pede. Alie acaba de contar uma história pra eles. Ela esta em um colchão deitada com Ben e Joseph, Ben com a mão encostada na sua barriga. Joseph fazendo a sua perna de travesseiro. Eu estou sentado com as costas escoradas na parede e Abby e Pam deitadas de bruços a minha frente com os cotovelos no colchão.. - É tio Matt, canta! – Abby reforça. - Se vocês insistem, mas olha que eu não sei se posso fazer, faz tempo que não toco. - Vai lá amor! Sei que você ainda sabe. – Concordo com a cabeça e me levanto. Vou buscar o violão no meu escritório. Passo de frente ao quarto onde Dom esta e vejo-o com o notebook e o celular. Entro no quarto pra falar com ele. - O que você tanto faz ai? - To desenvolvendo um aplicativo de segurança. – Fico impressionado, achei que ele não saia do facebook. – Na verdade, não é bem de segurança, é de monitoramento. - Isso é perigoso? - Não! - Depois falamos sobre isso! Vamos cantar um pouco, se quiser ir!
- Vou já tio! -Só tome cuidado com isso tá! – Aponto para o computador e saio do quarto. Vou para o escritório e pego o violão, faz tanto tempo que não canto que fico ansioso. Nem sei se ainda sei fazer isso. Quando passo de volta Dom me acompanha. Chegamos ao quarto e as meninas sentam para que nós sentemos no colchão. A duvida cruel, que musica cantar. Penso por alguns instantes e resolvo cantar uma animada. Better Together do Jack Johnson. Essa musica é muito bonita, e alegre também, exatamente como me sinto agora. Rodeado de crianças adoráveis e minha esposa linda carregando minhas pimpolhas. Quando toco as primeiras notas, as meninas começam as palmas no ritmo da musica. Eu sorrio e canto olhando pra todos.
Melhores Juntos
Não há uma combinação de palavras que eu poderia por no verso de um cartão postal E nenhuma música que eu poderia cantar, mas eu posso tentar pelo seu coração E nossos sonhos, e eles são feitos de coisas reais Como uma caixa de sapatos com adoráveis fotos em sépia O amor é a resposta ao menos para maioria das perguntas no meu coração Como por que estamos aqui? E aonde nós vamos? E por que é tão difícil? Nem sempre é fácil e às vezes a vida pode ser decepcionante. Vou te dizer uma coisa, é sempre melhor quando estamos juntos.
Hum... É sempre melhor quando estamos juntos Olharemos para as estrelas quando estivermos juntos É sempre melhor quando estamos juntos É sempre melhor quando estamos juntos
E todos estes momentos podem achar seu caminho para meus sonhos esta noite Mas eu sei que eles irão embora quando a luz da manhã cantar Ou trazer novas coisas para amanhã à noite você ver
Que eles também terão ido, tantas coisas que tenho para fazer Mas se todos estes sonhos puderem achar seu caminho em meu dia para a luz do dia Eu terei a impressão de que eu estive entre eles Com somente dois, só eu e você, sem muitas coisas a fazer Ou lugares que tenhamos que ir, agora nos sentaremos sob uma mangueira
É sempre melhor quando nós estamos juntos Nós estamos juntos em algum lugar Bem, é sempre melhor quando estamos juntos É sempre melhor quando estamos juntos
Eu acredito em memórias, elas parecem tão bonitas quando eu durmo E quando eu acordo você parece tão bonita dormindo perto de mim Mas não há tempo o suficiente E não há nenhuma música que eu poderia cantar E não há uma combinação de palavras que eu poderia dizer Mas eu ainda vou te falar uma coisa Somos melhores juntos.
Quando acabo a canção as crianças aplaudem, resolvo cantar uma minha pra Alie. De Jack Johnson também, essa se chama Angel. É mais curta, mas é perfeita. Nessa canção eu a olho nos olhos, dizendo sem nenhuma palavra direta o quanto eu a amo, sem sorrir, fico serio pra que ela entenda a profundidade da musica.
Anjo Eu tenho um anjo Ela não usa nenhuma asa Ela usa um coração
Que pode derreter o meu Ela usa um sorriso Que me faz querer cantar Ela me dá presentes Só com a sua presença Ela me da tudo que Eu poderia desejar Ela me da beijos Só por voltar pra casa
Ela pode fazer anjos Vi isso com meus próprios olhos Tome cuidado Quando tiver um bom amor Por que os anjos Vão continuar Se multiplicando
Mas você está tão ocupada Mudando o mundo Só um sorriso Pode mudar todo o meu Nós dividimos a mesma alma Oh, oh, oh, oh, ohhh Nós dividimos a mesma alma Oh, oh, oh, oh, ohhh Nós dividimos a mesma alma Oh, oh, oh, oh, ohhh
Oh, oh, oh, oh, ohhh Umm, umm, umm, uhhhhhhmm
Alie sorri abertamente pra mim. Quando termino a canção e paro as cordas do violão, Ben da meio que um grito pra dentro de susto e impressionado e Alie se assusta também. Ela sorri e me olha com olhos lacrimejando eu vou para o outro colchão para saber o que se passa. E ela me diz antes que eu chegue até ela. - Elas mexeram amor! - Eu fico tão feliz quanto ela. - Graças a Deus. Eu quero sentir! – Passo a mão na barriga, mas nada acontece. Aproximo a boca.- Papai ta aqui! Vamos lá meninas! – E nada. - Acho que terá que cantar mais uma vez. - Vamos ver se funciona. Pego meu violão e sento do lado de Alie. Estamos os sete num colchão só. As crianças incluindo Dom com as mãos na barriga de Alie e, eu colado nela, pra que assim que elas se movam eu toque a barriga e possa sentir. Então começo outra canção. Canto My Girl’s no plural claro, por que tenho duas filhas, uma esposa e mais as sobrinhas comigo. Canto a versão de The Temptations que é animada.
Eu tenho a luz do sol num dia nublado Quando está frio lá fora Para mim é mês de maio Eu acho que você diria O que pode me fazer sentir desse jeito? Minhas garotas (minhas garotas, minhas garotas)
--- As crianças me ajudam no coro.
Falando sobre minhas garotas (minhas garotas) Eu tenho tanto mel Que as abelhas me invejam
Eu tenho uma canção mais doce Do que os pássaros nas árvores
Bom, eu suponho que você diria O que pode me fazer sentir desse jeito? Minhas garotas (minhas garotas, minha garotas) Falando sobre minhas garotas (minhas garotas)
Ooooh, hooooo
Hey, hey, hey Hey, hey, hey
Ooooooooo yeah
Eu não preciso de nenhum dinheiro fortuna ou fama Tenho todas as riquezas baby Que um homem possa exigir
No meio da musica eles me avisam. - Agora tio Matt! – Pam grita. Eu paro de tocar imediatamente, mas não paro de cantar e ponho a mão na barriga de Alie. E a sensação é inexplicável, dessa vez eu que encho os olhos d’água, eu estava muito preocupado, não deixava transparecer por que Alie também estava. Elas demoraram a se mexer dentro da barriga, mas agora eu sou o pai mais feliz do mundo ao saber que minhas pimpolhas estão bem. Elas se movem com força e rápido no pequeno espaço. Eu agarro a barriga e beijo. As crianças e nós sorrimos e as meninas se movem mais um pouco. - Ok, vamos deixa-las descansar. - Eu digo.
- É mesmo! – Ben concorda comigo. - Uma rodada de sorvete pra todo mundo! – Eu falo levantando a mão como se estivesse em um bar e eles batem palmas e gritam. Alie ri, vejo que ela quer me recriminar por dar sorvete as crianças há essa hora, mas não faz. –Vamos comigo Dom? - Vamos. – Descemos as escadas e preparamos as taças de sorvete de morango, com raspas de chocolate e cereal por cima e muita calda de chocolate. Ponho na bandeja que Dom segura. - Filmei tudo tio Matt! Já mandei pro seu e-mail! - Dom, garoto você é o máximo! – Eu beijo sua testa. Eu realmente queria uma gravação desse momento. Nós subimos de volta e todos tomamos sorvete. Alie os obriga a escovar os dentes mais uma vez e eles fazem reclamando um pouco. A semana será um pouco corrida pra mim, no total vou passar cinco dias em Tóquio juntando com o tempo dos voos. Nós marcamos o chá de bebê que os amigos de Alie insistem em fazer para o próximo sábado, só vou chegar no dia então não vou ajudar a organizar, mas estarei presente. Convidamos todos os amigos. Alie não quer comprar nada para as pimpolhas agora, mas eu já pedi a Jack que projetasse os moveis para o quarto onde elas vão ficar. Inclusive já está vazio e pintado de branco. Queria muito conhecer o cara que pintou o quarto e o escritório de Alie, seria muito perfeito ter um quarto cheio de desenhos. Todas as crianças dormem e eu vou até Alie pra conversar com as meninas. Hoje como ela não está na cama, esta em um colchão eu me sento e abaixo a cabeça me aproximando da sua barriga. “Boa noite pimpolhas. Espero que o dia não tenha sido tão cansativo pra vocês quanto foi pra mim e mamãe. Hoje conheceram os priminhos que vão ser seus melhores amigos, sei disso. Só não me perguntem como. O papai na verdade queria apenas dizer que está muito contente por terem sido sapecas hoje. Fiquei muito feliz ao sentir seus movimentos dentro da mamãe. Vocês são boas garotas. Estamos esperando vocês aqui fora. Mas lembrem-se, ainda não esta na hora de saírem. Papai ama muito vocês! Mais que a vida!” Ao terminar de falar beijo à barriga de Alie duas vezes e passo a mão com carinho. Lembro-me de perguntar sobre quem fez a arte na casa e no escritório dela. - Amor, você tem o telefone do homem que fez a arte na sua casa e no seu escritório? - Sim, é o mesmo que o meu! - Hum? - Fui eu quem pintou Matt! - Serio? - Claro que sim!
-Ficaria perfeito no quarto das meninas, mas seria impossível. Você esta grávida e tintas não fazem bem pra você! - Na verdade já existem tintas pra isso, então acho que seria possível. - Acho melhor não Alie! - Tá bom, hoje eu não quero discutir com você! - Que bom. Tivemos um ótimo dia. – beijo sua boca e vou para o meu lugar no colchão ao lado. Estico minha mão pra que toque a dela. A semana vai ser muito difícil sem ela. No domingo as crianças vão embora logo após o café da manhã. Nós então assistimos filmes e passamos o dia em casa. Como sempre. Nossa rotina tem sido essa. Na segunda me despeço dela logo cedo. Ela ainda dorme. - Meu amor! – beijo sua boca enquanto ela dorme. Ela não reage então beijo a boca mais algumas vezes e depois as bochechas e a testa. Ela começa a despertar sorrindo. – Já estou saindo. – ela faz que sim com a cabeça. - Promete que vai se comportar? - Prometo! – ela me diz. Passo então as recomendações; nada de comer porcaria ou ficar acordada até tarde. Não falar com estranhos e não trabalhar demais. - Ah Milla e Maison vão dormir aqui a semana toda. Assim podem ajudar você a organizar o chá. - Tudo bem! – ela me diz com carinha de triste. - Você esta linda esta manhã! – Digo isso todos os dias logo cedo. - Obrigada. Vou sentir sua falta! - Ela me diz e suspira. - Eu também meu amor! Vou morrer de saudade. – Dói no coração passar tanto tempo longe. Mas eu já estou negociando com aqueles safados de olhos puxados ha muitos meses e ainda não fechamos nada. No jantar que fomos não foi nada resolvido e as teleconferências não tem sido proveitosas. Vou passar a semana lá pra conhecer as instalações, ainda não pude ir por causa do incidente. - Não morra! – Ela me diz sorrindo, mas sem alegria. Droga. Uma semana é muito tempo sem ela. - Vamos nos falar pelo Skype todos os dias e eu vou ligar também pra saber como vocês estão. – Ela faz que sim com a cabeça. Beijo sua boca com carinho e me despeço das minhas filhas com dois beijos na barriga de Alie. - Cuidem da mamãe! – Digo para a numero um e pra numero dois. – Se cuida amor. - Pode deixar papai. – Dou mais alguns beijos e preciso ir embora ou perco o avião.
ALIE
E ele se vai, não posso deixar de chorar por causa desses hormônios. Não é sempre que vou trabalhar nas segundas. Só íamos eu e Amanda mesmo e geralmente íamos quando havia algo importante pra fazer ou alguma reunião. Resolvo não ir a Mac e dormir até tarde. Acordo com Teph e Milla chegando ao quarto. - Bom dia mamãe! – Teph fala primeiro, mas Milla é mais rápida e me abraça e me beija. - Bom dia! - respondo enquanto ele me abraça. - Então, temos ordens expressas de não deixar você na fossa. – Milla diz. Eu rio. - Não estou na fossa. - Mas vai ficar. Temos que organizar tudo para o chá. Temos que mandar os convites hoje. – Teph explica. E assim depois que tomo banho e visto mais uma vez uma roupa de Matt tratamos dos convites. Não é que eu não tenha roupas que caibam, mas é que me sinto mais confortável com as dele. E sem ele aqui posso sentir o cheiro dele em mim. Milla esta linda como sempre de calça jeans preta e camisa polo branca. Teph de calça colada vermelha e camisa preta. Marissa nos liga avisando que vem almoçar conosco. Ela chega à uma da tarde, de vestido azul marinho colado ao corpo ela esta perfeita. Milla e Teph já a tem como uma grande amiga assim como eu. Agora estamos todos na sala do andar de baixo sentados no tapete e comendo bolo de carne com molho e torradas. - Então teve noticias de Elijah? – Pergunto a ela. - Você quer mesmo falar daquele idiota? - Claro! – Teph responde por mim. - Não o vi desde aquele jantar. Nem se quer uma ligação, ou um e-mail, uma cutucada no facebook, ou uma mensagem no whats. - Poxa! – Milla diz. – Achei que ele estivesse interessado. - Eu também. – Digo. - Mas ele não esta meninas, - Teph fica alegrissímo quando falamos assim entre nós. - ele não quer namorar ou qualquer coisa que envolva mais de uma noite. - Mas não fica assim amiga, vamos achar um homem lindo e sexy pra você! – Eu digo e eles riem. - Fala pra ela do Doutor do amor Marissa! – Eu franzo a testa e rio. - Aff, é o Dr. Dashwood, ou como ele disse pra chama-lo: Lucas. - Hum, lembro-me dele. Mas o que aconteceu? – Como se esquece dum homem daquele? Loiro, alto, olhos azuis pequenos e muito músculo nos ombros costas e braços. Não reparei isso de
imediato, reparei quando realmente consegui ficar tranquila e perceber que estava tudo bem e estávamos saindo do hospital. - Nada! Tomamos café juntos algumas vezes quando fui visitar Matt. E ele me liga às vezes, mas está sempre ocupado com o hospital então é só isso. - Tem certeza que você não quer insistir com o Elijah? – Milla pergunta. - Com aquele fudedor de corações? Não mesmo! Elijah não me quer gente, ele viu que não rolaria uma trepada sacana e foi embora. - Ele deve ser um fudedor de excelente qualidade. – Nós rimos com a piada de Teph. E ele continua. – Eu o deixaria fuder meu coração, e tudo o mais que ele quisesse. – Nós rimos mais ainda. E sinceramente, acho que o coração de Marissa esta completamente fudido. Organizamos tudo no almoço e preparamos os convites. Convidamos todos os amigos das duas famílias, e também alguns colaboradores e clientes. Meus e de Matt claro. O dia passa rápido, e Matt me liga uma vez pra saber como estou e também falar com Milla e Teph. À noite vamos conversar por Skype. Fico olhando algumas noticias, enquanto ele não me chama. Disse que tinha uma reunião e assim que voltasse para o hotel me chamaria. Ainda nada de noticias de Josephine, Matt ganhou o processo e conseguiu que ela pagasse uma espécie de pena comunitária. Teve que trabalhar em uma escola publica por dois meses. Imagino que tenha sido infernal pra ela. Conseguimos também a restrição com uma distancia de quinhentos metros pra cada. Espero que Marissa não veja essas fofocas com frequência, já que Elijah ocupa a maioria. Sempre com o titulo de solteiro mais cobiçado do país. Sempre em festas e baladas. Não sei como ele consegue tempo pra administrar os hotéis. Meu notebook começa a fazer os sons da chamada e me alegro rapidamente por que sei que vou olhar pro seu rosto. Atendo a chamada e sua imagem aparece na tela. Vestido com uma camisa branca e uma gravata lilás que ele já afrouxou no pescoço. Ele esta com um grande sorriso no rosto, mas de repente fica serio. - Dá pra você tirar esse computador de perto de você? - Mas como vou ver você. - Alie coloque a uma distancia de no mínimo um metro, você ainda vai me ver e me ouvir. Já disse pra você que isso não faz bem pras meninas. - Eu esqueci. - Meu amor, por favor. Tente não se esquecer dessas coisas. - Tudo bem não farei mais. - Obrigado. – Eu tenho que me render afinal ele tem toda razão. Ponho o computador longe de mim e coloco meus óculos que ficam no criado mudo do lado da cama. Preciso vê-lo direitinho e já devia estar usando pra ficar no computador. - Você esta linda amor! – Eu sorrio, sei que não estou na verdade. Sei que ele fala só pra me agradar. Como ele pode achar linda uma mulher gorda, com manchas na pele, assanhada e com roupas masculinas? Eu sei é impossível! Não quero começar uma discussão.
- Senti muito a sua falta hoje. - Eu também meu amor. Então conto meu dia pra ele, sobre os preparativos e convites do chá de bebê. E ele me conta sobre seu voo e que leu um livro sobre nomes de bebês e seus significados na viagem. Diz que viu a possibilidade de mais algumas aquisições em Tóquio e que até acha que poderia resolver antes que a que esta em andamento. Uma das ofertas é de uma montadora de carros. Não sei se quero isso, afinal será mais tempo longe de mim. - Onde estão Milla e Teph? - Foram namorar, mas já devem estar voltando. – Então conversamos sobre muitas coisas, sobre a campanha nova de uma grife de roupas masculinas que vamos fazer na Mac. - Como será essa campanha? - Não sei. Talvez homens fortes e lindos de cueca. Não sabemos bem ainda. – Ele aperta os olhos. - Não quero que participe disso. Esse negocio de escolher os modelos essas coisas. - Vou ter que participar amor. – Ele solta o ar dos pulmões. - Falaremos sobre isso depois. Agora tenho que ir. - Tudo bem. - Não durma muito tarde, Milla vai dormir na cama com você, já conversei com ela. - Não vejo necessidade de ela dormir comigo. - não quero que você durma só. Converse com as meninas por mim. - Ok, boa noite amor. - Boa noite fada. Amo você. Mais que a vida. - E eu amo você. Muito. – Acho que como um espelho, refletimos a mesma cara de tristeza um do outro. Olho fixamente pra ele e a tela volta pra o que eu via antes. Não choro dessa vez. Tomo banho e me deito. Sinto quando algumas horas depois Milla deita do meu lado. Mais algumas horas depois ouço seu telefone tocar na madrugada. Ela atende. - Oi. – O silencio da madrugada me deixa ouvir o que falam do outro lado da linha. - Esta na hora de dar uma olhada nela. Veja se respira bem e se seu coração esta normal. Veja também a temperatura do seu corpo. – Eu rio sem som. Milla poe a mão no meu peito pra ver minha respiração. Em seguida segura meu pulso pra checar o coração. Depois segura à mão por alguns segundos no meu pescoço e em seguida na minha testa. - Tudo ok, paizão. - Tem certeza?
-Claro Matt, posso dormir agora? - Pode sim, desculpe Milla. - Tudo bem Matt, queria um pai assim pros meus filhos. - E você vai encontrar. - Espero que sim, boa noite. - Só mais uma coisa. Quando for dormir alise sua barriga, as meninas estão acostumadas e... - Boa noite Matt. – Ela desliga o telefone sorrindo. E faz o que ele disse. Passa a mão na minha barriga. Sua mão não ocupa nem a metade do espaço que a de Matt costuma ocupar, mas é melhor que nada. Pego no sono rapidamente. Lembrando-me da sua voz e do seu cheiro maravilhoso.
Na terça vou pra Mac, mas está tudo muito tranquilo então dou uma missão pra Jim, e vou passar à tarde em casa. A noite converso com Matt pelo Skype e ele novamente liga pra Milla na madrugada para lembra-la de me checar. Na quarta, trabalho muito, começamos a campanha da grife masculina e recebemos uma proposta de uma concessionária. Vamos pegar o trabalho claro. A Mac cresce mais a cada dia. Teremos que contratar mais gente se continuarmos assim. À noite a mesma coisa, mas não consigo evitar chorar ao olhar o rosto lindo mais perfeito do mundo do meu esposo. E a sua cara de tristeza me faz chorar mais ainda. Ele liga pra Milla pra dar as instruções como se Milla já não tivesse decorado tudo. Teph dormiu conosco hoje também. Disse que eu estava muito triste e não me deixaria só. Na quinta almoçamos todos juntos na empresa e falamos sobre as próximas campanhas. Falo com Matt no mesmo horário a noite e novamente choro e dessa vez é mais desesperador ainda. Ele diz na conversa que fechará negocio com a montadora e que está muito empolgado com a empresa de tecnologia, mas não vai ser dessa vez que fecharão contrato. Ele liga pra Milla na madrugada. Mesmo ela dizendo que já sabe como fazer. Na sexta estou mais arrasada de saudade, temos uma reunião com Elijah e ele me convida pra almoçar. Nós vamos para um lugar de comida natural e o seu argumento é: - Talvez Matt não mande me matar por eu te trazer em um lugar saudável. – Matt já não se incomoda tanto com Elijah. Infelizmente não posso trabalhar com as roupas do meu esposo. Então estou de vestido longo preto com mangas curtas. Um colar longo dourado e uma sapatilha com estampa de onça. Elijah esta diferente do normal, que chamamos de perfeito. Veste uma camisa branca gola V e um blazer cor de abobora com uma calça azul bic. Sapatos vermelhos. Esse não é o estilo normal dele. Quando sentamos-nos à mesa tento entender. - Ta acontecendo alguma coisa com você? - Como assim?
- Você esta fashion hoje. – Ele ri. - Fashion? - Sim, fashion. - Na verdade dei uma mudada. - Por quê? - Por nada, apenas pra ficar diferente. - Seria por causa de certa estilista? - Que estilista? – Pensa que eu sou idiota. Sei que ele percebe na hora que falo de Marissa. Também sei que ela é o motivo desse almoço. - Vamos parar com esse jogo. Acho que já somos amigos suficientes pra conversar sobre isso. – Ele passa os dedos pelo cabelo nervoso. - Eu não sei Alie, ela não sai da minha cabeça. Eu só penso nela. Tento ficar longe, mas não consigo. Todos os dias entro na sua pagina do facebook. – Eu rio. – no mínimo duas vezes. - Acho que você está apaixonado Elijah. - Claro que não. Tenho tesão por ela.- Agora eu gargalho. - Ta na hora de você crescer Elijah. Um homem não muda a maneira de se vestir por uma mulher. E eu quero que saiba que Marissa não admira homens que se vestem colorido. – Agora é a vez dele de rir. - Não? - NÃO. MESMO. - Como ela esta? - Muito bem. - Esta namorando? – Penso se digo a verdade ou minto. Escolho a verdade. - Ainda não, mas fique sabendo que não faltam candidatos. Acho que ela anda trabalhando muito ultimamente. - Entendo. - Acho que você devia adiciona-la no facebook. - não consigo. Tenho medo que ela ache que eu quero algo mais serio e eu não quero engana-la. - Então nada vai mudar Elijah. – Ele não diz nada por alguns minutos, mas depois entra em outro assunto e nós rimos e conversamos. Elijah é um cara legal, é divertido e sincero, mas apenas com o que não envolve Marissa. Ele tenta enganar a si mesmo.
Falo com Matt bem mais cedo e choro mais uma vez, conto que almocei com Elijah e ele me diz que já sabe. Diz que saiu em todos os jornais de fofocas. Ele não lê fofocas, mas disse que está nas primeiras paginas. “Esposa de ex-solteiro mais cobiçado do mundo encontra com o garanhão que tem o titulo atual” Acho que muitas mulheres do mundo sentem inveja de mim. Milagrosamente Matt não fica chateado, parece que realmente aceita bem a minha amizade com Elijah. Falo pra ele o que Elijah e eu conversamos sobre sua irmã e as outras coisas. Ele decide não opinar. Também me fala que chega amanhã pela manhã. E isso me anima. -Estou com tanta saudade. - Eu também. – Eu digo a ele. Mas amanhã já vamos nos ver. E mataremos a saudade. O chá de bebê vai ser à tarde, esta marcado para as 4:00pm. Vai dar tempo de ele nos ajudar com o resto das coisas. Minha família vai vir logo cedo. Junto com a dele. Espero que ocorra tudo bem.
MATT Depois da ultima reunião adianto o Maximo possível o horário do meu voo. O resto de mim ficou em Miami há uma semana. Sinto-me pela metade, parece até que sempre tive Alie comigo. Mesmo brigando sempre sinto tanto a sua falta. Depois de 8 horas de voo chego em casa na madrugada. São exatamente 04:10 da manhã, deixo minhas malas na entrada e vou por nosso quarto. Milla fez como pedi e não dormiu aqui hoje. Abro a porta do quarto devagar e lá esta ela. Virada de frente pro meu lado da cama com um travesseiro entre as pernas, um na cabeça e outro encostado na barriga. Às vezes dormimos nessa posição também. Claro com meu corpo no lugar dos travesseiros. Alie é tão perfeita. Mesmo almejando tudo isso pra mim muito antes de conhecê-la, sinto-me tão bem apenas em vê-la, é como se jamais tivesse imaginado tal felicidade. Saber que tenho uma esposa maravilhosa que me ama, me apoia, é forte, ainda e me dará duas filhas de uma vez só. Nunca pude imaginar tanta perfeição pra minha vida. Tiro a minha roupa e fico só de cueca. Não quero acorda-la, quero apenas sentir o calor do seu corpo. Então deito no meu lado da cama e tiro os travesseiros dela e me ponho no lugar. Ela passa a mão no meu peito e cheira minha pele. Observo atento quando ela sorri com todos os dentes ainda de olhos fechados. - Amor? – Ela fala sonolenta e é a minha vez de sorrir. - Sim. – Ela então abre os olhos e beija meu peito ainda sorrindo. Levo minha cabeça até a sua e a beijo devagar, provando cada detalhe do seu sabor. Minha Alie. Sinto tanta saudade de aperta-la em meus braços, desde que sua barriga cresceu não fiz mais. Tenho medo de machuca-la. É engraçado como pequenas coisas nos fazem tanta falta. Senti falta até mesmo de deitar na mesma cama. Tiro a sua camisa, na verdade a minha camisa pela sua cabeça. E olho em seus lindos olhos verdes e eles brilham assim como os meus. Desejo-a do mesmo jeito. Sinto a mesma atração que sentia há um ano. A amo tanto que chega a doer. Volto a beija-la devagar passando a língua
pelos seus lábios carnudos. Aprofundo o beijo e sinto o gosto salgado das suas lagrimas. Tiro minha boca da sua e comprovo que ela realmente chora. - Estou aqui meu amor. - Estou feliz que esta. Puxo sua cabeça com as duas mãos e volto a beija-la, senti falta da sua boca, dos seus olhos, do seu cheiro, de tudo. Desde que casamos nunca passamos tanto tempo separados. E sei que ela sofreu tanto quanto eu. Temos que ficar de lado de frente um pro outro por causa da barriga. Solto sua boca e beijo seu pescoço com carinho. Desço para os seus seios e beijo com cuidado, passo a língua devagar, depois sugo e em seguida mordo o mamilo devagar. Ela geme alto. Passo por sua barriga e a beijo também. Desço a cueca que ela usa pelas suas pernas e anseio provar o seu sexo. Passo a língua pelos lábios com o desejo e a saudade. Sua pele rosada brilha e eu baixo a minha cabeça. Levanto sua perna direita e ponho sobre o meu ombro. Mesmo com ela de lado tenho um ângulo perfeito. Beijo a lateral de sua coxa e em seguida me aproximo mais do seu centro. Ela espera que eu a toque mais não faço. Sopro devagar e ela geme de frustração. Não deixo ela completar o gemido. Preciso senti-la. Toco meus lábios na parte logo acima da sua fresta e em seguida passo a língua por toda a extremidade da sua abertura. Repito mais algumas vezes aumentando o ritmo. Seu corpo treme. Seguro seu clitóris com os lábios e chupo a enlouquecendo. Passo a língua com força e rápido no lugar sensível. Mais alguns segundos e ela goza na minha boca. Beijo seu sexo até ela acalmar a respiração. - Fica de quatro pra mim! – Ela me obedece. Essa é a melhor posição pra nós. Beijo suas costas com carinho. Tiro minha cueca e me posiciono na sua entrada. Sem parar de acaricia-la em nenhum momento empurro meu pau pra dentro dela. Ela esta mais apertada ainda, mas deslizo fácil por causa da sua excitação. Gemo como um animal por senti-la novamente. Quando empurro tudo, ela joga a cabeça pra trás. Com a mão direita toco seu seio e com a esquerda acaricio seu clitóris. Aumento as estocadas e depois de penetra-la mais algumas vezes, ela tem um novo orgasmo. -Matt. - Ela chama meu nome e nesse momento gozo também. Ainda ficamos assim por um tempo eu beijo as suas costas demorando e seu pescoço também. Saio de dentro dela e ela deita na cama como estava antes. Eu vou pro seu lado e ela passa uma perna sobre a minha e a cabeça no meu braço. Ponho minha mão em cima da sua. Dormimos juntinhos como de costume. ----------------------------------------------------
Acordo as 9:00am, vou até a cozinha e peço a Norah pra preparar ovos com bacon pra Alie. Mas só hoje. - O pessoal da decoração deve chegar em uma hora. Teph e Milla ligaram e devem estar chegando a qualquer momento. - Obrigado Norah.
- Ah e os pais de Alie vão vir pra almoçar. - Ok, deixe-me ir antes que ela acorde. Pego a bandeja com suco e os ovos com bacon pra levar pra ela. Entro no quarto e ela ainda dorme profundamente. - Fada. -Hum. - Acorda amor. – Ela abre os olhos devagar e sorri. Solta um suspiro preguiçoso. – Trouxe ovos com bacon. - Serio? -Serio! – Ela levanta sentando na cama cobrindo os seios com um lençol. Rio ao ver ela engolindo saliva olhando pra bandeja. - Só hoje ta?! - Uhum. Ponho a bandeja com suas pernas no meio. E ela come. - Então como será o chá de bebê? Ela come como um ogro e me conta tudo. As pessoas convidadas, a decoração, a comida e eu vou confirmando que entendi com a cabeça. Milla e Teph chegam invadindo nosso quarto. Alie ri e eu consigo ver Teph se abanando por me ver sem camisa. Rio também e ele fica não fica sem jeito. Eles começam o papo de mulherzinha e eu vou tomar banho. Quando saio do quarto olho na janela e a loucura esta feita. Homens andando pelo jardim com tendas e mesas. Flores espalhadas pelo lugar. Muito rosa em tudo. Tenho que me acostumar com isso. Preciso comprar umas coisas então terei que sair. De calça jeans azul, camisa gola V branca, boné azul marinho e converse preto. Aviso a Alie que tenho coisas pra resolver e ela nem se importa por estar ocupada aviso que não vou almoçar em casa. Cumprimento seus pais e seu irmão que já chegaram. Vou à garagem e resolvo ir no Lamborghini, talvez ela precise de Jim. Ponho meus óculos de sol e levanto a capota. Sigo o caminho de pedra que vai do jardim até a saída da casa sentindo o sol penetrar a minha pele vejo Alie. - Hey, hey hey bonitão. – Alie diz um pouco distante de mim. Eu olho sem entender absolutamente nada. - O que foi? – Pergunto parando o carro do seu lado ela esta com uma fita nas mãos. - Você não vai sair nesse carro! - O que que tem esse carro? - Você já chama atenção demais sem ele. - Não posso levar Jim, por que você talvez precise dele.
- Vá no meu. - Eu já tirei esse da garagem Alie. - VOCÊ NÃO VAI NESSE CARRO! – Solto ar pelos pulmões. Não vamos brigar hoje. - Sim senhora. - Dou a volta pra levar o carro de volta pra garagem. - E sem piadas. – Ela diz e eu levanto as mãos tirando-as do volante em sinal de rendição. Nick passa por mim com uma caixa nas mãos. - Pau mandado. – Num gesto masculino educado mostro meu dedo do meio pra ele. - SEM BRINCADEIRAS NICK. – Alie grita com o irmão. Olho pelo retrovisor e ela esta com uma mão na cintura esperando o irmão ir até ela. - Ela vai me deixar louco. – Ele me diz. Eu rio, por que ele esta há menos de duas horas com ela e já esta assim. - Não a deixe trabalhar muito. - Não deixarei. Troco de carro na garagem e sigo para Lincoln Road, a avenida com mais lojas e restaurantes da cidade. Almoço com Billy, Jeremy que chamamos de Jer e com Paul, são diretores da Heaven que também vão estar no chá. Volto pra casa as 2:00pm. Encontrei tudo que procurava. Trouxe algumas coisas comigo e outras virão entregar durante a semana. Comprei coisas pro quarto das meninas. Talvez Alie brigue comigo por fazer sozinho, mas esse é o meu presente pra elas. Quando chego em casa tudo está decorado. Nosso jardim todo em cor de rosa, com fitas, flores e tecidos. Mesas grandes enfeitadas com coisas de meninas, bonecas de pano, ursos e fraldas rosa com branco. Não achei que Alie gostasse de rosa, deve ser influencia do Teph. Deixo o carro na garagem e entro na casa. Estão Alie, vovó, Fan, Frank, Nick, Teph, Marisssa, Milla e até Maison. Todos na cozinha. Alie me metralha com os olhos logo que me vê. - Olá. Todos me cumprimentam. Aproximo-me de Alie e beijo sua testa. - Você já almoçou? - Sim. Almocei com o pessoal da empresa. Acompanho o restante da conversa. Marissa fala sobre o sucesso da sua marca, e ainda diz que vai pagar a minha parte do negocio. Não faço questão da minha parte. Quis ajuda-la sem pensar em retorno. Quando o almoço acaba, eles vão pras suas casas e a família de Alie para seus devidos quartos de hospede. Ela resolve dormir e pede que eu a acorde as 03:00pm. Enquanto isso eu descarrego o carro e levo as coisas para o quarto reservado pras pimpolhas. Comprei a Ferrari dos carrinhos de bebes. Um carrinho para gêmeos, poderemos carrega-las uma de lado com a outra, de frente ou até uma atrás da outra. É só encaixar.
Comprei uma poltrona pra amamentação e o travesseiro para o pescoço. Comprei também um travesseiro que parece uma minhoca gigante, a vendedora disse que é o mais confortável pra mulheres grávidas. Comprei colchas e fronhas para os berços. Alguns ursos e bonecas pra decorar o quarto. A vendedora disse que quando elas crescessem iriam adorar os brinquedos. Comprei um sofá acolchoado e uma espécie de cama de apoio. Que são os artigos que a loja mandará entregar. Tudo da cor branca pra combinar com os berços e painéis que encomendei a Jack. Comprei a babá eletrônica também. E aquelas coisinhas que ficam penduradas no berço, a vendedora disse que elas ajudam a dormir. A vendedora muito simpática me deu de brinde algumas luminárias. Talvez o brinde seja por que comprei quase cem mil na loja. Carrego as coisas até a porta do quarto e quando tenho tudo no corredor abro a porta. Meu queixo cai, quero gritar com ela por ser teimosa e ter pintado o quarto, mas não vai adiantar brigar e está tudo tão lindo. Na parede que dá para o jardim e onde fica a janela esta pintado o céu azul com nuvens brancas . Nuvens tão lindas que realmente parece o céu. - Gostou? Olho pra trás e lá esta ela, de braços cruzados encostada a porta, me fita com ansiedade pela resposta. - Amei. Está perfeito. Melhor que imaginei. – A abraço e beijo. Mostro a ela as coisas que comprei, ela também não briga, mas também não lhe disse quanto gastei. Ela nunca quer saber disso. Tomamos banho e nos vestimos para o chá de bebê. Alie de vestido verde escuro com seus lindos cabelos agora maior ainda solto sobre as costas. Uma sapatilha preta e maquiagem suficiente pra deixa-la mais perfeita ainda. Eu visto uma calça caqui com um suéter azul claro e camisa branca por dentro. “Super cara de pai, e eu amo disso.” É o que Alie diz quando me vê. Nossos convidados começam a chegar, cada um com dois presentes. Acho estranho, mas não comento. Meus parentes são os primeiros a chegar. Nossos amigos chegam logo em seguida e todos se vestem mais casuais. Elijah chega e nos cumprimenta. Franzo a testa ao vê-lo um pouco diferente do habitual. Veste uma bermuda xadrez amarela, com um suéter preto e uma camisa branca por dentro. Calça um converse vermelho. Não comento sobre o quanto ele esta ridículo. - Matt você parece um pai. - E você uma gazela. Pensei em dizer, mas preferi não. - Fazer o que, são os sintomas. – Ele me entrega seus dois presentes. A curiosidade não em deixa esperara mais. - Por que você trouxe dois presentes? - Algumas pessoas costumam fazer isso nos chás de bebês. Abra os dois. – Eu abro. No primeiro pacote tem dois vestidos de cor lilás com flores brancas, de muito bom gosto por sinal. Ok, tudo bem. Próximo presente. Abro e vejo dois suéteres minúsculos brancos com alguma coisa escrita. - Esse é o primeiro. – Ele aponta pra um dos suéteres. Levanto a coisinha minúscula e vejo a frase: “Herdamos o sorriso e a simpatia da mamãe” Ele aponta para o outro.
“E o dinheiro do papai” Eu queria ficar chateado, mas é impossível. Eu gosto desse cara. O encaro. - Sem stress Matt, esse ainda é o primeiro que você olha.- Eu rio. - Tranquilo Elijah. - Vamos tomar uns whiskys qualquer dia desses? - Claro. Ele então se afasta e vai para a mesa de coquetéis. Todos chegam e ganhamos muito presentes.
MARISSA Ficou tudo tão lindo. Alie e Matt estão muito felizes assim como o resto da família. Lucas me convidou pra jantar ontem à noite, mas preferi recusar, não sei se gosto dele, ele é um homem bom e tudo, mas não sei. Sento-me em um dos bancos do jardim da lateral da casa. Apenas pra espairecer um pouco. - Como vai Marissa. – Oh Deus, qualquer um, menos Elijah. Viro-me para a voz e o vejo. Mas que merda é essa. Caio na gargalhada é inevitável. Finalmente consigo falar. - Como vai Elijah. - Vejo que esta de bom humor. – Ele senta no banco ao meu lado e seu cheiro me deixa tonta. - Impossível não ficar com você vestido assim. - Muito engraçadinha. - É sério quem te vestiu? Sua mãe? - Não, até mesmo por que ela esta morta. – droga. - Desculpa Elijah, eu não sabia. - Não se preocupe, faz muito tempo. – Eu me sinto a maior idiota de todas e ficamos calados por alguns minutos.
ELIJAH
Ela esta linda vestida de branco. O vestido é colado ao corpo, deixando suas curvas a mostra. Não me importo com o que ela disse sobre minha mãe me vestir. Foda é que eu achei que ela gostaria de me ver assim. Vi essas roupas em uma revista de moda. Resolvo quebrar o silencio. - Então, nada de sexo casual ainda? – Sou direto, quero saber. - Você algum dia vai deixar de ser idiota? - Talvez quando nós transarmos. – Ela abre a boca em um O. - Esquece Elijah. Você não vai ter isso de mim! – Ela vira o rosto pra mim e eu a agarro pra beija-la, fazia algum tempo que não a via e ter seus lábios nos meus é como a explosão de fogos em quatro de julho. Depois de um tempo consegui levantar o menino aqui que carinhosamente o chamo de Alexandre “o grande”, mas o sexo não é mais o mesmo. Preciso transar com ela pra que essa loucura acabe. Invado sua boca com a minha língua. Ela me responde o que me deixa mais excitado. Solto o beijo de repente e olho pro seu lindo rosto, ela continua de olhos fechados. - Eu sei que você me quer Marissa. Podemos sair daqui agora e ir pra minha casa. Preciso enfiar meu pau em você. – Pelo seu espanto percebo que escolhi as palavras erradas, mas antes que conseguisse me retratar sua mão estava no meu rosto. - Seu filho da puta! – Ela levanta, eu passo a mão no rosto. Ta doendo pra caralho. Essa desgraçada bate forte. - Espera Marissa. - Não venha atrás de mim ou eu mato você. – E pelo jeito que ela me olha vejo que ela é totalmente capaz de fazer isso. Agora que ela não me dá mesmo!
ALIE Ganhamos muitos presentes e tudo ocorreu muito bem. Elijah, Maison, Ralf e Matt conversam a tarde toda. Fechamos o ciclo de amigos. As 10:00pm todos já tem ido embora e ficamos só a família e os amigos mais íntimos. Estou sentada em uma cadeira tirando a sapatilha, vovó, Milla e Teph estão comigo. - Minha filha essa festa é o paraíso. – Vovó fala olhando pra mesa onde eles estão. - Que bonitinho vovó. – Milla diz distraída. - Não é isso Milla. Quero ver esses homens nus. – Milla arregala os olhos e nós caímos na gargalhada. Vovó anima qualquer fim de festa. - Pegaria até aquele que é gay. - Quem Ralf?
-Não, o moreno de xadrez. – Nós rimos mais ainda. - Ele não é gay vovó! – A respondo. - Não? Ele esta tão fashion. – Nós rimos mais ainda.
A decoração é removida no domingo pela manhã e rimos muito ao desembrulhar os presentes. Cada coisa mais engraçada que a outra. Ganhamos chupetas com dentes grandes. “Frases como “Ctrl- C e Ctrl-V” e ”Eu fui planejada” e “Mentira ninguém foi”. Amei todas as coisas, não sei se elas vão usar. Chegam mais coisas da loja que Matt foi no dia anterior. Desconfio que ele tenha gastado uma fortuna. Mas não reclamo, ele já desperdiçou mais. Jack vem deixar as coisas e o quarto fica completo. Os berços de madeira com detalhes de flores em alto relevo. E alguns painéis como uma espécie de prateleiras, colocamos os ursos que Matt trouxe e fica tudo muito lindo. Mandamosas roupas que ganhamos pra lavanderia pra que possamos guardar.
7° MÊS DE GESTAÇÃO - Você pode, por favor, parar de balançar essa droga de pé! – Esta é ela reclamando por que balanço meu pé enquanto estou deitado com as costas na cama, meus braços estão cruzados na frente do meu corpo. E eu balanço o pé impaciente. Não é que eu esteja sem paciência é que ela esta tão distante de mim ultimamente. Ela esta deitada agarrada a droga de travesseiro que eu cometi o pior erro da minha vida ao compra-lo. Nada de sexo, eu entendo essa parte por que ela esta no 7º mês. Sua barriga esta gigante.
Por causa do maldito travesseiro nem encosto nela enquanto durmo. Ele é como a muralha da china nos separando. A minha vida tem sido o inferno e eu achava que estava ruim mês passado. Alie briga comigo exatamente por tudo. Por eu trabalhar demais, por eu falar ao telefone. Ah, e tem excesso de tristeza às vezes. Come por dez pedreiros de obra de construção. Esta sempre chorando ou gritando. Ontem ela me acordou as 3:00am com gritos. - QUEM É ELA? – Me levantei assustado. Sentando na cama. - O que?
- Quem é ela, a mulher? - Que mulher Alie? – Voltei a deitar. - A mulher que você estava com ela agora mesmo! - Eu estou do seu lado à noite toda Alie. - Eu vi você com ela Matt. – Esfreguei os meus olhos. Tentando usar o fio de paciência que ainda existe. - Meu amor, não existe ninguém. É só você, por favor, me deixe dormir. - Você vê? É disto que eu estou falando. Você não conversa mais comigo. Você esta distante Matt. - Eu? Você que coloca esse travesseiro entre nós Alie. É só ele que nos deixa distantes. - Você ainda quer me fazer de idiota Matt? Colocando a culpa no meu travesseiro. É isso? – me apoio sobre o cotovelo e levanto a mão pra tocar no seu rosto. - Não me toque. – Meu amor escuta. É só você, sempre foi e sempre será. Agora me deixe dormir. – Ela começa o choro escandaloso de sempre. Eu coço a cabeça. -Você não me ama mais Matt! - Eu amo você mais que tudo Alie. Não fala isso! - Então por que você não conversa comigo? - Eu. To. Conversando. Com. Você. - Tá bom então seu cavalo! – Cavalo é a palavra mais carinhosa que ela usa comigo ultimamente. - Amor eu... - Cala a boca! – Eu me calei, já era tarde e essa discussão não me levaria a lugar nenhum. É é sempre assim. Às vezes o meu dia já é tão estressante que eu tento chegar em casa o mais tarde possível pra não ter que brigar. Agora sim eu sei do que o Frank falava. Parece que a minha Alie tirou férias e mandou um monstro raivoso com TPM no lugar dela. A situação é absurdamente frustrante. Nada de nome pras nossas filhas ainda. Acho que irão nascer e eu vou ter que chamalas de nº 1 e nº 2. Paro de balançar o pé. Ela esta agarrada ao travesseiro de frente pra mim. A minhoca gigante fica entre as pernas dela passa pela barriga e ainda dá pra por a cabeça. Acho que esse negócio devia ser vendido apenas pra mães solteiras. Poderia até ser chamado de marido substituto. O pior que nem de costas pra mim ela fica mais, se ela ficasse poderia pelo menos abraça-la por trás. Os homens da empresa dizem que é comum a mulher enjoar um pouco do marido, por isso eu peço a Deus todos os dias que esses meses passem voando. No fundo eu sei que ela ainda esta ai. Possuída por um ser do mal.
Ravem já esta conosco novamente. Totalmente recuperado. Alie ainda trabalha na Mac, mas só este mês. Já montei uma sala com todas as parafernálias pra ela aqui em casa. E por mim ela já estaria lá. Finalmente vou finalizar o contrato com os japoneses. Depois de amanhã exatamente. Fiz minha ultima proposta. Se eles não fecharem darei adeus. Não viajei pra Tóquio novamente, não quero mais ficar longe de Alie. Ela cai no sono e começa a roncar quase que imediatamente. Eu ponho o travesseiro no rosto e tento dormir. Ainda não deixei de verificar seu coração, sua respiração e sua temperatura. Ainda converso com as pimpolhas todas as noites antes de dormir. Acordo as 07:00am no mesmo horário de sempre. Tomo banho e visto meu terno azul risca de giz com uma camisa branca e uma gravata vinho. Vou até ela pra acorda-la. Sento-me na cama e ela ainda esta na mesma posição. Beijo sua testa. - Amor, esta na hora de acordar. - Ela acorda e me empurra. Todo dia é isso. Eu tento qualquer aproximação de carinho e ela me afasta. - Sai do quarto! – Ela me ordena. Outro detalhe. Ela não fica nua na minha frente. Nada. Nem seus seios vi mais. Eu levanto e vou para a mesa do café espera-la. Leio as noticias do dia no jornal impresso. Trinta minutos depois ela chega à mesa. Com os cabelos presos num rabo de cavalo, usa um vestido azul marinho folgado até os pés com um blazer branco por cima. Esta linda grávida como jamais foi, mas parece não ver isso. - Você esta linda! – Digo isso todos os dias, mesmo recebendo patadas em troca. - Não tenho saco pra piadas hoje. – Ela fala e começa a comer do meu lado. Somos dois desconhecidos nem se quer amigos. Não sei se suportarei mais dois meses nesta situação. Eu tenho coração também. Quando terminamos o café da manhã subimos para escovar os dentes. Ela entra no banheiro e fica de frente pra pia. Eu entro e fico do seu lado. Sinto o cheiro do seu perfume e a vontade que tenho é de abraça-la forte e tocar todo seu corpo. Mas me contenho. Seu pescoço fica a mostra e me lembro das tantas vezes que a abracei por trás aqui nesse mesmo lugar e a beijei. Estou carente pra caralho. Poderia suportar todo esse tempo sem transar claro, mas sem nem se quer um beijo na boca fica difícil. Todo dia dou uma aliviada, mas é frustrante. Depois de escovarmos os dentes, descemos e Ravem nos leva para o trabalho. Paramos de frente a Macfeel e Ravem desce pra abrir a porta. Ele abre a porta e Alie sai sem ao menos olhar pra mim. Não adianta sair junto com ela para leva-la até a porta como fazíamos antes. -Bom dia pra você meu amor. – Eu digo enquanto Ravem fecha a porta. Por educação ela responde. - Bom dia! Solto todo o ar do pulmão pela boca. Ravem senta no seu lugar. - Tem sido difícil não é mesmo? - Tem sido impossível Ravem.
- Tenha paciência Matt, isso vai passar. - Por Deus, terá que passar. Nós seguimos pra Heaven. Tenho um dia muito produtivo. Tenho uma reunião com os diretores da empresa. Conversamos sobre as melhorias que podemos fazer. Falamos também sobre a minha reunião do dia seguinte. Todos nós estamos animados com a compra. Alguns dos diretores trabalham junto comigo desde que comecei e hoje já confiam em mim como presidente já que eu aumentei muito o lucro da empresa e agora abrangemos muito mais do que consultoria a outras empresas. Billy, Paul e Jeremy são os que eu mais mantenho contato de todos. Antes de casar nós saiamos juntos algumas vezes pra beber ou pra jantar. Jeremy tem por volta de 30 anos, é negro e mais alto e mais forte que eu. Paul é mais novo, deve ter 28 e sempre esta junto com ele. Paul tem os cabelos loiros e olhos azuis mais escuros que os meus, um metro e setenta e oito talvez. – Billy é o mais velho de nós, tem quarenta anos, é casado e tem um casal de filhos. Usa óculos e é mais magro que todos nós. Agora conversamos na minha sala. Dos três apenas o Billy é casado. Depois da reunião resolvemos almoçar juntos pra colocar a conversa em dia. Vamos para o restaurante de Ralf. Desenvolvemos uma conversa machista na mesa. - Cara vou te falar, se ela passasse mais dois minutos me chupando daquele jeito. Eu a pediria em casamento. – Este é Jer falando. - Não. Você não pediria, talvez pedisse o telefone, mas em casamento não. – Paul seu amigo de farra responde e nós rimos. - Cara, eu não sei como vocês aguentam essa vida monótona de pau mandado. Você Matt, que comia uma buceta diferente todos os dias. Agora tá ai casado. – Jer diz. - É muito bom ser casado. – Digo, mas não com a certeza que teria dito mês passado. - Bom? Homem, você vê a mesma mulher todos os dias. Ela te cobra atenção, reclama caso você não repare no esmalte novo nas unhas dela, briga com você por não levantar a tampa do vaso pra mijar e briga também se você levantar e não baixar. Obriga você a ver programas de mulherzinha na TV. Você vê a mesma mulher pelada a cada dia da sua vida. A mesma buceta cara. – Ele na verdade disse quase todos os motivos das minhas brigas com Alie. Faltou citar a toalha na cama e a pisar no quarto com os pés molhados do banheiro. E outras coisas mais fúteis também. - Você não entende cara, quando conhece a mulher certa, simplesmente não pensa em mais nada. Não quer saber de outras, não pensa em o que você poderia estar fazendo se estivesse sozinho. Pensa apenas em ama-la, cuida-la e estar ao seu lado em qualquer mera situação. Você esta com seus amigos idiotas, mas só consegue imaginar o que ela esta fazendo longe de você. Você pensa em poder dizer todas as coisas que pensa e que quer, mas que ela não te deixa. Você quer escolher os nomes das suas filhas, quer conversar sobre o quanto você sente falta do dialogo e de querer que ela conte como foi o seu dia. De toca-la e até mesmo de um toque. Coisas simples que fazem uma puta diferença. – Dou um longo suspiro no final. E eles me olham com as sobrancelhas levantadas. - Cara você precisa de um psicólogo. – Eu rio.
- Nada disso. – Jer fala. – Você precisa de muitos copos de whisky. - Acho que sim. - Quando poderemos marcar?- Billy pergunta. - Não sei quando vou poder. - Você tem que pedir a Alie? – Jer diz. - Claro que não. Sou o macho alfa. - Então vamos hoje mesmo machão. – Paul fala com a voz afeminada pra me gozar. - Hoje não posso. – Se bem que talvez ela nem note a diferença que a minha presença faz. Eles me olham como se dissessem: eu já sabia. – vamos fazer assim. Se finalmente fecharmos contrato amanhã sairemos pra beber. - Beber não, tomar todas. – Jer completa. Nós levantamos as nossas taças de água pra brindar. - E você Billy, ta liberado? – Pergunto a Billy o outro casado. - Só preciso avisar. - Ok, fechado então. Trabalho até às dez da noite e chego em casa as 10:30pm. Quando chego, ela já esta dormindo agarrada com o marido. Tomo banho e visto uma cueca boxer. Deito-me do seu lado com a cabeça mais abaixo próximo a sua barriga. No final da cama. E tenho a conversa. “Boa noite pimpolhas. – Suspiros mais uma vez. – Papai tá muito cansado de tudo. Unindo forças pra continuar. Mas quero que saibam que amo a mamãe demais. Sempre amarei. Isso tudo vai passar, nós quatro vamos ser muito felizes. Papai ama muito vocês. Mais que a vida.“ Beijo a barriga e aliso, esse é o único momento que posso toca-la sem ela reclamar, então demoro mais tempo. Como ela não tem nenhuma reação. Eu levanto pra olhar no seu rosto. Ela está mais linda. Passo a mão pelo seu rosto e tiro os cabelos da sua testa. Beijo sua bochecha e sua boca. E tenho vontade de chorar de tanta saudade que sento do toque. Deito a minha cabeça do lado da sua e continuo mexendo nos seus cabelos. Ela sorri de olhos fechados e mexe a cabeça pra sentir mais o meu toque. Sei que minha Alie ainda esta ai, em um lugar bem no fundo. Pego no sono feliz. Quando acordo pela manhã ela esta distante de mim de novo. Faço tudo novamente e quando tento beija-la pra acorda-la e ela me afasta como sempre. Tomamos café sem nos falar como de costume. Deixamo-la na Mac sem um beijo, abraço ou um bom dia. A reunião com os japoneses é à tarde, então me preparo com os advogados pra discutir os termos do contrato e os últimos argumentos. A reunião começa as 4:00pm. Eles nos falam sobre as vantagens de comprar a companhia e depois de 15 min de reunião meu celular toca. Endless Love do Lionel Richie. Olho na tela e vejo a foto de Alie. Olho pra os presentes e eles me encaram esperando o que vou fazer. - Com licença. – Eu atendo. – Alô. – Tento demonstrar que a ligação não é pessoal.
- É assim que você atende sua esposa. - Estou numa reunião muito importante quando terminar ligo pra você. – desligo. Alie sabe que esse contrato é importante pra mim. Ela não vai ficar brava. - Então senhores. Vamos continuar.
Ouço a musica tocar novamente. Atendo levantando a mão pra indicar. Antes que eu diga alô ela fala. - Da próxima vez que você desligar na minha cara eu acabo com a sua raça. - Oi meu amor, me diga o que você deseja. - Milla acha que Maison vai pedi-la em casamento. O que você acha? - Você me ligou pra isso?- Falo baixo. - Claro, faz tempo que não conversamos. - Meu amor eu quero muito falar com você, mas to naquela reunião que falei lembra? Aquele contrato que eu espero há muitos meses. - Ah sim, mas o que você acha? - Ela faz pouco caso do que eu disse. – Eu acho que ele vai pedir sim estão juntos há muito tempo. - Meu amor assim que acabar aqui ligo pra você. Tudo bem? -Tudo bem... Desligo e nós voltamos à reunião. Dez minutos depois meu telefone toca de novo. Olho pra ver que é ela novamente e ponho no silencioso. E o celular continua vibrando em cima da mesa. Eles me encaram. - É melhor você atender de uma vez. – Faço que sim com a cabeça e vou para fora da sala. Fico puto da vida. Detesto ser interrompido e mais ainda por coisas fúteis. - Oi amor. – Falo já sem paciência. - Você não me respondeu. - Acho que ele vai pedir sim. – Digo pra ver se a conversa se encerra. - Por que você acha isso? - Por que eu acho Alie. - Vou desligar já que você não tem tempo de falar comigo. Eu tentei Matt, tentei, mas você não quer falar.
- Alie, eu tento falar com você há dias e você me trata mal, e agora em um dia muito importante pra mim, você liga pra falar coisas nas quais não tenho o mínimo interesse. – Minha paciência sai acenando dando tchau. - Sabe o que você faz. Pega a droga da sua opinião e enfia no meio do seu cu. – A minha boca se abre em um O gigante. Não acredito que ela disse isso, mas antes de eu falar qualquer coisa ela desliga na minha cara. E foi até melhor. - Mas que merda! – Ponho o celular no bolso. Volto pra reunião. Tento pensar o mínimo possível na nossa conversa nada amigável. O pior é que eu não posso chegar em casa e falar sobre isso com ela. Poderia dizer que ela hoje ultrapassou todos os limites. Passamos mais quatro horas discutindo sobre o contrato. Ela não me liga mais nenhuma vez. Finalmente fechamos negocio. - Obrigado Sr. Heaven. - Eu quem agradeço Sr. Yamashita. – Japonês filho de uma mãe. Me enrolou pra cassete. E ele e seus advogados se vão. Foi um bom negocio, o retorno é garantido e comprei pela bagatela de 11.000.000.000,00. $ Billy, Paul e Jeremy que estavam na reunião comigo me cumprimentam. Fazemos como combinado no dia anterior e saímos para comemorar. Ligo pra Alie algumas vezes e ela não me atende. Ligo para Norah pra saber se ela esta em casa e ela esta, não me atendeu por que não quis. Aviso então que vou chegar um pouco tarde. Eu e os caras vamos para um bar que fica próximo a Heaven. Um lugar que costumávamos ir antes de eu conhecer Alie. . É um ambiente moderno. Com sofás negros grandes espalhados pelo lugar, às paredes são marrons e o teto e o chão são negros. Como o bairro é repleto de prédios comerciais, fica sempre cheio de executivos depois do horário de trabalho. Garçons andam pelo espaço com bandejas repletas de bebidas a todo momento. Há uma pista de dança no fundo que fica mais lotada a cada vez que olho. Não me sinto bem estando aqui, já que sempre que vinha antes de estar casado saía acompanhado. Procuro me divertir. Bebemos whisky puro e sem gelo. Depois de muitos copos mudamos pra vodka e há essa hora já estou alto. Olho para o relógio a cada cinco minutos. - Você ta preocupado com o que Matt? – Billy pergunta. - Minha mulher esta grávida, eu tenho que ir embora logo. - Você não avisou a Norah pra cuidar dela? - Avisei. - Então, vamos nos divertir homem. – Ele levanta o copo pra brindarmos. Mulheres passam por nós a todo o momento. Paqueram, fazem charme jogando o cabelo. E só penso em Alie em casa sozinha. Bebemos cerveja agora. Conversamos sobre esportes e o tipo de besteira que todo homem fala em bares. Olho no relógio e já são duas da manhã. - Tenho que ir pra casa. – Aviso. Acho que não me entendem muito bem, mas captam a mensagem. Saímos do bar e eles me põem num taxi já que não liguei pra Ravem vir me buscar, por que não quero incomodá-lo há essa hora e eles ainda vão ficar por lá. Dou o meu endereço e pego no sono. Acordo com o motorista me chamando. Abro o portão com o sensor do celular e ele me leva até a entrada. Os dois seguranças da entrada estão a postos. Aceno pra eles e passamos.
O taxi me deixa na porta da casa. Dou uma nota de cem reais pra ele e passo quinze minutos tentando abrir a porta. Finalmente consigo. Subo as escadas quase de quatro. O mundo roda e a minha cabeça dói. Giro a maçaneta da porta do quarto, mas ela não abre, está trancada. - Aaaaalie. – A chamo com a voz arrastada embargada pelo álcool. E o soluço começa. Nada de ela abrir. - Aaaalie amor da minha vida. – Grito e nada. - Loucaaaa. – nem sei mais o que chamar. A porta se abre e ela joga um travesseiro na minha cara. - Procure outro lugar pra dormir, por que aqui você não vai. – Ela vai fechar a porta, mas ponho meu pé pra segurar. - Ai caralho. – Ela fechou a porta com força. – Me deixa dormir com você vai? - Você acha que eu vou deixar você dormir comigo, desse jeito? Você está bêbado Matt! - Eu amo tanto você. Eu me sinto tão mal por fugir da sua chatice. Mas você esta louca, você não conversa comigo. Esta sempre de mal humor. Eu preciso de carinho Alie. – E agora eu sou um bêbado chorando. - Sai da minha frente agora! – ela me encara. - Não quero dormir longe de você. Já basta esse maldito travesseiro entre nós. - Se você não sair daqui agora, saio eu. – Eu não posso fazer isso, não posso ficar e ela ir. Tiro o pé. - Me da um beijo. – Peço fazendo bico, mas ela fecha a porta que bate no meu nariz. Ponho a mão por que o sangue escorre. E andando como os zumbis arrastando o pé e com a mão no nariz vou para o quarto de hospedes tiro o blazer e me encolho com o nariz sangrando.
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ALIE Mesmo não dormindo mais colada com Matt, sinto falta do calor que seu corpo me passa. Aquele idiota filho da mãe sai pra beber e me deixa só em casa. Eu não sei o que se passa, mas sempre que estou perto dele quero ir pra longe. Sua voz me irrita e tudo que ele faz me da nos nervos. Acho que ele se machucou quando fechei a porta. Ouvi um barulho como se ela batesse em alguma coisa e como o desastre caminha lado a lado com ele, devo tê-lo acertado. Oh Deus e se ele estiver machucado?! Tenho que ir até ele. Levanto-me da cama e abro a porta devagar. Procuro no primeiro quarto e ele está lá, deitado de costas pra cama com as pernas penduras. Seus braços estão abertos e ele ronca alto. Quando me aproximo mais vejo sangue no seu rosto. Ao seu lado vejo que o sangue vem do nariz, ele respira pela boca, espero que não tenha quebrado. Vou ao banheiro do mesmo quarto e pego algumas toalhas, ponho em cima da pia e as
molho com água morna. Volto pra ele e limpo seu rosto. Seu corpo exala álcool, mas seu perfume gostoso ainda predomina. Tiro seus sapatos e meias. Tiro também a gravata e as calças. A camisa é impossível, minha barriga grande e pesada me impede, mas consigo colocar suas pernas em cima da cama, ele então se mexe e vai para o lado que costuma ocupar na nossa. Eu sorrio quando o vejo passar a mão do meu lado me procurando. Ele resmunga e volta a roncar. Detesto não saber o que ele andou fazendo. Ele apenas disse pra Norah que iria chegar tarde, mas não disse mais nada. Onde estava, com quem, essas coisas. Não atendi ao telefone por que estava com raiva dele. Ele não quis me dar à opinião sobre o namoro de Milla e Maison. Matt esta sempre tão distante de mim ultimamente. E na vez que tento dar o pé a torcer ele me trata mal. Chega tarde do trabalho todos os dias, ele não me entende. Eu só queria mais um pouco de atenção. Volto para o nosso quarto e busco o meu travesseiro que é a melhor descoberta do mundo da gravidez. Nem sei o que seria de mim sem ele. Mesmo com raiva de Matt vou para o quarto onde ele esta e durmo junto com ele. Só a sua presença me faz feliz.
MATT Droga, minha cabeça parece que vai explodir. Não me lembro de muita coisa, lembro até a parte que fui expulso do meu quarto. E meu nariz. Meu nariz. Coloco a mão no nariz e dói, dói pra caralho. Mas não esta sangrando como me lembro ontem. Estou no quarto de hospedes, disso eu me lembro. Mas não lembro de ter tirado a roupa. Que horas são? Olho no relógio e ainda são 08:30am. Droga vou me atrasar. Preciso falar com Alie. Quando chego à porta do quarto minhas malas estão do lado de fora. Mas que merda é essa? Olho as malas e junto com elas esta um bilhete. “Prezado talvez não mais esposo, peço que leve suas malas para seu novo quarto.” Ai meu Deus... Tento abrir a porta do quarto, mas esta trancada. Deixo as malas no corredor e vou para a cozinha rápido pra ver se ela esta tomando café. Norah esta na pia lavando a louça - Onde esta Alie? – Ela se vira então me vê e cobre os olhos. Olho pra mim e vejo que estou com a camisa aberta e apenas de cueca e meias. E ainda com a ereção matinal. Cubro com as duas mãos. - Ravem foi deixa-la no trabalho. - Como ela estava? - Estava muito bem. E disposta até acordou cedo. - Ah ok então, vou tomar banho pra trabalhar. Se ela ligar me avisa ta. - Ta, agora vá tomar banho ou vai se atrasar. Vou para o “meu novo quarto” como ela diz e ponho as malas em cima da cama. Pelo menos ela não bagunçou tudo e as camisas não estão amassadas. Tomo banho e visto um terno preto e
camisa azul clara com uma gravata preta. Ponho meus óculos escuros pra curtir meu dia de ressaca. Passo na cozinha pra comer alguma coisa e Ravem já me espera na entrada da casa. - Bom dia. - Bom dia. - Alie disse alguma coisa pra você Ravem. - Na verdade não. Apenas disse que eu ficasse a postos por eu ela pode me ligar a qualquer momento para busca-la. - Quando ela ligar pra você me avise ok? - Não sei se devo. - Como assim? - Alie disse pra não avisa-lo e ela agora é minha patroa também. - Quem paga o seu salário sou eu Ravem. - O que você acha que ela diria sobre isso? – Sei que ela odiaria não se sentir no mesmo direito que eu em relação aos nossos colaboradores. - Eu não vou fazer nada. Apenas me avise. - Tudo bem. Entro no carro e seguimos em frente. Tento ligar pra Alie algumas vezes e nada de ela atender. Decido ligar pra MaCfeel. Amanda atende com tudo que tenho direito. Nome da empresa, saudação e seu nome. - Bom dia Amanda. Posso falar com Alie. - Ela disse que não quer falar com você Matt. – Suspiro. - Amanda, me ajuda vai. Preciso falar com ela. - Ela já nos contou tudo. O que você fez não foi legal. Um bom marido não faz isso Matt. – To sem paciência pra isso. Sei que errei. -Ok, Amanda, avisa que eu liguei, por favor. - Claro. – desliga antes de eu dizer adeus.
A dor de cabeça só aumenta durante o dia. Peço para Diana mandar flores pra Alie a cada trinta minutos. As duas da tarde recebo uma mensagem pelo Whats. ALIE: Se quiser parar de mandar flores, o planeta terra agradece.
MATT: Não esta gostando das flores? ALIE: Nem as vi. Estão todas no container de lixo do outro lado da rua. MATT: Isso dói no meu coração. Perdoa-me? ALIE: NÃOOOOOOO. MATT: Posso te buscar na Mac hoje? Espero ela me responder durante toda à tarde. Ravem chega pra me buscar no horário de sempre, não toma o caminho de costume. - Precisamos buscar Alie. - Ela já esta em casa. Pediu que eu fosse busca-la mais cedo. Eu fecho a cara e nós seguimos pra casa. Não pergunto por que ele não fez o que eu pedi. Quando chego em casa ela esta trancada no quarto de novo. Eu bato na porta e ela me manda ir embora. Durmo mais uma vez muito mal no quarto de hospedes, mesmo com toda sua chatice sinto sua falta. Quando acordo no outro dia mais cedo do que de costume ela ainda esta no quarto. Desço para a cozinha e procuro por Norah. - Norah avise a Alie que nós estamos esperando por ela. - Ih, ela disse que só vai à tarde. – Encaro Norah sem acreditar nela. - Acho melhor você ir, ela não esta com cara de muitos amigos. -Droga, isso ta me matando. O sentimento de culpa me arrasa. Sei que o que fiz não é certo, mas ela nunca sentiu minha falta e no dia que chego tarde ela faz essa confusão. Bato o dedo indicador no balcão. Tomo café da manhã e em seguida vou para a Heaven, talvez seja melhor dar um tempo. O dia é tranquilo. Decido não enviar mais flores, nem chocolate, cartões, nada. À tarde Marissa me liga. - Oi. - Já pensou no que vai fazer no seu aniversário? - Ainda é mês que vem Marissa. - Mas já temos que pensar. - Não quero chatear Alie com isso. - Diz que eu posso organizar diz? - Por mim tudo bem. - Obrigada. Te amo irmão. - Eu também. - Ah e a propósito, nunca mais faça isso com Alie. - Eu apenas saí Marissa.
-Apenas saiu? Você é um homem casado Matt, e o pior sua mulher esta grávida. E agora é uma grávida com raiva. - Terminou? - Tchau seu chato. - Tchau. Desligamos e o dia segue. Alie não atende minhas ligações, nem responde as mensagens ou emails. Nos dois dias que se seguem a mesma coisa. Nem se quer a vejo. Sempre sai antes de mim ou mais tarde. Evita falar comigo e eu morro de saudade dela e de falar com as minhas filhas. No quarto dia resolvo tomar uma medida desesperada. Ravem entra no meu quarto. - E ai trouxe o que pedi? - Uhum ta tudo aqui. - Obrigado. – Ele me entrega. - Por nada. – Ele sai e eu de pijama vou para o corredor. Pego a caixa amplificadora e coloco de frente pra porta do outro lado do corredor, ligo o violão na caixa, pego o microfone profissional que fica encaixado da orelha e fico em pé de frente a porta. Começo a serenata. Canto uma animada. Espero que precise cantar só essa. Save me do Hansons.
Me Salve Amo você como eu nunca amei ninguém antes Preciso de você para abrir a porta Se implorar a você pudesse, de algum modo, mudar a maré Então me diga, eu tenho de tirar isto da minha cabeça
Eu nunca pensei que estaria pronunciando essas palavras Eu nunca pensei que precisaria dizer Outro dia solitário é mais do que posso suportar
Você não vai me salvar? pois a salvação é o que eu preciso
Eu apenas quero estar ao seu lado Você não vai me salvar? eu não quero ficar Apenas vagando através desse mar da vida
Preste atenção, por favor, não saia pela porta Estou de joelhos você é o motivo pelo qual eu estou vivendo
Eu nunca pensei que estaria pronunciando essas palavras Eu nunca pensei que precisaria dizer Outro dia solitário é mais do que posso suportar
Você não vai me salvar? pois a salvação é o que eu preciso Eu apenas quero estar ao seu lado Você não vai me salvar? eu não quero ficar Apenas vagando através desse mar da vida
Subitamente o céu está desabando Poderia ser tarde demais para mim? Se eu nunca disse "desculpa" então eu estou errado, sim eu estou errado Então eu escuto meu espírito chamando
Imaginando se ela está ansiando por mim Então eu entendo que não consigo viver sem ela
Você não vai me salvar? pois a salvação é o que eu preciso Eu apenas quero estar ao seu lado Você não vai me salvar? eu não quero ficar Apenas vagando através desse mar da vida
Você não vai me salvar? Você não vai me salvar?
Ela não fala nada e nem tem nenhuma reação. Ok, meu repertorio é vasto. Começo a cantar uma atrás da outra. Far Away do Nickelback, Dont da Shania Tawn, I Will be da Avril Lavigne, Always do Bom Jovi, Never gonna be Alone do Nickelback novamente, Please forgive me do Briam Adams, Crazy do Aerosmith, canto todas que signifiquem algo pra mim em relação a ela. - Urrr- Ouço o urro dela e a porta abre pouco depois. – quando ela abre a porta entrego a caixa que esta em minhas mãos. Ela abre e vê o meu presente. Um colar de ouro com uma chave. Ela vira a cabeça de lado sem entender. Eu seguro o meu colar um pouco mais grosso com uma fechadura. Ela ri pra mim. Não é um presente incomum, é apenas algo com significado. - Agradeça as suas filhas. Elas não pararam de se mexer com você cantando. Eu rio feliz e a abraço forte. Finalmente posso sentir seu cheirinho de morango. - Posso trazer minhas malas pra cá? – A pergunto. - Amanhã. – Ela me puxa pra cama. - Um segundo. – Eu digo levantando o dedo. Pego seu travesseiro marido substituto, vou até a janela abro e o jogo por ela. - Eu gostava desse travesseiro. – Ela diz. - O dono dessa cama voltou baby. – Digo autoritário. Ela gargalha e eu pulo na cama do seu lado. Dormimos agarradinhos. Eu me fazendo de travesseiro. Mas não existiria maneira mais perfeita.
ALIE Estamos há vários dias sem brigar. Tudo perfeitamente bem. Estou animada. O aniversário de Matt é mês que vem, tenho que preparar uma surpresa pra ele. O aviso que não vou ao trabalho cedo e que vou esperar que Ravem volte da Heaven para ir me deixar, ou peço a outro funcionário da casa pra fazê-lo. Quero fazer uma surpresa pra ele. Vi algumas lojas de coisas personalizadas e preciso ir até lá da uma olhada. Dez minutos depois que ele sai de casa vou à garagem e pego meu carro. Vou passar lá e voltarei pra casa antes que ele ligue ou me procure. Assim ele não notará que eu saí.
MATT Algumas reuniões chatas me tomam toda a manhã. Deixei meu telefone na minha sala por isso nada atrapalhou. Antes da próxima reunião vou até a sala pra busca-lo. Vejo quatro chamadas de Ravem. Retorno à ligação rapidamente. - Oi Ravem. - Alie não está aqui Matt. – Mudamos a maneira de nos tratarmos depois do incidente. – Acho que ela foi de carro para o trabalho. – Alie sempre teimosa, mas pelo menos é de carro que é seguro. - Tudo bem Ravem, vou ligar pra ela. - Ok, até mais. - Até. Desligo o telefone e ligo para o celular de Alie. Ligo a primeira vez e ela não atende. Mais uma vez e nada. Nem nas próximas oito vezes que ligo. Não me lembro de tê-la chateado com nada. Decido ligar pra Macfeel. Amanda atende falando o nome inteiro da empresa e me dando bom dia. - Bom dia Amanda. Posso falar com Alie. - Alie não está Matt. - Como assim? - Ela não veio hoje. Achamos estranho já que tinha reunião marcada e ela iria participar. Desligo sem nem dar tchau para a Amanda e ligo pra Milla. Antes mesmo de ela falar algo ao atender eu falo. - Alie disse alguma coisa a você? - sobre?
- Sobre não ir trabalhar ou algo assim? - Na verdade ela disse que tinha algumas coisas pra resolver, mas chegaria até nossa reunião das onze, mas não veio, não ligou e não me atende. - Onde essa mulher se meteu. - Ah Matt, vamos dar um pouco de espaço a ela. Talvez esteja precisando pensar sei lá. - Assim que ela chegar ai ou ligar me avisa. - Tudo bem. E você faça o mesmo. - Tchau Matt. - Tchau. Desligo e levo o celular até o queixo pensativo. Onde ela poderia ter ido? Contrariando tudo que meu coração diz pra fazer resolvo esperar que ela me ligue de volta. Não quero sufoca-la. Vou para outra reunião. Durante a reunião tudo que consigo pensar é nela. Olho pro meu celular a cada dois segundos. E nada. Absolutamente nada. Duas horas depois quando a reunião acaba ligo pra Norah. - Casa do Sr. e Sra. Heaven. – Ligo pra o telefone da casa. - Olá Norah. Alie esta? - Não Matt. - Ela disse alguma coisa a você? - Não, a vi no café da manhã. Estava muito animada. – Onde está essa mulher meu Deus. - Obrigada Norah. Se ela aparecer ai me liga tá. - certo Matt. Desligo o telefone. Ligo pra Marissa talvez ela saiba. - Oi irmão. - Alie está com você? - Não. Não vejo Alie desde o nosso ultimo almoço lá em casa. - Você não ta brincando comigo não é Marissa? - Claro que nãol o que aconteceu? - Nada. Apenas não sei onde ela está. - Aff Matt você persegue demais a Alie.
- Tchau Mrissa. - Tchau irmão. Fico na minha mesa batendo nela com os dedos fechados tentando imaginar onde ela está. Será que eu sou tão chato assim? NÃO. Tem alguma coisa errada nisso tudo. Ligo pra Ravem que não é só meu motorista claro. - Ravem precisamos rastrear o carro de Alie. Comece a fazer tudo que eu vou pra casa de taxi. - Ok. – Desligo o telefone. Pego o taxi e chego em casa rápido. Vou pra sala de segurança onde estão Ravem e Max. Nem todos conhecem essa sala. A entrada fica na garagem. Nesta sala estão os monitores onde Max acompanha as câmeras. As armas e equipamentos da segurança. - E ai como estamos? - Mais alguns minutos e poderemos localiza-lo. Sento-me na mesa olhando pros monitores e voltando as imagens para ver o exato momento que ela sai de casa. Pouco depois que fui trabalhar. Ela veste a calça jeans que Mandy lhe deu, uma que tem um elástico folgado na parte da barriga, própria para grávidas. Veste uma camisa branca sem mangas folgada. Uma sandália baixa e a bolsa preta. A olho por todas as câmeras que ela passou. Garagem, jardim, portões e as de fora da casa. Já faz cinco horas que não tenho noticias dela. - Pronto Matt. - Paro de olhar para as telas e vou para o computador. Olho para o monitor e vejo que ela esta em Liberty City. Puta que pariu! O que Alie faz ali? - Vamos pra lá imediatamente. Chame o resto da equipe. Ravem assente, e minutos depois estamos a caminho do bairro. Liberty City é um dos bairros mais violentos de Miami. É um bairro populoso e perigoso. Ele é usado até no jogo de GTA por esse motivo. Pegamos os carros e vamos direto pra lá avançando todos os sinais. Vamos quatro homens no total. Tiro a gravata, o Blazer do terno e arregaço as mangas da camisa até os cotovelos. Estou nervoso. Sei que Alie jamais iria até lá. Chegamos à rua onde o carro está, muito estranho a rua estar quase vazia. Começo a ouvir o barulho do alarme do carro e o nervosismo aumenta. Aproximamos-nos do carro e vemos todas as janelas estraçalhadas. Desço do carro e vou pra perto do Evoque de Alie. Abro as portas e vejo que não restou nada. Nada mesmo. O carro está sem bancos, sem o aparelho de som e sem o mais importante, Alie. É uma das poucas vezes na vida que fico sem reação. Sem saber o que fazer. Se choro, se grito, se mato alguém. Fecho a porta do carro com força e Ravem está me olhando apreensivo. Sei que ele gosta de Alie. Coloco as mãos no rosto, e em seguida chuto a lataria do carro. Tenho que pensar com calma. Preciso encontra-la. Meu Deus só de pensar no que pode ter acontecido me arrepio. - Chame a policia Ravem. - Não aconselharia a isso Matt. – O olho sério. - Ela pode ter sido sequestrada. O melhor a fazer é irmos pra casa e esperar. - Esperar? Você enlouqueceu? Alie pode estar ferida. Ou até...ou até... - Não vamos pensar assim Matt. Vamos pra casa e pensar direito.
- Não posso pensar Ravem. Não quando Alie pode estar em perigo. - Acho melhor você tentar. Nesses casos manter a calma é o mais importante. - Vamos sair daqui. Ligue pra alguém vir buscar o carro dela. Entro no carro e me sento no banco do passageiro. Com os cotovelos nas coxas penso nas hipóteses. Alie pode ter sido sequestrada, que é o mais provável. Pode ter sido assaltada e estar indo pra casa sem celular, essa é a melhor que poderia acontecer. Pode ter sido roubada e morta. Não Deus essa não. Por favor, não! Vamos pra casa. A todo o momento bato meu pé no assoalho do carro. Ravem me olha pela lateral dos olhos. Pelo bater do seu polegar no volante sei que ele está preocupado também. - Nós vamos encontra-la Matt. - Espero que sim Ravem. Seguimos o caminho todo calados nada nem se quer ouvindo as respirações do outro. Envoltos em nossos pensamentos. Quando chegamos em casa, vou direto para a sala de segurança. Acesso o sistema do rastreador do carro para ver o caminho que ela percorreu. Olho atento cada movimento da tela. Ela saiu de casa as 08:00am, pouco depois que eu saí de casa. Fez o caminho até a Ocean Drive. Parou no shopping e passou 20 minutos lá. Depois entra no carro e segue em alta velocidade para o Liberty. Então aconteceu alguma coisa entre o shopping e o Liberty. Preciso ligar para Phil. Ligo e ele atende no segundo toque. -Preciso da liberação das fitas de segurança de um dos Shoppings da Ocean Drive. - Me passa o endereço que consigo em três dias. -Não. Preciso pra em no máximo duas horas. - Não sei se conseguirei Matt. - Minha mulher desapareceu Phil. Preciso dessa droga de vídeo o mais rápido possível. Não quero saber que merda você vai ter que fazer pra conseguir, mas quero esse vídeo em até duas horas. Se precisar de dinheiro me avise. - Ok, Matt. Farei o mais rápido possível. Meu Deus onde esta Alie? Por favor, a proteja.
ALIE Quando abro os olhos sinto a tontura quase me fazer cair, mas quando foco no lugar, percebo que estou deitada de lado. Estou em um colchão sujo e úmido. Pisco algumas vezes para adaptar a visão. As paredes são todas em madeira. O lugar é iluminado por uma lâmpada amarela e pelos raios de sol que entram pelas frestas das paredes. O chão parece ser de madeira velha e o espaço todo deve ter no mínimo seis m².
-Bom dia VADIA! Pisco mais algumas vezes e vejo uma mulher sentada numa cadeira a três metros de mim. Josephine. Sento-me com dificuldade, minhas mãos estão amarradas para trás. Mesmo com a visão turva percebo que ela está de lado com uma mesa também de madeira com o cotovelo encostado na mesa e as pernas cruzadas. Vestida de calça jeans e camisa preta de alças finas. De salto alto como sempre. Na porta atrás dela esta um homem alto moreno vestido de preto. Eu apenas a olho com o que tenho pra oferecê-la, ódio e desprezo. Não me lembro de muita coisa. Lembro-me de sair do shopping e alguém me agarrar por trás com a mão no meu nariz e boca. E agora estou aqui. - Não precisa me responder vou falar com você assim mesmo! – Louca completamente louca. – Sabe cadela, depois que meu noivo me abandonou no altar graças a você e a traidora da irmã dele. Eu fiquei pensando em como me vingar durante um bom tempo. Pensei no que poderia fazer no começo achei que poderia matar você e ele. Por isso mandei dois homens segui-los e mata-los em frente à loja da Marissa. Deu tudo errado e você sabe. Quando vi Matt ferido e você intacta percebi que se você morresse ele sofreria muito mais. –Ela sorri como uma criança em um dia de natal olhando pro nada. - Pensei em varias mortes possíveis pra você. – Ela levanta e começa a andar de um lado pro outro gesticulando com as mãos - Pensei em te prender numa corrente e te jogar no mar. – Arregalo meus olhos com o horror. – Pensei também em te levar até o oceano e te jogar para os tubarões, mas não eram mortes dolorosas o suficiente e, nada criativas, todas envolviam água. Sei que você carrega duas monstrinhas com você e fico feliz ao saber que vou matar três coelhinhas com uma... uma.. Vou matar as três de uma vez só. Quero que você morra lentamente, quero que sofra sentindo a dor e angustia. Quero que sinta cada sintoma da morte. Vou deixar você três dias sem água e sem comida. Se você resistir até lá. Vou te dar uma morte dolorosa, mas ainda vou pensar na que prefiro. - Ah e não pense que seu maridinho irá encontra-la. Tudo foi muito bem premeditado e articulado. Acho que nasci pra ser vilã. – Ela sorri animada. - Nem mesmo meu pai sabe que eu estou no país, sei que ele primeiro procuraria por mim. Não sei por que, mas ele cisma comigo. Nesse momento eu faço a única coisa que me resta, imploro. - Josephine, por favor, não faça isso, não se preocupe eu não vou deixar que nada aconteça com você. Matt nem ficará sabendo de tudo isso. Por favor, Josephine. Sei que você não vai querer lembrar disso pelo resto da sua vida. – A gargalhada alta que se segue me faz perceber que ela não se importa nem um pouco com o que eu disse. - Você acha mesmo que eu me importo com isso? Com você e essas bastardas? Eu não quero só a sua morte. Quero a morte delas também. Não sei se você entende de biologia Alie, mas suas chances são mais baixas do que as de um ser humano normal por que esta grávida. Talvez suas filhas morram antes de você. Mas não se preocupe seu marido jamais achará seu corpo, nunca poderá se despedir. Eu finalmente começo a chorar e a acreditar que ela fala sério. Os espasmos que saem do meu corpo me fazem movimentar todo o meu corpo no colchão. Como alguém pode ser tão brutal e sem
coração. Tento ser silenciosa, mas é impossível. Josephine se aproxima de mim e da um tapa no meu rosto. Eu seguro o choro e a olho. - CALADA VADIA! CALADA! – Ela anda de novo até a mesa pega uma fita mordaça prateada. - Não faça isso, por favor. Por favor, por favor, por favor. – Ela então me da mais um tapa e corta um pedaço da fita com os dentes e veda minha boca. E eu fico agora presa aos meus pensamentos. Espero que Deus possa realmente ouvir o que pensamos. Resolvo falar com ele. Pedir a única coisa que me resta, a sua misericórdia. “Deus, eu sei que não tenho sido uma filha muito presente, sei que não tenho ido tanto à igreja, mas pai, por favor, não deixe que minhas filhas morram, não deixe que eu morra. Ajude Matt a nos encontrar pai. E se esse for o meu fim, perdoe-me pelos meus pecados e cuide de Matt”.
MATT Uma hora e meia se passam e nada de ligação, nada. Deus será que isso foi um sequestro mesmo? Alie pode estar morta em algum lugar da cidade. Não posso ficar assim, não posso me render, não posso esperar. Preciso avisar a minha família. Sentado na cadeira da sala de monitoramento olhando pro nada pego meu telefone de cima da mesa e ligo para o meu pai. Ele atende e por estar a mais de sete horas sem Alie e por ter que dar a noticia pro meu pai finalmente consigo chorar. - Filho. - Pai. – Ele percebe minha voz embargada. - O que aconteceu Matt? - Alie desapareceu pai. Achamos que ela foi sequestrada. Mas não temos certeza não recebemos nenhuma ligação. Nada pai, nada. – Meu choro desesperador deixa meu pai calado por alguns minutos. - Estou indo pra ai filho. - Obrigado. – Desligo o telefone e é como se finalmente me desse conta de tudo. Baixo a cabeça deixando as lagrimas caírem livremente. Minha Alie, minha doce e amada Alie. Não vou desistir de você. Não vou! Sempre achei que fosse um homem forte, mas não sou. Chorei a primeira vez que fiquei sem ela, mas dessa vez é diferente. Dessa vez é muito pior. Não sei onde ela esta e com quem. Tenho que me recompor não posso pensar no pior. Enxugo as lagrimas com as costas das mãos.
- Tudo certo Matt. – Vejo Phil entrando pela porta com um cd na mão. - Graças a Deus. Obrigado Phil. Ponho o CD imediatamente no computador e procuro pelo momento que ela estaciona o carro no shopping. A vejo linda caminhando com o barrigão até a entrada. Sorrio pressionando a boca para que não chore como um bebê e passo a mão na sua imagem na tela. Apressamos até o exato momento em que ela sai do shopping. O lugar esta vazio, talvez por ser cedo da manhã. Ela vai até o carro e o sensor faz com que a porta se abra. Antes que ela entre no carro um homem alto a surpreende pelas costas e a agarra, com uma das mãos ele leva um pedaço de tecido no rosto dela prendendo a boca e ao nariz. Pode ser clorofórmio o que faria muito mal a ela e as crianças. Tapo minha boca com a mão pelo horror. Vejo claramente quando ela para de se debater. Outro homem esta segurando a porta de um sedam preto. O homem que a segura rapidamente a coloca dentro do carro no banco de trás. Um terceiro homem vai até o carro de Alie e sai. Creio que seja o que levou o carro até Liberty. Minhas mãos agora tremem e eu realmente fico nervoso. Puta que pariu quem são esses homens. Ponho uma mão em cada lado da cabeça e me deixo cair escorado na parte de trás da cadeira. Não tenho mais nenhuma reação. Apenas olho pro nada pensando, vendo, revendo e vendo mais uma vez e outra aquela cena. Papai chega junto com Connor, e eu mostro a fita a eles. Ravem e os outros seguranças estão conosco olhando para a tela atentos. - A primeira coisa a pensar Matt é quem conhece vocês e se beneficiaria de alguma forma, ou alguém que tenha algo contra você ou Alie, que se interessaria pelo pior. – Ravem fala. - Josephine. Foi ela tenho certeza. - Mas por que Josephine faria isso?- Connor pergunta. -Josephine é louca. Eu sabia! Ela desapareceu, não tive noticias dela. Sei que foi ela. - Vamos até William. – Eu digo para meu pai e ele concorda com a cabeça. - Temos que chamar a policia- Connor diz - é Melhor não. Willian não gostará que cheguemos a sua casa com a polícia. - E de que importa o que ele gosta ou não? - Ele é um homem perigoso. Vamos logo Matt.- Papai diz. - Vou com os senhores. – Ravem afirma. - Melhor não. Vamos apenas eu e Matt. – concordo com a cabeça. - Preciso que fique aqui Ravem, qualquer novidade me avise imediatamente. -Sim. Cuidado Matt. - Pode deixar. Vamos papai. - Connor fique aqui e avise a Lari que não vamos dormir em casa. Invente uma desculpa.
- Ok, cuidado vocês. Pegamos um dos carros na garagem de serviço. Escolho um carro da segurança um Land Rover Discovery 4 preto. Eu dirijo com uma mão e a outra mantenho fechada na minha boca escorando o cotovelo na porta, tentando por os pensamentos em ordem, avaliando tudo e tenho a esperança de que William nos ajudará a resolver esta merda. Quando chegamos à mansão dos Morgam. Dois homens vestidos de preto assim como os da filmagem no shopping aparecem e batem no vidro pedindo pra que baixemos. Eu olho bem pros muros da casa e vejo as guaritas com homens armados. Sempre desconfiei que William não fizesse coisas muito corretas pra ter dinheiro. E com essa segurança exagerada minha desconfiança só aumenta. Os homens liberam a nossa entrada e nós seguimos por um caminho de terra. Papai me guia pelo caminho. Chegamos então na frente da casa. A mansão é toda de pedra escura. Quando descemos do carro outro homem vestido de preto nos recebe. - Venham comigo senhores. - Nós o seguimos e eu observo todas as portas da casa. Tento ouvir qualquer som suspeito. Talvez esse velho filho da puta esteja envolvido com tudo isso. O homem abre uma porta e lá está William. Sentado atrás de uma mesa grande de madeira. Ele cumprimenta meu pai com afeto. William e papai se conhecem há muito tempo. Não me cumprimenta com o mesmo calor. Eu o olho com todo o ódio possível. - Sentem-se. – Fazemos. Sentamos nas duas cadeiras de frente pra ele. Tento disfarçar a tensão e a vontade de agarrar o seu pescoço. – Então o que os trazem aqui? – Eu olho pro meu pai, pra saber se ele prefere falar ou que eu fale. Ele decide falar. - Na verdade Will, queríamos saber de Josephine. – Antes que meu pai termine de falar ele interrompe. –Eu fecho minhas mãos pela raiva e vontade de quebrar a cara desse velho que mimou a filha o suficiente pra ela se transformar em uma vadia mau caráter. - Ah você quer saber da minha filha ingrata? Na verdade Rob, Josephine não me dá noticias há seis meses. Ela teve a coragem de me roubar dois milhões e desaparecer do mapa. A última vez que falei com ela, me disse que ficaria em Paris e tentaria reconstruir sua vida lá. Mas depois disso nunca mais falei com ela ou a vi. Se eu pegar aquela menina desgraçada eu darei uma surra nela e ainda a deixarei sem um centavo se quer. Velho falso filho da puta. A raiva foi mais forte que eu. Levanto-me e seguro o pescoço de William com as mãos o enforcando. Ele bate na minha mão com as dele, vejo seu rosto ficar vermelho e meu pai tenta tirar minhas mãos dele, mas não consegue. Ouço o barulho da porta sendo aberta e dois homens conseguem tirar William das minhas mãos. Ele me olha com ódio no olhar, mas nem se compara com o ódio que eu o olho. Ele passa a mão pelo pescoço e aos poucos volta a sua cor normal. Os homens ainda me seguram pelo ombro mantendo minhas mãos nas costas. Eu não tento me retirar do agarro. - Segure seu filho Robert! E tenha certeza de que ele não esta morto por que é seu filho. - Perdoe o Will. - Não sei onde esta a ingrata da minha filha, mas diga do que se trata. - Achamos que sua filha sequestrou a esposa do meu filho.
- Josephine não faria isso. Mesmo odiando seu filho por tê-la abandonada no altar. - Abandonei sua filha por que nunca a amei. Ela me chantageou pra casar, disse que estava grávida de um filho meu e ameaçou aborta-lo sem nenhum ressentimento caso eu não a fizesse minha esposa. - Sei do que ela fez e não pense que ela saiu ilesa por isso. Eu retirei sua mesada mensal. - Você a ajudou a tentar me processar mesmo sabendo que ela quem me fez sofrer mais. - Não ajudei a lhe processar seu imbecil. Ela fez por conta própria. Não tenho tempo nem paciência de acompanha-la nas suas idiotices. Se a encontrarem podem me chamar, tenho que dar uma lição nessa menina. - Só lhe digo uma coisa William, se encontra-la não vou me controlar! – O aviso apontando para o seu rosto. Eu me mexo pra soltar do agarro dos seguranças. E eles me soltam. Ele fica calado e eu e meu pai saímos da sua casa. Ando com passos fortes e largos até o carro. - Ele está mentindo pai. Devia tê-lo matado. - Você morreria logo depois meu filho. - Sem Alie não existe vida pai. Não me importa estar vivo se não a tenho. - Não desista Matt. - Não vou pai. Voltamos para a minha casa. O céu esta banhado pela escuridão da noite. Vamos todos para a sala de segurança avaliar as nossas opções. Temos que chamar a policia Matt. Se eles quisessem resgate já teriam ligado. Eles querem o pior. – Connor avisa. Passo as mãos pelo cabelo nervoso e tremendo ainda mais agora que a noite chegou e ciente do que o que ele me diz é verdade. Decido chamar a policia. Não bem a policia. Um amigo capitão de policia. Ligo pra ele e ele atende no ultimo toque. - E ai Matt. - Preciso da sua ajuda Staton. - Pode falar. - Você pode vir pra minha casa? É um assunto muito importante. - Tudo bem, chego rapidinho ai. - Obrigado. Staton é um velho amigo, estudamos juntos no colegial. **********
ALIE Sinto vontade de fazer xixi e começo a gemer pra ver se o gorila sentado na cadeira me ouve. Depois de um tempo ele ouve e vem até mim. - O que você quer moça? - Hum hum hum. – Idiota, como ele vai me entender. Ele me olha pensativo e tira o celular do bolso, disca um numero e põe o celular no ouvido. Depois de algum tempo ele fala. - A moça ta querendo alguma coisa. Tiro a fita? - Hum.....tudo bem.... ok. - Ela já tá vindo ai moça. - Ele se vira e volta a sentar na cadeira. Sinto minha bexiga doer, já seguro faz tempo. Sinto tanta saudade de Matt, só penso em como ele deve estar. Deve estar desesperado sem noticias minhas. As lagrimas insistem em cair, quando tudo que eu queria era segurar a água no meu organismo. Tenho que ser forte. Alguém abre a porta, olho e a vejo. Vestida em um short jeans claro com saltos altos e uma camisa manga longa vermelha. - Então vadia, o que você quer. – Ela vem na minha direção e puxa a fita da minha boca. Meus lábios ardem. - Preciso fazer xixi. – Ela ri. - Faça. - Preciso de um banheiro. -Você vai morrer idiota, não precisa se incomodar com isso. - Por favor, Josephine. Não faça isso. – Ela põe a fita de novo e eu continuo gemendo. Ela segue pra porta e fala com o homem. - Vá vigiar lá de fora. Você já esta olhando com pena. Não quero que sinta pena quando ela estiver morta. Antes de ir ele me olha com o canto dos olhos. - Você não viu nada ainda. Hoje é o seu primeiro dia. Como você esta sem a sua cama enorme? Sem todos aqueles empregados pra te servir? E o melhor, como você esta sem o calor do corpo do seu lindo maridinho? – Ela faz uma pausa e me olha. - Vamos faça xixi. Você é uma mulher grávida, não aguenta tanto tempo. Vamos. – A olho implorando que tenha piedade de mim. – Ela se aproxima e me segura pelos ombros. Começa a me sacudir e eu grito, mas a fita me impede que saia qualquer som. Eu então não aguento. Como uma criança de dois anos faço xixi na roupa. Começo a chorar mais uma vez pela humilhação. Sinto o cheiro forte da urina e o liquido quente na minha calça. Eu a olho com desprezo e raiva. Ela parece satisfeita pela minha degradação. Sorri com todos os dentes.
- Bom, amei a nossa conversa, mas agora me vou. Tenho uma festa pra ir. Amanhã venho pra cá e não sairei até te ver sem respirar! Dessa vez consigo segurar as lagrimas. Passo muito tempo olhando pro nada. Dormir seria impossível, mas consigo fechar os meus olhos e imaginar Matt falando com nossas filhas como fazia todos os dias. O imagino acariciar minha barriga e me beijar na boca com ternura. Agora posso ver o quanto fui estúpida muitas vezes com ele. Sempre esteve ao meu lado me ajudando e me aturando. Minha bexiga arde pelo tempo que demorei a fazer xixi. Volto a imaginar meus pais, meu irmão, meus amigos e toda a família juntos. Imagino Matt segurando duas crianças no colo. Duas loirinhas lindas, de olhos azuis. Idênticas ao pai. Sorrio por baixo da fita e consigo dormir.
******** MATT
Staton Chega e eu conto toda a história pra ele. Mostramos as fitas de segurança e ele observa atentamente. Staton é mais velho que eu um ano, é magro, seus cabelos são negros da cor dos seus olhos. Usa um bigode ridículo no qual caçoamos dele desde o fim da adolescencia - Bom, não tem como começarmos uma busca já que não temos um norte. Não podemos começar buscas pela cidade por que levantaremos suspeitas e eles podem mudar de local e assim ficará bem mais difícil de encontra-la. Vou passar a placa do veiculo para a central e tentar localizar o dono, mas acho que vai ser difícil. Também vou retirar as imagens dos homens na gravação e enviar para as delegacias. Eu aconselharia você a comer e tentar dormir amigo. Por hoje não conseguiremos mais nada. Mas amanha venho com uma equipe aqui e faremos tudo o possível. - Obrigado amigo. – Ele põe uma mão em cada ombro meu e eu o olho nos olhos. - Você precisa descansar. Faz o que eu te disse. – Eu concordo com a cabeça, mas sei que não será possível. - Tudo bem. E Staton se vai. Pelo menos tenho uma esperança. Vou para o quarto e sento-me na cama. Com os cotovelos na coxa e as mãos no rosto. Nada. Nenhum pensamento com nexo. - Trouxe comida pra você Matt. – Olho e vejo meu pai na porta com uma bandeja nas mãos. Ele e Connor vão dormir aqui. Disseram pra mamãe e Mandy que tinham um carregamento de material de pesca pra esperar. Não sei como elas caíram nessa. - Não estou com fome pai. Não tenho cede e muito menos vontade de dormir. Ele entra no quarto com a bandeja nas mãos coloca no móvel do lado da cama e em seguida senta do meu lado. Passa a mão nas minhas costas. Eu continuo na mesma posição.
- Nós vamos encontra-la filho. - Eu espero que sim pai. Não sou nada sem ela. - Você precisa comer alguma coisa, nem água vi você beber hoje. - Não quero pai. - Beba a água pelo menos. – Ele pega o copo de água na bandeja e me entrega. Bebo a água toda e bate no meu estomago como se pesasse uma tonelada. - Obrigada por tudo pai. - Por nada filho. – Ele sai do quarto e fecha a porta. Eu caio pra trás e com o antebraço cubro meus olhos. Lembro-me dela, do seu sorriso, seus lindos olhos verdes. Lembro-me do nosso casamento, de quando ela me disse que estava grávida, de tudo. Pego meu DVD no closet com a gravação da primeira vez que minhas filhas mexeram. Pego o travesseiro do seu lado da cama e vou para a sala de TV. Me deito no sofá gigante, lembrando-me das vezes que deitamos aqui para assistir a um filme. Lembro-me das vezes que tive que leva-la em meus braços para a cama. As lagrimas caem silenciosas pelo meu rosto enquanto ligo o aparelho. A tela cria vida e eu a vejo, linda deitada no colchão, meus sobrinhos com as mãos na sua barriga. Ela sorri inocentemente feliz e eu sorrio vendo as imagens, a maneira que ela me olha enquanto canto. Dou pausa no vídeo e caminho até a tela gigante da TV, passo a mão no seu rosto e fecho os olhos imaginando que a toco. Oh meu amor, eu irei até o fim do mundo pra te encontrar. Não vou desistir de você. Olho no relógio e é o horário que costumava conversar com as minhas filhas. Tentei o máximo possível não lembrar delas por que a dor é maior ainda. Não saber o que elas estão passando ou como estão. Se têm frio ou fome. Meu peito está dilacerado como se milhões de agulhas o perfurassem. Por que não eu pai. Por que não eu? Eu daria o mundo pra estar no lugar dela. Daria tudo que eu tenho. Daria até a minha própria vida pra ser eu no seu lugar. Sento-me com as costas no sofá e abraço o travesseiro sinto o cheiro do seu xampu de morango e chega a doer no meu coração pensar que talvez nunca mais o sinta no seu cabelo loiro.
ALIE
Acordo e sinto meu corpo todo doer, dormir sentada era a melhor opção e agora minhas costas doem, tento engolir saliva, mas não há nada, minha boca esta seca. Minha bexiga arde como se morresse de vontade de fazer xixi, mas provavelmente é infecção por ter segurado tanto tempo. Sei que meu corpo já economiza água por causa da desidratação. Não vou aguentar por muito mais tempo. As mucosas do meu nariz ardem quando respiro, sinto como se estivessem rachadas, minha boca deve estar ferida. Ardem-me os olhos ressecados e sem lubrificação. Sinto meu
coração bater acelerado. Não faço a mínima ideia de que horas sejam, mas sei que é dia pela claridade que entra pelas frestas da madeira. O suor escorre na minha testa me fazendo perder mais liquido. Não sou um ser humano em boa forma, por isso temo que não resista tanto. Minhas filhas não se mexem desde ontem, nem chorar posso por que não tenho mais água para as lagrimas. Meu estomago dói, dói pra caramba. Já não tenho mais tanta esperança quanto tinha ontem. Sinto o fio de vida que me resta sendo apagado. Não posso desistir, não por mim, mas por elas. Minhas filhas tem um mundo pra conhecer, tem um pai pra ver o rosto, e a mim também. Tem seus avós, seus primos, sua bisa, e até beer.
MATT
Sinto meu tempo acabar, um desespero interno me consome. Não sinto fome, nem sono. A noite passada foi torturante, apenas chorei e tentei imagina-la feliz e bem. Passei a noite sentado no mesmo lugar, cheirei tanto o travesseiro que pela manhã não havia mais nada. Não ter noticia de Alie e nem se quer uma ideia de onde ela possa estar me arrasa. Tomo banho e visto uma calça jeans e camisa. Vou para o meu escritório as 06:00am esperar por noticias. Sinto-me invalido. Procuro por algo. Qualquer coisa na gravação e nada. Entro na internet e busco alguma noticia sobre Josephine, mas nem mesmo as revistas de fofoca falam dela. Liguei para Staton quatro vezes já e ele não me dá nenhuma noticia boa. Mas diz que já enviou as fotos dos sujeitos para todos os postos policiais. Peço pra ele colocar recompensa, esqueci-me desse detalhe ontem à noite. Ele me convence a não por uma recompensa maior que um milhão, então a recompensa é de setecentos mil para o policial que localizar qualquer um dos homens. Agora já são 10:00am. - Você esta ai. – Connor entra. Não respondo, continuo olhando para o computador. – Tomou café da manha? – Tenho vontade de xinga-lo e pergunta-lo se ele enlouqueceu, se ele sentiria fome se não soubesse onde Mandy está. Eu o olho encarando-o. Pela sua expressão sei que meus olhos ainda continuam vermelhos da noite em prantos. Ele tira seus olhos dos meus e passeia pelo escritório. Percebo a sua expressão de tristeza ao ver as fotos de Alie. - Ela é linda não é?! – Eu digo me levantando e indo até o grande painel. - Sim, ela é. E é uma pessoa tão maravilhosa. –Seguro meus lábios com força, as lagrimas logo escapam facilmente. Acaricio sua imagem, a foto do nosso casamento. Tão perfeita. Recuso-me a acreditar que isso esta acontecendo. Meu telefone toca auto na mesa. Eu vou rápido e não caio, nem tropeço, nem esbarro em nada. Vejo que é Staton e atendo rapidamente. -Fala.
- Acabo de receber uma ligação, estão levando um suspeito para o 13º distrito. Estou indo pra lá agora. - Chego lá em 10 minutos. - Não quero que venha Matt. - Foda-se que eu não vou. – Ele suspira. - Sei que é teimoso e que virá. Não venha só e não venha armado entendeu. - Ok. – Pego minha pistola na gaveta e ponho na parte de trás da calça. Dirijo-me até a garagem e pego as chaves. Vou em direção ao Discovery da segurança. - Vamos com você. – Ravem, Connor e papai estão de pé a minha frente. - Eu dirijo. – Eu digo e entro no carro. Ravem senta do meu lado e papai e Connor atrás. Estou nervoso e com ódio, se esse homem for o que pegou minha Alie, ele estará morto logo após confessar. Ultrapasso todos os sinais vermelhos e chegamos em 8 minutos à delegacia. - Você está armado Matt? – Papai pergunta sussurrando, mas sei que Connor já disse que eu peguei a arma. - Sim estou e Ravem também. – Ravem de uma forma ou de outra sempre anda armado. Vemos Staton em uma mesa sozinho. - Onde ele está? - Estava esperando você para o interrogatório. - Onde estão as fotos dos suspeitos? – Ele abre uma pasta e me entrega a foto. - Não esqueça que não estamos na sua empresa e quem manda aqui é eu e não você. Mas não posso te culpar. - Obrigado Staton. – Ele assente com a cabeça. - Vamos esperar mais um pouco até ele ser levado a sala. – Bato meu pé no chão ansioso pra ver a cara do sujeito. Cinco minutos depois um policial vem falar com Staton. - Vamos. – Eu, papai, Ravem e Connor o seguimos. Passamos por duas portas e ele abre uma delas. – Fiquem aqui, verão e ouvirão tudo por este vidro, não podemos vê-los de lá. -Para com essa enrolação Stanton e vá logo. – eu digo com as mãos na cintura. - Não esqueça que o dono do cabaré sou eu. – Se eu não estivesse tenso e desesperado por estar sem minha mulher riria da piada desse filho da puta. Ele se afasta e sai da sala. A sala é escura e pequena, sem nenhuma cadeira ou fresta. Ficamos os quatro de frente para o vidro. Um policial entra na sala com um homem que estranhamente não está algemado. Indica ao homem a cadeira pra sentar. O policial se afasta e fica próximo a porta. Staton entra na sala. Eu travo minha
mandíbula e aperto meus dentes tanto que chega a doer. Olho pras imagens nas minhas mãos e não tenho certeza se ele realmente é um deles. - Miguel Sanchez é seu nome? – Stanton começa o interrogatório. O homem fica calado e olha imponentemente para ele. - Onde você estava ontem pela manhã? – O homem não esboça nenhuma reação. - Você sabe que é suspeito de sequestro e que se me colaborar com a policia poderemos diminuir a sua pena e dar algumas regalias. – O homem ainda nada. Fecho minhas mãos tentando controlar a vontade de quebrar o vidro e pular no pescoço dele. Que merda d policial é Staton? - Não sequestrei nenhuma vadia branca. - Calma Matt. – é o que escuto meu pai dizendo, mas já estou na porta saindo da sala. Entro na sala de interrogatório e pego o suspeito pela gola da camisa. - Você vai falar seu desgraçado. - Não tenho nada pra falar cidadão. – Jogo ele na cadeira. O outro policial olha pra Staton esperando pelo que ele vai dizer. Staton faz um sinal, ele assente com a cabeça e sai da sala. Staton vai até a porta e a tranca. Cruza os braços na frente do corpo como o outro policial fez antes. Olho pra foto e pro sujeito, me decepciono, não é ele, mas parece muito. Talvez um parente. - Você conhece este homem? – Ponho a foto em cima da mesa. Ele olha e vacila por alguns minutos. – Você conhece a porra deste homem? - O homem me olha com medo, sei que estou aterrorizante agora. Ele não responde. - Vem aqui Staton. – Ele vem até mim. – Segura a mão dele em cima da mesa. – Staton segura à mão do homem aberta em cima da mesa. Eu pego a pistola atrás da calça e Stanton não esboça a reação que eu esperava que era a surpresa. - Sabia que você viria armado seu bastardo. – Ele diz e sorri, eu sei que ele adora isso. Eu ponho a pistola apontada pra mão do homem. - Vamos começar de novo. – O homem não olha pra mim apenas olha pra arma. Eu puxo a trava de segurança e reformulo a pergunta. - Você conhece o desgraçado que esta nessa foto? – Ele fica calado. Atiro. O zumbido da pistola ecoa pela sala. O homem esta de olhos fechados e tremendo agora. Não atirei na sua mão, atirei com o cano tocando seus dedos para que ele sentisse apenas o calor. Olho pra ele sério. - Você tem três segundos pra falar. – começo a contar e enquanto conto vou aproximando a arma da sua pele, o cano ainda esta quente. – três, dois, um. – Quando o cano da arma toca sua pele, poderia jurar que ele se borrou de medo. - Não, por favor. Eu o conheço ele é meu primo - Onde ele está?
- Não sei, ele saiu de casa a mais de uma semana e estamos sem noticias dele. – Dou outro tiro do lado da sua mão e ele grita. Staton ri enquanto o homem chora. - Você não esta mentindo pra mim esta? - Não moço, não estou. Eu trabalho, sou um cidadão, tenho dois filhos pra cuidar, não disse antes por que não queria falar dele, minha família se envergonha senhor. – Me afasto do homem e ponho a mão no rosto. Meu deus o que eu fiz, poderia ter ferido esse homem. - Ele tem a ficha limpa Matt. – O filho da mãe me diz agora. E a conta de dois me comove. Dois filhos assim como eu deveria ter. Um homem não pode pagar pelo erro de um familiar. Vou até o vidro e bato depois chamo com a mão. O homem ainda chora nervoso no lugar. Papai e Connor entram na sala, Ravem espera do lado de fora. Meu pai esta da cor de um papel virgem. Connor está mais assustado ainda, olha pra minha mão e percebo que ainda estou com a arma. Como o cano já esfriou a ponho de volta no lugar. - Ta com seu talão ai pai? Esqueci o meu em casa. – Não tive tempo de pegar a carteira. Papai tira o talão da carteira e me entrega. Os cheques estão assinados. Preencho e entrego pro homem. Ele pega o cheque com as mãos tremendo. Quando vê a quantia sorri com todos os dentes. -Obrigado moço. - Cuide dos seus filhos, não deixem que façam o que seu primo faz. – Ele assente uma vez com a cabeça. E enche os olhos d’água. Staton olha assustado. - Aguarde ai. – ele avisa para o homem e eu saio da sala e os outros me seguem. - Por quinhentos mil reais eu deixava você atirar na minha mão. – Ele diz. - Você terá sua recompensa no final de tudo isso Staton. – Ele finge que não ouviu. - Vou continuar atento. Qualquer novidade ligarei pra você fique atento. Nós então saímos da delegacia. Papai não me questiona, sei que ele faria o mesmo. Passo em frente ao shopping e resolvo descer. Preciso saber o que Alie veio fazer aqui. - Me esperem aqui. – Eu digo e eles continuam calados. Não sei se fui tão assustador como eles fazem parecer. É um shopping pequeno, com lojas de grife; Armani, Paco, Chanel. Não sei o que Alie viria fazer aqui. Vou a cada loja e a pergunto se a viram. Um senhor de idade que fica em um quiosque de flores me diz que a viu. - Claro que eu vi uma moça muito bonita e sorridente. – Mania de sorrir pra todos. Seu problema era só comigo pelo que vejo. Tento parecer o mais natural possível disfarçando o meu transtorno. - Onde ela foi? - Na ultima loja do lado esquerdo do corredor.
- Obrigado. – Saio rápido e vou em direção à loja. É uma loja de coisas artesanais. Madeira, palha, tecido. Que diabos Alie veio fazer aqui? Uma vendedora mais simpática do que deveria vem até mim. - Posso ajuda-lo senhor. - Sim. Preciso saber o que essa senhora veio fazer aqui. – Mostro a foto de Alie no meu celular. Ela olha pra foto e pra mim como se houvesse mostrado uma foto minha e pedisse pra ela me apontar os sete erros.- Então? - Hum, ela veio fazer uma encomenda. - Já esta pronta? - Não podemos liberar sem o recibo. - Quanto custa? - 300,00 $. - Pego o cheque preencho e a entrego. Ela me olha e sorri mais ainda. Preenchi o cheque com mil. - Ficará pronto em uma hora. - Menos. - Vinte minutos. - Assim esta melhor. Ela sai e fala com as outras mulheres da loja e eu me sinto um peixe sendo exibido no aquário, se não tivesse tanta coisa pra pensar me sentiria incomodado. Quinze minutos depois ela me entrega. E eu seguro nas mãos e olho atentamente, meus olhos novamente enchem d’água. É uma moldura com três aberturas, a madeira é pintada de azul, com nuvens brancas e letras ao redor. As letras formam o meu nome se entrelaçando com o dela e um espaço vazio do lado. - Ela disse que voltaria depois pra colocarmos os nomes das filhas. Disse que ainda não decidiram. Você é o esposo dela? - Não consigo falar, apenas olho pra arte. – é o seu presente de aniversário. E as lagrimas caem livremente agora. Ela veio comprar meu presente de aniversário tão antecipadamente. Por isso veio sozinha, e sem avisar. Ponho a moldura de volta na sacola e saio rápido da loja. Vou para o carro e jogo a chave pra Ravem. Sento-me no banco de trás e Connor vai pra o banco da frente. Os espasmos incontroláveis do meu corpo me fazem emitir sons altos. Meu pai passa o braço pelos meus ombros e me abraça. Eu continuo chorando sem controle. Ah meu Deus o que será de mim. - Temos que encontra-la pai. Temos que encontra-la. - Nós vamos filho.
- Eu quero morrer sem ela pai. – Ele afaga a mão no meu ombro. Não me envergonho de ser um homem de 35 anos chorando nos braços do pai. Alie e minhas filhas são minha vida. Sem elas não sou ninguém, não sou nem a metade de um homem. Chegamos em casa e já é noite. Nada de ligação de Stanton e começo a me desesperar. Amaldiçoar, orar. Fazer tudo que posso.
ALIE A dor esta insuportável. Se minhas mãos estivessem soltas comeria meus dedos pra sobreviver. Mas nem isso tenho. E talvez não tivesse força pra levantar as mãos. O dia já se foi e a escuridão da noite faz o frio chegar. Josephine não veio aqui ainda. Deus não a deixe vir. - Cheguei putinha. – Ela me olha. – Nossa você ta horrível. Ao redor dos seus olhos esta roxo. – Desgraçada. - Trouxe algumas coisas pra você. – Ela diz. Nem me animo, com certeza não é comida nem água. Aproxima-se de mim. – Vamos tirar isso aqui, você não deve conseguir falar mais. Ela puxa a fita dos meus lábios e eu tento gritar, mas não sai nada. Meus lábios doem. Ardem. - Olha, seus lábios vieram na fita. Isso é tão legal. – Ela me mostra a fita e eu vejo a pele dos meus lábios lá. Tento fechar a boca, mas a dor não me possibilita. – Sairiam sangue, mas ele deve estar tão grosso que não vem até a borda da pele. Alias, pela quantidade de água que você perdeu, eles devem estar apenas nas suas veias, tentando levar oxigênio pelo seu corpo. Se esforçando para que seu coração não pare. – Ela sorri, Deus essa mulher é um monstro. Eu a olho sem forças pra nada. – Nossa o cheiro aqui esta horrível. Nem acredito que você fez xixi na calça. - Ela gargalha. - Eu estive pensando durante o dia, como agora não saio de casa e nem o idiota do meu pai posso ver, tenho muito tempo pra pensar. Pensei nas nossas diferenças. Mas acho que a única vantagem que você tem sobre mim, se é que isso é vantagem, é o tamanho do cabelo. Seu cabelo é enorme. – Finalmente vejo a sacola em cima da mesa. Ela tira algo de dentro e se volta pra mim. Vejo a tesoura nas suas mãos. - O que será que Matt pensaria de você se seu cabelo fosse curto igual ao meu? Não importa, ele nunca mais vai te ver mesmo. – Ela segura meu cabelo e eu não tenho forças nem pra gemer. Ela puxa meu cabelo e eu ouço o barulho da tesoura. Apenas um. Ela volta a ficar na minha frente e segura meu cabelo nas mãos. Pelo que senti e vejo, ela cortou na altura da minha nuca. Choro por dentro, mas de que importa um cabelo grande num funeral. Eu a olho e ela levou algo insignificante de mim. O que é um cumprimento de cabelo perto de Matt ou de minhas filhas. Minhas filhas e Matt, os único motivos pelo qual quero lutar. – ela sorri vitoriosa. - Não chore vadiazinha. Tudo acaba amanhã. Vou estar aqui pela manhã e esperar até a hora do almoço, caso você não morra o que vai ser difícil, eu a matarei, vou fazer surpresa. Fica mais interessante se você não souber do que vai morrer. Até mais, não morra de saudade. Ela se vai. E se houvessem forças e lágrimas eu choraria, choraria desesperadamente e gritaria, espernearia e faria tudo o possível, mas nada disso consigo. Tento pensar em coisas que me
façam querer lutar e não me entregar. Imagino Matt cantando pra mim. Fecho meus olhos e o vejo na minha frente sorrindo pra mim com seu violão de lado. Como fez da vez que nossas pimpolhas mexeram pela primeira vez. Pimpolhas agora esse termo me parece tão bom. A musica que o imagino cantar é I look to you de Whitney Houston. Canto cada frase lembrando-me de momentos que passamos juntos. A primeira vez que o vi, nós dois cantando juntos no Jeana’s, na boate de Maison quando transamos na frente de todos, quando dei a noticia da gravidez, quando nos casamos. Cada momento. Olho pro seu rosto lindo. E sei que ele me da força pra continuar assim como diz a musica.
Eu Olho Para Você Ao me deitar O céu me ouve agora Estou perdido sem uma causa Depois de me dar por inteiro
As tempestades de Inverno vieram E escureceram meu sol Depois de tudo que passei A quem posso me voltar?
Eu olho para você Eu olho para você Depois que toda a minha força se foi Em você posso ser forte
Eu olho para você Eu olho para você E quando as melodias se foram Em você ouço uma canção, eu olho você
A ponto de perder minha respiração Não há mais porque lutar Não há mais pensamentos de se reerguer Procurando por aquela porta aberta
E cada caminho que tomei Levou-me ao desgosto E não sei se vou conseguir Nada a fazer senão levantar a minha cabeça
Eu olho para você Eu olho para você Depois que toda a minha força se foi Em você posso ser forte
Eu olho para você Eu olho para você E quando as melodias se foram Em você ouço uma canção Eu olho para você
O meu amor foi todo destruído As minhas paredes vieram Desmoronando sobre mim A chuva está caindo A derrota está chamando Preciso de você para me libertar
Leve-me para longe da batalha Preciso de você para brilhar sobre mim
Eu olho para você Eu olho para você Depois que toda a minha força se foi Em você posso ser forte
Eu olho para você Eu olho para você E quando as melodias se foram Em você ouço uma canção Eu olho para você
Eu olho para você Eu olho para você...
MATT
Olho minha imagem no espelho do quarto e me lembro das tantas vezes que fizemos amor aqui, ou das vezes que apenas escovamos os dentes juntos ou das vezes que ela brigava comigo reclamando por tudo. Coisas tão simples, mas que me fariam dar tudo que tenho pra sentir de novo. Dinheiro pra que serve essa merda. Não serve pra nada. Nada! Por que não eu Deus? Por quê? Daria minha vida por ela sem pensar uma vez. Ela sempre foi tudo que eu quis, esperei por tanto tempo pra perdê-la assim? Bato a mão fechada no espelho, me odiando por ser tão inútil, soco mais uma e outra vez. Vejo o espelho se despedaçar e os nós dos meus dedos derramarem sangue sobre os pedaços, mas não paro. Preciso sentir dor pra saber que ainda vivo que ainda posso lutar por ela. Bato mais uma vez. Sinto alguém me agarrar por trás. Por um milésimo de segundo fico feliz, mas imediatamente percebo que não é ela. O cheiro é de Marissa. Minha irmã me agarra pelas costas pondo sua cabeça nas minhas omoplatas. Eu choro e toco o vidro quebrado com a testa. Ouço Marissa chorar também e agora sei que ela sabe o que se passa. Ainda bato no vidro com a mão. - Pare Matt, por favor, pare.
- Eu quero morrer Mar. – A chamo pelo apelido que usávamos quando éramos crianças, quando acontecia algo com ela e eu abraçava assim como ela fez comigo. Choro com espasmos que parecem tosse de tuberculoso. - Não diga isso meu irmão, não diga. – Ela me agarra e me guia até a cama. - Eu não a sinto mais Marissa. Não a sinto. – Ela me senta na cama e se ajoelha na minha frente. - O que diz Matt. - Não sei, apenas não consigo sentir sua alma. - Não seja idiota Matthew. Alie esta viva e nós vamos encontra-la. – Ela levanta e vai até o banheiro. Abre a porta do armário e tira o kit de primeiros socorros. Eu a observo com o pensamento em Alie. Como ela está agora? Marissa limpa a minha mão e a pele dos meus nódulos estão dilaceradas, não tanto como meu coração. Marissa faz tudo calada. - Você comeu? – Nego com a cabeça. - Vamos você vai comer. - Não tenho fome. - Você não tem fome? Você pode deixar de ser idiota. E se Alie for encontrada e precisar de você? O que você poderá fazer se estiver fraco e cansado. - Não vou dormir Marissa. - Não precisa dormir, apenas coma. Vamos. Ela termina o curativo na minha mão e limpa minha testa, em seguida me leva pelas escadas, de mãos dadas vamos até a cozinha. Sento na bancada. Ela abre a geladeira e começa a separar algumas coisas. - Onde está Norah? - Deve estar dormindo, é uma da manhã. - Como soube disso? - Norah me disse. - Norah? - Sim, me ligou chorando e disse que não sabia o que acontecia, disse que... – Percebo que ela não quer falar o nome de Alie, talvez por medo de me ver desabar de novo. - Disse que achava tudo muito estranho. Quando cheguei vi papai no jardim fumando, depois de vinte anos sem fumar. Percebi que algo muito sério acontecia. Depois de muitas tentativas ele me disse. Ela prepara um sanduiche pra mim. Entrega-me. Não sinto fome, mas penso no que ela disse. E se Alie precisar de mim, como vou ajuda-la se estiver fraco. Eu como a força o sanduiche e tomo o suco que ela me deu.
- Tente descansar Matt, qualquer coisa que soubermos te direi. Vou ficar com seu celular e avisa-lo de qualquer coisa. Por favor, irmão descanse. – Concordo, mas isso será impossível. Saio da cozinha e subo as escadas. Não vou para o nosso quarto, vou para o quarto das minhas pimpolhas. Está todo montado com os bercinhos, a poltrona, a cama, os armários. Olho pra moldura que Alie mandou fazer, a pendurei no meio dos sois berços. Sento-me na poltrona e balanço. Seríamos tão perfeito nós quatro aqui. Nunca ficariam sozinhas, sempre teriam eu e a mãe pra cuida-las. Como Alie dizia uma pra cada. Sorrio com a lembrança do seu sorriso lindo. A nevoa do sono e do cansaço de dois dias sem dormir me leva a um lugar, um lugar onde se sonha e nos sonhos temos tudo que queremos. Eu tenho Alie comigo agora. A tenho aqui, do meu lado agarrada a mim. Ela então me olha e eu vejo seu rosto, mas não a nada lá, nada, sem nenhuma expressão. Acordo e me levanto rápido. São quatro da manhã. Saio do quarto e vou para a sala de segurança. Ravem esta lá ouvindo o radio da policia. Ele me olha e consente com a cabeça. Eu me sento do seu lado pra ouvir também. Nada, são sete da manhã e nada ainda. Eu e Ravem pegamos um mapa da cidade e começamos a traçar rotas de lugares prováveis. Lugares abandonados e florestas. - Tio Matt. – Ouço a voz de Dom e ele parece que veio correndo de casa até aqui. Não olho pra ele, não tenho tempo. - Não tenho tempo agora Dom. - Sei onde tia Alie está. – Eu olho pra ele acreditando que ele acaba de fazer uma puta de uma brincadeira sem graça. - Você quer morrer garoto! - O olho matando. - Falo sério tio. Posso mostrar? - ele tira seu Macbook da mochila, põe na mesa e retira alguns cabos, pega também seu celular e conecta. - Primeiro me diga como soube de Alie? - Primeiro papai inventou uma desculpa esfarrapada pra mamãe, daí liguei pra casa do vovô e ele não estava e usou a mesma desculpa. Desde quando vovô espera carregamento com papai? - Daí tia Marissa comentou que o senhor havia ligado pra ela perguntando por Alie. Liguei pro telefone da tia Alie e deu desligado. Mas nunca tia Alie desliga o telefone, a não ser quando esta com raiva do senhor, mas mesmo assim ela apenas configura como eu a ensinei. – Traidor. – O senhor lembra-se do programa de segurança ou monitoramento que falei? - Lembro. – Ele me falou quando ele e os irmãos passaram o fim de semana aqui. - Então. Entrei no seu sistema de câmeras e vi que a casa estava movimentada, o próximo passo foi invadir seu computador e vi a filmagem do shopping. Foi ai que começou a parte mais difícil. Tive que acompanhar a movimentação do carro pelas câmeras das lojas da rua, anotar os horários e tentar ver o percurso que eles fizeram. Infelizmente ainda não consegui invadir satélites. Mas pelo que consegui ver eles só podem estar em dois lugares.
- Posso? – Ele me pergunta apontando pra caneta e eu o entrego. Ele levanta e vai até o mapa – Aqui – ele risca uma área verde no mapa. – Ou aqui. – Ele risca uma área de armazéns no porto da cidade. - Você tem certeza disso Dominic? – Ele revira os olhos. - Por que as pessoas não acreditam em mim? – Ele senta no computador e abre um arquivo. É um vídeo. As imagens do carro que vimos vai se alternando entre qualidade de imagem e ângulo, como ele mesmo disse são câmeras de lugares diferentes. Vemos exatamente quando o carro entra numa rua, a rua que vai para o porto e para o parque. Imediatamente ligo para Staton e informo que preciso falar com ele. Agora já são 09:00am. Dom conta tudo para papai, Connor e Marissa que também dormiu aqui. Staton chega rápido e passamos tudo pra ele. - Ok, vamos traçar um plano. Não posso chamar muitos policiais por que pode chamar atenção. Não acredito que ela esteja no parque, é um lugar movimentado durante o dia e a noite. Já o porto é sempre calmo. Acho que ela está lá. – Ele olha pra Dom.; - Sua mãe sabe que você anda mexendo com isso filho? Isso é ilegal. - Deixe o garoto homem, ele fez mais que a policia. – Ravem diz. - Vamos só eu, você e Ravem. – Aviso para Staton. - Não mesmo Matt. - meu pai diz. - Tudo bem Matt, mas vamos levar mais um segurança. Não sabemos quantos homens estarão lá. Vestimos os coletes a prova de bala com camisas largas por cima. Escolhemos as pistolas .40 com silenciador. Estou nervoso e ansioso para vê-la de novo. Dom , Marissa, papai e Connor ficam na minha casa e nós saímos exatamente as 2:00pm.
ALIE O sol me acorda e a dor não é tão forte mais, não consigo movimentar quase nem os olhos. Tento mover os dedos, mas nada acontece. Sinto-me cansada como se tivesse corrido uma maratona inteira. Estou sozinha no cômodo desde ontem. Meus olhos teimam em querer se fechar. A porta abre e eu vejo Josephine entrar com garrafas na mão. - Boooom diaaaa. – Ela diz animada. Entrando com o mesmo homem do dia anterior – Nossa você ta azul! – Ela ri. Poe as garrafas na mesa e vem até mim. O homem fica do lado da porta – Você parece estar no ultimo estagio. Esta na desidratação severa, a urina cessou definitivamente, perda temporária ou completa de sensibilidade e dos movimentos, parece cansada isso é pela falta de oxigenação dos sistemas. Você não vomitou isso é uma pena. Seria mais legal. Sua pele esta em tons azulados – Ela toca minha testa e pescoço. Em seguida limpa as mãos na calça. Sorri diabolicamente. – Pela sua temperatura posso dizer que teve perda de pressão sanguínea, nessa fase a morte é só uma questão de tempo. A internet é muito útil sabia. Vi tudo isso procurando no Google.
Sei que o homem sente pena de mim. Posso vê-lo engolindo saliva constantemente e olhando pra todos os lados evitando olhar diretamente pra mim. A olho sem nenhuma reação. Não consigo esboçar nenhuma, tenho apenas os pensamentos. - Não tenho tempo pra esperar você fechar os olhos e morrer, e não terá a mínima graça também. Trouxe algo mais emocionante. – Ela pega uma das garrafas na mesa, abre e em seguida derrama no colchão onde eu estou. O colchão fica encharcado com o liquido, o cheiro forme me deixa inebriada. Gasolina. Ela pega outra garrafa e joga nas paredes de madeira. – É assim que você vai morrer vaca. Com fogo. Os seus pelos vão se desintegrar com o calor e a sua pele vai derreter em seguida. Não vou ficar pra vê-la por que esse barraco todo vai queimar. Baixo a cabeça e fecho meus olhos. Esse será o meu fim. Sinto muito pelas minhas filhas que tenho fé que ainda estão vivas. Vão morrer sem ter tido a chance de conhecer o mundo. Sem ter visto o rosto do seu lindo pai, ou até mesmo o meu. Sinto tanto pelas coisas que fiz de errado. Peço a Deus que me perdoe pelas coisas de errado que fiz. Fecho os meus olhos fortemente para esperar a morte. Com meus lábios doendo consigo dizer uma ultima frase. Falo apenas para que minhas filhas possam ouvir e queria poder dizer a Matt olhando nos seus olhos como ele sempre fez comigo, apenas uma ultima vez. - Amo você! Mais que a vida! – A minha fé se vai e eu espero, a angustia toma conta de mim. Até que ouço um barulho, abro os olhos e vejo a porta indo abaixo, é Matt que aparece com uma arma na mão. Ele me olha e posso ver a repulsa no seu olhar. Seu peito sobe e desce com respirações fortes, ele passa a mão livre na boca com força e corre até mim. Pega meu rosto com as duas mãos e me olha nos olhos. Seus olhos estão vermelhos e lagrimas caem pelas suas bochechas. Sua barba esta por fazer. E ele olha pra minha boca, depois pro meu cabelo. Seus olhos arregalados e eu choro por dentro também, mas sei que minha expressão é gélida por fora. - Meu amor o que fizeram com você?! – Ele beija minha testa com força. Apertando meu rosto ainda mais.
MATT
Olho pro seu rosto horrorizado, mas imensamente feliz por ela estar viva. Embora, muito magra, seus lábios em carne viva e sua pele manchada. Ao redor dos seus olhos estão duas rodas roxas quase negras. Tenho que tira-la daqui antes que seja tarde. Posiciono-me no colchão molhado pra pega-lá nos braços e vejo que suas mãos estão amarradas, desato o nó rápido, mas Alie não mexe as mãos nem os braços. Talvez deva ter passado muito tempo assim. Meu Deus, minha pobre Alie deve ter sofrido tanto. -Oh meu amor daria tudo pra estar no seu lugar. – Ela não tem reação e meu desespero aumenta. Ponho o braço nas suas costas e o outro atrás das suas coxas pra levanta-la. Ravem, Stanton e o outro segurança ficaram com os quatro homens lá fora presos. Observamos aqui por um tempo pra ter certeza de que Alie estava. Quando a vi pela fresta tudo que quis foi entrar aqui e tira-la. Levanto Alie em meus braços.
- Que lindo os pombinhos vão morrer juntos. – Ouço a voz de Josephine e se Alie não estivesse em meus braços eu a mataria com as minhas próprias mãos. Sabia que era ela desde o começo. Olho em direção à voz e a vejo com um isqueiro aceso na mão. Agora entendo o que ela iria fazer, sinto o cheiro da gasolina no lugar. - Você vai morrer seu filho da mãe! - CALA A BOCA SUA VADIA! – Ouço dois tiros e só agora vejo o homem da foto do lado da porta. Ele atirou nos dois joelhos de Josephine. Ela cai no chão gritando, o isqueiro esta aceso na sua mão tocando o chão e as chamas tomam conta da madeira rapidamente. Balanço a minha cabeça pra ele uma vez em sinal de agradecimento. Quando saio pela porta Ravem e o outro segurança já iam entrando. Ravem olha pra Alie e vejo a sua expressão de tristeza. Staton esta com os homens algemados no chão. - Vamos Ravem. – Ravem vai para o carro e abre a porta pra mim. Deito Alie de lado com as costas encostadas ao meu corpo. Seus olhos estão fechados e sei que ela esta viva pelas batidas fracas do seu coração. Nós vamos em direção ao hospital rapidamente. Passo a mão pelo seu cabelo bem mais curto e lamento, lamento não pelo cabelo, mas por tudo que ela sofreu, lamento por não ser eu no seu lugar. Ligo para a Dra Lana e a aviso da emergência. Por sorte ela esta no hospital. Ravem estaciona o carro e sai rápido para abrir a porta de trás. Eu carrego Alie pra dentro. Assim que entramos Dra. Lana nos espera com uma maca. Deito Alie na maca e sigo a medica e os enfermeiros. Quando chegamos a uma porta me impedem de entrar. - Eu não vou ficar aqui. –Digo pra Dra. - Matt, vamos fazer os exames iniciais pra saber se as crianças estão bem. Em cinco minutos volto pra falar com você. – Um enfermeiro me encaminha até uma sala de espera. E eu ando de um lado pro outro preocupado. Mais tranquilo por que sei que Alie pelo menos esta viva. Ravem se junta a mim na sala. - Seu pai ligou e eu contei a ele. – Eu concordo com a cabeça. 15 min depois Dra. Lana entra na sala apressada. - Precisamos da sua autorização para a cesariana Matt. - Terá que fazer o parto? - Sim Matt, é um milagre elas estarem vivas sem água no corpo da mãe, mas não sei por quanto tempo vão permanecer assim. – Mas que merda. Como assim sem água? - Eu autorizo. E quero acompanhar a cirurgia! - Vou mandar uma enfermeira aqui pra te levar até lá. Vou me preparar. – Ela então sai da sala. Pouco depois uma mulher vestida de azul entra. - Vamos? – Eu vou à sua direção e me lembro da arma no cois da calça, volto tirando a arma e entrego a Ravem.
- Boa sorte Matt. – Assinto com a cabeça e vou junto com a mulher. Ela me leva pra uma sala e me entrega roupas verdes pra vestir. As mangas são até os pulsos. Me da uma touca, uma mascara e protetores pros sapatos. Depois de vestido nós vamos à sala de cirurgia. Sonhei tanto com esse momento e agora estou aqui presenciando, da maneira que nunca imaginei. Alie esta na mesa de cirurgia de olhos fechados. Com a mascara de oxigênio e ligada aos aparelhos. Dra. Lana esta com o bisturi nas mãos. Ela posiciona no ventre de Alie. - Esta anestesiada? – Eu pergunto alto e a medica me olha com raiva. Entendo como um sim. Aproximo-me mais e fico do lado da cabeça de Alie. Passando a mão pela sua testa. Nem parece a mulher que estava comigo há três dias. Bem mais magra e debilitada. Passo a mão na sua testa e olho para sua barriga. Depois que o corte esta feito a vejo por a mão dentro e viro a cabeça pela cena que parece ser macabra. Ela tira uma das meninas e choro vendo uma das minhas filhas em seus braços. A menina chora e eu sorrio de felicidade. Ela entrega pra um homem do seu lado e põe as mãos no lugar de novo. Ela mexe por um tempo e tira a outra criança pequena e frágil assim como a primeira. - Ela não respira. – Fico alarmado e olho atentamente pra médica. Dra. Lana a leva para uma mesa e faz massagem no seu peito. Vejo o alivio no rosto da médica e reflito a mesma expressão um milhão de vezes mais forte. Olho pras minhas filhas e as vejo sendo limpas, são tão pequeninas. Nasceram prematuramente e em circunstancias tão drásticas. Mas sei que estão bem. Sinto isso. Duas mulheres enrolam as bebes em tecidos rosas e vem até mim com as duas, eu olho para seus rostos pequeninos e rosados. Lindas como a mãe. Estão de olhos fechados. A enfermeira se nega a me dar as duas com medo por elas serem tão frágeis. - Temos que leva-las para a incubadora. – Sorrio feliz por ver que estão bem - Ok. Biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiip O bip que eu ouvia antes com o intervalo de um segundo fica constante. Os médicos se alarmam na sala. Olho para o monitor do lado de Alie e vejo a linha verde passando fina rodeada pela cor negra. Não sou medico, mas sei o que isso significa. Seu coração parou. Vou até Alie e seguro seu rosto. Implorando a Deus para que o bip volte ao normal. Os médicos falam e se movimentam, mas eu não escuto nada do que eles dizem. Tudo fica cinza e sem vida. Minha visão fica embaçada. - Não meu amor não. Resista por favor. Resista. – Choro alto, grito, chamo seu nome e imploro a Deus. - Não Alie não! Não morra, por favor! Não morra! - Maldição não. Não, não, não, não, não, não. – Sacudo seus ombros e não vejo nada acontecer. – Alie meu amor, não morra, por favor. Eu preciso de você. Nossas filhas precisam de você. – Sinto meu coração ser rasgado e dilacerado. Sinto como se fosse rasgado em milhões de padaços. Falta o ar pra mim. Meu peito sobe e desce com movimentos bruscos– Maldição não. - Você precisa sair. – Um homem me fala.
- Não eu tenho que ficar. Ela não pode morrer. Por favor, me deixe ficar. – Eu imploro. Uma das mulheres que estava antes na sala entra com dois homens a acompanhando. - Alie fique, por favor. Deus não a leve! Eu grito e chamo seu nome enquanto eles me levam arrastado. Eles me tiram para fora da sala e eu choro alto como uma criança, desesperado com espasmos constantes que movimentam todo o meu corpo. Minha vida acabou. Como vou viver sem Alie? Deus como? Quando estava sem ela era diferente, mas agora eu a vi morrer. Quando eles me deixam no corredor eu encosto-me à parede e escorrego até sentar no chão. Choro como nunca antes, choro, por que uma parte de mim foi embora, a parte mais importante da minha vida. A única mulher que amei, a mãe dos meus filhos, aquela que sempre sonhei e que a vida toda esperei. Como cuidarei das nossas filhas sem você amor. Quem vai ensina-las a pintar, quem vai ter a conversa sobre garotos, quem vai ouvir as suas coisas de meninas, quem vai ajudalas a organizar o casamento, você não pode ir Alie, não pode! Eu preciso de você. - Deus me leve no seu lugar. Tire a minha vida também pra parar de doer. Faz parar Deus. – Os soluços me fazem bater as costas na parede. Meu peito dói e eu esfrego, mas sei que no fundo essa dor nunca vai cessar. Vai estar comigo até o ultimo suspiro da minha vida. Vejo alguém ficar de joelhos na minha frente, mesmo com a visão turva pelas lagrimas vejo que é meu pai. Ele chora também e me abraça forte. Eu retribuo o abraço. E grito por que realmente sinto dor. - Ela morreu pai. Alie morreu. Ele não diz nada, mas sei pelo movimento de seu corpo que ele chora também.
Dois anos depois. morreu. FAZER VOCÊ SENTIR O MEU AMOR Quando a chuva estiver soprando no seu rosto E o mundo todo depender de você Eu poderia oferecer um abraço caloroso Para fazer você sentir o meu amor
Quando as sombras da noite e as estrelas aparecerem E não houver ninguém lá para secar as suas lágrimas Eu poderia te segurar por um milhão de anos Para fazer você sentir o meu amor
Eu sei que você não se decidiu ainda Mas eu nunca te faria nada de errado Eu sei desde o momento que nos conhecemos Não há duvidas na minha mente de onde você pertence
Eu passaria fome, eu ficaria triste e deprimido Eu iria me arrastando avenida a baixo Não, não há nada que eu não faria Para fazer você sentir o meu amor
As tempestades estão violentas sobre o mar revolto E sobre o caminho do arrependimento Embora ventos de mudança tragam entusiasmos e liberdade Você ainda não viu nada como eu
Eu poderia te fazer, tornar os seus sonhos realidade Nada que eu não faria Para fazer você sentir o meu amor Sentado no jardim sozinho com o violão encostado nas pernas canto essa canção. Daria tudo para não ter passado por aquilo. Ainda lembro-me daquele dia como se fosse hoje, o pior dia da minha vida o dia em que desejei morrer a viver sem ela. Lembra-la naquele estado de degradação, tão frágil e sofrida. E depois vê-la morrer. É inevitável molhar meu rosto ao lembrar daquele maldito bip. Todos os dias ao por a cabeça no travesseiro lembro-me deste dia. E sei que ele me atormentará para sempre. Sei que me lembrarei disso para sempre, e ainda dói.
- Papai, papai. – Olho pra trás e vejo minhas duas filhas lindas correndo em minha direção, seus cabelos loiros brilham com o sol da manhã. Vestidas iguais. Samara e Valentina. Samara que significa “guardada por Deus”, ganhou esse nome por que foi a primeira a nascer e Valentina significa “ forte, valente” Valentina foi tirada do ventre da mãe sem respirar. Mas graças a Deus as duas crescem perfeitas. Hoje é um dia muito difícil pra nós. Elas vêm até mim. São gêmeas quase idênticas, a única diferença é a cor dos olhos. Samara tem os olhos azuis como os meus e Valentina tem os olhos verdes como o da sua mãe. Elas se aproximam e Valentina tropeça e cai no chão, claro à filha com os olhos da mãe saiu a mim. Desastrada e desatenta. Ao contrario de Samara que esta sempre alerta. Eu vou até ela e a levanto. Samara me abraça pelo pescoço com ciúme. Valentina faz o mesmo que a irmã. - Você ta sorando papai? – Samara me pergunta. Valentina passa a mão no meu rosto e aperta o botão que abre as comportas. Eu choro em silencio. Elas me olham sem entender. - Papai ama vocês tá! Mais que a vida! - Elas me abraçam mais forte ainda. Sou um chorão incorrigível. - Eles chegaram. – Valentina avisa. Eu levanto e ponho uma em cada braço e as levo pra dentro da casa. Vamos para a sala principal que fica no andar de baixo. Lá estão eles, Joseph, Bem, Pam e Abby. Dom faz faculdade já, mas sempre nos vemos nos fins de semana. Já o disse que seu emprego esta garantido quando sair da faculdade. Jamais vou esquecer o que ele fez por nós. Todos sentados no sofá grande. - Sentem-se as duas. – Eu aponto pra poltrona menor que cabem as duas. Elas sentam. Todos me olham atentos querendo saber do que se trata a reunião. - Bom, como todos sabemos hoje é o primeiro dia de aula de Samara e Valentina. Chamei todos aqui por que estarão todos na mesma escola. Vocês – Aponto para as meninas- terão que protegêlas das meninas maiores que procurarem confusão. Também não deixaram que as duas se comportem mal. E vocês- Aponto pras minhas duas filhas que olham atentas. – tem que obedecer Pam e Abby. – Elas assentem desajeitadamente com a cabeça. - Vocês dois – Aponto para Joseph e Ben. – tem que protegê-las dos meninos entenderam. Nada de conversinha no intervalo, nada de dividir almoço e nada, nada de pegar na mão entenderam? - Sim tio Matt! – Eles me respondem Ben agora tem oito anos e Joseph dez. eles amam as primas e sei que farão a tarefa muito bem. Na escola que eles estudam existe um programa para menorzinhos, então nada melhor do que minhas filhas estudarem lá. - Não acredito que você ta fazendo isso amor! – Olho para a porta e lá esta ela. A minha mulher, o amor de uma vida inteira. O meu maior presente de Deus. O amor que sempre esperei e que tive a segunda chance de amar. Eu ainda choro por lembrar daquele maldito dia. O dia em que achei que iria ficar sem ela. Deus foi tão maravilhoso ao ponto de me devolvê-la. Quando sai da sala conseguiram reanima-la e trazê-la de volta a vida. Depois de alguns dias na UTI ela se recuperou. Nossas filhas passaram um mês na incubadora, nasceram prematuramente. Alie esta mais linda do que qualquer mulher que já existiu. Vestida de calça jeans colada nas coxas e abertas em baixo, uma camisa branca de cetim sem mangas e um cordão negro grande por cima
da camisa. De salto alto negro preparada para ir trabalhar. Abro um grande sorriso e vou até ela. A beijo apaixonadamente e eu a faço sentir o meu amor todos os dias. Por que eu tive mais uma chance. - Ecaaaa. – Solto Alie e vejo as crianças fazendo careta. Alie se abaixa. - Cadê o beijo da mãe e da tia? – Alie pergunta e todos vêm na sua direção. Acho que mesmo quando estiverem casados vão correr para abraça-la. - Você também papai. – Eu me abaixo e os abraço também. Josephine morreu da maneira que pretendia matar Alie. Seu pai soube, mas não fez caso da morte da filha. Talvez tenha sido um grande alivio pra ele. Depois de tudo papai me disse que William é traficante de armas, por isso todo aquele medo. Nunca estive tão feliz. E tudo aquilo que desejei um dia tenho em dobro agora. FIM.