UNIVERSIDADE VILA VELHA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO GEORGE CAMINADA BOAMORTE FILHO
ESTUDO DE VIABILIDADE DO REUSO DE CONTÊINERES PARA CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO SUSTENTÁVEL
VILA VELHA 2018
GEORGE CAMINADA BOAMORTE FILHO
ESTUDO DE VIABILIDADE DO REUSO DE CONTÊINERES PARA CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO SUSTENTÁVEL
Dissertação apresentada à Universidade Vila Velha, como requisito parcial da graduação em Arquitetura e Urbanismo, para a obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Prof. Ms. Augusto César Gomes Braga
VILA VELHA 2018
“Nunca vá dormir sem um sonho, nunca te levantes sem um motivo.” Autor desconhecido.
Agradecimentos Agradeço aos professores da área de Arquitetura e Urbanismo da UVV Universidade Vila Velha, que muito contribuíram com seus conhecimentos para minha formação. Ao Professor Mestre Augusto Braga, pela paciência e pelo tempo dedicado na orientação deste trabalho. Agradeço especialmente às tias Leda Aguiar Kejok e Leila Keijok Spitz, familia, pois sem elas não teria chegado até aqui. À Vivianni Pifano, amiga e parceira de trabalhos e à Teresa "Tixa" Falchetto, minha companheira amada, pelo apoio e puxões de orelha. Ao grande amigo, Engº Ronaldo Damazio de Jesus, e, A todos amigos que conquistei ao trilhar esse caminho.
Muito agradecido!
George Caminada Boamorte Filho
Resumo
Esse trabalho tem a finalidade de fazer um comparativo de custos entre uma edificação de alvenaria de bloco estrutural e uma unidade habitacional sustentável, construída a partir do reuso de contêineres de transporte marítimo tentando verificar a viabilidade desse sistema construtivo no Brasil. No desenvolvimento desse trabalho adotou-se como base os valores estabelecidos pelo SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil de abril de 2018, supondo ao final, após comparados os custos obtidos para cada um dos modelos, que podemos chegar a conclusão da viabilidade ou não do reuso de contêineres marítimos para fins de habitação sustentável. Após o comparativo através da tabela citada e do CUB/m² - Custo Unitário Básico do SINDUSCON que é de R$1.426,02/m² (Hum mil e quatrocentos e vinte e seis reais, por metro quadrado) de construção no ES concluiu-se que o reuso de contêineres gera uma economia em relação à construção tradicional que varia de 20 a 40%, substancial para a população, sobretudo, a de baixa renda. Pode-se afirmar baseado nas pesquisas literárias, na internet e através de entrevistas que, em termos de capacidade de adaptação, técnicas construtivas o reuso de contêineres indica um pleno atendimento a requisitos básicos de moradia sustentável.
Palavras chaves: contêiner, habitação sustentável, reuso.
ABSTRACT
This work has the purpose of comparing costs between a structural masonry building and a sustainable housing unit, built from the reuse of shipping containers trying to verify the viability of this constructive system in Brazil. In the development of this work, the values established by SINAPI - National System of Costs Surveys and Indices of Civil Construction of April 2018 were adopted, assuming at the end, after comparing the costs obtained for each of the models, that we can reach conclusion of the feasibility or otherwise of the reuse of marine containers for the purposes of sustainable housing. After comparing it through the cited table and the CUB / m² Basic Unit Cost of SINDUSCON, which is R $ 1,426.02 / m² (One thousand four hundred twenty-six reais, per square meter) of construction in the ES, it was concluded that reuse of containers generates an economy in relation to the traditional construction that varies from 20 to 40%, substantial for the population, especially the low-income population. It can be affirmed based on the literary researches, in the internet and through interviews that, in terms of capacity of adaptation, constructive techniques the reuse of containers indicates a full attendance to basic requirements of sustainable dwelling.
Key words: container, sustainable housing, reuse.
LISTA DE FIGURAS Figura 1. Contêineres sendo embarcados no Porto de Capuaba – Vila Velha- ES. . 11 Figura 2. Contêiner integrado REEFER (rf / rh) – refrigerado .................................. 12 Figura 3. Contêiner DRY CARGO (dc/dv/hc) – Dry Box ........................................... 13 Figura 4. Contêiner OPEN TOP (OT) ....................................................................... 14 Figura 5. Contêiner FLAT RACK (FR) ...................................................................... 14 Figura 6. Contêiner OPEN SIDE (OS) ...................................................................... 15 Figura 7. CSC - Placa de Identificação. .................................................................... 16 Figura 8. Contêiner que transportou produtos químicos. .......................................... 17 Figura 9. Esta foto demonstra uma corrosão perigosa, porém de difícil identificação, pois vem de baixo para cima ..................................................................................... 17 Figura 10. Teto de um Contêiner .............................................................................. 20 Figura 11. Estrutura de um Contêiner ...................................................................... 21 Figura 12. Empilhamento transversal ....................................................................... 21 Figura 13. Empilhamento longitudinal ...................................................................... 21 Figura 14. União entre Contêineres.......................................................................... 22 Figura 15. Corte de chapa com maçarico. ................................................................ 23 Figura 16. Corte de chapa a plasma. ....................................................................... 24 Figura 17. Longarinas laterais superior e inferior e poste. ........................................ 24 Figura 18. Execução de recorte de vãos em Contêineres ........................................ 25 Figura 19. Recorte de vão em Contêineres. ............................................................. 25 Figura 20. Instalações elétricas em Contêineres ...................................................... 26 Figura 21. Instalações elétricas em c Contêineres ................................................... 26 Figura 22. Instalações hidrossanitárias em Contêineres .......................................... 27 Figura 23. Instalações sanitárias em Contêineres .................................................... 27 Figura 24. Instalações em Contêineres .................................................................... 28 Figura 25. Sistema de captação de águas pluviais. ................................................. 29 Figura 26. Contraventamento da estrutura do Contêiner. ........................................ 30 Figura 27. Ilustração da ação do calor durante o dia e a noite ................................. 32 Figura 28. Piso de cortiça.. ....................................................................................... 33 Figura 29. Argila Expandida. .................................................................................... 34 Figura 30. Manta de Fibra de Poliéster. ................................................................... 34 Figura 31. Fibra cerâmica. ........................................................................................ 35 Figura 32. Lã de rocha. ............................................................................................ 36 Figura 33. Lã de Vidro. ............................................................................................. 36 Figura 34. Lã de pet - Isosoft. ................................................................................... 37 Figura 35. Película para vidros. ................................................................................ 38 Figura 36. Vidros de proteção solar.......................................................................... 39 Figura 37. Etapa de construção Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo. .. 41 Figura 38. Etapa de construção Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo. .. 42 Figura 39. Etapa de construção Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo ... 42 Figura 40. Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo ..................................... 43 Figura 41. Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo. .................................... 43 Figura 42. Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo - Planta Baixa - Térreo.44 Figura 43. Perspectiva Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo. ................ 45
Figura 44. Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo. .................................... 45 Figura 45. SixtyOne - África do Sul - Projeto e construção: Michael Hart Architects e Citiq Construções. ..................................................................................................... 47 Figura 46. SixtyOne - Apartamento. ......................................................................... 48 Figura 47. Pavimento térreo de casa c Contêiner com espaços integrados. ............ 49 Figura 48. Planta de cobertura ................................................................................. 49 Figura 49. Montagem da Casa Contêiner - Casa + Sustentável - J. Camburi .......... 49 Figura 50. Montagem da Casa Contêiner - Casa + Sustentável - J. Camburi. ......... 50 Figura 51. Montagem da Casa Contêiner - Casa + Sustentável - J. Camburi. ......... 50 Figura 52. Vista Interiorda Casa Contêiner - Casa + Sustentável - J. Camburi. ....... 51 Figura 53. Vista da Casa Contêiner - Casa + Sustentável - J. Camburi. .................. 51 Figura 54. Planta baixa (tipo) humanizada da unidade habitacional ........................ 53 Figura 55. Fachada de fundos. ................................................................................. 54 Figura 56. Vista interna da sala de estar/ jantar a apartir do fundo. ......................... 54 Figura 57. Vista da sala de estar/ jantar e cozinha a partir da entrada principal ...... 55 Figura 58. Vista do quarto. ....................................................................................... 55 Figura 59. Vista da cozinha. ..................................................................................... 56 Figura 60. Vista do banehiro social. ......................................................................... 56 Figura 61. Vista do banheiro da suíte. ...................................................................... 57 Figura 62. Contêiner de Reuso................................................................................. 57
LISTA DE SIGLAS
COV - Compostos Orgânicos Voláteis CSC - Convenção pela Segurança dos Contêineres CUB - Custo Unitário Básico INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia ISOSOFT - Isolante termo acústico feito a partir da reciclagem de garrafas plásticas SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil UV - Ultra Violeta
SUMÁRIO CONTÊINERES – BREVE HISTÓRICO ............................................................. 4
1. 1.1.
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 5
1.2.
JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................. 6
1.3.
OBJETIVOS................................................................................................................................... 8
1.4.
METODOLOGIA ........................................................................................................................... 9
2.
O CONTÊINER ................................................................................................. 11 2.1.
TIPOS DE CONTÊINERES ............................................................................................................ 11
2.2. COMO ESCOLHER UM CONTÊINER PARA REÚSO NA CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO SUSTENTÁVEL ....................................................................................................................................... 15
REQUISITOS DE MONTAGEM – ESTRUTURA, CORTES E SOLDAGEM .... 20
3. 3.1.
ESTRUTURA ............................................................................................................................... 20
3.2.
UNIÃO ENTRE CONTÊINERES .................................................................................................... 22
3.3.
RECORTE DE VÃOS PARA INSTALAÇÃO DE ESQUADRIAS ......................................................... 22
3.4.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E LÉTRICAS EM CONTAINERS ...................................................... 26
3.5.
COLETA E ARMAZENAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS ................................................................. 28
3.6.
REVESTIMENTOS E ACABAMENTOS.......................................................................................... 30
4.
CONFORTO TÉRMICO .................................................................................... 32 4.1.
O TRATAMENTO TÉRMICO E EACÚSTICO ................................................................................. 32
4.2.
TIPOS DE REVESTIMENTOS TÉRMICOS E ACÚSTICOS ............................................................... 33
4.2.1. PISO DE CORTIÇA ...................................................................................................................... 33 4.2.2. ARGILA EXPANDIDA .................................................................................................................. 33 4.2.3. MANTA DE FIBRA DE POLIESTER ............................................................................................... 34 4.2.4. FIBRA CERÂMICA....................................................................................................................... 35 4.2.5. LÃ DE ROCHA ............................................................................................................................ 35 4.2.6. LÃ DE VIDRO.............................................................................................................................. 36 4.2.7. LÃ DE PET - ISOSOFT ................................................................................................................. 37 4.2.8. TINTA ISOLANTE TÉRMICA: ....................................................................................................... 37 4.2.9. PELÍCULAS PARA VIDROS – 3M PRESTIGE................................................................................. 38 4.2.10. VIDROS DE PROTEÇÃO SOLAR: ................................................................................................. 39
5.
6.
ESTUDOS DE CASOS ..................................................................................... 41 5.1.
PROJETO DANILO CORBAS ........................................................................................................ 41
5.2.
PROJETO SIXTYONE ................................................................................................................... 47
5.3.
PROJETO CASA MAIS SUSTENTÁVEL ......................................................................................... 48
O PROJETO ..................................................................................................... 53
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7. PLANILHAS COMPARATIVAS DE CUSTO: ALVENARIA ESTRUTURAL X CONTÊINER ............................................................................................................. 60 8.
CONSISERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 71
9.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 72
10. ANEXOS ........................................................................................................... 74
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BREVE HISTÓRICO INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS
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1. CONTÊINERES – BREVE HISTÓRICO Os primeiros contêineres foram desenvolvidos pelo exército americano para fins de armazenamento em 1950, com as medidas de 6x6x8 pés, e ficou conhecido como Container Express Service (CONEX). Somente em 1955 que o americano Malcolm McLean (que mais tarde veio a ser conhecido como o pai da conteinerização) criou o Contêiner. Como caminhoneiro transportava sua carga em caixas e sentia uma grande dificuldade com a perda de tempo no descarregamento das mesmas. Então, ele teve a ideia que revolucionou o sistema de transportes mundo afora: criou um grande Contêiner,
com medidas
padronizadas de 35x8x8.1/2 pés no qual toda mercadoria era alojada e desembarcada de uma só vez. Essa ideia evoluiu para grandes caixotes de aço com 20 pés e 40 pés, o que se tornou padrão mundial. (VENÂNCIO, 2017). Segundo o Conselho Mundial de Transporte (World Shipping Council), por volta de 1961, o interesse dos comerciantes pelos contêineres aumenta, o que faz com que surja a necessidade da padronização de suas medidas e a criação de normas para sua fabricação e transporte, as quais, em virtude das divergências entre as propostas dimensionais da ASA - American Standards Association, americana e da ISO - International Standards Organization, europeia, só foram concluídas em 1968, quando aceitas e adotadas as propostas normativas europeias (ISO) por quase todo o mundo. O contêiner de acordo com o Artigo 4º do Decreto Presidencial nº 80.145 de 15 de agosto de 1977, é um recipiente construído de material resistente, destinado a propiciar o transporte de mercadorias com segurança, inviolabilidade e rapidez, dotado de dispositivo de segurança aduaneira e devendo atender às condições técnicas e de segurança previstas pela legislação nacional e pelas convenções internacionais ratificadas pelo Brasil. Por ter adotado as especificações da ISO, o Brasil fundamentou todas suas instruções técnicas, tanto para o uso como para a fabricação de contêineres em nosso território, baseadas naquelas normas. A tecnologia dos contêineres chegou ao País por volta de 1970, sendo a ABNT e o Inmetro as instituições responsáveis por sua fiscalização, seguindo a normatização definida pela ISO em 1968, (SANTOS, 1982).
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1.1. INTRODUÇÃO A habitação ainda nos dias de hoje é um dos grandes problemas nacionais. Estudos comprovam que já na primeira década do século XXI, temos um déficit habitacional de mais de 6,5 milhões de unidades, o que corresponde a aproximadamente 12% dos domicílios do país, essa porcentagem é caracterizada principalmente pela coabitação familiar, o que segundo a Fundação João Pinheiro, é quando mais de uma família mora no mesmo domicílio, este é fator responsável por 43,1% do déficit habitacional brasileiro, depois vem gastos excessivos com aluguel (30,6%), domicílios precários (19,4%) e adensamento excessivo de domicílios alugados (6,9%). (FJP, 2015). Diante desse fato, torna-se imprescindível desenvolver soluções eficientes para a questão da habitação, não se limitando apenas em projetar e construir moradias com custo mais baixo, mas também que possuam qualidades, como ergonomia, privacidade, conforto e em especial, uma maior sustentabilidade. Desse modo, aqui é apresentado, embora não seja fato inédito, uma possibilidade do reaproveitamento de um material nobre e descartado depois de certo tempo de uso, contêineres ou containers (do inglês) que para esse fim, tornam-se interessantes pois permitem a construção de forma rápida e limpa, podendo se criar várias combinações com a mesma estrutura aliada a outros tipos de materiais, além de poder atender as necessidades de cada individuo. Tendo em vista que as políticas públicas criadas para suprir a carência de moradia não tem sido eficazes, a partir do momento que as soluções projetuais são padronizadas para todas as regiões do País, sem levar em conta as diferenças de solo, diferenças climáticas, os programas de necessidades parecem todos iguais e até muitas vezes não existem, alternativas podem e devem ser pensadas para suprir esse problema. Pensando nessa situação adotou-se um método comparativo entre dois módulos habitacionais, o primeiro com o modelo construtivo tradicional, em alvenaria estrutural, de aproximadamente 70,00m² e o segundo propondo a reutilização de containers marítimos para fins habitacionais tomando como exemplo um módulo habitacional utilizando-se como base dois contêineres de 40 pés, mais exatamente 12,20m de comprimento e 2,44m de largura. E para uma comparação de custos adotou-se os índices estabelecidos pelo Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil de abril de 2018, chegando-se à conclusão da
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viabilidade do reuso de contêineres marítimos para fins de habitação sustentável e que isto pode trazer benefícios tanto ambientais como sociais. Em termos de capacidade de adaptação, o reuso de contêiner indica um pleno atendimento a requisitos básicos de moradia sustentável: - ventilação, isolamento termoacústico, pintura, cortes, iluminação, rede hidrossanitária e acabamento, sem desperdício e sem a geração de resíduos de obra, podendo-se concluir que do ponto de vista ambiental, o reuso apresenta-se como uma solução em termos de destinação adequada, e, do ponto de vista técnico e estrutural, destaca-se, a ampla diversidade de adaptações, redução dos impactos ambientais, redução dos problemas relacionados a recalques de fundação, dentre outros aspectos.
1.2. JUSTIFICATIVA O desenvolvimento sustentável está pautado numa nova relação entre meio ambiente e o ser humano. Baseado nessa perspectiva, assim foi desenvolvido este trabalho, com o intuito de concluir a viabilidade, ou não, da utilização de contêineres marítimos para fins de construção sustentável e se tal uso pode vir a gerar benefícios de ordem social e ambiental. Depois de usados por longos períodos de tempo, em dez anos em média, os containers são nacionalizados, ou seja, é feita a baixa de seu registro de origem e descarte em qualquer país do mundo. Neste estado não podem mais transportar mercadorias, pois acabam virando sucatas. (BIANCONI, DEMÉTRIO e PICCOLI,2012, p. 12)
Para o uso de contêineres nas habitações sustentáveis, Aguirre, Oliveira e Brito Correa (2008) destacam que: Em um
país de dimensões continentais, nossa região apresenta
características que a torna singular; não só nosso clima é diferente, mas também a maneira como vivemos e percebemos o espaço que nos diferencia do restante do país. Estas questões, raríssimas vezes, são levadas em conta [...] Normalmente questões como quantidades de habitações e valores monetários são colocadas acima de aspectos de adequação da proposta, fator decisivo que faz com que a maioria dos projetos sofra alterações assim que são concluídas as obras. (AGUIRRE, OLIVEIRA e BRITO CORREA, 2008 p. 01).
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“Um dos maiores atrativos da utilização de contêineres para fins de habitação é a possibilidade de futuros deslocamentos e a possibilidade de modificações na unidade habitacional atendendo à demanda por flexibilidade na arquitetura.” (AGUIRRE,OLIVEIRA e BRITO CORREA, 2008, p.04). Para Alfonsim e Fernandes (2003), a habitação desempenha três diferentes funções: Função Social - abrigo da família, base para o seu desenvolvimento; Função Ambiental - inserção no ambiente urbano com garantia da qualidade do espaço construído e Função Econômica - novas oportunidades de geração de emprego e renda, além da profissionalização. Uma forma de reutilizar esse material extremamente sustentável e durável, tirando-o da natureza, é na construção civil. Outro fator que o torna sustentável é a sua durabilidade, por ser uma estrutura projetada para resistir às piores condições climáticas (frio e calor), além de resistência à água salgada, fortes ventos e tempestades, estas construções podem durar por até 90 anos, com um custo benefício bastante atraente se levarmos em conta as construções tradicionais de alvenaria que são dispendiosas do ponto de vista da mão de obra e dos materiais comumente utilizados. Para as questões ambientais envolvidas no projeto com contêineres, considerandose o que diz Tavares (2010), “desenvolvimento sustentável é o que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades”. Fica evidente que a construção de moradias com contêineres é comprovadamente uma alternativa altamente sustentável. Entre as inúmeras justificativas podemos citar: - A economia de água na obra, embora esta não seja vista e nem tratada como material de construção, seu consumo é bastante elevado. De acordo com a Revista Sustentabilidade (Revista On-line, “Consumo de água nos canteiros”, acessada em 16/11/2017), para a confecção de um metro cúbico de concreto, se gasta em média de 160 a 200 litros e, na compactação de um metro cúbico de aterro, podem ser consumidos até 300 litros de água, o que não acontece em obras com contêiner. Além disso, reutilizar um material nobre descartável, como o contêiner proporciona economia de recursos naturais que não foram utilizados na construção da casa: areia, tijolo, cimento, água, ferro etc., (MILANEZE et al. 2012). Isso gera uma obra mais limpa, com redução de entulho. O planeta clama por soluções construtivas que não só reduzam drasticamente o desperdício de materiais e recursos, como possibilitem deslocamentos de “imóveis” evitando as demolições, que são os
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maiores responsáveis por colocar a indústria da construção civil como a grande consumidora de recursos naturais do país, em torno de 75% destes. A construção com contêiner também consegue agregar ao projeto várias técnicas sustentáveis como captação da água da chuva, adoção de telhados verdes, e inovações tecnológicas que tragam mais conforto térmico para a habitação, como o Isoft (isolante térmico e acústico) feito a partir de garrafas PET 100% recicladas, comercializada na forma de manta ou painéis. Sendo assim, são vários os benefícios da casa contêiner, como, por exemplo:
Sustentabilidade, feitas com material reciclável (Aço Corten);
A economia é considerável em comparação com uma construção tradicional, de alvenaria estrutural, por exemplo;
É possível criar um design muito mais inovador e único, através da modulação que os contêineres podem proporcionar.
Por outro lado, de acordo com Kotnik (2010), as maiores desvantagens do reuso de contêineres na arquitetura são: Dimensões limitadas e espaço reduzido; Possibilidade de contaminação; Variação de temperatura com a necessidade de isolamento termoacústico; Dificuldades de transporte e mão de obra qualificada; Problemas para a aprovação do projeto/obra e, ainda, Pouca tradição e falta de conhecimento ocasionando certo preconceito.
1.3. OBJETIVOS GERAL Elaborar um comparativo de custos através de tabelas entre uma construção tradicional em alvenaria estrutural (com aproximadamente 70,00m²) e uma outra utilizando contêiner (também com aproximadamente 70,00m²) buscando analisar a viabilidade do reuso de Contêineres marítimos para a construção de uma unidade habitacional unifamiliar, flexível, sustentável e que poderá ser inserida em qualquer terreno, plano ou acidentado. Vale ressaltar que as tabelas não contemplam valor da
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compra do terreno, apenas custos com aquisição dos contêineres, modificações e construção.
ESPECÍFICOS Elencar os tipos de contêineres mais propícios para o reuso na construção de habitação unifamiliar;
Demonstrar as alternativas existentes para o tratamento térmico e acústico;
Listar as formas existentes para realizar a união entre dois ou mais contêineres;
Demonstrar a maneira mais prática para instalação dos sistemas hidráulico e elétrico;
Mostrar tipos de recortes no contêiner para colocação das aberturas e no que elas implicam em termos estruturais, e,
Listar os tipos de revestimentos e acabamentos de custo acessível aplicáveis em um contêiner, para torná-lo habitável e sustentável;
1.4. METODOLOGIA O uso de Contêineres ainda é pouco difundido no Brasil e com certo preconceito da população, de possíveis usuários/moradores desse tipo de moradia, além, claro, dos empresários do setor, de um modo geral. Este trabalho visa exatamente mostrar o comparativo entre um modelo de habitação unifamiliar de alvenaria de bloco estrutural, com outro, sustentável, de baixo investimento e criatividade a partir de contêineres usados, associados a materiais de baixa manutenção e duradouros.
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REFERENCIAL TEÓRICO
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2. O CONTÊINER Contêineres precisam de um descarte correto, o que via de regra não acontece, “já que são produzidos a partir de materiais metálicos e não biodegradáveis, o que os torna um grande problema, pois formam montanhas de lixo no contexto urbano das cidades portuárias.” (MILANEZE et al., 2012, p.616). (Figura 1). Figura 1. Contêineres sendo embarcados no Porto de Capuaba – Vila Velha- ES.
Fonte: Acervo Heliomar Venâncio, 15/04/2018
2.1. TIPOS DE CONTÊINERES O contêiner é feito com um material extremamente resistente e por isso é possível fazer casas de dois, três e até quatro pavimentos. De utilização temporária ou permanente, proporciona flexibilidade às necessidades dos usuários, sendo de grande durabilidade (cerca de oito anos como contendor para transporte e 100 anos como produto, o que dá uma margem de 92 anos para fins de moradia), pois é projetado para suportar o mau tempo e as longas distâncias, o que favorece a mudança espacial e visual em uma proposta arquitetônica (KOTNIK, 2008; SLAWIK et al., 2010). Os contêineres utilizados para a produção de construções são chamados de Containers Dry, feitos de um aço extremamente durável e resistente (Aço Corten) e
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destinados ao transporte de mercadorias líquidas e não poluentes, sendo normatizados pelo Padrão ISO e sujeitos a restrições de manutenção. Existem basicamente 03 (três) tipos de contentores, os quais se diferenciam pelo comprimento (C): 20, 40 e 45 pés (1 pé = 30,48cm), sendo que os mais reutilizados na construção civil são os dois primeiros, respectivamente com cerca de 6,10m e 12,20m de comprimento externo (internamente, as medidas perdem cerca de 20 cm, ou seja, passam a ser: 5,90m e 12,00m). A largura (L) mede 8 (oito) pés, ou seja, 2,44m – o que equivale a uma largura interna de 2,35m e a altura (H) aproximadamente 2,59m (8,5’), resultando em um pé-direito interno de 2,39m. Há ainda o contêiner 40’HC (HC = High Cube), que é mais
alto,
sendo
suas
dimensões
externas
iguais
a
40’x8’x9,5’
12,20x2,44x2,89m, (KOTNIK, 2008). Figura 2.Contêiner integrado REEFER (rf / rh) – refrigerado
Fonte: https://universodalogistica.wordpress.com/2010/05/18/tipos-de- containers
CARACTERÍSTICAS DO CONTÊINER REEFER: Comprimento: 20’ pés Dimensões externas CxLxA (m): 6,058x2,438x2,591 Dimensões internas CxLxA (m): 5,498x2,270x2,267 Capacidade: Peso (t): 25,4 Volume (m³): 28,3 Comprimento: 40’ pés Dimensões externas CxLxA (m): 12,192x2,438x2,591
ou
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Dimensões internas CxLxA (m): 11,151x2,225x2,169 Capacidade: Peso (t): 26,0 Volume (m³): 55,0
Um contêiner, reefer, de 40 pés, varia entre 12 a 15 mil reais, os recortes feitos por profissionais especializados, variam de 2 a 4 mil reais por contêiner e o transporte e o guindaste (ou munck), variam entre 2 a 4 mil reais, a depender da distância e da máquina usada. Figura 3. Contêiner DRY CARGO (dc/dv/hc) – Dry Box
Fonte: https://universodalogistica.wordpress.com/2010/05/18/tipos-de-containers
CARACTERÍSTICAS DO CONTÊINER DRY CARGO: Comprimento: 20’ pés Dimensões externas CxLxA (m): 6,058x2,438x2,591 Dimensões internas CxLxA (m): 5,900x2,352x2,395 Capacidade: Peso (t): 2,16 Volume (m³): 33,2 Comprimento: 40’ pés Dimensões externas CxLxA (m): 12,192x2,438x2,591 Dimensões internas CxLxA (m): 12,022x2,352x2,395 Capacidade: Peso (t): 2,65 Volume (m³): 67,7
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CONTÊINER DRY/HIGH CUBE Comprimento: 40’ pés Dimensões externas CxLxA (m): 12,192x2,438x2,896 Dimensões internas CxLxA (m): 12,022x2,352x2,696 Capacidade: Peso (t): 2,63 Volume (m³): 76,2 Além desses, mais usados no reuso para construção, embora mais difíceis de serem encontrados no Brasil, existem outros tipos que podem ser combinados para, por exemplo, criação de áreas e/ou varandas, como os Contêineres Flat Rack, (figura 5) utilizados para carregar equipamentos/maquinários. Possuem tamanhos de 20’ e 40’ pés e pesam cerca de 1.500Kg (20’) e 3.000Kg (40’). Figura 4.CONTÊINER OPEN TOP (OT)
Fonte: https://universodalogistica.wordpress.com/2010/05/18/tipos-de-containers
Figura 5.CONTÊINER FLAT RACK (FR)
Fonte: https://universodalogistica.wordpress.com/2010/05/18/tipos-de-containers
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Os contêineres Open Side - Com abertura frontal - Possuem tamanhos de 20’ e 40’ pés e pesam cerca de 1.500Kg (20’) e 3.000Kg (40’). Figura 6.CONTÊINER OPEN SIDE (OS)
Fonte: https://universodalogistica.wordpress.com/2010/05/18/tipos-de-containers
2.2. COMO ESCOLHER UM CONTÊINER PARA REÚSO NA CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO SUSTENTÁVEL Conforme descreve Xavier (2015), para uma pessoa leiga, a escolha de um contêiner para a montagem de uma casa pode se transformar em um pesadelo, pois não possui conhecimento técnico para tal e fica praticamente impossível saber quais pontos se atentar na hora da compra. Torna-se necessário recorrer a uma empresa séria e especializada, que dê garantias da procedência dos contêineres que serão usados na construção. Todos os contêineres devem estar nacionalizados. Sendo essa condição obrigatória para qualquer tipo de transformação, uma vez que a característica original do contêiner estará sendo modificada. Devem ser exigidos todos os documentos legais referentes aos impostos de nacionalização, pagos no ato da compra, que são a LI (Licença de Importação) e o DI (Documento de Importação). Neles consta a numeração do contêiner, a mesma que deverá estar na placa de identificação (Fig. 7), CSC (Container Safety Convention, ou Convenção pela Segurança dos Contêineres). Esta placa é a validação que todo contêiner requer para transporte
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internacional e em vários pontos do contêiner existe uma numeração e todas devem ser confrontadas. Figura 7. CSC - Placa de Identificação.
Fonte: Xavier, 2015
Comprovada a nacionalização, o próximo passo é o cuidado com a contaminação por radioatividade ou biológica (Figs. 8 e 9). Como é praticamente impossível rastrear o que foi transportado ao longo do tempo de uso do contêiner, torna-se necessário que laudos sejam feitos e estes darão a garantia de que o contêiner não oferece riscos à saúde. Esses laudos já devem estar prontos e serem entregues ao comprador no ato da compra. Depois de certificada a nacionalização e conferidos os laudos de descontaminação, ato contínuo parte-se para a seleção do contêiner, tendo em vista que o mesmo já tenha sofrido inspeção prévia, feita por um técnico com conhecimento dos critérios internacionais de inspeção de contêineres marítimos. Critérios esses que são muito mais abrangentes e detalhados baseados no IICL (Institute of International Container Lessors), sigla que representa a Associação de Leasing de Contêineres, com matriz em Washington, Estados Unidos.
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Figura 8.Contêiner que transportou produtos químicos.
Fonte: Xavier, 2015
Figura 9.Esta foto demonstra uma corrosão perigosa, porém de difícil identificação, pois vem de baixo para cima
Fonte: Xavier, 2015
Assim como as estruturas metálicas, que utilizam chapas de aço e barras metálicas, cortadas de acordo com as medidas de projeto, facilitando a montagem e diminuindo o tempo da construção, as casas feitas com contêineres podem ficar prontas em um período muito mais curto, sendo que a maioria das empresas especializadas no setor pedem cerca de 30 dias para entregar uma casa de aproximadamente 70,00m² com um valor estimado de R$70.815,66 (ver tabela de custos SINAPI). Exigindo muito menos mão de obra, custos e trabalhos na fundação do que outros tipos de construções, se encaixam perfeitamente como uma alternativa construtiva, benéfica ao homem e à natureza, aliados a uma arquitetura moderna e criativa. Por outro lado, segundo Sotello (2012), uma casa feita próxima a cidade de Santos/SP, por
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exemplo, com dois contêineres de 40 pés (cerca de 60,00m²), contendo dois quartos, dois banheiros, sala e cozinha pode ser montada em sete dias, com o valor por metro quadrado de R$396,00 (sem acabamento) e R$950,00 (com acabamentos). O custo total aproximado da obra foi de R$23.000 (Vinte e três mil reais sem acabamentos) e de R$57.000 (Cinquenta e sete mil reais, com os acabamentos), aproximadamente 30% a menos que uma construção em alvenaria. (OCCHY, 2016). Evidentemente esses valores estão defasados, haja vista o valor do CUB/m² - Custo Unitário Básico para a Construção Civil na região Sudeste, que, segundo o SINDUSCON-ES é de R$1.426,02/m² (um mil e quatrocentos e vinte e seis reais, por metro quadrado), o que eleva, nos dias de hoje, o preço total final desse tipo de construção. No entanto, mesmo com a alta nos índices de preços, na arquitetura com contêineres existe uma variedade de intervenções que podem ser feitas e representam importantes aspectos para escolha desse tipo de construção. Segundo MILANEZE (2012), além do valor econômico, cabe ressaltar como fatores positivos a agilidade de prazos de execução de obra, a redução da produção de entulhos da construção civil e principalmente uma resposta sustentável à preocupação ambiental, Apud ABREU e RODRIGUES (2016, pág. 17).
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REQUISITOS DE MONTAGEM E INSTALAÇÕES
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3. REQUISITOS DE MONTAGEM – ESTRUTURA, CORTES E SOLDAGEM 3.1. ESTRUTURA Feitos de aço Corten, aço com elevada resistência a corrosão e em torno de 75% mais resistente que o aço comercial, os contêineres tem sua armação intertravada e rígida possibilitada pela presença de vigas e pilares. O piso é reforçado por vigas transversais forradas por placas de compensado ou tábuas aparafusadas, sendo estas muitas vezes madeiras nobres, muito resistentes. O teto (Fig. 10) não oferece muita resistência e as laterais longitudinais são feitas de chapa trapezoidal, assim como o fundo. Nas construções onde se optar por utilizar o espaço superior do contêiner como área de permanência (terraço, por exemplo), como este não foi preparado para trânsito de pessoas deve ser feito um reforço para o teto com perfis de aço, soldados á estrutura das paredes do contêiner e estes ao funcionarem como pilares, que podem ser disfarçados com detalhes de marcenaria, espelhos e/ou com o que melhor se adaptar ao ambiente, ficando a cargo da criatividade do projetista. Figura 10.Teto de um Contêiner
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO (14/15-04-2018)
Figura 11.Estrutura de um Contêiner
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-2018)
Por terem essa rigidez e pela forma como são construídos, os contêineres são estruturas auto portantes podendo suportar até dez vezes o seu peso e serem sobrepostos
em
até
oito
unidades
transversalmente
e
três
unidades
longitudinalmente (Figs. 12 e 13). Figura 12.Empilhamento transversal
Figura 13.Empilhamento longitudinal
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-2018)
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3.2. UNIÃO ENTRE CONTÊINERES Segundo Domingos (2014), os contêineres permitem infinitos arranjos espaciais ainda que suas dimensões possam limitar seu layout interno, modularmente ou em conjunto, que podem resolver o problema de junção entre eles. Conforme relata Xavier (2015) em seu blog, quando os Contêineres chegam ao seu destino, eles são colocados um a um sobre a fundação com o auxilio, geralmente, de um guindaste ou caminhão munk, depois de perfeitamente encaixados são soldados para não haver risco de deslizamento. Muito embora isso não ocorrerá, já que os contêineres são bem pesados e projetados para transporte de grandes cargas, sendo apenas necessário serem fixados nos cantos para estarem seguros, da mesma forma que ocorre quando são transportados em um navio. Em geral, a união entre os contêineres (Fig. 14) é feita através de soldagem in loco e sua fixação na base (fundação), opcional, feita da mesma maneira como nos navios e caminhões, através de pinos encaixados nas extremidades do contêiner. Figura 14.União entre Contêineres
Fonte: Rodrigues (2015)
3.3. RECORTE DE VÃOS PARA INSTALAÇÃO DE ESQUADRIAS Para Miranda (2014) esquadria é um elemento de vedação utilizado no fechamento de aberturas (vãos), com a função de controle de passagem de agentes como a umidade, poeira, insetos, calor, visão, chuva, vento, intrusos, etc.
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A instalação das esquadrias em um contêiner requer um cuidado muito grande e mão de obra qualificada. Com projeto arquitetônico em mãos, devem ser marcados os locais de recorte das chapas nos contêineres e conferidos certificando-se que foram corretamente marcados para que depois possam ser recortadas as chapas para futura instalação das esquadrias. Após cortada a chapa, não há como voltar atrás e uma solda mal feita para tentar consertar um corte errado, pode gerar eletrólise, ficar porosa, prejudicando a estética e facilitando o surgimento de corrosões e infiltrações (CASTILHO; IKEGAMI; KOCHANOWSKI, 2015). Após tomados os devidos cuidados, as esquadrias podem ser instaladas da mesma forma como são instaladas em uma obra convencional. Por consequência da conformidade das paredes do contêiner e mesmo que sejam feitos cortes a plasma, sempre haverá a necessidade de se vedar as aberturas que surgiram após a instalação das esquadrias. Nesse caso o material mais eficiente que deverá ser usado é o poliuretano empregado nas linhas automotivas, devido a sua elasticidade, maleabilidade e durabilidade. O silicone não deve ser usado nesses casos devido a sua baixa durabilidade, o que pode acarretar infiltrações a curto prazo. Em geral, os cortes em contêineres são feitos com lixadeiras e maçaricos (Fig. 15), mas existem métodos mais eficazes, claro que isso também deva elevar o custo do serviço, utilizando máquinas de corte a plasma (Fig. 16) (CASTILHO; IKEGAMI; KOCHANOWSKI, 2015). Figura 15.Corte de chapa com maçarico.
Fonte: Castilho, Ikegami e Kochanowski apud Filipe Klein Rodrigues (2015).
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Figura 16.Corte de chapa a plasma.
Fonte: Castilho, Ikegami e Kochanowski apud Filipe Klein Rodrigues (2015).
Para Castilho, Ikegami e Kochanowski, (2015) quanto mais cortes, mais serviços e materiais serão necessários. Muitos cortes enfraquecem a estrutura do contêiner e com isso será necessário instalar reforços para reestruturação, consequentemente, os custos aumentam. Além da quantidade de cortes, existem locais que não devem ser alterados ou cortados que são as estruturas principais do contêiner longarinas laterais, superiores, inferiores e postes identificados na figura 17 a seguir: Figura 17.Longarinas laterais superior e inferior e poste.
Fonte: Castilho, Ikegami e Kochanowski apud Filipe Klein Rodrigues (2015).
Figura 18.Execução de recorte de vãos em contêineres
Figura 19.Recorte de vão em container.
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-2018)
Para as escadas, geralmente os cortes são feitos no piso, porém, estes devem ser feitos tomando-se o cuidado para não comprometer a estrutura do contêiner.
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3.4. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E LÉTRICAS EM CONTÊINERES O sistemas elétrico e hidrossanitário seguem os mesmos padrões de obras convencionais, basicamente são instalados antes de se
inserir a camada de
isolamento interno do contêiner. São parecidos com os processos construtivos do tipo frame pela semelhança das paredes e divisórias. Segundo Souza (2013) nos vãos entre a chapa de aço do contêiner e a camada de revestimento criam-se vãos para a passagem dos eletrodutos e canos do sistema hidrossanitário conforme podemos observar na (Figs. 20 a 24). Figura 20.Instalações elétricas em contêineres
Fonte: http://www.assisnews.com.br/editoriais/blogs-e-colunas/pergunte-ao-arquiteto/2013/11/casade-containeruma-solucao-construtiva.html
Figura 21.Instalações elétricas em contêineres
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-2018)
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Figura 22.Instalações hidrossanitárias em contêineres
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-2018)
Figura 23.Instalações sanitárias em contêiners
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-2018)
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Figura 24.Instalações em contêineres.
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-2018)
Analogamente o contêiner funcionará como um grande pen drive na hora da instalação no terreno.
3.5. COLETA E ARMAZENAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS A água é o recurso natural em escassez mais precioso da natureza, o mais preocupante para a humanidade. Cerca de 2/3 da superfície da terra são banhadas pelos oceanos. O volume total de água doce no planeta estima-se em torno de apenas 2,5% representam todo o volume de água. Não bastasse essa pequena proporção de água doce, boa parte desta encontra-se em regiões de difícil acesso como aquíferos e geleiras e somente 0,007% da água doce está em regiões de fácil acesso como lagos, rios e atmosfera (UNIAGUA, 2006). O índice mais relevante com relação ao consumo de água nas áreas urbanas é o consumo diário per capita expresso em litros por habitante por dia (L/Hab/dia). Como forma de combater o desperdício de água tratada, temos a coleta da água das chuvas que pode ser utilizada nas descargas de vasos sanitários, em máquinas de lavar roupa, usos em jardins internos e externos, lavagem de calçadas e automóveis, podendo chegar a uma economia de até 50% do consumo de uma casa (KEELER,
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2010). A escassez, a perda da qualidade dos mananciais pela crescente poluição, associadas a serviços de abastecimento públicos ineficientes, são fatores que têm despertado diversos setores da sociedade para a necessidade da conservação da água. Além disso, May (2004) cita outros aspectos positivos quanto ao aproveitamento da água pluvial, redução do consumo de água potável diminuindo os custos de água fornecida pelas companhias de abastecimento e minimizar riscos de enchentes e preservar o meio ambiente reduzindo a escassez de recursos hídricos. Segundo Acquasave (2008) - um sistema de captação de águas pluviais é composto de 4 componentes básicos: "captação da água, filtragem, armazenamento e distribuição" conforme pode ser visto da (Fig. 25). A captação da água da chuva é feita através de telhados, lajes de cobertura e varandas. Figura 25.Sistema de captação de águas pluviais.
Fonte: ACQUASAVE - apud Filipe Klein Rodrigues (2008)
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3.6. REVESTIMENTOS E ACABAMENTOS Venâncio (2015), afirma que qualquer tipo de revestimento pode ser assentado em um contêiner. Nas paredes, porcelanato, cerâmica, vidro, papel de parede podem ser aplicados, tomando sempre o cuidado com o transporte do contêiner em caso de estruturas temporárias, para esses materiais não se danificarem. As paredes de revestimento são fixadas nos reforços com parafusos, as quais estas podem ser em drywall, chapas de OSB (painel de reforço estrutural utilizado em construções steelframe, wood frame, paredes de drywall e estruturas especiais). No piso, no caso de transportes constantes o ideal é que se use pisos vinílicos ou réguas de madeira. O piso, sob o revestimento poderá ser regularizado com argamassa para contrapiso. Nas esquadrias, alumínio, PVC ou madeira podem ser instalados normalmente. (VENÂNCIO, 2015). O banheiro requer muitos cuidados com suas instalações. Devido aos vários utensílios que são instalados nas paredes, faz-se necessário montar uma estrutura de apoio, barras metálicas soldadas com as paredes e a estrutura do teto (Fig. 26) evitando que hajam perfurações no casco do contêiner, além é claro, de uma perfeita impermeabilização. Figura 26. Contraventamento da estrutura do Contêiner.
Fonte: ROCHA, INICIAÇÃO CIENTÍFICA – VOLUNTÁRIA - EDITAL IC 2014
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CONFORTO TÉRMICO
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4. CONFORTO TÉRMICO 4.1. O TRATAMENTO TÉRMICO E EACÚSTICO Efetivamente o grande desafio na construção de uma casa contêiner é o tratamento térmico e acústico, pois o aço é um ótimo condutor de calor e péssimo isolante acústico. Segundo Domingos (2014), o conforto térmico pode ser definido pela sensação de bem estar, relacionada à temperatura ambiente e umidade. Isto envolve equilibrar o calor produzido pelo corpo com o calor perdido para o meio ambiente circundante. E complementa que conforto acústico existe quando o ambiente proporciona boa inteligibilidade da fala (ou clareza musical) e ausência de sons indesejáveis no ambiente, criando uma sensação de paz e bem-estar. Apesar de o contêiner ser uma estrutura pesada, possui pouca espessura de matéria separando o ambiente interno do externo. Isso provoca um ganho excessivo de calor durante o dia e a perda muito rápida durante a noite ou em dias nublados conforme ilustrado abaixo (Fig. 27) (Garrido, 2011). Figura 27.Ilustração da ação do calor durante o dia e a noite
Fonte: Garrido, 2011.
A implantação no terreno com a correta orientação solar é fundamental para amenizar o calor no interior da estrutura e aproveitar melhor a ventilação local, (VENÂNCIO, 2017). Segundo Aguirre (2008) em seu estudo centrado no Estado do Rio Grande do Sul, destacou que é possível optar por locar os ambientes principais orientados ao norte, uma vez que esta é a orientação que recebe mais horas de
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insolação no inverno e menos horas no verão, permitindo, portanto, a captação de energia solar para aquecimento durante o inverno e, através de um sistema simples de beiral, a devida proteção frente à radiação solar, no verão.
4.2. TIPOS DE REVESTIMENTOS TÉRMICOS E ACÚSTICOS 4.2.1. PISO DE CORTIÇA As folhas de cortiça utilizam as propriedades naturais da cortiça com o melhor proveito se tornando populares como materiais isolantes (Fig. 28). A cortiça oferece um desempenho de isolamento superior e tem ampla aplicação em diversos aspectos da indústria da construção. São utilizadas como isolamento de revestimento externo e podem ser integradas tanto em sistemas de parede como em sistemas de telhado. Os pisos de cortiça abafam o som ao invés de amplificarem como fazem os pisos de madeira (Garrido, 2011). Figura 28.Piso de cortiça..
Fonte: http://www.aecweb.com.br/cont/m/ver, 2011.
4.2.2. ARGILA EXPANDIDA Trata-se de um agregado graúdo leve e com formato arredondado, pode ser utilizada na cobertura de contêineres por possuir micro porosidade fechado possibilitando uma elevada capacidade de isolamento termo acústico (Fig. 29). Sua aplicação é feita espalhando o material sobre a cobertura formando uma camada de 5 a 10 cm. A argila expandida possui ainda outras propriedades interessantes, é um material de
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alta resistência, apresenta inércia química, possui estabilidade dimensional e resistência ao fogo (Garrido, 2011). Figura 29.Argila Expandida.
Fonte: http:www.minasit.com.br (2011)
4.2.3. MANTA DE FIBRA DE POLIESTER Com espessura média de 8mm trata-se de um composto de fibras de Poliester (Fig. 30), atuando principalmente como isolamento acústico de superfícies. Pode ser aplicada entre a chapa do contêiner e o piso, garante alta eficiência na absorção das vibrações produzidas pelo ruído de impacto em pisos por ser altamente resiliente/elástica. Atende ao mais alto nível de desempenho das especificações da NBR 15575-3. (Garrido, 2011). Figura 30.Manta de Fibra de Poliéster.
Fonte: http://www.doismtextil.com.br/manta-poliester-fabricacao
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4.2.4. FIBRA CERÂMICA Fabricada a partir da eletrofusão da alumina com sílica trata-se de um produto muito leve e isento de amianto, podem ser encontrados em forma de flocos, mantas, painéis, módulos, placas, tecidos, cordas e coatings (Fig. 31). Podem ser usadas em diversos locais de difícil acesso. Apresenta boa resistência à tração, à corrosão, não sofre ataques químicos e apresenta baixa condutibilidade térmica e baixíssimo armazenamento de calor (Garrido, 2011). Figura 31.Fibra cerâmica.
Fonte: http://www.hemeisolantes.com.br/ fibra-ceramica-manta/fibra-ceramica-semrevestimento.html.2011.
4.2.5. LÃ DE ROCHA Pode ser encontrada em forma de placa ou manta e é produzida a partir de fibras minerais de rochas vulcânicas, rochas basálticas especiais e outros minerais (Fig. 32). Este material além de não reter água, pois possui estrutura não capilar, as alterações
perante
eventuais
condensações
são
nulas.
Material
inócuo,
incombustível e perene e possui excelentes níveis de isolamento térmico e acústico (Garrido, 2011).
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Figura 32.Lã de rocha.
Fonte: http://www.isar.com.br/produtos/isolamento-termico/la-de-rocha/mantas-mit/2011
4.2.6. LÃ DE VIDRO Sem dúvida o melhor isolante térmico e acústico devido seu ótimo coeficiente de absorção acústica e baixa condutibilidade térmica (Fig. 33). Muito usado na construção civil em coberturas, forros, telhas metálicas, divisórias, paredes, dutos de ar condicionado, equipamentos industriais,
tanques, tubulações, estufas e
aquecedores, dentre outras. A lã de vidro está disponível em vários formatos: feltro, manta, painel, calha, flocos e forro. Também pode ser fornecida com algumas opções de revestimento: lã de vidro ensacada, lã de vidro com véu, lã de vidro com papel kraft aluminizado, entre outros (GARRIDO, 2011). Figura 33.Lã de Vidro.
Fonte: http://www.refratil.com.br/produto/la-de-vidro - 2011
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4.2.7. LÃ DE PET - ISOSOFT Fabricado a partir da reciclagem de garrafas pet, esta lã é uma excelente opção para o tratamento térmico e acústico visto que alia alto índice de conforto e sustentabilidade. Vem substituindo o uso de lã de rocha e lã de vidro e contribuindo para a construção de obras ecologicamente corretas (Fig. 34). Fabricado em diversas densidades e dimensões, a lã de pet cria uma barreira à passagem de calor, quando utilizado em coberturas e fachadas melhoram o conforto térmico e reduzem o consumo de energia com os condicionadores de ar (Garrido, 2011). Figura 34.Lã de pet - Isosoft.
Fonte: http://ecoeficientes.com.br/guia-de-empresas/isosoft-isolante-termoacustico/2011
4.2.8. TINTA ISOLANTE TÉRMICA: Serve principalmente para atenuar o calor, a tinta isolante térmica é um revestimento elastomérico à base de água que incorpora em sua formulação polímeros acrílicos combinados com microesferas de cerâmica. Essa tinta é utilizada para a impermeabilização de lajes, telhados, caixas d'água, paredes, galpões, depósitos etc. O poder de isolamento térmico das microesferas de cerâmica proporciona excelente desempenho ao produto, pois diminui o calor causado pela incidência da radiação solar e reduz em até 65% o calor absorvido pelas chapas metálicas e telhados. Elimina as goteiras com o tratamento dos parafusos de fixação e eventuais trincas; prolonga a vida útil das chapas metálicas, formando uma barreira, não permitindo o contato com o ar atmosférico. Isolante Térmico: reflete até 60% da radiação solar;
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Impermeabilizante: revestimento elastomérico que acompanha a movimentação das chapas metálicas formando uma camada monolítica de emborrachamento; Isolante Acústico: reduz o barulho da chuva em até 60%; 100% Acrílico: composto com polímeros acrílicos especiais, não trinca, não descasca e não envelhece; Resistente aos raios UV: 100% acrílico, não contém plásticos que envelhecem, permanecendo flexível durante todo o tempo; Pode ser lavada sem alterações de suas propriedades (Garrido, 2011).
4.2.9. PELÍCULAS PARA VIDROS – 3M PRESTIGE Película transparente com nanotecnologia não metalizada criando refletividade inferior à do vidro deixando mais transparente e protegido do calor (Fig. 35). Rejeição de luz infravermelha que produz calor em até 97% e 99,9% dos raios UV (Garrido, 2011). Figura 35.Película para vidros.
Fonte: http://abr-casa.com.br/blog/residencia-sustentavel/category/pelicula-para-vidros - 2011
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4.2.10. VIDROS DE PROTEÇÃO SOLAR: Vidros especiais de proteção solar podem reduzir de 30 a 70% a entrada de calor, mantendo a temperatura mais agradável conforme (Fig. 36). O vidro de proteção solar recebe esta característica já na linha de produção e, por isso, tem alta resistência e não se trata apenas de uma película aplicada após a instalação do vidro (Garrido, 2011). Figura 36.Figura 36: Vidros de proteção solar.
Fonte: http://www.vidroshabitat.com.br/site/ProtecaoSolar
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ESTUDOS DE CASOS
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5. ESTUDOS DE CASOS Prédios com contêineres é um bom investimento? Evidente que alguns países tem uma oferta maior de contêineres reciclados em função dos desequilíbrios entre importar e exportar, o que significa disponibilidade em função do excesso destes equipamentos nos portos e armazéns, no entanto, o apelo do marketing sustentável, rapidez na construção/execução e a modularidade que permite movimentar futuramente esta construção - incentiva o uso dos contêineres independente da balança comercial internacional e onde o custo por m² no curto prazo não é o fator principal.
5.1. PROJETO DANILO CORBAS Primeiro projeto de casa contêiner idealizado (2009)
e construído (2010) pelo
arquiteto Danilo Corbas, em Cotia, São Paulo. Entrando fortemente na área de arquitetura sustentável e tornando-se o primeiro arquiteto brasileiro a projetar em contêineres marítimos. A estrutura da casa (Figs. 37 a 44) foi composta por quatro contêineres marítimos do tipo High Cube de 40 pés (12,03m de comprimento x 2,35 de largura x 2,39m de altura), totalizando 196,00m de área construída e fica localizada em um terreno de 860,00m², em um condomínio residencial na Granja Viana em Cotia, São Paulo. Figura 37.Etapa de construção Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo.
Fonte: Foto: © Plínio Dondon, 2010 http://www.cursosemarquitetura.com.br
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Figura 38.Etapa de construção Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo.
Fonte: Foto: © Plínio Dondon, 2010 http://www.cursosemarquitetura.com.br
Figura 39.Etapa de construção Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo
Fonte: Foto: © Plínio Dondon, 2010 http://www.cursosemarquitetura.com.br
Variados recursos ecologicamente corretos foram antecipados no projeto e aplicados para trazer uma significativa economia de recursos naturais e energia elétrica:
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Figura 40.Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo
Fonte: © Plínio Dondon, 2010 http://www.cursosemarquitetura.com.br
Figura 41.Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo.
Fonte: © Plínio Dondon, 2010 http://www.cursosemarquitetura.com.br
Começando pela escolha dos materiais para a estrutura da casa: contêineres marítimos em desuso. Além de aproveitar um material nobre que seria descartado, o uso de contêineres gera a economia de recursos naturais que não foram utilizados para a estrutura da casa – e normalmente seriam –, como areia, tijolo, cimento, água, ferro etc. Isso resulta numa obra mais limpa, com redução de entulho e de outros materiais.
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Figura 42.Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo - Planta Baixa - Pavtº Térreo.
Fonte: http://www.cursosemarquitetura.com.br - 2009
Economia na fundação e consequente redução do uso de materiais: o peso leve da estrutura metálica possibilitou o uso de sapatas isoladas, pequenas e rasas, sem uso de armação ou ferragens. As árvores existentes no terreno foram preservadas e levadas em conta no projeto paisagístico, para ajudar no sombreamento da construção e amenizar o calor excessivo. Aproveitamento de água da chuva: o projeto prevê captação pelo telhado, levando a um armazenamento próprio, passando por um filtro no reservatório. A água pode ser usada na irrigação do jardim, limpeza externa, lavagem de carro e máquina de lavar roupas. Ventilação cruzada nos ambientes: foram utilizadas janelas e aberturas para evitar o uso de ar condicionado, um dos grandes consumidores de energia elétrica (Fig. 42 Planta Baixa).
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Telhado verde: parte da cobertura tem vegetação própria para auxiliar no isolamento térmico dos contêineres. Telhas térmicas tipo sanduíche de poliuretano foram aplicadas para melhorar o desempenho térmico da casa. Elas foram aplicadas na cor branca para refletir os raios solares e ajudar na diminuição da temperatura do microclima local. Eficiência energética: uso de iluminação em LED em toda a casa. Torneiras que evitam desperdício: metais fabricados pela Roca com limitadores de fluxo e de temperatura da água, que evitam o desperdício em até 50%. Figura 43. Perspectiva Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo.
Fonte: © Plínio Dondon, 2009 http://www.cursosemarquitetura.com.br
Figura 44.Casa Contêiner, Danilo Corbas, Cotia, S. Paulo.
Fonte: © Plínio Dondon, 2010 http://www.cursosemarquitetura.com.br
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Uso de lã de PET, isolante térmico feito à base de garrafas PET, da Trisoft, que recebeu o prêmio “Planeta Casa 2010” na categoria Materiais de Construção. Pintura ecológica : tintas à base de água, sem cheiro, fabricadas pela SherwinWilliams, com baixa taxa de compostos orgânicos voláteis (COV). Nós, arquitetos e engenheiros, temos a responsabilidade de transformar os atuais conceitos da construção civil, das técnicas construtivas e da arquitetura para que não estejamos tão à mercê dos interesses exclusivamente econômicos. Temos que priorizar a qualidade, transformar o mercado para que ofereça uma arquitetura perene, livre de modismos. Isso é sustentabilidade. Danilo Corbas.
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5.2. PROJETO SIXTYONE O SixtyOne trata- se da primeira construção com grandes blocos de apartamentos fabricados com contêineres na África do Sul. Alguns dos motivos da escolha pelo premiado Michael Hart Architects e pela Citiq é que são relativamente baratos, fortes, duráveis, empilháveis e fáceis de transportar. Foram despendidos mais ou menos cinco meses para sua montagem e o curioso foi quando os moradores da região viram os contêineres marítimos empilhados pela primeira vez, se opuseram fortemente pensando que os mesmos afetariam negativamente os preços dos imóveis na área residencial. No entanto, o projeto concluído é agora um dos prédios mais atraentes e desejados da área. Figura 45.SixtyOne - África do Sul - Projeto e construção: Michael Hart Architects e Citiq Construções.
Fonte: http://www.containersa.com.br/2014
O projeto de três andares tem um formato conservador e não aparenta ter sido montado com 21 contêineres de doze metros. Utiliza tecnologia de aquecimento solar para água, temporizador e sensor de iluminação, medidores elétricos com cartões pré-pagos para energia e água com o objetivo de obter consumo consciente.
48
Figura 46.SixtyOne - Apartamento.
Fonte: http://www.containersa.com.br/2014
Os quinze apartamentos são apenas para locação e possuem cada um 48,00m² e 56,00m². Os inquilinos são pessoas que não possuem recursos para comprar um imóvel com condições básicas de moradia, mas tem condições de pagar um aluguel acessível por um mesmo conforto. A redução de custos com materiais ficou em torno de 30% e com mão de obra, mais ou menos 50%.
5.3. PROJETO CASA MAIS SUSTENTÁVEL Esta construção foi feita em tempo recorde para atender às demandas do programa da exposição. Com pavimento térreo e terraço, cobertura em estrutura metálica, telhas trapezoidais tipo sanduiche e a utilização de telhado verde, além das placas fotovoltaicas para geração de energia e com um sistema de captação e aproveitamento de águas pluviais, utilizando um contêiner de 40 pés, com dimensões 119,12x2,44x2,59m. O teto do contêiner transformou-se em um pavimento superior, sendo aproveitado para se transformar em uma varanda verde com parte do piso em grama.
49
Figura 47.Pavimento térreo de casa contêiner com espaços integrados.
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-2018)
Figura 48.Planta de cobertura
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-2018
Figura 49.Montagem da Casa Contêiner - Casa + Sustentável - J. Camburi
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-2018
50
Figura 50.Montagem da Casa Contêiner - Casa + Sustentável - J. Camburi.
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-2018
Figura 51.Montagem da Casa Contêiner - Casa + Sustentável - J. Camburi.
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-2018
51
Figura 52.Vista Interior Casa Contêiner - Casa + Sustentável - J. Camburi.
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-20
Figura 53.Vista da Casa Contêiner - Casa + Sustentável - J. Camburi.
Fonte: Heliomar Venâncio - Curso contêiner arquitetura e construção (14/15-04-20
52
PROJETOS
53
6. O PROJETO Como apresentado nos capítulos anteriores a construção de habitações com o reuso de contêineres tem aumentado e vem se popularizando ao longo dos anos. Como o objetivo deste trabalho é comprovar a viabilidade econômica da técnica construtiva com o reuso de contêineres para edificações habitacionais, adotou-se como método a comparação entre uma habitação construída em alvenaria de bloco estrutural e outra construída com o reuso de contêiner. Buscando incorporar ao projeto condições que favorecessem o conforto térmico em ambas as condições de construção, a proposta apresenta aberturas em todos os lados da edificação, favorecendo a ventilação cruzada. O programa de necessidades de ambas as casas é composto da seguinte forma: 1
Sala de estar/jantar
5
Suíte
2
Cozinha conjugada
6
Banheiro social
3
Área de serviço
7
Varanda descoberta
4
Quarto Figura 54.Planta baixa (tipo) humanizada da unidade habitacional
4
7
6
5
1
2
3
Fonte: Produção do autor, 2018
Buscando otimizar o espaço construído e criar a sensação de amplitude neste espaço tão reduzido, optou-se por ambientes integrados, eliminando as paredes das áreas sociais e criando planos de vidro para o exterior.
54
Figura 55. Fachada frontal
Fonte: Produção do autor, 2018
Figura 56. Vista interna da sala de estar/jantar
Fonte: Produção do autor, 2018
Na sala foi utilizado um espelho para criar a sensação de que o ambiente é mais largo do que realmente se apresenta. A permeabilidade do olhar com comunicação espacial da cozinha com a sala de estar/jantar através de um balcão de refeições reforça a sensação de amplitude dos ambientes.
55
Figura 57. Vista da sala de estar/ jantar e cozinha a partir da porta de vidro para o exterior.
Fonte: Produção do autor, 2018
Nos quartos foram utilizadas placas de gesso acartonado ST para criar as paredes internas, assim como em toda a parte interna da casa adotou-se o uso de cores claras. O layout proposto aproveita as paredes cegas para dispor os fundos dos moveis e permitir uma boa circulação no interior dos quartos. Figura 58. vista do quarto.
Fonte: Produção do autor, 2018
56
Nos banheiros e na cozinha foram utilizadas placas de gesso acartonado RU, adequadas para áreas molhadas, revestidas com pastilha assim como em um banheiro de uma construção convencional, comprovando que é possível construir áreas molhadas em contêineres com uma aparência agradável. Figura 59. Vista da cozinha.
Fonte: Produção do autor, 2018
Figura 60. Vista do banheiro social.
Fonte: Produção do autor, 2018
57
Figura 61. Vista do banheiro da suíte.
Fonte: Produção do autor, 2018
O projeto das casas é bastante similar, ambas possuem 69,85m² de área construída, as diferenças entre os projetos estão relacionadas diretamente ao método construtivo, como espessura das vedações verticais e horizontais, materiais de acabamento e cobertura. O modelo de contêiner utilizado foi o contêiner dry/high cube, possui comprimento de 12,192 metros, largura de 2,438 metros e altura de 2,896 medidos externamente. Internamente o contêiner possui 12,022 metros de comprimento, 2,35 metros de largura e 2,696 metros de altura. Figura 62.Contêiner de Reuso.
Fonte: http://mirandaconteiner.com.br/tipos-de-container,2018
58
Os desenhos técnicos estão disponíveis no final deste trabalho em escalas adequadas para melhor leitura e entendimento do projeto. Na prancha 01/08, é apresentada a planta baixa da residência construída em alvenaria de blocos estruturais. Para a cobertura foi proposto estrutura de suporte do telhado em madeira e telhas cerâmicas, método mais comumente utilizado. Na prancha 02/08, é apresentada a planta baixa da residência construída com o reuso de contêiner. Para esta proposta foram utilizados dois contêineres de 40 pés cada com comprimento útil de 12,19m e largura de 2,40m, além de um acréscimo que faz a junção dos mesmos, com dimensões de 10,17x1,02m formando uma unidade habitacional de 69,85m². Esta proposta não contempla telhado, utiliza o próprio teto do contêiner como cobertura, no qual deve ser especificado o tratamento adequado visando a durabilidade do material. Foi proposto o uso de forro devidamente estruturado e arrefecido com lã de vidro, amenizando a incidência de calor e melhorando o conforto térmico. As pranchas seguintes, de 03/08 a 06/08, cortes e fachadas nos dão as exatas dimensões de pé direito, dos vãos de acesso aos ambientes e das aberturas de ventilação e iluminação natural. Na prancha 07/08 temos a cobertura da casa contêiner, impermeabilizada e com um reservatório, construído com chapas (paredes) reaproveitadas dos cortes realizados nos próprios contêineres. A prancha 08/08 mostra os dois contêineres juntos, soldados e com a área de ampliação do piso, suas vigotas de reforço e emendas. Essa ampliação se repete no teto e pode também ser vista, em detalhe hachurado, no corte transversal EF (prancha 04/08). Para que haja uma melhor circulação e para haver a junção dos contêineres, o piso foi ampliado com uma estrutura formada por montantes de aço de seção retangular, semelhantes aos que fazem a estrutura dos pisos dos contêineres. As vigas metálicas estruturais originais dos dois contêineres não sofrerão alterações, apenas quatro seções com 1,02m de comprimento cada, serão soldadas nas extremidades das vigas metálicas longitudinais, permitindo o fechamento superior e inferior dos contêineres, perfazendo assim a área total construída de 69,85m².
59
PLANILHAS COMPARATIVAS DE CUSTO: ALVENARIA ESTRUTURAL X CONTAINER
60
7. PLANILHAS COMPARATIVAS DE CUSTO: ALVENARIA ESTRUTURAL X CONTÊINER Com o intuito de comprovar a viabilidade econômica da casa contêiner foram elaboradas duas planilhas orçamentárias sintéticas de duas casas, uma adotando o método construtivo em alvenaria estrutural, outra adotando o reuso de contêiner. Para a elaboração das planilhas orçamentárias sintéticas foram adotados majoritariamente itens de serviços da base de preços SINAPI de maio de 2018. Alguns itens de serviços específicos para adaptações necessárias do contêiner não disponíveis em bases de preço conhecidas foram inseridas como composições próprias criadas pelo autor e estão baseadas em preços pesquisados na própria base do SINAPI, no mercado ou em bibliografia científica. Vale salientar que não consta nas planilhas o valor de terrenos.
Planilha Orçamentária Sintética - CASA ALVENARIA ESTRUTURAL Item
Código
Banco Descrição
1 1.1
Und
Quant.
Valor Unit
SERVIÇOS PRELIMINARES E GERAIS
Total 3.000,00
2
MERCADO- Próprio PROJETO COMPLETO 01 INFRAESTRUTURA
2.1
96527
SINAPI
ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALA PARA VIGA BALDRAME, COM PREVISÃO DE FÔRMA. AF_06/2017
m³
24,19
83,72
2.025,18
2.2
96995
SINAPI
m³
24,19
32,50
786,17
2.3
73992/001
SINAPI
m²
70,36
11,54
811,95
2.4
96555
SINAPI
m³
21,51
361,66
7.779,30
2.5
74106/001
SINAPI
REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. AF_10/2017 LOCACAO CONVENCIONAL DE OBRA, ATRAVÉS DE GABARITO DE TABUAS CORRIDAS PONTALETADAS A CADA 1,50M, SEM REAPROVEITAMENTO CONCRETAGEM DE BLOCOS DE COROAMENTO E VIGAS BALDRAME, FCK 30 MPA, COM USO DE JERICA – LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_06/2017 IMPERMEABILIZACAO DE ESTRUTURAS ENTERRADAS, COM TINTA ASFALTICA, DUAS DEMAOS.
m²
107,54
7,63
820,53
3
UND
1,00
3.000,00
12.223,13
SUPRAESTRUTURA
3.1
95955
SINAPI
3.2
92786
SINAPI
3.3
90853
SINAPI
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO, PARA EDIFICAÇÃO HABITACIONAL UNIFAMILIAR TÉRREA (CASA ISOLADA), FCK = 25 MPA. AF_01/2017 ARMAÇÃO DE LAJE DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO EM UMA EDIFICAÇÃO TÉRREA OU SOBRADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 8,0 MM MONTAGEM. AF_12/2015 CONCRETAGEM DE LAJES EM EDIFICAÇÕES UNIFAMILIARES FEITAS COM SISTEMA DE FÔRMAS MANUSEÁVEIS COM CONCRETO USINADO BOMBEÁVEL, FCK 20 MPA, LANÇADO COM BOMBA LANÇA LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_06/2015
3.000,00
9.622,25 m³
2,80
2.034,60
5.696,88
KG
246,26
8,02
1.975,00
m³
5,6288
346,50
1.950,37
61
4
PAREDES E PAINÉIS
4.1
91815
SINAPI
3
93190
SINAPI
5 5.1
91314
SINAPI
5.2
91313
SINAPI
5.3
91312
SINAPI
5.4
91338
SINAPI
5.5
68050
SINAPI
5.6
94581
SINAPI
5.7
94582
SINAPI
5.8
85010
SINAPI
5.9
72120
SINAPI
6 6.1
92580
SINAPI
6.2
94216
SINAPI
6.3
94230
SINAPI
7 7.1
73872/002
SINAPI
11.500,72
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DE ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO ESTRUTURAL 14X19X39 CM, (ESPESSURA 14 CM), FBK = 4,5 MPA, UTILIZANDO PALHETA, PARA EDIFICAÇÃO HABITACIONAL. AF_10/2015 VERGA MOLDADA IN LOCO COM UTILIZAÇÃO DE BLOCOS CANALETA PARA JANELAS COM ATÉ 1,5 M DE VÃO. AF_03/2016 ESQUADRIAS
m²
171,18
43,14
7.384,70
M
41,20
26,19
1.079,02
KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO POPULAR, 80X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS, MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, FECHADURA COM EXECUÇÃO DO FURO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_08/2015 KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO POPULAR, 70X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS, MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, FECHADURA COM EXECUÇÃO DO FURO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_08/2015 KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO POPULAR, 60X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS, MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, FECHADURA COM EXECUÇÃO DO FURO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_08/2015 PORTA DE ALUMÍNIO DE ABRIR COM LAMBRI, COM GUARNIÇÃO, FIXAÇÃO COM PARAFUSOS FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_08/2015 PORTA DE CORRER EM ALUMINIO, COM DUAS FOLHAS PARA VIDRO, INCLUSO VIDRO LISO INCOLOR, FECHADURA E PUXADOR, SEM GUARNICAO/ALIZAR/VISTA JANELA DE ALUMÍNIO MAXIM-AR, FIXAÇÃO COM ARGAMASSA, COM VIDROS, PADRONIZADA. AF_07/2016
UN
1,00
584,96
584,96
UN
2,00
562,20
1.124,40
UN
2,00
527,82
1.055,64
m²
1,68
744,27
1.250,37
m²
4,40
438,14
1.927,81
m²
2,55
694,46
1.770,87
JANELA DE ALUMÍNIO DE CORRER, 2 FOLHAS, FIXAÇÃO COM ARGAMASSA, COM VIDROS, PADRONIZADA. AF_07/2016 CAIXILHO FIXO, DE ALUMINIO, PARA VIDRO
m²
7,50
436,34
3.272,55
m²
0,226
484,11
109,40
VIDRO TEMPERADO INCOLOR, ESPESSURA 10MM, FORNECIMENTO E INSTALACAO, INCLUSIVE MASSA PARA VEDACAO COBERTURA
m²
1,13
277,37
313,42
TRAMA DE AÇO COMPOSTA POR TERÇAS PARA TELHADOS DE ATÉ 2 ÁGUAS PARA TELHA ONDULADA DE FIBROCIMENTO, METÁLICA, PLÁSTICA OU TERMOACÚSTICA, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL. AF_12/2015 TELHAMENTO COM TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA E = 30 MM, COM ATÉ 2 ÁGUAS, INCLUSO IÇAMENTO. AF_06/2016 CALHA DE BEIRAL, SEMICIRCULAR DE PVC, DIAMETRO 125 MM, INCLUINDO CABECEIRAS, EMENDAS, BOCAIS, SUPORTES E VEDAÇÕES, EXCLUINDO CONDUTORES, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL. AF_06/2016 IMPERMEABILIZAÇÕES
m²
82,16
30,26
2.486,16
m²
82,16
111,00
9.119,76
M
24,00
54,11
1.298,64
IMPERMEABILIZACAO COM PINTURA A BASE DE RESINA EPOXI ALCATRAO, DUAS DEMAOS.
m²
11.409,42
12.904,56
1.314,13 26,10
50,35
1.314,13
62
8 8.1
REVESTIMENTOS INTERNOS m²
311,27
23,10
7.190,33
m²
244,07
49,71
12.132,71
m²
67,20
67,22
4.517,18
9 9.1
87777
m²
174,49
38,74
6.759,74
m²
174,49
49,71
8.673,89
10
EMBOÇO OU MASSA ÚNICA EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8, PREPARO MANUAL, APLICADA MANUALMENTE EM PANOS DE FACHADA COM PRESENÇA DE VÃOS, ESPESSURA DE 25 MM. AF_06/2014 IOPESPróprio Reboco tipo paulista de argamassa de cimento, cal 110302hidratada CH1 e areia lavada traço 1:0.5:6, espessura 25 MDO-S-I-Smm 02 PINTURA
10.1
88483
SINAPI
m²
244,07
2,66
649,22
10.2
88487
SINAPI
APLICAÇÃO DE FUNDO SELADOR LÁTEX PVA EM PAREDES, UMA DEMÃO. AF_06/2014 APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA LÁTEX PVA EM PAREDES, DUAS DEMÃOS. AF_06/2014
m²
244,07
8,10
1.976,96
10.3
96130
SINAPI
APLICAÇÃO MANUAL DE MASSA ACRÍLICA EM PAREDES EXTERNAS DE CASAS, UMA DEMÃO. AF_05/2017
m²
174,49
15,12
2.638,28
10.4
88423
SINAPI
m²
174,49
14,39
2.510,91
10.5
84657
SINAPI
APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA TEXTURIZADA ACRÍLICA EM PAREDES EXTERNAS DE CASAS, UMA COR. AF_06/2014 FUNDO SINTETICO NIVELADOR BRANCO
m²
20,16
9,43
190,10
10.6
74065/001
SINAPI
PINTURA ESMALTE FOSCO PARA MADEIRA, DUAS DEMAOS, SOBRE FUNDO NIVELADOR BRANCO
m²
20,16
21,55
434,44
8.3
9.2
SINAPI
23.840,22
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE EMBOÇO/MASSA ÚNICA, APLICADO MANUALMENTE, TRAÇO 1:2:8, EM BETONEIRA DE 400L, PAREDES INTERNAS, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS, EDIFICAÇÃO HABITACIONAL UNIFAMILIAR (CASAS) E EDIFICAÇÃO PÚBLICA PADRÃO. AF_12/2014 IOPESPróprio Reboco tipo paulista de argamassa de cimento, cal 110302hidratada CH1 e areia lavada traço 1:0.5:6, espessura 25 MDO-S-I-Smm 02 87275 SINAPI REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PAREDES INTERNAS COM PLACAS TIPO ESMALTADA EXTRA DE DIMENSÕES 33X45 CM APLICADAS EM AMBIENTES DE ÁREA MAIOR QUE 5 M² A MEIA ALTURA DAS PAREDES. AF_06/2014 REVESTIMENTOS EXTERNOS
8.2
89173
SINAPI
11
15.433,63
8.399,91
PISOS
11.1
94438
SINAPI
11.2
89046
SINAPI
11.3
94996
SINAPI
12 12.1
84161
SINAPI
12.2
84088
SINAPI
13
5.098,04
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE CONTRAPISO EM ARGAMASSA TRAÇO 1:4 (CIM E AREIA), EM BETONEIRA 400 L, ESPESSURA 3 CM ÁREAS SECAS E 3 CM ÁREAS MOLHADAS, PARA EDIFICAÇÃO HABITACIONAL UNIFAMILIAR (CASA) E EDIFICAÇÃO PÚBLICA PADRÃO. AF_11/2014 (COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO COM PLACAS TIPO GRÉS DE DIMENSÕES 35X35 CM, PARA EDIFICAÇÃO HABITACIONAL MULTIFAMILIAR (PRÉDIO). AF_11/2014 EXECUÇÃO DE PASSEIO (CALÇADA) OU PISO DE CONCRETO COM CONCRETO MOLDADO IN LOCO, FEITO EM OBRA, ACABAMENTO CONVENCIONAL, ESPESSURA 10 CM, ARMADO. AF_07/2016 ACABAMENTOS
m²
61,13
26,57
1.624,22
m²
61,13
29,80
1.821,67
m²
23,82
69,36
1.652,15
SOLEIRA DE MARMORE BRANCO, LARGURA 15CM, ESPESSURA 3CM, ASSENTADA SOBRE ARGAMASSA TRACO 1:4 (CIMENTO E AREIA) PEITORIL EM MARMORE BRANCO, LARGURA DE 15CM, ASSENTADO COM ARGAMASSA TRACO 1:4 (CIMENTO E AREIA MEDIA), PREPARO MANUAL DA ARGAMASSA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
M
5,60
40,47
226,63
M
6,00
55,35
332,10
558,73
5.339,85
13.1
91936
SINAPI
CAIXA OCTOGONAL 4" X 4", PVC, INSTALADA EM LAJE FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
UN
9,00
9,32
83,88
13.2
91846
SINAPI
ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO, PVC, DN 32 MM (1"), PARA CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM LAJE FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
M
70,00
6,22
435,40
63
13.3
91854
SINAPI
13.4
91925
SINAPI
13.5
91927
SINAPI
13.6
91931
SINAPI
13.7
84402
SINAPI
13.8
93662
SINAPI
13.9
93661
SINAPI
13.10
92008
SINAPI
13.11
91993
SINAPI
13.12
97592
SINAPI
14.1
97741
SINAPI
14.2
95673
SINAPI
14.3
88503
SINAPI
14.4
94792
SINAPI
14.5
94491
SINAPI
14.6
91785
SINAPI
14.7
91786
SINAPI
14
15 15.1
91795
SINAPI
ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO, PVC, DN 25 MM (3/4"), PARA CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM PAREDE - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015 CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 1,5 MM², ANTICHAMA 0,6/1,0 KV, PARA CIRCUITOS TERMINAIS FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015 CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 2,5 MM², ANTICHAMA 0,6/1,0 KV, PARA CIRCUITOS TERMINAIS FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015 CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 6 MM², ANTICHAMA 0,6/1,0 KV, PARA CIRCUITOS TERMINAIS FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015 QUADRO DE DISTRIBUICAO DE ENERGIA P/ 6 DISJUNTORES TERMOMAGNETICOS MONOPOLARES SEM BARRAMENTO, DE EMBUTIR, EM CHAPA METALICA FORNECIMENTO E INSTALACAO DISJUNTOR BIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 20A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_04/2016
M
70,00
6,38
446,60
M
400,00
2,09
836,00
M
200,00
2,79
558,00
M
100,00
5,20
520,00
UN
1,00
51,76
51,76
UN
2,00
55,66
111,32
DISJUNTOR BIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 16A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_04/2016
UN
6,00
54,06
324,36
TOMADA BAIXA DE EMBUTIR (2 MÓDULOS), 2P+T 10 A, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015 TOMADA ALTA DE EMBUTIR (1 MÓDULO), 2P+T 20 A, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015 LUMINÁRIA TIPO PLAFON, DE SOBREPOR, COM 1 LÂMPADA LED - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_11/2017 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
UN
18,00
33,44
601,92
UN
2,00
31,83
63,66
UN
15,00
87,13
1.306,95
KIT CAVALETE PARA MEDIÇÃO DE ÁGUA - ENTRADA INDIVIDUALIZADA, EM PVC DN 25 (¾”), PARA 1 MEDIDOR – FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO (EXCLUSIVE HIDRÔMETRO). AF_11/2016 HIDRÔMETRO DN 20 (½”), 1,5 M³/H – FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_11/2016 CAIXA D´ÁGUA EM POLIETILENO, 1000 LITROS, COM ACESSÓRIOS REGISTRO DE GAVETA BRUTO, LATÃO, ROSCÁVEL, 1”, COM ACABAMENTO E CANOPLA CROMADOS, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO – FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_06/2016 REGISTRO DE ESFERA, PVC, SOLDÁVEL, DN 40 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_06/2016 (COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE TUBOS DE PVC, SOLDÁVEL, ÁGUA FRIA, DN 25 MM (INSTALADO EM RAMAL, SUB-RAMAL, RAMAL DE DISTRIBUIÇÃO OU PRUMADA), INCLUSIVE CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES, PARA PRÉDIOS. AF_10/2015 (COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO TUBOS DE PVC, SOLDÁVEL, ÁGUA FRIA, DN 32 MM (INSTALADO EM RAMAL, SUB-RAMAL, RAMAL DE DISTRIBUIÇÃO OU PRUMADA), INCLUSIVE CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES, PARA PRÉDIOS. AF_10/2015 INSTALAÇÕES DE ESGOTO E ÁGUAS PLUVIAIS
UN
1,00
116,29
116,29
UN
1,00
91,62
91,62
UN
1,00
660,09
660,09
UN
3,00
98,90
296,70
UN
1,00
53,64
53,64
M
24,00
29,98
719,52
M
5,00
19,30
96,50
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INST. TUBO PVC, SÉRIE N, ESGOTO PREDIAL, 100 MM (INST. RAMAL DESCARGA, RAMAL DE ESG. SANIT., PRUMADA ESG. SANIT., VENTILAÇÃO OU SUB-COLETOR AÉREO), INCL. CONEXÕES E CORTES, FIXAÇÕES, P/ PRÉDIOS. AF_10/2015
M
2.034,36
5.377,54 48,00
47,66
2.287,68
64
15.2
91793
SINAPI
15.3
91792
SINAPI
15.4
74051/001
SINAPI
15.5
74104/001
SINAPI
15.6
89707
SINAPI
16 16.1
86932
SINAPI
16.2
86943
SINAPI
16.3
93442
SINAPI
16.4
86923
SINAPI
17 SINAPI
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE TUBO DE PVC, SÉRIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 50 MM (INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO), INCLUSIVE CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES PARA, PRÉDIOS. AF_10/2015 (COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE TUBO DE PVC, SÉRIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 40 MM (INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO), INCLUSIVE CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES, PARA PRÉDIOS. AF_10/2015 CAIXA DE GORDURA DUPLA EM CONCRETO PREMOLDADO DN 60,0 CM COM TAMPA - FORNECIMENTO E INSTALACAO CAIXA DE INSPEÇÃO EM ALVENARIA DE TIJOLO MACIÇO 60X60X60CM, REVESTIDA INTERNAMENTO COM BARRA LISA (CIMENTO E AREIA, TRAÇO 1:4) E=2,0CM, COM TAMPA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO E FUNDO DE CONCRETO 15MPA TIPO C - ESCAVAÇÃO E CONFECÇÃO CAIXA SIFONADA, PVC, DN 100 X 100 X 50 MM, JUNTA ELÁSTICA, FORNECIDA E INSTALADA EM RAMAL DE DESCARGA OU EM RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO. AF_12/2014 LOUÇAS E METAIS
M
36,00
60,59
2.181,24
M
6,00
40,22
241,32
UN
1,00
174,33
174,33
UN
3,00
134,47
403,41
UN
4,00
22,39
89,56
2.124,40
VASO SANITÁRIO SIFONADO COM CAIXA ACOPLADA LOUÇA BRANCA - PADRÃO MÉDIO, INCLUSO ENGATE FLEXÍVEL EM METAL CROMADO, 1/2” X 40CM FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2013 LAVATÓRIO LOUÇA BRANCA SUSPENSO, 29,5 X 39CM OU EQUIVALENTE, PADRÃO POPULAR, INCLUSO SIFÃO FLEXÍVEL EM PVC, VÁLVULA E ENGATE FLEXÍVEL 30CM EM PLÁSTICO E TORNEIRA CROMADA DE MESA, PADRÃO POPULAR - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2013
UN
2,00
363,77
727,54
UN
2,00
162,43
324,86
BANCADA MÁRMORE BRANCO POLIDO 150 X 60 CM, COM CUBA DE EMBUTIR DE AÇO INOXIDÁVEL MÉDIA, VÁLVULA AMERICANA EM METAL CROMADO, SIFÃO TIPO GARRAFA EM METAL CROMADO, ENGATE FLEXÍVEL 30 CM, TORNEIRA CROMADA TUBO MÓVEL, DE MESA, 1/2” OU 3/4”, PARA PIA DE COZINHA, PADRÃO ALTO FORNEC. E INSTAL. AF_12/2013 TANQUE DE LOUÇA BRANCA SUSPENSO, 18L OU EQUIVALENTE, INCLUSO SIFÃO TIPO GARRAFA EM PVC, VÁLVULA PLÁSTICA E TORNEIRA DE METAL CROMADO PADRÃO POPULAR - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2013 OUTROS SERVIÇOS
UN
1,00
687,77
687,77
UN
1,00
384,23
384,23
LIMPEZA FINAL DA OBRA
m²
70,36
2,04
143,53
UND
1,00
1.600,00
1.600,00
17.1
9537
17.2
MERCADO- Próprio LIGAÇÕES DAS REDES DE INFRAESTRUTURA E HABITE-SE 03
1.743,53
Total Geral
R$ 128.887,42
65
Planilha Orçamentária Sintética – CASA CONTÊINER Item
Código
Banco Descrição
1 1.1
Und
Quant. Valor Unit
SERVIÇOS PRELIMINARES E GERAIS MERCADO04
3.000,00
Próprio PROJETO ARQUITETÔNICO E DE COMPLEMENTARES PARA UND CASA CONTÊINER DE 69,85 M²
2
Total
1,00
3.000,00
INFRAESTRUTURA
3.000,00
3.021,60
2.1
96523
SINAPI
ESCAVAÇÃO MANUAL PARA BLOCO DE COROAMENTO OU SAPATA, COM PREVISÃO DE FÔRMA. AF_06/2017
m³
8,32
63,90
531,64
2.2
96995
SINAPI
REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. AF_10/2017
m³
8,32
32,50
270,40
2.3
96556
SINAPI
CONCRETAGEM DE SAPATAS, FCK 30 MPA, COM USO DE JERICA – LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_06/2017
m³
5,12
421,11
2.156,08
2.4
74106/001
SINAPI
IMPERMEABILIZACAO DE ESTRUTURAS ENTERRADAS, COM TINTA ASFALTICA, DUAS DEMAOS.
m²
8,32
7,63
63,48
3
COMPRA E REFORMA DO CONTÊINER
20.850,04
3.1
MERCADO05
Próprio CONTÊINER HIGH CUBE 40 PÉS - FORNECIMENTO
UND
2,00
7.800,00
15.600,00
3.2
MERCADO06
Próprio SERRALHERIA - ABERTURA DE RASGOS E VÃOS NAS FACES UND DO CONTÊINER
1,00
4.250,00
4.250,00
3.3
MERCADO07
Próprio FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE PISO EM MADEIRA REAPROVEITADA
M²
10,37
48,22
500,04
3.4
MERCADO08
Próprio ALUGUEL DE CAMINHÃO MUNK PARA LOCAÇÃO DO CONTÊINER NO TERRENO
DIÁRIA
1,00
500,00
500,00
4
PAREDES E PAINÉIS
4.1
96368
4.2
4.3
SINAPI
m²
69,85
125,69
8.779,44
SINAPI96368- Próprio PAREDE COM PLACAS DE GESSO ACARTONADO MDO S-IN-IM (DRYWALL) RU (UMIDADE - PLACA VERDE) , PARA USO EM ÁREAS MOLHADAS COM DUAS FACES DUPLAS E ESTRUTURA METÁLICA COM GUIAS DUPLAS, SEM VÃOS. AF_06/2017
m²
37,58
125,06
4.699,75
96372
m²
33,00
12,10
399,30
SINAPI
5
PAREDE COM PLACAS DE GESSO ACARTONADO (DRYWALL), PARA USO INTERNO COM DUAS FACES DUPLAS E ESTRUTURA METÁLICA COM GUIAS DUPLAS, SEM VÃOS. AF_06/2017
13.878,49
INSTALAÇÃO DE ISOLAMENTO COM LÃ DE ROCHA EM PAREDES DRYWALL. AF_06/2017 ESQUADRIAS
11.409,42
5.1
91314
SINAPI
KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO POPULAR, 80X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS, MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, FECHADURA COM EXECUÇÃO DO FURO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_08/2015
UN
1,00
584,96
584,96
5.2
91313
SINAPI
KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO POPULAR, 70X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS, MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, FECHADURA COM EXECUÇÃO DO FURO - FORNECIMENTO/INST.
UN
2,00
562,20
1.124,40
66
5.3
91312
SINAPI
KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO POPULAR, 60X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS, MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, FECHADURA COM EXECUÇÃO DO FURO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_08/2015
UN
2,00
527,82
1.055,64
5.4
91338
SINAPI
PORTA DE ALUMÍNIO DE ABRIR COM LAMBRI, COM GUARNIÇÃO, FIXAÇÃO COM PARAFUSOS FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_08/2015
m²
1,68
744,27
1.250,37
5.5
68050
SINAPI
PORTA DE CORRER EM ALUMINIO, COM DUAS FOLHAS PARA VIDRO, INCLUSO VIDRO LISO INCOLOR, FECHADURA E PUXADOR, SEM GUARNICAO/ALIZAR/VISTA
m²
4,40
438,14
1.927,81
5.6
94581
SINAPI
JANELA DE ALUMÍNIO MAXIM-AR, FIXAÇÃO, COM VIDROS, PADRONIZADA. AF_07/2016
m²
2,55
694,46
1.770,87
5.7
94582
SINAPI
JANELA DE ALUMÍNIO DE CORRER, 2 FOLHAS, FIXAÇÃO, COM VIDROS, PADRONIZADA. AF_07/2016
m²
7,50
436,34
3.272,55
5.8
85010
SINAPI
CAIXILHO FIXO, DE ALUMINIO, PARA VIDRO
m²
0,226
484,11
109,40
5.9
72120
SINAPI
VIDRO TEMPERADO INCOLOR, ESPESSURA 10MM, FORNECIMENTO E INSTALACAO, INCLUSIVE MASSA PARA VEDACAO
m²
1,13
277,37
313,42
6 6.1
FORROS 96110
SINAPI
7
FORRO EM DRYWALL, PARA AMBIENTES RESIDENCIAIS, INCLUSIVE ESTRUTURA DE FIXAÇÃO. AF_05/2017_P
3.099,71 m²
64,47
48,08
PINTURA
3.099,71
3.250,72
7.1
88483
SINAPI
APLICAÇÃO DE FUNDO SELADOR LÁTEX PVA EM PAREDES, UMA DEMÃO. AF_06/2014
m²
244,07
2,66
649,22
7.2
88487
SINAPI
APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA LÁTEX PVA EM PAREDES, DUAS DEMÃOS. AF_06/2014
m²
244,07
8,10
1.976,96
7.3
84657
SINAPI
FUNDO SINTETICO NIVELADOR BRANCO
m²
20,16
9,43
190,10
7.4
74065/001
SINAPI
PINTURA ESMALTE FOSCO PARA MADEIRA, DUAS DEMAOS, SOBRE FUNDO NIVELADOR BRANCO
m²
20,16
21,55
434,44
8
PISOS
5.383,28
8.1
MERCADO11
Próprio RASPAGEM (CONTRAPISO CONTÊINER - MADEIRA)
M²
38,24
18,20
695,96
8.2
72185
SINAPI
PISO VINILICO SEMIFLEXIVEL PADRAO LISO, ESPESSURA 2MM, FIXADO COM COLA
m²
61,13
67,34
4.116,49
8.3
94996
SINAPI
EXECUÇÃO DE PASSEIO (CALÇADA) OU PISO DE CONCRETO COM CONCRETO MOLDADO IN LOCO, FEITO EM OBRA, ACABAMENTO CONVENCIONAL, ESPESSURA 10 CM, ARMADO. AF_07/2016
m²
8,23
69,36
570,83
9
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
5.255,97
9.1
91846
SINAPI
ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO, PVC, DN 32 MM (1"), PARA CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM LAJE FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
M
70,00
6,22
435,40
9.2
91854
SINAPI
ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO, PVC, DN 25 MM (3/4"), PARA CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM PAREDE - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
M
70,00
6,38
446,60
67
9.3
91925
SINAPI
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 1,5 MM², ANTICHAMA 0,6/1,0 KV, PARA CIRCUITOS TERMINAIS FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
M
400,00
2,09
836,00
9.4
91927
SINAPI
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 2,5 MM², ANTICHAMA 0,6/1,0 KV, PARA CIRCUITOS TERMINAIS FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
M
200,00
2,79
558,00
9.5
84402
SINAPI
QUADRO DE DISTRIBUICAO DE ENERGIA P/ 6 DISJUNTORES TERMOMAGNETICOS MONOPOLARES SEM BARRAMENTO, DE EMBUTIR, EM CHAPA METALICA FORNECIMENTO E INSTALACAO
UN
1,00
51,76
51,76
9.6
91931
SINAPI
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 6 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, PARA CIRCUITOS TERMINAIS FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
M
100,00
5,20
520,00
9.7
93662
SINAPI
DISJUNTOR BIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 20A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_04/2016
UN
2,00
55,66
111,32
9.8
93661
SINAPI
DISJUNTOR BIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 16A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_04/2016
UN
6,00
54,06
324,36
9.9
92008
SINAPI
TOMADA BAIXA DE EMBUTIR (2 MÓDULOS), 2P+T 10 A, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
UN
18,00
33,44
601,92
9.10
91993
SINAPI
TOMADA ALTA DE EMBUTIR (1 MÓDULO), 2P+T 20 A, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
UN
2,00
31,83
63,66
9.11
97592
SINAPI
LUMINÁRIA TIPO PLAFON, DE SOBREPOR, COM 1 LÂMPADA LED - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_11/2017
UN
15,00
87,13
1.306,95
10
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
1.374,27
10.1
97741
SINAPI
KIT CAVALETE PARA MEDIÇÃO DE ÁGUA - ENTRADA INDIVIDUALIZADA, EM PVC DN 25 (¾”), PARA 1 MEDIDOR – FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO (EXCLUSIVE HIDRÔMETRO). AF_11/2016
UN
1,00
116,29
116,29
10.2
95673
SINAPI
HIDRÔMETRO DN 20 (½”), 1,5 M³/H – FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_11/2016
UN
1,00
91,62
91,62
10.3
94792
SINAPI
REGISTRO DE GAVETA BRUTO, LATÃO, ROSCÁVEL, 1”, COM ACABAMENTO E CANOPLA CROMADOS, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO – FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_06/2016
UN
3,00
98,90
296,70
10.4
94491
SINAPI
REGISTRO DE ESFERA, PVC, SOLDÁVEL, DN 40 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_06/2016
UN
1,00
53,64
53,64
10.5
91785
SINAPI
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE TUBOS DE PVC, SOLDÁVEL, ÁGUA FRIA, DN 25 MM (INSTALADO EM RAMAL, SUB-RAMAL, RAMAL DE DISTRIBUIÇÃO OU PRUMADA), INCLUSIVE CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES, PARA PRÉDIOS. AF_10/2015
M
24,00
29,98
719,52
10.6
91786
SINAPI
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO TUBOS DE PVC, SOLDÁVEL, ÁGUA FRIA, DN 32 MM (INSTALADO EM RAMAL, SUB-RAMAL, RAMAL DE DISTRIBUIÇÃO OU PRUMADA), INCLUSIVE CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES, PARA PRÉDIOS. AF_10/2015
M
5,00
19,30
96,50
68
11
INSTALAÇÕES DE ESGOTO E ÁGUAS PLUVIAIS
5.377,54
11.1
91795
SINAPI
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INST. TUBO PVC, SÉRIE N, ESGOTO PREDIAL, 100 MM (INST. RAMAL DESCARGA, RAMAL DE ESG. SANIT., PRUMADA ESG. SANIT., VENTILAÇÃO OU SUB-COLETOR AÉREO), INCL. CONEXÕES E CORTES, FIXAÇÕES, P/ PRÉDIOS. AF_10/2015
M
48,00
47,66
2.287,68
11.2
91793
SINAPI
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE TUBO DE PVC, SÉRIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 50 MM (INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO), INCLUSIVE CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES PARA, PRÉDIOS. AF_10/2015
M
36,00
60,59
2.181,24
11.3
91792
SINAPI
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE TUBO DE PVC, SÉRIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 40 MM (INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO), INCLUSIVE CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES, PARA PRÉDIOS. AF_10/2015
M
6,00
40,22
241,32
11.4
74051/001
SINAPI
CAIXA DE GORDURA DUPLA EM CONCRETO PREMOLDADO DN 60,0 CM COM TAMPA - FORNECIMENTO E INSTALACAO
UN
1,00
174,33
174,33
11.5
74104/001
SINAPI
CAIXA DE INSPEÇÃO EM ALVENARIA DE TIJOLO MACIÇO 60X60X60CM, REVESTIDA INTERNAMENTO COM BARRA LISA (CIMENTO E AREIA, TRAÇO 1:4) E=2,0CM, COM TAMPA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO E FUNDO DE CONCRETO 15MPA TIPO C - ESCAVAÇÃO E CONFECÇÃO
UN
3,00
134,47
403,41
11.6
89707
SINAPI
CAIXA SIFONADA, PVC, DN 100 X 100 X 50 MM, JUNTA ELÁSTICA, FORNECIDA E INSTALADA EM RAMAL DE DESCARGA OU EM RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO. AF_12/2014
UN
4,00
22,39
89,56
12
LOUÇAS E METAIS
2.124,40
12.1
86932
SINAPI
VASO SANITÁRIO SIFONADO COM CAIXA ACOPLADA LOUÇA BRANCA - PADRÃO MÉDIO, INCLUSO ENGATE FLEXÍVEL EM METAL CROMADO, 1/2” X 40CM FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2013
UN
2,00
363,77
727,54
12.2
86943
SINAPI
LAVATÓRIO LOUÇA BRANCA SUSPENSO, 29,5 X 39CM OU UN EQUIVALENTE, PADRÃO POPULAR, INCLUSO SIFÃO FLEXÍVEL EM PVC, VÁLVULA E ENGATE FLEXÍVEL 30CM EM PLÁSTICO E TORNEIRA CROMADA DE MESA, PADRÃO POPULAR - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2013
2,00
162,43
324,86
12.3
93442
SINAPI
BANCADA MÁRMORE BRANCO POLIDO 150 X 60 CM, COM CUBA DE EMBUTIR DE AÇO INOXIDÁVEL MÉDIA, VÁLVULA AMERICANA EM METAL CROMADO, SIFÃO TIPO GARRAFA EM METAL CROMADO, ENGATE FLEXÍVEL 30 CM, TORNEIRA CROMADA TUBO MÓVEL, DE MESA, 1/2” OU 3/4”, PARA PIA DE COZINHA, PADRÃO ALTO FORNEC. E INSTAL. AF_12/2013
UN
1,00
687,77
687,77
12.4
86923
SINAPI
TANQUE DE LOUÇA BRANCA SUSPENSO, 18L OU EQUIVALENTE, INCLUSO SIFÃO TIPO GARRAFA EM PVC, VÁLVULA PLÁSTICA E TORNEIRA DE METAL CROMADO PADRÃO POPULAR - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2013
UN
1,00
384,23
384,23
69
13
OUTROS SERVIÇOS
13.1
MERCADO03
Próprio LIGAÇÕES DAS REDES DE INFRAESTRUTURA E HABITE-SE
13.1
9537
SINAPI
LIMPEZA FINAL DA OBRA
1.743,53 UND
1,00
1.600,00
1.600,00
m²
70,36
2,04
143,53
Total Geral
R$ 79.768,97
Comparando as planilhas orçamentárias sintéticas da casa de alvenaria estrutural e da casa contêiner é possível observar uma considerável redução de custos para a execução da infraestrutura. A casa contêiner requer fundações mais simples e com menos volume de materiais, comparada à casa de alvenaria estrutural, para a qual foi adotado neste estudo o uso de vigas baldrame, as quais são substituídas por sapatas e pilaretes de fixação/sustentação na casa contêiner o que requer menor volume de concreto armado, formas de madeira, de movimentação de terra e do ponto de vista sustentável requer menos uso de recursos naturais, reduzindo o volume de resíduos sólidos da construção civil. A casa contêiner por utilizar a própria estrutura (laterais e cobertura), como vedação externa, pode-se dispensar os serviços de acabamento externo e de cobertura, gerando uma economia de pouco mais de R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais). Os resultados obtidos nas comparações das planilhas orçamentárias apresentadas no trabalho possibilitam concluir que o reuso de estruturas de contêiner é uma solução ecologicamente sustentável, economicamente viável (cerca de 40%) e deve ser reconhecido como um método construtivo de edificações habitacionais fixas, e não somente temporárias, como geralmente são elaboradas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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8. CONSISERAÇÕES FINAIS A evolução tecnológica e a conscientização ambiental fez o mundo buscar novos métodos construtivos mais sustentáveis, gerando uma verdadeira reciclagem arquitetônica. O reuso de contêineres na arquitetura é uma das possibilidades que surgiram com o intuito de reduzir os impactos ambientais gerados pela construção civil. Embora inicialmente o reuso de contêineres na arquitetura possa sugerir modelos habitacionais compactos, rígidos e considerando o clima do nosso país, uma edificação de baixo conforto térmico, devido ao material do qual são feitos (aço Corten), é possível a partir de um projeto que preveja modulações, adaptações e acréscimos à estrutura existente transformar “caixas de metal” em moradias dignas e com o avanço tecnológico de materiais de isolamento térmico e acústico é possível também amenizar os problemas inerentes ao uso desse material, como apresentado neste trabalho. Devido ao contêiner apresentar forma e dimensões modulares padronizadas, ser um material muito presente em todas as regiões portuárias do país, e principalmente a possibilidade de reciclagem, ele reúne características que contribuem para que seja reconhecido como uma alternativa economicamente viável e sustentável comparado aos métodos convencionais de construções, como o de alvenaria de blocos estruturais, sugerido neste trabalho. Por fim, os resultados obtidos nas pesquisas, o estudo arquitetônico da forma e a viabilidade econômica possibilitam a continuidade de reflexões para alimentar a base de estudos sobre o reuso de contêineres como método construtivo economicamente viável e sustentável. Além disso, pretende-se despertar nos leitores o reconhecimento da importância de estudos desse tipo de proposta habitacional, para que possamos buscar o aprimoramento desta técnica construtiva.
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIRRE, Lina de Moraes; OLIVEIRA, Juliano; BRITTO CORREA, Celina. Habitando o Container. 7º SEMINÁRIO INTERNACIONAL NUTAU 2008 – Espaço Sustentável – Inovações em Edifícios e Cidades, São Paulo: NUTAU-USP 2008. ALFONSIN, Betânia de Moraes; FERNANDES, Edésio. A lei e a ilegalidade na produção do espaço urbano. Belo Horizonte, Del-Rey, 2003. BIANCONI, Adriano; DEMÉTRIO, Eduardo da Costa; PICCOLI, Graziela da Costa. Casa em Contêiner Reciclado. 2012. 24 f. Monografia (Graduação em Gestão Imobiliária) - Universidade Federal do Paraná, Matinhos, 2012.) CAMARGO, Nicole Ramos de. Arquitetura Comercial/Institucional em Containers, 2014. - Iniciação Científica – Voluntária / Edital IC 2014 - Grupo de Pesquisa em TEORIA E HISTÓRIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO – THAC da UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ – UFPR. CASTILHO, Pablo. IKEGAMI, Tatiana Fuzeto. KOCHANOWSKI, Douglas. Cuidados que devemos ter para transformar um container. Blog Minha Casa Container. 2015. Disponível em: < http://minhacasacontainer.com/2015/05/11/cuidados-quedevemos-ter-na-hora-de transformar-um-contêiner/>. Acesso em 13 maio 2015. DOMINGOS, Bruno Eduardo Mazetto. Métodos para o Conforto Térmico e Acústico em Habitações de Contêineres. 2014. 74 f. Monografia (Dissertação apresentada ao curso de especialização em projeto arquitetônico) – Universidade Estadual de Londrina. Londrina, 2014. MILANEZE, Giovanna Letícia Schindler; BIELSHOWSKY, Bernardo Brasil; BITTENCOURT, Luis Felipe; SILVA, Ricardo da; MACHADO, Lucas Tiscoski. A utilização de containers como alternativa de habitação social no município de Criciúma/SC. In: SIMPÓSIO DE INTEGRAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DO SUL CATARINENSE – SICT- Sul, 1º, 2012. Santa Catarina (IFSC) 2012, p. 615-624. Revista SUSTENTABILIDADE - Revista On-line, “Consumo de água nos canteiros” http://revistasustentabilidade.com.br/consumo-de-agua-noscanteiros/#sthash.1EKq6xES.dpuf - Acesso em 16/11/2017. ROCHA, Diego Nogossek da - INICIAÇÃO CIENTÍFICA – VOLUNTÁRIA/ EDITAL IC 2014 PLANO DE TRABALHO: Habitação de Interesse Social em Contêineres Relatório final apresentado ao Grupo de Pesquisa em TEORIA E HISTÓRIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO (THAC) da UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ – UFPR por ocasião do desenvolvimento das atividades voluntárias de Iniciação Científica – Edital 2014. RODRIGUES, Filipe Klein. CASA CONTÊINER: UMA PROPOSTA DE RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR SUSTENTÁVEL - Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Civil. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI. Ijuí - Rio Grande do Sul, 2015. KOTNIK, J. Container architecture: Este libro contiene 6441 contenedores. Barcelona: Links Books, 2008.
73
New container architecture: Design guide + 30 case studies. 2. ed. Barcelona: Links Books, 2013. http://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernohumanas/article 14/10/2017
-
Acessado
em
SANTOS, J. Clayton. O Transporte Marítimo Internacional. 1ª ed. São Paulo: Gedimex. 1980. TAVARES, Hérica Celiza Gomes. Inovação e Desenvolvimento Sustentável: Uma abordagem da inovação desejável. Disponível em <http://planeamentoterritorial.blogspot.com.br/2010/01/ inovacao-e desenvolvimento sustentavel_25.html> Acesso 15/10/2017. VENÂNCIO, Heliomar. A Arquitetura da Construção: Um Guia para sua Obra/ Heliomar Venâncio - Vitória: Ed. Zamboni Books Ltda. 2017 - Págs. 180 a 207. XAVIER, Michele M. Série: Como construir uma casa container I, II e III. Blog Minha Casa Container. 2015. Disponível em: <http://minhacasacontainer.com/category/inicio/>. Acessado em 15/10/2017. http://minhacasacontainer.com/2015/04/30/como-escolher-um-container-para-suacasa - Acessado em 18/10/2017. http://www.archdaily.com.br/br/800283/casa-container-granja-viana-container-box "Casa Container Granja Viana / Container Box" 29 Nov 2016. ArchDaily Brasil. Acessado 19/10 /2017. http://www.containersa.com.br/2014 - Acessado em 13/10/2017. http://www.contemporist.com/cite-a-docks-student-housing-by-cattani-architects/ Acessado em 15/11/2017.
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Acessado
em
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10.
ANEXOS
PRANCHA - 01/08 - Planta Baixa Casa de Alvenaria de Blocos Estruturais; PRANCHA - 02/08 - Planta Baixa Casa Contêiner; PRANCHA - 03/08 - Cortes AB e CD; PRANCHA - 04/08 - Cortes EF e GH; PRANCHA - 05/08 - Elevações 1 e 2; PRANCHA - 06/08 - Elevações 3 e 4; PRANCHA - 07/08 - Cobertura; PRANCHA - 08/08 - Planta de Detalhe de Ampliação/Junção Piso dos Contêineres.
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