FAU USP
UMA ESCOLA PARA OS DIAS DE HOJE Projeto de um edifício escolar no bairro do Campos Elíseos
Trabalho Final de Graduação Orientadora do trabalho Professora Anália Amorim Orientadora metodológica Professora Beatriz Bueno
dezembro de 2018
Gil Barbieri
AGRADECIMENTOS
À Anália e aos colegas de orientação, pelas conversas valiosas, à minha família inspiradora, pelo apoio incondicional, em especial aos meus pais e irmãos, à Stéphanie e à Caroline, pela ajuda preciosa e aos amigxs da FAU, por tantos ensinamentos.
4
ÍNDICE
Estudos sobre educação 6 A sala de aula tradicional 6 Construção escolar em São Paulo 8 O caso das open air schools 10 Programa de edifícios escolares - FDE 12 Legislação - educação nacional 14 Referências de escolas e experiências pedagógicas 16 Estudo de programa e distribuição dos espaços para uma escola 18 O bairro Campos Elíseos 20 Breve história do bairro 20 Levantamento de terrenos 22 A escola pública como integrante de uma rede de equipamentos urbanos 24 Equipamentos e espaços complementares 26 O projeto da escola 28 Reformulação do programa do edifício escolar 28 Palacete do Barão do Rio Pardo 32 Levantamento de dados 38 Aproximação do projeto - primeiros esboços 40 Centro de Proteção Ambiental de Balbina - Severiano Porto 42 Memorial Conceitual 44 Estudos da estrutura 46 Desenhos de projeto 53
Bibliografia 60
5
ESTUDOS SOBRE EDUCAÇÃO
A SALA DE AULA TRADICIONAL
“[...] salas para 40 alunos, iluminação através das janelas colocadas à esquerda das carteiras pés-de-ferro, destinadas a duas crianças e sempre em fila; o estrado com a mesa do professor, o quadro-negro e a porta com viseiras na parede fronteira às janelas e junto ao estrado. As salas de aula, de 6 x 8 m, distribuem-se ao longo de corredores que começam na administração ou abraçam pátios internos que servem para a recreação controlada.” Mayumi Watanabe Souza Lima, no texto Equipamentos coletivos e públicos: educação e saúde O trecho do texto de Mayumi Watanabe transcrito acima descreve uma típica sala de aula do final do século XIX. No entanto, com poucas variações, ilustraria perfeitamente a sala de aula presente na grande maioria das escolas construídas durante todo o século XX e que persiste até os dias atuais. As dimensões de 6 x 8 m seguem seguintes critérios: a distância limite para um aluno enxergar a lousa sem maiores dificuldades é de aproximadamente 8 metros e a profundidade máxima de um ambiente que recebe luz natural adequada ao trabalho é de cerca de 6 metros. Esse espaço, da forma como é utilizado, com suas carteiras enfileiradas voltadas para o professor, é resquício de uma maneira de educar que servia à colonização e à industrialização. A sala de aula foi elaborada como espaço adequado à transmissão de conhecimentos e valores específicos necessários ao bom funcionamento de determinadas maneiras de organizar a sociedade e a economia. As palavras que vigoram nesse espaço são: disciplina, obediência, avaliação e transmissão de conhecimentos pré-determinados. Para além de suas quase quarenta carteiras enfileiradas, voltadas para uma figura detentora do conhecimento, não existe espaço para a autenticidade, a naturalidade, a descoberta movida pela curiosidade e o prazer. As salas de aula especificadas em 2018 pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE para os doze anos de ensino escolar, do ensino fundamental ao ensino médio, apresentam poucas variações em relação às salas de aula do século XIX. Dezenas de escolas são construídas anualmente no Estado de São Paulo seguindo esse modelo.
6
Atenção
FP-03
Preserve a escala: Quando for imprimir, use
Escala
Respeite o Meio Ambiente.
MR-03
Atenção
Preserve a escala: Quando for imprimir, use folhas A4 e desabilite a função “Fit to paper”
FP-03
As diferentes salas de aulas especificadas pelo FDE para os dos doze anos escolares
1 : 75
Respeite o Meio Ambiente. Imprima somente o necessário
Escala
MR-03
Atenção
FP-03
1 : 75
Preserve a escala: Quando for imprimir, use
Escala
Respeite o Meio Ambiente.
2,00m
Preserve a escala: Quando for imprimir, use (vera Obs. ) to paper” folhas A4VN-02 e desabilite função1“Fit
Atenção
Atenção
0,56m
MR-03
Preserve a escala: Quando for imprimir, use
Conjunto funcional Pedagógico Programa arquitetônico Anos Iniciais / Anos Finais / Anos Finais + EM / EM Módulo básico M1 a M12 Data Dezembro/2017
0,56m
0,75m
FP-03
0,56m
1 : 75
Fonte: Catálogo de ambientes da edificação escolar - ficha 08A - FDE, 2017
7
Respeite o Meio Ambiente.
CJP-01
CJA-05 CJA-05 ou ou ou 0,52m ou CJA-05B CJA-05B CJA-05B CJA-05B
0,52m CJA-05 CJA-05 0,52m
CJA-06 ou CJA-06B
MR-03
MR-03
Respeite o Meio Ambiente. Imprima somente o necessário AR-09
CJA-05 ou CJA-05B
Layout
CJA-05 ou CJA-05B
1,50m
CJA-05 ou CJA-05B
Página
4/8
Página
LG-08
MA-02
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJP-01
CJA-05 CJA-05 ou ou ou 0,52m ou CJA-05B CJA-05B CJA-05B CJA-05B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
0,52m CJA-05 CJA-05
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
0,52m
AR-09
CJA-05 ou CJA-05B
CJA-06 ou CJA-06B
CJA-06 ou CJA-06B
CJA-06 ou CJA-06B
CJA-06 ou CJA-06B
CJA-06 ou CJA-06B
Layout
4/8
LG-08
MA-02
Respeite o Meio Ambiente. Imprima somente o necessário
Layout
CJA-05 ou CJA-05B
1,50m
CJA-05 ou CJA-05B
CJA-06 CJA-05 CJA-05 0,52m ou ou ou CJA-06B CJA-05B CJA-05B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
CJA-06 ou CJA-06B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
Pedagógico Anos Iniciais / Anos Finais / Anos Finais + EM / EM M1 a M12 Dezembro/2017
AR-09
FP-03
CJA-06 ou CJA-06B
7,20 m 0,56m
CJA-05 ou CJA-05B
MR-03 CJA-06 ou CJA-06B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
VN-02 (ver Obs. 1)
0,52m
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
CJA-06 ou CJA-06B
Conjunto funcional Pedagógico Programa arquitetônico Anos Iniciais / Anos Finais / Anos Finais + EM / EM Módulo básico M1 a M12 Data Dezembro/2017 CJA-06 ou CJA-06B
0,75m
CJP-01
0,56m 0,56m
CJA-05 CJA-05 ou ou ou 0,52m ou CJA-05B CJA-05B CJA-05B CJA-05B
Sala de Aula 0,56m
CJA-06 CJA-05 CJA-05 0,52m ou ou ou CJA-06B CJA-05B CJA-05B
0,56m CJA-06 ou CJA-06B
7,20 m
CJA-06 ou CJA-06B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
FP-03
0,52m CJA-05 CJA-05
0,56m CJA-06 ou CJA-06B
MR-03 0,56m
LG-08
Respeite o Meio Ambiente. CJA-06 ou CJA-06B
FP-03 0,56m
MA-02
VN-02 (ver Obs. o1necessário ) Imprima somente
Sala de Aula
0,56m
1,50m
12º
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
0,56m
0,56m
CJA-05 ou CJA-05B
0,60m
Área CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
FP-03
CJA-05 ou CJA-05B
FP-03
EM
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
08A 08A
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
Preserve a escala: Quando for imprimir, use (vera Obs. ) to paper” folhas A4VN-02 e desabilite função1“Fit
Atenção CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
AR-09
CJA-04 ou CJA-04B
CJA-04 ou CJA-04B
7,20 m
CJA-06 CJA-05 CJA-05 0,52m ou ou ou CJA-06B CJA-05B CJA-05B
Ambientes Ambientes
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
Respeite o Meio Ambiente.
CJA-06 ou CJA-06B
VN-02 (ver Obs. o1necessário ) Imprima somente
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
0,75m
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
2,00m
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
11º
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
7,20 m
CJP-01
0,52m
0,56m
CJA-06 ou CJA-06B
1 : 75
Área
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
51,84 m²
Escala
EM
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
M7 - M8 - M9 1 : 75
CJA-06 ou CJA-06B
Escala FP-03
VN-02 (ver Obs. 1)
CJA-06 ou CJA-06B
51,84 m²
08A 08A
Conjunto funcional Programa arquitetônico Módulo básico Data
CJA-06 ou CJA-06B
MA-02
Ambientes Ambientes
CJA-06 ou CJA-06B
M7 - M8 - M9
10º
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
0,60m
7,20 m
LG-08
1,50m CJA-04 ou CJA-04B
2,00m
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
Preserve a escala: Quando for imprimir, use folhas A4 e desabilite a função “Fit to paper” AR-09
CJA-04 ou CJA-04B
0,60m
FP-03
CJP-01
0,52m
Área
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
Página
LG-08
MA-02
CJA-04 ou CJA-04B
CJA-05 ou CJA-05B
51,84 m²
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
0,56m
1,50m
CJA-04 CJA-04 ou ou ou 0,52m ou CJA-04B CJA-04B CJA-04B CJA-04B
0,52m CJA-04 CJA-04
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJA-06 ou CJA-06B
EM
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
Layout
CJA-04 ou CJA-04B
CJA-04 ou CJA-04B
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJA-06 ou CJA-06B
M7 - M8 - M9
CJA-06 ou CJA-06B
0,75m CJA-04 ou CJA-04B
CJA-04 CJA-05 CJA-05 0,52m ou ou ou CJA-04B CJA-05B CJA-05B
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
3/8
08A 08A
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
0,56m
CJA-04 CJA-04 ou ou ou 0,52m ou CJA-04B CJA-04B CJA-04B CJA-04B
CJA-04 ou CJA-04B
Layout
AR-09
FP-03 0,56m
CJA-04 ou CJA-04B
Preserve a escala: Quando for imprimir, use folhas A4 e desabilite a função “Fit to paper”
0,52m CJA-04 CJA-04
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
Ambientes Ambientes
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
Atenção
3/8
7,20 m
0,56m
3/8
CJA-04 ou CJA-04B
Atenção
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
0,75m
0,52m
7,20 m
Página
CJA-06 ou CJA-06B
VN-02 (ver Obs. 1) 0,56m
CJP-01
0,56m CJA-05 ou CJA-05B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
Sala de Aula
CJA-06 ou CJA-06B
VN-02 (ver Obs. 1)
Pedagógico Anos Iniciais / Anos Finais / Anos Finais + EM / EM M1 a M12 Dezembro/2017 Página
FP-03
2,00m CJA-06 ou CJA-06B
VN-02 (ver Obs. 1)
LG-08
0,56m 0,56m
MA-02
9º CJA-06 ou CJA-06B
0,75m
1,50m
AR-09
Área CJA-05 ou CJA-05B
7,20 m 0,56m
CJA-04 ou CJA-04B
FP-03
CICLO II + EM CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
FP-03
CJA-04 ou CJA-04B
Layout CJA-06 ou CJA-06B
Conjunto funcional Pedagógico Programa arquitetônico Anos Iniciais / Anos Finais / Anos Finais + EM / EM Módulo básico M1 a M12 Data Dezembro/2017
CJA-04 CJA-05 CJA-05 0,52m ou ou ou CJA-04B CJA-05B CJA-05B
VN-02 (ver Obs. 1) 0,56m
CJA-04 CJA-04 ou ou ou 0,52m ou CJA-04B CJA-04B CJA-04B CJA-04B
1 : 75 CJA-06 ou CJA-06B
0,56m
Layout
0,52m CJA-04 CJA-04
51,84 m²
Escala
Pedagógico Anos Iniciais / Anos Finais / Anos Finais + EM / EM M1 a M12 Dezembro/2017
CJA-04 ou CJA-04B
2/8
Conjunto funcional Programa arquitetônico Módulo básico Data 0,56m
CJA-04 ou CJA-04B
Sala de Aula
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
VN-02 (ver Obs. 1) 0,56m
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
0,56m
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
2,00m
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CICLO II M4 - M5 - M6
8º
CJA-05 ou CJA-05B
AR-09
Área 0,56m
CJA-05 ou CJA-05B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
FP-03
CICLO II + EM
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
Página 1 : 75
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJP-01
CJA-04 ou CJA-04B
7,20 m
CJA-04 CJA-05 CJA-05 0,52m ou ou ou CJA-04B CJA-05B CJA-05B
0,60m
Layout
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
51,84 m²
Escala
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
2/8
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
Sala de Aula
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
VN-02 (ver Obs. 1)
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
MR-03 0,56m
CJA-06 ou CJA-06B
2,00m
CJA-06 ou CJA-06B
CICLO II M4 - M5 - M6
7º
CJA-06 ou CJA-06B
Página
CJA-06 ou CJA-06B
7,20 m
ou ou CJA-04B CJA-04B
0,55m CJA-04 CJA-04
AR-09
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
MR-03
FP-03
ou ou CJA-04B CJA-04B
0,55m CJA-04 CJA-04
0,60m
LG-08
MA-02
CJA-05 ou CJA-05B
CJA-04 ou CJA-04B
FP-03
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
0,56m 0,56m
1,50m
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CJA-06 ou CJA-06B
Área
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
Respeite o Meio Ambiente. Imprima somente o necessário 0,60m CJP-01
CJA-04 ou CJA-04B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CICLO II + EM
CJA-05 ou CJA-05B
0,75m
7,20 m
ou ou CJA-04B CJA-04B
0,55m CJA-04 CJA-04
CJA-04 ou CJA-04B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CJA-06 ou CJA-06B
51,84 m²
FP-03
ou ou CJA-04B CJA-04B
0,55m CJA-04 CJA-04
CJA-04 ou CJA-04B
CJA-04 CJA-04 CJA-05 0,55m ou ou ou CJA-04B CJA-04B CJA-05B
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
0,56m
LG-08
MA-02
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CJA-05 ou CJA-05B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CICLO II M4 - M5 - M6
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
0,56m
0,56m
1,50m
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
CJA-06 ou CJA-06B
CJA-05 ou CJA-05B
Layout
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
0,56m
FP-03
2/8 Conjunto funcional Programa arquitetônico Módulo básico Data
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
0,56m
CJA-04 ou CJA-04B
Conjunto funcional Pedagógico Programa arquitetônico Anos Iniciais / Anos Finais / Anos Finais + EM / EM Módulo básico M1 a M12 Data Dezembro/2017
CJA-04 ou CJA-04B
Respeite o Meio Ambiente. Imprima somente o necessário
Página
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
Preserve a escala: Quando for imprimir, use (vera Obs. ) to paper” folhas A4VN-02 e desabilite função1“Fit
Atenção
0,56m
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
0,75m
7,20 m
0,56m
Pedagógico Anos Iniciais / Anos Finais / Anos Finais + EM / EM M1 a M12 Dezembro/2017
CJA-06 ou CJA-06B
Respeite o Meio Ambiente.
Sala de Aula
CJA-06 ou CJA-06B
VN-02 (ver Obs. o1necessário ) Imprima somente
Conjunto funcional Pedagógico Programa arquitetônico Anos Iniciais / Anos Finais / Anos Finais + EM / EM Módulo básico M1 a M12 Data Dezembro/2017
FP-03
CJP-01
6º CJA-06 ou CJA-06B
VN-02 (ver Obs. 1)
FP-03
2,00m CJA-06 ou CJA-06B
0,75m
LG-08
AR-09
ou ou CJA-04B CJA-04B
FP-03
Área
0,55m CJA-04 CJA-04
7,20 m
ou ou CJA-04B CJA-04B
1 : 75 0,56m
0,55m CJA-04 CJA-04
0,60m
08A 08A 0,56m
MA-02
MR-03
Sala de Aula 0,56m
1,50m
Escala
Preserve a escala: Quando for imprimir, use (vera Obs. ) to paper” folhas A4VN-02 e desabilite função1“Fit
Atenção 0,56m
CJA-04 ou CJA-04B
Ambientes Ambientes CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
7,20 m
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
Respeite o Meio Ambiente. 0,56m
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
ES-06 CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
0,56m
CJA-04 CJA-04 CJA-05 0,55m ou ou ou CJA-04B CJA-04B CJA-05B
VN-02 (ver Obs. o1necessário ) Imprima somente
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
0,55m
7,20 m
CJA-04 ou CJA-04B
51,84 m²
5º
CJA-05 ou CJA-05B
2,00m
Sala de Aula
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
ES-06 AR-09
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
FP-03
Área 0,56m
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
M1 - M2 - M3 1 : 75
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
Escala
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
51,84 m²
08A 08A
CJA-06 ou CJA-06B
MR-03
CJA-05 ou CJA-05B
VN-02 (ver Obs. 1)
CJA-06 ou CJA-06B
Ambientes Ambientes
CJA-06 ou CJA-06B
FP-03
7,20 m
2,00m 0,56m
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
ES-06
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
M1 - M2 - M3
4º
CJA-04 CJA-04 CJA-05 0,55m ou ou ou CJA-04B CJA-04B CJA-05B
Preserve a escala: Quando for imprimir, use folhas A4 e desabilite a função “Fit to paper” 0,60m AR-09
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
ES-06 CJP-01
FP-03
FP-03
ou ou CJA-03B CJA-03B
Área
Conjunto funcional Programa arquitetônico Módulo básico Data
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
Página
LG-08
MA-02
0,55m CJA-03 CJA-03
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
ou ou CJA-03B CJA-03B
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
0,55m CJA-03 CJA-03
51,84 m²
CJA-06 CJA-06 ou ou CJA-06B CJA-06B
1/8
1,50m
M1 - M2 - M3
CJA-05 CJA-05 ou ou CJA-05B CJA-05B
0,56m
0,60m
7,20 m
FP-03
CJP-01
0,56m 0,55m
Layout
CJA-03 ou CJA-03B
1/8
08A 08A
CJA-06 ou CJA-06B
AR-09 ou ou CJA-03B CJA-03B
Ambientes Ambientes
FP-03
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
ou ou CJA-03B CJA-03B
0,55m CJA-03 CJA-03
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
Página
CJA-05 ou CJA-05B
Página
LG-08
MA-02
Preserve a escala: Quando for imprimir, use folhas A4 e desabilite a função “Fit to paper”
0,55m CJA-03 CJA-03
AR-09 ES-06
7,20 m
0,56m
0,55m
1/8
1,50m
0,56m
ES-06
FP-03
Atenção 0,56m
CJP-01
0,56m
Layout
CJA-03 ou CJA-03B
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
VN-02 (ver Obs. 1)
ou ou CJA-03B CJA-03B
CJA-04 ou CJA-04B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
AR-09
LG-08
VN-02 (ver Obs. 1)
Atenção
MA-02
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
0,56m
ou ou CJA-03B CJA-03B
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CJA-04 0,55m CJA-04 CJA-04 ou ou ou CJA-04B CJA-04B CJA-04B
CJA-04 ou CJA-04B
Conjunto funcional Pedagógico Programa arquitetônico Anos Iniciais / Anos Finais / Anos Finais + EM / EM Módulo básico M1 a M12 Data Dezembro/2017
0,55m CJA-03 CJA-03
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
0,56m 0,56m
0,55m CJA-03 CJA-03
VN-02 (ver Obs. 1)
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
0,56m
1,50m
0,56m 0,56m
CJA-04 ou CJA-04B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
7,20 m
Pedagógico Anos Iniciais / Anos Finais / Anos Finais + EM / EM M1 a M12 Dezembro/2017
CJA-03 ou CJA-03B
3º
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
CICLO I
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
Pedagógico Anos Iniciais / Anos Finais / Anos Finais + EM / EM M1 a M12 Dezembro/2017
CJA-04 0,55m CJA-04 CJA-04 ou ou ou CJA-04B CJA-04B CJA-04B
0,56m 0,56m
CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B
Área 0,56m
CJA-04 ou CJA-04B
Conjunto funcional Programa arquitetônico Módulo básico Data
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
Sala de Aula
CJA-04 ou CJA-04B
2º
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
Área
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
CICLO I
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
Sala de Aula
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
FP-03 + FP-05
1º
CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B
7,20 m
Área
FP-03 + FP-05
CICLO I
CJA-04 0,55m CJA-04 CJA-04 ou ou ou CJA-04B CJA-04B CJA-04B
7,20 m
Conjunto funcional Programa arquitetônico Módulo básico Data
CJA-04 ou CJA-04B
FP-03 + FP-05
Sala de Aula
Ilustração de um sala de aula típica dos séculos XIX, XX e XXI
Sala de Aula Página
4/8
M10 - M11 - M12
Layout
51,84 m²
FP-03
7,20 m
2,00m
0,60m 0,75m
VN-02 (ver Obs. 1)
M10 - M11 - M12
51,84 m²
7,20 m
Escala
M10 - M11 - M12
51,84 m² 1 : 75
FP-03
2,00m
0,60m 0,75m
VN-02 (ver Obs. 1)
7,20 m
FP-03
0,60m
2,00m
0,75m
VN-02 (ver Obs. 1)
MR-03
Escala
1 : 75
Escala
1 : 75
CONSTRUÇÃO ESCOLAR EM SÃO PAULO
Seja nas pequenas escolas do interior ou nas grandes escolas das capitais brasileiras, os edifícios escolares construídos no século XIX e início do século XX são caracterizados por uma única sala ou um agrupamento de salas de aulas. Dependendo do tamanho da escola, o edifício escolar ganha, entre os corredores e as salas, o espaço do pátio. À medida que o século XX avança e o papel das escolas na sociedade é ampliado, novos espaços são progressivamente adicionados ao programa de necessidades das escolas públicas, como a biblioteca, o auditório, o recreio coberto e a quadra esportiva, entre outros. A rígida simetria dos edifícios ecléticos das escolas da Primeira República vai aos poucos sendo abandonada, inicialmente em prol de diferentes implantações que favorecessem a incidência de luz solar adequada à cada situação, e em seguida abrindo espaço para a arquitetura moderna. A planta da escola se torna maior e mais variada. Ainda assim, a célula principal do edifício, onde se desenvolve a maior parte das atividades, continua a ser a sala de aula de 6 x 8 m. Desde o final do século XIX, o Estado de São Paulo vem desenvolvendo uma forte tradição na construção de edifícios escolares públicos através de órgãos responsáveis. Os programas de construção escolar tornaram-se cada vez mais eficientes no que diz respeito à economia, velocidade e quantidade de escolas edificadas. Além disso, representaram um importante campo de atuação e experimentação arquitetônica, resultando em inúmeros projetos exemplares. No entanto, se edificar com rapidez e qualidade tornou-se uma marca tradicional dos órgãos responsáveis pela construção escolar em São Paulo, multiplicar escolas adequadas a um modelo educacional ultrapassado também fez parte dessa tradição. Diminuir o déficit de vagas nas escolas é uma prioridade, mas um repaginamento radical do modelo pedagógico também deveria sê-lo. Os altos graus de evasão escolar e péssimos resultados nas avaliações de conhecimento demonstram, entre tantos outros indícios mais óbvios e humanos, que a escola do século XIX não é mais compatível com a nossa sociedade.
Gráfico Cronologia da Construção Escolar Paulista Fonte: website da FDE
8
À esquerda: Versão do Grupo Escolar de Campinas criada pelo arquiteto Victor Dubugras para Araraquara À direita: Projeto tipo de escola de 1911
Fonte Escolas para a República: Os primeiros passos da arquitetura das escolas públicas paulistas, de Sílvia Ferreira Santos Wolff, 2010
Planta de um pavimento de salas de aula da Escola Normal Caetano de Campos em São Paulo - SP
Fonte Escolas para a República: Os primeiros passos da arquitetura das escolas públicas paulistas, de Sílvia Ferreira Santos Wolff
Planta do Ginásio de Guarulhos de João Baptista Vilanova Artigas Crédito: Jamile Weizenmann
dimensões da sala de aula para cada exemplo - nota-se que todas têm aproximadamente as mesmas dimensões
9
O CASO DAS OPEN AIR SCHOOLS
A preocupação com surtos de tuberculose após a Primeira Guerra fez com que países europeus adotassem aulas ao ar livre como medida preventiva contra a doença. Turmas de estudantes eram levadas à praia, ao campo e às montanhas, para que ficassem em locais bem arejados. Nas décadas que seguiram, várias escolas foram construídas dentro do conceito de “Open Air Schools”, onde os ambientes eram o quão ventilados fosse possível. A École de Plein Air de Suresnes, construída em 1935 na França, é um exemplo de um edifício escolar completamente distinto das escolas dessa época, apresentando qualidades espaciais notáveis. As imagens das chamadas Open Air Schools, ou escolas ao ar-livre, são emblemáticas pois explicitam o quão insensível - ao lugar, às pessoas e às experiências - pode ser o sistema escolar.
Acima e ao lado: Aulas ao ar livre após a Primeira Guerra Mundial. As aulas externas eram uma medida preventiva contra a tuberculose.
Fonte: https://www.messynessychic.com/2016/03/15/classroomswithout-walls-a-forgotten-age-of-open-air-schools/
10
Foto e desenhos da Ecole de Plein Air em Suresnes, Franรงa, de 1935
Fonte: https://www.messynessychic.com/2016/03/15/classrooms-without-walls-a-forgotten-age-of-open-air-schools/
11
PROGRAMA DE EDIFÍCIOS ESCOLARES - FDE
A Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE faz uma divisão dos ambientes escolares em três categorias: Pedagógico, Vivência e Direção/Administração. Considerando que esse órgão público possui ampla experiência na construção e avaliação de edifícios escolares, o presente trabalho parte da análise dos ambientes e respectivas áreas especificadas pelo FDE em seus catálogos técnicos para ter um parâmetro de quais são as dimensões adequadas para determinados ambientes. Estipulou-se que a escola proposta será de ensino fundamental e terá capacidade para 180 alunos, o que corresponde à uma escola com 1203m² de área construída. Os diagramas a seguir ilustram as áreas dos ambientes especificados pelo FDE para uma escola desse tamanho.
Tabela das áreas construídas de acordo com diferentes tamanhos de escola para escolas dos anos finais do ensino fundamental segundo cartilha da FDE nº de salas de aula
4
5
6
7
8
9
10
11
12
nº de alunos
144
180
216
252
288
324
360
396
432
área total construída
2035,29 2102,68 2170,07 2237,46 2591,84 2659,23 2726,62 2794,01 3027,29
Fonte: Programa Arquitetônico - Catálogo técnico, FDE, 2017
Diagrama geral da distribuição das áreas para uma escola de 5 salas de aula dos anos finais do ensino fundamental segundo cartilha da FDE (áreas de circulação não inclusas)
direção / administração 122 m²
pedagógico
vivência
584 m²
1102 m²
Fonte: Programa Arquitetônico - Catálogo técnico, FDE, 2017
12
Diagrama detalhado da distribuição das áreas para uma escola de 5 salas dos anos finais do ensino fundamental segundo cartilha da FDE (áreas de circulação não inclusas)
direção/administração 6m²
almoxarifado
10m²
diretor
10m²
vice-diretor
10m²
coord. pedog.
10m²
copa prof.
15m²
sanit. adm.
19m²
secretaria
42m²
pedagógico 13m²
26m²
vivência
depósito sala de recursos
26m²
sala de preparo
52m²
laboratório
52m²
uso múltiplo
professores
sala de leitura
78m²
78m²
sala de informática
259m²
6m²
mat. limp.
10m²
cantina
10m²
dep. mat. EF
11m²
despensa
12m²
sanit. func.
13m²
grêmio
28m²
52m²
sanit. alunos
58m²
vest. alunos
73m²
refeitório
salas de aula 129m²
700m²
Fonte: Programa Arquitetônico - Catálogo técnico, FDE, 2017
13
cozinha
pátio coberto
quadra coberta
LEGISLAÇÃO - EDUCAÇÃO NACIONAL
A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Os artigos abaixo são particularmente importantes para o contexto deste trabalho: Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. Experiências alternativas de escolas públicas brasileiras, como a EMEF Desembargador Amorim Lima, no bairro do Butantã, em São Paulo, ou a associação civil Projeto Âncora, no município de Cotia, que funciona legalmente como uma escola pública, são possíveis porque a lei garante “autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira”. Não existe nada, além da cultura pedagógica herdada do passado, que determine que as escolas públicas devam ter seus alunos divididos em grupos etários (séries), que o conteúdo deva ser transmitido através de aulas convencionais em que um detentor do conhecimento escreve na lousa e os demais copiam, que exista uma ordem e forma nos conteúdos explorados, ou sequer que as avaliações sejam feitas através de testes e provas. As escolas, em conjunto com as comunidades de pais e alunos, têm autonomia para determinar a experiência dos anos escolares.
14
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece uma divisão do ensino básico em três ciclos, com finalidades específicas, e que devem ser oferecidos por entidades correspondentes. São eles: Educação Infantil - 0 a 3 anos de idade (creches) - 4 a 5 anos de idade (pré-escolas) Ensino Fundamental - a partir dos 6 anos de idade - 9 anos de duração Ensino Médio - 3 anos de duração Embora não seja determinado pela legislação, é comum nas escolas brasileiras a divisão do ensino fundamental em dois ciclos, o primeiro, do 1° ao 5° ano, e o segundo, do 6° ao 9° ano. Tipicamente, estes dois ciclos correspondem, respectivamente, à faixas etárias de seis a dez anos de idade, e de onze a quatorze anos de idade.
15
REFERÊNCIAS DE ESCOLAS E EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS
A escola proposta neste trabalho não parte da adoção de uma pedagogia específica, mas imaginou-se um ambiente de aprendizado que combina práticas e valores extraídos de algumas escolas e experiências pedagógicas nas quais a comunidade de estudantes, professores e famílias participam ativamente na construção da experiência escolar. Das escolas democráticas, como as brasileiras EMEF Desembargador Amorim Lima, localizada em São Paulo no bairro do Butantã, e o Projeto Âncora, sediado em Cotia, e a portuguesa Escola da Ponte, extrai-se o conceito da organização da rotina escolar. A abordagem pedagógica dessas escolas estimula uma postura ativa dos estudantes em relação ao seu aprendizado e ao aprendizado de seus colegas. Os indivíduos, tratados como tais, não são agrupados por idade, como é comum na maioria da escolas. Cada um é respeitado em suas necessidades, potencialidades e bagagem de aprendizagem. No caso do Projeto Âncora, a escola é organizada em três núcleos de aprendizagem: iniciação, desenvolvimento e aprofundamento. O que diferencia um núcleo do outro é o grau de autonomia conquistado pelos estudantes. Um conceito chave nesse sistema de aprendizagem é o de planejamento. Cada estudante planeja diariamente o que fará ao longo do dia, e quinzenalmente um roteiro de estudos é elaborado junto com um tutor. Os objetivos no Projeto Âncora são pautados pelos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), estabelecidos pelo Ministério da Educação, mas a maneira de abordar os conteúdos não segue uma forma pré-estabelecida e igual para todos os estudantes. Conteúdos de áreas do conhecimento como matemática, estudos linguísticos ou história são explorados dentro de projetos, individuais ou coletivos, propostos pelos estudantes. Das escolas italianas de Reggio Emília, são extraídas os conceitos espaciais de transparência, para que os habitantes captem diferentes perspectivas e pontos de vista, de espaços que favoreçam o acolhimento e a construção de relações, de ambientes com diferentes pé-direito, proporcionando perspectivas variadas, da pluralidade de experiências sensoriais e da estética como elemento de qualidade do conhecimento. Escolas como a Riverside School, na Índia, Team Academy, na Espanha e a Green School, na Indonésia, apresentam diferentes enfoques, como autonomia, sustentabilidade, empreendedorismo e responsabilidade social, todos eles valiosos na reflexão deste trabalho. O quadro abaixo opõe algumas das características da escola tradicional e características desejadas para a escola proposta.
ESCOLA TRADICIONAL GRUPOS POR FAIXA ETÁRIA SALAS DE AULA ATIVIDADES PRÉ-DEFINIDAS GRADE HORÁRIA RÉGUA DE AVALIAÇÃO REAÇÃO
16
ESCOLA PROPOSTA GRAUS DE AUTONOMIA ESPAÇOS DIVERSOS (LIVRE CIRCULAÇÃO) CONSTRUÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA PLANEJAMENTO PESSOAL REFLEXÃO E DIÁLOGO AÇÃO
Vista aérea do Projeto Âncora
Fonte: https://medium.com/enducar/projeto-âncora-b3d669abfbc3
Sala de aula de uma escola em Reggio Emília
Fonte: http://www.zpzpartners.com/scuola-loris-malaguzzi/
17
ESTUDO DE PROGRAMA E DISTRIBUIÇÃO DOS ESPAÇOS PARA UMA ESCOLA
Como um projeto pedagógico claramente formulado não está sendo adotado ou proposto neste trabalho, a definição das qualidades dos espaços que compõe a escola parte de uma reflexão sobre uma série de ações que considero fundamentais. Essas ações servem como alicerces para o desenvolvimento da capacidade de cada um de viver bem em sociedade e de compreender com clareza seus próprios desejos e potencialidades. O ambiente construído é entendido aqui tanto como suporte, quanto com estímulo para o desenrolar das diversas atividades que podem derivar das ações fundamentais listadas na página ao lado. Para tanto, os espaços devem oferecer diferentes possibilidades de uso do corpo, de interação social e de experiência sensorial. Cada um dos ambientes que incorporam o programa de necessidades proposto está relacionado a mais de uma ação, refletindo a preocupação com a concepção de espaços polivalentes, que não imponham barreiras à espontaneidade da vida. No diagrama abaixo, pode-se observar diferentes possibilidades espaciais em função de grupos maiores e menores de pessoas, e de graus de exposição a estímulos externos, como sol, chuva, calor, barulho, etc.
diagrama de espaços escolares por gradações de agrupamento e exposição à estímulos externos exposição praça pública
quadra aberta
rede no jardim
pátio externo anfiteatro
mesa sob pergolado quiosque grande
quiosque
privacidade mesa no corredor
agrupamento pátio coberto
arquibancada interna
balcão no corredor
refeitório biblioteca
sala individual
sala 4 pessoas
sala 10 sala 20 pessoas pessoas
sala 40 pessoas
auditório
sala descanso
proteção
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sala 80 pessoas
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O BAIRRO CAMPOS ELÍSEOS
BREVE HISTÓRIA DO BAIRRO
Localizado ao lado dos bairros da Luz e do Bom Retiro, no centro da cidade de São Paulo, o Campos Elíseos foi o primeiro loteamento planejado e o primeiro bairro nobre de São Paulo. Pensado no final do século XIX por dois engenheiros alemães para abrigar a rica elite cafeeira, o bairro foi dotado de infraestrutura completa de iluminação a gás, abastecimento de água, sistema de esgoto e pavimentação. Próximo à antiga Estação Ferroviária Sorocabana (atual estação Júlio Prestes) e à Estação da Luz, é um dos locais onde os barões do café construíram seus palacetes. O bairro, que teve seu traçado tombado pelo CONDEPHAAT, abriga um dos mais expressivos conjuntos arquitetônicos de São Paulo do final do século XIX e início do século XX. Ao longo do século XX, o Campos Elíseos passou por transformações profundas. Primeiro, com a industrialização da capital, a presença da linha férrea atraiu para a região fábricas e, com elas, vilas operárias. Em seguida, no início dos anos 60, foi construída na área a primeira rodoviária de São Paulo, o que, repentinamente, gerou um imenso fluxo de pessoas e automóveis. Desde as primeiras transformações do bairro, os casarões foram sendo deixados para trás e muitos deles ficaram tão degradados que desmoronaram ou foram derrubados. Lentamente, o bairro que abrigou a sede do Governo do Estado por três décadas e já foi o mais nobre de São Paulo, tornou-se desconhecido de grande parte da população do município. A escolha de o presente trabalho considerar o Campos Elíseos foi feita por três motivos: o valor histórico do bairro e de muitas construções que ali persistem; a abundância de equipamentos públicos com potencial para complementar a escola e o crescimento da demanda por educação pública por conta da construção recente de um grande número de unidades de habitação de interesse social no terreno da antiga rodoviária.
20
CAMPOS ELÍSEOS BARRA FUNDA
BOM RETIRO
LUZ STA. CECÍLIA
V. BUARQUE
STA. IFIGÊNIA
REPÚBLICA
Localização do bairro de Campos Elíseos no município de São Paulo
Vista panorâmica de Campos Elíseos a partir do Liceu dos Salesianos (Liceu Coração de Jesus) na alameda Glete em 1911 Crédito: foto - Guilherme Gaensly; acervo - Light
Vista panorâmica atual tirada do mesmo ponto de vista que a foto acima 21
Crédito: Douglas Nascimento - Agência SP Fotos & Comunicações
LEVANTAMENTO DE TERRENOS
Foram levantados e analisados quinze terrenos no bairro de Campos Elíseos que apresentavam condições desejáveis para a implantação da escola, seja por suas dimensões, proximidade de equipamentos, relação com o entorno imediato ou situação urbana. Entende-se por terrenos em situações urbanas favoráveis aos objetivos dessa escola, aqueles localizados em ruas de baixo fluxo de automóveis, silenciosas e arborizadas, próximos a imóveis que revelem o valor histórico do bairro e que não sejam sombreados durante muitas horas por construções vizinhas. Não será utilizado o termo “lote”, pois mais de um dos locais analisados é composto por dois ou mais lotes adjacentes. Foi selecionado um terreno na esquina da Alameda Ribeiro da Silva com a Alameda Barão de Piracicaba. Neste local, persistem as ruínas do palacete do Barão do Rio Pardo, casarão construído no final do século XIX. O valor arquitetônico e histórico do imóvel, as dimensões do quintal e a vegetação existente foram os principais motivos para a escolha do terreno.
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26.321m²
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734m²
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6.267m²
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2056m²
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1.045m²
811m²
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2919m²
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718m²
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3511m² V
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1.640m² V
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2.965m²
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3.847m²
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1.507m²
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908m²
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2.323m²
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Levantamento de 15 terrenos subutilizados no bairro de Campos Elíseos
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2056m²
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1.507m²
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Terreno selecionado para a construção da escola
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A ESCOLA PÚBLICA COMO INTEGRANTE DE UMA REDE DE EQUIPAMENTOS URBANOS
A escola pública é um dos principais ambientes com potencial para a formação de uma consciência cidadã. É desejável, então, que esse ambiente favoreça a criação de relações entre diversas camadas (no sentido mais amplo) da sociedade. A ideia é que a escola não esteja simplesmente inserida na cidade, mas que faça parte ativamente da rede de trocas que o espaço urbano proporciona. Do ponto de vista do uso do espaço, se as atividades ocorrerem regularmente em equipamentos públicos e de uso público que cercam a escola, o espaço escolar poderá ser complementado com quadras esportivas, piscinas, auditórios, bibliotecas, praças, entre tantas outras possibilidades, sem que tais ambientes precisem ser construídos dentro da própria escola, liberando espaço e recursos para outros fins. Foi feito na região de implantação da escola um mapeamento de equipamentos e áreas livres que podem se relacionar com as atividades da escola (mapa da página ao lado).
diagrama da relação entre o espaço escolar e outros espaços urbanos
indústria sala de concerto
quadra poliesportiva oficina
museu
FATEC
subestação elétrica espaço escolar
escola de música biblioteca pública
10 min
15 min
praça pública UBS centro cultural
escritórios
24
5 min
terminal de transporte público
20 min a pé
Levantamento de equipamentos públicos, equipamentos de uso público e áreas livres nos bairros de Campos Elíseos, Luz e Bom Retiro
terreno
11
4
3
1
13
5 12 6
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7
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20 19 8
21
14
18 22
9 17 15
10
25
EQUIPAMENTOS
PRAÇAS / PARQUES
TRANSPORTE
1 ETEC Dra. Maria Augusta Saraiva 2 FATEC SEBRAE 3 Centro Cultura Porto Seguro 4 Museu da Energia 5 SESC Bom Retiro 6 EE João Kopke 7 CEI Coração de Jesus 8 Sala São Paulo 9 EMESP Tom Jobim 10 Centro Paula Souza 11 Oficina Cultural Oswald de Andrade 12 CEI Creche Casa Dom Gastão 13 EE Prudente de Moraes 14 Pinacoteca 15 Escola SENAI de Informática
16 Largo Coração de Jesus 17 Praça Princesa Isabel 18 Praça Júlio Prestes 19 Parque Jardim da Luz
20 Estação Júlio Prestes 21 Terminal Princesa Isabel 22 Estação da Luz
EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS COMPLEMENTARES
Foram traçados os percursos entre o terreno escolhido e alguns equipamentos que oferecem grande potencial de complementaridade em relação aos espaços escolares. As informações do que cada equipamento oferece, assim como as respectivas capacidades, foram utilizadas em conjunto com as definições gerais da abordagem pedagógica desejada, para definir os elementos do programa de necessidades do FDE a serem mantidos na lista de ambientes que constituirão a escola. Além dos três equipamentos representados nos trajetos, outros equipamentos próximos oferecem espaços valiosos, como o Espaço Cultural Porto Seguro, que possui um laboratório de fabricação digital e um ateliê de artes equipado, ambos abertos ao público, a Escola Estadual João Kopke, com uma ampla quadra coberta, a EMESP Tom Jobim, que oferece variadas aulas de música abertas, a Escola SENAI de informática, entre outros.
26
450 m
6 min
9 min
Trajeto entre o terreno escolhido e o Largo Coração de Jesus
50 m
4 min
6 min
Trajeto entre o terreno escolhido e o SESC Bom Retiro
1000 m
Trajeto entre o terreno escolhido e a Sala São Paulo 27
12 min
18 min
O PROJETO DA ESCOLA
REFORMULAÇÃO DO PROGRAMA DO EDIFÍCIO ESCOLAR
A partir da análise dos equipamentos complementares próximos ao terreno da escola e das características pedagógicas discutidas anteriormente, foram selecionados do programa de necessidades especificado pelo FDE para uma escola de ensino fundamental de 180 alunos os ambientes que serão incorporados de alguma forma ao novo programa. A somatória das áreas dos ambientes previstos pela FDE descartados para o projeto será redistribuída entre novos ambientes propostos, de forma que a área construída da escola projetada não ultrapasse os 2103m² do edifício de referência.
28
797 m²
1011 m²
áreas mantidas do programa do FDE
áreas novas propostas
Diagrama detalhado da distribuição das áreas dos ambientes do projeto (áreas de circulação não inclusas)
direção/administração 6m²
almoxarifado
10m²
diretor
10m²
vice-diretor
10m²
coord. pedog.
10m²
copa prof.
15m²
sanit. adm.
19m²
secretaria
42m²
pedagógico 13m²
26m²
vivência
depósito sala de recursos
26m²
sala de preparo
52m²
laboratório
52m²
professores 78m²
78m²
259m²
uso múltiplo
sala de leitura
sala de informática
6m²
mat. limp.
10m²
cantina
10m²
dep. mat. EF
11m²
despensa
12m²
sanit. func.
13m²
grêmio
28m²
52m²
sanit. alunos
58m²
vest. alunos
73m²
refeitório
salas de aula 129m²
700m²
áreas que serão incorporadas ao novo programa de necessidades áreas que serão descartadas
29
cozinha
pátio coberto
quadra coberta
A lista de ambientes que compõe a escola, com suas respectivas áreas, é fruto do cruzamento entre o tipo de ensino imaginado, as áreas de referência das escolas do FDE e do processo projetual em si. A seguir....
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Ações fundamentais
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Diagrama detalhado da distribuição das áreas dos ambientes do projeto
8m2
depósito
organizar
11m2
área lixeiras
organizar cuidar
13m
coordenação pedagógica
dialogar gerir
16m2
despensa
organizar
2
21m2
administração
gerir planejar
28 m2
sala de professores
planejar dialogar descansar
30 m2
reunião / apresentação
dialogar compartilhar
31 m2
cozinha
preparar o alimento materializar observar
34 m2
sanitários / vestiários
limpar cuidar
37 m2
cozinha experimental
preparar o alimento materializar pesquisar nutrir
38 m2
área de leitura
pesquisar refletir desenvolver
mezanino
brincar descansar observar movimentar o corpo
48 m2
50 m2
varanda / copa
sala de artes
desenvolver conceber materializar pesquisar
56 m2
oficina
desenvolver conceber materializar pesquisar
72 m2
salão coberto
brincar movimentar o corpo
98 m2
refeitório
nutrir dialogar refletir compartilhar
110 m2
biblioteca / computação
pesquisar conceber descansar refletir
138 m2
vivência
dialogar descansar desenvolver observar
155 m2
recreação coberta
movimentar o corpo brincar dialogar
196 m2
salas multiuso
meditar movimentar o corpo desenvolver dialogar compartilhar
áreas externas
brincar movimentar o corpo plantar nutrir desenvolver cuidar descansar
gerir planejar dialogar
22m
2
31
secretaria
54 m2
descansar nutrir dialogar observar
PALACETE DO BARÃO DO RIO PARDO
A área escolhida está localizada na esquina da Alameda Ribeiro da Silva com a Alameda Barão de Piracicaba. O interesse por esse terreno deu-se por conta da existência das ruínas do antigo Palacete do Barão do Rio Pardo, construído por volta de 1880. Vendido em 1906 para o Conde de Serra Negra, o casarão ficava boa parte do tempo vazio, pois seu proprietário era um dos mais importantes promotores do café brasileiro na Europa e passava longos períodos fora do país. Foi alugado então para o Instituto Sílvio de Almeida, um colégio interno para meninos. O palacete foi tombado pelo CONDEPHAAT em 1980, que estipulou a “preservação das fachadas, dos componentes arquitetônicos externos e cobertura, sem restrições a alterações internas das edificações”. Com pouco interesse por parte dos herdeiros, o edifício foi ocupado em diversas ocasiões, até que, em 2010, o telhado do casarão desabou junto com todo o pavimento superior. Desde então, a construção encontra-se desocupada e em estado de ruínas e, atualmente, um estacionamento funciona no terreno. Uma grande cobertura de telhas metálicas foi acoplada à lateral do casarão, provavelmente para proteger os veículos dos frutos que caem das grandes árvores que crescem no terreno. De acordo com moradores do bairro, havia muitas outras árvores de grande porte ao lado do casarão que foram retiradas pelos responsáveis pelo estacionamento. Nas fotos abaixo pode-se observar a degradação do edifício e a grande diminuição da quantidade de árvores no terreno desde 2004. Assim como outras construções do bairro de Campos Elíseos, esse pedaço do patrimônio histórico da cidade de São Paulo está se deteriorando rapidamente.
Fonte: GeoSampa - Ortofoto MDC (2004)
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Fonte: Google Maps - Satélite (2018)
Sem telhado, a parte interna do casarão recebe incidência solar direta. A vegetação em crescimento permite o vislumbre de jardins desenvolvidos entre as paredes das ruínas.
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Fachada do casarão vista a partir da alameda Barão de Piracicaba. Após o desabamento do telhado a Prefeitura de São Paulo lacrou o edifício.
Fachada do casarão vista a partir da alameda Ribeiro da Silva.
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Atualmente, o terreno ĂŠ ocupado por um estacionamento.
Vista do casarĂŁo a partir do interior do terreno.
35
Com excessão do edifício residencial presente na foto acima e do edifício da Porto Seguro na esquina ao lado, todas as construções vizinhas do terreno apresentam gabarito baixo.
No quintal do casarão crescem uma série de árvores frutíferas.
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Jardins espontâneos crescem no interior das ruínas do casarão.
Sem telhado e sem lajes, o céu é visto a partir de qualquer ponto das ruínas. A maior parte dos afrescos originais não existe mais.
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LEVANTAMENTO DE DADOS
Os dados necessários ao desenvolvimento do projeto de arquitetura, tais como medidas do terreno, planta da construção existente e vegetação desenvolvida e topografia, foram obtidos através do cruzamento da base em arquivo CAD disponibilizada pelo CESAD, medidas levantadas in loco, fotografias tiradas nas visitas ao terreno e fotografias de satélite. As imagens de satélite foram úteis para o traçado da planta das ruínas do casarão, considerando que este não possui mais telhado. Como se pode observar na planta ao lado e nas fotos anteriores, em um dos quadrantes do terreno crescem árvores de grande porte, algumas delas frutíferas, tais como abacateiro, jabuticabeira, amoreira, araucária, entre outras.
38
N
39
APROXIMAÇÃO DO PROJETO - PRIMEIROS ESBOÇOS
A forma orgânica oferece a possibilidade de diversidade e flexibilidade dentro de um sistema coerente. Inicialmente imaginado como uma oca comprida que serpenteia por entre as árvores existentes e as ruínas do casarão, o edifício foi se configurando como uma espécie de galpão curvo. Os desenhos na página ao lado mostram a progressão do traçado que, em fase inicial de projeto, comportou-se como um ser vivo sensível. Em um movimento evolutivo, o projeto foi se adaptando aos estímulos da vegetação, das construções existentes, do sol, das intenções espaciais e da necessidade de se erguer do plano. Os desenhos abaixo ilustram a inserção das primeiras intenções de projeto no terreno com seus elementos construtivos e paisagísticos existentes.
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CENTRO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE BALBINA - SEVERIANO PORTO
O Centro de Proteção Ambiental de Balbina, projetado por Severiano Porto na década de 80, tornou-se a principal referência do presente trabalho para refletir sobre possibilidades estruturais e construtivas de um edifício orgânico feito de madeira, construído com técnicas simples. A estrutura é feita com troncos roliços e a cobertura de tabuinha, como são chamadas as telhas de madeira feitas no próprio canteiro. Toda a estrutura está disposta em função de dois traçados que devem ser conectados: o da cumeeira e o do contorno do edifício. O contorno é pontuado por pilares enfileirados recuados, que estruturam um beiral contínuo em volta da construção. A cumeeira é ora suportada diretamente por pilares, ora suportada por troncos apoiados sobre traves, o que libera a passagem central. A segunda solução pode ser observada em alguns tipos de oca indígena, onde o vão central fica livre. No projeto de Severiano Porto, as vedações são totalmente independentes da estrutura, configurando pequenos volumes de planta ortogonal sob a grande cobertura.
Planta da estrutura da cobertura de um trecho do projeto do Centro de Proteção Ambiental de Balbina Fonte: arquivo pessoal de Letícia Neves
42
Oca na reserva São João do Tupé Crédito: Cassiana Pizaia
Fotos da estrutura em madeira do Centro de Proteção Ambiental de Balbina Crédito: Marcelo Borborema
Pesrpectiva do conjunto do Centro de Proteção Ambiental de Balbina
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Fonte: arquivo pessoal de Letícia Neves
MEMORIAL CONCEITUAL
Mais do que respeitar o que o palacete foi um dia, o projeto procura valorizar o corpo edificado que existe hoje. As ruínas, hoje sem telhado, revelam o descaso com o patrimônio histórico, mas ao mesmo tempo revelam o céu. Os raios solares que entram onde antes não era possível, fazem com que jardins cresçam entre as grossas paredes de tijolos. A paradoxal beleza da decadência dessa construção está nas experiências espaciais inusitadas que possibilita. No quintal do antigo palacete, a construção curvilínea de madeira espalha-se por entre as árvores. A nova cobertura abriga em três níveis - térreo, primeiro piso e segundo piso - a maior parte dos ambientes da escola: biblioteca, refeitório, oficina, sala de artes, salas multiuso, vivências, toda a parte administrativa, sanitários, vestiários e depósitos. Dentro do edifício existente são colocadas duas cozinhas. A cozinha de preparação das refeições diárias fica onde provavelmente era a cozinha original do palacete, única porção do casarão que permanece coberta por uma laje original. A outra cozinha serve para que os estudantes possam preparar alimentos eles mesmos e é instalada na porção central das ruínas, protegida por uma nova cobertura suportada pelas paredes existentes. O que foi um dia o salão, é transformado em um espaço lúdico com jardim, tanque de areia, mesas de atividades e mezaninos sobrepostos que configuram um brinquedão. Fixada na parte externa dos pilares da construção de madeira, a circulação que garante acessibilidade aos ambientes acompanha as curvas do edifício, e funciona ora como rampa, ora como passarela, ora como escada. Essa circulação forma um percurso contínuo que tem início no térreo, passa por todos os níveis da construção nova, atravessa o casarão por um eixo de portas e janela, e retorna ao piso térreo. Com exceção das lajes de CLT - Cross Laminated Timber - que são cortadas de forma curva, todos os elementos construtivos são retilíneos. As curvas inicialmente desenhadas foram discretizadas em segmentos de reta, de modo que as peças de madeira possam ser obtidas em serrarias comuns. As vedações são feitas com placas cimentícias e folhas de vidro encaixilhadas fixadas em montantes de madeira dispostos a cada 85 cm, em um sistema similar ao woodframe. A pequena distância entre os montantes permite a passagem de pessoas entre eles, ao mesmo tempo que conserva a sensação de que o edifício é curvo. A cobertura feita de chapas de OSB revestidas de manta impermeabilizante estende um beiral de 1,50 m em volta de todo o edifício. Na porção mais larga da construção, a cumeeira se divide em duas partes, criando uma abertura que contribui para a iluminação e ventilação dos espaços da vivência e da biblioteca. A construção que ocupa o lote que está sendo incorporado ao do casarão seria demolida, e com o entulho resultante, estimado em 22m³, são propostos morrotes no jardim da escola. Além de proporcionar uma topografia variada, o entulho enterrado serve como um sumidouro.
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ESTUDOS DA ESTRUTURA
Apesar de o formato orgânico remeter atualmente a projetos elaborados com o uso de softwares paramétricos, a solução deste trabalho foi atingida através de um processo iterativo manual. Em uma forma de trabalho circular foram feitos diversos testes, checagens e adequações, até encontrar um equilíbrio entre espaços resultantes que espelhassem o propósito da escola e o programa de necessidades elaborado, clareza na leitura da estrutura, simplicidade construtiva, composição formal, conforto e relação com a vegetação e as construções existentes. As imagens ao lado mostram uma maquete na escala 1:250 em que foi utilizada massa de modelar para estudar o revelo formado pela cumeeira e compreender como dispor alguns dos elementos estruturais da cobertura.
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Foram estudadas diversas soluções para a estrutura da cobertura, determinada, desde o início, como tendo uma seção transversal que configurasse duas águas. Algumas das possibilidades consideradas estão ilustradas na página ao lado. As tesouras mostradas nas duas imagens superiores foram descartadas após testes em modelos tridimensionais que contemplavam a geometria curva do edifício. Quando dispostas fora de um alinhamento paralelo, os elementos dessas tesouras sobrepunhamse de modo que a leitura da estrutura tornava-se confusa. As duas soluções representadas nas imagens centrais da página ao lado são desvantajosas em relação às outras, uma por configurar um pé direito mais baixo e a outra por necessitar que todos os elementos transversais sejam contínuos, trazendo limitações para a geometria da construção. Na solução adotada, representada na imagem inferior da página ao lado, a cobertura é estruturada por uma tesoura elementar, chamada de tesoura de linha suspensa. Essa peça é constituída somente por duas pernas inclinadas e uma linha que contém os empuxos laterais. As vigas de cumeeira são apoiadas na parte superior das tesouras. Por fim, elementos de madeira são apoiados na cumeeira e nas vigas perimetrais. Essas peças são dispostas com espaçamento máximo de 1,20 m, que é a menor dimensão de uma chapa padrão de OSB, material que será fixado sobre a estrutura. Abaixo, fotos da maquete de estudo em escala 1:50 da primeira solução estrutural considerada.
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49
Pilares de seção quadrada definem o contorno do edifício. Lajes de CLT são suportadas por vigas transversais. Vigas perimetrais são apoiadas nos pilares, delineando um circuito contínuo.
Tesouras de linha suspensa são apoiadas sobre pares de pilares, vencendo os vãos transversais.
As tesouras suportam vigas de cumeeira, que acompanham o traçado orgânico do edifício como uma espinha dorsal
50
O últimos elementos da estrutura da cobertura são apoiados nas vigas perimetrais e na cumeeira.
Um circuito de rampas e passarelas feitas de placas de CLT é suportado por mãos francesas fixadas no pilares
A cobertura é feita com uma camada dupla de chapas de OSB com isolante térmico entre elas, revestida com manta impermeabilizante sintética.
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Maquete física de cedro e acrílico na escala 1:125
52
DESENHOS DE PROJETO
O projeto de arquitetura da escola proposta está representado nas folhas a seguir.
Índice de desenhos
53
Folha Título
Escala
01 02 03 04 05 06
1:125 1:125 1:125 1:125 1:25 1:5
Planta Térreo Planta 1º Piso Planta 2º Piso Corte AA e Corte BB Seção transversal típica Detalhes construtivos
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo 54
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Título: Uma escola para os dias de hoje Alameda Ribeiro da Silva 182, Campos Elíseos, São Paulo - SP
Gil Donatelli Barbieri Orientadora: Anália Amorim
N
PLANTA TÉRREO ESCALA 1:125
dezembro 2018
01
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo 55
55
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Título: Uma escola para os dias de hoje Alameda Ribeiro da Silva 182, Campos Elíseos, São Paulo - SP
Gil Donatelli Barbieri Orientadora: Anália Amorim
N
PLANTA 1° PISO ESCALA 1:125
dezembro 2018
02
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo 56
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Título: Uma escola para os dias de hoje Alameda Ribeiro da Silva 182, Campos Elíseos, São Paulo - SP
Gil Donatelli Barbieri Orientadora: Anália Amorim
N
PLANTA 2° PISO ESCALA 1:125
dezembro 2018
03
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo 57
57
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Título: Uma escola para os dias de hoje Alameda Ribeiro da Silva 182, Campos Elíseos, São Paulo - SP
Gil Donatelli Barbieri Orientadora: Anália Amorim CORTE AA / CORTE BB ESCALA 1:125
dezembro 2018
04
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo 58
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Título: Uma escola para os dias de hoje Alameda Ribeiro da Silva 182, Campos Elíseos, São Paulo - SP
Gil Donatelli Barbieri Orientadora: Anália Amorim SEÇÃO TRANSVERSAL TÍPICA ESCALA 1:25
dezembro 2018
05
59
59
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Título: Uma escola para os dias de hoje Alameda Ribeiro da Silva 182, Campos Elíseos, São Paulo - SP
Gil Donatelli Barbieri Orientadora: Anália Amorim DETALHES CONSTRUTIVOS ESCALA 1:5
dezembro 2018
06
ALVES, R. A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. Campinas: Papirus editora, 2001. CARBONELL, J. Pedagogias do Século XXI: Bases Para a Inovação Educativa. 3. ed. Porto Alegre: Penso, 2016. DUARTE, H. Escolas Classe Escola Parque. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2009. FERRATA, C. A. Escolas Públicas em São Paulo (1960 - 1972). 2008. Dissertação (Mestrado em Projeto de Arquitetura) Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, USP, São Paulo, 2008. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 46. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013. GONÇALVES, D. Sistema estrutural treliçado modular em madeira - SET 2M. 2007. Tese (Doutorado em Projeto de Arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, USP, São Paulo, 2007. GRAVATÁ, A.; PIZA, C.; MAYUMI, C.; SHIMAHARA, E. Volta ao Mundo em 13 Escolas. São Paulo: Fundação Telefônica: A. G., 2013. H. COOMBS, P. A Crise Mundial da Educação. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1986. LENGEN, J. V. Arquitetura dos Índios da Amazônia. Itapevi: B4 editores, 2013. MONTESSORI, M. A Criança. Editora: Círculo do Livro, 1992. NATTERER, J.; HERZOG, T; SCHWEITZER, R.; VOLZ, M.; WINTER, W. Timber construction manual. 1. ed. Basel, Suíça: Birkhäuser Architecture, 2008. REIS NEVES ABREU, I. Convênio Escolar: Utopia Construída. 2007. Dissertação (Mestrado em Projeto Arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, USP, São Paulo, 2007. TEIXEIRA, A. Educação é um Direito. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1996. WATANABE SOUZA LIMA, M. Equipamentos coletivos e públicos: educação e saúde. In: Arquitetura e equipamentos sociais. Anotações de aula. Escola de Engenharia de São Carlos - Departamento de Arquitetura e Planejamento, USP. WOLFF, S. F. S. Escolas para a República: Os primeiros passos da arquitetura das escolas públicas paulistas. São Paulo: EDUSP, 2010
60
TEIXEIRA, A. Educação é um Direito. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1996. WATANABE SOUZA LIMA, M. Equipamentos coletivos e públicos: educação e saúde. In: Arquitetura e equipamentos sociais. Anotações de aula. Escola de Engenharia de São Carlos - Departamento de Arquitetura e Planejamento, USP. WOLFF, S. F. S. Escolas para a República: Os primeiros passos da arquitetura das escolas públicas paulistas. São Paulo: EDUSP, 2010
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