ISSN 2359-3644
nº 5 Março 2015
Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central UNIUBE B638
Boletim técnico ACA-Uniube-Fundação Procafé / coordenação técnica: Roberto Santinato, André Luís Teixeira Fernandes, Eduardo Mosca. – n. 5 (mar./2015). -- Uberaba : Universidade de Uberaba, 2015. 127 p. : il. Anual. ISSN: 2359-3644 1. Café – Nutrição mineral. 2. Café - Fitossanidade. 3. Cafeeiro - Adubação. I. Santinato, Roberto. II. Fernandes, André Luís Teixeira. III. Mosca, Eduardo. IV. Universidade de Uberaba. CDD: 633.73
4
Campo Experimental Izidoro Bronzi
CAFÉ UMA PAIXÃO BRASILEIRA
MARÇO /2015
Presidente
Cláudio Morales Garcia
Vice-Presidente
João Alberto Alves
Diretor Administrativo
Eduardo Mosca Sérgio Segantini Bronzi
Diretor Financeiro
Takao Yanagi Jaime Sebastião Bataglini José Apolinário de Souza
Diretor de Patrimônio
Neuriberto Ferraresi Salvador Arcas Plazza Filho
Diretor de Esportes
Lázaro Rangel dos Santos
Diretor Social
Antônio Reinaldo Caetano Nivaldo Souza Ribeiro Rodrigo Fernandes
Conselho Fiscal
Heder Luiz Miranda José Nivaldo Sacoman José Bento Filho Max Micalli Hubinger Ronaldo Alves dos Santos Valdemir da Silva Tolardo
Legislamento Ambiental
Hélio Luiz de Paula Gomes Neila Cristiane Turlon
Setor Jurídico
Dra. Ghyslana Nunes Burgarelli
Equipe
Maria Cecília de Araújo Silvia Cristina Marques Telma Evangelista Franco Rodrigues Eliane Rezende dos Santos
COORDENAÇÃO TÉCNICA DO CAMPO EXPERIMENTAL Eng. Agrônomo Roberto Santinato – MAPA / PROCAFÉ Eng. Agrônomo - Professor Dr. André Luís Teixeira Fernandes – UNIUBE Eng. Agrônomo Eduardo Mosca – ACA
CONDUÇÃO E EXECUÇÃO Reginaldo de Oliveira Silva Gestor de Agronegócios, MBA em Gestão de Agronegócios, Gerente do Campo Experimental.
Boletim Técnico nº 5
5
APRESENTAÇÃO O Campo Experimental Izidoro Bronzi – ACA, que teve suas atividades iniciadas em agosto de 2009, foi implantado com objetivo maior de fomentar pesquisas em cafeicultura relacionadas à: tratos nutricionais, Irrigação, fitossanitários e culturais, além do melhoramento genético e qualidade do café. Desenvolvido em parceria com a Fundação Procafé, e outras entidades o campo ocupa 10 hectares que abrigam mais de 80 trabalhos experimentais nas áreas de nutrição, irrigação, podas, variedades, defensivos, manejo da cultura, dentre outros. Trata-se de um importante trabalho técnico-científico, sem perder o lado prático, para a obtenção de indicadores fundamentais para o desenvolvimento da cafeicultura em nosso município e região e colaborar com a cafeicultura em geral. O campo conta ainda com uma unidade demonstrativa, em que são promovidos dias de campo, treinamentos e qualificação de mão de obra. Assim, é com muito orgulho que apresentamos o nosso 5º Boletim Técnico, comemorativo aos 30 anos da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), com os resultados dos trabalhos desenvolvidos e conclusivos para uso direto, e outros com informações parciais em andamento. Este trabalho, realizado nestes 5 anos de existência, somente está sendo possível graças à união dos nossos sócios cafeicultores e colaboradores atuantes na cultura, seja com insumos, sejam com máquinas e equipamentos, seja ainda com o simples e singelo incentivo pessoal.
Cláudio Morales Garcia Presidente da ACA
6
Campo Experimental Izidoro Bronzi
AGRADECIMENTOS Agradecemos pela colaboração e participação efetiva nos trabalhos experimentais e auxílio na manutenção do Campo Experimental Izidoro Bronzi – ACA: · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·
Acadian Agritech; ADAMA Brasil.; Adubo Orgânico Triângulo Ltda. (Biofértil); Adubos Triângulo Indústria Comércio Importação Ltda.; Agrichem do Brasil S. A.; Agro Comercial Wiser Ltda.; Arysta LifeScience do Brasil Industria Química e Agropecuária Ltda.; Basf S. A.; Bayer S. A.; Café Brasil Indústria, Comércio, Importação e Exportação Ltda.; Casa Bugre Sementes Ltda.; Dupont do Brasil Ltda.; Indústria Química Kimberlit Ltda.; Rivulis Plastro Irrigação Ltda.; Mineração Belocal.; NaanDanJain Brasil; Omnia do Brasil Representações Comerciais Ltda. Produquímica Indústria e Comércio Ltda.; Renovagro Agricultura Renovável Ltda.; RSA Indústria de Insumos Agrícolas Ltda.; Sementes Adriana; Stoller do Brasil Ltda.; Satis Ind. Com. Ltda.; Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.; Valagro do Brasil Ltda.; Valoriza Fertilizantes Ltda.; Timol Ind. e Com. de Produtos Magnéticos Ltda.
Agradecemos também a todos os técnicos e consultores de café, que engrandecem a cafeicultura do Brasil, na pessoa do Eng. Agrônomo Durval R. Fernandes. Também nosso agradecimento aos técnicos de outras instituições, especialmente a Fundação Procafé, na figura do pesquisador José Braz Matiello. Pela Equipe Técnica Roberto Santinato André L. T. Fernandes Eduardo Mosca
Boletim Técnico nº 5
7
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO
6
AGRADECIMENTOS
7
1 – BOLETIM DE AVISOS CLIMATOLÓGICOS E FITOSSANITÁRIOS.
11 11 12 13 13
1.1 – RESULTADOS FENOLÓGICOS DE ARAGUARI – MG, DE 2012 A 2014 1.2 – DOENÇAS / PRAGAS 1.3 – CURVA MENSAL DE INTERNÓDIOS 1.4 – CURVA DE ENFOLHAMENTO MENSAL 1.5 – DADOS CLIMÁTICOS (TEMPERATURA MÉDIA, PRECIPITAÇÕES E BALANÇO HÍDRICO)
14
2. RESULTADOS EXPERIMENTAIS - Trabalhos experimentais conclusivos (2009 a 2014)
18
2.1 – Nutrição mineral e orgânica do cafeeiro
18 18 27 32
2.1.1. Nutrição/adubação orgânica 2.1.2. Nutrição do cafeeiro/Fertilizantes de lenta liberação 2.1.3. Fontes, doses e recomendações para Mg, B, Co, Mo e Ni 2.2. COMPOSTOS BIOATIVADORES DE SOLO, DE PLANTA, BIO ESTIMULANTES, HORMÔNIOS, CARBONO, ALGAS E OUTRAS NA NUTRIÇÃO DO CAFEEIRO.
40
SUBSTITUIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA NATURAL PELO PRODUTO COMERCIAL HUMOSAN E CARBONO 21 CODIFICADO.
40
CONCENTRAÇÃO DE ALGAS ACADIAN NO DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E PRODUTIVO DO CAFEEIRO CULTIVADO NO CERRADO, NA AUSÊNCIA E NA PRESENÇA DE IRRIGAÇÃO
42
AVALIAÇÃO DO PRODUTO COMERCIAL STURDY COMO BIOATIVADOR DO SOLO EM LAVOURA DE CAFÉ VISANDO A ADUBAÇÃO FOSFATADA.
43
AVALIAÇÃO DO FERTILIZANTE K-HUMATE, HUMAKELP, FUGIMAX E KELP-P-MAX NA ADUBAÇÃO DO CAFEEIRO VIA FERTIRRIGAÇÃO.
44
EFEITO DO BIOATIVADOR DE SOLO PENERGETIC (P-K) NO DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E PRODUTIVO DO CAFEEIRO, EM SOLO NÚ E CULTIVADO, ASSOCIADO A FERTILIZANTES FOSFATADOS E ESTERCO DE CURRAL.
45
AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIZAÇÃO DE POTÁSSIO E FÓSFORO EM SOLOS DE CERRADO COM A UTILIZAÇÃO DE PENERGETIC
47
SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DA ADUBAÇÃO MINERAL (NPKS) COM COMPOSTO ORGÂNICO VALORIZA.
49
ADUBAÇÃO DO CAFEEIRO UTILIZANDO OS FERTILIZANTES BACSOL E ORGASOL NO DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E PRODUTIVO DO CAFEEIRO, IRRIGADO VIA GOTEJAMENTO, E CULTIVADO EM SOLO DE CERRADO. Campo Experimental Izidoro Bronzi
51
EFEITO DOS FITORMÔNIOS ARYSTA (RAIZAL MAIS K-TIONIC) NO PÓS-PLANTIO DO
53 54
CAFEEIRO IRRIGADO. UTILIZAÇÃO DA CINZA DE FORNO ORIUNDA DE OLARIA EFEITO TÔNICO (AG CELENCE) DO COMET (PYRACLOSTROBINA) DURANTE A FASE DE FORMAÇÃO DO CAFEEIRO. EFEITO DO PRODUTO COMERCIAL BYOZIME NA PRODUTIVIDADE DO CAFEEIRO.
55 56
EFEITO DE DOSES DE STIMULATE NO CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE CAFEEIRO ESQUELETADO.
57
2.3. Fitossanidade do cafeeiro - Doenças
60 61 63 65 68
Programa fitossanitário Adama: Programa fitossanitário Dupont: Programa fitossanitário Arysta: Programa fitossanitário Basf: UTILIZAÇÃO DO FITOFOS-K PLUS ASSOCIADO AO COBRE WISER NO CONTROLE DA
73
FERRUGEM E CERCOSPORIOSE DO CAFEEIRO. CONTROLE DA PHOMA-SP UTILIZANDO O PRODUTO COMERCIAL NATIVO (20% TEBUCONAZOLE + 10% TRIFLOXISTROBINA).
74
2.4. Tratos culturais
77
2.5. Podas do cafeeiro:
83
ÉPOCA DE PODA POR ESQUELETAMENTO COM E SEM DEBROTAS EM CAFEZAL DEPAUPERADO NAS CONDIÇÕES DE SOLO-CLIMA DO CERRADO DE ARAGUARI, MG.
84
ÉPOCA DE PODA POR DECOTE EM CAFEZAL NAS CONDIÇÕES DE CLIMA-SOLO NA
86
REGIÃO DOS CERRADOS DE ARAGUARI, MG ESTUDO DE PODAS E SUA CONDUÇÃO COM OU SEM DESBROTAS EM CONDIÇÕES DE LAVOURA IRRIGADA POR GOTEJAMENTO.
87
3. Trabalhos em andamento com resultados parciais:
89
Correção do solo de lavoura de café utilizando calcário dolomítico comparativamente com a Cal magnesiana Oxyfertil granulada (60% de CaO; 30% de MgO e 160 de PRNT). Correção do solo com Geox e Geox Super em lavoura de café em produção.
90 91
Produtividade inicial do cafeeiro em função do plantio direcionado em todos os pontos cardeais
92
no Cerrado de Araguari. Novos fungicidas Basfno controle da ferrugem e cercosporiose do cafeeiro, nas folhas e nos
93 94
frutos: Abacus, Orchestra, Opera ultra e Basf 702 codificado. Fontes de nitrogênio tradicionais, protegidas e lenta liberação na cafeicultura. Efeito do esterco de galinha compostado Bio Fertil aplicado sucessivamente por quatro safras consecutivas quatro anos e a supressão do mesmo na produção e teor de matéria orgânica no solo. Efeito dos produtos comerciais Arysta no controle das doenças do cafeeiro.
96 98 Boletim Técnico nº 5
Estudo da fonte de fósforo Top Phos como fonte de P2O5 na formação do cafeeiro.
100
Competição de fertilizantes foliares na cultura do café – Bred Coffee, Multinitromix, Grex Café e Dacafé Cerrado.
101
Estudo de fertilizantes foliares Multisais minerais e orgânicos na nutrição e produção do cafeeiro.
103
Estudo do desenvolvimento do cafeeiro com correção da fertilidade em profundidade no perfil do solo. Associação de Cantus e Comet no desenvolvimento inicial do cafeeiro.
105 107
Comportamento de novas progênies do cafeeiro com resistência a ferrugem na região do Cerrado de Araguari, MG.
109
4 – TRABALHOS NOVOS:
111
Fotos – pragas e doenças / fisiologia do cafeeiro
112
Sintomas do ataque de Ácaro da Leprose
Sintomas do ataque de Pulgão
119 119 119 120 121 121 122 122 123 123 123 124 124 124 124 125 125 126 126
NOTA FINAL
127
Sintomas do ataque de Ácaro Vermelho Sintomas de Ataque de Bactéria Sintomas de ataque de Bicho Mineiro – Várias Fases Sintomas de ataque de Broca Sintomas de Cercóspora Sintomas de ataque de Cochonilha - Planococus Sintomas de Ataque do Carneirinho - Naupactus Sintomas do ataque de Ferrugem Sintomas do ataque de Formiga Saúva Sintomas do Ataque de Gafanhoto (Esperança) Sintoma de Fito de Herbicida Sintomas de Injúrias – Causados neste caso pelo Frio Deficiência Hídrica Sintomas do ataque de Lagarta Rosca Sintomas do ataque da “lagarta das folhas” Sintomas do ataque de Nematoide Exígua em raízes de café Sintomas de Phoma
Campo Experimental Izidoro Bronzi
1 – BOLETIM DE AVISOS CLIMATOLÓGICOS E FITOSSANITÁRIOS. O Campo Experimental Izidoro Bronzi possui uma estação agrometeorológica automática modelo Vantage Pro da Davis que, em conjunto com Patrocínio e Araxá, emite boletins mensais com dados de clima (Precipitação; Temperatura e Balanço Hídrico), Pragas (Bicho Mineiro, Broca, etc...) e Doenças (Ferrugem; Cercóspora; Phoma; Mancha Aureolada, etc...). Com estes dados, é possível a orientação correta para manejar a irrigação e proceder aos tratamentos fitossanitários das lavouras da região, bem como permite o acompanhamento do crescimento vegetativo do cafeeiro. Com estes boletins mensais, o produtor tem um direcionamento no manejo da sua irrigação e procedimentos operacionais para o controle fitossanitário e para o acompanhamento do crescimento vegetativo-produtivo da sua lavoura. Todos os boletins estão disponíveis no site da Fundação Procafé (http://www.fundacaoprocafe.com.br/estacao-eavisos/triangulo/boletim-de-aviso). Para Araguari, Araxá e Patrocínio, neste endereço, estão disponíveis os boletins desde setembro de 2010. Neste boletim, estão sendo apresentados apenas os dados completos de Araguari.
Tabela 1 – Características regionais ARAXÁ Latitude 19o 33’ 21’’S Longitude 46o 58’ 08’’W Altitude: 960m
PATROCÍNIO Latitude 18o 59’ 35’’S Longitude 46o 59’ 01’’W Altitude: 961m
ARAGUARI Latitude 18o 33’ 21,9’’S Longitude 48o 12’ 25’’W Altitude: 933m
1.1 – RESULTADOS FENOLÓGICOS DE ARAGUARI – MG, DE 2012 A 2014
Internódios
Mês
Enfolhamento (%)
2013 5,7
2014 5,4
Média
1 - Janeiro
2012 5,3
2013 75,5
2014 90,4
Média
5,5
2012 88,0
2 - Fevereiro
6,2
6,4
6,9
6,5
89,5
64,0
95,0
3 - Março
6,2
7,2
7,9
82,8
7,1
89,5
56,7
91,2
4 - Abril
8,2
8,0
8,9
79,1
8,4
82,0
48,5
88,5
5 - Maio
9,1
8,6
8,0
73,0
8,6
74,5
29,0
52,7
6 - Junho
9,9
8,5
8,0
52,1
8,8
67,0
29,0
26,2
7 - Julho
10,9
8,5
8,0
40,7
9,1
64,0
25,0
17,2
8 - Agosto
11,9
9,0
8,0
35,4
9,6
59,0
22,5
15,2
9 - Setembro
1,8
1,2
1,6
32,2
1,5
100,0
100,0
98,0
10 - Outubro
2,7
2,2
3,0
99,3
2,6
96,5
100,0
96,5
11 - Novembro
3,9
3,1
4,2
97,7
3,7
96,6
100,0
92,5
12 - Dezembro
4,9
4,3
6,9
96,4
5,4
97,3
98,5
95,0
96,9
84,6
Boletim Técnico nº 5
11
1.2 – DOENÇAS / PRAGAS Doenças/pragas Meses
Ferrugem
Cercóspora
Bicho Mineiro
Phoma
Broca
Ácaro
Carga Carga Carga Carga Carga Carga Carga Carga Carga Carga Carga Carga Alta Baixa Alta Baixa Alta Baixa Alta Baixa Alta Baixa Alta Baixa 2012
1 - Janeiro
19,5
9,0
25,5
15,5
2,5
2,0
14,5
12,5
22,5
22,0
6,5
5,5
2 - Fevereiro
21,5
11,0
24,0
17,0
1,5
1,5
16,5
15,5
26,5
24,0
3,5
3,0
3 - Março
30,0
19,5
34,5
24,5
4,0
4,5
14,5
14,0
32,0
26,0
6,5
6,5
4 - Abril
80,0
53,5
49,0
31,0
23,0
23,0
17,5
15,0
65,5
60,5
10,5
6,5
5 - Maio
93,0
73,5
65,0
46,0
18,5
20,0
13,0
13,0
0,0
0,0
16,0
15,0
6 - Junho
26,5
27,5
26,0
17,0
13,5
12,0
6,0
12,5
0,0
0,0
20,0
18,0
7 - Julho
33,0
22,5
33,0
26,5
13,0
8,0
10,0
6,0
0,0
0,0
20,5
7,5
8 - Agosto
18,0
16,5
11,0
12,5
7,0
5,5
8,0
8,5
0,0
0,0
16,0
12,0
9 - Setembro
0,0
0,0
2,5
6,8
0,0
0,0
9,3
15,1
0,0
0,0
20,6
13,7
10 - Outubro
1,5
0,0
12,0
11,0
8,0
7,0
16,0
15,0
0,0
0,0
12,5
20,0
11 - Novembro
0,0
0,0
17,5
14,0
11,5
10,0
8,5
5,0
0,0
0,0
6,5
5,0
12 - Dezembro
21,5
11,0
24,0
17,0
1,5 1,5 2013
16,5
15,5
26,5
24,0
3,5
3,0
1 - Janeiro
21,0
15,0
38,0
37,0
13,0
11,0
13,0
13,0
5,0
5,0
16,0
15,0
2 - Fevereiro
38,0
42,0
47,0
54,0
15,0
8,0
10,0
7,0
9,0
11,0
11,0
10,0
3 - Março
42,0
48,0
63,0
57,0
19,0
16,0
13,0
13,0
0,0
0,0
10,0
10,0
4 - Abril
54,0
54,0
69,0
68,0
25,0
19,0
15,0
15,0
0,0
0,0
15,0
13,0
5 - Maio
74,0
85,0
53,0
74,0
12,0
25,0
11,0
23,0
0,0
0,0
6,0
25,0
6 - Junho
28,0
45,0
37,0
53,0
23,0
15,0
0,0
0,0
0,0
0,0
12,0
9,0
7 - Julho
25,0
35,7
54,0
72,0
48,0
23,0
6,0
0,0
0,0
0,0
15,0
13,0
8 - Agosto
54,0
62,0
63,0
65,0
25,0
28,0
8,0
5,0
0,0
0,0
23,0
19,0
9 - Setembro
0,0
1,5
1,8
2,0
2,8
2,5
2,2
3,3
0,0
0,0
7,2
6,2
10 - Outubro
0,0
1,5
1,8
2,0
2,8
2,5
2,2
3,3
0,0
0,0
7,2
6,2
11 - Novembro
0,0
1,9
2,2
2,5
3,1
2,8
2,5
3,7
2,3
2,3
8,5
7,1
12 - Dezembro
1,5
2,2
2,8
3,0
3,5
3,1
3,3
3,9
2,5
2,5
8,4
8,7
2014 1 - Janeiro
2,2
2,5
3,5
4,3
3,8
3,5
3,5
4,0
2,7
2,5
8,8
8,5
2 - Fevereiro
5,5
4,5
8,2
6,4
4,5
5,8
4,4
4,5
3,5
3,5
8,9
8,9
3 - Março
12,8
15,0
15,0
16,5
13,0
13,5
6,5
7,5
8,5
8,7
12,0
12,0
4 - Abril
32,5
23,4
42,3
28,7
15,0
16,0
7,2
9,5
-
-
18,0
14,6
5 - Maio
68,9
45,0
83,4
49,0
25,0
23,0
12,5
13,0
-
-
25,0
18,0
6 - Junho
75,0
53,0
86,0
63,0
26,0
25,0
13,0
15,7
-
-
35,0
26,0
7 - Julho
86,0
68,0
92,0
82,0
32,0
31,0
15,0
18,0
-
-
28,0
35,0
8 - Agosto
95,0
84,0
98,0
95,0
45,0
42,0
19,0
23,0
-
-
35,0
47,0
9 - Setembro
0,0
0,0
2,0
5,0
5,0
11,0
3,0
2,0
-
-
18,0
21,0
10 - Outubro
0,0
0,0
5,0
5,0
9,0
17,0
3,0
3,0
-
-
16,0
19,0
11 - Novembro
11,6
6,7
15,1
10,0
22,1
18,9
12,0
13,0
-
-
26,7
23,3
12 - Dezembro
21,0
15,0
25,0
29,0
29,0
32,0
22,0
26,0
21,0
23,0
29,0
37,0
12 Campo Experimental Izidoro Bronzi
1.3 – CURVA MENSAL DE INTERNÓDIOS 14,0
Número de internódios
12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0
2012
2013
2014
1.4 – CURVA DE ENFOLHAMENTO MENSAL 120,0
Enfolhamento (%)
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
2012
2013
2014
Boletim Técnico nº 5
13
1.5 – DADOS CLIMÁTICOS (TEMPERATURA MÉDIA, PRECIPITAÇÕES E BALANÇO HÍDRICO) 2012
Precipitaçõe s
Temperatur a
ETP
ARM
EXC
DEF
1 - Janeiro 2 - Fevereiro 3 - Março 4 - Abril 5 - Maio 6 - Junho 7 - Julho 8 - Agosto 9 - Setembro 10 - Outubro 11 - Novembro 12 - Dezembro
391 273 186 66 55 63 3 0 23 50 128 208
21 23 22 22 19 19 19 20 49 25 23 23
79 88 98 93 67 67 61 65 91 108 87 88
80 85 95 68 56 51 0 0 0 0 0 85
332 180 78 0 0 0 0 0 0 0 0 180
0 0 0 0 0 0 7 72 114 172 130 0
Soma
1445
283
992
519
770
495
Precipitaçõe s
Temperatur a
ETP
ARM
EXC
DEF
1 - Janeiro 2 - Fevereiro 3 - Março 4 - Abril 5 - Maio 6 - Junho 7 - Julho 8 - Agosto 9 - Setembro 10 - Outubro 11 - Novembro 12 - Dezembro
273,6 68 200 133 61 11 0 5 24 104 129 392
22,2 23 22 21 20 20 19 20 22 22 23 23
89,9 90 97 81 75 69 61 67
96,0 74 96 54 40 0 0 0
63,0 0 83 94 0 0 0 0
0,0 0 0 0 0 18 79 141
82 86 85 89
0 0 0 98
0 0 0 0
199 181 136 0
Soma
1402
255
970
458
239
753
Mês
2013 Mês
14 Campo Experimental Izidoro Bronzi
2014
Mês 1 - Janeiro 2 - Fevereiro 3 - Março 4 - Abril 5 - Maio 6 - Junho 7 - Julho 8 - Agosto 9 - Setembro 10 - Outubro 11 - Novembro 12 - Dezembro
Precipitaçõe s 83 96 287 197 50 2 28 1 47 21 329 311
Temperatur a 23 23 22 22 20 19 19 21 23 24 23 22
ETP 100 93 98 93 75 66 61 77 91 118 99 98
ARM 81 84 100 79 54 0 0 0 0 0 0 61
EXC 0 0 173 125 0 0 0 0 0 0 0 123
DEF 0 0 0 0 0 10 42 119 162 259 29 0
Soma
1451
261
1067
460
421
620
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NO SOLO (mm) MÉTODO THORTHWAITE & MATHER - ARAGUARI - MG 250 200 150 100
mm
50 0
-50
-100 -150 -200 -250 -300
Média 2011 a 2013
2013
2014
Boletim Técnico nº 5
15
Precipitação Araguari (2012, 2013, 2014 e dados normais) 450
Precipitação (mm de chuva)
400 344
350 300
274
253
250
228
203
200 145
150 79
100
37
22
50
8
7
6
jul
ago
0 jan
fev
mar
abr 2012
mai 2013
jun 2014
set
out
nov
Dados normais
Principais considerações do clima de Araguari: As chuvas em Araguari, nos últimos 3 anos, foram abaixo da média histórica (dados normais), com reduções de 10, 13 e 10% respectivamente para 2012, 2013 e 2014. Porém, quando são comparadas as somatórias de janeiro a março (dados normais com soma de 705 mm), a diferença foi mais significativa para os anos de 2013 e 2014, com reduções, respectivamente, de 33 e 44%. Com relação aos déficits hídricos, observou-se que nos últimos 3 anos, o comportamento foi semelhante à média normal da região, com valores máximos de 172 mm de déficit em outubro para 2012, 200 mm em setembro para 2013 e 260 mm em outubro para 2014.
16 Campo Experimental Izidoro Bronzi
dez
Foto do Posto Meteorológico
Boletim Técnico nº 5
17
2. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Trabalhos experimentais conclusivos (2009 a 2014) Neste capítulo, serão apresentados todos os trabalhos desenvolvidos no período de 2009 a 2014 que geraram tecnologias aplicáveis, e, portanto, resultados, conclusões e recomendações. Os trabalhos tiveram como tema as práticas culturais e, quando possíveis, as reduções na utilização de insumos e defensivos na cafeicultura e, indiretamente, de custos.
2.1 – Nutrição mineral e orgânica do cafeeiro 2.1.1 - Nutrição/adubação orgânica
INTRODUÇÃO Foram realizados de 2009 a 2013, durante quatro safras consecutivas, quatro estudos utilizando fontes de matéria orgânica natural, sendo elas: palha de café, esterco de galinha, esterco de peru e a associação entre esterco de peru e palha de café. Os trabalhos foram desenvolvidos no campo experimental Izidoro Bronzi – ACA (Associação dos Cafeicultores de Araguari – MG), em lavoura da cultivar Catuaí Vermelho IAC – 51, plantado no espaçamento 3,70 x 0,70 m, totalizando 3.861 plantas ha-1. As plantas apresentavam no início dos trabalhos nove para dez anos, encontravam-se plantadas em solo Latossolo Vermelho Amarelo, na altitude de 933 metros e declividade de 3%. Foram estudados cinco tratamentos para os ensaios com palha de café, esterco de galinha e esterco de peru e quatro tratamentos para o ensaio com esterco de peru associado à palha de café. Todos os ensaios foram delineados em blocos ao acaso. Utilizaram-se quatro repetições nos três primeiros experimentos e cinco repetições no quarto experimento. Todas as parcelas foram compostas por 30 plantas, sendo úteis para as avaliações as seis centrais. As avaliações constaram das produtividades das safras 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13, bem como a média dos quatro anos, além dos teores nutricionais foliares e dos parâmetros de fertilidade do solo. Fez-se também a quantificação das reduções do nível da adubação mineral (químicos) devido à substituição parcial realizada utilizando as fontes de natureza orgânica. Os resultados de produtividade obtidos foram submetidos à análise de variância e quando procedente, realizou-se o teste Tukey, ambos a 5% de probabilidade. Na condução dos ensaios, os tratos culturais e fitossanitários foram comuns a todos os tratamentos seguindo as recomendações do MAPA/Procafé para a região. Em todos os ensaios, foram realizados os mesmos tratos nutricionais, calagem e adubação, utilizando micronutrientes via foliar. Determinou-se anualmente as doses aplicadas de nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre em função das extrações da vegetação da planta e da produção esperada ou carga pendente e corrigidos quando necessários no transcorrer dos trabalhos, além de se procederem a ajustes conforme as análises do solo procedidas após colheita. 18 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Tratamentos estudados:
o
Ensaio n 1 – Palha de café – Tratamentos: 1.
Adubação mineral (química) NPKS – (AM).
2.
2,5 t ha de palha de café mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos na palha (2,5 PC + AMR1).
3.
5,0 t ha de palha de café mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos na palha (5,0 PC + AMR2).
4.
10,0 t ha de palha de café mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos na palha (10,0 PC + AMR3).
5.
20,0 t ha de palha de café mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos na palha (20,0 PC +AMR4).
-1
-1
-1
-1
Para o cálculo dos teores de NPKS contidos na palha de café utilizou-se a média de 1,1% de N; 0,27% P2O5; 3,15% K2O e 0,61% S. Assim, uma tonelada de palha permitiu, em média, a redução de 11,0 kg de N; 2,7 kg de P2O5; 31,5 kg de K2O e 6,1 kg de S. Para a complementação das adubações minerais utilizou-se o sulfato de amônio (30% do N total), uréia (70% do N total), MAP para P2O5 (corrigindo o teor de N nele contido) e o cloreto de potássio para o K2O. Para o enxofre, reduziu-se conforme o teor contido no sulfato de amônio (24% de S). Ensaio no2 - Esterco de galinha Biofértil – Tratamentos: 1.
Adubação mineral (química) NPKS (AM).
2.
2,5 t ha-1 esterco de galinha mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos no esterco (2,5 EG + AMR1).
3.
5,0 t ha - 1 de esterco de galinha mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos no esterco (5,0 EG + AMR2).
4.
10,0 t ha - 1 de esterco de galinha mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos no esterco (10,0 EG + AMR3).
5.
20,0 t ha - 1 de esterco de galinha mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes contidos no esterco (20,0 EG + AMR4).
Na média, o esterco de galinha Biofértil apresentou teores de 2,1% de N; 2,3% P2O5; 1,3 de K2Oe 0,58% de S. Dessa forma, uma tonelada de esterco permitiu a redução de 21,0 kg de N; 23,0 kg de P2O5; 13,0 kg de K2Oe 5,8 kg de S. Também foram utilizados: uréia, sulfato de amônio, MAP e cloreto de potássio como fontes minerais, conforme descrito anteriormente no experimento de palha de café.
Boletim Técnico nº 5
19
Ensaio no3 - Esterco de Peru – Tratamentos: 1.
Adubação mineral (química) de NPKS (AM).
2.
2,5 t ha de esterco de peru mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos no esterco de peru (2,5 EP + AMR1).
3.
5,0 t ha de esterco de peru mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos no esterco de peru (5,0 EP + AMR2).
4.
10,0 t ha de esterco de peru mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos no esterco (10,0 EP + AMR2).
5.
20,0 t ha de esterco de peru mais adubação mineral (química) reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos no esterco (20,0 EP + AMR3).
-1
-1
-1
-1
Na média, o esterco de peru fornecido por uma granja local apresentou 2,74% de N, 3,80% P2O5, 1,93% K2Oe 0,72% de S. Assim, cada tonelada de esterco de peru permitiu a redução de 27,4 Kg de N; 38 Kg de P2O5, 19,3 K2O. Foram utilizadas as mesmas fontes minerais dos experimentos anteriores. o
Ensaio n 4 – Esterco de peru associado à palha de café – Tratamentos: 1.
Adubação mineral (Química) (AM).
2.
2,5 t ha-1 de esterco de peru mais 1,5 t ha-1 reduzida proporcionalmente ao esterco mais palha (2,5 EP + 1,5 PC + AMR1).
3.
5,0 t ha-1 de esterco de peru mais 2,5 t ha-1 de palha de café mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos no esterco mais palha (5,0 EP + 2,5 PC + AMR2).
4.
7,5 t ha-1 de esterco de peru mais 3,75 t ha-1 de palha de café mais adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes NPKS contidos no esterco e na palha (7,5 EP + 3,75 PC + AMR3).
Na média, o esterco de peru apresentou 2,72% de N; 3,80% de P2O5; 1,93% de K2Oe 0,72% de S. A palha de café: 1,1 % de N; 0,27% de P2O5; 3,15% de K2Oe 0,61% de S. Assim uma tonelada de esterco de peru permitiu a redução de 27,2 kg de N, 38,0 kg de P2O5; 19,3 kg de K2Oe 6,1 kg de S, além de 11,0 kg ha-1 de N; 2,7 kg ha-1 de P2O5, 31,5 kg ha-1 de K2O e 6,1 kg ha-1 de S oriundos da palha de café.
RESULTADOS E CONCLUSÕES Os resultados obtidos após as quatro safras estudadas encontram-se a seguir na forma de gráficos e tabelas (1, 2, 3 e 4) simplificadas para maior visibilidade e compreensão de todas as safras.
20 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Para a palha de café: Ensaio nº 1:
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 1 - Produtividade média correspondente às safras 2010, 2011, 2012 e 2013, em função das adubações minerais, orgânicas, utilizando como fonte a palha de café, Araguari, MG, 2015. 50 44 a
45 40
37ab
43,7a
39,4ab 32,9b
35 30 25 20
15 10 5 0 AM
2.5 PC + AMR1
5.0 PC + AMR2
10.0 PC + AMR3
20.0 PC + AMR4
Tabela 1. Produtividades das safras de 2010 a 2013 e parâmetros de fertilidade do solo após quatro anos, Araguari, MG, 2015. 2.5 PC + 5.0 PC + 10.0 PC + 20.0 PC + Produtividade AM AMR1 AMR2 AMR3 AMR4 2010 47,9 40,8 36,0 33,9 33,1 2011 19,9 25,5 32,2 34,6 23,6 2012 46,3 41,8 58,0 54,2 32,2 2013 34,2 43,2 53,5 49,3 42,8 Parâmetros de fertilidade do solo após quatro anos pH 4,6 4,9 5,3 5,1 5,9 M.O 2,6 2,7 3,0 3,6 4,1 P 53 82 59 68 72 K 3,2 3,0 4,1 6,2 8,7 S 37 31 29 36 28 Zn 8,2 7,9 6,7 8,5 10,1 B 0,47 0,40 0,56 0,60 0,52 Cu 0,51 0,63 0,61 0,43 0,61 Mn 11,2 10,9 15,3 13,8 16,7 *Média de 415 kg ha-1 de N; 74 kg ha-1 de P2O5 397 kg ha-1 de K2O e 54 kg ha-1 de S.
Quanto à utilização da palha de café, conclui-se que: · Os nutrientes N,P,K,S contidos na palha de café substituem de forma proporcional e equilibrada o N,P,K,S contidos nos adubos sulfato de amônio, uréia, MAP e cloreto de -1 potássio, exceto na dose de 20,0 t ha , provavelmente pela decomposição lenta da palha ou ao desequilíbrio nutricional com magnésio. · O uso contínuo da palha de café por quatro anos eleva os teores dos nutrientes no solo e mantém o pH menos ácido em relação à adubação totalmente mineral, não alterando os teores dos demais nutrientes de forma significativa. Boletim Técnico nº 5
21
Para o esterco de galinha: Ensaio nº 2
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 2 - Produtividade média correspondente às safras 2010, 2011, 2012 e 2013, em função das adubações minerais e orgânicas, utilizando como fonte o esterco de galinha, Araguari, MG, 2015.
60 50
55,4 a 47,6a
45,8a
AM
2.5 EG + AMR1
48,9a
47,2a
40 30 20 10 0 5.0 EG + AMR2
10.0 EG + AMR3
20.0 EG + AMR4
Tabela 2. Produtividades das safras de 2010 a 2013 e parâmetros de fertilidade do solo após quatro anos, Araguari, MG, 2015. 2.5 EG + 5.0 EG + 10.0 EG + 20.0 EG + Produtividade AM AMR1 AMR2 AMR3 AMR4 2010 40,9 44,4 48,4 43,2 55,7 2011 36,7 49,8 48,5 37,3 38,8 2012 40,3 41,6 40,7 48,9 44,9 2013 60,9 51,0 58,8 56,6 39,0 Parâmetros de fertilidade do solo após quatro anos pH 5,1 4,9 5,5 5,8 6,1 M.O 2,8 2,7 3,4 3,1 3,9 P 37 41 64 82 97 K 162 184 179 188 159 S 29 30 41 35 29 Zn 5 6 5 4 4 B 0,52 0,72 1,12 1,24 1,48 Cu 0,83 0,94 0,83 1,22 0,76 Mn 6 7 7 6 8 Quanto à utilização do esterco de galinha, conclui-se que: · Os nutrientes NPKS contidos no esterco de galinha (Biofértil) substituem de forma proporcional e equilibrada os nutrientes contidos nos adubos sulfato de amônio, uréia, MAP e cloreto de potássio. · O uso contínuo do esterco de galinha, durante quatro anos, eleva os teores nutricionais e mantém o pH menos ácido em relação à adubação mineral exclusiva, não alterando de forma significativa os demais nutrientes. 22 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Para o esterco de peru: Ensaio nº3:
Produtvidade (Sacas ben./ha )
Gráfico 3 - Produtividade média correspondente às safras 2010, 2011, 2012 e 2013, em função das adubações minerais e orgânicas utilizando como fonte o esterco de peru, Araguari, MG, 2015. 60 50
44,7a
46,7 a
49,1a
46,5a
44,6 a
10.0 EP + AMR3
20.0 EP + AMR4
40 30 20 10 0 AM
2.5 EP + AMR1
5.0 EP + AMR2
Tabela 3. Produtividades das safras de 2010 a 2013 e parâmetros de fertilidade do solo após quatro anos, Araguari, MG, 2015. 2.5 EP + 5.0 EP + 10.0 EP + 20.0 EP + Produtividade AM AMR1 AMR2 AMR3 AMR4 2010 53.3 45.4 55.9 55.8 49.8 2011 35.9 40.9 34.2 40.4 30.6 2012 46.8 54.3 50.6 53.3 46.0 2013 54.4 40.6 54.9 70.1 62.4 Parâmetros de fertilidade do solo após quatro anos pH 4.6 5.0 5.40 6.1 6.3 M.O 2.8 3.0 3.40 3.8 4.2 P 47.0 56.0 78.0 95.0 90.0 K 3.68 23.8 3.50 42.0 3.8 S 30.0 26.0 39.0 40.0 51.0 Zn 0.58 0.78 1.0 1.06 1.28 B 0.71 0.69 0.53 0.4 0.62 Cu 7.0 7.8 10.0 7.5 8.1 Mn 10.1 9.7 9.3 8.0 10.1 Quanto à utilização do Esterco de Peru, conclui-se que: · Os nutrientes N,P,K,S contidos no esterco de peru substituem de forma proporcional e equilibrada os nutrientes contidos nos adubos sulfato de amônio, uréia, MAP e cloreto de potássio. · O uso contínuo do esterco de peru, por quatro anos, eleva os teores de matéria orgânica, fósforo e boro, além de manter o pH menos ácido em relação à adubação mineral exclusiva, não alterando de forma significativa os demais nutrientes. Boletim Técnico nº 5
23
Para esterco de peru associado com palha de café: Ensaio nº4: Gráfico 4 - Produtividade média correspondente às safras 2010, 2011, 2012 e 2013, em função das adubações minerais e orgânicas utilizando como fonte o esterco de peru associado com palha de café, Araguari, MG, 2015.
Produtvidade (sacas ben./ha )
60 51,7a 50
53,3 a 48,9 a
49,7 a
a
40 30
20 10 0 AM
2.5 EP + 1.5 PC +5.0 EP + 2.5 PC +7.5 EP + 3.75 PC AMR1 AMR2 + AMR3
Tabela 4. Produtividades das safras de 2010 a 2013 e parâmetros de fertilidade do solo após quatro anos, Araguari, MG, 2015. Produtivida de 2010 2011 2012 2013 pH M.O P K S Zn B Cu Mn
2,5 EP + 1,5 PC + 5,0 EP + 2,5 PC + 7,5 EP + 3,75 PC + AMR1 AMR2 AMR3 56,4 38,5 48,3 47,0 17,9 36,1 17,0 24,7 80,5 72,5 77,3 78,6 52,0 48,5 56,2 60,9 Parâmetros de fertilidade do solo após quatro anos 4,9 5,0 5,4 5,3 2,3 2,9 3,3 3,6 54,0 60,0 72,0 89,0 2,9 2,87 3,21 3,62 22,0 19,0 27,0 34,0 5,0 6,0 5,0 8,0 0,43 0,51 0,78 1,02 0,61 0,72 0,68 0,81 10,0 11,0 8,0 10,0 AM
Quanto à utilização do esterco de palha de café associada a palha de café, conclui-se que: · Os nutrientes N,P,K,S contidos na associação do esterco de peru e da palha de café substituem de forma proporcional e equilibrada os nutrientes contidos nos adubos sulfato de amônio, uréia, MAP e cloreto de potássio. · O uso contínuo do esterco de peru associado à palha de café, por quatros anos, eleva os teores de M.O, P, K e B e mantém o pH menos ácido em relação a adubação mineral exclusiva, alterando de forma significativa os teores dos demais nutrientes. 24 Campo Experimental Izidoro Bronzi
3 - RECOMENDAÇÕES, CUIDADOS E APLICAÇÕES. Embora se possa usar de 1,0 a 10,0 t ha-1 de palha de café e de 1,0 a 20,0 t ha-1 de esterco de galinha ou esterco de peru, podem ser feitas as seguintes recomendações, com base na viabilidade técnica e econômica da prática da adubação orgânica: Recomendações: -1 a) Palha de café: 5,0 t ha . -1 b) Esterco galinha Biofértil: 5,0 t ha . -1 c) Esterco de Peru: 5,0 t ha . -1 -1 d) Associação: 5,0 t ha de Esterco de peru com 2,5 t ha de palha de café. -1 -1 e) Também se pode associar: 5,0 t ha de esterco de galinha com 2,5 t ha de palha de café. Cuidados: Proceder à análise da palha e dos estercos antes de utilizá-los, para conhecimento dos níveis de N,P,K,S, teor de umidade e relação C/N (carbono/nitrogênio). 1-
Normalmente, a umidade destes materiais orgânicos não deve ultrapassar de 20 a 25%, sendo de melhor qualidade quanto mais seca estiver. 2-
3-
Com relação aos teores de N,P,K, recomenda-se a utilização de fontes com o mínimo
de: 2% de N + 2% de P2O5 + 1% de K2O para o esterco de galinha. 3% de N + 3,5% de P2O5 + 1,5% K2O para o esterco de peru. 1% de N + 0,2% de P2O5 + 3,0% de K2O para a palha de café. Quanto aos estercos, para verificar se não estão batizados com fosfatos, gesso, areias, calcário e outros materiais, deve-se proceder a testes de separação por densidade colocando a matéria orgânica em vasilhame visual (vidro) com água, agitando bem e deixar em repouso por 24 horas para que a decantação ocorra. Todo material descrito acima será depositado no fundo do vasilhame. Para determinar do que se trata, deve-se encaminhar ao laboratório. 4-
Quanto à palha de café, deve-se utilizar aquela proveniente do descascamento de bica corrida ou proveniente do café descascado no lavador, sendo a última dotada de maior concentração de N,P,K. A palha “casquinha”, correspondente ao pergaminho do fruto, proveniente do descascamento do café CD ou lavado possui baixos teores de NPK e é mais indicada como condicionador de solo quando se procede a subsolagem da lavoura. Pode-se também utilizá-la em solos muito argilosos (mais de 60% de argila) ou muito arenosos (menos de 15% de argila). 5-
Boletim Técnico nº 5
25
Aplicações: Em lavoura adulta, não é necessário incorporar a palha de café ou os estercos, basta aplicar por cobertura, depositando o material o mais próximo possível do tronco dos cafeeiros. No plantio, a matéria orgânica é aplicada no sulco de plantio ou na cova. Em solos recém subsolados, deve-se incorporar a matéria orgânica de 0 a 30 cm de profundidade utilizando grade de 16º e, posteriormente, deve-se utilizar a trincha para nivelamento da superfície do solo visando a colheita mecanizada de café do chão (recolhimento). Reduções: As reduções dos níveis das adubações minerais possibilitada pelo uso dos estercos de galinha e peru, ou da palha de café podem ser feitas diretamente pelo conteúdo de N, P e K contido nas matérias orgânicas. Em média, o esterco de galinha contém 2,0% de N; 2,0% de P2O5 e 1,0% de K2O podendo-se reduzir em até 100,0 kg de N; 100,0 kg P2O5; 50,0 kg de K2O correspondente a 500,0 kg de sulfato de amônio ou 220,0 kg de uréia, 100,0 kg de superfosfato simples ou 220,0 kg de MAP e 80,0 kg de cloreto de potássio, quando aplicado na dose de 5,0 t ha-1. Em média, com 5,0 t ha-1 de esterco de peru contendo 3,0% de N; 3,5% de P2O5 e 1,5% de K2O pode-se reduzir 150,0 kg de N; 175,0 kg de P2O5 e 65,0 kg de K2O correspondendo a 750,0 kg de sulfato amônio ou 350,0 kg de uréia, e 500,0 kg de superfosfato simples ou 350,0 kg de MAP e 125,0 kg de cloreto de potássio. Em média, utilizando 5,0 t ha-1 de palha de café contendo 1,0% de N; 0,2% de P2O5 e 3,0% de K2O pode-se reduzir 50,0 kg ha-1 de N; 10,0 kg ha-1 de P2O5 e 150,0 kg ha-1 de K2O, correspondendo a 250,0 kg ha-1 de sulfato de amônio ou 120,0 kg ha-1 de uréia, 50,0 kg ha-1 de superfosfato simples ou 12,0 kg ha-1 de MAP e 250,0 kg ha-1 de cloreto de potássio.
26 Campo Experimental Izidoro Bronzi
2.1.2. Nutrição do cafeeiro/Fertilizantes de lenta liberação INTRODUÇÃO: Realizou-se de 2010 a 2013, em quatro safras consecutivas, dois estudos com duas fontes de N - K2O de lenta ou programada liberação. Os trabalhos foram desenvolvidos no Campo Experimental Izidoro Bronzi – ACA (Associação dos cafeicultores de Araguari – MG), em lavoura da cultivar Catuaí Amarelo IAC 62, plantada no espaçamento 3,7 x 0,7, totalizando 3.861 plantas por ha-1, com 10 para 11 anos, em solo Latossolo Vermelho Amarelo, na altitude de 933 metros e declividade de 2%. O delineamento experimental dos dois trabalhos foi de blocos ao caso com seis tratamentos e quatro repetições. O primeiro trabalho foi realizado com o produto comercial Ciclus, nas fórmulas: 19-00-19 e 24-00-12 e o segundo com o produto comercial Agrocote, nas fórmulas: 37-00-00-135 e 00-00-51-145. Todas as parcelas constaram de 30 plantas sendo úteis as seis centrais para as avaliações de produtividade das safras 2009/10, 2011/2012 e 2012/13. Também avaliaram-se parâmetros de fertilidade de solo e teores nutricionais foliares. Na condução dos dois ensaios os tratos fitossanitários e culturais foram iguais em todos os tratamentos, seguindo as recomendações do MAPA/Procafé vigentes para a região. Com exceção para a adubação de NK, os demais tratos nutricionais seguiram as recomendações da mesma instituição. Os tratamentos de cada ensaio foram: o
Ensaio n 1 – Ciclus: 1.
Testemunha na ausência de adubação com N e K2O (T).
2.
Adubação mineral (Química) de N e K utilizando uréia (45% de N) e cloreto de potássio (60% de K), em quatro parcelamentos iguais (AM).
3.
Ciclus 24-00-12 e 19-00-19 de NK, com 100% da dose recomendada, em aplicação única (C100).
4.
Ciclus 24-00-12 e 19-00-19 de NK, com 80% da dose recomendada, ou seja, redução de 20% dos níveis de NK, em um único parcelamento (C80).
5.
Ciclus 24-00-12 e 19-00-19 de NK, com 60% da dose recomendada, ou seja, redução de 40% dos níveis de NK, em um único parcelamento (C60).
6.
Ciclus 24-00-12 e 19-00-19 de NK, com 40% da dose recomendada, ou seja, redução de 60% dos níveis de NK, em um único parcelamento (C40).
Boletim Técnico nº 5
27
Ensaio no2 – Agrocote: 1.
Testemunha na ausência de adubação com N e K2O (T).
2.
Adubação mineral (Química) de N e K utilizando uréia (45% de N) e cloreto de potássio (60% de K), em quatro parcelamentos iguais (AM).
3.
Agrocote 37-00-00-13S e 00-00-51-14S de NK, com 100% da dose recomendada (A100).
4.
Agrocote 37-00-00-13S e 00-00-51-14S de NK, com 80% da dose recomendada, ou seja, redução de 20% da dose (A80).
5.
Agrocote 37-00-00-13S e 00-00-51-14S de NK, com 60% da dose recomendada, ou seja, redução de 40% da dose (A60).
6.
Agrocote 37-00-00-13S e 00-00-51-14S de NK, com 40% da dose recomendada, ou seja, redução de 60% da dose (A40).
Os níveis de N e K2O foram determinados em função da carga pendente. As adubações de uréia e cloreto de potássio foram realizadas em outubro/novembro, dezembro/janeiro, fevereiro/março. As adubações com Ciclus e Agrocote foram realizadas em outubro/novembro. As aplicações foram feitas sob a saia dos cafeeiros, em duas faixas de 0,8 m, dos dois lados da linha do café.
28 Campo Experimental Izidoro Bronzi
RESULTADOS E CONCLUSÕES º
Produtividade (sacas ben./ha)
Ensaio n 1 – CICLUS - Resultados. Gráfico 1. Produtividade do cafeeiro, média de quatro safras, em função das adubações realizadas, Araguari, MG. 60
54,4 a 48,8 a
50
51,6a
55,2 a
40
34,1a
30 20
19,6b
10 0 T
AM
C100
C80
C60
C40
Tabela 1. Produtividade do cafeeiro de 2010 a 2013, teores foliares de N e K e teor de K no solo, em função das adubações realizadas, Araguari, MG. Produtividade (sacas ben. ha-1) 2010 2011 2012 2013 N K K
T
AM
C100
29,8 46,8 30,8 22,2 47,3 78,5 13,1 52,7 54,7 13,3 48,4 53,6 Teores foliares (g kg -1) 19,8 29,9 31,4 13,1 22,6 20,7 Teor no solo (% na CTC) 1,7 3,2 3,6
C80
C60
C40
32,5 40,2 63,0 46,2
42,5 63,8 65,0 48,5
46,3 39,1 28,5 22,5
30,0 20,2
29,7 19,8
22,4 15,7
3,2
3,0
2,2
Ensaio no1 Ciclus – Conclusões Após quatro safras consecutivas pode-se concluir que: · As fórmulas de Ciclus 19-00-19 e 24-00-12 substituem a uréia e o cloreto de potássio como fontes de nutrientes. · Coma utilização do Ciclus, pode-se reduzir de 20 a 40% nos níveis de N e K2O na adubação do cafeeiro. · Com o uso do Ciclus pode-se substituir três parcelamentos da adubação convencional por apenas uma única aplicação. · Reduções acima de 40% dos níveis de N e K2O utilizando o Ciclus diminuem a produtividade do cafeeiro, mostrando-se insuficientes para a nutrição do cafeeiro. · A ausência de N, K2O na adubação do cafeeiro reduz a produtividade de forma significativa. · A uma tendência de aumento de produtividade com a utilização do fertilizante Ciclus, devido à disponibilização contínua dos nutrientes. Boletim Técnico nº 5
29
Produtividade (sacas ben.)-1ha )
Ensaio n02 – Agrocote – Resultados: Gráfico 2. Produtividade do cafeeiro, média de quatro safras, em função das adubações realizadas, Araguari, MG. 60 50
44,3 a
42,0a
37,9 a
40 31,6ab
27,3ab
30 20
13,8 b
10 0 T
AM
A100
A80
A60
A40
Tabela 2. Produtividade de 2010 a 2013, teores foliares de N e K e teor de K no solo, em função das adubações realizadas, Araguari, MG. Produtividade (sacas ben. ha-1) 2010 2011 2012 2013 N K K 0
T
AM
C100
25,9 27,9 32,0 11,4 18,3 25,9 10,6 54,0 64,1 7,0 29,0 29,7 Teores Foliares (g kg-1) 21,3 30,0 32,6 14,7 21,2 20,8 Teor no solo (% na CTC) 2,1 3,7 3,2
C80
C60
C40
23,8 54,3 64,8 30,2
25,1 35,2 73,0 34,6
28,4 11,5 46,3 23,0
29,8 22,2
30,6 20,1
24,2 16,8
3,4
4,0
2,7
Ensaio n 2 – Agrocote – Conclusões · Os adubos de lenta ou programada liberação Agrocote nas formulações 37-00-00-13S e 00-00-51-14S substituem os adubos tradicionais uréia e cloreto potássio. · Pode-se reduzir os níveis de N e K2O na adubação de 20 a 40% com uso do adubo de lenta ou programada liberação. · Reduções acima de 40% nos níveis de N e K2O diminuem a produtividade do cafeeiro devido ao baixo fornecimento de nutrientes. · O uso de Agrocote reduz os três parcelamentos realizados com fontes convencionais para apenas um. · A ausência de N e K2O na adubação do cafeeiro reduz a produtividade de forma significativa. · A uma tendência de aumento da produtividade com a utilização do fertilizante Agrocote provavelmente devido a disponibilidade constante dos nutrientes N e K2O para o cafeeiro. 30 Campo Experimental Izidoro Bronzi
RECOMENDAÇÕES - CUIDADOS – APLICAÇÕES – REDUÇÕES RECOMENDAÇÃO:
Recomenda-se a adubação de N e K2O com adubos de lenta ou programada liberação baseadas em reduções de 20 a 40% dos níveis N e K2O fornecidos pela uréia e cloreto de potássio.
CUIDADOS:
1.
Deve-se proceder à análise de solo para verificar a porcentagem de K na CTC, a fim de formular ou utilizar fórmulas que atendam a níveis altos (com mais N), médios (N e K equilibradas) ou baixos (com mais K2O).
2.
Os níveis de N, K2O devem ser bem avaliados, de acordo com futura carga pendente, já que a aplicação única deve ser realizada na primavera a início do verão. Em situações de erros de avaliações na produtividade, que ocasionam as subdosagens dos níveis de adubação, devem-se acrescentar adubos solúveis de N ou K para a correção em fevereiro e março.
APLICAÇÕES: A aplicação única deve observar a topografia: se declivosa, exige incorporação leve de grânulos de Agrocote. Quanto ao Ciclus, pelo fato do produto ser farelado, não é necessário incorporar, pois somente com a ocorrência de pluviosidades elevadas haverá a ocorrência de perda. Em áreas declivosas, aplica-se o fertilizante no lado superior das linhas de café e em regiões planas, em ambos os lados da linha.
REDUÇÕES Como já visto, reduções acima de 40% dos níveis de N e K2O não são recomendáveis, pois reduzem a produtividade ano a ano de forma significativa. Redução em torno de 30% tem sido utilizadas sem alteração de produtividade. Em anos com chuvas irregulares, principalmente no verão, têm sido verificadas maiores produtividades com a utilização deste tipo de fertilizante, em comparação com os adubos solúveis, uréia e cloreto de potássio. Este fato pode ser explicado graças à redução das perdas do N, às vezes por volatilização e às vezes por lixiviação.
Boletim Técnico nº 5
31
2.1.3. Fontes, doses e recomendações para Mg, B, Co, Mo e Ni Introdução: De 2009 a 2013, foram conduzidas quatro safras consecutivas, correspondendo a cinco estudos com fontes de magnésio, de boro e concentrações foliares de cobalto, molibdênio e níquel. Os trabalhos foram desenvolvidos no campo experimental Izidoro Bronzi – ACA (Associação dos Cafeicultores de Araguari-MG), utilizando a cultivar Catuaí Vermelho IAC 51, -1 plantada no espaçamento 3,7 x 0,7 (3.861 plantas ha ), com 10 anos de idade, em solo Latossolo Vermelho Amarelo, na altitude de 933 metros e declividade de 2 a 4%. O delineamento experimental para todos os ensaios foi de blocos ao acaso com quatro repetições e parcelas de 30 plantas, sendo úteis as seis centrais para as avaliações. As avaliações constituíram das produtividades de 2010, 2011, 2012 e 2013, além das analises de solo e foliar, que neste boletim são apresentadas as de 2013. No trabalho de Fontes de Magnésio estudaram-se as fontes: Sulfato de Magnésio, -1 Serpentinito e óxidos Trimag, nas doses de 9,0; 18,0 e 36,0 kg ha de MgO. No trabalho de Fontes de Boro, foram estudadas as fontes: ácido bórico, aplicado via foliar e via solo, boro líquido, água boro via foliar, e vários tipos de Ulexita. Tanto para o magnésio como para o boro, as aplicações via solo foram bi-anuais. As fontes de magnésio e de boro via solo foram aplicadas no mês de outubro. As fontes de boro via foliar foram aplicadas quatro vezes ao ano, de outubro a março, de 45 em 45 dias. As concentrações estudadas de cobalto e molibdênio, nas formulações de sulfato de cobalto (18% de Co + 8% de S) e molibdato de sódio (47% de Mo) foram de 0,01; 0,05; 0,1 e 1,0%. Foram realizadas quatro pulverizações de 40 em 40 dias no período de novembro a março de cada ano. Para o níquel, na forma de sulfato de níquel (22% de Ni), as concentrações estudadas foram de 0,25; 0,50; 1,0; 2,0 e 4,0%. Foram realizadas quatro pulverizações de 40 em 40 dias no período de novembro a março de cada ano. Os resultados obtidos de produção foram submetidos à análise de variância e, quando procedente, realizou-se o teste de Tukey, para separação das médias, ambos a 5% de probabilidade. Na condução dos cinco ensaios, os tratamentos fitossanitários, culturais e nutricionais, exceto pelos nutrientes em estudo foram os recomendados pelo MAPA/Procafé para a região.
32 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Ensaio nº1 – Fontes de magnésio: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Testemunha (ausência de MgO) (T) Sulfato de Magnésio 100,0 kg ha-1 (correspondendo a 9,0 kg ha-1 de Mg) de 2 em 2 anos (SMG) Serpentinito 38,0 kg ha-1 (correspondendo a 9,0 kg ha-1 de Mg) de 2 em 2 anos (SP38) Serpentinito 78,0 kg ha-1 (correspondendo a 18,0 kg ha-1 de Mg) de 2 em 2 anos (SP78) Serpentinito 152,0 kg ha-1 (correspondendo a 36,0 kg ha-1 de Mg) de 2 em 2 anos (SP152) -1 -1 Óxido Trimag 25,0 kg ha (correspondendo a 9,0 kg ha de Mg) de 2 em 2 anos (TO25) -1 -1 Óxido Trimag 50,0 kg ha (correspondendo a 18,0 kg ha de Mg) de 2 em 2 anos (TO50) -1 -1 Óxido Trimag 100,0 kg ha (correspondendo a 36,0 kg ha Mg) de 2 em 2 anos (TO100)
Ensaio nº2 – Fontes de Boro: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
Testemunha (ausência de adubação com Boro) (T) Ácido Bórico 0,5% de B, 4 aplicações no ano, via foliar, de outubro a Março (AC0,5) Água Boro 0,4% de B, 4 aplicações no ano, via foliar, de outubro a março (AG0,4) Boro Líquido 0,8% de B, 4 aplicações no ano, via foliar, de outubro a março (BL0,8) Ulexita 15% de B, 28,3 kg ha-1, via solo, bianual em outubro (U15) Hidro Ulexita, 9% de B, 47,2 kg ha-1, via solo, bianual em outubro (HU9) Hidro Ulexita, 11% de B, 38,6 kg ha-1, via solo, bianual em outubro (HU11) Triulexita, 10% de B, 42,5 kg ha-1, via solo, bianual em outubro (TU10) Ácido Bórico 17,5% de B, 26,0 kg ha-1, via solo, bianual em outubro (AB17)
Ensaio nº3 – Concentrações de Cobalto: 1. Testemunha (ausência de cobalto) (T) 2. Sulfato de Cobalto, 0,01% (SC0,01) 3. Sulfato de Cobalto, 0,05% (SC0,05) 4. Sulfato de Cobalto, 0,1% (SC0,1) 5. Sulfato de Cobalto, 0,5% (SC0,5) 6. Sulfato de Cobalto, 1,0% (SC1,0) Obs.: Todos com 4 aplicações anuais de 45/45 dias de outubro a março com 500 L ha-1
Ensaio nº4 – Concentrações de Molibdênio: 1. Testemunha (ausência Molibdênio) (T) 2. Molibdato de Sódio, 0,01% de Ni (MS0,01) 3. Molibdato de Sódio, 0,05% de Ni (MS0,05) 4. Molibdato de Sódio, 0,1% de Ni (MS0,1) 5. Molibdato de Sódio, 0,5% de Ni (MS0,5) 6. Molibdato de Sódio, 1,0% de Ni (MS1,0) Obs.: Todos com 4 aplicações anuais de 45/45 dias de outubro a março com 500 L ha-1
Ensaio nº5 – Concentrações de Níquel: 1. Testemunha (ausência de Níquel) (T) 2. Sulfato de Níquel, 0,25% de Ni 3. Sulfato de Níquel, 0,50% de Ni 4. Sulfato de Níquel, 1,0% de Ni 5. Sulfato de Níquel, 2,0% de Ni 6. Sulfato de Níquel, 4,0% de Ni Obs.: Todos com 4 aplicações anuais de 45/45 dias de outubro a março com 500 L ha-1 Boletim Técnico nº 5
33
RESULTADOS E CONCLUSÕES DE CADA ENSAIO Após quatro safras consecutivas (2010, 2011, 2012 e 2013), os resultados encontramse apresentados, a seguir, na forma de gráficos e tabelas simplificadas para melhor visualização e compreensão.
Ensaio nº1 – Fontes de Magnésio:
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 1. Produtividade do cafeeiro, média de quatro safras, em função de doses e fontes de magnésio, Araguari, MG. 60
CV = 25,77%
47,8a
50 40,7ab 40
ab 40,8ab 41,9ab 40,8ab 42,3 42,1ab
35,4b
30 20 10 0 T
SMG
SP38 SP78 SP152 T25
T50
T100
Tabela 1. Produtividade do cafeeiro, de 2010 a 2013, teores de Ca e Mg no solo e de Mg foliar, em função de doses e fontes de Mg, Araguari, MG. Produtividade 2010 2011 2012 2013
T 26,5 38,0 37,7 39,4
Ca Mg
2,8 0,4
Ca
2,1
SMG SP38 SP78 SP152 36,8 44,9 35,8 36,4 37,8 49,4 38,5 38,3 46,6 54,5 47,0 47,0 41,8 45,2 41,9 46,2 Teores no solo (mg dm-3) 5,7 6,2 5,9 6,3 1,3 1,1 1,6 1,4 Teores Foliares (mg kg-1) 4,7 4,3 4,0 3,9
T25 37,7 39,5 44,1 41,9
T50 39,1 40,3 51,1 38,7
T100 37,5 34,5 54,6 41,7
7,1 2,1
5,9 1,8
6,2 2,0
3,8
4,1
4,6
Conclusões: ·
Todas as fontes de magnésio corrigem a deficiência de Mg, aumentando a produtividade do cafeeiro, com destaque para Serpentinito, na dose de 38,0 kg ha-1 em cada aplicação (9,0 kg ha-1 de Mg).
34 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Produtividade (sacas ben./ha)
Ensaio nº2 – Fontes de Boro: Gráfico 2. Produtividade do cafeeiro, média de quatro safras, em função de doses e fontes de boro, Araguari, MG.
45
CV = 22,31%
38,2ab38,9ab
40
41 a
40,3a 36,4ab 37ab
35 30
35,7ab 33ab
28 b
25 20 15 10 5 0 T
AC0.5 AG0.4 BL0.8 U15
HU9 HU11 HU10 AB17
Tabela 2. Produtividade do cafeeiro, de 2010 a 2013, teores de Ca e Mg no solo e de Mg foliar, em função de doses e fontes de B, Araguari, MG. Safras 2010 2011 2012 2013
T 12,8 39,3 13,3 34,8
B
0,37
B
49,0
AC0,5 AG0,4 BL0,8 U15 29,1 34,0 36,1 30,5 58,5 50,6 56,1 54,2 24,6 32,2 30,9 29,7 40,7 38,8 38,1 31,2 -3 Teores no solo (mg dm ) 0,47 0,55 0,59 1,18 Teores foliares (mg kg-1) 76,0 72,0 84,0 73,0
HU9 30,2 58,8 24,4 34,8
HU11 23,8 49,4 29,2 29,8
HU10 37,2 40,1 33,4 32,1
AB17 27,3 62,3 36,3 38,1
1,31
1,65
1,43
2,15
82,0
69,0
67,0
64,0
Conclusões: · ·
Para a correção da deficiência de boro, via foliar, o BL (Boro Líquido a 0,8%) foi a fonte mais eficiente. Para aplicação via solo, o ácido bórico (17,5%) mostrou-se superior. Entre as Ulexitas testadas, o pior desempenho foi obtido pela HU 9% (Hidro Ulexita 9%); no entanto, todas as fontes foram superiores a testemunha.
Boletim Técnico nº 5
35
Ensaios nº 3,4 e 5 – Concentrações de Sulfato de Níquel, Sulfato de Cobalto e Molibdato de sódio:
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 3. Produtividade do cafeeiro, média de quatro safras (2010 a 2013), em função de doses crescentes de Sulfato de Níquel, Araguari, MG. 60
55,3a
50
CV = 39,60% 47,2a
44,3a
43,2 a
50,9 a
48,9 a
40 30 20 10 0 0
0,25 0,5 1 2 Concentração de Sulfato de Níquel (%)
4
Tabela 3. Teores foliares de Níquel - Ni em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Tratamentos (%) T Analise Foliar (ppm) <LQ
0,25 <LQ
0,5 <LQ
1,0 13
2,0 23
4,0 19
Conclusões: · ·
A aplicação de Sulfato de Níquel não promoveu variação na produtividade do cafeeiro. Somente na concentração de 1,0% ocorreu elevação do teor foliar de Ni.
36 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 4. Produtividade do cafeeiro, média de quatro safras (2010 a 2013), em função de doses crescentes de Molibdato de Sódio, Araguari, MG.
60
CV = 33,20%
50
46,3 a 40,6 a
40
48,9 a 39,7 a
36,7a
35,1 a
30 20 10 0 0
0,01 0,05 0,1 0,5 Concentração de molibdato de sódio (%)
1
Tabela 4. Teores foliares de Mo em função em função de doses crescentes de molibdato de sódio, Araguari, MG. Tratamentos (%) T Analise Foliar (ppm) 0,2
0,01 0,3
0,05 0,3
0,1 0,4
0,5 0,3
1,0 0,3
Conclusões: ·
Não houve diferença entre as produtividades e os teores foliares de Mo em relação a testemunha.
Boletim Técnico nº 5
37
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 5. Produtividade do cafeeiro, média de quatro safras (2010 a 2013), em função de doses crescentes de Sulfato de Cobalto, Araguari, MG. 45
CV = 38,25%
40,8a
40
35,9 a
35 30
30 a
35,7 a
36,6 a
32,7a
25 20 15 10 5 0 0
0,01 0,05 0,1 0,5 Concentração de sulfato de cobalto (%)
1
Tabela 5. Teores foliares de Mo em função em função de doses crescentes de Sulfato de Cobalto, Araguari, MG. Tratamentos (%) T Analise Foliar (ppm) 1,0
0,01 0,9
0,05 0,6
0,1 0,6
0,5 1,3
1,0 1,8
Conclusões: · ·
Não houve diferença entre as produtividades em relação a testemunha. O teor de Cobalto só se eleva a partir de da aplicação de Sulfato de Cobalto, na concentração de 1%. Nesta concentração ocorreu o aparecimento de sintomas de toxidez, com amarelecimento das folhas do centro para fora.
38 Campo Experimental Izidoro Bronzi
RECOMENDAÇÕES Magnésio a) Com deficiência visual ou teores foliares com < 0,25% ou teores do solo com <10% da CTC, deve-se utilizar Sulfato de Magnésio, na dose de 100,0 kg ha-1, em lavoura de sequeiro, aplicado via solo. Quando a lavoura é irrigada por pivô central, a aplicação deve ser realizada 2 vezes, utilizando dose de 50,0 kg ha-1 . Quando irrigado via gotejo, a aplicação deve ser realizada 4 vezes, utilizando a dose de 20,0 kg ha-1. b) Deve-se evitar a aplicação próxima à faixa de varrição; neste caso particular, pulverizar Sulfato de Magnésio na concentração de 0,5 a 1,0%. c) Quando não houver sintomas de deficiência visuais, os teores foliares na faixa de 0,25 a 0,35% ou com % da CTC no solo inferior a 15, deve-se utilizar o Serpentinito nas doses de 40,0 a 50,0 kg ha-1, ou Óxido Trimag ou Similar nas doses de 80,0 a 100,0 kg ha-1. 1)
Boro a) Com deficiência visual ou analise foliar < 20 ppm ou de solo < 0,2 ppm, deve-se utilizar o ácido Bórico, nas concentrações de 0,3 a 0,5%, aplicado via foliar e 15,0 a 30,0 kg ha-1, aplicado via solo b) Com deficiência não visual e teores no solo na faixa de 30-40 ppm deve-se utilizar a Ulexita, nas concentrações de 10 a 15%, em doses de 30,0 a 50,0 kg ha-1. 2)
Molibdênio, Cobalto e Níquel a) Não se aconselha aplicação do sulfato de zinco, sulfato de cobalto e molibdato de sódio nas concentrações estudadas. b) Como ocorreram algumas tendências para maiores produtividades desde 0,05% para Co e Mo e 0,25 % para Níquel, novos trabalhos devem ser realizados em associação com outros nutrientes. 3)
Boletim Técnico nº 5
39
2.2. COMPOSTOS BIOATIVADORES DE SOLO, DE PLANTA, BIO ESTIMULANTES, HORMÔNIOS, CARBONO, ALGAS E OUTRAS NA NUTRIÇÃO DO CAFEEIRO. Neste capítulo estão relacionados os trabalhos já conclusivos de compostos bioativadores de solo e de planta, bioestimulantes, hormônios e outras substâncias que atuam na nutrição do cafeeiro.
SUBSTITUIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA NATURAL PELO PRODUTO COMERCIAL HUMOSAN E CARBONO 21 CODIFICADO. INTRODUÇÃO: Estudou-se no período de 2011 a 2014 as fontes de carbono 21 e o produto Humusan com 6% de carbono comparativamente com as fontes naturais de esterco de galinha e de curral. O objetivo do trabalho foi verificar a viabilidade da substituição as matérias orgânicas naturais no plantio e condução da lavoura. Os tratamentos estudados foram: T1: Testemunha sem matéria orgânica; T2: 2,0 t ha-1 de esterco de galinha; T3: 8,0 t ha-1 de esterco de curral; T4: 20,0 L ha-1 de Humusan; T5: 40,0 L ha-1 de Humusan; T6: 80,0 L ha-1 de Humusan; T7: 20,0 L ha-1 de carbono 21 codificado; T8: 40,0 L ha-1 de carbono 21 codificado; T9: 80,0 L ha-1 de carbono 21 codificado. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais úteis para as avaliações. As aplicações dos tratamentos foram realizadas no plantio (0 a 6 meses) e no primeiro e segundo ano (7 a 18 e 19 a 30 meses). Na condução do experimento utilizou-se a variedade Catuaí Vermelho IAC 144, plantada no espaçamento 4,0 x 0,5 m, em solo de Cerrado Latossolo Vermelho Amarelo. Os produtos no plantio foram aplicados no sulco e subsequentemente em cobertura. Os demais tratos culturais seguiram as recomendações do MAPA/Procafé par a região. Aos seis e dezoito meses após o plantio, avaliou-se a biometria do cafeeiro.
40 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Gráfico 1. Produtividade do cafeeiro em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG.
Produtividade (sacas ben./ha )
90
78,3a
80
74,6ab 72,9ab
70,2ab 70
57,2ab
60 50
58,1ab 59 ab 52,5ab
42,9b
40 30 20 10 0
T
EG2
EC8
H20
C20
H40
C40
H80
C80
Tabela 1. Parâmetros de fertilidade do solo (CTC, teores de P e K), em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Análise T EG2 EC8 H20 C20 H40 C40 H80 C80 do solo CTC 6,9 8,3 9,4 7,1 6,5 8,4 7,3 9,1 7,4 P 53 86 69 52 50 71 66 79 65 K 3,2 3,8 3,1 3,1 2,9 3,4 3,0 3,7 3,2 *CTC = mmolc dm-3; Presina; K = % CTC
Conclusões: · As fontes de carbono (Humusan e carbono 21) não substituem o esterco de galinha ou o esterco de curral nas doses de 20,0 a 40,0 L ha -1. Na dose de 80,0 L ha-1 o Humusan e o carbono 21 codificado igualam-se ao esterco de curral. · Com relação à ausência de matéria orgânica, a aplicação de Humusan e de carbono 21 codificado, mesmo na menor dose testada, elevaram a produtividade do cafeeiro. · Não foram observadas alterações significativas na química do solo.
Boletim Técnico nº 5
41
CONCENTRAÇÃO DE ALGAS ACADIAN NO DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E PRODUTIVO DO CAFEEIRO CULTIVADO NO CERRADO, NA AUSÊNCIA E NA PRESENÇA DE IRRIGAÇÃO INTRODUÇÃO: O trabalho teve início em 2011 e conduzido até 2014 no Campo Experimental Izidoro Bronzi da ACA em Araguari, MG. Utilizou-se a cultivar Topázio, com 10 anos, plantada no espaçamento 3,7 x 0,7 m. O objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento, desenvolvimento e produção do cafeeiro em função da aplicação do concentrado de algas Acadian. Os tratamentos em estudo foram: T1: Testemunha na ausência de irrigação; T2: Testemunha na presença de irrigação; T3: Acadian via foliar (0,6 L ha-1) com irrigação; T4: Acadian via foliar (1,2 L ha-1) com irrigação; T5: Acadian via foliar (1,8 L ha-1) com irrigação; T6: Acadian via foliar (2,4 L ha-1) com irrigação; T7: Acadian via solo (2,0 L ha-1) + via foliar (1,2 L ha1 ) sem irrigação; T8: Acadian via solo (2,0 L ha-1) + via foliar (1,2 L ha-1) com 50% da irrigação; T9: Acadian via solo (2,0 L ha-1) + via foliar (1,2 L ha-1) com 100% da irrigação. Os tratamentos foram delineados em blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais úteis para as avaliações.
Produtividade (saca ben./ha)
Gráfico 2. Produtividade do cafeeiro em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 57,6 a
60 53,2a 50
44,1ab
40
46,8ab
44 ab
45 ab
35,6 bc
30 23,4cd 20
16,8d
10 0 T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
T9
Conclusões: ·
A aplicação de Acadian obteve resposta positiva com relação à produtividade, elevando-a, quando fez-se a associação da aplicação via solo e via foliar, com até 50% de irrigação.
42 Campo Experimental Izidoro Bronzi
AVALIAÇÃO DO PRODUTO COMERCIAL STURDY COMO BIOATIVADOR DO SOLO EM LAVOURA DE CAFÉ VISANDO A ADUBAÇÃO FOSFATADA. INTRODUÇÃO: Este trabalho objetivou avaliar a ação do Sturdy (fonte de fósforo mais ácidos e algas) na adubação fosfatada do cafeeiro. O ensaio foi instalado no Campo Experimental Izidoro Bronzi da ACA, em Araguari, MG. Utilizou-se a cultivar Catuaí Vermelho IAC 62, plantada no espaçamento 3,7 x 0,7 m, com dez anos de idade. O delineamento foi de blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais úteis para as avaliações. Os demais tratos culturais seguiram as recomendações do MAPA/Procafé para a região. -1 Os tratamentos estudados foram: T1: Testemunha; T2: Sturdy (15,0 L ha ); T3: Sturdy -1 -1 -1 (20,0 L ha ); T4: Sturdy (25,0 L ha ); T5: Superfosfato simples (400,0 kg ha ); T6: MAP (160,0 -1 kg ha ). Avaliaram-seas produtividades de 2012 a 2014, bem como os teores de P no solo em 2014.
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 3. Produtividade do cafeeiro, média de 2012 a 2014, em função de doses de Sturdy e padrões com superfosfato simples e MAP, Araguari, MG. 70
62,4a 56,3ab
60 50
62,7a 58 ab
55,1ab
44,4b
40 30 20 10 0 T
Sturdy 15 Sturdy 20 Sturdy 25 S. simples MAP 160 L/ha L/ha L/ha 400 kg/ha kg/ha
Tabela 3. Produtividade do cafeeiro em 2012 a 2014 e teor de P no solo, Araguari, MG. Produtividade T1 T2 T3 T4 T5 T6 (sacas ben. ha-1) 2012 40.7 49.4 44.3 34.7 34.3 46.1 2013 71.1 81.9 103.2 97.0 87.8 108.3 2014 21.4 37.5 39.6 42.2 43.1 36.6 -3 Teor de P no solo (mg dm ) 33.0 65.9 67.8 71.0 70.2 65.8 Conclusões: ·
O produto comercial Sturdy é capaz de substituir o MAP e o Superfosfato Simples, provavelmente devido à sua ação na liberação do P presente no solo para as plantas. Boletim Técnico nº 5
43
AVALIAÇÃO DO FERTILIZANTE K-HUMATE, HUMAKELP, FUGIMAX E KELP-PMAX NA ADUBAÇÃO DO CAFEEIRO VIA FERTIRRIGAÇÃO. INTRODUÇÃO: Objetivou-se nesse trabalho avaliar as aplicações, via fertirrigação, dos produtos comerciais K-Humate, Humakelp, Fugimax, Kelp-P-Max e Pura-Kelp na produtividade do cafeeiro. Utilizou-se a cultivar Catuaí Vermelho IAC 51, espaçada 3,7 e 0,7 m, com 11 anos de idade, sendo o ensaio realizado no Campo Experimental Izidoro Bronzi – ACA. -1 Os tratamentos estudados foram: T1: Testemunha; T2: K-Humate (5,0 L ha ), em quatro -1 aplicações (Set., Out., Nov. e Dez.), via fertirrigação; T3: Humakelp (5,0 L ha ), em quatro -1 aplicações (Set., Out., Nov. e Dez.), via fertirrigação; T4: Fugimax (5,0 L ha ), em quatro -1 aplicações (Set., Out., Nov. e Dez.), via fertirrigação; T5: Kelp-P-Max (3,0 L ha ), em duas -1 aplicações (Pós colheita e Pré florada), via foliar; T6: Pura-Kelp (2,0 L ha ), em duas aplicações (Pós colheita e Pré florada), via foliar.
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 4. Produtividade do cafeeiro, média de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 60
CV = 24,26%
55,1a
56,6 a 50,7ab
50
48,3ab
44,9ab 40,5 b
40 30 20 10
0 T1
T2
T3
T4
T5
T6
Tabela 4. Produtividade do cafeeiro, de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Produtividade (sacas ben. ha-1) 2011 2012 2013 2014
T1 24.1 51.1 25.2 68.1
T2 11.6 76.2 24.2 70.3
T3 35.2 73.8 32.9 84.8
T4 28.0 74.4 28.9 100.4
T5 15.1 74.1 30.6 86.1
T6 57.5 77.7 23.9 71.6
Conclusões: · Os resultados mais expressivos, com relação a produtividade, foram obtidos com a adição do Humakelp e Fugimax, devido a elevada concentração de ácidos fúlvicos e húmicos, além do extrato de algas. 44 Campo Experimental Izidoro Bronzi
E F E I T O D O B I O AT I VA D O R D E S O L O P E N E R G E T I C ( P - K ) N O DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E PRODUTIVO DO CAFEEIRO, EM SOLO NÚ E CULTIVADO, ASSOCIADO A FERTILIZANTES FOSFATADOS E ESTERCO DE CURRAL. INTRODUÇÃO Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito do produto comercial Penergetic na liberação do P do solo, em solo virgem e cultivado, nas situações de ausência de adubação fosfatada, adubação mineral e orgânica. O trabalho foi desenvolvido no período de dezembro de 2013 a julho de 2014 (6 meses), no município de Araguari – MG, no campo experimental Izidoro Bronzi, pertencente à Associação dos Produtores de Café de Araguari. Foram utilizados vasos, dispostos em um viveiro telado e irrigados por aspersão. Os tratamentos estudados foram: (T1) Solo virgem de cerrado (SVC); (T2) Solo virgem de cerrado mais Penergetic (SVCP); (T3) Solo virgem de cerrado mais superfosfato simples (SVCSS); (T4) Solo virgem de cerrado mais superfosfato simples mais Penergetic (SVCSSP); (T5) Solo virgem de cerrado mais fosfato de Araxá (SVCFA); (T6) Solo virgem de cerrado mais fosfato de Araxá mais Penergetic (SVCFAP); (T7) Solo virgem de cerrado mais Esterco de Curral (SVCEC); (T8) Solo virgem de cerrado mais Esterco de Curral mais Penergetic (SVCECP); (T9) Solo virgem de cerrado mais superfosfato simples e esterco de curral (SVCSSE); (T10) Solo virgem de cerrado mais superfosfato simples e esterco de curral mais Penergetic (SVCSSECP); (T11) Solo virgem de cerrado mais fosfato de Araxá e esterco de curral (SVCFAEC); (T12) Solo virgem de cerrado mais fosfato de Araxá e esterco de curral mais Penergetic (SVCFAECP); (T13) Solo de lavoura cultivada por 10 anos (SLC); (T14) Solo de lavoura cultivada por 10 anos mais Penergetic (SLCP); (T15) Solo de lavoura cultivada por 10 anos mais esterco de curral (SLCEC); (T16) Solo de lavoura cultivada por 10 anos mais esterco de curral mais Penergetic (SLCECP). Os tratamentos estudados foram dispostos em delineamento – Blocos ao Acaso, com quatro repetições, totalizando 64 parcelas. Cada parcela abrangeu um vaso contendo três plantas. Utilizou-se vasos com capacidade de 20 litros (baldes plásticos perfurados) preenchidos com substrato conforme os tratamentos em estudo. Plantou-se, em cada vaso, três plantas, com três pares de folhas, da cultivar Catuaí Vermelho, IAC 144, em raiz nua, para evitar interferência do substrato original das mudas. O Penergetic foi aplicado via solo, na dose de 600 g ha-1, e via foliar, em três aplicações, utilizando 200 g ha-1 nos 1º, 3º e 5º, meses de condução.
Boletim Técnico nº 5
45
Gráfico 5. Matéria seca total em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG, 2014. Ausência de Penerge c
2000
Presença de Penerge c
1800
Materia seca total (g)
1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 SVC
SVCSS
SVCFA
SVCEC
SVCSSE
SVCFAEC
SLC
SLCEC
Tabela 5. Biometria do cafeeiro em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG, 2014. Altura das Diâmetro (cm) Comprimento Número Número de Tratamentos plantas da raiz de ramos folhas Da copa Do caule (cm) SVC 34,5 e 36,4 d 0,56 d 25,0 c 7,2 b 17,1 f SVCP 36,2 d 40,6 bcd 0,72 bcd 34,3 ab 9,6 a 24,5 ef SVCSS 35,6 e 41,6 abcd 0,66 cd 29,0 c 9,5 ab 39,4 de SVCSSP 46,8 a 48,9 abc 0,80 abc 35,3 a 10,1 a 49,1 ab SVCFA 36,7 dc 38,7 cd 0,78 abc 28,0 b 9,9 a 31,2 dc SVCFAP 45,0 b 51,0 ab 0,88 abc 37,0 a 10,1 a 55,9 a SVCEC 43,9 abc 43,8 abcd 0,79 abc 32,7 ab 10,5 a 35,3 d SVCECP 47,4 a 50,9 ab 0,89 ab 32,3 ab 10,7 a 53,3 ab SVCSSEC 39,9 bcde 44,0 abcd 0,89 ab 26,0 b 10,1 a 36,7 cde SVCSSECP 45,2 ab 51,7 a 0,91 a 35,3 a 11,5 a 52,8 ab SVCFAEC 38,9 bcde 41,6 bcd 0,83 abc 28,8 bc 10,0 a 32,1 e SVCFAECP 49,9 a 48,0 abc 0,87 ab 34,0 a 10,6 a 51,9 ab SLC 37,9 cde 41,0 bcd 0,81 abc 28,3 b 9,7 a 33,6 de SLCP 47,0 a 48,3 abc 0,89 ab 34,2 a 10,3 a 49,6 ab SLCEC 42,8 abcde 45,8 abcd 0,86 ab 30,0 b 10,1 a 33,2 de SLCECP 48,8 a 51,0 a 0,92 34,0 ab 10,8 a 49,0 ab CV (%) 5,15 7,74 7,74 9,48 7,41 7,52 Conclusões: · O Penergetic atua na liberação dos nutrientes contidos nos solos, fertilizantes orgânicos ou minerais, disponibilizando maior quantidade destes para as plantas, com destaque para Ca, Mg e P. · O maior aproveitamento dos nutrientes obtido pela utilização de Penergetic promove maior crescimento biométrico das plantas. 46 Campo Experimental Izidoro Bronzi
AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIZAÇÃO DE POTÁSSIO E FÓSFORO EM SOLOS DE CERRADO COM A UTILIZAÇÃO DE PENERGETIC INTRODUÇÃO: Estudou-se a utilização do produto comercial Penergetic, aplicado, via solo e via foliar, quanto sua eficiência na disponibilização do P e K presentes no solo para o cafeeiro. O ensaio foi instalado em 2009 no Campo Experimental Izidoro Bronzi, pertencente a ACA, em lavoura de Catuaí Vermelho IAC 51, espaçada em 3,7 x 0,7 m, com 11 anos de idade. Os tratamentos estudados foram: T1: Testemunha com ausência de adubação fosfatada e potássica e adubação nitrogenada normal via fertirrigação; T2: Adubação convencional com 100% do NPK via fertirrigação; T3: Idem T2 mais aplicação de Penergetic P e K via solo e via foliar; T4: 75% da dose de T2 mais aplicação de Penergetic P e K via solo e via foliar; T5: 50% da dose de T2 mais aplicação de Penergetic P e K via solo e via foliar. Os tratamentos foram delineados em blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais, úteis para as avaliações. Os tratos culturais e fitossanitários, além dos nutricionais, seguiram as recomendações do MAPA/Procafé para a região.
Produtividade (sacas de café ben./ha)
Gráfico 6. Produtividade do cafeeiro, média de cinco safras, em função de níveis de adubação, na ausência e presença de Penergetic, Araguari, MG. 60
CV = 27,92 48,8 ab
50
51,3 a
53,2 a
43,4 ab 40
38,7 b
30 20 10 0 T
Adubação 100% Adubação 100% Adubação 75% Adubação 50% mais Penergetic mais Penergetic mais penergetic
Boletim Técnico nº 5
47
Tabela 6. Produtividade do cafeeiro, de 2010 a 2014, estádio de maturação dos frutos e biometria do cafeeiro, em função de níveis de adubação, na ausência e presença de Penergetic, Araguari, MG. Produtividade T1 T2 T3 T4 T5 2010 44,7 abc 38,6 a 48,4 bc 52,5 c 40,7 c 2011 49,3 c 50,1 a 57,1 ab 49,8 bc 75,6 b 2012 43,2 ab 47,1 a 33,2 c 55,1 a 41,9 a 2013 32,7 a 38,2 a 54,6 a 48,7 ab 54,4 a 2014 23,6 bc 42,8 a 50,7 bc 54,4 a 53,5 a 14,75 Nº de internódios 8,75 c 13,5 b 14,25 ab 15,25 a ab Comprimento do ramo (cm) 18,5 c 30,5 b 33,0 ab 35,5 a 35,7 a Maturação dos frutos (%) Verde 18 22 26 31 25 Cereja 25 32 38 40 52 Passa 27 30 20 20 18 Seco 30 16 16 9 5 Conclusões: ·
A tecnologia Penergetic mostrou-se viável na cultura do café, com redução parcial da adubação pela melhor disponibilidade dos teores de P e K no solo.
48 Campo Experimental Izidoro Bronzi
SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DA ADUBAÇÃO MINERAL (NPKS) COM COMPOSTO ORGÂNICO VALORIZA. INTRODUÇÃO: Testou-se o composto orgânico Valoriza (4% de N; 4% de P2O5 e 2,5% de K2O), em substituição à adubação mineral realizada utilizando uréia, sulfato de amônio, MAP e cloreto de potássio, comparada ao esterco de galinha convencional (2% de P2O5 e 1% de K2O). Os tratamentos estudados foram: T1: (AM) Adubação exclusivamente mineral (100%); T2: -1 (EG100) Esterco de galinha (5,0 t ha ) mais 100% da adubação mineral; T3: (V100) Composto -1 -1 Valoriza (4,0 t ha ) mais 100% da adubação mineral; T4: (EG80) Esterco de galinha (5,0 t ha ) -1 mais 80% da adubação mineral; T5: (V80) Composto Valoriza (4,0 t ha ) mais 80% da -1 adubação mineral; T6: (EG 120) Esterco de galinha (5,0 t ha ) mais 120% da adubação -1 mineral; T7: (V120) Composto Valoriza (4,0 t ha ) mais 120% da adubação mineral. O ensaio foi instalado utilizando a Cultivar Catuaí Vermelho IAC 51, no espaçamento de 3,7 x 0,7 m, com 11 anos de idade. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais úteis para as avaliações. Os tratos culturais, fitossanitários e nutricionais, via foliar, foram realizados segundo a recomendação do MAPA/Procafé para a região.
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 7. Produtividade, média de quatro safras, do cafeeiro em função das adubações utilizando esterco de galinha e composto Valoriza, associadas a níveis de adubação mineral, Araguari, MG.
50 45
39,1ab
40
35
45,5a
43,8ab
31,2c
42,5ab 38,2abc
33,7bc
30 25 20 15 10 5 0 AM
EG 100
V 100
EG 80
V 80
EG 120
V 120
Boletim Técnico nº 5
49
Tabela 7. Produtividade de 2010 a 2013 em função das adubações utilizando esterco de galinha e composto Valoriza associado a níveis de adubação mineral, Araguari, MG. Produtividade 2010 2011 2012 2013
AM 23,1 33,0 46,6 22,8
EG 100 26,3 31,0 50,2 27,3
V 100 31,8 40,8 62,8 39,9
EG 80 30,8 38,7 43,0 43,9
V 80 35,3 40,1 58,7 48,9
EG 120 25,9 34,1 53,5 39,4
V 120 30,3 39,9 59,3 41,2
Conclusões: ·
O composto Valoriza e o esterco de galinha substituem parcialmente a adubação mineral, inclusive elevando a produtividade, provavelmente devido aos benefícios proporcionados ao solo à longo prazo.
50 Campo Experimental Izidoro Bronzi
ADUBAÇÃO DO CAFEEIRO UTILIZANDO OS FERTILIZANTES BACSOL E ORGASOL NO DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E PRODUTIVO DO CAFEEIRO, IRRIGADO VIA GOTEJAMENTO, E CULTIVADO EM SOLO DE CERRADO. INTRODUÇÃO: Objetivou-se com este trabalho avaliar a produtividade do cafeeiro com Bacsol e Orgasol, são produtos que contém microorganismos rizosféricos decompositores, nitrogenadores e parasitas que ativa o metabolismo das plantas e estimula reações químicas importantes. Instalou-se o presente trabalho utilizando a cultivar Topázio, com 12 anos de idade, plantada no espaçamento de 3,7 x 0,7 m, no Campo Experimental Izidoro Bronzi, da ACA (Associação dos cafeicultores de Araguari, MG). Os tratamentos estudados foram: T1: Testemunha (T); T2: Adubação mineral (AM); T3: Padrão Bacsol; T4: Bacsol mais adubação mineral com redução de 25% da dose; T5: Bacsol mais adubação mineral com redução de 50% da dose; T6: Padrão Bacsol mais adubação mineral 100% da dose. Os tratamentos que utilizaram o Bacsol, tiveram a adição de -1 -1 pulverizações de Orgasol (1,0 L ha ) , cloreto de cálcio (200 ml ha ) e molibdato de sódio (100 g -1 ha ). As aplicações foram realizadas em outubro e novembro. As aplicações foram realizadas na ausência de cloreto de cálcio em abril e setembro. O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais úteis para as avaliações.
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 8. Produtividade do cafeeiro, média de quatro safras, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG.
60 52 a 50
45,4ab
45,1ab 39 b
40
41,6 b
30
20 10
10,1c
0 T
AM
BACSOL
BACSOL + AM 25%
BACSOL + AM 50%
BACSOL + AM 100%
Boletim Técnico nº 5
51
Tabela 8. Produtividade de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG.
Análise de Solo Set/2010 Análise de Solo Jul/2014
Produtividade
T
AM
2011 2012 2013 2014 P mg/dm3 K mg/dm3 P mg/dm3 K mg/dm3
19,8 7,4 4,0 9,2
32,0 33,8 30,5 85,4
40,5 108,0
139,1 136,0
BACSOL
32,2 56,9 31,6 87,4 18,9 118,0 170,1 118,0
BACSOL + BACSOL + BACSOL + AM 25% AM 50% AM 100%
29,9 44,2 27,9 73,2
22,6 33,3 24,5 75,8
22,2 40,7 22,5 80,8
152,6 132,0
195,7 167,0
122,0 141,0
Conclusões: ·
Os produtos Bacsol e Orgasol, em equilíbrio com os microorganismos do solo promovem significativo aumento de produtividade.
·
A adubação mineral com 25% da dose acrescida de Bacsol obteve produtividade semelhante à adubação 100% mineral.
52 Campo Experimental Izidoro Bronzi
EFEITO DOS FITORMÔNIOS ARYSTA (RAIZAL MAIS K-TIONIC) NO PÓSPLANTIO DO CAFEEIRO IRRIGADO. INTRODUÇÃO: Os produtos hormonais Raizal (9% de N; 45% de P2O5 e 11% de K2O) associado ao produto K-Tionic (10% de carbono, mais 5% de N, mais 7,5% de K2O) vem sendo recomendados no pós-plantio do cafeeiro. Neste trabalho objetivou-se verificar os efeitos desses produtos, na ausência e na presença da adubação orgânica com esterco de curral ou de galinha. O ensaio foi conduzido no Campo Experimental Izidoro Bronzi, ACA, Araguari, MG. Utilizou-se a cultivar Catuaí Vermelho IAC 144, plantada no espaçamento 4,0 x 0,5 m, em 2010. Os tratamentos estudados foram: T1: (T) Testemunha; T2: (RK0,5) Raizal 0,5 L ha-1 mais K-Tionic 0,5 L ha-1; T3: (RK1,0) Raizal 1,0 L ha-1 mais K-Tionic 1,0 L ha-1; T4: (RK2,0) Raizal 2,0 L ha-1 mais K-Tionic 2,0 L ha-1; T5: (RK1,0+EG) Raizal 1,0 L ha-1 mais K-Tionic 1,0 L ha-1 mais esterco de galinha 5,0 t ha-1; T6: (RK1,0+EC) Raizal 1,0 L ha-1 mais K-Tionic 1,0 L ha-1 mais esterco de curral 5,0 t ha-1. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais úteis para as avaliações.
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 9. Produtividade do cafeeiro, média de duas safras, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 60 51,6a 50
46,6 a
44,6a
43,5a
42,4a
RK0,5
RK1,0
RK2,0
40 32,2b 30 20
10 0 T
RK1,0+EG RK1,0+EC
Tabela 9. Produtividade do cafeeiro de 2012 e 2013, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. RK0,5 RK1,0 RK2,0 RK1,0+EG RK1,0+EC Produtividade T 2012 39,4 b 55,3 b 56,0 a 53,1 a 63,7 a 60,5 a 2013 25,0 b 34,0 ab 31,0 ab 31,7 ab 39,6 a 32,8 a Conclusões: Os produtos Raizal e K-Tionic, na presença ou na ausência da matéria orgânica, elevam a produtividade do cafeeiro. Boletim Técnico nº 5
53
UTILIZAÇÃO DA CINZA DE FORNO ORIUNDA DE OLARIA INTRODUÇÃO: A cinza de forno de Olaria tem sido utilizada, quando disponível, na adubação de culturas, fornecendo principalmente carbono e potássio. Neste trabalho testou-se doses crescentes de cinza de forno com o objetivo de verificar sua influência na produtividade do cafeeiro. O experimento foi instalado no Campo Experimental Izidoro Bronzi, ACA, Araguari, MG, em lavoura plantada no espaçamento de 4,0 x 0,5 m, utilizando a cultivar Catuaí Vermelho IAC 144. Os tratamentos foram doses crescentes de cinza de forno (0,0; 3,0; 6,0; 12,0; 24,0 e 48,0 t ha-1). O delineamento estudado foi ode blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas 24 plantas, sendo úteis as seis centrais. Gráfico 10. Produtividade do cafeeiro, média de duas safras, em função de doses crescentes de cinza de forno de olaria, Araguari, MG.
Produtividade (sacas ben./ha)
50
45,1 a
45 40 35
41 ab
41,8ab
43,4ab 35,5b
35 b
30 25 20 15 10 5 0 0
3
6 12 24 Dose de cinza de forno (t/ha)
48
Tabela 10. Produtividade do cafeeiro de 2013 e 2014, em função de doses crescentes de cinza de forno de olaria, Araguari, MG. Dose de cinza de forno de olaria (t ha-1)
Produtividade
2013 2014
0,0 56,2 15,0
3,0 56,1 25,9
6,0 61,5 22,1
12,0 69,4 20,9
24,0 65,0 21,9
48,0 53,9 17,1
Conclusões: ·
Pode-se utilizar no plantio do cafeeiro 12,0 t ha -1 de cinza de forno, pois eleva a produtividade do cafeeiro devido a alto teor de K (0,7 a 1,3%) e de carbono.
54 Campo Experimental Izidoro Bronzi
EFEITO TÔNICO (AG CELENCE) DO COMET (PYRACLOSTROBINA) DURANTE A FASE DE FORMAÇÃO DO CAFEEIRO. INTRODUÇÃO: As aplicações de estrobilurinas promovem efeito positivo no cafeeiro, com aumento na biometria das plantas, elevação de produtividade e maior vigor. Neste trabalho objetivou-se estudar a concentração ideal de Comet (0,1 a 0,5%) aplicados desde o plantio do cafeeiro até a primeira safra. Para tanto se utilizou a variedade Catuaí Vermelho IAC 144, plantada no espaçamento 4,0 x 0,5 m. Os demais tratos culturais, fitossanitários e nutricionais seguiram as recomendações do MAPA/Procafé, vigentes para a região. Os tratamentos foram doses crescentes de Comet (0,0; 0,1; 0,2; 0,3; 0,4 e 0,5%), delineados em blocos ao acaso, com quatro repetições. Utilizou-se parcelas de 30 plantas, sendo úteis as oito centrais. Nas aplicações, utilizaram-se os volumes de calda de 50; 75; 100 e 150 L ha-1 respectivamente nos períodos de 45; 90; 135 e 190 dias (fase 1 = 0 a 6 meses). Na segunda fase (7 a 18 meses), fez-se quatro aplicações, nos meses de outubro, dezembro, fevereiro e abril, utilizando volume de calda de 200; 250; 300 e 350 L ha-1. No terceiro período (19 a 30 meses), o volume de calda foi unicamente de 400 L ha-1, aplicado em outubro, dezembro, janeiro e março.
Produtividade (sacas de café ben./ha)
Gráfico 11. Produtividade do cafeeiro na primeira safra após o plantio em função da aplicação de Comet ao longo dos 30 meses de condução da lavoura, Araguari, MG. 80
72,8 a
70
63,4ab
60 50
62,9ab
59,8abc
53,2abc 43,9c
40
30 20 10 0 0
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 Doses de Pyraclostrobina (Comet) (% v.v)
Tabela 11. Produtividade do cafeeiro na “catinha” (18 meses)e na primeira safra (30 meses), em função da aplicação de Comet ao longo dos 30 meses de condução da lavoura, Araguari, MG. Produtividade Concentração de Comet (% v.v) (sacas ben. ha-1) 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 “Catinha” 5,0 c 7,1 c 21,0 a 15,7 ab 17,6 ab 15,0 ab 1ª Safra 38,9 46,1 42,4 46,9 55,2 44,8 Conclusões: · A aplicação de Comet ocasiona em aumento da produtividade a partir da concentração de 0,1%. · A maior produtividade é obtida com a aplicação de 0,4% de Comet. Boletim Técnico nº 5
55
EFEITO DO PRODUTO COMERCIAL BYOZIME NA PRODUTIVIDADE DO CAFEEIRO. INTRODUÇÃO: O Byozime é um fertilizante foliar composto de macro e micronutrientes e também de hormônios naturais que auxiliam no período da floração do cafeeiro com o objetivo de promover floradas mais uniformes. O presente trabalho foi instalado no Campo Experimental Izidoro Bronzi, ACA, Araguari, MG, cultivar Catuaí Vermelho IAC 51, espaçamento 3,7 x 0,7 m, 9 anos de idade. Os tratamentos estudados foram: T1: Testemunha; T2: Byozime aplicado na pré e pós florada e na fase de “chumbinho” (250 ml ha-1); T3: Byozime aplicado na pré e pós florada (250 -1 -1 ml ha ); T4: Byozime aplicado na pós florada e na fase de “chumbinho” (250 ml ha ); T5: Byozime aplicado na pré e pós florada (500 ml ha-1); T6: Byozime aplicado na pós florada (500 ml ha-1); T7: Byozime aplicado na fase de “chumbinho” (500 ml ha-1); T8: Byozime aplicado na -1 pré e pós florada (500 ml ha ); T9: Byozime aplicado na pós florada e na fase de “chumbinho” -1 -1 (500 ml ha ); T10: Byozime aplicado na pré e pós florada e na fase de “chumbinho” (500 ml ha ). O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais, úteis para as avaliações.
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 12. Produtividade do cafeeiro, média de três safras, em função de dose e períodos de aplicação do Byozime, Araguari, MG. 70 a 56
60 50
a 57,5
c 41,2
b 48,2
b 50,2
b 51,4
T4
T5
T6
a 57,2
a 58,5
57,3a
T8
T9
T10
b 47,9
40 30 20
10 0 T1
T2
T3
T7
Tabela 12. Produtividade do cafeeiro, de 2011 a 2013, em função de dose e períodos de aplicação do Byozime, Araguari, MG.
Produtividade
. (sacas ben. ben ha1)
2011 2012 2013
Tratamentos 1 2 69,3 87,5 15,4 25,2 31,9 58,2
3 76,1 19,8 76,5
4 78,3 18,3 47,9
5 70,7 25,5 54,2
6 76,6 26,2 51,4
7 80,4 20,9 42,3
8 78,5 32,8 60,2
9 86,6 28,3 57,4
10 74,5 31,5 75,8
Conclusões: · O produto comercial Byozime aplicado nas fases de pré e pós florada, nas doses de 250 a 500 ml ha-1 eleva a produtividade do cafeeiro, provavelmente devido ao maior pegamento da florada. 56 Campo Experimental Izidoro Bronzi
EFEITO DE DOSES DE STIMULATE NO CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE CAFEEIRO ESQUELETADO. INTRODUÇÃO: Neste trabalho objetivou-se avaliar a aplicação do fitohormônio Stimulate em cafeeiro esqueletado, visando o maior crescimento dos ramos e consequentemente o aumento da produtividade. O ensaio foi instalado no Campo Experimental Izidoro Bronzi, pertencente a ACA (Associação dos cafeicultores de Araguari, MG), utilizando a cultivar Catuaí Vermelho IAC 62, com 12 anos de idade, plantada no espaçamento 3,7 x 0,7 m, esqueletada em outubro de 2010. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro repetições. Utilizou-se parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais, úteis para as avaliações. Os tratamentos estudados foram: T1: Testemunha; T2: Programa foliar Stoller (quatro aplicações de micronutrientes quando os ramos plagiotrópicos apresentaram 5 a 10; 10 a 15; 15 a 20 e mais de 20 cm); T3: Idem ao T2 mais 0,1% de Stimulate; T4: Idem ao T2 mais 0,2% de Stimulate; T5: Idem ao T2 mais 0,3% de Stimulate; T6: Idem T2 mais 0,4% de Stimulate. Utilizou-se o volume de calda de 50; 75; 100 e 200 L ha-1, nas quatro aplicações, respectivamente. Gráfico 13. Comprimento dos ramos do cafeeiro nos períodos de 0 a 6 meses e 7 a 18 meses em função de doses crescentes de Stimulate em cafeeiro recém esqueletado, Araguari, MG.
Comprimento dos ramos (cm)
60
7 a 18 meses
0 a 6 meses
50 40 30 20 10 0 Testemunha Padrão Stoller (S)
S + 0,1% Stimulate
S + 0,2% Stimulate
S + 0,3% Stimulate
S + 0,4% Stimulate
Tabela 13. Número de nós do cafeeiro nos períodos de 0 a 6 meses e 7 a 18 meses em função de doses crescentes de Stimulate em cafeeiro recém esqueletado, Araguari, MG. Número de nós T S S + 0,1% S + 0,2% S + 0,3% S + 0,4% 0 a 6 meses 6,0 9,0 9,0 7,0 10,0 13,0 7 a 18 meses 9,0 15,5 13,2 12,7 14,2 10,5 Boletim Técnico nº 5
57
No período inicial a dose de 0,4% de Stimulate aplicada juntamente com o padrão Stoller promoveu os melhores resultados na biometria do cafeeiro. No segundo período (7 a 18 meses) todas as concentrações testadas de Stimulate foram superiores à testemunha.
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 14. Produtividade do cafeeiro, média de duas safras, em função de doses crescentes de Stimulate em cafeeiro recém esqueletado, Araguari, MG. 60
CV = 20,07%
50
45,4 ab
43,7 ab
45,3ab
S
S + 0,1%
S + 0,2%
49,9 ab
51,2 a
S + 0,3%
S + 0,4%
40 31,6 b 30 20
10 0 T
Tabela 14. Produtividade do cafeeiro das safras de 2011 e 2012 em função de doses crescentes de Stimulate em cafeeiro recém esqueletado, Araguari, MG. Produtividade (sacas ben. haT S S + 0,1% S + 0,2% S + 0,3% S + 0,4% 1) 2011 52,1 b 66,9 abc 67,3 ab 71,3 a 82,1 a 87,0 a 2012 11,1 b 24,0 a 20,2 a 19,3 a 17,7 a 16,5 a
Conclusões: · A aplicação do Stimulate sobre os ramos plagiotrópicos do cafeeiro recém esqueletado promove maior crescimento culminando em maior produtividade, notadamente quando se utiliza a maior concentração testada (0,4%).
58 Campo Experimental Izidoro Bronzi
RECOMENDAÇÕES: 1 - Para Humusan: -1 Recomenda-se a aplicação de Humusan durante a formação da lavoura na dose de 80,0 L ha , aplicado no plantio e nos 1º e 2º anos da lavoura objetivando substituir parcialmente o esterco de galinha ou de curral. 2 – Para Acadian: -1 Recomenda-se a aplicação de Acadian, aplicado via solo, na dose de 2,0 L ha , associado à -1 pulverizações, do mesmo, de outubro a março na dose de 1,2 L ha . 3 – Para Sturdy: A aplicação do Sturdy objetivando a substituição de fontes solúveis de fósforo deve ser realizada na dose de 20,0 L ha-1, com possíveis variações de acordo com a análise de solo. 4 – Para Humakelp e Fugimax: Os produtos comerciais Humakelp e Fugimax devem ser utilizados em quatro parcelamentos -1 de 5,0 L ha , de cada vez, no sistema de irrigação, nos períodos de outubro a março. 5 – Para Penergetic: A utilização de Penergetic deve ser na dose 600 g ha-1 (Penergetic K), aplicado via solo, e mais -1 três aplicações, via foliar de 200 g ha (Penergetic P), no período de outubro a dezembro, com possíveis variações a depender dos teores de K e P no solo. 6 – Para Fertiactyl pós: Para qualquer nível de fito-toxidez recomenda-se a aplicação de 1,0 L ha-1 de Fertiactyl pós. Deve-se repetir a aplicação cerca de 25 a 30 dias depois da primeira. 7 – Para o composto orgânico Valoriza: O composto orgânico Valoriza deve ser utilizado na dose de 4,0 t ha-1, aplicado de uma única vez, associado à adubação mineral reduzida de acordo com os teores nutricionais contidos no composto. 8 – Para o adubo orgânico Bacsol: O adubo orgânico Bacsol e Orgasol deve ser utilizado em associação com a adubação mineral convencional. 9 – Para Raizal e K-Tionic: Os produtos comerciais Raizal e K-Tionic deve ser utilizados nas concentrações de 0,5%, na ausência ou presença de matéria orgânica, desde o plantio do cafeeiro. 10 – Para cinza de forno de olaria: -1 A cinza de forno pode ser utilizada no plantio do cafeeiro, em dose de até 12,0 t ha , dependendo da procedência do carvão e de seus respectivos teores nutricionais. 11 – Para o Comet no vigor do cafeeiro: Recomenda-se a aplicação de Comet, desde o plantio do cafeeiro, na concentração de 0,4% v.v visando maior crescimento e produtividade do cafeeiro. 12 – Para o fertilizante foliar Byozime: Recomenda-se a aplicação do Byozime nos períodos de pré e pós florada, nas doses de 250 a -1 500 ml ha . 13 – Para o Stimulate em café esqueletado: O Stimulate deve ser aplicado na concentração de 0,4% em café esqueletado, utilizando -1 vazões de 50,0; 75,0; 100,0 e 200,0 L ha , respectivamente nos períodos que os ramos estiverem com 5 a 10, 10 a 15, 15 a 20 e mais de 20 cm. Boletim Técnico nº 5
59
2.3. Fitossanidade do cafeeiro - Doenças Este capítulo reúne experimentos com duas e quatro safras sobre os tratamentos fitossanitários. Alguns dos trabalhos contemplam o controle fitossanitário total, outros controles específicos.
60 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Programa fitossanitário Adama: O presente trabalho foi iniciado em 2012 no Campo experimental da ACA, Araguari, MG. Utilizou-se a Cultivar Catuaí Vermelho IAC 62, com 11 anos de idade, disposta no espaçamento 3,7 x 0,7 m. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais úteis para as avaliações. Os tratamentos encontram-se na Tabela 1. Foram avaliadas as doenças ferrugem (fevereiro a junho), cercosporiose nas folhas (fevereiro a junho) e dos frutos (fevereiro a maio) em porcentagem real de infecção. Também avaliou-se a incidência de bicho mineiro (folhas minadas com larvas vivas). Os resultados foram submetidos à análise de variância e, quando procedente, ao teste de Tukey, ambos a 5% de probabilidade.
Tabela 1. Descrição dos tratamentos. Tratamentos (Número e época aplicações) T1 – Testemunha T2 – 2 x 0,75 L ha-1 Azimut (pré e pós florada) + Pratico 2,5 L ha -1 (Nov) + 3 x Guapo 0,8 L ha-1 (Dez), 0,6 L ha-1 (Fev), 0,6 L ha-1 (Abr) + 1,0 L ha-1 Nimbus T3 – 2 x 0,75 L ha-1 Azimut (pré e pós florada) + Pratico 2,5 L ha -1 (Nov) + 3 x Guapo Ultra1 0,8 L ha-1 (Dez), 0,8 L ha1 (Fev), 0,6 L ha-1 (Abr) + 1,0 L ha-1 Nimbus T4 – 2 x 0,75 L ha-1 Azimut (pré e pós florada) + Pratico 2,5 L ha -1 (Nov) + 3 x Guapo Ultra1 1,0 L ha-1 (Dez), 0,8 L ha1 (Fev), 0,8 L ha-1 (Abr) + 1,0 L ha-1 Nimbus T5 – 2 x 100 g Amistar (pré e pós florada) + Verdadero 1,0 kg ha-1 (Nov) + 3 x PrioriXtra 0,75 L ha-1 (Dez), 0,5 L ha-1 (Fev), 0,5 L ha-1 (Abr) + 1,0 L ha-1 Nimbus T6 – 2 x 1,0 L ha-1 Nativo (pré e pós florada) + 3,0 L ha-1 Premier Plus (Nov) + 3 x Sphere Max 0,4 L ha-1 (Dez), 0,3 L ha-1 (Fev), 0,3 L ha-1 (Abr) + 1 L ha-1 Aureo T7 – 2 x 150 g ha-1 Cantus (pré e pós florada) + Pratico 2,5 L ha-1 (Nov) + 3 x Opera 1,5 L ha-1 (Dez), 1,0 L ha-1(Fev), 1,0 L ha-1 (Abr) T8 – 2 x 150 g ha-1 Cantus (pré e pós florada) + Pratico 2,5 L ha-1 (Nov) + 3 x Aproach Prima 0,5 L ha -1 (Dez), 0,5 L ha-1(Fev), 0,5 L ha-1(Abr) + 1 L ha-1 Nimbus T9 – 2 x 0,75 L ha-1 Azimut (pré e pós florada) + Pratico 2,5 L ha -1 (Nov) + 3 x Guapo 0,6 L ha-1 (Dez), 0,6L ha-1 (Fev), 0,6L ha-1 (Abr) + 1L ha-1 Nimbus 1
Guapo Ultra (MIL FF 0453/09) – produto em fase de registro: RET 114412, vencimento 03/02/2015 – fase 3.
Boletim Técnico nº 5
61
Gráfico 1. Incidência de bicho mineiro, ferrugem e cercosporiose (%) no cafeeiro, média de duas safras, em função dos tratamentos fitossanitários estudados, Araguari, MG. 50 45
T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
T9
43,5
40
Incidência (%)
35
28,7
30 25 20 15 10
5,2 5
1,5 0,7 0,7 2
2,7
10 9,510,2 9,2 8,2 7,2 6,7
1,2 1,7 1
8 1 1 0,7
2,5
1,2 2 2,2 1,7
0
Ferrugem
Cercosporiose
Bicho Mineiro
Tabela 2. Produtividade, média de duas safras, 2013 e 2014, do cafeeiro em função dos tratamentos fitossanitários estudados, Araguari, MG. Tratamentos Produtividade
T1 25,7 b
T2 44,5 a
T3 31,0 ab
T4 48,0 a
T5 34,5 ab
T6 44,2 a
T7 35,0 ab
T8 44,3 a
T9 40,0 a
Conclusões: ·
Os tratamentos estudados que utilizaram os produtos Adama comportaram-se similarmente aos padrões Basf, Bayer e Syngenta.
62 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Programa fitossanitário Dupont: No presente trabalho, iniciado em 2011 no Campo Experimental Izidoro Bronzi, ACA, Araguari, MG, procurou-se determinar quais as melhores combinações de fungicidas (estrobirulina, triazol e cobre) e inseticidas (Altacor - Rynaxypyr e Benevia Cyazypyr) no controle e combate às principais pragas e doenças do cafeeiro. Foram estudados 11 tratamentos conforme descrição nasTabelas 1 e 2, sob delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições e parcelas de 30 plantas sendo úteis, as seis centrais. Utilizou-se a cultivar Topázio, com 10 anos, plantado no espaçamento 3,7 x 0,7 m, em solo LVA. Avaliou-se a incidência das pragas e doenças e os valores foram transformados em porcentagem. Os demais tratos nutricionais e culturais seguem as recomendações do MAPA/Procafé para a região. Os tratamentos estudados foram:
Tabela 1.Descrição dos tratamentos, Araguari, MG, 2014. T1 – Testemunha T2 - Aproach Prima 3 apli. (0,75 – 0,5 – 0,5 L ha -1) + 2,0 L ha-1 DPX-HGW86 20% + 1,7 L Benevia T3 - Aproach Prima 3 apli. (0,5 – 0,5 – 0,5 L ha-1) + 2,0 L ha -1 DPX-HGW86 20% + 1,7 L Benevia T4 – Idem T2 + Kocide 3 apli. de 1,7 kg ha-1 juntamente com o Aproach Prima T5 - Idem T3 + Kocide 3 apli. de 1,7 kg ha-1 juntamente com o Aproach Prima T6 - Idem T2 + Kocide 3 apli. de 1,7 kg ha-1 intercalado com o Aproach Prima T7 - Idem T3 + Kocide 3 apli. de 1,7 kg ha-1 intercalado com o Aproach Prima T8 – Opera + Assist 3 apli. de (1,0 e 1,0 L ha -1) + Endossulfan 2,0 L ha -1 + Altacor 90 g ha-1 T9 - Opera + Assist + Tutor 3 apli. de (1,0 e 1,0 L ha -1 e 1,5 kg ha-1) + Endossulfan 2,0 L ha -1 + Altacor 90 g ha-1 T10 – Aproach Prima 3 apli. (0,5 L ha -1) sendo a ultima associada com Picoxystrobina 0,4 L ha-1 + 2,0 L ha-1 DPX-HGW86 20% + 1,7 L Benevia T11 - Opera + Assist + Tutor 3 apli. de (1,0 e 1,0 L ha -1 e 1,5 kg ha-1) sendo a ultima associada com Comet 0,5 L ha -1 Endossulfan 2,0 L ha-1 + Altacor 90 g ha-1
Gráfico 1. Incidência de broca (% de frutos com brocas vivas), e bicho mineiro (% de folhas minadas com larvas vivas), Araguari, MG.
broca e bicho mineiro (%)
60
54
T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
T9
T10
T11
50 41,8
40 30 20 CV = 30,49% 10
3,5 4 4 3,8 4 3,3 3,3 4,5 3,5 4,5
CV = 48,12% 1,5 1,8 1,5 1,8 1,8 1,3 2 1,8 1,8 1,3
0 Broca
Bicho mineiro
Boletim Técnico nº 5
63
Gráfico 2. Incidência de ferrugem e cercosporiose nas folhas e nos frutos em função dos tratamentos fitossanitários estudados, Araguari, MG.
90
T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
T9
T10
T11
79,7
80 70
63,5
(%)
60 50
CV = 15,58%
40
31,2 27,8 27,2 26,8 22,8 23 21,8 19 17 19
30 CV = 28,84%
20
8,25 3,75 6 3,25 3,25 5 4,5 3,75 3,5 2,5
10
CV = 22,5%
28,3
7,86,8
4 4 2,31,84,32,5 3 1,8
0 Ferrugem
Cercosporiose nas folhas
Cercosporiose nos frutos
Tabela 2. Produtividade do cafeeiro em função dos tratamentos fitossanitários estudados, Araguari, MG, 2014. Tratamentos Produtividade
T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
T9
T10
T11
16, 7c
44,4 ab
41,4 b
44,3 ab
45,3 ab
58,2 a
51,8ab
48,3ab
50,1ab
52,0ab
50,8ab
Conclusões: ·
·
O Aproach Prima controlou a ferrugem de forma eficiente. Quando alternado com a aplicação de Kocide mostrou-se mais eficiente no controle da cercosporiose nas folhas e nos frutos. O DPX 20% e o Benevia são altamente eficientes no controle da broca do café e do bicho mineiro.
64 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Programa fitossanitário Arysta: O trabalho foi instalado no Campo Experimental Izidoro Bronzi, pertencente a ACA (Associação dos Cafeicultores de Araguari, MG. Utilizou-se a cultivar Topázio, plantada no espaçamento de 3,7 x 0,7 m, com 12 anos de idade. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Utilizou-se parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais, úteis para as avaliações. Tratamentos: · T1 – Testemunha · T2 – 1,5 L ha-1 de Opera, em dezembro, mais 1,0 l ha de Opera em fev./mar. · T3 – 1,2 L ha-1 de Envoy, em dezembro, mais 1,0 L ha de Envoy em fev./mar. · T4 - 1,2 L ha-1 de Envoy, em dezembro, mais 1,0 L ha de Envoy e 0,4 L ha-1 de Comet, em fev./mar. · T5 - 1,2 L ha-1 de Envoy, em dezembro, mais 1,0 L ha de Envoy e 1,2 L ha-1 de Kasumin em fev./mar. · T6 - 1,2 L ha-1 de Envoy, em dezembro, mais 1,0 L ha de Envoy e 1,0 L ha-1 de Belkute em fev./mar. · T7 - 1,2 L ha-1 de Envoy, em dezembro, mais 1,0 L ha de Envoy em fev./,ar. e no pós colheita. Gráfico 1. Incidência de ferrugem (%) nos cafeeiros, nas safras de 2010 a 2013, em função dos tratamentos fitossanitários estudados, Araguari, MG.
80 71,7
ferrugem (%)
70 60
2010
2011
2012
2013
3 3 4 1,7
3 3 3,7 2
3 1 0,5 0,2
3 3 4,71,2
T3
T4
T5
T6
53
50 40
33 33
30
20 10 2
4 3
1
1 1
4,7 4,7
0 T1
T2
T7
Boletim Técnico nº 5
65
cercosporiose nas folhas (%)
Gráfico 2. Incidência de cercosporiose nas folhas (%) nos cafeeiros, nas safras de 2010 a 2013, em função dos tratamentos fitossanitários estudados, Araguari, MG.
60 2010
52,5
2011
2012
2013
50 41,7
40
32 33,5
31,7 28
30
26,5 23
1818 17,517 14,5 14,5
20
22,5
19 16 11 11,5
10
16 12,5 9
15,9 12 13 6,5
8
5,5
0 T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
cercosporiose nos frutos (%)
Gráfico 3. Incidência de cercosporiose nos frutos (%) nos cafeeiros, nas safras de 2010 a 2013, em função dos tratamentos fitossanitários estudados, Araguari, MG. 45 40
38
2010
38,5
2011
2012
2013
35 30,5
30 24
25 20
19
19,7 16
15 9,7 11,7
10
16 14,9 13,7 12 11,2 10,1 10
14
16 13,2
14
12 10 10
16 12,3 10
6,1
5 0 T1
66 Campo Experimental Izidoro Bronzi
T2
T3
T4
T5
T6
T7
9,7
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 4. Produtividade dos cafeeiros, média de quatro safras, em função dos tratamentos fitossanitários estudados, Araguari, MG. 47,3 a
50 45
40,5ab
40
35,6b
37,3b
37,9b
36,7b
T6
T7
35 30 25
21,6c
20 15 10 5 0 T1
T2
T3
T4
T5
Conclusões: · ·
O programa fitossanitário Arysta mostrou-se eficiente no controle da ferrugem e cercosporiose das folhas e frutos do cafeeiro. O tratamento que associou a aplicação conjunta de Kasumin promoveu os melhores resultados.
Boletim Técnico nº 5
67
Programa fitossanitário Basf: Trabalho 1. EFEITO AGCELENCE DO BOSCALID, PYRACLOSTROBINA E EPOXICONAZOLE NO VIGOR, FITOSSANIDADE E PRODUTIVIDADE DO CAFEEIRO NO CERRADO MINEIRO. As estrobilurinas promovem efeitos revigorantes no cafeeiro, designados como efeitos Agcelence quando se procede ao controle fitossanitário do cafeeiro com boscalida, pyraclostrobina e epoxiconazole (Cantus, Comet e Opera). Como a Pyraclostrobina é o principal fungicida para o efeito Agcelence, neste trabalho combinou-se a mesma com o boscalida nas fases de pré e pós florada e com o Opera nas fases de chumbinho, verde sólido, e cereja, objetivando acréscimos na podudividade e manutenção do vigor dos cafeeiros. O ensaio foi instalado no Campo Experimental Izidoro Bronzi, ACA, Araguari, utilizando a Cultivar Catuaí Vermelho IAC 51, espaçada em 3,6 x 0,7 m, com idade de 9/10 anos, em solo LVA. A lavoura apresentava aspecto sofrível (depauperado) no momento anterior à instalação do experimento, em agosto de 2011. O modelo estatístico adotado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo úteis as seis centrais. Tratamentos: T1 – Testemunha T2 - Padrão Basf (2 aplicações de 180 g ha-1 Cantus na pré e pós florada mais 3 aplicações de 1,0 L há-1 de Opera em dez. fev. e abr. T3 - Idem 2 mais 250 ml de Comet na pré e pós florada T4 - Idem 2 mais 250 ml Comet nas cinco aplicações T5 - Idem 2 mais 500 ml Comet na pré e pós florada T6 - Idem 2 com 500 ml Comet nas cinco aplicações Gráfico 1. Incidência de Phoma/Ascochyta, nas safras de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG.
Phoma/Ascochyta (%)
30
T1
28
T2
T3
T4
T5
T6
25 20
18
17 15
15 10 5
7 7
8
5
5
5 2
3 1 1
0 2011
0
1
2012
2 2
3
4 4 2 2 2
2013
2014
Tabela 1. Incidência de Phoma/Ascochyta, nas safras de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Tratamentos T1 T2 T3 T4 T5 T6 Incidência média de Phoma/Ascochyta (%)
68 Campo Experimental Izidoro Bronzi
19,6
4,0
3,0
3,0
3,0
3,0
Gráfico 2. Incidência de Ferrugem, nas safras de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 80
T1
71
T2
T3
T4
T5
T6
Ferrugem (%)
70 60
53
51 50 40
31 30 20 10
3 4 4 3 5
0
1 2 2 1 0
1 2 2 0 1
4 4 3 3 4
2011 2012 2013 2014 Tabela 2. Incidência de Ferrugem, nas safras de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Tratamentos T1 T2 T3 T4 T5 T6 Incidência media de 52,0 2,1 3,0 2,8 1,8 3,0 Ferrugem (%)
Cercosporiose nos frutos (%)
Gráfico 3. Incidência de Cercosporiose nos frutos, nas safras de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 60
56
T1
T2
T3
T4
T5
T6
50 41 40 30
24
21 20 1212 10
18
15 9
8 1 2 0 0 0
0 2011
2012
10 9 5 4 2013
2
4
6 6 6
2014 Boletim Técnico nº 5
69
Gráfico 2. Incidência de Ferrugem, nas safras de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 80
T1
71
T2
T3
T4
T5
T6
Ferrugem (%)
70 60
53
51 50 40
31 30 20 10
3 4 4 3 5
0
1 2 2 1 0
1 2 2 0 1
4 4 3 3 4
2011 2012 2013 2014 Tabela 2. Incidência de Ferrugem, nas safras de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Tratamentos T1 T2 T3 T4 T5 T6 Incidência média 52,0 2,1 3,0 2,8 1,8 3,0 Ferrugem (%)
Cercosporiose nos frutos (%)
Gráfico 3. Incidência de Cercosporiose nos frutos, nas safras de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 60
56
T1
T2
T3
T4
T5
T6
50 41 40 30
24
21 20 1212 10
18
15 9
8 1 2 0 0 0
0 2011
2012
10 9 5 4 2013
2
4
6 6 6
2014
Tabela 3. Incidência de Cercosporiose nos frutos, nas safras de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Tratamentos T1 T2 T3 T4 T5 T6 Incidência média 35,0 8,0 5,0 5,0 7,0 4,0 Ferrugem (%) 70 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Gráfico 4. Incidência de Cercosporiose nas folhas, nas safras de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Cercosporiose nas folhas(%)
70 60
T1
65
T2
T3
T4
T5
T6
53
50 40
35
30 21 20
1516 14 13 13
15151416 12
8
10
4
19 15 13 1414
5 0 1
0
2011 2012 2013 2014 Tabela 4. Incidência de Cercosporiose nas folhas, nas safras de 2011 a 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Tratamentos T1 T2 T3 T4 T5 T6 Incidência media de 53,0 11,0 13,0 13,0 11,0 11,0 Ferrugem (%)
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 5. Produtividade do cafeeiro, média de quatro safras, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 60 50,6 a 50
45,9 a
52,8 a
52,4 a
T4
T5
43,6ab
40 30 21,2 b 20 10 0 T1
T2
T3
T4
Boletim Técnico nº 5
71
Gráfico 6. Porcentagem de frutos nos estádios: verde, cereja e seco, média de quatro safras, em função dos tratamentos fitossanitários estudados, Araguari, MG. 80
T1
T2
T3
T4
T5
Maturação dos frutos (%)
70
60
T6 70
53
50
41 43
40
47
33
30 20 21
20
44
30 31
24 24 25
25 18
16
11 10 0
Verde
Cereja
Seco
Conclusões: · ·
A associação de Cantus, Comet e Opera é altamente benéfica promovendo maior produtividade, controle de doenças fúngica nas folhas e frutos. Os produtos elevaram a porcentagem de frutos cerejas nas plantas, otimizando a qualidade do café, além de aumentar o tempo hábil para colher café cereja.
72 Campo Experimental Izidoro Bronzi
UTILIZAÇÃO DO FITOFOS-K PLUS ASSOCIADO AO COBRE WISER NO CONTROLE DA FERRUGEM E CERCOSPORIOSE DO CAFEEIRO. O presente trabalho foi instalado no Campo Experimental Izidoro Bronzi, pertencente ao acordo ACA - Fundação Procafé, em Araguari, MG, com início em Agosto de 2009. No ensaio utilizou-se da Cultivar Catuaí Vermelho IAC-51, irrigado por gotejamento no espaçamento de 3,70 x 0,7m, com dez anos de idade, sobre solo LVA, na altura de 920 m e declividade média de 2%. O delineamento estatístico foi o de blocos ao acaso com seis tratamentos e quatro repetições, em parcelas de 24 plantas sendo úteis as seis centrais. Os tratamentos foram compostos por uma testemunha e outros cinco tratamentos utilizando Ópera, FitofosK-Plus e Cobre Wiser em diferentes associações detalhadas na tabela 1. Suas aplicações foram parceladas nos meses de Dezembro, Fevereiro e Abril. Os tratos nutricionais, culturais e fitossanitários foram iguais em todos os tratamentos de acordo com recomendações vigentes do MAPA/Procafé para a região. Tabela 1. Descrição dos tratamentos: T1- Testemunha T2- Ópera (1 L ha-1) T3- Ópera (1 L ha-1) mais FitofosK-Plus (2,0 L ha-1) T4- FitofosK-Plus (2 L ha-1) T5- Ópera (1 L ha-1) mais Cobre Wiser (1,0 L ha-1) T6- Cobre Wiser (1,0 L ha-1) Gráfico 1. Incidência de ferrugem, cercosporiose nas folhas e nos frutos, média de três safras, em função dos tratamentos fitossanitários estudados, Araguari, MG. 50 doenças (%)
45
T1
44c
T2
T3
T4
35
29 c
30 25
21b 16,3b 13b
15 10 5
T6
38,6 c
40
20
T5
a a 2,6 2,3
a a 9,3 8
a 10,3a 8
b 18 b 15 a
a 10,310 9,3 a
c 1,6
0 Ferrugem
Cercosporiose das folhasCercosporiose dos frutos
Conclusões: · ·
Tanto o Fitophos-K-plus quanto o Cobre Wiser auxiliaram, conjuntamente, no controle das doenças do cafeeiro. Este fato ocorreu principalmente para a cercosporiose nos frutos.
Boletim Técnico nº 5
73
CONTROLE DA PHOMA-SP UTILIZANDO O PRODUTO COMERCIAL NATIVO (20% TEBUCONAZOLE + 10% TRIFLOXISTROBINA). O ensaio foi instalado em Outubro de 2011 no Campo Experimental Izidoro Bronzi da ACA em Araguari/MG, em cultivar Catuai Vermelho IAC-62, no espaçamento 3,60 x 0,60m, com 10 para 11 anos de idade. As aplicações foram realizadas em 10/11/11 e após florada principal em 20/11/12. O desenho experimental adotado foi de blocos ao acaso com três repetições e parcelas de 30 plantas sendo uteis as oito centrais. Os tratamentos estudados acham-se discriminados na Tabela 1. A primeira avaliação foi realizada 30 dias após a 1ª aplicação e a segunda foi após a 2ª aplicação, e após 30 dias a terceira e assim por diante até fevereiro. Para os frutos avaliou-se o aspecto de “mumificação” em janeiro. Para folhas amostrou-se 50 pares do 1º e 2º internódios e para os frutos, avaliaram se 50 por parcela em ramos marcados nas 1ª e 3ª rosetas. Também foram avaliadas as produtividades das safras de 2012 e 2013. Para outras doenças (ferrugem e cercosporiose) realizou-se 3 aplicações com Sphere Max na dose de -1 0,45 L ha em todos os tratamentos. Tabela 1.Tratamentos: T1 Testemunha T2 Padrão 1 – Cantus 180 g ha-1 T3 Padrão 2 – Folicur 0,5 L ha-1 + Rovral 0,5 L ha-1 T4 Nativo 1,0 L ha-1 T5 Rovral 0,5 L ha-1 mais 1,0 L ha-1 de Nativo mais 0,5 L ha-1 de Folicur T6 Rovral 0,5 L ha-1 mais Nativo 0,5 L ha-1 T7 Rovral 0,25 L ha-1 mais Nativo 0,25 L ha-1 Gráfico 1. Incidência de Phoma/Ascochyta e porcentagem de frutos chumbinho mumificados, média de duas safras, em função dos tratamentos fitossanitários estudados, Araguari, MG. 14 Incidência de Phoma 12
11,6 Mumificação de chumbinho (abril)
10 (%)
8 5,6
6 4
3,6 1,3
2,6
1
1,3
1,3
1,3
T4
T5
3
3,6
1,6
2 1
0
T1
T2
74 Campo Experimental Izidoro Bronzi
T3
2
T6
T7
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 2. Produtividade do cafeeiro, média de duas safras em função dos tratamentos fitossanitários estudados, Araguari, MG. 46,55
50 45
46,8 41,15
38,25
T3
T4
45,55
44,75
40 35 30 25 20
20,1
15 10 5 0 T1
T2
T5
T6
T7
Conclusões: · · ·
Todos os tratamentos foram eficientes no controle da Phoma sp das folhas e mumificação dos frutos. O Nativo substitui com igual eficiência os padrões usuais como boscalida (cantus) e/ou tebuconazole mais iprodione (Folicur + Rovral). Não é necessária a mistura do Iprodione (Rovral) ao Nativo.
Boletim Técnico nº 5
75
RECOMENDAÇÕES:
1.
A utilização do Fitophos-K-Plus e do Cobre Wiser nas doses de 1,0 Lha-1 são recomendadas para auxiliar o controle das doenças do cafeeiro.
2.
O programa Adama para controle de doenças e pragas do cafeeiro (ferrugem, cercosporiose e bicho mineiro) é recomendado para o controle fitossanitário do cafeeiro utilizando as dosagens e o posicionamento discriminados no experimento.
3.
A associação de Cantus com Comet e Opera é recomendada para que as plantas do cafeeiro obtenham maior vigor, além da eficácia no controle fitossanitário e da elevação da produtividade. Outro efeito benéfico mensurado no experimento foi o aumento da porcentagem de frutos no estádio de maturação cereja. Deve-se utilizar em todas as aplicações 180 g ha-1 de Cantus, 250 a 500 ml ha-1 de Comet, conforme a incidência de cercosporiose e 1,0 L ha-1 de Ópera.
4.
O Nativo apresentou elevada eficácia no controle da Phoma/Ascochyta do cafeeiro quando utilizado na dose de 1,0 L ha-1, aplicados nos períodos de pré e pós florada e na fase de chumbinho. A aplicação na fase de chumbinho é recomendada somente em regiões com maior pressão de Phoma/Ascochyta, geralmente lavouras situadas em maiores altitudes e aonde ocorre grande exposição de ventos nas plantas.
5.
O programa Dupont é recomendado para o controle das principais pragas e doenças do cafeeiro. Para tanto deve-se utilizar três aplicações de 0,5 L ha-1 de Aproach Prima (dez./jan; jan./fev. e mar./abr.), além de 1,7 kg ha-1 de Kocide, intercalado com as pulverizações de Aproach, e de Benevia (1,75 L ha-1) em dezembro e fevereiro.
6.
Recomenda-se o programa Arysta para o controle das doenças do cafeeiro utilizando duas aplicações de 1,2 L ha-1 de Envoy associado a 0,4 L ha-1 de Comet, e em regiões com elevada incidência de mancha aureolada, a adição de 1,2 L ha-1 de Kasumin ao programa.
76 Campo Experimental Izidoro Bronzi
2.4. Tratos culturais INTRODUÇÃO: Com relação aos tratos culturais do cafeeiro, foram conduzidos, no período de 2009 a 2014, dois trabalhos utilizando o herbicida Goal, objetivando a redução da demanda de mãode-obra para a realização da capina manual no período de pós-plantio. Realizou-se um experimento utilizando o inibidor de fito-toxidez “Fertiactyl pós” em plantas intoxicadas por herbicida aplicado diretamente nelas, objetivando avaliar sua influência no desenvolvimento das plantas após contaminação com herbicida. Fez-se também um trabalho de subsolagem utilizando de uma a quatro hastes e de uma a duas repetições da operação, objetivando a descompactação do solo. Os mesmos foram desenvolvidos no Campo Experimental Izidoro Bronzi – ACA (Associação dos Cafeicultores de Araguari, MG). Os trabalhos de subsolagem e do Fertiactyl pós foram conduzido em lavoura de Catuaí Vermelho IAC 51, plantada no espaçamento 3,7 x 0,7 m, com 13 anos de idade. Os trabalhos de herbicida foram realizados em lavoura de Catuaí Vermelho IAC 144, recém-plantada no espaçamento de 4,0 x 0,5 m. As lavouras foram implantadas em Latossolo Vermelho Amarelo, na altitude de 933 m e declividade de 3%.
Boletim Técnico nº 5
77
Para o experimento da subsolagem: Os tratamentos estudados foram: T1: Testemunha; T2: Subsolagem com uma haste; T3: Subsolagem com duas hastes; T4: Subsolagem com três hastes; T5: Subsolagem com quatro hastes. Houve uma subdivisão das parcelas com a repetição da subsolagem em todos os tratamentos, procedida em 2011 (subsolagem bianual). Dessa forma tem-se uma testemunha, quatro tipos de subsolagem realizadas em 2009 e quatro tipos de subsolagem realizadas em 2009 e repetida em 2011. Os mesmos foram dispostos no delineamento experimental de blocos ao acaso em parcelas de 30 m, sendo úteis as dez centrais. O ensaio foi conduzido por quatro safras avaliando a produtividade dos cafeeiros. A seguir encontramse as produtividades médias de 2011 a 2014 correspondentes aos tratamentos de subsolagem realizados em 2009.
Gráfico 1. Produtividade do cafeeiro em função do tipo de subsolagem realizada, Araguari, MG.
Produtividade (sacas ben./ha)
70
62,4a
CV = 22,4%
56,4 b
60 49,9 bc
49,6bc
50 41c 40 30 20 10 0 Testemunha
1 haste
2 hastes
3 hastes
4 hastes
Tabela 1. Produtividade do cafeeiro de 2011 a 2014 em função do tipo de subsolagem realizada, Araguari, MG. Tratamentos Produtividade Testemunha 1 haste 2 hastes 3 hastes 4 hastes 2011 28,8 43,3 48,5 57,6 61,7 2012 72,3 87,1 93,3 63,9 76,1 2013 14,0 25,5 50,2 25,4 36,2 2014 48,9 32,5 57,6 52,7 51,6
78 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Para os experimentos de herbicida no plantio do cafeeiro: No ensaio Nº 1, foram avaliados os tratamentos: T1: Testemunha com capina manual; T2: Goal (2,0 L ha-1); T3: Goal (4,0 L ha-1); T4: Goal (8,0 L ha-1) aplicados após o plantio, em jato dirigido evitando atingir as folhas do cafeeiro; T5: Goal (8,0 L ha-1) aplicado antes e depois do plantio das mudas sem a lavagem das mudas; T6: Goal (8,0 L ha-1) aplicado por cima das mudas e com posterior lavagem imediata utilizando 300,0 ml planta-1 de água; T7: Cobertura do solo com plástico de silo nas duas faixas do cafeeiro (0,8 m de cada lado da linha do café); T8: Cobertura do solo com plástico poroso de jardim nas duas faixas do cafeeiro. Nos dois experimentos, os tratamentos foram delineados em blocos ao acaso com quatro repetições, em parcelas de 27 plantas, sendo as nove centrais úteis para as avaliações. Os ensaios foram conduzidos em uma única safra onde se avaliou no ensaio Nº1 a biometria do cafeeiro (altura das plantas, diâmetro do caule e da copa, número de ramos, comprimento do ramo da base e número de internódios do ramo da base). No ensaio Nº 2, avaliou-se a produtividade, sintomas de fitotoxidez e tempo para a capina manual. Gráfico 2. Biometria do cafeeiro em função dos tipos de controle do mato realizados, Araguari, MG. 60 50,6
Altura 53
Biometria (cm)
50
Diâmetro do caule
49,8
50,7
50,1
46,7
44,3 39,4
40 30
Diâmetro da copa
35,9
35,8
33,7
33,5
31,2
29,4
32
31,9
20 10 2,9
2,8
2,8
3,1
3
3
2,9
2,7
0 T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
Tabela 2. Biometria do cafeeiro (número de ramos, comprimento do ramo da base, número de internódios do ramo da base), Araguari, MG. Tratamentos Biometria Número de ramos Comprimento do ramo da base (cm) Número de internódios do ramo da base
T1 7,1
T2 10,5
T3 10,8
T4 10,3
T5 10,2
T6 10,0
T7 10,2
T8 10,2
12,7
12,1
15,4
12,9
12,0
13,2
11,2
12,3
4,4
5,2
5,4
4,5
5,3
4,8
4,3
4,6
Boletim Técnico nº 5
79
Conclusões: -1 · Pode-se utilizar dose elevada de Goal (8,0 L ha ) aplicado por cima das plantas em faixa de 1,60 m desde que se lave as plantas imediatamente após a aplicação. · O plástico de silo impede a realização de tratos nutricionais e não deve ser utilizado, a não ser que se proceda a uma abertura no centro das duas faixas do cafeeiro para as adubações. No ensaio Nº 2 foram estudadas doses crescentes de Goal na ausência e presença da posterior lavagem das mudas com água, utilizando dois volumes. Os tratamentos foram: T1: -1 -1 Testemunha; T2: Goal (2,0 L ha ) aplicado em jato dirigido; T3: Goal (2,0 L ha ) mais lavagem -1 das mudas após a aplicação do herbicida, utilizando 250 ml planta de água; T4: Goal (2,0 L ha 1 -1 ) mais lavagem das mudas após a aplicação do herbicida, utilizando 500 ml planta de água; -1 T5: Goal (4,0 L ha ) mais lavagem das mudas após a aplicação do herbicida, utilizando 250 ml -1 -1 planta de água; T6: Goal (4,0 L ha ) mais lavagem das mudas após a aplicação do herbicida, -1 -1 utilizando 500 ml planta de água; T7: Goal (8,0 L ha ) mais lavagem das mudas após a -1 -1 aplicação do herbicida, utilizando 250 ml planta de água; T8: Goal (8,0 L ha ) mais lavagem -1 das mudas após a aplicação do herbicida, utilizando 500 ml planta de água. Todas as aplicações do Goal foram realizadas antes do plantio em faixa de 1,6 m (dois lados da linha do café).
Gráfico 3. Produtividade do cafeeiro em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 100
91,6 88,9
90 86,4
84 80
83,2 78,2
79
78,2
T7
T8
70 T1
T2
T3
T4
T5
T6
Tabela 3. Nota de 0 a 5 para sintomas de fito-toxidez e tempo (h) para a realização de nova capina manual. Variável Sintomas de fito-toxidez Tempo para capina manual (h) 80 Campo Experimental Izidoro Bronzi
T1 0 22
T2 1 34
Tratamentos T3 T4 T5 T6 1 0 1 0 39 40 63 68
T7 1 87
T8 1 85
Conclusões: -1 · Pode-se utilizar até 8,0 L ha de Goal aplicado em faixa de 1,6 m (0,8 m de cada lado da linha do café) sem que haja redução na produtividade do cafeeiro, desde que as plantas -1 sejam lavadas imediatamente utilizando volume de calda de 250 a 500 ml planta . · Quanto maior a dose de Goal aplicado, maior é o tempo de retorno para proceder a capina manual, chegando a até 87 dias após a aplicação. Outras dosagens e modos de aplicação serão testados no presente trabalho para o experimento de influência do Fertiactyl na fito-toxidez do cafeeiro: Neste experimento foram avaliados 16 tratamentos, em esquema fatorial 5 x 3 + 1, sendo cinco doses crescentes de Glyphosate, aplicado diretamente sobre as plantas de café -1 (0,25; 0,50; 1,0; 2,0 e 4,0 L ha ) , três formas de aplicação de Fertiactyl pós (ausência; -1 -1 aplicação de 1,0 L ha de Fertiactyl pós juntamente com o Glyphosate e aplicação de 1,0 L ha de Fertiactyl pós após a aplicação do herbicida), além de uma testemunha. As avaliações de nota de sintomas de fito-toxidez foram realizadas 30 dias após a aplicação dos tratamentos. Avaliou-se a produtividade em Julho de 2014. As notas de maior sintoma de fito-toxidez (grau 1), ocorreram após a aplicação de 4,0; -1 -1 2,0 e 1,0 L ha de Glyphosate, de grau 2 com 0,5 L ha de Glyphosate, de grau 4 com 0,125 L -1 ha de Glyphosate. Com a adição conjunta de Fertiactyl pós, as notas foram de 2; 3; 3; 4 e 5, e com a adição posterior de Fertiactyl pós, as notas foram de 4; 4; 5; 5 e 5.
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 4. Produtividade do cafeeiro em função da aplicação de doses crescentes de Glyphosate diretamente nas plantas, na ausência e na presença conjunta ou posterior de Fertiactyl pós, Araguari, MG. 90
80,9
81,8
78,7
80 70
7777,378,1 74,2
67,2
64,1
Dose de Glyphosate (L/ha)
56
60 45,947 38,9
50 39
40
4
29,8 27,2
30
2 1
20
0.5
10
0.25
0 Testemunha
Ausência de Fertiactyl pós Fertiactyl pós após Fertiactyl pós juntamente com o o Glyphosate Glyphosate
Tabela 4. Notas de sintomas visuais de fito-toxidez (0 a 5) em função da aplicação de doses crescentes de Glyphosate diretamente nas plantas, na ausência e na presença conjunta ou posterior de Fertiactyl pós, Araguari, MG. Notas
T1 5
T2 1
T3 1
T4 1
T5 2
T6 4
T7 2
T8 3
T9 3
T10 T11 4 5
T12 4
T13 4
T14 5
T15 5
T16 5
Boletim Técnico nº 5
81
Conclusões: · ·
A aplicação de Fertiactyl pós reduz significativamente os sintomas de fitotoxidez, principalmente nas menores doses de Glyphosate aplicadas. A aplicação posterior de Fertiactyl pós é a forma mais indicada de utilização do produto, pois reduz mais acentuadamente a influência da fitotoxidez na produtividade do cafeeiro.
82 Campo Experimental Izidoro Bronzi
2.5. Podas do cafeeiro: Este capítulo contempla os resultados finais dos trabalhos de podas realizados no Campo Experimental com o intuito de renovar as lavouras com a melhor relação custo/beneficio possível. As podas na lavoura cafeeira são realizadas com o intuito de reforma do cafezal, limitação da altura das plantas, desenvolvimento da saia do café e eliminação de ramos ladrões. Elas variam quanto ao tipo, podendo ser recepa, esqueletamento, decote, desbrota ou a associação entre elas. Sua prática é realizada conforme a altura do corte dos ramos ortotrópicos e lateralmente dos plagiotrópicos, e a condução de suas brotações. A poda em função do sistema de condução da lavoura (sequeiro ou irrigado), da própria planta (vigor vegetativo, estado nutricional), condições edafoclimáticas (temperatura média, precipitação e etc.) e do tipo de solo (características físicas, químicas e biológicas) apresentam diferentes respostas vegetativas/produtivas no cafeeiro.
Boletim Técnico nº 5
83
ÉPOCA DE PODA POR ESQUELETAMENTO COM E SEM DEBROTAS EM CAFEZAL DEPAUPERADO NAS CONDIÇÕES DE SOLO-CLIMA DO CERRADO DE ARAGUARI, MG. O presente trabalho foi instalado no Campo Experimental Izidoro Bronzi, pertencente ao acordo ACA - Fundação Procafé, em Araguari, MG, com início em Agosto de 2009. Objetivou-se no mesmo determinar a melhor época de realização da poda por esqueletamento e o tipo de condução com e sem desbrotas. No ensaio utilizou-se da Cultivar Catuaí Vermelho IAC-51, no espaçamento de 3,70 x 0,7m, com 10 de idade, sobre solo LVA, irrigado por gotejamento. O esqueletamento foi realizado com corte (decote) na altura de 2,0 m e corte dos ramos laterais 25 a 30 cm do tronco às extremidades, uniformemente, não em formato de “pinheiro”. A condução foi feita em parcelas sem desbrotas e em parcelas com quatro desbrotas que eram realizadas quando os ramos plagiotrópicos atingiam 20 a 25, 30 a 35, 45 a 50 e 60 a 70 cm de comprimento. Nestas épocas, foram tirados todos os ramos ortotrópricos ladrões. Os tratos fitossanitários, nutricionais e culturais seguiram as recomendações vigentes da Fundação Procafé para a região. O delineamento experimental adotado foi de blocos ao acaso com três repetições em parcelas de 24 plantas, sendo uteis as 6 centrais. As avaliações constaram das três primeiras produções após o esqueletamento (2011, 2012 e 2013), e seus dados passaram pelo teste Tukey a 5% de probabilidade afim de verificar sua significância.
Com desbrota
Sem desbrota
Tabela 1 – Resultado de produção em cafeeiros esqueletados em diferentes épocas em condução de com e sem desbrota. Produção (Sacas de café beneficiadas ha-1) Tratamentos Média de três safras Agosto Setembro Outubro Novembro Média Agosto
42,2 a 44,4 a 40,5 ab 35,3 b 40,6 41,9 a
Setembro
41,5 a
Outubro
38,7 ab
Novembro
33,0 b
Média
38,7
*Tratamentos seguidos das mesmas letras nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
84 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Gráfico 1. Produtividade do cafeeiro, média de três safras, em função dos tipos de podas realizadas, Araguari, MG.
Produtividade (sacas ben./ha)
a 45
a
a
a
ab
ab b
40
b
35 30 25
20 15 10 5 0 Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Épocas de esqueletamento
Conclusões: · A melhor época de proceder ao esqueletamento é nos meses de Agosto e Setembro, ou seja, após a realização da colheita. · Após três safras, a desbrota mostrou-se desnecessária com redução da produtividade em relação ao tratamento sem desbrota.
Boletim Técnico nº 5
85
ÉPOCA DE PODA POR DECOTE EM CAFEZAL NAS CONDIÇÕES DE CLIMASOLO NA REGIÃO DOS CERRADOS DE ARAGUARI, MG O experimento foi instalado no Campo experimental da ACA (Associação dos cafeicultores de Araguari-MG) em solo Latossolo Amarelo Distrófico, altitude 920 m, declividade de 3%, com a cultivar Catuaí Vermelho IAC 51, plantado em 10 de novembro de 2009, no espaçamento de 3,7 x 0,7 m totalizando 3861 plantas ha-1. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, sendo seis tratamentos com quatro repetições, em parcelas de 24 plantas, destas, úteis as seis centrais. Todos os tratos culturais, nutricionais e fitossanitários seguiram as recomendações vigentes para a região do MAPAProcafé. No presente trabalho, objetivou-se estudar os efeitos de diferentes épocas de podas em quatro meses diferentes, verificando a resposta do cafeeiro a esta prática. As podas por decote foram realizada à 2,0 m de altura, nos meses de Agosto, Setembro, Outubro e Novembro, de acordo com os tratamentos iniciados em 15 de Agosto de 2009. As avaliações constaram das produções de 2010, 2011 e 2012. Os dados passaram pela análise do teste Duncan a 5% de probabilidade a fim de verificar sua significância.
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 2. Produção em função da época de poda por decote em cafezal nas condições de clima e solo na região dos cerrados de Araguari, MG. 60
50
49
47,8 45,5
45
Setembro
Outubro
40
30
20 Agosto
Novembro
Conclusões: · A época indicada para decote é agosto e em segundo plano setembro, pois promoveram as maiores produções. · Poda tardia, em outubro e/ou novembro reduz a produtividade na primeira safra em 43 a 45% condicionando o atraso sob o aspecto econômico em curto prazo. · A poda tardia, em outubro recupera-se na segunda safra e de novembro na terceira safra. · Após 4 safras, os valores médios de produtividade se equiparam. 86 Campo Experimental Izidoro Bronzi
ESTUDO DE PODAS E SUA CONDUÇÃO COM OU SEM DESBROTAS EM CONDIÇÕES DE LAVOURA IRRIGADA POR GOTEJAMENTO. O presente trabalho foi instalado no Campo Experimental Izidoro Bronzi, pertencente ao acordo ACA - Fundação Procafé, em Araguari, MG, com início em Agosto de 2009. No ensaio utilizou-se da Cultivar Catuaí Vermelho IAC-51, irrigado por gotejamento, plantada no espaçamento de 3,70 x 0,7 m, com 10 de idade, sobre solo LVA, na altura de 920 m e declividade média de 2%. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso com quatro repetições em parcelas de 21 plantas, sendo úteis as 5 centrais. Neste trabalho objetivou-se avaliar os diferentes tipos de podas, recepa e decote, em diferentes alturas de corte, com ou sem esqueletamento e ou pulmões e com ou sem desbrotas na condução da lavoura de café. Os tratamentos avaliados foram; uma testemunha (T1) onde não se realizou nenhum tipo de poda; corte do ramo ortotrópico a 0,25; 0,5; 0,75; 1,0; 1,25; 1,5; 1,75 e 2,0 m de altura, sem desbrota (T2.1 a T2.8); corte do ramo ortotrópico a 1,25; 1,5; 1,75 e 2 m de altura mais esqueletamento longo (40 cm), com condução de um broto por tronco e desbrota (T3.1 a T3.4); corte do ramo ortotrópico a 0,5; 0,75 e 1 m de altura mais esqueletamento com pulmões, com condução de um broto por tronco e desbrota (T3.5 a T3.7); corte do ramo ortotrópico a 0,25 m com condução de um broto por tronco e desbrota (T3.8). Os tratos culturais, além das desbrotas, fitossanitários e nutricionais seguiram as recomendações para cada tipo de poda conforme as recomendações do MAPA/Procafé para a região. Como forma de avaliação utilizou-se a produção em sacas de café beneficiadas ha-1 das safras de 2010, 2011, 2012 e 2013. Os dados passaram pela análise do teste Duncan a 5% de probabilidade a fim de verificar sua significância. Gráfico 3. Produtividade do cafeeiro, média de quatro safras, em função dos tipos de podas estudadas, Araguari, MG. Decote/recepa + esqueletamento e desbrota Decote/recepa 50
45,4
47,4
45,3
46,6
45
41,3
40
37,9
36,2
35
40,4
34
31,8
30
24,9
25 20
Testemunha
44,1
45,5
46,7
41,1
45,1 36,4
36,2
15
24,6
10 5 0 2
1.75
1.5
1.25
1
0.75
0.5
Tipos de poda realizadas (decote em m)
0.25
T
Média sem Média desbrota com desbrota Boletim Técnico nº 5
87
Conclusões: · · · ·
Os melhores tipos de podas foram os de decote menos drásticos de 1,25 a 2,0 m, de forma a se recomendar a menos extrema (2,0 m). A utilização de esqueletamento + desbrota não diferiu estatisticamente dos tratamentos apenas decotados, de forma que esta não deve ser utilizada. Se recepado, o cafeeiro deve ser desbrotado, pois promove incremento na produtividade de 9% em relação aos cafeeiros recepados sem desbrota. Recepas inferiores a 0,75 m causam grandes perdas de produtividade.
88 Campo Experimental Izidoro Bronzi
3. Trabalhos em andamento com resultados parciais: Os trabalhos aqui expostos apresentam resultados parciais que indicam respostas promissoras. No entanto terão continuidade por uma ou duas safras. Estes englobam todas as áreas da experimentação no café. Estes envolvem várias empresas e instituições de pesquisa colaboradoras. Os trabalhos são aqui expressos na forma de título, objetivo, condições experimentais, resultados preliminares e conclusões preliminares: Os trabalhos são: 1. Correção do solo de lavoura de café utilizando calcário dolomítico comparativamente com a Cal magnesiana Oxyfertil granulada (60% de CaO; 30% de MgO e 160 de PRNT) 2. Correção do solo com Geox e Geox Super em lavoura de café em produção. 3. Produtividade inicial do cafeeiro em função do plantio direcionado em todos os pontos cardeais no Cerrado de Araguari. 4. Novos fungicidas Basf no controle da ferrugem e cercosporiose do cafeeiro, nas folhas e nos frutos: Abacus, Orchestra, Opera ultra e Basf 702 codificado. 5. Fontes de nitrogênio tradicionais, protegidas e lenta liberação na cafeicultura. 6. Efeito do esterco de galinha compostado Bio Fertil aplicado sucessivamente por quatro safras consecutivas quatro anos e a supressão do mesmo na produção e teor de matéria orgânica no solo. 7. Efeito dos produtos comerciais Arysta no controle das doenças do cafeeiro. 8. Estudo da fonte de fósforo TopPhos como fonte de P2O5 na formação do cafeeiro. 9. Competição de fertilizantes foliares na cultura do café (Bred Coffee, Multinitromix, Grex Café e Dacafé. 10. Estudos de fertilizantes foliares Multisais minerais e orgânicos na nutrição e produção do cafeeiro 11. Estudo do desenvolvimento do cafeeiro com correção da fertilidade em profundidade no perfil do solo. 12. Associação de Cantus e Comet no desenvolvimento inicial do cafeeiro. Comportamento de novas progênies do cafeeiro com resitência a ferrugem na região do Cerrado de Araguari.
Boletim Técnico nº 5
89
COLABORADOR: BELOCAL MINERAÇÃO LTDA
Correção do solo de lavoura de café utilizando calcário dolomítico comparativamente com a Cal magnesiana Oxyfertil granulada (60% de CaO; 30% de MgO e 160 de PRNT). Objetivo: Avaliar a eficiência do Oxyfertil na correção do solo para a produção cafeeira. Condições experimentais: Variedade: Catuaí Vermelho IAC 51; Espaçamento: 3,7 x 0,7 m; Idade: 14/15 anos; Solo: Latossolo Vermelho Amarelo; Condução: 2013 e 2014. Tratamentos: T1 – Testemunha; T2 – Calcário dolomítico; T3 – Oxyfertil 100%; T4 – Oxyfertil 75%; T5 – Oxyfertil 50%; T6 – Oxyfertil 25% OBS: As doses foram definidas anualmente conforme a análise de solo buscando elevar o V% para 60% Delineamento: Blocos ao acaso, com quatro repetições em parcelas de 30 plantas, sendo úteis, as seis centrais. Resultados: Gráfico 1. Produtividade do cafeeiro em função dos tratamentos estudados, média de duas safras, Araguari, MG. CV = 21,8% 70 65,4 a 63,4 a 61,8 a a 57,6 57,3 a 60 50 40 32,6 b 30 20 10 0 T1
T2
T3
T4
T5
T6
Tabela 1. Parâmetros de fertilidade do solo em função dos tratamentos estudados, média de duas safras, Araguari, MG. Parâmetro T1 T2 T3 T4 T5 T6 pH 4,4 4,2 5,4 5,3 5,4 4,5 Ca 7,1 9,0 16,0 12,0 17,0 9,3 Mg 4,4 4,2 5,4 5,4 5,4 4,5 Al 0,6 0,6 0,0 0,0 0,0 0,6 Conclusões preliminares: · A cal Oxyfertil substitui o calcário dolomítico. · Pode-se reduzir a dose do Oxyfertil em até 25% da dose do calcário dolomítico sem que haja redução na produtividade. · Com a aplicação do Oxyfertil reduzido até 50%, ocorre elevação nos teores de Ca e Mg, além de manter o pH adequado. 90 Campo Experimental Izidoro Bronzi
COLABORADOR: GECAL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS MINERAIS
Correção do solo com Geox e Geox Super em lavoura de café em produção. Objetivo: Avaliar a Cal Magnesiana na correção do solo comparativamente com o calcário dolomítico Condução: Variedade: Catuaí Vermelho IAC 51; Espaçamento: 3,7 x 0,7 m; Idade: 14/15 anos; Condução: 2013 e 2014. Tratamentos: T1 – Testemunha; T2 – Calcário dolomítico (V = 60% e PRNT = 80); T3 – Geox (V = 6-% e PRNT = 180); T4 – Geox com 50% da dose; T5 – Geox com 30% da dose; T6 – Geox Super (PRNT 105); T7 – Geox Super S 50% da dose; T8 – Geox Super com 25% da dose. Delineamento: Blocos ao acaso, com três repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais, úteis para as avaliações. Resultados:
v% - 210 Dias após a aplicação)
Gráfico 2.V% 210 dias após aplicação dos tratamentos estudados. 60
CV = 30,4% 53 a
52 a 48 a
50
45 a
43 a
37 ab
40 27 b
30 20 13 c 10 0 T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
Tabela 2. Parâmetros de fertilidade do solo, sete meses após as aplicações, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Parâmetro T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 Ca 1,0 1,4 1,9 1,4 1,0 1,9 1,8 0,9 Mg 0,3 0,5 0,8 0,4 0,4 0,9 0,7 0,5 Al 0,3 0,3 0,0 0,3 0,3 0,0 0,0 0,4
Conclusões preliminares: · O Geox e o Geox Super corrigem o solo, elevando o V% praticamente o dobro em relação ao calcário dolomítico no período estudado (7 meses) mesmo com reduções de até 70% para o Geox e 75% para o Geox Super S. · Os teores de cálcio e magnésio acompanham o V%, demonstrando nitidamente que o Geox e o Geox Super S eleva significativamente os teores de Ca e Mg do solo à curto prazo. Boletim Técnico nº 5
91
COLABORADOR: ASSOCIAÇÃO DOS CAFEICULTORES DE ARAGUARI, MG /MAPA/PROCAFÉ.
Produtividade inicial do cafeeiro em função do plantio direcionado em todos os pontos cardeais no Cerrado de Araguari.
Produtividade (sacas ben./ha)
Objetivo: Definir o melhor posicionamento de plantio para o cafeeiro cultivado no Cerrado de Araguari. Condições experimentais: Variedade: Catuaí Vermelho IAC 144; Espaçamento: 4,0 x 0,5 m; Idade: 3 para 4 anos; Condução: 2013 e 2014. Tratamentos: T1 – 0º Norte (N); T2 – 180º Sul (S); T3 – 90º Leste (L); T4 – 270º Oeste (O); T5 – 22,5º Nordeste (NE); T6 – 67,5º Sudeste (SE); T7 – 202,5º Sudoeste (SO); T8 – 292,5º Noroeste (NO). OBS: Todos os sentidos foram direcionados com base no norte verdadeiro. Delineamento: Blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 21 plantas, sendo úteis as cinco centrais. Resultados: Gráfico 3. Produtividade do cafeeiro, média de duas safras, em função sentidos de plantio, Araguari, MG. 80
69,3
70 58,9
60 50
64,1
61,6 51,6
48,2
51,1 45,3
40 30 20
10 0 T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
Tabela 3. Produtividade do cafeeiro nas faces manhã e tarde da planta, média de duas safras, em função sentidos de plantio, Araguari, MG. Produtividade (sacas ben. ha-1) Face T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 Manhã 21,9 29,7 30,4 29,4 27,5 25,7 26,4 28,2 Tarde 26,2 29,2 38,9 32,2 24,1 19,6 27,7 22,3
Conclusões preliminares: ·
·
Os Resultados preliminaresdemonstram que a posição Leste à 90º; Oeste à 270º e Sudoeste à 202,5º, do norte verdadeiro, induzem à menores produtividades. O trabalho terá continuidade por mais quatro safras com a finalidade de analisar os efeitos do auto sombreamento.
92 Campo Experimental Izidoro Bronzi
COLABORADOR: BASF
Novos fungicidas Basfno controle da ferrugem e cercosporiose do cafeeiro, nas folhas e nos frutos: Abacus, Orchestra, Opera ultra e Basf 702 codificado. Objetivo: Avaliar a eficiência de novos fungicidas Basf no controle da ferrugem e cercosporiose das folhas e dos frutos do cafeeiro. Condições experimentais: Variedade: Catuaí Vermelho IAC 144; Espaçamento: 4,0 x 0,5 m; Idade: 3 anos; Condução: 2014. Tabela 4. Tratamentos: Tratamentos (número e época aplicações) T1 – Testemunha T2 - Opera 1,0 L ha-1 T3 - Opera Ultra 1,5 L ha-1 T4 - Orquestra 0,5 L ha -1 T5 - Abacus 0,5 L ha-1 T6 - BASF-702 0,5 L ha-1 T7 - Opera 1,5 L ha-1 T8 - Opera Ultra 2,0 L ha-1 T9 - Abacus 1,5 L ha-1 T10 - Orquestra 1,5 L ha -1
3 (N-J-M) 3 (N-J-M) 3 (N-J-M) 3 (N-J-M) 3 (N-J-M) 2 (D-M) 2 (D-M) 2 (D-M) 2 (D-M)
Delineamento: Blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais, úteis para as avaliações.
Gráfico 4. Infecção (%) de ferrugem e cercosporiose nas folhas e nos frutos, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 70 58,2
Infecção (%)
60 50 40
38,3
35,5 26,5 23 21,7 14,5 16,5 15,7 14 10,5
30 20 10
0,5 3 3,5 2 3,2 2 1,2 0,5 0,5
9,2
13 7,2
11 8,2 5,5
13,7 13,7 9,7 11
0 Ferrugem
Cercosporiose nas folhas
Cercosporiose nos frutos
Conclusões preliminares: · Os produtos novos Basf (Abacus, Orchestra, Opera Ultra e Basf 702 codificado) mostram-se eficientes, com destaque para o Abacus. · Independentemente do produto testado, três aplicações foram melhores que duas. · Os trabalhos terão continuidade por mais safras. Boletim Técnico nº 5
93
C O L A B O R A D O R : A S S O C I A Ç Ã O D O S C A F E I C U LTO R E S D E ARAGUARI/MAPA/PROCAFÉ
Fontes de nitrogênio tradicionais, protegidas e lenta liberação na cafeicultura. Objetivo: Avaliar o comportamento de diferentes fontes de N na nutrição e produção do cafeeiro. Condições experimentais: Variedade: Catuaí Vermelho IAC 51; Espaçamento: 3,7 x 0,7 m; Idade: 12/13 anos; Condução: 2013 e 2014 Tabela 5.Tratamentos: T1 - Testemunha T2 - Ibra N T3 - Ciclus T4 - Polyblen T5 - Uréia prot. Terrena T6 - Nitro Mais T7 - Nitro Gold T8 - Super N T9 - Duramax 10 - Sulfammo Meta 11 - Uréia 12 - S. Amônio 13 - N. Amônio 14 - Uréia (70%) + Sulfato (30%)
Kg N/ha 0 350 245 245 280 350 350 350 350 350 350 350 350 350
Aplicação/Ano 0 1x 1x 1x 4x 4x 4x 4x 4x 4x 4x 4x 4x 4x
Comportamento Lenta Liberação
Protegido
Tradicional
Delineamento: Blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais, úteis para as avaliações. Resultados:
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 5. Produtividade do cafeeiro, 1ª safra, em função de fontes de adubos nitrogenados utilizados, Araguari, MG.
35
T1
T2 T3 T4
28,8
30 24,8 22,5
25
19,9
20 15
T5 T6 T7 T8 T9 T10
T11 T12 T13 T14 28,7
26,8
24,5 23,8 22,2 19,6
25,2 21,7 16,5
12,7
10 5 0 Testemunha
94 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Lenta liberação
Protegidos
Tradicionais
Conclusões preliminares: · ·
·
A ausência de nitrogênio reduz a produtividade de forma significativa, logo na primeira safra. A superioridade de fontes protegidas como o Sulfammo Meta 29 provavelmente se deve a sua composição completa com outros nutrientes. O trabalho terá continuidade por mais três safras
Boletim Técnico nº 5
95
COLABORADOR: COMPOSTO ORGÂNICO BIO FÉRTIL
Efeito do esterco de galinha compostado Bio Fertil aplicado sucessivamente por quatro safras consecutivas quatro anos e a supressão do mesmo na produção e teor de matéria orgânica no solo. Objetivo: Verificar o tempo para redução do teor da matéria orgânica supressiva da adubação orgânica utilizando esterco de galinha durante quatro safras, e sua influência na produção e nos teores do solo. Condições experimentais: Variedade: Catuaí Vermelho IAC 51; Espaçamento: 3,7 x 0,7 m; Idade: 13/14 anos; Solo: Latossolo Vermelho Amarelo; Condução: 2012 a 2014. Tratamentos: T1 – Adubação mineral. -1 T2 – Esterco de galinha, 2,5 t ha por ano durante 2009 a 2014 com adubação mineral reduzida em função dos nutrientes contidos no esterco. -1 T3 – Esterco de galinha, 2,5 t ha por ano durante 2009 a 2012 com adubação mineral reduzida em função dos nutrientes contidos no esterco. T4 - Esterco de galinha, 5,0 t ha-1 por ano durante 2009 a 2014 com adubação mineral reduzida em função dos nutrientes contidos no esterco. T5 - Esterco de galinha, 5,0 t ha-1 por ano durante 2009 a 2012 com adubação mineral reduzida em função dos nutrientes contidos no esterco. T6 - Esterco de galinha, 10,0 t ha-1 por ano durante 2009 a 2014 com adubação mineral reduzida em função dos nutrientes contidos no esterco. T7 - Esterco de galinha, 10,0 t ha-1 por ano durante 2009 a 2012 com adubação mineral reduzida em função dos nutrientes contidos no esterco. -1 T8 - Esterco de galinha, 20,0 t ha por ano durante 2009 a 2014 com adubação mineral reduzida em função dos nutrientes contidos no esterco. -1 T9 - Esterco de galinha, 10,0 t ha por ano durante 2009 a 2012 com adubação mineral reduzida em função dos nutrientes contidos no esterco. Delineamento: Blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo as seis centrais, úteis para as avaliações. Resultados:
Produtividade (sacas ben./ha)
Gráfico 6. Produtividade do cafeeiro, média de duas safras, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 80
74
70 59,1
60 50
62,2
58,7
56,3
61,1
60,3
55,4
46,3
40 30 20 10 0 T1
T2
96 Campo Experimental Izidoro Bronzi
T3
T4
T5
T6
T7
T8
T9
Tabela 6. Teor de matéria orgânica, 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Tratamentos T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 Teor de M.O 27,0
36,0
37,0
39,0
38,0
41,0
45,0
43,0
44,0
Conclusões preliminares: ·
·
A supressão da adubação orgânica com esterco de galinha Bio-Fertil, substituído pela exclusivamente mineral dois anos depois não altera a produtividade em relação à testemunha. Após dois anos sem fornecimento de matéria orgânica na lavoura não se verificou alterações nos teores de matéria orgânica.
Boletim Técnico nº 5
97
COLABORADOR: ARYSTA
Efeito dos produtos comerciais Arysta no controle das doenças do cafeeiro. Objetivo: Avaliar os produtos comerciais Byozime, Envoy, Kazumin, Flotron Plus, K-Tionic, Raizal e K-Fol no controle das doenças e na produtividade do cafeeiro. Condições experimentais: Variedade: Topázio MG 1190; Espaçamento: 3,7 x 0,7 m; Idade: 14 anos; Solo: Latossolo Vermelho Amarelo; Condução: 2013 e 2014. Tabela 7. Tratamentos: T1 – Testemunha T2 - Biozyme 0,25 L ha-1 + Envoy 2,0 L ha-1 + Kazumin 1,2 L ha-1 + Ortus 0,8 L ha-1 T3 - K-Fol 2,0 L ha-1 + Envoy 1,0 L ha-1 + Kazumin 2,0 L ha-1 + Ortus 0,8 L ha-1 T4 - Foltron Plus 1,0 L ha-1 T5 - K-Tionic 1,0 L ha-1 + Raizal 1,0 Kg/100 L de água T6 - K-Tionic 1,0 L ha-1 + Raizal 1,0 Kg/100 L de água + Foltron Plus 1,0 L ha-1 + Biozyme 0,25 L ha-1 + K-Fol 2,0 L ha-1 + Envoy 2,0 L ha-1 + Kazumin 2,0 L ha1 + Ortus 0,8 L ha-1 T7 - Padrão Basf
Delineamento: Blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo úteis as seis centrais. Resultados: Gráfico 7. Incidência de ferrugem e cercosporiose nas folhas e frutos, média de duas safras, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 80
Amarelo = Ferrugem Verde = Cercosporiose nas folhas Vermelho = Cercosporiose nos frutos
72,5
Incidência de doenças (%)
70 60
59 53,7 48,2
50 40
40,2
39,7 33,5 25,7 21,7
30
23,7
26,5
25,7
21
16
20
10
5
4
17 13,7
13 3,5
4,5
0 T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
Tabela 8. Produtividade do cafeeiro, média de duas safras, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Tratamentos Produtividade
T1 28,9 c
98 Campo Experimental Izidoro Bronzi
T2 46,7 ab
T3 53,8 ab
T4 46,3 ab
T5 48,8 bc
T6 60,5 a
T7 56,0 ab
Conclusões preliminares: · · ·
O Envoy nas doses de 1,0 a 2,0 l / ha controla a ferrugem e a cercosporiose do cafeeiro. O controle das doenças é potencializado na presença do Kazumin. O Foltron Plus, K-Tionic e o Raizal, aplicados isolafamente apresentam ação coadjuvante no controle das doenças do cafeeiro. Em associação com os fungicidas específicos, melhoram o desempenho do tratamento fitossanitário.
Boletim Técnico nº 5
99
COLABORADOR: TIMAC AGRO
Estudo da fonte de fósforo Top Phos como fonte de P2O5 na formação do cafeeiro. Objetivo: Avaliar o produto comercial Top Phos (7% de N; 28% de P2O5; 10% de Ca; 9% de S; 0,12% de B; 0,12% de Cu, 0,3% de Zn e 0,3% de Mn) na formação do cafeeiro, comparativamente com fontes convencionais. Condições experimentais: Variedade: Catuaí Vermelho IAC 144; Espaçamento: 4,0 x 0,5 m; Idade: Desde o plantio; Condução: 2013 e 2014. Tratamentos: -1 -1 T1 – Testemunha; T2 – Top Phos, 200,0 kg ha ; T3 – Superfosfato simples, 200,0 kg ha ; T4 – -1 -1 Yoorin Master, 200,0 kg ha ; T5 – Top Phos, 150,0 kg ha ; T6 – Superfosfato simples, 150,0 kg -1 -1 -1 ha ; T7 – Yoorin Master, 150,0 kg ha ; T8 – Top Phos, 100,0 kg ha ; T9 – Superfosfato -1 -1 -1 simples, 100,0 kg ha ; T10 – Yoorin Master, 100,0 kg ha ; T11 – Top Phos, 50,0 kg ha ; T12 – -1 -1 Superfosfato simples, 50,0 kg ha ; T13 – Yoorin Master, 50,0 kg ha . Delineamento: Blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 20 plantas, sendo úteis as cinco centrais. Resultados: Gráfico 8. Biometria do cafeeiro (altura e diâmetro da copa), em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 60 50
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 47,3 51,2 49,8 48 45,3 48,9 47,5 45,3 45 44,7 44,3 43,4 43,2
47,5
36,9
40
Biometria (cm)
T8
T9
T10
T11
T12
T13
47,1
39,5 36,4
42,2 43 42,8 39,7 41,7 40,7 38 37
30 20 10 0 Altura
Diâmetro da copa
Tabela 9. Biometria do cafeeiro (diâmetro do caule), em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Tratamentos T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 T11 T12 T13 Diâmetro do 0,7 0,85 0,67 0,68 0,78 0,75 0,75 0,79 0,81 0,66 0,74 0,76 0,68 caule (cm)
Conclusões preliminares: · O Top Phos promoveu maior crescimento/desenvolvimento do cafeeiro nos primeiros -1 seis meses de idade, nas doses de 100,0 a 200,0 kg ha de P2O5, provavelmente devido a sua composição contendo N, Ca, S e micronutrientes. · Tais nutrientes possuem maior velocidade de assimilação pelas plantas que os contidos no Yoorin Master. 100 Campo Experimental Izidoro Bronzi
COLABORADOR: MULTITÉCNICA/BARROS
Competição de fertilizantes foliares na cultura do café – Bred Coffee, Multinitromix, Grex Café e Dacafé Cerrado. Objetivo: Avaliar competitivamente os fertilizantes foliares Bred Coffee, Grex Café, Dacafé Cerrado e Multinitromix Condições experimentais: Variedade: Catuaí Vermelho IAC 51; Espaçamento: 3,7 x 0,7 m; Idade: 12/14 anos; Condução: 2013 e 2014. Tratamentos: T1 – Testemunha; T2 – Bred Coffee, 3,0 L ha-1; T3- Grex Café, 3,0 L ha-1; T4 – Dacafé Cerrado, 4,0 L ha-1; T5 - Multinitromix, 1,0 L ha-1; T6 - Multinitromix, 2,0 L ha-1; T7 Multinitromix, 3,0 L ha-1. OBS: Todos os tratamentos foram aplicados três vezes em dez.; jan./fev. e mar./abr. Delineamento: Blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo úteis as seis centrais. Resultados:
Gráfico 9. Número de internódios dos ramos laterais do cafeeiro, no período de março de 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 16
14,7
13,3
14 Número de internódios
14,5
14,4
13
12,2 12
10,8
10 8 6 4 2 0 T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
Boletim Técnico nº 5 101
Tabela 10. Biometria do cafeeiro (comprimento do ramo), e teores foliares de N, P, K, Zn, B, Cu, Mn, Mg em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Tratamentos Parâmetro T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Comprimento 27,0 35,7 37,8 37,5 31,6 38,2 34,0 do ramo (cm) Teores foliares N 2,9 2,8 3,1 3,4 3,5 3,0 2,9 P 0,9 1,2 1,0 0,9 1,0 1,3 1,0 K 1,9 1,8 1,7 1,9 2,1 2,0 1,9 Zn 9,0 31,0 25,0 27,0 18,0 19,0 20,0 B 29,0 42,0 47,0 40,0 34,0 39,0 31,0 Cu 22,0 23,0 39,0 20,0 23,0 19,0 27,0 Mn 47,0 63,0 43,0 81,0 69,0 102,0 98,0 Mg 2,2 3,0 3,9 3,1 4,2 4,0 4,8
Conclusões preliminares: ·
·
Os fertilizantes foliares testados Multinitromix, na dose de 2,0 L ha-1, e o Bred Coffee (3,0 L ha -1) comportaram-se semelhantemente aos padrões Dacafé Cerrado e Grex Café. O trabalho continuará por mais safras para avaliar a influência dos tratamentos na produtividade.
102 Campo Experimental Izidoro Bronzi
COLABORADOR: MULTITÉCNICA/BARROS
Estudo de fertilizantes foliares Multisais minerais e orgânicos na nutrição e produção do cafeeiro. Objetivo: Verificar o efeito dos fertilizantes foliares Multisais minerais ou orgânicos na produção e nutrição do cafeeiro. Condições experimentais: Variedade: Catuaí Vermelho IAC 51; Espaçamento: 4,0 x 0,5 m; Idade: 11/12 anos; Condução: 2013 e 2014. Tratamentos: T1 – Testemunha; T2 – Viça Café (5,0 kg ha-1); T3 – Multisais (3,0 kg ha-1) mais Kocide (1,0 kg ha-1); T4 – Multisais orgânico (3,0 kg ha-1); T5 – Multisais Prime (3,0 kg ha-1; T6 – Multisais Prime (3,0 kg ha-1) mais Kocide (0,7 kg ha-1); T7 – Multisais Prime (3,0 kg ha-1) mais Kocide (1,4 kg ha-1). OBS: Todas os tratamentos tiveram três aplicações, realizadas em dez.; fev. e mar. Delineamento: Blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo úteis as seis centrais. Resultados:
Gráfico 10. Número de internódios dos ramos laterais do cafeeiro, no período de março de 2014, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 20 17,7
Número de internódios
18 16
15,8
16,4
16,4
16
16,2 13
14 12 10
8 6 4 2 0 T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
Boletim Técnico nº 5 103
Tabela 11. Biometria do cafeeiro (comprimento do ramo), e teores foliares de N, P, K, Zn, B, Cu, Mn, Mg em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Tratamentos Parâmetro T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 Comprimento 35,3 42,5 45,7 42,4 38,4 44,5 43,9 do ramo (cm) Teores foliares N 29,0 30,0 28,0 32,0 31,0 27,0 34,0 P 0,9 0,8 0,9 1,0 1,1 0,7 0,8 K 1,8 2,7 1,7 2,3 2,8 2,6 2,5 Zn 15 36 27 31 43 29 26 B 28 59 50 68 57 60 61 Cu 12 31 21 19 18 38 40 Mn 46 87 98 79 110 93 121 Mg 2,2 5,1 4,6 3,1 5,0 4,8 4,3
Conclusões preliminares: ·
·
Os fertilizantes foliares Multisais Orgânico e Multisais Prime, associado ao Kocide, comportaram-se similarmente aos padrões Viça Café e Multisais associado ao Kocide. O trabalho continuará por mais safras para avaliar a influência dos tratamentos na produtividade.
104 Campo Experimental Izidoro Bronzi
COLABORADOR: ASSOCIAÇÃO DOS CAFEICULTORES DE ARAGUARI/MAPA PROCAFÉ
Estudo do desenvolvimento do cafeeiro com correção da fertilidade em profundidade no perfil do solo. Objetivo: Avaliar o desenvolvimento do cafeeiro, cultivado em solo de Cerrado, tendo a fertilidade do solo corrigida em profundidades variáveis (30 cm; 60 cm; 90 cm e 120 cm). Condições experimentais: Variedade: Catuaí Vermelho IAC 144; Espaçamento: 4,0 x 0,5 m; Idade: Desde o plantio; Condução: 2013 e 2014. Tratamentos: T1 – Adubação convencional no sulco de plantio (5,0 t ha-1 de esterco de galinha, 2,5 t ha-1 de palha de café, 500 kg ha-1 de Yoorim Master e 125 kg ha-1 de Kcl) T2 – Adubação convencional concentrada a 30 cm de profundidade. T3 – Adubação convencional concentrada a 60 cm de profundidade. T4 – Adubação convencional concentrada a 90 cm de profundidade. T5 – Adubação convencional concentrada a 1,2 m de profundidade. Delineamento: Blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 20 plantas. Resultados:
Tabela 12. Biometria do cafeeiro, 12 meses após o plantio, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. Tratamentos
Altura (cm)
T1 T2 T3 T4 T5
79,7 80,0 86,0 83,7 84,7
Diâmetro Diâmetro Número Número Número Área da copa do caule de de de foliar (cm) (cm) ramos internódios folhas (cm2) 150 2,2 32,1 839 551,3 72,4 142,3 2,1 37,7 1190 615,3 76,9 163,3 2,3 35,3 999 747,7 79,9 150,7 2,4 35,3 977 647,7 73,8 148,7 2,5 37,0 1161 739,3 89,5
Boletim Técnico nº 5 105
Gráfico 11. Matéria seca das folhas, caule, raiz e total, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG.
Matéria seca (g/planta)
2500
Folhas
Raíz
2000
Caule
Total
1829
1916 1682,7 1693
1500 1190,3
1161,7
1146
1000
500
999
839
343,7 263,3
354,7 284
390 293,7
977
410 306
448,7 305,7
0 T1
T2
T3
T4
T5
Conclusões preliminares: ·
·
As correções na profundidade de 30 cm a 120 cm não diferiram entre si. Apresentaram tendência de melhorias nos Resultados preliminaresdo desenvolvimento do cafeeiro em relação à adubação no sulco. O trabalho terá continuidade até a 6ª safra.
106 Campo Experimental Izidoro Bronzi
COLABORADOR: BASF
Associação de Cantus e Comet no desenvolvimento inicial do cafeeiro. Objetivo: Avaliar os efeitos isolados e associados dos fungicidas COmet e Cantus no desenvolvimento inicial do cafeeiro. Condições experimentais: Variedade: Catuaí Vermelho IAC 144; Espaçamento: 4,0 x 0,5 m; Idade: Desde o plantio; Condução: 2013 e 2014. Tratamentos: T1 – Testemunha; T2 – Cantus 45 g ha-1; T3 – Cantus 90 g ha-1; T4 – Cantus 180 g ha-1; T5 – Comet 150 ml ha-1; T6 – Comet 300 ml ha-1; T7 – Comet 600 ml ha-1 T8 – Associação de T2 com T5; T9 – Associação de T4 com T7. Delineamento: Blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas sendo as seis centrais, úteis para as avaliações. Resultados:
Diâmetro da Copa (cm)
Gráfico 12. Altura, Diâmetro da copa e comprimento do ramo, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG. 180
Altura
160
150
146,3143,3
140 120
Diâmetro da copa 163,1 156,3
Comprimento do ramo 162,7 155,7 158,3 145,3
117
100 76
80 60
61
56,3
41
70,3 51,7
70
75
48,7
52,6 52,7
73
73,3 50,2
76,7
51
76,7
76,3
51,7
51,7
T9
T10
40 20 0 T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
Boletim Técnico nº 5 107
Gráfico 13. Número de internódios, número de folhas e diâmetro do caule, em função dos tratamentos estudados, Araguari, MG.
Diâmetro do caule
60
Número de internódios
50 23,3
Número de folhas 29,7
29,7
28,3
25,7
25,3
18,3
18,7
18,7
18,3
18,7
2,3
2
1,9
2,3
2,2
2,1
T5
T6
T7
T8
T9
T10
22,3
22,3
23
18
18,7
17,7
cm
40 17,7 30 19 20
13
10 1,1
2,1
2,3
2,3
0 T1
T2
T3
T4
Conclusões preliminares:
·
·
Quando aplicado individualmente, o Cantus e o Comet promovem o desenvolvimento do cafeeiro com maior eficiência nas doses de 45 h ha-1 e 300 ml ha-1, respectivamente. Quando associados, em ambas as doses o crescimento do cafeeiro foi -1 potencializado, de forma que se deve optar por 45 g ha de Cantus e 150 -1 ml ha de Comet.
108 Campo Experimental Izidoro Bronzi
COLABORADOR: ASSOCIAÇÃO DOS CAFEICULTORES DE ARAGUARI/MAPA PROCAFÉ.
Comportamento de novas progênies do cafeeiro com resistência a ferrugem na região do Cerrado de Araguari, MG. Objetivo: Avaliar o comportamento de novas progênies de café, resistentes à ferrugem, na região de Araguari. Condução: Variedade: Conforme os tratamentos; Espaçamento: 4,0 x 0,5 m; Idade: Desde o plantio; Condução: 2011 a 2014. Resultados:
Entre 70 e 80 Sacas
Mais de 80 Sacas
Tabela 1. Produtividade do cafeeiro, média de três safras, em função da variedade, Araguari, MG. Média de produtividade
Cultivar
89,4
F2 Acauã Sítio São Paulo – Tião Andrade – Hibrido
87,3
Catucaí 66 – 2077-2-566 – CV 148 e 861
86,7
Acauã Amarelo D.Martins II SSP 10%
80,6
IPR 100 – Iapar
79,6
Acauã – D. Martins SSP 3% - F3
78
Acauã – D. Martins SSP 5% - F3
77,6
Acauã – CV 106 – Item 18 3.45
75,9
Sarchimor Amarelo (Arara) MF – JS
75,2
Acauã – D.Martins II 7% - F3 – Hibrido
74,5
Siriema 5/14 – 3 FSA
74,3
Araponga – EPAMIG
74,3
Acauã (5/20) – FSA
73,8
Acauã – D.Martins I SSP 3% - F3 – Híbrido
Boletim Técnico nº 5 109
Entre 60 e 70 Sacas
73
Acauã Amarelo D.Martins I
71,9
Palma II Amarelo (CK) Rio Fundo
70,7
Acauã “F2” SSP – F3 –Hbrido
69,3
IPR 99 – Iapar
69,1
Águia – Cat x Catimor 357-77 (5/33) - FSA
68,6
Catucaí Roxinho – Cova 346 (3-27)
67,9
Catucaí Vermelho 36/6 – CV 240 (co 3.12)
67,9
Palma III – Fazenda Santo Antonio
67,6
Acauã Amarelo
67,6
Catucaí 20/15 Vermelho – 2ª Seleção – FSA
66,3
Arara – Tardio Sitio São Paulo – Tide
66,1
Acauã – D.Martins V SSP 4%
66
Acauã 65 – FSA
65,6
IPR 103 – Iapar
65,6
Catuaí 15
65,2
Catucaí Vermelho 3/5 – Cova 749 (3-27)
65,2
Catucaí Amarelo 2 SL – MAPA – Fundação Procafé
65
Acauã 68/11 – CV48 – Item 8 MG 3.45
63,5
Catucaí Vermelho 20/15 (5-13) – FSA
63,2
Catucaí 20/15 – Porte Médio – Alto Vigor – FSA
61,7
Catucaí Vermelho 36/69 (5/42) – FSA W366
61,2
Catucaí Amarelo 24-317 – Jaguaraí
Conclusões preliminares: ·
Até a terceira safra, estão sendo selecionadas as melhores variedades para o prosseguimento do ensaio.
110 Campo Experimental Izidoro Bronzi
4 – TRABALHOS NOVOS: Este capítulo reúne os trabalhos novos instalados recentemente no Campo Experimental da Associação dos Cafeicultores de Araguari, MG. São eles: 1. Influência da Água magnetizada no crescimento e produção do cafeeiro. 2. Efeitos do Aminoácido Ajinomoto no crescimento e produção do cafeeiro (2 experimentos). 3. Programas fitossanitários DOW AgroSciences (3 experimentos). 4. Condução e recepa do cafeeiro utilizando protetivo físico (barreira) objetivando a redução da demanda de desbrota. 5. Controle da broca do café utilizando novo inseticida Basf (Alverde). 6. Estudo da eficiência do Humicbor na correção da deficiência de boro no cafeeiro. 7. Efeito do fósforo protegido Café Brasil na fase de formação do cafeeiro. 8. Competição de fertilizantes foliares na produção e nutrição do cafeeiro. 9. Seleção de mudas do cafeeiro, quanto ao número de pares, visando uniformidade da produção. 10. Condução de lavoura nova e adulta utilizando produtos químicos e biológicos da Casa Bugre. 11. Plantio do cafeeiro em sacolas plásticas comuns e biodegradáveis. 12. Programa Stoller com Stimulate associado a Hold para cafeeiro esqueletado. 13. Decote alto com desponte de 15, 30 e 45 cm. 14. Glucona de cobre no controle de doenças no cafeeiro. 15. Fonte de N de lenta liberação, Ciclus nova formulação, na formação do cafeeiro. 16. Avaliação do fertilizante VIVA/Active na produção do cafeeiro. 17. Espaçamentos hiper, super, adençados e largo, no plantio e condução do cafeeiro em solo de Cerrado com irrigação.
Boletim Técnico nº 5 111
FOTOS
SETEMBRO-2009
DEZEMBRO-2011
112 Campo Experimental Izidoro Bronzi
RECEPA – 30 cm
ESQUELETAMENTO – 20 cm
DECOTE – 2,00 m
Boletim Técnico nº 5 113
CAFÉ SEM TRATAMENTO
CAFÉ TRATADO
114 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Ilustração de Subsolagem
VIGOR VEGETATIVO HORMONAL NO CAFEEIRO
Lavoura Tratada
TESTEMUNHA
Boletim Técnico nº 5 115
ESQUELETAMENTO C/ TRATAMENTO
Fotos do ensaio de capina com plástico branco e preto.
116 Campo Experimental Izidoro Bronzi
TESTEMUNHA
Foto: controle de ervas invasoras
Cultivo de hortaliças na entrelinha do cafeeiro irrigado por aspersão em malha
Boletim Técnico nº 5 117
Cultivo de hortaliças na entrelinha do cafeeiro irrigado por aspersão em malha
118 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Fotos – pragas e doenças / isiologia do cafeeiro Sintomas do ataque de Ácaro da Leprose
Sintomas do ataque de Ácaro Vermelho
Sintomas de Ataque de Bactéria
Boletim Técnico nº 5 119
Sintomas de ataque de Bicho Mineiro – Várias Fases
120 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Sintomas de ataque de Broca
Sintomas de Cercóspora
Boletim Técnico nº 5 121
Sintomas de ataque de Cochonilha - Espécie Planococcus
Sintomas do Ataque de Carneirinho - Naupactus
122 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Sintomas do ataque de Ferrugem
Sintomas do ataque de Formiga Saúva
Sintomas do Ataque de Gafanhoto (Esperança)
Boletim Técnico nº 5 123
Sintoma de Fito de Herbicida
Sintomas de Injúrias – Causados neste caso pelo Frio
De iciência Hídrica
Sintomas do ataque de Lagarta Rosca
124 Campo Experimental Izidoro Bronzi
Sintomas do ataque de Lagarta Rosca
Sintomas do ataque da “lagarta das folhas”
Sintomas do ataque de Nematoide Exígua em raízes de café
Boletim Técnico nº 5 125
Sintomas de Phoma
Sintomas do ataque de Pulgão
126 Campo Experimental Izidoro Bronzi
NOTA FINAL INFORMAÇÃO: ESTA EM FASE FINAL DE ELABORAÇÃO (PRELO) O LIVRO GERADO PELA ASSOCIAÇÃO DOS CAFEICULTORES DE ARAGUARI, MG SOB O TÍTULO: CULTIVO DO CAFEEIRO ASSOCIADO A CULTURAS INTERCALARES SOB SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO EM MALHA (ROBERTO SANTINATO; ANDRÉ LUIS TEIXEIRA FERNANDES E REGINALDO OLIVEIRA SILVA). O LIVRO É INTEIRAMENTE DEDICADO AOS PEQUENOS CAFEICULTORES DO CERRADO E DE QUALQUER REGIÃO CAFEEIRA DO BRASIL. EM CASO DE INTERESSE, A APARTIR DE JULHO, O MESMO PODERÁ SER ENCOMENDADO NA ASSOCIAÇÃO.