A alegria do senhor, a força do seu povo, por c h spurgeon

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A ALEGRIA DO SENHOR É A FORÇA DE SEU POVO C. H. SPURGEON


Traduzido do original em Inglês

The Joy of the Lord, The Strength of His People — Sermon Nº 1027 The Metropolitan Tabernacle Pulpit — Volume 17 By C. H. Spurgeon

Via SpurgeonGems.org Adaptado a partir de The C. H. Spurgeon Collection, Version 1.0, Ages Software.

Tradução e Capa por Camila Almeida Revisão por William Teixeira

1ª Edição: Março de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com permissão de Emmett O’Donnell em nome de SpurgeonGems.org, sob a licença Creative Commons AttributionNonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License. Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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A Alegria Do Senhor É A Força De Seu Povo (Sermão Nº 1027) Pregado na manhã do Dia do Senhor, em 31 de dezembro de 1971. Por C. H. Spurgeon, no Tabernáculo Metropolitano, Newington.

“A alegria do Senhor é a vossa força.” (Neemias 8:10) “E faziam-se ouvir os cantores, juntamente com Jezraías, o seu superintendente. E ofereceram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram; porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.” (Neemias 12:42-43) No último Domingo de manhã eu falei do nascimento de nosso Salvador como sendo cheio de alegria para o povo de Deus e, de fato, para todas as nações (veja o Sermão de Nº 1026, Alegria Nascida Em Belém, publicado em Português pelo Projeto Spurgeon). Em seguida, nós olhamos para a alegria a uma distância, vamos agora na contemplação nos aproximar dela, e, talvez, como consideramos, e observamos as várias razões para a sua existência, algumas dessas razões podem operar sobre nossos próprios corações, e que nós possamos sair desta Casa de Oração nós mesmos participantes desta extremamente grande alegria. Vamos considera-la tendo sido uma manhã bem sucedida se o povo de Deus for feito alegre no Senhor, e especialmente se aqueles que têm sido curvados e sobrecarregados na alma receberem o óleo de alegria em vez de pranto. Não há um meio para consolar os enlutados do Senhor, é uma obra especialmente cara ao Espírito de Deus, e, portanto, não deve ser levemente estimada. A tristeza santa é preciosa diante de Deus, e não é empecilho para a alegria piedosa. Que isso seja cuidadosamente observado em conexão com o nosso primeiro texto, que abundante luto não é razão pelo que eles não deveriam rapidamente ver uma alegria igualmente abundante, pois as mesmas pessoas que foram ordenadas por Neemias e Esdras a alegrarem-se estavam assim derretidas com pesar penitencial, “pois todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei”. A grande congregação, diante da porta das águas, sob o ensinamento de Esdras, foi despertada e ferida até ao coração; eles sentiram a borda da Lei de Deus como uma espada abrindo seus corações, rasgando, cortando, e matando, e bem poderiam lamentar: então era a hora de deixá-los sentir o bálsamo do Evangelho e ouvir a música do Evangelho, e, por isso, os antigos filhos do trovão canalizaram as suas notas, e tornaram-se filhos da consolação, dizendo-lhes: “Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus; então, não lamenteis, nem choreis. Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força” [Neemias 8:9-10].

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Agora aqueles que eram penitentes, e sinceramente convertidos ao seu Deus, foram ordenados a se alegrar. Como determinados tecidos precisam ser umedecidos antes que eles possam levar as cores brilhantes com as quais devem ser adornados, assim nossos espíritos precisam do adorno do arrependimento antes que possam receber a coloração radiante de alegria. A notícia alegre do Evangelho só pode ser impressa em papel molhado. Você já viu brilhar mais clara luz do que a que segue uma chuva? Assim, o sol transforma as gotas de chuva em pedras preciosas, as flores olham para cima com novos sorrisos e faces brilhantes de seu banho refrescante, e as aves dentre os ramos pingantes cantam com notas mais arrebatadores, porque eles tiveram uma pausa por algum tempo. Assim, quando a alma foi saturada com a chuva de penitência, o claro resplendor do amor perdoador produz flores da floração de alegria por toda parte. Os passos pelos quais ascendem ao palácio do deleite são geralmente úmidos com lágrimas. Tristeza pelo pecado é a varanda da Bela Casa, onde os convidados estão cheios da “Alegria do Senhor”. Espero, então, que os entristecidos, a quem este discurso virá, descobrirão e apreciarão o significado dessa Divina bênção no Sermão do Monte “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados”. Do nosso texto vamos extrair vários temas de reflexão, e deveremos observar: primeiro, há uma alegria de origem Divina, “A alegria do Senhor”, e em segundo lugar, que esta alegria é uma fonte de força para todos os que participam dela, “a alegria do Senhor é a vossa força”. Então vamos continuar a mostrar que essa força se revela sempre praticamente; nosso segundo texto nos ajudará ali: e concluiremos por perceber, em quarto lugar, que esta alegria, e, consequentemente, essa força, estão ao nosso alcance hoje.

I. HÁ UMA ALEGRIA DE ORIGEM DIVINA: “A alegria do Senhor”. Saltando do Senhor como sua fonte, ela será, necessariamente, de um caráter muito elevado. Desde que o homem caiu no Jardim, ele muitas vezes busca por seus prazeres, onde a serpente encontra os seus; está escrito, “sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida”, esta foi a condenação da serpente, e o homem, com ambição apaixonada, tem tentado encontrar seu prazer em seus apetites sensuais, e contentar a sua alma com o miserável pó da terra. Mas as alegrias temporais não podem satisfazer uma natureza imortal, e quando uma alma é uma vez vivificada pelo Espírito Eterno, ela não pode mais ocupar-se com a alegria mundana, ou mesmo com os prazeres comuns da vida, do que um homem pode respirar o vento e se alimentar dele, mas, amados, não somos deixados para procurar alegria, ela é trazida para nossas portas pelo amor de Deus, nosso Pai, a alegria refinada e satisfatória, condizente com espíritos imortais. Deus não nos deixou a vagar entre aquelas coisas insatisfatórias que zombam da presa

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que eles convidam, Ele nos deu apetites que as coisas carnais não podem satisfazer, e Ele providenciou satisfação adequada para esses apetites, Ele armazenou em Sua mão direita deleites para todo o sempre, os quais mesmo agora Ele revela pelo Seu Espírito para aqueles escolhidos a quem Ele instruiu há muito tempo para eles. Esforcemo-nos para analisar esse deleite especial e peculiar, que é aqui chamado de “A alegria do Senhor”. Ela brota de Deus, e tem Deus como seu objetivo. O crente que está em um estado espiritualmente saudável alegra-se principalmente em Deus, ele é feliz, porque há um Deus, e pelo que Deus é em Sua Pessoa e Caráter. Todos os atributos de Deus tornam-se nascentes de alegria para o crente reflexivo, pois tal homem diz dentro de sua alma, “Todos esses atributos do meu Deus são meus; Seu poder é a minha proteção; Sua sabedoria é a minha orientação, Sua fidelidade, é o meu fundamento; Sua graça é a minha Salvação”. Ele é um Deus que não pode morrer, fiel e verdadeira é a Sua promessa. Ele é todo amor, e ao mesmo tempo infinitamente justo, supremamente santo. Ora, a contemplação de Deus para aquele que sabe que esse Deus é o Seu Deus para todo o sempre é o suficiente para fazer os olhos transbordarem de lágrimas por causa da profunda, misteriosa, indescritível bem-aventurança que enche o coração! Não havia nada no caráter de Júpiter, ou em qualquer um dos falsos deuses dos gentios, para fazer qualquer um feliz, mas há tudo no caráter de Jeová, tanto para purificar o coração, e para torná-lo emocionado com deleite. Quão doce é pensar sobre tudo o que o Senhor fez, como Ele se revelou no passado, e, especialmente, como Ele demonstrou a Sua glória no Pacto da Graça, e na Pessoa do Senhor Jesus Cristo! Quão encantador é o pensamento de que Ele revelou a Si mesmo para mim, pessoalmente, e me fez ver nEle meu Pai, meu Amigo, meu Ajudador, meu Deus! Oh, se houver uma palavra fora do Céu que não pudesse ser superada, mesmo pelo brilho do próprio Céu, é esta palavra: “Meu Deus, meu Pai,” e que doce promessa, “Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. Não há mais valiosa consolação a ser encontrada; mesmo o Espírito de Deus não pode trazer para o interior do coração do Cristão nada mais pleno de prazer do que esta bendita consideração! Quando o filho de Deus, depois de admirar o caráter e maravilhando-se dos atos de Deus, pode ao mesmo tempo sentir: “Ele é o meu Deus, eu O tenho tomado para ser meu, Ele me tomou para ser Seu; Ele agarrou-me com a mão de Seu Amor poderoso, tendo me amado com um Amor Eterno, com as cordas de Amor Bondoso Ele me trouxe para Si mesmo, o meu Amado é meu, e eu sou dEle”, ora, então, a sua alma dançaria jubilosamente como Davi diante da Arca do Senhor, regozijando-se no Senhor com toda a sua força! Uma outra fonte de alegria é encontrada pelo Cristão que vive perto de Deus em um profundo senso de reconciliação com Deus, de aceitação com Deus e, ainda, além disso, de

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adoção e estreita relação com Deus. Não faz um homem feliz saber que, embora uma vez os seus pecados tenham provocado o Senhor, todos eles são apagados, e nenhum deles permanece; embora uma vez ele estivesse afastado de Deus e longe dEle pelas más obras, ainda assim ele é aproximado pelo sangue de Cristo? O Senhor não é mais um Juiz irado nos perseguindo com uma espada desembainhada, mas um Pai amoroso em cujo seio nós derramamos nossas tristezas, e encontramos facilidade para cada pontada no coração. Oh, saibam, amados, que Deus realmente nos ama! Eu sempre disse a vocês que eu não poderia pregar sobre esse tema, pois é um assunto para meditar em silêncio, uma questão para sentarmos por horas juntos e meditarmos. O Infinito amar uma criatura insignificante, uma sombra que declina! Não é isto uma maravilha? Quanto a Deus apiedar-se de mim eu posso entender, Deus condescender em ter misericórdia de mim, eu posso compreender; mas que Ele me ame? O Puro amar o pecador, o infinitamente Grandioso amar um verme, é incomparável, um milagre dos milagres! Tais pensamentos devem consolar a alma, e então, adicione a isso que o Amor Divino nos trouxe, os crentes, a uma relação real com Deus, para que sejamos Seus filhos e filhas, o que, novamente, é um rio de santo deleite! “Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho”. Nenhum ministro como labareda de fogo, embora perfeito em obediência, recebeu a honra da adoção! Para nós, mesmo para nós, criaturas frágeis de pó, é dado um benefício negado a Gabriel, pois, por meio de Jesus Cristo, o Primogênito, nós somos membros da família de Deus! Oh, o abismo de alegria que repousa na filiação a Deus e herança conjunta com Cristo! As palavras são vãs aqui. Além disso, a alegria que brota do espírito de adoção é outra parte da bem-aventurança do crente. Não pode ser um homem infeliz aquele que pode clamar, “Aba, Pai”. O Espírito de adoção é sempre observado pelo amor, alegria e paz, que são os frutos do Espírito, porque nós não recebemos o espírito de escravidão novamente para temer, mas temos recebido o espírito de liberdade e alegria em Cristo Jesus. “Meu Deus, meu Pai”. Quão doce o som! Mas todos os homens de Deus não fruem disso, você diz. Infelizmente, nós admitimos isso, mas também acrescentamos que isso é sua própria culpa. É o direito e porção de cada crente o viver na certeza de que ele está reconciliado com Deus, que Deus o ama, e que ele é filho de Deus, e se ele não vive assim, ele mesmo tem a culpa; se há qualquer faminto à mesa de Deus, é porque o convidado limita a si mesmo, pois a festa é superabundante. Se, no entanto, um homem vem, e oro para que todos vocês possam vir, a viver habitualmente sob um sentimento de perdão por meio da aspersão do sangue precioso, e em um deleitoso senso de perfeita reconciliação com o grande Deus, ele é o possuidor de uma alegria indizível e cheia de glória! Mas, amados, isso não é tudo. A alegria do Senhor no espírito nasce também de uma garantia de que todo o futuro, seja ele qual for, é garantido pela bondade Divina. Sendo filhos de Deus, o amor de Deus em relação a nós não é de caráter mutável, mas permanece e continua imutável. O crente sente uma plena satisfação em entregar-se nas mãos de eterno e imutável amor.

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Por mais que eu possa ser feliz hoje, se eu estou em dúvida quanto ao amanhã, há um verme na raiz da minha paz. Embora o passado seja agora doce em retrospecto, e o presente formoso em prazer, no entanto, se o futuro é sombrio com temor, a minha alegria é apenas superficial. Se a minha salvação ainda é uma questão de risco e perigo, a alegria sem mistura não é minha, e a paz profunda ainda está fora do meu alcance, mas quando sei que Aquele em quem tenho descansado tem poder e graça suficientes para completar aquilo que Ele começou em mim, e para mim; quando eu vejo a obra de Cristo não ser meia-Redenção, mas uma completa e eterna salvação; quando eu percebo que as promessas são estabelecidos sobre uma base imutável, e são sim e amém em Cristo Jesus, ratificadas pelo juramento e seladas pelo sangue, então a minha alma tem contentamento perfeito! É verdade, que olhando para a frente podem ser vistas longas avenidas de tribulação, mas a glória está no final delas. Batalhas podem ser previstas, e ai do homem que não as espera, mas o olho da fé percebe a coroa da vitória. Águas profundas são mapeadas sobre a nossa jornada, mas a fé pode ver Jeová vadeando esses rios conosco, e ela antecipa o dia em que subirá das margens do litoral, e entrará no descanso de Jeová; quando recebemos essas verdades inestimáveis de Deus em nossas almas, somos satisfeitos com o favor e plenos com a bondade do Senhor. Há uma teologia que nega aos crentes esta consolação; não entraremos em controvérsia com ela, mas tristemente avisamos que um castigo pesado pelos erros do sistema doutrinário reside na perda do consolo que a verdade teria trazido à alma. De minha parte, eu valorizo o Evangelho não só por a- quilo que ele fez por mim no passado, mas pelas garantias que ele me oferece da salvação eterna. “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” [João 10:28]. Agora, amados, eu ainda não os conduzi para o interior das grandes profundezas da alegria, embora aqueles ribeiros não sejam certamente, de maneira nenhuma, superficiais; há um poço de deleite para cada Cristão, quando ele entra em comunhão real com Deus. Falei da verdade que Deus nos ama e do fato de que estamos ligados a Ele por laços mui próximos e queridos, mas, quando estas doutrinas tornam-se experiências, então somos, de fato, ungidos com o óleo de alegria! Assim, entramos no amor de Deus, e este adentra em nós, quando andamos com Deus habitualmente, então a nossa alegria é como o Jordão na época da colheita, quando transborda em todas as suas ribanceiras. Você conhece o que significa andar com Deus, a alegria de Enoque; sentar-se aos pés de Jesus, a alegria de Maria; inclinar a cabeça sobre o seio de Jesus, a alegria familiar de João? Ah, sim, a comunhão com o Senhor não é uma mera conversa para alguns de nós; nós a temos conhecido na câmara da aflição; a conhecemos na solidão de muitas noites de descanso interrompido, nós a conhecemos sob desânimos, e sob tristezas e difamações, e todos os tipos de males, e nós consideramos que um pequeno cálice de comunhão com Cristo é suficiente para adoçar um oceano cheio de tribulação! Só de saber que Ele está perto de nós, e ver o brilho

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de Seus queridos olhos, transformaria até mesmo o Inferno, ele próprio, em Céu, se fosse possível para nós desfrutarmos de Sua Presença ali! Infelizmente, vocês não conhecem e não podem conhecer esta felicidade, vocês que bebem suas taças espumantes. Ouvindo o som de instrumentos de cordas, vocês não sabem o que essa bem-aventurança significa; vocês não têm sonhado com isso, nem poderiam entender, embora um homem a mostrasse a vocês. Como o animal no pasto não conhece os pensamentos de longo alcance daquele que lê as estrelas, e as linhas do firmamento, assim também o homem carnal faz tanto como um palpite de quais sejam as alegrias que Deus tem preparado para aqueles que O amam, as quais a qualquer dia e todos os dias, quando nossos corações as buscam, Ele nos revela por Seu Espírito! Esta é “A alegria do Senhor”: comunhão com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo. Amados, se nós chegamos a este ponto, devemos nos esforçar para manter nossa firmeza, pois nosso Senhor nos diz: “Permanecei em Mim”, o hábito da comunhão é a vida de felicidade! Outra forma de “alegria do Senhor” nos visitará praticamente todos os dias na honra de sermos autorizados a servi-lO. É uma alegria no valor de mundos o ser autorizado a fazer o bem, ensinar uma criancinha as suas letras, pois Cristo dará a um coração verdadeiro alguma prova da alegria do Senhor, se isto for feito conscientemente somente por causa do Senhor; o suportar a porção daqueles para quem nada está preparado, visitar os doentes, consolar o enlutado, ajudar os pobres, instruir os ignorantes, qualquer e todas essas obras Cristãs, se feitas em nome de Jesus, irão, na sua medida, nos dispor na alegria de Jeová! E felizes somos, irmãos e irmãs, se nós, quando não pudermos trabalhar, somos capazes de ainda repousar e sofrer, pois consentimento passivo é outro tubo de prata, através do qual “a alegria do Senhor” virá para nós! É doce sofrer sob a vara de Deus, e sentir que se Deus nos teria feito sofrer, é a felicidade fazê-lo assim; voltar a cair com a fraqueza da natureza, mas ao mesmo tempo com a força da graça, e dizer: “seja feita a Tua vontade”. É uma alegria, quando entre pedras de moinho esmagados como uma azeitona, nada é produzido, senão o óleo da gratidão; quando feridos sob o mangual da tribulação, ainda nada se perde, senão o joio, e rende-se a Deus o precioso grão da inteira submissão! Ora, isso é um pequeno Céu sobre a terra! Gloriar-se nas tribulações, também, este é um alto grau da subida em direção à semelhança de nosso Senhor. Talvez as comunhões habituais que temos com o nosso Amado, embora extremamente preciosas, nunca serão iguais àquelas que nós fruímos quando temos de romper espinhos e abrolhos para estar nEle. Quando nós O seguimos para o deserto, então nós sentimos o amor de nossas núpcias serem duplamente doce; é algo jubiloso quando no meio de circunstâncias tristes, nós ainda sentimos que não podemos lamentar, porque o Noivo está conosco; bem-aventurado é o homem que na mais terrível tempestade não é conduzido à parte de seu Deus, mas ainda

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cavalga sobre a crista das elevadas ondas mais próximas do Céu! Tal felicidade é a porção Cristã; eu não digo que cada Cristão a possui, mas tenho certeza de que todo Cristão deveria possui-la. Há uma estrada para o Céu, e tudo nela está seguro, mas no meio do caminho há um caminho especial, um caminho interior, e todos os que andam nele são felizes, bem como seguros. Muitos professos estão apenas dentro do recanto; eles andam na vala ao lado da estrada, e porque eles estão seguros ali, se contentam em suportar todos os inconvenientes de sua caminhada. Mas aquele que toma a coroa da Estrada elevada, e anda no centro do caminho que Deus pavimentou, encontrará que não haverá leão ali, nem qualquer animal feroz sobe, pois ali o próprio Senhor será seu Companheiro, e manifestará a Si mesmo a ele. Vocês Cristãos superficiais que apenas creem em Cristo, e malmente isso; cujas Bíblias não são lidas; cujos quartos de oração não são frequentados; cuja comunhão com Deus é uma coisa de espasmos, vocês não têm a alegria do Senhor, nem são fortes. Rogo-vos, não descansem como vocês estão, mas façam com que a sua fraqueza consciente os provoque a procurar os meios de força, e que os meios de força possam ser encontrados em um remédio agradável, doce, uma vez que é proveitoso: o delicioso e eficaz remédio da “alegria do Senhor”.

II. Mas o tempo me desapontaria ao prolongar-me sobre este mui frutífero assunto, e nós devemos voltar para o nosso segundo ponto, o qual é: ESSA ALEGRIA É UMA FONTE DE GRANDE FORÇA. Muito rapidamente permita-nos considerar esse pensamento; isto é assim porque essa alegria surge de considerações que sempre fortalecem a alma. Muito da profundidade de nossa piedade dependerá dessa nossa reflexão; muitas pessoas, depois de terem recebido uma doutrina, guardam-na em uma prateleira, pois eles são ortodoxos, eles receberam a verdade de Deus, e eles se contentam em manter essa verdade na mão como estoque morto. Senhores, em que consideração pode ser isso para você: guardar os seus celeiros de trigo, se você nunca mói o trigo para o pão, ou o semeia nos sulcos dos seus campos? O Cristão feliz é aquele usa as doutrinas do Evangelho como alimento espiritual como elas foram feitas para ser usadas! Ora, alguns homens podem muito bem ter um credo heterodoxo como um alguém ortodoxo, por toda a diferença que isso faz para eles; tendo a noção de que eles conhecem, e imaginando que conhecer é suficiente, eles não consideram, contemplam, ou estimam as verdades que professam crer, e, consequentemente, eles não derivam nenhum benefício a partir delas. Agora, contemplar as grandes verdades da eleição Divina, do amor eterno, das promessas do Pacto, da justificação pela fé, através do sangue de Cristo, e da habitação e permanência perpétua do Espírito Santo em Seu povo; voltar-se sobre estas coisas é extrair alegria delas, e isso também é forta-

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lecimento para o espírito! Prensar as uvas celestiais por meio da meditação, e fazer fluir adiante o vinho tinto em torrentes é tanto um exercício de fortalecimento, quanto é emocionante. A alegria vem das mesmas verdades que sustentam a nossa força, e vem pelo processo de meditação. Novamente, “a alegria do Senhor” dentro de nós é sempre o sinal e símbolo de uma vida espiritual forte. A vivacidade santa prenuncia vigor espiritual. Eu disse que aquele que tinha alegria espiritual a obteve pela comunhão com Deus e comunhão com Deus é a mais certa propulsão de força. Você não pode estar com um Deus forte sem obter força paras si mesmo, pois Deus é sempre um Deus transformador! Contemplando e olhando para Ele, a nossa semelhança muda até que nos tornemos em nossa medida como nosso Deus. O calor do sul da França, o qual muitas vezes você tanto ouve, não brota de suaves ventos amenos, mas a partir do sol; ao pôr do sol a temperatura cai. Você deve estar em um lado da rua, na Itália, e pensa ser Maio; atravessa a rua para a sombra, e é frio como Janeiro. O sol faz isso tudo. Um homem que caminha na luz solar da face de Deus, por essa mesma razão é aquecido e forte; a luz do sol da alegria normalmente anda com o calor da vida espiritual. À medida que a luz da alegria varia, o mesmo acontece com o calor da santa força, aquele que habita na Luz de Deus é ao mesmo tempo feliz e forte, e aquele que vai para a sombra, e perde a alegria do Senhor, torna-se, ao mesmo tempo, fraco; e assim a alegria do Senhor se torna a nossa força, como sendo um indicador da sua subida ou descida. Quando uma alma é muito vigorosa e ativa, é como a torrente que corre ao lado da montanha, que menospreza no inverno o reconhecimento das contenções de geada; em poucas horas as poças e riachos que se deslocam lentamente são acorrentados no gelo. Mas a suprema nevasca deve trazer adiante toda a sua força antes que possa algemar a apressada torrente; assim quando uma alma corre com a força sagrada da fé, é difícil congelá-la na miséria, seu vigor assegura a sua alegria! Além disso, o homem que possui “a alegria do Senhor”, encontra sua força em outro aspecto, que ela o fortalece contra a tentação. O que há ali pelo que ele possa ser tentado? Ele já tem mais do que o mundo pode oferecer como uma recompensa por traição, ele já é rico, quem o enganará com o prêmio da injustiça? Ele já está satisfeito; quem é aquele que pode seduzi-lo com iscas agradáveis? “Um homem como eu fugiria?” [Neemias 6:11]. O Cristão jubiloso é igualmente seguro contra a perseguição; eles podem muito bem suportar serem ridicularizados em ganhar tal avaliação como as que eles ganham. “Você pode zombar”, ele diz, “mas eu sei que a verdadeira religião está dentro de minha alma, e seu escárnio não me fará abandonar a pérola de grande valor”. Tal homem é feito também forte para suportar a aflição, pois todos os sofrimentos colocados sobre ele são apenas poucas gotas

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de amargura lançadas na sua taça de felicidade para dar um tom mais profundo para a doçura que delas absorve! Tal homem se torna forte para o serviço, também, o que não pode fazer aquele que é feliz no seu Deus? Por seu Deus, ele salta sobre uma muralha, ou se rompe por entre tropa! Ele é forte, também, para qualquer tipo de autossacrifício. Para Deus que tudo lhe dá, e continua a ser para ele como sua porção perpétua, tal homem entrega tudo o que ele tem, e não pensa em nenhuma rendição, está apenas, armazenando o seu tesouro em sua própria casa do tesouro particular, no próprio Deus da sua Salvação! Um homem alegre, como eu tenho agora em minha mente, é para todos os efeitos, um homem forte, ele é forte em uma forma calma e repousante; aconteça o que acontecer, ele não é irritado ou perturbado, ele não tem medo de más notícias, o seu coração está firme, confiando no Senhor. O homem irritado é sempre fraco; ele está com pressa, e faz as coisas mal feitas. O homem cheio de alegria interior é tranquilo, ele espera o momento apropriado e se inclina na plenitude de sua força. Tal homem, embora ele seja humilde, é firme e inabalável, ele não se deixa levar por todo o vento, ou se curva pela brisa, ele conhece o que ele sabe, e mantém o que ele tem, e a âncora de ouro da sua esperança adentra no interior do véu, e o prende rápido; sua força não é pretensiosa, mas real. A felicidade resultante da comunhão com Deus não gera nele nenhuma ostentação; ele não fala do que ele pode fazer, ele o faz! Ele não diz o que ele poderia suportar, mas ele suporta tudo o que ocorre, ele nem sempre sabe o que ele pode fazer, sua fraqueza é mais evidente a ele mesmo por causa da força que o Espírito Santo coloca sobre ele. Mas quando chega o momento, a sua fraqueza apenas ilustra o poder Divino, enquanto o homem prossegue calmamente conquistando e para conquistar. Sua luz interior o torna independente do sol exterior; seus celeiros secretos o tornam independente da colheita externa; suas fontes internas o colocam para além do pavor de que o ribeiro de Querite possa secar. Ele é independente dos homens e dos anjos, e destemido de demônios; todas as criaturas podem se voltar contra ele, se quiserem, mas uma vez que Deus é a sua grande alegria, ele não sentirá a falta do seu amor ou lamentará seu ódio! Ele permanece aonde os outros caem, ele canta aonde os outros choram, ele vence onde os outros fogem, ele glorifica a Deus aonde os outros trazem desonra sobre si mesmos e sobre o nome sagrado. Deus nos conceda a alegria interior que surge da força real, e é tão ligada a ela a ponto de ser, em parte, a sua causa.

III. Mas agora tenho que apressar-me em observar, em terceiro lugar, que ESSA FORÇA LEVA A RESULTADOS PRÁTICOS. Tenho certeza de que terei sua sincera atenção para isso, porque em muitos de vocês eu tenho visto o resultado que segue ao que falo agora. Eu não bajularia ninguém, mas meu coração foi cheio de ação de graças ao Deus de toda

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graça quando eu vi muitos de vocês regozijando-se no Senhor em circunstâncias dolorosas, e produzindo os frutos de uma força graciosa. Voltem-se, então para o nosso segundo texto, e ali observarão alguns dos frutos de santa alegria e força piedosa. Primeiro, isso leva a um grande louvor: “Os cantores cantaram em voz alta”, a sua cantoria foi calorosa e entusiasmada; o canto sagrado não é uma questão menor. O singular George Herbert disse: “Louvar é o fim da pregação.” Ele poderia ter ido além, e ter dito: louvar é o fim da oração? Afinal, a pregação e a oração não são os fins principais do homem, mas sim a glorificação de Deus, da qual o louvor a Deus em alta voz é uma forma. Pregar é a semeadura, a oração é a rega, mas o louvor é a colheita. Deus visa a Sua própria glória, assim, deveríamos nós, e: “Aquele que oferece o sacrifício de louvor me glorificará” [Salmos 50:23]. Sejam diligentes, então, em cantar os Seus louvores com entendimento. Nós temos afastado harpas e trombetas e órgãos; vamos pensar que nós realmente nos elevamos acima da necessidade deles. Acho que fazemos bem em dispensar estas ajuda da típica dispensação, pois eles são todos inferiores, até mesmo na música, à voz humana; certamente não há nenhuma melodia ou harmonia, como aquelas criadas por línguas vivas. Mas pensemos que nós não afastamos um átomo da alegria! Vamos ser felizes quando na congregação nos unimos em salmodia. É uma coisa lamentável ouvir os louvores de Deus proferidos profissionalmente, como se a mera música fosse tudo; é horrível ter uma dúzia de pessoas no banco da mesa cantando por vocês, como se fossem procuradores de todo o conjunto! É chocante para mim estar presente em lugares de culto onde nem um décimo das pessoas nunca se aventuram a cantar absolutamente, e estes o fazem através de seus dentes tão suavemente, que alguém teria necessidade de ter um microscópio inventado para os ouvidos para capacitá-lo para ouvir o esforço moribundo! Fora com tal balbucio e assassinato de louvores a Deus! Se os corações dos homens fossem alegres e fortes, eles desprezariam tal adoração miserável! Nesta casa todos nós tentamos cantar, mas nós não poderíamos fazer mais serviços de louvor? Temos tido uma reunião de louvor de vez em quando; não deveríamos fazer uma reunião louvor toda semana? A reunião de oração não deveria ser mais do que nunca animada por louvor? O canto do povo de Deus deve ser, e se eles fossem mais cheios da força divina seria, mais constante e universal. Como pecadores cantam o louvor de Baco nas ruas! Vocês dificilmente podem descansar no meio da noite, sem que sons indecorosos os assustassem. Porventura os devotos do vinho cantam tão vigorosamente, e ficaremos em silêncio? Nós não somos muitas vezes culpados de perturbar o mundo com a nossa música; os dias em que o zelo Cristão interferiu com o ímpio parece ter passado; nós temos

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nos estabelecido em mais ordens, e eu temo que também em mais tibieza. Oh, pelo grito do velho Metodista! Irmãos e irmãs, acordem seu cantar novamente! Que o Senhor nos dê novamente um tempo de canto, e faça com que todos nós O louvemos com o coração e com a voz; até mesmo os adversários dirão: “O Senhor fez grandes coisas por eles”. E vamos responder: “Sim, você fala a verdade, Ele fez grandes coisas por nós, pelas quais nós estamos alegres”. Talvez não tem havido tão grande a bênção sobre as Igrejas da Inglaterra, porque elas não têm prestado devidas ações de graças. Em todo o tempo em que estamos em apuros somos ansiosos e orantes; quando um príncipe está doente, boletins são emitidos a cada hora ou quase isso, mas ah, quando a misericórdia vem, poucos boletins são anunciados convidando-nos para bendizer e louvar o nome de Deus por Suas misericórdias! Louvemos ao Senhor desde o nascer até ao pôr-do-sol, porque grande é o Senhor, e Ele é mui digno de ser louvado! O próximo resultado é grande sacrifício. “E ofereceram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram”. Que dia é aquele em que a Igreja de Deus atualmente faz grandes sacrifícios? Eu não vi isso no calendário recentemente. E, infelizmente, se os homens fa-zem qualquer sacrifício, eles muitas vezes o fazem de um modo que indica que eles escapariam da inflexão se pudessem! Poucos fazem grandes sacrifícios e se alegram, você pode convencer um homem a dar uma soma considerável; um grande número de argumentos, finalmente o vencem, e ele faz isso é porque ele teria tido vergonha de não fazê-lo, mas em seu coração ele desejava que você não tivesse vindo neste caminho, e tivesse ido para algum outro doador. Esse é o presente mais agradável a Deus, o que é dado alegremente; é bom sentir que qualquer que seja o bem que você possa presentear a Igreja, ou o pobre, ou o doente, isto é como que o dobro de benefício para você que o dá. É bom dar, porque você ama dar, como a flor que derrama o seu perfume, porque nunca sonhou em fazer de outra forma; ou como o pássaro que treme com a canção, porque é um pássaro, e encontra um prazer em suas notas; ou como o sol que brilha, não pela força, senão porque, sendo um dom, ele deve brilhar, ou como as ondas do mar, que refletem o brilho do sol, porque é a sua natureza refletir, e não acumular a luz! Oh, ter tal graça em nossos corações para que fizéssemos sacrifícios jubilosos ao nosso Deus! Que o Senhor conceda que possamos ter muito desta, pois trazer as primícias à casa do tesouro é o caminho para a bênção. Como diz a Escritura: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes”. Após isso, há a certeza de seguir outras expressões de alegria. Eles “se alegraram; porque Deus os alegrara com grande alegria”. Eles não se limitaram a cantar e sacrificar; quando as rodas da máquina são bem oleadas, toda a máquina prossegue facilmente, e quando o

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homem tem o óleo da alegria, então, no seu negócio, e em sua família as rodas de sua natureza deslizam suave e harmoniosamente, porque ele é um homem satisfeito e feliz. Há alguns professos que imaginam que a tristeza do Senhor deve ser a sua força, pois eles se gloriam no espírito de escravidão, e em uma experiência descrente; tendo grande familiaridade com a corrupção de seus corações, por vezes, de um caráter demasiado prático. Eles fazem as deformidades dos santos serem seus lugares de beleza e os seus defeitos serem suas evidências. Tais homens denunciam todos os que se alegram no Senhor, e somente toleram o incrédulo. A força deles reside em serem capazes de levá-los através de todas as catacumbas da escuridão da natureza, e mostrar-lhes a podridão de seus corações malignos. Bem, tal força como esta, deixem-na ter os que quiserem, mas nós estamos persuadidos de que nosso texto está mais próximo da sabedoria: “A alegria do Senhor é a vossa força”. Embora nós conheçamos algo de nossa corrupção, e a lamentamos, embora saibamos algo sobre os problemas do mundo, e às vezes lamentamos enquanto os carregamos, ainda assim, há uma alegria na obra perfeita de Cristo, e uma alegria em nossa união com Ele que nos eleva muito acima de todas as outras considerações! Deus vem para nós com tal força, que não podemos deixar de mostrar a nossa alegria em nossa vida comum. Mas, depois, o texto nos diz que a santa alegria conduz à felicidade da família. “E até as mulheres e os meninos se alegraram”. É assim nesta Igreja. Eu recentemente tenho visto várias crianças de famílias que Deus tem abençoado, e eu tenho me regozijado ao ver que o pai e a mãe conhecem o Senhor, e que mesmo o último da família foi levado a Jesus. Ó famílias felizes, onde a alegria não se limita a um, mas onde todos participam da mesma! Eu não gosto muito daquele Cristianismo que faz um homem sentir: “Se eu for para o Céu, isto é tudo o que me importa”. Ora, você é como um fogão alemão, que eu encontrei no quarto de um hotel em outro dia, uma espécie de fogão que exigiu toda a madeira que eles poderiam trazer apenas para aquecer-se, em seguida, todo o calor subiu pela chaminé. Sentamos em torno dele para aquecer-nos, porém escassa e rara partícula de calor saiu dele para nós. Muitos precisam de toda a religião que possam obter para alegrar os seus próprios corações, e suas pobres famílias e vizinhos sentam-se tremendo no frio da impiedade. Sejam como aqueles fogões bem construídos de nossas próprias casas, que propagam todo o calor na sala; propaguem o calor da piedade em sua casa, e façam com que todos os vizinhos participem da bênção, pois assim o texto termina: “a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe”. A alegria do Senhor deve ser observada em toda a vizinhança, e muitos que de outro modo poderiam ter sido descuidados da religião verdadeira, então, perguntarão: “O que faz essas pessoas felizes, e gera tais famílias felizes?”. Sua alegria será, assim, missionária de Deus!

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IV. E agora eu tenho que concluir. ESTA ALEGRIA, ESTA FORÇA, ESTÃO AMBAS A NOSSO ALCANCE! “Porque Deus os alegrara com grande alegria”. Somente Deus pode nos dar essa grande alegria! Então, ela está ao alcance de qualquer um, pois Deus pode dar a um, bem como a outro; se ela dependesse de nossas boas obras ou de nossas habilidades naturais, alguns de nós jamais poderiam alcançá-la, mas, se Deus é a fonte e o doador dela, Ele pode dar para mim, assim como a você, meu irmão, minha irmã, e para vocês, assim como para os outros. Qual foi a maneira pela qual Deus deu essa alegria? Bem, primeiro, Ele a deu a essas pessoas através de sua condição de ouvintes atentos. Eles não eram apenas ouvintes, mas eles ouviram com os seus ouvidos, seus ouvidos estavam na Palavra, que foi lida para eles; e sugaram-na, recebendo-a em suas almas. Um ouvinte atento está no caminho para ser um receptor da alegria! Tendo-a ouvido, eles sentiram o poder dela, e eles choraram. Será que isso parece o caminho para a alegria? Isto deveria acontecer! Eles receberam as ameaças da Lei com todos os seus terrores em suas almas, eles deram-se para que o martelo da Palavra os quebrasse em pedaços; eles se submeteram à Palavra de reprovação. Oh, que Deus incline todos a fazerem o mesmo, pois essa, mais uma vez, é a maneira pela qual Deus concede alegria! A Palavra é ouvida, a Palavra é sentida; então depois disso, quando eles sentiram o poder da Palavra, vemos que eles adoraram a Deus devotamente. Eles curvaram a cabeça, suas posturas indicaram o que eles sentiam interiormente; adoradores com corações penitentes realmente adoram a Deus; eles nunca reclamarão de Sabaths cansativos. Adoração nos auxilia na alegria; aqueles que podem se curvar baixo o suficiente diante do trono, serão elevados tão alto diante deste trono quanto o seu coração possa anelar! Lemos, também, que esses ouvintes e adoradores compreenderam claramente o que ouviram. Nunca estejam contentes em ouvir um sermão a menos que vocês possam compreendê-lo, e se há uma verdade que está sobre vocês; esforcem-se por ela, lutem para conhecê-la; leitor da Bíblia, não se contente em ir através das palavras do capítulo. Ore ao Espírito Santo para que lhe diga o significado, e use os meios apropriados para descobrir qual o significado! Pergunte a quem conhece, e use seu próprio julgamento esclarecido para desvelar o sentido. Quando é que vamos ter acabado com o formalismo da adoração, e entrarmos em adoração viva? Às vezes, por todo o verdadeiro cantar que há aqui, a música poderia muito bem ser em latim ou em grego. Ah, conhecer o que vocês estão cantando, saber o que vocês estão dizendo em oração, saber o que vocês estão lendo, obter isso, chegar corretamente a isso, compreender isso, este é o caminho para a santa alegria. E um outro ponto; aquelas pessoas, quando entenderam o que tinham ouvido devotamente, estavam ansiosas para obedecer. Eles obedeceram, não só os pontos comuns da Lei em que o antigo Israel havia decorado com exemplos, mas eles descobriram uma instituição antiga, que havia sido enterrada e esquecida. O que foi aquilo para eles? Deus havia orde-

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nado a eles a celebração, e ao fazê-lo, esta alegria peculiar veio sobre eles. Oh, o momento em que todos os crentes buscarão a Palavra de Deus; quando eles não se contentarão em dizer: “Eu me juntei a certo corpo de Cristãos, e eles fazem isso, e por isso eu o faço”. Que nenhum homem diga mais a si mesmo: “Tal é a regra de minha Igreja”, mas que possa, cada um, dizer: “Eu sou servo de Deus, e não servo de homem; nem o servo de trinta e nove artigos; do Livro de Oração, ou do Catecismo. Eu me firmo em meu próprio Mestre, e o único Livro da Lei que reconheço é o Livro de Sua Palavra, inspirada pelo Seu Espírito”. Oh, bendito dia, quando cada homem dirá: “Eu quero saber se eu estou errado; eu desejo saber o que estou fazendo; estou ansioso para seguir o Senhor plenamente”. Bem, então, se a sua alegria em Deus o conduz à obediência prática, você pode estar certo de que isso o tornou forte da melhor maneira. Amados irmãos e irmãs, tivemos, antes de que eu fosse embora para o descanso necessário, um verdadeiro espírito de oração entre nós. Eu parti para o continente alegremente, porque eu deixei com vocês os nomes de cerca de 80 pessoas sugeridas para a membresia da Igreja. Meus amados oficiantes, com grande diligência, visitaram estes e outros, e no próximo Dia do Senhor esperamos receber mais de uma centena, talvez uns 120 novos membros na Igreja. Bendito seja Deus por isso! Eu não sentiria ser fácil partir, se vocês estivessem em um estado estéril, frio, morto; mas havia um fogo real em chamas no altar de Deus e as almas estavam sendo salvas! Agora eu desejo que este zelo gracioso continue a ser renovado; este não se foi na minha ausência, eu creio, mas eu anelo que agora uma nova explosão do Espírito de Deus sopre a chama mui veemente. Vamos nos reunir amanhã para a oração, e faça com que a oração seja muito diligente! E permitam que esses lutadores quem têm sido movidos por súplica agonizante; renovem o ardor e fervor de seus desejos, e que possamos ser um povo forte e, consequentemente, um povo alegre na força e alegria do Senhor! Que os pecadores em grande número olhem para Jesus e sejam salvos! Amém e amém. Porção da Escritura lida antes do Sermão: Neemias 8.

ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

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2 Coríntios 4 1

Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, 3 na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está 4 encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória 5 de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo 6 Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, 7 para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 10 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus 11 se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na 12 13 nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, 14 por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará 15 também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de 16 Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o 17 interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação 18 produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se Issuu.com/oEstandarteDeCristo não veem são eternas. 2


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