Filhos cada fase novos desafios - Giovani e Elizabeth Zimmermann

Page 1



Editores Giovani Luis Zimmermann Elisabeth Russi de Carvalho Zimmermann 4a Ed. Brasileira Julho 2017 As citações bíblicas foram extraídas da Nova Versão Internacional (NVI), salvo quando indicado. Todos os grifos ou negritos são dos autores.

Z73f

Zimmermann, Giovani. Filhos – cada fase novos desafios / Giovani Zimmermann e Elisabeth Zimmermann – Blumenau : Legere/Nova Letra, 2017. 4ª Edição. 144 p. : il. ISBN 978-85-67477-38-4 1. Ensino do cristianismo. 2. Educação de filhos. 3. Orientação de pais. 4. Zimmermann, Elisabeth. I. Título. CDD 207

4 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..............................................................................9 Capítulo 1 É TEMPO DE RESTAURAÇÃO.......................................................11 Capítulo 2 RESPONSABILIDADES DOS PAIS SOBRE OS FILHOS NA ETAPA PRÉ-ESCOLAR (De 0 à 5 anos) ...............................19 Capítulo 3 DETALHES DESTA FASE FUNDAMENTAL DOS NOSSOS FILHOS ...............................................................29 Capítulo 4 PREPARANDO OS FILHOS PARA A VIDA ESCOLAR ...........43 Capítulo 5 PERIGOS E CUIDADOS NESTA ETAPA ....................................... 59 Capítulo 6 MINISTÉRIO DOS PAIS COMO EDUCADORES - ETAPA: 6 À 12 ANOS ....................................67 Capítulo 7 UFA! CHEGOU A ADOLESCÊNCIA! E AGORA?....................83 Capítulo 8 PROBLEMAS COMUNS NA ADOLESCÊNCIA .......................91 Capítulo 9 OS FILHOS COMO JOVENS DOS 18 AOS 30 ANOS .............105 FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 5

Capítulo 10


OS JOVENS EM SEUS PLANOS E METAS ................................. 117 Capítulo 11 OS PAIS COMO SOGROS E AVÓS................................................. 131


Dedicamos esta obra ao nosso Pai do céu que nos adotou em seu coração desde antes da formação do mundo (Ef 1, 3-6) e que com muito amor tem nos amado e nos disciplinado como filhos. (Hb 12) Aos nossos pais Victor e Bartira Zimmermann e Victor e Maria Eunice de Carvalho, que com limitações por não conhecerem a Verdade da Palavra, deram o seu melhor e nos formaram com caráter receptivo a conhecer a Deus. Aos nosso filhos, Giovani Jr., Rafael, Priscila e Débora Bartira que foram “cobaias” no nosso processo de aprendermos uma paternidade alinhada aos padrões estabelecidos por Deus. Mesmo assim, perdoaram os nossos erros e se deixaram moldar pelo ensino, repreensão e correção muitas vezes com vara. Hoje, colhem os frutos de serem reconhecidos como homens e mulheres que manifestam a verdade e a sabedoria da Palavra de Deus, servindo ao Deus de seus pais, que os levou a serem reconhecidos também no ministério dentro do corpo de Cristo. Nossa gratidão também as nossas noras, Sofia e Sara e nossos genros Nyllson e Abhel, que têm acrescentado e enriquecido a nossa vivência e experiência familiar, e são hoje filhos do coração. Aos nossos netos, Giovana, Emanuel e Miguel (Giovani e Sofia), Sara Raquel, Davi Timóteo e Rebeca (Rafael e Sara), Israel e Isabel (Abhel e Priscila) e Ana Vitoria, Lara Beatriz e Daniel Felipe (Nyllson e Debora Bartira), que são a coroa dos idosos, como diz em Pv 17, 6: “Os filhos dos filhos são uma coroa para os idosos, e os pais são o orgulho de seus filhos.” Principalmente somos gratos a Cristo Jesus, que pagou o preço, para que tudo isso pudesse acontecer na vida de todos nós.



INTRODUÇÃO A sociedade nos dias de hoje está cada vez mais confusa e perdida quanto à educação de filhos. Algumas áreas da psicologia, dos livros de autoajuda sugerem opiniões que não são bíblicas, mas sim humanistas. A correria dos pais em ganhar mais para “ter”, vindo a oferecer conforto, altas e últimas tecnologias e todo tipo de modernidade para a família, isto tem tirado as mães dos lares para o competitivo mercado de trabalho, e entregando seus filhos a terceirização das creches e outros, como babás, avós, TV, games, internet para influenciar, informar e deformar a criança desde a mais tenra idade. O resultado é o individualismo, frieza familiar, rebeldia, filhos enterrados em relacionamentos virtuais e perigosos, games, drogas, sexo e gravidez precoces, associados a casamentos e abortos precipitados e destrutivos e pais cada vez mais distantes, perdidos e envergonhados em relação a seus filhos e, por consequência, em relação aos seus netos. Esse livro tem como objetivo orientar os pais no desafio de cada etapa de vida dos filhos. Nosso alvo principal é fazer o coração dos pais voltarem-se ao coração dos filhos e não somente ajudá-los a tentar fazer com que seus filhos tenham um comportamento visível e aparente menos vergonhoso. Queremos mostrar aos pais como desenvolver neles o temor do Senhor, a sujeição, obediência e a honra aos pais e as autoridades FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 9


que o protegerão contra todos os ataques externos e lhe darão longevidade e felicidade, fazendo deles homens e mulheres íntegros, que farão a diferença nesta geração corrompida predita por Jesus em Lucas 17. 16-30. Por isso, a criação e formação de nossos filhos devem estar alinhadas aos princípios eternos e imutáveis da Palavra de Deus, que serão aqui amplamente citados, transcritos e alguns repetidos, pois Deus zela por sua Palavra para fazê-la cumprir (Jr 1.12). A educação dos nossos filhos tem como maior peso, o nosso próprio exemplo de autênticos filhos de Deus que amam a Deus de todo o coração e praticam seus mandamentos, como nos adverte Dt 11. 13-28; Lc 6. 46-49 e Sl 112. Pais, queremos animá-los a voltar ao “Manual do Fabricante” provado pelo tempo e comprovado por milhões de pais que não confiaram em si mesmos, nem no conselho dos ímpios, nem se amoldaram ao padrão deste mundo, mas, transformaram-se pela renovação das suas mentes e viveram na dependência de Cristo em nós e através de nós. Sua Palavra nos diz: “Sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (Jo 15. 5), lembre-se sempre de que “Se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam”, como mostra o Sl 127 e 128. Para que haja êxito nas avaliações e conselhos deste livro, Jesus tem que ser o Senhor e o construtor do ‘seu’ lar e ‘você’ não deve só ler o que nós compartilhamos, mas, DEVE LER e PRATICAR os textos da Bíblia que fundamentam os nossos conselhos. Desejamos, como pais de quatro filhos e avós de onze netos, que vocês tenham a alegria que temos de constituir uma família que serve a Deus e que subirá toda no arrebatamento, em breve Js 24,15 e Lc 17 26-36. Giovani e Elisabeth Zimmermann

10 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Capítulo 1

É TEMPO DE RESTAURAÇÃO Uma vez que haviam matado o Senhor Jesus, mas Ele não permaneceu na morte, antes, venceu-a, ressuscitando dentre os mortos e voltando para o Pai, como descrito em Atos 1. 1-11, que termina assim: “Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles. E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir”. Em Atos 3.21, na segunda grande pregação do Novo Testamento, vemos esta declaração escatológica: “É necessário que ele permaneça no céu até que chegue o tempo em que Deus restaurará todas as coisas, como falou há muito tempo, por meio dos seus santos profetas.”

FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 11


MAS, O QUE DEUS RESTAURARÁ? Não tem como pensar em um mundo de coisas que Deus pode restaurar antes que Cristo volte para buscar sua Igreja e Noiva para o arrebatamento, sem que Ele restaure TUDO COMO COMEÇOU em Gênesis 1 e 2. Deus começou Seu Plano Eterno com o casamento e com a multiplicação de filhos à imagem dos pais, que devem ser a imagem do Pai, do Filho e do Espírito Santo, como está bem claro em Gn 1. 26-28; Cl 3. 8-10; Jo 14. 1-3. Então, antes de abordar sobre os nossos filhos queremos refletir sobre o que deve ser restaurado, antes do fim, em sua vida e família, antes de abordarmos sobre os filhos propriamente dito. Mas, o que Ele vai restaurar antes do arrebatamento, da segunda vinda de Cristo? 1 – O CASAMENTO COMO ‘ELE’ PLANEJOU: Em Lc 17. 26-30 vemos Jesus profetizar como estariam destruindo a honra e o valor do casamento, como Deus criara em Gn 1.26-28, quando Ele diz: “Assim como foi nos dias de Noé, também será nos dias do Filho do homem. O povo vivia comendo, bebendo, casando- se e sendo dado em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então veio o Dilúvio e os destruiu a todos... “Aconteceu a mesma coisa nos dias de Ló. O povo estava comendo e bebendo, comprando e vendendo, plantando e construindo. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma – cultura do homossexualismo e depravação sexual -, choveu fogo e enxofre do céu e os destruiu a todos. Acontecerá exatamente assim no dia em que o Filho do homem for revelado.” Isto fica confirmado, que estamos passando pela geração que está vendo tudo isto acontecer e que deve experimentar a restauração do padrão imutável de casamento, como em Hb 13. 4 e a posição do homem e da mulher numa verdadeira Família de Deus, como descrito em 1 Co 11. 3 e Efe 5.22 a 6. 4! Queremos 12 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


transcrever e comentar Hb 13. 4 e 1Co 11. 3, respectivamente: Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros. Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo. Tanto você como eu, muitas vezes ficamos indignados pelo que estão tentando fazer para desonrar e destruir o casamento, a posição e responsabilidade bíblica do homem e da mulher, do pai e da mãe e até de novos conceitos de famílias. Se nós sentimos isto, imagina Deus? O final disto é como Lc 17. 26-30 diz literalmente e visivelmente. A segunda coisa que Ele precisa restaurar para que Cristo volte para levar os Seus é o que vamos abordar neste livro. 2 – A PATERNIDADE RESPONSÁVEL, COMO DEUS PLANEJOU 2.a – ADVERTÊNCIA ESCATOLÓGICA: Também está descrita em Gn 1. 26-28 como Deus ‘abençoou’ o casamento para serem férteis e multiplicarem a imagem e semelhança do Deus da criação em seus filhos. Nos 2 últimos versículos do Antigo Testamento, em Mal 4. 5,6 lemos, Ele mesmo profetizando: “Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e temível dia do Senhor. Ele fará com que os corações dos pais (ab) se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário, eu virei e castigarei a terra com maldição.” O ‘ab’ colocado entre parêntesis no texto, não tem nas traduções em português, mas nós colocamos a palavra no original que significa: pai de um indivíduo, Deus como Pai de seu povo, cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã, gerador todos estes termos nos reportam a responsabilidade do “pai”, como homem e cabeça e gerador de uma nova geração, que representa a Pessoa de Deus como FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 13


Pai. Diante disto, avalie e responda nossas perguntas a seguir: • Será que Deus sabia que, neste mundo ‘pós-moderno’ e do ‘tempo do fim’, o coração dos pais (ab = pai homem e gerador) estaria voltado para as facilidades das riquezas, bens, estudos, ministério? ( )sim ( )não ( )talvez • Também que os homens estariam com seus corações voltados para ‘moda’ de casarem-se e se darem em casamento? ( )sim ( )não ( )talvez • Que até a própria igreja de Laodicéia, que tanto vemos hoje, estaria se amoldando aos padrões de prosperidade, de decadência moral, ética e familiar deste mundo? ( )sim ( )não ( )talvez • Será que Ele está avisando que a prioridade Eterna, não é dar o melhor estudo, roupas, aparelhos eletrônicos de última geração, condições de conectarem-se com o mundo virtual, jogos e games, mesmo sabendo que isto possa conectá-los com o submundo da pornografia, de relacionamentos virtuais, do vício de drogas e de games e, assim, lançá-los para o inferno e para serem maldição na terra, nesta geração? ( )sim ( )não ( )talvez • Será que isto Deus adverte ao Seu povo hoje? ( )sim ( )não ( )talvez • Você é parte do Seu povo? Isto adverte o “seu coração”? ( )sim ( )não ( )talvez. Com sinceridade, leia e confirme isto em Mt 6. 19-34; 1 Tm 6. 6-10 e Ap 3. 14-22 e responda ainda: • Aonde está o seu tesouro, seu bem maior? Deus( ) Família( ) Profissão e ministério( ) Dinheiro e bens( ) • Então, onde está o seu coração? Deus( ) Família( ) Profissão e ministério( ) Dinheiro e bens( ) • A quem você está servindo, amando e buscando mais? Deus( ) Família( ) Profissão e ministério( ) Dinheiro e bens( ) • O que você pode levar deste mundo: o dinheiro e o que 14 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


ele pode trazer para você( )? Sua alma e família( ) O Amor de Deus e Seus valores eternos( )? • Como Noé, você pode e deve levar a sua família a salvação e ao arrebatamento? ( )sim ( )não ( )talvez Relembramos que a palavra em Ml 4. 5,6 traduzida como pais é ‘ab’ da mesma raiz da palavra grega ‘aba’ de Rm 8.25, que se refere a Deus Pai. Esta palavra no grego ‘ab’ se refere ao pai homem, assim descrito: ‘ab’ = 1) pai de um indivíduo 2) referindo- se a Deus como pai de seu povo 3) cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã. Então, como ‘homem’ de Deus e discípulo de Cristo, o que decide ‘você’ decide fazer de sua família, de seus filhos? Eles são ou serão “benção ou maldição” na terra? Aqui neste livro, queremos desafiar primeiramente o “homem” que precisa voltar à sua posição, como Deus estabeleceu na criação, quando disse Deus: “-Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança... Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou”. Aleluia por que Ele não desiste de depositar no ‘homem cristão’ esta responsabilidade de ser a Sua Imagem, de representá-LO e multiplicar-se formando família de Deus Pai, assim exercer Sua Autoridade aqui na terra, tendo como referencial ‘Jesus Cristo Homem’, como deixou reforçado em 1 Co 11. 3 e Ef 5. 22 a 6.4. 2.b – COMO FAZERDOS FILHOS “BÊNÇÃOS” NA TERRA? São muitos os textos que nos advertem para que isto aconteça com os filhos e a família de alguém que teme a Deus, mas, depende de nós, especialmente o PAI ‘ab’, O HOMEM tomar posição diante do Deus da Bíblia, desenvolvendo uma paternidade responsável, como vemos em Dt 11. 13-28, dos quais transcrevemos: “...Portanto, se vocês obedecerem fielmente aos mandamentos que hoje lhes dou, amando o Senhor, o seu Deus, e servindo- o de todo o coração e de toda a alma... Gravem estas minhas palavras no coração e na mente; amarrem-nas como FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 15


sinal nas mãos e prendam-nas na testa. Ensinem- nas a seus filhos, conversando a respeito delas quando estiverem sentados em casa e quando estiverem andando pelo caminho, quando se deitarem e quando se levantarem. Escrevam- nas nos batentes das portas de suas casas, e nos seus portões... “Prestem atenção! Hoje estou pondo diante de vocês a bênção e a maldição. Vocês terão bênção, se obedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, que hoje lhes estou dando; mas terão maldição, se desobedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, e se afastarem do caminho que hoje lhes ordeno, para seguir deuses desconhecidos.” Outros textos, como Elias, que nos dão a direção para esta Paternidade voltada para a Eternidade e para a restauração da Imagem de Deus Pai: Ef 1. 3-6; 6. 1-4; Hb 12. 4-17; Pv 22.6; 13.24; 19.18,19; 20.7,11; 22.15; 23.13-15; Tg 1.19-22; Sl 112.1,2; 78 todo; 127 e 128 também o capítulo todo. 2. c – A FAMÍLIA E A NOSSA ETERNIDADE: Uma advertência clara também está em 1 Tm 5. 4 e 8: “Mas se uma viúva tem filhos ou netos, que estes aprendam primeiramente a colocar a sua religião em prática, cuidando de sua própria família e retribuindo o bem recebido de seus pais e avós, pois isso agrada a Deus... Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente.” Releia e pense nisto: Será que irá morar com o Pai, quando Cristo voltar, em breve, para buscar Sua Igreja, alguém que conhece e experimenta a fé e depois ‘nega a sua fé’, por não crer que “Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, para que a Ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre!”? E alguém que é ‘pior’ que um descrente? Você dá prioridade e cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família?

16 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Se Jesus voltar hoje do céu, para o arrebatamento, pela sua atitude e testemunho em seu casamento e com seus filhos e pais, em sua família: VOCÊ VAI OU FICA? Você quer subir e ser parte do casamento de Cristo e da Família do Pai por toda eternidade? Então, leia Apocalipse do capítulo 19 a 22 e estude com o coração o que transmitimos neste livro, dando total valor e atenção aos textos bíblicos.

FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 17


18 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Capítulo 2

RESPONSABILIDADES DOS PAIS SOBRE OS FILHOS NA ETAPA PRÉ-ESCOLAR (De 0 à 5 anos) Vivemos um tempo de profundas e muito rápidas mudanças de princípios e valores que, infelizmente, têm afetado o cristianismo, a Igreja Cristã, que até poucos anos atrás fazia toda a diferença na vida e na família de um VERDADEIRO CRISTÃO, e, por consequência, a sociedade era, de uma certa forma, influenciada e cristianizada, vivendo por muitos séculos, dentro de parâmetros bem definidos de virgindade, namoro, casamento honrado, pais e filhos lutando por um padrão de honra e caráter muito uniformes em toda a sociedade religiosa, como também na maioria das pessoas sem Deus e ímpias. Qualquer pessoa ou família que saísse destes parâmetros éticos e morais, era discriminado e ‘mal visto’ entre os familiares, na vizinhança e na cidade! FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 19


Hoje vivemos uma situação “inversa”: qualquer pessoa ou família, inclusive dentro da Igreja Cristã, que vive estes parâmetros de valores e princípios da Bíblia, de jovens santos, puros e virgens, casamentos honrados, inseparáveis e santos, o coração dos pais voltados para formarem seus filhos com caráter e conduta de Cristo e filhos obedientes e orgulho para seus pais, tal pessoa ou família que busca viver isto, é discriminado e ‘mal visto’ entre os familiares (inclusive dos mais velhos), na vizinhança, na igreja e na cidade! O pior é que as leis dos homens, hoje, PROÍBEM alguém que queira viver isto e, mais ainda, os pais que quiserem ainda educar e disciplinar seus filhos dentro dos princípios bíblicos e cristãos. Por causa destas leis e das perseguições e ditadura de uma minoria anti-Deus e anti-família, os professores e orientadores de creches e escolas são orientados a ‘pressionar’ as crianças para ‘delatarem’ seus pais, caso queiram ‘se impor’ em qualquer orientação religiosa ou corrigir, castigar ou bater em seus filhos, podendo, neste caso, os pais perderem o direito de serem pais ou até, de serem presos. Vivemos realmente no “fim do fim dos tempos”, como a Bíblia tanto nos adverte! Ao entrarmos, de fato, no Reino da Luz e nos submetermos, de todo o coração, ao Senhorio de Cristo, isso nos leva, consequentemente, a assumirmos, DIANTE DE DEUS, uma PATERNIDADE RESPONSÁVEL. Disto surge a pergunta: “O QUE DEVEMOS FAZER COMO PAIS RESPONSÁVEIS, SOB O SENHORIO DE CRISTO e QUE BUSCAM PRATICAR, PELA FÉ, A VONTADE DE DEUS EXPRESSA NA BÍBLIA?” Deus responde essa pergunta em Sua Palavra. Ela é rica em ensinamentos e direções inspiradas na Eterna Sabedoria (Pv. 8). Obedecer Seus princípios é a única garantia de êxito que temos. Ouvir e seguir “outras vozes e leis,” que são muitas por aí, que contradigam os preceitos de Deus, por mais sábios, lógicos e ameaçadores que sejam, somente garantem frustrações e desgraças para os pais e para os filhos, cedo ou tarde, tão visíveis nesta geração de filhos rebeldes, promíscuos, drogados 20 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


e violentos! Não é isto o que você tem visto e ouvido, cada vez mais? É isto que você quer? Se continuar como está sua vida, casamento e filhos é este caminho que está a frente? A Bíblia ensina, em resumo, que o dever dos pais para com os filhos é triplo: 1. AMAR, DEDICAR-SE e SER CARINHOSO: Is 49. 15; Sl 103. 11-18; Ml 4. 5-6; 1 Co 12. 31 a 13. 8; 2. ENSINAR, INSTRUIR, DAR DIREÇÃO, MOSTRAR O CAMINHO: Pv 4 todo; Pr 22. 6; Ef 6. 1-4 3. DISCIPLINAR, ESTABELECER OS LIMITES, REPREENDER, CORRIGIR OS FILHOS: Pv 13. 24; 14. 26-27; Hb 12. 4-13. Ore, leia e releia orando com atenção, os textos acima, e alguns versículos estão transcritos abaixo, aplicando-os em sua vida! 1 - AMAR, DEDICAR-SE e SER CARINHOSOS, como Deus Pai é conosco: Is 49. 15: “Haverá mãe que possa esquecer seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa esquecê-lo, eu não me esquecerei de você! Vamos reforçar, mais a frente, o vazio e feridas que causa na alma e às vezes, no corpo de um filho, na hora de uma enfermidade, a falta de compaixão de uma mãe que deixa seu filho com outros, nos seus primeiros dias e anos, para ir trabalhar, não por pão, mas, para ter mais riquezas em casa. Sl 103. 11-18: ... “Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o SENHOR tem compaixão dos que o temem; pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó... Mas o amor leal do Senhor, o seu amor eterno, está com os que o temem, e a sua justiça com os filhos dos seus filhos, com os que guardam a sua aliança e se lembram de obedecer aos seus preceitos.” Aqui é o mesmo contexto, mas, referindo-se ao pai que não tem compaixão do seu filho, mesmo sabendo o quanto ele FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 21


é frágil e precisa da segurança, orientação, carinho e amor de seu pai. Quantos de nós, hoje adultos temos traumas e marcas na vida, por falta de um pai cheio de compaixão que voltasse seu coração e desse mais valor a nós quando crianças, do que as suas funções na igreja, as suas profissões, diversões ou paixões? Isto fica bem claro no texto de Hb 12 que citamos acima, nos versos 12 e 13 transcritos logo a seguir e que citam... “antes, seja curado”. 1 Co 13. 4-8: O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece. Você tem buscado e vivido este nível de amor comprometido com o melhor para os outros? 2 - ENSINAR, INSTRUIR, DAR DIREÇÃO, MOSTRAR O CAMINHO, com nosso exemplo: Pv 22. 6: Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles (NVI). Agora o mesmo verso na Revista e Atualizada (RA): Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele. Pare e pense agora! Quais os objetivos que você tem para seus filhos? Estes alvos têm fundamentos claros no seu amor e temor a Deus, na sua aliança e obediência a Sua Palavra? É você mesmo que tem ensinado seus filhos ou outros? O que tem sido ensinado e instruído para ele e que mesmo com o passar dos anos não se desviará deles? Ef 6. 1-4: Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. “Honra teu pai e tua mãe” - este é o primeiro mandamento com promessa - “para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra”. Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor. Você está sob esta promessa? Você perdoou seus pais e, por isso, honra 22 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


e tem voltado o seu coração para eles? Você ensina seus filhos a honrar seu pai e sua mãe, para que eles também possam estar guardados nesta promessa? Eles veem vocês perdoando e honrando os avós deles? O que eles seguirão: o ensino ou o exemplo de vocês? Lembre-se de Malaquias 4. 5-6, já transcrito antes e volte seu coração para seus pais e para seus filhos, antes do grande e temível dia do Senhor, do contrário, o próprio Deus vem e castigará você com maldição! Ou Ele muda a Sua Palavra? Quem tem que mudar? 3 - DISCIPLINAR, ESTABELECER LIMITES, REPREENDER, CORRIGIR OS FILHOS, como Deus Pai diz e faz com Seus filhos amados: Totalmente ao contrário do que o mundo ensina, a Palavra de Deus diz: Pv 13. 24: Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo. Releia algumas vezes este versículo e o próximo e responda: O que Deus diz sobre amar seu filho contraria o conselho e as leis dos ímpios? ( )sim ( )não ( )talvez. Você tem amado seus filhos, pelo padrão da Bíblia? ( )sim ( )não ( )talvez. Hb 12. 4-13: “Na luta contra o pecado... Vocês se esqueceram da palavra de ânimo que ele lhes dirige como a filhos: “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho”. Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai?... Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados. Portanto, fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. “Façam caminhos retos para os seus pés”, para que o manco não se desvie, antes, seja curado.” A falta de disciplina, de amor do pai, não apenas não ensina os filhos na luta contra o pecado neles e deles, como os FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 23


nossos, mas, também este amor e entrega do pai humano em disciplinar, causando tristezas momentâneas, mas é isto produz a justiça e o caráter de um filho de Deus nos nossos filhos. Se isto não acontece, disciplina em amor e com amor, quantos de nós, agora como adultos, precisamos ser curados! Sabemos, por outro lado, que as três forças determinantes na formação de uma pessoa, desde sua geração, gestação, até a idade de adulto, são: • A força da “herança genética”: aspectos inerentes aos genes, como os temperamentos e caracteres familiares; • A força “ambiente onde vive”: influência esta recebida pelo que se vê, se ouve e se vivencia, isto desde a gestação, infância e adolescência, especialmente junto com aqueles que mais convivemos. Por isso, a criança deve estar ao máximo na companhia e dedicação da mãe e do pai responsáveis e nunca entregue a terceiros; • A força da “vontade e decisão própria”: pode ter recebido uma carga muito negativa de males das duas anteriores, mas, cada um tem o “livre arbítrio” de escolher o que realmente quer semear e colher para sua vida, como descreve Gálatas 6. 7-10: Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé. Por este e muitos outros textos bíblicos, nós pais, não podemos mais nos justificar que não aprendemos ou não recebemos isto de nossos pais, só recebemos muitas coisas ruins. Você e eu temos que decidir o que vamos semear daqui para frente e o que queremos colher para nós, para nosso casamento e família: destruição ou vida eterna! 24 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Neste curto espaço de tempo da idade pré-escolar, durante estes aproximados cinco primeiros anos, a influência determinante mais importante é o AMBIENTE. Isto é, NO PLANO DE DEUS, somente o LAR deveria ser o principal ambiente de convívio e aprendizado com o pai e, especialmente com a mãe. Este sim deveria ser o elemento de formação mais forte neste período. Mas, o que vemos hoje? Quem e o que mais influência de fato as crianças, enquanto os pais estão fora? Pare e pense um momento! Deixe a compaixão que Deus tem com você se manifestar, pois Ele sabe que você é pó e você sabe da fragilidade dos seus filhos! Quem e o que mais estão influenciando seus filhos? São vocês, pai e mãe juntos e sendo exemplos e com objetivos claros? E quando eles forem adolescentes, jovens e casarem-se, o que eles vão refletir disto ou estão refletindo hoje? É claro que nos anos seguintes, outros fatores como a escola, trabalho, amizades poderão exercer influências importantes em sua formação, pois a INFLUÊNCIA MAIOR os pais já deram EM CASA ou outros na creche, na TV, internet (ou “infernet”), etc! Lembra-se de como era até uns 40 anos atrás? O pai era o provedor e quem dava as primeiras direções no caráter e trabalho dos filhos, enquanto a mãe reforçava o cuidado e os ensinamentos de educação e responsabilidades desde dentro de casa, pois ali era o seu habitat, seu trabalho e dedicação. Os filhos só iam para a escola aos 6 ou 7 anos. Neste ambiente do lar, ainda que com falta de orientação bíblica e com muitos erros, mesmo assim, formaram filhos com respeito e honra aos pais e que tinham um caráter e idoneidade muito acima dos filhos de crentes destes últimos dias que antecedem a volta de Cristo, onde os pais não têm voltado os seus corações para seus filhos, especialmente, nestes anos fundamentais de 0 a 5 anos, e o resultado é visto e notório: filhos desobedientes, rebeldes e que andam mancos e se desviam logo na adolescência, como visto em Hb 12. 11-13.

FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 25


Para entendermos melhor a importância no aprendizado e formação definitivos da criança nos primeiros anos de vida, detalharemos melhor algumas coisas: Durante o período do nascimento até os 2 anos, naturalmente, a mãe deve ser a pessoa mais próxima do filho, como visto no item 1 acima em Is 49.15. ELA é a pessoa designada por Deus - e não outras como vemos tanto hoje - para preencher suas latentes necessidades físicas, afetivas e espirituais. Entretanto, neste período é importante ainda, a presença do pai e sua relação direta com o bebê, são fundamentais para seu bom desenvolvimento psicoemocional e espiritual. O pai, além de dar a direção, cobrir, sustentar, respaldar e apoiar a mãe, deve ir construindo uma relação pessoal com o filho desde antes dos primeiros dias de vida, orando, acariciando e profetizando no ventre e barriga da mãe. Nós fizemos muito isto, pois, desde o ventre agradecíamos pelos filhos, profetizávamos que seriam homens e mulheres de Deus e já orávamos pelos seus cônjuges e casamento. Hoje vemos os quatro casados e servindo o Senhor com seus cônjuges! É a realização disto que compartilhamos com você aqui neste material! Também com você e seus filhos, nos anos que se seguirão, a estes primeiros, a figura paterna de força, serenidade, muito amor e carinho com autoridade irá tomando cada vez mais realce e valor para a criança. Veja como o sistema do ANTICRISTO já opera, pois, se vê cada vez mais os pais assumindo com dedicação tudo o que o mundo materialista ‘pós moderno’ impõe, relaxando e desprezando o cuidado com a família e o valor de seus filhos e da importância insubstituíveis da dedicação e exemplo do pai e da mãe, para formação da imagem de Deus Pai na vida deles. Vejamos o que diz 1 João 2. 18: Filhinhos, esta é a última hora e, assim como vocês ouviram que o anticristo está vindo, já agora muitos anticristos têm surgido. Por isso sabemos que esta é a última hora. Vale salientar que este mesmo ‘sistema’ quer é afastar os pais de seus filhos, e para isto, recentemente o Brasil aprovou 26 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


as leis alterando a IDADE ESCOLAR OBRIGATÓRIA, que agora é de 4 ANOS. Isto significa que os pais são OBRIGADOS a colocar seus filhos em escolas, a partir dos 4 anos e isto é mais uma destas ingerências destrutivas dos homens movidos pelos espíritos do erro, do anticristo e anti-Deus, afrontando e tentando anular os princípios e valores eternos de Deus para a família, que sempre foi e continua sendo, mais do que nunca, onde se ‘forma’ ou se ‘deforma’ o ser humano para a sociedade e para a igreja. Neste contexto, nos perguntamos: - Concretamente, como deve ser a concentração e prioridade do nosso trato e dedicação com as crianças nesta idade pré-escolar? Disto surgem então algumas outras perguntas: • Como são elas? • O que devem elas alcançar, nesta etapa de suas vidas em relação a sim mesmas, no seu lar, em relação aos pais e irmãos? Na sociedade, em relação aos outros? Na relação com Deus? E na Igreja? • Que problemas e perigos as cercam nesta etapa? • Que literatura e outros materiais podem ajudar-nos a melhorar nosso trato com elas?

FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 27


28 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Capítulo 3

DETALHES DESTA FASE FUNDAMENTAL DOS NOSSOS FILHOS Esta etapa da vida das crianças – desde a notícia da gravidez até os 5 anos – já temos visto como é fundamental todo o investimento dos pais em amar, ensinar e disciplinar a criança no caminho em que deve andar, segundo os objetivos que temos para ela, que isto fica registrado no seu HD/cérebro e, mesmo com o passar dos anos, e até quando envelhecer, ela não se desviará daquilo que ‘inculcamos’ e ela presenciou em sua volta. Agora vamos dividir estes 5 anos em fases específicas e estudaremos detalhes que nos ajudarão a errar o menos possível e encaminhar este ser humano a nós confiado por Deus e que teremos que prestar contas. Vejamos estas etapas específicas. São elas: 1. Etapa intrauterina ou pré-natal 2. Etapa do Berçário (0 a 2 anos) 3. Etapa da Primeira Infância (dos 3 a 5 anos) FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 29


1 - ETAPA PRÉ-NATAL Quando a notícia de um bebê aparece devemos aceitar esta vida como uma benção, um galardão do Senhor (Sl 127.3). Deus, em seus sábios desígnios tem determinado confiar essa criatura debaixo de nossa custódia e responsabilidade. Nunca devemos entendê-lo como um intruso que vem “atrapalhar” nossos planos pessoais, profissionais, financeiros e ministeriais. A partir dos 18 dias de gestação, o cérebro começa a desenvolver-se formando as células nervosas que posteriormente serão os neurônios. Durante este processo, o feto produz mais células neuronais do que necessita quando nascer e muitas delas morrem se não são estimuladas. Por isso, orar, cantar, falar e declarar amor, profetizar e colocar música para o bebê quando ainda está no útero da mãe é essencial para ajudá-lo a potenciar a sua inteligência. O correto desenvolvimento do bebê também depende da nutrição da mãe durante a gravidez. Desta forma, as mulheres que se encontram grávidas devem prestar especial atenção à sua alimentação e estado emocional durante os 9 meses. Sabe-se, também, cientificamente, hoje, que o HD da criança, o cérebro, 50 por cento é formado até o nascimento. Depois, chega aos 75 por cento até os 3 anos e 95 por cento até os 6 ou 7 anos e é no cérebro que ficam registradas não só as informações que ela recebeu, mas também as experiências emocionais de cada período deste e o resultado disto “gravado” no HD/memória da criança, exatamente isto vai saindo depois destas fases. Isto quer dizer e sabe-se que aquilo que ela ‘sentiu’ na vida intrauterina, soma-se àquilo que a criança ouviu, viu, e começou a falar e fazer, a partir do seu nascimento até 6 ou 7 anos, tudo isto é o que começa a ser visto nela lá pelos os 6 ou 7 anos, mas, ficam muito fortes na adolescência e juventude e permanecendo, estas ações e reações, positivas ou negativas, as vezes, para toda a vida. A isto chamamos ‘traços de cará30 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


ter’ da pessoa, que foram, em sua grande maioria, registrados, marcados e firmados na sua gestação e infância! Estes estudos científicos só confirmam o que a Bíblia diz! Como já vimos antes, é na formação do cérebro/HD da criança, que quantas marcas e traumas começam a ser registradas na mente dela ainda na sua formação intrauterina, que poderão trazer sérios danos à personalidade e caráter futuro dos filhos, que se manifestam mais tarde, por problemas e conflitos interiores e as vezes inconscientes, como: • Rejeição ou “acidentalidade” na sua geração; • Problemas de rejeição, agressão física ou moral, acidentes, quedas, doenças ou vícios no período de sua gestação, no ventre de sua mãe; • Desentendimentos entre os pais e agressões físicas e emocionais na mãe e da mãe agitada e tensa, que se transmite ao embrião; • Falta de carinho do pai e da mãe, e entre eles, quando ainda no ventre; • Problemas no momento do parto e choque no primeiro contato com o mundo de fora; Nós experimentamos isto com nossa filha Priscila que nasceu na enchente destruidora de 1983, quando morávamos em Rio do Sul SC. Havíamos a poucos dias nos mudado para a cidade quando começaram dias e dias de chuvas. A cidade não estava acostumada com enchentes. Nós nos assustamos e perguntávamos aos vizinhos e conhecidos e todos diziam que onde morávamos nunca chegou água, pois morávamos em frente aos Bombeiros. Na sexta a tardezinha quando Giovani voltou do trabalho, a água estava acumulando na rua. Em 30 minutos um carro que passava pela rua ficou na água e começou a entrar água na casa, pelos ralos. Estávamos todos assustados, nós 2, nossos 2 filhos de 1 ano e meio e o outro de 3, e a Beth grávida de 8 meses. Pedi que ela arrumasse uma mala com roupas para que os bombeiros os levassem, mas, não deu tempo e foram os 3 para a casa de amigos. No outro dia as FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 31


águas chegavam a casa destes e tivemos que fugir por cercas de propriedades de vizinhos, para a casa de outros colegas de trabalho, nos morros. Nesta casa eram 4 filhos, sendo uma especial e que gritava muito. Assistíamos pela TV o que acontecia em todo o estado de SC e, durante um noticiário noturno, Beth agradecia que nossa filha estava no ventre e que pelo menos assim ela não estava sentindo e presenciando todo este terror. Pouco depois, a bolsa se rompeu e tivemos que correr em meio a ruas alagadas e imundas de lamas até o único hospital que estava fora da enchente. O nosso carro havia ficado debaixo da água em casa e emprestamos um que enguiçou no caminho do hospital. Estou resumindo, mas, parece um filme de suspense, não é? Mas, depois de muita tensão e medo de saques e tudo, fomos ajudados por pessoas e chegamos ao hospital! Uuufaa! Mais outra luta, pois, não haviam médicos, pois todos estavam na enchente. Então eu corri atrás de um médico e quando cheguei à casa dele, ele estava saindo para o hospital, pois, havia ferido uma das mãos. Enfim, quando chegamos com o médico, a Priscila já havia nascido nas mãos das enfermeiras e Beth estava muito debilitada e a nossa filha na UTI neonatal, onde permaneceu por uns 12 dias. Por que contamos isto? Mesmo com todo o carinho e amor que ela recebeu e com a qual era esperada, estes últimos dias intrauterinos, deixaram nela marcas e traumas, que o Espírito Santo foi trazendo a luz, como algumas inseguranças e dependências dos pais, mas que também tem ministrado curas tremendas. Hoje Priscila já é casada há mais de 12 anos e tem 2 lindos filhos – Israel e Isabel – e junto com seu marido Abhel servem o Corpo de Cristo em Brusque, onde pegamos outra enchente juntos, em 2011. Aleluia! Não deixemos que nosso egoísmo e que a preocupação de todo o trabalho e abnegação que significa esta nova presença em nosso lar, obscureça o gozo e deleite que significa 32 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


esta benção de Deus. O mundo hoje só fala dos filhos como “incômodos” e “estorvos” à liberdade do casal, mas na Igreja não pode ser assim! O rechaço, a rejeição ou descuidos já citados, ainda que nesta etapa, no ventre da mãe, serão causas de feridas, traumas e sofrimentos posteriores para o filho e, muito mais ainda, para os pais cristãos. É importante, desde a notícia da vinda de um filho (ou mais de um), orar agradecendo ao Senhor, organizar a vida familiar e preparar a cada componente do lar para receber com alegria e ações de graças a este novo membro da família de Deus. Se é o primeiro bebê, prepare-se o casal e se for o 2º, 3º ou 4º, como no nosso caso que tivemos 4 filhos em 5 anos, preparar também os outros filhos para receberem o novo irmão. Quando temos aconselhado casais sobre o ter filhos, sempre sugerimos que não tenham muito distantes um do outro, e muito menos SÓ UM, pois, a criança criada muito SÓ, tende a ser mais egoísta, a exigir e dominar mais os pais, não aprende a dividir os pais, o quarto, os brinquedos e tende a ser mais isolada. Se, como nós, forem mais próximos – nosso caso os 4 em 5 anos – eles aprendem a brigar e se acertar, a tomar e repartir, pedir perdão e perdoar, a cuidarem uns dos outros, pois, se tornam muito amigos. No nosso caso, por serem primeiro 2 rapazes e depois 2 moças, quando o mais velho tinha 5 anos, já tinha o Rafael, a Priscila e a Débora que estava nascendo. Os 4 foram crianças juntos, adolescentes juntos – imagine ser pai e mãe de 4 adolescentes ao mesmo tempo -, e se casaram um cada ano e hoje são escudos um para os outros e os melhores amigos, junto com seus cônjuges. Imagina quando conseguimos estar juntos os 10 adultos e os 11 filhos deles! Que escola de amor! 2 - ETAPA DO BERÇÁRIO (0 a 2 ANOS) Por isto exposto, estamos ante a etapa mais importante da vida. Todas as experiências, ensinamentos e influências que FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 33


a criança começa a receber nesta época, marcarão de forma imensurável, seja para o bem ou para o mal. É o tempo em que elas começam a manifestar suas ‘manhas’, choros e gritos para tentar impor os seus conceitos, valores e vontades fortes e a formarem os hábitos repetidos, se assentando as bases que imprimem (inculcam) os princípios que regerão a personalidade e a conduta dos filhos cada vez mais fortes e difíceis de mudar, à medida que os anos passam. Se as experiências são positivas, formaremos um indivíduo saudável emocional e espiritualmente, e com isto, feliz e realizado ele e nós como pais. Se as experiências são negativas, podemos causar feridas que acabam em traumas e complexos que ensombrecerão (obscurecerão) e deformarão o caráter e a personalidade, de forma, talvez, irreversível, a nível humano. Com muita razão disse Inácio de Loyola: - “Dá-me uma criança até seis anos, depois faça o que queres”. Também por isso, governos tiranos, guerrilheiros e seitas procuram ter mais filhos e investem tanto em ‘doutrinar’ as crianças para defenderem seus interesses destrutivos e impositivos. Nós cristãos temos que ‘acordar’ e voltar o nosso coração para nossos filhos, urgente. Quando o Senhor diz em Provérbios 22.6 “Instrui a criança no caminho em que deve andar...”, Ele se refere a ensinar lhe e educar lhe em TODOS os aspectos da vida, não só no espiritual. A ordem do Senhor abrange todas as áreas que Deus criou no homem: física, mental, emocional, volitiva (vontade própria), social, cultural e espiritual. Que enorme tarefa! Porém, a boa notícia é que foi Deus quem fez esta criança, como mostra claro o Salmo 139. Deus a conhece, ela é única! Deus, nosso pai, tem um plano para esta vida que Ele colocou em nossas mãos. Como pais responsáveis e tementes a Deus, nós devemos ajudá-Lo a realizar esse plano, afinal, ELE nos confiou estas preciosidades, heranças e galardão do Senhor como também nos afirmam os Salmos 127 e 128. Lendo estes 2 Salmos você vai ver que eles come34 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


çam assim: “Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção” ... no Salmo 128: “Como é feliz quem teme o Senhor e anda em seus caminhos! Se você atentar para a sequência dos dois textos, você observará o que afirmamos antes: Aqui Deus está falando para o HOMEM, MARIDO, PAI E AVÔ que é quem define o padrão de sua vida e família. Também mostra o padrão bíblico do que realmente é um homem feliz! Releia com muita atenção os 2 Salmos e fixe bem no 128. Você verá que “feliz” é o homem que teme a Deus e anda em seus caminhos, este é feliz por conseguir ter uma família que lhe faz feliz: sua esposa/mulher, seus filhos e até nos seus netos são o maior motivo de vida e de realização! QUE DEUS É ESSE, que sabe o valor da família para a segurança, realização e felicidade de um homem que O teme e quer cumprir o Seu Plano Eterno de viver como Pai de sua família? Ver Ef 1. 3-14 e 3. 14-21. Passaremos a analisar alguns detalhes desta fase tão sensível e tão importante, especialmente para quem tem o primeiro filho: A - FISICAMENTE Suas características principais é o movimento e o crescimento: • O movimento é essencial para o seu crescimento; • O movimento é essencial para o seu desenvolvimento; • O movimento é essencial para dar saída ao excesso de energia produzida. Nós dizemos em certos momentos de estresse: - Pare! Fique quieto! Deus diz: Mexa-se! Movimente-se! Descubra e desenvolva! Também é aqui, nesta etapa e nestes movimentos que temos que prestar atenção para qualquer anormalidade nisto de ‘movimentar-se’, pois caso isto não aconteça devem os pais procurar orientação médica para ver se não há alguma anoFILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 35


malia ou doença congênita, que pode ser tratada e curada, se começar nesta idade. B – MENTALMENTE A criança é uma descobridora: • Descobre sua mãe ou, infelizmente, a pessoa que a assiste e nela deposita sua confiança. Por isso é importante que a mãe esteja junto com a criança neste período; • Descobre seu mundo, tocando, olhando, experimentando, pegando, quebrando, etc; • Descobre-se a si mesma, explorando seu próprio corpo, e usando-o para exercer e impor a sua própria vontade, chorando, berrando, batendo pé, etc. Não se deve suprimi-la, porém, tão pouco alimentar sua imposição e seu egocentrismo. É a hora de começar a ensinar, repreender e corrigir, colocando-a dentro de seus limites, e a desenvolver uma disciplina, para que os pais não comecem a ser servos do pequeno e forte ser, para não dizer teimoso e desafiador. • Aqui deve aprender lições básicas da sua vida, especialmente que, nem tudo é como a gente quer e o ‘não’ faz parte da vida, e para viver, enfrentamos, todos, tristezas e frustrações, como já vimos em Hebreus 12. C – SOCIALMENTE É inteiramente dependente dos outros, necessita de atenção e afeto, mas, é concentrada em si mesma. • Todos os seus pensamentos e atitudes são: eu, para mim, meu; isto é um mecanismo que o faz centro do seu próprio mundo. Todos devem satisfazer seu “eu”, senão “eu” choro, grito, bato pé, etc, e com isto, descobre logo nos primeiros dias e meses, que todos vão dar atenção para ‘mim’ e fazer o que ‘eu’ quero. A criança quer que todo o sistema se adapte à sua vontade. É cla36 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


• • • •

ro que os seus pais devem colocar os limites e fazer da disciplina um ato de amor à criança e de fé e obediência a Deus Pai; Nesta etapa ela brinca, ri e se diverte só; Percebe a hipocrisia. Conhece aos que a amam verdadeiramente e aos que ela pode dominar; Começa a perceber quem e como ela pode dominar e exercita isto enquanto puder e se não houver disciplina e limites, ‘reina’ e ‘inferniza’ o ambiente; Tudo está sendo registrado no HD de seu cérebro!

D – ESPIRITUALMENTE É uma imitadora. Seu comportamento será o reflexo do que ela vê ao seu redor. Seus hábitos ou costumes serão quase em sua totalidade determinados pelo meio ambiente do lar ou da onde ela estiver aprendendo. Se ela vê os pais reclamando das coisas, ou os vê orando sempre e em tudo dando graças, ela estará imitando. Se ela vê as pessoas em sua volta reclamando, assistindo, cantando e falando porcaria, ela vai imitar. É importante os pais voltarem seus corações para seus filhos nesta etapa inicial tão curta de 2 anos, onde quase 75 por cento do cérebro está formado e registrando tudo. Que vocês como os pais dediquem todo o tempo possível em ensiná-los e orientá-los pacientemente, pois não é fácil para a gente que gerou e recebeu este galardão, e os teremos por muitos anos junto a nós, muito mais difícil será ‘outros’ terem paciência e voltarem seus corações para eles e manifestarem o Amor do Pai que disciplina para nosso bem e para sermos participantes de Sua Santidade. Pense nisto! Não vale a pena ficar longe deles, pois tanto eles precisam de nós pais, quanto nós os pais precisamos deles para sermos felizes por todos os anos de nossas vidas, ou não. Depende da gente, queridos! Nós temos experimentado esta maior felicidade que um homem e uma mulher podem colher, que nenhum bem ou posição social ou FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 37


ministerial pode ser comparada! Vamos seguir conhecendo este ser tão ingênuo e frágil, mas, tão dominador, pois crescendo, chega na Primeira Infância. 3 – ETAPA DA 1ª INFÂNCIA (3 a 5 ANOS) Começa uma etapa bem diferente dos 2 primeiros anos e a criança já se torna mais conhecida e a manifestar o seu temperamento e caráter mais forte ou mais tratável, pois, até os 3 ou 4 anos parece que a criança não responde aos ensinos e as disciplinas dos pais que a amam. Alguns pais por não saberem disto, começam a ‘não crer’ no que a Bíblia ensina sobre a disciplina, e por não ‘verem’ uma mudança esperada, desistem e começam a aceitar as imposições e rebeldias. Por isso, cuidar de sua própria família é que vai provar a nossa fé e nos revela como verdadeiros crentes e filhos de Deus, como afirma Pv 22. 6 e 1 Tm 5. 8 já vistos antes, mas, você deve reler, agora neste contexto que estamos vendo. Então, vejamos algumas características diversas desta fase: A. FISICAMENTE Se é uma criança de temperamento mais sanguíneo ou colérico, ela será mais um foguetão e brincalhão. Seu programa diário resume-se em quatro palavras: COMER, DORMIR o menos possível, BRINCAR e PULAR o máximo que der e, é claro, este foguetear, correndo, pulando, brincando, empurrando e sendo empurrado, de vez em quando o foguete “cai” e se machuca! Mas, se é uma criança mais fleumática ou melancólica ela terá o seu programa diário também resumido em quatro palavras: COMER, DORMIR o mais possível, BRINCAR mais quieta e na sua, e PULAR se der e, é claro, este foguetear menos, faz com que o foguete “caia menos”! Nós fomos premiados por Deus, pois, 2 dos nossos eram (e são até hoje) mais sanguí38 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


neos e coléricos, por isso eram muito rápidos e mais difíceis de disciplinar e 2 deles, mais fleumáticos e melancólicos, isto é, mais sossegados e mais fáceis de lidar. Tratamos sobre isto no nosso livro: Temperamentos conhecidos e controlados. B. MENTALMENTE É um “perguntão”; quer saber tudo! Agora que pode falar, usa a pergunta para conhecer e ser conhecido. • Tem grande curiosidade, não só por conhecer as coisas, mas também os “POR QUÊS” de tudo que está em sua frente e dos ensinos e ordens dos pais. É preciso equilíbrio e discernimento para saber o que é “preciso” explicar e o que “não deve” ser explicado, para não “alimentar” sua confrontação às determinações dos pais, que são sinais de rebelião, pois ela quer saber por quê, para saber se é lógico obedecer ou não; • Sua atenção é breve e involuntária, pois não consegue se concentrar por muito tempo; • Memória pouco desenvolvida, por isso é bom repetir e relembrar alguns ensinos básicos e, dependendo da situação, até alguma ordem; • Imaginação e criatividade fantásticas, especialmente para se sair de alguma indagação séria, confronto com o pecado e para mostrar que não precisa de disciplina com castigo ou vara; • Vocabulário escasso, por isso, devemos cuidar com as palavras usadas no ensino, não usando linguagem de adulto e nem de bebê demais, pois os torna bebezões por muito tempo. C. SOCIALMENTE É um pouco menos dependente, porém, ainda concentrado em si mesmo. • Se satisfaz mais com seu próprio brinquedo; FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 39


• Não consegue entender o seu lugar social no mundo. Os pais precisam mostrar sua importância na família, na igreja e no plano de Deus, com palavras proféticas e muito carinho com abraços e beijos. D. ESPIRITUALMENTE É uma criancinha e dela é o Reino dos céus, por isso, é natural que seu amor pelo Senhor será proporcional ao que ele vê e ouve dos pais, especialmente do pai, como já abordado em Dt 6. 13-28, pois: • Recebe facilmente os ensinamentos fundamentais acerca de Deus e pode reconhecê-Lo na natureza e nas coisas até invisíveis, se os pais assim se empenharem em mostrar e repetir muitas vezes; • Aprende nos acontecimentos diários os “Princípios de Vida” da Palavra, se lhes forem ensinados sobre, por exemplo: perdão, fazer para os outros o que quer o façam, retribuir o mal com o bem, ser pronto para ouvir e tardio para falar e para irar-se, etc. Só que todo o ensino será respaldado pela vida e exemplo dos pais ou de quem lhes estiver cuidando e ensinando; • É impressionável e muito sensível a toda influência espiritual; daí a importância de evitarmos locais e programas de TV e internet, que possam influenciá-los pelo mal. No caso de influências espirituais de outros ambientes que precisam os filhos estar, como escola, vizinhos e parentes, alguma festinha de aniversário, sempre devemos cobri-los, orando antes e depois quando retornam ao convívio do lar e perguntando o que viram, ouviram e presenciaram lá. As atitudes das pessoas, no ambiente ao vivo ou na TV, não são os problemas únicos, mas, os espíritos que as movem, as enganam e as escravizam, mas, que produzem as influencias e as lutas, dentro delas e entre elas, como 40 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


nos adverte Efésios 6: 10-12: Finalmente, fortaleçam- se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. São estas ‘forças espirituais do mal’ que vão influenciar nossos filhos, que são muito sensíveis, e que estarão operando na vida deles desde cedo e trazendo esta influência para dentro de nossa casa e família! Você decide hoje que influência espiritual quer para seu filho e para seu lar hoje e para a vida de seu filho, talvez para sempre, como já vimos em Provérbios 22.6 que reafirma isto bem claro: Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles. Se você não o fizer ou delegar a outros o instruir e influenciar seu filho, mesmo com o passar dos anos não se desviará deles.

FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 41


42 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Capítulo 4

PREPARANDO OS FILHOS PARA A VIDA ESCOLAR Já vimos e reforçamos que na etapa pré-escolar (0 – 5 anos) o elemento mais importante que rodeia e influencia a criança, deve ser o lar: pai, mãe e irmãozinhos, com menor tempo possível diante de TV, games, internet, etc. É um período de completa dependência, de proteção e segurança, principalmente espiritual, pelas influências espirituais do mal que vivemos hoje, mais do que nunca, nas creches e escolas, pelas crianças, professores e cuidadores envolvidos com o sistema das trevas deste mundo, tanto quanto pelas diversas mídias eletrônicas! Parece que o que estamos abordando aqui, diminuir o tempo diante de TV, games, internet, não expor os nossos filhos a creches e escolas, tudo isto é ilusório, fora da realidade, pois, como podemos viver este mundo pós-moderno sem estarmos, nós e nossos filhos, socializados e conectados, online? Não adianta a família estar em casa, sentados à mesa e cada um FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 43


conectado com o mundo e desconectados, cada vez mais, um com o outro. Deu para notar que o que estamos propondo aqui é que nossos filhos – como nós fizemos -, nesta fase dos 0 aos 5 anos, não sejam entregues a influências ‘extra lar’, e sim, preparados para a próxima etapa de sua vida, onde se insere na sua existência outro elemento de grande importância e influência: a ESCOLA. Agora, sim, terá que estar, praticamente quase a metade do dia em um ambiente novo e estranho, rodeado de gente estranha, alguns amáveis, mas com certeza muitos hostis e com outros princípios, princípios estes, conflitantes com o que aprenderam de Deus, pela dedicação do pai e ajuda da mãe. A criança, então, começa a ter novos interesses, novas exigências e novas pressões. Terá que ter certa estrutura para saber “como” e “o que” aprender e, “como” conviver e compartir da sua formação e estilo de vida recebido dos pais e no lar cristão. Por isso, os pais devem preparar seus filhos com dedicação e sabedoria do Alto na etapa pré-escolar, visando a que os filhos cheguem a uma estrutura física, mental, espiritual e afetiva, de maneira que ao chegar aos 5 ou 6 anos possa separar-se do lar, satisfatoriamente, sem desequilíbrios e inseguranças, já maduros (dentro da sua capacidade) para a sua nova adaptação na escola e na sociedade. Ver Tg 1. 2-7 e 3.13-18. Neste mesmo contexto de preparar a criança de modo a estar estruturada para enfrentar as oposições, pressões e influências quando for para a escola, temos que ressaltar a importância de os pais estarem inseridos e comprometidos com uma igreja ou comunidade cristã onde haja um ministério ou grupos de apoio a crianças, que será um reforço aos ensinos recebido em casa e um apoio para os ensinos dos pais, muitas vezes usando os materiais didáticos bíblicos da igreja para reforçar em casa. Este convívio dos nossos filhos, com outras crianças da igreja, ajudarão também a prepará-los para quando forem a escola secular. Um breve testemunho: Quando nossos filhos começa44 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


ram a chegar a esta idade escolar, não queríamos que eles recebessem toda esta carga espiritual do mal e, como não tinha em Blumenau uma escola por princípios cristãos, junto com alguns casais de discípulos, começamos uma escola que fosse a extensão da nossa casa. Então surgiu a SHALOM que neste ano de 2014 está completando 25 anos e muito aprimorada didática e espiritualmente. Para conhecer: www.portalshalom.com.br. Mas como conseguir preparar a criança, de 0 a 5 anos, para permanecer no caminho em que deve andar, segundo os objetivos que temos para ela, para que não se desvie deles? Veremos a seguir, dados que poderão nos ajudar. 1. COMO ‘ESTRUTURAR’ E ‘FORMAR’ NOSSOS FILHOS? Queremos relembrar e aplicar melhor Provérbios 22. 6, por isso, transcrevemos este texto tão claro, em 2 traduções: “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles.” NVI “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” RA Dissemos na introdução que a tarefa dos pais, neste processo de ‘instruir’ ou “ensinar” a criança, os seus filhos enquanto são crianças, é tripla: AMAR, ENSINAR e DISCIPLINAR. Estes 3 elementos, bem cuidados e usados devem levar a um êxito de capital importância nesta etapa de “FORMAR AS BASES, O FUNDAMENTO DE SUA VIDA”, para que, mesmo com o passar dos anos não se desviará deles, ou, ainda quando for velho, não se desviará dele. Isto implica em criarmos nossos filhos com um forte “sentimento de segurança”, de que: • Eles são aceitos; • Eles são amados; • Eles são cuidados; • Eles são protegidos, em todas as circunstâncias e aspectos de suas vidas, pela presença e dedicação dos seus FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 45


pais, inclusive em caso de filhos adotados. Para alcançarmos que nesta fase da criança, dos 0 aos 5 anos, ela se sinta aceita, amada, cuidada e protegida, nossas atitudes devem ser exemplares como verdadeiros filhos de Deus, em todas as circunstâncias pessoais, no nosso casamento ou na nossa vida financeira, ainda que passemos situações difíceis de provas e lutas. O que elas mais precisam e esperam de nós: A - QUE OS “AMEMOS” DE FATO É bem sabido que a criança rechaçada, criada sem amor ou com amor mal entendido ou não expressado, é uma séria e a primeira candidata a desviar-se do caminho de Cristo, a cair na “delinquência juvenil” ou a ter transtornos de personalidade, sendo uma pessoa diante dos pais e outra na ausência deles, até poder sair de casa. Alguns, para saírem de casa, acabam em gravidez e/ou casamento precipitado e até fugindo. Humanamente falando, os problemas causados podem ser desde pequenos e solucionáveis, até enormes e irreversíveis, tais como: vícios de games, drogas, associados a violência e revoltas intrafamiliares e extra, retardamentos mentais e outras psicopatias ou perseguições espirituais do mal. Todos achamos que amamos muito aos nossos filhos. Porém, há detalhes de suma importância, para que os filhos se sintam realmente amados: • Nosso amor deve ser expressado, para não gerar transtornos e delinquências. Em 1 Jo. 3.16-18 aprendemos: Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos. Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade. Não podemos nos esquecer, que dar a vida é dar do nosso tempo de vida, com entrega, atenção, afeto, carinho e dedicação, como Cristo tem feito conosco e como detalhamos melhor a seguir. 46 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


• O amor inclui respeito e cortesia. Isto é de suma importância, partindo-se da base que seu filho, ainda que tão criança, é uma pessoa que tem dignidade própria e gostos pessoais, diferentes, algumas vezes, dos nossos. O falar sempre com os filhos com “voz de comando”, criticar lhes em tudo, gritar com eles, pegar em qualquer parte do corpo com violência, força ou malícia, é falta de respeito e contraproducente e é amar só de boca, mas, não em ação e em verdade; • Amor em ação e em verdade é dar-lhes tempo, ser amigo, brincar com eles, ouvi-los etc. No tempo que lhes damos, o importante não é a quantidade, mas sim, a qualidade e o grau de doação nossa. Giovani sempre que chegava em casa, primeiro tirava um tempo de uns 15 minutos para brincar com os 4 filhos, rolando no chão, abraçando e beijando muito, brincando de alguma coisa que eles gostavam. Depois disto eles ficavam supridos de amor em ação e em verdade e iam brincar entre eles. Além disto, o pai tirava um dia por semana, um tempo exclusivo de mais ou menos 1 hora, com cada filho, as vezes saindo para um lugar especial, as vezes, ficando no quarto deitado por um tempo para ouvir, perguntar e abrir coração um com o outro, como bons amigos. Como temos 4 filhos, uma vez por mês, o pai tinha um tempo só com um filho; • Amar de fato é ouvi-los e ajudá-los a sentirem-se respeitados e valorizados como pessoa e a gente vai sendo restaurado a imagem do nosso Pai. Temos um Pai que nos tem amado e nos ajuda a amar nossos filhos como Ele; • Amor em ação e em verdade é ter muito contato físico, abraços, carícias e beijos que vão se desenvolvendo, ainda que no começo pareça ser meio forçado, pois, muitos de nós não tivemos isto de nossos pais, mas somos redimidos e resgatados de toda a maneira errada de viver que todos herdamos de nossos pais e avós, podendo e devendo, pelo sangue de Cristo, começar uma nova história para nosso casamento e para nossos filhos e netos, como afirmado em 1 Pd 1. 17-19 e Sl 127 e 128; • Amar de fato é ser grato por nossos filhos e por isso, FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 47


podemos ter um sentimento de humor, compartilhar alegrias, bênçãos, sorrisos, piadas e brincadeiras saudáveis com eles. Tudo isso ajudará a que se sintam realmente amados e valorizados por nós e por Deus Pai. Nossos filhos esperam de nós, ainda: B - QUE OS “ENSINEMOS” B.1 - COMO devemos ensinar? Existem 3 formas bíblicas de ensinar: • com palavras e gestos, respaldados pelo exemplo (ensino visual e exemplo de vida); • com repetição, correção, castigo e vara, se necessário, tudo com paciência e amor; • com oração e intercessão por eles e com eles; Repetimos: o ambiente do lar deve ser o lugar onde a criança vai absorver como uma esponja. Então, como deve ser este lar? - O lar de um cristão que é “como Deus planejou” sempre será a receita infalível. A família ‘alinhada’ ao padrão de Deus, onde cada membro da família cumprindo o papel que Deus designou para ele é a única maneira, e não há outra, para criar o ambiente ideal para a criança. Para reforçar como o Pai e Criador da família planejou o ‘seu’ casamento e descendência, leia com atenção e oração, anotando o que precisa mudar em seu lar, para que seus filhos VEJAM DEUS E CRISTO em sua vida e família: 1 Co 11.3; Ef 5.22 a 6.1-4; I Pe 3.1-17. Quero, porém, que entendam que o cabeça de todo homem é Cristo, e o cabeça da mulher é o homem, e o cabeça de Cristo é Deus. 1 Co 11. 3 Quando as posições estão invertidas ou um membro deixa de cumprir a sua parte, ou ainda invade a do outro, isto

48 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


produz um grande desajuste. No Plano Eterno de Deus, confirmado nos textos acima, o lar do cristão deve ser assim: O “PAI” como: • Chefe – Governo, autoridade e provedor. • Sacerdote – Ora e intercede com sua esposa e por com família, todos os dias. Nós fazemos isto desde que casamos em 16 de junho de 1976, e todos os dias mesmo. • Profeta: Vigia e protege a vida espiritual dos seus. Muitos detalhes sobre a função do homem na estrutura do lar e da formação dos filhos e netos, está muito bem explicado em nossos livros série Família a casa do Oleiro, intitulado Conselhos para marido, pai e avô – e o outro, intitulado Vida pessoal e casamento, ambos de Giovani Luís Zimmermann. A “MÃE” como: • Auxiliadora idônea – Ela é a autoridade delegada na ausência do pai. • Submissa ao esposo, como ao Senhor – Protegendo-se e sendo lavada pela Palavra. • Mulher Virtuosa – Com sabedoria e priorizando o cuidado pelo seu lar e pelos seus. Isto é mais amplamente abordado nos seguintes livros da Elisabeth Zimmermann: Família a casa do Oleiro: Conselhos para esposa, mãe e avó e no livro Mulher + Mulher, isto faz toda a diferença e em Tito 2. • OS “FILHOS” como: crianças que aprendem, com seus pais, a honrar seus pais, e a serem sujeitos e obedientes, para viverem bem e terem longos dias sobre a terra. Só nós pais podemos e devemos fazer isto! Entregues aos cuidados de outros ou da multimídia, eles vão aprender e ver ao ‘contrário’ disto, pois, o mundo jaz no maligno. Neste ambiente, outro fator de importância fundamental é o relacionamento do casal. Pais que discutem, que se desentendem, que se agridem e que não se respeitam, ferem e deforFILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 49


ma seus filhos. Pais separados ou divorciados são as principais causas dos transtornos de conduta e deformação de caráter nos filhos, que se desviam de Cristo e da igreja, pois os pais não vivem o que ouvem e o que falam! O mundo é mais real que a vida cristã destes pais! B.2 - O QUE devemos ensinar-lhes? - A viver a vida com princípios cristãos: Lembre-se que aqui nesta etapa pré-escolar estamos formando os hábitos que regerão sua conduta. “Semeia-se repetidas vezes um ensino e maneira de viver, rega-se com amor e disciplina e, com certeza, colher-se-á bons hábitos na vida da criança. Semeia-se um hábito e, com o passar dos anos, colher-se-á um traço de caráter, que até quando envelhecer, não se desviará dele e, o mais importante, o conduzirá, junto com seus pais, para a eternidade com Cristo e com Deus Pai, já presentes nesta família.” É isto que nos ensina a Palavra de Deus em Gálatas 6.7-9: Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. - A desenvolver hábitos de higiene e de horários: É muito importante nesta etapa pré-escolar organizar a vida da criança desde as primeiras semanas de vida: horários de comer, de dormir, de banhos, etc. Do contrário a criança logo será a “ditadora da casa” fazendo o que ela quer e quando ela definir e os pais e todos em sua volta devem seguir suas ordens, caso contrário ela chora, grita e esperneia até que tudo seja como quer! Isto é o que temos visto na maioria das famílias, inclusive cristãs! Os pais e todos cantam aquela música do nosso querido Adhemar de Campos, mas alterada assim: -“O nosso general é o filho, seguimos os seus passos, nenhum de nós aqui lhe resistirá”. 50 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


- Ensinar hábitos de cortesia: como dizer obrigado, por favor, com licença, etc. Infelizmente quase não se vê isto nas crianças! - Princípios morais como: dizer a verdade, não roubar, pagar o mal com o bem, fazer para os outros o que queremos que nos façam, etc. - Ensinar a brincar e divertirem-se sem contendas, sem malícias, mentiras ou violência. Para isto é importante nós pais brincarmos com elas e ensinando estes valores. - Referente ao sexo: ensinar, perguntar e responder suas perguntas, sem rodeios ou excessos de exposições. Existem livros e dvds cristãos que nos ajudam nisto, mas, se nós pais não ensinarmos de maneira bíblica e santa, com certeza eles aprenderão na creche, com os coleguinhas e professores – isto se não sofrerem abuso -, e, é claro, dentro de casa, com a TV, internet, etc. - Ensinar a relacionar-se com os outros, sabendo compartilhar o que é seu e não pegar o que é dos outros sem pedir, pois, isto é roubo e pode crescer com a criança. - A usufruir do que Deus criou: natureza, da música, dos livros que mostram e falam dos feitos de Deus, pinturas, outras línguas, etc. - Ensinar a trabalhar, o mais cedo possível. Ensinar a cumprir pequenas tarefas e a assumir leves responsabilidades em casa, como: ajuntar os brinquedos, regar as plantas, secar louças e o banheiro, recolher os lixeiros e as roupas sujas, etc. Conhecemos uma irmã e mãe responsável que, desde que sua filha começou a andar, ela a ensinou a levar as fraldas sujas no lixo do banheiro. Nossos filhos, desde cedo, arrumaram suas camas, mesmo que depois, no começo do aprendizado, tivesse que completar o serviço. - Ensinar de Deus: O que aprende de Deus nesta idade FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 51


será principalmente o que veem nos pais, nos responsáveis pela igreja e pelo Ministério das Crianças e nos irmãos da comunidade cristã. Não entendem o abstrato, a hipocrisia religiosa dos pais e das pessoas que lhe estão influenciando, porém seu espírito é sensível ao aprendizado e influência de Deus ou de outros espíritos, quando cedo são colocadas nas mãos de ‘terceiros’ ou diante de TV e internet. Os ensinamentos de Deus que podemos compartilhar com eles são: • Deus criou todas as coisas e as sustenta (Gn 1 e 2; Jo 1). • Deus nos ama, cuida e protege (Sl 78; 112; 127; 128). • Jesus é nosso amigo e irmão, nosso exemplo de vida, de filho obediente (Fp 2). • Deus quer que todos nós, sejamos à Sua a imagem e semelhança de Jesus (Rm. 8. 17-19, 28-29; Cl 3. 8-10). Por isso todas as coisas contribuem para o nosso bem (Rm. 8. 28). Ensinar-lhes a falarem com Deus, cantar, em tudo dar graças, louvá-Lo com júbilo, bater palmas, etc. Ler com eles Sl 149 e 150. A Bíblia, como Palavra de Deus, sua composição e histórias. Ler Sl 119; 2 Tm 3 e 4; Hb 4. 12-13; Sl 78. Ler também todo o livro de Atos com a história da Igreja que ainda não se findou, mas, está no fim, como descreve Mt 24; 1 Ts 4 e Ap 19 a 22. A realidade do pecado e da graça de Deus, mediante o arrependimento e confissão dos pecados. Você deve ler e viver 1 Jo1. 5-10; Tg 2.13; 5.16-18. Encaminhá-los para logo poderem entender o plano da Salvação, em toda a sua seriedade, e então, por livre decisão, converter-se-ão e logo pedirão o seu batismo. Ler Rm 3 a 8 e Atos 1 ao 4. A Igreja, Povo e Família de Deus e Corpo de Cristo. Ler Efésios todo, 1 Co 12 e Rm 12. - Ensinar tudo, pois somos “ensinadores” chamados e 52 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


capacitados pelo Pai do céu, se pedirmos a Ele a graça que nos é necessária, como diz 1 Pe 5. 5 a 11. O que mais, também, nossos filhos, em especial dos 0 aos 5 anos, esperam de nós pais: C – QUE, POR AMOR E OBEDIÊNCIA A DEUS, VAMOS “DISCIPLINÁ-LOS” Se o ensinar não estiver respaldado pela disciplina, de nada serve e trará maior confusão ainda na mente da criança e no seu comportamento. Os pais que não levam a sério a disciplina pecam desobedecendo a Deus e danificando permanentemente e crescentemente a formação de seus filhos. Há dois extremos perigosos, quanto a disciplina: 1. Não disciplinar: Leia, anote e pratique os seguintes textos de Provérbios 3. 11-12; 13. 24; 19. 18-19; 22. 15; 20. 30; 23. 13-16; 29. 15; Hebreus 12. 4-9. - Recordemos que nascemos dentro do Reino das Trevas (a estultícia, a maldade e a tolice estão ligadas ao coração da criança, Provérbios 22.15). Todos e tudo o que herdamos da natureza adâmica tem como princípio fundamental a rebelião, a desobediência, a afronta. Você e nós todos sabemos muito bem isto e as lutas que temos, especialmente se não fomos ensinados e disciplinados por nossos pais, dentro destes princípios eternos de Deus Pai. Esta raiz de Adão vai se manifestar logo, bem cedo, em nosso terno, ingênuo e doce bebê. Logo afrontará sutilmente a sua vontade, contra a vontade dos que o rodeiam. Como já mencionamos e repetimos, nesta fase, as armas que usam para ‘impor’ suas vontades e ‘dominar’ os pais e os que estão em sua volta são, na sequência: começa com o choro, passa para o choro persistente, vem os gritos, que se não disciplinados pelos pais, desde quando começam a manifestar esta natureza de Adão, vão evoluir e começar a espernear, depois FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 53


a bater os pés, devagar começam a levantar a mão e ameaçar bater no pai, na mãe ou em quem estiver negando ‘suas’ vontades e, por fim não vão ficar nas ameaças, mas, vão começar a bater e avançar em todos, até nos irmãos, coleguinhas, e quando crescerem nos professores, policiais, etc, como vemos hoje, cumprindo Ml 4. 5-6: “Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e temível dia do Senhor. Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário, eu virei e castigarei a terra com maldição.” A criança não está capacitada para controlar e manejar sua própria rebeldia. Ela necessita urgentemente que se fixem limites e se lhes ajude a guardar estes limites de sua liberdade e de seus direitos, aprendendo assim, a respeitar o próximo, a sabedoria e o domínio próprio. É isso que a Palavra diz em Provérbios 22. 15; 29. 15, 17-18 e 13. 24, os quais transcrevemos agora, na sequencia citada: A insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela. A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe. Discipline seu filho, e este lhe dará paz; trará grande prazer à sua alma. Onde não há revelação divina, o povo se desvia; mas como é feliz quem obedece à lei! Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná- lo. Este é o dever dos pais que amam, especialmente aqueles que querem ver restauradas em si mesmos e na vida de seus filhos, “a imagem e semelhança de Deus Pai, e de Seu filho Cristo Jesus”. Confira bem isto lendo e anotando o que você aprende para viver e ensinar a seus filhos em Hb 12, Rm 8 e Cl 3.

54 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


2. Disciplinar despoticamente e com ira: Leia Provérbios 19.18-19 e Tiago 1.19-20, este transcrito a seguir: Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar- se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus. - A ira é uma agressão contra a criança. Ela é indefesa. Seus olhos grandes e assustados estão tratando de dizer-nos que não entendem essa atitude desequilibrada nossa, sobre ela e isto gera nela, além de feridas e traumas, atitudes semelhantes de ira movidas por desânimo, rebelião e ódio. Ver Colossenses 3.21 e Efésios 6.1 a 4. Na grande maioria de filhos de pais irados e violentos, em seus acessos de ira e revolta, a criança, ou quando for adolescente, usará a mesma expressão que os pais usam com ela: -“não aguento mais você!”, normalmente seguidas das mesmas atitudes que viu em seus pais: virar as costas, praguejar contra todos e tudo, inclusive contra Deus e, assim que puder, desiste da família e busca os games, sites de relacionamentos e pornográficos, a galera de fora, as drogas, sexo, violência, etc. Quem semeou e desenvolveu isto na criança? Quem vai colher e chorar? Como disciplinar nesta idade dos 0 aos 5 anos? 1. Evitar gritos. Vemos em Efésios 4.30-32: Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção. Livrem- se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando- se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo. A amargura e a ira produzem a ‘gritaria e calúnia’, pois acabamos falando o que não é verdade e, isto assusta a criança e lhe desconcerta, deixando só confusão e desânimo na sua cabecinha. Quando o grito torna-se costume, é sinal de perda de autoridade e desrespeito tanto dos pais com os filhos, quanto dos filhos com seus pais e com todos. Vemos que “umas varadas, sem ira, com FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 55


amor corrigem, porém, gritos ofendem, ferem e desanimam”. As crianças que se acostumam com os gritos, não obedecem sem gritos e quando crescem, também vão gritar com seus irmãos, depois com seus pais e com todos, inclusive professores e demais autoridades. 2. Aprovação e desaprovação paciente e firme é um bom sistema de disciplina neste período. Aqui se incluiu a repreensão aberta e a advertência em amor (Pv 27.5-6). Não se deve confundir com ‘ameaças’ e promessas que não se cumprem, como: - “Eu vou bater em você!”. Isto não está no plano de Deus e os filhos começam a não acreditar nos pais. Os filhos precisam aprender que primeiro vem o ensino e/ou a ordem dos pais, depois, se não obedecido, vem a repreensão ou advertência, com a repetição do ensino ou da ordem dada, mas, se persiste em desobedecer, eles devem saber que vem ‘sempre’ a correção ou disciplina na forma de castigo ou vara. Isto nunca na frente dos outros! Nem na frente dos irmãos e nem com gritos ou ira, mas, com amor e paciência, no quarto. Testemunho: Como nós tivemos os 4, muitas vezes tínhamos que disciplinar os 4 de uma vez e eu, o pai, quando em casa, não deixava esta tarefa para a Beth, pois ela já fazia isto enquanto eu estava trabalhando. Então, se eu ficasse irado, e isto era frequente, eu mandava para o quarto deles e dizia que não bateria com ira. Orava e depois, no nosso quarto eu chamava um por um, perguntava o que os pais tinham ensinado ou pedido e repetido, o que eles fizeram, o que a Bíblia diz sobre isto – e eles sabiam todos estes versículos que citamos antes – depois falava que nós íamos corrigi-los com a vara por que amamos, como a Deus diz e faz. Neste ambiente espiritual e de amor, pedíamos que eles tirassem a roupa, deitassem e a vara funcionava (umas 3 a 4 varadas). Depois do choro, no colo e com abraço forte do pai ou da mãe, ajoelhávamos e orávamos juntos e primeiro nós, os pais, confessávamos a desobediência deles como ‘pecado nosso’. Em seguida, ainda ajoelhados, pais e filhos, eles pediam perdão para gente e para Deus, nor56 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


malmente quebrantados e arrependidos. Só o amor pode fazer isto e investir tanto tempo, muitas vezes, durante alguns anos, e às vezes, pelas mesmas coisas, como nós em relação ao Pai do céu! Que paciente, misericordioso, amoroso e firme é conosco este Pai, não é? Você tem com quem aprender e a quem imitar, como diz Hb 12. 3. Nunca permitir que a criança ganhe na “guerra das vontades”. Isto, às vezes, pode custar castigos e varadas, e em seguidas. Uma vez, nosso filho Rafael antes dos 2 anos, o colocamos para dormir, na hora habitual, mas ele aprendeu a sair do berço. Oramos com ele e quando chegamos na sala ele estava na porta do quarto rindo e encarando a gente. O pai levou-o de volta ao berço e reforçou a ordem de que era para dormir. Em seguida apareceu ele na porta nos desfiando na maior cara de pau. Daí o pai levou para a disciplina com vara e ele ‘não chorou’. Assim se repetiu por 6 vezes: berço, saída desafiadora, vara e ele não chorava e nem obedecia. O pai orava e só ouvia uma ‘voz interior’: -“Ou você o vence ou ele lhe vence!”. Na sétima vez das varadas sem ira e amargura, ele chorou, se quebrantou, abraçou o pai e a mãe, voltou para o berço, ficou até dormir. Hoje Rafael é missionário em Moçambique, com sua esposa Sara e seus 3 filhos. Veja seu trabalho lá: www.ideafrica. com.br . A Palavra de Deus é fiel! 4. Umas varadas no traseiro, mais ou menos fortes, segundo a seriedade da falta. Uma vara flexível, um cinto fino, uma tala de couro ou plástico flexíveis e finos, são ferramentas muito úteis. Estas devem ser usadas quando necessárias, como um acontecimento, com calma e firmeza. Depois que cessou o choro (que é necessário) e aparecem os sinais de arrependimento, abraçar carinhosamente o filho e orar com ele. É importante que antes e/ou depois das varadas de amor, a criança saiba bem porque ela precisa ser disciplinada e que, o pai corrige porque a ama e quer obedecer a Palavra de Deus. Nós mesmos temos que ter consciência de que, como já citamos algumas vezes, Deus ama o pecador mas trata sério com o peFILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 57


cado de seus filhos, como afirmado em Hebreus 12.

58 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Capítulo 5

PERIGOS E CUIDADOS NESTA ETAPA Citamos a seguir, alguns perigos que os pais correm e cuidados que devem tomar, no tratamento e relacionamento com os seus filhos que estão entre o nascimento e os 5 anos: A. Superproteção Quando os pais são muito ausentes, envolvidos com interesses externos, ou colocam seus traumas, inseguranças e medos sobre seus filhos e, por causa disto, não deixam que façam nada que possam machucar-se, ter alguma dificuldade, tristeza ou frustração, isto asfixia, inibe e dá insegurança em todas as áreas: física, mental, emocional, de iniciativa e espiritual. Empobrece, na criança, a imagem de si mesma e favorece o desenvolvimento de complexos, medos e revoltas. A Bíblia diz em I Jo 4. 16-18: Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. Dessa forma o amor está aperfeiçoado entre nós, para que no dia do juízo tenhamos FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 59


confiança, porque neste mundo somos como ele. No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor. B. Tirania e Autoritarismo Os pais podem converterem-se em tiranos e autoritários, criando um ambiente oprimido, sem diálogo e sem amor no lar. As causas podem ser: • por falta de organização da família, dentro do plano de Deus, como já visto em 1 Co 11.3 e Ef 5.21 a 6.4; • por divergências entre o casal, principalmente na frente dos filhos; • por falta de princípios e hábitos definidos e padrão, o que gera arbitrariedades na cobrança e na disciplina dos filhos. Tudo depende do estado de humor dos pais e não do que foi pré-estabelecido entre os pais e com os filhos, dentro dos Princípios Eternos de Deus. C. Temores e medos • Quando os pais têm marcas e traumas de sua criação, por isso têm medo de ficar só, sem a criança ou do adolescente sair de casa ou se perder. Buscar ser curado disto que você traz da sua infância e, ao invés de ser ‘grudado demais’ com a criança, procure deixá-la ir mais longe, à sua vista de pai responsável, mas, que ela veja nos pais a sua segurança. Orar sobre isto. De novo Hebreus 12 trata disto, das marcas que nossos pais nos deixaram e que se tornam feridas e raízes de amarguras que precisam ser curadas e perdoadas. Leia com atenção e oração Hb 12. 12-15 e busque a cura das ‘suas’ inseguranças e amarguras, dos pais, como é o contexto; • Medo do escuro. Se o pai ou a mãe têm isto, precisam 60 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


buscar ajuda e orar, para poderem transmitir a seus filhos a segurança em Cristo Jesus; • Temores de agressões. Também isto podemos ter recebido em nossa infância, pois, foram tratados com palavras agressivas, humilhantes e até violência física e, por isso, temos dificuldade de transmitir carinho e segurança em Jesus e a proteção e testemunho de pais que são curados e seguros em Cristo; • Medo de que a criança/filho separe-se da mãe, do pai e de próximos conhecidos. São pais que talvez tenham sido abandonados, quando crianças, e agora, transmitem esta insegurança a seus filhos. É preciso se deixar curar e começar deixar com outras pessoas de confiança, para que se acostumem. Temos um livro que trata destas curas e libertações na nossa vida de casados e de pais, para não transmitirmos isto aos nossos filhos. O nome do livro é “Casais Libertos, gerações transformadas”, de Giovani Zimmermann. • Temores a enfermidades, médicos, dentistas, injeções etc. O diálogo e a autoridade sábia e segura, junto com a oração, podem livrar a criança de todos estes temores e medos, quando primeiro você como pai ou mãe busca ajuda para ser curado, destruindo estas ‘fortalezas interiores e sendo redimido de tudo isto pelo precioso sangue de Cristo, como bem predito em 2 Co 10. 3-6 e 1 Pd 1. 17-19. D. Sentimentos de abandono e tristeza • Pela separação, frieza ou distância de seus pais, agora você se esconde atrás disto para não mudar com seus filhos; • Por um clima, no lar, de agitação, gritos, desentendimentos e falta de serenidade e paz. Se vivemos isto em nossa infância e não buscarmos cura e discipulado, teFILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 61


remos grandes probabilidades de transmitirmos isto aos nossos filhos e netos. E. Retardamento na maturidade física, mental, afetiva e espiritual Este é um perigo muito grande e aparece por: • Falta de adaptação e valorização da criança na vida da família, na Igreja e na sociedade; • Falta de comunicação e comunhão mãe-filho, principalmente nos primeiros anos desta etapa de vida; • Falta de brincar seja só ou com outras crianças, verdadeiras brincadeiras de criança como: boneca, pega-pega, brincar de esconder, brincar e fazer carrinho, subir em árvores, balanço, futebol, etc. Por incrível que pareça, isto parece coisas de ET, não é? • Falta de carinho expressados em palavras carinhosas, em abraços, beijos, dormindo perto deles; • Falta de ensino. Por comodidade ou egoísmo dos pais, não ensinam e/ou não vivem e nem exigem bons princípios. Às vezes os pais se cansam de lutar contra a rebeldia e vontade própria da criança, especialmente entre os 2 e 4 anos, onde parece que não está adiantando o ensino, a repreensão, nem a vara. Não podemos desistir da confiança que Deus depositou em nossas mãos, e não devemos olhar para o que está acontecendo, mas, sim para as promessas da Sua Palavra de Sabedoria. Assim nós, como casal cristão, caminhamos: Muitas vezes não víamos um resultado claro do que a Palavra de Deus promete, mas, caminhamos por fé e obediência e hoje colhemos os frutos de ver os 4 filhos servindo ao Senhor de seus pais e todos os 11 netos! Deus zela pela Sua Palavra para fazê-la cumprir! Veja isto em Jr 1. 12; Hb 4. 12, 13 e 2 Tm 3. 16-17, dos quais transcrevemos 2

62 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Tm 3: Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. F. Perigos de influências perniciosas e sutis Aqui se incluem TV, internet, games, cinemas, festinhas, etc. Os pais devem sempre acompanhar de perto e discernir o que está por trás, pois estas coisas lhes excitam, irritam, desconcertam e os deixam tensos e nervosos, em conflitos e conectados com o que o mundo oferece de mais atraente e sedutor, porém destruidor. Cuidado com você mesmo e com seus filhos conectados na ‘infernet’! Você pode abrir legalidade para demônios entrarem em sua vida, casamento e família! Dados estatísticos mostram isto! G. Lugares com presenças espirituais negativas Temos que ressaltar novamente, que o espírito da criança é mais sensível do que o nosso ou do que podemos imaginar, tanto à presença de Deus, como aos espíritos malignos. Além do que mencionamos antes (no item D da Primeira Infância) os pais devem acompanhar de perto, cobri-los com oração, fé e confiança no Senhor e em Suas promessas como nos Salmos 91 e 127. Nosso testemunho: Nossos filhos algumas vezes vinham da escola ou de outros ambientes, com palavrões, espíritos de escárnio, de intriga, de mentira e de malícia e nós, quando discerníamos que isto não era deles, repreendíamos a eles e, se persistisse, às vezes, repreendíamos os demônios que vinham ‘de carona’ com eles para perturbá-los e perturbar o nosso lar santo. Com o tempo eles mesmos discerniam e expulsavam. Tudo parece tão distante do que vemos ou experimentamos, tão difícil e desafiador que só um passo de fé e obediência a Palavra de Deus pode nos impulsionar a estudar mais sobre FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 63


o assunto e buscar ajuda em quem já atravessou estas fases da vida do casamento e dos filhos de 0 a 5 anos e, é claro, com ‘vitória comprovada’ na vida e história dos filhos, agora, maiores, adultos ou casados. Então, concluímos, pela nossa própria experiência como família e como conselheiros familiares há mais de 38 anos, que a tarefa é enorme, difícil e foge do nosso alcance de seres humanos, casais e famílias sobreviventes neste mundo pós-moderno do século XXI. Porém, temos um Deus imutável e Sua Palavra é viva e eficaz ontem, hoje e sempre! Se caminharmos na direção da Sua vontade escrita na Bíblia, temos, sim, do nosso lado Aquele que planejou a família, para nela manifestar Sua natureza, glória e amor. Deus Pai em nós, tomando nosso coração rendido e quebrantado, possuindo nossa mente, coração e nossas mãos, pode assim, Ele dirigir e agir em nós e através de nós. Deus, nosso Pai, que nos ama como filhos e que, ama as crianças, estes pequeninos, mais e melhor do que nós os amamos, Ele vai edificar a nossa casa e família até a volta de Seu Filho para arrebatar a Sua Noiva e a Família do Pai, para viverem para sempre com Ele! Você crê e quer isto? Ore agora e peça ao Pai! Nós, Beth e eu, nos momentos de grandes lutas e até de desesperos, sempre nos lembramos que: • Deus, o Pai não se limita apenas em nos criar mas, que, principalmente, quer fazer-nos iguais a Ele, perfeitos e completos em sabedoria, santidade, justiça e poder como aprendemos em Tiago 1. 2-12; • Deus, o Pai pode e vai perdoar-nos e esquecer nossos erros passados, quando confessamos, como em 1 Jo. 1. 5-10; • Deus, o Pai pode curar e transformar o que é humanamente impossível, como em 2 Co 10. 3-6; • Por causa de Jesus Cristo presente e manifesto em nossa vida pessoal e casamento, o Pai está conosco. Ele nos responde e nos respalda, como Jesus prometeu em 64 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Mateus 18. 18-20. Ele vai fazer-nos os pais sábios e responsáveis que devemos de ser, até quando nossos filhos já estiverem grandes, adultos e casados, talvez fora das nossas influências diretas. É nesta fase que realmente colhemos o que semeamos desde a sua gravidez e infância e, será como já vimos em Gálatas 6. 7-10. • Nossa atitude agora, quando erramos para com Ele e para como nossos filhos, deve ser sempre de arrependimento, confissão, fé e obediência, e isto fará com que Ele opere e salve e se manifeste em nossa família, em toda a nossa casa, como nos mostra Atos 16. 31; Efésios 1. 3-14; 3. 14-21; 5. 21 a 6.4 e Gn 6. 1-11; • Lembramos e nos firmamos sempre em muitos dos textos já citados e reafirmados e em Pr 22. 6 que vemos que Deus cumpriu em nossa família: Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles; • Por isto, por experiência própria e como conselheiros familiares há mais de 35 anos, nós afirmamos com convicção para você: “- Quanto mais criança, mais aprende dos pais ou de quem estiver mais tempo com ela! E, isto que aprendem, sentem e veem desde a vida intrauterina e nos primeiros anos de vida, veremos manifestados, cada vez mais, a medida que entram nas etapas seguintes!” A tarefa é enorme, difícil e foge do nosso alcance de simples seres humanos. Porém, temos Deus! Aquele que planejou a família para nela manifestar Sua natureza, amor e glória! Deus em nós, tomando nosso coração rendido e quebrantado, possuindo nossa mente e nossas mãos, Ele pode fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos! É Deus, nosso Pai, que nos ama como filhos e que, ama estes pequeninos, mais e melhor do que nós os amamos. É Deus, o Pai não se limita apenas em nos criar mas que, principalmente, quer fazer-nos iguais a Ele, perfeitos e completos em sabedoria, santidade, jusFILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 65


tiça e poder. É Deus, o Pai que pode perdoar-nos e esquecer nossos erros passados. É Deus, o Pai que pode curar e transformar o que é humanamente impossível. Por causa de Jesus, o Pai está conosco. Ele nos respalda. Ele vai fazer-nos os pais sábios e responsáveis que devemos de ser, até quando nossos filhos já estiverem grandes e talvez fora das nossas possibilidades e influência direta! Nossa atitude agora e sempre, para com Ele, deve ser de arrependimento, confissão, fé e obediência, e isto fará com que Ele opere e salve toda a nossa casa. Reafirme At 16. 31; Ef. 1. 3-6 e 3. 14-21, e com este último, terminamos esta etapa dos filhos que começa com a notícia da gravides até os 5 anos: Por essa razão, ajoelho- me diante do Pai, do qual recebe o nome toda a família nos céus e na terra. Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite no coração de vocês mediante a fé; e oro para que, estando arraigados e alicerçados em amor, vocês possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus. Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja em Cristo, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém!

66 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Capítulo 6

MINISTÉRIO DOS PAIS COMO EDUCADORES ETAPA: 6 À 12 ANOS Introdução: Ainda que seja impossível abordar este vasto tema no que concerne aos filhos de 6 a 12 anos os seguintes fatores são essenciais para que haja êxito na formação de cada um: • Toda orientação, instrução, disciplina utilizada na educação dos nossos filhos deve basear-se em claros princípios bíblicos. • As considerações nessa ministração são gerais devendo cada pai ser consciente das naturais diferenças devido à idade, sexo e maturidade. Cada fase ou etapa exige o emprego de diferentes estratégias educativas. Por exemplo, as meninas entram na adolescência mais cedo que os rapazes, e, é claro temos que nos preparar FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 67


para os choques normais da adolescência. • Educar é facilitar o desenvolvimento harmônico da personalidade no campo espiritual, físico, afetivo, intelectual e moral; procurando descobrir e desenvolver seus dons particulares. Isto é um desafio que só a fé e a obediência a Deus podem nos coroar de êxito. • Que lhes seja ensinado princípios de comportamento social que permitam sua adaptação a família, a escola, a igreja e a vida comunitária em geral e, para isto a Bíblia é o manual prático de princípios de relacionamentos com Deus e com os outros. Temos que reforçar, novamente, que o afeto e carinho dos pais é que vai firmar os princípios ensinados, que devem ser sempre respaldados pelo exemplo dos pais. • Esta etapa é praticamente a última opção para corrigir o rumo de suas vidas sem conflitos maiores. Daqui para frente será com um custo substancialmente maior. Qualquer pessoa, que tenha ou não filhos, sabe isto, por que é visível e notório, que esta geração X, que leva uma vida cada vez mais ‘conectada’ desde cedo, tem sua infância, pureza e influência cada vez mais avultadas e destruídas prematuramente, confrontando tudo o que recebem ‘on line’, com os ensinos dos pais, quando tiveram. 1. CARACTERÍSTICAS GERAIS - Nesta idade se têm definido alguns traços e tendências que apontam para a sua personalidade definitiva. Há três elementos básicos que têm influenciado sua formação até aqui: • Herança biológica – Aparece com destaque seu temperamento predominante; • Educação e formação – O básico de todos os princípios morais e comportamentais recebidos dos pais ou de fora; 68 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


• Experiências marcantes – separação dos pais, enfermidade, perda dos entes queridos, abusos morais e sexuais, violências recebidas ou presenciadas, cenas fortes de TV, games, “infernet”, etc. - Entre os 6 a 12 anos definem com bastante nitidez sua identidade e sexualidade (homem ou mulher), quando não identificados e bem influenciados pela posição bíblica do pai e da mãe, começa a mostrar linhas de confusão e tendências conflitantes de homossexualidade. - Tem grande receptividade intelectual e espiritual, isto é, ainda estão receptivos a aprender, mas a medida que vão chegando aos 9 e 10 anos em diante, eles começam a resistir ao ensino e a questionar o que já aprenderam e aceitavam até então. - Começa o ingresso definitivo num meio social sem privilégios, encontra professores com problemas e experiências familiares muito negativas, o ambiente geralmente é egoístico – cada um por si -, indiferente e normalmente muito hostil, pelas gozações, apelidos e ‘bullying`. É agora que eles já devem ter uma estrutura interior e noção forte de amor e disciplina de casa – dos 0 aos 5 anos -, para só aqui, aos 5 ou 6 anos, ir para a escola e poder enfrentar sem se contaminar com o palavreado sujo e impuro dos professores e crianças também provindos, muitas vezes, de um ambiente familiar cheio de conflitos e sem Deus. Aqui começa uma fase de separação lenta, progressiva, porém definitiva do “ninho”. A culminação desta etapa é sua entrada na adolescência se caracterizam por: a) Vocação bastante direcionada que tende a cristalizar-se no campo secular ou de querer servir no Corpo de Cristo. Na ausência disso, aparece uma perigosa apatia, muito acelerada se o filho já vinha de uma vida muito conectada a sites de relacionamentos, jogos eletrônicos e outros. Isto deixa a criança cada vez mais isolada no seu ‘mundo virtual’ e distante do real, familiar e da igreja. FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 69


b) O despertar ou redescobrimento do sexo com definição clara, por exemplo, nas meninas vêm a 1ª menstruação e as “emissões noturnas” dos rapazes. Inicia um real interesse pelo sexo oposto e começam as primeiras paixões juvenis prematuras, descritas em 2 Tm 2. 22-26. Nós os pais devemos ter com eles, antes disso chegar, conversas francas e à luz da Bíblia, cremos que desde os 5 anos em diante, pois, caso contrário começam a despertar de maneira impura, pelo que veem na TV e na escola. c) Aparecem complexos de inferioridade, estrutura física, gordura, beleza ou, de superioridade, se os pais lhes encheram de presentes, ao invés de serem presentes na etapa dos 0 aos 5 anos. - Em toda essa etapa a formação fundamental segue sendo através dos pais e o núcleo familiar, por isto, o inimigo de Deus e da família investe pesado em amoldar os casais e os pais cristãos ao padrão deste mundo impostos pelas ‘nojelas’(nojo das novelas), filmes, conselhos do ímpios e toda a mídia, voltados para o ‘deus mamon’, do amor ao dinheiro, como prescrito em Rm 12. 1-3; Mt 6. 19-34 e 1 Tm 6. 3-10. *IMPORTANTE: Com base numa amostragem de mais 4.200 jovens e adultos americanos uma pesquisa mostrou que pessoas de 5 a 13 anos tem uma probabilidade de 32% de aceitarem a Cristo como salvador e Senhor. Jovens de 14 aos 18 anos tem apenas uma probabilidade de 4 por cento, enquanto os adultos de 19 anos até sua morte tem apenas uma probabilidade de 6 por cento de fazerem esta escolha. No período que antecede os 12 anos é que a maioria das crianças toma a sua decisão quanto a seguirem a Cristo ou ao mundo. Esta pesquisa se refere a pessoas independentemente de sua fé, e, pelo que aprendemos aqui, sem dúvida, e que nós pais podemos e devemos aproveitar esta estatística e investir nos nossos filhos, desde a notícia da gravidez, especialmente 70 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


ensinando e mostrando os Princípios Bíblicos, na fase dos 0 aos 5 anos, pois, sabemos que isto o ajudará muito a decidir-se por Cristo, antes que o mundo os envolva. (Retirado do livro da editora mundo cristão: “Educando meninos” de James Dobson, psicólogo cristão americano). 2. A IMPORTANCIA FORMATIVA DOS PAIS SOBRE SEUS FILHOS Os seguintes aspectos, de vital importância na formação dos filhos são: Segurança, afeto, autoridade, instrução clara e disciplina. A atuação correta nessas áreas ajudarão os filhos a desenvolverem em três qualidades importantes para uma personalidade sã e equilibrada: • Autoestima • Autodisciplina • Domínio-Próprio Se os pais errarem nesta tarefa, sem dúvida provocarão irritação e desânimo nos filhos como diz Cl 3.21 e Ef 6. 4. Detalhando estes aspectos fundamentais na formação dos filhos de 6 a 12 anos: 2.1 - Segurança – Ml 4. 4-5 Há duas premissas simples que transcrevem o dia a dia do lar, para que haja um desenvolvimento em bases seguras: 1º Todo filho necessita de um papai e de uma mamãe presentes e envolvidos na sua formação e segurança interior; 2º Todo filho necessita que o pai e a mãe vivam em harmonia, no amor de Deus, como diz Sl 133 e 1 Jo 4; A segurança implica em dar um ambiente harmonioso e acolhedor, de afeto, cobertura espiritual e valores morais adequados e não só de prover o material, intelectual e físico para o filho, como a grande maioria faz hoje. Os pais, agora, passam a ser mais assessores ou conseFILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 71


lheiros, isto se eles voltaram os seus corações para seus filhos até os 5 anos, então, terão o coração dos filhos voltados para eles, confiando e sentindo-se seguros com os cuidados e amor dos pais e, é claro, mesmo com as pressões da galera na escola e na “infernet”, ficarão com os conselhos e ordens dos seus melhores amigos: o pai e a mãe! É isso que Deus garante em Malaquias 4. 5-6. Deve haver um ambiente para um compartilhar fluente e completa abertura. Os pais devem estar prontos e sempre dispostos a responder com interesses as perguntas. É proibido posicionamento contrário entre pai e mãe. Pai e mãe devem ter a mesma linguagem, pois Jesus disse que “uma casa dividida não subsistirá” (Mt 12. 25). Quando o filho vê divergência em opiniões e atitudes dos pais causa insegurança e falta de direção. É visível que eles explorarão isto para conseguirem o que querem, jogando ainda mais a mãe contra o pai e vice versa. Eles perguntam para um, se negado sua vontade, vão falar com o outro que sabem será mais flexível e contraditório. 2.2 - Afeto – I Pe 4.8 É o amor ‘manifestado’ calorosamente. Dar atenção sincera e concreta produz segurança e confiança. O afeto é absorvido: Indiretamente – vê como os pais se tratam. Os filhos ficam felizes e seguros quando o pai e a mãe se abraçam, se beijam e trocam palavras de honra, valor e amor um pelo outro; Diretamente – trato pessoal com cada filho. O mesmo que os pais fazem entre si, farão com os filhos e os filhos farão com seus pais e com os outros. Se semearmos afeto, carinho, elogios, dentro da família, é isto que colheremos na vida dos filhos e na vida do casamento deles. Dar afeto não é dar coisas como alimento, roupa, escola, presentes, mas é dar-nos a nós mesmos. O afeto não se expressa nesta etapa simplesmente com 72 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


carícias ou palavras ternas mas dando-nos através de: • Diálogo inteligente; • Compartilhar de nossas atividades e lutas pessoais; • Interesse genuíno em seu mundo real e virtual (sites que visita, recados e fotos que recebe e envia, relacionamentos e pressões na escola e de colegas, etc); • Atenção concentrada a cada filho se houver mais de um. Como nós já falamos, tivemos 4 filhos em 5 anos, por isso, além de Beth ficar em casa para cuidar dos filhos, o pai tirava cada semana, um tempo exclusivo de uma a duas horas, com cada filho, em casa ou saindo com ele. Vimos como isto fez bem para eles e para nós, pois temos saudades de tudo isto! • Um sistema coerente de correção quando eles resistem ou se rebelam, mas, também de estímulos quando eles são obedientes e cooperam; • Aceitação de sua pessoa, tal qual é, reconhecendo suas limitações e evitando comentários pejorativos, comparações com outros irmãos ou outras pessoas, etc. 2.3 – Autoridade- Rm 13 Nesta etapa dos 6 aos 12 anos muitos pais perdem a autoridade com os filhos, devido a concessões feitas devido ao levante com protestos e confronto com os pais. Aparecem na vida de nossos filhos outras pessoas que de forma temporal ou circunstancial exercem autoridade sobre áreas específicas. Por exemplo, é grande a influência dos professores, colegas de escola, redes sociais, etc. Sua reação à autoridade dos pais e as pressões dos professores e de tudo em sua volta, será um reflexo de como assimilou do princípio de autoridade nos anos anteriores e no lar. É importante não esquecer que mesmo nesta fase a autoridade final é dos seus pais. Se começar a ceder para as pressões e coisas deste mundo, os filhos vão sendo enredados, se perdendo e afundando no pecado e na rebelião. FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 73


É só um sólido vínculo familiar a única defesa para o bombardear didático escolar e de modelos desta geração decaída, que são frontalmente contra as verdades bíblicas como criação, evolução, Deus, família, namoros – ‘ficar’ – paixões e experiências sexuais, casamento santo, disciplina, autoridade paterna etc. Dar cobertura e estar bem ciente de tudo o que ocorre na escola e no meio da galera da idade deles, temos que estar conversando com o filho e algumas vezes com os professores e colegas que não respeitam o que ensinamos aos filhos, por mais que sejamos considerados ‘radicais, fundamentalistas fanáticos e retrógrados’. A autoridade é exercida de 2 formas: • Autoritarismo: Exercido pela força, com gritos, ameaças, castigos corporais com raiva e violência, intransigência sem ouvi-los, etc. Os resultados serão a resistência e o ressentimento, com distanciamento crescente dos pais e aproximação perigosa dos relacionamentos de fora de casa e, hoje, cada vez mais, das influências e enganos dos relacionamentos virtuais. • Autoridade inspirada: Por um respeito e admiração que leva o filho a obedecer, pois reconhece que os pais o amam e são presentes, desde cedo, em cada fase e luta de sua vida. Os resultados serão confiança e segurança, que resultam no coração do filho voltado e apegado aos seus pais. A autoridade nunca deve inibir as manifestações naturais da personalidade do filho, é claro, quando estas não impliquem agressão voluntária ou rebeldia e desobediência a Deus aos pais. Isto normalmente acontece e eles vão testando as nossas convicções e ensinos, cada ano que passa, por isso, é importante exercermos uma autoridade coerente e amorosa. O que é ter e ser autoridade amorosa, firme e reconhecida: • É não ser um ditador; 74 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


• É ser aquele que não se considera superior – que não erra - e o filho inferior – que só erra -; • É não ser aquele que sempre toma todas as decisões pelo filho; • É não ser aquele que sempre tem a razão e não ouve e considera a opinião e a luta do filho, própria da idade dele; • É não ser aquele que supre o filho apenas com alimento, roupa, escola, presentes. Mas, não sendo presente na vida e lutas do filho; • É não ser aquele que quer realizar seus sonhos através do filho. Por exemplo: A mãe queria ser bailarina, coloca a filha no balé. O pai queria ser jogador de futebol e se frustrou ou se realizou, então, quer que o filho seja o mesmo. 2.4 – Disciplina – Hb 12 Significa colocar limites para o filho, sem agressividade, mas sim com domínio próprio, equilibrada e com o amor do Pai. Poderá ser física ou através de abstinência de algo que o filho aprecia. A disciplina bíblica tem como objetivo vencer o pecado, corrigir o erro e ganhar a criança. Não pode ser com ameaças, nem aplicada com ira, como adverte Tg 1. 19-20: “Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar- se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus.” Progressivamente, a partir dos 6 anos, a disciplina deve ir adaptando-se a uma orientação racional que ajude a formar no filho a sua própria convicção de pecado. Que se conscientize que há algo mau em seu interior que precisa ser redimido. Podemos usar o sistema de prêmio e privações e nunca fazer do trabalho ou leitura bíblica, um castigo. Nós fizemos, quando os filhos aprenderem a ler e escrever, que eles lessem e escreFILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 75


vessem 10 vezes ou mais, um versículo ou texto que revelasse o pecado que nossos filhos estavam enfrentando. Por exemplo: versículos sobre mentira, impureza, rebeldia, amoldar-se ao mundo, conselhos dos ímpios, sobre o fim do justo e do ímpio, a volta de Cristo, etc. Basicamente a disciplina deve corrigir: orgulho, egoísmo, rebeldia, mentira, impureza sexual e desobediência a Deus. Apesar de a criança já possuir consciência de pecado, devemos evitar, como pais, qualquer atitude agressiva ou humilhante ao confrontá-lo, como por exemplo, a corrigi-los ou repreendê-los na frente de outros, mesmo diante dos irmãos ou, pior ainda, humilhá-los na frente qualquer outras pessoas. A disciplina não requer do filho unicamente que se comporte bem, que tenha uma vida aparente de agradar os pais, diante dos outros, mas, muito mais do que isto, a disciplina bíblica descrita em Hb 12 e muitos outros textos, especialmente em Provérbios, envolve: • Corrigir as tendências equivocadas ou pecaminosas; • Ajudar-lhe a levar uma vida ordenada; • Preparar o caminho para que adquira autodisciplina, pedindo que os pais o ajudem nas suas fraquezas e pecados. É aconselhável neste sentido que os pais o ajudem: • A começar a administrar seu próprio dinheiro, separando dízimos e ofertas missionárias, poupança, etc; • Tenha suas atividades diárias programadas evitando tempos livres em excesso. 2.5 - Instrução Clara – Pv 22.6 e Dt 11. 13-28 Os filhos recebem instrução: Direta – Através de palavras, diálogo de como devem viver. Indireta – Pela atitude dos maiores, principalmente dos 76 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


pais e irmãos mais velhos, mas, também da pressão externa virtual (cada vez mais fortes hoje) e real, pelas palavras e atitudes das pessoas que os rodeiam e, sempre influenciam. O espírito de toda criança é influenciado através de: Sugestibilidade – assimilam de forma involuntária, ideias ou atitudes dos pais ou do mundo, ou por: Imitação – Primeiro de forma inconsciente e logo consciente. No final desta idade e etapa, quando chegam aos 9 em diante, os filhos são juízes agudos e implacáveis. Por isso, os pais não devem esconder seus próprios erros, atrás da máscara religiosa, sendo uma pessoa diante dos irmãos e pastores, na igreja e em casa ou fora, vivem sem o ensino e respeito ou temor a Deus devido e ensinado ou exigido dos filhos. Os filhos aprenderão a serem hipócritas e verão que os colegas do mundo são mais reais e verdadeiros que seus pais, líderes e irmãos da igreja. Infelizmente é isto que acontece na maioria dos lares cristãos hoje e por isto, os filhos vão para o mundo real das drogas, sexo e crime. Queremos contar um testemunho de algo que Deus nos inspirou e dirigiu, que já contamos e repetimos, pois tem ajudado a muitos casais recuperarem o coração do filhos: Sempre tivemos a ‘noite da família’ e, neste tempo exclusivo nosso com os filhos, fazíamos muitas atividades e brincadeiras de edificação e uma delas chamávamos de A HORA DA VERDADE. A gente sentava em um semicírculo onde o pai era o primeiro que ficava de frente para todos e perguntava: “- O que o pai tem feito que entristece vocês e que não é parecido com Jesus?” Cada um dos filhos tinha liberdade para falar o que sentiam e viam na gente. Cada um ouvia com humildade e sem se defender! Depois de só ouvir, outro sentava e todos da família falavam das nossas deficiências e comprometíamos uns com os outros, orando e ajudando. Isto evitou abrir sentimentos e frustrações ou revoltas na hora de uma tensão ou discussão FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 77


com ira. Até hoje, com os filhos casados, temos uma liberdade para nos ajudar uns aos outros, em amor. Recordemos que Deus não pretende que sejamos ‘pais perfeitos’, porém tementes a Ele e justos em toda a nossa maneira de viver. Admitir o erro, pedir perdão diante dos filhos nesta etapa, evita ressentimento e lhes ensina como atuar como protagonistas de seus próprios erros e pecados, de um modo correto. Instrução clara significa objetivamente ensinar com a própria vida: • Como aplicar princípios práticos de vida da Palavra; • Como tratar com Deus, isto é como orar, ler a Palavra, participar em pequenos grupos e em cultos; • Como orar e buscar seus dons e ministérios para ser grato e servir a Cristo, ganhando e edificando vidas e servindo os irmãos; • Como trabalhar e estudar com responsabilidade e visão de futuro buscando desenvolver seus talentos dados por Deus e, assim ter a sua realização vocacional. Nossos filhos, nesta idade dos 9 aos 12 anos, já os incentivamos a trabalharem naquilo que gostavam e tinham talentos, começando cada uma ganhar o seu dinheiro. Aos 15 e 16 anos, os 2 rapazes já trabalharam em Belém do Pará e sustentaram a família por uns 11 meses em que o pai ficou sem trabalho e renda, num processo de disciplina do Pai do céu. • Como se portar em diferentes meios e situações adversas de tribulações e injustiças, sem perder a identidade ou ceder em suas convicções pessoais e cristãs; • Como suportar as injustiças e ser agradecido a Deus em todas as situações, nunca retribuindo o mal com o mal, mas, com o bem, como Cristo Jesus; • Como decidir sozinho e corretamente coisas desta vida, para sua autonomia futura, como pessoa e como uma nova família. 78 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


3. O QUE ‘DIFICULTA’ NA CORRETA FORMAÇÃO Detalhes importantes que os pais devem cuidar para não ‘deformar’ o caráter e a personalidade dos filhos, em ordem de importância: • Um ambiente familiar contraditório, isto é, pai e mãe tendo posicionamentos diferentes em relação a educação e formação dos filhos. Por exemplo: O pai diz e faz de um jeito e a mãe, ao contrário. O filho pede para a mãe alguma coisa e a mãe aprova, mesmo sabendo que o pai disse que não. O pai ou a mãe ‘escondem’ erros dos filhos, para que o outro não saiba e trate com firmeza e disciplina. • Ambiente do lar é conflitante. Por exemplo: pai e mãe discutem, brigam acusam-se um ao outro, falam mal de outras pessoas, dos avós, de parentes e especialmente de líderes da Igreja e, tudo isto na frente dos filhos. Isto é um desastre e causa deformação dos filhos; • Liberdade excessiva no tempo livre. Por exemplo: Os filhos ficam a maior parte do tempo livre na frente da TV, na “infernet”, conectados e viciados em games e no celular, dormem tarde e muito de manhã; • O não envolvimento da família na vida comunitária. Por exemplo: Os pais, mal e mal vão ao culto, isto se não tiver nada para fazer, ou chovendo e muito frio, não se envolvem em servir, evangelizar, discipular vidas. Vivem egoisticamente e só para o trabalho e profissão, isto é, para ganhar dinheiro e adquirir bens. Isto deforma os filhos, pois não veem na vida do pai e da mãe o primeiro e maior mandamento, descrito em Mt 22. 36-40: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? “Respondeu Jesus:” ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 79


si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”. CONCLUSÃO O particular meio social e econômico de muitos pais que trabalham os dois fora, os impede de voltar os seus corações para os seus filhos, privando-os de tempo de qualidade para muitas atividades que são necessárias para o desenvolvimento da criança nesta etapa. Ainda que se tenham quartos e dependências grandes e bens suficientes na sua casa material, é difícil encontrar um ambiente de paz, de amor e com princípios morais e cristãos adequado. Infelizmente, Beth e eu temos viajado e ministrado por todo o Brasil e o que mais vemos são pais cristãos que trabalham árdua e sacrificialmente para dar aos filhos ‘o melhor’! Por outro lado, vemos alguns pais que já entenderam a sua responsabilidade de Provérbios 22. 6 e, pela fé e muito amor, cuidam e formam seus filhos em Cristo e para Deus, com toda a dedicação, especialmente da mãe perto. Como nós fizemos, estes os colocam só aos 6 anos nas mãos de outros, e sempre procurando uma escola com princípios cristãos e professores moral e espiritualmente alicerçados na Bíblia. Como já citamos, na época dos nossos, por não encontrarmos uma escola com estes pré-requisitos, juntos com alguns discípulos, começamos o que hoje é o Colégio Shalom em Blumenau SC. Por isso, até os 5 ou 6 anos, a família se destaca neste tempo como o meio formativo mais adequado e, às vezes, junto com a igreja, quase único, se não tiverem muito tempo diante da TV e etc. Só que agora, dos 6 aos 12 anos, eles vão sair de casa um bom tempo e ficarão sob a forte influência de outras pessoas e crianças, sabe-se com que princípios, ou sem princípios morais, éticos e cristãos. Surgem algumas perguntas para você refletir e responder: • Ao saírem de casa, nós pais teremos transmitidos e for80 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


mado seus fundamentos cristãos? ( ) sim ( ) não • Será que o coração deles estarão voltados mais para nós, seus pais, que para as pressões e seduções do mundo lá fora? ( ) sim ( ) não • Quais tem sidos as ‘suas’ experiências? Você vê seus filhos com os seus corações voltados para Deus, para você e para a eternidade com Cristo? ( ) sim ( ) não • Será que você pode dizer: “- Creio no Senhor Jesus Cristo e, tenho feito tudo para eu e minha casa sejamos salvos e arrebatados em breve?” ( ) sim ( ) não Por sua parte a igreja deve ser e prover um ambiente e uma infraestrutura para a integração e absorção dos infantes e adolescentes. A igreja se levanta como uma sociedade alternativa que satisfaz todos os anseios e todas as necessidades de todas as idades em todos os tempos. Deus, nos chama a abrir nossos olhos e por fé e obra alcançar a glória da última casa que será maior que a primeira e a sermos como Noé, que por andar na presença e na obediência a Deus, traremos a salvação para toda a nossa família, mesmo que estamos vivendo em meio a uma geração maldita e pervertida, como em Gênesis 6 e Malaquias 4. 4-6.

FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 81


82 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Capítulo 7

UFA! CHEGOU A ADOLESCÊNCIA! E AGORA? A palavra Adolescente vem do latim “adolescere” e significa “Crescer”. É o período de crescimento que vai em direção a maturidade. Se inicia aproximadamente aos 9, 10, 11, 12 e 13 anos e vai até aos 17 a 19 anos. Infelizmente eles estão chegando nesta fase, cada vez antes, deixando a criança ‘sem infância’ ou antecipando muito a adolescência e, com isso, deixando seus conflitos ainda maiores. As palavras chaves, nesta etapa muitas vezes, prematura, são: Transformações, confrontos e colheitas do que foi semeado em seu coração, pelos pais, pelo ambiente familiar ou pelos ‘de fora’. Entrar na adolescência, de certa forma é um desafio para os filhos e para os pais, ainda maior. Porém, se os pais foram dedicados em eles mesmos darem uma boa fundamentação na FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 83


criança, pastoreando o seu coração, desenvolvendo o temor do Senhor, estabelecendo disciplinas e limites, isto é, ensinos repreensões, correções com castigos ou vara com muito amor, isto tudo repetidas vezes, então, esta etapa ocorrerá mais tranquila, mas, não sem as 3 palavras chaves acima. Ele estava no mundo tranquilo e seguro da infância. Todas suas necessidades eram satisfeitas por seus pais. Porém, agora diante de si está o seu desenvolvimento físico, ele transformou-se em uma pessoa que não é mais criança, mas também não é adulto. É uma fase intermediária entre a infância e juventude. Nesta fase ele começa a manifestar desejo de tomar suas próprias decisões e ser independente. Porém, as transformações e a maturidade no corpo se desenvolvem mais rapidamente que o amadurecimento emocional e mental. Eles não entendem isto e acham que, por que estão crescendo, tendo agora pelos, barba, seios, mudanças na voz, etc, por isso eles já são grandes, adultos e sabem o que querem e pensam que sabem mais que seus pais, a respeito da vida! Disto vem a segunda palavra chave: Vem os ‘conflitos’ deles mesmos e nossos como pais. Tanto eles como nós, não sabemos como agir diante de suas ‘mudanças radicais’. Nós sabemos o que é isto, pois, os 4 filhos ficaram adolescentes ao mesmos tempo, pois nossos 2 mais velhos eram rapazes e as 2 mais novas, moças. Quando o mais velho tinha 15 anos as meninas tinham 10 e 12 anos! Muitos dos cabelos do pai caíram nesta fase! Os 2 do meio – Rafael, 14 anos e a Priscila, 12 anos – eram os mais fortes e mais difíceis! Só a graça de Deus e a obediência a Sua Palavra é que nos dão sabedoria e direção para passarmos com eles, esta fase, e depois colhermos os frutos e a alegria de vê-los tendo suas próprias experiências na vida espiritual e nos conflitos, decepções e pressões do pecado e da vida terrena, neste mundo que jaz no maligno. O que sempre nos ajudou a nós mesmos e a nós ensinarmos a eles foram, entre outros os capítulos 7, 8 e 12 de Romanos. Os pais devem ajudá-los a familiarizarem-se com sua 84 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


mente, seus sentimentos, suas emoções, suas atitudes, seu corpo, suas esperanças, seus sonhos e suas frustrações. LER E ENSINAR, paciente e frequentemente COM ELES: Os 31 capítulos de Provérbios, 1 Ts 4 todo, Hb 13.4, 1 Co 6 e 7 todo, Dt 22. 1328; 11.13-28, os capítulos 5 a 7 de Mateus e muitos outros, que primeiro os pais – principalmente ‘O PAI’ - têm que conhecer e encher os seus corações com a Palavra e eles a ensinarão aos seus filhos, para que não sejam e vivam maldição na terra. A adolescência em geral se divide em três períodos: a) Pré-Adolescência: É na “Pré-puberdade” que começam as transformações que alteram seu físico, motivos, capacidades e demandas do meio, querendo pensar e ser como os outros. Começa entre os 9 ou 10 anos e vai até os 13 ou 14 anos. Parece, às vezes, que o que aprenderam de nós com amor e disciplina, não serve mais e o mais importante é ser aceito pela galera e não rejeitado por sua forma diferente e correta de ser, aprendida e vista no lar. Os valores e princípios bíblicos e familiares começam a ser questionados! b) Adolescência: A “Puberdade” que é dos 12 ou 13 aos 17 anos. Aqui já se vê a explosão dos hormônios e dos impulsos sentimentais e sexuais, acompanhada da maturação dos órgãos reprodutores: nas meninas os pelos pubianos e nas axilas, o ciclo menstrual e os seios se definindo e nos rapazes além dos pelos pubianos e das axilas, a barba, a ejaculação noturna e, em ambos, a atração forte e as paixões juvenis. É importante que nós pais ministremos na vida deles sobre a pureza e o cuidado com o que vemos e ouvimos de impuro, os pensamentos e sentimentos que se avultam em paixões juvenis e que destroem a tantos, exatamente nesta fase. c) Adolescência final: Vai dos 17 aos 19 ou 20. A “Pós-Puberdade” é o ingresso no mundo adulto já buscando com a orientação dos pais, a realização vocacional, emancipação familiar, relacionamento correto com o sexo oposto, época em que os maiores conflitos de gerações e dos princípios cristãos FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 85


já começam a passar, se os pais entenderam e praticaram os conselhos que demos até aqui. Parece loucura tudo o que temos procurado transmitir para você e, ainda mais, se dissermos que TRÊS dos nossos filhos casaram e constituíram a sua família com 19 anos, já buscando e se firmando, cada um com seu cônjuge, no ministério pastoral e missionário. Só o mais velho, Giovani Júnior, casou com 22 anos, por que foi estudar e fazer seminário no México, dos 19 aos 21 anos. 1. As transformações naturais a) No campo físico • Crescimento em estatura, porém com atitudes ora infantis, ora como gente grande; • Desarranjos na voz desafinada nos meninos, no corpo e no andar desengonçado, boca metálica, etc; • Consciência de sexo pois os turbilhões de hormônios trazem o desenvolvimento dos caracteres sexuais, espinhas e um despertar forte por paixões, na sua maioria, passageiras. b) No campo mental • Atenção voluntária para o conhecimento daquilo que era tão distante; • Grande capacidade de memorizar e de questionar tudo o que era aceito e vivido; • Julgamento agudo e raciocínio perspicaz. Já não aceitam serem ensinados, disciplinados. Nós pais não podemos fazer concessões nos princípios da Bíblia e a correção, nesta fase, normalmente funciona com a tirada de privilégios ou castigos. Em casos mais extremos de rebeldias e pecados, pode-se usar também a vara.

86 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


c) No campo sentimental Caracteriza-se por muitos distúrbios. As principais causas: • Crença de que foi enganado quando criança o leva a confrontar e a tentar enganar e esconder seus conflitos e pecados; • Tratamento áspero ou injusto com os irmãos, com os pais e com todos; • Vergonha de ser diferente da galera, de ter e procurar viver os valores morais aprendido dos pais e de Deus; • Solidão e medo de não ser compreendido e aceito pelos colegas de escola, vizinhos e até por adolescentes da igreja que não receberam e, por isso, não tem os mesmos valores de pureza e ética, por isso, tende a se isolar; • Normalmente eles têm baixo amor próprio e dificuldade para aceitar que seus pais e família o amam; • Nos aspectos do sexo eles têm muita pressão para ‘ficar’, isto é, deixar-se tocar e beijar por qualquer um. Quando têm muita liberdade no uso da televisão e “infernet” começam a conhecer a pornografia e os relacionamentos virtuais com cantadas e mentiras para aventuras e experiências sexuais. No Brasil, o governo já tem distribuído materiais para os alunos das escolas que ensinam tudo o mais vulgar e sujo que se possa imaginar, para crianças desde os 2 ou 3 anos da escola; • Restrição descabida dos pais ou de alguns sistemas de igrejas de homens, onde o importante não são o desenvolver os valores de caráter de Cristo, mas, as aparências e tradições religiosas. Aqui, mais uma vez, o ensino dos pais tem que ser coerente com a vida cristã deles, desde a infância, pois, caso contrário, nesta fase aqui, eles manifestam suas indignações e revolta pela vida hipócrita religiosa dos pais e dos irmãos mais influentes da igreja; • Impulsos indisciplinados desde as pequenas coisas de FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 87


casa – como roupas, calçados, cadernos e livros, etc – quanto na maneira deseducada de se portar diante das pessoas e fora do olhar e cuidado dos pais, muito mais. d) No campo social • Têm grandes conflitos do seu ‘eu’, da sua tomada de posição em relação aos outros, especialmente da galera que é contrária ao seu padrão de ensino recebido dos pais; • A grande influência e pressão da turma nos relacionamentos presenciais e, hoje cada vez mais forte, nos relacionamentos virtuais dos muitos meios de comunicação que aproximam as pessoas virtualmente, mas, as distanciam dos olhos e do coração; • Medo de não ser aceito na turma e do contínuo e crescente sofrimento pelo bullying. e) No campo emocional • Falta de identidade. Ora são tratados e se comportam como crianças, ora são cobrados ou querem ser adultos; • Conflitos na autoestima causados por complexos, pela cor, tipo de cabelo, pele, cultura ou status dos pais, etc; • Lutas pelo seu porte físico, pois, recebem bombardeios de imagens imposta pela mídia de corpos perfeitos, esbeltos, musculaturas bem definidas, rostos maravilhosos, que influenciam fortemente sua autoimagem, já em conflitos. Por nossa própria experiência, insistimos mais uma vez da necessidade imperativa e constante dos pais terem interesse e diálogos profundos, desde a infância, para que o coração deles esteja voltado para nós, especialmente ‘o pai’, lembrando e contando da nossa própria infância, desobediências, correções recebidas, das nossas próprias lutas na adolescência e 88 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


juventude, dos nossos erros e de suas consequências. Temos que ser, mais do que nunca, o seu melhor amigo e quem mais sabe que tudo isto ele e nós estamos passando juntos, faz parte de “uma fase” na vida de todos. Isto vai passar e vamos colher juntos as bênçãos da obediência a Deus e não ao mundo. f) No campo religioso Eles passarão esta fase, com menos conflitos e mais seguros de sua fé e valor para Deus e para os seus familiares, quando viram exemplo nos pais: • De que amam a Deus e a Palavra; • De que fazem diariamente oração do casal e em família; • De que houve um grande investimento dos pais em transmitir não só ensino, mas, a vida de Cristo; • De que faziam parte de uma família diferente, SEM murmurações e palavras maldizentes contra os membros do lar, contra irmãos e lideres da igreja. Se assim é a sua família, com certeza e promessa de Deus, nesta fase da adolescência ou depois, estes responderão, seguindo o ensino e o exemplo de seus pais, pois, vivenciaram a igreja, o amor, perdão e disciplina do Pai em sua casa, como Pv 22. 6 e Hb 12 todo. Resumo: • Corpo apresenta grande desenvolvimento; • Pele e voz com transformações marcantes; • Amadurecimento dos órgãos sexuais, pela alta produção de hormônios próprios desta fase; • Alta capacidade de assimilação, mas, primeiro, de confronto, para sentir e provar a segurança dos pais; FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 89


• Emoções sem equilíbrio, sendo ora muito carinhosos e carentes e ora frios e repulsivos; • Conflitos em serem aceitos em relação aos outros e o valor que tem em saber o que eles pensam de si mesmos; • Cristo é forte apelo e desafio de ter certeza de que ele também é um filho de Deus e de ser, seguramente, reconhecido como tal; • Anseia e necessita de reconhecimento e aprovação dos pais, nos seus questionamentos como: “não sou mais criança”, “todo mundo faz, por que não posso fazer também?”. Mais uma vez: Só uma profunda experiência com Deus como nosso Pai e muita oração e humildade de reconhecer diante dEle e do Seu Filho Jesus Cristo, de que não sabemos lidar com tudo isto e precisamos de ajuda como pais de adolescentes, como em 1 Pe 5. 5-11; • Ressentem-se de serem chamados e tratados só como crianças. Sugerimos você ler conselhos para os pais do livro “Mulher mais mulher” autora: Elisabeth Zimmermann e 2 livros da série: Família a casa do Oleiro: Conselhos para marido pai e avô (do Giovani) e Conselhos para Esposa, mãe e avó (da Elisabeth), todos da Editora Fôlego.

90 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Capítulo 8

PROBLEMAS COMUNS NA ADOLESCÊNCIA Reforçamos o que tem sido exposto aqui, que as pressões nessa etapa da vida têm seus resultados negativos como a insegurança, o sentimento de culpa, os complexos de inferioridade ou superioridade, a solidão, o rechaço, e a tendência a confrontar todo tipo de autoridade ou limites, dependendo do meio em que vive, das amizades e, sobretudo da atitude e abertura que seus pais dedicam para que eles expressem, desde a infância, suas lutas e possam receber e acatar as orientações e disciplinas seguras e com muito amor. Entre outros conflitos e necessidades de contínuos reforços no ensino e na segurança dos pais para com os filhos, quanto a: • Conceito de Deus; • Conceito de oração como um modo de falar com o Deus da criação e Pai nosso; • Suposto conflito entre ciência e a Bíblia; FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 91


• Salvação pessoal e condenação eterna; • Procedimento inadequado de “cristãos” que ele conhece que são escândalos e pedra de tropeços e suas consequências aqui e no arrebatamento; • Não ser aceitos pelos outros, por qualquer debilidade ou convicção diferente que tenha; • Direção e colocação vocacional e chamada ministerial; • Publicidade perniciosa de revistas, TV, filmes, etc. Nós, em nossa casa, sempre usamos o “mute” na TV para não ter os audiovisuais apelativos e atraentes para o consumismo durante o tempo das propagandas e dos próximos programas. Nos intervalos de propagando deixamos sempre “sem som”!; • Disponibilidade de tempo demasiada e fácil acesso a games, celulares multifuncionais, relacionamentos virtuais perigosos, escravizantes e destrutivos. Infelizmente, cada vez mais, temos uma nova doença e vício: a ‘conectividade’, a vida ‘on line’ dos pais e dos filhos; • A gravidez precoce e, às vezes casamentos forçados e abortos; • A influência do meio escolar cada vez mais cumprindo-se Gn 6; • Ambiente familiar contraditório e incoerente, hipócrita; • Pais que não acompanharam o desenvolvimento do filho. A razão principal por que a adolescência é tão perturbadora jaz no efeito do menino ou menina não compreenderem o que está acontecendo com eles. Muitos dos seus temores, ansiedades e desânimos poderiam ser evitados com um simples programa de investimento dos pais, desde a notícia da gravidez e durante toda a infância, preparando os filhos para mais esta etapa. Claro é que este período realmente é o mais crítico de toda a vida de uma pessoa. Um pai amoroso e uma mãe atenciosa poderão fazer o filho compreender que a adolescência é temporária e que logo passa, e isto é feito, novamente, quando 92 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


o coração dos pais se volta para seus filhos, através de uma boa comunicação, principalmente ouvindo, e isto exige tempo dedicado regular. “Amar com o amor do Pai e de Cristo é dar a vida e, dar a vida é dar o tempo prático”, como diz 1 Jo 3 todo. A Pureza Moral Vivemos literalmente Gn 6 e Lc 17. 26-36, mas o padrão de Deus não muda, como veremos nestes textos da Bíblia NVI a seguir e que devem ser vivido pelos pais e ensinados com persistência e disciplina, para os filhos desde os 6 ou 7 anos, isto se os filhos não forem para creches e escolas antes desta idade, pois, nestes ambientes, os filhos são expostos a tudo o que é contrário a pureza moral: ... Que ele fortaleça o coração de vocês para serem irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos. Quanto ao mais, irmãos, já os instruímos acerca de como viver a fim de agradar a Deus e, de fato, assim vocês estão procedendo. Agora lhes pedimos e exortamos no Senhor Jesus que cresçam nisso cada vez mais. Pois vocês conhecem os mandamentos que lhes demos pela autoridade do Senhor Jesus. A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham- se da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa, não dominado pela paixão de desejos desenfreados, como os pagãos que desconhecem a Deus. Neste assunto, ninguém prejudique seu irmão nem dele se aproveite. O Senhor castigará todas essas práticas, como já lhes dissemos e asseguramos. Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade. Portanto, aquele que rejeita estas coisas não está rejeitando o homem, mas a Deus, que lhes dá o seu Espírito Santo... 1 Ts 3. 13 a 4. 8. Se você continuar lendo o capítulo 4, você verá que fala do ‘arrebatamento’, como nestes versículos acima e, tudo confirmando Lc 17. 26-36 e Gn 6. FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 93


Se você continuar lendo o capítulo 4, você verá que fala do ‘arrebatamento’, como nestes versículos acima e, tudo confirmando Lc 17. 26-36 e Gn 6. ...O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros... Hb 13. 4. Algumas estatísticas dizem que 89% dos jovens brasileiros não se casam virgem. Milhões de abortos são cometidos anualmente. Cabe aos pais o dever de manter o canal de comunicação aberto e franco, esclarecendo ao filho a importância de se manter puro e guardado para seu futuro cônjuge e para o arrebatamento e, não se amoldar a esse mundo da imoralidade. Desde cedo devem ensinar princípios da Palavra sobre disciplina mental, respeito com o sexo oposto, fuga da pornografia, padrões de namoro, cautela em situações que levam a tentação. Como sempre, o exemplo dos pais falará mais alto e reforça o ensino ou desfazem o mesmo. As lutas dos adolescentes e jovens é muito bem tratada na Bíblia e nós pais temos que tê-la em nosso coração, para transmiti-la aos nossos filhos como descreve e adverte Dt 11. 13- 28, por isso, vamos lhe expor mais alguns textos sobre esta fase da vida dos nossos filhos, segundo a Palavra do Criador: Em Eclesiastes 11. 9 a 12. 2: Alegre- se, jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude! Siga por onde seu coração mandar, até onde a sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará a julgamento. Afaste do coração a ansiedade e acabe com o sofrimento do seu corpo, pois a juventude e o vigor são passageiros. Lembre- se do seu Criador nos dias da sua juventude, antes que venham os dias difíceis e se aproximem os anos em que você dirá: “Não tenho satisfação neles”; antes que se escureçam o sol 94 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


e a luz, a lua e as estrelas... Também para ajudá-lo, como pai, queremos transcrever o Salmo 1 todo, que muito nos ajudou também: Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite. É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera! Não é o caso dos ímpios! São como palha que o vento leva. Por isso os ímpios não resistirão no julgamento, nem os pecadores na comunidade dos justos. Pois o Senhor aprova o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios leva à destruição! Outro texto que nos encoraja, como pais, a investir a nossa vida em amar a Deus e viver a Sua Palavra é o Salmo 112. 1-3: Aleluia! Como é feliz o homem que teme o Senhor e tem grande prazer em seus mandamentos! Seus descendentes serão poderosos na terra, serão uma geração abençoada, de homens íntegros. Grande riqueza há em sua casa, e a sua justiça dura para sempre. É claro que riqueza que se refere aqui, não é a abundância de bens e dinheiro, mas, a abundância de amor e paz que dinheiro nenhum compra e, caso o tenha, este não afeta a riqueza da harmonia e a alegria de uma família feliz por que o homem, marido e pai, teme a Deus e tem grande prazer em seus mandamentos! Você pode ler o restante desse Salmo e o Sl 128 todo que entenderá o que abordamos aqui. Seu Filho, seu primeiro discípulo Não podemos nos esquecer da seriedade que é o texto de Dt 11. 13-28 onde ‘o pai’ tem a responsabilidade diante de Deus, de amar e buscar este Deus, como Noé. Este Deus está revelado na Bíblia e sobre ela, Deus determina: Gravem estas FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 95


minhas palavras no coração e na mente; amarrem- nas como sinal nas mãos e prendam- nas na testa. Ensinem- nas a seus filhos, conversando a respeito delas quando estiverem sentados em casa e quando estiverem andando pelo caminho, quando se deitarem e quando se levantarem... Mais a frente, no mesmo contexto, o próprio Deus, coloca nas mãos do ‘homem e pai’ a responsabilidade de cumprir o que está dito acima e, isto determina se sua vida, família e seus filhos e gerações serão BENÇÃO ou MALDIÇÃO, como também já vimos em Malaquias 4. 5-6. Ele reafirma categoricamente: “Prestem atenção! Hoje estou pondo diante de vocês a bênção e a maldição. Vocês terão bênção, se obedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, que hoje lhes estou dando; mas terão maldição, se desobedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, e se afastarem do caminho que hoje lhes ordeno, para seguir deuses desconhecidos” ... Só não vê, quem não quer ver que isto é mais atual que nunca! É só ver quantos casais e famílias de crentes têm na sua casa verdadeira maldição e desgraças entre os casais e destes com seus filhos e netos. As estatísticas no Brasil mostraram que tínhamos em 2013, aproximadamente 57 milhões de ditos ‘evangélicos’ e, 48 milhões de DESVIADOS, a maioria filhos de crentes que estão nas drogas, promiscuidade e no crime! Será que Deus leva a sério a Sua Palavra? Será que Ele ‘se adapta’ as mudanças do mundo? Olha o que diz Jeremias 1. 12: O Senhor me disse: “Você viu bem, pois estou vigiando para que a minha palavra se cumpra”. Vemos Jesus, antes de voltar para o céu, deixou sua última ordem e mandamento, como o Pai deixou em Deuteronômio, acima transcrito. Diz o texto de Mateus 28. 18-20, antes de Jesus voltar para o Pai: Então, Jesus aproximou- se deles e disse: “Foi- me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando- os em 96 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando- os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Glória a Deus que você está estudando este livro e sendo ministrado pelo Espírito Santo que vivifica a Palavra, por isso, talvez não a nossa opinião ou testemunhos vão trazer mudança na sua vida e, através de você, em toda a sua família e gerações, mas, o que está firmemente fundamentado e explanado da Bíblia, neste livro! Isto sim, pois Ele diz: “estou vigiando para que a minha palavra se cumpra”. Então, aonde é o primeiro lugar onde eu busco a Deus, a sua Palavra e a coloco ‘em prática, obedeço’, provando com isto a minha fé no Deus da Bíblia e provo que não sou um religioso e frequentador de igreja, mas, sou crente e discípulo de Cristo? Vamos responder com a própria Bíblia, apenas com 2 textos: “Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que eu digo? Eu lhes mostrarei com quem se compara aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. É como um homem que, ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha. Quando veio a inundação, a torrente deu contra aquela casa, mas não a conseguiu abalar, porque estava bem construída. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as pratica, é como um homem que construiu uma casa sobre o chão, sem alicerces. No momento em que a torrente deu contra aquela casa, ela caiu, e a sua destruição foi completa”. Isto Jesus falou em Lc 6. 46-49. O que significa aqui ‘um homem’ construiu? O que significa a palavra ‘CASA’? O que significa: a casa ‘não se abalou’? E ‘aquela casa caiu e sua destruição foi completa’? Será que a casa que se refere o texto é o lar, a família que um homem constrói, constitui com um casamento e filhos? Outro texto muito claro sobre isto é 1 Timóteo 5. 4 e 8: Mas se uma viúva tem filhos ou netos, que estes aprendam primeiramente a colocar a sua religião em prática, cuidando de sua própria família e retribuindo o bem recebido de seus pais e avós, pois isso agrada a Deus... Se alguém não cuida de seus FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 97


parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente. Estes versículos têm relação com os anteriores de Deuteronômio 11, Mateus 28, Lucas 6 e Jeremias 1. 12? Releia-os e cave fundo para ver como e onde estão os fundamentos de sua vida e família: • Como está a sua casa? ( ) Firme e inabalável ( ) Inclinada e rachada ( ) Caída e destruída ( ) Precisando rever os fundamentos ( ) Estabelecendo novos e firmes fundamentos na prática da Palavra • Sua vida e cuidado com a sua família, hoje, agradam a Deus? ( ) Sim ( ) Não ( ) Preciso e vou rever onde está meu coração • Sua atitude com sua família provam a sua fé e que você é crente mesmo? ( ) Sim ( ) Não ( ) Preciso perguntar para eles • Sua vida e família tem se abalado e está caindo, sendo destruída? ( ) Sim ( ) Não ( ) Preciso e vou rever onde está meu coração • O que falta para você? ( ) Frequentar uma igreja para ouvir a pregação ( ) Amar e buscar a Deus e a Sua Palavra, para colocar em prática dentro de sua casa e família; • Você é um discípulo de Cristo que busca alguém que lhe ensine a obedecer, a praticar o que Jesus e Deus têm deixado escrito na Bíblia? ( ) Sim ( ) Não ( ) Preciso e vou rever minhas convicções e atitudes de filho de Deus e discípulo de Cristo; • Seus filhos são seus primeiros discípulos? ( ) Sim ( ) Não ( ) Preciso e vou rever minhas convicções e atitudes de filho de Deus e discípulo de Cristo; • Você, com seus filhos, está cumprindo: “portanto, vão e façam discípulos de todas as nações – começando em 98 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


sua própria família -, batizando- os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”? ( ) Sim ( ) Não ( ) Preciso e vou rever minhas convicções e atitudes de filho de Deus e discípulo de Cristo; • Você quer Cristo Jesus presente em sua casa, nestes difíceis ‘fim dos tempos’? ( ) Sim ( ) Não ( ) Preciso e vou rever minhas convicções e atitudes sendo e fazendo discípulos de Cristo, primeiro dentro de minha família e nos meus relacionamentos; • Você, como Noé, quer que toda a sua família seja arrebatada, em breve? ( ) Sim ( ) Não • Quem tem que mudar? ( ) Você ( ) Eles? • Quem decide provar a sua fé e mostra que é crente e filho de Deus, de fato e de verdade? ( ) Você por primeiro ( ) Depende deles. Então, agora podemos entender e praticar melhor Provérbios 22. 6: Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles. Você entende por que temos sido tão insistentes em que você não entregue seus filhos para ninguém, para que não ensinem o que NÃO É DE DEUS, mas, deste mundo imundo, deste tempo do fim? Se forem à creche, as crianças da creche ou das vizinhanças, os professores, os avós, a TV e a “infernet”, isto que recebeu quando criança, ele vai manifestar na ADOLESCÊNCIA e, mesmo com o passar dos anos não se desviará disto que experimentou na adolescência! Também isto é muito claro na nossa própria vida, pois, os maus caminhos que tomamos na nossa adolescência, muitos deles nos custaram muito caro, não é? Praticamente todos os que hoje estão na promiscuidade, homossexualidade, nos vícios de drogas, games, “infernet”, no FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 99


mundo do crime, etc, a grande maioria, tomou este rumo, este caminho, na adolescência e, eles, tanto quanto seus pais, têm pago um alto preço por não obedecer a Palavra e andar no caminho de Deus, não é? Por isso, é que seu filho é o seu primeiro discípulo, como em todos estes textos transcritos anteriormente! Isto determinará se sua casa não será abalada ou se será destruída, se será uma bênção ou uma maldição, se Jesus estará sempre com vocês todos os dias até o fim ou não! O que você decide? Você deve reler os textos anteriores e nós vamos ajudá-lo mais uma vez, a posicionar-se, diante do Deus que está pondo diante de você, para um ‘sim’ ou um ‘não’: 1. Você tem cuidado, prioritariamente, da sua própria família? ( ) sim ( ) não 2. Seus filhos são seus primeiros discípulos? ( ) sim ( ) não 3. Você, com seus filhos, está cumprindo: “portanto, vão e façam discípulos de todas as nações – começando em sua própria família -, batizando- os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando- os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”? ( ) sim ( ) não 4. Você mesmo quer ter a honra de levar seu filho ao batismo, isto antes da adolescência, se possível? ( ) sim ( ) não 5. Você quer Cristo Jesus sempre presente em sua casa, nestes difíceis ‘fim dos tempos’? ( ) sim ( ) não 6. Você, como Noé, quer que toda a sua família seja arrebatada, em breve? ( ) sim ( ) não 7. Quem tem que mudar? ( ) Você ou ( ) você vai esperar por eles? 8. Quem decide provar a sua fé e mostra que é crente e 100 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


filho de Deus, de fato e de verdade? ( ) Você ou ( ) você vai esperar por eles? Queremos fazer nossas as palavras de João, nas suas cartas de amor, onde diz em 2 João 4: -“Ao encontrar alguns dos seus filhos, muito me alegrei, pois eles estão andando na verdade, conforme o mandamento que recebemos do Pai”. Nossa maior alegria e o alvo dos nossos esforços em investimento na criação dos nossos filhos é fazer deles nossos primeiros discípulos, para que andem na verdade do SENHOR. Todo discipulado se resume em duas palavras: exemplo e companheirismo. Algumas dicas para você ser e para você fazer discípulos, como Jesus ordenou, começando em sua própria família, instruindo seus filhos desde criança: • Ensine a Palavra de Deus com a vida, como em 2 Tm 3. 16 a 4. 5; • Ore diariamente com eles e por eles dando-lhes cobertura espiritual, como em Mt 18. 18-20; • Encaminhe-os a viverem sob o senhorio de Cristo, antes da adolescência, como em Lc 6. 46-49; • Oriente-os a uma profunda comunhão com Deus, através de tempo de oração e adoração diários, com a leitura da Bíblia, livros e multimídias cristãs. Nós compensávamos nossos filhos com uns R$ 2 a 5 reais por livro da Bíblia lido, ou outros bons livros para eles. Vemos isto, o valor da Bíblia, nos Salmos l e 119; • Incentive-o ao pleno exercício dos dons espirituais, como em 1 Co 12 e Rm 12; • Tenham o hábito do culto doméstico em seu lar. Explicamos detalhes sobre isto nos nossos livros já citados.

FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 101


Algumas dicas para os pais de adolescentes: 1. Entender que o filho(a) está passando por uma “fase” de transição da infância para idade adulta. Varia de cinco a sete anos. 2. Nesta fase há uma falta de identidade. Ora são tratados e se comportam como criança, ora são cobrados como adultos. 3. Há um turbilhão de hormônios explodindo dentro deles e se reflete no rosto com as espinhas. 4. Corpo passa por transformações, fica desengonçado e mexe com a auto estima deles. (mudança na voz, boca metálica, cor e tipo do cabelo etc..). 5. Recebem um bombardeio de imagens impostas pela mídia de corpos perfeitos, esbeltos, musculaturas definidas, rostos maravilhosos, que influenciam ainda mais na sua autoimagem já negativa. 6. Neste período seu tanque emocional deverá ser abastecido com palavras de estímulos, encorajamento, compreensão e amor, mesmo, às vezes, tendo tão pouco para elogiar. Não mostrar só seus defeitos e instabilidades! 7. Liberdade deve ser dada, mas vigiada. Exemplo da pipa. 8. Princípios devem ser estabelecidos e obedecidos. Os pais devem ter a mesma linguagem e a palavra final, mesmo diante de protestos e questionamentos dos filhos, sempre com “firmeza e ternura”, o que é difícil para a gente! Literalmente, ‘só a graça’ do Senhor nosso Pai! 9. O posicionamento do PAI firme e amoroso é fundamental para um direcionamento para o filho nesta fase da vida. Ele deve se interessar pelas paixões, profissão ou chamado ministerial, seus estudos e notas, as suas pressões internas e externas da galera, e das diferentes mídias.

102 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


10. Regras e restrições bem estabelecidas pelos pais constituem proteção para o filho. A disciplina poderá ser aplicada tirando privilégios, como computador, games, TV, cinema, coisas que eles gostam como forma de repreensão. Se persistir a rebeldia, precisa de vara, ainda. 11. Aprenda a se comunicar com seu filho(a), principalmente ouvindo. Aplica-se muito bem aqui, pela nossa própria experiência de 4 filhos adolescentes ao mesmo tempo, o texto de Tiago 1.19-20: Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar- se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus. 12. Dê tempo de qualidade para ele(a), saia com ele(a) para um passeio, tomar um sorvete, uma pescaria, num vínculo de amizade e interesse por ele(a). Agende e priorize isto uma vez por semana ou no máximo de 15 em 15 dias. Ele precisa saber que tem valor para você, a ponto de você parar tudo, só para estar com ele(a). Isto é amar e cuidar da sua própria família! Conclusão da fase da adolescência: Se os pais amarem, forem amigos e aplicarem estas dicas, respaldadas pela oração incessante por seus filhos, eles se tornarão carinhosos, sábios e mais estáveis em suas emoções e relacionamentos. Nesta etapa e ‘fase’ da vida de nossos filhos é muito importante ter o coração deles, conquistado pelo nosso exemplo, amor, dedicação, disciplina com firmeza e ternura, tempo de qualidade, comunicação sincera e respeitosa, como na ‘Hora da Verdade’ que já compartilhamos antes e que fizemos em nossa casa. Isto os leva ao temor do Senhor que os lhes dá a verdadeira sabedoria para andar em obediência, honra e vida longa. Obediência: É bom ilustrar que obedecer é como um guarda-chuva. Debaixo dele, há sossego, proteção, cuidado. FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 103


Fora dele, em rebeldia e desobediência, estão expostos a ataques mundano e diabólicos. Estão sem a proteção de Deus, como em Romanos 13. Honra: O princípio está na palavra de Efésios 6. 1-3: Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. “Honra teu pai e tua mãe” – este é o primeiro mandamento com promessa – “para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra”. Deus cita isto nove vezes em Sua Palavra e o filho que dá credibilidade e pratica esta promessa, sua vida e futura família irão bem, e as bênçãos lhe alcançarão. O contrário também é verdadeiro, como já vimos claramente neste assunto e textos de antes. Longevidade: “Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. “Honra teu pai e tua mãe” – este é o primeiro mandamento com promessa – “para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra”. Essa honra provê deleite para os pais e vida de qualidade e longa para os filhos.

104 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Capítulo 9

OS FILHOS COMO JOVENS DOS 18 AOS 30 ANOS REFLEXÃO Aquela criatura que tão maravilhosissimamente surgiu, se desenvolveu e mexeu no ventre da mãe, nasceu tão pequena, indefesa, totalmente dependente dos pais, vem crescendo, revelando-se e subindo a montanha da vida. Os pais haviam tomado em suas mãos e colo e em seus peitos durante a delicada fase da infância... Avançou temerosa pela acidentada etapa da meninice... Lutou com altos e baixos para ganhar o pequeno monte na adolescência... E agora, jovem, pode antever a distância - e é mais distante do que ele imagina – a formosa e promissora meta da maturidade, da fase de adulto, de ser e formar uma nova família com suas responsabilidades diante do Deus que criou a família para ser revelado como Pai e formar filhos FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 105


à imagem de Seu Filho Primogênito Jesus Cristo. Porém, antes tem que andar conosco, os pais, o penúltimo trecho da vida, a juventude. Parece para ele, que vai ser fácil e simples, pois se apresenta diante dele um grande monte formosíssimo, sedutor e menos amedrontador que o pequeno monte na adolescência que acaba de deixar para trás. Pior, descobrirá que este novo monte que está diante dele, tem bastante “abismos e paredões rochosos”; que tem também “grutas ocultas e solitárias” aos olhos jovens e inexperientes. Porém, de qualquer maneira, não poderá parar, nem voltar atrás. A grande meta, aprendida e vista na vida dos seus pais e líderes, agora também é o seu firme propósito que lhe chama, desafia e ele tem ouvidos e olhos fixos só para isto: “até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica- se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função...” Efe. 4.13-16. Se nós pais fizermos a nossa parte, como procuramos colocar aqui, nesta fase já colhemos frutos das Palavras semeadas e regadas no coração de cada filho e, as metas que tivemos com eles, desde a notícia da gravidez, implantadas dedicada e continuamente na fase dos 0 aos 5 anos, depois, regadas com muito amor e oração durante os 6 até os 10 a 12 anos, sustentadas, limpadas e regadas quando na adolescência começam a jogar no coração dele as sementes de ervas amargas e daninhas deste mundo imundo, fazendo sempre, em cada fase, com muita fé e paciência, oração e firmeza na Palavra e da Palavra de Deus, o Pai, que é nosso Modelo de Paternidade, como visto em Hebreus 12. 106 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Agora é a juventude. É a primavera da vida. É o tempo de aventura, de novos começos, tempo de provar as próprias asas; não há limites, nem altura... O sangue corre livre e alegremente pelas veias... É o tempo de descobrir a vida, o mundo mais real e com olhos e gestos de sabedoria, gratidão e honra aos seus zelosos pais, pois, agora já começam a entender e dar valor a influência e dedicação dos seus progenitores e educadores, se isto aconteceu! ... Tudo é possível, aos seus olhos. Mas, também agora, continuamos a orientá-los e fazê-los lembrar de Eclesiastes 11. 9 a 12. 3 e versículos 13 e 14: Alegre- se, jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude! Siga por onde seu coração mandar, até onde a sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará a julgamento. Afaste do coração a ansiedade e acabe com o sofrimento do seu corpo, pois a juventude e o vigor são passageiros. Lembre-se do seu Criador nos dias de sua juventude, antes que venham os dias difíceis e se aproximem os anos em que você dirá: “Não tenho neles satisfação” ... Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau. Isto é a conclusão de tudo mesmo, o que já se ouviu e se vê neste fim do mundo, para nós como pais e responsáveis por formar nossos filhos ouvindo e vendo em nossa vida: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau. Quem são os jovens? Em nossa cultura julgamos jovem, ao que tem chegado aos 18 e 19 anos de idade. Sua infância e adolescência já passaram, para nunca mais voltar. A sua frente está a etapa de adulto. Ele está no penúltimo período de seu desenvolvimento – assim pensa ele e assim nós o taxamos popularmente. FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 107


Este período da juventude se prolonga até os 25 anos e irá terminando-se aos 30 anos, ou casando-se. Dentro dos 18 anos aos 25 anos e até aos 30 anos, podemos falar que têm etapas intermediárias: • da primeira juventude, que é dos 18 aos 21 anos; • da juventude mediana, que é dos 22 aos 25 anos; • e da juventude madura, que é dos 26 aos 30 anos. Esta subdivisão é relativa, pois há casos diferentes, como por exemplo, nossos 4 filhos que se casaram cedo e tornaram-se maduros mais rápido. Estamos seguros que o jovem já não é adolescente, e se tivermos oportunidade de acompanhar-lhe bem de perto, veremos que não convém dominar-lhe, porém, não é adulto e nem maduro. Está sim, intermediariamente, em sua juventude. Tudo o que tem chegado à sua vida até agora, começando desde sua geração, gestação, nascimento, infância e adolescência: as experiências, os golpes, as alegrias, as influências – está tudo por desembocar no que será sua “forma final”. Dito em outras palavras: o que dentro de poucos anos ele chegará a ser como adulto, agora na juventude está se cristalizando, está tendo forma sólida e visível de um homem ou uma mulher, não cheios de traumas, complexos, feridas na alma, mas, adultos curados, disciplinados, com caráter e testemunho de verdadeiros filhos de Deus, tementes a este Pai que o Criou e o formou desde o ventre da mãe, como no Salmo 139. Por serem amados desde o ventre, eles têm facilidade, agora, de honrar o pai e a mãe que se dedicaram e voltaram os seus corações para eles, então, estarão sob primeiro mandamento com promessa: vivendo bem e tendo longos dias sobre a terra. Esses filhos serão reconhecidos por todos, como “BÊNÇÃOS” NA NOSSA VIDA e nós, como pais honrados e abençoados! Para “formá-los” só agora, já é um pouco tarde, ainda que não completamente, especialmente se os pais temem ao Senhor e se arrependem, confessando como pecado a sua negligência e a falta de fé por não cuidar da sua própria família! 108 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Esta profunda confissão pode ser feito só o casal junto ou, melhor ainda, com alguém que é referência e tem autoridade nesta área de família, podendo, após a oração de arrependimento, receber uma imposição de mãos para receber a unção e graça que está sobre o outro casal ou irmão, como vemos em 1 João 1. 5-10; Tiago 5. 16-18; 1 Pedro 5. 5-10 e Provérbios 28. 13 e 14, que transcrevemos: Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia. Como é feliz o homem constante no temor do Senhor! Mas quem endurece o coração cairá na desgraça. A juventude é a fase em que se concreta em sua vida aquilo que o seu filho vem recebendo; isto é, de enraizar o que tem recebido dos pais e do mundo em sua volta. Porém este enraizamento não será tanto mais por atuação dos pais, mestres e pastores, senão pelo exercício de sua própria vontade, decisão e ação, que lhe dará a experiência e a maturidade. Surge então uma pergunta: por que os jovens de hoje amadurecem tão tarde, talvez depois dos 30 anos e antigamente, há uns 40 anos atrás ou mais, eram jovens mais maduros e responsáveis aos 18 a 20 anos? Porque isto? Se estivéssemos vivendo em uma sociedade isolada, agrícola, aonde o filho trabalha e vive ao lado do pai e da mãe, e desde criança, só aprende da vida através dele, de seus tios e poucos vizinhos. É uma cultura donde não é necessário tantos anos de educação formal em escolas e universidades e, também não havia tantas outras interferências e pressões externas tão fortes como são hoje a TV, a internet, cinema, etc, que atuam na deformação e na confusão da mente dos filhos. Nesse caso, um jovem do interior, ou um jovem há uns 30 anos atrás ou mais, com 18 anos seria adulto e tendo já a sua identidade definida e replicada dos pais, preparado para viver o desafio e as dificuldades da vida. Nessas culturas mais antigas e do interior, que são cada vez mais raras, mas, ainda existem hoje em algumas regiões, o desenvolvimento emocional dos jovens coincide mais e melhor com seu desenvolvimento físico. Casam-se entre FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 109


os 16 e 20 anos de idade e sabem como se portar dentro de um casamento e família, como viram nos pais. Em tais culturas nem pensam na etapa da adolescência, e a juventude é para eles a primeira etapa da maturidade adulta. Em Gêneses 1. 28 e 9. 1 e 7, Deus ordenou que o homem se espalhasse, multiplicasse e enchesse a terra e não que se aglomerassem muitos no mesmo lugar, o que visivelmente não tem sido bom desobedecer a ordem de Deus, pois, quanto maior a cidade, mais problemas e desgraças enfrenta. Por isso, entendemos que o normal da criação se enquadrava melhor dentro desse esquema. Porém não podemos voltar artificialmente a essa vida simples e patriarcal. Nossos jovens hoje, não são adultos e maduros ainda, mesmo tendo crescido e atingido, as vezes, seus 30 anos. Por isso todas as considerações a seguir, referem-se a filhos criados dentro das condições sociais e culturais, que agora enfrentamos, infelizmente, por novamente tentarmos construir famílias e sociedades, fora dos planos e da Palavra de Deus! O que têm recebido os jovens, hoje? Mesmo conscientes dos males destruidores da maioria dos filmes, nojelas, da infernet, assim como também as escolas e faculdades, a influência dos ‘ídolos’ da mídia, etc, tudo com ensinos ‘anti-Deus’ e anti casamento e família, nós pais cristãos temos o dever, mais do que nunca, ser os modelos, ídolos e educadores daqueles que o Pai nos confia e que vai nos pedir conta. Ao chegar à etapa de sua juventude, os jovens (nossos filhos) têm recebido toda a educação, seja esta boa, medíocre e confusa, ou má. Sua educação agora deve compreender ao menos as seguintes áreas da existência criacional do homem: a) Ensinamentos sobre o cuidado do seu corpo e testemunho pessoal, como nos textos que nos ajudam: Rm 110 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


12. 1-3; 1 Jo 2. 15-17; Mt 6. 16-33; Pr 23. 1-8, 20-28; 1 Ts 3. 13 a 4 todo: A alimentação, o descanso, a locomoção, o linguajar, a higiene, a vestimenta descente, os perigos, o consumismo e os falsos conceitos em cima da aparência exterior, paixões, etc. b) Ensinamentos sobre as relações familiares: Ler, viver e ensinar com base em Pv 1 a 3; 1 Tm 5. 4 e 8; Ef 3. 14-21 e 5. 21-6. 4: Ouvir e obedecer com respeito, o honrar pai e mãe, o amor, a solidariedade, o servir, a fidelidade, sobre o plano de Deus para a família, as responsabilidades e posição bíblica do homem como cabeça e da mulher como esposa e mãe, etc. Abordamos mais sobre isto nos itens f e h, em seguida. c) Ensinos sobre como desenvolver os talentos, dons, tudo com amor e cuidado próprio e dos outros, como nos textos de Mt 25. 14-46, 1 Jo 3; 1 Co 8, 9 e 13 todos os 3 capítulos e Ef 4. 28-32: As tarefas no lar, os estudos e tarefas escolares, os exercícios físicos e recreativos saudáveis, as brincadeiras, os esportes, as artes, a música, tudo com amor e para desenvolver os talentos e os dons de Deus, e para abençoar os outros com o seu dinheiro e seus bens, etc. d) Ensino sobre a importância do trabalho, como aprendemos em Mt 6. 19-34; Pv 6. 1-15; Ec 5. 10-20; 1 Ts 4. 11-12; 2 Ts 3. 10-12: Para não ser preguiçoso e sem alvos, para realizar-se como pessoa, para ser autossuficiente nas necessidades básicas pessoais e familiares, tendo para repartir e servir aos outros e para enquadrar-se no plano de Deus. e) Ensinos sobre as relações sociais, como aprendemos e devemos ser exemplo dos princípios de 1 Tm 5. 4 e 8; Pr 11. 13-16; 16. 28; 20. 19; 26. 22; 15. 22; 27. 9; 18. 24; 27. 19; 17. 17; 27. 6, 10: Sua relação com os outros familiares, com os avós, tios, primos etc., com amigos e pessoas em geral. Ser sal da terra e luz do mundo. FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 111


f) Ensinos sobre as relações sentimentais, tendo como base Ec 3. 1-8; Ec 12 e 12; 1 Ts 4; 2 Tm 2; 1 Co 6 e 7; 2 Co 6. 14-18; Hb 13. 4: Compartilhar sobre as paixões juvenis passageiras, o ‘ficar’, o desenvolver ‘amizades’ com possibilidade de casamento, a escolha do cônjuge, o noivado e o casamento do ponto de vista da Palavra,como nos textos acima e muitos outros. g) Ensinos sobre as atitudes de um filho de Deus, discíplulo de Cristo e de cristão, como bem definido em Mt 5 a 7; Provérbios todos e Apo 19 a 22: A honestidade, a humildade, a mentira, a impureza, o respeito e a honra uns aos outros, autoridade e submissão, o retribuir o mal com o bem, o perdoar, o amor prático, o ódio, a ira e a amargura, o servir-vos uns aos outros, a obediência, a multidão de conselheiros, a vida e o crescimento e a comunhão no Corpo de Cristo, a pontualidade, os complexos, a malícia e a palavra torpe, o compromisso com Cristo e a Igreja, as pessoas, a vida cheia do Espírito, o arrebatamento e vida eterna com Cristo e o Pai, etc... h) Ensinos sobre o casamento e a formação do novo lar (Gn 1. 26-28; 2. 24-25; Pr 11. 16; 12. 4; 14. 1; Ml 2. 1317; 1 Co 7; Mc 10. 1-12; 1 Pe 2. 18 até 3. 18; Mt 18. 1835: Foi Deus quem criou o casamento, a nova família não deve morar junto com os pais, que casamento é uma aliança diante de Deus, que Ele odeia o divórcio. Temos que viver e ensinar que o casamento e na nova família terão situações difíceis e que exigirão um sofrimento injusto por parte daquele que segue Cristo, como viver e como conviver perdoando e sendo perdoado, orando a sós com o Pai e também um pelo outro em comunhão, etc. Temos muito mais sobre a maioria dos assuntos acima em nossos outros livros e multimídias. 112 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Quais devem ser as metas dos jovens? Como insistido repetidas vezes e como predito pelo Espírito Santo em Pv 22. 6: Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele, é neste período da juventude, os nossos filhos devem projetar e concretizar cada vez mais os desejos e metas que vínhamos “inculcando” em seu interior. É o momento de apontar diretamente até a realização de certas metas. Para eles, teremos de ajudá-los a pensar serena e seriamente em quais são as metas de sua vida e identificá-las bem. Por exemplo: 1) Que tipo de ministério, trabalho e profissão lhe interessa? Que vocação é a sua? É o que Deus quer? Ver Sl 139; Fp 3; Cl 3 e Pv 3. 2) Qual é o nível e padrão de vida que quer viver? Quais os princípios que regerão seu falar e seu proceder? A Palavra de Deus? Ver Mt 7.24-27; 6. 19-33; 1 Tm 6. 3-10; Fp 4. 11-13. 3) Que tipo de lar e família deseja formar? Ver Salmos 78; 127 e 128 e 112 ou Pr 5; 6 e 7 todos. 4) Que tipo de relação pretende ter com seus pais e irmãos? Ver Ef 6.1-3; Sl 133. 5) Que compromisso pretende com o Senhor? Que exercício de dons e serviços busca, para dedicá-los ao Senhor? I Co 12; Rm 12 e Ef 4. 6) Qual há de ser o seu papel na Igreja e na sociedade? Lc 9. 23-26; Mt 28. 18-20. Segundo a força de sua visualização, convicção e meta assim serão a sua fé e forças de decisão ao chegar, cada momento em que ele próprio terá que decidir pelo rumo a tomar. Uma vez que ele se defina, os pais devem ajudar-lhe e apoiar-lhe em cada passo da vida. Viver com os filhos nesses momentos e caminhar com eles até a sua realização, é uma glória para os seus FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 113


progenitores. Repassamos mais alguns textos sobre estas relações familiares e sociais, que confirmarão muito do que temos advertido você, todos só em Provérbios: 22. 6; 23. 19-27; 20. 7; 19. 13-14 e 26-27; 17. 6, 13-14 e 21; 15. 5-6, 20; 13. 1-3, 20-225; 14. 1-2, 12-16, 26—27,29-30-35; 10. 1-6, 12-13, 22-25. Se você ler e meditar todos os dias um provérbio, ANOTANDO o que aprende para sua vida e para compartilhar com seus filhos, você verá que Provérbios 1 todo resume tudo isto. Problemas e pressões que enfrentam os jovens Os pais devem também, interpretar acertadamente as tensões que vive o filho e apoiar-lhe com suas orientações e conselhos para com as mesmas, deixando sempre que o filho decida. Entre os problemas e pressões que experimentam os jovens, figuram os seguintes: 1) O impulso sexual extremamente acentuados quando eles tiveram, desde a infância, muita liberdade no uso de TV e “infernet”, desperta e impulsiona–os muito além do normal produzido só pelos hormônios. Ver 1 Ts 4. 2) Os estudos: tensões entre o que gostaria de estudar e o que pode estudar suas possibilidades no ministério e no mercado de trabalho. As moças necessitam de orientação para equilibrar a tensão entre o estudo e a formação pessoal para o lar. Ver Tito 2 e 3. 3) A influência da galera. Ver Sl 1 e Pv 1. 4) A música moderna, a vestimenta, a imoralidade das roupas e modas. Ver Sl 150; Tt 2; 1 Ts 4; 1 Jo 2. 15-17. 5) As atrações, as seduções das distrações e das diversões do mundo. Ver 1 Jo 2. 15-17 e Gl 5. 13-26 e 6. 1-10. 6) Os enganos, a violência e a pornografia da TV, “infer114 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


net”, relacionamentos virtuais e perigosos, cinemas e revistas. Ver Mt 5 a 7; 24. 10-14 e 33-51; Rm 12. 7) O movimento de “igualdade e libertação da mulher” e a paralela desfiguração do homem como líder, provedor e sacerdote de sua casa Ver 1 Co 11. 3 e 1 Pe 3. 1-6; Ef 5. 21-33. 8) A “liberdade” do jovem da era ‘pós moderna’. Rever Ec 11 e 12. 9) Os partidos políticos e a inserção do jovem cristão na política, a relação da Igreja com as autoridades e o governo. Ver Rm 13 10) Conflito de gerações existentes no mundo. Rever os provérbios citados anteriormente e confirmar com 1 Co 6. 1-7; Isaías 57. 15 e 66. 1-2 11) “Estilo de vida afetiva e sexual” nos namoros, casamento e divórcio, além de “amor livre” e homossexualismo entre crianças, adolescentes, jovens e adultos no mundo; isto cada vez mais “natural” e “crescente símbolo de modernização e desenvolvimento”. Resumo de tudo acima dá para entender se for bem estudado Romanos capítulo 1 todo e mais: 1 Co 6. 6-19; Ap 19. 5-10; 21. 6-8; 22. 10-21. Uma vez mais, reafirma-se aqui, que o padrão de vida dos pais, o lar é que dará a estrutura psicológica, emocional e espiritual, desde antes do seu nascimento, para que a medida que o filho cresça possa enfrentar o mundo e alcançar as suas metas e o Propósito de Deus para sua vida. Repetimos insistentemente, que se a mãe deixar seus filhos fora dos seus olhos e cuidados, o preço poderá ser muito alto para os filhos, como para os pais, expondo-os a toda forma de influências malignas desde mentiras contra os valores e princípios de Deus, até abusos morais e sexuais na infância, que poderão enquadrar os filhos e os pais em Ml 4. 5-6 e Rm 1. 18-32. Sugerimos você, orando, reler com detalhes e avaliar sua vida e seus valores! FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 115


116 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Capítulo 10

OS JOVENS EM SEUS PLANOS E METAS Nas etapas da vida de nossos filhos cumpre-se a palavra do Salmo 127. 3 e 4, que diz: “Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá. Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude.” O salmista usa uma analogia, comparando o pai terreno a um guerreiro com flechas na aljava e uma na sua mão, cada filho. O guerreiro é o um homem que dedica tempo aperfeiçoando sua habilidade como arqueiro. Estudo, preparação, planejamento, fazem parte da sua rotina. Ele analisa o alvo, se sua flecha está afiada e preparada, e sempre mantém a flecha perfeita para o arremesso, para acertar o alvo estabelecido. As suas irregularidades são minuciosamente esculpidas e polidas para obter um voo preciso. Ele mira, estica a corda, verga o arco e lança sua flecha exatamente no alvo: Nossos filhos, como herança e filhos de Deus, à imagem e semelhança de FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 117


Jesus Cristo. Você pode ver este alvo de Deus e em Deus Pai em Rom 8:17-19 e 28-29, dos transcrevemos alguns versos: ... 19 A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados... 28 Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. 29 Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Da mesma maneira, o pai tem de saber para onde está lançando seus filhos. Ele tem que estar familiarizado com o alvo isto é: A vontade revelada da Palavra, como acima transcrita, entre outros muitos textos que revelam este chamado e plano de Deus Pai, desde antes da fundação do mundo, como já visto em Efésios 1todo. Ele, o pai terreno, assim como o Pai celestial, tem que preparar seus filhos com amor, corrigindo suas imperfeições, afiando-as e treinando no ensino e admoestação do Senhor, em temor. Ele não poderá atirá-los ao esmo, sem direção, descuidadamente e sem conhecimento da singularidade, dons e talento de cada filho. Para isso, é necessário investir tempo para atingir o alvo correto, sendo o ‘pai’ mesmo, o maior exemplo de Deus Pai e de Cristo em casa, como em Hb 12 e Ef 5. 21 a 6. 4. Seguramente devem contar com o afeto e o apoio de sua família e dos relacionamentos com jovens e adultos da Igreja. Porém, os pais, especialmente devem entender e ter confiança que o seu filho, também, tem a seu favor, os formosos e grandes recursos próprios que foram colocados, inculcados em sua infância pelos pais, que desde a adolescência aflorarão se lhe dermos oportunidade e estimularmos a uma vida própria de amor e temor de Deus, como vista em nós pais. Mais uma vez reforçamos que nossos filhos aprenderão com nossos ensinamentos, sim, com tempo dedicado para isto, mas, não podemos esquecer que eles, muito mais vão seguir o nosso exemplo de vida com Cristo, com o Pai e com o Corpo de Cristo. Eles 118 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


têm um potencial de avaliação e discernimento da verdade e precisam ver seus pais também buscando ser verdadeiros filhos de Deus e cada dia mais a semelhança de Cristo! Em primeiro lugar os filhos precisam valer de sua própria inteligência natural, ampliada pelas experiências de vida e santificada pela Verdade de Deus, que mora neles, pelo Espírito Santo. Por isso, também tem ao seu alcance o seu próprio espírito nobre, decidido e cada vez mais “controlado” pelo Espírito Santo. Ainda que haja uma mescla de debilidades e de fortalezas em seu espírito, porém, mesmo assim assumem uma firme convicção frente à realidade da vida, e à Vontade de Deus, possibilitando assim alcançar tudo o que eles já têm proposto em si mesmos de mudar e de buscar para ser mais à semelhança de Cristo homem. Nós todos, na caminhada cristã, temos experimentado isto, como Paulo descreve muito bem em Romanos 7 e 8. Leia bem, orando ao Espírito Santo, para que você aplique e compartilhe, com graça e experiência de vida, os princípios dos textos. Eles contam ainda com uma boa dose de “dependência-independente”, para saber a quem procurar quando se apresenta a devida ocasião e necessidade. Ou seja, voluntariamente dependerão do conhecimento e sabedoria dos outros. Sua humildade e sincera aceitação de sua pessoa com as suas limitações, que lhes são próprias, lhes permitirão buscar a palavra autorizada dos pais e de outros irmãos mais maduros. Novamente: Eles devem ter aprendido isto com a convivência e o exemplo de vida dos pais. Contam também agora, nesta fase, com um estado emocional bastante moderado e equilibrado também trazido do lar. Por isso, não se deixam cair em desânimo e são capazes de aceitar negações, críticas, tentações, perseguições, aflições, aplausos, sofrendo com paciência, esperança e gozo por que aprenderam e viram isto nos pais, como ensinado em Tiago 1.2-9 e Romanos 8.18-39. Leia bem, orando ao Espírito Santo, para que você aplique e compartilhe, com graça e experiência FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 119


de vida, os princípios dos textos. Sua experiência espiritual trazida do lar e da Igreja lhes valerá para enfrentar circunstâncias adversas com fé e autoridade espiritual. Não duvidem os pais, de que os filhos clamarão a Deus nos momentos difíceis e que em nome de Jesus expulsarão demônios e espíritos maus e enganadores, às vezes desde antes da adolescência. Isto está, entre outros textos em Marcos 16.15-18 Sua “sociabilidade” entre as pessoas lhes dará novas oportunidades de progredir e de ampliar seu testemunho de serviço e influência, com em Atos 1.8. A autodisciplina que têm aprendido durante a sua vida desde seu nascimento, pelos princípios de disciplinas já compartilhados com você, isto lhes servirá de armadura de Deus contra as astutas ciladas do diabo e do mundo, como aprendido em Efésios 6.10-18. Terão domínio próprio no manejo do dinheiro, no uso do tempo, no controlar seu temperamento, e seus impulsos sexuais. Entregar-se-ão ao estudo, ao trabalho e ao cuidado dos outros. Saberão buscar a Deus, submetendo-se de boa vontade e amor. Sim, o filho jovem pode não sentir-se desqualificado e incapacitado frente às lutas da vida! É certo que quando inicia o período da juventude, quando começa a ter que viver mais por sua própria responsabilidade, haverá momentos em que vacilará, com certeza; porém, irá se sobrepondo e se firmando cada vez mais, se é que seus bons pais sabem alentar e apoiar, sem criticar nem dominar. Isto deve acontecer por que voltaram os seus corações para seus filhos desde cedo, perseveraram firmes e amorosos durante os conflitos da adolescência, então, agora os pais têm o coração dos filhos voltados e apegado a eles. Ele está “em marcha” até a maturidade, até tornar-se adulto. Sua meta é alcançar a independência com responsabilidade e ser cada vez mais santo e semelhante a Cristo Jesus, para SUBIR COM ELE, no arrebatamento! Oremos, sempre demos 120 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


o exemplo e ajudemos nossos filhos neste propósito! Como receberam o que tem, e como receberão mais? Todo ser humano passa, resumidamente, por estas fases: • Sendo inocente de bebê começa recebendo ideias, conceitos, imagens e sensações; • Logo, bem criança, aprende imitando e repetindo o que vê e ouve; • De adolescente, recebe sua educação por absorção ou aos impactos da firmeza com paciência e carinho, o que é de bom ou de mal proveito. • Porém, agora, em sua juventude, o filho se encaminha para a sua independência, exercitando mais o ‘livre arbítrio’ e direção que já iniciou na adolescência. Antes vivia num círculo reduzido, porém agora se quebram os limites e começa a ficar claro o cumprimento de Provérbios 22. 6 que transcreveremos a seguir, nas 2 versões (NVI e Revista e Atualizada): Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles... Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele (RA). Seus caracteres físicos, seus estudos, suas amizades, seus pensamentos têm feito romper o pequeno círculo e o vislumbre, e o mundo todo lhe fascina. O que vale agora, e cada vez mais, é o seu intelecto, sua formação, suas ideias, seus desejos, suas metas, tudo o qual será alcançado mediante o uso de sua vontade, decisão e ação, sabendo que, como na adolescência, aqui também, nesta fase, ele tem a sua responsabilidade de SEMEAR o que ele sabe que vai COLHER aqui e para a eternidade, como advertido em Gálatas 5. 13 a 6. 10, que confirma Eclesiastes 11 e 12. Agora lhe tem amanhecido um novo dia, uma nova perspectiva e dimensão de vida. Porém, ainda é jovem. Não pode FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 121


romper abrupta e drasticamente com o passado; não pode lançar-se assim no vazio dos seus vislumbres e ilusões. Deixar-lhe liberado a seus próprios impulsos e instintos, seria uma irresponsabilidade da parte nossa, com ele e com Deus Pai; uma infidelidade. Por outro lado, não podemos prender-lhe em casa; nem tampouco restringir-lhe desmedidamente. Isto não seria nada saudável. Se fizermos assim, ele ou ela se rebelará ou servil e oprimidamente obedecerá a nós, o que lhe ofende em sua própria dignidade e autoconfiança e, é claro, como somos a imagem de Deus como Pai, ele também reagirá com descontentamento, frustração e revolta com Deus. Como ajudar-lhes? Como tratar-lhes? Como apoiar-lhe para atravessar esta etapa promissora da sua juventude, para que juntos e bem vinculados cheguemos são e salvo a meta da sua maturidade, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais seja como menino, agitado de um lado para outro e levado ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro, atingindo a medida da plenitude de Cristo, como desfiado em Efésios 4.11-16? A esta altura na vida do filho, os pais valorizarão mais do que nunca o tremendo valor de ter desenvolvido um bom relacionamento com seu filho desde a gestação e principalmente nos primeiros 5 a 6 anos. Se ele lhe aprecia e estima, se está com seu coração ligado aos pais, lhes será fácil escutar-lhes e confiar em suas opiniões e juízos, justo neste momento exuberante da vida. Mas aqui, se confirma novamente, e se aplica a advertência de Ml 4. 5-6: Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição. Então algumas sugestões para que recebam mais de nós, com todo o nosso coração voltado em amor por eles: 1) Os pais devem conversar devidamente com seu filho, 122 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


particularmente e fazer com que ele avalie cada situação. Impor ordem já não é bom, a menos que seja caso limite, de grande risco na sua vida física, moral, espiritual e eterna. Um exemplo bíblico claro da atitude de um pai amoroso e muito firme em proteger seu lar e família dentro dos princípios morais está em Lc 15. 11-32. Eu, como pai, usei algumas vezes este exemplo, quando nossos filhos queriam viver o padrão do mundo dentro da nossa casa. Algumas vezes tive que dizer: “- Filho, papai e mamãe amam muito você e você sabe bem, mas, isto você quer usar ou fazer porque outros usam e fazem, e que é contrário ao padrão de Deus, papai não vai admitir aqui em nossa família! Portanto, se você quiser viver desta maneira, não poderá ficar nesta casa e família que zela pela Palavra de Deus. Papai vai prestar conta para Deus por sua vida, filho amado! Foram confrontos dolorosos para a gente, mas, protegeram nossos filhos e, nenhum teve que voltar como filho pródigo. 2) Os pais devem estimular-lhe a que investigue na Bíblia, pense a respeito, busque conselhos, ore, aprenda, confie no Deus e Pai. 3) Na época da juventude é necessário que os pais mostrem confiança em seu filho. A desconfiança por parte dos pais é uma das coisas que mais irritam e desestimulam os filhos. Para ‘confiar’ temos que estar fazendo os outros itens daqui que darão a estrutura emocional e o temor de Deus. Se nós não temos segurança no que lhe foi ensinado desde a infância, nós mesmos não teremos confiança em quem é nosso filho! 4) Os pais devem elogiar lhe quando o filho é criativo, quando toma decisões sábias, quando tem vitória nalguma situação ou área débil e não só criticar lhe quando se sai mal. FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 123


5) Fazer que tenham mais confiança em si mesmo, em seus próprios pensamentos e decisões e cada vez mais um relacionamento pessoal de fé e de reconhecimento da voz de Deus para sua vida. 6) Procurar, cada vez mais, como pais, a ser mais amigos que mestres aparentes, ainda que sigam sendo poderosos educadores, se sempre contribuírem para formar uma crescente força, sabedoria e dignidade em seus filhos, como estamos exortando você aqui neste livro. 7) Nós pais devemos cada vez mais ceder-lhe liberdade, ou seja, deixar de proteger-lhe e aconselhar-lhe demais. 8) Devemos, como Deus faz conosco, permitir-lhe equivocar-se, não tomar muito sobre si mesmo, os problemas e pequenas falhas deles. Chegou o tempo para que ele experimente a liberdade, com o fim de que veja o que ele realmente é, e assim fortalecer-se naquilo que ainda é débil e indefinido em sua personalidade e fé no Senhor. É muito importante que ele procure firmar a sua personalidade, potencialidade e fé, já que, em última instância só ele pode fazê-lo. 9) É muito bom, desde a infância, estimular que tenha o seu tempo pessoal e diário com Deus, leia e medite na Palavra, como seus pais devem fazer. Sugerimos aos nossos filhos a lerem Provérbios que tem um capítulo por dia para todo o mês e tenha como meta: Mt 6. 5-16; Jo 4. 23-24; Sl 112; 119 e 102; Ecl.11:9, 12:1 a 12 e 1 Ts 4 e 5 todo. São ‘firmes fundamentos’ para a vida de um cristão.

124 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Duas coisas que os pais devem fazer enquanto os filhos ainda estão em sua juventude: 1 - Devem analisar a vida de seu filho para descobrir as áreas que não estão tão desenvolvidas como deveriam. É certo que o filho não tem recebido todo o básico que constituirá seu caráter e a forma de ser. Em algumas coisas ele tem recebido bem e temos que reconhecer. Porém, pode haver outras coisas onde ele não tem se desenvolvido tão bem ou nada. É importante nós pais, conhecermos mais sobre os TEMPERAMENTOS, pois algumas destas dificuldades de mudanças têm a ver com isto que é genético, porém pode e dever ser conhecido e controlado. Abordamos sobre isto em nosso livro ‘Temperamentos conhecidos e controlados’. Valendo-se da mudança de tática de tratar com os filhos, que vimos no item no item anterior, os pais devem desenvolver conversações com o filho, com o fim de estimular-lhe a que ponha especial atenção nestas deficiências e debilidades. Vejamos o que diz em Provérbios 23.15-26, que termina dizendo: ...grandemente se alegrará o pai do justo, e o que gerar um filho sábio se alegrará nele... Dá-me filho meu o teu coração e os teus olhos observem os meus caminhos. Vemos por este texto da Palavra, como o conselho que os pais devem dar aos filhos, está vinculado a coisas práticas e de sabedoria, respaldadas por um coração de pai que quer formar o filho justo e sábio, e para isto quer conquistar o coração do filho, com seu exemplo de vida cristã, a ponto de dizer-lhe: “- os teus olhos observem os meus caminhos isto é, observem a minha vida com Deus, com sua mãe, irmãos e com todos. A esta altura da vida do filho, são dados conselhos e sugestões, e não imposições, pois o pai atua mais como amigo, conselheiro e assessor, do que como diretor. Devemos nos perguntar e responder com sinceridade: • Se caracteriza meu filho como autodisciplinado? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 125


• É cumpridor? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez • É responsável? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez • Sabe o que quer ser e fazer na vida? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez • Busca viver como justo e sábio? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez • Observa e segue o exemplo dos pais? ( ) Sim ( ) Não ( )Talvez • Os pais são exemplo e segurança para ele? ( ) Sim ( )Não ( ) Talvez Pais e filhos devem sempre lembrar e talvez escrever nos espelhos, agendas, fazer um quadro com Filipenses 1. 6 que diz, para todos nós: Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus. Sugerimos ler e reler também Filipenses 3 e Colossenses 3 os dois capítulos todo, que vai nos ajudar a nos identificar com nossos filhos nestes processos de aperfeiçoamento e transformação de todos os filhos de Deus, até o dia da vinda de Cristo, em breve, para nos arrebatar! Não é questão de pressionar ao filho que enfrente estas realidades sozinho, porém sim, alertar sua consciência e ordenar seus pensamentos, estimulando-lhe a que busque respostas concretas e soluções possíveis para cada pergunta e cada caso, na Bíblia. Sim, é dever dos pais seguir velando sobre seu filho e não deixar que seu aperfeiçoamento seja só por tropeços e acidentes no caminho da vida diária. “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz para o meu caminho” ... “Ordena os meus passos na Tua Palavra, e não se apodere de mim iniquidade nenhuma” ... “Muita paz têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço”. São textos do Salmo 119. 105, 133 e 165. Se assim é na vida dos pais, estes devem ajudar os filhos a desenvolverem-se e aperfeiçoarem-se 126 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


dentro destes e de outros princípios da Palavra do nosso Deus. 2 - A segunda coisa que têm que fazer os pais, nesta etapa da vida do filho, é manterem-se unidos e comprometidos em aliança com Deus e com Sua Palavra, e em aliança entre si, com os filhos e com a Igreja. É certo que ele caminhará irreversivelmente até a independência, porém, também é certo que, todavia estando ainda debaixo dos cuidados dos pais, é ainda integrante da família e deve ser membro ativo da casa. Como fazer para que ele ocupe seu lugar, participe em casa e assim siga desenvolvendo-se até a plena maturidade? Como não ser ‘cúmplice’ dos pecados dos nossos filhos, dentro de nossa casa e com nosso respaldo de autoridade sobre eles? Rever Lc 15. 11-32 e 1 Sm 2. 12-36 e 3. 12-14, que descrevem as atitude de ‘cúmplice’ do sacerdote Eli sobre seus os filhos. Os pais tomando consciência de que o filho é quase adulto, devem começar a fazer-lhe participante de algumas cargas e responsabilidades que reflitam e desenvolvam sua verdadeira capacidade e estado avançado de maturidade, preparando cada um deles para desenvolverem isto que fazem na casa dos pais, o mesmo e mais e melhor façam em sua própria casa e família. Reforçando os conselhos: 1) Os pais podem começar consultando-lhe e pedir-lhe conselhos. Isto dignificará o filho, pois o inclui nos assuntos que correspondem aos mais velhos. 2) Os pais podem, depois, fazer-lhe coparticipante, em algumas decisões. Aqui as decisões já não seriam do pai, com os conselhos do filho, senão que as decisões são do pai e do filho. Mais dignidade ainda para o jovem filho. 3) Os pais podem também, lhe pedir uma colaboração importante na realização de um projeto de família e


deixar-lhe totalmente responsável. 4) Além disso, ao surgirem problemas, sejam na vida dos componentes da família, ou fora da família, no trabalho, ou onde for, envolver-lhe sempre em buscar junto as soluções, louvando sempre suas colaborações. Tudo isto constitui um “ajuste” nas funções dos membros da família. Que maravilhoso! É sinal de maturidade. A família e o lar se tornam mais um tipo de “comunidade” ou “corpo de Cristo” ou ainda como mostra Efésios 5. 21 até o 6. 4, que a família é a primeira Igreja. Os filhos se sentem mais úteis mais reconhecidos e se autovalorizam mais, buscando a partir daí, exercer também seus ministérios e suas funções no Corpo de Cristo. Precisamente isto é o que deve acontecer antes que os jovens se independam dos pais. Em muitos casos os filhos se vão de casa, ou por estudo, ou por casarem-se, e descobrem que a mudança é muito brusca para eles, pois nunca tiveram que assumir tanta ou nenhuma responsabilidade. As filhas recém-casadas se atrapalham por não saberem organizar tantas tarefas e responsabilidades do novo lar. Antes, talvez, só ajudavam, porém a mãe levava a carga sozinha ou as pessoas que ficaram em casa com ela na infância. Foi o caso da Beth que foi criada por 2 avós, enquanto a mãe trabalhava fora, e estas não a ensinaram absolutamente nada de coisas de esposa e mãe, o que trouxe muita dificuldade para o nosso início de casados. Os varões, por sua parte, já fora de casa, se veem muitas vezes, inseguros, amedrontados por terem que premeditar, calcular, coordenar e executar algumas coisas desconhecidas ao mesmo tempo. O lugar de iniciar a maturidade e a responsabilidade própria é em casa, sendo que os filhos vão amadurecer quando se lhes dá a oportunidade de levarem cargas e cumprirem responsabilidades maiores, com o acompanhamento digno, respeitoso e experiente dos pais, sito desde a infância como bem visto até aqui. 128 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Alguns exemplos práticos: A mãe treinando a filha no serviço de casa, limpando, cozinhando, costurando, decorando a casa, lavando e passando roupas, etc.. O pai solicitando ajuda dos filhos para pequenos concertos, preparar um churrasco, cortar a grama, etc, assim preparando-os a serem futuros maridos, e esposas, pais e mães. Com toda certeza, se entendermos e vivermos isto, investindo neles ainda do nosso tempo com amor, eles estarão bem fundamentados e estruturados para não terem tantos problemas e erros como nós tivemos e serão melhores maridos e esposas, melhores pais e mães e edição melhorada de avós. Aleluia! A Comunidade cristã, a Igreja pode ser grande parceira nisto, preparando os seus jovens para o relacionamento visando o casamento e para exercerem cada um, rapazes e moças, a sua posição bíblica dentro da nova família. Temos feito isto, em conjunto e unidade, com irmãos da PIB Blumenau que está investindo e priorizando os casamentos, em sua preparação e na restauração dos que estão casados. Tem havido um mover de Deus na congregação, pois, Ele é o maior interessado em que os casamentos e as famílias sejam avivados em amor e restaurados como Gênesis 1. 26-28; Efésios 5 e 6; 1 Pedro 2 e 3; 1 Coríntios 11. 3 e profetizado em Atos 3. 17-26. Leia e releia estes textos e você será iluminado pelo Espírito Santo para construir sua casa sobre a rocha. Um testemunho do que temos compartilhado aqui é o fato de que nossos quatro filhos terem casado cedo, aos 19 anos, três deles, e um aos 22. Isto, em nossa família, também contrariou o padrão crescente do mundo e que, infelizmente, esta na igreja. O mais importante é que, neste ano de 2015, todos já passaram de 12 anos de casados e superaram as não poucas dificuldades que todo casamento e família passam, sendo que todos estão no ministério pastoral. Glória a Deus e a Sua Palavra! FILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 129


130 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


Capítulo 11

OS PAIS COMO SOGROS E AVÓS Quando o filho se casa, não afirmamos que já seja de todo maduro; ainda lhe falta. Entretanto, se ele casa, isto significa grande mudança que requer da parte de todos os envolvidos, uma nova orientação e atitude. Em primeiro lugar, o essencial é reconhecer que o filho precisa “deixar seu pai e sua mãe”, como prescrito em Gênesis 2.24 e formar outra família. Não está mais debaixo da autoridade direta do seu pai! A mãe já não é responsável direta em atender as necessidades do filho ou da filha. O casal novo que não “cortar” o cordão umbilical com os seus respectivos progenitores – no que tange a autoridade e dependência – trará para si muitos problemas desnecessários. Os pais que pretendem preservar a antiga relação de dependência deles não são sábios, e comprometem o que deveria ser uma nova e formosa relação com seus filhos. Nós pais precisamos entender que no PRINCÍPIO o Criador do casamento e da família já estabeleFILHOS: CADA fAsE, NOvos DESAFIOS | 131


ceu este MANDAMENTO: deixará seu pai e sua mãe, mesmo não tendo ainda ‘sogro e sogra’, ‘avô e avó’! Por que será? Será que Deus se equivocou? Ou será que Ele sabia que esta influência e dependência traz mais dificuldades que o casamento em si já tem? Certamente, o ideal é que o novo casal viva em sua própria casa. É difícil manter felizes a “dois reinos” debaixo do mesmo teto. Porém, se não há outro recurso, melhor que esperem para casar ou estejam disposto a uma vida mais simples, morando de aluguel de menor valor e padrão, do que casar e ir morar com seus pais. Não se esqueça que não a opinião ou o conselho do Giovani e da Beth, mas, é determinação de Deus que sabe o que é ser Pai! Os sogros devem apreender a “calar respeitosamente” quando vê os filhos fazerem as coisas de outra forma que eles. Principalmente a sogra que tem a tendência a se meter e querer dar opiniões, não se lembrando que a filha ou a nora ainda não tem a experiência ou a maturidade de agir como esposa e mãe, como a sogra quando casou e em seus muitos anos de vida e experiências. É por isso existem piadas de sogra, como chata e indesejada! Beth é sogra 4 vezes e há muitos anos, é uma excelente esposa e mãe e rainha do lar. Por várias situações teve a tentação de ‘meter o bico’ na vida das 2 filhas e das 2 noras, por pequenas coisas que elas faziam diferente, como por exemplo: maneira de pendurar as roupas no varal, de dobrar e passar as roupas, de como elas arrumavam a mesa, tratavam com o marido e com os filhos, mas, o Espírito Santo fez ela lembrar destas piadas e de que ela também não sabia muita coisa e foi aprendendo por seus próprios erros e buscando o conselho em mulheres mais experientes. Aprendemos a nos dispor a ajudar, porém, sugerindo e esperando o retorno de interesse em considerar e colocar em prática e no desejo de aprender mais com a gente. Assim mesmo, os sogros devem aceitar o novo membro 132 | GIOvANI E ELISABEth ZIMMERMANN


da casa, sem ciúme, seja genro ou nora, mas, como sendo seu próprio filho ou filha. Também não darão lugar a fazer “acepção de pessoas”. Se surgir algum problema entre os novos cônjuges, de nenhuma maneira os pais de um se inclinem ou interfiram na defesa de seu filho, porque é seu “filhinho”; quando necessário mesmo, eles devem continuar aconselhando pelo lado da verdade e da justiça, isto é, pela orientação da Palavra. Isto só quando for solicitado algum conselho! Caso contrário estarão ferindo princípios de sabedoria do Criador do casamento e da família. Se assim obedecermos o mandamento de Deus, com o tempo eles vão se apegando a gente, não como sogro e sogra, mas como a pais de ambos e como respaldo para seguirem seguros nas dificuldades de vida ‘em família’. Temos experimentado isto, pois nossos genros e noras nos chamam carinhosamente de ‘tios’, mas, nos têm como pais! Só o Pai do céu poderia pensar e nos direcionar em tudo isto! Aleluia! Veja como o mesmo princípio e mandamento de Gêneses 2. 24 é repetido e tantas vezes reforçado, quando se trata de casamento diante de Deus: Mt 19. 4-6; Mc 10. 6-9 e Ef 5. 31-33. Para saber mais sobre o relacionamento com filhos ca- sados busque no livro “Mulher mais mulher” autora: Elisabeth Zimmermann. NOSSOS RELACIONAMENTOS COM OS ‘NETOS’ Com o chegar dos netos, é bom recordar que os mesmos “novatos pais” são os responsáveis por seus filhos, e não os “experientes avós”. É bom também, que os novos pais reconheçam que os avós não deverem levar esta carga de responsabilidade pela criação dos netos; nem se deveria abusar deles usando-lhes desmedidamente como creche, para que o casal possa continuar a ter a sua ‘liberdade’, às vezes até para o ministério na Igreja. Isto está errado e é pecado. Como tanto temos insistido, diante de muitos textos da Bíblia, OS PAIS SÃO OS MAIORES RESPONSÁVEIS, DIANTE DE DEUS, PELA FORMAÇÃO OU


DEFORMAÇÃO DOS SEUS FILHOS! Escrevemos isto com autoridade de quem teve 4 filhos em 5 anos e sempre o Giovani trabalhou na sua profissão, Beth ficou em casa como gerente e rainha do lar e, desde que casamos tivemos envolvidos no ministério, pastoreando e discipulando em casa e em visitas, sempre com os 4 juntos, normalmente dormindo em um colchão ou acolchoado no chão, sempre na mesma hora: entre 8.30 e 9 h da noite. Isto servia de testemunho do poder do Evangelho em mudar nossa vida e família! Glória a Deus! Os avós, ao mesmo tempo, cumprem uma função muito importante: servem de ponto de referência, ou modelo, tanto para seus próprios filhos, como também para os netos. Em uma sociedade com tantas e contínuas mudanças de padrões, cheia de confusões e inseguranças, os avós são os pilares e colunas firmes sobre a rocha (Mateus 7.24-27), enquanto que ao redor, caem e se destroem tantos lares, famílias e instituições que deveriam ser honradas e exemplos para a nova geração. Este assunto do relacionamento entre avós, filhos e netos é mais explicado no livro ‘Conselhos para esposa, mãe e avó’ da série ‘Família A casa do Oleiro’ , escrito pela Beth também e pelo livro da mesma série, este intitulado: ‘Conselhos para marido, pai e avô’, escrito pelo Giovani. Só o fato de saber que os pais e avós estão ali, presentes e sempre dispostos a servirem e apoiarem, isto inspira confiança e segurança na nova geração. Provérbios 17.6 diz: Os filhos dos filhos são uma coroa para os idosos, e os pais são o orgulho dos seus filhos. Quanto à ajuda material, um costume em nossos dias e que ao morrerem os pais, logo se repartem os bens entre os filhos e herdeiros. Há duas debilidades nesta prática: a primeira é que, infelizmente, em muitos casos, até entre cristãos, surgem os maus entendimentos, contendas e divisões entre irmãos. É vergonhoso, mas assim tem acontecido como prescreve e adverte 1 Co 6 1-11, do qual transcrevemos os versos do 4 ao 8:


...Portanto, se vocês têm questões relativas às coisas desta vida, designem para juízes os que são da igreja, mesmo que sejam os menos importantes. Digo isso para envergonhá-los. Acaso não há entre vocês alguém suficientemente sábio para julgar uma causa entre irmãos? Mas, ao invés disso, um irmão vai ao tribunal contra outro irmão, e isso diante de descrentes! O fato de haver litígios entre vocês já significa uma completa derrota. Por que não preferem sofrer a injustiça? Por que não preferem sofrer o prejuízo? Em vez disso vocês mesmos causam injustiças e prejuízos, e isso contra irmãos! A melhor sugestão, além desta do texto acima, é que os pais que podem, procurem dar uma ajuda material aos filhos, quando se casam, ou ao menos durante sua vida. Durante esse tempo, os filhos pretendem conseguir sua casa e assentar-se na vida, evitando assim, muitas tensões na vida familiar, por dificuldades financeiras e por anseios e sonhos de jovens. Isto sim é uma boa prática, e que dará muitas satisfações aos pais, que já em vida abençoam seus filhos, além da realização de verem seus filhos vivendo uma vida familiar mais estável. Veja o que diz Provérbios 13. 22: O homem bom deixa herança para os filhos de seus filhos, mas a riqueza do pecador é armazenada para os justos. Nós temos procurado viver isto, pois quando recebemos uma graça maior em bens ou finanças temos a alegria de repartir com nossos filhos e netos e participar das realizações de alguns dos seus sonhos! É bênção, mas, isto não significa que os pais devem ‘sustentá-los’ ou ‘prendê-los’ por uma dependência financeira. Este caso não é alegria, mas, pecado contra o mandamento do Criador! Vimos que é certo que os netos não estão debaixo da autoridade direta dos avós, nem por isso, a influência destes devem ser desconsideradas. Deus recomenda a nós, como pais e avós em Deuteronômio 4. 9: “Apenas tenham cuidado! Tenham muito cuidado para que vocês nunca se esqueçam das coisas que os seus olhos viram; conservem- nas por toda a sua vida na me-


mória. Contem- nas a seus filhos e a seus netos.” Outro texto que reforça a nossa responsabilidade de transmitir às nossas gerações o que temos visto e conhecido do Senhor é o Salmo 78 que inclusive cita até a quarta geração, e tem muitos dos feitos do Senhor que podemos contar a nossos filhos desde pequenos e, agora, para nossos netos e bisnetos, que são a quarta geração. Hoje existem muitos materiais em livros e multimídias, inclusive na internet que podemos comprar e presentear nossos filhos e netos e, também podemos ter em nossa casa para quando eles vierem, sentarmos com eles e edificá-los em amor. Quando vamos na casa dos nossos filhos e netos, ou eles vêm para a nossa, eles já ficam esperando pela NOITE DOS VOVÓS, onde alugamos, compramos e assistimos alguns filmes, desenhos, todos deitados em colchões no chão e depois oramos e brincamos juntos. Só o Pai do Céu poderia preparar e nos capacitar para isto! Alegria e riqueza maior não há! É o cumprimento do Salmo 128, literalmente! Melhores mestres não deveria haver, no entanto os avós podem ser uma boa influência através do exemplo e por contar suas experiências com Deus aos netos, ler, contar ou assistir histórias bíblicas e filmes cristãos, etc. No mundo se diz que ‘os velhos’ já não servem para nada, a não ser para ‘atrapalhar’ e ‘morrer’. Infelizmente, é grande a desconsideração em relação aos pais e idosos, entretanto não é assim diante de Deus. Sua Palavra diz em Provérbios 4. 18: A vereda do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até a plena claridade do dia. Como já vimos, a Palavra em 1 Timóteo 5. 4 e 8 reforça tudo o que temos compartilhado aqui: Mas se uma viúva tem filhos ou netos, que estes aprendam primeiramente a colocar a sua religião em prática, cuidando de sua própria família e retribuindo o bem recebido de seus pais e avós, pois isso agrada a Deus. Já no verso 8, amplia a responsabilidade de todo aquele que diz crer em Deus e diz que é crente: Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente.


Que maravilha! Que benção também, isto no Reino de Deus! Que esperança para nós é saber que com o ‘passar dos anos’, mesmo na velhice, no Plano e no reino de Deus, nossa vida influencia e brilha cada vez mais até a plena claridade do dia, pois somos também cada vez mais como sal para a terra e luz para o mundo e para os filhos, netos e bisnetos. Como casal, como pais que têm temido a Deus, tendo atravessado muitas lutas e vencido com fidelidade e graça, sabendo que, a cada dia que passa, já estamos mais próximo ao dia perfeito da sua vida, tendo a consciência limpa e a cabeça erguida, por deixar aqui na terra gerações que são a ‘herança do Senhor”, isto é, homens e mulheres de valor para este mundo e para o Pai! Conclusão: Como homem de fé, crente, filho de Deus, você tem o desafio de ver o seu casamento, os seus filhos, netos e bisnetos, toda a sua casa “edificada sobre a rocha”, como a promessa de Lucas 6. 46-49. Deus vai pedir conta do homem, pelo estado de sua família, como em Gn 3. 6-13, ou você pode ser um Noé, como em Gn 6. Homem que vive 1 Co 11.3 e 1 Tm 5. 4 e 8. E você, como mulher cristã, filha de Deus, esposa e mãe deve também ser o que Deus determinou desde a Criação: Auxiliadora idônea, submissa a seu marido como ao Senhor, quando ele não obedece a Palavra (aqui não está falando, quando ele não faz o que você quer), que ele seja ganho sem palavras, sem discórdia e brigas, que você não seja uma mulher rixosa e briguenta, mas, seja uma mulher de espírito manso e quieto que é precioso diante de Deus. Também, como está determinado em Tito 2, que você não queira ser uma grande profissional ou ter um super ministério, deixando seu marido e seus filhos em segundo ou terceiro planos, mas, que você, como mulher de fé, crente genuína, possa cuidar em primeiro lugar de sua própria família poderá servir a Deus ensinando as mulheres mais velhas a serem reverentes na sua maneira de viver, a não serem caluniadoras nem escravizadas a muito vi-


nho, mas a serem capazes de ensinar o que é bom. Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem bondosas e sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada. Homem e mulher cumprindo cada um o seu papel estabelecido pelo Deus da Bíblia, como marido, pai e avô e ela como verdadeira esposa, mãe e avó, isto é a maior força e autoridade na pregação, pois são mais que palavras, é mais uma família que leva o nome do Pai! Que força e testemunho para nossas congregações, para a Igreja: pessoas anciãs, maduras, sábias, fiéis e com testemunho pessoal e de toda sua família provando a sua fé e que são crentes e filhos de Deus Pai, de fato e com muito amor, pois Ele está presente com toda a Sua plenitude, como confirma Ef 3. 14-21, que transcrevemos a seguir, fazendo deste texto a nossa oração: Por essa razão, ajoelho- me diante do Pai, do qual recebe o nome toda a família nos céus e na terra. Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite no coração de vocês mediante a fé; e oro para que, estando arraigados e alicerçados em amor, vocês possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus. Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém! Quem mais próximo e capaz para ensinar-lhes em palavras, testemunhos, autoridade espiritual e exemplo? Quem melhor que os carinhosos pais, agora avós, cheios de amor, fé e esperança em formar uma família que leva o nome do Pai e que, por isso, busca conhecer o amor de Cristo que excede todo co-


nhecimento, para que todos na família sejam cheios de toda a plenitude de Deus... e isto, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém! Nosso testemunho resumido: Casamos muito jovens, eu com 20 anos e Giovani com 22 anos. Depois de três anos de casados, três abortos devido à toxoplasmose, tivemos quatro filhos em cinco anos e uma vida familiar muito intensa. Sempre com o cuidado de ter o coração dos nossos filhos em amor, afeto, instrução e disciplina bíblica. Nossos filhos foram e são até hoje nossos melhores amigos. Todos casaram cedo, sendo que 3 com 19 anos e um com 22, um cada final de ano e em quatro anos ficamos com nosso ninho vazio. Casamos em 1976 e em 2003 ficamos só nós 2 novamente, já estamos onze anos sós, com todos eles casados, todos servindo a Deus. Temos onze netos que nos dão grande alegria. Procuramos sempre falar de Jesus, viver este Jesus e contar histórias bíblicas, nossas próprias histórias e estórias sempre com fundo de ensino e formação. Sempre que podemos, nas férias levamos um dos netos para uma viagem missionária e tem sido uma experiência marcante para todos nós. Vamos no carro cantando, compartilhando do Senhor e fazendo brincadeiras que fazíamos com nossos filhos em nossas viagens. Veja “Aventuras em família” no livro Mulher mais mulher. Em janeiro de 2013 fizemos uma viagem com nosso neto Israel (9 anos) passando os estados PR, MS, MT, GO e SP voltando para SC depois em 29 dias. No ano de 2014 levamos Ana Victória (8 anos), para um acampamento da igreja na Argentina. Foram experiências marcantes para nós e para eles também. Assim, o que compartilhamos com você neste livro, pode ter certeza que buscamos viver. Erramos muito, mas, confessando uns aos outros e orando uns pelos outros, em família, estamos colhendo o que a Bíblia tanto afirma e reafirma quan-


do queremos ser uma família que leva o nome do Pai e que, por isso, busca conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que todos na família sejam cheios de toda a plenitude de Deus... e isto, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém! Finalizando, profetizamos: Que o Senhor nos dê a graça como pais, para que estabeleçamos entre nós como casal, uma relação de amor e honra em Cristo Jesus e, como consequência, desenvolvamos uma relação de amor e honra com os filhos, desde sua geração, nascimento, e até depois de casados, deixando como maior herança para eles, de geração em geração, “uma família edificada sobre a rocha e que leva o nome do Pai”. Deixamos para você, como coroa as seguintes promessas da Palavra de Deus: Salmo 128 Cântico de Peregrinação. Como é feliz quem teme o Senhor, quem anda em seus caminhos! Você comerá do fruto do seu trabalho, e será feliz e próspero. Sua mulher será como videira frutífera em sua casa; seus filhos serão como brotos de oliveira ao redor da sua mesa. Assim será abençoado o homem que teme o Senhor! Que o Senhor o abençoe desde Sião, para que você veja a prosperidade de Jerusalém todos os dias da sua vida, e veja os filhos dos seus filhos. Haja paz em Israel!


Salmo 111. 10 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; todos os que cumprem os seus preceitos revelam bom senso. Ele será louvado para sempre! Salmo 112. 1-4 1 Aleluia! Como é feliz o homem que teme o Senhor e tem grande prazer em seus mandamentos! 2 Seus descendentes serão poderosos na terra, serão uma geração abençoada, de homens íntegros. 3 Grande riqueza há em sua casa, e a sua justiça dura para sempre. 4 A luz raia nas trevas para o íntegro, para quem é misericordioso, compassivo e justo. Giovani e Elisabeth Zimmerman


Para sua fundamentação e edificação

Adquira em: www.mfamiliareal.com.br - Loja virtual


Livros de estudos para pequenos grupos de casais

Adquira em: www.mfamiliareal.com.br - Loja virtual


Impressul www.impressul.com.br 47 2106-9000


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.