Business Hostel em Container Giovanna Rita Oliveira Machado
Universidade São Francisco Curso de Arquitetura e Urbanismo Trabalho Final de Graduação
Business Hostel em Container Giovanna Rita Oliveira Machado Orientador: Pedro Castellano
Campus Campinas 2020
Dedico esse trabalho aos meus pais Getúlio e Andrea e ao meu irmão Getúlio por toda paciência e apoio.
agradecimentos Agradeço primeiramente ao meu pai por confiar no meu potencial, financiar todos esses anos de estudos e me dar forças para alcançar todos os meus objetivos de vida. À minha mãe por me mostrar o caminho da vida e me ensinar que consigo andar com as minhas próprias pernas. Ao meu irmão por me aguentar em todos os meus dias superlotados e de stress e fazer surpresas com chocolate para me acalmar. E ao meu cachorro, Pipo, por estar sempre me dando carinho e me distraindo nas horas exaustivas. Agradeço ao meu irmão Lucas Serrano, que não é de sangue mas poderia ser, por estar todos os dias do meu lado, independente se fosse em sala de aula, na vida pessoal ou profissional. Agradeço aos meus melhores amigos por me ajudarem a tirar a cabeça dos estudos e do trabalho nas horas que eram conveniente e por sempre estarem prontos para discutirmos qualquer assunto da vida. Ao Pedro, meu orientador, por ampliar o meu ângulo de visão sobre a Arquitetura, renovar as minhas ideias e solucionar as questões levantadas durante esse trabalho, transferindo sempre com uma didática exemplar e seu alto conhecimento.
“Se eu perder tempo no passado, eu vou perder a oportunidade do presente” Thiago Nigro.
“Experiência é o nome que damos aos nossos erros” Oscar Wilde.
´ sumario
1 2 3 4 12
16 17
20
26 28 30 32 34 36 39
Introdução 1. Introdução
Objetivos 2.1 Objetivo Geral 2.2 Objetivos Específicos
Justificativa
5 6 48 52 54
58 60 62 71
Referências de Projeto 5.1 Ccasa Hostel 5.3 Cité a Dock Student Housing 5.2 Hostel Contêiner
Área de Intervenção 6.2 6.3 6.4 6.5
Inserção Regional Histórico da Área Levantamentos Urbanísticos Diagnóstico Urbanístico
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o projeto
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referências bibliográficas
87 88 89 90 93 94 96 110 114 120 122 126
8.1 Business hostel 8.2 Conceito 8.3 Partido 8.4 Programa de necessidades 8.5 Plano de Massas 8.6 Malha Estrutural 8.7 Desenhos Técnicos 8.8 Elevações 8.9 Cortes 8.10 Detalhamento Teto Verde 8.11 Sistema Estrutural 8.12 Perspectivas
3. Justificativa
Temática
4.1.Hotelaria e Turismo no Brasil 4.2. Meios de Hospedagem 4.3. O que são os Hostels (albergues) 4.4. Surgimento do Hostel no mundo e no Brasil 4.5. Tipologia dos Hostels 4.6. Levantamento dos Hostels em Campinas 4.7. Material construtivo: containers
7 74 75 76 77
Terreno do Projeto 7.1 7.2 7.3 7.4
Justificativa do terreno Levantamentos Urbanos do entorno Condicionantes físicas e naturais Leitura do entorno
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9.0 Referências bibliográficas
1 Imagem 1: Containers.Fonte: Pinterest.
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introducao
O presente trabalho visa apresentar a proposta de um Hostel Business Container, a ser implantado no centro do município de Campinas, São Paulo. Este local apresenta grande quantidade de empresas, comércios, residências juntamente a um alto fluxo de transportes de variados públicos. A escolha da temática da construção de um hostel se deu durante a tentativa de buscar compreender os tipos de hospedagem existentes, com enfoque nos albergues (conhecidos popularmente como hostels), sendo estes economicamente mais baratos. A temática escolhida se deu principalmente por compreender as dinâmicas existentes no centro de Campinas, visto que se trata de uma região de encontro e valorização de diversas culturas, próximo a eixos turísticos e edificações com caráter histórico, e ainda com facilidade de acesso ao transporte público. Essas características relacionam-se com critérios essenciais para inserção do conceito de alberguismo, conforme Giaretta (2003). Ainda, em oposição aos hotéis convencionais que possuem a hospedagem mais privativa e com pouca interação entre seus usuários, o Hostel Business, busca incentivar o uso das áreas comuns, estimulando a interação social dos seus frequentadores e, por conta do perfil do turismo de negócios característico de Campinas, atuar como complemento de network entre os hóspedes. Por fim, o projeto tem como premissa atender todas as faixas etárias de usuários, visto que além de se tratar de uma área de hospedagem, a proposta busca implementar uma área business que contará com um coworking, levando em consideração a quantidade de turistas que vem a Campinas devido a trabalhos corporativos.
Imagem 2: Containers.Fonte: Pinterest.
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Imagem 2: Containers.Fonte: Pinterest.
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2 Imagem 3: Containers.Fonte: Pinterest.
objetivos
2.1
´ 2.2 objetivos especificos
objetivo geral
Disponibilizar aos turistas e visitantes que vem à cidade de Campinas, uma hospedagem alternativa através da implementação de uma nova tipologia de hostel, a fim de expandir o movimento alberguista com qualidade e fazer com que esse se torne uma das principais opções de hospedagem com opções interativas em suas dependências e ainda uma área para desenvolvimento de atividades corporativas.
• Oferecer uma nova tipologia de Hostel para a cidade de Campinas com opções para desenvolvimento de atividades corporativas; • Apresentar ambientes de uso comum entre os usuários do hostel, a fim de fomentar a interação e troca de experiências e culturas dos viajantes e visitantes que utilizarão o local; • Utilizar o container como método construtivo e explorar seus potenciais construtivos.
Imagem 4: Containers.Fonte: Pinterest.
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3 Imagem 5: Containers.Fonte: Pinterest.
justificativa
No Brasil, o potencial de desenvolvimento turístico tem colaborado intensamente para a consolidação dos avanços sociais e econômicos. Sabe-se que o país conta com grande complexidade territorial, entretanto investimentos realizados e distribuição de renda voltados para a área contribuíram em larga escala para popularização do mercado turístico. Em 2008, 922 milhões de turistas circularam pelo mundo. Há apenas três décadas, esse número não ultrapassava 277 milhões. A evolução dos transportes, das telecomunicações e a globalização da economia foram grandes impulsionadores das viagens – e fizeram o turismo se transformar em uma das atividades econômicas que mais crescem no mundo e um dos principais pilares do comércio internacional (PLANO AQUARELA 2020, 2009, P.09)
Paralelamente a esse panorama, nas últimas décadas, o turismo tem registrado fortes modificações em seus segmentos, devido a aproximação dos mercados especializados e da personalização dos serviços. Atualmente, observa-se crescente procura por viagens mais flexíveis e em grupos menores, atestando a viabilidade e visibilidade do turismo individual e backpacker (mochileiros) nos próximos anos (PAIVA, 2011). Desse modo, os albergues (hostels), que tem como principal usuário o turista mochileiro, tem ganhado espaço no mercado. De acordo com um estudo de Demanda Turística Internacional (2015), o interesse de hospedeiros por campings, albergues e hospedagem de baixo custo cresceu de 1,6% em 2004, para 5,0% em 2015, no Brasil. Assim, vemos o potencial de crescimento que este tipo de acomodação pode oferecer, uma vez que em comparação com hotéis convencionais, oferecem espaços de inclusão social e compartilhamento de acomodações, garantindo assim preços mais acessíveis e baratos.
Imagem 6: Foto área da cidade de Campinas. Fonte: Berlitz.
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Pensando nessa dinâmica com o mercado hoteleiro aquecido, o mercado de albergues torna-se atrativo e promissor. Os albergues antes conhecidos como meios de hospedagem de estrutura simples e de
baixo custo, hoje constituem uma opção alternativa de hospedagem para os turistas (AMARAL, 2010 apud GOMES, 2014, p.12)
No âmbito do município de Campinas, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Turismo (2019), a cidade foi a quarta do país que mais recebeu turistas de negócios em 2018. O setor de negócios, ainda, foi o segundo principal motivo de vinda de estrangeiros tanto para a cidade, quanto para o país. Em outra pesquisa referente a 2019, o Ministério de turismo evidencia que o setor de turismo de negócios na cidade está em frequente expansão. Negócios Eventos Cultura Gatronomia Visita a família e amigos Compras Descanso Gráfico 1: Motivos de viagens para o município de Campinas. Fonte: Plano de Desenvolvimento Turístico do Município de Campinas, 2019.
O gráfico demonstra que 33% das pessoas vêm à cidade devido aos negócios e 28% devido aos eventos, estes são os principais motivos, os demais representam uma parcela menor de vindas. Observa-se então que a cidade de Campinas por se tratar de um polo tecnológico gera grande atrativo nesse ramo a moradores de outros municípios. Sendo assim, pode-se notar então o grande potencial de negócios existente no município de Campinas. Segundo Patrícia Teixeira,
repórter e apresentadora da G1, janeiro de 2019 foi o mês com maior número de novos empreendimentos na região, totalizando 6.014. Já o primeiro trimestre de 2018 teve, no total, 13.483 empresas criadas. Devido a esses números, o fluxo de turistas e visitantes na cidade tendem a se intensificar. De acordo com a Prefeitura Municipal de Campinas, em 2015, aproximadamente dois milhões de pessoas se hospedaram em hotéis em Campinas sendo que um milhão e meio dessa população dirigiu-se à cidade a fim de participar de eventos corporativos. Os números demonstram uma vocação importante do turismo campineiro vinculado diretamente ao turismo de negócios, alimentado pela presença de um parque industrial e pelo setor de serviços da Região Metropolitana. Portanto, o ideal de implementação de um Hostel Business se dá ao compreender que os empreendedores viajantes, necessitam de lugares com conforto e que disponibilizem ambientes propícios para desenvolvimento de trabalhos corporativos. Portanto, tendo em vista que o público mais ativo nos hotéis da cidade de Campinas utiliza as locações para trabalho, podemos compreender que a temporada de estadia dessa população é baixa. O gráfico abaixo comprova a informação. Até 1 dia De 2 a 3 dias De 4 a 6 dias De 7 a 10 dias Mais de 11 dias Gráfico 2: Tempo de permanência de viajantes e turistas na cidade de Campinas. Fonte: Plano de Desenvolvimento Turístico do Município de Campinas, 2019.
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Pode-se verificar no gráfico acima que 41% ficam de 2 a 3 dias no município, já 34% ficam apenas um dia, 13% permanecem de 4 a 6 dias, mais de 7 dias correspondem a apenas 12% dos visitantes. Desse modo, podemos compreender que 75% da público alvo do projeto buscam por estadias rápidas e consequentemente com valor reduzido, pois o objetivo dos viajantes da cidade de Campinas não é o passeio com fim recreativo e de lazer, mas sim os negócios, desse modo estabelecer um espaço agradável, confortável e com preço acessível é de extrema valia para atender às necessidades dos usuários que utilizarão o Hostel Business. É sabido que o preço de estadia em um hostel (albergue) é inferior ao valor cobrado por um hotel convencional. Isso se dá devido ao compartilhamento de ambientes provido pelos albergues. Em apenas um quarto é possível abrigar pessoas distintas, tal fator diminui o valor da estadia, fator de extrema importância para viajantes que buscam um espaço por curto período de tempo. As principais redes hoteleiras, nacionais e internacionais localizadas em Campinas concentram-se na região central da cidade. Calculase que a cidade tenha aproximadamente 190 hotéis, com uma média diária de preço de R$280,00 e apenas 12 hostels, com diária média de preço de R$47,00, sendo aproximadamente um sexto da diária média do hotel convencional.
reduzidos durante a etapa de execução, além de vantagens com relação ao tempo de execução das obras e desperdício de materiais, que serão tratados ao longo desse trabalho. O centro da cidade conta com importantes pontos de interesse atrativos e localiza-se próximo às mais importantes rodovias da região, e ainda conta com importantes redes de modais que interligam o usuário com outras localidades do município, ainda, o Terminal Metropolitano localiza-se nas extremidades da área central. Desse modo localizar o Hostel na região central é de extrema importância para o projeto, uma vez que o centro oferece opções diversificadas e facilitadas de acesso a outros pontos do município, além de rede de infraestrutura completa. Desse modo, a inserção de um Hostel Business no centro de Campinas, visa viabilizar uma nova opção de estadia principalmente para empreendedores e visitantes que busquem uma opção mais barata e compartilhada de espaços para repouso. Frente a um cenário de altos índices de viagens corporativas (e de curta permanência) para o município, incentivar uma nova opção de estadia que promova baixo custo e mantenha qualidade e ainda espaços para trabalho, caracteriza-se como elemento essencial perante o cenário empreendedor da cidade de Campinas.
Sendo assim, torna-se evidente que o turismo existente no município de Campinas está diretamente relacionado com a importância econômica referente ao setor de negócios do município que se encontra em constante crescimento. Tal fator foi levado em consideração ao integrar um espaço business à proposta do hostel. Por fim, o baixo custo é um fator determinante no projeto. Buscase baixo custo na estadia mas também no método construtivo empregado, por esse motivo optamos por utilizar o Container como método de construção, uma vez que segundo o portal Archtrends Portobello, uma obra feita em container com 15m² custa cerca de R$ 39 mil (já incluindo o acabamento e a mobília), enquanto uma de alvenaria custaria aproximadamente 20% a mais, ou seja, quase R$ 47 mil, fazendo com que custos sejam
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Imagem 7. Fonte: FreePic.
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4 Imagem 8: Containers.Fonte: Pinterest.
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tematica
4.1 HOTELARIA E TURISMO NO BRASIL O turismo pode ser considerado uma prática econômica e também social, pois consiste de pessoas e lugares. É de extrema importância ter em vista que hotelaria e turismo são dois elementos interligados entre si. Para alguns estudiosos o início das práticas hoteleiras se deu na Grécia, a partir do evento dos Jogos Olímpicos, sendo este de extrema importância pois recebiam pessoas de diversos locais do mundo. Com isso, tornou-se necessária a criação de lugares para esses indivíduos poderem se acomodar durante os períodos noturnos (BADARÓ, 2005). Todavia, em contraposição a hospedagem grega, os romanos, devido a infraestrutura de suas estradas e longas viagens, desencadearam o marco do princípio da hospedagem com fins lucrativos, movimentando a economia das cidades. Essas hospedagens eram dotadas de regras rígidas quanto a seus hóspedes, que para se hospedarem necessitavam de uma carta de recomendação das autoridades locais. Os romanos podem ser considerados os primeiros a viajarem por prazer. Diversas pesquisas científicas (análises de azulejos, placas, vasos e mapas) revelaram que o povo romano ia à praia e a centros de rejuvenescimento e tratamento de corpo, buscando sempre relaxamento e diversão (BADARÓ, 2005, p.8)
Foi no Império Romano que tivemos de fato a primeira referência de hotelaria, denominado de “hostellum”, um palacete que hospedava os hóspedes em suas viagens. Entretanto, foi no final da Idade Média e com o advento da Revolução Industrial, que se notou crescimento exacerbado do turismo. Tal fato se deu devido a novas facilidades de locomoção que foram criadas, como estradas e ferrovias, desse modo mais pessoas, além dos nobres, passaram a ter mais acesso às viagens. No Brasil a hotelaria nasceu durante o período colonial por 26
intermédio de iniciativa dos portugueses, onde viajantes se hospedavam em conventos, fazendas ou ranchos, tal fato aconteceu principalmente após a abertura dos portos no país. Entretanto, só na década de 1940 ocorreu um grande crescimento no país, devido a incentivos governamentais. Com a criação de Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) e do Fungetur (Fundo Geral de Turismo), retornaram incentivos fiscais, promovendo nova ascenção do ramo. Nos anos 60 e 70, iniciou-se a chegada de redes hoteleiras internacionais, marcando uma nova fase da hotelaria brasileira (MINISTÉRIO DO TURISMO, hotelaria e hospitalidade, 2014, p.8).
O turismo no Brasil por sua vez, começou através da força de dois elementos fundamentais: o mar e os jogos de azar. Os primeiros e principais espaços de hospedagem brasileiros dizem respeito a hotéis localizados na orla marítima ou com função relacionada a presença de cassinos. De acordo com o autor Dario Luiz: Os “anos dourados” do turismo brasileiro surgiram a partir de 1920, com os cassinos incorporados aos hotéis de luxo e às estâncias termais, hidrominerais ou climáticas. Aproveitando os recursos naturais, de forma a produzir efeitos terapêuticos, surgiram edificações de porte, locais magníficos de realização de jogos e espetáculos, dignos de atender à alta classe e à elite acostumada à moda e à vida européia. (DARIO LUIZ, 2007, p.134).
Ainda, de acordo com o mesmo autor as primeiras regiões que receberam o público europeu no páis foram Petrópolis, no Rio de Janeiro; Caxambu e Poços de Caldas, em Minas Gerais; Campos do Jordão, em São Paulo; e Santo Amaro e Caldas da Imperatriz, em Santa Catarina. Entretanto, a princípio o país não possui estruturas para recepcionar os visitantes.
Porém, no início do século XX a situação mudou, uma elite milionária fortalecida pelo Estado Novo, ocupava as mesas de jogos de azar, a partir do ano de 1920 Joaquim Rolla, proprietário da mais importante rede de cassinos do país passou a financiar grandes eventos e festas que passaram a atrair cada vez mais visitantes e turistas para o país (PAIXÃO, 2007).
Já na cidade de Campinas o potencial turístico é marcado pelo Polo Tecnológico que a cidade dispõe. Caracterizamos o turismo presente na cidade como Turismo de Negócios, visto que as vindas para o município são em sua maioria voltada para fins empresariais e colaborativos.
A partir de então passaram a ser construídos vários cassinos pelo país, “este era o tempo dos cassinos, dos shows e das vedetes” (PAIXÃO, 2007, p.142), desse modo cada vez mais turistas sentiam-se atraídos pelos jogos e também pelas paisagens atraentes que o país proporcionava. A partir disso o investimento passou a ser voltado para hotéis cassinos, o início do século passado marcou uma série de construções, dentre elas podemos citar: Copacabana Palace (considerado o primeiro do país), do Atlântico (no Posto 6, em Copacabana) e da Urca, Niterói tinha o Icaraí; Teresópolis, o Higino Palace; Santos, o Parque Balneário, o Ilha Porchat e o Atlântico; Guarujá, o Cassino do Barreiro; Poços de Caldas, o Quississana e o Politeama; Araxá, o Grande Hotel; Belo Horizonte, o Pampulha; Curitiba, o Ahú; Salvador, o Central; e Recife, o Grande Hotel (PAIXÃO, 2007, p.142). Atualmente, o Brasil tem ganhado grande visibilidade internacional, graças aos grandes eventos que ocorreram no país, como Rio + 20 (2012), Jornada Mundial da Juventude (2013, 2015 e 2017), Copa do Mundo FIFA (2014), Jogos Olímpicos Rio de Janeiro (2016), e Jogos Olímpicos Paraolímpicos (2016). Esses grandes eventos possibilitam o país se tornar um destino de maior atração para turistas. Com relação aos dados do turismo no Brasil, de acordo com a World Travel e Tourism Council (WTTC), o setor de turismo no Brasil movimentou cerca de 492 bilhões de reais apenas em 2014. Esse número representa um momento promissor para o país, como um impacto no PIB estimado em 3,17%.
Imagem 9: Copacabana Palace, Rio de Janeiro. Fonte: Veja, Rio.
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4.2
MEIOS DE HOSPEDAGEM
Os meios de hospedagem são os estabelecimentos comerciais que exercem a função de oferecer estadias a viajantes e turistas. O sistema Brasileiro de hospedagem, entende o termo da seguinte maneira: Os empreendimentos ou estabelecimentos, independentemente de sua forma de constituição, destinados a prestar serviços de alojamento temporário, ofertados em unidades de frequência individual e de uso exclusivo do hóspede, bem como outros serviços necessários aos usuários, denominados de serviços de hospedagem, mediante adoção de instrumento contratual, tácito ou expresso, e cobrança de diária”. (artigo 23 da Lei n° 11.771/2008)
O Brasil, apesar de estar em constante desenvolvimento possui uma rede de hospedagem relativamente consolidada, com predominância de hotéis de luxo em detrimento do turismo econômico. Uma pesquisa realizada pelo jornal Estadão, revela que 65% dos turistas que circulam no Brasil dão preferência por utilizar hotéis que já possuem nome no mercado, todavia novos meios de hospedagem alternativos têm ganhado espaço dentro da área. No município de Campinas, um estudo realizado pela prefeitura para obtenção de um Plano Municipal de Turismo (2019), expõe um crescimento significativo no número de Hostels presentes no município dentre os anos de 2000 a 2019. Todavia, apesar de se tratar de um meio de hospedagem utilizado por muitas pessoas e turistas, os albergues das juventudes ou hostels, não são categorizados oficialmente pelo Ministério do Turismo no sistema SB Class (Sistema de Classificação de Meios de Hospedagem), dificultando o estabelecimento de um padrão único de regras de funcionamento e qualidade.
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Segundo o SB Class e de acordo com a portaria n°100, de 16 de junho de 2011, os meios de hospedagem com suas respectivas características são: I – HOTEL: estabelecimento com serviço de recepção, alojamento temporário, com ou sem alimentação, ofertados em unidades individuais e de uso exclusivo dos hóspedes, mediante cobrança de diárias; II – RESORT: hotel com infraestrutura de lazer e entretenimento que disponha de serviços de estética, atividades físicas, recreação e convívio com a natureza no próprio empreendimento; III – HOTEL FAZENDA: localizado em ambiente rural, dotado de exploração agropecuária, que ofereça entretenimento e vivência do campo; IV – CAMA E CAFÉ: hospedagem em residência com no máximo três unidades habitacionais para uso turístico, com serviços de café da manhã e limpeza, no qual o possuidor do estabelecimento resida; V – HOTEL HISTÓRICO: instalado em edificações preservada em sua forma original ou restaurada, ou ainda que tenha sido palco de fatos históricoculturais de importância reconhecida; VI – POUSADA: empreendimento de característica horizontal, composto de no máximo 30 unidades habitacionais e 90 leitos, com serviços de recepção, alimentação e alojamento temporário, podendo ser em prédio único com até três pavimentos, ou contar com chalés ou bagalôs; VII – FLAT / APART-HOTEL: constituídos por unidades habitacionais que disponham de dormitório, banheiro, sala e cozinha equipada, em edifício com administração e comercialização integradas, que
possua serviço de recepção, limpeza e arrumação. (MINISTÉRIO DO TURISMO, portaria nº100, de 16 de junho de 2011).
Pode-se compreender então, que cada tipologia de hospedagem visa atender a determinados tipos de públicos, como a diferenciação de um hotel de 5 estrelas e uma pousada de 5 estrelas. Tendo cada meio mantendo sua importância dentro de sua área de atuação.
A partir da diferenciação das tipologias, podemos notar que os hostels vem ganhando destaque dentro do mercado, preocupando-se em atender os diferentes perfis de usuários, oferecendo por diversas vezes serviços exclusivos por preços acessíveis.
Observa-se que a categoria Hostel não se enquadra em nenhuma tipologia das divisões, entretanto não é ilegal perante a lei. Por se tratar de um meio de hospedagem que tende a incentivar o compartilhamento de quartos e espaços comuns entre os usuários, a tipologia tende a ser vista como olhar preconceituoso. Entretanto, no decorrer da última década, os hostels tem ganhado destaque e atingido diferentes conceitos no mercado, ainda que não tenha o título de obtenção de estrelas, pode ser extremamente confortável e além de tudo possuir valor de hospedagem inferior às opções convencionais. Diogo Marcel, diretor regional da Associação Brasileira dos Hostels e novas hospitalidades (AB Hostels) no Brasil, declara: Queremos apresentar os hostels como meios eficientes, de grande capacidade dentro do setor do turismo. Hoje são eles os responsáveis por ofertar o turismo de experiência, crescente em todo o mundo. A ideia de se hospedar em hostels evoluiu muito e é preciso que todos vejam. Antes, o que era algo alternativo, hoje surge como um meio seguro, que propicia o que mais o visitantes buscam; a experiência do turismo, que tornou-se justamente a essência do hostel (DIOGO MARCEL, 2018). Imagem 10: Sino. Fonte: Pinterest.
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4.3 O QUE SaO OS HOSTELS (ALBERGUES)? O hostel é um meio de hospedagem que oferece acomodações acessíveis economicamente, e ainda incentiva a interação social entre os hóspedes por meio de espaços compartilhados, a fim de valorizar o intercâmbio de experiências turísticas e pessoais. Para muitos, os hostels se inserem na categoria “budget” de hospedagem que reúne opções de hospedagem econômicas e supereconômicas, oferecendo a seus usuários um padrão de conforto, segurança, limpeza, e atendimento condizente com o valor pago. Para a Embratur, o hostel consiste em um: Meio de hospedagem peculiar de turismo social, integrado ao movimento alberguista nacional e internacional que objetiva proporcionar acomodações comunitárias de curta duração e baixo custo com garantia de padrões mínimos de higiene, conforto e segurança (EMBRATUR, 1987, s/p).
Já, para o Ministério do Turismo, os albergues constituem-se como: Estabelecimento comercial de hospedagem com instalações e serviços básicos, que visam atender segmentos sociais com recursos financeiros modestos, como estudantes e aposentados. Apresenta unidades habitacionais simples, comportando quartos individuais ou dormitórios coletivos (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2016, s/p).
Ainda, comumente encontramos autores que denotam o termo como Albergues da Juventude, pois são em tese meios de hospedagem direcionados ao público jovem. Nesse contexto consideram que: Os Albergues da Juventude Internacionais existem para ajudar os jovens a viajar, conhecer e amar a natureza, e apreciar os valores culturais das
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pequenas cidades e grandes metrópoles. Estes variam de região para região, mas as características gerais são as mesmas, ofertam dormitórios, toaletes separados por sexo, sala de estar e cozinha e são regidos por uma filosofia mundial (TROTTA, 1978 apud GIARETTA, 2003, P.381).
Uma característica comum dos hostels é o compartilhamento de espaços. Dormitórios, banheiros, cozinha e áreas de lazer tendem a compor ambientes que visam a interação e sociabilização dos hóspedes a preços mais convidativos do que outros tipos de acomodações.
atrativa para diversos públicos. Porém é de extrema importância investir na qualidade do projeto e oferecer variedade nas opções de hospedagem para além dos quartos compartilhados, como quartos duplos ou até mesmo individuais. Portanto, esse tipo de hospedagem vem se tornando cada vez mais atrativa e utilizada, e ainda importante para o turismo nacional. Ela contribui demasiadamente ainda para locais que contam o Turismo de Negócios, como é o caso da cidade de Campinas, visto que muitos dos viajantes que transitam para fins corporativos buscam estadias rápidas com preços acessíveis.
Em contraposição a maioria dos hotéis, os albergues não têm como enfoque o luxo, mas sim a coparticipação, colaboração e interação de seus usuários. Timothy (2009), cita as vantagens e desvantagens de se acomodar nestes espaços, em suma são: VANTAGENS: • O custo reduzido por cama, que varia de acordo com o número de utilizadores do mesmo quarto; • A oportunidade de conhecer pessoas com o mesmo tipo de interesses estabelecendo redes de contatos; • O acesso à internet gratuita ou a custo reduzido; • A acessibilidade ou localização estratégica do alojamento. DESVANTAGENS: • A falta de segurança; • O alojamento em quartos compartilhados e consequentemente a falta de privacidade; • O barulho constante nos espaços comuns, e por vezes, nos próprios quartos. Contudo, as ofertas dos albergues têm se tornado cada vez mais
Imagem 11: TOC Hostel Sevilla. Exemplo das acomodações da área externa de um albergue. Fonte: Javier Almar.
Imagem 12: TOC Hostel Sevilla. Exemplo da acomodação interna de um albergue. Fonte: Javier Almar.
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4. 4 SURGIMENTO DO HOSTEL NO MUNDO E NO BRASIL O hostel, como meio de hospedagem, tem seu início datado no ano de 1909 na Alemanha através de um movimento denominado Alberguismo, liderado por Richard Schirmann (1874-1961), professor alemão da cidade de Altena, ele tinha por costume realizar viagens ao ar livre pela região como prática às aulas que lecionava. O professor acreditava no ideal de que as teorias aplicadas em sala de aula deveriam estar associadas com a prática, sendo assim ele realizava passeios com os alunos que se acomodavam em fazendas, onde podiam durante o dia explorar e conhecer a região. Nesse contexto, constata-se que os hostels, desde sempre possuem uma relação com a educação e com os jovens (GIARETTA, 2003). Desse modo, com o intuito de oferecer hospedagem aos jovens durante as pesquisas de Campo, no ano de 1912 o professor Schirrmann abre e equipa o primeiro Albergue da Juventude na escola em que lecionava. Em um de seus relatos o professor afirma: Eu pensei comigo mesmo que as escolas por toda a Alemanha poderiam muito bem ser usadas para providenciar acomodações durante as férias escolares. Vilas na parte boa do país para caminhadas poderiam ter um “Youth Hostel” situado um dos outros a um dia de distância de caminhada, recepcionando todos os jovens alemães que gostassem de caminhar (HEATH, 1962, P.14)
Após a criação desse albergue no ano de 1912 o número de hostels entrou em processo de crescimento, ao todo computamse cerca de 301 estabelecimentos inaugurados no ano seguinte na Alemanha. Com o tempo, ao final da década de 20 o movimento alberguista se alastrou por todo o continente europeu. A tabela abaixo ilustra a internacionalização do movimento alberguista e como se deu sua disseminação ao longo dos anos. 32
ANO 1927 1929 1930 1931 1932 1934 1938 1940 1946 1949 1951 1954 1956 1957 1958 1959 1961 1967 1969
PAÍSES
Suíça e Polônia Holanda Inglaterra, Noruega e França Irlanda, Bélgica e Escócia Nova Zelândia Estados Unidos Canadá Austrália Marrocos e Tunísia Índia Paquistão e Japão Egito e África do Sul Argentina Quênia Uruguai Sri Lanka e Tailândia Brasil Coréia do Sul México, Chile e Peru
Tabela 1: Fonte: GERBER, 2012, apud GOMES, 2014.
O surgimento do Hostel em território brasileiro se deu a partir de uma viagem à França pelo casal Yone e Joaquim Trotta, em 1956. Ambos estudavam em Paris onde tiveram o primeiro contato com o Albergue da Juventude. A partir de então, o casal de professores se encantou com a ideia já difundida na Europa e passou a divulga-lo no meio acadêmico (GIARETTA, 2003). No ano de 1957 o casal se dedicou em divulgar o que haviam conhecido em Paris, principalmente estudantes universitários brasileiros, desse modo passaram a compartilhar a ideia do movimento pelo Brasil, realizando palestras em colégios e
universidades. No ano de 1961 a partir de ajudas advindas das federações europeias, o casal abriu o primeiro Hostel no Brasil. A obra se findou no ano de 1965 e foi instalado o primeiro hostel na cidade do Rio de Janeiro no bairro de Ramos. Com o nome de Residência Ramos, possuía 36 camas no qual se hospedavam principalmente jovens que vinham de outros estados brasileiros e de outros países, como: Uruguai, Chile, Alemanha, Suíça e Inglaterra. Este hostel funcionou de 1965 a 1973. Já no estado de São Paulo, o primeiro hostel foi instalado no ano de 1966, entretanto pouco se sabe sobre o edifício. Nesse mesmo período houve registro da primeira Associação Brasileira de Albergues da Juventude. Em seguida, foram registrados novos hostels abertos na Lapa, Cabo Frio, ambos na cidade do Rio de Janeiro, e também em Campos do Jordão, na cidade de São Paulo (GIARETTA, 2003).
Imagem 13: Fachada frontal do Castelo de Altena. Fonte: Blogspot.
Portanto, pode-se perceber que o surgimento do primeiro Hostel no Brasil surge tardiamente, devido a isso o movimento alberguista quando chegou ao Brasil não teve o mesmo impacto e expansão veloz como aconteceu na Alemanha. De 1964 a 1985 – período de Ditadura Militar no Brasil -, muitos albergues foram denunciados e posteriormente fechados pelo Governo Militar, com a justificativa de dispersar o aglomeramento de jovens que outrora poderiam vir a se tornar uma ameaça para o governo. Devido aos seus ideais libertários os jovens passaram por censuras rígidas que barravam a liberdade de expressão (GOMES, 2014). Ao final da década de 80, surge o Plano Nacional de Albergues da Juventudes, nesse ponto nascem as primeiras tentativas de regularização legal dos albergues da Juventude (GIARETTA,2003). Todavia, a consolidação do movimento Alberguista no Brasil tomou força apenas na década de 90.
Imagem 14: Estacionamento do Castelo de Altena. Fonte: Blogspot.
33
4.5 TIPOLOGIA DOS HOSTELS Comumente encontra-se multiplicidade tipológica em hostels que visa atender as expectativas da demanda e do poder aquisitivo de empreendedores e ainda dos hóspedes. É possível identificar a presença dos empreendimentos em edificações contemporâneas, com projeto arquitetônico destinado a exercer as finalidades de um albergue em moradias, em que o dono do imóvel utiliza de sua própria residência para oferta de hostel, além de prédios antigos ou novas construções. Não há um modelo arquitetônico ou construtivo ideal para os hostels, nas redes há variedade projetual muito vasta. Há variedade também no programa de cada local, visto que não há diretrizes específicas do que deve ter ou não na tipologia construtiva. Entretanto, de acordo com Federação Brasileira de Albergues da Juventude ao se projetar um hostel, é importante compreender a particularidade de cada região, bem como a herança cultural, desde que se adequem ao padrão de qualidade exigido de acordo com a Hostelling International: •
• • •
•
O imóvel deve estar situado em município de interesse turístico, em local de fácil acesso, próximo a um ponto de parada de transporte coletivo; O albergue deve oferecer, no mínimo, 40 leitos, acomodação para guias, acompanhantes e motoristas Quartos de famílias e de casal Recepção aberta 24 horas. Deve possuir ligação externa direta; Dormitórios coletivos com área mínima por leito de 2,80m², 75 cm entre camas e 90 cm de altura entre leitos; Sanitários coletivos, divididos por sexo, com média de 1 sanitário a cada 8 hóspedes.
(HOSTELLING INTERNATIONAL, 2016)
34
Desse modo, a partir de uma análise realizada dos pré-requisitos da Hostelling International e da disposição de ambientes adquiridas através de referências nacionais e internacionais, torna-se possível estabelecer um padrão tipológico para os albergues. Existe uma diferenciação entre as tipologias de estabelecimentos, sendo geralmente construções verticais, com mais de 3 pavimentos, ou construções horizontais com até 3 pavimentos. No Brasil, a classificação dos Hostels é feita a partir do sistema de classificação privada, realizada pela FBAJ. São divididos em categorias, conforme a pontuação que o empreendimento alcança para a o credenciamento na rede Hostelling International, como pode-se observar na tabela abaixo. local/ hostels
Realidade brasileira
Realidade internacional
Pequeno porte Médio prte Grande porte
Até 40 leitos De 41 a 100 leitos Acima de 100 leitos
Até 100 leitos De 101 a 300 leitos Acima de 300 leitos
Tabela 2: Classificação dos hostels de acordo com o tamanho. Fonte: GIARETTA, 2004.
Ainda, segundo a Revista Iberoamericana de Turismo de 2015, atualmente existem albergues e hostels especializados no atendimento a segmentos e nichos de mercado, são eles: 1. ALBERGUES INDEPENDENTES (independente hostels): são aqueles caracterizados por tarifas reduzidas, espaços comuns e partilha de dormitórios, mas que não são afiliados a HI (Hostelling International); 2. ALBERGUES BOUTIQUES (boutique hostels): caracterizam-se por estarem associados a princípios de artes, arquitetura e design. Logo, costuma atrair
indivíduos interessados nesses campos; 3. ALBERGUES ECOLÓGICOS (eco hostels): são aqueles planejados e geridos dentro dos princípios do ecoturismo, com práticas e operação associadas à sustentabilidade ambiental, social e econômica 4. ALBERGUES DE SURFE (surf hostels): voltados aos turistas praticantes de surfe, possuem facilidade como aluguel de equipamentos e acessórios ligados ao esporte; 5. ALBERGUES MÓVEIS (mobile hostels): não possuem uma localização fixa, itinerantes, mudam de local de acordo com a demanda 6. ALBERGUES DE NEGÓCIOS (business hostels): são aqueles com características voltadas ao turismo de negócios, mas que prefere o clima despojado de um albergue. Contam sempre com quartos individuais ou duplos com banheiro privativo, com ambiente mais sóbrio e menos festas; 7. ALBERGUES LGBT (gay friendly hostels): apesar de não possuírem muitas diferenças em suas características físicas, esse tipo de albergue, ao deixar claro que pertence a essa categoria, acaba por atrair o público LGBT – lésbicas, gays, travestis, transexuais e transgêneros. (RITUR - Revista Iberoamericana de Turismo; v. 5, n. 1 (2015); 54-78)
Em suma, através da segmentação do negócio fica evidente uma crescente tendência de inserção dos albergues nos centros urbanos, por isso tem-se diversas tipologias a fim de atingir o maior público possível, que em muitos casos, ultrapassam a proposta inicial dos albergues da juventude, ao receber turistas das mais variadas faixas etárias com motivações distintas. É o caso do Business Hostel, selecionado para conceituar a tipologia de albergue do presente memorial.
Imagem 15. Fonte: Blogspot.
35
4.6
levantamento dos hostels em campinas
Na área escolhida para o projeto existe 1 Hostel Business e 6 Hotéis com até 3 estrelas. Também foi encontrado 1 Hostel na região, conforme mapa.
De acordo com o Hostel Central Brasil (figura 13) e o Hostel Norte Sul (figura 14), pontuados no mapa anterior, a idade da maioria das pessoas que se hospedam em seus serviços variam de 20 a 40 anos, na sua maioria homens em busca de um local barato, confortável e acessível para se hospedar.
Saindo da região de projeto, olhando para Campinas como um todo, encontramos mais 6 Hostels, que são: • • • • • •
36
A procura é grande quando acontecem shows, apresentações de teatros, musicais e entre outros eventos na Cidade. Já em datas normais, a procura, em sua maioria, são de trabalhadores que estão em viagem a trabalho ou vieram para conhecer a cidade e estão a passeio.
Hostel 3MD; Deck Hostel Taquaral; Hostel Michael Jackson; Hostel Barão Unicamp; Campinas Hostel; Hostel de Luz. hostel
endereço
pernoite
Mr Hostel Business Lodge
Av. Moraes Sales 1445, Cambuí
R$ 147,00
Hostel Central Brasil
Rua Doutor Sales de Oliveira, 878
R$ 40,00
Hostel Norte Sul
Rua Falcão Filho, 89 - Botafogo
R$ 50,00
hotel 3 ESTRELAS
endereço
pernoite
Hotel Dan Inn Cambuí
Av. Júio de Mesquita, 139 - Cambuí
R$ 200,00
Hotel Sonotel Glicério
Av. Francisco Glicério, 1444 - Centro
R$ 117,00
Park Tower Hotel Residence Rua Duque de Caxias, 443 - Centro
R$ 130,00
Vitória Hotel Residence Newport
Rua Santos Dumont, 291 - Cambuí
R$ 220,00
Hotel Opala Regente
Rua Regente Feijó, 1408 - Centro
R$ 180,00
OYO Park Tower Hotel Campinas
Rua Duque de Caxias, 443 - Centro
R$ 180,00
Os dois Hostels foram adaptados para o programa. Antigamente, no Hostel Central Brasil se localizava uma loja, já o Hostel Norte Sul era uma residência familiar. Já o Mr. Hostel Business Lodge (figura 15) é o único localizado na cidade de Campinas voltado para área trabalhista. Hospedando também em sua maioria homens, de 30 a 40 anos, que estão em busca de um local agradável e barato para se hospedar em viagens a trabalho e foi pensado em um programa antes da construção. Todos declinaram o seu faturamento por conta do Covid-19.
Imagem 16: Hostel Norte sul. Fonte: Google Maps.
n
Mapa 1: Hostel/Hotel em Campinas. Fonte: Autoria própria.
Imagem 13: Hostel Central Brasil. Fonte: Google Maps.
Imagem 17: Mr. Hostel Business Lodge. Fonte: Google Maps.
37
Uma curiosidade é que existe um Hostel localizado na Rua Valdemir Pereira 253 - Parque Anhumas, Campinas que é totalmente decorado com imagens, objetos (figura 16) e textos contando a vida do cantor Michael Jackson. O Hostel acomoda até 9 hóspedes e a proprietária Kátia de Almeida Bellomo tem o sonho de acomodar os fãs do rei do pop, onde tenham o interesse de passar um tempo lendo, escutando e estudando a vida do cantor (figuras 17 e 18)
4.7 MATERIAL CONSTRUTIVO: CONTAINERS Container é uma caixa muito resistente que apresenta diversas dimensões, inicialmente criada para o transporte de cargas em navios.
Imagem 19: Objetos Decorativos Hostel. Fonte: Uol
Essa caixa é projetada pensando no transporte de um grande número de cargas para o mundo todo e para aguentar por um bom tempo o ambiente marítimo, sendo fabricada para ser resistente a chuva, incêndio e maresia, fator que corrói a maioria dos materiais. É projetado também pensando em proporcionar total segurança, atendendo todas às condições técnicas e de segurança exigidas pelas legislações. Por isso, na maioria das vezes, o Container é construído de aço, mas pode ser feito também de alumínio ou fibra de vidro extrudada. No Brasil, a norma da ABNT que regulariza e identifica o container é a NBR ISO nº 6346. Essa norma proporciona um sistema para identificação (documentação, controle e comunicações), a apresentação de informações sobre contêineres de carga e seus métodos de identificação. O container possui definição no Artigo 4º do Decreto nº 80.145 de 15 de agosto de 1977, que diz: O mais utilizado na construção civil é o Dry e Reefer. Para saber identifica-los, segue a baixo uma lista de todos os tipos de containers existentes.
Imagem 18: Piscina Hostel. Fonte: Uol
Imagem 20: Quarto Hostel. Fonte: Uol
38
Imagem 21: Containers Empilhados. Fonte: Archdaily
39
4.7.1 tipologia de CONTAINERS
40
Container Dry
Container High Cube ou HC
É o container mais popular e o mais versátil que existe. Sua estrutura é feita de aço cortem. Suas paredes apresentam apenas 2,6mm de espessura. Seu piso original, sem alterações, possui 30mm de espessura e é feito de compensado naval. Pode ser construído de diversos tamanhos, mas as mais utilizadas são de 20 pés (6 metros) e 40 pés (12 metros), com a altura de 2,60 metros.
Ele é parecido com o Container Dry. A única coisa que muda é a sua altura, apresentando 2,90 metros. Por ser 30 centímetros mais alto, ele é indicado para carregar uma maior quantidade de mercadorias, ou, para estruturas de projetos residenciais, alojamentos, restaurantes, entre outros.
Imagem 22: Container Dry. Fonte: Mirandacontainer.
Imagem 23: Container High Cube. Fonte: Mirandacontainer
Container Reefer ou container refrigerado Junto ao módulo de container, acompanha uma máquina de refrigeração completa. Sua estrutura pode ser feita de Aço Cortem ou de Alumínio. É revestido com painéis de espuma de poliuretano com a espessura de 10 cm. Geralmente é usado para carga de produtos perecíveis, por apresentar baixa temperatura interna.
Imagem 24: Container Reefer. Fonte: Mirandacontainer
Container Open Top Mais conhecido como teto aberto, é recomendado para transporte de cargas grandes que não conseguem passar pela porta ou de mercadorias que não podem ficar totalmente fechadas. Seu teto é coberto apenas por uma lona e seu piso é de madeira. As medidas e estruturas seguem o padrão de containers dry.
Imagem 25: Container Open Top. Fonte: Mirandacontainer
41
Container Open Side
42
Muito parecido com o Open Top. A diferença é que o Open Side possui uma das laterais abertas, ou seja, apresenta apenas três paredes. As medidas e estruturas seguem o padrão de containers dry.
Container Bulk ou Graneleiro
É projetado para o transporte de cargas a granel, por isso, possui aberturas e escotilhas para carregamento e descarregamento de cargas. Segue também os padrões de estrutura do container Dry.
Container Ventilado
Container Flat Rack
Imagem 26: Container Open Side. Fonte: Mirandacontainer
Imagem 27: Container Bulk. Fonte: Mirandacontainer
Imagem 28: Container Ventilado. Fonte: Mirandacontainer
Imagem 29: Container Flat Rack. Fonte: Mirandacontainer
É projetado para cargas que precisam ventilar, onde encontramos no teto e nas laterais pequenas aberturas para a circulação do ar. Sua estrutura é a mesma de um container Dry.
Sua estrutura é composta apenas pelo piso e duas laterais, ou seja, é uma mistura do Open Top e do Open Side. É muito comum para grandes cargas que extrapolam seu limite de altura e largura.
43
12,0m
Container hc As figuras 28 e 29 , mostram os dois tamanhos mais utilizados de Container para a construção civil. O Contêiner, também chamado de container ou 2,89m contentor, é uma caixa de aço muito bem estruturada, originalmente usada apenas no transporte marítimo e terrestre de mercadorias. A ideia de transformar essa caixa de transporte em moradia começou no início dos anos 1990, na Inglaterra, onde com o passar do tempo e com a nova visão do Homem de querer estar cada dia melhor relacionado com o meio ambiente, começamos a utilizar essa caixa a nosso favor na construção civil.
componentes estruturais do container
CONTAINER HC 40 PÉS 6,0m
As construções em contêiner vem ganhando fama no mercado, por causa do seu aspecto inovador e sustentável.
2,89
É considerado um projeto sustentável porque, em primeiro momento, a vida útil de um contêiner no mercado náutico é de 8 anos, enquanto na verdade, a sua vida útil em terra está em torno de 100 anos, o que gera em média 92 anos de “inutilidade forçada”, por isso, há um enorme número de contêineres vazios ao redor do mundo sendo caracterizados como lixo. Em outros planos, podemos analisar sua sustentabilidade por meio de, redução de entulho, fluxo de construção ágil, economia de recursos naturais (como de areia, tijolo e cimento) a reutilização do material, menor volume de lixo e durabilidade do material. Nas paredes laterais dos containers, junto com o estudo de ventilação e iluminação, será utilizado materiais, como lã de rocha, para o isolamento térmico e acústico dos mesmos, fazendo com que não haja a necessidade do uso de ar condicionado dentro dos ambientes, contribuindo para o baixo consumo de energia. 44
CONTAINER HC 20 PÉS
2,45
2,45
2,89
2,89
Vista Frontal (ambos os tipos: 20 e 40 pés) Imagem 30: Dimensões do container Fonte: Elaborado pela autora
Vista Posterior (ambos os tipos: 20 e 40 pés)
Imagem 31: Componentes container Fonte: Mi Urey, 2018
45
isolamento térmico e acústico
componentes auxiliares do container
Como já demonstrado, os containers são equipamentos majoritariamente utilizados para transporte de cargas, por esse motivo sua produção não é diretamente voltada para a construção civil, portanto são necessárias algumas adequações para que o uso desta tecnologia seja eficaz no canteiro de obras. Um dos pontos que necessitam de adequação é a questão do conforto térmico dentro dos containers. Para solucionar a problemática do calor ocasionada pelas chapas metálicas em contato com o sol é a inserção de paredes de drywall nos ambientes internos com isolamento termoacústico. Esta tipologia de isolamento em projetos de container são de extrema importância, pois através dela pode-se solucionar a questão do conforto. Atualmente existem diversas tipologias de isolamento no mercado da construção civil, muitos garantem eficácia e não só em projetos de container mas em construções de modo geral. Dentre os materiais os mais utilizados são: isopor, lã de rocha, lã de vidro e lã de pet. Sendo esta última feita por matéria prima de garrafas pet recicláveis que por hora são até mesmo descartada no meio ambiente. O sistema de isolamento no container acontece através de um conjunto chamado “sanduíche” que tem por intuito revestir as paredes internas, onde uma combinação entre a chapa do container, material isolante e a placa de drywall são capazes de conter parte do calor. O drywall é fixado no container através de perfis metálicos e envoltos por placas, geralmente drywall, como por exemplo a figura ao lado. Imagem 32: Componentes container Fonte: Mi Urey, 2018 46
Imagem 33: Camadas de isolamento Fonte|: My container Home
47
5 Imagem 34: Containers.Fonte: Pinterest.
^
referencias de projeto
5.1
ccasa hostel | tak architects
O Ccasa Hostel é um Albergue de apenas 195m², localizado na cidade de Nha Trang, no Vietnã, a aproximadamente três quilômetros do centro da cidade costeira e alguns minutos até a praia, andando a pé. Por se tratar de uma cidade turística, os arquitetos do escritório TAK Architects optaram por um projeto moderno, onde transformaram contêineres reciclados em alojamentos, mantendo a sua estética industrial. Tendo o propósito de se transformar em uma “casa de família”, o projeto conta com alguns espaços compartilhados, como a cozinha, banheiros, sala de estar e um terraço com salas de jogos e grandes redes de descanso acompanhada com uma incrível vista da cidade, sendo observada através de elementos vazados para rua, fazendo com que o público se relacione e gere um ambiente agradável de se hospedar, com o lema de que “todo mundo pode se conectar a uma grande família”. O projeto é constituído pelos setores A, B e C. Onde se localizam as acomodações, o serviço e os banheiros sucessivamente. O setor de acomodação apresenta três blocos diferenciados pelas três cores primárias, uma em pavimento. Cada pavimento é formado pelo conjunto de 3 contêineres, onde cada um recebe o nome de cabine. O primeiro bloco, localizado no térreo é representado pela cor azul, apresentando 3 beliches em cada cabine. No segundo andar, representado pela cor vermelha, estão localizadas as cabines com 2 beliches. Já no terceiro andar, encontramos as cabines familiares. Todos os blocos possuem armários individuais com chaves, para que os hóspedes possam deixar os seus pertences pessoais e camas particulares com cortinas, pensando em manter a privacidade na hora de dormir. No segundo setor, encontramos uma estrutura de aço e chapas de metal pintadas de preto, criando um espaço para a sala de funcionários e uma pequena loja, localizadas no segundo andar da recepção.
50
Os banheiros, identificados pelo setor C, são compartilhados e interligados com o setor A. Projetados por 3 pavimentos, foram construídos de maneira tradicional com alvenaria, pintada de branco e concreto. Em cada andar foram distribuídos 3 vasos sanitários, 3 chuveiros e 3 pias, atendendo todos os hóspedes. As pias foram fabricadas de cimento fundido e em específicos pontos da paredes, se posicionam blocos perfurados padronizados, permitindo a passagem do ar fresco. Com a preocupação, a todo momento, de criar um ambiente com uma boa iluminação, circulação e qualidade de ar, ao querer conectar os setores A e C, o escritório de arquitetura decidiu apostar em corredores abertos, com placas de metal na cobertura e, no último andar, a presença de uma rede gigante, cobrindo o “espaço vazio” do corredor aberto e criando um espaço para o hóspede relaxar de uma maneira diferente. Uma árvore ao centro e uma pérgola com vegetação, que envolve todo o albergue, se posicionando como uma “segunda pele”, protegendo a luz solar direta e tornando o clima refrescante para que os hóspedes sintam essa conexão com a natureza, estando em um ambiente sustentável.
Imagem 35: Terceiro Pavimento. Fonte: Archdaily
Para alcançar o objetivo de projetar de maneira sustentável, o TAK Architects utilizou uma tela feita de cestas de tecido plano, junto com estruturas de aço e chapas pintadas de preto para cercar o Hostel, ao invés de alvenarias convencionais. Utilizaram também janelas de madeiras velhas recicladas e ladrilhos de cimento rústico. Na entrada do hostel, ou seja, no térreo encontramos um Loby ao lado da recepção, um pequeno estacionamento, áreas de convívio, espaço business com computadores e uma lavanderia compartilhada, tendo acesso pelo banheiro.
Imagem 36: Segundo Pavimento. Fonte: Archdaily
Imagem 37: Área de convivência. Fonte: Archdaily
51
Imagem 38: Recepção. Fonte: Archdaily
Imagem 39: Segundo Pavimento. Fonte: Archdaily
52
Imagem 41: Planta térrea. Fonte: Archdaily
Imagem 40: Área de lazer. Fonte: Archdaily
Imagem 42: Corte. Fonte: Archdaily
Imagem 43: Corte. Fonte: Archdaily
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5.2 CITE A DOCK STUDENT HOUSING O “Cité A Docks Student Housing” é um projeto de moradia estudantil feito pelo escritório Cattani Architects, e fica localizado em Le Havre, na França. São 100 apartamentos de 25m², feitos com containers marítimos estruturados por peças metálicas, que formam espaços para circulação e varandas para os usuários nos quatro pavimentos do complexo. O projeto foi construído em um terreno cedido pela Câmara Municipal e financiado pelo Estado, para ser uma moradia estudantil com aluguéis reduzidos. Cada apartamento possui 24m² e inclui banheiro e cozinha. O elemento tomado como referência desse projeto são as estruturas metálicas que sustentam todas as unidades do Container. A estrutura é autoritária e os containers são encaixados como se fosse gavetas. Este elemento foi tomado como referência no projeto do Hostel Container.
Imagem 44: Vista Frontal Fonte: Archdaily. 54
Imagem 45: Vista frontal e sistema estrutural Fonte: Archdaily.
Imagem 46: Sistema Estrutural. Fonte: Archdaily.
Imagem 47: Implantação do Projeto Fonte: Archdaily.
55
5.3 Hostel Container / Artikul Architects Esse projeto é um pequeno Hostel móvel, muito versátil, construído a partir de containers usados. Sua primeira instalação foi para um acampamento de surfe no Rio Elba, na República Checa. Pensando no nomadismo moderno, o Hostel foi projetado em 3 containers, um de 12 metros e os outros dois de 6 metros cada, apresentando 5 dormitórios, com a capacidade máxima de 13 hóspedes. Os containers são posicionados em cima de trilhos de trem e são conectados em uma única fonte de energia elétrica. No térreo, foi posicionado os banheiros, com ducha e vaso sanitário, uma sala técnica compartilhada e um dormitório com 4 camas. No andar superior, encontramos 4 dormitórios compartilhados , todos eles apresentam a sua faixada frontal de vidro, permitindo que haja interação do ambiente interno com a natureza. Para chegar aos quartos superiores, é preciso passar por uma varanda compartilhada, onde oferece um convívio saudável dos hóspedes, fabricada de madeira, com cordas e redes. No verão, é colocado um toldo em toda a parte aberta da varanda para que não haja incidência direta do sol nos quartos.
Imagem 49: Hostel Contêiner. Fonte: Archdaily.
Imagem 51: Planta 1º pavimento. Fonte: Archdaily.
Imagem 50: Sacada. Fonte: Archdaily.
Imagem 52: Planta Térreo. Figura X Fonte: Archdaily.
Todos os cosméticos oferecidos pelo Hostel são biodegradáveis.
Imagem 48: Camas Térreas. Fonte: Archdaily.
56
57
6 Imagem 53: Containers.Fonte: Pinterest.
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area de ~ intervencao macroescala
6.1
~
insercao regional brasil
São Paulo
RMC SP
n
n
Sem escala
Mapa 2. Fonte: Autoria própria.
Sem escala
Mapa 4. Fonte: Autoria própria.
campinas
região metropolitana de campinas
O município é o maior dentre sua região Metropolitana, tanto em expansão territorial quanto em habitantes. De acordo com a Fundação Seade (2010), o município ocupa a 13ª posição no PIB nacional, com um total de R$ 36,6 bilhões, superior à 73,7% em relação à média nacional. Dentro do Estado, Campinas possui PIB inferior apenas à capital. O Plano Municipal de Habitação aponta que “o crescimento de setores de serviços e comércio tem contribuído para dinamizar o setor imobiliário reforçando o papel de pólo regional”.
n
Sem escala
Mapa 3. Fonte: Autoria própria. n
Sem escala
Mapa 5. Fonte: Autoria própria.
Área de estudo
verticalização e uso extremamente multifuncional, com comércios, serviços, lazer, instituições e moradia de alta renda. Possuindo infraestrutura e uso diurno e noturno.
Mapa de setores da área de estudo
Setor 3: Centro expandido: Área que apresenta as mesmas características do centro porém com maior verticalização e edifícios. Setor 4: Centro Antigo: Área inicial de formação da cidade que passou por diversas transformações e atualmente abriga uma diversa variedade de comércios e serviços, apresentando também grande concentração de patrimônios e fluxo intenso. Setor 1: Av. Norte e Sul
Setor 2: Rua Maria Monteiro
Imagem 54. Fonte: Acervo pessoal.
Imagem 55. Fonte: Acervo pessoal.
A cidade conta ao todo com cerca de 1.204.073 habitantes (IBGE, 2019), sendo bem adensada com 1.497,11 habitantes por quilômetro quadrado, ocupando o terceiro lugar no ranking de municípios mais populosos de São Paulo. O recorte escolhido para projeto engloba dois bairros, Centro e Cambuí. As vias são as principais responsáveis pelos limites da nossa área. Ambos os bairros possuem acessos facilitados com uma mobilidade muito eficaz e contam com uma infraestrutura urbana bem robusta. Apesar de existir essa divisão que segue a delimitação dos bairros, foi realizada uma divisão considerando a percepção, pontuadas como:
Campinas
60
A área escolhida está situada em Campinas, um município brasileiro localizado na região sudeste do país, no interior do Estado de São Paulo, distante aproximadamente 100 km da capital. Possui aproximadamente 800 km² de território, sendo apenas 238.323 correspondentes a perímetro urbano, o restante a zona rural.
Setor 3: Av. Julio de Mesquita
Setor 4: Av. Moraes Sales
Setor 1: Cambuí expandido: Área que vem passando por uma transformação, se consolidando seguindo as características do Cambuí, com uso multifuncional, verticalização e concentração de moradias de alta renda. Setor 2: Cambuí consolidado: Área que apresenta grande
n
Imagem 56. Fonte: Acervo pessoal.
Imagem 57. Fonte: Acervo pessoal.
Mapa 6: Setores. Fonte: Autoria própria.
Escala 1:20.000
61
´
´
6.2 historico da area A formação da cidade de Campinas tem início no período Colonial, na primeira metade do século XVIII, a partir da instalação de pequenas propriedades com atividades agrícolas de subsistência. No fim do século XVIII esta atividade foi substituída pela produção da cana de açúcar, culminando no surgimento de grandes latifúndios e engenhos, e nas primeiras décadas do século XIX, dá-se o início da produção de café. A riqueza proveniente de ambas produções agrícolas conferiu à região importância no cenário paulista, atraindo investimentos e novos habitantes, intensificando seu crescimento e desenvolvimento.
Este foi um momento de ruptura no centro de Campinas, com a substituição do velho pelo novo. Os tradicionais três largos estruturados do centro da cidade perdem a sua importância para as novas avenidas. O fluxo de veículos, de mercadoria e de pessoas é protagonista. No decorrer dos próximos anos, a partir da década de 1960, com a criação de novas indústrias houve novamente aumento de oferta de empregos na cidade, tal fator enalteceu a cidade de Campinas perante o cenário econômico nacional. Em 1971 com o crescimento populacional da cidade foi proposto o plano diretor de desenvolvimento integrado (PDDI), com a implementação de novos eixos viários e vias expressas, com prioridade ao automóvel, formando assim a atual estrutura viária de Campinas.
No fim do século XIX, a implantação do sistema ferroviário se torna de extrema importância para o escoamento da produção cafeeira de Campinas e região. O crescimento urbano voltouse então em direção a estação ferroviária da cidade, a FEPASA, ponto onde se instalaram as classes baixas e operária. Ao mesmo tempo, a elite se dirigia em direção ao Cambuí.
Atualmente, o centro de Campinas é caracterizado pela convivência entre área de moradia, lazer a atividades econômicas. Sua importância histórica e posição como ponto de convergência de grande parte dos deslocamentos, com uma grande oferta de comércio, serviços e empregos fez com que fosse um dos polos de desenvolvimento estipulados pelo Plano Diretor Estratégico da cidade.
Na virada do século XX o desenvolvimento industrial chega a Campinas e a malha urbana da cidade começa a crescer novamente após a grande epidemia de febre amarela. Ainda, no mesmo período a produção cafeeira começa a cair em declínio, a partir deste momento inicia-se a primeira fase de industrialização. Com o desenvolvimento industrial, houve aumento na oferta de empregos, desencadeando o crescimento populacional e demanda por habitações na cidade. De acordo com Dezan (2007), as ruas estreitas com características do período colonial não eram mais compatíveis com o período industrial. Desse modo em 1938, um plano de melhoramentos urbanos é implantado na cidade, Prestes Maia foi responsável por dirigi-lo, ele então começa a adequar a cidade à modernidade, caracterizando a segunda fase da industrialização com a proposta de alargamento de ruas e avenidas, afim de dar espaço ao transporte automotivo.
1934
1900
1828
Mapa 7: Crescimento urbano de Campinas. Fonte: ROXO, 2013.
62
1842
Mapa 8: Sistema de parques no Plano de Remodelação da Cidade de Prestes Maia de 1829. A planta apresenta anotações manuais assinadas por Prestes Maia. Documento apresentado por Luíz Cláudio Bittencourt, pertencente ao Arquivo da Câmara Municipal de Campinas. Fonte: BITTENCOURT, Luiz Cláudio. “Campinas Centro Histórico: Rupturas e (Dês) continuidades”; Oculum Ensaios – Revista de Arquitetura e Urbanismo . Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC Campinas. Número 2, janeiro 2002, pg. 135.
63
´ 6.3.levantamentos urbanisticos Mapa de gabarito
Sobre o gabarito da área de estudo podemos observar que se trata de uma área com número elevado de pavimentos e edificações majoritariamente verticalizadas. Cabe destacar que no centro velho é a região onde podemos encontrar a menor incidência de edifícios verticalizados.
Quanto ao uso e ocupação do solo, a área abrange uma grande varieda de usos dentro de seu território. Pode-se dizer que a área central abrange a maior parte dos comércios e serviços, e a região do Cambuí abriga a maior parte das residências e conta com comércios de suporte imediato como farmácias e mercados.
Mapa de uso e ocupação
Vazio Uso misto Serviço Estacionamento Comércio Residencial
n Escala 1:20.000 Mapa 9: Gabarito. Fonte: Grupo Projeto Integrado.
64
1 a 2 pavimentos
Institucional
3 a 5 pavimentos
Área de preservação
6 a 9 pavimentos
Praças
10 ou mais pavimentos
Canteiros
n
Mapa 10: Uso e ocupação do solo. Fonte: Grupo Projeto Integrado.
Escala 1:20.000
65
n Escala 1:20.000 Mapa 11: Cheios e vazios e morfologia urbana. Fonte: Grupo Projeto Integrado.
66
01- Largo do Pará 02- Prof. Silva Simões Magro 03- Praça Augusto Cesar 04- Praça Ralph Stettinger 05- Praça Rui Barbosa 06- Praça José Bonifácio 07- Praça Guilherme de Almeida 08-Largo do Rosário 09- Praça Carlos Gomes 10- Centro de Concicência 11- Praça Bento Quirino 12- Praça Santa Cruz 13- Praça José Alves Teixeira Nogueira 14- Praça Pedro Magalhães Junior
CULTURAIS
PERMANÊNCIA
O cambuí expansão possui as quadras mais quadradas, e ortogonais. Podemos ver uma disparidade em relação ao centro velho que possui quadras mais orgânicas sem uma padronização de medidas.
01- Escola Infantil Paraiso 02- Escola Estadual Francisco Glicério 03- Colégio Presbiteriano Eduardo Lane 04- Escola Estadual Humberto de Campos 05- Centro Educacional Castel 06- Escola Estadual Carlos Gomes 07- ESAMC 08- Curso Poliedro 09-Curso Medicina 10- Objetivo 11- Colégio Progresso Bílingue Cambuí 12- E.E. Professor João Loureço Rodrigues 13- Faculdade Ciências Letras 14-USF 15- Cultura Inglesa 16- Pica-pau Escola Infantil 17- UNIP/Colégio Objetivo 18- ETEC Bento Quirino
01- Catedral São Benedito 02- Museu da Imagem e do Som 03- Catedral Metropolitana 04- Templo Votivo do Santíssimo Sacramento 05- Basílica Nossa Senhora do Carmo 06- Praça José Bonifácio 07- Museu Universitário da PUC
COMERCIAIS
No mapa ao lado encontrase evidenciado a tipologia morfológica de cada setor.
INSTITUCIONAIS
Através do mapa de cheios e vazios é possível analisar a morfologia da área em questão.
01-Mercado Minuto 02- Shopping Jaraguá Conceição 03- Mercado Pão de Açúcar 04- Mercado Municipal 05- Carrefour Bairro 06- Rua 13 de Maio
SERVIÇO
mapa de pontos de interesse
01- Tribunal Regional do Trabalho da 15 Região 02- Sede Administrativa Tribunal Regional do Trabalho 03- Palácio da Justiça 04- Fórum 05- INSS 06- Prefeitura
SAÚDE
Mapa de cheios e vazios e morfologia urbana
01- Casa de Saúde de Campinas 02- Hospital e Maternidade Santa Tereza 03- Hospital Irmãos Penteado, Santa Casa Ciclovia Norte e Sul
n Escala 1:20.000 Mapa 12: Pontos de interesse. Fonte: Grupo Projeto Integrado.
67
Percentual de infraestrutura
91 - 160 hab/ha
n
161 - 2139 hab/ha n
Escala 1:50.000
Escala 1:50.000
Alfabetização
renda/salário mínimo
Mapa 13. Fonte: Prefeitura Municipal de Campinas
Mapa 15. Fonte: Prefeitura Municipal de Campinas
Sem registro
Sem registro
98,3%
1,4 - 3,5
96,5 - 98,3%
3,5 - 5,1
93,3 - 96,5%
5,2 - 8,1
80 - 96,3%
8,2 - 44,3
De modo geral pode-se dizer que a região possui uma mescla de faixa etária, possui densidade alta, a maioria dos moradores locais são alfabetizados e a renda ultrapassa 8 salários mínimos. Sendo assim, torna-se possível concluir que a população moradora da zona pertence à classe média alta, inclusive a população que circuncida o terreno no qual será implantado o Dog Park.
40% 30% 20%
Bom
10%
Ruim
0%
Gráfico 3: Percentual de infraestrutura. Fonte: Secretaria Municipal de Comercio, Indústria, Serviço e Turismo. Prefeitura Municipal de Campinas. SANASA.
Pontos de alagamento Rua Coronel Quirino
n
Escala 1:50.000
Mapa 14. Fonte: Prefeitura Municipal de Campinas
68
n
Escala 1:50.000
Mapa 16. Fonte: Prefeitura Municipal de Campinas
Ponto de ônibus sem abrigo
60 anos ou mais
50%
Alagamento
63 - 90 hab/ha
60%
Coleta de lixo
46 a 60 anos
70%
Energia elétrica
35 - 62 hab/ha
80%
Áreas com iluminação pública
31 a 45 anos
90%
Áreas vulnerabilidade
0 - 34 hab/ha
mapa de infraestrutura
100%
Água encanada
16 a 30 anos
Através do levantamento dos dados censitários da região torna-se possível reconhecer melhor o território. Através de dados como faixa etária, densidade, taxa de alfabetização e renda, é possível traçar um perfil de moradores do local e pensar em propostas projetuais cabíveis para tais.
Ruas pavimentadas
densidade
Ruas irregulares
faixa etária
Esgoto tratado
dados censitários
Avenida Anchieta Rua Barão de Jaguara
1 2 3
Pontos de ônibus sem abrigo
n
Pavimentação precária Iluminação precária
Escala 1:20.000 Mapa 17: Infraestrutura. Fonte: Grupo Projeto Integrado
69
Mapa de HIERARQUIA viária e fluxos de veículos
mapa de fluxo de pedestres A zona de estudo possui característica particulares quanto a dinâmica de sua distribuição viária e de fluxos. Por se tratar de uma zona central a área coleta o trânsito praticamente de toda a cidade de Campinas. Desse modo, possui grande quantidade de vias arteriais e coletoras, e ainda conta com vias expressas para possibilitar maior fluídez no trânsito. O bairro Cambuí possui uma dinâmica diferente da vista na zona do miolo central, entretanto, ainda assim possui fluxos intensos de veículos, principalmente em pontos que são interligados com importantes vias de acesso, como a Avenida Orosimbo Maia e Avenida Norte Sul. A zona ainda, lida com a questão da migração pendular vivênciada na cidade, pois o centro é o ponto de ligação entre terminais rodoviários e de transporte público, acarretando desse modo zonas críticas de congestionamento como as demonstradas no mapa ao lado.
A circulação de pedestres na região central é intensa, principalmente entre os eixos que interligam os terminais da região. No bairro Cambuí o fluxo de pedestre se dá entre os comércios do local, como restaurantes, farmácias, dentre outros. Ainda, observa-se que no Cambuí o fluxo por moradores locais é mais intensificado, é possível analisar ainda a presença de pedestres que andam no local com seus animais de estimação, tal fator também estimula o fluxo no local. FLUXO INTENSO DE PEDESTRE Os fluxos de maior intensidade acontecem nos trajetos entre terminais e corredores de ônibus, pois eles atuam como articuladores na mobilidade da cidade. Ainda que a Rodoviária e o Terminal Central não abranja a área de estudo eles impactam diretamente as ruas com os maiores fluxos analisados, por serem os principais pontos de indução ao uso do transporte público. Outro fator intensificador do fluxo é a grande densidade de atividades comerciais na área, como exemplo citamos a Rua 13 de Maio, conhecida por ser o principal eixo comercial da cidade, possui boa infraestrutura e iluminação que auxilia na sensação de bem estar ao pedrestre FLUXO INTERMEDIÁRIO DE PEDESTRE Durante a análise identificamos também fluxos intermediários de pedestres. Eles se caracterizam tanto em áreas do Cambuí quanto no centro antigo. Eles em sua maior parte acontecem em trechos que possuem caráter comercial ou educacional. Assim como na primeira análise, elementos propiciadores de uso ao transporte público como pontos de ôni bus intensificam o trajeto de pedestres.
Vias expressas e sentio dos fluxos mais intensos Vias arteriais e sentido dos fluxos mais intensos
n
Via coletora Escala 1:20.000
Mapa 18: Hierarquia viária e fluxos de veículos. Fonte: Grupo Projeto Integrado
70
Via local Pontos críticos
FLUXO MODERADO DE PEDESTRE O fluxo moderado de pedestres acontece em áreas com características diversas. No caso da região do Cambuí, a grande quantidade de edifícios residenciais intensificam os fluxos de ida e vinda a comércios de suporte imediato, como supermercados, farmácias e padarias, já no centro as ruas que interligam pontos de interesse e pontos de permanência demarcam bem esse tipo de fluxo. FLUXO DE PEDESTRES E PERMANÊNCIA NOTURNA Outra característica da área de estudo, são as atividades noturnas. Identificamos os principais trechos desse tipo de fluxo, concentrado principalmente no bairro Cambuí. A rua Padre Almeida chega a ser conhecida popularmente como ‘‘rua dos bares’’ por possuir grande oferta de bares, restaurante e casas noturnas.
n Escala 1:20.000 Mapa 19: Fluxo de pedestres. Fonte: Grupo Projeto Integrado
71
Mapa de transporte coletivo No que se trata de transport público, a zona de estudo possui papel fundamental. Ela conta com importantes terminais de ônibus e ainda localiza-se próximo ao Terminal Rodoviário Metropolitano da cidade de Campinas. Ainda, dentro da área, podemos visualizar corredores exclusivos ou preferenciais para circulação dos ônibus, fator que torna o centro um local de passagem para muitos usuários, que o utilizam apenas como meio de interligação entre seus lares e trabalhos, por exemplo. O terreno de inserção projetual conta com a presença de transporte público em suas dependências. DIVISÃO DAS LINHAS DE ÔNIBUS POR CORES
ÁREA 1 Regiões: Ouro Verde, Vila União, Corredor Amoreiras, Campo Belo e Aeroporto Viracopos. ÁREA 2 Regiões: Campo Grande, Padre Anchieta e Corredor John Boyd Dunlop ÁREA 3 Regiões: Barão Geraldo, Souzas, Amarais, Rodovia Campinas - Mogi Mirim e Corredor Abolição
Fonte: EMDEC.
´ ´ 6. 4.DIAGNOSTICO urbanistico O diagnóstico voltado para mobilidade demonstrou que há um intenso fluxo de pedestres em zonas com caráter primordialmente comercial, criando um importante eixo de conexão entre o bairro cambuí e centro. As vias principais são bem estruturadas e tem o papel de hierarquizar os fluxos distribuidos. Entretanto falta qualificação do espaço como a falta de arborização. Ainda, identificamos pontos de congestionamento, ocasionados pelo fluxo intenso de veículos particulares em áreas onde o tráfego de transporte público é intenso. Por fim, devido a concentração de áreas verdes, equipamentos urbanos, patrimônios históricos e vasta oferta de comércios e serviço faz com que uma zona da área de estudo esteja suscetívcel a permeabilidade urbana. O diagnóstido voltado para a infraestrutura identificou áreas propensas a serem inseguras devido principalmente a falta de iluminação noturna e também edifícios que propiciem o uso. Uma potencialidade voltada para a infraestrutura é o uso noturno identificado no bairro Cambuí.
ÁREA 4 Regiões: Nova Europa, Jambeiro e Estrada Velha de Indaiatuba
Ausência de áreas de permanência e praças
Terminal Mercado Pontos de ônibus com as cores das linhas que passam por ele
n
Quantidade de linhas de ônibus por rua ou avenida
Escala 1:20.000 Mapa 20: Transporte coletivo. Fonte: Grupo Projeto Integrado
72
3 - 10 linhas de ônibus 11 - 20 linhas de ônibus
40 -50 linhas de ônibus 51 - 70 linhas de ônibus
MAPA DE DIAGNÓSICO DA ÁREA
Fluxo de pedestres em eixo comercial Barreira Urbana
Fluxo de Pedestres entre terminais Focos de congestionamento
Área suscetível à alagamentos Concentração de uso noturno
n
Alto índice de criminalidade Região com potencial a criação de novos percursos permeáveis
Mapa 21: Diagnóstico. Fonte: Grupo Projeto Integrado
Escala 1:20.000
73
7 Imagem 58: Containers.Fonte: Pinterest.
terreno do projeto microescala
7.1. justificativa do terreno O terreno escolhido para o projeto está localizado no Centro antigo de Campinas, na rua Ferreira Penteado, número 461. Atualmente, ele está sendo utilizado como um estacionamento, apresentando apenas uma fachada, delimitada pela rua Ferreira Penteado. Ele pode ser considerado como subutilizado, pois abriga um estacionamento privado. Logo, por estar inserido na malha urbana central de Campinas, local dotado de grande potencial devido à toda dinâmica e infraestrutura disponíveis na região, não cumpre sua função social.
n Escala 1:5.000 Imagem 59: Localização do terreno do projeto. Fonte: Google Earth.
76
FICHA TÉCNICA DO TERRENO Cidade: Campinas Bairro: Centro Área: 35m x 22m = 770 m² Zoneamento: CZ4 (Zona de Centralidade 4) Ocupações permitidas: CSEI - Destinado ao comércio, serviço, institucional e/ou industrial HCSEI - Destinado à habitação, comércio, serviço, institucional e/ ou industrial. HMV - Habitação multifamiliar vertical, edificação com no mínimo uma residência sobreposta agrupadas verticalmente, em um ou mais blocos Usos permitidos: CL-1, CL-2, CG-1 e CA-2; SP-1, SP-2, SL-1, SL2, SL-3 e SL-4; SG-1, SG-2, SG-3, SG-4, SG-5, SG-6 e SG-8; EL e EG – Dentre os usos permitidos destacamos o SG-3 - Serviços de Hotelaria. Macrozona: de Estruturação Urbana Unidade Territorial Básica: EU-26 Estabelecimento de Médio Porte: II Estabelecimento instalado em unidade autônoma ou módulo comercial, com área privativa máxima de 1.000,00m², para atividades comerciais e de serviços, e de 2.500,00m², para atividades institucionais.
~
7.2. legislacao TAXA DE OCUPAÇÃO DO LOTE Para os lotes com área acima de 500m², obtém-se o valor máximo de TE e TO segundo o cálculo: TE = [500 + 0,8(A-500]/A, sendo A a área do lote de 770m²; Para o 1º e 2º pavimentos: TO = TE Para os demais pavimentos: TO = 0,6 TE Logo: TE = 0,39 Para primeiro e segundo pavimento: TO = 0,92 Para demais andares: TO = 0,55 Conclui-se então, para o caso do terreno selecionado, que os dois primeiros pavimentos da edificação podem ser ocupados no máximo 708,40², enquanto nos demais, 423,50m². No entanto, índices de importância ambiental, como por exemplo o de permeabilidade e arborização, não são abordados nesta parte da legislação, porém são essenciais para moderar o impacto causado pela produção do espaço urbano no meio ambiente. Uma vez que é permitida a taxa de ocupação do térreo de 0,92%, entende-se que a taxa de permeabilidade seria de apenas 0,8%, portanto, não iremos utilizar a capacidade máxima de ocupação do terreno, devido a fatores ambientais importantes por garantir o conforto térmico do projeto. Na cartilha “Propostas para revisão participativa da lei de uso e ocupação do solo de Campinas, elaborada em 2015 pela Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, nota-se essa preocupação. Nesta cartilha, para a área de implantação do projeto em questão, sugere-se que o índice de arborização deve ser no mínimo de 10% e o de permeabilidade de 15%. COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO O coeficiente de aproveitamento é definido com CA menor ou igual a 5 (cinco), logo a área construída máxima para o terreno selecionado é de 3850m².
De acordo com a legislação vigente na cidade de Campinas, serão excluídos do coeficiente de aproveitamento as áreas correspondentes ao 1º e 2º pavimento, caso sejam destinados a estacionamento, e ainda os andares intermediários (entre a área comercial e habitacional), caso sejam destinados ao uso comum do setor habitacional. ALTURA DA EDIFICAÇÃO A altura máxima da edificação é calculada através da fórmula Hmax= 1,5L + 2R, sendo L a largura da via pública de circulação e R recuo facultativo da edificação. Considerando a largura da rua Ferreira Penteado 6 metros e recuo facultativo frontal de 4 metros, tem-se a altura máxima da edificação de 17 metros. Esta altura deverá ser a medida entre a soleira da entrada do pavimento térreo e o teto do último pavimento. Isso nos da a oportunidade de construir aproximadamente 3 pavimentos. RECUO E AFASTAMENTO Segundo a legislação, para este tipo de construção o recuo é facultativo, ficando exclusivamente a critério das propostas projetuais. Enquanto isso, o afastamento de fundo estabelecido é de no mínimo 3 metros, para pavimentos situados acima do 2º pavimento. GUARDA DE VEÍCULOS É definido ainda pela legislação obrigatoriedade de vagas de garagem no edifício, sendo 1 vaga de garagem para cada unidade habitacional ou 1 vaga para cada 60m² de área construída, sendo que nas vias públicas de circulação destinadas a pedestres (“calçadões”) não serão permitidas edificações com locais para estacionamento, devendo as mesmas ficarem vinculadas a estacionamentos ou a edifícios garagem, num raio de 500,00m (quinhentos metros); 77
´ 7.3. condicionantes fisica e naturais estudo bioclimático leste oeste
A cidade de Campinas é caracterizada pelo clima tropical de altitude, com verão quente úmido e inverno ameno e quase seco. Os ventos predominantes são na direção sudeste (SEPLAMA, 2006).
7. 4.leitura do entorno O terreno escolhido para o projeto está localizado no nível 675 da topografia da região.
Mapa de topografia
A vegetação e a arborização, num raio de 100 metros do terreno, são escassas. Logo, o sombreamento se limita às marquises das lojas. Além disso, devido ao edifício situar-se em uma área central, é crescente o nível de ruído (poluição sonora) em seu entorno.
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Por se tratar de um estacionamento, a topografia do local é plana. O que pode ser observado no corte esquemático (imagem x) que passa longitudinalmente pela rua Ferreira Penteado.
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Imagem 50. Estudo bioclimático. Fonte: Elaborado pela autora.
78
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Terreno de projeto
ESC 1:2500
Escala 1:2.500
Mapa 22: Topografia do terreno. Fonte: Elaborado pela autora.
79
Por se tratar de uma zona central, o entorno já é dotado de infraestrutura, contando com iluminação, redes de energia elétrica, porém, carece de pavimentação adequada em duas vias.
Mapa de infraestrutura PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
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No entorno do projeto encontramos a maioria das construções compostas de 1 a 2 pavimentos, fazendo com que não prejudique tanto a insolação do terreno escolhido.
mapa de gabarito IDA
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Mapa 23: Infraestrutura. Fonte: Elaborado pela autora.
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Pavimentação precária
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1 A 2 PAVIMENTOS 10 ou mais pavimentos 6 a 9 pavimentos 3 a 5 pavimentos
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1 a 2 pavimentos
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Terreno de projeto
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Mapa 24: Gabarito. Fone: Elaborado pela autora.
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Uso misto
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Mapa 25: Uso e ocupação. Fonte: elaborado pela autora.
82
PONTO DE ÔNIBUS COM CORES DAS LINHAS QUE PASSAM POR ELE
Institucional
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Serviço
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mapa de transporte público
A rua José Paulino, localizada ao lado do terreno escolhido para o projeto, apresenta uma grande circulação de ônibus onde os hóspedes e os funcionários do Hostel vão encontrar um fácil acesso para duas das grandes avenidas de Campinas. Diminuindo o uso do transporte individual e consequentemente do trânsito.
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Pelo fato do serviço de um Hostel ser restrito, a escolha do terreno foi feita por apresentar ao seu redor uma grande quantidade de comércios, como por exemplo mercados, farmácias e restaurantes. Praticamente no mesmo quarteirão encontramos também a praça Rui Barbosa, de convívio público. O terreno está localizado longe da zona residencial de Campinas.
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Estacionamento Terreno de projeto
Pontos de ônibus com as cores das linhas que passam por ele 40 -50 linhas de ônibus
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Terreno de projeto
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Escala 1:2.500 Mapa 26: Transporte público. Fonte: Elaborado pela autora.
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Solar do Barão DAS de Ataliba CORES LINHAS QUE Nogueira (antigo Hotel Vitória) PASSAM POR ELE entorno Catedral Metropolitana de Campinas Praça Rui Barbosa
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de Ataliba Nogueira PONTO DE ÔNIBUS COM
3. Imóveis da rua 13 de Maio e
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1. Imóvel anexo ao Solar do Barão
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Mapa 27: Transporte coletivo. Fonte: Elaborado pela autora.
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mapa de edifícios históricos e bens tombados
O entorno do terreno do projeto possui edifícios antigos e componentes da história da cidade de Campinas. Os visitantes do hostel além de disfrutar do edifício possuem acesso a importantes edificações importantes para o município. Sendo assim, os usuários que se ospedarem no hostel podem ter um contato maior com a arquitetura da cidade.
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Caso os hóspedes queiram, da mesma forma, usar os seus veículos próprios para se locomover, o terreno encontrasse entre 3 vias coletoras e uma via local, com fácil acesso para as duas grandes avenidas de Campinas.
mapa de HIERARQUIA VIÁRIA
5. 6. Loja Maçônica Independência 7. Imóvel da rua Ferreira Penteado 8. Museu da Imagem e do Som MIS 9. Edifício dos Correios e telégrafos 10. Imóvel do entorno do palácio dos azulejos
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Escala 1:2.500 Mapa 26: Transporte público. Fonte: Elaborado pela autora.
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8 Imagem 60: Containers.Fonte: Pinterest.
projeto
8.1.business hostel
8.2. conceito
A proposta deste projeto consiste na elaboração de um Business Hostel Container no centro de Campinas, contribuindo assim para o cumprimento de sua função social e estimulando a vinda de novos visitantes para o miolo histórico da cidade.
Pixels são considerados os menores elementos que formam uma imagem, são representados na forma quadrada e de modo agrupado. Partindo disso, foram adotados como conceito inicial para o desenvolvimento do projeto, servindo como base para a volumetria adotada, para a paginação de piso e canteiros.
Através dos estudos realizados, verificou-se que a maioria dos turistas que vem a Campinas é com o enfoque profissional, pensando nisso, o objetivo do projeto será oferecer um ambiente confortável e aconchegante, que supra essa necessidade de moradia temporária do turismo corporativo. Dessa forma, com o intuito de dar maior suporte a esses visitantes, será oferecido um co-working, um ambiente que auxilie nas necessidades específicas do turismo de negócios.
8.3. partido O conceito será aplicado através da Arquitetura modular, uma metodologia de projeto que oferece elementos construtivos com uma unidade de medida em comum, neste caso, os containers. Deste modo, serão aplicados container com duas dimensões diferentes, de modo que se encaixem e promovam sua própria estruturação.
Portanto, nos capítulos a seguir, serão apresentadas as propostas projetuais, seu conceito, partido, programa de necessidades, soluções arquitetônicas adotadas, seguindo os conceitos defendidos neste memorial e a legislação vigente para o terreno escolhido.
Imagem 61: Containers empilhados. Fonte: Pinterest.
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Imagem 62: Pixels. Fonte: Feel Productions.
Imagem 63: Cubos emcaixados representnado a arquitetura odular. Fonte: Método Supera.
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8. 4.
Programa de necessidades
Afim de desenvolver um projeto funcional e organizado, foram realizados estudos e organogramas baseando-se em referências projetuais descritas nos capítulos anteriores. Para a elaboração do programa foram separados setores e determinados os ambientes necessários em cada setor, mantendo assim uma hierarquia de usos. Haverá espaços destinados aos funcionários, ao convivio dos usuários, à administração, aos dormitórios e a especificidades corporativas dos hóspedes. As tipologias escolhidas para os quartos do hostel tem a intenção de atender diferentes públicos, podendo abrigar por unidade de 02 a 04 pessoas. Ainda serão oferecidas opções de quartos individuais para visitantes que dão preferência por se hospedarem sozinhos, porém por se tratar de um hostel haverá poucas opções de quartos individuais, pois seu propósito é incentivar o convívio entre os usuários. No total, o hostel terá capacidade de abrigar até 96 pessoas, enquadrando-se na categoria médio porte.
METRAGEM QUADRADA TOTAL:
CAPACIDADE MÁXIMA DE HÓSPEDES NO HOSTEL:
FLUXOGRAMA POR SETORES
90
SERVIÇOS
HOSTEL
ADM.
AUDITÓRIO
BUSINESS
SOCIAL
2.111 m²
*
76
FICHA TÉCNICA DO TERRENO Cidade: Campinas Bairro: Centro Área: 35m x 22m = 770 m² Zoneamento: CZ4 (Zona de Centralidade 4) TO: Primeiro e Segundo pavimento: TO= 0,92 Para demais andares: TO=0,55 CA máximo= 5 Altura máxima=17 metros
* O entorno do hostel conta com inúmeras quantidades de estacionamentos, noturnos inclusive, o projeto não cederá espaço útil para inserção de vagas, a ideia é criar convênio com estacionamentos do entorno e embutir o valor na taxa dos hóspedes. Todavia, durante elaboração do projeto, tornou-se relevante e imprenscidível a inserção de vagas para Pessoas com Necessidades Especiais, uma vez que o Hostel busca ser inclusivo e amplo a todos os públicos.
91
FLUXOGRAMA POR AMBIENTES 4 pavimento
Bar
Conveniência
Sanitários
Restaurante
Lavanderia Compartilhada
Administração Hostel
Papelaria
Workspace
SOCIAL Café Lanchonete
Sala Convívio
Recepção Co-working
Sala reunião
3 pavimento
BUSINESS
2 pavimento
Área de espera auditório
PRAÇA
Recepção
Auditório
Área de serviço
Depósito
Sanitário Fem.
Dormitório 3 pessoas
Sanitários
Depósito de material de limpeza
Descanso Funcionários
Sanitário Masc.
Dormitório 2 pessoas
92
Sanitários e vestiários para funcionários
Apoio Geral
HOSTEL
Sanitários 1 pavimento
Copa
8.5. plano de massas
ADM. SERVIÇOS
Térreo
AUDITÓRIO
Acesso principal
Dormitório 5 pessoas
Dormitório 1 pessoas
Subsolo
Imagem 54: Plano de massas. Fonte: Elaborado pela autora.
CIRCULAÇÃO
93
A
B
C
D
01
8.6
malha estrutural
B
C
D
01
02
Como já explicitado anteriormente, o Business Hostel será construído a partir do empilhamento de Containers Marítimos. Esta tipologia de material é feita para aguentar grandes cargas, tanto que transportam toneladas de materiais. Geralmente nos navios são empilhados até 7 Containers cheios de materiais. Desse modo, o container por si só seria suficiente para suportar toda a carga necessária para a elaboração do Hostel. Todavia, para complementação do programa arquitetônico, foram abertos vãos nas chapas metálicas dos containers, afim de oferecer melhor conforto térmico e ambiental aos usuários. Assim, os containers acabaram por perder parte de sua resistência mecânica ao empilhamento. Em contraponto a esta questão, o desenvolvimento da volumetria do Hostel se deu a partir da elaboração de uma malha estrutural responsável por “engavetar” todos os containers necessários para elaboração do progarama.
A
E
Vigas
Caixa Circulação Vertical
03
02
Pilares Esquema da malha estrutural para engavetamento dos Container. Sistema realizado com armação de pilares (vermelhos) e vigas metálicas ( verdes)
03
04
A malha foi realizada com estrutura Metálica. Ela atua de forma independente, fazendo com que a estrutura fique isolada do container, desse modo tornou-se possível uma diagramação mais livre dos containers. Ainda, a inserção da malha metálica possibilitou que o térreo ficasse livre para se tornar uma aconchegante praça, elemento este que agregou grande respiro ao projeto, uma vez que a praça servirá como local de descanso, encontro e lazer dos usuários do Hostel. Ainda, além de possibilitar a criação da praça, a malha estrutural permitiu maior conforto térmico e acústico aos ambientes internos, uma vez que os containers não estarão literalmente grudados um no outro ou sobrepostos fisicamente. Por fim, cabe ressaltar que a estrutura possibilitou ainda a inserção de um módulo para abrigar as escadas e elevadores referentes à circulação vertical do edifício. 94
04
Container “engavetado”
05
05 Esquema demonstrativo do engavetamento dos containers na malha estrutural
PLANTA DE EIXO SUBSOLO Esc. 1:175
PLANTA DE EIXO TÉRREO E DEMAIS PAVIMENTOS Esc. 1:175
Escala 1:500
n 95
8.7
COBERTURA ACESSO DE SERVIÇO
desenhos tecnicos
4º 3º 2º 1º i= 3%
TÉRREO
Telhado Verde
CORTE GUIA
Cobertura do próprio Container
Telha Sanduíche
i= 2%
i= 10%
17,50
16,00
Cobertura em Vidro
15,35
i= 3%
i= 3%
ACESSO DE SERVIÇO
3,00
RUA JOSÉ PAULINO
RUA JOSÉ DE ALENCAR
SUBSOLO
0,00 15,35
4,00
IMPLANTAÇÃO COBERTURA Escala 1:500
ACESSO DOS HÓSPEDES
Mapa 27: Implantação Cobertura. Fonte: Elaborado pela autora.
96
RUA FERREIRA PENTEADO
97
COBERTURA
A
D
4º 3º
B C
2º 1º TÉRREO
1
WC PCD
SUBSOLO
WC PCD
COZINHA
CORTE GUIA SALA DA CAIXA D'ÁGUA
FEMININO
WC MASCULINO
COPA
2
-3,67
JARDIM DE INVERNO
24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13
S 1
3
2 3
4 5
6 7
8
9
10 11 12
SALA DE ESPERA -3,67
4
1
2
S
SALA DE MÍDIA
ARQUIBANCADA
PALCO
AUDITÓRIO
S 1
-3,67
2 3
4
PLANTA BAIXA SUBSOLO
5 6 7
8
9
10 11 12 13
Mapa 28: Planta Baixa Subsolo Fonte: Elaborado pela autora.
98
14 15
5
17
i= 7,5%
18
19
S
20 21
JARDIM PAREDE VERTICAL VERDE
Escala 1:250
16
99
A
D
B C
COBERTURA 4º 0,00
1
3º
ACESSO DE SERVIÇO APOIO GERAL
2º
DEPÓSITO 0,00
1º TÉRREO
WC PCD
WC PCD
WC MAS.
WC FEMININO
2
WC PCD
SUBSOLO
DESCANSO FUNCIONÁRIOS
WC FEM.
CORTE GUIA
0,00
D 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13
S RECEPÇÃO
BAR
2 3
1
0,00
3
4 5
6 7
8
9
10 11 12
LOBBY
COZINHA REST.
ÁREA EXTERNA
ACESSO DOS HÓSPEDES
ACESSO DE SERVIÇO
0,00
4
22
21
RUA JOSÉ PAULINO
RUA JOSÉ DE ALENCAR
0,10
CONVIVÊNCIA
WC MASCULINO
20
19 18
RESTAURANTE
17
PRAÇA ABERTA
16 15
0,00
14 13
0,10
12 11
10
9 8
7
6 5
IMPLANTAÇÃO TÉRREO
4
5
3
D
2 1
JARDIM PAREDE VERTICAL VERDE
Mapa 29: Implantação Térreo. Fonte: Elaborado pela autora.
100
Escala 1:500
RUA FERREIRA PENTEADO
101
A
D
B C
COBERTURA
1
4º
0,00
Projeção dos Módulos
3º 4,00
2º
PAPELARIA LANHOUSE
1º
2
WC MASCULINO
TÉRREO
4,00
WC PCD
SUBSOLO
MÁQUINA DE ALIMENTOS
CORTE GUIA
1
2 3
4 5
6 7
8
D HALL DE CIRCULAÇÃO
S
4,00
17 16 15 14 13 12 11 10 9
4,00
3
4 COWORKING
COWORKING
4,00
PLANTA BAIXA 1º PAVIMENTO
COPA/APOIO
WC FEMININO
5
RUA JOSÉ PAULINO
RUA JOSÉ DE ALENCAR
WC PCD
0,00
Projeção dos Módulos
Mapa 30: Planta Baixa 1º Pavimento. Fonte: Elaborado pela autora.
102
Escala 1:500
RUA FERREIRA PENTEADO
103
A
D
B C
COBERTURA
1
4º
0,00
Projeção dos Módulos
3º 2º
2
WC FEMININO
TÉRREO SUBSOLO
6,85
WC PCD
WC PCD
2 3
4 5
6
7
8
D S MÁQUINA DE ALIMENTOS
17 16 15 14 13 12 11 10 9
6,85
3
HALL DE CIRCULAÇÃO 6,85
DORM. COMPARTILHADO
DORM. COMPARTILHADO
4
DORM. COMPARTILHADO
DORM. CASAL
DORM. COMPARTILHADO
6,85
RUA JOSÉ PAULINO
CORTE GUIA 1
DORM. COMPARTILHADO
PLANTA BAIXA 2º PAVIMENTO
1º
ADMINISTRAÇÃO
WC MASCULINO
LAVANDERIA COMPARTILHADA
RUA JOSÉ DE ALENCAR
6,85
DORM. COMPARTILHADO DORM. CASAL
5 0,00
Projeção dos Módulos
Mapa 31: Planta Baixa 2º Pavimento. Fonte: Elaborado pela autora.
104
Escala 1:500
RUA FERREIRA PENTEADO
105
A
D
B C
COBERTURA
1
4º
0,00
Projeção dos Módulos
3º
9,70
2º 1º
DORM. SUÍTE
2
TÉRREO
WC FEMININO
WC PCD
SUBSOLO
DORM. SUÍTE
WC PCD
CORTE GUIA
9,70
HALL DE CIRCULAÇÃO
1
9,70
2 3
4 5
6 7
8
D S 17 16 15 14 13 12 11 10 9
MÁQUINA DE ALIMENTOS
3 DORM. COMPARTILHADO
DORM. COMPARTILHADO
4
DORM. COMPARTILHADO
DORM. COMPARTILHADO
RUA JOSÉ PAULINO
RUA JOSÉ DE ALENCAR
WC MASCULINO
5
DORM. INDIV.
DORM. COMPARTILHADO
PLANTA BAIXA 3º PAVIMENTO
DORM. COMPARTILHADO
9,70
DORM. INDIV.
0,00
Projeção dos Módulos
Mapa 32: Planta Baixa 3º Pavimento.. Fonte: Elaborado pela autora.
106
Escala 1:500
RUA FERREIRA PENTEADO
107
A
D
B C
Elevação Noroeste
Projeção dos Módulos
1
COBERTURA 4º
0,00
3º
12,50
2º 1º
2
WC PCD
SUBSOLO
DORM. SUÍTE
WC PCD
CORTE GUIA
12,50
1
2 3
4 5
6 7
8
D S MÁQUINA DE ALIMENTOS
4
17 16 15 14 13 12 11 10 9
Elevação Nordeste
3
HALL DE CIRCULAÇÃO 12,50
0,00
DORM. COMPARTILHADO
DORM. COMPARTILHADO
DORM. COMPARTILHADO DORM. CASAL
PLANTA BAIXA 4º PAVIMENTO
TÉRREO
WC FEMININO
RUA JOSÉ PAULINO
DORM. SUÍTE
Elevação Sudoeste
RUA JOSÉ DE ALENCAR
WC MASCULINO
DORM. COMPARTILHADO
DORM. COMPARTILHADO
DORM. COMPARTILHADO DORM. CASAL
5 0,00
Projeção dos Módulos
Escala 1:500
108
n
Elevação Sudeste
Mapa 33: Planta Baixa 4º Pavimento.. Fonte: Elaborado pela autora.
RUA FERREIRA PENTEADO
109
8. 8
Moldura em ACM cor laranja
ELEVAÇÕES
Moldura ACM cor laranja
Chapa container
Viga Metálica
ELEVAÇÃO SUDESTE Escala 1:250 110
ELEVAÇÃO NORDESTE Escala 1:250 111
TETO VERDE H= 20 cm
TETO VERDE H= 20 cm
Brise Soleil
Moldura ACM cor laranja
Viga Metálica
ELEVAÇÃO NOROESTE Escala 1:250 112
ELEVAÇÃO SUDOESTE Escala 1:250 113
8. 9 CORTES A
TETO VERDE H= 20 cm
TETO VERDE H= 20 cm
Estrutura metรกlica
CORTE AA Escala 1:250
114
CORTE CC Escala 1:250
115
116
detalhamentos
Chapa do container Teto gesso tabicado Luminária Plafon de sobrepor Porta de Madeira pintura na cor azul
Trilho de spot
Pintura Latex cinza Lã de Rocha
Vidro
Maçaneta Pilar Metálico Chapa de drywall verde
Janela perfil alumínio 12,50
Rodapé poliuretireno 7cm Piso vinílico amadeirado Contrapiso em concreto
Esquadria de alumínio perfil 8 mm cor preta
Porta de madeira pintada 9,70
Castanha
Luminária
Aparador lateral
Vidro
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Viga Metálica
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
CORTE BB Escala 1:250
CED BY AN AUTODESK STUDENT VERSI
Demarcação do Corte Setorial 2
TETO VERDE H= 20 cm
corte setorial 1
Vidro
Vidro
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Vidro
Vidro
Vidro
Vidro DRYWALL
Cadeira
CONTAINER
Detalhamento Ligação Piso Escala 1:10
Porta
PERFIL
LÃ DE ROCHA
Vidro
Vidro
Vidro
Vidro
Detalhamento Ligação Forro Tabicado Escala 1:10
Porta
Detalhamento Ligação contrapiso Escala 1:10
BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
A
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT
117
corte setorial 2 Tirante forro de gesso distância entre perfis = 30cm
Altura do forro de gesso: 17cm
detalhamentos
Viga Metálica Forro tabicado drywall Trilho de Spots
Lã de rocha
D
C
Trilho de Spots
Janela
Pintura tinta latex
Luminária pendente
IMPLANTAÇÃO GUIA
DORMITÓRIO COMPARTILHADO
DORMITÓRIO COMPARTILHADO
DORMITÓRIO COMPARTILHADO
DORMITÓRIO COMPARTILHADO
DORMITÓRIO COMPARTILHADO
COWORKING
15,35
Piso Vinílico amadeirado 12,50
9,70
DORMITÓRIO COMPARTILHADO
12,50
Contrapiso em concreto Viga Metálica
6,85
COWORKING
4,00 3,00
RESTAURANTE
ÁREA EXTERNA
0,00
-3,67
9,70
118
Armário Janela
Lã de Rocha
AUDITÓRIO
CORTE DD Escala 1:250
PRODUCED BY AN AUTODESK
TV High Tech
Rodapé Poliuretireno 7cm
Castanha
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Divisória Drywall
Demarcação do Corte Setorial 1
Armário
Chapa Container
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
A
D
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
D
Detalhamento isolamento termoacústico Escala 1:10
Detalhamento da tela de fixação do isolamento Escala 1:10
119
DETALHAMENTO DO VIDRO DA COBERTURA
8.10 DETALHAMENTO TETO VERDE 7.
A última etapa é a colocação da vegetação desejada, que pode ser desde tipos de grama, ou vegetação rasteira
CAMADA TETO VERDE
6.
O Substrato é constituído pela camada de solo, servindo de suporte para a fixação da vegetação fornece água e nutrientes necessários.
5.
Uma camada drenante é adicionada para escoar a água.
Projeção da Viga Metálica Pingadeira de Aço Galvonizado (com juntas em PU)
Cobertura de Vidro
Perfil Metálico para inclinação Telhado Verde
i= 2%
4.
A camada filtrante serve para reter partículas e pode ser feita com geotêxtis. VIGA COMO DELIMITADOR PLACA PRA INCLINAÇÃO
0.12 0.01 0.05 0.02
DE 2%
CANO DE ESCOAMENTO PARA CALHA
3.
Utilize manta sintética para promover uma camada impermeabilizante para proteger a edifícação contra infiltrações
0.02
2. Em construções convencionais a laje de concreto é a primeira camada, aqui é utilizada uma chapa de aço, usada em outros niveis do projeto como piso 1.
Corte de detalhamento teto verde Escala 1:10
120
Tem como base o container e como delimitador as vigas laterais ja existentes no projeto. A camada do teto do container precisa ser impermeabilizada
DETALHAMENTO DO VIDRO DA COBERTURA Escala 1:25
121
8. 11
SISTEMA ESTRUTURAL - DESCRIÇÃO
PASSO 1 - INSERÇÃO DOS PILARES 122
PASSO 2 - INSERÇÃO DAS VIGAS 123
BLOCO CIRCULAÇÃO VERTICAL
124
PASSO 3 - INSERÇÃO DOS CONTAINERS (ATRAVÉS DE GUINDASTES)
VISTA GERAL DO SISTEMA ESTRUTURAL - COM INSERÇÃO DA CAIXA DE CIRCULAÇÃO VERTICAL
125
8. 12
126
PERSPECTIVAS - VISTA GERAL
VISTA FRONTAL DO EDIFÍCIO
127
VISTA PRAÇA
128
VISTA ESCADA
129
VISTA CORREDOR CO-WORKING
130
VISTA CO-WORKING
131
VISTA CO-WORKING
132
VISTA CO-WORKING
133
DETALHE VIDRO JARDIM DE INVERNO
134
DETALHE JARDIM DE INVERNO
135
9
^
Referencias bibliograficas
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139