GIOVANNA LEBRE
TARMANA
Centro de Reabilitação e Preservação das tartarugas marinhas
FACULDADE DE ENGENHARIA DE SOROCABA
TARMANA: CENTRO DE REABILITAÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS TARTARUGAS MARINHAS
Trabalho apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Engenharia e Arquitetura de Sorocaba da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, sob orientação da Professora Natalia Nakamura Barros.
SOROCABA 2022
LEBRE, Giovanna. Tarmana: Centro de Reanilitação e Preservação das tartarugas marinhas - Sorocaba, 2022, Ref. Orientadora: Natalia Nakamura Barros. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo Centro Universitário FACENS. 1. Preservação. 2. Conscientização. 3.Centro de Reabilitação. 4.Sustentabilidade. 5.Tartarugas marinhas. FACENS
BANCA EXAMINADORA
PROF. NATALIA NAKAMURA BARROS (Orientadora)
Nome
Nome
SOROCABA 2022
SUMÁRIO 1 MOTIVAÇÃO 15 2 INTRODUÇÃO 2.1. Importância das tartarugas marinhas e sua preservação 2.2. Problematização 2.3. Centro de reabilitação para as tartarugas marinhas
18 19 22
3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Histórico 3.2. Projetos Referenciais 29 3.2.1. Loggerhead Marinelife Center 3.2.2. Projeto Tamar 3.2.3. The Turtle Hospital
26
29 30 34
4 LEVANTAMENTO: Espécies, áreas de interação com a pesca 4.1. Tartarugas marinhas: distribuição geográfica e características 4.1.1. Tartaruga de Pente (eretmochelys imbricata) 4.1.2. Tartaruga Verde (chelonia mydas) 4.1.3. Tartaruga Cabeçuda (caretta caretta) 4.1.4. Tartaruga Oliva (lepidochelys olivacea) 4.1.5. Tartaruga de Couro (dermochelys coriacea)
38 38 39 40 41 42
4 LEVANTAMENTO: Espécies, áreas de interação com a pesca 4.2. Análises áreas marinhas 4.3. Áreas de interação de pesca e encalhes 4.4. Análise dos locais de encalhes 4.5. Definição área implantação projeto
43 44 45 46
5 LOCALIZAÇÃO 5.1. Mongaguá 5.2. Justificativa do terreno 5.3. Leis Municipais 5.4. Análise do terreno
50 54 57 58
6 PROCESSO PROJETUAL 6.1 Programa de necessidades 68 6.2. Proximidade e fluxos 6.3. Perfil do usuário 6.4. Conceito e Partido Arquitetônico
72 77 78
7 O PROJETO 15 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15
1
MOTIVAÇÃO
MOTIVAÇÃO
1. MOTIVAÇÃO Eu sou apaixonada pelo oceano, minha conexão é muito intensa, tanto pela paz que ele transmite tanto pela memória afetiva. Busquei algo que me inspire e me faça levantar todos os dias com paixão de estudar. Tenho um anseio por instruir as pessoas sobre a importância da preservação do oceano, da Terra e dos animais. O interesse em tartarugas marinhas se deu também pela paixão por esse animal e todo o conhecimento adquirido ainda na infância sobre a importância delas, o risco de extinção que elas correm e o desejo da preservação ambiental. Além dos dados obtidos nas pesquisas sobre tartarugas marinhas, distribuição geográfica, pesca e encalhamentos, eu vivenciei encalhamentos de animais no litoral sul paulista.
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2
INTRODUÇÃO
2. INTRODUÇÃO 2. 1. Importância das tartarugas marinhas e sua preservação As tartarugas marinhas são de extrema importância para o meio ambiente, ela atua em vários graus da cadeia alimentar marinha durante a o seu ciclo de vida. Cada uma contém uma energia vital e elas transportam os nutrientes ao longo das rotas migratórias. Elas contêm influências sobre algas, recifes, substratos arenosos do oceano e para os seres e organismos marinhos como peixes, águas vivas, crustáceos, moluscos e esponjas. Segundo o pesquisador e coordenador técnico regional do Projeto Tamar, Armando José Barsante Santos, apresentado na série No Mar: Tartarugas, relata que: As tartarugas são consideradas sentinelas do mar, porque todas as condições ambientais de alguma forma podem ser refletidas no organismo. Elas são repteis e os repteis tem a dependência da temperatura de uma forma fundamental para o seu metabolismo (TAMAR, 2018).
Existem sete espécies de tartarugas marinhas no mundo, dentre elas, cinco espécies ocorrem na costa brasileiras, são elas: Tartaruga Cabeçuda (caretta caretta), Tartaruga Verde (chelonia mydas), Tartaruga de Couro (dermochelys coriacea), Tartaruga de Pente (eretmichelys imbricata), Tartaruga Oliva (lepidochelys olivacea).
Cada espécie atua em uma biodiversidade do oceano. De acordo com o Projeto Tamar, a tartaruga verde consome algas marinhas, estimulando o crescimento de algas novas e mais nutritivas para o oceano. A tartaruga de couro se alimenta de águas-vivas, onde se concentram em mar aberto. A lista nacional oficial de espécies da fauna ameaçadas de extinção (Figura 1), mostra onde as tartarugas marinhas encontram-se em risco de extinção no Brasil. São descritas com as seguintes classificações: Extintas na Natureza (EW), Criticamente em Perigo (CR), Em Perigo (EN) e Vulnerável (VU) (IBAMA, 2014) Figura 1 - Lista nacional oficial de espécies da fauna ameaçadas de extinção
CÓDIGO
NOME CIENTÍFICO
NOME COMUM
CATEGORIA
345
caretta caretta
Tartaruga Cabeçuda
EN
346
chelonia mydas
Tartaruga Verde
VU
347
eretmochelys imbricata
Tartaruga de Pente
CR
348
lepidochelys olivacea
Tartaruga Oliva
EN
349
dermochelys coriacea
Tartaruga de Couro
CR
Fonte: (IBAMA, 2014).
INTRODUÇÃO
2. 2. Problematização
De acordo com os estudos do Projeto Tamar, que realiza programas de recuperação das tartarugas marinhas, a cada 120 ovos, 90 nascem e chegam no mar, contendo uma perda de 25% no processo por conta da incapacidade de cavar a areia para sair do ninho ou a não fertilização de alguns ovos, sendo que a cada 1.000 filhotes, 1 chega na fase adulta. As ameaças para as tartarugas marinhas estão relacionadas com as ações humanas, como a interação com a pesca, os lixos nos oceanos e praias, a degradação ambiental e mudanças
Juntamente foram realizadas pesquisas por Fagundes e Missio (2020), foi visto que de 15 tartarugas que encalham no litoral de São Paulo, 10 possuem resíduos antropogênicos como plásticos no organismo. Por conta do descarte incorreto e o consumo excessivo de plástico, esses resíduos acabam indo parar nos oceanos. Como consequências, os animais marinhos ingerem e podem levar a óbito. No caso das tartarugas marinhas, elas confundem os plásticos com os organismos que se alimentam e levam a ter asfixia. Figura 2 - Ameaças das tartarugas marinhas.
climáticas, além das luzes e ruídos sonoros nas praias de desova. As atividades impactam em todo o ciclo de vida das tartarugas marinhas, desde a perda das áreas de desova e alimentação até as mortes causadas pela pesca e degradação ambiental por poluentes. Estudos realizados pelo Projeto Tamar apresenta que a captura incidental é considerada a principal ameaça para as tartarugas marinhas atualmente. E não só as tartarugas correm riscos com a pesca incidental, vários animais marinhos acabam sofrendo problemas com essa prática. Além da pesca, contém os casos de lixos no mar com resíduos que as elas ingerem. Com base nas análises de Gagliardi, Lopes e Serafin (2018) feitas em cima da interação das tartarugas marinhas com a pesca no litoral, o resultado foi que 82% dos resíduos ingeridos pelas tartarugas são compostos por plásticos.
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Degradação ambiental
Aquecimento global
Poluição e lixos
Trânsito de veículos
AMEAÇAS TARTARUGAS MARINHAS Caça e coleta de ovos
Iluminação nas praias de desova
Pesca incidental (Redes e anzóis)
Fonte: elaborado pela autora.
Figura 3 - Tartarugas marinhas e interação com a pesca
FONTE: (ICMBIO, 2022).
INTRODUÇÃO
Segundo Lutcavage, até o século XIX, as tartarugas marinhas não estavam classificadas com risco de extinção. De acordo com Armando José Barsante Santos, pesquisador e coordenador técnico regional do Projeto Tamar, contém um estudo feito no Atlântico para avaliar as taxas de crescimento das tartarugas marinhas, na qual foi identificado que a partir de 1997 a taxa de crescimento tem diminuído, sendo assim, a velocidade com que elas crescem está se tornando cada vez mais lenta. Como resultado das mudanças climáticas que está acontecendo no mundo. Por conta das ameaças presentes, as tartarugas marinhas sofrem a degradação e ficam debilitadas. Por fim, chegam ao
Figura 4 - Animais marinhos afetados pela pesca, G1 Santos.
Capturas acidentais na Praia Grande e Mongaguá, alguns animais chegaram a perder membros do corpo devido a petrechos pesqueiros, e outros morreram por causa dessa interação.
Fonte: ISABELLA LIMA, 2022. Figura 5 - Notícia ameaças para as tartarugas.
litoral e encalham com ferimentos internos ou externos, quando não chegam já mortas. Diante os fatores relevância sobre a importância das tartarugas marinhas, proteger estes animais é, portanto, preservar a vida marinha e garantir a sobrevivência do planeta e da humanidade (TAMAR, 2011). Além disso, segundo pesquisas realizadas pelas universidades de Columbia e Yale em relação ao ranking do
Fonte: LÉO RODRIGUES, 2019. Figura 6 - Brasil fica em 81º lugar no Índice de Desempenho Ambiental, Jornal Nacional.
Índice de Desempenho Ambiental o Brasil está em 81º lugar de 180 países (figura 6). O índice de Desempenho Ambiental conta com 40 indicadores e a reciclagem e poluição dos oceanos se enquadra tendo em vista os cuidados e preservação do meio ambiente. O Brasil toma a posição de quarto pior em reciclagem, além dos lançamentos de plástico nos oceanos que intensifica a posição, o país também leva a posição de nono em emissão de gases do efeito estufa.
Fonte: JORNAL NACIONAL, 2022.
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2. 3. Centro de reabilitação para as tartarugas marinhas A proposta de um centro de reabilitação e visitação de tartarugas marinhas, visa proporcionar o resgate, preservação, monitoramento e reabilitação das tartarugas. Estes espaços funcionam também como um ponto de pesquisa do oceano e dos animais marinhos. Além disso, pode unir a educação e conscientização ambiental ao lazer dos usuários, com intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância do oceano e a preservação dele e dos animais. Segundo o Instituto Bióicos (2022) os espaços de conservação marinha são de extrema importância para o desenvolvimento da preservação, com programas de educação ambiental e a inserção do turismo, lazer e recreação nos lugares. O nome do projeto se deu por TARMANA, através da junção da primeira sílaba de tartaruga (TAR) e (MANA) que significa “energia vital” em havaiano, por conta de cada tartaruga conter uma energia vital, assim surgindo o nome fantasia do projeto. Figura 7 - Processo do nome fantasia do Projeto.
TARMANA TAR tartaruga *energia vital
MANA energia vital em havaiano Fonte: Elaborado pela autora
Nesse trabalho, para o processo de definição de espécie e localização, o delineamento seguido foi: (I) análise das unidades de preservação já existentes e suas localizações; (II) as espécies com risco de extinção; (III) a definição da espécie a ser trabalhada (tartarugas marinhas); (IV) motivo da espécie estar correndo risco de extinção; (V) um mapeamento geográfico das tartarugas marinhas em relação a áreas de (a) desovas, (b) alimentação, (c) rotas migratórias, (d) encalhamentos; (VI) uma pesquisa buscando compreender as causas dos encalhamentos da espécie; (VII) opções de localização; (VIII) análises entre as localizações; (IX) definição do local.
INTRODUÇÃO Figura 8- Processo de definição da espécie e localização.
I
II
Análise das unidades de preservação já existentes e suas localizações
DEFINIÇÃO DA ESPÉCIE: tartarugas marinhas
III Espécies com risco de extinção
V
VII
IX
Mapeamento geográfico das tartarugas marinhas das áreas de:
Opções de localização
DEFINIÇÃO DO LOCAL
(a) desova, (b) alimentação, (c) rotas migratórias, (d) encalhamentos
IV
VI
VIII
Motivo da espécie estar correndo risco de extinção
Pesquisa buscando compreender as causas dos encalhamentos das tartarugas marinhas
Análises entre as localizações
Fonte:: Elaborado pela autora
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3
REFERENCIAL TEÓRICO
3. REFERENCIAL TEÓRICO
Figura 9 - Mapa de instalações do Projeto Tamar.
3.1. Histórico Até o início dos anos 80, de acordo com o Projeto Tamar, a caça das tartarugas marinhas para o consumo da carne e a coleta de ovos eram muito frequentes nos litorais, causando o impacto no ciclo de vida e na continuação da espécie. Os alvos mais procurados eram as fêmeas que subiam nas praias para desovar, por não conseguirem ser ágeis no solo terrestre acabavam se tornando o alvo mais fácil. Além dos encontros aos ninhos com finalidade da coleta dos ovos para consumo e comercialização. Elas também eram capturadas para utilização do casco em objetos, pentes, enfeites, joias e até mesmo talheres. Prejudicando, reduzindo e colocando as espécies de tartarugas marinhas que habitam a costa brasileira na classe de risco de extinção. Assim, nasceu o Projeto Tamar, com intuito de protegê-las e
Pipa RN
Fernando de Noronha Ponta dos Mangues Pirambu Aracaju Abaís
PE AL BA
Guriri Pontal Ipiranga Povoação Regência Vitória
ES SP
SC
Mangue Seco Sítio do Conde Costa do Sauípe Praia do Forte Arembepe Busca Vida
RJ
Farol de São Thomé AquaRio
Ilha de Trindade
Ubatuba
Beto Carreiro World Florianópolis
Fonte: Elaborado pela autora. Figura 10 - Mapa de instalações de outros projetos marinhos.
resgatá-las. Com os monitoramentos nas áreas de desova e programas de proteção, o projeto foi crescendo e as práticas predatórias começaram a diminuir no Brasil. Apesar disso, as espécies ainda se encontram com risco de extinção, pois as influências das ações
Ipojuca - PE PE
humanas ainda impactam no ecossistema marinho. Logo após a implantação do Projeto Tamar foram surgindo outros projetos para reabilitar outros animais marinhos, sendo eles, Projeto Baleia Jubarte (1988), Projeto Golfinho Rotador (1990), Projeto Hippocampus (1995), Projeto Peixe-Boi (2009) e o Projeto Baleia Franca (2015), conforme demonstrado na Figura 11. Na Figura 9 apresenta as localizações referente as unidades do Projeto Tamar e na Figura 10 os locais dos outros projetos.
Fernando de Noronha - PE
AL BA
Tatuamunha, Porto de Pedras - AL
Caravelas - BA
ES
Vitória - ES
Projeto Baleia Jubarte Projeto Baleia Franca Projeto Hippocampus Projeto Golinho Rotador Projeto Peixe-Boi
SC
Praia de Itapirubá Norte - SC
Fonte: Elaborado pela autora.
Praia do Forte - BA
REFERENCIAL TEÓRICO
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Figura 11 - Linha do tempo do surgimento de centros de apoio aos animais marinhos.
Atua na recuperação e preservação dos cavalos marinhos. Atua na recuperação e preservação das baleias jubartes.
Atua na recuperação e preservação das baleias francas.
Projeto Baleia Jubarte
Projeto Hippocampus
Projeto Baleia Franca
1988
1995
2015
1980
1990
2009
Projeto Tamar
Projeto Golfinho Rotador
Projeto Peixe-Boi
Atua na recuperação e preservação das tartarugas marinhas.
Atua na recuperação e preservação dos golfinhos rotadores.
Fonte:: Elaborado pela autora.
Atua na recuperação e preservação dos peixes-bois
Além dos projetos com foco para animais específicos, surgiu outros projetos com resgate para todos os animais marinhos que aparecem nas suas determinadas regiões e monitoramentos. Como por exemplo, o Instituto Biopesca, que foi fundado em 1998 atuando na região da baixada santista, ao longo da costa da Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, mostrado no mapa abaixo (Figura 12). Figura 12 - Área de atuação e monitoramento do Instituto Biopesca da região de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.
A Biopesca tem como objetivo não só o monitoramento da orla, mas também a educação em relação as atividades pesqueiras com os golfinhos e tartarugas marinhas. Inclusive, o Instituto realiza pesquisas e trabalhos acadêmicos sobre as espécies marinhas e biologia marinha. De acordo com os registros, os animais mais presentes na Biopesca foram de tartarugas, golfinhos e aves marinhas. No período de 2013 até 2015, foram liberadas 428 tartarugas marinhas com vida pelo Instituto Biopesca, conforme Figura 13. Figura 13 - Captura acidental de espécies marinhas, 2013 a 2015. Biopesca.
PRAIA GRANDE MONGAGUÁ
LIBERADAS COM VIDA
ÓBITOS
TOTAL
Tartarugas marinhas
428
150
578
Fonte: https://periodicos.unisanta.br/index.php/bio/article/view/1406
ITANHAÉM
PERUÍBE
ANIMAL
Estratégia Acionamento Semanal Diário
Fonte: Projeto Executivo do monitoramento de praias da bacia de Santos do PMP-BS fase 1 (2017).
Atualmente, com os programas dos projetos, as populações das espécies no Brasil começaram a apresentar indícios da recuperação nas áreas de reprodução e/ou desova, porém nas áreas de alimentação ainda sofrem bastante. Em relação das soluções para reduzir o impacto da pesca vem surgindo desenvolvimento de estratégias ao longo dos anos, como a utilização de métodos de pesca mais indicados e ações de educação e conscientização ambiental.
REFERENCIAL TEÓRICO
3.2. Projetos Referenciais
Figura 15 - Loggerhead Marinelife Center
3.2.1. Loggerhead Marinelife Center O Loggerhead Marinelife Center está situado em Palm Beach na Flórida, criado em 1983 com o objetivo de promover a conservação dos oceanos e das tartarugas marinhas. Além de ser um espaço para recuperação das tartarugas marinhas, também é aberto para o público para visitação e educação. O Loggerhead é constituído por tanques para as tartarugas, contém um hospital com sala de cirurgia, raio-x, ultrassom e laboratório de hemoterapia. E um salão do oceano para experiências interativas dos visitantes e aprendizado. Figura 14 - Loggerhead Marinelife Center
Fonte: MARINELIFE, 2022.
Fonte: MARINELIFE, 2022.
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3.2.2. Projeto Tamar
Figura 16 - Projeto Tamar: Florianópolis, Arembepe e Vitória.
O Projeto Tamar nasceu em 1980 com o objetivo da recuperação das tartarugas marinhas, desenvolvendo pesquisas e trabalhos de educação ambiental. O Projeto está presente em 23 locais ao longo do litoral brasileiro, porém para visitação são oito, sendo em Fernando de Noronha-PE, Oceanário de AracajuSE, Praia do Forte-BA, Arembepe-BA, Vitória-ES, Ubatuba-SP, Florianólopis-SC e Casa do Projeto Tamar-BCW.
FLORIANÓPOLIS-SC
AREMBEPE-BA
FLORIANÓPOLIS-SC
VITÓRIA-ES
Algumas das sedes do Projeto Tamar tem conexão direta com a praia com o intuito do acesso ao monitoramento e soltura das tartarugas, como por exemplo a Praia do Forte-BA que é uma das áreas de desova, sendo assim auxiliando nos monitoramentos de desovas. Os centros de visitantes consta com museus e espaço para música para conscientização, além das tartarugas marinhas.
Fonte: Elaborado pela autora.
Figura 17 - Projeto Tamar: Aracaju, Praia do Forte e Casa do Projeto Tamar
ARACAJU
PRAIA DO FORTE-BA Fonte: Elaborado pela autora.
CASA DO PROJETO TAMAR-BCW
|
REFERENCIAL TEÓRICO Figura 18 - Diagrama Projeto Tamar, Ubatuba-SP.
UBATUBA-SP
1
3
10
6
8
9
7
12 13
4 5
3
Ubatuba-SP 01 Entrada 02 Administração 03 Institucional
06 Música para a conservação 07 Adultos 08 Albinas
04 Espaço Infantil 05 Reabilitação
09 Tartaruga-verde 10 Tartaruga-de-pente
11 Tartaruga-oliva 12 Tartaruga-cabeçuda 13 Autossustentação
Fonte: Elaborado pela autora.
11
3
2
31
Praia do Forte-BA 01 Entrada 02 Música para a conservação 03 Institucional 04 Espécies
Figura 19 - Diagrama Projeto Tamar, Praia do Forte-BA.
05 Tartaruga-cabeçuda 06 Machos de tartaruga marinha 07 Reprodução e monitoramento 08 Ninhos e cercado 09 Juvenis 10 Telemetria e genética 11 Tartaruga-de-pente 12 Farol 13 Adultos 14 Evolução 15 Cascos 16 Ameaças 17 Tartaruga-oliva 18 Filhotes 19 Espaço infantil 20 Conservação marinha 21 Laboratório 22 Tartaruga-de-couro 23 Filhote de tubarão 24 Tubarão 25 Submarino 26 Inclusão social 27 Tartaruga-verde 28 Autossustentação Fonte: TAMAR, 2022.
REFERENCIAL TEÓRICO
Florianópolis-SC 01 Entrada 02 Institucional 03 Tartaruga-oliva 04 Tanque com peixes 05 Espaço infantil 06 Ameaças 07 Reabilitação 08 Reprodução e monitoramento 09 Ciclo de vida 10 Métodos de pesquisa 11 Cascos 12 Tartaruga-de-pente
Figura 20 - Diagrama Projeto Tamar, Florianópolis-SC.
13 Inclusão social 14 Tartaruga-cabeçuda 15 Machos de tartaruga marinha 16 Tartaruga-de-couro 17 Tartaruga-verde 18 Autossustentação
Fonte: TAMAR, 2022.
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3.2.3. The Turtle Hospital
Figura 22 - The Turtle Hospital: Sala de recuperação
O The Turtle Hospital está localizado na Flórida em Marathon, tendo inicio em 1986 com o objetivo de reabilitar as tartarugas marinhas, realizar pesquisas, educar o público sobre a importância da preservação com projetos e monitoramento das praias trabalhando com a legislação ambiental. O projeto se deu no antigo Hidden Harbor Hotel, os quartos servem como alojamento da equipe do hospital e armazenamento, além da piscina que virou tanques para as tartarugas que não podem voltar para a natureza. Figura 21 - The Turtle Hospital: Fachada
Fonte: TURTLE HOSPITAL, 2022.
O recinto das tartarugas marinhas é coberto com um pano sombreado para o conforto dos animais e usuários. Contém 23 tanques individuais variando de tamanhos e uma piscina para abrigar os animais que não podem voltar para o mar pois não teriam chance de sobreviver na natureza. O recinto é separado em dois, um para as tartarugas que precisem de maiores cuidados e outro para as que estão em fase final da recuperação. Além da separação das tartarugas com fibropapilomatose a fim de evitar contaminações. Contém uma ala com tanques reservados para os filhotes e
Fonte: TURTLE HOSPITAL, 2022.
tartarugas que ainda não chegaram na fase juvenil, o The Turtle Hospital resgata os filhotes encontrados na temporada de nidação e abriga durante a temporada para mantê-los seguros e salvo dos predadores.
REFERENCIAL TEÓRICO Figura 23 - The Turtle Hospital: Tanques
Fonte: TURTLE HOSPITAL, 2022.
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4
LEVANTAMENTO: Espécies, áreas de interação com a pesca
4. LEVANTAMENTO: Espécies e áreas de interação com a pesca
Figura 25 - Distribuição geográfica da eretmichelys imbricata no Brasil.
4.1. Tartarugas marinhas: Distribuição geográfica e características 4.1.1. Tartaruga de Pente (eretmichelys imbricata)
A Tartaruga de Pente tem a distribuição tropical em águas rasas. Os filhotes são pelágicos vivendo em mar aberto, se alimentando de algas e organismos que ficam na superfície. Na fase adulta e juvenil, passam a se alimentar principalmente de esponjas e corais, além de ouriços, anêmonas, crustáceos, tunicados e ovos de peixes. Figura 24 - Tartaruga de Pente.
Fonte: TAMAR, 2010.
Fonte: Banco de dados do TAMAR / SISTAMAR
LEVANTAMENTO
4.1.2. Tartaruga Verde (chelonia mydas)
Figura 27 - Distribuição geográfica da chelonia mydas no Brasil.
A Tartaruga Verde se distribui pelo mundo inteiro, circulando por águas tropicais e subtropicais, ao redor de ilhas e até estuários de lagos e rios que se ligam no oceano. De acordo com Bjorndal (1997), são animais onívoros quando filhotes, sua dieta consiste em organismos planctônicos, como águas-vivas, salpas, crustáceos e larvas de animais, esses organismos são encontrados em zonas pelágicas (mar aberto). Quando chegam na fase juvenil, migram para a zona nerítico, passando a se alimentar de algas marinhas. Figura 26 - Tartaruga Verde.
Fonte: TAMAR, 2010.
Fonte: Banco de dados do TAMAR / SISTAMAR
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4.1.3. Tartaruga Cabeçuda (caretta caretta)
Figura 29 - Distribuição geográfica da caretta caretta no Brasil.
A Tartaruga Cabeçuda apresenta uma distribuição em águas subtropicais, tropicais e temperadas. Segundo Bjondal (1997), na trajetória de migração elas passam por correntes oceânicas quentes. Quando filhotes e na fase juvenil, frequentam áreas pelágicas (mar aberto). Os filhotes, se alimentando de ovos e larvas de camarão e peixes. Já na fase juvenil seu repertório aumenta, consumindo algas, salpas, águas-vivas e peixes. Migram para áreas neríticas na fase adulta e se alimentam de crustáceos e moluscos. Figura 28 - Tartaruga Cabeçuda.
Fonte: NATURAECOTURISMO, 2021.
Fonte: Banco de dados do TAMAR / SISTAMAR
LEVANTAMENTO
4.1.4. Tartaruga Oliva (lepidochelys olivacea)
Figura 31 - Distribuição geográfica da lepidochelys olivacea no Brasil.
A Tartaruga Oliva se distribui em áreas pantropicais, com sua localidade está relacionada com as áreas de reprodução, perto das praias de desova. Segundo Bjorndal (1997), a dieta dessa espécie consta com crustáceos, moluscos, esponjas, salpas, águas-vivas, peixes, ovos de peixes e algas. Configurando a variedade em seu habitat, sendo em áreas profundas ou rasas, zonas pelágicas ou bentônicos. Figura 30 - Tartaruga Oliva.
Fonte: TAMAR, 2010.
Fonte: Banco de dados do TAMAR / SISTAMAR
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4.1.5. Tartaruga de Couro (dermochelys coriacea)
Figura 33 - Distribuição geográfica da dermochelys coriacea no Brasil.
A Tartaruga de Couro é classificada com a distribuição cosmopolita, ou seja, espécies que são encontradas em todo o mundo, sendo a espécie de tartaruga marinha mais adaptável. De acordo com Bjorndal (1997), a alimentação da tartaruga de couro é baseada em zooplâncton gelatinoso, ou seja, águasvivas, salpas, tunicados e sifonóforos. A Tartaruga de Couro possui comportamento mais pelágico do que as outras tartarugas, passando grande parte de sua vida no oceano aberto, raramente aproximando-se da costa para se alimentar (BJORNAL, 1997). Diante as pesquisas realizadas pelo Projeto Tamar, por meio da telemetria, foi evidenciado que as tartarugas de couro vivem em regiões oceânicas tropicais e em águas temperadas onde se concentram as águas-vivas. Figura 32 - Tartaruga de Couro.
Fonte: TAMAR, 2010.
Fonte: Banco de dados do TAMAR / SISTAMAR
LEVANTAMENTO
4.2. Análises áreas marinhas Pesquisas feitas pelo Projeto Tamar apresenta as trajetórias das espécies de tartarugas marinhas (Figura 34). Nota-se que as Tartarugas de Couro vêm da África para o Brasil, mais especificamente em São Paulo e Santa Catarina. A Tartaruga de Pente transita nas águas tropicais entre África e Brasil, para o Ceará. A Tartaruga Cabeçuda percorre entre o Norte e Sul do país, assim como a Tartaruga Verde. Já a Tartaruga Oliva com mais ocorrência nas regiões do norte da Bahia, Sergipe, Alagoas e vão para Santa Catarina. Figura 34 - Deslocamento das tartarugas marinhas feira por marcação.
De acordo com o Programa de Geologia e Geofísica Marinha, referente as áreas de prioridade de ação para conservação e áreas importantes para a conservação biológica (Figura 35). Destaca-se uma concentração relevante no sul e sudeste do país com classificação de “Extremamente Alta” em relação as áreas importantes para conservação biológica. Lopo após com taxa parcialmente “Muito Alta” e “Extremamente Alta” no norte do Brasil. Já as áreas com prioridades para conservação apresentam maiores índices entre o sudeste e o sul do país. Sendo em no sul do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Figura 35 - Mapa do Brasil com as áreas selecionadas de acordo com a sua importância biológica e ações prioritárias para conservação.
Prioridade de ação para conservação Extremamente Alta Muito Alta Alta
Áreas importantes para conservação biológica Insuf. conhecida Alta Muito Alta Extremamente Alta
Fonte: Tamar (2011).
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Fonte: PAIVA, 2020.
4.3. Áreas de interação de pesca e encalhes O Projeto Tamar realizou um monitoramento para mapear as ocorrências de interação com a pesca e as tartarugas marinhas. Resultando no mapa de lances de pesca de espinhel monitorados (Figura 36) e no mapa de localização de capturas de tartarugas marinhas (Figura 37). Através dos mapas de interações de pescas, nota-se a quantidade que se dá em cada região do país e as espécies que ocorrem essas interferências, percebe-se a grande concentração de redes lançadas na região sul e sudeste do Brasil. Consequentemente, com maiores índices das capturas acidentais nessas regiões, com mais casos da Tartaruga Cabeçuda (caretta caretta) e Tartaruga de Couro
Inclusive, diante as ocorrências de capturas incidentais nas pescarias dessas regiões, reforçam a hipótese de que a região é uma área de alimentação para essas espécies. Relacionando com o mapa das áreas selecionadas de acordo com a sua importância biológica e ações prioritárias para conservação (Figura 35), na qual apresenta como áreas importantes para ações de preservação na região sul e sudeste. Resultando no recorte em foco dessas regiões com interesse para se dar a implantação do projeto. Figura 37- Localização das capturas de tartarugas marinhas.
(dermochelys coriacea).
Figura 36 - Lances de pesca de espinhel monitorados.
Fonte: TAMAR, 2013
Fonte: TAMAR, 2013
LEVANTAMENTO
4.4. Análise dos locais de encalhes
Através de pesquisas e monitoramentos da ICES Journal of
Observando a importância dessa área encontra-se uma pesquisa realizada pela Renata Maria Taufer, pelo Centro Universitário UNINTER-Curitiba, sobre os efeitos de fatores antrópicos nos encalhamentos de animais marinhos na Bacia de Santos. Se deu a relação dos encalhamentos de animais com as atividades pesqueiras. Observando a tabela (Figura 38), a intensidade de atividades pesqueiras é maior na Grande Florianópolis, porém as ocorrências de encalhamentos são maiores no Litoral Sul Paulista.
Marine Science (2020), foi abordado e mapeado a ocorrência de encalhamentos das espécies de tartarugas em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, entre 2015 e 2017. Ao decorrer das análises do mapa de distribuição espacial do encalhe de tartarugas marinhas ao longo da área do estudo no sul do Brasil (Figura 39), percebeu-se maior quantidade de encalhamentos através das coordenadas em Ilha Comprida e Mongaguá. Figura 39 - Distribuição espacial do encalhe de tartarugas marinhas ao longo da área de estudo no sul do Brasil, de 2015 a 2017.
Figura 38 - Tabela de influência das atividades pesqueiras sobre os encalhamentos, referente a Santa Catarina, Paraná e São Paulo. ÁREA
Intensidade da atividade
Tartarugas (total/área)
Mamíferos totais (total/área)
Aves totais (total/área)
Sul Catarinense
8,80%
4,32%
7,26%
15,07%
Grande Florianópolis
24,47%
8,00%
7,26%
18,99%
Vale do Itajaí
18,70%
15,36%
11,42%
9,37%
Norte Catarinense
16,70%
11,25%
12,68%
9,60%
Metropolitana de Curitiba
13,03%
12,20%
12,49%
10,38%
Litoral Sul Paulista
11,83%
19,74%
22,49%
22,28%
Metropolitana de São Paulo
3,21%
12,56%
12,20%
8,25%
Vale do Paraíba Paulista
3,26%
16,56%
12,20%
6,08%
Total Geral
100%
100%
100%
100%
Fonte: TAMAR, 2020
| 45
MONGAGUÁ ILHA COMPRIDA
Fonte: TAMAR, 2020
4.5. Definição área implantação projeto Através de dados dos animais encontrados pela Biopesca em Mongaguá e pelo IPeC em Ilha Comprida, se deu a comparação dos encalhes entre as duas localizações (Figura 40). Resultando em 70,6% dos encalhamentos ocorrendo em Mongaguá e 29,4% em Ilha Comprida.
Figura 41 - Índice de resgate e encalhamento de tartarugas por km percorrido, por município durante o período de 2015 a 2017 -Instituto Biopesca.
0,23
0,28
0,17
0,30
30
20
Figura 40 - Gráfico quantitativo de animais encontrados em Mongaguá e Ilha Comprida.
10
Ilha Comprida 29.4%
Mongaguá 70.6% Porcentagem de animais encontrados em Mongaguá e Ilha Comprida
Fonte: SOUZA, 2021. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/216290/souza_lg_tcc_svi c.pdf?sequence=4&isAllowed=y
Também foram encontrados dados da Biopesca, indicando quantos encalhamentos se deu ao longo da área de atuação do Instituto, sendo Mongaguá, Praia Grande, Itanhaém e Peruíbe (Figura 41), apontando Mongaguá com segundo índice em relação a quilometragem percorrido.
Pe ru íb e
Ita nh aé m
M on ga gu á
Pr ai a
G ra nd e
0
índice de encalhes por km percorrido Fonte: BIOPESCA, 2019.
O Instituto Biopesca realizou mapas de densidade das ocorrências de cada espécie de tartaruga marinha nas áreas monitoradas, com registros de 2015 a 2017. Constitui-se que a região com maior encalhamento das espécies de Tartaruga Cabeçuda (Figura 43) e Tartaruga de Couro (Figura 45) foi a região de Mongaguá, conectando com os dados sobre a pesca incidental, essas espécies são as mais atingidas. Sendo assim, Mongaguá foi escolhido para a implantação do projeto do Centro de Reabilitação para tartarugas marinhas.
LEVANTAMENTO Figura 42 - Mapa de densidade de ocorrência da tartaruga-verde na área
| 47
Figura 44 - Mapa de densidade de ocorrência da tartaruga-oliva na área de
de estudo monitorada pelo Instituto Biopesca, 2015 – 2017.
estudo monitorada pelo Instituto Biopesca, 2015 – 2017.
Fonte: BIOPESCA, 2019.
Fonte: BIOPESCA, 2019.
Figura 43 - Mapa de densidade de ocorrência da tartaruga-cabeçuda na
Figura 45 - Mapa com local de ocorrência da tartaruga-de-couro e
área de estudo monitorada pelo Instituto Biopesca, 2015 – 2017.
tartaruga-de-pente monitorada pelo Instituto Biopesca, 2015 – 2017.
Fonte: BIOPESCA, 2019.
Fonte: BIOPESCA, 2019.
5
LOCALIZAÇÃO
5. LOCALIZAÇÃO
Figura 47 - Mapa Baixada Santista, com Mongaguá indicado
5.1. Mongaguá
O município de Mongaguá está situado no litoral paulista na mesorregião do Litoral Sul-Paulista na metropolitana da Baixada Aantista, posicionado a 24°00’17’’e 24°08’39’’S e 46°35’31’’e 46°44’49’’W. A cidade faz divisa com a Praia Grande e Itanhaém, sendo 91km de distância de São Paulo. Contém uma área estimada de 142,755km² e sua população aproximada sendo de 58.567 pessoas (IBGE). Na Figura 46, apresenta a distribuição da faixa etária da população de Mongaguá. Figura 46 - População por sexo e idade, Mongaguá (SP) - 2010.
Fonte: https://pt.wikivoyage.org/wiki/Baixada_Santista
O Clima da cidade caracteriza-se como subtropical úmido de acordo com Koppen, sendo compreendido com clima quente e tropical com chuvas. Na Figura 48 apresenta as temperaturas ao longo do ano em Mongaguá, variando em média de 20ºC a 28ºC, e na figura 49 o gráfico de temperatura e zona de conforto. Os ventos variam de acordo com os horários, sendo do sudeste e leste, de dia predominam os ventos que vem do sudeste e de noite os ventos do leste, conforme figura 54. Em relação a topografia, segundo a prefeitura municipal de Mongaguá contém uma relação de 60% de terrenos planos e 40% montanhosos, na
Fonte: IBGE (2010).
Figura 51 mostra a altimetria da cidade. A umidade relativa do ar média varia entre 80% e 90%, na figura 52 mostra o gráfico da umidade do ar anual e na figura 53 o gráfico de chuva anual da cidade.
LOZALIZAÇÃO Figura 48 - Temperatura climáticas de Mongaguá.
Fonte: PROJETEEE, 2016. Figura 49 - Gráfico de temperatura e zona de conforto.
Fonte: PROJETEEE, 2016.
Figura 50 - Gráfico de radiação média mensal.
Fonte: PROJETEEE, 2016.
| 51
Figura 51 - Mapa topográfico de Mongaguá
Fonte: https://pt-br.topographic-map.com/maps/gw73/Mongagu%C3%A1/
LOZALIZAÇÃO Figura 52 - Gráfico de umidade relativa
Figura 54 - Gráfico Rosas dos Ventos. Gráfico Rosa dos Ventos (Dia)
Fonte: PROJETEEE, 2016. Figura 53 - Gráfico de chuva
Gráfico Rosa dos Ventos (Noite)
Fonte: PROJETEEE, 2016.
Fonte: PROJETEEE, 2016.
| 53
5.2. Justificativa do terreno
com ruídos sonoros baixos pensando na melhor recuperação e conforto das tartarugas. Sendo assim, foi encontrado um terreno
Para a escolha do terreno no município foi estabelecido os na orla de 17.165m² com vegetação, localizado a 1,2km do seguintes aspectos: Possuir uma área ampla para implantar os centro e com ruídos sonoros mais baixos. Apesar de se localizar ambientes de acordo com o pré-dimensionamento, com próximo ao centro, essa área apresenta uma baixa concentração vegetação pré-existente, que disponha-se na orla e tenha de comércios e serviços e com residenciais ao redor (figura 55), acesso a ciclovia e transporte público, seja próximo do centro contendo assim o ruído sonoro reduzido (figura 56). Figura 55 - Mapa de uso do solo com
ÁREA DO TERRENO ESCOLHIDO
Fonte: PREFEITURA MONGAGUÁ, 2018.
LOZALIZAÇÃO Figura 56 - Mapeamento lotes vazios e ruídos sonoros
Rodovia Gov. Mario Covas Comércio e Serviço
Terreno escolhido Zona Predominantemente Residencial
Centro Terrenos vazios na orla Ruído sonoro alto
CENTRO
Ruído sonoro médio
(Concentração de comércio)
Ruído sonoro baixo Rov. Gov Mário Covas
Fonte: PREFEITURA DE MONGAGUÁ, 2018.
| 55
LOZALIZAÇÃO
5.3. Leis Municipais O terreno escolhido está localizado na ZPR (Zona Predominantemente Residencial), na área ZPR1. Na figura 57 apresenta as leis para a ZPR1, como os usos permitidos, coeficiente de aproveitamento, taxa de ocupação e recuos. O uso permitido na ZPR1, são C2.02/E2.02. Segundo a lei do município, E2.02 são serviços recreativos e culturais (tais como museus, cinema, teatros, parque de diversões, circos e assemelhados), serviços de comunicação e telecomunicação. E C2.02 são shoppings, hipermercados, bancos, lojas, escritórios e imobiliárias (PREFEITURA MONGAGUÁ).
AM
PL
IA Ç Ã
R O D O TER
Figura 57 - Leis municipais de Mongaguá, Zona Predominantemente Residencial 1.
Fonte: PREFEITURA DE MONGAGUÁ, 2018.
EN
O
| 57
5.4. Análises do terreno No sudeste do terreno situa-se a Avenida Governador Mário Covas, ela contém um fluxo baixo de veículos e um fluxo médio de pedestres e ciclistas. Pois é onde está localizado a orla e a ciclovia, por isso contém um fluxo de pedestres nesse eixo. Já no Noroeste do terreno está situado a Avenida São Paulo, onde contém o maior fluxo de veículos dentro da cidade pois é a avenida principal na qual passa os transportes públicos, contendo um fluxo médio de carros comparado a Rodovia Governador Mário Covas e fluxo baixo de pedestres. Além disso, a rua Reynaldo Reis localizada ao leste no
Figura 59 - Eixos viários.
RUA AVENIDA SÃO PAULO
quarteirão do terreno dá acesso a Rodovia Governador Mário Covas, ligando nas cidades vizinhas. E o terreno situa-se a 1,2km do centro, conforme apresenta no mapeamento de análise do entorno (figura 60). O mapeamento das vias irá auxiliar nas escolhas dos acessos do projeto, sabendo que a Avenida São Paulo passa ônibus e tem foco nos veículos e a Av.
RUA GOVERNADOR MÁRIO COVAS
Governador Mário Covas ciclovia e pedestres.
RUA REYNALDO REIS Fonte: Google Maps. Figura 58 - Rua Gov. Mário Covas. Fonte: Tirada pela autora.
LOZALIZAÇÃO Figura 60 - Mapeamento de análise do entorno do terreno escolhido
Terreno escolhido
S VA O C
Rod. Gov. Mário Covas (fluxo intenso - veículos) Av. São Paulo (fluxo médio - veículos; fluxo baixo - pedestre) Av. Gov. Mário Covas (fluxo baixo - veículos; fluxo médio - pedestre) Rua Reynaldo Reis
IS RE
CENTRO
IO ÁR M . OV G DA NI E AV
DO AL YN RE
IO ÁR M R DO A RN LO VE O AU G P O VIA SÃ O A D D I RO EN AV
A RU
S VA O C
Fonte: Elaborado pela autora
Centro Distância do centro até o terreno escolhido (1,2km) Ciclovia Transporte público
| 59
LOZALIZAÇÃO
O terreno contém na maior parte dele uma vegetação rasteira e algumas árvores, com ênfase para uma de porte grande localizada no nordeste do campo. Foram localizados a vegetação, postes, muros, acessos existentes, faixa de pedestre,
Figura 62 - Imagens tiradas do terreno.
acesso para a praia e rampas, que serão diretrizes para decisão de projeto como onde será o acesso principal para ter ligação direta com a praia, no caso, próximo a faixa de pedestre e rampa que dá acesso para a praia para melhor circulação dos usuários e monitoramentos. No levantamento, notou-se um plano para criação de calçadas com 1,50m de largura anotado no poste. Figura 61 - Faixa de pedestre em frente ao terreno.
Fonte: Fotografado pela autora.
Fonte: Fotografado pela autora.
| 61
Os ventos predominantes no terreno escolhido vem do leste e sudeste, sendo do sudeste com maior eficácia e atravessa o terreno Sudeste-Noroeste pela sua abertura, enquanto os ventos do leste contém barreiras dos edifícios vizinhos. Com isso, disponha-se que na implantação do projeto contenha aberturas Sudeste-Noroeste, a fim de obter a ventilação natural. As alturas dos edifícios vizinhos são predominantemente de 1 a 2 pavimentos, porém ao sudoeste do terreno localiza-se prédios com mais de 7 pavimentos. Contudo, não irá atrapalhar na incidência solar, apenas no final do dia não irá pegar sol o lado sudoeste da área. As visuais do terreno dão diretamente para o mar, com uma vista privilegiada para o oceano e coqueiros da orla, favorecendo o conforto visual do usuário juntamente da brisa do mar e os ventos predominantemente do sudeste, podendo trazer sensações estimulando os sentidos humanos como a visão, audição e olfato, com a paisagem, cheiro e barulho do oceano. Além de que com o acesso para o mar, se dá a proximidade do monitoramento e estudos que serão realizados no centro de reabilitação e preservação de tartarugas marinhas. Com a análise da insolação dará diretrizes para a implantação e layout do projeto, como analisar os ambientes para suas disposições favorecidas. Além de analisar cada fachada, para adequação de materiais e aberturas, assim trabalhando com as sobras e as incidências. Na figura 64 apresenta a análise da incidência solar nas fachadas de acordo com a carta solar e na figura 65 o estudo solar no verão e inverno.
|
LOZALIZAÇÃO
63
Figura 63 - Mapeamento de análise do terreno escolhido
Delimitação do terreno Edifícios 1 a 2 pav. Edifícios mais de 5 pav. Vegetação Acessos Visuais Direção ventos Fluxos de ventos Fonte: Elaborado pela autora
Figura 64 - Análise carta solar.
E ST OE R NO
NOROESTE TE ES DO SU
SUDOESTE
N O RD ES TE
TE ES D SU
Fonte: Sol Ar, 2022.
NORDESTE
SUDESTE
LOZALIZAÇÃO Figura 65 - Estudo solar do terreno. VERÃO - 8h
VERÃO - 16h
INVERNO - 8h
INVERNO - 16h
Fonte: Elaborado pela autora.
| 65
6
PROCESSO PROJETUAL
Sendo assim, foi definido o programa de necessidades e
6. PROCESSO PROJETUAL 6.1. Programa de Necessidades O programa de necessidades do Tarmana distribui-se em três setores, sendo eles: (1) Centro de Reabilitação, (2) Centro de Pesquisa e (3) Centro de Visitação e Educação. No Centro de Reabilitação é para onde as tartarugas marinhas vão quando são resgatadas, composto pelo centro veterinário para realizar exames, cirurgias e tratamentos para liberação da soltura no mar, além do centro veterinário, é necessário tanques como recintos para essas tartarugas. O Centro de Pesquisa consta com uma base para pesquisas e monitoramentos, além do setor administrativo do Projeto Tarmana. O Centro de Visitação abrange a educação e conscientização dos visitantes, nele disponha-se tanques para cada espécie, separando-as a fim de estabelecer o aprendizado de cada uma das espécies de tartarugas. Também consta com um espaço educacional e cultural para o desenvolvimento da educação, um espaço institucional infantil com recreação e educação com atividades de interação infantil. E o espaço de coleta de lixo, para que os visitantes possam deixar seus lixos.
Centro de Reabilitação
Centro veterinário Tanques para tartarugas debilitadas
Centro de Pesquisa
estabelecido o pré-dimensionamento (figura 66 e figura 67). O Centro de Visitação e Educação não contém restrições quanto a proximidade dos ambientes, o setor contará com: Reservatórios para cada espécie; Reservatórios para as tartarugas adultas, para separação das tartarugas jovens evitando brigas, além de ter uma mini praia com areia caso as tartarugas queiram sair para uma possível desova, pois as tartarugas vão até a areia só em casos de desovas; Museu das tartarugas, como espaço institucional com informações, exposições de cascos e crâneos; Museu da pesca, área de aprendizado sobre a pesca e a interação das tartarugas; Sala de aula, para aulas para o público e pescadores; Sala de cinema, para vídeos educativos; Institucional Infantil, recreação e atividades interativas infantis; Museu do Lixo, com exposições de lixos encontrados no mar e dentro das tartarugas resgatadas, para educação e conscientização; Espaço de reciclagem, como coleta de lixo; Oficina de reciclagem, produção com materiais recicláveis. E ambientes de serviços para atender o Centro de Visitação, como recepção, lanchonete, banheiros, depósito, estacionamento. bicicletário e armazém de alimentos das tartarugas marinhas. Centro de pesquisa Laboratório Administrativo
Centro de Visitação e Educação
Tanques para cada espécie Espaço institucional e cultural Institucional infantil Espaço de coleta de lixo.
PROCESSO PROJETUAL
| 69
O Centro de Pesquisa compõe por dois setores, a área de
Sala de raio-x e ultrassom, para exames dos animais; Sala
pesquisa e a área administrativa. A área de pesquisa conta com: Laboratório, Biblioteca de arquivos, com fichas técnicas, registros e livros para consulta e estudo da equipe técnica; Sala equipe técnica (biólogos, veterinários e tratadores); Cozinha; Vestiários; Sala de limpeza e Depósito. O setor administrativo
de despetrolização, para limpar os animais marinhos sujos de óleos; Sala de cirurgia; Paramentação, onde ocorre a troca de vestimentas dos profissionais para roupas específicas da execução da cirurgia; Esterilização, destinado para os materiais da cirurgia; Preparo, destinado para pré-operatório; Laboratório
com: Hall, sendo um ambiente de convivência e/ou espera; Diretoria, Coordenação, Administração; Sala de Reunião; Escritório; Cozinha e Vestiários. O Cento de Pesquisa também
de exames; Sala de terapia intensiva e Reservatório de fisioterapia, onde são realizadas laserterapia, fisioterapia e outras terapias; Reservatórios fibropapilomatose, são tanques
não contém restrições quanto a proximidade dos ambientes. O Centro de Reabilitação é o setor mais complicado que
individuais separados dos demais ambientes para as espécies que estejam contaminadas; Sala de necrópsia; Sala equipe
deve conter um cuidado quanto as restrições de proximidade dos ambientes, a fim de evitar transmissões de doenças contagiosas entre as espécies. O setor é composto por:
técnica. As áreas de serviço do Centro de Reabilitação abrange vestiários, sala de limpeza, armazém de alimentos das espécies,
Reservatórios hospitalares diferentes para as tartarugas adultas, jovens e filhotes, com as devidas separações a fim de
garagem náutica para estacionamento dos barcos e veículos dos monitoramentos e depósito de equipamentos para os
evitar brigas, são esses os tanques para as tartarugas ficarem enquanto estão em fase de tratamento e recuperação; Sala de
equipamentos de mergulho, resgate e monitoramento.
triagem, para identificação das tartarugas que chegam dos resgates; Sala de quarentena e Reservatórios da quarentena, é o ambiente que os animais ficam antes de ir para os recintos (reservatório hospitalares), nessa etapa as espécies fazem as baterias de exames e esperam os resultados para saber se não tem nenhuma doença contagiosa como a fibropapilomatose, uma doença mortal que é removida com cirurgia; Ambulatório central, para diagnósticos e onde liga os ambientes de serviço;
Figura 66 - Programa de necessidades e pré-dimensiosamento
Fonte: Elaborado pela autora.
PROCESSO PROJETUAL Figura 67 - Programa de necessidades e pré-dimensiosamento
Fonte: Elaborado pela autora.
| 71
6.2. Proximidade e fluxos Visto que o Centro de Reabilitação é o setor mais crítico do projeto em relação a proximidade dos ambientes por conta das possíveis transmissões de doenças contagiosas, foi feito uma tabela de proximidades para este bloco (figura 68). Enquanto o Centro de Pesquisa e Centro de Visitação não contém restrições entre a proximidade dos ambientes. Quando as tartarugas marinhas são resgatadas elas chegam no Centro de Reabilitação pela garagem náutica e passam pela triagem para a identificação. Logo após, elas vão para a sala de quarentena e reservatórios da quarentena, passando pela bateria de exames coletados na própria sala de quarentena, indo direto para o laboratório de exames. Enquanto os resultados dos exames não saem, elas ficam isoladas na quarentena, evitando alguma possível transmissão. Depois que os resultados saem, caso estejam com fibropapilomatose (doença contagiosa) elas são encaminhadas para os reservatórios de fibropapilomatose que são individuais, logo após vão para a cirurgia a fim de serem retiradas e curadas, se a cirurgia for bem sucedida e for certificado que elas não tenham outra doença contagiosa, elas são encaminhadas para os reservatórios hospitalares. Já as tartarugas que deu negativo nos exames para alguma doença contagiosa, são encaminhadas diretamente para os reservatórios hospitalares, onde elas ficam até a completa recuperação, ainda assim fazendo exames e tratamentos. Se alguma tartaruga estiver com algum problema que necessite de .
terapias como laserterapia ou fisioterapia, elas são encaminhadas para a sala de terapia nas horas de tratamentos. E se por um acaso, no processo da cirurgia ocorrer um óbito ou até mesmo nos reservatórios, o caminho é para a sala de necrópsia com saída para a garagem náutica a fim de transportá-las até o local no enterro. Após os tratamentos e a recuperação serem bem sucedidos, é feito mais uma bateria de exames para ter certeza que ela está pronta para o retorno no oceano. Quando a tartaruga estiver pronta para o retorno, do reservatório hospitalar elas são encaminhadas novamente para a garagem náutica para o seu retorno. E da garagem náutica, a equipe técnica deixa ela na areia da praia e assistem o retorno para o mar para ter certeza de que foi feito um trabalho bem feito. O acesso dos funcionários se dá através do Centro de Pesquisa (Avenida São Paulo) ou pelo Centro de Reabilitação (Avenida Governador Mário Covas), além disso, os blocos são conectados de forma que a equipe técnica como os biólogos, veterinários e tratadores possam circular entre todos os blocos, sendo assim, os profissionais podem ficar tanto no Centro de Pesquisa, Centro de Visitação ou Centro de Reabilitação. Os visitantes tem dois acessos, pela orla (Avenida Gov. Mário Covas) na qual o acesso é mais favorecido para os pedestres e ciclistas, e pela Avenida São Paulo que dá para o estacionamento, dando o acesso para carros e ônibus escolares. E os ambientes do Centro de Visitação são distribuídos ao longo da área intercalando com os reservatórios das tartarugas.
PROCESSO PROJETUAL Figura 68 - Tabela de proximidade, Centro de Reabilitação.
Fonte: Elaborado pela autora.
| 73
Centro de reabilitação
Figura 69 - Fluxograma: Centro de Reabilitação
Reservatório quarentena
Sala de despetrolização
Sala de triagem
Sala de quarentena Sala de limpeza Armazém alimentos espécies
ENTRADA/SAÍDA Avenida Gov. Mário Covas
Garagem náutica
Ambulatório central
Sala de necrópsia
Reservatório fibropapilomatose
Apoio funcionários
Banheiros Depósito equipamentos resgate
Sala de terapia
Reservatório hospitalar
Reservatório fisioterapia
Laboratório de exames
Sala de esterelização materiais Sala de raio-x
Fonte: Elaborado pela autora.
Preparo cirurgia
Sala de ultrassom
Sala de cirurgia
Para-mentação
PROCESSO PROJETUAL
Centro de pesquisa
ENTRADA/SAÍDA Av. São Paulo
Figura 70 - Fluxograma: Centro de Pesquisa
Diretoria
Administração
Coordenação
Biblioteca de arquivos
Vestiários
Estacionamento
Equipe técnica
Hall Cozinha
Sala de reunião
Laboratório Escritório
Sala de limpeza
Fonte: Elaborado pela autora.
Depósito
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Figura 71 - Fluxograma: Centro de Visitação
Centro de visitação ENTRADA/SAÍDA Av. São Paulo
Sala de
Sala de
aula
cinema
Museu das tartarugas Estacionamento
Armazém alimentos espécies
Recepção 2
Museu do lixo
Oficina de reciclagem
Institucional Infantil
Banheiros
Reservatórios
Lanchonete
Depósito Loja
Espaço de reciclagem Recepção 1
Museu da pesca
Bibicletário SAÍDA LIXO
ENTRADA/SAÍDA Av. Gov. Mário Covas Fonte: Elaborado pela autora.
PROCESSO PROJETUAL
6.3. Perfil do usuário
Funcionários
O público-alvo inclui pessoas de todas as idades e classes sociais, mulheres, homens, crianças, idosos. Sendo eles, moradores, turistas e estudantes, além dos pescadores tendo como objetivo a conscientização e educação ambiental da população ocupando o Centro de Visitação. Para o Centro de Reabilitação e Centro de Pesquisa consta com uma equipe técnica de biólogos, médicos veterinários, tratadores, incluindo os estudantes e estagiários. No setor administrativo será necessário um diretor, coordenador, administrador, analista financeiro, analista de recursos humanos, analista de marketing digital e faxineiro.
Biólogo
Médico veterinário
Tratador
Público-Alvo (Visitantes)
Idosos
Faxineiro
Moradores
Famílias
Administrator Analista financeiro Analista de recursos humanos
Turistas
Estudantes
Pescadores
Analista marketing digital Recepcionista Diretor Coordenador
Estagiários
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6.4. Conceito e Partido Arquitetônico O objetivo do projeto Tarmana tem a intenção do resgate, reabilitação e preservação das tartarugas marinhas, unindo a integração social com âmbito da conscientização, educação ambiental e lazer, incluindo também ações de pesquisa sendo um centro de pesquisa das tartarugas marinhas e do oceano. Dessa forma, tem-se como palavra-chave do conceito a sustentabilidade com o seguimento da preservação e conscientização. Abrangendo critérios ambientais, sociais e econômicos. O projeto tem a finalidade de educar e conscientizar os usuários, buscando a sensibilização da população local, turistas
Além disso, o projeto tem como propósito causar estímulos aos usuários nas emoções e percepções. Projetando um ambiente eficiente que traga conforto e ao mesmo tempo sensibilização da causa, agregando também no conforto dos animais e melhora na recuperação deles. Figura 72 - Croqui processo projetual
Projeto
Sustentabilidade
Tarmana
e os pescadores, aplicando atividades que possibilita a interação e inclusão social, programas de educação ambiental, sobre as ameaças das tartarugas marinhas e o porquê devemos protegêlas, sobre a poluição dos oceanos e a pesca incidental. Além disso, sendo um meio de geração de recursos próprios e
Centro de Pesquisa
Econômico
oportunidades de trabalho, renda e lazer. Inserido também no projeto, programas de pesquisa, monitoramento e proteção das praias e pescas exercidas no local. Constando também com a inserção de educação sobre reciclagem e espaço para descarte e reciclagem dos lixos. Buscando parceria com o Projeto Piloto de Coleta Seletiva de Mongaguá (2022), para que os resíduos sejam levados até a Cooperativa de Catadores de Recicláveis de Mongaguá (Coopermar).
Ambiental
Social
Centro de Reabilitação
Fonte: Elaborado pela autora.
Centro de Visitação
PROCESSO PROJETUAL
O partido do projeto se deu primeiramente através da disposição da implantação, buscando a distribuição dos setores com o objetivo de trabalhar as sensações aos usuários mantendo a conexão direta com a natureza e alcançando o conforto. A implantação do projeto se deu através das condicionantes do terreno, como a ventilação, insolação, topografia, fluxos, visuais, acessos e permanências existentes como a vegetação, edifícios vizinhos, postes de iluminação, a faixa de pedestre e o acesso para a praia que se dá por uma rampa. Visto o programa de necessidades, sendo 3 setores de atuação: Centro de Reabilitação, Centro de Visitação e Centro de Pesquisa; Definiu-
acessos para os visitantes e dois acessos para os funcionários. Além disso, o eixo do transporte público se dá na Avenida São Paulo, visto que seria um dos meios de chegada dos funcionários e estudantes. Figura 73 - Análises terreno e implantação
se a separação delas distribuindo no terreno. O Centro de Visitação se dispôs na fachada sudeste (orla), tendo como partido a vista privilegiada sendo um contato direto para a natureza, a conexão com os ventos, brisa, cheiro e som do mar para causar as sensações nos usuários e conforto, além do melhor acesso aos pedestres e ciclistas. O Centro de Reabilitação também se deu na fachada
OCEANO
sudeste, tendo como prioridade o acesso a praia para os monitoramentos, resgates e solturas dos animais, sendo assim se deu na frente do acesso para a praia. Agregando também no
PESQUISA
conforto acústico para as tartarugas marinhas, livre do barulho do fluxo de veículos na Avenida São Paulo (noroeste). O Centro de Pesquisa se deu na fachada noroeste, pensando no estacionamento estando em conjunto com esse setor e com o Centro de Visitantes, de modo que o estacionamento não ocupasse a fachada com a vista para o mar. Agregando também ao acesso nas duas extremidades do terreno, contendo dois
| 79
VISITAÇÃO REABILITAÇÃO
OCEANO
Fonte: Elaborado pela autora.
A forma resultou em formas orgânicas, de modo a trazer a
Com o material também pode-se alcançar o conceito da
identidade do ambiente (litoral), passando a sensação de leveza, paz e fluidez. Buscou-se como partido a referência das placas do casco de uma tartaruga, sendo várias placas soltas espalhadas ao longo do terreno. E no Centro de Reabilitação se deu uma sobreposição de três placas, como acontece no casco da
sustentabilidade e sensações nos usuários, consistindo-se em materiais naturais. No projeto dará a aplicação de madeira e pedras. Além da paleta de cores utilizada como azul, verde e tons de madeira, com a intenção de remeter ao lugar que o projeto está implantado e também gerar tranquilidade e conforto aos usuários, incluindo as tartarugas marinhas remetendo ao
tartaruga-de-pente, agregando também na iluminação zenital fazendo aberturas para as salas dos reservatórios.
oceano.
Figura 74 - Partido, forma placa casco tartaruga
Fonte: Elaborado pela autora.
PROCESSO PROJETUAL
| 81
7
O PROJETO
CENTRO DE REABILITAÇÃO 1 - Triagem 2 - Despetrolização 3 - Quarentena 4 - Sala fribropapilomatose 5 - Laboratório de exames 6 - Raio-x 7 - Ultrassom 8 - Preparo cirurgia 9 - Paramentação 10 - Cirurgia 11 - Esterilização 12 - Ambulatório central 13 - Sala de terapia intensiva 14 - Armazém alimentos 15 - Sala de limpeza 16 - Sala de necrópsia 17 - Equipe técnica 18 - Vestiários 19 - Ala reservatórios hospitalares 20 - Garagem náutica
11
10 4
8 9
10 9
8
5
7
3
2
18 18
17 6
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12 16
15
14
1
19 20
PROCESSO PROJETUAL
CENTRO DE VISITAÇÃO 1 - Entrada 2 - Museu da Pesca 3 - Museu das tartarugas 4 - Museu do lixo 5 - Oficina de reciclagem 6 - Sala de aula 7 - Sala de cinema 8 - Institucional Infantil 9 - Loja 10 - Lanchonete
1
11
13
2
13
3 13
13
11- Banheiros
15
6
12 - Armazém alimentos 13 - Reservatório espécies 14 - Reservatório adultos
12
7
15 - Reservatório jovens 16 - Espaço de reciclagem
10
8 14
11
9 4 5 16
15 15
11
1
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ADMINISTRATIVO 9
1 - Hall 2 - Administração 3 - Coordenação 4 - Diretoria 5 - Escritório 6 - Sala de reunião 7 - Cozinha 8 - Vestiários 9 - Banheiros
2
5
4
8
7
1
9
6
3
8
CENTRO DE PESQUISA 1 - Biblioteca de arquivos 2 - Equipe técnica 3 - Cozinha 4 - Laboratório 5 - Vestiários 6 - Sala de limpeza 7 - Depósito
2
5 4
1 3
5
6
7
PROCESSO PROJETUAL
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8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Acesso