Portfólio de Arquitetura 2021 - Giovanna Arruda

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giovanna arruda

portfolio 2021


GIOVANNA FORMAÇÃO

ARRUDA SOFTWARES

ESTÁGIO TECHNÈ ARQUITETURA R. São João, 570 - Vila Santo Antônio, Cotia - SP 10.2020 - 01.2021

photoshop

BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO Universidade Presbiteriana Mackenzie 2018 - hoje (matutino)

sketch up

ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO Colégio Rio Branco | Unid. Granja Viana 2003 - 2017

indesign

vray autocad archicad

INTERCÂMBIO ESCOLAR Union Catholic High School Scotch Plains - NJ, EUA 08.2015 - 01.2016 CURSO DE ARCHICAD BIM Para Arquitetos com Lucas Bacelar 11.2020 CURSO DE INDESIGN, PHOTOSHOP, SCKETCHUP E VRAY Curso CURA, SP 01.2020 CURSO DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA Curso de Croqui de Arquitetura com Caio Marçon e Rodrigo Prata 07.2017 ACAMPAMENTO INTERNACIONAL CISV Programa Village Trondheim, Noruega 07.2011

LÍNGUAS PORTUGUÊS língua materna INGLÊS nível C2

CONTATO giovannamfarruda@gmail.com +55 11 99266-8709




01 02 03 04 05 06

museu da democracia página 06 participação no concurso 4º Prêmio Cura

centro cultural página 18 ateliê projeto IV

apartamento copan página 28 participação no 5º Prêmio Cura

conjunto cubo página 34 ateliê projeto V

percurso página 54 ateliê projeto V

edifício híbrido página 62 ateliê projeto VI


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museu da democracia Participação no concurso 4º Prêmio Cura

Rio de Janeiro, Brasil O museu traz consigo a capacidade de nos fazer lembrar e, lembrando, a possibilidade de nos fazer corrigir e aspirar por uma compreensão cada vez maior do todo. E foi buscando traduzir esse sentimento simbolicamente em cada aspecto de sua estrutura que o presente projeto do Museu da Democracia foi desenvolvido. Desde sua localização e forma até os materiais escolhidos, buscou-se produzir um sentimento sinestésico capaz de suscitar no público o choque de intensidade poética o qual se desperta apenas com a memória e que acarreta em uma nova compreensão da história. O museu se localizará no Rio de Janeiro, antiga capital que põe em evidência a fragilidade das instituições democráticas brasileiras devido aos fortes resquícios de autoritarismo militar ainda presentes nesse estado. No entanto, o fator mais significativo de nossa escolha do terreno no Rio de Janeiro repousa sobre a rua na qual será construído: a Rua Joaquim Palhares. A rua onde Marielle Franco foi brutalmente assassinada. A rua onde culminou o mais simbólico ato de violência contra a democracia que o Brasil viu em sua história recente. Marielle, mulher preta, lésbica, feminista, de origem periférica, mestra em administração pública e socióloga que não tinha medo de denunciar as milícias e mostrar as injustiças. Esse ato de extrema violência deve permanecer em evidência na história do Brasil para que jamais volte a se repetir. Assim o Museu da Democracia na Rua Joaquim Palhares, em travessa com a controvérsia rua de nome Ulysses Guimarães, materializa o eterno lembrete de que ali a democracia foi ferida, e continua sendo. Estando no centro daquela ferida aberta o museu simboliza que ali a memória está presente e ali futuras gerações se lembrarão dos tão bárbaros erros do passado e buscarão não cometê-los novamente.

projeto em parceria com João Campoli

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B A

B

A

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0

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implantação 9


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acesso e praรงa seca

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área expositiva corredor da ditadura corredor a céu aberto

área expositiva e terraços

acervo

café e loja

foyer e auditório

memorial dos mortos e desaparecidos área administrativa e centro de pesquisa

biblioteca salas de debate átrio

praças e espaços públicos bicicletário

diagrama de ambientes

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corte AA

0

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corte BB

Estruturalmente, a disposição do museu adota como princípio norteador uma paradoxal desordem harmônica contrária ao clássico padrão lógico e regrado, que sempre teve caráter excludente. Dessa forma, as linhas da obra se tornam metonímia da democracia brasileira que teve origens oblíquas e não seguiu um modelo tradicional desde seu início, simbolizando um momento de imprecisão. Os blocos do museu estão dispostos de forma a criar áreas públicas convidativas, buscando a gênese de áreas de convívio democrático para revitalizar culturalmente a região que é predominantemente comercial e assim carece de ambientes de convívio público. Para alcançar isso, não existem portas de entrada para o museu; uma rampa contínua com a rua leva o visitante direto a praça central da estrutura de um lado, e uma escadaria leva à outra praça do outro de forma convidativa. Ambas as praças fluidamente convergem no átrio do museu, e este por sua vez se conecta continuamente com todos os pavimentos do prédio. O alto grau de conectividade da rua com a estrutura busca quebrar as barreiras entre o público e o privado incorporando a máxima de que o caráter do espaço dessa obra é democrático e de livre acesso a todos. Adicionalmente, foram construídas salas em uma das praças para fomentar atividades como debates, mesas-abertas e apresentações por parte da população, buscando a geração de um centro capaz de promover transformações sociais.

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galeria de exposição

corredor da ditadura

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O recorte na estrutura busca estimular sentimentos diferentes em suas várias situações: no piso das exposições, durante a passagem por um caminho tortuoso, com ângulos hostis e luminosidade abafada é contada a história dos períodos sombrios da ditadura brasileira, em que a incerteza e a claustrofobia predominavam. De forma a ocasionar sentimentos lúgubres no visitante, a forma incorpora em si o conteúdo nessa travessia. No entanto, existe uma luz no fim do túnel – literalmente. O caminho pela exposição da história dos anos ditatoriais finda-se com a promulgação da Constituição de 1988 e, em conformidade, a forma expressa essa liberdade através do afloramento de um corredor com paredes altas expostas a céu aberto, irrigando o visitante com espaço livre e iluminação natural e contradizendo o sentimento lúgubre do início do trajeto. Dessa forma a memória se mantém viva através de sinestesias e a capacidade de gerar empatia é maximizada. A partir de outra perspectiva, seguindo o mesmo princípio da forma refletindo o conteúdo, o recorte permite a visão direta do memorial enterrado, ocasionando um feixe de luz natural que recai sobre as paredes onde estarão expostos os nomes dos mortos e desaparecidos. Afinal, como já dizia Cícero, a história é a luz da verdade e tal iluminação reaviva a memória e permite a compreensão da história.

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acesso e praรงa seca lateral

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centro cultural Ateliê Projeto IV estudo das estruturas de concreto

São Paulo, Brasil O projeto do Centro Cultural inserido no terreno de esquina entre a Praça Dr. João Mendes e a rua Tabatinguera, no centro de São Paulo, reúne um programa conciso de ambientes e espaços que atendem à demanda de um bairro que carece de edifícios voltados à educação e cultura. O projeto resume volumetrias integradas entre si, de fácil acesso por toda extensão do terreno, produzindo fluência contínua com a Praça Dr. João Mendes e com a Rua Tabatinguera, essa última também com acesso para carros, com estacionamento e vagas especiais. A entrada dos pedestres é direcionada primeiramente à praça de acesso logo no encontro da rua, como se fosse um convite para entrar diretamente no grande térreo livre, espaço coberto e aberto para realização de feiras, eventos e manifestações culturais. Esse fácil e contínuo acesso pelas ruas cria um interessante e desejado aumento do fluxo de pessoas pela passagem do térreo livre do Centro Cultural. O acesso ao interior do Centro Cultural se dá pelo prédio principal, por meio de escada e elevador, encaminhando as pessoas, num primeiro momento, para o saguão de acesso e salão de exposições, de forma que as pessoas passem por estes ambientes essenciais antes de se dirigirem a qualquer outro lugar, inclusive a biblioteca, que tem entrada controlada a partir do espaço de exposições, e as áreas comerciais, no segundo andar do mesmo prédio. No terceiro andar foi concebida uma solução diferenciada, com um terraço coberto, cafeteria e área tranquila de permanência, além de um grande jardim descoberto. Do terraço também existe acesso controlado à biblioteca, pelo seu último andar, duplicando o fluxo de pessoas: tanto as que iniciam seu trajeto de baixo para cima, da biblioteca para o café do terraço, quanto de cima para baixo, terminando no salão de exposições. É um percurso muito estimulante, derivado da interação entre os dois prédios e seus ambientes. A consequência é uma solução extremamente funcional do projeto do Centro Cultural: as praças de acesso conjuntas com o térreo livre facilitam o acesso e convidam os pedestres; a chegada ao interior acontece já no saguão de entrada e salão de exposições, espaços essenciais no trajeto; há acesso por toda a extensão da rua Tabatinguera e da Praça João Mendes; e, desta última, continuação para outra praça maior que conduz para a área de eventos e para o auditório.

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biblioteca

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implantação 0

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salão de exposições

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planta cota 751.00 0

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planta cota 760.50 0

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planta cota 767.70 0

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planta cota 756.00 0

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planta cota 764.10 0

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planta cota 771.30 0

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corte aa 0

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corte bb 20

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corte cc

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vista frontal


biblioteca

biblioteca - sessĂŁo infantil

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terraรงo

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APARTAMENTO COPAN Participação no concurso 5º Prêmio Cura

Edifício Copan, São Paulo-SP, Brasil Buscando traduzir sinestesicamente a excêntrica personalidade dos futuros moradores deste apartamento no Copan, desenvolvemos o projeto norteado pelo conceito de ambientes abertos, integrados entre si e ornados com elementos que dialogam estilisticamente com a escola de arquitetura modernista brasileira. O hall de entrada busca exibir de forma imediata uma parede estrutural exposta, na qual estão penduradas duas bicicletas de forma a ressaltar uma dinâmica metalinguística de decoração que é espelhada no resto do projeto. A suíte de casal é caracterizada por sua amplitude e grande integração com o resto dos cômodos, permitindo a ênfase na dinamicidade e excentricidade da personalidade do apartamento. Através de aberturas distribuídas, a suíte é integrada à varanda, ao jardim e ao ofurô. Quanto ao banheiro, este se divide em três etapas, começando pela cabine com vaso sanitário, que de forma orgânica e sútil nos leva à pia exposta e que logo se integra ao box, cujo estilo busca transmitir harmonia. Já a varanda do apartamento é fechada pelos cobogós e brises da fachada do Copan, que trazem consigo a organicidade singular do edifício. Buscando trazer uma área de relaxamento, o jardim e o ofurô foram desenvolvidos buscando trazer o máximo de conforto e paz aos moradores, que, em meio à cidade, poderão desfrutar de uma bela vista enquanto descansam nesse ambiente. Uma área de serviço também está integrada à varanda, podendo no entanto ser isolada do ambiente através de seu fechamento com portas camarão. Finalmente, buscamos imprimir nos demais ambientes um sentimento de dinâmica harmonia através de sua interligação. Dessa forma, a cozinha com copa e a sala de jantar se ligam à sala de estar, onde está instalado o home theater, e o home office, buscando permitir com que o casal faça suas principais atividades diárias de forma conjunta. Além disso, no home office desenvolvemos uma ampla estante com mais de 30 metros lineares, na qual poderão ser colocados os livros de forma prática. Desenvolvemos o home theater, por sua vez, de forma a instalar uma estante com televisão e prateleiras para que sejam comportados discos, CDs, DVDs e demais equipamentos eletrônicos. Logo nosso projeto busca exprimir a excentricidade e dinamicidade de seus moradores sem abrir mão da praticidade. Através de espaços abertos e integrados, enfatizamos a mobilidade e estilo de uma vida na sociedade contemporânea, porém com áreas de descanso e contemplação também imprimimos em nosso projeto a importância dessas facetas da vida. projeto em parceria com Isabella Berakha

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a demolir a construir

quadro elétrico (reposicionado)

planta demolição e construção sem escala

brise cobogó h = 2,10m mureta h = 1,10m

Mesa E - 1027 Eileen Gray

varanda e serviços área: 8,30m²

Poltrona Dinamarquesa Jorge Zalzupin

suíte

área: 31,30m²

Livreiro Volpi Lia Siqueira lavabo

área: 2,25m²

cozinha

área: 15,50m²

Pendente LBB01 Lina Bo Bardi home office

Poltrona MP - 51 Percival Lafer

sala de estar

Sofá TAO Bell’Arte Living

área: 9,60m²

área: 41,68m²

planta projeto sem escala 30


corte longitudinal em perspectiva

corte transversal em perspectiva

entrada de serviço

varanda com área de serviço e ofurô

suporte para bicicletas entrada social

lavabo suíte do casal

home office cozinha com sala de jantar e copa

sala de estar e home theater

perspectiva isométrica 31




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02

conjunto cubo Ateliê Projeto V estudo de estratégias sustentáveis

Cidade Fictícia, Brasil O projeto foi fruto de uma reflexão a respeito da forma como vivemos e como ocupamos esse espaço no planeta. Logo, a quadra foi desenvolvida pensando no ideal de cidade futurística sustentável, com soluções tanto estrutural quanto conceitualmente conscientes, que demonstram a necessidade e importância da busca por alternativas autosustentáveis e de menor impacto ambiental. O programa consiste na instalação de 160 unidades de casas cubo (dimensão 6 m x 6 m x 6 m) em uma quadra aberta de 96 x 96 m, buscando a criação de um modelo considerado ideal para uma cidade fictícia. Estruturalmente, o conjunto foi desenvolvido visando refletir sobre o impacto que a construção teria em seu ciclo de vida e no ciclo de vida dos materiais usados. Portanto, a estrutura é essencialmente de madeira laminada colada (MLC) e madeira laminada cruzada (CLT), por serem materiais naturais e necessitarem de poucos processos de manufaturação para seu fabrico. O vidro é um material bastante explorado no projeto já que permite a iluminação natural e garante a economia de energia. Outra escolha foi o uso do aço inoxidável para caixilharias e guarda-corpo, por ser um metal reutilizável e 100% reciclável. Alem disso, foi elaborada a técnica de fachada ventilada, uma solução para melhoria do conforto térmico, auxiliando na eficiência energética: uma camada de revestimento é fixada à estrutura da fachada por montantes de aço inox com uma distância de 10 cm da parede, permitindo a circulação e troca de ar permanente, além de barrar a radiação solar direta e logo garantir maior conforto no ambiente.

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vista externa do conjunto

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circulação vertical

wetlands construídas

comércio / serviços

casas térreas - PNE

planta térreo 0

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terraços verdes jardins autoirrigáveis

planta primeiro pavimento 0

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planta segundo pavimento 40

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explodida

implantação A implantação das casas baseia-se no desejo de estabelecer espaços de permanência e lazer agradáveis, juntamente com a intenção de manter a horizontalidade, com menor gabarito. Foram criadas quatro pequenos conjuntos dentro da quadra, na tentativa de criar espaços centrais mais privativos e manter dois eixos principais comuns. A quadra foi dividida em quatro partes, cada uma com 40 unidades de casas e quatro unidades para comércio e serviços, estes voltados para a rua no eixo principal. Nos terraços criados pelos vazios das casas intercaladas, estariam jardins autoirrigáveis com hortas coletivas. E no centro de cada um dos quatro conjuntos de casas, encontra-se uma wetland construída, que serve para o tratamento de esgoto do conjunto, sendo um sistema autosustentável e completamente limpo. As wetlands, além de eficientes, não possuem mal cheiro ou problemas com contato e compõem esteticamente o ambiente em que faz parte, por isso esse mesmo espaço de jardim também é um espaço público de permanência. A cobertura abriga outra solução importante para o projeto: as placas fotovoltaicas. Estas atuam no processo de geração de energia solar, através do sistema utilizado, o solar - hidrogênio, sendo um método limpo (renovável e sem emissão de poluentes ou 41 impactos ao meio ambiente).


planta pavimento térreo s/ escala

a casa O conceito da casa foi idealizado pela linguagem da arquitetura de LOFT, com conceito aberto e ambientes integrados a fim de valorizar melhor o espaço limitado. A escada, típica nesse tipo de projeto, é no estilo Santos Dumont, com a intenção de compor melhor o espaço. A casa foi projetada para abrigar três pessoas com a mesma qualidade de habitação: um quarto no térreo para uma pessoa, por mais que exista a possibilidade de comportar uma cama de casal, e o mezanino aberto, para duas pessoas. Somente um banheiro se faz suficiente para as três pessoas. O mezanino consome apenas metade da casa, garantindo um grande espaço com pé direito duplo, o que promove uma amplitude no ambiente. A sala e a cozinha são integradas e uma porta de vidro de correr as separa da varanda, aumentando ainda mais a perspectiva do espaço. A varanda compreende um espaço de 2 m x 6 m além da medida da casa cubo e é essencial para o a ventilação e o contato com exterior sem sair de casa. Além da casa proposta, foram desenvolvidas casas térreas (sem mezanino) como uma opção para portadores de necessidades especiais.

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planta mezanino s/ escala

planta casa tĂŠrrea - PNE s/ escala

visĂŁo interna 43


materialidade

parede externa // interna

OSB

membrana hidrófuga revestimento montantes metálicos verticais montantes metálicos horizontais fachada ventilada em ripas de madeira

rég par

revestime OSB

caixilharia de inox

wood frame lã de PET janela camarão 44


laje CLT crosslam

guarda corpo de inox

caixilharia de inox

painel de CLT

guas de madeira ra deck

ento

OSB revestimento

revestimento

wood frame

OSB

parede interna // interna

lĂŁ de PET

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estrutura

conexão entre lajes lajes CLT crosslam - espessura

conexão entre pilar e viga primária (canto) conexão entre viga principal e viga secundária (canto)

pré-dimensionamento das vigas vigas primárias maior vão 6 m 6% de 6 m = 0,36 m de altura x 0,12 m de largura vigas secundárias vão de 3 m 4% de 3 = 0,12 m de altura x 0,09 de largura

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cone e

conexão entre vigas secund réguas de deck de madeira


a 100 mm

pré-dimensionamento do pilar 2x9x600 = 10 800 kgf 43 200 kgf / 64 kgf/cm² = 168,75 cm² √168,75 = 13 cm pilar mínimo 0,2 x 0,2 m pilar usado: em três partes uma parte 0,12 x 0,20 m duas partes 0,4 x 0,12 conexão entre as três partes do pilar conexão entre viga principal e pilar (meio)

conexão entre laje e painel de CLT laje CLT crosslam - espessura 100 mm

exão entre viga primária e viga secundária (meio)

dárias e a 47


detalhe da fachada ventilada de madeira

conector metálico horizontal

OSB

ripas de madeira revestimento

membrana hidrófuga

montante metálico vertical

detalhe do contraventamento nos bl circulação vertical

detalhe da cobertura platibanda CLT crosslam

calha

manta de pvc

viga principal

laje CLT crosslam isolante térmico membrana barreira de EPS vapor 48

montante wo frame

cabo de aço na diagonal para contraventamento


detalhe das lajes verdes - jardim autoirrigável Remaster O jardim autoirrigável remaster é um sistema de jardins sobre lajes que consiste no aproveitamento da água da chuva para irrigação, a água retorna por capilaridade, como um lençol freático artificial. placa de piso remaster

pavio de irrigação

Esse sistema contribui e estimula o crescimento de áreas verdes no espaço urbano, sendo uma solução para a diminuição de poluentes e das ilhas de calor, além do aumento na qualidade de vida nas grandes cidades. A água da chuva fica retina sob o piso elevado, permitindo a irrigação por capilaridade. É possível o plantio tanto de plantas rasteiras quanto de grande porte.

ood

pedestal fixo

locos de

vegetação substrato boia de abastecimento

manta geotêxtil pilar

camada drenante manta de impermeabilização

laje CLT crosslam 49


WETLANDS PARA TRATAMENTO DE ESGOTO

pré-tratamento: tanque séptico retenção de sólidos

poço bombeamento em intervalos

wetland de escoamento vertica filtro de areia, districuição de esgoto so superfície e dreno de fundo

foi usado o sistema de shafts para passagem de tubulação de hidráulica e fiação elétrica

SISTEMA DE ENERGIA SOLAR - HIDROGÊNIO

DIA

+

painel solar água

50

eletrolizador

armazenamento de célula de co energia verde


poço final

al obre toda

ombustível

NOITE

energia

água

O sistema de wetlands construídas é uma alternativa de tratamento de esgoto por meio de um processo biológico, sendo completamente limpo e autossustentável. É a segunda etapa do tratamento, já que primeiramente o efluente deve passar pelo tanque séptico para quebra e simplificação das moléculas para mais fácil absorção pelas plantas. Existem alguns tipos de wetlands e a utilizada no projeto é a wetland de escoamento vertical, escolhida por ser a melhor alternativa para o projeto em questão. Ela é composta por plantas e por camadas de brita, areia e água, além de canos de PVC para conexão entre as outras unidades do processo. As plantas cujas raízes são capazes de realizar a filtragem de água são as macrófitas aquáticas, (neste caso foi usado o aguapé), essas utilizam da filtragem física, química e biológica na transformação dos poluentes presentes nos esgotos sanitários. Esse procedimento, além de eficiente, tem baixo custo de operação, implantação e manutenção e constitui um sistema inteiramente natural e auto-suficiente.

O sistema solar-hidrogênio foi criado pelo escritório tailandês CNX Construction e é, basicamente, um método de geração de energia completamente limpa e renovável e que independe do clima ou da radiação solar para sua eficiência. Durante o dia e da alta incidência dos raios solares, a energia é gerada através de placas fotovoltaicas instaladas na cobertura do conjunto e, todos os dias, o excedente gerado é conduzido à casa de máquinas onde é feito o processo de separação das moléculas de água, armazenamento do hidrogênio para geração de energia e liberação do oxigênio. Desta forma, é possível produzir energia mesmo em dias nublados e mesmo durante a noite, um dos problemas do sistema apenas solar.

51


52


vista externa do conjunto 53


50


04

percurso Ateliê Projeto V estudo das conexões entre madeira e alvenaria

Brasil O projeto foi fruto de uma idealização da sensação ocasionada pela arquitetura do ambiente selvagem e pelos padrões corpóreos das onças-pintadas. Foi enfatizada uma busca por uma experiência sinestésica ocasionada por linhas e formas que mimetizam a sensação que nos é dada quando observarmos sinuosos movimentos, os cheios e vazios, luzes e sombras, e o libertador e claustrofóbico sentimento que nos é passado por um lugar que é, simultaneamente, aberto e fechado. O percurso foi pensado de forma a promover um contato entre o homem e o mundo selvagem sem necessariamente aprisionar seres vivos fora de seu habitat natural. Visando promover esse contato através de imagens que se esboçam em nossa mente, houve muita reflexão acerca do conceito do percurso: quais as intenções, qual sensação se gostaria de transmitir às pessoas através daquele lugar e que impressão se queria deixar. E, neste ponto, surgiram pensamentos a respeito de contradições e sensações sinestésicas. Pensando nos animais brasileiros, o foco se convergiu à onça-pintada que, além de tudo, seria uma síntese da sinestesia por suas rosetas que dão à luz a um sentimento dinâmico de contrastes (cheio e vazio, claro e escuro, geométrico e orgânico, etc.). Com o foco nesse padrão corpóreo da onça-pintada, a implantação do projeto começou a ser desenhada buscando abstrair a arte do corpo desse grande felino. E refletindo sobre a estrutura e composição plástica do projeto e a desejada ênfase nas contraposições do padrão de uma onça, outro sentimento surgiu adicionando mais um patamar de significado ao projeto: o valor sinestésico de se estar andando em uma floresta. Com isso em mente, a estrutura ganhou forma com a intenção de transmitir imagem e sensação análogas ao que sentimos quando andamos por uma mata fechada. Os contrastes da onça agora também se adicionavam às antíteses presentes em uma floresta: as percepções de cheio e vazio, visuais de luz e sombra e mentais de se estar em um local aberto mas ao mesmo tempo fechado. Com esse desenvolvimento e estudo das percepções e sensações desejadas por esse percurso, o projeto foi elaborado através de uma combinação de madeira, alvenaria e elementos naturais. A estrutura se expressa no terreno ocupando-o em sua totalidade com um grande lago em seu centro proporcionando um ambiente natural e agradável para permanência e novamente afirmando a sensação contrastante do aberto e fechado.

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conexão vigas - alvenaria escala 1:10

INFORMAÇÕES

conexão pilar - viga escala 1:10

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Bloco de tijolo: 22 x 11 x 5.5 cm Lâminas das barras de madeira: 3 cm Barra do pilar: 4,85 m de altura Barra da viga principal: 6 m de comprimento (maior vão)

conexão pilar - piso escala 1:10


CONSTRUÇÃO

A estrutura do percurso é fluida no terreno a que faz parte, compreendendo-o por inteiro. Apropria-se da combinação entre madeira e alvenaria e das soluções de conexão entre estes dois materiais. A essência da estrutura se resume à paredes de alvenaria estrutural, intercaladas por um grid de barras de madeira laminada colada que proporcionam detalhes que enfatizam o contraste entre vazio e cheio e os jogos de luz e sombra. Os detalhes dizem respeito às soluções adotadas para ligação das partes da estrutura.

53


INFORMAÇÕES 54

Bloco de tijolo: 22 x 11 x 5.5 cm Lâminas das barras de madeira: 3 cm Barra do pilar: 4,85 m de altura Barra da viga principal: 6 m de comprimento (maior vão) Argamassa: 1 cm Armação: 6 mm de espessura

conexão vigas - viga escala 1:10


conexão vigas - viga primária escala 1:10

conexão viga primária - alvenaria escala 1:10 conexão pilar - viga primária escala 1:10

amarração parede de alvenaria escala 1:20

amarração tijolos piso escala 1:20 59


60


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04

edifício híbrido Ateliê Projeto VI

São Paulo, Brasil O projeto do Edifício Híbrido, localizado no bairro do Brás, surgiu do intuito de criar espaços de uso misto na cidade. O projeto foi idealizado com o principal objetivo de ser uma extensão da calçada da cidade, integrando a pequena praça já existente à grande praça de esquina projetada e, nesta última se encontram os restaurantes e cafés, locais essencialmente para permanência. No pavimento térreo foi pensado um fluxo contínuo que proporciona uma caminhada sem desvíos para os pontos de entrada/ saída da quadra, nas quatro ruas que a circundam. Além dos estabelecimentos de alimentação na praça, as demais ocupações do térreo são de lojas, isso para atrair os pedestres para dentro do edíficio. As lojas âncoras estão, em maioria, no primeiro pavimento, o que convida o usuário a subir. O primeiro pavimento ainda contempla um auditório para 200 pessoas, uma unidade educacional, uma academia e um espaço para eventos, além dos estabelecimentos de comércio e serviços. No segundo pavimento está localizado o coworking público e o espaço para trabalho remoto privado, integrados por um terraço, além do início do prédio destinado aos consultórios. A partir do terceiro pavimento, se instituem as unidades habitacionais. O edíficio como um todo foi pensado com uma circulação tanto vertical quanto horizontal estratégicas, permitindo um fluxo ideal: o térreo livre e contínuo com uma grande praça e alguns jardins; o primeiro pavimento também forma um continuidade e integra todos os corredores em um centro maior com vazios para os jardins do térreo; o terceiro pavimento integra o trabalho público e o privado em um grande terraço com jardins e hortas comunitárias. Além disso, a circulação vertical que contempla as unidades habitacionais está, em todos os pavimentos, provida de uma recepção como forma de segurança e o mesmo serve para a circulação dos consultórios. Dessa forma, todos os pavimentos formam um fluxo estratégico e pensado para uma boa integração com o edifício, além da segurança desejada nos locais de uso privado. Foi possível estabelecer o uso misto ideal para contemplar tanto os pedestres convidados do comércio quanto os moradores do edifício.

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0

10

20

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implantação (planta de cobertura)


planta térreo

planta 1º pavimento

planta 2º pavimento

planta pavimento tipo 1

planta pavimento tipo 2

planta ático

planta subsolo

0

10

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elevação 1 (avenida rangel pestana)

elevação 2 (rua doutor almeida lima)

elevação 3 (rua cavalheiro)

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elevação 4 (rua joaquim nabuco) 0

10

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30


corte aa

corte bb 0

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planta apartamento 45 m² 0

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1

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3


planta unidades habitacionais 0

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planta apartamento 51 m² 0

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3

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giovannamfarruda@gmail.com +55 11 99266-8709


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