TCC - Trabalho em Rede: Proposta de edificação de escritórios compartilhados

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TRABALHO EM REDE GISELE TARGA PRADO . 2013

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA

GISELE TARGA PRADO

TRABALHO EM REDE: PROPOSTA DE EDIFICAÇÃO DE ESCRITÓRIOS COMPARTILHADOS

Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do Professor Onésimo Carvalho de Lima.

RIBEIRÃO PRETO 2013



GISELE TARGA PRADO

TRABALHO EM REDE: PROPOSTA DE EDIFICAÇÃO DE ESCRITÓRIOS COMPARTILHADOS

Orientador: ________________________________________ Nome:

Examinador 1: ________________________________________ Nome:

Examinador 2: ________________________________________ Nome:

RIBEIRÃO PRETO, __/__/___



agradecimentos Primeiramente agradeço ao amor, carinho e apoio recebido pela minha família. Aos meus pais por terem me proporcionado estudo e incentivo à profissão, ao meu pai pela paciência, ao meu irmão pela amizade, a minha mãe que sempre me apoiou e me ajudou quando precisava. Agradeço ao meu padrinho, por ter me estimulado a profissão Arquiteto e Urbanista. Agradeço ao Alexandre, pelo amor, pela companhia e paciência. Por me ensinar a superar minhas dificuldades diante dos softwares e buscar novos conhecimentos. Agradeço aos colegas de sala pelo período que passamos juntos. A Luana, Bia, Elisandra, Gabriela e Nicole por compartilharem as horas boas e estressantes da faculdade. Agradeço a todos os meus amigos pelo apoio e compreensão durante minha ausência. Agradeço aos professores que colaboraram com meu aprendizado e percepção durante os períodos da faculdade. Principalmente agradeço ao meu orientador Onésimo por compartilhar conhecimentos, pelas ideias criativas e apoio durante o desenvolvimento deste trabalho.



Simultaneidade entre trabalho, estudo e lazer, no qual os indivíduos são educados a privilegiar a satisfação de necessidades radicais, como a introspecção, a amizade, o amor, as atividades lúdicas e a convivência. (MASI 2000, p.157)



resumo Esta pesquisa demonstra a compreensão do crescente número de profissionais autônomos que se projetam na busca dos escritórios compartilhados, entendendo que esta forma de trabalho tem se tornado uma referência mundial que está em ampliação nos centros metropolitanos, onde o mercado exige dos profissionais autônomos o desvinculamento das empresas. A proposta deste modelo compartilhado apresenta uma solução para um ritmo de trabalho que corresponde o equilíbrio entre produção e bem-estar. Como base na concepção, o coworking visa suprir algumas desvantagens do profissional ao escolher trabalhar em regime Home Office. Este projeto aborda as seguintes tipologias de trabalho: individual, coletivo e o informal; um espaço flexível e integrado; espaços para atividades realizadas em tempo livre; ambiente com qualidade na organização espacial e com design gráfico ambiental adequado. Sustentando-se do tema Trabalho em Rede, é permitindo uma alternativa sustentável do escritório informal aliado à possibilidade de alojamento, compreendendo como necessidade do Homem a dinâmica de integração social, portanto, este estudo visa proporcionar ao usuário a estrutura necessária para a realização de seu trabalho e propor um espaço onde profissionais de diversas funções estabelece equilíbrio entre produtividade e conforto desde ambientes individuais aos coletivos onde ocorre a troca de ideias.

palavras-chave:

coworking, ócio criativo.

arquitetura escritórios, espaços de trabalho compartilhados,



sumário

CONCEITUAL REFERENCIAL CONDICIONANTES PROJETUAIS PROPOSTA

REDE

APRESENTAÇÃO

15

1

ALICERCE TEÓRICO TRANSFORMAÇÃO FÍSICA DO ESPAÇO EXPANSÃO DO TRABALHO CRIATIVO

18 20 22

2

RELAÇÃO PROJETUAL ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DESIGN GRÁFICO AMBIENTAL SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS RELAÇÃO COM A CIDADE ENTENDE-SE QUE

31 33 38 40 42 43

3

DIAGNÓSTICO LOCAL CONJUNTO DE NECESSIDADES O LOCAL LEVANTAMENTO MORFOLÓGICO INTERFERÊNCIA CLIMÁTICA LEGISLAÇÃO

45 46 48 50 54 57

4

REPRESENTAÇÕES INICIAIS DESENVOLVIMENTO CONCEITO PARTIDO ARQUITETÔNICO CONFIGURAÇÃO ESPACIAL DO AMBIENTE DE TRABALHO FLUXOS E FUNÇÕES

59 60 62 64 67

5

PROJETO IMPLANTAÇÃO PLANTAS ELEVAÇÕES E CORTES SISTEMAS CONSTRUTIVOS

69 70 72 84

6

QUALIDADE ESPACIAL VISTAS INTERNAS E EXTERNAS

87 88

CONSIDERAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA

117 118



APRESENTAÇÃO

O Trabalho de Conclusão de Curso, cujo tema Trabalho em Rede surgiu a partir do interesse de propor um espaço dedicado as necessidades do trabalhador autônomo. As modificações na estrutura física destes espaços, entende-se que são ocorridas em razão dos avanços da tecnologia. O ponto de partida inicial foi à inserção da conexão entre redes sociais (informática) e a miniaturização dos equipamentos eletrônicos de uso pessoal no que resultou uma reestruturação da organização espacial do meio de trabalho, marcando a independência do funcionário com relação à empresa e agregando a esse trabalhador autonomia. O perfil adotado foi o profissional da produção criativa, pois são trabalhadores que desenvolvem atividades intelectuais com o uso das redes de conexão e não necessitam de vínculo com empresas corporativas. Segundo Masi (2000) a criação deve ser resultado da simultaneidade entre trabalho estudo e lazer em um ambiente que propicie a interação dos profissionais nas atividades de convívio a fim de estimular o indivíduo à criação, pelo filósofo essa prática é conceituada como “Ócio Criativo“. O desenvolvimento da edificação de escritórios compartilhados tem a intenção de valorizar o profissional autônomo no mercado de trabalho, em uma proposta de espaços que tendem a suprir as necessidades do público alvo com a convivência social entre esses indivíduos. Este trabalho se organiza por quatro capítulos: •

Rede Conceitual, primeiramente aborda um panorama teórico sobre o avanço tecnológico no âmbito do profissional autônomo, registrando as transformações físicas do espaço e expansão do trabalho criativo na região de São Paulo e cidade de Ribeirão Preto;

Rede Referencial em segundo, a que serão relacionadas análises e leituras projetuais de três referências, sendo importantes para nortear o projeto;

Rede de Condicionantes Projetuais o terceiro, contém levantamentos morfológicos e diagnósticos do entorno e local de intervenção;

Rede de Proposta o quarto, mostra o projeto desenvolvido e seu processo de concepção.

PROBLEMÁTICA

l OBJETIVOS l JUSTIFICATIVA

METODOLOGIA


16

APRESENTAÇÃO

identificação da problemática

objetivos

A problemática social surge quando o profissional autônomo inclui a própria moradia como ambiente de trabalho, cobrando de sua condição física e psicológica.

O objetivo geral da pesquisa é propor um projeto de arquitetura estabelecendo uma dinâmica entre as ações: trabalhar, estudar, socializar, descansar, divertir e hospedar, em espaços que estimulem os profissionais autônomos à produção criativa.

Segundo Masi (2000, p. 217), a problemática do regime home office está relacionada a desvantagens como, o “isolamento, marginalização do contexto e da dinâmica da empresa, [...] menores chances de carreira, o problema da reestruturação dos espaços dentro de casa, dos hábitos pessoais e das relações familiares, [...] dificuldades para ações coletivas com os colegas de trabalho”, diminuição da concorrência no mercado de trabalho, falta de infraestrutura necessária para compor um ambiente trabalhável e a unificação da “vida de trabalho e da vida doméstica”. Aparece, então, o conceito de coworking com o intuito de suprir algumas desvantagens que o profissional autônomo adquire ao escolher trabalhar em regime home office.

Os objetivos específicos a serem atingidos são: •

Projetar uma edificação que aborde as seguintes tipologias de trabalho: individual, coletivo e o informal;

Estabelecer um espaço flexível e integrado;

Planejar uma edificação com espaços para atividades realizadas em tempo livre;

Propor um ambiente que tenha qualidade na organização espacial, e com design gráfico ambiental.


APRESENTAÇÃO

justificativa

procedimentos metodológicos

O desenvolvimento acadêmico demonstra que os escritórios compartilhados estão sendo usados como referência mundial. Trata-se de uma concepção em ampliação nos centros metropolitanos, onde o mercado exige dos profissionais autônomos o desvinculamento das empresas.

O trabalho de graduação é uma pesquisa exploratória, pois se trata de um assunto que possui um estudo profundo, objetivando reforçar a temática para servir como referência a projetos e pesquisas.

O conhecimento acadêmico torna-se importante para aprimorar ideias sobre a qualidade do ambiente de trabalho, usando as normas da ergonomia como referência quanto à concepção e dimensão dos espaços trabalháveis. Com base na analise dos dados do SEADE, 2013, a demanda de serviços que Ribeirão Preto oferece e produz modela-se ao ritmo das necessidades da cidade. Preocupando-se com a qualidade dos profissionais autônomos, este modelo apresenta uma solução para um ritmo de trabalho que corresponde o equilíbrio entre produção e bem-estar. Para a realização da proposta de edificação, o local de implantação escolhido é próximo à região central da cidade, por ser uma região com grande transição de pessoas e serviços e ter proximidade com a rodoviária principal que facilita o acesso intermunicipal. Sustentando-se do tema trabalho em rede, é permitindo uma alternativa sustentável do escritório informal aliado à possibilidade de alojamento. Compreende-se como necessidade do Homem a dinâmica de integração social, portanto, este estudo visa proporcionar ao usuário a estrutura necessária para a realização de seu trabalho e propor um espaço onde profissionais de diversas funções estabelecem equilíbrio entre produtividade e conforto, a partir da concepção de três tipologias de ambiente, como: o individual que apresenta um ambiente coletivo, porém, definido para um usuário que precisa de uma maior concentração, aquele que procura um ambiente mais introspectivo; o coletivo que possibilita a realização de trabalhos em um grupo fechado e o informal que permite a integração de diversos profissionais em um único ambiente, onde ocorre a troca de ideias.

No primeiro momento será feita uma pesquisa bibliográfica para servir de base na fundamentação teórica dos seguintes tópicos: •

Evolução dos Espaços de Trabalho, tendo sido escolhido o livro “Ócio criativo” Masi, D.D.;

Design Gráfico Ambiental, utilizando-se da tese de mestrado “A contribuição da ergonomia ambiental na composição cromática dos ambientes construídos de locais de trabalho e escritório”, Fonseca, J.F.;

Entendimento da problemática e desenvolvimento do tema, selecionou-se capítulos do livro “A sociedade em rede” Castells, M. e referência de TFG “Espaços para nômades contemporâneos”, Sita, C.C.;

Servindo com base para a concepção e entendimento dos espaços de escritório, foi usado o livro “Como planejar espaços de escritórios: Guia prático para gestores e designes“, Mell, J.V; Martens, Y.; Ree, H. V.

Serão realizadas para análises e leituras de projetos de arquitetura compatíveis à proposta deste projeto. A análise e levantamento do local de estudo têm como fundamento conhecer a área de implantação e o entorno correspondente, orientando a elaboração do projeto. Além destes, outros instrumentos de coleta de dados que compõem o desenvolvimento deste projeto como a pesquisa legislativa e iconográfica; levantamento de mapas, fotos aéreas e gráficos; desenhos esquemáticos; croquis e plantas digitais. Os softwares utilizados serão: •

Para a realização de plantas, o AutoCad;

Projeto final remodelado em 3D, o Archicad e renderização, o Maxwell Studio e;

Obtenção do diagrama da posição solar que incide no local do terreno, o Sol Ar.

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ALICERCE TEÓRICO

exposição temática Diferente de qualquer outra revolução, o cerne da transformação que estamos vivendo na revolução atual refere-se às tecnologias da informação, processamento e comunicação. A tecnologia da informação é para esta revolução o que as novas fontes de energia foram para as revoluções industriais sucessivas, do motor a vapor à eletricidade, aos combustíveis fósseis e até mesmo a energia nuclear, visto que a geração e distribuição de energia foi o elemento principal na base da sociedade industrial. [...] O que caracteriza a atual revolução tecnológica não é a centralidade de conhecimento e informações, mas a aplicação desses conhecimentos e de dispositivos de processamento/comunicação da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso. (Castells, 1999, p.68-9).

Fundamentado no sociólogo Castells (1999), entende se que, nas últimas décadas os processos das transformações tecnológicas se expandiram exponencialmente, a tecnologia e a informação foram dois grandes agentes que transformaram o homem e modificaram a estrutura social, fazendo parte da nova geração da globalização e marcando o início da era do conhecimento intelectual nas redes sociais de negócios. A origem da Internet¹ revolucionou a conexão virtual, conectando e aproximando pessoas que estão a longas distâncias e se tornando necessárias no âmbito profissional. De modo geral, o mundo globalizado exigiu das empresas maior flexibilidade para a adaptação do mercado de trabalho. Dois critérios colaboraram com a evolução tecnológica em uma empresa, a miniaturização dos equipamentos de uso pessoal que exigiu menor espaço para seu uso e a utilização da informática no mercado de trabalho, sendo a grande propulsora das novas possibilidades das ações trabalhar/comunicar, modificando o perfil do usuário e fazendo com que ele seja mais independente da empresa, com isso flexibilizou os horários de trabalho permitindo a dinâmica entre funcionário e empresa.

Segundo Cañellas; Forcelini e Odebrecht (2012, p.3): Com o passar dos anos, esses equipamentos foram diminuindo de tamanho, chegando até os laptops, pequenos e portáteis, o que possibilitou a desvinculação entre a execução da tarefa e o posto de trabalho. Além disso, a implantação da internet facilitou a comunicação, de modo que já não há mais a necessidade do funcionário estar o tempo todo na empresa, podendo fazer parte da sua tarefa em casa, ou até mesmo em um cybercafé.

A universalização do acesso à informação foi o elemento propulsor do encontro de negócios em ambientes distintos. As redes virtuais agem como um facilitador para a reestruturação da otimização dos modos de trabalho, modificando toda a estrutura do local de trabalho bem como a concepção do espaço habitável. Segundo o sociólogo Castells ( 1999, P. 78-9):

Redes são estruturas abertas capazes de expandir de forma ilimitada, integrando novos nós desde que consigam comunicar-se dentro da rede, ou seja, desde que compartilhem os mesmos códigos de comunicação (por exemplo, valores ou objetivos de desempenho). Uma estrutura social com base em redes é um sistema aberto altamente dinâmico suscetível de inovação sem ameaças ao seu equilíbrio.

O termo rede como sentido literal, o significado de relevância: 16 R. cliente-servidor, Inform: método de organização de uma rede no qual um computador central dedicado (servidor) é responsável por certas tarefas, enquanto os clientes (terminais ou estações conectadas ao servidor) executam aplicações padrões. R. da empresa, Inform: rede que conecta todas as estações de trabalho, terminais ou computadores de uma empresa, estejam no mesmo prédio ou em países diferentes. R. de área local, Inform: rede em que vários terminais e equipamentos estão a curta distância uns dos outros, podendo ser interconectados por cabos. Sigla: LAN. R. de área metropolitana, Inform: rede de computadores que se estende por uma área limitada, normalmente uma cidade. (MICHAELIS, 2013)

Simplificando a “Rede é um conjunto de nós interconectados”. (CASTELLS, 1999, p. 498) A inclusão das redes sociais de negócios exigiu um profissional que se conecte por via internet, fazendo com que aumento o número de profissionais que desvinculam das empresas e prestam serviços como autônomos. O que certamente é significativo, e está aumentando, é o desenvolvimento do trabalho autônomo, quer em horário integral quer em meio expediente, como parte da tendência mais ampla à desagregação do trabalho de redes virtuais de negócios. Isso não implica o fim dos escritórios, mas a diversificação dos locais de trabalho para uma grande fração da população e, especialmente para o segmento mais dinâmico de profissionais liberais. Equipamentos de telecomunicação cada vez mais portáteis intensificarão essa tendência para o escritório móvel, no sentido mais literal. (CASTELLS, 1999, p.420).

Com a transformação do ambiente de trabalho surge a preocupação na concepção dos escritórios atuais em promover um local com condições favoráveis, um espaço com a finalidade funcional de proporcionar qualidade de vida e bem estar aos usuários em um meio do qual ele seja mais criativo e produtivo, e que mantenha uma ligação entre Homem, equipamento e trabalho. O livro do sociólogo italiano Domenico De Masi foi usado como base teórica, pois, analisa a concepção de trabalho herdado pela sociedade pós-industrial e reflete a um modelo social a partir da ideia do “Ócio Criativo.” Segundo Masi (2000, p. 316), a palavra ócio diante do contexto das modificações históricosociais foi concebida como “pai de todos os vícios”, um conceito com uma série de significados negativos que ainda se estendem aos dias atuais. Como mostra na fig. 1 todos os sinônimos da

¹ A Internet surgiu em 1960 pelos “guerreiros tecnológicos da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DARPA) para impedir a tomada ou destruição do sistema norte-americano de comunicação pelos soviéticos, em caso de guerra nuclear [...] equivalente eletrônico das táticas maoístas de dispersão das forças de guerrilha, por um vasto território, para enfrentar o poder de um inimigo versátil e conhecedor do terreno”, resultando em uma arquitetura de rede que não poderia ser controlada por nenhum computador central e sim por uma rede de computadores com inúmeras maneiras de conexão, contornando barreiras eletrônicas. (Castells, 1999, p.44).


ALICERCE TEÓRICO

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Entretanto, para realizar o “ócio criativo“ Masi propõe um modelo que deve ser centrado no tempo livre, onde os indivíduos privilegiam o convívio social e se baseia na junção de três tipologias: trabalho, estudo e lazer.

TEMPO LIVRE TRABALHO + ESTUDO + LAZER ÓCIO CRIATIVO

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palavra “ócio“, entendendo que seus significados em maior quantidade são negativos e apenas três (lazer, repouso e trabalho mental suave) são positivos.

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O ócio criativo é aquela trabalheira mental que acontece até quando estamos fisicamente parados, ou mesmo quando dormimos à noite. Ociar não significa não pensar. Significa não pensar em regras obrigatórias, não ser assediado pelo cronômetro, não obedecer aos percursos da racionalidade e todas aquelas coisas que Ford¹ e Taylor² tinham inventado para bitolar o trabalho executivo e torna-lo eficiente. (MASI, 2000, p.234)

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Segundo Masi (2000, p. 127), “o futuro pertence a quem souber libertar-se da ideia tradicional do trabalho como obrigação e for capaz de apostar numa mistura de atividades, onde o trabalho se confundirá com tempo livre e estudo”. Ou seja, o futuro pertence ao Homem relacionado à um ambiente que estimula a capacidade do convívio social de indivíduos que buscam o mesmo interesse e o intercâmbio de ideias.

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Em seu lema pessoal “o Homem que trabalha perde tempo precioso” reflete um homem que precisa dedicar seu tempo livre à criatividade, no que envolve uma mudança de cenário ou uma simples modificação de um ambiente, reconhecendo que o profissional envolvido com a produção criativa procura não se fixar ao espaço rígido das corporações, desvinculando-se do ambiente empresarial na busca de um diferencial no aspecto de trabalho, associando o tempo livre às tarefas. Portanto, o ambiente perde a rigidez do modelo social sendo modificado e composto por espaços com atividades lúdicas e de convívio, tendo como fundamento o estímulo do indivíduo à criação, pois, quando se exercita atividades intelectuais as mesmas tendem o Homem ao cansaço mental, e assim, o ócio surge como um meio de compensação ao cansaço.

Figura 1: Rizoma do Ócio, com aterações do autor. Fonte: MASI, 2000, p. 317.

Entende-se que, o modelo restabelecido por Masi colabora no processo de formação espacial dos ambientes e define o local de trabalho envolvido com atividades independentes no espaço compartilhado refletindo no design do escritório.

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ALICERCE TEÓRICO

transformação física do espaço As grandes transformações tecnológicas hoje afetaram as estruturas da sociedade contemporânea e as estruturas da organização do trabalho, e fizeram com que ao longo dos anos aparecessem diferentes conceitos no planejamento dos espaços destinados à produção de serviços.

Grande salão central era destinado aos funcionários dos escalões inferiores [...] onde as mesas eram dispostas em fileiras paralelas, numa mesma direção, sob as vistas de um supervisor instalado defronte. Ao redor desse grande salão central, localizavam-se as salas privativas dos gerentes, que eram delimitadas por divisórias semienvidraçadas. Os funcionários dos escalões mais altos ocupavam os pavimentos superiores e nesses, suas salas confortáveis e privativas, revestidas com acabamentos internos de qualidade, situavam-se nos pontos com melhor vista e insolação. (FONSECA, 2004, p.22)

Para entender melhor, segue abaixo um panorama histórico sobre a evolução dos espaços de trabalho. Para Fonseca (2004) no século XVIII durante a Revolução Industrial surgiu a necessidade de conceber espaços de escritório onde pudessem desenvolver atividades administrativas relacionadas à produção da indústria. Como observado na Fig. 2, nota-se que os escritórios do tipo industriais apresentavam uma organização que lembravam a planta industrial, onde as mesas de trabalho eram dispostas em fileiras em um grande salão onde todos eram direcionados a um supervisor, sendo assim, reproduzida a lógica da produção em série. No início do século XX, surgiu uma teoria elaborada por Frederick W. Taylor, o Taylorismo que se tornou uma influência em diversos sentidos do trabalho na transformação. Segundo Masi (2000, p. 50) Taylor estudava a organização dos ambientes de trabalho dentro das fábricas, e seu raciocínio, em longo prazo, trazia a ideia de “liberar as pessoas do cansaço e lhes permitir um lazer criativo”, entendendo que o trabalho poderia ser algo evitado. Suas ideias concebiam, “a organização e a gestão do trabalho, até a configuração espacial dos locais que abrigavam as atividades”. Essa teoria tinha como concepção “a segregação espacial como meio de reafirmar as diferenças hierárquicas, visando o incentivo da competição interna e estímulo das performances individuais”. (FONSECA, 2004, p.21-2) Sua organização espacial era resolvida em:

Revolução Industrial planta industrial

Figura 2: Escritório com extensão da planta industrial. Fonte: FONSECA, 2004, p. 22.

Henry Ford, fundador da empresa automobilística e criador da linha de montagem atribuiu a identidade “fordismo”. Na concepção de sua fábrica quando Ford instaura um novo modelo de organização, o padrão de montagem refletiu nos ambientes de escritório e na sociedade “produtiva”. De acordo com o sociólogo Masi (2000) a separação rígida entre trabalho e diversão eram defendidas por Taylor e Ford. Método que funciona quando o trabalho é de tipo físico, braçal e repetitivo como a linha de montagem. Mas quando se trata de produzir ideias, essa separação impede a criatividade e cria estresse. Frank Lloyd Wright foi o “primeiro arquiteto a encarar de forma global e integrada o projeto arquitetônico e o design dos ambientes e instrumentos de trabalho”, com a proposta de edifícios que abrigariam as atividades de trabalho, acomodados de maneira prática e funcional. Como exemplo o projeto do edifício Larkin Building, 1904, em Buffalo. No projeto o átrio central bem iluminado eram destinados aos funcionários de baixo escalão, que circundados por quatro pavimentos galerias distribuídos aos funcionários de importância. Wright referiu-se à sua realização na época como “um templo do trabalho dos colarinhos brancos”. (FONSECA, 2004, p.23)

Frank Lloyd Wright hierarquia organizacional

Figura 3: Edifício Larkin Building, F. L. Wright, 1904. Fonte: FONSECA, 2004, p 24.

Frank Lloyd Wright espaço, design e mobiliários

Figura 4: Edifício administrativo da S.C. Johnson, F. L. Wright, 1936. Fonte: FONSECA 2004, p 24.


ALICERCE TEÓRICO

Segundo Fonseca (2004, p.24) em 1936, ao projetar o Edifício administrativo da S.C. Johnson, o arquiteto Frank Lloyd Wright inovou inserindo os “famosos pilares de capitel circular e o mobiliário metálico de cantos arredondados foi disposto de forma orgânica” em um espaço com pé direito elevado e bem iluminado. Nota-se que, até o início do século 20 a produção fabril serviu como modelo na idealização dos escritórios administrativos que resultavam na rigidez do layout e disposição física do mobiliário e espaços compartimentados, caracterizando a hierarquia organizacional desse período. Em 1963 surgiu na Alemanha uma concepção espacial de um novo planejamento do layout que apresentava uma planta livre sem a delimitação dos espaços por divisórias e paredes. O Office Ladscape - Escritórios Panorâmicos, é uma ideia de não-compartimentação que permite a permeabilidade visual. Este tipo de modificação promoveu o convívio entre chefes e empregados e abriu a discussão das condições de habitabilidade do local de trabalho e investiu nesses ambientes exigências como, conforto ambiental, ergonomia e humanização. Além disso, foi pensada uma disposição que obedecesse aos três requisitos do conforto ambiental: iluminação, ventilação e acústica. Bast (2012, apud JESKA, 2012, p.10)

Segundo Fonseca (2004, p. 25), esse conceito foi desenvolvido pela empresa de consultoria administrativa alemã Quickborner Team. Baseada em uma característica principal cujo “novo sistema de planejamento de escritórios era que o arranjo físico deveria ser em planta livre” sem a delimitação de paredes, com o intuito de estimular a comunicação e interação entre pessoas. Entre 1999 e 2005 nos Estados Unidos, aparece um conceito criado por BernieDeKoven o “9 to 5 group” e o “Hat Factory”, onde trabalhavam três profissionais da área de tecnologia e que abriam suas portas para “avulsos” que careciam de um lugar para trabalhar e compartilhar

escritório panorâmico planta livre

Figura 5: Office Plan - Escritório Panorâmico. Fonte: FONSECA, 2004, p.26.

experiências. O termo coworking, foi usado por Brad Neuberg em 2005 para descrever o espaço físico de trabalho. O coworking têm o intuito de suprir algumas desvantagens que o profissional autônomo adquire ao escolher trabalhar em regime Home Office, e difunde em uma arquitetura aliada à dinâmica de integração social. Segundo Masi (2000, p. 217) a problemática social do regime Home Office - trabalhar em casa, está relacionada a desvantagens como o “isolamento, marginalização do contexto e da dinâmica da empresa, [...] menores chances de carreira, o problema da reestruturação dos espaços dentro de casa, dos hábitos pessoais e das relações familiares, [...] dificuldades para ações coletivas com os colegas de trabalho”, diminuição da concorrência no mercado de trabalho, falta de infraestrutura necessária para compor um ambiente trabalhável e a unificação da “vida de trabalho e da vida doméstica”. Esse conceito funciona como um sistema de interesses mútuos, caracterizado pelo atendimento ao público alvo, que são reunidos em um ambiente estruturado para agrupar diversos tipos de profissionais que buscam criações e conectividades, dentre estes estão: freelances, homeofficers e profissionais autônomos das áreas de arquitetura, editoração, comunicação, arte visuais, áudio visuais, design, tecnólogos da informação e pessoas que buscam o turismo de negócios. Todos esses profissionais procuram um espaço que facilite a relação profissional-cliente, que possua a mesma estrutura de um escritório. Atualmente os espaços coworking têm se difundido pelo mundo, pois, trata-se de uma concepção de espaço que promove a produtividade à uma rede de profissionais da criação, que envolve condicionantes como a flexibilidade dos ambientes, o conforto e tempo

livre. Isto ocorre conforme o conhecimento das necessidades e perfil dos usuários, correspondendo a ambientes de trabalho adequados às funções e atividades de criação.

escritório panorâmico arranjo físico

Figura 6: Office Plan - Escritório Panorâmico. Fonte: facilityconsulting, DANKFORT J. M. M., 2013.

coworking espaço compartilhado

Figura 7: Espaço de trabalho compartilhado. Fonte: camenzindevolution.com,2013.

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ALICERCE TEÓRICO

expansão do trabalho criativo Europa 1160 América do Norte 853 Ásia 245

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Segundo Castells (2000. pg. 38) ”as novas tecnologias da informação estão integrando o mundo em redes globais.”

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Mapa 1: 2490 mil espaços disponíveis de coworking no mundo. Fonte:www.deskmag.com, com alterações do autor, 2013.

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Esses espaços de trabalho compartilhado estão se difundindo cada vez mais em vários países, pois, a procura por estes está se tornando mais fluente devido ao interesse das empresas nas flexibilidades do trabalhador em exercer sua profissão sem a necessidade de manter um vínculo empresarial. Esses escritórios se instalam nos países como sistema de rede sendo responsáveis pela mobilidade desses profissionais.

CONEXÃO

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A análise consiste na observação de dados coletados no SEADE (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), com finalidade de chegar a uma conclusão da abordagem da valorização do estudo regional.

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O objetivo da análise da região do Estado de São Paulo consiste em compreender que a problemática da ausência de ambientes voltados aos “profissionais criativos” abrange toda a região do estado, entendendo que a proposta de edificação não atende somente a cidade de Ribeirão Preto.

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ALICERCE TEÓRICO

Considerando a pesquisa no SEADE (2013), nota-se que o Brasil vem conquistando espaço no mercado que envolve a “economia criativa¹”, em regiões como: Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, que adotaram esse modelo de escritório nas grandes cidades.

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A necessidade de espaços compartilhados nessas regiões é impulsionada devido ao crescimento do número de profissionais autônomos que prestam serviços. Como mostra na ilustração abaixo, a região de São Paulo e as concentrações nos setores de serviços.

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Entendendo que o uso desses espaços de trabalho na cidade de Ribeirão Preto mostrase indispensável, pois é uma cidade onde já se manifesta essa tendência.

Mapa3: Cidade de Ribeirão Preto no Estado de São Paulo. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

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Ribeirão Preto destaca-se como eixo regional, participando do grupo das cidades que mais contribuem com o desenvolvimento econômico da região e dos municípios vizinhos, intensificando a participação dos profissionais autônomos no setor de serviços e consequentemente atraindo grande demanda de pessoas na busca do turismo de negócios, vinculados às universidades e microempresas. De acordo com o mapa, estão situadas algumas Rodovias que fazem ligações entre cidades da região, tendo como principais rodovias: Anhanguera, Alexandre Balbo, Rodovia Atílio Balbo, Mario Donegá, Antônio Machado Sant’ana, Abrão Assed, facilitando o acesso inter-regional.

Mapa 2: Vínculos Empregatícios no setor de serviços. Fonte: http://www.seade.gov.br/produtos/atlasecon /pdf/H8P01.pdf, 2013.

Conclui-se que há necessidade de um espaço que suprima a demanda dos profissionais da produção criativa, que não seja somente de caráter regional, mas também que englobam cidades do estado, possibilitando a influência mútua das regiões que envolvem Ribeirão Preto. Justificando a importância do desenvolvimento de um local de permanência para os usuários viajantes que utilizarão o objeto de implantação.

¹ “Para o Ministério da Cultura, a economia criativa compreende o ciclo de criação, produção, distribuição/difusão e consumo/fruição de bens e serviços caracterizados pela prevalência de sua dimensão simbólica. Segundo a UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento), em seu relatório sobre o tema editado em 2010, economia criativa é um conceito em evolução, baseado no potencial dos recursos criativos para gerar crescimento econômico e desenvolvimento.” Trata-se de significados culturais e expressões artísticas, geradas por atividades humanas a partir da criação e invenção. SEADE (2013)

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As estatísticas apresentadas são importantes, pois fornecem requisitos que auxiliam na escolha do local de implantação, e no programa de necessidades do projeto.

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O conceito do Coworking Visa oferece suporte para os profissionais que realizam o turismo de negócios, “um entre três coworkers viaja frequentemente para outras cidades” e precisam de um espaço que ofereça as condições de um escritório. (CORWORKING VISA, 2013)

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A segunda pesquisa foi realizada pelo Coworking Visa, um espaço que permite aos usuários ativos a possibilidade de usar outros espaços que se conectam pelo mundo inteiro, funcionando como um sistema de intercâmbio. (gráfico azul.)

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Os estudos demonstram a satisfação dos usuários desses espaços, tendo maioria faixa etária de 20 a 30 anos.

Dentro da pesquisa realizada, para alguns dos coworkers o ideal desse espaço deve ser composto por “uma mistura de áreas abertas e compartilhadas com salas pequenas e fechadas para conversas particulares”, foi constada ainda como fator de importância o layout e o design do espaço. (DESKMAG, 2013)

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Para se entender melhor a necessidade dos espaços compartilhados, foram realizadas duas pesquisas de escopo mundial dentro de 2012 e 2013 sobre os locais de coworking.

A primeira feita pelo escritório Deskmag, que oferece dados sobre a opinião dos usuários coworkers nos ambientes de trabalho compartilhado, com pesquisa consistindo em 661 participantes de países distintos, incluindo o Brasil. (gráfico alaranjado.)

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COWORKING

Figura 8: Dados do grau de satisfação dos usuários com relação aos espaços coworking. Fonte:http://www.movebla.com/569/pesquisamundial-coworking-apuracao-parcia/, 2013, com alterações do autor.

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ALICERCE TEÓRICO

introdução na região brasil . são paulo . ribeirão preto

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RIBEIRÃO PRETO Lat. 21° 10' 40“ S Mapa 4: Localização do Estado de São Paulo no País Brasil. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Figura 9: Panorâmica de Ribeirão Preto. Fonte: Google Earth, 2013.

Considerada uma das cidades com forte índice de prestação de serviços, a cidade de Ribeirão Preto está localizada no interior do estado de São Paulo. Limitada pelos municípios de Sertãozinho, Jardinópolis, Brodowski, Serrana, Cravinhos, Guatapará e Dumont. Atualmente foi declarada como “polo tecnológico” e recebe incentivos nas áreas de tecnologia da informação.


ALICERCE TEÓRICO Para a definição de mancha criativa*, foram pontuadas atividades de profissionais autônomos e de serviços que ultilizam como meio de produção a criação. Dentre estes: escritórios de Arquitetura e Urbanismo, de Design, de Publicidade e profissionais autônomos criativos. arquitetura e urbanismo .

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mancha: economia criativa* design

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escritórios publicidade

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profissionais criativos

Mapa 5: Pontos setor terciário – Ribeirão Preto. Fonte: Google Earth, 2013.

O conceito “economia criativa” apareceu em 2001, pelo escritor inglês John Howkins, no livro “A Economia Criativa”. Esse termo engloba a dimensão das atividades de produção de bens que precisam como meio de realização a criação e a capacidade intelectual humana. Segundo uma pesquisa realizada no site do SEBRAE (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o potencial da “economia criativa” se desenvolve como eixo às transformações na sociedade, como a inclusão social e a inovação da tecnologia ligada às formas de comunicação, a internet e equipamentos que a viabilizam. A mancha demarcada demonstra uma área de criatividade e empreendedorismo no setor terciário que possuem um vínculo e tem o objetivo de reunir um público diversificado para que ocorra o “intercâmbio de ideias”, e assim, gerar um polo da produção criativa. Na cidade de Ribeirão Preto, o resultado obtido da sobreposição do setor de serviços autônomos foi uma mancha na Região Central e uma parte da Região Sul da cidade, sendo definida neste trabalho como Mancha da Economia Criativa. A definição da mancha tem a finalidade na escolha do local da proposta de implantação que melhor atende as necessidades desse público-alvo.

N Mapa 6: Sobreposição dos Profissionais Criativos. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


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ALICERCE TEÓRICO

espaços de coworking em ribeirão preto

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Figura 10: Green Coworking. Fonte: http://www.greencowork.com.br/, 2013.

Figura 11: Global Hub. Fonte: http://globalhub.com.br/espaco/#prettyPhoto, 2013.

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Figura 12: Ambiente Conectar. Fonte: http://coworkingbrasil.org/space/ambiente-conectar/#&panel1-3, 2013.

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Global Hub

Global Hub

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Green Coworking CENTRO

Green Coworking

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Ambiente Conectar

A tendência dos escritórios compartilhados chegou a Ribeirão Preto em 2011. Desde então são três espaços localizados na cidade. O primeiro surgiu em 2011, localizado na Rua Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 237, o Green Coworking. No mesmo ano, o segundo espaço Globalhub, localizado no Espaço Empresarial do Novo Shopping, na Av. Presidente Kennedy, 1500. O terceiro espaço inaugurado em 2012, o Ambiente Conéctar, localiza-se na Rua Eliseu Guilherme, 281. Todos esses escritórios citados possuem em comum: salas comerciais, salas compartilhadas, salas de reunião, ambientes de café.

Ambiente Conectar

Green Coworking

Ambiente Conectar

organização espacial

ALICERCE TEÓRICO

Nota-se que a intenção quanto à qualidade espacial dos ambientes é fraca, pois, não perdeu a rigidez do modelo tradicional de um espaço de trabalho. Não há uma preocupação quanto ao espaço para a diversão do usuário, ao uso do design gráfico ambiental e quanto à escolha das cores que proporcionam estímulos sensoriais no espaço físico. Figura 13: Interação social. Fonte: http://www.vitra.com/es-lp/content/160944, 2013.

Global Hub

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Mapa 7: Espaço de diversão, Google Office Etocolmo. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

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2. RELAÇÃO PROJETUAL

A análise e leituras projetuais têm como objetivo o entendimento da dinâmica espacial dos projetos que são compatíveis ao tema definido, importante seu entendimento para justificar a metodologia a ser adotada. As análises serão realizadas em três projetos de espaços de trabalho, considerando quatro requisitos que deram embasamento para a proposta projetual, tais como: relação com a cidade, organização espacial, design gráfico ambiental e soluções tecnológicas. Entendendo que os projetos de referência escolhidos estabelecem relação com o tema deste trabalho, e foram eleitos através dos requisitos de observação. Os grupos de projetos a ser analisados são: Escritório AM4; Escritório Google, Estocolmo; The Hub Zürich.

ORGANIZAÇÃO ESPAÇO

l DESIGN GRÁFICO AMBIENTAL l

RELAÇÃO COM A CIDADE TECNOLOGIA


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RELAÇÃO PROJETUAL

organização espacial

agência am4

Figura 14: Recepção Agência Am4; cortina de cobogó. Fonte: Site archidaily, 2013.

Agência AM4 - Agência de Mídias Digitais Local Lapa (Região Central), Rio de Janeiro. Ano 2011. Área do terreno 180,00 m².

Figura 15: Marcos Husky e Renato CattaPreta. Fonte: Site archidaily, 2013.

Área útil 260,00 m². Arquitetura Marcos Husky e Renato Catta-Preta. A proposta de intervenção deste projeto foi de dar uso a um galpão antigo. Em sua concepção foi considerado como ponto de partida a dinâmica em grupo e assim atribuídos qualidade aos espaços de acordo com os usos, como a convivência, o encontro, a descontração, a permanência e a criação.

Figura 16: Mesa de centro Tora; projetado por Fabrizia Granatieri. Fonte: Site archidaily, 2013.

A composição do espaço, materiais, tecnologia e equipamentos proporcionam ambientes descontraídos e espaços criativos.

Figura 18: Planta Baixa. Fonte: Site archidaily, com alteração do autor, 2013.

Figura 17: Cachepôs, projetados por Fabrizia Granatieri. Fonte: Site archidaily, 2013.


RELAÇÃO PROJETUAL

Figura 20: Vista Agência Am4. Fonte: Site archidaily, 2013.

Figura 21: Salas de reunião. Fonte: Site archidaily, 2013.

Figura 22: Espaço de trabalho; luminária Octopus. Fabrizia Granatieri. Fonte: Site archidaily, 2013.

ÁREA COMUM

Figura 19: Planta Baixa. Fonte: archidaily.com.br, com alteração do autor, 2013.

ÁREA INFORMAL ÁREA REUNIÃO ÁREA DE TRABALHO

Figura 23: Espaço de convivência e lazer. Fonte: Site archidaily, 2013.

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RELAÇÃO PROJETUAL

the hub zurich

Figura 25: Espaço de criação. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

Figura 24: Fachada The Hub Zurich. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

The Hub Zürich - Coworking Local Zurique, Suíça. Ano 2011. Área útil 400 m². Arquitetura Camezind Evolution.

Figura 26: Espaço que favorece o intercâmbio de idéias. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

A proposta de intervenção deste projeto tem a função de resgatar a construção preexistente e propor a ocupação destes nichos. O projeto foi instalado entre dois arcos do viaduto, sendo que os dois arcos separados garantem ambientes distintos, onde um espaço de trabalho flexível, com integração na área de cozinha e o outro possui uma arquibancada para reuniões. As atividades que foram designadas nesses ambientes são específicas aos profissionais autônomos, e assim, atraem um público específico que tem o interesse no contato entre pessoas e a dinâmica do trabalho compartilhado.

Figura 27: Espaço de trabalho compartilhado. Fonte: Site camenzind evolution,2013.


RELAÇÃO PROJETUAL

ÁREA COMUM ÁREA INFORMAL ÁREA REUNIÃO ÁREA DE TRABALHO

Figura 29: Auditório para conferências e palestras informais. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

Figura 30: Reuniões infomais. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

Figura 28: Planta Baixa. Fonte: Site camenzind evolution, com alteração do autor, 2013.

Figura 31: Espaço para leituras. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

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RELAÇÃO PROJETUAL

google office - estocolmo

Figura 34: Espaço de trabalho. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

Figura 32: Espaço de espera. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

Google Office - Escritório de Engenharia, Vendas e Marketing Local Estocolmo, Suécia. Ano 2009. Área útil 917 m². Figura 35: Espaço de entretenimento e lazer. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

Arquitetura Camezind Evolution. O projeto Google Estocolmo é resultado da fusão de três escritórios, sendo eles, o escritório de engenharia, o de vendas e o de marketing. A proposta arquitetônica cumpre as necessidades dessas tipologias de atividades, com o levantamento das necessidades emocionais e profissionais dos usuários em um ambiente onde a comunicação é indispensável. Os espaços são otimizados e humanizados de acordo com função executada, tem a função de estabelecer uma pausa durante o período de trabalho.

Figura 33: Área de alimentação. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

Figura 36: Refeitório e área de deiversão. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.


RELAÇÃO PROJETUAL

De acordo com os arquitetos, como resultado, cada um dos escritórios foi projetado correspondendo às necessidades de suas funções e realizações de tarefas, tendo em vista uma abordagem multifacetada de “paisagens“ que compõem o campo e o urbano. O escritório de engenharia recebeu um layout para o trabalho privativo e teve como abordagem o tema da paisagem do “campo”, com seu aspecto aspector acolhedor e confortável, proporcionado pela materialidade.

Figura 37: Espaço de encontros e trabalho. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

Figura 38: Espaço de reuniões informais. Fonte: Site camenzind evolution, 2013.

Os escritórios de marketing e o de vendas foram desenvolvidos com o tema da paisagem “urbana”, sendo ambos conectados por uma cafeteria que promove um ponto de encontro gerando comunicação e recreação interpessoais. Os espaços de encontros de equipes e grupos, como reuniões e conferências, foram construídos de formas, tamanhos, modelos e atmosferas distintas para suprir a necessidade de cada encontro em grupo.

Figura 39: Planta Baixa. Fonte: Site camenzind evolution, com alteração do autor, 2013.

ÁREA COMUM ÁREA INFORMAL ÁREA REUNIÃO ÁREA DE TRABALHO

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RELAÇÃO PROJETUAL

design gráfico ambiental A cor faz parte da composição do ambiente, podendo influenciar tanto em sua estética como nas sensações físicas e estímulos do indivíduo.

agência am4

Segundo Fonseca (2004), as cores são responsáveis pela sensação de conforto que o ambiente proporciona ao usuário, estabelecendo relação à atividade do ambiente, pois os elementos com cor causam estímulos sensoriais.

A utilização da cor alaranjada que motiva vibração aparece com forte presença no piso como demarcação da divisão de ambientes e estruturas, o mobiliário contém cores fortes e escuras, porém, a cor branca aparece predominante no ambiente.

“A cor pode ser usada para auxiliar os indivíduos a se sentirem fisicamente e emocionalmente mais confortáveis nos ambientes de trabalho”. (FONSECA, 2004, p. 63)

O Design Gráfico Ambiental desse projeto inclui a própria exposição do espaço que se auto intitula um ambiente que gera atividades que causam vibração.

A classificação se divide em dois grupos, que são as cores quentes compostas por vermelho, laranja e amarelo, e cores frias compostas por de azul, verde e lilás. “As cores quentes são psicologicamente dinâmicas e estimulantes, sugerindo vitalidade, excitação e movimento. As cores frias são calmantes, suaves e estáticas, dando a sensação de frescor, descanso e paz”. (FONSECA, 2004, p. 60) Na concepção do ambiente, Fonseca (2004) determinou aspectos funcionais, como o conforto visual, que se refere quanto à qualidade do ambiente de trabalho em razão à sensação que o ambiente oferece, e a organização do espaço de acordo com a cor. Considerando que, a composição cromática pode ser usada desde ambientes mais monótonos a ambientes mais dinâmicos.

Figura 40: Dinâmica das cores no mobiliário. Fonte: Site archdaily, 2013.

Figura 41: Dinâmica das cores, efeito de luz. Fonte: Site archdaily, 2013.

Dentro da ideia harmonizada pela utilização das cores, o Design Gráfico Ambiental tem o proposito de qualificar o ambiente, proporcionando uma qualidade correspondente ao uso do espaço e ao seu design. Segundo o NDGA/UFRGS (Núcleo de Design Gráfico Ambiental) trata-se de um conceito de identidade que gera uma comunicação visual “com o intuito de informar, orientar, identificar e ambientar” o espaço do indivíduo. Esse conceito possui uma utilização com identidade forte, e se insere no espaço como um complemento informativo trabalhado de diversos modos, podendo corresponder tanto a exposição ao local, como na ambientação dos espaços de trabalho, e ser incorporado em uma forma envolvendo a tecnologia de materiais. (NDGA/UFRGS, 2013)

Figura 42: Agência AM4, divisão dos espaços por meio do piso. Fonte: Fonte: Site archdaily, 2013.


RELAÇÃO PROJETUAL

the hub zurich

google office estocolmo

O projeto é marcado pela materialidade que foi mantida ao natural e reflete a uma característica áustera ao local. A construção em rocha, aparece como uma referência de cor e possui uma característica natural, o uso da madeira clara foi incorporado para quebrar essa rigidez, tornando o ambiente equilibrado. O ambiente sofre modificação quanto a cor empregada aos móveis e decoração, dando equilíbrio ao ambiente e marcando a intervenção. Figura 43: Cores combinadas em detalhes minuciosos. Fonte: Site zurich.the-hub. net, 2013.

Figura 44: Escala de cores neutras, com uma cor predominante. Fonte: Site zurich.the-hub.net, 2013.

Figura 45: Arquibancada de reuniões. Fonte: Site zurich.the-hub.net, 2013.

Esse projeto destaca-se pelo uso das cores no meio, onde cada cor é proposta de acordo com a necessidade de cada ambiente ou atividade. Os materiais e papéis de parede também contribuem com a qualidade e o tipo Figura 46: Ambiente com de função. estimulo de cores. No escritório Google Office, Estocolmo, Fonte: Site archdaily, 2013. nota-se a preocupação dos ambientes projetados em relação Design Gráfico Ambiental, pois todos os espaços possuem uma linguagem própria que manifesta o uso e função.

Figura 47: Cores em desenhos e imagens decorativas. Fonte: Site archdaily, 2013.

Figura 48: Sala de Conferência. Fonte: http://www.camenzindevolution.com/Works/Google /Google-Office-Stockholm, 2013.

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RELAÇÃO PROJETUAL

soluções tecnológicas agência am4 O progresso da comunicação e da tecnologia influenciou diversas transformações no ambiente escritório favorecendo seu aspecto funcional. Aparelhos multifuncionais terminais substituem os componentes individuais na composição de textos e imagens; sistemas individuais são integrados em uma rede de comunicação geral do escritório. Muito aprimorado, a rede pública de dados, (ISDN¹, DSL², UMTS³ possibilita o intercâmbio rápido de informações, mesmo a grandes distâncias). Através de monitores planos, laptops e telefones celulares, diminui-se a necessidade de área por local de trabalho/ funcionário.

Como observado, o projeto de referência Agência AM4, constitui de elementos construtivos aparentes demarcando o espaço, capazes de viabilizar o meio físico e tornar o ambiente flexível, com possibilidade de futuras interferências. Como na Fig. 19, a instalação estrutural do mezanino foi encaixado de modo sutil à estrutura existente, , transmitindo leveza, permitindo a permeabilidade do olhar.

Figura 49: Vista proporcionado do mezanino. Fonte:http://www.archdaily.com.br,2013.

(Neufert, 2013, p. 244).

Segundo Neufert, foram criadas novas diretrizes para esses ambientes, obedecendo suas qualidades espaciais, flexibilidades, características ecológicas e novas configurações espaciais.

O elemento de ligação, a escada, foi concebido em metal, apesar de ser um material dotado de alta resistência e rigidez, ele permite modelagem e sinuosidade. A instalação da iluminação fica embutida na sanca de gesso e o piso elevado em madeira são postos para camuflar a instalação dos equipamentos de rede e internet, e assim, os pontos de elétrica e lógica não ficam expostos. Os espaços são determinados pela diferença de piso, mezanino, elementos vazados, planos de vidro e mobiliários sendo estes característicos em cada ambiente. A reutilização de materiais marca a arquitetura como uma linha sustentável.

Figura 50: Escada de acesso e tubo de bombeiro. Fonte:http://www.archdaily.com.br, 2013.

rede de comunicação

minimalização dos aparelhos multifuncionais

intercâmbio de informações

¹ ISDN (Integrated Service Digital Network) ou Rede Digital Integrada de Serviços, conhecida com Linha Dedicada, trata-se de uma tecnologia que usa o telefone comum. (Neufert, 2013, p.244) ² DSL (Digital Subscriber Line) , fornece um meio de transmissão digital de dados, aproveitando a prórpia rede de telefonia que chega nas residências. (Neufert, 2013, p.244) ³ UMTS (Universal Mobile Telecommunication System), tecnologia de terceira geração (3G) dos telemóveis. (Neufert, 2013, p.244)


RELAÇÃO PROJETUAL

the hub zurich

google office estocolmo

O projeto possui uma estrutura preexistente em arcos de pedra, que favorece a solução da proposta de maneira simples, sem a obstrução causada pela inserção de um novo sistema estrutural.

A teconologia é um ponto forte nesse projeto, pois, nota-se a exploração dos materiais quanto a sua utilização como novas formas e modelos, que tem o intuito de atribuir uma temática no espaço ocupado.

Na intervenção foi prevista um mezanino que se compõe por uma laje pré-moldada e pilares metálicos, portanto, a concepção do projeto é viabilizada pelo sistema de montagem. Sendo assim, esses elementos funcionam como encaixe na construção preservando e não agredindo o elemento fisicamente. São utilizadas as divisórias como elementos de vedação internas, e elementos translúcidos que propõem a integração com o entorno. A arquibancada mostra a utilização dos materiais que abordam a sustentabilidade. A escolha dos materiais utilizados contrastam a construção antiga com a nova, deixando claro e aparente os materiais.

A instalação elétrica possui os dois aspectos, em alguns momentos ela se mostra aparente, como em ambientes coletivos, e outros ela é ocultada por sancas de iluminação ou forros rebaixados com tratamento acústico.

Figura 51: Sistema estrutual. Fonte: http://zurich.the-hub.net, 2013.

A tecnologia também se insere na aplicação das formas de comunicação, entretenimento e diversão, como o telefone, a internet, wireless, o aparelhos de música, os LCD’s, video games, aparelhos de mídia, equipamentos de cozinha e a tecnologia.

Figura 52: Tecnologia. Fonte: http://www.camenzindevolution.com, 2013.

qualidade físico-espacial

materiais construtivos tecnológicos

flexibilidade dos ambientes

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RELAÇÃO PROJETUAL

relação com a cidade O progresso da comunicação e da tecnologia influenciou diversas transformações no ambiente escritório favorecendo seu aspecto funcional. A independência potencial das unidades locais (descentralização) apresenta, por sua vez, novas linhas de influência (concentração em cidades principais, nivel de representatividade local, posição da cidade com sentido de continuidade, ambiente, trabalho, atividades de lazer ligadas à localidade), que podem ter um papel muito importante.

Agência AM4 - Agência de Mídias Digitais Segundo o arquiteto Husky, “Nossa inspiração foi a própria cidade, mais precisamente a Lapa, ponto de grande importância histórica que, nos últimos anos, vem passando por intensa renovação”. A fachada de vidro amplia a visão dos arcos da Lapa, sendo composta justamente para a integração do interior com a cidade. Figura 53: Cortina de cobogó retrata a paisagem da cidade. Fonte:http://www.archdaily.com.br/56003/agenciaam4-rio-de-janeiro-escritorio-criativo/, 2013.

(Neufert, 2013, p. 244).

The Hub Zürich - Coworking O projeto foi instalado nos dois arcos do viaduto, expressando a continuidade da cidade em um local inutilizado. Ambiente onde pessoas buscam o mesmo interesse, a integração social e o ambiente de trabalho.

Figura 54: Viadutos, The Hub Zürich. Fonte: http://www.leamontini.ch/the-hub-zurich, 2013.

Google Office - Escritório de Engenharia, Vendas e Marketing Como concepção inicial do projeto e sua elaboração, foram utilizados a paisagem urbana e a do campo, construindo assim uma definição de temática dos ambientes, propondo uma conexão com a identidade da cidade.

Figura 55: Área comum, Google Office Estocolmo. Fonte:http://www.google.com/about/jobs/locations/ stockholm/, 2013.


RELAÇÃO PROJETUAL

entende-se que...

As leituras projetuais contribuem com o desenvolvimento do projeto, e fundamentam as necessidades de um ambiente de trabalho. Observando os projetos, foi constatada uma preocupação com o ambiente externo (cidade), criando uma relação sejam elas diretas, com o uso de transparência, ou indiretas, como temáticas de cada espaço. Essas relações aparecem como um forte condicionante, sendo usados na partida de cada projeto. Com relação ao caráter espacial, nota-se que contribuem com a interação profissional entre os proprietários, diretores e clientes. As questões espaciais são resolvidas de maneiras diversas, podendo ser caracterizadas de acordo com as cores ou com a temática que pode ser adotada em cada espaço, demarcadas por um Design Gráfico Ambiental que aparece com forte presença nos projetos, proporcionando identidade aos ambientes e uma linguagem espacial. Em todos os projetos verificaram-se espaços de uso informal, que atualmente se posiciona como um diferencial no projeto, com o intuito de proporcionar a interação entre os profissionais em um ambiente flexível. A preocupação com a utilização das cores nos ambientes de trabalho é de intensa presença, e de grande importância nos requisitos: qualidade do ambiente, conforto do Homem, reações que despertam com a sensibilidade do ambiente edificado e estimulam a criação no momento de produção. Nos projetos notam-se plugues, que servem para a conexão dos equipamentos, permitindo o uso da tecnologia da informação que um escritório necessita, como: wireless, tomadas, computadores, projetores, mídias, equipamentos de som, impressoras e telefones, e também equipamentos envolvidos na área de lazer e de café: videogames, televisões, geladeiras, fogão, freezer, microondas. Em alguns momentos, essa instalação fica aparente, em outros, para proteger essa instalação é utilizada uma sanca de gesso. Os materiais constados colaboram com a inserção da tecnologia nesses ambientes escritórios, como a transparência do vidro, o uso do metal, a madeira, a pedra natural, o gesso nos forros, permitindo formas em meios rígidos e maneiras variadas da utilização dos materiais. O sistema construtivo será definido a partir do levantamento da região de interesse.

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3. DIAGNÓSTICO LOCAL

Inicialmente será apresentado o programa de necessidades e pré dimensionamento que irá orientar na escolha do local de intervenção. As análises do diagnóstico local, consta no reconhecimento local e do entorno com a função de formalizar dados e informações para o reconhecimento da configuração da região de implantação, a fim de iniciar uma proposta de projeto. Para a realização dos levantamentos, foi determinada uma área envolta do lote escolhido com finalidade de estabelecer um recorte, assim, efetuam-se as análises que foram determinadas em: classificação da área, uso do solo, gabarito e acessos. A seguir, será mostrada uma aproximação do terreno. Constituirá no levantamento in loco na área do entorno, considerando o mobiliário urbano, estudo da interferência climática e influências externas. O levantamento do mobiliário urbano será considerando: postes de iluminação, lixos, placas de sinalização, semáforos, pontos de taxi e ônibus, telefones públicos e bocas de lobo e bueiros. A análise do estudo da carta solar tem como finalidade o reconhecimento das influências externas do entorno, considerando a edificação existente, bem como avaliar a área do lote, a fim de estabelecer uma proposta que contenha soluções que amenizam a incidência do sol. O diagnóstico será realizado levando em conta alguns critérios de observação, são estes: barreira solar, percepção térmica, incidência solar, topografia e a ventilação.

l

CONJUNTO DE NECESSIDADES PRÉ-DIMENSIONAMENTO LOCAL

l USO DO SOLO l GABARITO l TRAÇADO


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DIAGNÓSTICO LOCAL

“Não é do trabalho que nasce uma civilização: ela nasce do tempo livre e do jogo”.

conjunto de necessidades Para formalizar o programa de necessidades estão sendo considerados: qualidade espacial do local de trabalho; demanda profissional de um espaço Coworking e Hostel; estimativa de áreas para cada ambiente e a utilização de equipamentos eletrônicos e de uso.

Alexandre Koyré (MAIS, 2000, p. 145)

Dentro do programa de necessidade foi formado um plano inicial de projeto, que incide em duas definições: Hostel, como hospedagem e Coworking, como escritórios compartilhados.

TRABALHO REUNIÃO 24,60 m²

17 m²

73 m²

SALA DE NEGÓCIOS *

ADMINISTRAÇÃO *

ESPAÇOS APOIO

AUDITÓRIO

55,70 m²

IMPRESSÃO E CÓPIA

TRABALHO 38 m²

ESPAÇO ZEN 42 m²

22,30 m²

25,70 m²

LEITURA

RESTAURANTE *

88,50 m²

ALIMENTAÇÃO * 27,70 m²

1710 m²

PRODUÇÃO CRIATIVA

DEPÓSITO 13,80 m²

WC’S * SALA ONLINE

32,40 m²

58,60 m²

ESTAR *

366 m²

escritórios compartilhados

BIBLIOTECA

RECEPÇÃO 237 m²

919 m²

233 m²

Para entender a demanda de usuários do objeto e estimativa de áreas foi utilizado como referência o Coworking Global Hub, e como referência de Hostel, foi usada uma pesquisa sobre “Dimensionamento de um hotel econômico” da autora Lilian M. G. Bezerra e Magda M. Melo.

TRABALHO 100 m²

ESPAÇO LÚDICO * 100 m²

BAR WORK

51,60 m²

87 m²

10,30 m²

AUDITÓRIO

LAVANDERIA

VESTIÁRIO

30 m²

40 m²

35,50 m²

CONVIVÊNCIA 427 m² alojamentos

ALOJAMENTOS 199 m²

117 m²

COZINHA 31 m²

ESTAR 40 m²

* Referente ao valor total considerando mais de um ambiente.

LOUNGE * 58 m²

BRAINSTORM 31,70 m²

Figura 56: Conjunto de necessidades. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


DIAGNÓSTICO LOCAL

47

Apresentando uma estimativa de 1710 m² de área, o plano de projeto consiste em estabelecer as áreas conforme a necessidade do usuário vista individualizado ou com interesses na interação entre usuários, os espaços serão constituídos por área de trabalho, área de reunião, área comum e área informal. Para servir de fundamento para a criação do objeto, foi feito o levantamento dos escritórios compartilhados que existem na cidade. Considerando que os espaços que serão projetados, durante seu desenvolvimento serão levados em conta parâmetros e fundamentos de escala real, os espaços serão determinados de acordo com a preocupação autossustentável e flexibilidade dos ambientes.

ESPAÇO COLETIVO

ALOJAMENTOS

APOIO

COWORKING

RECEPÇÃO - balcão + cadeira / sofás / poltronas / pufes / luminária / Wireless ADMINSTRAÇÃO - estação de trabalho + cadeiras/ sofás / impressora / Wireless ESTAR - sofás / pufes / luminárias RESTAURANTE - mesa coletiva + cadeiras / mesa gourmet + cadeiras / cozinha (balcão pia / armário / freezer / microondas / cooktop / mesa de preparo) administração / Wireless

ESPAÇO INDIVIDUAL

ESPAÇO INFORMAL

DEPÓSITO - estante WC’S - louça sanitária / lavatório SALA ONLINE - rack de alimentação elétrica VESTIÁRIO - chuveiro / louça sanitária / lavatório / armário

ALIMENTAÇÃO - balcão pia / armário / mesa coletiva + cadeiras / geladeira / microondas / cooktop CONVIVÊNCIA - sofás / pufes / tapetes / luminárias / Wireless

ALOJAMENTOS - tricamas / banheiros (chuveiro / louça sanitária / lavatório) / Wireless

COZINHA - balcão pia / armário / mesa coletiva + cadeiras / geladeira / microondas / cooktop

ESTAR - sofás / pufes / luminárias LAVANDERIA - maquina de lavar / maquina de secar / ferro de passar / mesa / armário

ESPAÇO TRABALHO - mesas coletivas + cadeiras / luminárias / Wireless

ESPAÇO DE TRABALHO - mesas coletivas flexíveis + cadeira / sofás / pufes / tapetes / luminárias / Wireless

ESPAÇO DE TRABALHO - estação de trabalho + cadeira / sofás / pufes / tapetes / luminárias / Wireless

REUNIÃO - mesa grande + cadeiras / rack / projetor / Wireless

ESPAÇO LÚDICO - sofás / pufes / tapetes / aparelho de som / mesa de sinuca / vídeo game / mesa de ping pong / TV a cabo / Wireless

ESPAÇO ZEN - sofá de descanso

BIBLIOTECA - estante / mesa suporte + bancos / pufes / luminárias / Wirelles SALA DE NEGÓCIOS - mesa grande + cadeiras / rack / projetor / Wireless AUDITÓRIO - pufes / cadeiras / notebook / equipamento de som / projetor / Wireless SALA DE IMPRESSÃO E CÓPIA - impressora multifuncional / ploter / estação de trabalho + cadeiras / mesa de corte / Wireless

BAR WORK - mesas + cadeiras / cafeteiras / freezer / microondas / geladeira / estufa salgados / Wireless AUDITÓRIO - caixas empilhadas / Wireless LOUNGE - sofás / pufes / tapetes / Wireless BRAINSTORM - mesas coletivas flexíveis + cadeira / armário / equipamento de som / projetor / Wireless

ESPAÇO LEITURA - poltronas / pufes / mesas + cadeiras / luminárias / Wireless


48

DIAGNÓSTICO LOCAL

LOCAL ACESSO TERRENO ENTRADA PARQUE ENTRADA PARQUE AV. CARAMURU

Mapa 8: Localização área de intervenção. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

O local de escolha para a implantação do projeto situa-se na Região Sul da cidade de Ribeirão Preto. O terreno fica na Rua Raphael Pileggi nº 48, no Jardim Álvaro Costa Couto, e foi escolhido conforme críterios de importância como, acesso, infraestrutura, paisagem, vegetação e visibilidades, e que compatibilizem com os projetos de referência. Esse terreno faz parte da área especial do Boulevard, considerado como um ponto estratégico, pois, o lote revela a vista oeste da cidade.

Figura 57: Entrada de acesso ao estacionamento. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Ocupando uma área de 1300,00 m², atualmente o terreno está nivelado devido ao seu uso como estacionamento. Atualmente o terreno está ocupado duas atividades que atendem ao público local, um estacionamento que serve para dar suporte ao Parque Roberto de Mello Genaro, e uma cafeteria, o “Mirante Café”. O acesso ocorre tanto pela rua principal do terreno quanto pelo Parque Roberto de Mello Genaro, acessado pela Avenida Caramuru. Seguindo o requisito adotado nas leituras projetuais, a relação com a cidade tende estabelecer uma conexão com o meio interno e externo do projeto. Figura 58: Vista do mirante café, com propaganda. Fonte: Google Earth, 2013.


DIAGNÓSTICO LOCAL

49

Mapa 9: Vistas da relação cidade e local de implantação. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

N

N


50

DIAGNÓSTICO LOCAL

levantamento morfológico Esse levantamento tem como finalidade direcionar as próximas análises, e estabelece critérios que influenciam no desenvolvimento da proposta de implantação. O recorte delimita a região urbana que será feito o levantamento físico e morfológico, ocupa uma área de aproximadamente 446.040,oom². Os limites foram definidos considerando aproximadamente 300 m no entorno do terreno e a delimitação pelas avenidas. A demarcação do recorte engloba parte do Centro da cidade e da Região Sul. Mapa 10: Recorte da área de interesse. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

A = 446.040,00 m²


DIAGNÓSTICO LOCAL

classificação da área De acordo com a Legislação Municipal 2157/07, que dispõe sobre o uso e ocupação do solo, define-se a classificação do macrozoneamento do recorte como sendo: •

ZUP (Zona de Urbanização Preferencial) região dotada de infraestrutura e condições para urbanização e densidades demográficas médias e altas;

ZPM (Zona de Proteção Máxima) composta por áreas de preservação ambiental.

A mesma lei define-se que o recorte é composta pelas partes: •

AQC (Área Especial do Quadrilátero Central) região constituída pelo perímetro entre as avenidas: Nove de Julho, Independência, Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves, área com interesse patrimonial e histórico em processo de requalificação;

ABV (Área Especial do Boulevard) que engloba a região do Boulevard;

AEPU (Área Especial para Parque Urbano);

Áreas de Uso Misto.

ZUP ZPM

ZUP

N Mapa 11: Macrozoneamento. Fonte: Interferência do autor sobre dados da Prefeitura de Ribeirão Preto, 2013.

Mapa 12: Áreas Especiais. Fonte: Interferência do autor sobre dados da Prefeitura de Ribeirão

51


DIAGNÓSTICO LOCAL

uso do solo

Figura 59: Corte Longitudinal, mostra topografia natural. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

gabarito

O recorte estabelecido na área de interesse abrange um entorno predominantemente residencial.

O recorte marca uma área denominada por construções de baixo porte (1 a 3 pavimentos) e médio porte (3 a 5 pavimentos), sendo pouco verticalizada. A predominância dos edifícios altos é verificada na extensão região da Avenida Nove de Julho.

Essa região conta com atividades de serviços e comércios, ambas importantes para a rotatividade de pessoas nessa área, destacando como usos principais, clínicas médicas especializadas, hospitais e restaurantes.

Esse levantamento torna-se importante no conhecimento do entorno e na determinação da altura do objeto de implantação.

Apresenta forte presença das áreas verdes do Parque Roberto de Melo Genaro na composição da paisagem, sendo importantes na configuração do projeto.

Entretanto, para o estacionamento no local, o terreno sofreu com processo de aterramento e consta-se plano.

^

52

Área Verde;

^

Comércio; Indústria; Residência; Serviços;

1 a 3 pavimentos;

Sem uso;

3 a 5 pavimentos;

Terreno vazio.

Acima de 5 pavimentos. Mapa 13: Uso do solo. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Mapa 14: Gabarito. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


DIAGNÓSTICO LOCAL

traçado O entorno é constituído por vias arteriais, coletoras e locais. Nota-se que o recorte abrange grande quantidade de vias locais e quatro vias arteriais, sendo duas dessas de extrema importância, a Avenida Nove de Julho e a Avenida Caramuru, que tem o fluxo alto. O acesso principal ao lote de implantação é a Avenida Santa Luzia, que apesar de ser uma avenida não influencia no ruído, pois tem o fluxo baixo e a via local é a Rua Raphael Pileggi.

Figura 60: Corte Longitudinal do terreno em situação atual. Fonte: Arquivo Pessoal,2013.

O fluxo viário entre cidades pode ser realizado utilizando como meio de transporte o carro particular, como também uso do transporte coletivo. O Terminal Rodoviário Ribeirão Preto se localiza a 1,5 km do local de implantação e/ou a Mini Rodoviária Jardim Paulista, localizada a 5,40 km do local de implantação. Por meio aéreo, no Aeroporto Dr. Leite Lopes está localizado a 8,97 km de distância do local de implantação.

Via Arterial; Via Coletora; Via Local. Mapa 15: Estrutura Física Viário. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Mapa 16: Percurso, rodoviária e aeroporto. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

N

53


54

DIAGNÓSTICO LOCAL

interferência climática Long. 47° 48’ 36“ O

As simulações do diagrama da posição solar foram retiradas do programa SOL-AR, disponibilizadas de acordo com a angulção programada. O propósito de obter as simulações solares é de servir de base às análises de cada horário e época do ano, a fim de fornecer parâmetros para soluções do projeto. A análise do diagrama tem como finalidade, o reconhecimento das influências externas do entorno considerando a edificação existente e avaliação da área do lote, a fim de estabelecer uma proposta que contenha soluções que amenizam a incidência do sol.

RIBEIRÃO PRETO Lat. 21° 10' 40“ S

essas edificações estão em um plano abaixo do lote e não interferem na visão da cidade.

O diagnóstico será realizado levando em conta alguns critérios de observação, que são: barreira solar, percepção térmica, incidência solar, topografia e a ventilação. Primeiramente para iniciar a análise da incidência solar, foi necessário observar se existe alguma influência no entorno. Notandose que na orientação leste, a edificação vizinha de médio porte se localiza a um nível mais elevado e cria uma barreira para a luz solar direta, que incidirá na fachada a ser edificada, a mesma situação acontece com a edificação na orientação norte, porém, esta construção vizinha é de baixo porte, sendo a interferência menor.

A

Foi realizado o estudo da carta solar em duas orientações de maior importância: a fachada oeste e a fachada sul, já que estas fachadas têm maior incidência e não possuem barreira solar. O sol na orientação oeste incide durante o inverno todo na fachada, os períodos entre 12 e 18 horas, recebem alta iluminação solar. Durante a estação da primavera, a fachada leste recebe iluminação solar somente no período entre 10 e 12 horas, pois no horário das 6 às 10 horas, a edificação que está na divisa faz sombra no terreno. Os resultados esperados são favoráveis, portanto foi possível reconhecer que a fachada oeste necessita de proteção durante o dia todo. Para o fechamento e materialidade, serão adotados painéis modulados retráteis, a fim de regular a entrada de luz e proporcionar tal proteção.

Dados a considerar: A Densidade Populacional é de 952,92 hab./km². Apresenta como clima, o tropical quente-úmido de inverno-seco. Altitude 546m. Péríodo quente-úmido sofre uma variação de 35º com picos de máximas de 40º, umidade de 63%. Péríodo inverno seco sofre uma variação de 18º com mínimas de 10º, a umidade sofre queda. Vento Leste a 14 km/h.


DIAGNÓSTICO LOCAL

As faces em destaque precisam de maior proteção solar, entretanto, ter atenção com as faces não destacadas.

o gabarito colabora na proteção solar da orientação leste, protegidos por uma edificação estimada em 7m de altura.

incidência ventos Em frente ao lote, localiza-se o Parque Roberto de Mello Genaro, que possui uma área de 10.219,00 m² de vegetação muito densa, que ameniza a sensação térmica da região, e proporciona ao Homem a percepção física de agradabilidade. A massa de ar que aparece em predominância na orientação sudeste / noroeste; a localização do lote que esta em uma topografia elevada; e a orientação do sol, que incide diretamente nesse lote. A região possui ventos que seguem orientação sudeste/ noroeste, passando portanto primeiro pela área do parque, proporcionando ao ambiente um ar mais úmido e refrescante, amenizando a sensação térmica.

A

Corte A/A, estudo da incidência solar.

a vegetação cria uma barreira e filtra o vento quente.

Figura 61: Conjunto de estudos esquemáticos sol e ventos, e mapa de reconhecimento do entorno. N Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

55


56

DIAGNÓSTICO LOCAL

1.

2.

3.

4.

Figura 62: Vista do lado direito do terreno. Fonte: Arquivo pessoal, 2013.

Figura 63: Vista da edificação do fundo. Fonte: Arquivo pessoal, 2013.

Figura 64: Vista da Região Oeste da cidade de Ribeirão Preto. Fonte: Arquivo pessoal, 2013.

5.

6.

Figura 65: Vista da Região Sudoeste da cidade de Ribeirão Preto. Fonte: Arquivo pessoal, 2013.

Figura 66: Vista do Parque Roberto de Mello Genaro, acesso Av. Raphael Pileggi. Fonte: Arquivo pessoal, 2013.

Figura 67: Vista do Parque Roberto de Mello Genaro, acesso Av. Caramuru. Fonte: Arquivo pessoal, 2013.


DIAGNÓSTICO LOCAL

57

legislação A seguir, foi determinada uma área de estudo, e realizado análises físicas e morfológicas para o entendimento dos aspectos que influenciam direta ou indiretamente o entorno imediato. De acordo com a Legislação Municipal 2157/07 do Parcelamento do Uso e Ocupação do Solo, e o terreno estar localizado na área especial AQC (Área Especial do Quadrilátero Central) e na ZUP (Zona de Urbanização Preferencial). Os dados obtidos na Legislação Municipal 2157/07 do Parcelamento do Uso e Ocupação do Solo, são considerados: • TO (taxa de ocupação) de 80%. • CA (coeficiente de aproveitamento) de 3.

3

• 10% de área permeável, considerando a área do terreno 1327,80 m², será destinado uma área de 132,8 m² para áreas verdes.

1

• Os recuos mínimos, 2m de fundo e lateral, 5m de frente. Entende-se que, a região possui infraestrutura necessária para a implantação adequado do projeto, de acordo com parâmentros da Legislação Municipal.

2

4

Mapa : Pontos de infra Fonte: Levantamento in l Poste de iluminação; Bueiro; Boca de lobo; Placa de sinalização; Lixeira.

5 6 Mapa 17: Levantamento e localização do mobiliário urbano. N Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.



4. REPRESENTAÇÕES INICIAIS

Para nortear o processo projetual inicial, foram elaboradas algumas diretrizes: • Implantar uma edificação que considere o entorno e a relação com a cidade; • Respeitar a legislação local; • Organizar os espaços internos oferecendo qualidade aos trabalhadores; • Implementar uma edificação com a valorização da ventilação e iluminação natural; • Estabelecer acessibilidade; • Proporcionar um ambiente flexivel para instalação de aparelhos multifuncionais;

CONCEITO E PARTIDO

l ORGANIZAÇÃO ESPACIAL

FLUXOS E FUNÇÕES


60

REPRESENTAÇÕES INICIAIS

desenvolvimento conceito e partido arquitetônico O local de intervenção possui uma identidade forte, determinada pela altitude da região, permitindo o relacionamento do edifício com a cidade. A concepção inicial surgiu na intenção de ampliar o campo da visão do indivíduo. Considerando que, quando se tem dois blocos paralelos a direção da visão se repete, entretanto, quando muda o sentido de um dos blocos amplia o campo da visão. Outro fator importante para o posicionamento dos blocos é o recorte do terreno. Essa relação foi usada na disposição das faces do edifício, posicionando cada bloco orientado para uma direção, no que permite a integração e a visão com a cidade.

Figura 68: Croquis, expansão da visão. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


REPRESENTAÇÕES INICIAIS

APOIO

Como elaboração dos ambientes, foi pensado os espaços tematizados, dispostos de design gráfico ambiental, com o intuito de oferecer aos trabalhadores a variação do local onde se trabalha e a identificação do uso do espaço conforme seu design. A planta foi raciocinada com o mínimo de compartimentação, espaços que se podem percorrer sem a barreira visual, com flexibilidade e a intenção de estender ou diminuir o ambiente, dando a esse espaço a possibilidade de mudar seu aspecto funcional, do mais íntimo ao menos íntimo. A relação entre espaços foi pensada tanto no sentido horizontal quanto no sentido vertical, considerando que alguns ambientes possam ter acesso com circulação vertical.

APOIO

Figura 69: Esquema de desenvolvimento volume. Fonte: http://www.camenzindevolution.com, 2013.

Figura 70: Croquis, relação social. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

61


62

REPRESENTAÇÕES INICIAIS

partido arquitetônico O partido arquitetônico adotado tem como uma de suas premissas mais importantes a uma intenção tecnológica, que viabiliza a integração com a cidade.

o

n te ex

O projeto possui um aspecto construtivo que permite grandes vãos, espaços amplos e flexíveis, proporcionado pelo uso da estrutura metálica pré-fabricada. Compondo esse aspecto a laje plana de concreto pré-moldada proporciona menor tempo de produção. Sendo assim, o conjunto faz uma composição que permite uma planta livre, produzindo leveza e flexibilidade ao projeto, podendo prever futuras adaptações e reconfiguração espacial.

do ço

pa

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Outra integração com a cidade é permitida através de sistemas de painéis móveis, composto por planos verticais translúcidos opacos e leitosos que permitem a relação entre o ambiente interno e a cidade, além de garantir a proteção da insolação e das intempéries.

“ESPAÇO CONTÍNUO”

conceito Diante da preocupação em manter a relação entre cidade e edificação, foi adotado como conceito inicial a visão, pois, estabelece a conexão com o exterior.

l a u t i once

lin

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co

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a

Essa linha de raciocínio permitiu uma conexão de ideias que se relacionam e se denominam em uma rede conceitual.

c e d e r


idad e ão c rela ç

ada limit i o ã ç e r i d

visão prolongada

No processo do projeto, define-se partido e conceito: “O conceito expressa a ideia subjacente no desenho e orienta as decisões de projeto em uma determinada direção, organizando e excluindo as variantes (LEUPEN, 2004)”

REPRESENTAÇÕES INICIAIS

tud am pli

ção

gra

e

e int Figura 71: Rede conceitual. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

63


64

REPRESENTAÇÕES INICIAIS

configurações espaciais do ambiente de trabalho

O que distingue a configuração do novo paradigma tecnológico é a sua capacidade de reconfiguração, um aspecto decisivo em uma sociedade caracterizada por constante mudança e fluidez organizacional, porque a base material da organização pode ser reprogramada e reaparelhada. (CASTELLS, 2000, pg. 78)

Work Bar

Lúdico

O diagrama de organização espacial, foi retirado como referência do escritório Clive Wilkinson Architects, realizado no projeto Googleplex.

- encontros casuais - alternativa para trabalho e diverção - games

Esse esquema traduz a qualidade espacial do projeto quanto à organização dos ambientes, e qualifica o fluxo de pessoas de acordo com a tipologia espacial de cada espaço, que varia em ambiente pelo uso e grau de intimidade de cada espaço e variando dos quentes (informais), passa pelo médio (coletivo) até os mais frios (individuais). Os ambientes são organizados quanto a tipologia do mobiliário.

1

Trabalho Aberto

Lounge

- encontros casuais - alternativa para trabalho e reuniões informais - local de entretenimento - intercâmbio de ideias

- local de espera - encontros casuais - recepção

- trabalho coletivo - convívio com profissionais criativos - intercâmbio de ideias

3

2

4

Quente (informal)

Abaixo mostra um plano de massas com a organização espacial com a opção para trabalhar em ambientes distintos.

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Mapa 18: Estudo de massas, Térreo. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

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Mapa 19: Estudo de massas, Primeiro Pavimento. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

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s

REPRESENTAÇÕES INICIAIS

Brainstorm Brainstorm

- -sala salade decriação criação - -convívio convíviocom comdiversos diversos profissionais profissionaiscriativos criativos - -possibilidade possibilidadede deaterar aterar layout layout - -intercâmbio intercâmbiode deideias ideias

Terraço Terraço

Leitura Leitura

- -integração integraçãocom comoo ambiente ambienteexterno externo - -alternativa alternativanão nãoagitada agitada para paraootrabalho trabalho - -convívio convívio

- -local localcentrado centrado de detrabalho trabalho - -estudos estudos - -convívio convíviocom comárea área verde verde

55

77

66

Biblioteca Biblioteca

- -local localcentrado centrado - -estudos estudos - -conhecimento conhecimento - -silencioso silencioso

88

Auditório Auditório

- -palestra palestrainformal informal - -pluralidade pluralidade - -intercâmbio intercâmbiode de ideias ideias

99

Sala SalaNegócios Negócios

Auditório Auditório

Reunião Reuniãofechada fechada Trabalho Trabalhofechado fechado

- -reunião reuniãopequena pequena - -palestra palestrafechada fechada - -reunião reuniãoparticular particular de detrabalho trabalhoeenegócios negócios - -pluralidade pluralidade - -privacidade privacidade - -privacidade privacidade - -formalidade formalidade - -alternativa alternativapara para estudos estudos

11 11

10 10

65

- -alternativa alternativapara para trabalho trabalhoindividual individual - -intimidade intimidade

13 13

12 12

Médio (coletivo)

Frio (individual) Figura 72: Diagrama configuração espacial. Fonte: Escritório Clive Wilkinson Architects, Googleplex. Interferência do autor, 2013.

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Mapa 21: Estudo de massas, Terceiro Pavimento. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

N

N

Mapa 20: Estudo de massas, Segundo Pavimento. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

r esta


66

alojamentos

REPRESENTAÇÕES INICIAIS

fluxo e funções

lounge

alimentação

vestiário

alimentação

convivência estar leitura convivência

lounge

administração

biblioteca

trabalho sala online

hall

estar

lounge

lúdico

brainstorm

auditório

lúdico

wc’s

depósito

trabalho

trabalho

bar work administração zen

cozinha lounge

convivência

restaurante recepção convivência

central de gerenciamento

estacionamento


dml

administração

REPRESENTAÇÕES INICIAIS

lounge

wc’s estar lavanderia

dml

impressão e cópia lounge administração

sala de negócios

trabalho

sala online

auditório reunião hall wc’s

dml

wc’s dml

hall alimentação depósito

convivência

Figura 73: Esquema fluxos e funções. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

67



5. PROJETO IMPLANTAÇÃO

l MEMORIAL JUSTIFICATIVO l PLANTAS ELEVAÇÃO

l CORTES


PROJETO

ficha técnica •

Projeto

Proposta de edificação compartilhados •

para

escritórios

Local

Ribeirão Preto - SP •

Local cidade

Rua Raphael Pileggi nº 48 - Jardim Álvaro Costa Couto •

Área do terreno

1394 m² •

Área projetada

3180 m² •

Uso

Alternativa sustentável do escritório informal aliado à possibilidade de alojamento •

Programa

A edificação contém espaços para trabalho restaurante e serviços, cafe bar, brainstorm e sala para jogos, auditório, salas de negócios e reuniões, espaços para reuniões informais e palestras, pontos de trabalho individual e compartilhado, espaço para cópias e impressões, biblioteca e espaço de leitura, espaços para descanso e alojamentos e apoios •

Estrutura

Metálica e concreto armado

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

70


PROJETO

N

N

Mapa 22: Implantação. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

71


PROJETO

MEMORIAL O projeto busca priorizar espaços que atendam trabalhadores autônomos da cidade e da região, em um projeto que deixa evidente a dinâmica de trabalho desses profissionais. O modelo de ocupação foi desenhado pensando na relação que a edificação apresenta com a cidade, respeitando o seu entorno. A cobertura verde mostra uma extensão do parque e a preocupação sustentável com a edificação construída.

pavimento térreo ESCALA 1:250 1. recepção 1 2. guarita 3. estacionamento 4. restaurante 5. cozinha 6. wc serviços 7. administração

O EDIFÍCIO

8. wc

O edifício concebe-se estruturado como dois blocos que funcionam como apoios e planos horizontais que possuem estrutura própria, liberando a parte central do edifício, e caracterizando-o como uma planta livre, e um terceiro bloco que fixa e se agrega ao edifício.

9. convivência

Os planos horizontais funcionam como suporte para os ambientes flexíveis, considerando a possibilidade de reorganização do espaço.

13. dml

Os planos verticais externos aparecem como uma pele, protegendo e proporcionando identidade na edificação.

10. recepção 2 11. hall 12. entrada de carga/descarga 14. central de gerenciamento e supervisionamento eletrônico 15. cozinha 16. convivência

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

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PROJETO

A

73 C

13 9

14 15

11 10

4

8

B

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16

6 7 5

3

1

2

C B

N

N

A

Mapa 23: Planta TĂŠrreo. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


PROJETO

primeiro pavimento ORGANIZAÇÃO ESPACIAL Prevê fechamentos vazados em ambientes que não precisam de intimidade permitindo a relação com o externo e protegem da incidência do sol nos períodos quentes. Os espaços que permitem integração são: Lounge, espaços de recepção, lúdico, café/ bar, espaços de trabalho compartilhados. A integração acontece em ambientes com uso informal podendo ser interligados ou ter uma continuidade nos espaços. Como princípio foi pensado em várias faces voltadas a diferentes direções.

ESCALA 1:250 1. lounge 2. administração financeiro 3. estar 4. sala online 5. banheiro feminino / masculino / acessível. 6. brainstorm 7. sala de jogos 8. reunião informal 9. circulação principal

CIRCULAÇÃO As circulações foram divididas em verticais diretas e indiretas e horizontais.

10. lúdico jogos 11. barwork 12. espaço zen

A circulação vertical direta se constitui por três elevadores hidráulicos, movido por um pistão hidráulico que dispensa o contrapeso, e destaca por ser mais suave e silencioso, dois sociais e um de serviços que por sua vez mantém um fluxo rápido e acessível.

13. convivência

Já a circulação vertical indireta permite um percurso mais demorado que liga o pavimento inferior ao pavimento superior, composta por duas escadas internas, uma posicionada no centro do projeto e a outra no bloco de apoio.

17. reunião

A circulação horizontal é marcada pela aproximação da calçada e rua. No piso térreo o piso foi projetado para estabelecer continuidade da calçada, que se estende por toda a superfície térrea, a mesma concepção aparece no estacionamento, estendendo da rua ao interior do edifício.

14. descanso

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

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15. sala de negócios / reunião pequena 16. auditório 18. hall

19. banheiro feminino / masculino / acessível 20. sala online

21. administração coworking


A

PROJETO

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C B

17 21

16

18

12 13

12

15

20

19

15 11

15

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10

13 9 1 7

8

6 2 3 5

C

4

B

N

N

A

Mapa 24: Planta Primeiro Pavimento. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


PROJETO

ESTRUTURAL Pensado no tempo de montagem e economia, a estrutura se resolve em perfil de aço pré-montada com estrutura da laje plana pré-moldada em concreto. A carga é distribuída pelas estruturas metálicas que possibilitam a execução de grandes balanços e transmitem leveza `a edificação. A cobertura é feita em telha metálica térmica, que proporciona um conforto térmico, e ainda foi pensado em uma iluminação zenital composta por um elemento vidro temperado laminado, direcionado acima de uma escada vazada, proporcionando iluminação em todos os pavimentos. As paredes internas foram pensadas de modo a não ficarem paralelas, pois assim, não causam reverberação no ambiente sendo ideal para os ambientes de trabalho compartilhado, local onde possuem diálogos.

segundo pavimento ESCALA 1:250 1. lounge 2. hall 3. alimentação

4. vestiário feminino / masculino / acessível. 5. escritório compartilhado 6. ppontos de reunião

7. escritório individual ou dupla 8. biblioteca 9. área de leitura

10. área de impressão e cópia 11. estar 12. wc

MATERIALIDADE A materialidade propõe uma qualidade visual ao projeto, tanto na parte externa quanto interna. Para o fechamento são usados dois elementos que se complementam, primeiramente uma lamina de vidro do tipo leitoso e colado não sendo necessários caixilhos, e para proteção da insolação foi pensado em painéis vazados de madeira que percorrem a fachada e permitem a opção de sombreamento, além de criar uma fachada dupla. A flexibilidade dos ambientes será garantidas com o uso de divisórias que facilitam a montagem e a configuração espacial.

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13. administração geral 14. convivência


A

PROJETO

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C 6

B

12 9 11

9

13

10

6 9

14 6

7

8

7 7

7 7

5 6 5

1 2 5 4

6

3

C B

N

N

A

Mapa 25: Planta Segundo Pavimento. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


PROJETO

ILUMINAÇÃO A preocupação com a iluminação no projeto tem relação com a qualidade no ambiente do trabalhador. A presença da luz natural é marcante em toda a fachada com o uso de planos verticais translúcidos e vazados, que funcionam como elemento regulador da luz e permite sua entrada moderada, além de, possibilitar o uso conforme a necessidade podendo ser totalmente iluminado ou vedado.

terceiro pavimento ESCALA 1:250 1. alimentação 2. cozinha 3. estar 1 4. convivência 5. alojamentos e banhos 6. alojamento e banho acessível

MOBILIÁRIOS Os mobiliários foram escolhidos de acordo com cada ambiente e a necessidade dos usuários considerando de importância às cores e texturas. A função do mobiliário no projeto é fundamental, pois como o projeto se refere à flexibilidade os mobiliários possibilitam o rearranjo espacial. Alguns dos mobiliários foram escolhidos para criar uma ideia de sustentabilidade como por exemplo, os caixotes de sentar no espaço da palestra informal, dessa forma os mobiliários caracterizam o ambiente, diversificam as maneiras de o uso trabalhar e propõem uma temática visual.

7. circulação 8. administração alojamentos 9. estar 2 10. dml 11. wc 12. lavanderia

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A PROJETO

C

10

79 B

11 9 5

8

12

5 5 5 5

4 5 5 5 5 5

7

5

5 6

3 1

C B

2

A N

N

Mapa 26: Planta Terceiro Pavimento. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


cortes cobertura +12.00 pavimento 3 +10.00

pavimento 2 +6.50

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pavimento 1 +3.00

térreo

+0.00

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cobertura +12.00

pavimento 3 +10.00

pavimento 2 +6.50

pavimento 1 +3.00

CORTE LONGITUDINAL A/A Escala 1:250

térreo

+0.00

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PROJETO

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PROJETO

CORTE TRANSVERSAL B/B Escala 1:250

CORTE TRANSVERSAL C/C Escala 1:250 Figura 74: Conjunto de cortes ilustrativos. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

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82 elevações

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FACHADA SUL

Escala 1:250

FACHADA NORTE

Escala 1:250

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PROJETO


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FACHADA OESTE Escala 1:250

FACHADA LESTE Escala 1:250

Figura 75: Conjunto de elevações ilustrativas. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

83


84

PROJETO

sistema estrutural e construtivo

O projeto para escritórios compartilhados exigiu os detalhes básicos usados na concepção de um escritório: •

Fechamentos;

Pisos e;

Forros.

Prevê fechamentos vazados em ambientes que não precisam de intimidade e permitindo a relação com o externo, protege da incidência solar nos períodos quentes. O mesmo acontece com o uso dos planos translúcidos que permitem a integração em ambientes com uso informal, podendo ser interligados ou ter uma continuidade nos espaços como: lounge, espaços de recepção, lúdico, café/bar, espaços de trabalho compartilhados.

ESTRUTURA GRID

elevador e escada

escada principal

A escolha mais eficiente para pisos nos ambientes que utilizam aparelhos de rede é do tipo piso elevado, pois, com a demanda de inovação tecnológica e flexibilidade do networking torna esse piso fundamental para instalações de infraestrutura para cabos de redes de dados e redes elétricas.

elevador social

Ideal para ambientes dinâmicos que estão em constante mudanças na organização espacial e layout. Para o sistema de forração, foi pesquisado um produto que possui boa performance em um ambiente de trabalho compartilhado.

ESTRUTURA 3D

pilar

viga

ELEVAÇÃO LONGITUDINAL

Figura 76: Conjunto de sistemas estruturais. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

ELEVAÇÃO TRANSVERSAL

De acordo com Grotta (2009) painéis de fibra mineral são bem utilizados em espaços amplos e extensos, pois permitem a remoção e a flexibilidade nos ambientes, e “não apresentam riscos de trincas ou fissuras causadas por movimentação estruturais ou vibrações”. O forro nuvem acústica que proporciona um visual elegante, atendendo critérios de sustentabilidade e alto desemenho acústico e pode ser instalado em ambientes abertos e usadas para criar um ambiente diferenciado e personalizado. Uma necessidade que surgiu, foi a instalação hidráulica dos alojamentos, sendo resolvida entre a laje e o uso do forro. Entendendo que, para sua instalação considerou 3% de inclinação sobre o comprimento dos alojamentos, sendo direcionados pelos ramais de distribuição até o coletor principal.


PROJETO

RESERVATÓRIO SUPERIOR 5000 L COBERTURA VERDE h = 20 cm: VEGETAÇÃO NATIVA PARA TELHADOS VERDES, BAIXA MANUTENÇÃO SUBSTRATO h = 4 cm

LAJE PLANA DE CONCRETO PRÉ-MOLDADA h = 17 cm TUBULAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA i=3%

MANTA GEODRENANTE, PROTEÇÃO MECÂNICA SANCA DE GESSO ACARTONADO GUARDA CORPO ESTRUTURA METÁLICA COM VIDRO LAMINADO

FORRO NUVEM ACÚSTICA

SISTEMA PARA PAINEL DE CORRER PAINEL DE VIDRO LAMINADO

PAINEL VAZADO DE MADEIRA CLARA PISO ELEVADO TERMOPLÁSTICO

SISTEMA DEAUTODESK ELÉTRICA EDUCATIONAL PRODUCT PRODUCED BY AN

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CORTE LONGITUDINAL A/A

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CORTE A/A - SISTEMA CONSTRUTIVO Escala 1:750 PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

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TUBULAÇÃO DE ESGOTO i=3% SISTEMA DE ELÉTRICA

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INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA ACESSIBILIDADE

VIGA METÁLICA PERFIL LAMINADO MURO DE ARRIMO VIZINHO

ESCOAMENTO DA ÁGUA DA COBERTURA PILAR METÁLICO PISO EM PLACA DE CONCRETO BLOCO MACIÇO ESTACA CRAVADA METÁLICA (PRÉ FABRICADA)

Figura 77: Corte de sistema construtivo. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

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6. QUALIDADE ESPACIAL

ESPAÇOS INTERNOS

l ESPAÇOS EXTERNOS







convivĂŞncia


salas de jogos • trabalho informal • encontros sociais



espaรงo de descanso



palestras informais



salas de neg贸cios sala de reuni茫o


espa莽o de games

audit贸rio brainstorm



espaรงo de leitura



biblioteca


trabalho individual • intimidade • trabalho individual ou dupla • isolamento




trabalho compartilhado


pontos de trabalho • trabalho individual sem o isolamento • social




espaço convivência


cafe / work • trabalho informal • encontros sociais • reuniões pequenas




CONSIDERAÇÕES FINAIS

considerações finais Ao final do desenvolvimento, foi possível projetar um equipamento voltado para profissionais autônomos. O contexto apresentado aborda a importância de proporcionar um ambiente que tenha qualidade na organização espacial e ambientes que possibilitam a dinâmica entre trabalho, tempo livre e diversão, oferecendo a opção de trabalhar de modo informal, coletivo ou individual. Entendendo que este ambiente de maneira adequada proporciona uma condição de bem estar emocional, que influencia na produção da criação. Sendo assim, conseguiu alcançar os objetivos que foram propostos com a compreensão da problemática atual que é a condição do trabalhador autônomo. No projeto desenvolveramse ambientes embasados nos conceitos teóricos, estudos de referências projetuais e entendimento das necessidades dos trabalhadores autônomos através de gráficos e pesquisas. Pode-se dizer que este trabalho atribui no aprendizado durante todo o seu desenvolvimento, que se estende desde a base conceitual até o projeto. Com a finalização deste, espera-se que possa contribuir com outros projetos e pesquisas futuras que abordam a mesma temática.

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BIBLIOGRAFIA

1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAST, C. Co-working & Hostel. Trabalho de conclusão de curso (Graduação) – Universidade Católica de Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul, 2012. MASI, D. D. “Ócio criativo”. Editora Sextante, 2000. CAÑELLAS, K. V.; FORCELINI, F.; ODEBRECHT, C. A evolução dos postos de trabalho: aspectos ergonômicos dos escritórios em Blumenau/SC. Santa Catarina, 2012. FONSECA, J. F. “A contribuição da ergonomia ambiental na composição cromática dos ambientes construídos de locais de trabalho de escritório”. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004. MELL, J.V; MARTENS, Y.; REE, H. V. “Como planejar espaços de escritórios: Guia prático para gestores e designes“. Editorial Gustavo Gil, 2012.

2. REFERÊNCIAS CAPÍTULOS SITA, C. C. Espaços para nômades contemporâneos. Trabalho de conclusão de curso (Graduação) - Centro Universitário Moura Lacerda. Ribeirão Preto, São Paulo, 2001. CASTELLS, M. “A SOCIEDADE EM REDE”. Editora Paz e Terra, 1999.

3. CONSULTAS ONLINE 1. PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO. Lei Municipal 2157/07 Parcelamento do Uso e Ocupação do Solo. Disponível em: <ribeirãopreto.sp.gov.br> Acesso em: 3 de Março de 2013. 2. SEADE, FUNDAÇÃO SISTEMA ESTDUAL DE ANÁLISE DE DADOS. Atlas Seade da Economia Paulista. Disponível em: <seade.gov.brhttp://www.seade.gov. br/produtos/atlasecon/index.php?texto=mapa&cap_cod=8> Acesso em: 14 de Março de 2013. 3. CAMENZIND, EVOLUTION. The Hub Zürich. Disponível em: camezindevolution.com Acesso em: 21 de Março de 2013. 4. TERMO DE REFERENCIA SOBRE ECONOMIA CRIATIVA. Disponível em: <http://issuu.com/eduardobarrosoneto/docs/trec/5#print> Acesso em: 31 de Março de 2013. 5. AGÊNCIA, AM4. Agência AM4. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/56003/agencia-am4-rio-de-janeiro-escritorio-criativo/iaacliente-am4localam4data-07022012foto-fabrizia-granatieri-15/> Acesso em: 8 de Abril de 2013. 6. GOOGLE MAPS. Rua Raphael Pileggi, Ribeirão Preto – SP. Disponível em: <mapsgoogle.com.br> Acesso em: 12 de Abril de 2013. 7. CAMENZIND, EVOLUTION. Google Office, Stockholm. Disponível em: <camezindevolution.com> Acesso em: 15 de Abril de 2013. 8. SEBRAE, SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Termos de Referência, Atuação do Sistema Sebrae na Economia Criativa. Disponível em: <sebrae.com.br> Acesso em: 19 de Abril de 2013. 9. AGÊNCIA, AM4. Agência AM4. Disponível em: <http://marcoshusky.blogspot.com.br/2012/01/nova-filial-da-agencia-digital-am4.html> Acesso em: 22 de


BIBLIOGRAFIA

Maio de 2013. 10. NÚCLEO DE DESIGN GRÁFICO. Disponível em: <http://ndga.wordpress.com/> Acesso em: 29 de Maio de 2013. 11. GOOGLE HEADQUARTERS, DIAGRAMA. Disponível em: <http://www.clivewilkinson.com/work/google7.html> Acesso em: 30 de Maio de 2013. 12. DADOS PESQUISA MUNDIAL DESKMAG. Disponível em: <http://circulador.wordpress.com/2011/01/19/coworking-trabalhando-acompanhado-ainda-quesozinho/> Acesso em: 06 de Junho de 2013. 13. DADOS PESQUISA MUNDIAL DESKMAG. Disponível em: <http://www.movebla.com/569/pesquisa-mundial-coworking-apuracao-parcial/> Acesso em: 06 de Junho de 2013. 14. ESTRUTURA METÁLICA <http://www.metalica.com.br/estrutura-metalica-pre-montada-e-vidro> Acesso em: 11 de Junho de 2013. 15. IMAGENS CONCEITO ESCRITÓRIO <http://www.facilityconsulting.net/content.asp?m=idea_organizationaltheories> Acesso em: 30 de Outubro de 2013. 16. INSTALAÇÃO HIDRÁULICA <http://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/aula%2014/aula14.htm> Acesso em: 15 de Novembro de 2013.

4. REFEÊNCIA ICONOGRÁFICA IMAGEM CAPA E CAPÍTULOS: Westmere wafer. <http://www.intel.com/pressroom/kits/events/idffall_2009/photos.htm> Acesso em: 8 de Fevereiro de 2013. ILUSTRAÇÕES: Espaços Google. Acesso em: 11 de Novembro de 2013. ILUSTRAÇÕES: Vitra. Acesso em: 16 de Novembro de 2013.

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