nº3, fevereiro de 2016
NOVIDADE!
Conheça a pesca de flotada
PESQUEIRO
NA ONDA DAS “ANTENINHAS”
DESATANDO O ATADO
Conheça o bobbin
Viagem
Truta-arco-íris no sul de Minas
Cursos
Faça o seu curso de fly, não importa o nível de seu conhecimento na modalidade!
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CURSOS INTERMEDIÁRIOS E AVANÇADOS:
Ministrados pela equipe Total Fly, têm como principal característica introduzir o iniciante na modalidade de forma simples e descomplicada.
Ministrados pelos mais renomados instrutores da modalidade no Brasil, como Rubens de Almeida Prado e Gerson Kavamoto.
Tão fácil que, após apenas um dia de curso, você já estará apto a buscar seu primeiro peixe no pesque-pague de sua preferência. E daí para frente é só progresso e emoção.
Trata-se de cursos voltados para quem quer se aprimorar, corrigir vícios adquiridos e poder pescar em qualquer local ou situação de pesca, e, ainda, para se aperfeiçoar em uma pescaria específica, tanto no que diz respeito a local quanto ao peixe-alvo.
ONDE ESTAMOS Localizado em Embu das Artes, o C.T. (Centro de Treinamento) da TOTAL FLY terá, em breve, tudo o que o pescador de fly necessita em um único lugar. e-mail: cursos@totalfly.com.br
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A ESPORTIVA P E SC
Editorial Expediente
nº3, fevereiro de 2016
NOVIDADE!
Conheça a pesca de flotada
PESQUEIRO
NA ONDA DAS “ANTENINHAS”
2015: um ano de metas concluídas na promoção do flyfishing
Antes das primeiras linhas deste editorial, um
agradecimento especial a todos que têm acompaDESATANDO O ATADO
Conheça o bobbin
Viagem
Truta-arco-íris no sul de Minas
nhado de perto a Total Fly e participando direta ou indiretamente, fisicamente ou online, de encontros promovidos no Centro de Treinamento,
em cursos, em nossas publicações na fanpage ou no site, aos ex-alunos e também clientes que se tornaram nossos amigos. Bem sabemos da falta que faz no mercado uma publicação de qualidade que disponibilize em seu conteúdo excelentes informações de forma simples e clara. E é por isso que somos constantemente questionados quanto à periodicidade, à circulação e à assinatura desta TOTAL FLY MAGAZINE. O fato é que, devido ao compromisso de concluir o nosso cronograma de estruturação, ainda não tem sido possível manter a frequência
Expediente Diretoria TOTAL FLY E LOOP INVEST Edição e revisão de texto Janaína Quitério (MTB 45.041/SP) Projeto gráfico e diagramação
de uma publicação com a qualidade que você, leitor, merece, mesmo ela sendo trimestral, como nos propusemos inicialmente. Mas chegaremos lá! Já atingimos mais duas metas previstas: a inauguração simultânea da loja física – localizada na área do C.T. – e a loja online! E mais dois passos para a finalização do projeto estão em andamento: o bar temático e a agência de viagem, que, de certa forma, já colocamos em prática por meio da oferta de destinos, com parceiros renomados, que vão do interior paulista à Amazônia e até para o Alaska. Depois de tudo organizado, aí, sim, poderemos nos estruturar com mais tranquilidade para levar com mais frequência a todos os nossos leitores as tendências, novidades, matérias e informações sobre o flyfishing por meio da TOTAL FLY MAGAZINE com uma periodicidade regular. Fora isso, através de Zeca Salgado (Diretor Regional da ABPM), a Total Fly tornou-se parceira e sede regional da ABPM (Associação Brasileira de Pesca Com Mosca). Toda última quinta-feira do mês, das 19h às 22h, organizamos o encontro ATANDO AMIZADES, que traz atadores mais experientes para auxiliarem os que iniciam na arte do atado. Em cada encontro, além da troca de informações com os pescadores que já atam há algum tempo, é abordado um tipo de isca diferente. Como o nome sugere, mais importante que o atado propriamente dito é fazer novas amizades e, como consequência, também novos parceiros de pesca. Em 2016, continuaremos com o mesmo critério: todo último domingo
Colaboraram nesta edição Arnaldo Rampado (fotos), Carlos Cacosa, Celso Alves Barbosa (fotos), Celso de Oliveira, Edson Mitsutani (fotos), Marcio Mattei, Marcos Glueck, Paulo Cesar Mariano, Ricardo Magnusson, Rick Moraes, Rubens de Almeida Prado (Rubinho), Shiro Pazian (fotos) e Zeca Salgado. Foto de capa Zeca Salgado
Endereço Estrada Kaiko, 1.100 Embu das Artes -SP - 06844-000 www.totalfly.com.br magazine@totalfly.com.br
do mês, de janeiro a novembro, haverá um curso básico de arremesso em grupo. Para quem se interessar pelos cursos personal e em dupla, basta entrar em contato por e-mail, pela fanpage ou telefone, agendar e fazer o curso de segunda a sábado. Estamos nos esforçando e sendo recompensados pelo sistêmico avanço que a Total Fly vem tendo em todos os seus segmentos e esperamos continuar a buscar sempre o melhor do flyfishing
A Total Fly magazine é uma publicação institucional da marca Total Fly. É proibida sua reprodução total ou parcial sem autorização por escrito da diretoria. O conteúdo dos anúncios e mensagens publicitárias inclusos nesta edição é responsabilidade dos anunciantes. A Total Fly magazine não se responsabiliza pela opinião publicada em artigos assinados.
para você, seja em serviços prestados ou na oferta de produtos. Muito obrigado a todos. É proibida a venda da revista, que é de distribuição gratuita.
Sumário Edição 03 Tecnologia Varas
Acessórios Roupas com proteção
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MATÉRIA: Na onda das anteninhas _p08 Divulgação Doutores das Águas V
MATÉRIA: Pesca de flotada _p12
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PASSO A PASSO: Isca Drone _p22
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MATÉRIA: Truta-arco-íris no rio Aiuruoca_p26
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Matéria Pesqueiro
Pesqueiro
Na onda das anteninhas Conheça as “anteninhas” para pesca com mosca – uma versão menor e mais leve que tem o mesmo efeito dos modelos utilizados na pesca de arremesso. Texto: Marcio Mattei | Fotos: Edson Mitsutani e Celso Alves Barbosa
Q
uem de nós já não se deparou em pesque-pagues com pescadores arremessando as boias cevadeiras com grandes chicotes e, na sua ponta, uma isca com várias bolinhas em formato de ração? Quando a ração é jogada na água, é impressionante a quantidade de peixes que sobem à superfície para se alimentarem, principalmente nos dias mais quentes de primavera e verão. E com um detalhe importante: as espécies dos redondos, como são chamados os Tambacus (mistura do Tambaqui com Pacu), Tambaquis, Pacus-patinga e uma grande maioria de peixes, “batem” onde há mais ração acumulada. Por conta disso, alguns pescadores criaram as “anteninhas”, que simulam um acúmulo de ração e podem conter três ou mais rações artificiais de cortiça ou E.V.A., com ótima flutuabilidade. Total fly Fly Fishing Magazine
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Estas, fixadas em um anzol de tamanho grande – geralmente do modelo wide gap (anzol de curvatura grande) – nos tamanhos 1/0 , 2/0 ou, em alguns casos, até 3/0. Todas essas ideias foram passando por um processo de mudança, sempre com o objetivo de deixar as “anteninhas” mais realistas e atrativas, o que faz os peixes das espécies citadas confundirem-nas com o acúmulo de ração natural e a atacarem. Mas, qual a ligação da boia cevadeira e da “anteninha” com o flyfishing? Muitos dos amigos pescadores que utilizam a modalidade Fly, ao observarem esse fato, pensaram: “Por que não arremessar a anteninha com Fly?” Muitos pescadores tentaram e até tiveram êxito, mas perceberam que o uso de equipamentos desproporcionais para a pesca
utilizadas no bait-cast ou pesca de arremesso. Mas, como arremessar uma anteninha com um equipamento de Fly? Embora modificadas para a modalidade, estamos falando iscas com peso bem maior que uma normal, certo? Então, devemos lembrar que, dependendo do peso e do volume da isca, precisamos usar uma vara que arremesse uma linha capaz de levar bem esse peso, podendo variar de números #6 a #9, dependendo também do tamanho em pesque-pagues, utilizando médio dos peixes do local escovaras de numeração #9 e #10, lhido para pescar. não dava tanto prazer, uma vez Não são apenas os “redondos” que o divertido é uma briga mais que “entram” nas anteninhas, justa com o peixe, com equipaapesar de eles as preferirem, e mento mais esportivo e leve. Assim sendo, os pescadores de sim todas as espécies acostumaFly passaram a desenvolver “an- das com a ração de superfície, teninhas” menores e mais leves, como Tilápias, Matrinxãs, Dourados, entre outros. que davam o mesmo efeito das
Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Pesqueiro
Como fazer Para a confecção da “anteninha” para Fly, mantiveram-se os mesmos materiais, mas de forma reduzida, e foram lhes dado formatos não apenas menores, como também mais aerodinâmicos, o que torna o arremesso mais confortável – além de não fadigar o material de Fly. Além disso, é conseguida uma maior distância de arremesso, necessária em pesque-pagues pelos tamanhos dos lagos e pela ação do vento, que tende a “carregar” ou levar a ceva para mais longe.
Anteninhas e seus formatos A partir da ideia de termos algo que se faça semelhante à concentração de ração, as “anteninhas” ganharam vários formatos: em forma de cruz, com formato da letra T, com a forma de um V, a “Drone”, com formato em X a,
Anteninha X Total fly Fly Fishing Magazine
“escorpião” – e todas elas com a sua particularidade e eficiência. Outra isca similar que abordaremos em outra matéria tem a mesma finalidade, mas com imitação de ração atada de forma diferente, em que é usado apenas o anzol coberto com uma camada de linha e os E.V.A. arredondados colados em sua curvatura, o que dá a impressão de termos um “cacho” – isca, inclusive, que ganha o nome de “cachinho”. Vale salientar que, em alguns modelos de “anteninhas”, faz-se o uso de uma miçanga, isto é, item para confecção de bijuterias.
Modelos mais eficientes Anteninha em T: essa talvez seja a pioneira das anteninhas. Seu formato lembra a letra T, com apenas um E.V.A. centralizado próximo ao olho do anzol wide gap, uma linha atravessa-
Escorpião
da ao seu centro com mais dois E.V.A. nas extremidades, formando uma espécie de pêndulo. Trata-se de uma montagem simples e muito rápida. Escorpião: Seu formato leva um X feito com uma linha monofilamento de 0,45mm com os E.V.A. arredondados e colados em suas quatro pontas, mais uma linha espetada no centro da isca com mais dois E.V.A. menores. Sua montagem lembra o formato de um “escorpião”, daí a origem do nome. Drone (aeronave controlada por rádio controle): recebeu esse nome devido a seu formato, que lembra o tão famoso equipamento. Sua forma em V faz essa isca ter um desempenho muito eficiente, e seu tamanho reduzido pode ser facilmente arremessado por um equipamento de Fly nº #5 ou #6. O desenho da sua montagem faz com que a isca caia sem-
pre com o anzol virado para baixo e, mesmo com ventos fortes, sua caída é igual. Tilápias e Matrinxãs não resistem a essa “anteninha”!
seu desempenho e eficiência serão satisfatórios com certeza
Pontos negativos
• Evite usar “anteninhas” maiores com muito volume em equipa• A estabilidade na água deixa a mentos de numeração menor, isca mais atrativa ao peixe já que será exigido um esforço • Pouca movimentação: mesmaior do equipamento mo com ventos médios, ajuda a • A tração e a resistência na água manter a isca no mesmo lugar dificultam realizar alguns tipos por muito mais tempo de arremessos, o que pode até • Independentemente de seu mo- danificar o equipamento, sem didelo ou formato, desde que este- zer que o alcance desejado ficará ja bem equilibrada na montagem, comprometido
Pontos positivos
• Pescadores adeptos dos pesque-pagues vêm mostrando dia a dia a aqueles que ainda acreditam que na modalidade Flyfishing deve se respeitar regras antigas e obsoletas: usar somente materiais naturais • Não se apegue a velhos conceitos, não ouça os que não acreditam neste ou naquele método ou material. Experimente, teste, crie. Isso lhe garantirá muitos peixes na linha e, principalmente, diversão garantida.
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Matéria Pesca de flotada
Flotada
Santo de casa... faz milagre
Conheça a pesca de flotada – modalidade de pesca com mosca feita a bordo de barco inflável movido por remos, na qual pescadores descem o rio para pescar no percurso –, uma novidade no Brasil que promete tornar a pesca esportiva, além de produtiva, mais tranquila em sua imersão na natureza Texto: Zeca Salgado | Fotos: Arnaldo Rampado
Total fly Fly Fishing Magazine
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C
ontrariando o que diz o dito popular, “Santo de casa não faz milagre”, o empresário e flyfisherman Robson Brito, proprietário da Pousada Itaicy, localizada em Santo Antônio do Leverger-MT, próximo a Cuiabá, após ser “picado pela mosca” decidiu de forma inovadora e pioneira acrescentar mais um atrativo ao turismo de pesca não só na região, mas no Brasil. A pesca de flotada é feita em um trajeto de aproximadamente 80 quilômetros, nos quais se navega em torno de 8 horas durante dois ou três dias, contando com infraestrutura e logística para que o pescador tenha o maior conforto e segurança possíveis. O principal fator que fez essa iniciativa ser tomada e, principalmente, dar sucesso, foi a proibição da pesca do Dourado no Estado do Mato Grosso, o que permitiu que a natureza se recompusesse e a espécie voltasse a povoar, com abundância, vários rios da região. Por isso, é possível capturar, com frequência, exemplares que passam dos 15 quilos. Por ser realizada em rios de águas transparentes, repletos de pedras, corredeiras e algas – refúgios perfeitos para Dourados e Piraputangas –, a pesca de flotada é, além de produtiva, muito tranquila e bonita, proporcionando cenas, paisagens e momentos inesquecíveis para quem tem o privilégio de fazer essa pescaria em contato total com a natureza intocada, que, em alguns trechos, devido ao difícil acesso, permanece praticamente intocada. Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Pesca de flotada
Embora quiséssemos indicar essa pescaria a todos os pescadores, ela foi desenvolvida para ser feita somente com equipamento de Fly. Além disso, é importante destacar que a flotada também não é indicada para pescadores que estão iniciando na modalidade. O motivo disso é que, com o inflável em movimento o tempo todo e em vários lugares com velocidade razoável, movido pelas corredeiras, o arremesso fica dificultado. Em descuidos, a linha acompanhará a água e, dependendo da posição do barco, ela ficará paralela a ele, atrapalhando o condutor ao passar sobre o remo, ou ainda poderá passar debaixo do barco e complicar a vida do pescador. Por conta das águas límpidas, além desses detalhes, os arremessos têm que ser mais longos para não espantar os peixes, carregando moscas bem volumosas, prefeTotal fly Fly Fishing Magazine
rencialmente na diagonal frontal do barco e, muitas vezes, dependendo de false casts (arremessos falsos) de forma a preparar e aguardar a chegada do ponto que se quer atingir. O recomendado é a utilização de equipamentos mais pesados, que incluem varas para levar linhas de #8 a #10 (# Indica a numeração do equipamento), com líderes confeccionados com linhas de fluorcarbono – por conta de sua resistência e por ajudar a isca a descer um pouco mais –, providos de um shock tippet (pedaço de cabo de aço específico para proteger da dentição do Dourado). Já para as Piraputangas, é recomendado equipamentos de numeração #6 acima, mas isso depende das condições do tempo (vento), da isca que se quer arremessar e da distância do arremesso, sem contar que, na região, é comum capturar exemplares acima dos dois quilos.
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Experiência de quem foi Muitos pescadores já foram experimentar a flotada, e todos, sem exceção, voltaram extasiados, trazendo na bagagem fotos e vídeos de peixes e paisagens maravilhosas e momentos inesquecíveis. Ao chegar ao Mato Grosso, no aeroporto de Várzea Grande, próximo a Cuiabá, já haverá um veículo da pousada aguardando para o translado até lá, onde os pescadores são acomodados em quartos duplos ou triplos, providos de ar-condicionado, frigobar, TV led, sinal de TV fechada, amplo banheiro com chuveiro de excelente qualidade e wireless. O sinal de celulares é ruim ou nenhum,
dependendo da operadora, mas a comunicação é tranquila via redes sociais ou WhatsApp. Como normalmente é agendada a chegada para a noite, janta-se em Cuiabá antes de seguir para a pousada. Lá chegando, é preciso deixar toda a tralha preparada, separando as malas e coisas de pesca das roupas, produtos de higiene pessoal etc. O motivo pelo qual as coisas são separadas é que, ao embarcar, os utensílios não destinados à pesca ficam no carro de apoio, que seguirá o percurso por terra e, no final do dia, os participantes são encaminhados junto com a equipe da pousada à outra pousada de apoio, no meio de caminho da flotada. Na manhã seguinte, por volta das 5 horas, o carro é carregado com tudo, toma-se o café da manhã e ca aventura começa.
Prepare a adrenalina! A pescaria tem início na cabeceira do rio Manso, próximo à barragem do lago de mesmo nome, que fica perto de Cuiabá. Já na chegada, da ponte onde se tem acesso ao inflável, ao olhar para a água abaixo, é impossível não ficar boquiaberto e com a adrenalina a mil ao ver tantos peixes encardumados – em sua maioria Curimbatás, também conhecidos como Corimba, rodeados por Dourados de todos os tamanhos que, vez ou outra, para dar ainda mais emoção ao espectador, “explodem” em meio ao cardume para garantir o “café da manhã”. Com inflável pronto e “piloto” a postos, embarca-se e começa a aventura. Alguns minutos após embarcar ao pé das pilastras da ponte, é possível começar os arremessos. Para quem é mais Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Pesca de flotada
sortudo, pode ser o começo de ataques, fisgadas, saltos e fotos. O rio largo, muito bonito com sua mata ciliar bem preservada, abriga várias espécies de aves aquáticas e predadoras em busca do pescado, mas outros bichos também são avistados vez ou outra, quando vêm matar a sede ou buscar alimentos nas margens. A pescaria costuma ser intercalada: nas partes de águas mais rápidas, busca-se Dourados com os equipamentos mais pesados; nas partes de áreas de fluxo de água mais lentos ou grandes remansos, é hora de arremessar bem rente à margem para capturar as astutas Piraputangas, que, na maioria das vezes, pegam a isca assim que ela toca a água ou, como se costuma dizer, pega “na batida”. Quando fisgada, é emoção garantida por sua rapidez e valentia. Mas como uma grande maioria busca mesmo o “rei do rio” e, claro, de preferência um grande exemplar para troféu, o pescador Total fly Fly Fishing Magazine
condido entre as algas, e a pancada na isca é certeira. Aí, é segurar o bicho, ter calma, não “travar” o equipamento, deixá-lo mostrar seus belos saltos e ir se cansando aos poucos. Uma grande parte dos peixes é perdida, conseguindo se desvencilhar do anzol quando o pescador não o deixa tomar linha e se cansar. Na hora do almoço, o carro de apoio já está aguardando às margens do rio em uma fazenda gentilmente cedida, onde a proprietária prepara um arroz e a equipe da pousada “monta acampamento” à sombra das árvores, onde tem que estar bem atento e, ao se experimenta, além do arroz já contrário do que se imagina, ao pronto, uma deliciosa salada e um invés de “trabalhar” rapidamente bom churrasco. a isca, deve-se trabalhar com puUma vez abastecidos, energias xadas de linha longas, bem paurenovadas, principalmente do sadas. É interessante ver que o “motor do barco”, que é o guia comportamento do peixe varia de remador, é hora de retomar a região para região e, nesse caso, descida, que continua até o final é comum capturar grandes peido dia, quando, em outra fazenxes por vezes no meio do rio por da, o carro aguarda para levar os conta da pouca profundidade e da aventureiros de volta à pousada proteção das algas. da noite anterior, para o mereciO Dourado sai “do nada” muito do descanso e um jantar em um rapidamente de onde estava espequeno restaurante local.
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Novamente às 5 da manhã do dia seguinte é retomada a aventura do ponto em que se parou. A pousada Itaicy tem duas opções de pacotes para a flotada. Três e cinco dias de pescaria: Os três primeiros nesse trecho do rio Manso e o quarto e quinto dias em um afluente dele, o rio Cuiabazinho. Isso para quem optar pelo pacote de 5 dias. Terminada a aventura, o pescador tem duas opções, dependendo de seu tempo e da data e horário de seu voo de volta: retornar à Pousada Itaicy ou ir diretamente ao aeroporto para embarque.
modalidades – bait cast (pesca de arremesso com iscas artificiais), flyfishing ou mesmo a pesca com iscas vivas –, é possível, muito divertido e principalmente muito produtivo hospedar-se na Pousada Itaicy e pescar quantos dias quiser no rio Cuiabá. Uma farta pescaria, por vezes navegando
apenas 15 ou 20 minutos, com todo o conforto de lanchas equipadas com motor 90 Hp, guias experientes e um ambiente no qual é possível se capturar Dourados, Pintados, Cacharas, Cachorras-facão, entre outros. Quem leva Total Fly
Alternativa aos iniciantes e adeptos de outras modalidades Vale a pena uma ressalva importante para quem está iniciando na modalidade do flyfishing. Mesmo que não esteja apto a pescar de flotada, ou para quem prefira intercalar a pescaria com várias Total fly Fly Fishing Magazine
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Coluna Tecnologia
Tecnologia
Vamos falar de varas? Há pouco mais de 30 anos, as varas feitas de carbono tornaram-se padrão no mercado de pesca. Podemos afirmar que o carbono definitivamente moldou o mercado que temos hoje. No mundo da pesca com mosca não foi diferente. Varas extremamente leves e poderosas, varas específicas para determinado tipo de pesca como as Trutas, até varas para pesca dos grandes Tarpons. Texto e fotos: Rick Moares
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arbono = Cerveja? Em todos esses anos, a forma como ambas – vara e cerveja – são fabricadas permanecem a mesma. Carbono+Resina, enrolados em um mandril metálico e depois curadas em fornos. E a cerveja há dois mil anos continua sendo feita à base de malte, lúpulo, água e fermento. Assim como temos muitos tipos de maltes, temos uma infinidade de tipos de carbono. As receitas mudam, mas a base continua a mesma.
A fabricação O carbono chega às fábricas de varas de pesca com mosca em rolos. A primeira fase da construção é cortar o carbono conforme um gabarito. Cada gabarito é para cada parte individual da vara de pesca com mosca. Sim! A vara é fabricada parte por parte. E tem uma razão de ser. Primeiro, podemos confeccionar cada parte com um tipo diferente de carbono, o que dará possibilidade de fazer a ação que desejamos na vara – rápida, moderada ou lenta. Também é feito um reforço de carbono em cada ponta das hastes. É ali, nas junTotal fly Fly Fishing Magazine
ções, que receberão a maior carga e, por isso, não podem falhar. Tudo isso é enrolado por uma prensa, que aperta o carbono no mandril de metal com algumas toneladas de força. Não pode haver qualquer tipo de bolha entre as camadas.
Após isso, as partes são enroladas como papel celofane (aquele usado para fazer frango no forno, ou costela na churrasqueira). O celofane é apertado bem forte para que as camadas de carbono enroladas no mandril não se movimentem durante a cura no forno.
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É hora do forno. Depois de cerca de uma hora em alta temperatura, as varas são desinformadas do celofane e lixadas para suavizar as voltas do carbono. Na parte final da fabricação do blank de uma vara de pesca com mosca, é aplicada resina transparente para conferir brilho e proteção e, depois disso, ela segue para a montagem de cabos e passadores. Falando mais um pouco sobre o carbono, hoje temos alguns padrões comercialmente conhecidos. Densidade de grafite que varia do IM6, que contém cerca
de 22 milhões de módulos por polegada quadrada, até IM11, que chega a absurdos 75 milhões de módulos. Pense que, quanto mais módulos ou tiras microscópicas de grafite, mais leve e mais frágil a vara será. Uma vara IM6 é super resistente, porém é pesada e tem ação lenta. Uma vara IM11 é extremamente rápida, mas se você forçá-la demais, ela vai quebrar. A mágica está em combinar um carbono extremamente leve, que seja super resistente e consiga transmitir a força aplicada no arremesso de forma linear e gradual. Complicado, não é mesmo?
Em outras palavras, precisamos de uma vara de pesca com mosca que seja leve, como uma #4, e potente, como uma vara #12, que consiga fazer arremessos suaves tal qual a vara de bambu e vença o vento do Caribe, lançando uma mosca do tamanho de um gato. Agora parece que a equação se tornou quase impossível de ser solucionada. Porém, se separarmos as necessidades, é possível construirmos varas específicas para cada condição. Uma vara para Trutas com mosca seca, geralmente, usa carbono IM6, porém de ação mais lenta, ideal para arremessos perto e que requerem apresentação sutil. Na briga com o peixe, que proteção o tippet super fino contra trancos que poderão causar ruptura. Já para os Tucunarés amazônicos, precisamos de varas extremamente rápidas, com a primeira secção bem rígida e dura, de forma a arremessar uma linha pesada e uma mosca super volumosa no ar. É por isso que os fabricantes de varas de pesca com mosca dão muita atenção à mistura de resinas, tipos de carbono e muito teste de campo até encontrarem um modelo comercialmente vendável. Ao adquirir a sua vara, pense que ela não foi feita do dia pra noite. Levou alguns bons meses ou até anos para ter sido ajustado o tipo correto de carbono e a forma de construção. Quando esse modelo está à disposição, é criado uma nova frente de pesquisa para substituí-la por outro modelo, melhor. Total fly Fly Fishing Magazine
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Coluna Desatando o atado
Coluna Desatando o atado
Conheça o bobbin ou bobina Essa ferramenta é, depois da morsa, a mais usada na arte do atado. Saiba mais. Texto: Carlos Cacosa | Fotos: Zeca Salgado
O bobbin ou bobina é um artefato de formato triangular, normalmente de metal, no qual se coloca o carretel de linha na parte de trás e, pela parte da frente (um tubo), passa-se a linha. Se, durante o atado, são dadas muitas voltas de linha em torno do anzol e do material para prendê-lo corretamente, já imaginou fazer isso segurando diretamente no carretel de linha? Praticamente impossível: além da perda de tempo, a linha ficaria torcida e, muitas vezes, suja e desfiada.
Existe no mercado uma infinidade de modelos e tamanhos de bobbins: mais longos, mais curtos, médios, cada um deles voltado especificamente a uma situação de atado, de acordo com o material, tamanho de anzol e tipo de “mosca” (isca) a ser atada. Os mais indicados são aqueles que, na ponta desse tubo, têm um acessório cerâmico ou de plástico que protege a linha contra a abrasão diretamente na parte de metal, o que faz a linha desfiar e, além de enfraquecê-la, deixá-la quebradiça. Nesse caso, durante o atado, ela se rompe e estraga todo o trabalho. Muitos atadores fazem seus próprios bobbins ou os compram de quem faz – são os chamamos bobbins artesanais. Apesar de serem boas ferramentas, em sua maioria, pecam quanto ao acabamento e na qualidade do material utilizado na confecção. Trata-se de uma ferramenta relativamente barata, mas o fato é que ter apenas um, além do incômodo de ter que ficar trocando de carretel a cada isca ou etapa do atado, é contraproducente. O ideal é ter pelo menos três peças: uma mais longa e duas médias, que custam de R$ 18 a R$ 90, em média. Obviamente, se bem escolhido, sendo de Total fly Fly Fishing Magazine
bom material e de um fabricante confiável, será uma ferramenta para a “vida toda”.
TENSÃO A principal tarefa do bobbin ou bobina é alimentar a tensão da linha de forma que ela tenha pressão suficiente para amarrar os materiais nos anzóis sem que haja a ruptura do fio. Nos bobbins simples, obtemos a pressão desejada apertando a parte inferior do carretel. Os bobbins mais sofisticados possuem sistemas de regulagem que permitem ajustar a pressão desejada.
A decisão de pescar é sua. Onde é nossa responsabilidade pescaventura@pescaventura.com.br
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Coluna Passo a passo
Passo a Passo
Isca Drone
Texto: Marcio Mattei | Fotos: Zeca Salgado
Materais utilizados: E.V.As arredondados 1,0 x 0,8 cm - aproximadamente Anzol Wide Gap nº 04 Linha mono 0,40 mm Cola de secagem rápida Linha média algodão ou de atado
Ferramentas: Tesoura Bodkin ou Agulha grossa Isqueiro
Opcionais: Morsa Whip finisher Bobbin
Montagem da isca Drone:
1º Preferencialmente, enrole a linha média de algodão na haste do anzol próximo ao olho, fazendo uma “cama” com aproximadamente 1 centímetro (ou tamanho do eva), finalize com o nó utilizando o whip Finisher ou com as mãos. Esta linha servirá de apoio ao E.V.A. para este não girar facilmente. Caso prefira, faça sem.
Total fly Fly Fishing Magazine
2º Fure os E.V.A.s no centro com o Bodkin.
3º Passe o primeiro E.V.A. pelo anzol, trazendo-o próximo à linha que está na haste do anzol.
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6º Corte dois pedaços de linha mono 0,40mm com aproximadamente cinco centímetros. 4º Passe a cola na linha e puxe o E.V.A. para cima da linha , até próximo do olho do anzol.
5º Faça dois furos em forma de X no E.V.A. para passar a linha mono.
7º Passe as linhas mono 0,40mm no E.V.A. já furado que está preso no anzol.
8º Com as linhas passando para fora do E.V.A., queime suas pontas com um isqueiro, apenas para criar uma bolinha na ponta da linha mono, para auxiliar na fixação. puxe as linhas para encostar no E.V.A. e cole-as com cola de secagem rápida.
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Coluna Passo a passo
10º Puxe os E.V.A.’s e repita o processo de queima das pontas da linha mono com o isqueiro; para finalizar a isca, encoste-os e cole.
9º Coloque um E.V.A. em cada uma das pontas da linha mono, iguale-as e corte o excesso. O ideal é que, curvando-as e segurando-as junto ao anzol em sentido à haste estas acompanhem o anzol e cheguem ao final da curva dele. Total fly Fly Fishing Magazine
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LONTRAS
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Matéria Truta-arco-íris no sul de Minas
Truta-arco-íris no rio Aiuruoca No Parque Nacional de Itatiaia, localizado no sul de Minas Gerais, em região de muitas nascentes, encontramos um rio com muitas Trutas – o Aiuruoca, um dos afluentes do rio Grande. Texto e fotos: Paulo Cesar Mariano
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S
ão muitas as histórias de como a Truta-arco-íris foi introduzida na região, mas o que nos interessa contar é que a quantidade de espécimes é grande por lá – e verifica-se que estão se reproduzindo, apesar da ação predatória humana. E é por
isso que há vários pontos a serem explorados, embora seja difícil chegar até todos eles devido ao terreno acidentado e com muitos paredões de pedras e cachoeiras, onde a correnteza é mais forte. Mas existem vários pontos de pesca próximos às pousadas,
onde se destacam a Cachoeira da Pedra, o Dirceu (nome dado ao proprietário do local), o Poço do Francês e em frente ao restaurante da Pousada Cachoeira da Pedra. Definitivamente, se você gosta de pescar Truta em ambiente natural, esse é o lugar certo. Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Truta-arco-íris no sul de Minas
Pescando em frente à cachoeira, o ideal é utilizar moscas secas, as menores que você tiver, já que lá as Trutas são pequenas, mas vale a pena: pescar com mosca seca é sempre emocionante. Para isso, arremesse a mosca fazendo com que ela se movimente conforme a correnteza. Fazendo isso, é certeza de que, em algum momento, a mosca será atacada. A dica é observar em qual período os peixes estão comendo e procurar arremessar a mosca de forma a fazer com que ela se aproxime do ponto onde há mais movimentação. É possível vê-las saltarem para atacarem as moscas, e é nesse local onde se concentra o maior número de peixes. No verão, é possível capturar, além de Trutas, Lambaris endêmicos do local, que costumam ataTotal fly Fly Fishing Magazine
car quando estamos recolhendo a isca para um próximo arremesso. Por conta disso, aconselha-se recolher devagar –e com bastante atenção. Já para pescar na propriedade do senhor Dirceu, é necessário solicitar autorização, mas basta chegar equipado com equipamento de “mosca” que ele não nega a entrada. Mas é importante frisar: ele condena a pesca predatória. Nesse ponto, o ideal é utilizar as ninfas arremessadas na correnteza, que levará a mosca para um ponto mais profundo, onde as Trutas estão esperando sua alimentação passar. A isca mais produtiva costuma ser a pheasant tail. Também é aconselhável utilizar mosca seca nesse ponto, arremessando no final da correnteza e mantendo a linha esticada.
No Poço do Francês, as Trutas são maiores e, por esse motivo, mais difíceis de serem fisgadas. As melhores iscas são os streamers lastreados e, se possível, uma linha sinking, já que a correnteza é forte e os peixes ficam mais no fundo do rio. Nesse caso, paciência e insistência são as palavras-chave que farão a diferença entre fisgar um bom peixe ou voltar “sapateiro”. Nos finais de tarde também é possível capturar com moscas secas. Para isso, basta aumentar um pouco mais o tippet, de forma a fazer a mosca cair suavemente na água sem espantar os peixes. Acompanhe a mosca na correnteza mantendo a linha um pouco esticada. Dessa forma, a fisgada não será perdida devido ao excesso de linha na água, que forma uma curva – o que chamamos de “dragar”. O Poço do Frances é um local onde é possível dar arremessos mais longos se posicionando em pontos estratégicos e arremessando sempre de encontro com a correnteza.
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No verão e no inverno No verão, em época de muitas chuvas, a pescaria fica mais difícil porque, com o rio turvo, os peixes não irão enxergar a sua mosca. Além do mais, o nível do rio sobe, o que torna mais difícil – e perigoso – vadear, isto é, andar pelo rio pescando. O leito do rio é coberto de pedras e pontos muito profundos, difíceis de identificar, por isso, é preciso ficar atento aos pontos mais escuros do rio por se tratarem do local mais fundo. Já o inverno na região costuma chegar rigoroso devido à altitude, por isso, é imprescindível levar agasalhos, wader e botas de vadear.
Dicas infalíveis Procure pescar arremessando rio acima. Isso porque as Trutas ficam de frente à correnteza e, pescando rio acima, a isca irá descer ao encontro delas. Ao perceberam algo descendo o rio, atacarão certamente! Seja insistente: troque de mosca, mude o ritmo de recolhimento da linha, mude os pontos da caída da mosca e, por que não, leve aquela mosquinha da sorte. Além das técnicas compartilhadas, tudo isso conta para que, a qualquer momento, elas surpreendam com uma bela fisgada. Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Truta-arco-íris no sul de Minas
Equipamentos • Conjunto # 2 ou # 3 com linha floating • Líder 5x ou 6x • Vara curta, menor que 9 pés de comprimento, para facilitar os arremessos, já que o rio é estreito • Moscas recomendadas: moscas secas (Adans, Caddis, Woyal Wulff), ninfas (Pheasant Tail, Montana, Cooper John, Prince), streamers (Wooly Bugger, Mudler Minnow), atadas em anzol # 12 a 16
Onde ficar e como chegar O local é conhecido por muita gente que pratica flyfishing e também por pessoas que, no inverno, procuram lugares tranquilos para tomar um bom vinho e curtir uma lareira e, no verão, querem banho de cachoeira, fazer passeios a cavalo, caminhadas e muito ar puro. As nascentes do rio Aiuruoca localizam-se no município de Itamonte a uma altitude de aproximadamente 2540 metros, na Serra da Mantiqueira, próximo ás Agulhas Negras. Há duas pousadas: a Cachoeira da Pedra (pousadacachoeirada-
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pedra.com.br) e a Fragária (www. fragaria.com.br), ambas com excelente café da manhã e comidinha caseira que dá água na boca só de olhar. Somando isso com as Trutas esperando para serem seduzidas pelas nossas moscas, não tem como listar todas as vantagens para o pescador esportivo. Para chegar a Itamonte, partindo de São Paulo, são 280 quilômetros. Em Itamonte, informe-se sobre a estrada da Lagoa; São 20 quilômetros asfaltados, depois mais 17 quilômetros de estrada de terra. Há placas indicativas.
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Matéria Roupa para pesca esportiva
Matéria
Roupas com proteção: frescura ou necessidade?
Na onda das novas tecnologias presentes nas roupas e acessórios para os pescadores de todos os estilos, a calça rasgada e a camiseta velha de algodão perderam espaço no dia-adia dos pescadores esportivos. T exto e fotos: Ricardo Magnusson
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m algum momento você já deve ter se perguntado: “Preciso mesmo de tudo isso para pescar?” Mas essa pergunta não é tão simples de ser respondida, uma vez que, para pescar, sejam necessários apenas vara, linha, anzol e, claro, uma isca, da mesma maneira que ciclista precisa somente de uma bicicleta, e o corredor apenas de um tênis – ou nem isso! As coisas mudam um pouco quando se depara com o tipo de corrida que o ciclista ou o corredor está participando. Será que Lance Armstrong pedalaria um Tour de France de calça jeans? Será que Usain Bolt correria 100 metros com sapato social? Hoje temos a possibilidade de encontrar no mercado diversas marcas de roupas e acessórios que nos protegem dos raios UVA e UVB, que proporcionam conforto para a prática do esporte e que previnem acidentes nas mãos e nos olhos. Assim, não seria tolice ignorá-las, já que estamos expostos ao risco constante de acidentes com facas, anzóis e, principalmente, em exposição ao sol. O uso de óculos polarizados, luvas e roupas com proteção UV podem prevenir esses acidentes e evitar o câncer de pele. Segundo matéria publicada no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o carcinoma espinocelular (CEC) é o segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das
camadas superiores da pele, e pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc.
Será que Lance Armstrong pedalaria um Tour de France de calça jeans? Será que Usain Bolt correria 100 metros com sapato social?
A pele nessas regiões normalmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade. O CEC é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Portanto, o uso de roupas e acessórios, sejam elas brancas ou coloridas, é indispensável para prática de qualquer esporte a céu aberto, principalmente quando a exposição ao sol é grande e acontece durante um longo período de tempo – como na pesca esportiva. E claro, nunca se esquecer do uso de protetor solar mesmo com uso das roupas com proteção.
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Matéria Doutores das Águas V
Doutores das Águas V ONG formada por voluntários em várias áreas (médicos, dentistas e recreadores etc.) levam conforto e bem-estar a populações ribeirinhas. Texto: Rubinho de Almeida Prado | Fotos: Shiro Angelo Furuta Pazian
O
projeto Doutores das Águas (DA) nasceu de observações locais durante excursões de pesca esportiva nas regiões que hoje são atendidas. Percebeu-se claramente que, com relativamente poucos recursos, poderia se ter um forte impacto Total fly Fly Fishing Magazine
positivo da qualidade de vida daquelas populações. A partir daí, a união de competências médicas, logística e odontológicas, aliadas ao profundo conhecimento da região, possibilitou o surgimento, em abril de 2011, da ONG Doutores das Águas, uma
associação sem fins lucrativos, políticos ou religiosos. No mesmo ano foi possível realizar a primeira expedição dos Doutores das Águas. Cada nova expedição e cada promessa de retorno cumprida reforça a confiabilidade da população atendida e a certeza da
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manutenção permanente do projeto. Como não era possível abranger todos os estados, decidiu-se adotar quatro rios: dois no Estado do Amazonas e dois em Roraima. Nessa região, moram cerca de 2 mil ribeirinhos, que anualmente recebem a visita da ONG. O grupo é composto por médicos, dentistas e educadoras recreativas. Além desses profissionais, cada expedição conta também com a colaboração de mais de uma dezena de voluntários, que apoiam toda a estrutura para que os atendimentos fluam de forma adequada. Esse grupo é composto hoje por cerca de 60 pessoas, que se dedicam de forma gratuita a levar um pouco de conforto e bem-estar a esse povo tão esquecido pelo poder público.
Expedição 2015 As atividades tiveram início em 2011, quando foram atendidos cerca de 800 ribeirinhos. A quinta expedição se encerrou no dia 20 de abril de 2015. Nesses primeiros cinco anos, foi possível conhecer mais de perto essa população, suas necessidades e ganhar a sua confiança. Foi possível implantar um ambulatório na Vila do Bom Jardim, construir uma casa de apoio na Vila do Arara e adiantar a construção de um barco ambulatorial, com o qual já foi possível navegar nessa última expedição, faltando agora dar o acabamento final e a instalação de equipamentos necessários para o seu perfeito funcionamento. Nessa quinta viagem, observou-se o crescimento populacional nas vilas do Estado de Roraima
e a redução nas amazonenses. Ainda é cedo para concluir se isso é uma situação pontual ou uma tendência. De qualquer forma, o número de ribeirinhos atendidos se manteve praticamente o mesmo, mas com ganho significativo em todas as áreas. Na médica, a estratégia de levar algum especialista a cada ano tem se mostrado bastante eficiente. Este ano, tendo pela primeira vez um infectologista, novas situações se mostraram presentes e novos caminhos de pesquisa se fazem necessários. Na odontologia, as conquistas na estratégia de restaurar mais e extrair menos foram muito expressivas, e os efeitos positivos no futuro serão ainda melhores. Na área de educação recreativa, deu-se mais ênfase na orientação de higiene bucal, autoestima das crianças e foram plantadas as sementes para um trabalho importante de educação sexual. Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Doutores das Águas V
MISSÃO E VALORES Missão: levar assistência médica, odontológica e práticas de higiene e saúde às populações escolhidas com o objetivo de promover melhora nos indicadores de saúde e qualidade de vida dessas comunidades. Dessa forma, contribui-se para que as populações escolhidas tenham melhores condições de continuar vivendo em seu habitat original e sejam capazes de manter ocupadas, de forma sustentável, aquelas regiões. Valores: *Assistência médica e odontológica com a máxima qualidade, levando-se em conta as limitações impostas pelas condições das populações e dificuldades logísticas inerentes à região. *Atividades educacionais relacionadas com práticas de higiene e sanidade ambiental, sempre considerando a realidade física e cultural das populações escolhidas. *Independência total de entidades governamentais, políticas e religiosas para assegurar a continuidade e prevenir o mau uso da imagem dos Doutores das Águas. *Atuar em regiões onde as demais ONG´s não atuam em função da distância e dificuldades logísticas. O compromisso com as populações assistidas é manter a consistência do atendimento, regressando sempre nas mesmas comunidades para ser possível acompanhá-las ano a ano. *Respeito absoluto aos recursos entregues pelos patrocinadores. A obrigação é utilizar esses recursos tirando o máximo proveito deles em função das comunidades atendidas. Total fly Fly Fishing Magazine
Objetivos de curto prazo Viabilizar recursos humanos e materiais para a execução de duas viagens anuais, em vez de somente uma, e perpetuação da ONG. Para o atingimento desses objetivos, se recorre à rede de relações pessoais, o que tem sido suficiente para viabilizar as excursões da forma com que são dimensionadas atualmente. Também por meio da mesma via é que conseguimos médicos, dentistas e demais colaboradores para
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executar o projeto nas comunidades visitadas. Outros meios de captação de recursos em estudo são: crowdfunding, aluguel do barco ambulatorial (quando terminado) para outras atividades (Turismo, Pesca, Parcerias Empresariais), apoio de pessoas físicas e jurídicas e divulgação por meio de assessoria de imprensa. Para viabilizar novas parcerias, a ONG está sendo transformada em OSCIP, uma vez que em muitas empresas há restrições para se trabalhar com ONG’s.
NÚMEROS GERAIS DE 2015 Pessoas atendidas pela área médica Primeiro grupo: 746 Segundo grupo: 497 Total: 1.243 (4% de queda em relação a 2014) Triagem dentistas Primeiro grupo: 561 Segundo grupo: 386 Total: 947 (5% de incremento em relação a 2014) Restauração de dentes Primeiro grupo: 433 Segundo grupo: 473 Total: 906 (68% de incremento em relação a 2014) Extração de dentes Primeiro grupo: 111 Segundo grupo: 83 Total: 194 (8% de queda em relação a 2014) Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Doutores das Águas V
Objetivos de longo prazo Melhorar os indicadores de saúde das populações assistidas – objetivo que será alcançado por meio da consistência e da coerência das ações. Para isso, elegeram-se comunidades nos Estados da Amazônia e Roraima, ao longo de rios da bacia do Madeira e Negro. Adicionalmente, busca-se deixar postos de atendimento montados para que possam suprir algumas necessidades. Busca-se também identificar membros da comunidade que, se treinados, venham assegurar a continuidade das atividades educacionais e ensinamentos deixados a cada passagem, Além do atendimento
imediato, o maior objetivo é, ao longo dos anos, alterar a curva de crescimento das crianças após o desmame, pois se observa uma brusca queda causada pela desnutrição característica dessas regiões. Para atingir esse objetivo muito trabalho será demandado ao longo dos próximos anos, não só na manutenção do acompanhamento médico e dentário, mas atuando fortemente na educação de higiene de forma geral para se conseguir quebrar o ciclo da verminose, um dos principais motivos dessa situação.
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www.fishingbusiness.com.br 31-3032-2155 / 31-99646-7116
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Matéria A importância do guia de pesca
A importância do guia de pesca O Guia de Pesca, ou Condutor de Turismo de Pesca, pela nova nomenclatura da profissão que foi recentemente regulamentada pelo Ministério do Trabalho, é uma peça fundamental em toda a cadeia da pesca esportiva: em 80% do tempo da pescaria, o cliente fica com ele no barco. Por Marcos Glueck, da Fishing Business
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mbora essa profissão esteja evoluindo muito nos últimos cinco anos, com o surgimento de guias especializados e com barcos de alta performance que fazem atendimentos diferenciados, a grande maioria da categoria ainda necessita de muita capacitação para ser um profissional apto a atender uma demanda cada vez maior por melhores serviços nos destinos de pesca. Muitos são os casos de reclamações de clientes com relação aos guias que não interagem de forma satisfatória, tanto na parte técnica quanto na parte de relacionamento. Pelas idas e vindas a diversas pousadas e a barcos-hotéis por todo o Brasil fazendo treinamentos, consultorias e pescarias, vimos que essa lacuna é muito grande no mercado: falta muita capacitação desses profissionais e também interesse dos proprietários em fazê-la. E isso acontece por conta de diferentes motivos, a depender da região do Brasil, o que acaba deixando muito a desejar na expectativa dos clientes pescadores esportivos que gastam somas altas de dinheiro para não serem atendidos dentro do que esperam. Hoje, no Brasil, existem várias entidades, como o Senar (Serviço Nacional da Atividade Rural), o Sebrae e outros que, por meio do Pronatec, já proporcionam o curso de capacitação dos Condutores de Turismo de Pesca, que passam por todas as áreas da pesca esportiva e colocam o condutor mais capacitado para exercer essa função.
muitas vezes, o empresário não sabe o motivo por que o cliente não volta, já que ele havia feito de tudo para agradá-lo. Olhando na visão do condutor, que no final acaba se tornando a do empresário também, o bom atendimento leva à valorização pessoal e profissional dele, podendo gerar oportunidades de crescimento, indicação aos amigos do pescador, melhoria no ganho financeiro e o consequente retorno do cliente ao destino de pesca. A grande maioria dos condutores já vivencia isso com parte de seus clientes, com quem esse relacionamento positivo já acontece e rende boa “caixinha” e presentes. Mas não é com todos os clientes que isso acontece. Mas por que não estender isso a todos os clientes se o sol, a chuva e tudo mais que se passa no barco inclui Por que atender bem? esse cliente também? Por que A pergunta parece fácil, mas com um o relacionamento deu é muito mais complexa do que certo e com o outro não? podemos imaginar, pois o retorno Pensando nisso, foi desenvolvitão desejável do cliente passa exa- do um treinamento onde se aplitamente pelo relacionamento com cam as mais modernas técnicas o condutor durante a pescaria e, de PNL (Programação Neurolin-
Dentro da nossa experiência, os destinos que estão investindo na qualificação de sua equipe têm se diferenciado e aumentado sua capacidade de ocupação e receita. É uma lógica muito simples: todos nós gostamos de ir aonde somos bem atendidos, e indicamos esses locais, o que forma uma cadeia positiva de marketing “boca a boca” – a melhor forma de divulgar uma empresa a partir da experiência positiva do cliente. São dois tipos de qualificações necessários aos condutores do turismo de pesca: a parte técnica, capaz de demonstrar o conhecimento profissional na região onde atua, e a parte de relacionamento com o cliente. É sobre esse último aspecto que teceremos alguns comentários para demonstrar o que estamos fazendo na prática.
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Matéria A importância do guia de pesca
guística) e Neurociência, que são repassadas de forma simples e de fácil entendimento por parte dos mais simples condutores, que às vezes não têm acesso a estudos, mas que têm a experiência de vida como seu professor. São dinâmicas voltadas para as experiências que eles mesmos contam do seu dia a dia com os clientes nos barcos e, a partir dessas dinâmicas, são apresentadas técnicas simples, fazendo-os identificar um dos três perfis PNL em seus clientes e aprenderem a agir com eles de forma a estabelecer um elo de confiança e um relacionamento em que os dois saem ganhando. Para que esses ensinamentos possam ser assimilados na prática, foi desenvolvida uma cartilha, em material impermeável, para que possa ser levada para o barco e sirva como fonte de consulta na hora da pescaria. Os resultados surpreenderam tanto condutores, quanto empresários. Para os condutores, era a ferramenta de que precisavam para melhorar seu ganho financeiro usando a satisfação do cliente, o que de imediato chamou a atenção dos proprietários, que receberam os feedbacks de seus clientes, tornando uma relação plena de ganha-ganha, em que todas as partes ficam satisfeitas. Ainda estamos engatinhando nessa área no Brasil. É possível ver exemplos de guias extremamente bem qualificados nas viagens de pesca internacionais que fazemos com os grupos, mas acreditamos que o próprio pescador esportivo vai mudar esse Total fly Fly Fishing Magazine
cenário ao buscar dar prioridade aos serviços com qualidade e profissionalismo. Isso vale também aos poucos empresários que já estão enxergando o grande potencial de se diferenciar da concorrência, qualificando sua equipe para atender melhor os seus clientes e aumentando, assim, sua receita e seu lucro. Esse é apenas um dos treinamentos disponíveis aos destinos de pesca, que também podem contar com um programa de Técnicas de Atendimento; a Fishing Business oferece também o chamado Pessoas Certas nos Lugares Certos – Equipes de Alta Performance, no qual, a partir de um estudo específico, identificamos o perfil do colaborador ou do funcionário e passamos a trabalhar os seus pontos fortes e sua motivação, aumentando sua produtividade para a empresa e criando um clima de trabalho com mais harmonia. Vejam alguns depoimentos de quem passou e de quem contratou esses treinamentos:
“Para mim, foi de extremo profissionalismo, competência e muito empenho. Fiquei surpreso com o resultado já de imediato, dava para se perceber. Muito bom, gostei e recomendo”. Carlinhos do Araguaia – Proprietário da Pousada Asa Branca e Barco Hotel D Socorro “Achei ótimo porque ensina a gente a mexer com os clientes e nos ajuda a entendê-los. Já consegui repassar as instruções que tive no curso aos outros companheiros de trabalho. Muito bom”. Chacho – Guia de Pesca – Barão de Melgaço-MT “Achei a palestra muito legal. Serviu para adquirir mais conhecimento e até mesmo para enxergar que já cometi alguns erros. Espero agora aprimorar meu conhecimento para que eu cresça mais como um bom profissional e poder contribuir ainda mais com o conhecimento da empresa e com meu ganho financeiro”. João Batista – Guia de Pesca da Pousada Asa Branca - Araguaia.
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Coluna saúde Saúde do homem
Coluna
SAÚDE DO HOMEM Por: Celso De Oliveira
mem devem ter a devida atenção para prevenir o desenvolvimento de doenças mais sérias. Nesse artigo, falo especificamente sobre os problemas da próstata – glândula do aparelho reprodutor masculino localizada próximo à bexiga e que apresenta uma incidência relativamente alta de alterações durante a vida do homem. As duas alterações mais importante são: o crescimento benigno da próstata (Hiperplasia Benigna da Próstata) e o desenvolvimento de tumor maligno da próstata (Adenocarcinoma da Próstata). Hoje falaremos apenas sobre o crescimento benigno. A hiperplasia benigna da próstata
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são de leve intensidade, mas, se não forem tratados adequadamente, povas, como retenção urinária (paciente
Vários aspectos da saúde do ho-
O
urinar). Inicialmente, esses sintomas
dem levar a complicações significati-
Urologista e professor da FCM Santa Casa-SP
dia 15 de julho é considerado o “Dia do Homem” e, para comemorá-lo, foram realizadas várias atividades com o intuito de levar informação e conscientização para o público em geral, principalmente do sexo masculino, quanto aos cuidados que cada um deve ter com sua a saúde. A Sociedade Brasileira de Urologia realizou uma pesquisa ampla sobre a saúde masculina e, entre os resultados, o item que mais chamou atenção foi o fato de que 51% dos homens entrevistados jamais foram a uma consulta médica. Trata-se de um dado preocupante, pois sabemos que a medicina preventiva é de extrema importância para que o ser humano se mantenha saudável biologicamente, psicologicamente e socialmente. É fato que “prevenir é muito melhor e mais fácil do que remediar”.
ziamento da bexiga (dificuldade para
precisa usar sonda), infecção do trato urinário, cálculos na bexiga e até insuficiência renal, inclusive necessitando de hemodiálise. O diagnóstico de problemas na próstata é feito durante exame físico geral, realizado no momento da consulta com o urologista, incluindo-se o toque retal; a realização de exames laboratoriais como urina tipo I, dosagem do PSA (antígeno prostático especifico) e uma ultrassonografia das vias urinárias e próstata. O tratamento dos pacientes com HBP é realizado com o objetivo de eliminar os sintomas, melhorar a qualidade de vida, diminuir a obstrução uretral e o volume residual e, consequentemente, prevenir ou corri-
(HBP) é uma das doenças mais fre-
gir complicações O paciente deve ser
quentes no homem e caracteriza-se
informado sobre todas as alternativas
pelo aumento do volume da glându-
disponíveis de tratamento para a sua
la. O tamanho da próstata aumenta
condição clínica, bem como sobre os
com a idade, atingindo ao redor de
benefícios, riscos e custos de cada
20 gramas nos indivíduos com cerca
opção.
de 20 anos de idade. Após essa ida-
O caráter crônico e progressivo da
de, a glândula mantém seu volume
HBP sinaliza para a importância do
praticamente inalterado, voltando a
início do tratamento clinico na época
aumentar de peso quando se instala
adequada, preferencialmente antes
o processo da hiperplasia benigna,
que ocorra alterações deletérias no
normalmente ao redor dos 40 anos de
trato urinário.
idade, condicionando um crescimento acelerado até os 70 anos. O crescimento da próstata está
Para concluir, não custa repetir: a prevenção sempre é o melhor tratamento. Muitas vezes o paciente se
relacionado aos diferentes fatores,
acomoda com a presença dos sinto-
com destaque para a idade e os níveis
mas e não sabe que o fato de urinar
hormonais. Aos 60 anos de idade, a
com dificuldade pode estar deterio-
sua prevalência é ao redor de 50%;
rando seu trato urinário. Cabe ao
aos 80 anos, atinge valores elevados,
médico assistente utilizar todos os
próximos a 90%.
meus diagnósticos para o bem de seu
O crescimento volumétrico da prós-
paciente e discutir com ele a possibli-
tata associado à sua localização peri
dade de realizar um tratamento ade-
uretral e justa vesical provoca um
quado, com resultados consistentes e
obstáculo ao fluxo urinário e ao esva-
custo aceitável.
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Agora você pode fazer uma flotada em um rio de águas claras, atrás de grandes dourados piraputangas e pacus, mas não precisa sair do Brasil para isso. A cerca de uma hora do aeroporto internacional de Cuiabá, você poderá pescar nas cabeceiras dos rios formadores do Pantanal, descendo em um bote inflável e com toda a estrutura de apoio, que traz muito conforto e ação na pescaria. Venha conhecer esta nova opção e fazer parte do Itaicy Fly Team e quem sabe entrar para o seleto grupo “Dois Dígitos UP” que tiveram o prazer de capturar um dourado acima de 10 kg no fly, ou do grupo “Três K UP” com piraputangas acima dos seus 3 kg, e colocar o seu nome no Hall da Fama do Fly no Brasil.