nº2, agosto de 2014
PESQUEIRO
Flyfishing com rações artificiais
CENTRO DE TREINAMENTO
Saiba mais sobre os cursos da Total Fly
TÉCNICA
Wolly buguer: passo a passo
TRUTA BRAZUCA
A incrível pesca de trutas no Brasil: um universo a ser descoberto
Cursos
Faça o seu curso de fly, não importa o nível de seu conhecimento na modalidade!
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Ministrados pela equipe Total Fly, têm como principal característica introduzir o iniciante na modalidade de forma simples e descomplicada.
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A ESPORT PESC CA ESPOIVRATI VA PE S
04
Editorial Expediente
Total Fly continua a navegar! A primeira edição da Total Fly Magazine foi um sucesso! Muitos exemplares foram enviados para todo o País – e também para o exterior – a colaboradores, leitores e fornecedores. De forma unânime, o feedback foi um só: “Parabéns” pela iniciativa e pela
Expediente
qualidade do conteúdo. Agora, a intenção com a edição 2 é mostrar que não perderemos o foco. Por isso, continuaremos a desvendar, aos poucos, esse maravilhoso mundo do
Diretoria
fly para você.
TOTAL FLY E LOOP INVEST
O crescimento de nossa Fan Page demonstra que o novo pescador necessitava de um canal direto para se informar, interagir e con-
Edição e revisão de texto
tribuir para o crescimento da modalidade no Brasil. Obrigado a você
Janaína Quitério (MTB 45.041/SP)
que curtiu a nossa página e prestigia o nosso conteúdo. Para quem não conseguiu adquirir o exemplar impresso, disponibi-
Projeto gráfico e diagramação
lizamos seu conteúdo integral em nosso site: www.totalfly.com.br. Paralelamente, o Centro de Treinamento da Total Fly entrou em funcionamento a todo vapor, com vários cursos básicos em grupos e personalizados. Já usufruíram do espaço os instrutores
Colaboraram nesta edição
Rubens de Almeida Prado – Rubinho, de São Paulo –, e Beto
Alexandre Sarpe, Bibiana Castro, Carlos
Vaucher, de Curitiba.
Cacosa, Diego Veronezi, Reginaldo Bueno
Enquanto a Total Fly Magazine conquistava o Brasil e o Centro
(Regis), Ricardo Morais (Rick Morais),
de Treinamento recebia seus primeiros alunos, a Fábrica de Iscas
Rogério Batista (Jamanta), Vitor Poiani (fotos),
começou a operar. Dando treinamento especializado aos atadores,
Zeca Salgado
utilizando somente anzóis e materiais de primeiríssima linha, as iscas saíram das morsas, ganharam embalagem individual com etiqueta
Foto de capa
descritiva e começaram a ser vendidas ao consumidor final por meio
Joanna Castro
de nosso parceiro: O BOTO (www.oboto.com.br). A Total Fly Viagens também iniciou a sua jornada, levando os pri-
Endereço
meiros clientes até a cidade de Pereira Barreto-SP, onde os tucunarés
Estrada Kaiko, 1.100
não decepcionaram, e a adrenalina das pescarias pôde ser descan-
Embu das Artes -SP - 06844-000
sada com o atendimento e o conforto proporcionados pela Alô Brasil,
www.totalfly.com.br
que nos levou e nos trouxe de forma tranquila e segura para usufruir
magazine@totalfly.com.br
das acomodações, de guias e excelente comida e atendimento do Hotel Dinâmica Das Águas. Em breve, lançaremos novos destinos, tanto para aqueles que não têm tempo em grandes viagens, quanto para aqueles que podem “se esquecer da vida” em pescarias memoráveis e em lugares maravilhosos pelo mundo afora.
A Total Fly magazine é uma publicação institucional da marca Total Fly. É proibida sua reprodução total ou parcial sem autorização por escrito da diretoria. O conteúdo dos anúncios e mensagens publicitárias inclusos nesta edição é responsabilidade dos anunciantes. A Total Fly magazine não se responsabiliza pela opinião publicada em artigos assinados.
E mais novidades virão por aí! Só temos a agradecer ao leitor, colaboradores e parceiros pelo sucesso. Total fly Fly Fishing Magazine
É proibida a venda da revista, que é de distribuição gratuita.
06
Sumário Edição 02
TECNOLOGIA A evolução das varas
DESATANDO O ATADO Como escolher a morsa?
20
24
PESQUEIRO - Flyfishing com rações artificiais _p08 VIAGEM Agência, operadora ou formadores de grupos? O que optar na hora da viagem?
40 TRUTA BRAZUCA - Pesca de trutas no Brasil!_p12
42
TOTAL FLY CURSOS_p26 Total fly Fly Fishing Magazine
WOLLY BUGUER - passo a passo_p30
36
SAÚDE
Pescar só depois de se alongar POEMARIOS
Maria e Omar
08
Matéria Pesqueiro
Flyfishing
com rações artificiais
seu uso como material de atado (confecção de iscas). A utilização vai desde a montagem de gafanhotos, abelhas, cigarras, streamers, abdôme de diversos tipos
Saiba mais sobre o uso de moscas ou de iscas em pesque-pagues, utilizadas como imitações de ração – a principal fonte de alimento dos peixes em tais locais TEXTO E FOTOS: REGINALDO BUENO NEVES
de insetos, até e, principalmente, a
F
cesso não só na modalidade flyfishing eitas antigamente com
Outro material muito utilizado
elaboração das imitações de ração. De excelente flutuabilidade, durabilidade e variação de cores, faz sucomo também no bait casting.
pelos de veado (deer hair),
foi – e ainda é – a cortiça, vinda das
compactados e depois
rolhas usadas em garrafas de vinho
artificial é a miçanga, muito usada
aparados para dar a forma
Outro material utilizado como ração
e outras bebidas. Dessa forma, são
também na fabricação de colares e
específica de uma ração, essas iscas,
fáceis de se adquirir. Entretanto,
demais artefatos, numa infinidade de
denominadas hair-ball, fizeram (e
com o descobrimento de uma espu-
modelos, formatos e cores. Normal-
fazem) muito sucesso em pesque-pa-
ma fabricada a partir do “Etil Vinil
mente, são usadas em conjunto com as
gues. São, de certa forma, trabalhosas
Acetato”, abreviada E.V.A., que é um
rações em E.V.A. ou diretamente ao fi-
de serem confeccionadas, Além disso,
tipo de borracha não-tóxica, aplicada
nal do tippet, tendo como auxiliar,para
o material utilizado vem do exterior e é
em diversas atividades industriais,
que não afundem uma microboia colo-
natural, difícil de adquirir.
ocorre uma verdadeira revolução em
cada alguns centímetros acima.
Total fly Fly Fishing Magazine
09
TÉCNICA DE UTILIZAÇÃO Nos pesqueiros, as rações naturais oferecidas como alimento são flutuantes, lançadas sobre a água, onde o peixe sobe para comer. As rações artificias obedecem ao mesmo padrão, ou seja, devem ser flutuantes para atuarem na superfície ou, no máximo, na sub-superfície (miçangas, lã-ball), trabalhando em alguns poucos centímetros abaixo da lâmina d’água. Deve-se arremessar a isca no ponto desejado e aguardar o ataque do peixe, porém, quando o peixe estiver um tanto manhoso, um sutil arrasto da isca na água, promovido por uma leve e delicada puxada na linha, poderá promover o ataque. Não há comparação em ver a isca sendo atacada pelo peixe na superfície, no visual, fazendo o coração do pescador disparar. É sensacional!
DOPPLER RIG: COMO UTILIZAR Uma técnica amplamente utilizada no flyfishing em geral é o doppler rig, no qual duas ou mais iscas são apresentadas no mesmo arremesso. Na utilização dessa técnica em pesque-pagues, multiplica-se a chance de sucesso,
CONSTRUÇÃO DA RAÇÃO EM E.VA.
uma vez que são diversas rações artificiais ao mesmo tempo, aumentando as possibilidades de ataque. Amarre no final do tippet uma ração artificial de sua escolha. Na curva do anzol, amarre um segmento de monofilamento de
Materiais: placa de E.V.A., com
mesmo diâmetro do tippet, com aproximadamente 50/60 cm,
espessura aproximada de 8mm, um
e depois amarre outra isca no final deste. Faça isso sucessiva-
furador com diâmetro aproximado
mente, até no máximo três iscas. Arremesse no ponto desejado.
ao diâmetro da ração que se deseja confeccionar e anzóis tipo Chinu compatíveis ao tamanho delas. É possível utilizar espessuras menores e colar as fatias de cores diferentes. Existem variadas formas de montagens das rações, dependendo do material utilizado (E.V.A., miçanga, cortiça), ou seja, desde a apresentação de uma única isca (forma mais comum), até a utilização de diversas iscas em conjunto. Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Pesqueiro
Você poderá utilizar rações em E.V.A. de cor diferente e observar em qual delas o peixe baterá. Assim, observará qual a cor que o peixe está atacando no dia. Esse é o sistema doppler rig. Pode-se utilizar também uma isca de superfície (ração) e, na curva do
atenção quanto à numeração
de diâmetros entre 0,20 e
anzol, atar uma que afun-
do equipamento é funda-
0,30 mm.
de, por exemplo, lã-ball
mental, especialmente para
– que imita uma ração já
não danificá-lo.Equipamen-
empate de aço fino enca-
molhada descendo.
tos com numeração #7 ou #8
pado, pois alguns peixes
são os mais indicados com
com dentes poderão cortar
tippets de diâmetros varian-
a linha. O empate de aço
do entre 0,30 e 0,40 mm.
faz diminuir um pouco os
NUMERAÇÃO DO EQUIPAMENTO
Observe se o lago em que Para a pesca em pesque-
Caso necessário, use um
ataques. Muitas vezes, é
LÍDER RECOMENDADO
você vai pescar não é muito
preferível não usá-lo mesmo
-pagues, onde é normal
grande se os peixes são
com a possibilidade de ter
existirem peixes de bom
menores (tilápias, matrinxãs a linha rompida em troca de
convencional, ou seja, 60%
tamanho e que proporcio-
etc.). Nesse caso, do # 4ao #
maior número de ataques à
de linha 0,50mm, 20% de li-
nam brigas memoráveis, a
6 são os ideais, com tippets
isca. Cabe a você escolher.
nha 0,40mm e 20% de linha
Usa-se o de formulação
0,30mm, comprimento de 9 pés (aproximadamente 2,70 m), com tippet adequado. Para as varas de numeração menor, mantenha o percentual e o comprimento e reduza o diâmetro das linhas. Líderes torcidos são muito utilizados, uma vez que são muito resistentes, duráveis e têm boa apresentação.
TIPPET Podem ser curtos. As imitações de ração têm certa resistência ao ar e comprometem, caso eles sejam muito longos. Total fly Fly Fishing Magazine
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DICAS PARA MAIOR SUCESSO NA PESCARIA Onde o peixe está? A melhor forma é perguntar ao proprietário ou à pessoa responsável em qual lago ou local do lago os peixes estão mais acostumados a comer. Caso não tenha essa informação, quando chegar ao local escolhido, com auxílio de um estilingue ou arremessador próprio (vendidos nas lojas de pesca), procure lançar um pequeno punhado de ração natural na água e observe se os peixes sobem. Caso afirmativo, as
VENTOS
chances para o dia serão enormes. Dessa forma, lance
VISUALIZAÇÃO DA ISCA
Observe a direção do
de fisgada -, que nada mais é que uma pequena boia,
Em algumas ocasiões,
sempre uma pequena por-
vento e procure arremessar
ção de ração natural no lago
para onde ele está soprando: especialmente quando uti-
e, em seguida, arremesse
é para lá que a ração natural
lizadas iscas de cor difícil
em torno de 40 ou 50 cm
no mesmo local e aguarde o
lançada anteriormente irá
de enxergar, como marrons
distante da mosca. Quando
ataque do peixe.
ser arrastada e onde o peixe
e pretas, use um “striker
a boia correr, é sinal de que
provavelmente comerá. Com
indicator” – ou indicador
o peixe “bateu”.
LUMINOSIDADE
dessas de pescar lambaris, conectada no tippet
vento muito forte, o peixe tende a ir para o fundo.
Os peixes não gostam muito de dias claros. Nessas ocasiões, eles procuram
TEMPERATURA DA ÁGUA
ficar mais no fundo do lago ou em locais de sombra. Por
Trata-se de um fator
isso, prefira os dias mais
que influencia a pescaria
nublados ou, quando estiver
em praticamente todos os
pescando em dias ensolara-
ambientes. Procure pescar
dos, aproveite a sombra das
em águas cuja temperatura
nuvens que se formam na
esteja dentro do aceitável
água para pinchar.
para o peixe procurado. Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Pesca de Truta no Brasil
Truta brazuca
Sim, o Brasil tem trutas! Poucas pessoas sabem, mas nosso país possui uma população respeitável dessas espécies, e já teve muito mais. Nesta reportagem, você vai descobrir por que vale a pena pescar trutas no Brasil TEXTO: ROGÉRIO BATISTA “JAMANTA”
N
ada de Patagônia, América do Norte ou Rússia. Vamos
pescar truta no Brasil! O mundo é legal porque oferece coisas diferentes. E aqui no Brasil, temos um tipo de pesca de truta diferente do resto do mundo. Tanto para aquele que quer apenas pescar seu
Total fly Fly Fishing Magazine
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peixinho como para quem
pesca esportiva: a pesca de
rápidos, rasos e com vege-
Espanha -, temos a dife-
quer abraçar a técnica des-
truta na montanha.
tação ao redor, o que difere
rença da transparência da
se peixe que fez a cabeça e
Nossos rios têm um nível
de rios semelhantes do
água, o que já muda muito.
conquistou o coração de mi-
de dificuldade imposto
norte da Argentina. Mesmo
É por isso que a pesca de
lhares e milhares no mundo
por suas condições, que
existindo na Europa algo
truta de montanha brasilei-
afora, o nosso país apresen-
diferem do resto do mundo.
bem parecido – a exemplo
ra é única. E há um univer-
ta um tipo específico de
Trata-se de rios pequenos,
da região dos Pirineus, na
so a ser descoberto. Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Pesca de Truta no Brasil
A CHEGADA DA TRUTA AO PAÍS A truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss) é originária do Hemisfério Norte e foi introduzida na América do Sul em 1904, na Argentina, e em 1905 no Chile, onde se ambientou muito bem e se tornou um forte vetor de desenvolvimento turístico. Entretanto, em águas tupiniquins, elas nadam oficialmente desde 1949, quando o médico veterinário Dr. Ascânio de Faria importou cinco mil ovos da Dinamarca. Esses alevinos foram introduzidos nos rios Jacu Pintado e Bonito, em São Paulo, na Serra da Bocaina (município de Bananal), onde a sua reprodução passou a ser monitorada nos anos seguintes. Porém, em nossas andanças, ouvimos relatos diferentes dos dados oficiais: a truta podia ser encontrada no rio Macaé de Cima, Rio de Janeiro, desde 1929. Os principais motivos para sua importação foram o seu cultivo para fins comerciais, devido ao fato de ser considerada uma carne nobre. Sua introdução nos rios de serra brasileiros, por sua vez, levou em conta a exploração da pesca esportiva. Com o passar dos anos, vários estados passaram a ter produção de trutas para fins comerciais, o que consequentemente levou esse peixe para vários rios do país. Sabe-se que nos anos de 1978 e 1979 o Estado de Santa Catarina deu um grande passo com a criação da estação de truticultura de Lages, e depois a Painel, com as quais, em seus primeiros anos, foram soltos 500 mil alevinos nos rios da serra catarinense, sem falar de iniciativas privadas.
Total fly Fly Fishing Magazine
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Essa foi uma iniciativa
Isso elevou rios, como o
governamental, da prefei-
Lava-tudo, o Pelotas e o Ca-
tura de Lages com apoio
noas, por exemplo, a status de
do BID/SUDEP, que buscou
paraíso. Mais recentemente,
alavancar a produção co-
a grande população de trutas
mercial de salmonídeos na
do Rio Caveiras, Urubici e Rio
região e povoar os rios para
do Tigre atrai mosqueiros de
pesca esportiva.
todos os cantos do país. Sem
Não é preciso dizer que
falar na Joia-rara da serra
isso se converteu em uma
catarinense, o recém desco-
população respeitável, com
berto rio Criolas e suas trutas
relatos de capturas de tru-
enormes capturadas num típi-
tas de proporções patagôni-
co rio de montanha, de água
cas nas décadas seguintes.
baixa e pesca técnica.
Total fly Fly Fishing Magazine
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PARAÍSO DOS MOSQUEIROS NO BRASIL Alguns lugares do Brasil se tornaram verdadeiramente celeiros de formação de mosqueiros, a exemplo do município de São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, que há 20 anos possui projetos ligados à pesca com mosca, começando pelo “Graxaim Carçado” e, recentemente, o projeto “Pró-Ausentes”. Entretanto, em Minas Gerais, o belíssimo rio Aiuruoca, em Itamonte, na Serra da Bocaina, foi ponto comum de truteiros do sudoeste, com o rio cuidado por pescadores e por uma pousada da região. Já no Rio de Janeiro, o lendário Macaé de Cima, ou MDC, ajudou a desenvolver uma legião de pescadores em suas límpidas águas. No Estado do Paraná, houve introdução de trutas nas cidades de Guarapuava, Malé e Inácio Martins, entre outras, e hoje, mesmo depois de uma matança descontrolada, voltou a ter bons relatos de pesca de trutas e se inicia projetos de proteção a essa espécie. Total fly Fly Fishing Magazine
Matéria Pesca de Truta no Brasil
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FALTA PROTEÇÃO Nas últimas décadas, estoques de trutas dos rios no Brasil sofreram uma
pescadores, pela iniciativa
pios já começaram a legislar
privada (pousadas) e por
projetos que preveem a
entidades, como a “ABPM” e proteção da truta, transfora “Rota da Truta”. Trata-se de rios peque-
mando esse peixe em objeto de interesse municipal.
Saiba mais O que leva a truta à extinção? Em rio pequeno, um peixe necessita de, pelo menos, oito anos para chegar a quatro quilos. E
redução considerável pela
nos, que passam por dentro
Municípios como Urupema,
pesca predatória. No mo-
de propriedades privadas,
Itamonte, Painel, Rio Rufino,
Lava-tudo, Macaé de Cima) pela
mento em que as iniciativas
em uma região que se acos-
Urubici e São Joaquim já
quantidade de alimento, poucos
governamentais cessaram,
tumou a matar truta – hábito
seguiram essa ideia. Nesses
a truta passou a contar com
que poderia ser tolerado se
locais, a pesca tem sido
a sua permanência nos rios
a quantidade de espécimes
mais promissora, trazendo
brasileiros devido a seus
abatidos não comprometesse mais divisas à cidade e a
esforços de reprodução e
a sobrevivência da espécie.
toda a cadeia ligada à pesca
por projetos tocados por
Dessa forma, alguns municí-
esportiva.
nestes
rios,
(Caveira,
Pelotas,
chegam a essa idade. No momento em que há pesca predatória, a truta vira alvo principal.
Por que até hoje pouco se ouviu falar da truta? A truta passou a ser um peixe normal para todos, ou seja, está presente no rio como o lambari, a piava, a traíra etc., e passou a fazer parte do cardápio dos moradores da região. O problema é que, por se tratar de um peixe muito sensível, a sua reprodução não é suficiente para manter os estoques no momento em que há muita pesca predatória.
Quais são as principais fontes de informação sobre a truta no Brasil? Uma boa fonte de pesquisa sobre o assunto é o dossiê da truta, produzido pela “Rota da truta”,
compartilhado via Face-
book
(www.facebook.com/rota-
datruta). No site do Moscanagua, há informações sobre o assunto: h t t p : // w w w. m o s c a n a g u a . c o m . br/wp-content /uploads/2013/04/ Histo%CC%81ria-da-Pesca-com-Mosca-V5.1.pdf. Entre os trabalhos publicados, cito dois: “Introdução da truta no Brasil e na Bacia do Rio Macaé, estado do Rio de Janeiro: histórico, legislação e perspectivas”, de Henrique Lazzarotto & Érica Péllegrini Caramaschi. “A trajetória da truticultura no estado de São Paulo no período de 1949-1999”, de Hélio Ladislau Stempniewski.
Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Pesca de Truta no Brasil
Um alento para a permanência da truta é a portaria 145/98 do Ibama, que permite o manejo de salmonídeos em rios nos quais eles já existam, desde que o Estado desse rio produza os ovos. Sabe-se que o Brasil possui mais de 20 rios com trutas, alguns com quantidade, outros com qualidade, mas muitos com dificuldades, o que para o mosqueiro pode ser uma coisa legal, pois proporciona o desafio da captura da truta. Portanto, no momento em que se veem pescadores gastando um valor bastante razoável para pescar truta em várias partes do mundo, nada mais oportuno que mostrar que aqui tem essa espécie, e não é só pequenina. Em um rio do Brasil tem um belo troféu esperando por você, e mais, tem um tipo de pesca divertida em locais de beleza natural invejável. Nas próximas edições, serão desvendados um a um esses rios, apresentando coordenadas, dicas, guias, hotéis e fotos para que você possa buscar a sua Truta brazuca.
Total fly Fly Fishing Magazine
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Total fly Fly Fishing Magazine
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Coluna Tecnologia
A evolução das varas O que devo usar: vara de carbono, de fibra de vidro ou vara de bambu? Quando nos referimos a tais materiais, a maioria vai dar preferência ao mais atual. Entretanto, não podemos nos esquecer de que, sem evolução tecnológica, as varas de fibra de carbono super leves, usadas na pesca com mosca, nem existiriam. Confira o que o pescador esportivo ganha com essa trajetória TEXTO: RICK MORAIS FOTOS: VITOR POIANI
Total fly Fly Fishing Magazine
21
P
or volta do final de 1.800, as varas de pesca
com isso?” Podemos tentar
titânio, passadores feitos do
com mosca eram feitas de bambu. Além de
responder a essa pergun-
mesmo material, encaixes
compridas, eram bastante pesadas. No início
ta observando o momento
milimetricamente desenha-
de 1.900, começaram a aparecer as varas fabri-
atual. No mercado, encon-
dos e ações que transmitem
cadas com tiras de bambu, coladas em formato sextavado tramos varas muito leves,
menos vibração à linha, o
(hexagonal). Mas a primeira revolução na fabricação de
fabricadas com carbono e
que otimiza o arremesso e o
varas aconteceu no final dos anos de 1940, com o advento
fibras alinhadas por na-
faz chegar mais longe e com
da fibra de vidro. Com material barato e relativamente fá-
notecnologia, reel seat de
mais precisão.
cil de ser fabricada, a vara de fibra de vidro proporcionava uma ação suave, quase em câmera lenta, o que levou a pesca com mosca a outro nível. A segunda revolução nesse quesito se deu no final da década de 1970, quando surgiu o carbono. Mesmo que, inicialmente, ele fosse quebradiço e frágil, era espetacularmente leve, proporcionando várias ações, das mais lentas às mais rápidas. Com os problemas iniciais superados, esse material, desde então, tornou-se padrão não apenas na fabricação de varas de pesca com mosca, mas de todas as modalidades. Com o passar dos anos, não vimos surgir outro material revolucionário. Na verdade, o que aconteceu foi a melhora na pureza do carbono e, principalmente, a sua mistura com outros materiais, como boro, filamento de titânio e resinas especiais. Mas, você pode estar se perguntando: “O que ganho Total fly Fly Fishing Magazine
22
Coluna Tecnologia
A evolução tecnológica na fabricação das varas permite que o pescador esportivo pesque com materiais de ponta. Por outro lado, faz o pescador usufruir de sensações diferentes quando se pesca com materiais mais antigos Ao mesmo tempo, ao lado da oferta de materiais provenientes da evolução tecnológica, observamos certa nostalgia por parte de alguns pescadores, que vêm procurando no mercado varas de fibra de vidro e bambu sextavado. E, atendendo a essa demanda de pescadores que buscam vivenciar uma sensação diferente na pesca com mosca, boa parte dos fabricantes desenvolveu modelos de varas com esses materiais. Já tive a oportunidade de pescar com uma vara de bambu nacional (Karkour Seyoufi - Greg’s), de fibra de vidro (Scott F2) e de carbono (Sage, Scott e Thomas & Thomas) e posso afirmar que cada uma delas cumpre muito bem o seu papel. As varas de bambu, de fato, trazem
também apresentam ação
cem uma extensão do seu
uma sensação de se estar
lenta, porém, em ritmo
braço. E é por isso que são
pescando 100 anos atrás.
diferente. Não requerem os
as minhas favoritas.
A ação lenta, quase em câ-
mesmos cuidados do bam-
Se tiver oportunidade
mera lenta proporcionada
bu e são muito resistentes.
de testarem essas varas
por ela, é muito bonita.
Já as varas de carbono
antigas, vá em frente. Tenho
dispensam comentários.
certeza de que você irá
Além de super leves, pare-
adorar.
As varas de fibra de vidro, em sua maioria, Total fly Fly Fishing Magazine
INVEST
EMPREENDIMENTOS E PARTICIPA OES
24
Coluna Desatando o atado
Como escolher a morsa?
Nesta edição, ajudaremos o pescador/ atador iniciante a buscar a melhor opção no mercado, levando em conta a relação custo x benefício. Confira quais são os principais modelos de morsas, suas funções, além de vantagens e desvantagens TEXTO: CARLOS CACOSA | FOTOS: ZECA SALGADO
D
iz-se que
porque com a capacidade
muitas das
inventiva do brasileiro não
saídas: parar de atar ou com- quer em preço. Vale lembrar
Nessa hora, só há duas
ferramentas,
se brinca. Já vimos adap-
prar uma morsa específica.
dos materiais e
tações feitas com mandris
Como parar de atar, para
do. Quer seja em qualidade, que nem sempre o mais caro é o melhor, e nem sempre
dos acessórios para o atado
de furadeiras, pequenas
quem começa, é o mesmo que o barato é realmente ruim.
podem ser substituídos ou
morsas comuns, entre
parar de pescar, o jeito é bus-
Dessa forma, observe bem a
mesmo adaptados na falta
outros. Entretanto, o atador
car a melhor opção no merca-
relação custo x benefício.
dos específicos, quer seja
irá descobrir a duras penas
por motivo de emergência,
que, sem a morsa apro-
quebra, perda ou ainda
priada, além das inúmeras
de ter esquecido de levá-
dificuldades por falta de ar-
-los durante uma viagem.
ticulações e movimentos es-
Mas uma delas, por mais
pecíficos, seu atado ficará,
imaginação e engenhosida-
acima de tudo, sacrificante.
de que o pescador/atador
E, se resolver atar moscas
tenha, será praticamente
em anzóis menores (aque-
impossível de substituir: a
les usados para moscas
morsa, ou, como é grafada
minúsculas em pesca de
em inglês, vise.
pequenas espécies, como o
Dizemos “praticamente” Total fly Fly Fishing Magazine
lambari), aí fica impossível!
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MODELOS
MORSA DO TIPO FIXA Vantagens = versatilidade, tamanho e peso
As morsas podem ser do tipo fixa ou rotatória e os bons modelos conse-
Desvantagens = incomoda e, muitas vezes, vai soltando durante o processo do atado
guem prender um grande anzol a um minúsculo anzol. Basicamente, existem dois modelos
MORSA DO TIPO BASE
de pedestal ou de base. As morsas
Vantagens = devido ao peso da base, pro-
do tipo fixa são as mais utilizadas
porcionam maior firmeza e estabilidade na
nas viagens de pesca, já que cabem
fixação da morsa
perfeitamente na bagagem do pesca-
Desvantagens = tamanho e peso
dor. Ou nos casos em que o pescador não tem um lugar apropriado (o “seu
Procure adquirir a melhor morsa (vise) que seu orçamento permitir. Trata-se de um item que não deve ser economizado ou otimizado
canto”), onde possa deixar todo seu material à mostra e ocupando espaço. Já as morsas do tipo “base” são as preferidas no dia a dia do atador, sem contar que dá um charme todo especial ao “cantinho” e ao “escritório de pesca” do pescador\atador – verdadeiro convite a longos bate-papos, com amigos mostrando suas habilidades, trocando informações enquanto se revezam no atado, ensinando os iniciantes e aprendendo, com os mais experientes, truques e macetes da arte de atar.
COMO ESCOLHER A principal dúvida do iniciante é qual delas escolher, já que temos tantas opções de marcas e modelos disponíveis no mercado. Caso a compra seja online, opte por um modelo que já tenha usado ou que tenha sido indicado por um amigo que possui igual modelo. Uma forma comum de iniciar é a compra de kits compostos de morsa fixa, bobbin, tesoura e outras ferramentas. Se tiver condições de experimentar, trata-se da melhor opção, evitando se irritar mais adiante com a “pinça” (jaw) – que é a principal parte da morsa, responsável pela fixação do anzol. Opte por uma do tipo rotatória, o que facilitará o seu atado, principalmente quando se ata (amarra) o material na parte de baixo do anzol. Uma coisa é certa: a morsa é o principal equipamento do atado e, com certeza, se bem escolhido, durará para sempre. Então, vamos lá! Mãos à obra ou mãos à mosca! Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Centro de Treinamento Total Fly
TOTAL FLY CURSOS Localizado em Embu das Artes, interior de São Paulo, o Centro de Treinamento (C.T.) Total Fly integra um conjunto de segmentos voltados à pesca com mosca ou Fly Fishing e mostrará aos iniciantes que a modalidade não é difícil como alguns pregam POR: ZECA SALGADO | FOTOS: ACERVO TOTAL FLY
M
uitas vezes,
Quando se parte para
recebemos
o autodidatismo, o risco é
e-mails ou
se orientar por algum meio
telefonemas
no qual a explicação não
de alunos interessados em
é tão clara ou falta algum
fazer um curso, mas estão
pequeno detalhe que fará
receosos por não terem
muita diferença. Há quem
equipamentos ou qualquer
ache que pescar com equi-
experiência na modalidade.
pamento de fly é simples-
Nossa resposta a essas
mente jogar a linha e fazer
preocupações é a mesma:
com que ela chegue um
“Excelente!” E explica-
pouco à frente, não impor-
mos: é muito melhor não
ta como, literalmente aos
ter experiência ou contato
trancos e barrancos.
anterior com a modalida-
Quanto a não ter equipa-
de, pois é muito mais fácil
mento, a resposta é similar:
de aprender o certo e não
é preferível não ter no prin-
adquirir vícios.
cípio do que adquirir algo
Total fly Fly Fishing Magazine
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de má qualidade ou inadequado para
fishing e a base. Na opinião de nossa
a pesca de nossos peixes. É comum
equipe, a base é que fará a diferença
ver alunos com equipamentos muito
entre pescar bem, pescar confortavel-
antigos - diria até obsoletos -, que
mente e ter prazer.
há anos aguardavam ser utilizados,
O curso mostra aos alunos que,
Conforto e praticidade fazem a diferença na pesca com mosca
ou então, equipamentos voltados à
desde a forma de montar o equipa-
pesca para climas e peixes diferentes
mento, segurá-lo adequadamente ou
de forma adequada, lembrado-se de
do nosso. Muitas vezes, os equipa-
mesmo executar um arremesso mais
conceitos que fazem com que sua li-
mentos são buscados com base ape-
elaborado, é necessário conforto e
nha faça o que ele ou a vara ordenam,
nas em preço nos sites estrangeiros,
praticidade. Além disso, orienta para
enfim, é ensinado ao aluno a ter o que
sem ter a mínima noção das nomen-
que o aluno busque a relação custo X
é chamado “Controle de linha” – um
claturas, ou dos tipos, modelos e va-
benefício, ressaltando que nem sem-
dos mais importantes quesitos na
riações que tanto varas, como linhas,
pre o mais caro equipamento é o que
arte do fly fishing.
carretilhas e acessórios têm. Fazendo
se necessita ou o que o fará arremes-
o curso de fly, mesmo no nível básico,
sar ou pescar melhor.
é possível ter uma boa noção. O mais visado no curso ministrado pela Total Fly é a simplicidade do fly
Durante todo o dia, o aluno é
Ao final do dia, muitos se surpreendem não apenas com a simplicidade e com a facilidade da modalidade,
corrigido quanto à postura, é cobra-
mas, principalmente, consigo mesmo
do quanto a fazer os movimentos
e com o progresso alcançado. Total fly Fly Fishing Magazine
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Matéria Centro de Treinamento Total Fly
APTIDÃO PARA PESQUE-PAGUE Leitores que receberam nossos e-mails informativos ou tiveram acesso à Fan Page da Total Fly notaram que o curso básico é voltado à pesca em pesque-pagues. Mas, por que não é voltado à pesca de fly na natureza ou embarcado? Porque consideramos que os pesque-pagues são verdadeiros “quintais” dos pescadores. Quando não conseguem viajar, podem optar por esses verdadeiros oásis nas grandes áreas urbanas. Além da infraestrutura que possibilita que o pescador fique à vontade para levar seus familiares, a segurança e o fato de o peixe estar condicionado à alimentação artificial com o fornecimento de ração formam o conjunto perfeito para dar os primeiros passos na modalidade. O fato de o peixe estar acostumado a esse tipo de alimentação faz com que o ato de capturá-lo fique bem mais simples, já que basta lançar na água a ração de superfície e aguardar que o peixe comece a comer. Na sequência, basta arremessar a imitação que variará de iscas confeccionadas com as mais diferenciadas formas ou materiais, como por exemplo, cortiça, E.V.A., miçanga, entre outras. Total fly Fly Fishing Magazine
“Existe o antes e o depois do curso”. Esta frase é, em geral, dita por aqueles que fizeram um curso de arremesso com equipamento de fly.”
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E a aula começa desde aí, pois, mesmo sendo mais fácil de achar o peixe, o iniciante deverá pôr em prática o que aprendeu para fazer a isca chegar até onde o peixe está comendo. Daí em diante, é se aprimorar, começar a utilizar iscas mais volumosas e, com a experiência adquirida no pesque-pague, partir para as primeiras aventuras em ambientes naturais. Portanto, se você pretende iniciar na modalidade, procure antes fazer um curso. Existem vários pelo País, mas o diferencial do ministrado pela Total Fly, além dos motivos já citados, é o valor. Como o intuito é difundir a modalidade, nada melhor que baixar o preço. Por isso, o preço é de ape-
Rubens de Almeida Prado, o
nas R$ 150 pelo curso feito
Rubinho, ou com Gerson Ka-
em grupo, e R$ 350,00 pelo
vamoto. Além de ter a possi-
curso personal.
bilidade de formar o próprio
Após fazer o curso básico, com certeza o aluno,
grupo, é possível escolher o instrutor de sua preferência.
independentemente de idade Basta consultar antecipadaou sexo, pois as mulheres
mente se há disponibilidade
e crianças estão cada vez
na agenda.
mais presentes, terá interes-
Então, não perca tempo!
se em se aprimorar e irá bus- Entre em contato para concar um curso intermediário
sultar as datas disponíveis
e avançado, que poderão
e venha para o emocionante
também ser feitos no C.T.
e divertido mundo do fly
com nossos parceiros, como
fishing.
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Coluna Técnica
Wolly buger: passo a passo Nesta edição, ensinaremos como fazer uma das diversas variações dessa mosca – e também uma das mais eficientes. Trata-se da isca lastreada, ou seja, que possui peso, fazendo com que ela afunde mais e proporcione a pesca na meia-água TEXTO E FOTOS: CARLOS CACOSA
FERRAMENTAS UTILIZADAS Morsa Bobbim\bobina Heckle Pliers Whip Finisher Bodkin
MATERIAIS Anzol Tiemco TMC300 - Tamanho #6 Pedaço de estanho Linha 6\0 Marabou Cristal Flash\brilho Chenille Pena para Heckle Tesoura Cola de secagem rápida
Caso tenha ficado alguma dúvida quanto à dinâmica do atado, veja o passo a passo da isca em vídeo: http://goo.gl/vcgRPq
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A wolly buger é uma das iscas preferidas para muitos pescadores de fly. Sua aparência, principalmente quando está na água, é muito atrativa, similar a uma sanguessuga ou outro tipo de verme. Sua locomoção é praticamente um “convite para o almoço”: Simplesmente irresistível. • P renda o anzol na morsa. • E nrole um pedaço de estanho, começando um pouco atrás do “olho” do anzol, para depois ter espaço para atar o heckle ou colar e finalizar a mosca. Chegue com ele até um pouco antes da curva do anzol para, assim, ter espaço para atar os materiais. Cauda e corpo. (Marabou, brilho e chenile)
• Prenda a linha, começando próximo ao “olho” do anzol e vá passando por cima do estanho, de forma que a linha entre nos vãos deixados pelas voltas do material e, dessa forma, ajudando a fixá-lo bem na haste do anzol. Chegue até próximo à curva do anzol. É preciso deixar um espaço, já que, se chegar muito próximo à curva, a cauda da isca ficará comprometida, ou seja, torta para baixo quando atar o marabou. Total fly Fly Fishing Magazine
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Coluna Técnica
• P renda o marabou para formar a cauda da isca, mas lembre-se: não exagere no material para não gerar um volume desnecessário na isca. Por outro lado, o volume não pode ser pequeno, senão, quando molhada, ficará muito fina – quase imperceptível – e, por consequência, pouco atrativa pela falta de movimento da cauda. Outra coisa fundamental é que a cauda, em geral, deve ter, no máximo, uma vez e meia o tamanho da haste do anzol – parte que compreende do término da curva até o começo do “olho” do anzol.
• C oloque o brilho. Para isso, uma boa dica é cortar os pedaços que serão utilizados em pares – e com o dobro do tamanho que eles teriam se colocados um a um. Isso porque, se mantiver esticada a linha do carretel ou bobbin e passar esse brilho que cortou por detrás da linha e unir as pontas, ficará com o tamanho exato que teriam se fossem atados um a um. Mantendo-os presos, leve-os até a posição que deseja colocá-los junto à cauda. Preferencialmente bem centralizados, prenda-os e repita o processo do outro lado. Dessa forma, verá que será bem mais fácil e rápido e sem o problema de os fios de brilho se soltarem ou se moverem na hora de ser atados.
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• D epois de os brilhos estarem atados, é hora de fazer o corpo da mosca. Para isso, ate a ponta do chenile junto à cauda da isca. Outra dica bem interessante é não cortar o chenile, ou seja, não adianta calcular mais ou menos o que irá utilizar. Isso porque corre o risco de sobrar, o que é ruim, pois com o que sobrar você poderia fazer outras iscas. Ou, o que é pior, no caso do atado faltar material. Ate-o, mas deixe o restante ou pacote abaixo da isca. Se você estiver utilizando uma morsa giratória, verá que, se segurado firmemente e sendo enrolado com o movimento da morsa, o chenile ficará bem uniforme – sem aquele famoso risco de ficar muito bom do lado que estamos vendo enquanto enrolamos manualmente e, do outro lado, com espaços muito grandes entre as voltas ou remontado. Quando for fazer isso, procure utilizar, se sua morsa tiver, o apoio de linha, como poderá ver na foto ao lado. • Chegue com o chenile até próximo o “olho” do anzol, mas lembre-se de deixar espaço para a atar o heckle ou colar e fazer os nós de acabamento da isca. Apare o chenile, dê um nó de segurança para não deixá-lo afrouxar.
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• Ate a pena escolhida para o heckle. Para isso, retire um
Coluna Técnica
• C orte o excesso da pena, dê o nó de finalização para
pouco das penas, deixando só a cerda da pena, o que fica-
prendê-la e dê mais dois ou três nós de acabamento para
rá bem mais fácil de atar. Ate a pena com o lado brilhante
formar a cabeça da mosca.
voltado para você.
• Corte a linha e passe cola. Cuidado para não deixar a cola pegar nas penas do heckle, • Uma vez atada, prenda-a com a ferramenta Heckle Pillers ou, na falta dela, segure firmemente a ponta da pena e gire-a em torno da haste para formar o heckle - ou colar da isca.
Não é necessário utilizar toda a pena. Algumas voltas são suficientes para fazer o heckle. Lembrando que a largura da pena não deve ultrapassar - ou se ultrapassar o mínimo pos-
Está pronta sua wolly buger! Agora é só ir para a água
sível - o tamanho do gap ou abertura da curva do anzol. Este
e testar a isca que, com certeza, lhe recompensará com
espaço compreende a ponta do anzol até a haste.
belos peixes.
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Coluna Viagem
Muitos dos pescadores esportivos preferem “montar” sua própria viagem, mostrando a amigos ou grupo que é mais experiente ou “entendido no assunto”. A alegação é a de que, na agência ou operadora de turismo, o valor é muito superior. Entretanto, apesar de muitos formadores de grupos dizerem que são conhecedores no mercado, há o risco de que, se ocorrer algum problema durante a viagem, não assumirem a responsabilidade. E isso pode ser desde um simples extravio de bagagem a um acidente mais grave. Portanto, o ideal é viajar com empresas cadastradas perante órgãos regulamentadores, ou, no mínimo, que possuam o Cadastur. Exija o cadastro.
O que é o Cadastur? Trata-se do sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor de turismo. Composto pelo Ministério do Turismo, em parceria com órgãos oficiais da área nos 26 Estados do Brasil e no Distrito Federal, permite o acesso a diferentes dados sobre os prestadores de serviços turísticos cadastrados. Fonte : www.cadastur.turismo. gov.br |www.embratur.gov.br
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Pescar com quem? Agência, operadora ou formadores de grupos?
A partir desta edição, a coluna Viagem abordará dicas de viagens e turismo de pesca esportiva. Para iniciar, confira as diferenças entre grupos, agências e operadoras. E boa viagem! POR: ALEXANDRE SARPE
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Pescadores brasileiros relutam em comprar pacotes de pesca ou qualquer serviço prestado pelo agente de viagens ou operadoras por acreditarem gerar gastos extras e desnecessários AGÊNCIA DE VIAGENS
vel, deve solicitar indica-
Do que é composto um
ções de amigos e parentes
pacote turístico e que tipos existem?
A agência também pode
que já tenham utilizado a
elaborar pacotes, mas, nor-
agência de viagens, além
malmente, revende pacotes
de consultar o Cadastro de
cote turístico, nacional ou
das grandes operadoras,
Reclamações Fundamen-
internacional, é composto
ganhando uma comissão
tadas e o Banco de Dados
por hospedagem, trans-
para cada venda realizada.
do Procon. Além disso,
porte (aéreo, rodoviário,
A responsabilidade, de
deve verificar se a empresa
ferroviário etc.), alimenta-
acordo com o Código de
está cadastrada no Cadas-
ção, traslados (“transfer”),
Defesa do Consumidor, é
tur, ou em outros órgãos e
guias locais, barcos, motor,
solidária entre a agência e
associações, como: ABAV,
motor elétrico, baterias,
a operadora.
BRAZTOA, SINDICATOS,
cadeiras, equipamentos de
FENACTUR.
salvatagem, comunicado-
OPERADORA DE VIAGENS
O consumidor deve solicitar todas as informações
Normalmente, um pa-
res etc. Existe o pacote individu-
– por escrito – da empresa
al (“forfait”), no qual o con-
É a empresa que elabora
sobre a quantidade de dias
sumidor, junto do agente
os pacotes. Negocia direta-
e noites, tipo e localização
de viagens, escolhe hotel,
mente com todos os demais
do meio de hospedagem,
companhia aérea, locais
fornecedores para obter
meio de transporte, tipo de
para os quais pretende via-
bons preços e oferecer paco- quarto (duplo, triplo etc.),
jar e pescar, enfim, monta
tes nos quais o valor total é
refeições inclusas, tipo de
o pacote sob medida. Já no
bem inferior ao valor apre-
barco, motor, motor elétrico,
pacote em grupo, ou seja,
sentado se o consumidor
bateria, se há carregador,
a excursão, horários, meios
adquirisse a hospedagem e
cadeiras, se os guias são da
de transporte, hotéis etc.
transporte aéreo direto.
região, condições de nave-
estão preestabelecidos. O
Como escolher a em-
gação de determinados rios,
consumidor se integra ao
presa em que irá comprar
tipos de peixe (aqui temos o
oferecido, mas pode pedir
o pacote turístico?
efeito da natureza, lembre-
outros passeios, com paga-
-se disso).
mento à parte.
O interessado, se possí-
Total fly Fly Fishing Magazine
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Por que preferir pescar com agência de viagem ou operadora de turismo? Os pescadores brasileiros
Coluna Viagem
pesca amadora e esportiva.
de pesca tem acesso a
Este fato é muito impor-
sistemas com todas as
tante, dada a possibilidade
informações (atualizadas)
de profissionalização que o
e se mantém antenada nos
apoio governamental produ-
destinos de pesca para
zirá em um mercado que, às
oferecer pacotes adequados
margens do Governo, movi-
para a época, o local e o que
menta cerca de 5 bilhões de
se pretende fisgar.
dólares anualmente e gera
Confiança: a agência de
1,5 milhão de empregos
pesca tem capacitação
diretos e indiretos.
necessária para dar suporte
Temos mais água, temos
ao turista no caso de pro-
tempo desnecessário ou
os melhores peixes, temos
blemas durante a viagem. O
entre em numa furada.
os melhores pescadores e
seu agente de viagens resol-
agora temos capacidade
ve os problemas enquanto
turística para crescer.
você pesca.
Vale destacar que as comissões dos agentes de
relutam em comprar pacotes viagens são pagas pelas
Seguro: Sempre que você
de pesca ou qualquer servi-
empresas fornecedoras: ope- DICAS
viaja com uma a agência
ço prestado pelo agente de
radoras, transportes, redes
viagens ou operadoras por
hoteleiras, pesqueiros etc. e
Preço: a agência de pes-
acreditarem gerar gastos
que não são repassadas aos
ca oferece pacotes, transfer
te qualquer necessidade
extras e desnecessários. A
consumidores finais.
e hospedagem pelo mesmo
médica, hospitalar, hospe-
preço das operadoras, ou,
deira, repatriação, telefonia,
às vezes, em condições até
farmácia, bagagem e seguro
melhores que as operadoras.
de vida.
verdade é que o pescador não faz a “conta inteira”, pois nunca inclui nos orça-
TURISMO DE PESCA EM NÚMEROS
Sem contar a possibilidade
mentos o tempo envolvido na operação: gastos com
de pesca, está coberto por
O turismo de pesca
viagens ou entre em contato conosco:
esportiva no Brasil pos-
Conhecimento: a agência
com o grupo, dados cadas-
sui números expressivos
de pesca orienta sobre as
trais, pagamentos. Acre-
e surpreendentes. Somos
melhores opções em termos
ditam que, na viagem de
hoje cerca de 23 milhões de
de preço, passeios, roupas,
pesca, tem que se gastar o
pescadores esportivos, e o
refeições, pontos de pesca,
mínimo possível.
Brasil é o País que tem a
guias, barcos, equipamento,
maior hidrografia do mundo, etc. para tornar a pescaria
um agente de viagens ou
consequentemente, a maior
em um sucesso.
operadora de turismo repre-
quantidade de peixes de
Segurança: nada melhor
senta economia, pois se tra-
água doce deste planeta.
do que comprar com quem
ta da prestação de serviços
O governo brasileiro
vive a pesca esportiva e
de um profissional capacita-
abriu os olhos para o merca-
gosta tanto quanto você. O
do e com ferramentas para
do de pesca em 2010, com
seu agente de viagens deve
fornecer atendimento ágil e
a criação do Ministério da
ser um profissional que lhe
preciso, sem que o pesca-
Pesca e Aquicultura, que
dê segurança.
dor/passageiro/turista perca nasceu com planos para a Total fly Fly Fishing Magazine
Consulte seu agente de
de parcelamento.
telefonia, trocas de e-mails
Na verdade, viajar com
seguro-turismo, que garan-
Informação: a agência
viagens@totalfly.com.br
29 39
LONTRAS
Total Totalfly flyFly FlyFishing FishingMagazine Magazine
40
Coluna Saúde
Pescar só depois de se alongar! Não importa se a pesca esportiva é praticada apenas como hobby. É recomendado sempre se preparar fisicamente para a sua prática. Confira as dicas de alongamento que a Fisioterapesca preparou especialmente para o pescador esportivo POR: DIEGO VERONEZI, DE FISIOTERAPESCA
Alongamento da musculatura lateral do pescoço
E
Alongamento da musculatura posterior do pescoço
Alongamento da musculatura anterior do pescoço
m geral, lesões
semana, esse “atleta” colo-
se fosse a “final de Wimble-
aquecem e não alongam os
costumam
ca um tênis (muitas vezes,
don”. Já o pescador espor-
músculos para a prática de
acometer muito
impróprio) e corre 10 qui-
tivo coloca a vara no carro,
seus hobbies, esquecendo-
mais os cha-
lômetros! Há quem calce
vai à represa, ao pesqueiro
-se de que se trata também
mados “atletas de fim de
chuteiras e vai jogar bola
ou ao rio e dá uns 800 arre-
de exercícios físicos.
semana”, isto é, aqueles
com os amigos (90 minutos
messos ao longo do dia.
que não praticam exercí-
de correria), ou ainda, pega
cios físicos regulares. Aí,
uma raquete e entra em
que, na maioria dos ca-
durante viagens de pesca,
quando chega o final de
uma partida de tênis como
sos, esses “atletas” não se
a Fisioterapesca notou
Total fly Fly Fishing Magazine
O detalhe fundamental é
Em trabalhos de acompanhamento de grupos
41
que em torno de 95% dos pescadores que sofrem com lesões, ou mesmo com algum tipo de dor aguda, são justamente os “atletas de fim de semana”. O indivíduo, além de não se exercitar regularmente, no dia a dia trabalha muito e,
Alongamento da musculatura da coluna vertebral
Alongamento da musculatura posterior do ombro
como consequência, tem uma carga de estresse e cobrança muito grande – o que piora ainda mais a sua condição física. Quando o pescador tira uma semana de folga para relaxar com família e amigos, começa uma maratona de 600 a 1000 arremessos
Alongamento da musculatura posterior do braço
Alongamento da musculatura anterior do braço
diários – e sem “avisar” o seu corpo -, muitas horas por dia, geralmente em pé debaixo de sol forte. É quando começam as dores. E é justamente para evitar que isso aconteça que, nesta edição, ressaltamos a importância do alongamento, que deve ser feito não apenas dois minutos antes do exercício, mas diariamente! Isso porque, como o benefício do alongamento é aumentar a flexibilidade, seu efeito decorre a médio e a longo prazos. Portanto, as lesões diminuem se ele for feito repetidamente, não apenas antes da pescaria, mas durante e depois dela – ou de qualquer outro exercício físico.
Alongamento da musculatura posterior da coxa, glúteo e coluna lombar
Alongamento da musculatura posterior da coxa, glúteo e coluna lombar
O alongamento não traz benefício imediato, como a maioria das pessoas imagina. É preciso fazer esse exercício repetidamente para melhorar a flexibilidade
Alongamento da musculatura posterior da coxa, glúteo e coluna lombar
QUANTO TEMPO DEVE-SE ALONGAR? ótimo! Mas, se não der,
tente fazer pelo menos três vezes por semanas.
O ideal é manter o
Para você, pescador
alongamento de 20 a 30
esportivo, não há dificul-
segundos em cada região
dade. Essa sequência é
do corpo (posição) e fazer
possível de ser feita até
três séries. Ou seja, repetir
mesmo enquanto se pesca
três vezes a sequência de
embarcado, por exemplo,
alongamentos. Se for possí-
nos deslocamentos entre os
vel se alongar todos os dias,
pontos de pesca! Total fly Fly Fishing Magazine
MARIA E OMAR No mar, Onda vai, onda vem! Maria ia ao mar Amar Omar Pescador. Maria pescadora! (Que ironia!) Quem pesca um pescado, Pesca um, pesca dois, pesca três Maria foi ao mar Amar Omar Pecador Maria pecadora! (Quem diria?) Quem peca um pecado Peca um, peca dois, peca três Maria vai ao mar Não mais Omar, o pescador! Omar, o pecador, vai no mar, Foge de Maria (Que importa?) No mar, Onda vai, onda vem. Não, não falta pescador De pescar, Pescado pra Maria Nem falta pecador Pra pecar, Pecado de Maria.
Do livro Arlequinal, de José Roque
Total Fly Viagens Os mais variados destinos de pesca nacionais e internacionais.
Tucunaré, Traírão, Dourado, Truta, Tarpon: não importa o peixe, o que vale é decidir pescá-lo. Em parceria com agências de viagens especializadas em pesca esportiva, como Nascimento Turismo, Pescaventura e Jund Pesca, a Total Fly está capacitada a auxiliar e acompanhar você na pescaria dos seus sonhos.
Faça uma consulta: viagens@totalfly.com.br