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FEIRA DE SANTANA - SEXTA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2012
ANO XIV - Nº 2.390
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Durval declara apoio a Ronaldo O senador João Durval declarou, ontem, que vai votar em José Ronaldo. A decisão pessoal já era esperada pelo DEM, mesmo que lideranças afirmem desconhecê-la. Ronaldo comemorou o apoio. Tarcízio Pimenta disse que não lhe cabe fazer juízo de valor sobre fidelidade partidária. Durvalistas e ronaldistas festejaram.
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A 6ª melhor nas séries iniciais A nota 6,1 no IDEB colocou o Centro de Educação Básica da UEFS como a 6ª melhor escola da Bahia nas séries iniciais. Pela segunda vez consegue o melhor índice no município. A direção credita o sucesso ao trabalho realizado na instituição, que considera diferenciado.
Fieb se volta para o interior
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A FIEB divulgou que vai investir R$ 21 milhões em Feira de Santana nos próximos quatro anos, dentro do programa de interiorização da instituição. O dinheiro será aplicado na requalificação da unidade do Senai e em educação básica articulada com educação profissional.
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De Feira a Festival Literário
João Durval e José Ronaldo anunciam a aliança política que já era esperada havia algum tempo
É água suja demais A água do esgoto sai das casas diretamente para poluir o meio ambiente
Todos os dias, mais de 14 milhões de litros de esgoto sanitário não são direcionados às estações de tratamento da Embasa. Redes clandestinas jogam parte da água suja e fezes nos canais de macrodrenagem ou nas galerias das águas das chuvas ou o descarte é feito diretamente nas ruas.
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Feira de Santana, sexta-feira, 24 agosto de 2012
polĂtica
opinião
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Feira de Santana, sexta-feira, 24 agosto de 2012
Valdomiro Silva
Observatório valdomirotribuna@hotmail.com
Os primeiros programas eleitorais Começou o horário eleitoral e agora, pode se dizer, esquenta de vez a campanha em Feira de Santana. Teremos, enfim, o embate final entre os candidatos à Prefeitura. Eles travam a guerra, mas não definem o vencedor. A vitória de um dos cinco postulantes ao Governo Municipal está nas mãos do eleitor, que é quem tem as armas – ou melhor a única arma, o voto, depositado nas urnas em 7 de outubro. Os primeiros programas apresentam o perfil mais ou menos esperado nos meios políticos: Neto explorando o fato de ser – dos três candidatos mais competitivos – o único a não ter ocupado o cargo executivo e
a sua aliança com Lula, Dilma e Wagner; Ronaldo investindo nas imagens e em frases de efeito para atacar seu ponto forte, emocionar o eleitor; e Tarcízio buscando sensibilizar o público a acreditar em uma suposta traição ou algo que o valha, da parte do ex-prefeito. Do ponto de vista estético, os três programas da quarta-feira (o primeiro dia dedicado aos candidatos a cargo majoritário, o segundo será nesta sexta) apresentaram bom nível. O de Zé Neto parece ter sido o que mais impressionou, pelo formato bem acabado, ambientação de imagens e musicalidade. Embora houvesse uma previsão de que seria dessa forma, a produção do programa do prefeito Tarcízio Pimenta pode
não ter tomado a melhor decisão. Iniciar um contato com o telespectador com lamentações, denúncias, revelações ou como queiram interpretar não seria a estratégia mais inteligente. Melhor teria sido saudar o eleitor com apresentação de realizações e projetos para um eventual segundo governo. As queixas ficariam para depois. A equipe de Ronaldo fez o que dela se esperava: um remake dos dois governos, mostrou o povo pedindo para ele voltar, imagens de obras sendo inauguradas pelo ex-prefeito e um trecho muito bem selecionado de um discurso em que o candidato, possivelmente na convenção do DEM, afirma ser Feira de Santana o “amor de sua vida”.
Abortado acordo polêmico entre Prefeitura e empresas de ônibus Um acordo que seria firmado entre o Governo Municipal e as empresas de ônibus Princesinha e 18 de Setembro veio a público esta semana, em Feira de Santana. Uma cópia do documento foi enviado por uma fonte a esta coluna. Antes de ser preparado o acordo, as empresas ingressaram na Justiça com uma ação contra o Município alegando desequilíbrio econômico-financeiro por conta de reajustes concedidos à tarifa do transporte coletivo nos últimos anos. “Os aumentos tarifários concedidos pelo réu não refletiram a real necessidade das empresas concessionárias, na medida em que não levam em conta os efetivos custos de operação das autoras, nem as diretrizes impostas pelas planilhas
de cálculos estabelecida no processo licitatório”, alegam as empresas. A Prefeitura estaria causando prejuízos ao setor visto que teria aplicado percentuais abaixo do recomendado por suas próprias planilhas no reajuste da passagem. Fontes contrárias ao acordo informam que a Procuradoria Geral do Município sofreu revelia, deixando de apresentar defesa técnica no prazo estabelecido pela Vara da Fazenda Pública, onde tramita o processo. Segundo informações da fonte, o acordo foi encaminhado para homologação do juiz da Fazenda Pública, Roque Rui Barbosa. O magistrado teria decidido não homologar o documento, optando por remetê-lo à Promotoria da área, para análise. “O Governo não precisava fazer acordo algum. Deveria encaminhar
sua defesa e aguardar o julgamento do mérito da ação. Caso fosse o Município fosse condenado, recorreria até a última instância”, diz um advogado, para quem a proposta causaria danos aos cofres públicos. O documento, que chegou a ser assinado pelo procurador Carlos Lucena e pelo prefeito Tarcízio Pimenta, prevê o pagamento de R$ 37 milhões às duas empresas sob forma de compensação. Deduções do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza a ser recolhido pelas empresas; valores ainda em aberto da concessão para exploração do serviço de transporte urbano através da licitação realizada em 2005 e a prorrogação automática do prazo de concessão, em 12 anos, seriam as compensações que resultariam no montante. A divisão entre elas seria à razão de 37% para a 18 de Setembro e 63% para a Princesinha do Sertão, conforme o texto do acordo.
Previsão é de tempo quente na tevê Estamos, portanto, apenas no início. O desenvolvimento da campanha na mídia, ninguém se iluda, deverá ser agressivo, como é comum nesses embates. O prefeito Tarcízio Pimenta parece não absorver a candidatura do seu ex-aliado e, como prenunciou no primeiro programa, certamente vai para o ataque. O alvo principal é Ronaldo, mas dependendo de como se portará o petista Zé Neto, pode sobrar para este também – assim como aliados mais recentes do ex-prefeito podem entrar na mira. Tarcízio e Neto são da mesma base – liderados do governador Jaques Wagner, e a tendência é de um entendimento
entre eles. Mas não se deve apostar todas as fichas nesse pacto. Manter uma conduta desse nível durante toda uma campanha nunca é tarefa fácil, especialmente com candidatos de temperamento explosivo. Ademais, Tarcízio e Neto nunca foram vizinhos de muita concordância entre si. O petista não aprova o governo atual e não faz distinção de Tarcízio e Ronaldo. A relação entre eles, portanto, pode até durar um certo tempo com um nível razoável, mas ninguém que os conhece bem acredita que isto possa durar até o fim. Caso se confirme a tendência de que um ou outro parta para o ataque, teremos um confronto de fazer tremer a televisão. Ronaldo, certamente,
será alvejado também por Zé Neto. Na verdade, esta é mais uma campanha em que dois candidatos devem se aliar, nas entrevistas, debates e programas televisivos, para promover uma ofensiva em massa contra o adversário comum, com o intuito de desgastá-lo. E o ex-prefeito, como irá reagir, caso se confirmem esses prognósticos? Responderá no mesmo nível ou preferirá o silêncio? A máxima de Ronaldo é manter a calma. Ele costuma conviver com certa tranquilidade mesmo em meio a chamas ao seu redor.
Acordo só seria assinado com recomendação de juiz e promotor, diz Lucena O procurador Carlos Lucena diz que não houve exatamente revelia no processo. Segundo ele, reconhecido o direito das empresas – a tarifa de ônibus, observa, sempre foi reajustada em percentual inferior à indicação de planilha do próprio Município -, optou-se por um entendimento, para que o Município não fosse condenado a pagar
todo o valor do débito. Lucena afirma que o acordo apenas seria sacramentado com a aquiescência do juiz da Fazenda Pública e do Ministério Público. Poderia ser celebrado administrativamente, sem a interveniência do magistrado ou da promotoria, diz o procurador. Mas, assinala, houve o encaminhamento da proposta para apreciação das duas instituições, que devem se manifestar.
“O acordo não seria e não será celebrado, se não houver a recomendação do juiz e do promotor”, afirma. E na semana passada, o prefeito Tarcízio Pimenta decidiu suspender a tramitação dessa proposta, solicitando-a de volta para nova análise. Pelo visto, a essa altura, o acordo não será nem mesmo analisado pela Justiça e pelo Ministério Público.
Tarcízio: “não cabia outra opção, se não negociar” O prefeito Tarcízio Pimenta, que assinou o documento, disse que é comum, nos contratos públicos, prestadoras de serviços requererem o realinhamento de valores. No caso da reivindicação das empresas de ônibus, o processo estava “para ser julgado”. O valor, em
caso de uma condenação do Município, seria “impagável”, diz Tarcízio. Decidiu-se, então, abrir um canal de diálogo. “Não cabia outra opção, senão demonstrar vontade de negociar”, argumenta. O prefeito diz que, no acordo, a Prefeitura não iria “abrir mão de nada”. Segundo ele, o que (o Município)
poderia propor seria a ampliação do tempo de exploração do serviço. Tarcízio diz que era facultativo, ao Município, fazer um acordo administrativo. “No entanto, encaminhamos ao Judiciário, para que opinasse e homologasse, se entendesse assim”.
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política
Feira de Santana, sexta-feira, 24 agosto de 2012
João declarou o que todos já sabiam É problema dele e do partido, afirma Pimenta sobre apoio
O senador João Durval declara apoio a José Ronaldo e diz desconhecer candidato do seu partido BATISTA CRUZ O senador João Durval (PDT) foi irônico ao responder a uma pergunta feita por um repórter sobre se confiava no prefeito Tarcízio Pimenta, candidato à reeleição e que é do seu partido. “Quem é (fingiu desconhecer o candidato)?” E completou. “É aquele que está com três pontos na pesquisa?”, respondeu secamente. E não mais falou sobre o assunto. Ontem, ele declarou que, por confiar numa boa gestão, vai votar no democrata José Ronaldo no dia 7 de outubro. Não seguiu as orientações do partido ao qual é filiado.
“Quem é (fingiu desconhecer o candidato)?” E completou. “É aquele que está com três pontos na pesquisa?” Com o apoio do senador, o arco de alianças que dá sustentação a José Ronaldo passou a contar com todas as lideranças ou herdeiros de políticos influentes de Feira de Santana nos últimos anos. Já estavam com o exprefeito o ex-deputado federal Colbert Martins Filho e o vereador Roberto Tourinho, filho do exprefeito José Falcão da Silva. O fortalecimento da chapa oposicionista é evidente.
Os democratas terão um palanque de peso neste pleito eleitoral. “Sei que ele vai fazer um governo melhor do que o outro”, foi indireto o senador, que iniciou a sua vida pública como vereador, foi prefeito de Feira duas vezes, deputado estadual e federal e governador. Tem, portanto, um peso grande na política local. O senador justificou a sua decisão: “todos nós queremos que a cidade cresça, que progrida. Para que Feira seja cada vez melhor”. Afirmou que vai trabalhar em Brasília para que o município tenha acesso às verbas federais e disse esperar que caso José Ronaldo seja eleito conte com o apoio do governo do estado. Era questão de tempo o pedetista declarar que votaria no democrata. Eles vinham conversando há algum tempo. O último encontro entre os dois aconteceu no aniversário de José Ronaldo, quando o senador assistiu a uma missa de ação de graças pela passagem do aniversário do candidato. Nos últimos dias se intensificaram e culminou ontem, com a visita e João Durval ao comitê eleitoral do DEM. A relação dele com Tarcízio Pimenta, que tudo indica nunca foi das melhores – pelo menos não faziam elogios publicamente, azedaram de vez no ano passado, quando numa manobra política ainda
não totalmente explicada, o diretório local da legenda passou para o domínio de aliados do prefeito. O senador sentiu o golpe, que considerou baixo.
“Temos muitas coisas em comum e, por isso, recebo este apoio com grande alegria” O rompimento foi inevitável. Membro da base de sustentação do governador Jaques Wagner, João Durval publicamente nunca cogitou apoiar o candidato petista, José Neto. As feridas das últimas eleições para prefeito, ao que parece, ainda sangram. A parte petista que apoiou Sérgio Carneiro em 2008 acusa Neto de ter se distanciado de Feira durante o período eleitoral. Na concepção de alguns, chegou a hora dos Carneiros darem o troco político. João Durval falou no nome dele. Não citou o deputado federal Sérgio Carneiro (PT). Mas dificilmente ele seguirá as orientações do partido em Feira. Vai usar a velha estratégia de liberar seus comandados a votar em quem entenderem. Mas como para bom entendedor meia palavra basta, todos absorverão suavemente que o posicionamento do filho será o mesmo do pai. Os democratas ganharam reforços importantes.
Os dois políticos, que hoje se constituem na maior força política viva do município, já foram aliados no passado. Foram companheiros na Arena, PDS e PFL. Depois de um breve distanciamento voltarão a pedir votos juntos. “Ele vai voltar ao cargo que dignificou”, elogiou, como também teceu elogios ao candidato a vice-prefeito, o professor Luciano Ribeiro. José Ronaldo afirmou que a declaração de apoio do senador João Durval fortalece a sua candidatura, por se tratar de um homem respeitado em toda Bahia. “Temos muitas coisas em comum e, por isso, recebo este apoio com grande alegria”. Ele disse que a sua campanha a partir de agora se torna mais forte com a participação efetiva dos novos correligionários, que os definiu como “companheiros da longa jornada que agora se inicia”. Ele lembrou que recebeu o apoio do senador quando do início da sua vida política. “Sempre nos respeitamos e buscamos uma convivência política harmoniosa. O senador João Durval nos apóia porque acredita no nosso programa de governo, por acreditar na nossa capacidade e por saber que vamos trabalhar para tornar Feira melhor para se viver”.
Candidato a reeleição, o prefeito Tarcízio Pimenta, que é do mesmo partido de João Durval, por telefone, por volta das 15h30, quase três horas depois da visita ao comitê democrata, inicialmente disse à TRIBUNA que não sabia da decisão tomada pelo senador – situação muito pouco provável haja visto a velocidade das informações que circulam na cidade. Comentou que o apoio do senador ao seu adversário, a pouco menos de dois meses da eleição, seria problema dele e do partido. Coisa para o PDT resolver, portanto.
Afirmou que não caberia a ele fazer juízo algum sobre fidelidade partidária. Nos meios políticos comenta-se que o prefeito não esperava que o senador o apoiasse depois dos problemas que aconteceram no ano passado. Ontem também circulou o boato de que o deputado federal Fernando Torres (PSD) deixaria a coligação encabeçada pelo PDT e declararia seu apoio à reeleição de José Ronaldo. Ele negou. “Sou homem de palavra. Estou com Tarcízio”. Comentou que há várias semanas não conversa com o ex-prefeito.
“Ele vai voltar ao cargo que dignificou”
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economia
Fieb prevê 21 milhões em investimentos
Investimentos da ordem de R$ 6 milhões na requalificação da unidade do SENAI e de R$ 15 milhões para a implantação de uma unidade da escola de Educação Básica articulada com Educação Profissional (EBEP). Estas ações serão desenvolvidas em Feira de Santana dentro dos próximos quatro anos pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). O anúncio foi feito durante o lançamento do Programa de Interiorização do órgão. O evento aconteceu no Spazzio Tutti, no bairro SIM, e reuniu empresários e lideranças do setor produtivo da região, vicepresidentes e diretores da FIEB, além de seus superintendentes. O Programa de Interiorização tem por finalidade contribuir para melhorar as condições de atratividade e competitividade de regiões estratégicas da Bahia e pretende ampliar a oferta de serviços das entidades do Sistema FIEB, objetivando aumentar a participação do interior na geração de emprego e renda. O presidente do Sistema FIEB, José de
José de Freitas: uma das meta é o desenvolvimento sustentável
Freitas Mascarenhas, detalha que o objetivo é alcançar resultados como o crescimento sustentável e aumento da competitividade da indústria baiana, atrair investimentos para o estado da Bahia, obter soluções tecnológicas para as empresas industriais, e ampliar oferta de ações para a qualificação do empresariado. “A Fieb vai trabalhar para aumentar a produtividade da indústria baiana e também promover a construção de um ciclo industrial sustentável. Estabelecemos o plano estratégico 2012-2016 e vamos voltar as atenções para a questão da educação e qualificação profissional,
a inovação, interiorização industrial com expansão do Senai e unidades de capacitação para que outras regiões baianas possam ter acesso a qualificação profissional de qualidade. Esta é a tônica que a entidade vai imprimir”, afirma José Mascarenhas. O Programa de Interiorização é coordenado pelo CIEB, que o desenvolve com o apoio direto do SENAI, SESI e IEL, e conta com a parceria de instituições como o Sebrae, bancos de fomento ao crédito, secretarias estaduais e associações industriais locais. Em Feira de Santana, o coordenador do CIEB será João Batista Ferreira, que atuará
como articulador entre as demandas da região e a Federação das Indústrias. O SENAI Feira (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) possui 24 laboratórios, 11 salas de aula, espalhados em mais de 16 mil metros quadrados, e matricula mais de 1.200 alunos por ano em cursos de Aprendizagem Industrial e Qualificação Profissional, básica e gratuita, preferencialmente em áreas transversais (como usinagem, logística, automação, manutenção mecânica e tecnologia da informação). Com a requalificação da unidade, a capacidade será ampliada. O projeto para ampliação deverá ser concluído este ano, com início de obra previsto para 2013. Ele acrescentou que é preciso preparar os terrenos para as empresas se instalarem no CIS, pois o futuro do crescimento industrial depende fundamentalmente de localização industrial. Há cerca de 150 empresas instaladas no centro industrial de Feira, divididas nos pólos da BR 324 e entre o Tomba e São Gonçalo dos Campos, às margens da BA 502.
Ênfase na indústria automobilística A indústria de pneus e plástico vai receber atenção especial por parte da FIEB (Federação das Indústrias do Estado da Bahia), dentro do anunciado programa de interiorização do órgão, que chega a Feira de Santana, depois de começar a ser implantado no Sul e Oeste da Bahia. “Queremos baianizar a produção de automóveis”, frisa o presidente da FIEB, José Mascarenhas, que pretende fortalecer a cadeia automotiva na Bahia. Neste setor, Feira ocupa posição de destaque no estado, pois nela estão instaladas três grandes fábricas de pneus: a Pirelli, a Vipal e Standard Tyres, além da Yazaki, que fornece peças para as unidades montadoras da Ford Automóveis. Para fortalecer o ramo, a FIEB estará auxiliando as empresas interessadas em se qualificar para ingressar nesta cadeia por meio das atividades desenvolvidas
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Feira de Santana, sexta-feira, 24 agosto de 2012
pelo IEL (Instituto Euvaldo Lodi), que atua na capacitação e qualificação de fornecedores para grandes indústrias do setor e apoio à inovação, além da intermediação de estágio/ formação de talentos; e pelo SENAI e SESI. “A região de Feira é a mais forte do interior e se demoramos a trazer o Programa de Interiorização, que ocorre após a implantação no Sul e no Oeste da Bahia, foi porque esta é uma região mais complexa, que demandou mais estudos por parte de nossa equipe”, justifica. O Sistema FIEB trabalhará em parceria com o Centro das Indústrias de Feira de Santana (CIFS), que é presidido por André Régis. Com mais de 550 mil habitantes e um PIB da ordem de US$ 6,4 bilhões (quarta posição do ranking da Bahia), Feira de Santana é um dos municípios
que mais crescem no Estado. Sua economia é caracterizada pelo setor de serviços, notadamente o comércio, mas o setor industrial participa com 24% do PIB do município. Conforme José Mascarenhas, as perspectivas para a região são otimistas: entre 2002 e 2009, a economia local cresceu à taxa média anual de 7,2%, índice muito superior ao crescimento médio da economia baiana e nacional. Parte da explicação para o crescimento feirense está na atração de empresas industriais de porte, como a Nestlé, a Pepsico, a Belgo Bekaert, além da ampliação da Pirelli Pneus, entre outros investimentos. Porém, para continuar crescendo nesse ritmo, é preciso fazer alguns ajustes. Na visita a Feira, o presidente da Fieb também visitou indústrias instaladas no Centro Industrial do
Subaé, esteve em contato com os empresários do setor, ouviu as principais demandas do segmento, comprometendo-se a continuar atuando como interlocutor para tentar atendê-las. Ele constatou as condições infraestruturais e defendeu que o estado faça a sua parte para assegurar o bom funcionamento do distrito industrial, lembrando que a situação se repete em outras regiões industriais. Entre os principais problemas verificados estão a falta de pavimentação das ruas e problemas de acesso às unidades industriais. “A situação de Feira é a mesma em Aratu, em Ilhéus. O industrial tem que contribuir com impostos, mas o estado tem que assegurar a infraestrutura, para que o setor tenha condições de fazer seu trabalho, gerando empregos e movimentando a economia”.
adilson-simas@bol.com.br
Adilson Simas Feira Ontem
É de quem pegar Com a Arena cedendo lugar ao PDS e o MDB transformado em PMDB (porque a justiça eleitoral decidiu pela inclusão da palavra partido no início das siglas), logo a eleição municipal de 1982 entrou na ordem do dia, com o PT já oficializado. Prefeito do quatriênio 1973/1976, José Falcão estava em plena campanha visando às eleições de 1982, pois acalentava o sonho de voltar a comandar a cidade. Mas como ainda estava sem filiação, no dia 6 de agosto o repórter do jornal Feira Hoje perguntou ao
matreiro político se ele confirmava o desejo e por qual partido participaria do embate de 15 de novembro. Falcão lambeu os lábios: - Olha filho, escreva no seu jornal que sou candidato e que meu nome está na bandeja...
Tracajá caiu do inferno Na eterna briga de mentirinha com Reginaldo (Tracajá) Pereira, em maio de 2001 o jornalista Jânio Rêgo espalhou no Bar de Zequinha que “o fotógrafo Reginaldo Pereira vai colocar piercing na orelha como o fotógrafo João Medeiros (Tarcízio Meira) da novela global ‘Um anjo caiu do céu’”. No dia seguinte, entendendo que faltava alguma coisa para completar a notícia, Jânio escreveu na
coluna “Crônica da Cidade” que assinava diariamente no jornal “Folha do Estado”: - O problema é que Tracajá não é anjo. Se caiu de algum canto, foi do inferno...
João multifacetado Vereador e diretor do Cerin da região de Feira, José Ferreira Pinto foi escalado para, no horário da liderança da Arena, anunciar na tribuna da Câmara mais uma visita a esta cidade do deputado federal licenciado e secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, João Durval Carneiro: - “Tenho certeza que mais uma vez o povo de minha terra vai se aglomerar nas imediações da Igreja de Santo Antônio, na entrada da cidade, para receber o grande líder João Durval,
o João trabalho, João progresso, João desenvolvimento...” até ser interrompido pelo emedebista Otaviano Campos que sem apartear bradou levando as galerias ao delírio: - E o João promessa também, Excelência...
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educação
Feira de Santana, sexta-feira, 24 agosto de 2012
E a Feira se tornou Festival Literário LANA MATTOS
enfim, a programação é intensa, variada e de qualidade.
O cenário é uma cidade comercial que não dá muita atenção à sua própria cultura. De repente, um evento literário alcança grande sucesso de público e se torna uma referência. Será que Feira de Santana está começando a abrir os olhos para sua bela riqueza cultural, até então adormecida? A TRIBUNA entrevistou Rita de Cassia Brêda Mascarenhas Lima, coordenadora geral da Feira do Livro. Ela nasceu em Santa Bárbara, mas mora em Feira há 36 anos. É pedagoga, especialista em alfabetização, mestre em educação e contemporaneidade, coordenadora de extensão da Pró-reitoria de Extensão (Proex) da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana). Em seu currículo consta a organização de eventos como a I Jornada de Extensão Universitária da Bahia, a VII Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a II Jornada de Extensão Universitária da Bahia e o III Congresso Nordestino de Extensão Universitária. A Feira contou com 25 mil visitantes no ano passado e a estimativa era de 40 mil para este ano. Qual foi o total da participação do público na 5ª Feira do Livro? Sendo a Feira do Livro Festival Literário e Cultural de Feira de Santana um evento realizado em praça pública, totalmente aberto ao público, só podemos trabalhar com estimativa. Mas, pela participação intensa em todas as atividades da programação cultural, pela grande circulação de pessoas durante todos os dias e turnos da Feira, asseguramos que nossa expectativa foi atingida. Há quase uma semana da Feira do Livro, que terminou no último domingo (19), qual é a avaliação que a senhora faz do evento deste ano? Nossa avaliação é que foi um evento muito exitoso. Atingimos, sem dúvida, os nossos objetivos de proporcionar, à comunidade feirense e aos municípios circunvizinhos que prestigiaram, a oportunidade de vivenciar durante os seis dias da Feira um contato lúdico, prazeroso e intenso com a literatura e as demais linguagens. Obtivemos uma grande circulação de pessoas e de instituições de ensino. Foram distribuídos 7.500 vales-livro para os alunos da rede estadual – Educação Básica - e mil para professores. Estiveram presentes mais de 40 editoras, livrarias, distribuidoras e sebos. Enfim, a comissão organizadora concluiu que o processo de divulgação do evento, tanto na mídia eletrônica, impressa, televisiva, quanto a divulgação realizada nos
estabelecimentos formais e não formais, foram decisivas para atingirmos o público e a credibilidade que o evento hoje possui. Houve alguma mudança este ano? O que mudou com o tempo, desde a primeira até a 5ª Feira do Livro? Iniciamos a Feira com apenas dois dias de evento, hoje são seis. A partir da terceira edição, incluímos a realização dos encontros de música instrumental; de escritores e de cordelistas. Ampliamos significativamente o número de editoras, livrarias e distribuidores; estabelecemos convênio com a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SUDEB) para distribuição do vale-livro desde a quarta edição. Desse modo buscamos ampliar e diversificar a programação e atingir cada vez mais os diversos públicos e estilos. Entretanto, admitimos que ainda precisamos melhorar e muito, principalmente na infraestrutura, mas reconhecemos que já avançamos consideravelmente em tão pouco tempo e ressaltamos que, para a sexta edição, trabalharemos junto aos poderes públicos para tornarmos esse evento um dos mais significativos e expressivos da cultura de Feira de Santana. Há dificuldade em atrair o público feirense para um evento desse tipo? A Feira do Livro já se tornou um evento no calendário da cidade, porque promove, oferece e atrai muito público. Mas sem dúvida, reconhecemos a necessidade de continuar investindo no oferecimento, cada vez mais, de uma
Houve visitação de escolas de Feira de Santana e cidades vizinhas. Quantas trouxeram seus alunos? Foram mais de 150 escolas que visitaram a Feira. Mais de 70 da rede estadual; mais de 50 da rede municipal; mais de 30 da rede privada, e ainda recebemos escolas como a do SESC (Serviço Social do Comércio), menor aprendiz do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio), entre outras. Rita de Cassia: as expectativas com relação à participação foram plenamente atingidas
programação de qualidade, posto que este tem sido o nosso maior propósito. A formação do leitor e de plateia vem sendo feita, quando oportunizamos ao público o contato com escritores, contadores de histórias e causos, peças de teatro, músicos e artistas. Enfim, a cidade e a região vêm ganhando mais brilho com o contato intenso com o que há de melhor na literatura e na cultura, durante a Feira do Livro. A senhora afirmou que é um princípio da Feira dar visibilidade aos escritores locais. Quantos autores residentes feirenses lançaram livros na Feira? Realmente este tem sido um interesse dos organizadores do evento, buscamos visibilizar nossos artistas, escritores e poetas. Nesta quinta edição foram lançados aproximadamente 40 livros. Destes, 22 são de Feira de Santana. A Feira do Livro já se configura como um Festival Literário e Cultural. Desde quando ela passou a ter esse status e por que antes não era assim classificada? O evento foi crescendo, em tamanho e qualidade, foi incorporando estilos e linguagens variadas. Quando decidimos, a partir da terceira edição, realizar durante o evento encontros de escritores, músicos e cordelistas, avaliamos que não mais se configurava apenas com um caráter de Feira, era uma real oportunidade de encontro com as diversas linguagens. Aliás, ela já começou
assim, mas a partir da terceira, esse caráter foi ganhando mais corpo. Hoje denominamos o evento como um Festival Literário e Cultural, pois não dispomos apenas de comercialização do livro, mas por oferecer encontros com o livro e as demais linguagens, por meio do teatro lambe-lambe; peças de teatro; contação de histórias; xilogravura; cordel; oficinas; conversa
com escritores; mesas redondas com debates; manuseio do acervo do Sistema Integrado de Bibliotecas da UEFS; Biblioteca Móvel da Fundação Pedro Calmon; visitação ao Planetário do Observatório Astronômico Antares; Mostra de Cinema; apresentações musicais e shows; oficinas literárias; lançamentos de livros; apresentações de projetos de leitura das escolas;
Qual foi a verba investida na Feira e quais instituições arcaram com os custos? Hoje, para a realização da Feira do Livro, o nosso maior apoio vem da SUDEB. Com a Secretaria, nós conseguimos por três edições consecutivas toda a estrutura (estandes, toldos e o som) e, em duas edições, o vale-livro. A UEFS é a segunda instituição que mais aporta verba para a realização da Feira.
educação
Feira de Santana, sexta-feira, 24 agosto de 2012
Uma das melhores escolas da Bahia TEXTO E FOTOS: JULIANA VITAL
O Centro de Educação Básica (UEFS) da rede municipal de ensino de Feira de Santana, mais uma vez se destacou no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2011, alcançando nota 6,1 nas séries iniciais o que representou o 6° lugar entre as escolas públicas da Bahia. De acordo com a vice diretora Cristiane dos Anjos Pinto, este resultado se deve ao trabalho diferenciado proposto pela escola. Com um total de 266 alunos no Ensino Fundamental, cada uma das 7 salas é comandada por duas pessoas (uma professora e uma estagiária), com no máximo 25 alunos por sala. “Os nossos professores não são sobrecarregados, podendo elaborar e desenvolver atividades com os alunos além dos livros”, comenta. A escola desenvolve atividades sequenciadas e tem um projeto pedagógico que serve de base para que o professor somente use
Um ambiente com muitos estímulos pedagógicos auxilia na aprendizagem
os livros didáticos como apoio para o aprendizado. Um trabalho de formação continuada é realizado semanalmente na escola, onde os professores, diretores e coordenadores pedagógicos se reúnem para discutir problemas pedagógicos e as dificuldades em sala de aula para que se chegue a uma solução antes que se agrave. “Nossa intenção é identificar o aluno defasado antes que ele fique retido na série, temos uma preocupação em não somente passá-
lo de ano, mas formá-lo para que tenha condição de acompanhar as séries seguintes”, afirmou a vice diretora. Além disso, Cristiane atribui a qualidade do ensino ao comprometimento dos profissionais envolvidos, professores, coordenadores pedagógicos e das famílias dos alunos. “A escola fortalece sempre o vínculo com as famílias dos nossos alunos, nós os orientamos para que possam apoiar corretamente os filhos nos estudos”, afirma. A escola básica pertence ao
governo municipal, que mantém um convênio diretamente com a Universidade Estadual de Feira de Santana, a qual mantém a estrutura física, além de fornecer alguns funcionários terceirizados para os serviços gerais. As demais atribuições são da prefeitura, que fornece os professores, estagiários, merenda, material didático, kits escolares e fardas através da secretaria municipal de educação.
Alunos “velhos”, na escola com pior nota
A defasagem idade/ série, foi a principal justificativa dada pela direção da Escola Estadual Eraldo Tinoco situada no Bairro Olhos D´água, para ter recebido a pior nota do IDEB em Feira de Santana nas séries iniciais. Com um total de 900 alunos entre a 4 série do Ensino Fundamental e o 3° ano do Ensino Médio, a escola recebeu nota 1,5. O vice diretor da escola, João Rafael Santos Oliveira, relata que há duas classes da 4ª séria no turno matutino, uma com 20 alunos e outra com 40 alunos que vão de 12 à 16 anos de idade. Segundo o vice diretor, essa grande diferença nas idades faz com que o trabalho em sala de aula seja prejudicado. “As classes são heterogêneas e a defasagem desses alunos vem de muito tempo, o que dificulta ainda mais o desenvolvimento deles”, afirma. No cargo há dois meses, o professor comenta que a escola recebe alunos de vários bairros da cidade a exemplo de Tomba,
Liberdade, Sítio Matias, Oyama e até Jomafa. A grande maioria, segundo ele, vive em situação de risco, o que também reflete muito na sala de aula. “O papel da escola é acolher esses alunos, jamais rejeitá-los. Para forma-los cidadãos a escola precisa de um tempo para diminuir a defasagem previsto pela própria LDB
(Lei de diretrizes e Bases da Educação nacional), reflete. De acordo com a diretora da DIREC 02, Nívia Oliveira, vive a expectativa de livrar-se do problema. Ela afirma que a tendência é que as séries do Ensino Fundamental ainda existentes em escolas estaduais sejam gradativamente extintas,
à medida em que esses alunos passem de ano. De acordo com ela, as séries iniciais da Educação Fundamental são de responsabilidade do município como determina a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Ideb tem Primeiro Mundo como alvo O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado pelo Inep em 2007 e representa a iniciativa pioneira de reunir num só indicador dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. Em uma escala de zero a dez, sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua
portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep,que são o Saeb e a Prova Brasil. A série histórica de resultados do Ideb se inicia em 2005, a partir de onde foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo país, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação. A lógica é a de que cada instância evolua de forma
a contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), organização que reúne 34 países, a maioria deles desenvolvidos. Em termos numéricos, o objetivo do MEC é progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do Ensino Fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em 2022, ano do bicentenário da Independência.
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Mesmo com rede, esgoto ainda é visto a céu aberto BATISTA CRUZ Em Feira de Santana, todos os dias cerca de 14,1 milhões de litros de água que deveriam ser direcionados à rede de saneamento básico tem outros destinos que não são as estações de tratamento da Embasa: parte é direcionada à rede coletora das águas da chuva, parte vai diretamente para as ruas mesmo. O problema gera uma cadeia de prejuízos. Em todas as situações o primeiro impacto é sentido pelo meio ambiente. As pessoas sofrem com este descarte irregular. Alguma doenças são relacionadas a este comportamento. É a água e seus complementos que saem dos vasos sanitários, pias – de rosto e de prato, banheiros. Tudo despejado onde não deveria. Um problema ambiental e tanto a ser resolvido pelas autoridades. Entretanto, a canalização irregular destas águas vem sendo a solução imediata para as residências onde as tubulações do esgoto ainda não chegaram. Não se sabe com exatidão quantos milhões de litros deste, digamos, produto, chegam aos mananciais. Estes canos são
As línguas negras marçam as paredes dos canais em vários pontos de Feira de Santana
ligados à rede pluvial ou direcionados aos canais de macrodrenagem, opção de quem não tem a rede de saneamento à porta. É comum ver saindo das paredes de pedra as pontas brancas dos tubos plásticos de dez centímetros de diâmetro, os preferidos por quem monta estas redes clandestinas. E nelas ficam o rastro preto da poluição. Pode-se ver, também, diâmetros maiores, de cimento. Os números apresentados pelo escritório local da Embasa são superlativos e preocupantes na mesma
Ligação com a rede é obrigatória Os donos dos imóveis em cujas ruas passam a rede de esgoto são obrigados, por lei, a ligá-lo ao sistema. Mas nem sempre isso acontece, mesmo quando pagam nas contas a taxa de esgoto, nada barata, correspondente a 80% do consumo. A ligação com a rede de esgoto é feita pelo usuário mas o serviço deve ser feito sob a supervisão de técnicos da Embasa. Também existe a opção de autorizar a empresa a executar a ligação, com o pagamento do serviço parcelado nas contas mensais. A ligação deverá ser feita até 90 dias
após a notificação de que há rede de esgoto disponível. Caso o prazo não seja cumprido, o dono do imóvel estará sujeito a multa. A penalidade máxima, diz Roque Angélico, é a suspensão do fornecimento da água. Entretanto, não são poucas as pessoas que, para não gastar deixam de fazer a ligação. Preferem continuar com a fossa ou descartando a água diretamente nas ruas. Onde a rede de esgoto ainda não chegou, os donos das casas são responsáveis por dar a destinação final às suas águas servidas, mas jogar na rua é prática ilegal sujeita a punição.
proporção. Todos os dias são produzidos 112.320.000 litro de água potável para abastecer Feira. Destes, 41.558.400 são desperdiçados (problemas na tubulação, gatos etc). O consumo propriamente dito passa dos 56 milhões de litros. Destes, pouco mais de 14 milhões deveriam passar pelo processo de purificação antes de voltar à natureza. É um problema que não tem solução a curto prazo. Estimase que a rede coletora de Feira atenda a 65%
dos imóveis, 15 pontos percentuais a menos do que é constantemente anunciado nas propagandas institucionais. A meta é chegar a 80% de cobertura, com as obras que estão sendo feitas, derivadas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal. Até chegar a este índice, muita água suja vai rolar para o lago de Pedra do Cavalo. Roque Angélico, gerente da Divisão de Esgotamento Sanitário do escritório local da Embasa, disse que a estatal não tem
pessoal para fiscalizar a instalação destas redes clandestinas, nem poder de polícia para combater a irregularidade. “Quando uma das nossas equipes vê, a gente toma as providências”, explica. A obrigação da fiscalização seria do Enema. O problema é que este órgão também não tem estrutura para fazer cumprir o que determina a lei. A empresa tem três ETE (Estações de Tratamento de Efluentes) na cidade: Jacuípe 1 e Subaé (que recentemente passaram por ampliação) e a Jacuípe II, a última a ser construída. Juntas, as duas do Jacuípe tem capacidade para tratar 330 litros de esgoto por segundo. Por dia, chega-se a 28,5 milhões de litros, em média. Depois de limpa, a água é direcionada aos rios e riachos, sem provocar problemas ambientais. Além das três estações, a cidade é dotada de outras 20, todas de pequenos porte, situadas em conjuntos residenciais e condomínios. Outro problema enfrentado pela Embasa, de acordo com Roque Angélico, é o lançamento
das águas das chuvas na rede de coleta de esgotamento sanitário. Ele alerta que a rede de esgoto não tem as mesmas dimensões das usadas para o escoamento das águas das chuvas. As circunferências são menores. O lixo e outros detritos arrastados pelas águas entopem a tubulação. A rede não suporta a vazão, que aumenta com a água das chuvas. “Causa o extravasamento e até o retorno do esgoto às residências”, explica. A água volta pelos vasos sanitários, pias e outros pontos que houver (Roque Angélico assegura que a Embasa faz o serviço de limpeza e desinfecção do imóvel, quando solicitada). A manutenção das redes de saneamento é responsabilidade da Embasa. Já a das águas pluviais, fica a cargo da prefeitura e a água é direcionada para lagoas ou canais específicos. Em Feira, apenas a rede de coleta de esgoto tem cerca de 800 quilômetros de extensão, de acordo com a estatal baiana.
Feira de Santana, sexta-feira, 24 agosto de 2012
redacao@tribunafeirense.com.br
Itamar Glauco Vian Wanderley Arcebispo Metropolitano
À espera de um milagre A depender do resultado das eleições, o caso de Feira de Santana será referência na história do marketing político nacional. Isto porque a anormal dianteira apontada nas pesquisas veiculadas pela Tribuna Feirense e TV Subaé, deveria garantir a José Ronaldo uma “segurança eleitoral” inabalável. Entretanto, seus adversários apostam que no horário eleitoral de rádio e televisão vão conseguir tirálo do topo e provocar um segundo turno. Se isto acontecer, nunca mais se poderá duvidar da eficácia de uma campanha bem feita. Se não ocorrer, ninguém poderá culpar o marketing por um cenário que vem se desenhando há tempos e contra o qual Tarcízio Pimenta e Zé Neto não souberam ou não puderam reagir. A reação deveria ter vindo muito antes, com um desempenho que conquistasse a confiança do feirense, pois eles já sabiam da
preferência acentuada pelo candidato do DEM. Como não convenceram com ação, agora terão que convencer com argumentos, promessas e propaganda. A campanha jamais poderia ter começado com os candidatos das máquinas do estado e município em posição tão desfavorável. Nada é por acaso, e portanto há motivos para que as coisas estejam no pé em que estão, com a população avaliando tão mal os governos e os candidatos que os representam. A maioria das pessoas diz que não assiste os programas eleitorais. Mas deve ser mentira, porque o período do horário eleitoral é marcado por grandes mexidas nos índices de intenção de votos e não poucas vezes ocorrem viradas. Porém isto não é comum em caso de campanhas onde um
candidato larga com uma vantagem tão grande.
OS PROGRAMAS DE TV ZÉ NETO
Do ponto de vista da propaganda o programa inicial de Zé Neto foi impecável (eu, caçador de erros, só vi um engano insignificante, no finzinho, quando nas legendas o sobrenome do candidato apareceu com “n” minúsculo). Técnica e visualmente perfeito, o programa teve a dose exata de emoção (sem pieguice apesar da presença da mãe e da mulher do candidato). E foi direto ao grande argumento da campanha petista aqui e em toda parte, qual seja, a suposta necessidade de alinhamento entre governos para garantir investimentos e sucesso da administração.
TARCÍZIO
Tarcízio Pimenta ganhou o reforço de uma convincente apresentadora que interpretou muito bem o texto algo dramático que acusa José Ronaldo de ter descumprido acordo para deixar o novo prefeito governar em paz sonhando com 8 anos de mandato. Tudo muito bonito, bem explicado, mas há o risco do eleitor perguntar “E daí?”. Se os caciques brigam ou são amigos, o eleitor não tem nada com isso. Cabe a quem é prefeito governar. E governar bem. Quem estava sendo avaliado era o governante Tarcízio Pimenta. Não faz sentido pensar que o ato de apontar o dedo para Ronaldo e dizer que ele atrapalhou pode melhorar a avaliação de Tarcízio. Principalmente porque não conseguirá mostrar qualquer declaração da boca de Ronaldo contra ele (aliás, nem alegar que foi pego de surpresa pode, pois desde sempre toda a cidade desconfiava que Ronaldo tentaria retornar em 2012. Para isso, ele só precisaria que o governo de Tarcízio fosse mal avaliado, como foi). Outra característica importante do programa de abertura de Tarcízio foi o papel de protagonista exercido por Graça Pimenta. A primeira dama surgiu não somente sentimental e chorosa como a esposa do candidato bom marido, abalada ou ofendida com ataques à família. Foi além, falando sobre as ações do governo. Se a linha for mantida, o horário eleitoral vai servir para alavancar Graça, cujo fraco desempenho na Assembleia Legislativa rende pouca projeção.
RONALDO
Ronaldo não quis se comprometer. “Não fez nenhuma promessa”, destacou a apresentadora quando se referiu às andanças do candidato pelo município. Como reforço desta postura foi destacado um trecho de discurso onde o próprio afirma: “nunca dei um sim que virasse um não. Mas dei muitos nãos que viraram sim”. Um programa bonito e bem feito como os demais, porém de conteúdo mais raso, valendo-se de músicas e discursos, além de manifestações de populares. Estas, aliás, o ponto fraco dos 10 minutos, pois soam muito falsas as frases decoradas e quase sempre mal recitadas pelo elenco de populares. Um complementa a fala do outro, num caso claro de pedaços que se juntam sem formar um todo.
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POLÍTICA AMBIENTAL
POLÍTICA AMBIENTAL
A TREVO DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA, inscrita no CNPJ nº 14.486.153/0007-90, na busca da melhoria contínua das ações voltadas para o meio ambiente, assegura que está comprometida em:
A TREVO DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA, inscrita no CNPJ nº 14.486.153/0001-03, na busca da melhoria contínua das ações voltadas para o meio ambiente, assegura que está comprometida em:
. Promover o desenvolvimento sustentável, protegendo o meio ambiente através da prevenção da poluição, administrando os impactos ambientais de forma a torná-los compatíveis com a preservação das condições necessárias à vida;
. Promover o desenvolvimento sustentável, protegendo o meio ambiente através da prevenção da poluição, administrando os impactos ambientais de forma a torná-los compatíveis com a preservação das condições necessárias à vida;
. Atender à legislação ambiental vigente aplicável e demais requisitos subscritos pela organização;
. Atender à legislação ambiental vigente aplicável e demais requisitos subscritos pela organização;
. Promover a melhoria contínua em meio ambiente através de sistema de gestão estruturado que controla e avalia as atividades, produtos e serviços, bem como estabelece e revisa seus objetivos e metas ambientais;
. Promover a melhoria contínua em meio ambiente através de sistema de gestão estruturado que controla e avalia as atividades, produtos e serviços, bem como estabelece e revisa seus objetivos e metas ambientais;
. Garantir transparência nas atividades e ações da empresa, disponibilizando às partes interessadas informações sobre seu desempenho em meio ambiente;
. Garantir transparência nas atividades e ações da empresa, disponibilizando às partes interessadas informações sobre seu desempenho em meio ambiente;
. Praticar a reciclagem e o reuso das águas do processo produtivo, contribuindo com a redução dos impactos ambientais através do uso racional dos recursos naturais;
. Praticar a reciclagem e o reuso das águas do processo produtivo, contribuindo com a redução dos impactos ambientais através do uso racional dos recursos naturais;
O DIA PASSOU muito depressa. Mas tinha que ir também até ao inferno. Ali encontrou um belo jardim, com água límpida caindo de uma cascata; uma mansão de fazer inveja a qualquer um. O diabo o recebeu com um caloroso abraço. Foram-lhe servidas cinco refeições durante o dia. O dia todo houve diversões as mais variadas, onde a liberdade total era a tônica. Estava proibido proibir.
. Promover a conscientização e o envolvimento de seus colaboradores, para que atuem de forma responsável e ambientalmente correta; A DIREÇÃO
. Promover a conscientização e o envolvimento de seus colaboradores, para que atuem de forma responsável e ambientalmente correta; A DIREÇÃO
PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL
PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL
PASSADO o dia, São Pedro o chamou para a decisão. Ao que o cidadão respondeu: O céu é bonito e agradável, mas, pensando bem, sintome mais à vontade no inferno. É mais divertido e ali tenho mais prazeres.
TREVO DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA, inscrita no CNPJ14.486.153/0007-90, torna público que está requerendo ao IMA – Instituto do Meio Ambiente, a Licença Ambiental de Operação para o comércio varejista de combustíveis para veículos automotores, para o comércio varejista de lubrificantes e de gás liquefeito de petróleo (GLP) e para o comércio varejista de produtos alimentícios em geral ou especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente, localizada na AV. Eduardo Froes da Mota 970 Tomba-CIS Feira de Santana – Bahia.
TREVO DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA, inscrita no CNPJ14.486.153/0001-03, torna público que está requerendo a SEMMAM _ Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais, a Licença Ambiental de Operação para o comércio varejista de combustíveis para veículos automotores, para o comércio varejista de lubrificantes e de gás liquefeito de petróleo (GLP) e para o comércio varejista de produtos alimentícios em geral ou especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente, localizada na Rodovia BR 116 km 20 S/N Entroncamento de Tanquinho, Feira de Santana – Bahia.
di.vianfs@ig.com.br
Itamar Vian Arcebispo Metropolitano
Luzes no Caminho
Políticos - céu - inferno Um cidadão partiu para a outra vida. São Pedro, muito solícito e democrático, mandou que escolhesse sua moradia definitiva no céu ou no inferno, dando-lhe porém a chance de passar primeiro um dia no céu e outro dia no inferno, antes da escolha final. LEVOU-O para o céu. Apresentou-lhe Jesus Cristo que logo o conduziu ao Pai. Encontrou também ali Maria Santíssima, os Apóstolos, uma multidão de santos e de anjos. O ambiente revelou-se de extrema cordialidade, paz e harmonia. Sentiu-se acolhido por todos.
REMETIDO para lá, qual não foi sua surpresa, ao ser recebido pelo mesmo diabo, num ambiente sujo, mal cheiroso, com os companheiros passando miséria e fome, brigando entre si; esgoto ao céu aberto, sem água nem luz, sem segurança e sem higiene. RECLAMOU do diabo: - Ontem era outra coisa! Uma beleza! E hoje esta miséria? Ao que o diabo respondeu: é verdade! Ontem estávamos em Campanha Eleitoral! O discurso do palanque é diferente do discurso do governo. Conseguimos teu voto! Hoje participas da realidade que escolheste. Sê bemvindo aqui no inferno!
A DIREÇÃO
ABANDONO DE EMPREGO A Empresa ARIVALDO NOGUEIRA MARTINS, Inscrita no CNPJ sob numero 06.955.003/0001-65, estabelecida nessa cidade de Feira de Santana-Ba, Rua Barão de Cotegipe, 359, Centro. Convoca o funcionário Diego Ferreira Fotunato, Aplicador de Película, CTPS nº 1711148, serie 003-0 a retomar as suas atividades, sob pena de que venha a sofrer as punições previstas na Legislação Trabalhista em vigor.
AS ELEIÇÕES municipais são uma excelente oportunidade para a prática democrática do voto. São um direito do cidadão. Cabe a ele escolher aqueles que irão administrar a vida pública de nosso município durante os próximos quatros anos. MUITAS pessoas se deixam enganar pelas promessas eleitorais, pela propaganda e pela publicidade! A política porém é coisa séria e o voto tem poder de decisão. Seu voto vale um município melhor, por isso, deve ser dado com responsabilidade e consciência, para não se arrepender depois.
Agropecuária Estrela de Davi S.A. ( Em formação)
Invista R$ 1.000,00 Lucro garantido R$ 315 – Semestre, R$ 630,00 – Anual. Outros valores consulte-nos. FONES:
75 – 8125-3011 / 9196-0092/ 9935-2751
A DIREÇÃO
COMPRA OU TROCA Casa disponível para compra ou troca no Feira IV. (75) 3221-0980 (75) 9184-9495 (TIM) (75) 9173-4500
VENDEM-SE
15 TAREFAS PRODUTIVAS, EM ÁGUA FRIA. TERRA BOA, PLANA. R$ 2.500,00 A TAREFA. VENDO TOTAL OU PARCIAL.
(75) 8125-3011/(75) 9196-0092/(75) 9935-2751
Comunicado à Comunidade Certificados Centros Digitais Solicitamos aos cidadãos que fizeram o curso de Inclusão Digital e de Educação para o Trabalho, nos Centros Digitais da Prefeitura de Feira de Santana e, que ainda não retiraram seus certificados, que compareçam ao Centro Digital onde concluíram o curso. Maiores informações, Tatiana
Fone (75) 3221 5788
VAGA DE EMPREGO PRECISA-SE DE MARCENEIRO E INSTALADOR DE SOM ENVIAR CURRICULO COM FOTO PARA e-mail proaudiofsa@hotmail.com ou R. barão de cotegipe, 359. Centro.
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Quadrinho nordestino ganhando o mundo a propagação da cultura nordestina. “É um trabalho bem regional, e gosto de valorizar a cultura nordestina. O Xaxado tem ganhado espaço e isso é muito positivo, pois estamos levando a cultura nordestina brasileira para muito longe”, ressalta. Questionado quanto ao sucesso, ele diz que ainda não o alcançou, mas admite estar contente com
a aceitação do público que cresce a cada ano. “Eu sou suspeito pra dizer, mas quem lê o Xaxado uma vez fica fã eternamente. É um trabalho que resgata a nossa autoestima, enquanto nordestinos”, avalia. O autor revela que o objetivo das histórias é agradar crianças e adultos. “Como primeiro
são publicadas em jornais e o público do jornal é mais adulto, tentamos fazer uma historinha que agrade a todos. Nas revistas, as histórias são mais amenas. Em ambas sempre tem uma coisa de preocupação com a valorização de nossa cultura. Não queremos fazer uma historinha apenas divertida, alienada”, explica. sandropenelu@gmail.com
Sandro Penelu Cedraz exibe uma de suas criações, durante a 5ª Feira do Livro de Feira de Santana
ORDACHSON GONÇALVES Xaxado é neto de um famoso cangaceiro que vivia com o bando de Lampião. Zé Pequeno é guloso e adora ficar deitado na rede. Marieta gosta muito de ler. Arturzinho é filho de um rico fazendeiro e faz questão de deixar claro isso. Capiba é um aspirante a cantador nordestino, e Marinês é a protetora da natureza. Eles formam a Turma do Xaxado e vivem
aventuras que encantam crianças e adultos. O projeto de criar histórias em quadrinhos com uma linha genuinamente nordestina foi iniciada pelo roteirista Antônio Cedraz há 24 anos. Começou em forma de tirinhas, no Jornal A Tarde, em 1988. Desde então, a Turma do Xaxado foi republicada em grandes jornais do país e levada ao público através de livros e revistas em quadrinhos. Além de estar presente em várias
cidades brasileiras, a Turma do Xaxado também já foi publicada em outros países, como França e Itália. A obra mais recente da coleção, “O Livro de Encantamentos da Maré Vazante”, foi lançado na semana passada em Feira de Santana, durante a 5ª Feira do Livro. O trabalho também foi apresentado durante a Bienal do Livro de São Paulo. Para o autor Antônio Cedraz, a maior recompensa é
Linguagem do povo brasileiro As aventuras da Turma do Xaxado não se limitam à pequena cidade do interior. O leitor também é levado a locais imaginários, convivendo com seres como o Saci, a Mula-sem-cabeça e o Caipora. Mas para o autor Antônio Cedraz a principal característica da obra, desde a sua criação, é a linguagem. “Sempre fui preocupado com a valorização da cultura brasileira, então achei que era hora de fazer uns personagens com a minha cara, uma turma que passa por problemas como grande parte da população brasileira. A Turma do Xaxado é isso, fala a linguagem nossa, principalmente do povo do interior”, pontua. O formato escolhido também traz características próprias. “Quando idealizei o Xaxado, queria fazer algo que fosse a cara do Brasil. Pesquisei muito para chegar numa figura que fosse bem representativa e a figura do cangaceiro
caiu como luva. Além de ser uma figura forte que até hoje é referência de brasilidade, ela é única no mundo. O passo mais difícil foi como situar essa referência de cangaceiro, que viveu na década de 30, nos dias de hoje. Mas acho que consegui”. O autor critica o mercado editorial brasileiro. Na opinião dele, deveria haver uma maior valorização das produções locais. “Chega de mangás e histórias que não têm nada a ver com a gente. Vamos respeitar e comprar livros e revistas que falem da nossa gente, das nossas coisas. Será que um dia isso vai acontecer? Espero que sim”, desabafa. SOBRE O AUTOR Antônio Luiz Ramos Cedraz nasceu em uma fazenda no município de Miguel Calmon (BA). Formou-se professor primário em Jacobina, no interior da Bahia, onde teve os primeiros contatos com as histórias em quadrinhos.
Seus primeiros heróis dos quadrinhos foram Tarzan, Super-Homem, Capitão Marvel, Fantasma, personagens da Disney e de desenhistas brasileiros da década de 60: Ygaiara, Isomar, Maurício, Ziraldo, Nico Rosso, Sérgio Lima, Gedeone, Orlando Pizzi, Edmundo Rodrigues, Jayme Cortez, Flavio Colin, Shimamoto e outros. Ao longo desses anos, Cedraz criou vários personagens e teve seus trabalhos publicados nos principais jornais da capital baiana e de outros estados, e revistas lançadas por editoras de todo o país. Com seus desenhos e histórias, ganhou prêmios e menções honrosas em concursos e exposições no Brasil e exterior, entre eles o troféu como destaque no 2º Encontro Nacional de Histórias em Quadrinhos, realizado em Araxá (MG), em 1989; seis troféus HQ MIX (1999, 2001, 2002 e 2003), além do Prêmio Ângelo Agostini de “Mestre do Quadrinho Nacional”.
Cultura e Lazer Última apresentação de “Salone” no Domingo tem Teatro Neste domingo, a partir das 10h30, o espetáculo “O Salone”, do grupo Nariz de Cogumelo, fará a sua última apresentação em agosto. A peça é uma homenagem do grupo
à palhaçaria clássica dos circos brasileiros, a partir da rotina atrapalhada de um salão de beleza. Livremente inspirado na cultura italiana, o espetáculo é marcado pela trilha sonora ao vivo, além
de um toque da comédia tradicional, com um texto que diverte tanto as crianças quanto os adultos.
A apresentação será no Teatro do Cuca, com ingressos no local.
“Confissões de adolescente” volta ao Cuca A peça “Confissões de Adolescente” será apresentada no Cuca, hoje, às 20h. O texto traz fatos que são comuns durante esta fase da vida, dúvidas, medos e sonhos que cercam a adolescência. O espetáculo busca transladar o universo adolescente para o
palco, ao refletir sobre a vida, a morte, a sexualidade, as drogas, o aborto, o amor, a poesia, sempre tratando desses assuntos de forma bem humorada. A peça é uma adaptação da Companhia de Teatro Zelas ao livro Confissões de
Adolescente de Maria Mariana. Durante a peça, haverá musicas coreografadas e depoimentos confessionais interpretados por quatro garotas que se dispuseram a fazer publicamente suas confissões. Ingressos, no local, R$ 10 (meia promocional)
Grupo Outros Baianos em novo show O grupo Outros Baianos, com os cantores Janno, Tanny Brazil e Marryete estará de volta ao Cuca, para mais um show recheado
de canções que vão embalar e emocionar a plateia. O repertório, mais uma vez privilegiando a boa música, foi montado especialmente
SHOWS AO VIVO SEXTA-FEIRA 24/08
SÁBADO 25/08
*Mais dicas culturais em: www.infcultural.blogspot.com
para que o público cante, vibre e até dance com o grupo. Portanto, agende-se: Outros Baianos, dia 30 de agosto, a partir das 20h, no Teatro de Arena do Cuca.
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social
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Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância. Sócrates
social@tribunafeirense.com.br
Feliz Aniversário!!!
Juracy Borges e sua esposa Jamile. Ele comemora idade nova amanhã
Marcus Túlio, com sua esposa, Drª Normeide. Ele apagou as velinhas dia 21
Acontece Culinária Japonesa Acontece na The House dia 28, das 18 as 22hs, um curso de Culinária Japonesa. Aos apreciadores dos sushis,sashimis, temakis, Uramakis e mais iguarias é uma excelente oportunidade de aprender a fazer . As inscrições podem ser feitas pelo tel: 91262120
Ao centro Drª Maria do Socorro que apaga as velinhas dia 27. Na foto, cercada dos amigos Valcy Ribeiro, Jane Urbanetto, Jussara Reis , Ana Costa e Jodilton Matos
III Encontro Santanópolis Professores, ex alunos e funcionários do Colégio Santanópolis se reuniram mais uma vez numa animada confraternização dia 18 no Feira Tênis Clube . O almoço foi bastante organizado e a tarde foi cheia de sorrisos, abraços, lembranças dos eternos Santanopolitanos. Parabéns à comissão organizadora e a todos que compareceram ao evento, não deixando morrer as lembranças do passado sem as quais não seríamos o que somos hoje.
O querido casal Danilo e Naiana já estão no aguardo da vinda do primogênito Caio. Deus abençoe
Em destaque
Luciana Alves vem se destacando pelo seu belo trabalho!! Ela lançará oficialmente seu mais novo cd, no mês de setembro. Os shows daqui até lá, serão um esquente para o lançamento oficial com duas horas de duração e muita música. Luciana Alves, ganhadora do Troféu Oscar Folia de cantora revelação 2012, tem na sua história grandes momentos musicais. Na sua trajetória foi vocalista na banda Raio da Silibrina, em seguida na banda Calypso do Pará, onde se tornou conhecida nacionalmente e a qualificada profissionalmente
Zequinha
Gabrielle Soares que colou grau dia 18, em Direito, pela Faculdade Nobre! Parabéns e sucesso Gaby
Faleceu fim de semana passado um artista de bastante talento de nossa cidade. Zequinha morreu vítima de um acidente automobilístico próximo a Capim Grosso. Ele era policial rodoviário e foi baterista da banda “Os Leopardos” e outras bandas baianas. Deixou saudosos a esposa e filhos , além dos amigos e familiares.
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no calendário de festas populares de Feira de Santana a FESTA DE VAQUEIROS DO ALECRIM MIÚDO”;
LEI Nº 3.336, DE 23 DE AGOSTO DE 2012 Dispõe sobre o Calendário Oficial de Festas Populares, ou de Eventos, do município de Feira de Santana, e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA, ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições. Faço saber que a Câmara Municipal, através do Projeto de Lei nº 062/2012, de autoria deste Poder Executivo, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O Calendário Oficial de Festas Populares, ou de Eventos, do município de Feira de Santana, para efeito de comemoração e realização, passa a viger com o seguinte conjunto de leis municipais: I) Lei nº 2.252, de 17 de julho de 2001. Modifica e acrescenta dispositivos à Lei Municipal nº 1.439, de 21 de junho de 1991, que “Inclui no Calendário de Festas Populares FESTIVAL DE BANDAS E FANFARRAS e dá outras providências”; II) Lei nº 2.294, de 06 de dezembro de 2001. “ Inclui no Calendário de Festas Populares de Feira de Santana a MISSA DO VAQUEIRO DO DISTRITO DE JAQUARA e dá outras providências; III) Lei nº 2.356, de 01 de outubro de 2002. Institui a “SEMANA DE ESTUDOS DA CONSCIÊNCIA NEGRA” nas escolas da Pede Pública Municipal, aos alunos de 5ª à 8ª série;
X) Lei nº 2.739, de 20 de dezembro de 2006. “Dispõe sobre a inclusão da FESTA DO TOMBA, no calendário das festas populares de Feira de Santana, e dá outras providências”;
VIII) FESTA DA CULTURA DA COMUNIDADE DO OVO DA EMA, no Distrito Maria Quitéria, a realizar-se aos sábados e domingos da segunda semana do mês de setembro;
XI) Lei nº 2.753, de 29 de março de 2007. “Dispõe sobre a inclusão da FESTA DO VAQUEIRO DO POVOADO DO SOCORRO – DISTRITO DE TIQUARUÇU, no calendário das festas populares no município de Feira de Santana, e dá outras providências;
IX) FESTA DE REIS DA COMUNIDADE DE SANTA ROSA, no Distrito João Durval Carneiro;
XII) Lei nº 2.761, de 11 de abril de 2007. “Inclui no calendário de festas populares de Feira de Santana a FESTA DE CORRIDA DE JEGUES, e dá outras providências”; XIII) Lei nº 2.851, de 12 de dezembro de 2007. “Dispõe sobre a inclusão do ENCONTRO DE FIGURAS POPULARES DE FEIRA DE SANTANA, no calendário de festas populares e dá outras providências”; XIV) Lei nº 3.025, de 23 de outubro de 2009. “Dispõe sobre a criação da SEMANA MUNICIPAL DE PREVENÇÃO E COMBATE ÀS DROGAS, e dá outras providências”; XV) Lei nº 3.072, de 26 de janeiro de 2010. “Institui no âmbito do Município de Feira de Santana o DIA DO REPENTISTA e dá outras providências”; XVI) Lei nº 3.210, de 24 de maio de 2011. “Institui a SEMANA MUNICIPAL DE CULTURA EVANGÉLICA em Feira de Santana, e dá outras providências”; XVII) Lei nº 3.271, de 07 de novembro 2011. “Institui o DIA MUNICIPAL DO SAMBA DE RODA no Município de Feira de Santana, e dá outras providências”.
V) Lei nº 2.698, de 18 de agosto de 2006. “Inclui no calendário de festas populares a FESTA DE SANTA BÁRBARA, e dá outras providências”;
II) Evangelização através da Arte, pelo Grupo Teatral Renascer, mediante a produção das peças teatrais: a) b) c) d) e)
VI) Lei nº 2.712, 29 de setembro de 2006. “Inclui no calendário de festas populares de Feira de Santana o ARRAIÁ DO COMÉRCIO”;
Lei nº 2.728, de 28 de novembro de 2006. “Inclui
CORRIDA RÚSTICA DA MANGABEIRA;
VII) Quitéria;
Art. 2º- Incluem-se também no Calendário Oficial as seguintes Festas Religiosas, ou Eventos: I) Festa da Padroeira do Município de Feira de Santana, SENHORA SANTANA, a realizar-se no dia 26 de julho de cada ano;
VIII)
VI)
IX) Lei nº 2.738, de 20 de dezembro de 2006. “Inclui no calendário de festas populares a FESTA DE SANTO ANTONIO, e dá outras providências”;
IV) Lei nº 2.690, de 30 de junho de 2006. “Inclui no calendário de festas populares do município de Feira de Santana a FESTA DO VAQUEIRO DO DISTRITO GOVERNADOR JOÃO DURVAL CARNEIRO, e dá outras providências”;
VII) Lei nº 2.727, de 28 de novembro de 2006. “Dispõe sobre a inclusão do CONCURSO DE QUADRILHAS JUNINAS no calendário dos festejos juninos de Feira de Santana”;
V) SEMANA ESPÍRITA DE FEIRA DE SANTANA;
III) Humildes; IV)
Paixão e Morte de Cristo; Presépio ao vivo com o Nascimento de Cristo; Pentecostes; Francisco de Assis; João Batista.
FESTA DE NOSSA SENHORA DOS HUMILDES, no Distrito de FESTA DE SANTO ANTONIO, NO KM 07, em Feira de Santana;
CARNAVAL DO POVOADO DA MANGUEIRA, no Distrito Maria
X) FESTA DE REIS que acontece no Bairro Tomba no dia 09 de janeiro de cada ano; XI) FESTA DO FORRÓ DO JEGUE que acontece no Distrito Jaíba que se realiza no dia 24 de junho; XII) ARRAIÁ J.P, realizado no mês de junho na Praça João Carvalho, Conjunto João Paulo II.
Art. 3º - A organização e execução das festas populares, religiosas, ou eventos, ficarão sob a responsabilidade das Secretarias competentes, de conformidade com os ângulos temáticos e com o planejamento da Gestão Municipal para o cumprimento desta Lei. Art. 4º - As despesas com a execução da presente Lei correrão por conta das dotações orçamentárias do Município, ou por conta de parcerias com empresas privadas, ou com organizações não-governamentais. Art. 5º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Gabinete do Prefeito, 23 de agosto de 2012 RCÍZIO SUZART PIMENTA JUNIOR PREFEITO MUNICIPAL MILTON PEREIRA DE BRITTO CHEFE DE GABINETE DO PREFEITO CARLOS ANTÔNIO DE MORAES LUCENA PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO EUCLIDES ARTUR COSTA ANDRADE SECRETÁRIO MUNICIPAL DE CULTURA, ESPORTE E LAZER GETÚLIO DA SILVA BARBOSA SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE JOSAFÁ RAMOS DANTAS SECRETÁRIO MUNICIPAL DE AGRICULTURA, RECURSOS HÍDRICOS E DESENVOLVIMENTO RURAL
FEIRA É DE TODOS NÓS
TOME CONTA DO QUE É SEU! UMA CAMPANHA DA
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Feira de Santana, sexta-feira, 24 agosto de 2012
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Itamar Vian Arcebispo Metropolitano
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