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FEIRA DE SANTANA - SEXTA-FEIRA, 31 DE AGOSTO DE 2012
ATENDIMENTO (75)3225-7500
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ANO XIV - Nº 2.391
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Cadeirantes: uma cidade inacessível
Os cadeirantes que circulam pelas ruas de Feira não tem seus direitos de respeitados. Os ônibus e passeios não lhes favorecem por apresentarem estruturas inadequadas e as rampas, além de poucas, não tem as especificações ténicas previstas na Lei.
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Cadeirantes e acompanhantes se expõem ao perigo de atropelo entre automóveis
Clandestina quase a céu aberto
Tabela desrespeitada Os mototaxistas desrespeitam a tabela de preços, afrontam a fiscalização e não escutam as reclamações dos passageiros.
Uma rede clandestina de esgoto polui as águas feirenses. Em ruas de vários bairros, os tubos brancos são instalados cerca de meio metro do solo.
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Sobrando no IDEB O CPM Diva Portela ficou em primeiro entre as instituições locais nas séries finais no IDEB. Foi destaque em todo estado.
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Poesia interpretada O ator e autor Adaylton Públio incorpora a magia da poesia de autores feirenses.
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Feira de Santana, sexta-feira, 31 agosto de 2012
polĂtica
opinião
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Feira de Santana, sexta-feira, 31 agosto de 2012
Valdomiro Silva
Observatório valdomirotribuna@hotmail.com
Tarcízio no ataque, Ronaldo na defesa; Neto, cauteloso O prefeito Tarcízio Pimenta e o deputado Zé Neto iniciaram, no programa eleitoral em rádio e televisão, a ofensiva esperada contra o seu adversário comum, o ex-prefeito José Ronaldo. A surpresa, se assim pode se considerar, é que o prefeito parte com mais agressividade que o petista. Ex-aliados, Ronaldo e Tarcízio fazem a principal rivalidade desta campanha. É aquela história: união rompida de forma traumática, em todos os níveis, é inimizade certa no futuro.
Até o programa da quarta-feira (hoje é dia de candidato a prefeito no horário eleitoral mas obviamente está fora desta análise) o deputado Zé Neto atacou a aliança de Ronaldo, no plano federal, com os candidatos tucanos à presidência da República. Também destacou a alta na tarifa do transporte coletivo nos últimos anos e fez críticas a forma como foi instituído o Sistema de Transporte Integrado. São abordagens políticas – de alto nível, diga-se. Não se sabe se o candidato petista vai manter essa postura mais moderada.
Ainda tem muita água para correr debaixo da ponte. Certamente que deverá adotar uma conduta mais agressiva adiante. É a expectativa. Por ora, segue uma linha bastante equilibrada. Tarcízio partiu para o ataque logo no primeiro programa, quando anunciou que seu governo teria sofrido boicotes promovidos pelo ex-prefeito. Revelou ainda um estranho acordo: o de que cedeu a indicações de Ronaldo, para cargos estratégicos no governo, em troca de apoio à sua reeleição. Esta semana, por
O candidato Jhonatas Monteiro, do PSOL, apresenta o seu programa televisivo em uma vertente bem diferenciada dos padrões dos políticos da considerada extremaesquerda. Ao contrário do que se poderia esperar – ataques em todas as direções – faz uma campanha moderada, em que se sobressaem as
propostas. Há, também, o tom crítico, mas de forma bastante sóbria. Pena que com um financiamento de campanha muito limitado, o programa é pobre em recursos técnicos. O audiovisual da campanha, comprometido, reduz sensivelmente as suas possibilidades. É preciso aproveitar muito bem as entrevistas e debates dos
quais participará. Mesmo assim, a análise ponderada das mazelas sociais e dos problemas administrativos, aliado a um projeto de governo consistente e que contemple as principais demandas da sociedade pode render ao candidato uma posição surpreendente nas urnas, como observa o analista político Humberto Cedraz, em sua coluna na “Folha do Estado”.
O discurso moderado de Jhonatas
O vale-tudo da campanha eleitoral Em uma campanha eleitoral, temos uma espécie de vale-tudo. Não deveria ser assim, mas infelizmente, é o que acontece. Os candidatos têm, em geral, dificuldade para surpreender e o eleitor com propostas, simplesmente, além de análises comparativas do seu potencial com o dos adversários. Comparações no âmbito político e administrativo, bem como análises de realizações – ou do que deixou de ser realizado - são armas de uma campanha, para qualquer candidato. E deveria ser este o limite. Mas quem conseguirá impor limites a candidatos, em uma
campanha eleitoral? Sempre haverá um ou mais candidatos os quais, por uma série de razões, debandam para as ações que visam desestabilizar, desqualificar e destruir o adversário. Faz parte do jogo? Não deveria, mas está, inegavelmente, na cultura da eleição. Uma disputa dessa magnitude transcorrer sem denúncias, provocações, agressividade, pode até ocorrer, mas não entre seres humanos, certamente. Há, certamente, perdas e ganhos em cada procedimento. Quem conquista mais eleitores: o candidato que apenas apresenta propostas e se defende ou aquele que
mostra seus projetos mas vai para o ataque? O que pesa, mesmo, é o conteúdo, a qualidade do programa de governo. No entanto, ataque e defesa são também fundamentais. Alguns entendem que a melhor defesa é o ataque. É a máxima do futebol aplicada à política. O público, em sua maioria, gosta de emoção e de ver políticos se digladiando na televisão. Quando um candidato decide atacar ele chama mais a atenção do que aquele que faz uma campanha morna, só de propostas. Mas isto não significa que quem parte para a ofensiva esteja conquistando mais votos.
ocasião do debate na TV Geral, do grupo Folha do Estado, o marketing do prefeito bateu pesado na ausência de Ronaldo ao evento. Insinuou que o ex-prefeito estaria com medo de enfrentar Pimenta. Medo do que o prefeito teria a declarar sobre o tal boicote à atual administração e de comparar o governo de um e de outro. Na televisão, Tarcízio aparece observando a cadeira vazia destinada a Ronaldo, no estúdio da TV Geral, enquanto a locutora lê um texto bem provocativo. Neto e Tarcízio fizeram
um “bate-bola”, analisou o radialista Elsimar Pondé, que conduziu o debate na web tevê. Ou seja, fizeram um debate bastante amistoso – quem diria – sem qualquer insinuação que pudesse causar contrariedades entre si. Esperavam por Ronaldo para tentar, juntos, pressioná-lo. Não foi desta vez que ocorreu o confronto e talvez seja necessário aguardar até 4 de outubro, no debate da TV Subaé. Ronaldo, pelo visto, só estará presente no encontro do canal 10. José Ronaldo procura evitar choques com
os adversários. Vem cumprindo a trajetória que anunciou antes do horário eleitoral: propostas para os próximos quatro anos, caso eleito, e apresentação de seus feitos nos oito em que esteve à frente do governo local. Pelo visto, pretende se manter nesse ritmo. Em campanhas passadas, no entanto, depois de provocado, providenciou contra-ataques – alguns protagonizados por aliados, além dos pedidos de direito de resposta na Justiça Eleitoral.
A tênue linha entre ataque e agressão O ataque eficiente é uma arte. Necessário saber a hora exata, a arma a ser usada e a melhor forma de executar. Sendo uma ofensiva inconsistente – por falta de elementos ou por excessos, o risco de não atingir os objetivos é grande. E pode até resultar no que chamamos em linguagem popular de “revertério”, efeito contrário do que se pretende. Há diferença, a propósito, entre atacar e agredir. Atacar, com denúncia comprovada ou com comparativos através
de dados, em uma campanha eleitoral, é uma arma importante. Agredir, porém, além de revelar desespero, pode tirar voto. Se isto ocorre com quem já tem pouco, pode ser o caos. As pessoas gostam de ver briga, especialmente de políticos - mas ficam indignadas com a ofensa pessoal ou com o golpe baixo. A resposta vigorosa, o esclarecimento preciso, é indispensável como reação para quem está sendo alvo de ataque – contra agressão, não deve
haver resposta. O silêncio diante de uma denúncia aparentemente consistente soa, como todos sabem, como consentimento do fato. Uma defesa desproporcional, para mais ou para menos, é igualmente danosa a uma candidatura. É tênue a linha que distingue a agressão do ataque. E aí mora o perigo. A ânsia por provocar o desgaste de imagem do adversário pode levar a ações precipitadas. Em uma campanha, o tiro pela culatra pode ser fatal.
Agressão em escola da rede estadual A violência entre adolescentes registrou mais um capítulo em Feira. O fato ocorreu na Escola Cooperativa Fênix, que é estadual. Uma aluna teria sido agredida pela mãe de uma colega e quatro homens. As duas jovens teriam brigado. A mãe da que se sentiu em desvantagem foi ao local com os homens, de acordo com o apurado. E perpetraram a agressão.
A diretora, Rosemary, disse ao “Subaé Notícias” que a agressão teria ocorrido em uma praça em frente. A coordenadora da Direc, Nivea Maria, também entende que a unidade de ensino não teria como interferir. Não é bem assim. Pela contestação de vários alunos, que telefonaram para o programa, a agressão teria ocorirrido dentro. É necessária apuração mais aprofundada. A diretora
admite que a mãe e dos homens. O fato, em si, é grave. Estranhos não podem entrar numa escola e muito menos perseguir uma estudante. A diretoa e a Direc devem registrar queixa na Polícia ou estarão negligenciando diante de uma ocorrência gravíssima. E a família da aluna agredida precisa denunciar o fato à Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher.
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cidade
Feira de Santana, sexta-feira, 31 agosto de 2012
Mototaxistas cobram quanto querem VALMA SILVA
Quem precisa utilizar o transporte alternativo em Feira de Santana sofre, em especial quem utiliza os serviços dos mototaxistas. Segundo a tabela estabelecida pelo Conselho de Transportes da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito de Feira de Santana, os profissionais deveriam cobrar R$ 4,50 para corridas dentro do Anel de Contorno e R$ 5,50 para solicitações de transporte para lugares fora do Anel. Porém, quase todos cobram preços acima do determinado. O estudante universitário Bruno Caribé relata que quase todos os dias precisa tomar mototáxi para não chegar atrasado nas aulas e atividades no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana. “Se eu for esperar pelos ônibus no ponto, vou acabar perdendo nas disciplinas por faltas. Dificilmente eles cumprem horários”, justifica o jovem, que mora no bairro Ponto Central. Conforme ele, pela corrida para a Uefs, partindo do ponto em frente à Faculdade Nobre, na avenida Maria Quitéria, os mototaxistas costumam cobrar, no mínimo, R$8,00, mas em geral cobram R$10,00, A comerciária Maria do Carmo Silva também costuma pegar mototáxi quase todos os dias no ponto próximo à feirinha da Estação Nova para ir ao local de trabalho, que fica na Avenida Senhor dos Passos. “Geralmente eles cobram R$ 5,00 pela corrida. Nunca me pediram o valor correto, que é R$ 4,50”. Maria do Carmo admite que nunca reclamou da cobrança abusiva, nem com os próprios profissionais, nem com algum órgão relacionado à classe. “Eu sei que tem um preço fixo, mas não sei onde e como reclamar”, reconhece. A reportagem do jornal Tribuna Feirense encontrou uma assistente comercial tomando um mototáxi no centro da cidade, na avenida Getúlio Vargas. Para ir e voltar rapidamente do bairro Parque Getúlio
Municipal de Transportes e, conforme Flailton Frankles, está sendo analisada. Ele lembra que o equipamento está sendo utilizado somente em um município brasileiro, Rio Branco, capital do Acre, e ainda assim em fase de testes. “É bom
vermos os resultados da aplicação desse motoxímetro em outra localidade para analisarmos se ele é realmente viável, antes de tomarmos aqui qualquer decisão que possa ser precipitada”. O sindicato não fez nenhuma consulta à classe, para saber se os mototaxistas
são favoráveis ou contra a adoção do motoxímetro. Entretanto, a reportagem conversou com alguns que se disseram contrários. Eles acreditam que os preços da tabela atual é que precisam ser reajustados com maior frequência - no caso, anualmente.
Os mototaxistas admitem que não cobram o valor estabelecido, na maioria das corridas
Vargas, onde mora (dentro do Anel de Contorno), Camila Magalhães Linhares pagou R$ 10,00, R$ 1,00 acima do valor correto da tarifa. e desta vez ainda foi pouco. “Geralmente eles cobram R$ 6,00, do centro até a minha casa”, conta. Com esse dinheiro, compara Camila, seria possível pagar quase o valor total de uma corrida com táxi na bandeira um. “Mas na hora da pressa acabo pegando o primeiro meio de transporte que aparece, e hoje, como em muitos dias, foi o motoboy”. Muitos mototaxistas confessam que cobram valores um pouco além do que deveriam, pelos serviços prestados. Para um deles, Mauro César da Silva, as tarifas da tabela atual, que foram reajustados há menos de dois anos, estão defasadas. “Se a gente cobrar o preço que é determinado, não dá para trabalhar. Quando a corrida é curta, tudo bem. Mas se for distante, infelizmente temos que aumentar o preço”, argumenta Outro mototaxista, Pedro Paulo Moraes, diz que tenta adequar os valores à distância percorrida. “Se a gente tiver de ir no Tomba, saindo do centro da cidade, não dá para cobrar R$4,50, por que é longe. Mas se formos no Ponto Central, na Queimadinha, é possível, sim”. Sobre os locais fora do Anel, os valores cobrados não costumam ser abaixo de R$7,00, ainda que sejam bairros próximos ao Anel, como a Cidade Nova, o ACM e o Feira V. Apesar disso, Pedro Paulo garante que o preço sempre é acertado antes de seguir com o passageiro até o
Motoxímeto está sendo testado em Rio Branco - AC
destino, para evitar desentendimentos. “A gente não pode ser desonesto”.
TAXÍMETRO
O presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Feira de Santana, Luiz Santana, diz que tem conhecimento dos abusos e indica às pessoas que se sintam lesadas que solicitem dos mototaxistas um recibo do valor pago, anotem a placa da moto e façam a denúncia à Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito. O secretário municipal de transportes e trânsito, Flailton Frankles, orienta que as pessoas não paguem valores superiores aos determinados pelo poder público municipal. “Na insistência do mototaxista, as pessoas devem fazer uma denúncia na Servtran e registrar a sua queixa, passando o número de ordem do mototaxista”. Ele informa que o profissional será procurado, notificado, e pode, inclusive, perder a licença de circulação. Entretanto, ele afirma que o órgão praticamente não recebe
reclamações desse tipo. Para evitar esse tipo de situação e constrangimento, o Sindicato dos Mototaxistas de Feira está propondo a instalação de um equipamento chamado “motoxímetro”, semelhante ao “taxímetro”, dos táxis. Assim, seria estabelecido um valor por quilômetro rodado. “É uma ideia preliminar, ainda não temos todos os detalhes. Claro que isso depende de negociações, acordos, mas com certeza seria uma medida excelente tanto para o passageiro quanto para o mototaxista, pois o preço cobrado seria o justo, de acordo com a distância”. Segundo ele, a cobrança seria feita por quilômetro rodado e poderia ser estabelecido valor diferenciado para os fins de semana, da mesma forma como fazem os taxistas. A proposta já foi apresentada à Secretaria
Fundado em 10.04.1999 www.tribunafeirense.com.br / redacao@tribunafeirense.com.br Fundadores: Valdomiro Silva - João Batista Cruz - Denivaldo Santos - Gildarte Ramos Editor - Glauco Wanderley Diretor - César Oliveira Diretora Financeira - Márcia de Abreu Silva Editoração eletrônica - Maria da Piedade dos Santos
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cidade
Ligações clandestinas de esgoto assustam Pedreiros e encanadores tem pressa para terminar o serviço. Eles estão ligando um tubo de PVC que mede dez centímetros de diâmetro que sai de uma casa a uma improvisada caixa coletora de esgoto doméstico do outro lado da rua. São vários destes equipamentos de alvenaria, que denotam que a rede que serpenteia a cerca de meio metro abaixo do solo é bem maior que se imagina. Centenas de metros de canos, todos ligados a residências, também direcionam dejetos para o mesmo local. Dali, outros tubos jogam toda “produção” numa tubulação da rede pluvial, na rua Nilo Peçanha, no Jardim Acácia. Poucos metros adiante, o destino final das águas que deveriam ser das chuvas, exclusivamente: uma pequena lagoa localizada no bairro. No outro lado, centenas de metros de tubos levam o esgoto doméstico das casas – milhares de litros todos os dias, para um macrocanal que começa nos Eucaliptos, atravessa o Jardim Acácia e o Feira X, “banha” a comunidade de Três Riachos – onde uma espuma branca cobre o líquido que se torna escuro – e deságua bem próximo à ponte na BR 116 Sul, no lago formado pela barragem de Pedra do Cavalo. As pontas brancas
número ainda a ser atingido. Mas, por enquanto, a rede chega a cerca de 65% dos imóveis. Em comum, a expansão destas redes clandestinas apenas é vista nas ruas que não tem pavimentação. Nas pavimentadas – com asfalto ou a paralelepípedos, é mais comum vir este produto ser jogado diretamente no passeio. O desnível a leva para outras partes da rua, democratizando a sua distribuição. A solução para uns é problema para Pedreiro cola os tubos que levarão o esgoto para uma lagoa próxima todos. dos tubos, que denunciam agravar com o crescimento “Nem sempre a gente da cidade, mesmo que o problema, também pode fazer uma fossa. podem ser vistos nos alguns condomínios A água que brota instalem equipamentos macrocanais da avenida com facilidade impede”, Anchieta, que começa para tratar o esgoto que diz um industriário que na avenida José Falcão e produz. A jornada das mora no Ponto Central. águas fétidas e poluídas termina na Rua Nova, que Outro ponto contra o é conhecida como avenida termina no lago formado equipamento, diz, é o seu pela barragem de Pedra do Canal, e na avenida custo de manutenção. A Sérgio Carneiro, no Santo do Cavalo. É grande a rede limpeza da fossa deverá clandestina de esgotamento ser feita periodicamente Antônio dos Prazeres. O descarte irregular das sanitário em Feira de e nem sempre a gente águas servidas diretamente Santana. De acordo com a tem dinheiro para pagar propaganda oficial, cerca nas ruas e a instalação esta conta. Um indiscreto e extensão da rede de 80% das casas feirenses mau cheiro e a água que clandestina pode ser visto e estão ligadas à rede de inicialmente se acumula à sentido em vários bairros. saneamento básico. A frente da sua casa mostra a Embasa diz que este é um E o problema tende a se solução adotada por ele.
Rede de saneamento cobre 65% e não 80% Os números reais são quinze pontos percentuais menores. A rede de saneamento básico de Feira de Santana tem, de acordo com a Embasa, 800 quilômetros, que atendem a 65% das residências. Todos os dias, mais de 14 milhões de litros da água ofertada pela estatal do setor, que deveriam retornar para as Estações de Tratamento de Esgoto ficam pelo meio do caminho. Como não evaporam, ganham um caminho que pode levar diretamente ao meio ambiente. Um problemão e tanto a ser resolvido. O problema é que os 35% restantes causam um problema danado ao meio ambiente. O esgoto ligado
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à rede pluvial não recebe o devido tratamento antes de chegar ao lago. In natura, são focos permanentes de poluição e degradação. As fossas sépticas contaminam o lençol freático, que me muitos pontos da cidade é extremamente raso. Quando jogado diretamente nas ruas, um procedimento extremamente inadequado, mas que pode ser visto em várias ruas, provocam mau cheiro intenso. A poluição é olfativa. O que seria um problema pessoal passa a ser coletivo. “Aqui a gente não pode cavar fossa porque a água brota com poucos centímetros de escavação”, justifica a atitude condenável um jovem
que orienta os pedreiros no serviço realizado num dos seus imóveis, no Jardim Acácia. Os homens imprimem velocidade ao realizar o serviço, mas não demonstram preocupação nos seus semblantes. “Nesta região da cidade não tem esgoto e a gente não pode jogar estes resíduos diretamente nas ruas”, tenta minimizar. Como ele, vários vizinhos conectaram as águas que saem das pias e os resíduos expelidos pelos sanitários à rede pluvial. É a única opção. Ou a gente faz isso ou o esgoto não sai das nossas casas, tenta argumentar. Outro homem afirmou que todo serviço foi feito com a colaboração de
todos. De acordo com ele, os moradores compraram os tubos e contrataram os pedreiros para implantar a rede clandestina, que é feito à luz do dia, sem que ninguém – nem da Prefeitura ou da Embasa, os coíba. A estatal afirma que não tem pessoal exclusivo para fiscalizar e proibir este procedimento, mas quando as equipes que estão nas ruas flagram alguém fazendo esta expansão, providências são tomadas. Os fiscais da prefeitura, quando provocados, obstruem os canos que saem das casas e que levam as águas servidas às ruas. Mas nada impede que os donos dos imóveis reabram os canos.
adilson-simas@bol.com.br
Adilson Simas Feira Ontem
Esgoto eleitoreiro Contratada pelo estado, que tinha como governador o professor Roberto Santos, a Abais interrompeu a obra da rede de esgotos iniciada na campanha eleitoral de 1976 quando Colbert Martins (MDB) e Ângelo Mário (Arena) disputaram a prefeitura. A Geotécnica, que fazia a fiscalização, colocou à venda o telefone do escritório. A denúncia foi feita na câmara pelo vereador Antonio
Carlos Coelho do MDB e na edição do dia seguinte, quinta-feira 10 de fevereiro de 1977 o jornal Feira Hoje abriu manchete na página de política: - Acabaram as eleições. Acabou a obra do esgoto...
Desbravador do Ovo da Ema Candidato a prefeito pelo PFL em 1996, o ex-reitor da Uefs Josué Mello foi colocado na parede pelo postulante José Falcão (PPB) quando este lhe perguntou se conhecia o “Ovo da Ema”, um dos povoados do distrito de Maria Quitéria. Entrevistado em 1999 pelo jornalista Jânio Rêgo para a Tribuna Feirense (edição de sábado, 6 de novembro) o professor disse que entre seus projetos para o futuro, um era ser novamente
candidato a prefeito em 2000, assim justificando: - Se eu era um bom candidato naquele tempo, estou muito melhor agora. Até o Ovo da Ema eu já conheço...
Enquete de Erivaldo Faltava um ano para as eleições proporcionais de 2002, mas no seu festejado programa dominical Bom Dia Bahia, pela Rádio Subaé AM, Erivaldo Cerqueira sempre com a companhia de Pedro Justino, abria os microfones para que o ouvinte por telefone anunciasse seu candidato preferido para a Assembleia Legislativa. No programa do domingo 14 de outubro de 2001 a ex-primeira-dama Maria Perpétua Mascarenhas venceu de goleada
a deputada Eliana Boaventura. Erivaldo, cheio de jogo de cintura tratou de consolar os liderados da deputada: - Foi a tropa de choque de Tarcízio querendo abater a auto estima de Eliana. Viu papá?...
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educação
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Colégio Militar é o melhor nas séries finais TEXTO E FOTOS: JULIANA VITAL Alcançando o primeiro lugar entre as escolas de Feira de Santana (tanto municipais quanto estaduais) no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2011, o Colégio da Polícia Militar Diva Portela, foi um destaque até mesmo entre as 13 escolas militares distribuídas pelo estado da Bahia. O colégio, situado no bairro Campo Limpo, existe há mais de 30 anos e em 2005, quando estava prestes a fechar as portas, foi assumido pela Polícia Militar da Bahia, em parceria com o governo estadual, a principio com o intuito de formar novos oficiais para a corporação. Hoje, o colégio exibe uma nova realidade, formando e educando cidadãos. De acordo com o diretor, major Jader Martins, o trabalho em conjunto da Polícia Militar com a direção pedagógica é fundamental para os resultados positivos. “A disciplina militar, natural à nossa academia, também contribui para uma organização maior no trabalho, mas o nosso principal objetivo é formar cidadãos críticos, reflexivos e com embasamento”. A escolas militares não são procuradas somentes por filhos de policiais, mas também por de civis que almejam lhes assegurar uma educação de qualidade. Muito além da possibilidade de seguir carreira militar, hoje os alunos dessas escolas são aprovados
dificuldades enfrentadas pelas escolas diariamente, nós contamos com um gestor presente e participativo como o major Jader, que busca minimizar essas dificuldades através do apoio da Policia Militar”, comenta.
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
Buscando orientar os estudantes da 3ª série do Ensino Médio, no processo da escolha profissional, possibilitando uma opção
De acordo com a direção, o comprometimento dos professores influencia nos resultados
em diversos vestibulares em todo o país, obtendo muitas vezes as melhores posições. Com o intuito de democratizar a oportunidade à vaga, o atual sistema para a seleção da matrícula (que antes era através de um exame) é por sorteio eletrônico realizado pela PM. Além disso, um pré requisito fundamental para concorrer a uma vaga, é estar dentro da idade em relação à série. Ou seja, não existe defasagem. Atualmente, com 1.500 alunos entre o 5º e o 3° ano do ensino médio, o colégio conta com um corpo docente composto por professores da rede estadual e por policiais militares formados nas diversas áreas de competência do Ensino Fundamental e Médio. “Temos professores muito competentes e compromissados com o seu trabalho, todos
têm graduação e pós graduação, além de manterem uma formação atualizada, buscando sempre o melhor para os nossos alunos”, comenta o m,ajor Jader. Ainda de acordo com o diretor, o colégio busca interagir com a comunidade e principalmente com as famílias. “Os pais dos nossos alunos são presentes e sempre buscamos manter uma parceria para que eles sejam participativos na educação dos filhos”. Um bom exemplo disso é a aluna Monique Malheiros Araujo, de 16 anos, estudante do 2° ano do ensino médio, que foi contemplada com uma bolsa de estudos no México, por ficar em primeiro lugar no concurso de Intercâmbio Cultural promovido pela AFS Intercultural Programs, presente em 88 países. Segundo a jovem, sem o apoio dos
Da liderança para a lanterna O Colégio Estadual Ubaldina Regis recebeu a pior nota do IDEB na sua única turma de 20 alunos da 8ª série. De acordo com o vice diretor Carlos Bonfim de Lima, o colégio foi tido entre os 10 melhores da cidade no IDEB de 2009, e o corpo docente é o mesmo até hoje. Para Carlos, um conjunto de fatores contribui para o fraco resultado. “Não há uma única explicação para essa nota. A escola tenta fazer o seu papel de formar o cidadão, mas se o aluno não quer, fica impossível alcançar
este objetivo”. Ele também critica o próprio IDEB, classificando-o como “uma prova muito pontual, indo contra tudo o que atualmente se discute em termos de avaliação dos alunos”. O colégio localizado no Tanque da Nação, recebe alunos de vários bairros da região como Feira IX, Nova esperança, Rua Nova, Expansão do Feira IX. Segundo o vice diretor, é difícil fazer com que alunos dessa série tenham compromisso com o estudo, já que nem mesmo as famílias têm controle sobre eles. “A falta de acompanhamento das
famílias é também um fator muito forte para essa falta de interesse dos alunos”, afirma. A “falta de interesse dos alunos nessa faixa etária”, foi também o principal fator apontado pela diretora da DIREC 02, Nivia Maria Oliveira da Silva. “A falta de acompanhamento familiar, o contexto social, a falta de interesse do aluno, tudo isso dificulta qualquer tentativa de trabalho pedagógico de qualidade, não podemos somente culpar a escola”, defende.
pais e da escola, ela jamais conseguiria alcançar tal objetivo. A diretora pedagógica do colégio, Eliana Kátia Lopes, demonstra uma verdadeira paixão quando fala do trabalho de sua equipe. Para ela, além do compromisso, a equipe do Colégio Militar tem amor pelo trabalho desenvolvido. “Quando a educação está acima da vaidade pessoal, quando ela é prioridade, o trabalho dá certo, gera bons resultados”, afirma. Segundo a diretora, a parceria com a Policia Militar favorece a superação de vários problemas comuns à educação do estado atualmente. “Quando nos falta professor, quando nos falta merenda, quando há uma dificuldade burocrática, um problema estrutural, todas essas
consciente e autônoma, o CPM, realizou no dia 22 deste mês, o Projeto de Orientação Vocacional PROV-CPM, Com o tema “Vou descobrir o que é melhor para mim”. Apresentação de exalunos, de cursos técnicos pelo SENAI e CETEB, apresentação da Carreira Militar pelo major Jader Martins, momento musical com apresentação de street dance e mesa redonda com profissionais de diversas áreas, também fizeram parte da programação.
Comunicado à Comunidade Certificados Centros Digitais
Solicitamos aos cidadãos que fizeram o curso de Inclusão Digital e de Educação para o Trabalho, nos Centros Digitais da Prefeitura de Feira de Santana e, que ainda não retiraram seus certificados, que compareçam ao Centro Digital onde concluíram o curso. Maiores informações, Tatiana
Fone (75) 3221 5788
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Feira de Santana, sexta-feira, 31 agosto de 2012
Cadeirantes sofrem nos coletivos Texto e fotos de Lana Mattos Todas as quartas e sextas-feiras, o pedreiro Carlos Francisco de Jesus, de 66 anos de idade, faz o mesmo árduo ritual. Ele acorda 4 horas da manhã, prepara a refeição da casa, no bairro Conceição II, e sai às 6h30 empurrando a cadeira de rodas da sua companheira, Maria do Carmo dos Santos. Eles tomam o ônibus e se dirigem à consulta com fonoaudiólogo, que começa às 7h, na Policlínica do bairro Parque Ipê. Às 8h eles vão direto para o Hospital de Traumato Ortopedia (HTO), no bairro Ponto Central, onde ela faz fisioterapia. Por volta de 10h ele a deixa em casa e segue para o trabalho. Todo o percurso é feito de ônibus e a pé, sendo que Carlos empurra a cadeira sobre o asfalto, driblando os carros, mesmo no centro da cidade, devido às más condições das calçadas, que tornam impossível transitar com uma cadeira de rodas. “Moto e carro dificilmente respeitam, mas não há opção”, resigna-se. “Eu só ando pela contramão, porque eu vejo quem vem de frente para mim. Se eu for desviar de algum buraco, eu não vou ver o carro que vem atrás de mim, e pode acontecer que o carro me atropele”, assume o cadeirante Jacknes Ornaly Trindade Lima. Para ele a locomoção é ainda mais difícil. Jacknes nasceu com amiotrofia espinhal. De todo o corpo, movimenta apenas os dedos polegar e indicador do braço direito, com os quais comanda sua cadeira motorizada elétrica, escova os dentes, atende o celular e escreve. Tudo com muita dificuldade e ajuda, geralmente da tia, Maria de Fátima Rios, que coloca seu braço na posição ideal e o objeto em sua mão. A doença é degenerativa. “Nem me alimentar mais sozinho eu estou conseguindo”, declara. Conhecido como Dakka, ele mandou fazer, por conta própria, duas rampas, uma no ponto onde geralmente pega ônibus e outra em frente ao trailer do qual é dono, no bairro Santa Mônica. Além disso, ele pediu aos amigos, donos dos estabelecimentos que frequenta, que colocassem rampas de acesso aos mesmos. Numa prova de que muita gente precisa deste
secretário não faz a fiscalização direito; e eu estou com uns processos, desde 2010. Coloquei a SMTT, a empresa 18 de Setembro e a Princesinha no Ministério Público”. Segundo ele, os ônibus com elevadores só circulam até as 22h, de segunda a sexta-feira. “As pessoas devem colocar uma coisa na cabeça: Deficiente é uma pessoa como outra qualquer, não tem que se limitar a horário”, apela Dakka. “Somos pessoas normais, só temos limitações”, acrescenta.
Com dificuldade, Carlos coloca a mulher no ônibus
SEM GRATUIDADE
tipo de atenção, as rampas estão sendo beneficiando também mães que têm filhos pequenos e usam carrinhos para transportálos. Em geral o poder público não se ocupa do tema e quando faz, faz com desleixo. “Quando a prefeitura estava reformando uma praça do bairro, eu pedi que fizessem uma rampa”, conta. De nada serviu. “Não consigo subir nem descer, porque ela é muito inclinada”, lamenta Dakka, que reclama da lentidão do Governo Municipal. Feira de Santana tem
“Eu acho que a prefeitura é muito lenta quando diz respeito a tomar determinadas atitudes em relação a pessoas com necessidade especial”, afirma.
calçadas esburacadas e em níveis desiguais; faltam rampas, algumas são inúteis porque muito inclinadas, outras estão em locais inadequados ou com valeta logo abaixo, diferente do nível da rua; faltam elevadores para cadeirantes nos ônibus e alguns que existem não funcionam. Nos ônibus, segundo o pedreiro a maioria dos elevadores para cadeirantes não funciona. Por isso, ele geralmente tem de carregar dona Maria até o banco do veículo e depois voltar para buscar a cadeira de rodas. “Há um descaso total com os ônibus acessíveis em Feira de Santana, por parte da SMTT (Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito). É complicado, o
Nem o direito à gratuidade Maria do Carmo obteve. Carlos conta que há meses solicitou o passe-livre para ela, o qual até hoje não foi obtido. Eles contam com a compreensão dos cobradores, que não exigem pagamento porque veem a situação dela. Maria do Carmo tem 51 anos e adquiriu a deficiência há quatro, por conta de um acidente vascular cerebral (AVC), que também a deixou cega de um olho. Ela movimenta apenas o braço e a mão esquerda. “Até banho quem dá sou eu”, conta o companheiro. A reportagem tentou por semanas ouvir o secretário Flailton Frankles, mas por alegações diversas apresentadas por ele, não conseguiu uma resposta.
DEFICIENTES EM FEIRA DE SANTANA 138.765 pessoas têm algum tipo de deficiência permanente
25.953 têm dificuldade motora de algum tipo 9.443 têm dificuldade para se locomover 1.930 pessoas não conseguem se locomover sozinhas Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Apenas 800 rampas Feira possui apenas 300 rampas de acesso, enquanto em Uberlândia (MG), cidade de tamanho semelhante, existem 5 mil rampas. E o problema não é só a quantidade. Muitas delas estão fora dos padrões de acessibilidade, sendo muito inclinadas ou com valeta entre a rampa e o asfalto, dificultando a passagem do cadeirante. Se a cadeira for motorizada, é impossível passar. As Normas Brasileiras de Acessibilidade, dispostas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT – NBR9050/ 2004) determinam ainda que deve haver padronização das calçadas, algo impossível de ser ver em Feira de Santana. A Lei 10.098, de 2.000, regulamentada pelo Decreto Federal 5.296, de 2004, determina que todo prédio público ou privado de grande circulação deve estar totalmente adaptado para atender pessoas
com as mais diversas deficiências. Para empresas concessionárias de serviço público, também vigora a obrigatoriedade, com previsão de multa de R$ 500,00 a R$ 2.500,00 por descumprimento. O governo federal disponibilizou verbas para obras em prol da acessibilidade. O Decreto foi publicado em 2004 e o prazo, que era de dois anos e meio, já expirou. Tais determinações são praticamente ignoradas em Feira de Santana, apesar de normas de acessibilidade terem sido incorporadas também à Lei Orgânica do Município. Na Biblioteca Municipal Arnold Silva, no Centro de Feira, por exemplo, um cadeirante não tem acesso ao primeiro piso, pois o prédio não possui plataforma elevatória nem elevador.
Encaminhado projeto de Mobilidade Urbana O secretário municipal de planejamento, José Marcone Paulo de Sousa admite que “Feira de Santana está precisando urgentemente de uma reavaliação das questões de acessibilidade”. Marcone afirmou não conhecer o caso de Jacknes, que construiu rampas por conta própria na Santa Mônica. Disse lamentar, mas acrescentou que o cadeirante deveria ter solicitado o serviço da prefeitura. Com relação às rampas muito inclinadas ou com valetas, o secretário declarou que todas as rampas implantadas pela prefeitura seguem um padrão técnico. “Desconheço, mas pode ser que uma ou outra esteja fora do padrão”, admitiu. Ele anunciou que pretende revisar todas as rampas existentes.
PROJETO
O governo federal, através do Ministério das Cidades, destinará R$ 7 bilhões em financiamento para cidades do porte de Feira de Santana investirem em transporte público e construção de vias urbanas acessíveis. O prazo, estabelecido no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Médias Cidades para os municípios apresentarem suas propostas a fim de receber o recurso, começou dia 23 de julho e termina hoje (31). As cidades selecionadas serão divulgadas
dia 30 de novembro. Marcone assegurou que o projeto de Feira, chamado Calçada Cidadã, foi elaborado por uma equipe técnica qualificada da Secretaria Municipal de Planejamento e “vai absorver todas essas reclamações” feitas pelos cadeirantes. Segundo ele, a proposta apresentada pela prefeitura, com assessoria da Caixa Econômica Federal (CEF), inclui obras de padronização das calçadas, rampas, piso tátil para deficiente visual e até mesmo ciclovias, além de melhorias no transporte urbano. O secretário afirmou ainda que está sendo feita adequação em um projeto de lei municipal, dentro das exigências do Estatuto da Cidade, que deve ser enviado para a Câmara Municipal dentro de um mês. Com sua aprovação, todas as pessoas que quiserem construir ou reformar passeios terão que pedir uma licença da prefeitura e receber orientação técnica para sua execução. “Acreditamos que vamos ter a parceria da comunidade, quem for fazer quaisquer ações de obras dentro da cidade deverá pedir autorização e projeto aqui na Secretaria Municipal de Planejamento”, explicou.
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Empresas negam emprego a deficientes TEXTO E FOTO: JULIANA VITAL Em dez anos oferecendo treinamento para deficientes poderem trabalhar, a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) conseguiu colocar somente cerca de 50 pessoas no mercado. Uma irrisória média de cinco por ano. Isto apesar da existência da Lei 8213/91 de 24/07/1991, que determina a contratação de um percentual de deficientes por empresas que tenham a partir de 100 funcionários (veja quadro nesta página). Algumas empresas chegam a forjar contratações. “Assim que comprovam junto à fiscalização do Ministério do Trabalho o preenchimento da vaga, voltam atrás, frustrando o candidato e também sua família”, relata a coordenadora pedagógica da APAE, Raquel Peixoto. Com mais de 480 alunos matriculados em sua escola, a APAE foi fundada em Feira há 27 anos. Oferece diversos serviços de saúde e acompanhamento pedagógico, mas há 10 anos também forma e capacita deficientes para o mercado de trabalho. De acordo com a coordenadora pedagógica do núcleo de educação profissional da APAE de Feira de Santana, Elba Gomes de Almeida, as dificuldades para a inclusão de deficientes no mercado de trabalho talvez estejam mais na mentalidade limitada dos empresários do que nos próprios deficientes. “Não temos
conseguimos adaptá-los às funções mais adequadas para eles. Um exemplo disso é o nosso funcionário deficiente auditivo, que trabalha na montagem das lâmpadas. O trabalho requer uma concentração grande, a qual ele consegue desenvolver perfeitamente”, relata.
No comércio
Wildson de Jesus Lima é repositor no G Barbosa
dificuldade em formar o deficiente para o mercado de trabalho, temos sim uma grande dificuldade em fazer com que os gestores dessas empresas entendam que para receber um deficiente, a empresa precisa passar por adaptações”, afirma. “É muito comum nós recebermos por parte de empresas, solicitações de perfis de trabalhadores comuns, com habilidades normais, como se os deficientes pudessem exercer as mesmas funções que os demais funcionários. Podem, contanto que sejam adaptados conforme a sua condição física ou intelectual”, adverte. O encaminhamento de deficientes ao mercado é feito em parceria com o Ministério do trabalho, a Casa do Trabalhador (da prefeitura), empresas e ONGs. De acordo com a diretora da Casa do Trabalhador, Graça Cordeiro, as fábricas conseguem se adaptar melhor fisicamente para receber os deficientes do
que as empresas comerciais (instalações de rampas, banheiros adaptados para cadeiras de rodas, sinais sonoros e instruções em Braille). A diretora afirma que a procura maior por parte das empresas é pelo deficiente físico moderado, porque este não exige grandes adaptações na estrutura física. Em segundo lugar está o deficiente auditivo, em terceiro o deficiente intelectual. Na indústria Uma das maiores empresas de iluminação do país, a G- Light de Feira de Santana, localizada na BR 324, conta hoje com um quadro de 150 funcionários em sua fábrica e de acordo com a diretora de Recursos Humanos, Ana Cristina Nascimento, levou cerca de 6 meses para conseguir preencher as chamadas vagas inclusivas. “Hoje contamos com 10 portadores de deficiências das mais variadas. Há deficiente auditivo, visual e locomotor. Nós
O Supermercado G Barbosa conta com 9 lojas em Feira de Santana e pelo número de funcionários que possui (na faixa entre 500 e 1.000), precisa empregar 35 deficientes. Ainda faltam preencher 22 vagas, mais da metade. A loja situada na rua Vasco Filho (próxima da rodoviária), conta em seu quadro funcional com deficientes auditivos, intelectuais e físicos moderados (aqueles que não dependem de cadeira de rodas para se locomover). “Os funcionários são preparados para receber os novos colegas os quais trazem grandes lições de vida, superação e tolerância aos demais colaboradores”, diz a consultora de RH da empresa, Cássia Roberta Santos. O colaborador Wildson de Jesus Lima de 36 anos, tem deficiência intelectual, trabalha há 5 anos no supermercado como repositor e se diz satisfeito com o ambiente. “Eu gosto muito de trabalhar e me sinto muito bem aqui. Pra mim é importante porque recebo meu salário, ajudo minha família e me sinto feliz”, comemora.
Supermercado G Barbosa oferece vagas A APAE de Feira de Santana realizará cursos gratuitos de repositor de mercadorias, auxiliar de pintor e operador de supermercado, em parceria com a secretaria estadual
do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) e o Instituto G Barbosa com o objetivo de qualificar profissionalmente pessoas com deficiência, para inseri-las na própria
rede de supermercados GBarbosa. A idade mínima é de 18 anos e o futuro empregado não poderá estar entre os que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC) do governo.
Os interessados devem se dirigir à sede da APAE, ao lado do Transbordo central com RG, CPF e comprovante de residência. Contato pelo telefone 33217304 (APAE) , 3603-2000 (Casa do Trabalhador).
Percentuais obrigatórios de vagas para deficientes - empresa entre 100 e 200 funcionários 2% - de 201 a 500 funcionários 3% - de 501 a 1.000 funcionários 4% - de 1001 em diante 5%
redacao@tribunafeirense.com.br
Itamar Vian Glauco Wanderley O escândalo que os adversários de Lucena procuravam Durante anos, adversários de Carlos Lucena procuraram, por meio de argumentos toscos removêlo do cargo de Procurador Geral do Município, no qual encastelou-se desde a criação da função, na segunda metade dos anos 1990. Não conseguiram nem chegaram perto. Agora o próprio procurador entregou de bandeja uma razão fortíssima para ser posto em descanso forçado. Deu aval, apostando a assinatura, em um acordo lesivo contra a municipalidade cujos interesses deveria defender. Difícil acreditar que alguém (no caso as empresas de ônibus) tenha a coragem de pedir indenização porque “as passagens subiram menos do que deveriam”, numa cidade com um serviço caro e ruim (muito ruim) de transporte coletivo. Mais inacreditável ainda que o prefeito e o procurador, ao invés de irem às últimas consequências para contraditar o processo, tenham concordado com o disparate, aceitando fazer um “acordo”, justificado como forma de minimizar o dano, já que, condenada, a prefeitura teria que pagar ainda mais do que o previsto no “acordo”. Segundo especialistas que estudaram o assunto, o cálculo da tarifa é feito com base em indicadores dos anos 80 do século passado. Portanto, se não está adequado como parâmetro para o reajuste que todo ano ocorre, muito menos está para servir de base a uma ação indenizatória. Negligente, a procuradoria tomou revelia no processo, por não ter apresentado defesa. Diligente, apressou-se no acerto com o reclamante, acerto que, além de prever o pagamento de 37 milhões (a ser feito em forma de desconto em impostos devidos), incluiria uma outra compensação: a prorrogação da concessão para exploração do serviço por mais 12 anos. Novo prejuízo para os cofres públicos, pois numa licitação as empresas teriam que pagar para operar no município. Óbvio que, apesar do nome do procurador depender de homologação da Câmara, o candidato a este cargo só precisa de um voto. Só precisa merecer a confiança do próximo Chefe do Executivo, que é quem indica e consegue com sua base garantir a aprovação do nome que indicar. O problema, depois deste episódio, será para o prefeito que tiver de fazer a indicação, justificar uma eventual opção por Lucena, depois do risco que a Procuradoria deixou o erário municipal correr. Risco afastado, espera-se, depois do vazamento da notícia, já que o prefeito Tarcízio Pimenta anunciou ter recuado do acerto para “evitar exploração política” do episódio.
HORÁRIO ELEITORAL
Demorou mas o candidato Zé Neto apresentou uma proposta concreta. O Tri Via, um sistema novo para o transporte coletivo, mencionado em seu quarto programa. Até então o tempo fora gasto com “abraços e tapinhas nas costas” (para citar uma frase dita pelo próprio candidato em sua fala), além de clipes, família, recuerdos, Dilma, Wagner, depoimentos de correligionários e militantes. Mas o que são aqueles movimentos de câmera e enquadramentos no programa de Tarcízio, com a apresentadora em pé e o candidato do lado, sentadinho, todo sem jeito, parecendo de castigo? Vai ver que isso é moderno e eu não sei. Mas como facilitam a vida de Ronaldo! Ao falar de educação, José Ronaldo não tocou na questão do péssimo desempenho da rede municipal no Ideb 2011, principal indicador do setor. Desde o primeiro Ideb, em 2005, a nota baixou de um nível muito ruim para péssimo, já que está deixando de alcançar a modesta meta do MEC. O tema é espinhoso para Ronaldo, que dirigiu a cidade por oito anos, sem que melhorias tenham sido vistas na educação. Portanto ele é responsável por parte do caos que hoje se vê. Espero que comece a ser parte da solução, caso venha se sentar novamente na cadeira de prefeito.
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Protestos na Semana do Deficiente VALMA SILVA
Na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla (21 a 28 de agosto), uma série de atividades foram realizadas pela APAE, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade e combater o preconceito contra portadores de necessidades especiais. Não existem dados oficiais, porém, o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência estima que em Feira de Santana existam no mínimo 50 mil pessoas com algum tipo de deficiência (cerca de 10% da população de mais de 550 mil habitantes, segundo o IBGE). Em exposição no chamado “Espaço Marcus Moraes” na Avenida Getúlio Vargas, muitos se queixaram sobre a falta de oportunidade educacional e profissional. Foi o caso da jovem Maria de Fátima Pimentel, que é cadeirante, e fez cursos de qualificação oferecidos pela própria APAE. “Estudei, consigo me socializar, sigo meu tratamento à risca, com
Jovens que participam de atividades na APAE: mais atenção e menos preconceito
remédios e fisioterapia, no entanto sou eliminada de processos seletivos, mesmo quando a vaga é destinada a portadores de deficiência”. Para Maria de Fátima, é o preconceito que impede os empresários de contratar deficientes. Lúcia Costa Silva também já sentiu o gosto amargo do preconceito. Ela tentou, em vão, matricular o filho, Felipe, de oito anos de idade, portador da Síndrome de Down, em algumas escolas particulares. “Ele não foi
aceito em cinco colégios, e de grande porte, por causa da síndrome. Os diretores admitiram que não estavam preparados para lidar com um estudante desse perfil”. Lúcia lamenta o ocorrido, mas, por outro lado, comemora, porque hoje Felipe estuda na escola da APAE e está se desenvolvendo muito bem. “Na APAE, tanto eu como ele convivemos com pessoas iguais a nós, que estamos passando pela mesma situação”. Para Jurandir Mato
Grosso, presidente da Apae Feira, embora tenha provocado alguma alteração, a lei que obriga a contratação de deficientes em empresas com mais de 100 funcionários está longe de ser cumprida em sua plenitude. No plano nacional, as estatísticas dizem que menos de metade das empresas (44,5%) cumpre a norma. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que 870 mil vagas deveriam ser preenchidas pelos cotistas,
mas atualmente apenas 350 mil estão ocupadas. Não há estatística de Feira de Santana. Essa realidade já levou o Ministério Público do Trabalho a abrir, nos últimos dois anos, 3.363 processos em 10 estados e no Distrito Federal. Destes, 1003 resultaram em Termos de Ajustamento de Conduta. Para as empresas que descumprem a norma, a multa pode variar de R$ 1.195,13 a R$ 119.512,33. Conforme Jurandir, a lei de cotas foi um fato extremamente positivo para a inserção dos deficientes físicos no mercado de trabalho, principalmente porque força as escolas a se remodelarem para preparar os alunos deficientes. No entanto, as empresas no Brasil fazem um forte lobby para mudar a lei de cotas, com o argumento de que falta a qualificação necessária. “O que não é verdade. Nós, na Apae, por exemplo, temos cursos de qualificação para esse público. Através dele temos obtido bons resultados em parcerias com grandes empresas, como a rede de
supermercados G.Barbosa e o Le Biscuit, mas é a minoria das empresas que absorve esse profissional”, aponta. Outro problema é a generalidade da lei, que não faz um recorte nas deficiências, o que permite aos patrões cumprirem a cota da forma como acharem mais conveniente, dificultando assim a inserção de alguns deficientes, principalmente os que têm a chamada deficiência mental. “Enquanto a gente não reverter essa situação, não podemos pensar em nada no sentido de alterar a lei. Deveríamos é aperfeiçoá-la. Na Espanha, por exemplo, já existe dentro das cotas uma cota mínima para os deficientes intelectuais”. Segundo o MTE, os deficientes mentais representam apenas 2,41% dos 350 mil deficientes inseridos no mercado de trabalho. Enquanto os deficientes físicos correspondem a 50,28% (28,16% são auditivos, 2,95% são visuais e 1,67% apresentam deficiência múltipla.
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di.vianfs@ig.com.br
Itamar Vian Arcebispo Metropolitano
Luzes no Caminho
O gato e as eleições Por 121 votos contra 65, os alunos da escola Ângelo Trevisan, em Curitiba, aprovaram a permanência de um gato no recinto da escola. Há algum tempo se instalara na escola e as crianças o adotaram. Não lhe faltava nem carinho, nem comida. Mas nem todos viam com bons olhos a presença do pequeno animal. Aí surgiu a idéia de um plebiscito. Durante a campanha eleitoral, os alunos pesquisaram a biologia dos gatos, as doenças por eles transmitidas e a possibilidade de uma invasão de pulgas. Veterinários participaram dos debates que contaram com a presença de numerosos pais. Agora, nova eleição decidirá o nome do gato. NÃO HÁ DÚVIDAS que a participação no poder é um dos grandes anseios de hoje. Ninguém gosta de qualquer tipo de ditadura ou de leis que vêem de cima para baixo. As “medidas provisórias”, venham de onde vierem contam com a antipatia generalizada. As melhores soluções – quase sempre – são as que surgem nas bases. O debate vai purificando a idéia e a solução final na maioria das vezes, é lógica e racional. O mesmo vale para a participação efetiva na organização da sociedade. Hoje, participar é uma necessidade. MESMO assim, é preciso convir que as chamadas “soluções democráticas” nem sempre são as melhores. Muitas vezes a “voz do povo” está longe de ser a”a voz de Deus”. E isto por algumas razões. Em primeiro lugar, há sempre pessoas que manipulam a realidade, há poderosos meios de comunicação que têm interesses na decisão e, por isso, jogam duro. Uma boa “máquina eleitoral” pode ser decisiva. Jesus Cristo foi condenado pelo povo, que preferiu Barrabás. Na história do Brasil, o grande Rui Barbosa, com seu movimento civilista, foi esmagado por Marechal Hermes da Fonseca. EXISTE outra razão que pode atrapalhar o veredito popular: o comodismo e/ou o interesse. Qualquer votação que decidisse a diminuição dos impostos teria ampla maioria. E não necessariamente isto seria justo. Se os Dez Mandamentos tivessem que passar por um Plebiscito, possivelmente seriam revogados. A PARTICIPAÇÃO, o debate, a partilha nas decisões, sem dúvida, constituem-se em avanço. Mas a vontade da maioria nem sempre é a melhor. Há valores que não dependem de Plebiscito. Mesmo com todas as votações do mundo, o bem e o mal não mudam. Mesmo que todos os deputados e senadores votem a favor do aborto, Deus e a Igreja continuam afirmando: Não matar. A Lei de Deus não está sujeita à opinião pública.
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ACEFS realiza reuniões com candidatos a prefeito A Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS) realizará, entre os dias 3 e 5 de setembro, reuniões com os três principais candidatos a prefeito da cidade nas próximas eleições, para que eles falem sobre as propostas para o desenvolvimento, organização e fomento dos setores do comércio, indústria e serviços. A iniciativa é uma parceria com em conjunto com a CDL, CIFS, SICOMFS, SINDFEIRA e Instituto Pensar Feira. “É óbvio que todas as áreas dizem respeito à classe empresarial, mas como isso já está sendo mostrado pelos candidatos em suas campanhas, nós queremos aprofundar e detalhar as propostas”, afirma Armando Sampaio, presidente da ACEFS. O objetivo
Armando Sampaio: candidato deverá aprofundar propostas
é saber o que cada um deles pretende fazer para o desenvolvimento de Feira de Santana. Armando faz questão de reafirmar que nesses encontros não haverá debates, mas apresentação de propostas de governo. De acordo com a programação da entidade, os candidatos se apresentarão em dias diferentes. O primeiro será o prefeito Tarcízio Pimenta (PDT), que será
recebido na ACEFS no dia 3. No dia 4 será a vez do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho (DEM) e no dia 5, o deputado estadual José Neto (PT). Os encontros acontecerão sempre a partir das 17h30, com duração prevista de uma hora e meia cada. O número de pessoas que participarão dessas reuniões será limitado, em função da capacidade do auditório da ACEFS. Por isso as inscrições já
estão sendo abertas. “As pessoas telefonarão para se cadastrar no dia que gostará de ir. Caso queira ver os três candidatos, fará o cadastro para os três dias. Essas pessoas irão receber um crachá ou uma autorização que dará acesso ao auditório nesse dia”, explica Armando. Ao todo serão disponibilizados 150 lugares para associados, imprensa, assessoria dos candidatos e diretoria das entidades. Para a imprensa poderão ser cadastrados dois profissionais por veículo de comunicação. A diretoria da associação solicita que o cadastro seja realizado com antecedência, para evitar transtornos de última hora. A ACEFS fica no Largo São Francisco, nº 43, bairro Kalilândia. O telefone para inscrições é (75) 3211-7446.
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cultural
Poesia feirense interpretada por Araylton Públio Ordachson Gonçalves A poesia falada, exclamada, gesticulada e, por vezes, até gritada. Os recitais performáticos de Araylton Públio têm conquistado novos admiradores a cada apresentação. O repertório é quase sempre composto por poesias de autores feirenses, como Antônio Brasileiro, Roberval Pereyr, Ederval Fernandes, Weslley Almeida, ou do próprio intérprete. Além de ator, Públio também é poeta e autor teatral. Iniciou as apresentações de recitais performáticos há cerca de dez anos. A intenção é disseminar as obras dos poetas feirenses de uma forma mais direta com o público. “E isso é algo que temos pouco contato. Mas por outro lado é muito valorizado. As pessoas param para ouvir”, revela. A última apresentação foi no evento que marcou o aniversário de 16 anos do Museu de Arte Contemporânea Raimundo Oliveira. Públio apresentou o recital performático A Composição do Homem, interpretando sete poemas de Antônio Brasileiro: Nuança, Dedal de Areia, Estudo 165, Os dentes
Araylton Públio em uma das suas performances, no MAC
sandropenelu@gmail.com
Sandro Penelu
Cultura e Lazer Expofeira 2012 tem maioria das atrações locais Das 23 atrações da Expofeira 2012, contratadas pela Prefeitura, 87% são locais e regionais. Apenas as cantoras Jamily e Gaby Amarantos são nacionais. Confira a programação: 02/09 Axé e Beijo, Jorge de Angélica, Mont Zionh, Dionorina e Libu do Regge 06/09 Giovany Nissi, Jamily e Dança de Rua 07/09 Nu Xote, Galeguinho, Maryzelia, Ramon Rios e Mazinho Venturiny 08/09 Djalma Ferreira, Márcia Porto, Gaby Amarantos, Sandro de Castro e Lucien Jr 09/09 Kuriosidade do Forró, Samba X, Alex Gomes, Márcio Alves e Chicaê *Com informações da Secom/PMFS
Projeto Conto em Cena, apresenta “Noiva da Morte” e o “Justo” no CUCA cor de rosa do ilusor, Contemplação da Nuvem, Estudo 157 e Das coisas memoráveis. Este último foi retirado do livro Pequenos Assombros (Edições Cordel/2001), enquanto que os demais, da Antologia Poética (Fund. Casa de Jorge Amado/1996). Simples adereços como pedaços de papel, caneta e varinhas de madeira são o suficiente para compor o cenário de uma apresentação. “E as pessoas gostam porque são carentes de poesia. O recital performático permite uma poesia visualizada. Uso imagens, adereços, transformo pedaços de papel em rio, e construo
muitas coisas explorando bastante a imaginação das pessoas. Naquele instante, conseguimos fazer com que o expectador visualize um grande cenário”, explica. Públio salienta que a responsabilidade do ator acaba sendo maior que em outras vertentes da arte cênica. “O ator tem que mostrar presença, tem que se impor, porque estamos em um ambiente que não é teatral, não estamos no palco, mas sim no mesmo plano que a platéia. Então a relação tem que ser um pouquinho diferente, até mesmo para não ser agressivo com o expectador. Tenho que contracenar com ele de uma forma saudável para os dois”, pontua.
Incorporando um poeta pintor O recital performático A Composição do Homem, composto por sete poemas de Antônio Brasileiro, tem duração de dez minutos. A sensação é de que a apresentação tem um tempo de duração menor. Do começo ao fim, Araylton Públio consegue prender a atenção do público. A coesão da apresentação é resultado não apenas do trabalho de apresentação, mas de todo o processo de construção do recital performático. Públio revela que os poemas foram escolhidos criteriosamente. “Procurei traçar um perfil sintético do poeta, ressaltando temas e preocupações constantes, que nos fazem refletir sobre
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Feira de Santana, sexta-feira, 31 agosto de 2012
o nosso estar no mundo, sobretudo neste caótico mundo contemporâneo”, frisa. Públio diz ainda que a utilização de elementos plásticos para ampliar o entendimento do texto, e que fazem uma alusão com a arte visual, é proposital. “Eu busco incorporar, em meio ao gestual, figurinos e adereços, a outra vertente artística de Antônio Brasileiro, que é a de artista plástico. Então eu interpreto também um poeta-pintor”, explica.
ENSAIO
Araylton Públio destaca ainda que o recital performático, diferentemente da performance, requer uma maior dedicação aos
ensaios. “Em qualquer atividade teatral a gente faz um ensaio, mas a performance, como tem um sentido de liberdade maior, exige menos ensaio. Mas não quer dizer que você não tenha traçado todo um roteiro de atuação. É muito comum a gente ver performances sem palavras, só gestual. Já o recital tem que ser ensaiado”. O talento aliada a experiência de Araylton Públio são aspectos que ficam bastante evidenciados nas apresentações performáticas. Com 47 anos de idade e mais de 30 dedicados ao teatro como autor e ator, ele acumula inúmeros prêmios na Bahia e no Brasil. “A minha maior satisfação é levar a arte para o público”.
O Grupo Conto em Cena volta ao palco do Teatro Universitário do Cuca, para apresentação de dois espetáculos inspirados no escritor Nelson Rodrigues: “Noiva da Morte” e “O Justo”, ambos numa só encenação. As apresentações acontecerão hoje, amanhã e domingo, a partir das 20h, com ingressos no local. “Noiva da Morte” conta a história de
Alipinho, um menino de classe média, que fora sempre tratado com delicadeza e ensinado por sua mãe de que o homem não precisa ser rude. Discordando do discurso da mãe, o pai – que ficara doente pouco antes de morrer – faz com que o médico da família o prometa que irá fazer Alipinho se casar. Com o desejo de satisfazer seu ego, o médico usa de todas as artimanhas necessárias para conseguir realizar o
desejo do pai do menino. “O Justo” conta a história de Isaurinha, moça agregada da família, que aparece grávida. A notícia cai como uma bomba sobre a tradicional casa, na qual a figura patriarcal, déspota e autoritário de Sr. Clementino passa a desconfiar dos genros e filhos. Entre conflitos e suspeitas, a vítima aponta Jucá, filho solteiro, como o responsável pela sua gravidez.
A partir do dia 3 de setembro, o Centro de Cultura Amélio Amorim abriga a exposição itinerante Museus da Bahia: Identidade e Territórios. A mostra é uma realização da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (DIMUS/IPAC), em parceria com o CCAAm e fica em cartaz
até 28 de setembro, das 8h às 21h, com entrada gratuita. Idealizada pelos museólogos Guilherme Figueiredo e Ana Cristina Coelho, a exposição apresenta o perfil dos museus vinculados à estrutura da DIMUS e das 217 instituições museais, mapeadas no estado. São 23 painéis que, através de mapas, fotografias e dados
estatísticos, evocam o patrimônio integral de 25 territórios de identidade baianos. O total de municípios com espaços museais, situação quanto ao funcionamento e a distribuição dos museus no estado são algumas das informações apresentadas. *Com texto da assessoria.
Feira de Santana recebe exposição sobre os museus da Bahia
SHOWS AO VIVO SEXTA-FEIRA 31/08
SÁBADO 01/09
*Mais dicas culturais em: www.infcultural.blogspot.com
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social
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social@tribunafeirense.com.br
Victória com amigas
Os 15 Anos de Victória No salão belissimamente decorado do Edíficio Portal do Jardim, sábado passado, Cristiano e Trícia Mascarenhas, receberam familiares e convidados para os 15 anos de Victória Kruschewsky Mascarenhas. A debutante viveu uma noite inesquecível enlaçada em afeto e carinho por todos os
impecável buffet e a animação do Dj Agenor que embalou a festa. Foi motivo de admiração os doces impecáveis e deliciosos. Victoria desfilou em lindos vestidos e dançou a valsa com o pai, avô, e diversos tios e primos. Uma noite para a memória de todos e, em especial, de Antonio e Conceição Mascarenhas, seus avós.
Victória ao lado dos pais
A valsa com o pai Cristiano Mascarenhas
A valsa com o avô Antonio Mascarenhas
Victória com familiares
Victória com a avó Conceição Mascarenhas e Tricia, com o vestido da valsa
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Feira de Santana, sexta-feira, 31 agosto de 2012
FEIRA É DE TODOS NÓS
TOME CONTA DO QUE É SEU! UMA CAMPANHA DA
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Feira de Santana, sexta-feira, 31 agosto de 2012
Itamar Vian Arcebispo Metropolitano
Luzes no Caminho di.vianfs@ig.com.br
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