Centro cultural memoria,corpo e movimento

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CENTRO CULTURAL

:

MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO


GLEDSON RODRIGUES

CENTRO CULTURAL

MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO Trabalho Final de Graduação Orientadora : Prof.ª. Marcela Cury Petenusci CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

RIBEIRÃO PRETO 2017



VILA VIRGÍNIA Preservar a memória não é só resgatar o passado, também é compreender as diferenças e reconhecer os limites de cada período. É ter referenciais consistentes para construir o presente e planejar o futuro. É descobrir valores e renovar os vínculos. É refletir sobre a história, não apenas como quem recorda, mas exercitando uma verdadeira conduta, em que a reflexão e a prática andam lado a lado..

FOTO DA ANTIGA ROTUNDA DE RIBEIRÃO PRETO, SOBREPOSTA A SUA TRANSFORMAÇÃO


CENTRO CULTURAL

[...] um centro cultural deve ser um pólo de cultura viva, proporcionando ao público liberdade de se fazer cultura e favorecendo a sua conscientização (NEVES, 2013, p. 11).

Fonte : Acervo do Autor


“ A arquitetura pode e produz efeitos positivos quando as intenções libertários do arquiteto coincidem com a prática real dos povos nos exercícios de sua liberdade.” Michel Foucault



Fonte : https://br.pinterest.com/ pin/634796509947115792/?lp=true


AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades. Aos meus pais Nelson e Arlene que nunca mediram esforços para que eu atingisse os meus objetivos. A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior. A Professora Marcela Cury, com quem partilhei o que era o broto daquilo que veio a ser esse trabalho. À minha família, por sua capacidade de acreditar e investir em mim. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.


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INTRODUÇÃO OBJETIVO GERAL

OBJETIVO ESPECIFICO

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CAPÍTULO I - REFERENCIAL TÉORICO I. .1 - CENTROS CULTURAIS

I.2.1 - CONCEITO E ORIGEM DE UM CENTRO CULTURAL I. .2 - OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES DE UM CENTRO CULTURAL

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CAPÍTULO II - AÇO NA ARQUITETURA II. .1 - SUSTENTABILIDADE II.2 - USO DA NOVA TECNOLOGIA


32/33 44/45

CAPÍTULO III - PROJETOS ANÁLOGOS III. .1 - ALB’ORU CENTRO CULTURAL EM BATISTA FRANÇA

CAPÍTULO IV - ÁREA DE ESTUDO IV.1 - ÁREA DE ESTUDO IV.2 - TOPOGRAFIA IV.3 - PLANO DIRETOR IV.4- LEITURA MORFOLÓGICA

III .2 -CONCRETE ALSERKAL ALVENUE III. 3- CENTRO CULTURAL MERCADO GETAF

SUMÁRIO 64/65

IV.5 - LEITURA DO SISTEMA VIÁRIO

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V.1 - PARTIDO V.2 - DESENVOLVIMENTO

IV.6 - PROGRAMA DE NECESSIDADES IV.7- CONDICIONANTES DA ÁREA

CAPÍTULO V - PROJETO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

V.3 - PROPOSTA FINAL CONSIDERAÇÕES FINAIS


INTRODUÇÃO [...] um centro cultural deve ser um pólo de cultura viva, proporcionando ao público liberdade de se fazer cultura e favorecendo a sua conscientização (NEVES, 2013, p. 11).

O

presente trabalho consiste principalmente em projetar uma edificação que adquira a responsabilidade de valorizar e potencializar a flexibilidade de usos, o sistema construtivo em aço possibilita grandes espaços livres, integrar o convívio social e o desenvolvimento de atividades de lazer enfatizando sua multifuncionalidade. O arquiteto tem a responsabilidade de ter

uma visão mais sensível e crítica da nossa sociedade, por isso, a escolha do centro cultural foi contemplar uma região com problemas sociais e de infraestrutura, proporcionando para esses moradores uma oportunidade de desenvolver atividades educacionais como cultura, música, esportes, educação e lazer. A principal motivação para a escolha da área no eixo da Avenida Cara-

muru com a Avenida João Fiúsa foi devido ao histórico dos bairros Jardim Progresso, Vila Guiomar e Vila Virginia que têm relação desproporcional de adensamentos de edifícios multifamiliares de baixa renda e casas, gerando um déficit muito grande de áreas para convívio social e ausência de equipamentos para o lazer.

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“[..] O aço é amigo do ambiente devido ao seu auto potencial de reciclagem, no entanto, não apenas são só os benefícios ambientais do aço que contribuem para este objetivo’’ (Gervasio,2013).

Fonte : http://www. gmund.com/content/ en/image-brochure 11


dade de participação dessas atividades. Propõem-se programas para habilitar as crianças, jovens e adultos através de novas formas de expressão (estética, corporal, musical e intelectual) e para novos caminhos de inserção e participação social. Fornecendo a criação de uma arquitetura que adote um sistema construtivo em aço que gere a reciclabilidade e flexibilidade. Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol. com.br/sociologia/ identidade-cultural. htm

INTRODUÇÃO OBJETIVOS

O

bjetivo principal é promover o fortalecimento da identidade cultural da área, propor um centro cultural que forneça a inclusão social. Um elemento de valorização que visa garantir a participação da sociedade. Pretende-se desenvolver uma proposta que possibilite resgatar e refletir sobre a história, memória e identidade da região. Conceber e potencializar a flexibilidade do uso, fornecendo o convívio e desenvolvimento de atividades e oferecendo as comunidades de diferentes níveis sociais a possibili-

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Memória Parte do pátio de Ribeirão Preto, visto do morro da cidade, sentido Vila Vírgina , no ano de 1963. A rotunda aparece à esquerda

FOTO DA ANTIGA ROTUNDA DE RIBEIRÃO PRETO Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/rotundas/ribeiraopreto.htm 13


“Buscar uma nova organização para o espaço significa ousar.”

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REFERENCIAL TEÓRICO

Ruina das Antiga Biblioteca de Alexandria Fonte: http://construindohistoriahoje.blogspot.com.br

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CENTRO CULTURAL [...] Não é à toa que a arquitetura torna-se exuberante quando projeta obras ligadas à esfera cultura. O caráter monumental diz que a própria beleza é um discurso ligado à cultura como posse. Um Centro Cultural feio seria uma contradição. Tudo isso leva a apontar para a supremacia do caráter formal dos prédios que proliferam com essa denominação sobre a sua própria razão de existir. (Luís Milanesi, 2003)

Fonte : http://www. gmund.com/content/ en/image-brochure

Os Centros Culturais, de um modo geral, consistem em equipamentos de propriedade estatal, cooperativa ou em raros casos privada, uma vez que, costumam tratar se de instituições sem fins lucrativos. A estrutura é de uso coletivo, onde são propostas oficinas e exposições de música, literatura, dança, teatro, artes plásticas, dentre outras manifestações artístico-culturais (PINTO et al., 2012). 16


O termo cultura neste contexto é incorporado ao sentido mais amplo e contemporâneo, tal qual descrito por Jaeger (1989, p. 06) apud Silva e Camargo (2012, p. 05): Hoje estamos habituados a usar a palavra cultura não no sentido de um ideal próprio da humanidade herdeira da Grécia, mas antes numa acepção bem mais comum, que se estende a todos os povos da Terra, incluindo os primitivos. Entendemos assim por cultura a totalidade das manifestações e formas de vida que caracterizam um povo.

Um Centro Cultural deve favorecer e estabelecer uma perspectiva voltada a contemplação, consolidação da sabedoria e valorização da memória. Diante destes conceitos devemos considerar as limitações destas metodologias, trazer à tona os conceitos culturais que irão se articular no projeto, se associar as discussões já feitas por outros autores sobre o assunto.O objetivo é a reflexão sobre os equipamentos que ai serão planejados e implantados.

No entanto, Cunha (2010) apud Silva e Camargo (2012) deixam claro que a acepção do termo cultura trata do cuidado em “alimentar” o espírito e o intelecto. 17


D

e acordo com Castro (2009) principalmente dos órgãos públicos. Entretanto, apud Marco (2009), pesquisas

apontam a Biblioteca de Alexandria

é

importante

fazer

A preocupação deve estar voltada uma análise completa para que seja para a sua funcionalidade. No compreendido em qual momento

(Figura 1 e Figura 2), construída entanto, as atividades podem variar da vida das pessoas ele é usufruído. pelos egípcios no século II a.C. conforme os casos. Um aspecto

nota-se que neste breve capitulo

como elemento de integração entre o importante do Centro Cultural é

o centro cultural privilegia o

conhecimento e o lazer, tendo como ser um gerador de encontros nas campo intelectual e artístico da objetivo preservar e disseminar os comunidades, onde as pessoas se cultura, muitas vezes esquecendo a saberes da época através da exibição reúnem para conservar as tradições cultura física, lazer e o resgate da de obras artísticas. O conceito e

desenvolver

atividades

que memória ¨local¨, esta iniciativa é

de Centro Cultural vem do latim incluem toda a família. sempre

um campo que deve-se ser tratado

centrum, podendo fazer menção

Deve-se

assegurar

a no conceito de cultura.

a diversas questões. Não existe

relação entre centro de cultura e

um modelo definido de Centro a realidade local, impossibilitando Cultural. O aumento destes títulos que seja feita cultura distanciada e em fachadas dos edifícios indica a fora da realidade onde se encontram necessidade de se questionar o que os

grupos

sociais.

Portanto,

o

realmente é um Centro Cultural e lazer é entendido como a cultura, quais suas características, tornando- compreendida em seu sentido mais se atualmente um objeto de desejo, amplo

(MARCELLINO,

1.2.1 CONCEITO E ORIGEM DO CENTRO CULTURAL,

2004).

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BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA

FIGURA 3 – Foto atual da Biblioteca de Alexandria fonte: https://www.galeriadaarquitetura.com.br/Blog/post/revivendo-a-historia-a-novabiblioteca-de-alexandria ‘ Figura 1 – Ilustração do interior da antiga Biblioteca de Alexandria Fonte: http://construindohistoriahoje.blogspot.com.br

FIGURA 2 – Ruina das Antiga Biblioteca de Alexandria Fonte: http://construindohistoriahoje.blogspot.com.br

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S

egundo Milanesi (1997), as atividades dos Centros Culturais devem ser objetivas, devendo trabalhar para despertar a interação e a reflexão nos visitantes. Milanesi (1997, p. 28) afirma que não há um modelo prédefinido de Centro Cultural, mas sim bases que permitem diferenciá-lo de edifícios com outros usos:

produtos. O público é formado pelos que exercitam a criatividade e pelos criadores potenciais – ou, em outras palavras, todos. Quem entra num Centro Cultural deve viver experiências significativas e rever a si próprio e suas relações com os demais [...]

Milanesi (1997) discorre ainda sobre os objetivos de um Centro Cultural, visando atender essencialmente há três [...] é a reunião de produtos objetivos fundamentais: disculturais, a possibilidade de cutir, informar e criar.

discuti-los e a prática de criar novos

1.2.2 OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES DE UM CENTRO CULTURAL,

Fonte : https://www.skoob.com. br/livro/pdf/a-casa-da-invencao/51154/edicao:56163

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A

o fazer a análise em Milanesi (1997) vemos que cultura já adentra nossas casas cotidianamente através dos meios de comunicação, a cultura precisa ser de inovação e descoberta. Promover a criatividade em grupo e criar laços sociais, focar os processos que visam formar sujeitos, construir uma identidade cultural e assim criar um vínculo efetivo com seu entorno. Partindo destes conceitos, o objetivo de elaborar um projeto que cujo elementos construtivos gere uma forma dinâmica e de flexibilidade,

onde possibilita a diversidade do uso dos espaços internos, e que cuja forma aguça a curiosidade de descobrir um novo espaço. Foi eleito uma tecnologia construtiva “nova” no partido arquitetônico o Aço, elemento que veem fortalecendo um sofisticado conceito pouco utilizado em nossas construções. Para o espaço externo vamos prover uma ação de ¨cultura viva¨ que não focalize apenas em processos, mas sim que se relacione com o bairro.

INFORMAR

DISCUTIR CENTRO CULTURAL

CRIAR

Diagrama dos principais objetivos do Centro Cultural

FONTE: Acervo do Autor, a partir da metodologia de Milanesi (1997)A

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Fonte : http://www. gmund.com/content/ en/image-brochure 22


AÇO NA ARQUITETURA

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Fonte : http://arquigrafia.arquitecturacritica. com.ar/2012/03/casa-estudio-de-acero-ii.html 24


O

aço é utilizado deste o século 18 quando europeus e norte-americanos passaram a projetar edificações com o uso dessa nova tecnologia, a partir deste período muitos arquitetos utilizaram as propriedades desse sistema para conceber soluções arrojadas. Segundo Nakamura (2006), vem crescendo a demanda na utilização desta solução, escolhida principalmente pela racionalização na obra e projetos ecoeficientes. Mesmo com o aumento do uso desta solução, estamos atrás de países que já utilizam esta alternativa. Comparado com a Inglaterra 70% dos prédios com mais de quadro andares usam a estrutura em aço, já no Brasil apenas 5%. De acordo com Penna (2009), a ausência de uma estética brasileira para construções em aço também é um grande obstáculo a ser superado. O autor evidencia a criação de estética sobre o concreto e o porquê de não se criar uma do aço. O aço não peca em tecnologia para aumentar e evoluir os seus usos. Os próprios perfis metálicos vêm evoluindo,

adquirindo uma maior flexibilidade e segurança, com novos desenhos assimétricos e formas que garantem grandes vãos. Desta maneira, os arquitetos têm em mãos a possibilidade de conceber construções mais arrojadas, eficientes e de alta qualidade, podendo traduzir nas obras grandes expressões arquitetônicas como modernidade e inovação, aspectos hoje muito solicitados na arquitetura. Existe ainda uma barreira cultural muito forte, pois os arquitetos e calculistas não se especializam na utilização desta tecnologia. Segundo Gaspar (2006), o que mais atrapalha é o fato do Brasil não investir em infraestrutura. Um nicho onde a estrutura metálica é mais competitiva. Ao contrário de muitos países onde o aço não é mais visto como opção de construção apenas para indústrias, galpões e edifícios comerciais. Nesses países os projetos residenciais viraram tendências e os arquitetos veem aderindo a ela devido a versatilidade do material.

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Fonte : http://www. gmund.com/content/ en/image-brochure

A

partir da Conferência Rio 92, o desenvolvimento sustentável será um desafio chave na área da construção, pois há a exigência de um desenvolvimento que supra as necessidades sem comprometer as gerações futuras. O fator que nos leva a este método é que o aço é amigo em relação ao ambiente, oferecendo diversas vantagens para suprir essas preocupações em relação a ele.

2.1 SUSTENTABILIDADE

As construções com o aço utilizam tecnologia limpa, reduzindo bruscamente os impactos ambientais. O aço é 100% reciclável e não ocasiona perda na qualidade. Seu desenvolvimento sustentável é uma questão essencial hoje em dia e a indústria da construção desempenha um papel fundamental para que esse objetivo seja alcançado. 26


“[..] O aço é amigo do ambiente devido ao seu auto potencial de reciclagem, no entanto, não apenas são só os benefícios ambientais do aço que contribuem para este objetivo’’ (Gervasio,2013).

As estruturas metálicas apresentam características naturais que quando incorporadas às construções sustentáveis as transformam em construções imbatíveis na sua realização. No entanto, para ser reconhecido como material reciclado depende do seu material reciclado na produção do mesmo. Atualmente é produzido através de dois processos básicos, sendo um a partir de matérias-primas (minério de ferro, calcário e coque) em alto-forno e o outro a partir de sucata em forno elétrico de arco. Cerca de 60% do aço produzido atualmente é feito pelo primeiro processo, pois a produção do aço em alto-forno utiliza ente 25% e 35% de aço reciclado, enquanto a produção em alto-forno de arco elétrico a porcentagem é de aproximadamente 95%, transformando a produção mais fácil e rápida. A indústria da construção é a grande responsável, direta ou indiretamente, aos impactos ambientais, podendo comprometer, a médio e longo prazo o futuro das gerações. Portanto, uma das prioridades deste setor é

desenvolver e fornecer soluções inovadoras visando à minimização do problema. Ainda sob esta perspectiva, Zanettini (2002) destaca a compreensão da nova tecnologia e a renovação para a consolidação deste material. ’’[...] Estava claro para mim a necessidade de difusão do que já era feito no mundo inteiro sobre o aço.”

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W Fonte: https://www.archdaily.com/248138/ new-milan-trade-fair-studio-fuksas

É

bem clara a definição de que o aço proporciona total liberdade na criação, permitindo que sejam elaborados projetos arrojados e com expressões marcantes, especialmente nos casos onde há necessidade de adaptações e flexibilidades em reformas ou ampliações, tornando mais fácil as passagens das redes hidráulica, elétrica e de esgoto. A fabricação desta estrutura em paralelo com a execução das fundações possibilita que sejam trabalhadas

2.2 USO DA NOVA TECNOLOGIA diversas frentes e proporciona economia nas formas e escoramentos, devido à montagem da estrutura não ser afetada pelo clima e por reduzir em até 40% do tempo na execução do projeto. Ainda alivia nas cargas das fundações por serem mais leves e reduzem em seu custo 30%. Souza (2016) afirma que: 28


“Planejar cada detalhe da estrutura de aço e seus desdobramentos pode levar meses. Após a definição do tamanho da construção, a planta é desenhada pelo arquiteto e, só então, encaminhada para um engenheiro calculista, especializado no material.” As soluções adotadas na etapa da concepção do projeto têm amplas repercussões em todo o processo da construção. No entanto, é importante que a definição dos sistemas construtivos seja na fase de concepção do partido arquitetônico (FERREIRA, 1998). A falta de domínio por parte dos arquitetos nos princípios determinantes da estrutura metálica é um dos fatores que contribuem para sua pouca utilização, por isso que, geralmente o projeto arquitetônico que utiliza essas estruturas metálicas também utiliza outros sistemas construtivos, diferenciando-as apenas no momento do detalhamento das estruturas, desconsiderando as vantagens que o aço permite (PARREIRAS, 2001). O projeto começa com um conceito e termina traduzindo a especificação de algo que pode ser produzido, com a solução para a necessidade ser atendida e evoluindo a cada etapa e a cada tomada de decisão, reduzindo assim as incertezas. Acredita-se que a etapa de projetos deve ser ainda mais valorizada em empreendimentos que utilizam sistemas construtivos metálicos. Por conceber a ideia

de industrialização da construção, este sistema construtivo é menos sujeito a improvisações na obra devido às, por exemplo, deficiências nos projetos. Os problemas dos projetos interferem na agilidade do processo construtivo e na qualidade do produto, o que reduz a competitividade da construção metálica. Desta forma, as etapas de dimensionamento e detalhamento do processo de projeto devem assegurar as vantagens da construção metálica (TEIXEIRA STARLING, C.M. D, ANDERY, 2008). As informações adquiridas comprovam que o projeto arquitetônico e o projeto estrutural devem ser pensados de forma integrada, para WWão acarretar em retrabalhos. O aprimoramento das ideias e descobertas por parte dos profissionais garante a integração das estruturas metálicas na concepção dos projetos arquitetônicos.

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Andrade (2004) afirma que; “Uma boa obra com estruturas metálicas deverá partir de um projeto concebido, sabendo-se ou prevendo-se o que acontecerá durante seu desenvolvimento e como será a obra quando for realizada”.

As diretrizes que devem ser tomadas na modulação, não monotonia, modular não é repetir pilares, ações aplicadas que vão resultar em uma boa medida para o projeto. Aplicar construção limpa no projeto modular através de repetidos vão transformando a obra mais rápida e esteticamente incomparável. O aço deve ser destacado com suas vantagens e liberdade criativa que a tecnologia permite explorar. São infinitas as possibilidades estéticas, desde a arquitetura high tech até a arquitetura rústica.

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Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/ read/projetos/12.135/4311 31


Neste item são apresentados os estudos de referência realizados em equipamentos com funções e/ou tipologia semelhantes ao projeto do Centro Cultural proposto, no intuito de compreender a concepção arquitetônica e estrutural, bem como os aspectos funcionais na análise das relações programáticas dos edifícios.

Fonte: http://www.bpej.udg.mx/ 32


PROJETOS ANÁLOGOS

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3.1 ALB’ORU CENTRO CULTURAL EM BASTIA BATISTA, FRANÇA Fonte: : http://dda-architectes.com

A

lb’Oru (Figura 5) é um complexo cultural localizado em Batista de Batista/França. O projeto foi desenvolvido por um programa da Agência Nacional de Renovação Urbana francesa para renovar os conjuntos habitacionais dos anos 60 que ficam nos bairros situados ao sul de Batista. O objetivo da reforma urbana deveu-se ao fato de o governo querer estreitar as relações de intercâmbio dos habitantes através das práticas sociais e culturais

No projeto do escritório Devaux & Devaux Architectes + atel’erarchitecture, as especificações demandavam: “um local inovador e criativo, com contrastes, sombras e luz (Figura 5), que fossem iluminados e claros para os espaços de leitura e escuros e sonoros para o auditório”. A resposta à essa demanda é literal e radical. A arquitetura DAA Devaux Devaux & architectes, projetou o Centro Cultural Alb’Oru utilizando uma arquitetura telúrica com blocos de concretos ancorados ao solo. O último pavimento surge

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suspenso acima das árvores, utilizando o aço o que traz um toque de leveza a área. No projeto do escritório Devaux & Devaux Architectes + atel’erarchitecture, as especificações demandavam: “um local inovador e criativo, com contrastes, sombras e luz (Figura 5), que fossem iluminados e claros para os espaços de leitura e escuros e sonoros para o auditório”. A resposta à essa demanda é literal e radical. A arquitetura DAA Devaux Devaux & architectes, projetou o Centro Cultural Alb’Oru utilizando uma arquitetura telúrica com blocos de concretos ancorados ao solo. O último

FONTE : http://dda-architectes.com

Figura 6 - DETALHE DOS EFEITOS DE LUZ

pavimento surge suspenso acima das árvores, utilizando o aço o que traz um toque de leveza a área. obra localiza-se em uma área que apresenta um grande parque aberto (Figura 5), em seu entorno é predominantemente o comércio e serviços em geral, havendo também residências. Há um alto índice de veículos nesta área, o que se justifica por ser uma região comercial. A implantação do Centro Cultural dentro do terreno deu-se de forma quadrada (Figura 8 e 9), o s limites foram retirados, a vegetação é preservada e incentivada e novos espaços foram criados para que se pudesse sentar junto às sombras das árvores. O projeto estabelece uma ligação entre o espaço público e o equipamento, dando mobilidade a ele.

A

Figura 5 - EDIFICIO ALB’ORU

FONTE : http://dda-architectes.com

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A

fachada externa foi desenhada de modo que se ‘’abra’’ para todo o entorno, oferecendo uma vista panorâmica a vizinhança. O principal objetivo foi alcançado com ajuda das grandes aberturas na fachada, o que reduziu o consumo de energia, pois esses

espaços permitem a entrada da luz, tornando-se um local de contrastes, sombra e luz. As plantas livres do edifício permitem uma grande flexibilidade. Tudo reunido em uma base sólida de blocos de concreto em tons terrosos, dividido em 3 blocos:

Espaço Técnico Espaço ao Publico

Figura 14- Detalhe de Circulação e Acessos Térreo

Figura 10 - Detalhe do Subsolo Figura 11 - Detalhe do Térreo

Figura 15- Detalhe de Circulação e Acessos 1ªPav Figura 12 - Detalhe do 1ª Pav Figura 13- Detalhe de Circulação e Acessos SUBSOLO

Acesso Principal Acesso Escada Circulação

FONTE: http://dda-architectes.com

IMPLANTAÇÃO E ASPECTOS FUNCIONAIS 36


Figura 8 - Detalhe da Área e Acesso Fonte: google maps

Figura 9 - Detalhe da Implantação Fonte: http://dda-architectes.com

FONTE : http://dda-architectes.com

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3.2 - CONCRETE - ALSERKAL AVENUE

O

Centro Cultural Concrete consiste em um equipamento arquitetônico de autoria do escritório OMA, sua proposta foi de requalificar o antigo armazém de 1250 m² na cidade de Al Quoz Industrial Area 3 - Dubai - Emirados Árabes Unido e foi incorporado ao programa onde se acomoda uma série de eventos públicos, tais como exposições, apresentações, palestras e desfiles de moda. A estratégia projetual centrou-se na maximização da área de eventos (Figura 16). Todos os serviços foram consolidados numa extremidade do edifício, permitindo que os espaços de entrada e de eventos se situassem mais perto do The Yard, principal praça pública ao ar livre do distrito (Figura 17).

Fonte: http://oma.eu/

Apesar de possuir um programa enxuto, o projeto foi concebido para possibilitar espaços versáteis, tecnicamente adaptados para diferentes eventos e servindo diferentes segmentos da população. O arquiteto brinca com as alturas dos blocos (Figura 18) e com o deslocamento deles, proporcionando a quem está ao lado externo a sensação de que se trata de algumas galerias, o que as fazem querer adentrar e conhecer o projeto. O design de interiores introduz um plano de piso flexível para acomodar a diversidade necessária de programa. Quatro paredes giratórias e deslizantes de 8,10m podem criar várias configurações de espaço, dependendo do tipo de evento. Para manter um espaço fluido, todo o equipamento interior foi 38


integrado ao teto, deixando as paredes e pisos livres de quaisquer componentes, duas claraboias linear foram posicionadas acima das paredes móveis para permitir finas lâminas de luz ou uma iluminação natural plena dependendo da configuração (Figura 19). arte da fachada frontal original do armazém foi substituída por revestimentos de policarbonato e portas

P

operacionais de altura total e o restante dela foi mantida na forma original, apenas pulverizada nela uma mistura personalizada de concreto com agregados de vidro e espelho (Figura 20). A textura áspera do concreto esterilizado e os reflexos de agregados de vidro e espelho fez com que o local se destacasse no contexto da Alserkal Avenue.

Figura 17- Integração entre o Projeto e a Praça’

Figura 16 - Configurações de Espaços

Figura 20- Corte Longitudinal Fonte: http://oma.eu/

Figura 18- Detalhe da Facha Principal Fonte: http://oma.eu/

Figura 21- Detalhe do Revestimento Fonte: http://oma.eu/

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3.3 CENTRO CULTURAL MERCADO GETAFE

É

o antigo mercado municipal (Figura 22) e está localizado na Praça da Câmara Municipal da cidade de Getafe, Madri, Espanha. A ideia era restaurar o mercado datado de 1957 e que estava abandonado. A proposta da municipalidade era proporcionar aos cidadãos um centro multifuncional focado sobretudo em eventos culturais. O projeto do Centro Cultural ocupa uma implantação forma quadrada. No terreno existem 655m² de área construída e há dois acessos no projeto (Figura 24), sendo o primeiro social de acesso aos pedestres (principal) localizado na praça principal (Paseo Pablo Iglesias) e o segundo de serviços e descarga que localiza na Calle Gral. Pingarron.

FONTE: http://www.getafecapital.com O estudo proposto traz uma imagem moderna e de certa forma com tecnologia, que abriga e protege dentro do antigo edifício, o que lhe permite manter todo o seu carácter original, como paredes de escoramento, decks dos arcos de cerâmica, treliças concreto e etc. Também é reforçada usando materiais duráveis e o mesmo carácter industrial na construção, tal como concreto polido, Microcemento. A realização da envolvente do edifício concebe uma estrutura como uma pele que é definida por nervuras em alumínio branco, onde se travessia de maneira transversal, emulando o ritmo das treliças interiores e o espaço aberto. Este ritmo formal rompe com partes salientes em alumínio preto em diferentes momentos e que projeta parte da iluminação exterior do edifício.

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FOTO 24 : Detalhes dos Acessos

FOTO 22 : Localização do Terreno

FONTE: Google Maps

FOTO 23 : Mercado Municipal de Getaf

FONTE: Google Maps

FONTE: http://www.getafecapital.com 41


Figura 27 – Planta do térreo e acessos

FONTE: www.A-cero.com

Figura 28 – Planta do 1º pav e acessos

Acesso principal

FONTE: www.A-cero.com

Acesso Térreo - Escada

J

Circulação

á o ritmo informal é quebrado com algumas peças que se distanciam da fachada em momentos diferentes para criar diferentes situações de iluminação externa do edifício. Da fachada é possível obter a mesma sensação do interior do grande espaço multiuso. A fachada localizada na praça, onde está o acesso principal do edifício, é interrompida com a conservação do acesso do antigo mercado.

Há um acesso principal no térreo que interligam 2 ambientes: Térreo: vestiários, sanitários, e sala de exposições e atividades (Figura 27). O pavimento superior (Figura 28), estão um lobby, banheiros e duas salas multiuso para exposições, aulas e reuniões. A circulação vertical está nos cantos do projeto, proporcionando um grande vão para realizar exposições.

FONTE: www.A-cero.com

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Neste tópico são apresentados fatores que influenciarão diretamente na decisão do Centro Cultural. Foram abordados aspectos onde o equipamento arquitetônico irá ser concebido, considerações sobre o entorno e condicionantes legais atribuídos à área de inserção do projeto

FONTE: Google Maps 44


ÁREA DE ESTUDO

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4.1 ÁREA DE ESTUDO FONTE: Google Maps

Á

rea de intervenção deu-se a partir da leitura da percepção do lugar, levantando alguns fatores sociais, avaliando-se não apenas o lote isoladamente, mas como um elemento inserido em um espaço de dinâmica urbana. O terreno proposto ao projeto fica situado no bairro Vila Guiomar, Zona Oeste da cidade (Figura 29), numa região com características predominantemente residenciais, área próxima ao centro

da cidade, com comércio e serviços e da Prefeitura Municipal. Essa proximidade de variados pontos concentradores de pessoas permite que o Centro Cultural seja um espaço visitado por diversos seguimentos sociais e faixas etárias. Além disso, sua localização na Avenida Caramuru, ira servir de integração. O lote localizado na vila Guiomar é de aproximadamente 33.928m² e geometria irregular (Figura 30)

Figura 29 – Localização do Centro Cultural em relação aos pontos importante da cidade Prefeitura

Área

Centro

ZONA NORTE

ZONA OESTE FONTE: Google Mapas - Modificado Pelo Autor

ZONA SUL

ZONA LESTE 46


possui dimensões adequadas para atender ao programa proposto. Sua topografia é irregular, foram identificadas paisagens interessantes no entorno para serem exploradas (fato que irá ser utilizado como uma premissa de projeto ao estabelecer estratégias voltando às atenções para o exterior do edifício). Um aspecto importante levado em consideração foi a existência de praças no entorno ao terreno, fazendo com que o Centro Cultural se torne uma extensão desta, integrando as atividades já instaladas ao projeto. Figura 30 – Situação da área e suas proximidades

F O N T E : ht t p s : / / w w w. r i b e i r a opre t o. sp.gov.br – Modificado Pelo Autor

FONTE: Acervo do Autor, Vista Frontal Av.João Fiusa l

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4.2 TOPOGRAFIA

S

egundo o zoneamento da cidade previsto no Plano Diretor, a área do projeto está situada na ZUP (Figura 36) que se caracteriza pela predominância do uso habitacional unifamiliar de padrão construtivo médio-baixo oriundo, principalmente, de conjuntos habitacionais. Foi criado um quadro resumo dos principais parâmetros urbanísticos para a ZUP a serem considerados no projeto do Centro Cultural. Figura 35 – MAPA DE AGROZONEAMENTO

N

o mapa hipsométrico (Figura 34) podemos ver que a área azul é a mais baixa “fundo de vale” onde está localizado o Córrego Ribeirão Preto, já as vermelhas são as mais altas, como, por exemplo, o centro da cidade, o condomínio Quinta da Boa Vista e o Jardim Progresso.

4.3 PLANO DIRETOR

Figura 34 – Mapa topográfico ÁREA

FONTE: Site da Prefeitura de Ribeirao Preto TABELA 1 – PARÂMETROS URBANÍSTICOS

FONTE: topographic-map.com

FONTE: PLANO DIRETOR DE RIBEIRAO PRETO – MODIFICADO PELO AUTOR

48


F

oi definido o eixo da Avenida Caramuru e proximidades para os levantamentos morfológicos. Pode-se compreender a formação e arranjo do ambiente, as funções desempenhadas por cada conjunto e a distribuição dos mesmos na área. Através do mapeamento do local também é possível destacar o predomínio de cada tipologia ao longo do eixo principal (Avenida Caramuru) e onde cada uma dessas tipologias possuem maiores destaques no percurso e dentro dos bairros. Notase que algumas tipologias se inserem devido à evidência do local e que termina por trazer modificações ao mesmo.

4.4 LEITURAS MORFOLÓGICOS

RESIDÊNCIA COMÉRCIO SERVIÇO INSTITUCIONAL VAZIO ÁREA VERDE SEM USO / EM CONSTRUÇÃO

Figura 36 – MAPA DE USO

FONTE: Acervo do Autor

49


Figura 37 – MAPA DE OCUPAÇÃO DO SOLO

Figura 38 – MAPA DE GABARITO

ÁREA OCUPADA DO LOTE

Vista aérea após o eixo da Av. João Fiúsa Imagem aérea: Google Maps

Quadra Jardim Marchesi Imagem: Google Earth

FONTE: Acervo do Autor

VAZIOS 1 PAVIMENTO Condomínio Quinta da Boa Vista - Imagem aérea: Google Maps

2 A 4 PAVIMENTOS ACIMA DE 5 PAVIMENTOS 50


A

nalisando o mapa de uso (Figura 37) observa-se que as áreas residências são mais encontradas no interior do bairro, alterando sua aparência em fator do local encontrado, como exemplo na zona sul que nos deparamos com casas mais aprazíveis, devido à localização ser de um bairro nobre, já as demais casas nas outras áreas são mais populares. No início da Avenida Caramuru são encontradas algumas casas onde em grande maioria estão vinculados com comércio ou serviço, porém em seu término existe a predominância de condomínios fechados e na margem do Ribeirão Preto encontra-se uma favela, próxima ao Bairro Branca Sales. As tipologias de uso comercial (Figura 37) encontrada em grande parte na Avenida Caramuru buscam atender a área e aos bairros próximos, ou seja, são comércios de grande escala. Já os comércios presentes nos bairros que se localizam próximos a vila virginia são de pequena escala, atendendo principalmente os moradores locais, os mesmos estão localizados em quadras mistas, ou seja, estão entre

residências ou dividem o mesmo lote. Nas proximidades do Boulevard encontra-se em grande quantidade prestações de serviço, como: clínicas médicas, dentista e salões de beleza. Já na avenida caramuru, os serviços se intercalam com os usos de comércio e são direcionados a área automotiva. A proximidade da Avenida Caramuru existe pouca quantidade de lotes com uso institucional (Figura 37), sendo estes que estão presentes: escolas, igrejas, equipamentos de lazer e hospital particular. As grandes áreas verdes do local se destacam nas áreas internas e externas dos condomínios, nas margens do rio e onde não há construções na Avenida Caramuru e proximidades. Existe também o Parque Roberto Genaro na Avenida Caramuru, já no entorno existe algumas praças e rotatórias. Ao fim do percurso da Avenida Caramuru existe bastante lotes vazios, de diversas escalas e com diversas aspectos, alguns abertos e outros com acumulo de lixo. Em algumas vezes estes estão inseridos entre residências ou lotes vazios que estão um ao lado do outro

e que dá sentido a um vazio de grande escala. A área em que mais se encontra loteamentos vazios é na zona sul. Analisando a (Figura 38) podese observar que há alterações do gabarito, principalmente na faixa da Avenida Caramuru, pois há grande concentração de comércios e serviços com residências vinculadas e próximo à Rua Professor João Fiúsa, há uma mancha vertical de prédios residenciais de 3 à 15 pavimentos. Nos loteamentos da Zona Sul, com proximidade à Avenida Independência, percebe-se que o morador dessa região possui um poder aquisitivo maior, pois a maioria dos lotes possui gabarito de 2 pavimentos e edifícios baixo com até 4 andares. Na Zona Oeste, o gabarito das residências (Figura 38) se destoam da Zona Sul, pois são bairros mais comunitários, portanto, as residências não passam de 1 pavimento, exceto na Avenida Luzitana que possui uma grande quantidade de comércios filiados com residências, por ser uma via que faz a extensão do 51


bairro até a Avenida Caramuru. Com a elaboração do mapa (Figura 37), pode-se analisar que na área há grande diversidade de ocupação no local. Em áreas após o eixo da Av. Prof. João Fiúsa, há grandes quantidades de lotes vazios nos loteamentos próximos a Av. Independência. Essa faixa da Av. Caramuru, há vários condomínios fechados de edifícios, possibilitando menor ocupação do espaço. Na Zona Sul, os lotes são maiores, criando espaços para lazer interno. Já na Zona Oeste, os lotes, em sua maioria, são menores e por isso, para atender as condições mínimas de habitabilidade precisa estender-se a ocupação quase completa do lote. O espaço de lazer, nesse caso, passa a ser na rua, no lado externo da casa. Há ocupações irregulares na área, como a Favela do Brejo, localizada à margem do rio Ribeirão Preto, próxima a barragem. O bairro Jardim Marchesi, anteriormente, era uma ocupação irregular. Devido a esse histórico, os lotes são irregulares, sendo alguns com 155 m² e outros são 310 m², com alguns

desalinhamentos, próximo à favela. Na extensão do eixo principal e suas proximidades não há nenhum tipo de indústria no local (Figura 40), na área oeste da Avenida Caramuru podemos ver que devido a grande densidade de construções, e por serem bairros residenciais, seria pouco provável que se firmaria alguma indústria. Já no lado sul por serem bairros que são de classes mais altas, não existe nenhum indício de que será feita indústria por ali. Analisando a Zona Sul (Figura 41) no bairro Jardim João Rossi há dois equipamentos de lazer, mas estão abandonados pelo poder público e são mal vistos pela população, devido ao uso e vendas de drogas, entretanto há crianças que frequentam os equipamentos. Há também um campo de futebol improvisado na área de APP ao lado do córrego de uma nascente

Figura 40 – MAPA DE TIPOLOGIA SECUNDÁRIA INDÚSTRIA 52


do futuro Parque Nova Aliança. Já na Zona Oeste, ocorre o mesmo problema social, entretanto são utilizados três equipamentos, bem como, a praça no balão central onde existe uma academia ao ar livre.

Figura 39 – MAPA DE ORIENTAÇÃO SOLAR E VENTOS

FONTE: SITE DA PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO

LAZER PARTICULAR INSTITUCIONAL

PARQUE

ÁREA VERDE VAZIOS APP

PRAÇA COM ACADEMIA AO AR LIVRE EQUPIPAMENTO PÚBLICO (QUADRA E CAMPO DE FUTEBOL) EQUIPAMENTO PRIVADO (QUADRA E CAMPO DE FUTEBOL)

Figura 41 – MAPA DE EQUIPAMENTO PÚBLICO E PRIVADO DE LAZER FONTE: Acervo do Auto

ÁREA

ÁREA 53


P

ara melhor entendimento foram levantadas áreas especiais (Figura 42) e a diferença de renda por região (Figura 43 e tabela 2), procedimento indispensável para embasar o processo de concepção do projeto. Encontramos duas regiões divididas por um eixo da Avenida Caramuru. A renda familiar (Figura 43 e Tabela 2) é bem distinta uma da outra ocasionando certa diferença de padrão social. O lugar tem certo cuidado em relação à infraestrutura. A região sul por ter um capital maior, desfruta de uma qualidade melhor em relação à moradia, lazer, Figura 42 – MAPA DE ÁREAS ESPECIAIS

FONTE: PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO 54


segurança, o que favorece uma qualidade de vida melhor no diaa-dia. Porém, na região oeste a dificuldade comparada com a região anterior, é bem aparente. O morador não vê isso como um obstáculo, pois desfrutam das qualidades que existem naquela região.

Figura 44 – Mapa de diferença de renda familiar

Tabela 2 – Tabela de Comparativo de Renda

FONTE: Acervo do Autor

Córrego Avenida Caramuru Região Oeste Região Sul FONTE: Acervo do Autor

4.4 lEITURAS MORFOLOGICAS

55


F

oi elaborado o mapa comportamental (Figura 44), traçado através de observações feitas nos bairros, com suas formas de utilização e ocupação que muitas vezes são improvisadas. No mapa, podemos notar o uso conforme o perfil socioeconômico. Na parte oeste do nosso mapa podemos notar um uso alto, com crianças brincando nas ruas, salões de festas e ruas sendo utilizadas como complemento a eles, as calçadas no finalzinho da tarde sendo utilizadas para bater um papo entre vizinhos e ouvir músicas, as praças como feiras de vendas e trocas. Ao lado sul um local mais calmo com edifícios e casas de padrão social mais alto que não utilizam do mesmo recurso para lazer e confraternização. Neste mesmo lado está localiza um parque muito utilizado pelos moradores do Jardim João Rossi para pesca, andar de skate, entre outras atividades.

Figura 44 – Mapa comportamental

MÉDIA ALTA MÉDIA MÉDIA BAIXA BAIXA

ÁREA FONTE: Acervo do Autor

56


O

sistema viário do eixo estudado, que vai desde a rodoviária/ câmara municipal até o anel viário é composto por vias importantíssimas para o funcionamento da cidade como um todo. Dentro desse conjunto, temos vias que recebem grande fluxo (demonstradas no mapa), e ligam duas regiões (Sul e Oeste). Temos a Avenida Caramuru como centro do eixo, que liga basicamente a rodoviária ao anel viário. Por conta desse fator, temos um fluxo intenso de veículos que pretendem chegar ao anel viário. Isso ocorre principalmente nos horários de pico. Outros grandes geradores de tráfego nessa via são os condomínios existentes, assim como os comércios e serviços voltados para a avenida. As Avenidas Professor João Fiúsa, Presidente Vargas, Independência, e Adelmo Perdizza são avenidas com grandes conflitos de trânsito, principalmente entre as 17 e 19h. A Avenida Caramuru é acompanhada pelo Rio Ribeirão Preto, rio este que separa a região oeste e a sul da cidade, porém ela se diferencia por não ficar as margens do rio.

Figura 45 – MAPA SISTEMA VIÁRIO

4.5 lEITURAS DO SISTEMA VIÁRIO

FONTE: Acervo do Autor

57


A

partir desses dois mapas (Figura 46 e Figura 47), podemos tirar diversas conclusões. Observamos que a maioria das vias consideradas principais fisicamente, continuam tendo essa denominação funcionalmente, porém algumas delas, ganham maior fluxo, e consequentemente uma importância maior (algumas delas compõe o anel viário de circulação interno). Esse anel viário de circulação interno, traz diversas características importantes para o nosso eixo. Ele acaba por aproximar as duas áreas (Zona Sul e Zona Oeste). Isso acontece principalmente através do eixo Pio XII/Fiúsa, onde a Zona Sul imanta a Zona Oeste, ocorrendo uma mudança nos equipamentos e habitações.

Figura 46 – MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA FÍSICA

Figura 46 – MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA FUNCIONAL

58


F

oram traçados (Figura 48) os perfis de algumas das vias localizadas no eixo e próximas a ele. Através desses perfis, observamos que há uma variação considerável nas larguras das vias e também nos passeios. Um bom exemplo dessa variância é a Avenida Caramuru e sua continuação (Adelmo Perdizza). A via começa bastante larga e com calçadas maiores, à medida que vai se aproximando do anel viário ela vai se estreitando e no final a calçada deixa de existir. Tiramos então a conclusão de que isso não deveria acontecer, já que o fluxo de veículos na Adelmo não é menor do que na Caramuru e a falta da calçada impossibilita o pedestre de se locomover. Um fato referente ao traçado que nos chama atenção é que apesar da Avenida Caramuru ter um traçado orgânico, ela não acompanha o rio e é bastante diferente da maioria das avenidas de fundo de vale de Ribeirão Preto, como a Francisco Junqueira ou a própria Jerônimo Gonçalves. Além disso, ao longo da Caramuru, temos o traçado bastante orgânico, principalmente

por conta da proximidade com o rio, e da topografia acidentada. Não há nenhuma ciclovia ao longo de todo o percurso, devido a isso há pouca incidência de bicicletas, pois as avenidas são de alto fluxo de automóveis, tornando o trajeto do ciclista perigoso e inviável. Observamos também, que no interior dos bairros a quantidade de bicicletas é maior, devido ao fato das distâncias a serem percorridas serem menores e do fluxo de veículo ser menor e mais lento. Outro fator analisado foi que a quantidade delas na Zona Oeste é muito maior do que na Zona Sul, devido à diferença de classes sociais. O cidadão com renda mais baixa, não possui carro e encontra na bicicleta uma solução, mesmo com as dificuldades já citadas.

Figura 48 – CROQUI DA HIERÁRQUIA VIÁRIA FÍSICA

ONTE: Acervo do Autor 59


O

programa de necessidades (Tabela 3) do Centro Cultural foi realizado com base nas análises dos estudos de referência.

QUADRO 4 – PROGRAMA DE NECESSIDADES

4.6 PROGRAMA DE NECESSIDADES

FONTE: Quadro de Referência do Espaço Celestino Gomes, modificado pelo autor 60


4.7

A

CONDICIONANTES DA ÁREA

o mapear a área em estudo, pôdese observar que o maior problema são os assentamentos irregulares nas margens do Rio Ribeirão Preto, próximo à barragem o que pode ocasionar poluição ambiental e por consequência trazer problemas à população local como doenças, aparecimento e proliferação de animais vetores e assoreamento do rio. Nos bairros da Zona Oeste há grande concentração de comércios por toda a área facilitando para os moradores, uma vez que, por ser um bairro comunitário as condições de locomoção para outra região acabam sendo dificultosas, sendo assim, os comércios existentes conseguem atender a pretensão dos

moradores. Já nos bairros da Zona Sul, podemos observar que as presenças de comércios são insuficientes, contudo, os moradores por serem de uma classe mais elevada buscam suas necessidades no Ribeirão Shopping e Shopping Iguatemi, além dos comércios presentes nas Avenidas Independência e Presidente Vargas. A ausência de equipamentos nas extremidades do bairro e a falta de infraestrutura de equipamentos para o uso dos moradores desmotiva a população, só que não o morador desta região (Figura 49), que sem opção de lazer, desfruta o uso do córrego sem tratamento trazendo doenças que podem prejudicar a saúde. Os vazios urbanos como este são utilizados pela própria população ocupando o espaço com entulho e lixos orgânicos (Figura 50), apropriandose de uma área que poderia ser cuidada e que seu uso beneficiasse os próprios moradores do local como, por exemplo, área de lazer.

FONTE: Acervo do Autor

Figura 49 – Foto da barragem no Córrego Ribeirão

61


Figura 51 – Foto de Corrego Ribeirão

FONTE: Acervo do Autor 62


Figura 50 – Foto de lote vazio

FONTE: Acervo do Autor 63


FONTE: Acervo do Autor 64


PROJETO

65


A

través dos levantamentos feitos sobre o bairro vila virgínia, e principalmente em contato com alguns moradores, foram detectadas necessidades para o bairro, pois a demanda de edifícios familiares já é recorrentes das construtoras que atuam no ramo da classe média. Em conversas com moradores, sabe – se que já é discutida as melhorias para o bairro, atividades para população deste bairro e seu entorno. Analisando os dados levantados, vejo a necessidade de uma proposta que atue diretamente com as pessoas que ali vivem a um bom tempo e para outras que iram chegar, um projeto que possibilite resgatar e refletir sobre a história, memória e identidade da região. Foi pensado uma proposta de grande intervenção na área onde se compreendesse o lote como conexão, intervindo com novos fluxos para gerar um impacto positivo. A ocupação do terreno como espaço público potencializa este perfil da área como um pólo social. A área é equipada em termos de infraestrutura: suas ruas

fazem conexão a rodovia, tornando um lugar de fácil acesso para diferentes tipos de mobilidades urbanas. Há um grande fluxo de pessoas e transporte público devido a conexão que sua avenida faz ao centro da cidade. Seus bairros próximos equipados com mercados, bares, casas noturnas, restaurantes, transformam essa área como um bom lugar de destino para o espaço que ajude a suprir a demanda cultural da cidade; esta implantação de uso público tem potencial para ser um catalisador social, um ponto de encontro para as pessoas, permitir conectar diferentes eixos da cidade, a possibilidade da construção de um novo conceito para este lugar. O partido adotado é conceito sobre a sustentabilidade, prever métodos para o projeto que harmonize com a área verde. O método construtivo adotado é o aço, onde se conecta alguns conceitos: arquitetura, estrutura, sistemas ecoeficientes, recuperação da paisagem.

P e r m e a b i l i d a d e d o olhar e transparência, Simetria e regularidade estrutural Equalização de vãos e dimensões das peças estruturais

PARTIDO

Outros fatores para se adotar esse método :

66


-1.00

DESENVOLVIMENTO

+2.00

A

8

7

4

5

6

6

14

8 3

+3.10

B

-1.50

2 10

8

5 6

11

+3.10 REC

EPÇÃ O

14

AC

ES

SO

12 +3.10

+0.50

+7.00

A

+5.00

AC

ES

+2.00

SO

+3.00

+2.50

+7.00

%

B

i=

8.33

+5.00

18

E

+4.00 +8.60

15 +7.30

8

6

+4.00

16 +8.00

+2.50

+8.10

+7.30

+7.30

+8.10

17 +8.10

13

+4.70

5

6 E

T

inha como intenção inicial propor quatro edifícios que se comunicase com uma fita, elemento de conexão articulando sobre o terreno, está ideia foi deixada para trás visto que pode gerar um impacto negativo. O primeiro edifício foi pensando como o bloco de oficianas e administração. . O segundo edifico teve como concepção um espaço de exposição temporaria suspenso por duas estruturas metalicas A proposta sobre o conceito de permeabilidade visual fez pensar os dois ultimos edificios com maior transparencia com poucos elementos opacos, em sequencia elevar o terceiro edificio criando apenas um espaço de apoio para outros três.

+7.30

+4.50

O quarto edifico propoem um espaço para exposição permanentes ,um bloco elevado para atelie e um auditório em formato oval. Tomou se como diretriz principalo trabalho com as curvas de niveis para criação dos caminhos que conectam a todos os edificios.

+4.50

+9.00

LEGENDA:

1 - BLoco Mutifuncional 2 - Espaço para Esposiçã 3 - Cozinha e Lanchonet 4 - Sala de Informatica 5 - W.C. Feminino 6 - W.C. Masculino 7 - Fraldario 8- Depósito 9- W.C Deficiente

IMPLANTAÇÃO ESC.: 1:500

+20.00

+17.00

+20.00

+17.00

+14.00

+8.00

+20.00

+14.00

+11.00

+11.00

+10.10

EDIFICIO 3 SEM ESCALA

EDIFICIO 2 SEM ESCALA

EDIFICIO 1 SEM ESCALA

EDIFICIO 4 SEM ESCALA

67


PROPOSTA FINAL : IMPLANTAÇÃO

A

proposta para os caminhos que percorrem todo o projeto , partiu da premissa de alcançar a sensação de pertencer ao lugar, e se integrar ao lugar. A implantação da circulação não parte apenas em criar espaços de ir e vir , deve-se propor condições de andar e entreter-se nesse espaço. Ao longo dos percursos foram craidos espaços de permanencia (praças) onde os vizitantes consigam alcançar este objetivo.

O

estacionamento foi locado na parte inferior ,excluindo a possibilidade de conflitos entre automoveis e visitantes.O caminho de acesso é bem definido

pelas disposições do paisagismo. Piso utilizado em toda área externa é o intertravado, permitindo assim a maior captação de água para o lençol freático.

O

acesso de Pedestre se dá pela av. caramuru , nesta área foi criado um pergolado de metal, definindo se um elemento forte de identificação ao acesso ao centro cultural , neste espaço foi criado uma praça onde feirantes possam ai utiliza-las

68


69


70


525.5

3 525.5

IMPLANTAÇÃO 527.

7

2

527.

9

4

1 531.

34

532.

7

12

526.4

528.

3

528.

9

531.

2

34 532.

530.

7

531.

533.

525.5 526.4

7

5

531.

7 3%

9

534.

8.3

7

529.

1

i=

527.

7

527.7 528.3

5

528.9

6

532.

7

535.

4

533.

5

529.2

530.9

534.

1

9 533.5

537.

2

535.

4

8

534.1

535.7

LEGENDA 1 - EDIFICIO LIGADO A CULTURA E O CORPO 2 - AUDITÓRIO 3 - EDIFICIO LIGADO A APOIO 4 - ESPAÇO DA MEMÓRIA E ADMINISTRATIVO 5 - ESPAÇO PARA EXPOSIÇÃO TEMPORARIA E PERMACULTURA 6 - ESPAÇO PARA EXPOSIÇÃO E OFICINA 7 - EDIFICIO PARA APOIO 8 - PERGOLADO METÁLICO 9 - PRAÇA 10 - ESPAÇO PARA FEIRAS 11 - MURO DESTINADO A GRAFISMO 12 - ESTACIONAMENTO

537.

539.

2

3

10 536.3 537.2

538.9

11 540.8

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES Escala : 1:500 IMPLANTAÇÃO 01 / 01 FOLHA Nº

71


PROPOSTA FINAL: EDIFICIO 1,3, AUDITÓRIO E ESPAÇO PARA MEMÓRIA

O

edifício um foi pensando na relação de ambientes propicios para atividades sociais . Em todo momento a preocupação de espacialidade guiou o projeto, criando espaços para leituras , atividades e oficios e para complementar essa relação foi criado um espaço com pé direito duplo para cultivo ao corpo, ao bem estar. A escada em concreto armado age como um bloco articulador , que incopora toda aparte sanitaria do edifico e a parte de elevadores . O edifício é revestido com uma pele de vidro , e uma parte com um pano de paineis em aço corten com formato geométricos. Essa pele metálica acentua a proposta da relação da arquitetura com o Aço.

O formato geometrico do edífico se deu por diversas tentativas de se criar “elementos” (Blocos) unicos que ao mesmo tempo se comunicam entre si. Inicialmente auditório se localizava no quarto edificio, apos algumas discusões de localizações e proposta , foi revisto e relocado, passando a se localizar entre os dois edifícos. F oi pensado como um elemento de ligação, uma caixa metalica revestida com placas de concreto pré moldados , um bloco que se liga ao primeiro e terceiro edificio. O auditorio foi suspenso onde se obteve um espaço aberto de convivencia .a pintura desta caixa será um grafite sobre a memoria do vila virginia, conceito trazido ao andar pelas ruas do bairro.

O Terceito Edifício com dois pavimentos teve a proposta de apoio, recebendo a área de alimentação e foyer do auditório, com a mesma linguagem construtiva do edifico um. Espaço da memória, um espaço voltado a resgatar a histórias locais e da cidade , nesse foi criado uma lamina de concreto criando ai a parte administrativa do centro cultural. A cobertura deste espaço se deu pela proposta de uma área verde ,onde a inclinação ajuda a criar um espaço solto dos demais.

72


73


74


75


76


B

PLANTAS,CORTES ELEVAÇÕES 3 10.7

1

2.9

4.7

1

1.7 2.1

8

528

32

.52

2.0

6

528

1

4

A

14

28.

3

1.5

0

0

86

2

15.

1.4

5

2.5

9.9

2

0

2 VI

Archweb.it

SU

ST

L

A

A

527

.9

17.

50

33

.87 527

4.86

.7

528

8.74

14.59

LEGENDA 1 - ÁREA DE ALIMENTAÇÃO 2 - ESPAÇO DA MEMÓRIA 3 - W.C MASCULINO 4 - W.C FEMININO 5 - W.C DEFICIENTE 6 - BIBLIOTECA 7 - EXPOSIÇÃO DE ARTE TEMPORARIA

6 0

11.

3

2.4

8.47

3.2

3.0

4

528

0

7

2.4

7

3.2

0

5.3

5

2.5

2

0

2.5

4

14

2.1

2

04

8 9.7

25.

5.00

VI

17.66

L

A

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES B

SU

ST

PLANTA - TÉRREO

Escala : 1:125

01 / 06

FOLHA Nº

77


B 3 10.7

1

533

.45

FOYER 15.

86 1.7

0

28.

32

2.1

8

3

A

14

.52

2.0

6

4 9.00

5

9.75

1.4

1

528

2.5

9.9

2

0

533

531.03

10.93

.45

6

VI

ST

SU

L

A

A 527

.9

17.

50

10.16

5.1

2

7 527

531.03

.7

3.7

5

11

3.9

6.4

0

9

532

.94

4.4

20

0

1

10.

3.9

9.04 10

8

14.59

11.34

10

4

.30

10.

58

LEGENDA LIVRE

1 - FOYER 2 - ADMINISTRATIVO 3 - W.C MASCULINO 4 - W.C FEMININO 5 - W.C DEFICIENTE 6 - AUDITORIO 7 - CULTIVO AO CORPO 8 - DEPOSITO 9 - LABORATÓRIO DE INICIAÇÃO À CRIATIVIDADE 10 - LABORATÓRIO DE FOTOGRAFIA 11 - LABORATÓRIO DE ARTESANATO 12 - ATELIE DE PINTURA 13 - LABORATÓRIO DE LETRAS

4

532.9

5

0

0 3.2

9

7 17.66

VI

SU

ST

L

A

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES B

6.1 7

10.5

8.47

3.2

3.0

4

0

5.3

2.5 2

3

2.4

CORPO

0

3

4

4

2.5

7.9

13

11. 1

2

2.1

8

7.8

25.

12

9.7

0

00

PLANTA - 1º PAVIMENTO

FOLHA Nº

Escala : 1:125

02 / 06

78


B 536

4.0

9

.57

A 536

.57

8.9

0

25. 58

1

6

536.98

VI

SU

ST

L

A

A

527

.9

17.

50

6.54

527

.7

531.03

7.8

2

2

3.7 6.2

6

5 3.7

5

5

6.5

4

7

1

536

.94

4

10.

00

5 2.4

8

3

4

3.2

2.4 5

0

9

3.9

5

LEGENDA 1 - JARDIM VERTICAL 2 - SALA DE AUDIÇÃO 3 - W.C MASCULINO 4 - W.C FEMININO 5 - SALA TEÓRICA DE MUSICA 6 - AUDITORIO 7 - LABORATORIO DE TECNOLOGIA MUSICAL 8 - OFICINA DE MUSICA 9 - PROJEÇÃO

3.0

0 4

532.9

2.1

4

14.

71

VI

SU

ST

L

A

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES B

2

4

3.0

4.0

7.7

2.1

5

.94

8

1.8

3.5

536

0

2

3.2

7.6

5

6.2

8

5.49

3.0

0

2.1

1

5

PLANTA - 2º PAVIMENTO

FOLHA Nº

Escala : 1:125

03 / 06

79


B 8 10.4

28.

11 536

.57

6.4

A

10.

6

00

14.

59

12.84 4.7

3

9.4 3

536.98

30.

89

17.

A

SU

68

L

540

.91

527

17.84

.9

9.24 527

.7

14.59

10.13

531.03

33.

94

540

.91

8.65

543

9.7

.98

3

29.

98

17.85

VI

L

A

CENTRO CULTURAL: MEMร RIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES B

SU

ST

COBERTURA

FOLHA Nยบ

Escala : 1:125

04 / 06

80


FORROS E SANCAS GESSO ACARTONADO

3.00

543.98

VIGAS METALICA PAREDE EM MASSA GRAFITE SOBRE A HISTORIA DO VILA VERGINIA

FECHAMENTO EM PELE DE VIDRO

540.91

4.00

COBERTURA EM TELHADO VERDE

536.98

532.94

5.95

4.00

536.94

BRISES HORIZONTAIS METÁLICO

531.03 LAJE NERVURADA

528

528

PRAÇA

3.00

4.94

PILARES METALICOS

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES CORTE - AA 543.98

PAINÉS PARA TRATAMENTO ACÚSTICO

540.96 BRISES HORIZONTAIS METÁLICO

536.94

536.57

533.45

532.94

3,00 5,45

4.94

4.00

540.91

PELE DE VIDRO

VIGAS METALICA

4.00

4.00

3.00

FECHAMENTO EM

Escala : 1:125

528

PRAÇA

528

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES CORTE - BB

FOLHA Nº

Escala : 1:125

05 / 06

81


FECHAMENTO EM PELE DE VIDRO

PAINEL METÁLICO EM AÇO CORTEN

COBERTURA VERDE

FECHAMENTO EM PELE DE VIDRO

PAINEL METÁLICO EM AÇO CORTEN

PAREDE EM MASSA LIXADA E PINTADA (COR BRANCA)

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES ELEVAÇÃO SUL

FOLHA Nº

Escala : 1:100

06 / 06

82


PROPOSTA FINAL : ESPAÇO DE PERMACULTURA

A

intenção incial era apenas a criação de um espaço aberto onde poderia ser incorporado pequenas atrações ou exposições temporarias . Assistindo a um documentário chamado DemainLe Film, proposto pela orientadora , tomei como diretris principal a criação de um espaço de permanencia , um espaço onde possa se trazer diversoes sentimentos, analises , espaço onde os moradores deste lugar possa se conectar com o projeto. Foi apartir deste partido que se desenvolveu esse espaço de permacultura , plantar a ideia de agricultura urbana.

A

composição para forma do projeto foi a ideia de criar um mirante no 1º pavimento , a construtução tem o formato do simbolo do obsevador, muito utilizado em projetos de arquitetura . Para a permacultura foi trabalhado a cota de nivel para o melhor aproveitamento do espaços. , onde estimulase a pessoa ao passear pela praças do lote a visitar esta área e concretizar essa intenção.

83


84


85


B

PLANTAS,CORTES ELEVAÇÕES

1.73

19.92

2.00

2.74

13.86

3.05

9.90

3.00

16.57

A

OESTE

12.90

4.00

14.06

11.71

6.10

VISTA

13.06

533.5

A

1

10.10

4.90

3.00

16.56

1 - EXPOSIÇÃO DE ARTE TEMPORARIA 0.83

5.90

VISTA SUL

B

16.87

LEGENDA

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES TÉRREO

FOLHA Nº

Escala : 1:125

04 / 06

86


B

86

19.92

6.04

9.90

3.00

16.57

VISTA 14.06

5.25 0.75

2.10

4.00

12.90

3.20

2.001.50

A

6.10

1.60

1.60

4.30

OESTE

2.00

2.74

13.86

A 1

2

537.5 537.5

10.10

4.90

3.00

36.48

0.83

18.07

LEGENDA 5.90

1 - CAFÉ 2 - OBSERVADOR

VISTA

B

SUL

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES PLANTA - 1º PAVIMENTO

FOLHA Nº

Escala : 1:125

02 / 06

87


SUL B

VISTA

24.03 531.34

14.06

VISTA

1

A

OESTE

9.90

2

A

LEGENDA 1 - VIVERO DE PERMACULTURA

B

21.01

2 - DEPOSITO DE FERRAMENTAS

CENTRO CULTURAL: MEMร RIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES PLANTA - SUBSOLO

FOLHA Nยบ

Escala : 1:1OO

03 / 06

88


B

VISTA

547.86

A

OESTE

18.07

36.43

A

540.96

VISTA

B

SUL

CENTRO CULTURAL: MEMร RIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES COBERTURA

FOLHA Nยบ

Escala : 1:125

04 / 06

89


COBERTURA EM CHAPAS METALICAS

547.86 FECHAMENTO EM PELE DE VIDRO

VIGAS METALICA

537.5

4.00

3.46

16.52

540.96

PILARES E VIGAS METALICA

533.5

ENTRADA E SAIDA 01 ENTRADA E SAIDA 02

531.34

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES VIGAS METALICA

Escala : 1:125

FECHAMENTO EM PELE DE VIDRO

11.00

548.86

CORTE AA

6.00

537.5

PAREDE EM MASSA LIXADA E PINTADA (COR BRANCA)

531.34

PILARES E VIGAS METALICA

ENTRADA E SAIDA 02

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES CORTE BB

FOLHA Nº

Escala : 1:125

05 / 06

90


FECHAMENTO EM PELE DE VIDRO

PILARES E VIGAS METALICA

ENTRADA E SAIDA 01 ENTRADA E SAIDA 02

PAREDE EM MASSA LIXADA E PINTADA (COR BRANCA)

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES ELEVAÇÃO - SUL

Escala : 1:125

FECHAMENTO EM PELE DE VIDRO

PILARES E VIGAS METALICA

PAREDE EM MASSA LIXADA E PINTADA (COR BRANCA)

ENTRADA E SAIDA 02

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES ELEVAÇÃO OESTE

FOLHA Nº

Escala : 1:125

06 / 06

91


PROPOSTA FINAL: EDIFICIO 6 E 7

A

proposta para inicial de permeabilidadade visual se manteve para o Edício seis e sete. O edifício seis tem um partido aberto , para receber exposições temporarias e de seus alunos do centro cultural , foi criado um bloco de vidro de 2 pavimentos, que é voltado para a pintura , esta caixa suspensa sustentada por pilares em forma de árvores metálicas, que faz o jogo de se conectar ao edificio e a praça ao lado. O edificio conta com uma rampa que articula em dois pavimentos que são utilizados como espaços multi uso. e uma rampa que se inicia no exterior e se caminha ao subsolo. Os pilares em forma de arvore metálico cria uma forte relação entre o edifício e a arquitetura ,.

A cobertura uma grelha metálica com partes coberta e partes descobertas criam esse jogo de luz e sombra ao seu interior. A fachada revestida com barras de aço corten dão a sensação de movimento ao edifício. edifício sete prevalece com o partido inicial , com o programa de apoio ao centro cultural , uma caixa de vidro sustenda por duas caixa de concreto , que acoplam as escada, sanitarios. A rampa localizada no seu exterior , partido que faz ambos edificios se comunicarem .

O

92


93


94


95


96


54

B

11

.5 2

PLANTAS,CORTES ELEVAÇÕES

8.9

9

.45

54

25

5.9

9

8.3 3%

A

i=

VI

54

SU

ST

L

8.9

A

i=

9

49

.35

8.3

3%

535

.4

54

6.1

VI

9

A

L

A

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO 48

.77

B

SU

ST

GLEDSON RODRIGUES COBERTURA

FOLHA Nº

Escala : 1:125

01 / 07

97


.5 2

1.4

0

B

2.8

4

2.8

4

11

2.0

9 542

.7

1

2.8

4

2.8

4

8.3 3%

A

L

49

.35

A 0

SU

ST

1.4

i=

VI

9

8.3

3%

8

i=

2.0

6.5

D

49

8.3

3%

54

2.7

2

5.4

7

i=

3.0

0

15

.08

3.0

0

.35

535

.4

53

8.1

5.7

1

LEGENDA 1 - BLOCO MULTIFUNCIONAL 2 - OFICINA VI

A

L

A

CENTRO CULTURAL: MEMร RIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES 48

.77

B

SU

ST

PLANTA- 2ยบ PAVIMENTO

FOLHA Nยบ

Escala : 1:125

02 / 07

98


.5 2

1.4

0

B

2.8

4

2.8

4

11

2.0

9

539

.7

1

L

49

.35

A

i=

8.90

0

SU

ST

1.4

i=

VI

2.8

4 2 .84

8.3 3%

21

.22

A

2.0

8.3

9

3%

6.5

8

S

27

.24

8.3

.08

8.3

3% 53

9.7

53

9.7

3

3

.35

15

i=

7.0

49

0

3%

3.0

i=

2 53

5.4

7

1.6

7

5.4

7

5.7

.76

1

1

2.2

6

535

2.1

11

8.1

.4

LEGENDA 25

.71

VI

A

L

A

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO 48

.77

B

SU

ST

1 - BLOCO MULTIFUNCIONAL 2 - OFICINAS 3 - EXPOSIÇÕES DO ATELIE

GLEDSON RODRIGUES PLANTA - 1º PAVIMENTO

FOLHA Nº

Escala : 1:125

03 / 07

99


2

1.4

0

B

2.8

4 2 .84

11 .5

2.0

9

53

5.7

23

A

.58

VI

49

L

.35

A 0

SU

ST

1.4

i=

4 2 .84 2.8

8.3 3%

1

2.0

9

S

8.3

49

3%

i=

.35

8.3

3%

21

.22

i=

535

.7

7.0

2

1.9

8

2 5.6

1.8

3

2.5

1.9

4

8

9

1.8

9

535

.4

535

.7

2.2

1

3

2

.68

2.1

5.6

25

LEGENDA 1 - PATIO ABERTO 2 - ÁREA DE EXPOSIÇÕES VI

A

L

A 48

.77

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES i= B

SU

ST

8.3

3%

PLANTA - TÉRREO

FOLHA Nº

Escala : 1:125

04 / 07

100


21 .22

A

23

B

.25

7.0

1

531

.7

23.

55

8

2 1.9

531

1.9

8

4.5

7

9 1.8

1.8

5

1

9

LEGENDA

2.0

0

1 - CAFÉ 2 - ÁREA DE EXPOSIÇÕES

5.6

7.6 6

3

i=

2.2

0

8.3

3%

A

25

.71

48

.77

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES

B

4

3

.7

1.8

2.5

5.6

SUBSOLO

FOLHA Nº

Escala : 1:125

05 / 07

101


VIGAS METALICA

542.7

GUARDA CORPO DE VIDRO

CABOS DE AÇO

539.7

PILAR METALICA

10.60

535.7

0.50

535.7

VIGAS METALICA

ENTRADA 02

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES CORTE - AA

Escala : 1:150

CAIXA DE EQUIPAMENTOS EM CONCRETO

548.99

PILAR METÁLICO EM ÁRVORE FECHAMENTO EM PELE DE VIDRO

FECHAMENTO EM PELE DE VIDRO

545.99

3.00

VIGAS METALICA

539.7

539.7

4.00

535.7

VIGAS METALICA

542.7

3,00

542.7

BRISES HORIZONTAIS METÁLICO

3,20

3.30

0.30

PAREDE EM MASSA

ENTRADA 03

LIXADA E PINTADA (COR BRANCA)

3.00

546

546.30

4.00

531.7

VIGAS METALICA

ENTRADA 01

4.00

4.00

546.30

FECHAMENTO EM PELE DE VIDRO

4.00

4.00

3.00

3.30

546.0 0.30

PILAR METÁLICO EM ÁRVORE

535.7

531.7

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES CORTE - BB

FOLHA Nº

Escala : 1:150

06 / 07

102


FECHAMENTO EM PELE DE VIDRO

VIGAS METÁLICAS COM FECHAMENTO

PILAR EM AÇO PAINEL METÁLICO EM AÇO CORTEN ENTRADA 01 PAREDE EM MASSA LIXADA E PINTADA (COR BRANCA) ENTRADA 02

CAIXA DE EQUIPAMENTOS EM CONCRETO BRISES HORIZONTAIS METÁLICO EM AÇO CORTEN

FECHAMENTO EM PELE DE VIDRO

CAIXA DE EQUIPAMENTOS EM CONCRETO PRAÇA ABERTA PAREDE EM MASSA LIXADA E PINTADA (COR BRANCA)

ENTRADA 01

CENTRO CULTURAL: MEMÓRIA, CORPO E MOVIMENTO GLEDSON RODRIGUES ELEVAÇÃO - SUL

FOLHA Nº

Escala : 1:15O

07 / 07

103


CONSIDERAÇÕES FINAIS

104


A

cidade é o palco da interação social, a arquitetura tem o papel importante de estabelecer o equilíbrio entre o homem e a natureza. Deste modo ,o indivíduo desenvolve um sentimento de pertencimento ao meio que habita. A apropriação correta do espaço gera qualidade de vida, um espaço sem relações sociais é apenas uma paisagem morta. Deste a antiguidade sabe-se o valor do espaço coletivo e da vida pública. O modernismo dita uma regra, as cidades se separarão por funções, desconsiderando aspectos sociais, perdendo se ai a esfera pública. Com o enfraquecimento da identidade urbana, a cidade torna-se um objeto de consumo definido por interesses privados, onde se produz os espaços de exclusão e privatização pública. A segregação social aumenta a violência, a tecnologia intensifica os espaços domésticos mais atraentes para prática dos lazer do que espaços públicos. È preciso olhar para as pessoas, pois a história da construção se traz em si nas marcas do sujeito, delas que fizeram parte. A memória é um

dos alicerces que dá o sentido a vida, preservar a memória é fortalecer bases. A proposta do projeto apresentado tem o objetivo de reverter estes pontos e criar uma reflexão de novas possibilidades de ocupação em áreas que ali se deixarão esquecidas e tem muito a nos contar. Neste trabalho consegui abortar alguns critérios de qualidade para o espaço, com a experimentação de uma “nova tecnologia” construtiva. Os critérios alcançados foram :

-

Liberdade : Estar dentro olhando o fora, estar fora olhando o dentro, relacionar com o espaço

-

Contato visual e auditivo: a todo momento o projeto busca se abrir ou se relacionar com o espaço e ao contato com outras pessoas.

-

da cidade e do bairro, onde pode se contar um pouco desta evolução.

-

Sustentabilidade: Criar uma harmonia entre a arquitetura e a um dos pilares da sustentabilidade, adicionando assim a tecnologia construtiva que vem se descobrindo no brasil.

-

Atração : Espaços bem abertos e

projetados acessíveis.

O trabalho com a topografia onde a curva se dão em 1 em 1 m, foi um fator que ajudou a potencializar espaços de circulações fáceis e de permanências. O desenho dos edifícios foi pensado para integração com a cidade e preservar ai a paisagem já existente.

Espaço Social: Incentivo a formação e difusão de conhecimentos a pessoas. Cultivar a Memória: O espaço público é projeto a resgatar a memória 105


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

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