L-07 Avaliacao de Vitimas

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Curso de Resgate e Emergências Médicas

Lição 07 AVALIAÇÃO DAS VÍTIMAS

OBJETIVOS:

Proporcionar aos participantes conhecimentos e habilidades que os capacitem a:

1. Definir Análise Primária e Análise Secundária; 2. Executar as ações que constituem a Análise Primária e Secundária da vítima; 3. Aplicar a Escala de Coma de Glasgow; 4. Indicar as regras para o emprego do POP de exposição de vítimas; 5. Indicar as situações que exijam emprego do POP de Transporte Imediato.

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MP 7-1


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PROCEDIMENTOS GERAIS NO LOCAL DA OCORRÊNCIA 1. Adotar as Precauções Universais de Segurança no contato com a vítima (EPI apropriado); 2. Utilizar EPI e EPR específicos de acordo com o tipo de ocorrência de bombeiro que exijam ações de salvamento (exemplo: em caso de acidente de trânsito com vítima, utilizar capacete gallet, capa de incêndio ou conjunto jaqueta e calça de incêndio); 3. Avaliar e assegurar a cena de emergência, precavendo-se, isolando ou eliminando riscos para si e para a vítima; 4. Avaliar a Cinemática do Trauma e prever possíveis lesões nas vítimas de trauma; 5. Prestar informações imediatas a Central de Operações sobre a situação encontrada e solicitar o apoio necessário para a solução da ocorrência;

CONTATO COM A VÍTIMA Ao avaliar a vítima observe 1. Seqüência sistemática de avaliação da vítima (Análise Primária e Secundária); 2. Sinais e sintomas específicos de emergência médica ou de trauma; 3. Indícios de lesão na coluna vertebral, sempre que a vítima sofrer um trauma, ou ainda quando for encontrada inconsciente; 4. Conduta e/ou comportamento da vítima, atentando para qualquer alteração em suas condições em quaisquer das etapas de avaliação.

ANÁLISE PRIMÁRIA Processo ordenado para identificar e corrigir de imediato, problemas que ameacem a vida em curto prazo.

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MP 7-2


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ANÁLISE PRIMÁRIA (D) danger- Segurança de cena e dos socorristas. (R) responsive- Nível de consciência – responsividade. (A) airway- Estabilizar a coluna cervical manualmente, certificar-se da permeabilidade das vias aéreas. (B) breathing- Verificar respiração. (C) circulation- Verificar circulação. (D) disability- Realizar exame neurológico. (E) exposition- Expor a vítima.

(D) Segurança de cena e dos socorristas.

1. Verificar se o local encontra-se seguro, eliminando possíveis riscos ou riscos existentes;. 2. Utilizar EPI adequado.

(R) Nível de consciência - responsividade.

1. Chamar a vítima pelo menos três vezes (Sr. Ou Srª, você está me ouvindo? Sr. Ou Srª., você está bem? Ei, fala comigo? Ou chame-a pelo nome se souber) tocando em seu ombro, sem movimentá-la.

OBS: para efetuar a constatação de consciência, deve-se tomar cuidado para não movimentar a cabeça da vítima portanto, com uma das mãos o socorrista

faz a

estabilização da cabeça (até que um segundo socorrista assuma esta posição utilizando as duas mãos) e, com a outra mão, o socorrista toca o ombro da vítima conforme descrito no item anterior.

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MP 7-3


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Se a vítima estiver inconsciente o socorrista deve: 1.1.1 comunicar esta situação para a Central de Operações. 1.1.2 fazer manobra de abertura das Vias Aéreas conforme descrito na letra A da análise primária.

Se a vítima estiver consciente o socorrista deve: 1. Apresentar-se, dizendo o seu nome e informar-lhe que é da equipe de resgate do Corpo de Bombeiros; 2. Indagar se pode ajudá-la (obtenha o consentimento). 3. Questionar sobre o ocorrido; 4. Questionar a sua queixa principal; 5. Informar que vai examiná-la e a importância de fazê-lo. 6. verificar se as vias aéreas estão pérvias, analisando presença de secreções ou vômitos, dificuldade ventilatória causada por trauma visível no pescoço, edema de vias aéreas causada por inalação de substâncias tóxicas ou gases aquecidos, lesões orais ou ruídos indicativos de obstrução parcial de vias aéreas.

(A) Estabilizar a coluna cervical manualmente, verificar permeabilidade das vias aéreas.

1. Apoiar manualmente a cabeça da vítima para evitar movimentação (estabilização manual) até a colocação do colar cervical e do apoio lateral de cabeça.

1.1 fazer abertura das vias aéreas, através de uma das técnicas abaixo, de acordo com as condições da vítima:  Manobra de elevação da mandíbula (descrita no MP 7-5);  Manobra de tração do queixo (descrita no MP 7-6);  Manobra de extensão da cabeça, nos casos em que não há suspeita de trauma de coluna cervical (descrita no MP 7-6); Revisão JAN/09

MP 7-4


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1. Fazer aspiração, caso haja vômito ou sangue nas vias aéreas,ou ainda o pinçamento de objetos visíveis que estejam dificultando ou impedindo a respiração; 2. Utilizar a cânula orofaríngea.

MANOBRAS 1. Manobra de Elevação da Mandíbula: (executada por equipe de Resgate em vítima de trauma). a. Posicionar-se atrás da cabeça da vítima; b. Colocar as mãos espalmadas lateralmente a sua cabeça, com os dedos voltados para frente, mantendo-a na posição neutra; c. Posicionar os dedos indicadores e médios das mãos, em ambos os lados da cabeça da vítima, no ângulo da mandíbula; d. Posicionar os dois dedos polegares sobre o mento (queixo) da vítima; e. Simultaneamente, fixar a cabeça da vítima com as mãos, elevar a mandíbula com os indicadores e médios, abrindo a boca com os polegares.

Observação Esta

manobra

aplica-se

a

todas

as

vítimas,

principalmente em vítimas de trauma, pois proporciona ao Opte por apoiar os cotovelos no centro das coxas.

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mesmo

tempo

liberação

das

vias

aéreas,

alinhamento da coluna cervical e imobilização.

MP 7-5


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2. -Manobra de Tração do Queixo: (executada por socorrista atendendo isoladamente uma vítima de trauma). a. Apóie com uma das mãos a testa da vítima evitando que a cabeça se mova; b. Segurar o queixo da vítima com o polegar e o indicador da outra mão e tracioná-lo para cima e em seguida efetuar a abertura da boca.

Observação

Assim que possível, obtenha auxílio de outro socorrista para auxiliar na manutenção da abertura das vias aéreas e na estabilização da coluna cervical.

3. Manobra de Extensão da Cabeça: (também conhecida como manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo - executada em vítimas em que não há suspeita de lesão raquimedular): a. Posicionar uma das mãos sobre a testa e a outra com os dedos indicador e médio tocando o mento da vítima; b. Mantendo apoio com a mão sobre a testa, elevar o mento da vítima; c. Simultaneamente, efetuar uma leve extensão do pescoço; d. Fazer todo o movimento de modo a manter a boca da vítima aberta.

Observação

Este procedimento aplica-se apenas às vitimas que não possua indícios de ter sofrido trauma de coluna vertebral, especialmente, lesão cervical.

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MP 7-6


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(B) Verificar respiração: (B) 1. Empregar técnica de “ver, ouvir e sentir” (7 a 10 segundos de verificação)

a. Aproximar o ouvido da boca e nariz da vítima voltando a face para seu tórax; b. Observar os movimentos do tórax; c. Ouvir os ruídos próprios da respiração; d. Sentir a saída de ar das VAS da vítima.

Esta

verificação

deve

durar de 7 a 10 segundos.

Se presente, ministrar imediatamente oxigênio à vítima, conforme POP RES 05-01;

Se ausente, iniciar a ventilação artificial (adotar procedimento de Parada

Respiratória).

Os Procedimentos Operacionais para o uso correto do oxigênio serão estudados detalhadamente na próxima lição (oxigenoterapia). Para o treinamento da análise primária nesta etapa do curso, apenas simule a utilização do oxigênio.

(B) 2. Se possível, instale o oxímetro de pulso e avalie a saturação de oxigênio no sangue 

Se a saturação de Oxigênio for ≥ 95%  ministre oxigênio a10 lpm;

Se a saturação de Oxigênio estiver entre 90 e 95%  assistência ventilatória com

ressuscitador manual e oxigênio; Revisão JAN/09

MP 7-7


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Se a saturação de Oxigênio estiver ≤ 90%  acione SAV ou autorização para

transporte imediato, inicie assistência ventilatória com ressuscitador manual e oxigênio.

Oxímetro de Pulso: Procedimentos Operacionais: 1. Proceder à limpeza breve da polpa do dedo indicador com uma gaze seca ou umedecida com soro fisiológico e secar; 2. Posicionar o sensor com a lâmpada voltada conforme especificação do fabricante; 3. Ligar o aparelho e aguardar a leitura (FC – freqüência cardíaca e SpO2 – saturação de oxigênio) e comunicar os dados obtidos juntamente com a saturação após a suplementação de O2, com uso de máscara a 10 l/min.

ATENÇÃO

1. Poderá haver alteração de leitura do sensor: 1.1 Uso de esmalte escuro: 1.1.1 Remover esmalte com uso de produto específico; 1.1.2 Não sendo possível, mudar o sensor para os dedos dos pés; 1.2 Fraturas e/ou lesões vasculares (nestes casos colocar o sensor em outro membro não lesionado ou lóbulo da orelha); 1.3 Choque e grandes hemorragias; 1.4 Hipotermia: aquecer a vítima e aguardar nova leitura; 1.5 Excesso de luminosidade e outras alterações ambientais podem alterar a leitura de valores, devendo ser comunicadas ao médico; 2. Não dobrar o cabo de leitura (em especial, próximo ao oxímetro e ao sensor); Revisão JAN/09

MP 7-8


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3. Efetuar a limpeza do aparelho com gaze embebida em água ou com água e sabão neutro para retirada de secreções. Posteriormente limpar o sensor, cabo e aparelho com solução de hipoclorito (uma colher de sopa de hipoclorito para um litro de água), após, secar com pano seco.

(B) 3. Avalie qualitativamente a respiração e adote procedimentos necessários para sua estabilização 3.1 Avalie a qualidade da respiração e a defina como:  Normal;  Superficial;  Profunda;  Rápida;  Lenta. 3.2 Avalie o tipo de respiração e o defina como:  Regular;  Simétrico;  Ruídos anormais.

(C) Verificar circulação

(C) 1. Apalpe o pulso carotídeo em vítimas acima de 1 ano de idade que se encontre inconsciente 

No caso de vítimas com idade abaixo de 1 ano, palpar a artéria braquial.

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MP 7-9


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TÉCNICA 1. Em vítimas com idade superior a 1 ano, se deve palpar a artéria carótida; 2. Em vítimas com idade inferior a 1 ano, se deve palpar a artéria braquial; 3. Empregar os dedos indicador e médio; 4. Posicionar

as polpas digitais

na Proeminência

Laríngea; 5. Deslizar lateralmente os dedos até o sulco entre a

Esta verificação deve durar de 7 a

cartilagem e a musculatura do pescoço;

10 segundos.

6. Aliviar a pressão dos dedos até sentir o pulsar da artéria.

INDICAÇÕES CIRCULATÓRIAS COM BASE NO PULSO PALPÁVEL Pulso carotídeo palpável indica uma pressão arterial sistólica no mínimo em 60 mmHg; Pulso femural palpável indica uma pressão arterial sistólica no mínimo em 70 mmHg; Pulso radial palpável indica uma pressão arterial sistólica no mínimo em 80 mmHg.

Na ausência de pulso central, iniciar a RCP, conforme o caso.

(C) 2. Verifique a presença de pulso radial e avalie-o qualitativamente quanto:

REGULARIDADE

INTENSIDADE DO PULSAR DA ARTÉRIA

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REGULAR – Intervalos entre os batimentos iguais IRREGULAR – Intervalos entre os batimentos diferentes FORTE – Batimentos facilmente palpáveis FRACO – Dificuldade em sentir os batimentos cardíacos

MP 7-10


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ANORMALIDADES DE PULSO

QUALIDADE DO PULSO

MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES

Pulso rápido e forte

Hipertensão, susto, medo

Pulso rápido e fraco

Hemorragia, desidratação

Pulso ausente

Parada cardíaca, lesão arterial

(C) 3. Verificar a presença de hemorragias que impliquem em necessidade de controle imediato e aplicar a técnica de hemostasia correspondente. 1. Visualizar a parte anterior do corpo da vítima; 2. Apalpar a parte posterior do corpo da vítima; 3. Dispensar atenção inicialmente às hemorragias intensas, direcionando o exame da cabeça em direção aos pés; 4. Procurar por poças e manchas de sangue nas vestes.

(C) 4. Verificar a perfusão capilar na extremidade

TÉCNICA 1.

Pressione a polpa digital ou o leito ungueal (unha) e observe o retorno sanguíneo: PERFUSÃO Retorna-se em até 2 segundos Retorna-se após 2 segundos Se não retorna

MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES Normal Hemorragia intensa Choque - PCR

Hemorragia interna ou externa devem ser suspeitadas quando houver constatação de irregularidade na perfusão capilar.

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MP 7-11


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(C) 5. Verificar a temperatura, coloração e umidade da pele na testa da vítima A temperatura normal do corpo é de 36.2 a 36.8 ºC. A pele é responsável, em grande parte, pela regulação desta temperatura, irradiando o calor através dos vasos sangüíneos subcutâneos e evaporando água sob forma de suor. Uma pele fria e úmida é indicativa de uma resposta do sistema nervoso simpático a um traumatismo ou perda sangüínea (estado de choque). A exposição ao frio geralmente produz uma pele fria e seca. Uma pele quente e úmida pode ser causada por febre, em uma doença. Uma pele quente e seca pode ser causada por uma exposição excessiva ao calor, como na insolação. A pele humana é a grande responsável pela regulação da temperatura. Poderá apresentar-se: normal, quente, fria, seca ou úmida.

Utilize o dorso da mão colocada na testa da vítima.

Remova

parcialmente

a

luva

de

procedimento expondo o dorso da mão para a verificação. Observe a face da vítima durante a verificação:

Analise: 1. Temperatura e umidade da pele.

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MP 7-12


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TEMPERATURA E UMIDADE DA PELE

MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES

Pele fria, pálida e úmida

Perda sanguínea

Pele fria e seca

Exposição ao frio

Pele quente e seca

Insolação

Pele quente e úmida

Hipertermia (febre)

Analise ainda: 2. Coloração da pele. A cor da pele depende primariamente da presença de sangue circulante nos vasos sangüíneos subcutâneos. Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vítimas em choque ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada (cianose) é observada na insuficiência cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e também em alguns casos de envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em certos estágios do envenenamento por monóxido de carbono (CO) e na insolação. Alterações na coloração da pele podem indicar patologias (doenças) ou alterações vasculares periféricas decorrentes de traumatismos. Em pessoas de raça negra, a cianose da pele deve ser verificada na mucosa nasal e na parte interna dos lábios.

COR DA PELE Pálida

MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES Choque hemodinâmico, ataque cardíaco, hemorragia. Deficiência respiratória, arritmia cardíaca, hipóxia, doenças

Cianose (arroxeada)

pulmonares, envenenamentos.

Icterícia (amarelada)

Doença hepática (fígado)

Hiperemia

Hipertensão, insolação, alergias, diabetes, choque anafilático.

(avermelhada)

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MP 7-13


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ATENÇÃO 

Roupas grossas de inverno podem absorver grande quantidade de sangue, assim como pisos porosos, tais como terra, areia e grama onde o sangue pode ser facilmente absorvido.

Iluminar locais escuros.

Expor as vestes de acordo com o POP 03-04.

(D) Realizar exame neurológico Aplique a Escala de Coma de Glasgow, conforme POP 03-02 e POP 03-03; Se pontuação obtida estiver igual ou abaixo de 12, solicite apoio de SAV ou autorização para Transporte Imediato.

(D) 1. ESCALA DE COMA DE GLASGOW Elaborada por (Teasdale, G.; Jennett, B. – 1974) ( Teasdale, G.; Murray, G.; Parker, L.; Jenett, B. – 1974)

Para vítimas maiores de 5 anos de idade 1. Observar as respostas, anotar e somar os pontos para obter o grau dentro da Escala de Coma de Glasgow.

ABERTURA OCULAR    

Espontânea ............................................ Solicitação verbal ....................................... Estímulo doloroso ...................................... Nenhuma ....................................................

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4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto MP 7-14


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    

MELHOR RESPOSTA VERBAL Orientada ................................................... Desorientada/confusa ............................... Palavras inapropriadas .............................. Sons/gemidos ............................................ Nenhuma .

     

MELHOR RESPOSTA MOTORA Obedece comandos verbais ...................... Localiza e tenta remover o estímulo doloroso ... Reage a dor ................................................ Flexão anormal à dor (decorticação) .......... Extensão anormal à dor ( descerebração) . Nenhuma ..................................................

5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto

6 pontos 5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto

Para vítimas menores de 5 anos de idade 1. Observar as respostas, anotar e somar os pontos para obter o grau dentro da Escala de Coma de Glasgow.

ABERTURA OCULAR    

Espontânea ............................................... Ordem verbal ............................................. Estímulo doloroso ....................................... Nenhuma ........................................

4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto

MELHOR RESPOSTA VERBAL     

Palavras apropriadas/sorriso/olhar acompanha ... Choro, mas que pode ser confortado .............. Irritabilidade persistente ............................ Agitação ................................................... Nenhuma ...................................................

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5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto MP 7-15


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MELHOR RESPOSTA MOTORA      

Movimenta os 4 membros espontaneamente ... Localiza e retira o estímulo doloroso ......... Sente dor, mas não retira ........................... Flexão anormal à dor (decorticação) ......... Extensão anormal à dor ( descerebração) Nenhuma ..................................................

6 pontos 5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto

OBSERVAÇÕES 1. Provocar o estímulo doloroso, na seguinte ordem: 

1ª opção: fechar sua mão e pressionar o esterno da vítima com a face dorsal da mão, na altura da articulação entre a falange proximal e intermediária;

2ª opção: pressionar discretamente a musculatura do trapézio, ao lado do pescoço.

ATENÇÃO 

Jamais beliscar, dar tapas, espetar com agulhas ou praticar qualquer forma de agressão à vítima para se obter um estímulo doloroso.

POSTURAS DE DECORTICAÇÃO E DESCEREBRAÇÃO São encontradas nas lesões que afetam o tronco cerebral, com a Escala de Coma de Glasgow variando entre 3 e 5. A rigidez de decorticação consiste na flexão dos braços, dos punhos e dedos com adução do membro superior e extensão do inferior e são típicas de lesões no mesencéfalo.

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MP 7-16


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Decorticação

Descerebração

A rigidez da descerebração consiste em opistótono (posição ereta do corpo) com os dentes cerrados, os braços estendidos e rígidos, aduzidos e hiperpronados e os membros inferiores estendidos. Quando a lesão progride no sentido da medula espinhal (caudal), verificamos atonia (fraqueza) muscular e apnéia (parada respiratória), hipotensão arterial, com comprometimento do bulbo.

(D) 2. Avalie as pupilas: As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e possuem contornos regulares. Pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas viciadas em drogas. As pupilas indicam um estado de relaxamento ou inconsciência, geralmente tal dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca. As pupilas desiguais são geralmente encontradas nas vítimas com lesões de crânio ou acidente vascular cerebral. Na morte, as pupilas estão totalmente dilatadas e não respondem à luz. 

Observe: reatividade, simetria e tamanho das pupilas.

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MP 7-17


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Analise as alterações: 1. Observar a reação das pupilas à luz, classificando-as em: reativas ou arreativas; 2. Observar a simetria entre as pupilas classificando-as em: isocóricas ou anisocóricas; 3. Observar o tamanho das pupilas classificando-as em: midriáticas (midríase) ou mióticas (miose).

ALTERAÇÕES PUPILARES TIPO

MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES

Midríase paralítica

Morte cerebral

Miose

Uso de alguns tipos de drogas

Anisocoria

Lesão cerebral localizada devido a TCE, AVC

(E) Expor a vítima 1. Quando indicado, exponha os locais afetados da vítima, se houver necessidade de realizar exame físico complementar; 2. Siga para a exposição do corpo da vítima às instruções do POP 03-04 – Exposição; 3. A hipotermia pode agravar as condições da vítima. Evite que permaneça demasiado tempo a descoberto. Assim que houver oportunidade cubra-a com manta aluminizada ou outro recurso disponível e/ou a remova para local protegido e aquecido. Ex. interior da viatura.

Procedimentos Operacionais (EXPOSIÇÃO DE VÍTIMAS) 1. Informar antecipadamente à vítima e/ou responsável sobre o procedimento que será efetuado.

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MP 7-18


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2. Executar a exposição do corpo da vítima somente quando indispensável para identificar sinais de lesões ou de emergências clínicas. 3. Evitar tempo demasiado de exposição, prevenindo a hipotermia. 4. Cobrir com manta aluminizada ou cobertor ou lençóis limpos. 5. Garantir privacidade da vítima, evitando expor desnecessariamente as partes íntimas de seu corpo. 6. Respeitar as objeções da vítima, por motivos pessoais, incluindo religiosos, desde que isso não implique em prejuízo para o atendimento com conseqüente risco de vida. 7. Evitar danos desnecessários ao remover vestes e/ou calçados; 7.1.

Quando necessário cortar vestes da vítima, utilizar tesoura de ponta romba, evitando meios de fortuna que possam contaminar ou agravar ferimentos.

8. Relacionar os pertences do acidentado, mesmo danificados, e entregá-los no hospital, à pessoa responsável pela vítima devidamente identificada ou à Chefia de Enfermagem, no hospital.

ATENÇÃO 

Pertences pessoais da vítima, mesmo roupas e/ou calçados danificados, devem ser arrolados em recibo próprio e entregues à pessoa responsável ou à Chefia de Enfermagem no hospital, constando nome, corem, carimbo.

OBSERVAÇÃO 1. A Análise Primária deve ser completada no menor intervalo de tempo possível. 2. Toda vítima encontrada inconsciente e que não haja informações precisas sobre a causa do problema que apresenta deve ser tratada como portadora de lesão raquimedular. 3. Nas vítimas de trauma, manter a coluna cervical estável, em posição neutra, com aplicação do colar cervical e protetor lateral de cabeça ou manual. 4. Não mover a vítima da posição que se encontra antes de imobilizá-la, exceto quando: 

Estiver num local de risco iminente;

Revisão JAN/09

MP 7-19


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Sua posição estiver obstruindo suas vias aéreas;

Sua posição impede a realização da análise primária;

Para garantir acesso a uma vítima mais grave.

5.

Para verificar a respiração, estando o socorrista de capacete, retirá-lo, recolocando-o em seguida.

Durante a realização da Análise Primária verifique se a situação se enquadra no POP 02-10 - Transporte Imediato: Em quaisquer das etapas da Análise Primária, avalie se as condições da vítima se enquadram no POP de Acionamento de SAV ou de Transporte Imediato, adotando-se, nestes casos, as providências respectivas.

ATENÇÃO 

Relembrar o Procedimento Operacional de transporte Imediato visto na Lição 02 – MP 02-09; 02-10 e 02-11.

AO TÉRMINO DA ANÁLISE PRIMÁRIA DEVE-SE:

Aplicar o Colar Cervical, nas vítimas de trauma, com técnica adequada. POP 12.01 – IMOBILIZAÇÃO DA COLUNA 1. Escolher o colar cervical de tamanho apropriado, da seguinte forma: 1.1.

Com o pescoço da vítima em posição neutra, usando os dedos, meça da base

do pescoço (músculo trapézio) até a base da mandíbula da vítima;

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MP 7-20


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1.2.

O colar cervical apropriado deverá ter a medida encontrada no plástico rígido na

sua lateral.

APLICAÇÃO DO COLAR EM VÍTIMA SENTADA 1. Retirar qualquer vestimenta e outros adornos da área do pescoço da vítima. 2. Examinar pescoço da vítima antes de aplicar o colar cervical. 3. Socorrista 1: 3.1.

faz o alinhamento lentamente da cabeça e a mantém firme com uma leve tração

para cima; 3.2.

na vítima inconsciente, mantém as vias aéreas permeáveis, usando a manobra

de elevação da mandíbula; 3.3.

na vítima consciente, realizar o apoio lateral de cabeça.

4. Socorrista 2: 4.1.

escolhe o colar cervical de tamanho apropriado;

4.2.

coloca o colar cervical iniciando pela parte do queixo, deslizando o colar sobre o

tórax da vítima até que seu queixo esteja apoiado firmemente sobre o colar (parte anterior); 4.3.

passa a parte posterior do colar por trás do pescoço da vítima até se encontrar

com a parte anterior; 4.4.

ajusta o colar e prende o velcro observando uma discreta folga (1 dedo) entre o

colar e o pescoço da vítima. 5. Socorrista 1: Mantém a imobilização lateral da cabeça.

APLICAÇÃO DO COLAR EM VÍTIMA DEITADA 1. Retirar qualquer vestimenta e outros adornos da área do pescoço da vítima. 2. Examinar pescoço da vítima antes de aplicar o colar cervical. 3. Socorrista 1: Revisão JAN/09

MP 7-21


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3.1.

faz o alinhamento lentamente da cabeça e a mantém firme com uma leve tração

para cima; 3.2.

na vítima inconsciente, mantém as vias aéreas permeáveis, usando a manobra

de elevação da mandíbula; 3.3.

na vítima consciente, realizar manualmente o apoio lateral de cabeça.

4. Socorrista 2: 4.1.

escolhe o colar cervical de tamanho apropriado;

4.2.

passa a parte posterior do colar por trás do pescoço da vítima;

4.3.

coloca a parte anterior do colar cervical, encaixando no queixo da vítima de

forma que esteja apoiado firmemente; 4.4.

ajusta o colar e prende o velcro observando uma discreta folga (1 dedo) entre o

colar e o pescoço da vítima. 5. Socorrista 1: 5.1.

mantém a imobilização lateral da cabeça até que se coloque um recurso

material para tal (cobertor, imobilizador lateral).

APLICAÇÃO DO COLAR REGULÁVEL - ADULTO 1. Retirar qualquer vestimenta e outros adornos da área do pescoço da vítima. 2. Examinar pescoço da vítima antes de aplicar o colar cervical. 3. Socorrista 1: 3.1. faz o alinhamento lentamente da cabeça e a mantém firme com uma leve tração para cima; 3.2. na vítima inconsciente, mantém as vias aéreas permeáveis, usando a manobra de elevação da mandíbula; 3.3. na vítima consciente, realizar manualmente o apoio lateral de cabeça. 4. Socorrista 2: 4.1. girar o apoio da região mentoniana 270 graus; 4.2. puxar os dois pinos redondos azuis da trava do colar na região anterior; 4.3.travar lateralmente as duas setas azuis localizadas na região anterior Revisão JAN/09

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4.4. passa a parte posterior do colar por trás do pescoço da vítima; 4.5. coloca a parte anterior do colar cervical, encaixando no queixo da vítima de forma que esteja apoiado firmemente; 4.6. ajusta o colar e prende o velcro observando uma discreta folga (1 dedo) entre o colar e o pescoço da vítima. 4.7. com os indicadores na parte anterior da abertura frontal e os polegares na parte superior, ajustar a largura do colar até as laterais apoiarem por completo a região do músculo trapézio; e 4.8. pressionar os dois pinos azuis a fim de travar o colar cervical. 5. Socorrista 1: 5.1 mantém a imobilização lateral da cabeça até que se coloque um recurso material para tal (cobertor, imobilizador lateral).

ATENÇÃO 

Lembrar que mesmo com o colar cervical, a vítima pode movimentar a cabeça. A região cervical somente estará com imobilização completa com o uso do imobilizador lateral de cabeça.

O colar cervical deverá ter o tamanho adequado de forma a proporcionar alinhamento e imobilização antero-posterior da coluna cervical.

Em toda vítima de trauma deverá ser colocado o colar cervical, mesmo que o estado da vítima não seja grave.

Iniciar a Análise Secundária somente após estabilizados os problemas encontrados na análise primária ANÁLISE SECUNDÁRIA Processo ordenado que visa descobrir lesões ou problemas clínicos que, se não tratados, poderão ameaçar a vida, através da interpretação dos achados na verificação dos sinais Revisão JAN/09

MP 7-23


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vitais, exame físico e na entrevista. Através da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela vítima o socorrista poderá determinar o tipo de emergência e os procedimentos operacionais específicos. Uma parte da análise é objetiva, através do exame dos sinais vitais e do corpo da vítima (exame físico) e a outra é subjetiva, através de dados colhidos em entrevista.

SINAIS VITAIS E SINAIS DIAGNÓSTICOS Toda lesão ou doença tem formas peculiares de se manifestar e isso pode ajudá-lo no descobrimento do tipo de problema que afeta a vítima. Estes indícios são divididos em dois grupos: os sinais e os sintomas. Alguns

são

bastante

óbvios,

mas

outros

indícios

importantes

podem

passar

despercebidos, a menos que você examine a vítima cuidadosamente, da cabeça aos pés.

SINAIS são detalhes que você poderá descobrir fazendo o uso dos sentidos – visão, tato, audição e olfato – durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão incluem sangramento, inchaço (edema), aumento de sensibilidade ou deformação; já os sinais mais comuns de doenças são pele pálida ou avermelhada, suor, temperatura elevada e pulso rápido.

SINTOMAS são sensações que a vítima experimenta e é capaz de descrever. Pode ser necessário que o socorrista faça perguntas para definir a presença ou ausência de sintomas. Pergunte à vítima consciente se sente dor e exatamente onde. Examine a região indicada procurando descobrir possíveis lesões por trauma, mas lembre-se de que a dor intensa numa região pode mascarar outra enfermidade mais séria, embora menos dolorosa. Além da dor, os outros sinais que podem ajudá-lo no diagnóstico incluem náuseas, vertigem, calor, frio, fraqueza e sensação de mal-estar.

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SINAIS VITAIS Refletem o estado atual dos sistemas respiratório e circulatório: 1. Verificar a freqüência respiratória; 2. Verificar a freqüência cardíaca; 3. Verificar a pressão arterial.

FREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA a. Palpar o pulso radial para evitar que a vítima perceba que o socorrista está checando a respiração; b. Observar os movimentos torácicos e contar durante 30 (trinta) segundos, multiplicando-se por 2 (dois), obtendo a freqüência

de movimentos respiratórios por minuto

(m.r.m.); c. Se a respiração for irregular, contar durante 1 minuto.

FREQUENCIA RESPIRATÓRIA NORMAL RESPIRAÇÃO EM REPOUSO NORMAL – de12 a 30 rpm Idade acima de 8 anos

LENTO – menor que 12 rpm RÁPIDO – maior que 30 rpm NORMAL – de 20 a 30 rpm

FREQÜÊNCIA

Idade entre 1 a 8 anos

LENTO – menor que 20 rpm RÁPIDO – maior que 30 rpm NORMAL – de 30 a 50 rpm

Idade abaixo de 1 ano

LENTO – menor que 30 rpm RÁPIDO – maior que 50 rpm

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OBSERVAÇÃO (POP RES 03-01 – pág. 04/06): Se a freqüência respiratória estiver abaixo de 12 mrm ou superior a 30 mrm para vítimas acima de 8 anos, abaixo de 20 mrm ou superior a 30 mrm para vítimas entre 1 e 8 anos e abaixo de 30 mrm ou superior a 50 mrm para vítimas abaixo de 1 ano, e ainda a vítima apresentar sinais de insuficiência respiratória (dispnéia acentuada, cianose, respiração superficial, uso de músculos acessórios da respiração), inicie assistência ventilatória com ressuscitador manual e oxigênio.

FREQÜÊNCIA CARDÍACA Pulso é a onda de pressão gerada pelo batimento cardíaco e propagada ao longo das artérias.

Observe o valor encontrado pelo oxímetro de pulso ou aplique a técnica de

verificação abaioxo:.

a) Em vítimas com idade superior a 1 ano, palpar o pulso radial e contar os batimentos cardíacos durante 30 (trinta) segundos,

multiplicando-se

por

2

(dois),

obtendo

a

freqüência cardíaca por minuto.

b)

Em vítimas com idade inferior a 1 ano, palpar o pulso braquial e contar os

batimentos cardíacos durante 30 (trinta) segundos, multiplicando-se por 2 (dois), obtendo a freqüência cardíaca por minuto. c)

Se o pulso for arrítmico, palpa-lo durante 1 minuto.

d)

Defina a freqüência cardíaca como lenta, normal ou rápida.

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FREQUENCIA CARDÍACA NORMAL PULSO EM REPOUSO NORMAL – de 60 a 100 bpm Idade acima de 8 anos

LENTO – menor que 60 bpm RÁPIDO – maior que 100 bpm NORMAL – de 80 a 140 bpm

FREQÜÊNCIA Idade entre 1 e 8 anos

LENTO – menor que 80 bpm RÁPIDO – maior que 140 bpm NORMAL – de 120 a 160 bpm

Idade abaixo de 1 ano

LENTO – menor que 120 bpm RÁPIDO – maior que 160 bpm

PRESSÃO ARTERIAL É a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas das artérias. É constituída por duas mensurações: PA máxima (sistólica) e PA mínima (diastólica). Sistólica: é a pressão máxima exercida pelo sangue contra as paredes internas das artérias durante a contração do coração (sístole) Diastólica: é a pressão mínima exercida pelo sangue contra as paredes internas das artérias durante o relaxamento do coração (diástole)

TÉCNICA DE AFERIÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL 1. Expor o braço da vítima acima do cotovelo, certificando-se de que não há compressão; 1. Fixar o manguito do esfigmomanômetro cerca de 04 (quatro) cm acima do cotovelo da vítima; 2. Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial do mesmo braço da vítima; 3. Fechar a válvula e insuflar ar pela pêra até o manômetro marcar 200 mmhg; Revisão JAN/09

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4. Abrir a válvula lentamente, cerca de 5 mmhg no intervalo de 3 segundos; 5. O som do primeiro batimento indicará a pressão arterial sistólica; 6. Continuar permitindo a saída do ar; 7. O cessar do som dos batimentos indicará a pressão arterial diastólica; 8. Remover todo o ar, soltando o manguito,

ATENÇÃO 

Na impossibilidade de auscultar os batimentos, a pressão arterial sistólica poderá ser medida palpando-se o pulso radial ou no membro inferior (pulso poplíteo).

Evitar verificar a PA várias vezes consecutivas no mesmo braço;

Se a vítima for hipertensa e o socorrista começar a ouvir o som dos batimentos cardíacos logo que desinflar o manguito, torne a infla-lo acima dos 200 mmhg indicados.

VALORES NORMAIS DE PRESSÃO ARTERIAL Idoso – acima de 50 anos

(PAS)140-160 / (PAD) 90-100 mmHg 120/80 mmHg

Idade acima de 16 anos Idade – 16 anos

118/75 mmHg

Idade – 6 anos

95/62 mmHg

Idade – 12 anos

108/67 mmHg

Idade – 4 anos

85/60 mmHg

Idade – 10 anos

100/65 mmHg

RN (3Kg)

52/30 mmHg

O resultado poderá apresentar-se: 

Normal (normotenso);

Alterado (hipertensão ou hipotensão);

Na faixa etária adulta os valores limites de PA são: PAS 140 mmHg – PAD 90 mmHg.

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EXAME DA CABEÇA AOS PÉS Refere-se à apalpação e inspeção visuais realizadas pelo socorrista, de forma padronizada, buscando identificar na vítima, sinais de uma lesão ou problema médico.

Proceder ao exame da cabeça aos pés, observando:

1. Cabeça: 

Ferimentos ou deformidades;

Crepitação óssea;

Secreção pela boca, nariz e/ou ouvidos;

Hálito;

Dentes quebrados, próteses dentárias;

2. Pescoço: 

Ferimentos ou deformidades;

Estase jugular, comuns no pneumotórax hipertensivo e tamponamento pericárdico;

Desvio de traquéia, comum em lesão direta no pescoço ou pneumotórax hipertensivo;

Resistência ou dor ao movimento;

Crepitação óssea;

Enfisema subcutâneo, em conseqüência de lesão nas vias aéreas.

3. Tórax e costas: 

Ferimentos e deformidades;

Respiração difícil;

Alteração da expansibilidade;

Crepitação óssea;

Enfisema subcutâneo, em conseqüência de lesão nas vias aéreas.

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4. Abdome: 

Ferimentos (contusões, escoriações, etc.);

Dor à palpação;

Rigidez da parede abdominal (abdome em tábua).

5. Pelve e nádegas: 

Ferimentos ou deformidades;

Dor à palpação;

Crepitação óssea;

Instabilidade da estrutura óssea.

6. Extremidades inferiores e superiores: 

Ferimentos ou deformidades;

Pulso distal (extremidades superiores - artéria radial; extremidades inferiores - artéria pediosa);

Resposta neurológica (insensibilidade, formigamentos) para avaliar lesão de nervos;

Avaliar a motricidade e a força muscular para verificar lesão de nervos ou músculos;

Perfusão capilar, para avaliar lesão arterial ou sinais de choque;

Verificar temperatura e coloração da pele, para avaliar lesão vascular.

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ENTREVISTA - ANÁLISE SUBJETIVA 

Colher dados com a própria vítima, testemunhas e/ou familiares, durante o atendimento, concomitantemente com as demais avaliações, que possam ajudar no atendimento, usando a regra mnemônica A M P L A:

(A) Alergias: a alimentos, medicamentos, pós, gases inalados, ou qualquer substância que saiba ser alérgico ou que tenha tido contato; (M) Medicamentos em uso: toma medicamento regularmente, prescrito por médico ou automedicação, tipo, destinado a que problema; use as palavras “medicação” ou “remédio”, evite o uso da expressão “droga”, pois pode inibir a pessoa ou quem esteja sendo questionado; (P) Problemas antecedentes: sofre de alguma doença crônica (diabetes, cardíaco, renal crônico)? Já teve distúrbios semelhantes? Quando? Como ocorre? Quais os sinais e sintomas presentes? Sofreu internações hospitalares?; (L) Líquidos e alimentos ingeridos: quando comeu pela última vez? O que comeu? (alguns alimentos podem causar conseqüências no organismo ou agravar a condição clínica da vítima. Além disso, se a vítima precisar ir para a cirurgia, a equipe médica que vier a receber a vítima no hospital, precisa saber quando foi a última refeição); (A) Ambiente, local da cena: elementos presentes na cena de emergência podem dar indicações do tipo de problema apresentado, aplicadores de drogas, frascos de medicamentos, vômitos, presença de gases, etc.

Complemente a entrevista pesquisando circundantes e familiares, de forma discreta, de modo a colher mais informações pertinentes ao estado da vítima.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Planos de aula do Curso de Assistente de Primeiros Auxílios Avançados do Programa USAID/OFDA/MDFR/UDESC/SMS/CBPMESP de Capacitação para Instrutores, São Paulo - 1998. 2. Socorros Médicos de Emergência. American Academy of Orthopaedic Surgeons. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.ª, 1979. 3. Half, Brent – Primeiros Socorros para Estudantes – Editora Manole – 1º Edição Brasileira – São Paulo – 2002. 4. Bergeron, J. David – Primeiros Socorros – Atheneu Editora São Paulo – São Paulo – 1999. 5. Bergeron, J. David – Emergency Care – Brady Prentice Hall – Upper Saddle, New Jersey -1995.

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 02-01 Solicitação de suporte avançado 02-02 Restrição de vítimas 02-03 Transporte imediato 03-01 Avaliação de vítima 03-02 Classificação nas escala de coma de glasgow (vítimas com idade acima de 5 anos) 03-03 Classificação nas escala de coma de glasgow (vítimas com idade abaixo de 5 anos) 03-04 Exposição de vítimas 05-01 Oxigenioterapia 12-01 Imobilização da Coluna Cervical

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AVALIAÇÃO

ANÁLISE PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA

1. Conceitue análise primária e secundária: Análise Primária: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Análise Secundária: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________

2. Cite as ações que devem ser contempladas durante a análise primária. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

3. Cite as ações que constituem a análise secundária. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ Revisão JAN/09

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4. Indique 04 (quatro) situações de Transporte Imediato: POP 2.10 __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

5. Indique os principais dados que o socorrista deve colher em uma entrevista: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

6. Discorra sobre o exame das pupilas durante a análise secundária: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

7. Indique as principais alterações de pulso encontradas numa vítima: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 8. Indique as principais alterações de perfusão capilar encontrada numa vítima: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

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BLOCO DE ANOTAÇÕES ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________

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