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3.3.6. Abrir a boca, visualizar e tentar remover qualquer objeto estranho visível. 3.3.7. Checar a respiração e, se ausente, efetuar 2 (duas) ventilações; 3.3.8. Após 1 (um) ciclo de manobras checar
o
pulso
braquial
e,
se
ausente, iniciar a RCP. 3.3.9. Após 1 (um) ciclo de manobras checar
o
pulso
braquial
e,
se
presente, prosseguir nas manobras de tapas nas costas e compressão no esterno.
ATENÇÃO
No local, tentar uma única vez a seqüência completa.
Cuidado com a intensidade das pancadas, pois poderá causar lesões internas.
Vítimas com idade acima de 1 ano em que se consiga apoiá-la no antebraço, pode ser realizada esta manobra.
PARADA RESPIRATÓRIA - VENTILAÇÃO DE RESGATE (OU VENTILAÇÃO ARTIFICIAL) O ar atmosférico possui 21% de oxigênio. Dos 21% inalados, aproximadamente 5% são utilizados pelo corpo e os 16% restantes são exalados, quantidade suficiente para manter viva uma vítima.
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As técnicas não invasivas de ventilação, também chamadas de ventilação de resgate ou ventilação de suporte utilizada pelo socorrista são: boca a boca, boca a máscara, boca a nariz, boca a boca e nariz.
RISCOS E COMPLICAÇÕES DA VENTILAÇÃO DE RESGATE 1. Infecções: pelo contato direto com mucosa infectada; 2. Intoxicações: inalação ou contato com a boca que tenha ingerido ou inalado veneno; 3. Lesão cervical: utilização de manobra inadequada de liberação de vias aéreas; 4. Distensão gástrica: insuflação excessiva com escape de ar para o estômago.; 5. Distensão alveolar: insuflação excessiva.
VENTILAÇÃO DE RESGATE Procedimentos operacionais: 1. Constatar inconsciência 2. Fazer abertura das vias aéreas com a técnica mais adequada. 3. Colocar a cânula orofaríngea nas vítimas inconscientes, nos casos em que não há reflexo de vômito. 4. Constatar respiração ausente. 5. Efetuar 2 (duas) ventilações; se não houver expansão torácica verificar se há obstrução e adotar técnica de desobstrução em OVACE; 6. Verificar pulso carotídeo em vítimas acima de 1 ano e braquial em vítimas abaixo de 1 ano; se ausente, realizar RCP . 7. Efetuar 1 (uma) ventilação a cada: 7.1.
5 segundos: vítimas com idade acima de 8 anos;
7.2.
3 segundos: vítimas com idade entre 28 dias e 8 anos;
7.3.
2 segundos: vítimas com idade abaixo de 28 dias.
8. Checar pulso a cada 1 minuto, conforme item 6. 9. Auxiliar a ventilação com máscara e ressuscitador manual, quando verificar: 9.1.
Presença de cianose;
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9.2.
Retrações e diminuição do nível de consciência tais como sonolência e agitação acentuada;
9.3.
Respiração superficial ou bradipnéia:
9.3.1. Vítima com idade acima de 8 anos com m.r.m. menor que 12 ou maior que 30 mrm; 9.3.2. Vítima com idade entre 1 e 8 anos com m.r.m. menor que 20 ou maior que 30 mrm; 9.3.3. Vítima com idade abaixo de 1 ano com m.r.m. menor que 30 ou maior que 50 mrm. 9.4.
Nesses casos, observar o fluxo de oxigênio respectivo.
ATENÇÃO
Na presença de vômitos, em casos clínicos, girar a cabeça da vítima lateralmente; em casos de trauma, girar a vítima em bloco ou a prancha lateralmente, se devidamente fixada.
Utilizar o equipamento e fluxo de O2 adequados para ventilação.
Evitar insuflar excessivamente para prevenir distensão gástrica e conseqüente regurgitação.
MÉTODO BOCA-A-BOCA
Vítimas com idade acima de 1 ano Procedimentos operacionais: 1. Posicionar-se lateralmente à cabeça da vítima. 2. Certificar-se de que as vias aéreas da vítima estejam liberadas. 3. Posicionar a sua mão na região frontal do crânio da vítima, pinçando o seu nariz com o dedo indicador e polegar. Revisão JAN/09
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4. Envolver totalmente a boca da vítima com sua boca (do socorrista) bem aberta, elevando o queixo com a outra mão. 5. Insuflar ar até observar o tórax se elevar. 6. Soltar o nariz e afastar ligeiramente o rosto, mantendo as vias aéreas livres para que o ar saia (expiração). 7. Observar a técnica de ventilação adequada para cada caso. Cabe ressaltar que neste método o socorrista deve atentar para todas as regras de Biossegurança, uma vez que “nunca” é indicado o contato direto com as mucosas, integras ou não, da vítima
VENTILAÇÃO BOCA A BOCA-NARIZ
Vítimas com idade inferior a 1 ano Procedimentos operacionais: 1. Posicionar-se lateralmente à cabeça da vítima. 2. Certificar-se que as vias aéreas da vítima estejam liberadas. 3. Envolver totalmente a boca e o nariz da vítima com sua boca (do socorrista) bem aberta. 4. Insuflar os pequenos pulmões apenas com o ar contido no interior de sua boca (bochechas), através de um curto sopro, cessando ao observar a expansão do tórax. 5. Afastar sua face do rosto da vítima no intervalo das ventilações para permitir a saída de ar (expiração).
ATENÇÃO
Utilizar este tipo de ventilação somente na ausência de outro recurso material.
Manter a coluna cervical numa posição neutra ao realizar a ventilação no caso de vítimas de trauma.
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Na presença de vômitos, girar rapidamente a cabeça da vítima lateralmente e limpar os resíduos de sua boca antes de reiniciar a ventilação, exceto nos casos de vítimas de trauma, situação em que a vítima deve ser girada lateralmente em monobloco, protegendo sua coluna por inteiro.
Na impossibilidade de abrir a boca da vítima, efetuar a insuflação de ar pelo nariz.
Cuidado para não exceder a quantidade de ar insuflado; para tal, assim que o tórax começar a erguer, cessar a insuflação.
VENTILAÇÃO BOCA A MÁSCARA Procedimentos operacionais: 1. Posicionar-se atrás da cabeça da vítima. 2. Manter vias aéreas pérvias. 3. Posicionar a máscara corretamente sobre a boca e o nariz. 4. Colocar a máscara realizando abertura de suas bordas, proporcionando perfeita vedação com a face da vítima. 5. Segurar a máscara com as duas mãos espalmadas, uma de cada lado da cabeça da vítima posicionando os dedos como indicado na figura abaixo: 5.1.
Dedo polegar na porção superior da máscara;
5.2.
Dedo indicador na porção inferior da máscara;
5.3.
Demais dedos elevando a mandíbula.
6. Insuflar ar com sua boca no local apropriado da máscara, observando expansão torácica da vítima. 7. Permitir a expiração sem retirar a máscara da posição.
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ATENÇÃO
Manter as bordas da máscara com pressão adequada para vedar a face, certificandose que o ar não escape pelas laterais da máscara durante as insuflações.
Escolher a máscara de tamanho adequado à vítima.
VENTILAÇÃO COM REANIMADOR MANUAL Procedimentos operacionais: 1. Posicionar-se atrás da cabeça da vítima. 2. Manter vias aéreas pérveas. 3. Posicionar a máscara corretamente sobre a boca e o nariz; 3.1.
Colocar a máscara realizando abertura de suas bordas, proporcionando perfeita vedação com a face da vítima.
4. Posicionar o reanimador manual da seguinte forma: 4.1.
Segurar a máscara com uma das mãos, posicionando os dedos como indicado na figura abaixo;
4.1.1. Dedo polegar na porção superior da máscara; 4.1.2. Dedo indicador na porção inferior da máscara; 4.1.3. Demais dedos elevando da mandíbula. 4.2.
Com a outra mão comprimir a bolsa do reanimador que deverá estar conectado à máscara e posicionado transversalmente à vítima.
5. Observar a elevação do tórax a cada insuflação. 6. Conectar uma fonte de oxigênio suplementar na entrada apropriada do balão ou válvula do reanimador manual e observae fluxo de oxigênio da Tabela 1 do POP RES 05-01.
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ATENÇÃO
Ter cautela ao realizar a vedação da máscara para não fazer flexão da cabeça e obstruir as vias aéreas.
Estar atento para a ocorrência de vômito, principalmente em máscaras não transparentes.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Reanimação Cardiopulmonar - RCP A RCP é um procedimento de emergência aplicado quando constatamos que a vítima teve uma parada das atividades do coração e do pulmão. Quando isso ocorre é possível ao socorrista, através da combinação de compressões torácicas com ventilação de resgate, manter artificialmente a circulação e a respiração da vítima até que haja um socorro médico adequado.
PRINCIPAIS CAUSAS
Doenças cardiovasculares, afogamento, choque elétrico, trauma de crânio, etc.
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