L-11 Movimentacao e Transporte de Acidentados

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Curso de Resgate e Emergências Médicas

Lição 11 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

OBJETIVOS: Proporcionar aos participantes conhecimentos e habilidades que os capacitem a:

1. Indicar as regras para a movimentação de um acidentado; 2. Executar corretamente as técnicas de movimentação e transporte de uma vítima, previstas no POP RESGATE, utilizando pranchas longas, colete imobilizador dorsal e prancha curta; 3. Executar a técnica de retirada do capacete em vítimas de trauma; 4. Identificar as situações de emergências que requerem uma retirada rápida da vítima e demonstrar a forma correta de executá-las;

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REGRAS GERAIS PARA ABORDAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE POLITRAUMATIZADOS 1. Não mover a vítima da posição que se encontra antes de imobilizá-la, exceto quando: 1.1 Estiver num local de risco iminente; 1.2 Sua posição estiver obstruindo suas vias aéreas; 1.3 Sua posição impede a realização da análise primária; 1.4 Para garantir acesso a uma vítima mais grave.

2. A prancha longa onde a vítima será fixada deve possuir o apoio lateral de cabeça e, no mínimo, três tirantes sendo: 2.1 um na altura das axilas, cruzando o tórax da vítima, sem envolver os membros superiores; 2.2 outro na altura das cristas ilíacas; e 2.3 o terceiro, na altura dos joelhos.

3. Os tirantes da prancha longa devem envolvê-la de tal forma que os vãos para empunhadura fiquem desobstruídos (os tirantes passarão por debaixo da prancha e serão fixados em cima da mesma). 4. O transporte da vítima para o hospital deve ser feito em “código 3” somente nos casos de transporte imediato.

Demonstração e prática

ROLAMENTO EM MONOBLOCO COM TRÊS SOCORRISTAS Rolamento 90º graus Procedimentos Operacionais Padrão:

1. Socorrista 1: segura a cabeça da vítima. Revisão JAN/09

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2. Socorrista 2: posiciona-se na lateral da vítima, na altura do tronco, colocando uma das mãos no ombro contralateral e a outra mão na região pélvica contralateral. 3. Socorrista 3: posiciona-se na mesma lateral que o Socorrista 2, na altura dos membros inferiores da vítima; coloca uma das mãos na região pélvica, numa posição acima da mão do Socorrista 2 e a outra mão na altura do terço médio da perna.

4. Socorrista 1: após certificar-se que todos estão na posição correta, faz a contagem combinada pela equipe em voz alta e todos ao mesmo tempo, efetuam o rolamento em monobloco da vítima.

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5. Socorrista 2: retira a mão da região pélvica e traz a prancha para próximo da vítima.

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6. Socorrista 2: Examina a região posterior do corpo da vítima.

7. Socorrista 1: comanda o rolamento em monobloco da vítima para colocá-la sobre a prancha longa. 8. Socorrista 1: mantém a estabilização da coluna cervical, durante todo o procedimento.

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9. Socorristas 1, 2 e 3: ajustam, se necessário, a posição da vítima na prancha, em movimentos longitudinais, apoiando respectivamente a cabeça, ombros e quadris. 

Para centralizar a vítima na prancha, usar técnica dos socorristas a cavaleiro com elevação da vítima e reposicionando-a na prancha.

10. Socorrista 1: realiza imobilização lateral da cabeça (colocação do imobilizador lateral de cabeça). 11. Socorristas 2 e 3: prendem os tirantes nas seguintes posições: 11.1. Na altura das axilas e cuzando, sem envolver os membros; 11.2. Na altura das cristas ilíacas; 11.3. Na altura dos joelhos.

MÉTODO ALTERNATIVO: LEVANTAMENTO

EM

MONOBLOCO

COM

QUATRO

SOCORRISTAS Elevação a Cavaleiro Procedimentos Operacionais Padrão:

1. Socorrista 1: posiciona-se de joelhos de frente para a cabeça da vítima e a estabiliza manualmente. 2. Socorrista 2: em pé, posiciona-se sobre a vítima na altura do tórax, com um dos pés posicionados ao lado da vítima e o outro pé do outro lado da prancha longa. Posiciona suas mãos sob as escápulas da vítima. 3. Socorrista 3: em pé, posiciona-se sobre a vítima na altura das coxas com um dos pés posicionados ao lado da vítima e o outro pé do outro lado da prancha longa e segura a vítima pela região pélvica. Posiciona suas mãos sob as nádegas da vítima. 4. Socorrista 4: posiciona-se nos pés da vítima e a segura com as mãos posicionadas sob os tornozelos. Revisão JAN/09

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5. Socorrista 1: após certificar-se que todos os socorristas estão na posição correta, faz a contagem conhecida pela equipe em voz alta e todos, ao mesmo tempo, levantam a vítima em monobloco. Ao segundo comando do Socorrista 1 deslocam-se lateralmente para colocar a vítima sobre a prancha longa.

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6. Socorrista 1: realiza imobilização lateral da cabeça. 7. Socorrista 2 e 3: prende os tirantes nas seguintes posições: 7.1.

Na altura das axilas e cruzando, sem envolver os membros;

7.2.

Na altura das cristas ilíacas;

7.3.

Na altura dos joelhos.

TÉCNICA DE IMOBILIZAÇÃO DA VÍTIMA TRAUMATIZADA EM PÉ Procedimentos Operacionais Padrão:

1. Socorristas: abordam a vítima pela frente evitando a movimentação do acidentado e explica os procedimentos que serão efetuados;

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2. Socorrista 1: aborda a vítima pela frente e estabiliza a coluna cervical explicando o procedimento que será efetuado;

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3. Socorrista 2: aborda a vítima por trás e assume a estabilização da coluna cervical; 4. Socorrista 1: aplica o colar cervical;

5. Socorrista 3: aguarda a aplicação do colar cervical, posiciona a prancha atrás da vítima apoiando-a no tornozelo, no glúteo e nas escápulas;

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6. Socorristas 1 e 3: 6.1.

Posiciona-se lateralmente à prancha longa, de frente para a vítima; introduzem seu antebraço sob as axilas da vítima apoiando e segurando a prancha pelo vão imediatamente superior ou mais próximo do ombro da vítima;

6.2.

Com as mãos que ficaram livres, seguram a vítima pelo braço logo acima do cotovelo;

6.3.

Mantém-se com um pé paralelo à parte inferior da prancha longa e o outro pé a um passo atrás;

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6.4.

Sob contagem de um dos socorristas, deslocam-se lentamente dois passos à frente, flexionando no segundo passo o joelho mais próximo à prancha longa, segurando-a até que esta apóie no solo;

7. Socorrista 2: mantém a estabilização da coluna cervical durante a descida da prancha longa; 8. Socorristas 1, 2 e 3: ajustam, se necessário, a vítima à prancha longa.

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ROLAMENTO EM MONOBLOCO COM VÍTIMA EM DECÚBITO VENTRAL Rolamento 180º graus

Procedimentos Operacionais Padrão:

1. Socorrista 1: posiciona-se de joelhos acima da cabeça da vítima, estabilizando sua coluna cervical, segurando-a pela mandíbula. 2. Socorrista 2: examina o membro superior do lado ao qual será efetuado o rolamento e o posiciona ao longo do corpo ou acima da cabeça da vítima, realizando a menor movimentação possível. 3. Socorrista 3: posiciona a prancha longa ao lado da vítima mantendo a distância adequada para o rolamento. 4. Socorrista 2: posiciona-se de joelhos, no centro da prancha longa, na altura do tórax da vítima segurando-a pelo ombro e coxa opostos. 5. Socorrista 3: posiciona-se de joelhos, no centro da prancha longa, na altura da coxa da vítima, segurando-a pela crista ilíaca e na altura da panturrilha.

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6. Socorristas 1, 2 e 3: sob comando de um dos socorristas, efetuam o rolamento em monobloco até que esteja posicionada lateralmente (90 graus);

7. Socorristas 1, 2 e 3: ajustam suas posições e completam a manobra de rolamento posicionando a vítima em decúbito dorsal sobre a prancha.

8. Socorrista 3: reposiciona o membro superior da vítima ao longo do corpo, se necessário. Revisão JAN/09

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ATENÇÃO 

Utilizar o método mais adequado de acordo com as condições do local da ocorrência e da posição em que se encontra a vítima.

Ao realizar manobras de rolamento em monobloco deve-se tomar cuidado de escolher o lado correto para efetuar o giro, deixando o lado com traumas ou fraturas livre para cima.

A vítima deve estar sempre bem fixa à prancha para evitar acidentes e também, se houver necessidade, movimenta-la rapidamente sem perder a imobilização da coluna.

Para centralizar a vítima na prancha, usar técnica dos socorristas a cavaleiro com elevação da vítima e reposicionando-a na prancha.

Cuidado com a imobilização torácica para não restringir o movimento respiratório.

Sempre que possível o rolamento da vítima deverá ser efetuado sobre a prancha longa evitando dupla movimentação do acidentado.

TÉCNICA PARA LEVANTAMENTO DA PRANCHA LONGA 1. Socorrista 1 e 2: ficam na cabeceira da prancha, em sua parte lateral, de frente um para o outro, os joelhos do lado interno encostados ao chão e os joelhos do lado externo dobrados num ângulo de 90 graus e posicionado entre os braços do socorrista. As mãos destes socorristas devem segurar a prancha longa pelo vão superior da mesma e pelos vãos laterais mais próximo a cabeça da vítima sendo que uma das mãos deve ficar na posição de pronação e a outra na posição de supinação de forma a facilitar a elevação da prancha; 2. Socorrista 3: fica ajoelhado nos pés da prancha, de frente para a mesma, com um joelho apoiado ao chão e o outro num ângulo de 90 graus e com as mãos segurando os vãos inferiores da prancha longa sendo que uma mão ficará na posição de pronação e a outra na posição de supinação de forma a facilitar a elevação da prancha; Revisão JAN/09

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3. Socorrista 1: verifica se todos estão na posição correta e efetua a contagem até três, momento em que os três socorristas levantarão a prancha, apoiando-a no joelho que está dobrado em 90 graus;

4. Socorrista 1: efetua nova contagem até três, momento em que os três socorristas, efetuando força apenas com as pernas, levantar-se-ão ficando com o corpo ereto e com as mãos estendidas, segurando a prancha longa.

Observação: Para efetuar a descida da prancha, deve-se utilizar a mesma técnica.

TÉCNICA DE RETIRADA DO CAPACETE Procedimentos Operacionais Padrão:

1. Socorrista 1: Estabiliza manualmente a cabeça da vítima segurando, com uma leve tração, o capacete e a mandíbula; 1. Socorrista 2: 1.1.

Solta ou corta o tirante do capacete, enquanto o Socorrista 1 mantém a tração;

1.2.

Coloca o polegar e o indicador de uma das mãos segurando a mandíbula e com a outra na parte posterior do pescoço, na altura da região occipital, fixando a coluna cervical.

2. Reposicionar a vítima, se necessário, da seguinte maneira: 2.1.

Socorrista 1: mantém a coluna cervical estabilizada;

2.2.

Socorristas 2 e 3: efetuam a manobra de rolamento em monobloco

3. Socorrista 1: 3.1.

Remove o capacete da cabeça da vítima, atentando para os seguintes itens:

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3.1.1. Capacete oval: é necessário alarga-lo com as próprias mãos, mantendo-o dessa forma durante todo o processo de retirada, para que ele não traumatize as orelhas da vítima e seja mais fácil a retirada. 3.1.2. Capacete que cobre toda a face da vítima: remova primeiro o visor e erga a parte da frente do capacete ao tira-lo, para que não traumatize o nariz. 4. Socorrista 2: 4.1.

Mantém a coluna cervical estável, enquanto o Socorrista 1 remove o capacete;

5. Socorrista 1: depois de retirar o capacete, assume posição para realizar manobra de elevação da mandíbula (vítima inconsciente), considerando que a vítima esteja deitada. 6. Socorrista 2: 6.1.

Coloca o colar cervical no pescoço da vítima, com técnica adequada.

ATENÇÃO 

A retirada do capacete deve ser feita o mais precocemente possível.

Permite-se a retirada do capacete com a vítima em outra posição que não em decúbito dorsal se ela estiver presa em algum lugar impedindo o rolamento.

Não retirar o capacete se houver objeto transfixando o mesmo.

Não retirar o capacete se a vítima queixar-se de dor em coluna cervical; nesse caso transportá-la com o capacete fixo a prancha.

UTILIZAÇÃO DO COLETE IMOBILIZADOR DORSAL (KED) Procedimentos Operacionais Padrão:

1. Verificar se a vítima está sentada e A B C D estáveis. 2. Socorrista 1: realiza estabilização da coluna cervical, liberando as vias aéreas; Revisão JAN/09

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3. Socorrista 2: 3.1.

realiza a colocação do colar cervical;

3.2.

prepara o colete imobilizador;

4. Socorrista 3: estabiliza o

tronco da vítima colocando as duas

mãos

espalmadas no tórax da vítima, uma na parte posterior e outra na anterior; 5. Socorrista 1 e 3: em movimento monobloco, posicionam o corpo da vítima à frente para permitir a colocação do colete imobilizador. 6. Socorrista 2: passa a mão nas costas da vítima até a região lombar para procurar ferimentos, fragmentos de vidro, pedaços de lataria ou possível armamento. 7. Socorrista 2: coloca o colete imobilizador entre a vítima e o encosto, ajustando-o de maneira que as abas laterais fiquem sob as axilas. 8. Socorristas 2 e 3: 8.1.

Passam os tirantes do colete, na seguinte ordem:

8.1.1. Tirante abdominal (do meio); 8.1.2. Tirante pélvico (inferior); 8.1.3. Tirante torácico (superior), sem ajustá-lo demasiadamente; 8.1.4. Tirantes dos membros inferiores, passando-os de fora para dentro por baixo, um de cada lado; 8.1.5. Em seguida coloca a almofada entre a cabeça e o colete corrigindo a distância existente entre eles; 8.1.6. Fixa a cabeça com os tirantes da testa e queixo; 8.2.

Ajustar o tirante torácico;

8.3.

Revisar os tirantes;

8.4.

Se possível, coloque um cobertor dobrado entre os membros inferiores e fixe-o com bandagem triangular na altura do tornozelo, abaixo do joelho e no terço médio da coxa;

8.5.

Restringir os pulsos da vítima com bandagem triangular, antes de removê-la.

ATENÇÃO

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Este procedimento deve ser aplicado apenas em vítimas que estejam sentadas com A B C D estáveis;

Não fixar o tirante pélvico no caso de vítima gestantes e obesos extremos.

Todos os tirantes devem estar bem fixos e deve-se evitar que fiquem com as pontas soltas, pois podem enroscar e dificultar a movimentação da vítima.

Após a vítima ser estabilizada na prancha longa, para evitar movimentações desnecessárias, o KED não dever ser retirado.

Deve-se no entanto, aliviar os tirantes do KED após a vítima estar estabilizada na prancha longa.

COLOCAÇÃO DE PRANCHA CURTA Procedimentos Operacionais Padrão:

1. Socorrista 1: realiza estabilização da coluna cervical, liberando VAS; 2. Socorrista 2: 2.1.

Realiza a colocação do colar cervical;

2.2.

prepara a prancha curta;

3. Socorristas 1 e 3: em movimento monobloco, posicionam o corpo da vítima à frente para permitir a colocação da prancha curta. 4. Socorrista 2: passa a mão nas costas da vítima até a região lombar para procurar ferimentos, fragmentos de vidro, pedaços de lataria ou possível armamento. 5. Socorrista 2: coloca a prancha curta entre a vítima e o encosto, aplicando em seguida um apoio (tipo almofada) entre a cabeça e a prancha, corrigindo a distância existente entre as duas. 6. Socorristas 2 e 3: passam os tirantes; as pontas correspondentes à fivela passam respectivamente por cima de cada ombro da vítima até aproximadamente o nível do tórax; as outras pontas dos tirantes deverão passar sobre as virilhas (de dentro para fora), por baixo das coxas, cruzando

o

abdome

e

o

tórax

encaixando

assim

nas

fivelas

correspondentes. Revisão JAN/09

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7. Socorrista 2: prende a cabeça da vítima à prancha curta. 8. Retirar a vítima de veículo com técnica adequada. 9. Passar a prancha curta para prancha longa, com técnica adequada.

ATENÇÃO 

Verificar se os tirantes estão bem ajustados à vítima.

Em casos de Parada Cardiorrespiratória e sem condições de realizar a retirada rápida, a prancha curta poderá ser utilizada como apoio rígido para realizar a RCP.

PASSAGEM DA PRANCHA CURTA OU KED PARA A PRANCHA LONGA Procedimentos Operacionais Padrão:

1. Colocar a prancha curta ou colete imobilizador; 2. Preparar a prancha longa, com 03 tirantes, sendo um ao nível da axila, outro ao nível das cristas ilíacas e outro ao nível dos joelhos. 3. Apoiar a extremidade dos pés da prancha longa sobre o estribo ou banco do carro, enquanto a outra extremidade é segura pelo Socorrista 3. 4. Socorristas 1 e 2: efetuam o giro da vítima, posicionando a vítima com suas costas voltadas para a prancha longa. 5. Socorrista 2: estabiliza a vitima, enquanto o socorrista 1 posiciona-se do lado oposto à prancha longa, do lado de fora do veículo. 6. Socorristas 1 e 2: 6.1.

seguram o colete imobilizador, respectivamente, na alça lateral ou

vão superior e deitam a vítima sobre a prancha longa; 6.2.

durante a passagem para a prancha longa, com a outra mão

posicionada sob os joelhos da vítima, elevam simultaneamente os membros inferiores; 6.3.

ajustam a vítima na prancha longa.

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7. Soltar os tirantes dos membros inferiores da prancha curta ou colete imobilizador e estender as pernas da vítima suavemente sobre a prancha longa. 8. Após a vítima estar posicionada na prancha longa, soltar os tirantes do colete ou prancha curta para reavaliar a vítima. 9. Socorrista 3: mantém a imobilização da coluna cervical até reajuste dos tirantes da cabeça ou colocação do imobilizador lateral de cabeça. 10. Fixar a vítima à prancha longa com os tirantes.

ATENÇÃO 

Antes de realizar o giro da vítima, verificar se os tirantes da prancha curta ou colete imobilizador estão bem ajustados.

Em algumas situações não é possível fazer o giro de forma a deixar as costas da vítima para fora; nesses casos, o giro pode ser feito ao contrário, tomandose o cuidado de inverter a prancha longa.

O colete imobilizador não é feito para carregar a vítima sentada e sim para apoiar e imobilizar a sua coluna, por isso, após imobiliza-la fazer o giro e deitala sobre a prancha longa.

TÉCNICA DE RETIRADA RÁPIDA COM TRÊS SOCORRISTAS Procedimentos Operacionais Padrão:

1. Empregar este procedimento quando houver risco à vida da vítima que exija o transporte imediato; 2. Garantir que a vítima não esteja presa nos pedais, ferragens ou outro obstáculo. 3. Socorrista 1: Realiza a estabilização manual da coluna cervical, liberando as vias aéreas; 4. Socorrista 2: Revisão JAN/09

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4.1. realiza rápida avaliação (análise primária) e aplica o colar cervical; 4.2. estabiliza a coluna, apoiando a região occipital com a mão e as costas com o antebraço, enquanto com o outro braço passado sob a axila, segura a mandíbula com a mão; 5. Socorrista 3: Segura o quadril da vítima. 6. Em movimento monobloco, efetuar o giro, posicionando a vítima com suas costas voltadas para a prancha longa. 7. Socorrista 3: Posiciona a prancha longa apoiando-a sobre o estribo ou banco do carro e segura a outra extremidade. 8. Socorrista 1: Deita a vítima sobre a prancha longa. 9. Socorristas 1 e 2: Ajustam a vítima na prancha longa. 10. Conduzir a vítima até um local seguro.

CHAVE DE “RAUTECK” Procedimentos Operacionais Padrão:

1. Empregar este procedimento somente quando: 1.1. for imprescindível para acessar a vítima mais grave; 1.2. local de risco iminente para vítima e/ou socorrista; 1.3. houver risco à vida da vítima que exija o transporte imediato e houver apenas um socorrista. 2. Garantir que a vítima não esteja presa nos pedais, ferragens ou outro obstáculo. 3. Socorrista: 3.1. aborda a vítima lateralmente e inicia a estabilização da coluna cervical apoiando com a mão direita a região occipital; 3.2. estabiliza a coluna cervical da vítima, passando sua mão esquerda sob a axila esquerda, segurando a mandíbula, deixando a coluna em posição neutra; 3.3. apóia a região occipital contra seu corpo e a mão direita passa por trás do tronco da vítima e agarra o punho esquerdo dela; Revisão JAN/09

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3.4. gira a vítima, retirando-a de forma a manter a estabilização da coluna cervical e a arrasta para local seguro;

3.5. abaixa a vítima ao solo, apoiando inicialmente sua pelve na superfície;

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3.6. apóia a região occipital com a mão direita e as costas com seu braço, afastando seu corpo lateralmente;

3.7. deita a vítima no solo mantendo a estabilização da cabeça da vítima;

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3.8. libera as vias aéreas e inicia a sua avaliação.

ATENÇÃO

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Caso outro socorrista esteja disponível poderá auxiliar na retirada apoiando a região da pelve e membros inferiores (acima da articulação do joelho).

Caso não seja possível segurar o punho da vítima outra opção é segurar pelas vestes (cinto ou cintura da calça) da vítima.

RESGATE DE ELIFAS Procedimento

apresentado

e

aprovado

durante

reunião

de

Coordenadores de Resgate em 2005.

Situação de emprego: Atendimento de vítimas politraumatizadas cujas condições clínicas exijam a aplicação do POP Transporte Imediato.

Condições: A. Situação de transporte imediato, constatada na análise primária; B. Fratura de pelve ou fêmur; C. Necessidade

de

emprego

da

manobra

de

elevação

a

cavaleiro

(levantamento em monobloco); D. Presença de 3 socorristas.

Seqüência de procedimentos:

1. Socorrista 1: posiciona-se de joelhos de frente para a cabeça da vítima e a estabiliza manualmente. 2. Socorrista 2: avalia a vítima e determina a condição de Transporte Imediato; 3. Socorrista 3: posiciona-se nos pés da vítima e estabiliza a região fraturada segurando-a pelos tornozelos com leve tração dos membros inferiores;

4. Socorrista 2: insere uma tala rígida sob cada lado da vítima tomando como base a escápula, nádegas e tornozelos; Revisão JAN/09

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5. Socorrista 3: mantém durante o procedimento a estabilização do segmento fraturado segurando pelos tornozelos;

6. Socorrista

2

e

3:

posicionam-se

na

altura

do

tórax

e

coxa,

respectivamente, e utilizando as talas rígidas efetua sob comando de um Revisão JAN/09

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dos socorristas a elevação a cavaleiro para a colocação da vítima na prancha longa. O socorrista 1 auxilia na estabilização da cabeça da vítima durante o procedimento;

7. Socorrista 3: retoma a posição inicial enquanto o socorrista 2 remove as talas inseridas sob a vítima e as posiciona lateralmente tomando como base a axila e os tornozelos;

8. Socorrista 2: insere 2 talas flexíveis por entre as pernas da vítima (ou cobertor dobrado) preenchendo o espaço existente; Revisão JAN/09

MP 11-28


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9. Socorrista 2: fixa firmemente os cintos de segurança nas posições determinadas permitindo que o conjunto de talas estabilize as fraturas existentes diretamente na prancha longa;

10. Socorristas 1 e 2: fixam o apoio lateral de cabeça;

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11. Socorrista 3: cobre a vítima permitindo que esteja pronta para o transporte imediato;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Curso de Resgate e Emergências Médicas

1. Planos de aula do Curso de Assistente de Primeiros Auxílios Avançados do Programa USAID/OFDA/MDFR/UDESC/SMS/CBPMESP de Capacitação para Instrutores, São Paulo - 1998. 2. Socorros Médicos de Emergência. American Academy of Orthopaedic Surgeons. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.ª, 1979. 3. Bergeron, J. David – Primeiros Socorros – Atheneu Editora São Paulo – São Paulo – 1999. 4. Bergeron, J. David – Emergency Care – Brady Prentice Hall – Upper Saddle, New Jersey -1995. 6. Howell JM, Burrow R, Dumontier C, Hillyard A; A practical radiographic comparison of short board technique and Kendrick Extrication Device; Ann Emerg Med 1989 Sep;18(9):943-6 7. Markenson D, Foltin G, Tunik M, Cooper A, Giordano L, Fitton A, Lanotte T; The Kendrick extrication device used for pediatric spinal immobilization; Prehosp Emerg Care 1999 Jan-Mar;3(1):66-9 8. Emergency Care and Transportation, 7th Edition AAOS. pp. 692-697

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 12-01 Imobilização da coluna cervical 12-02 Retirada de capacete 12-03 Colocação de prancha curta 12-04 Colocação de colete imobilizador dorsal 12-05 Passagem da prancha curta ou KED para prancha longa 12-06 Colocação de vítima em prancha longa 12-07 Aplicação de talas 12-08 Aplicação de tala inflável 12-09 Técnica de retirada rápida

BLOCO DE ANOTAÇÕES Revisão JAN/09

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