Curso de Resgate e Emergências Médicas
Lição 16 INTOXICAÇÕES
OBJETIVOS:
Proporcionar aos participantes conhecimentos e habilidades que os capacitem a:
1. Indicar as vias de ingresso do agente nocivo no organismo nos casos de intoxicações; 2. Enumerar os principais sinais e sintomas das intoxicações; 3. Descrever o tratamento pré-hospitalar para vítimas de intoxicações; 4. Identificar as principais espécies de animais peçonhentos; 5. Descrever o tratamento pré-hospitalar para vítimas de acidentes com animais peçonhentos.
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Em todo o mundo, já foram identificados mais de 9 milhões de agentes químicos naturais e sintéticos, no entanto, menos de 3000 são os causadores de mais de 95% das intoxicações. Alguns casos de envenenamentos são causados por tentativas de suicídios, muitos outros são acidentais e envolvem principalmente crianças. A identificação do agente tóxico e um conhecimento preciso do seu potencial de toxidade são pontos chaves para o atendimento inicial da vítima. Membros da família ou outras pessoas, naturalmente, informam o fato durante a chamada de socorro. O socorrista ao avaliar a cena da emergência, pode suspeitar de envenenamento ao perceber a presença de recipientes, líquidos derramados, cápsulas, comprimidos, substâncias venenosas ou qualquer indício que permita identificar a substância tóxica. Adicionalmente, os sinais e sintomas que a vítima apresenta pode indicar um caso de envenenamento ou overdose de drogas. Na ausência dessas informações os socorristas devem se basear apenas no atendimento geral de suporte básico de vida. Os Centros de Controle de Intoxicação, locais ou regionais, devem ser acionados para informações técnicas suplementares, sempre que necessário.
TÓXICO Tóxico ou veneno é qualquer substância que afeta a saúde ou causa a morte por sua ação química quando interage com o organismo. É importante informar que todo medicamento apresenta propriedades terapêuticas. Entretanto, em doses excessivas, todos podem tornar-se tóxicos.
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INTOXICAÇÃO Emergência médica caracterizada por distúrbios no funcionamento de órgãos ou sistemas causados pela inteiração com o organismo humano de substâncias tóxicas de quaisquer naturezas.
SUBSTÂNCIAS GERALMENTE ENVOLVIDAS 1. Medicamentos: antidepressivos, estimulantes, analgésicos; 2. Derivados de petróleo: gasolina, óleo díesel, graxa, naftalina; 3. Cosméticos: esmalte, acetona, talcos; 4. Pesticidas, raticidas, agrotóxicos; 5. Plantas venenosas: comigo-ninguém-pode; trombeta; 6. Outros: drogas; alimentos contaminados; limpadores domésticos; chumbo; pomadas, cremes, contato com insetos (taturana); picada de insetos, acidente ofídico, drogas injetáveis.
VIAS DE INGRESSO DO AGENTE NOCIVO 1. Ingestão: deglutição de substâncias químicas, acidental ou intencionalmente;
2. Inalação: aerossóis, pós, fumaças, gases;
3. Absorção: através do contato direto da pele com certas substâncias;
4. Injeção: inoculada no organismo humano através de peçonhas ou seringas.
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Os agentes são classificados em:
Gases, compostos voláteis, metais, inseticidas, herbicidas, rodenticidas, fungicidas,
compostos
hipnoanalgésicos,
ansiolíticos,
neurolépticos,
estimulantes centrais e compostos barbitúricos.
AÇÃO DOS GASES MONÓXIDO DE CARBONO Proveniente da queima incompleta de produtos constituídos por carbono em incêndios. Portanto, a aspiração da fumaça durante um período de tempo pode gerar intoxicação. Outras fontes de emissão de monóxido de carbono são os veículos automotores. É um agente que atua no transporte de oxigênio, pois ao ligar à hemoglobina, forma um complexo monóxido-hemoglobina irreversível (carbohemoglobina). A intoxicação pode ser classificada como sobreaguda, aguda e crônica. É importante conhecer os efeitos das duas primeiras.
Sobreaguda 1. Inalação de grandes quantidades de monóxido, levando à parada respiratória ou PCR por depressão do centro respiratório.
Aguda: três períodos distintos:
1. Lesão neurológica: cefaléia, vertigem e zumbidos e fraqueza muscular; 2. Paralisia muscular generalizada, rebaixamento do nível de consciência e bradipnéia (respiração lenta) Revisão JAN/09
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3. Ocorre somente em casos que se recuperam da intoxicação. O paciente pode apresentar amnésia, nevralgias, confusão mental durante meses.
CLORO E BROMO São gases de ação cáustica que, se inalados podem reagir com a água presente nas mucosas broncopulmonares e formar os ácidos clorídrico e bromídrico, respectivamente. Os ácidos promovem a corrosão sobre os alvéolos e dos capilares sangüíneos, ocasionando o edema pulmonar que leva à morte por asfixia.
ABUSO DE ETANOL (BEBIDAS ALCOÓLICAS) O álcool etílico presente nas bebidas alcoólicas é uma droga socialmente aceita, quando ingerida com moderação, mas pode ter efeitos devastadores no organismo. A ingestão excessiva de álcool pode acarretar em intoxicação aguda, e em casos extremos pode causar a morte devido à depressão respiratória. Uma vítima intoxicada não pode ser alvo de preconceito. Muitos casos apresentam lesões crônicas. Outros que estão tentando evitar o consumo podem apresentar convulsões, alucinações e podem entrar num estado de vigília alterado que evolui para a morte. Esta condição grave é denominada delirium tremens. A vítima pode sofrer ou causar traumas em outras pessoas enquanto apresentar intoxicação etílica aguda. Este assunto será discutido mais adiante. Como Socorrista, procure oferecer cuidados a vítima intoxicada pelo etanol como você faria a qualquer outra vítima. Determine que o problema foi causado pelo álcool e que este abuso é o único problema. Lembre-se que diabetes, epilepsia, ferimentos na cabeça, febres altas e outros problemas clínicos podem fazer a vítima parecer alcoolizado. Se a vítima permitir, faça a entrevista. Em alguns casos, você terá que depender das pessoas presentes no local para obter uma informação significante. Revisão JAN/09
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SINAIS INDICATIVOS DO ABUSO DE ÁLCOOL
Odor de álcool no hálito da vítima ou em suas vestimentas. Isto é bastante significativo. Certifique-se de que não é hálito cetônico, apresentado pelo diabético.
Falta de equilíbrio e com movimentos instáveis, sem coordenação.
Fala desarticulada e com inabilidade para manter a conversação.
Não pense que a situação não é séria apenas pelas piadas feitas pela vítima e presentes no local.
Rubor, suor e queixa de calor.
Vômito ou desejo de vomitar.
A vítima alcoólatra pode estar em uma crise de abstinência de álcool. Delirium Tremens pode ser resultado da retirada súbita do álcool. Em tais casos, atente para:
Confusão e inquietação.
Comportamento atípico de fúria ou agitação intensa.
Algumas vítimas de Delirium Tremens poderão apresentar alucinações.
Tremor nítido nas mãos.
OBSERVAÇÕES GERAIS DAS INTOXICAÇÕES POR DROGAS OU ETANOL
Um usuário de drogas, freqüentemente usará mais de uma droga e mais de uma vez. Por isso, é impossível em um simples exame físico identificar qual é a droga que está causando o problema. Revisão JAN/09
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Alguns dos sinais apresentados no abuso de etanol são semelhantes àqueles encontrados em emergências clínicas. Tenha certeza de que o único problema é o abuso de álcool. Lembrem-se, pessoas feridas ou doentes também abusam do álcool. Os efeitos do álcool podem mascarar os sinais típicos e sintomas. Também esteja alerta para outros sinais, como sinais vitais alterados devido ao álcool e drogas.
Nunca pergunte se a vítima tomou qualquer droga, pois ele pode pensar que você está reunindo evidências de um crime. Evite a palavra "droga". Pergunte se algum medicamento foi ingerido enquanto bebia.
SINAIS E/OU SINTOMAS GERAIS DAS INTOXICAÇÕES 1. Queimaduras ou manchas ao redor da boca; 2. Formação excessiva de saliva ou espuma na boca; 3. Odor inusitado no ambiente, no corpo ou nas vestes da vítima; 4. Respirações rápidas e superficiais; 5. Pulso alterado na freqüência e ritmo; 6. Sudorese; 7. Alteração do diâmetro das pupilas; 8. Dor abdominal; 9. Náuseas; vômitos; 10. Diarréia; 11. Hemorragias digestivas; 12. Distúrbios visuais; 13. Tosse; 14. Reações na pele, que podem variar de irritação até queimaduras químicas; 15. Coceiras (pruridos) e ardência na pele; 16. Aumento da temperatura da pele; 17. Picadas e mordidas visíveis na pele com dor ou inflamação; Revisão JAN/09
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18. Confusão mental, inconsciência; 19. Convulsões; 20. Choque anafilático; 21. Parada respiratória ou cardiorrespiratória.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR DAS INTOXICAÇÕES 1. Garantir a segurança pessoal e da equipe de resgate - (uso de EPI e EPR); 2. Remover a vítima do local de risco, especialmente quando exposta à atmosfera gazeada; 3. Realizar a análise primaria e secundária e tratar os problemas em ordem de prioridade; 4. Remover as roupas do acidentado caso estejam contaminadas; 5. Verificar se a situação se enquadra no POP 02-04 – Acionamento de SAV ou 02-10 – Transporte Imediato; 6. Verificar se a situação se enquadra no POP 02-09 Restrição de Vítimas; 7. Nos casos de contato da pele da vítima com substâncias químicas, lavar com água limpa, ou soro fisiológico, a fim de remover o máximo de substância possível; 8. Mantenha a temperatura corporal da vítima estabilizada; 9. Vítimas inconscientes que apresentem possibilidade de vomitar devem ser posicionadas e transportadas na Posição de Recuperação; 10. Vítimas conscientes, apresentando dificuldade respiratória, devem ser posicionadas e transportadas em decúbito elevado (semi-sentada); 11. Transporte junto com a vítima: resto de substâncias, recipientes e aplicadores de drogas ou vômito.
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Tenha certeza que a vítima não possui traumatismos, pois as drogas podem "mascarar" a dor! OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Não
se
administra
oxigênio
em
vítimas
intoxicadas
por
compostos
cumarínicos, substâncias utilizadas em defensivos agrícolas, sob pena de agravar o envenenamento e auxiliar na morte do acidentado.
Suspeite de envenenamento em qualquer vítima que apresentar uma doença aguda ou grave inexplicada.
NÃO induzir o vômito, exceto se houver orientação médica através do COBOM.
NÃO tente neutralizar o veneno ou a droga, exceto nos casos em que houver orientação médica através do COBOM.
ENDEREÇO E TELEFONE DO CENTRO DE CONTROLE DE INTOXICAÇÕES OU HOSPITAL DE REFERÊNCIA DA SUA REGIÃO __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________
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ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS PRINCIPAIS SERPENTES VENENOSAS
As serpentes peçonhentas encontradas no Brasil pertencem
aos
gêneros
Bothrops,
Crotalus,
Micrurus e Lachesis. Com exceção da Lachesis, encontrada
com
mais
freqüência
na
região
Coral
0,7%
Amazônica, as demais podem aparecer nas outras
Surucucu
2,9%
regiões do Brasil. A maioria dos acidentes é causada
Cascavel
8,2%
Jararaca
88,2%
pelas serpentes do gênero Bothrops (88,2%), seguido pelo Crotalus (8,2%); Lachesis (2,9%) e Micrurus (0,7%)
ACIDENTE BOTRÓPICO Este
acidente
serpentes dentre
do
as
jararaca,
é
gênero
quais a
causado
por
Bothrops,
destacam-se
a
jararaca-pintada,
a
urutu-cruzeiro, a jararacuçu e a cotiara. Veneno de ação proteolítica, hemorrágica
ou
vasculotóxica
e
coagulante. O veneno botrópico possui principalmente as frações proteolíticas, coagulantes e vasculotóxica, que determinam manifestações precoces, em geral uma a três horas após o acidente. A ação proteolítica caracteriza-se por edema local firme, acompanhado de dor que pode variar de discreta a intensa, bolhas, Revisão JAN/09
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necroses e abscessos. A ação vasculotóxica manifesta-se por hemorragias devido a lesão vascular, equimoses e sangramentos tais como epistaxe e hemorragia nas gengivas.
ACIDENTE LAQUÉSICO Acidente é causado pelas serpentes do gênero Lachesis, encontradas em
florestas
equatorial
e
da
zona
trópico-
conhecidas
por
surucucu. A fisiopatologia do veneno deste tipo de serpente se assemelha muito com as do gênero Bothrops, As
serpentes
deste
gênero
grande quantidade de veneno.
inoculam
uma vez que ambas apresentam as frações proteolítica e coagulante.
ACIDENTE ELAPÍDICO
As serpentes do gênero Micrurus, que são as corais verdadeiras e venenosas, causam este tipo de acidente. A ação neurotóxica deste veneno manifesta-se precocemente e determina casos graves
As manifestações clínicas caracterizam-se por queda da pálpebra bilateral, visão dupla, anisocoria, dor muscular, salivação abundante, dispnéia e paralisia respiratória. O óbito é causado por insuficiência respiratória aguda.
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ACIDENTE CROTÁLICO
Esse acidente é causado pelas serpentes
do
conhecidas
gênero
Crotalus,
popularmente
por
cascavéis. As manifestações clínicas deste
acidente
são
precoces,
surgindo em torno de uma a três horas após a picada. Veneno de ação
miotóxica,
neurotóxica
e
coagulante.
PRINCIPAIS ARANHAS VENENOSAS
ACIDENTE POR PHONEUTRIA
Este
acidente
aranhas
do
é
causado
gênero
pelas
Phoneutria,
conhecidas por aranhas armadeiras, que se refugiam nas residências e seus
arredores,
bananeiras
e
folhagens de jardim.
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O acidente causa dor local intensa, geralmente irradiando para a raiz do membro acometido. Em crianças é possível ocorrer choque neurogênico após a picada.
ACIDENTE POR LYCOSA O acidente é causado por aranhas do gênero Lycosa, conhecidas como aranhas de jardim, de grama ou tarântula.
Apresentam
como
característica um desenho negro em forma de ponta de flecha no dorso do abdome. vivem Quadro
clínico
pouco
importante.
O
São
em
aranhas
gramados
errantes, junto
às
residências e não são agressivas.
tratamento restringe-se ao curativo local. Não há necessidade de soroterapia específica.
ACIDENTE POR LOXOSCELES
Este acidente é causado pelas
aranhas
Loxosceles,
do
gênero
conhecidas
por
aranha-marrom.
Aranhas pequenas, com aproximadamente 1 cm de corpo, hábitos noturnos, podendo viver no interior das residências, atrás de móveis, em porões e quartos de despejo. Não são agressivas, picando quando comprimidas contra a roupa. Revisão JAN/09
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As ações proteolítica e hemolítica do veneno dessas aranhas manifestam-se tardiamente, em torno de 12 a 24 horas após o acidente. O quadro clínico cutâneo caracteriza-se por edema, eritema, dor local semelhante à queimadura. Quando há comprometimento da pele e vísceras, observamos febre, mal-estar generalizado, icterícia, equimose, vesículas, bolhas, necrose e ulceração. A urina torna-se escura, cor de "coca-cola".
ACIDENTE POR LATRODECTUS Este acidente é causado pelas aranhas do gênero Latrodectus, conhecidas popularmente por viúvanegra,
aranha
ampulheta
ou
flamenguinha.
O veneno é neurotóxico central e periférico causando quadro clínico no local da picada e no sistema nervoso central. Além da dor intensa no local da picada o doente pode ainda apresentar dor muscular intensa, contraturas musculares generalizadas podendo levar a convulsões tetânicas.
ACIDENTE POR PAMPHOBETEUS E GRAMMOSTOLA
Estas aranhas são conhecidas popularmente
por
caranguejeiras
e
venenosas. médica
está
Sua no
aranhas não
são
importância fato
delas
poderem lançar pêlos urticantes, situados no dorso do abdome.
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MP 16-14
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Estes pêlos podem causar reações de hipersensibilidade, com prurido cutâneo, mal-estar, tosse, dispnéia, broncoespasmo.
PRINCIPAIS ESCORPIÕES VENENOSOS
Os escorpiões do gênero Tytius são os causadores deste tipo de acidente. As principais espécies são o Tytius bahiensis (escorpião marrom), Tytius stigmurus e Tytius serrulatus (escorpião amarelo). O escorpião do gênero Tytius serrulatus (escorpião amarelo) é atualmente o causador do maior número de mortes, principalmente quando acomete crianças abaixo de 7 anos de idade.
Tytius serrulatus
Tytius bahiensis
Tytius stigmurus
Tytius serrulatus Revisão JAN/09
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RESUMO DOS SINAIS E SINTOMAS GERAIS DOS ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS 1. Dor local intensa; 2. Marcas de picada, mordedura; 3. Edema, vermelhidão, hematoma, bolhas; 4. Dificuldades respiratórias, sinais de edema de glote; 5. Queda da pálpebra e distúrbios visuais; 6. Alteração no nível de consciência; 7. Reação anafilática; 8. Náuseas e vômitos; 9. Convulsões; 10. Relato de alteração da cor (escura) e quantidade (diminuída) da urina.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Procedimentos operacionais 1. Manter a vítima em repouso absoluto, não deixá-la locomover-se; 2. Remover anéis, pulseiras, braceletes, e outros adornos; 3. Se possível e oportuno, capture o animal e leve-o para identificação; 4. Lavar o local da picada com água e sabão; 5. Proteger o local da lesão fazendo curativo com gaze seca; 6. Transportar ao hospital indicado.
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Procurar capturar o animal, desde que feito com segurança e não comprometa ou retarde o transporte da vítima; transporte o animal com segurança também ao hospital, em recipiente adequado.
ATENÇÃO
Somente soro específico cura o envenenamento provocado por picadas quando aplicado adequadamente.
NÃO fazer qualquer tratamento caseiro como torniquete, sucção, perfuração, pó de café, fumo, etc.
Se houver tempo e condições, conduzir o animal que provocou a lesão para avaliação e identificação.
Nos casos de acidentes com escorpiões, o risco de vida aumenta quando a vítima tiver idade abaixo de 07 anos e acima de 50 anos ou ainda vítima que apresente distúrbios orgânicos graves.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Planos de aula do Curso de Assistente de Primeiros Auxílios Avançados do Programa USAID/OFDA/MDFR/UDESC/SMS/CBPMESP de Capacitação para Instrutores, São Paulo - 1998. 2. Socorros Médicos de Emergência. American Academy of Orthopaedic Surgeons. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.ª, 1979. 3. Half, Brent – Primeiros Socorros para Estudantes – Editora Manole – 1º Edição Brasileira – São Paulo – 2002. 4. Bergeron, J. David – Primeiros Socorros – Atheneu Editora São Paulo – São Paulo – 1999. 5. Bergeron, J. David – Emergency Care – Brady Prentice Hall – Upper Saddle, New Jersey -1995. 6. www.cevap.org.br
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 13-01 Alterações do nível de consciência (vítima caso clínico) 13-02 Crise convulsiva 13-03 Emergências respiratórias 13-05 Intoxicação (envenamento, uso excessivo de drogas e reação anafilática) 14-01 Distúrbios de comportamento
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AVALIAÇÃO
INTOXICAÇÕES 1. Defina intoxicação. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________
2. Cite as vias de ingresso do agente nocivo no organismo nos casos de intoxicação. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________
3. Cite 05 (cinco) sinais e/ou sintomas comuns aos casos de intoxicação. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________
4. Indique a forma de transporte para a vítima de intoxicação por ingestão que se encontre inconsciente ou que apresente vômitos. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________
5. Descreva o tratamento pré-hospitalar para a vítima de acidente ofídico. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ Revisão JAN/09
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