Manual_de_fundamentos - Extintores de incendio

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OBJETIVOS Identificar os agentes extintores mais comuns para as diferentes classes de incêndio. Identificar os diversos tipos de extintores. Demonstrar conhecimento sobre a operação dos extintores. Identificar os extintores apropriados às respectivas classes de incêndio. Conhecer os extintores obsoletos, mas ainda em uso. Conhecer princípios básicos de inspeção e manutenção. 1. Introdução Extintores são recipientes metálicos que contêm em seu interior agente extintor para o combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Podem ser portáteis ou sobre rodas, conforme o tamanho e a operação. Os extintores portáteis também são conhecidos simplesmente por extintores e os extintores sobre rodas, por carretas. Classificam-se conforme a classe de incêndio a que se destinam: “A”, “B”, “C” e “D”. Para cada classe de incêndio há um ou mais extintores adequados. Todo o extintor possui, em seu corpo, rótulo de identificação facilmente localizável. O rótulo traz informações sobre as classes de incêndio para as quais o extintor é indicado e instruções de uso. (Fig. 2.1)

O êxito no emprego dos extintores dependerá de: • fabricação de acordo com as normas técnicas (ABNT); • distribuição apropriada dos aparelhos; • inspeção periódica da área a proteger; • manutenção adequada e eficiente; • pessoal habilitado no manuseio correto. Os extintores devem conter uma carga mínima de agente extintor em seu interior, chamada de capacidade extintora e que é especificada em norma. Capacidade extintora é a medida do poder de extinção de fogo de um extintor, obtida em ensaio prático normalizado. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS

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2.

AGENTES EXTINTORES

2.1.Água É o agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por resfriamento, devido a sua propriedade de absorver grande quantidade de calor. Atua também por abafamento (dependendo da forma como é aplicada, neblina, jato contínuo, etc.). A água é o agente extintor mais empregado, em virtude do seu baixo custo e da facilidade de obtenção. Em razão da existência de sais minerais em sua composição química, a água conduz eletricidade e seu usuário, em presença de materiais energizados, pode sofrer choque elétrico. Quando utilizada em combate a fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de ocorrer transbordamento do líquido que está queimando, aumentando, assim, a área do incêndio. (Fig. 2.2)

2.2. Espuma A espuma pode ser química ou mecânica conforme seu processo de formação. Química, se resultou da reação entre as soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio; mecânica, se a espuma foi produzida pelo batimento da água, EFE (extrato formador de espuma) e ar. A rigor, a espuma é mais uma das formas de aplicação da água, pois constitui-se de um aglomerado de bolhas de ar ou gás (CO2) envoltas por película de água. Mais leve que todos os líquidos inflamáveis, é utilizada para extinguir incêndios por abafamento e, por conter água, possui uma ação secundária de resfriamento. 2.3. Pó B/C e A/B/C Os pós B/C e A/B/C são substâncias constituídas de bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou cloreto de potássio, que, pulverizadas, formam uma nuvem de pó sobre o COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS

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fogo, extinguindo-o por abafamento e por quebra da reação em cadeia. O pó deve receber um tratamento anti-higroscópico para não umedecer evitando assim a solidificação no interior do extintor. Para o combate a incêndios de classe “D”, utilizamos pós à base de cloreto de sódio, cloreto de bário, monofosfato de amônia e grafite seco. 2.4. Gás Carbônico (CO2) Também conhecido como dióxido de carbono ou CO2 , é um gás mais denso (mais pesado) que o ar, sem cor, sem cheiro, não condutor de eletricidade e não venenoso (mas asfixiante). Age principalmente por abafamento, tendo, secundariamente, ação de resfriamento. Por não deixar resíduos nem ser corrosivo é um agente extintor apropriado para combater incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis (centrais telefônicas e computadores).

2.5. Compostos Halogenados (Halon) São compostos químicos formados por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo). Atuam na quebra da reação em cadeia devido às suas propriedades específicas e, de forma secundária, por abafamento. São ideais para o combate a incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis, sendo mais eficientes que o CO2. Assim como o CO2, os compostos halogenados se dissipam com facilidade em locais abertos, perdendo seu poder de extinção. 3.

EXTINTORES PORTÁTEIS

São aparelhos de fácil manuseio, destinados a combater princípios de incêndio. Recebem o nome do agente extintor que transportam em seu interior (por exemplo: extintor de água, porque contém água em seu interior).

OS EXTINTORES PODEM SER: Extintor de água: Pressurizado. Pressão injetada. Manual, tipo costal ou cisterna. Extintor de espuma: Mecânica (pressurizado). Mecânica (pressão injetada). Química. Extintor de pó químico seco: COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS

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Pressurizado. Pressão injetada. Extintor de gás carbônico Extintor de composto halogenado 3.1.Extintor de Água (Pressurizado)

(Fig. 2.3)

CARACTERÍSTICAS Carga Capacidade extintora Aplicação Alcance médio do jato Tempo de descarga

10 litros 2A (ver tabela 2) incêndio Classe “A” 10 metros 60 segundos

Funcionamento: a pressão interna expele a água quando o gatilho é acionado. MÉTODO DE OPERAÇÃO

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(Figs. 2.4, 2.5, 2.6 e 2.7)

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3.2.Extintor Manual de Água ( Bomba Manual ) CARACTERÍSTICAS Carga Aplicação Tempo de descarga e alcance Funcionamento: a pressão é produzida manualmente. TIPO COSTAL (Fig. 2.8)

10 a 20 litros incêndio classe “A” conforme o operador

É preso às costas do operador por alças. O esguicho já é acoplado à bomba. Opera-se com as duas mãos: uma controla o jato d‘água e a outra, com movimento de “vai e vem”, aciona a bomba. MÉTODO DE OPERAÇÃO (Figs. 2.9, 2.10 e 2.11)

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TIPO CISTERNA (Fig. 2.12)

É acionado com o aparelho apoiado no solo. O operador firma com os pés o extintor: com uma das mãos faz funcionar a bomba e com a outra dirige o jato d’água. É um extintor obsoleto, pois há outros tipos mais eficientes e práticos. MÉTODO DE OPERAÇÃO (Figs. 2.13, 2.14 e 2.15)

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3.3.

Extintor de Espuma Mecânica (Pressurizado) (Fig.2.16)

CARACTERÍSTICAS Carga Capacidade extintora Aplicação Alcance médio do jato Tempo de descarga

9 litros (mistura de água e EFE) 2A:20B (ver tabela 2) incêndio Classe “A” e "B" 5 metros 60 segundos

Funcionamento: A mistura de água e EFE já está sob pressão, sendo expelida quando acionado o gatilho; ao passar pelo esguicho lançador, ocorrem o arrastamento do ar atmosférico e o batimento, formando a espuma. MÉTODO DE OPERAÇÃO (Figs. 2.17, 2.18, 2.19 e 2.20)

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3.4.

Extintor de Espuma Mecânica (Pressão Injetada) (Fig. 2.21)

CARACTERÍSTICAS Carga 9 litros (mistura de água e EFE) Capacidade extintora 2A:20B (ver tabela 2) Aplicação incêndio Classe “A” e "B" Alcance médio do jato 5 metros Tempo de descarga 60 segundos Funcionamento: Há um cilindro de gás comprimido acoplado ao corpo do extintor que, sendo aberto, pressuriza-o, expelindo a mistura de água e EFE quando acionado o gatilho. A mistura, passando pelo esguicho lançador, se combina com o ar atmosférico e sofre o batimento, formando a espuma. MÉTODO DE OPERAÇÃO (Fig. 2.22, 2.23, 2.24 e 2.25)

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3.5.

Extintor de Pó Químico Seco Pressurizado (Figs. 2.30)

CARACTERÍSTICAS Carga Capacidade extintora Aplicação

1, 2, 4, 6, 8 e 12 kg Ver tabela 2 incêndios classes “B” e “C”. Classe “D”, utilizando pó químico seco especial Alcance médio do jato 5 metros Tempo de descarga 15 segundos para extintor de 4kg, 25 segundos para extintor de 12 Kg Funcionamento: O pó sob pressão é expelido quando o gatilho é acionado. MÉTODO DE OPERAÇÃO (Figs. 2.31, 2.32 e 2.33)

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3.6.

Extintor de Pó Químico Seco (Pressão Injetada) (Fig. 2.34)

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CARACTERÍSTICAS Carga Capacidade extintora Aplicação

4, 6, 8 e 12 kg Ver tabela 2 incêndios classes “B” e “C”. Classe “D”, utilizado PQS especial Alcance médio do jato 5 metros Tempo de descarga 15 segundos para extintor de 4kg, 25 segundos para extintor de 12 kg Funcionamento: Junto ao corpo do extintor há um cilindro de gás comprimido acoplado. Este, ao ser aberto, pressuriza o extintor, expelindo o pó quando o gatilho é acionado. MÉTODO DE OPERAÇÃO (Figs. 2.35, 2.36, 2.37 e 2.38)

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3.7.

Extintor de Gás Carbônico (CO2 ) (Fig. 2.39)

CARACTERÍSTICAS Carga 2 , 4 e 6 kg Capacidade extintora Vert tabela 2 Aplicação incêndios classes “B” e “C”. Alcance do jato 2,5 metros Tempo de descarga 25 segundos Funcionamento: O gás é armazenado sob pressão e liberado quando acionado o gatilho. Cuidados: Segurar pelo punho do difusor, quando da operação. MÉTODO DE OPERAÇÃO (Figs. 2.40, 2.41, 2.42 e 2.43)

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3.8. Extintor de Halon (Composto Halogenado) (Fig. 2.44)

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CARACTERÍSTICAS Carga 1 , 2, 4 e 6 kg Capacidade extintora Ver tabela 2 Aplicação incêndios classes “B” e “C”. Alcance médio do jato 3,5 metros Tempo de descarga 15 segundos,para extintor de 2 kg Funcionamento: O gás sob pressão é liberado quando acionado o gatilho. O halon é pressurizado pela ação de outro gás (expelente), geralmente nitrogênio. MÉTODO DE OPERAÇÃO (Figs. 2.45, 2.46, 2.47 e 2.48)

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4.

EXTINTORES SOBRE RODAS (CARRETAS)

São aparelhos com maior quantidade de agente extintor, montados sobre rodas para serem conduzidos com facilidade. As carretas recebem o nome do agente extintor que transportam, como os extintores portáteis. Devido ao seu tamanho e a sua capacidade de carga, a operação destes aparelhos obriga o emprego de pelo menos dois operadores. As carretas podem ser: •

de água;

de espuma mecânica;

de espuma química;

• de pó químico seco; de gás carbônico.

4.1.

Carreta de Água (Fig. 2.49)

CARACTERÍSTICAS 75 a 150 litros Carga Ver tabela 2 Capacidade extintora Incêndio classe “A” Aplicação 13 metros Alcance médio do jato 180 segundos Tempo de descarga para 75 litros Funcionamento: Acoplado ao corpo da carreta há um cilindro de gás comprimido que, quando aberto, pressuriza-a, expelindo a água após acionado o gatilho. MÉTODO DE OPERAÇÃO (Figs. 2.50, 2.51, 2.52 e 2.53)

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4.2.Carreta de Espuma Mecânica (Fig. 2.54)

Carga

CARACTERÍSTICAS 75 a 150 litros (mistura de água e EFE)

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Capacidade extintora Ver tabela 2 incêndios classes “A” e “B” Aplicação 7,5 metros Alcance médio do jato 180 segundos Tempo de descarga para 75 litros Funcionamento: Há um cilindro de gás comprimido acoplado ao corpo do extintor que, sendo aberto, pressuriza-o, expelindo a mistura de água e LGE, quando acionado o gatilho. No esguicho lançador é adicionado ar à pré-mistura, ocorrendo batimento, formando espuma.

MÉTODO DE OPERAÇÃO (Figs. 2.55, 2.56, 2.57 e 2.58)

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4.3.

Carreta de Espuma Química (Fig. 2.59) CARACTERÍSTICAS

75 a 150 litros (total dos reagentes) Carga Ver tabela 2 Capacidade extintora incêndios classes “A” e “B” Aplicação 13 metros Alcance médio do jato 120 segundos Tempo de descarga para 75 litros Funcionamento: Com o tombamento do aparelho e a abertura do registro, as soluções dos reagentes (sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio) entram em contato e reagem formando a espuma química. Depois de iniciado o funcionamento, não é possível interromper a descarga.

MÉTODO DE OPERAÇÃO (Figs. 2.60, 2.61, 2.62 e 2.63)

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4.4.

Carreta de Pó Químico Seco (Fig. 2.64)

CARACTERÍSTICAS Carga Capacidade extintora Aplicação

20 kg a 100 kg Ver tabela 2 Incêndios classes “B” e “C”. Classe “D”, utilizando PQS especial Tempo de descarga, para 20 kg 120 segundos Funcionamento: Junto ao corpo do extintor há um cilindro de gás comprimido que, ao ser aberto, pressuriza-o, expelindo o pó quando acionado o gatilho. MÉTODO DE OPERAÇÃO (Figs. 2.65, 2.66, 2.67 e 2.68)

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4.5. Carreta de Gás Carbônico (Fig. 2.69)

CARACTERÍSTICAS Carga 25 kg a 50 kg Capacidade extintora Ver tabela 2 Aplicação incêndios classes “B” e “C” Alcance médio do jato 3 metros Tempo de descarga para 30 Kg 60 segundos Funcionamento: O gás carbônico, sob pressão, é liberado quando acionado o gatilho.

MÉTODO DE OPERAÇÃO (Figs. 2.70, 2.71, 2.72 e 2.73)

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5.

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EXTINTORES OBSOLETOS

Os extintores de soda-ácido, carga líquida e espuma química, apesar de ainda encontrados, não mais são fabricados por causa das seguintes desvantagens: • Após iniciada, a descarga do extintor não pode ser interrompida. •

agente é corrosivo.

Esses extintores são potencialmente perigosos para o operador durante o uso. Se a descarga do jato for bloqueada, a pressão interna do cilindro poderá exceder 20 Kg/cm2 (300 lb/pol2) e, eventualmente, explodir, causando sérias lesões ou morte ao operador.

O extintor manual de água tipo cisterna, em virtude da dificuldade de operação e da existência de extintores mais eficientes caiu em desuso. 6.

MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO

A manutenção começa com o exame periódico e completo dos extintores e termina com a correção dos problemas encontrados, visando um funcionamento seguro e eficiente. É realizada através de inspeções, onde são verificados: localização, acesso, visibilidade, rótulo de identificação, lacre e selo do INMETRO, peso, danos físicos, obstrução no bico ou na mangueira, peças soltas ou quebradas e pressão nos manômetros. Inspeções Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização. Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira estão obstruídos. Observar a pressão do manômetro (se houver), o lacre e o pino de segurança. Semestrais: Verificar o peso do extintor de CO2 e do cilindro de gás comprimido, quando houver. Se o peso do extintor estiver abaixo de 90% do especificado, recarregar. Anuais: Verificar se não há dano físico no extintor, avaria no pino de segurança e no lacre. Recarregar o extintor. Quinqüenais: Fazer o teste hidrostático, que é a prova a que se submete o extintor a cada 5 anos ou toda vez que o aparelho sofrer acidentes, tais como: batidas, exposição a temperaturas altas, ataques químicos ou corrosão. Deve ser efetuado por pessoal habilitado e com equipamentos especializados. Neste teste, o aparelho é submetido a uma pressão de 2,5 vezes a pressão de trabalho, isto é, se a pressão de trabalho é de 14 kgf/cm2, a pressão de prova será de 35 kgf/cm2. Este teste é precedido por uma minuciosa observação do aparelho, para verificar a existência de danos físicos. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS

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7. Seleção do agente extintor segundo a classificação do fogo

Classe de fogo

A B C D

TABELA 1 Agente extintor Água Espuma Gás Pó Pó Compostos mecânica carbônico B/C A/B/C halogenados (CO2) (A) (A) (NR) (NR) (A) (A) (P) (A) (A) (A) (A) (A) (P) (P) (A) (A) (A) (A) Deve ser verificada a compatibilidade entre o metal combustível e o agente extintor

Nota: (A) Adequado à classe de fogo. (NR) Não recomendado à classe de fogo. (P) Proibido à classe de fogo.

8. Classificação dos extintores segundo o agente extintor, a carga nominal e a capacidade extintora equivalente

Agente extintor

Água Espuma mecânica Gás carbônico (CO2)

Pó BC (à base de bicarbonato de sódio)

Compostos halogenados Pó ABC (fosfato monoamônico)

TABELA 2 Extintor portátil Capacidade Carga extintora equivalente 10 L 2A 9L 2A:20B 4 Kg 6 Kg

5B:C 5B:C

1 Kg 2 Kg 4 Kg 6 Kg 8 Kg 12 Kg 1 Kg 2 Kg 2,5 Kg 4 Kg 2,3 Kg 4,5 Kg 9 Kg

2B:C 2B:C 10B:C 10B:C 10B:C 20B:C 2B:C 5B:C 10B:C 10B:C 2A, 40B:C 4A, 80 B:C 6A, 120 B:C

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Extintor sobre rodas Capacidade Carga extintora equivalente 75 L 10A

10 Kg 25 Kg 30 Kg 50 Kg 20 Kg 50 Kg 100 Kg

5B:C 10B:C 10B:C 10B:C 20B:C 30B:C 40B:C

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Os testes de capacidade extintora para a classe A são realizados em engradados de madeira sob condições laboratoriais, de acordo a norma brasileira NBR 9443. De acordo com a norma brasileira NBR 9444, os testes de capacidade extintora para a classe B são realizados em cubas quadradas, sob condições laboratoriais, contendo n-heptano.

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