Manual_de_fundamentos - Salvatagem

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OBJETIVOS

Descrever a importância da salvatagem como atividade de bombeiro no relacionamento com a sociedade. Saber empregar os materiais de salvatagem, assim como saber fazer inspeção, limpeza e manutenção destes materiais. Montar uma calha d’água e um reservatório de água. Remover restos, escombros e água. Cobrir e fechar aberturas feitas durante o incêndio. Localizar focos ocultos de fogo por busca visual, tátil ou auditiva. Separar, sem aumento de dano ou risco, o material queimado do não queimado. Realizar a inspeção final, deixando o local em segurança. Listar os procedimentos a serem seguidos na inspeção final. Tomar as precauções de segurança necessárias durante o rescaldo ou inspeção final. Preservar evidências de incêndios. 1.

Introdução

A salvatagem é um conjunto de ações que visa diminuir os danos causados pelo fogo, pela água e pela fumaça, antes, durante e após o combate ao incêndio. Pode ser realizada em qualquer fase do combate ao incêndio. Este procedimento operacional compreende diversas ações: cobertura de objetos, escoamento de água, secagem, transporte de objetos, etc. O rescaldo é a fase do serviço de combate ao incêndio em que se localizam focos de fogo escondidos ou brasas que poderão tornar-se novos focos. Este trabalho visa impedir que o fogo volte, após estar dominado. Trata-se, pois, da última fase do combate ao incêndio.

O rescaldo não deve prejudicar os trabalhos de peritagem (determinação das causas do incêndio), mas deve impedir o ressurgimento do fogo e deixar o local em condições de segurança para os peritos e para quem for reconstruir ou recuperar a edificação. Deve-se realizar a remoção e não a destruição dos materiais; se possível, recuperar o local. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS

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(Fig. 9.1)

2.

Procedimentos em Salvatagem

Os procedimentos de salvatagem visam a diminuição dos danos causados pelo incêndio e seu combate. A salvatagem, através de um planejamento bem feito, consistirá em: organização e cobertura de máquinas, mobília e materiais existentes no local do sinistro; escoamento da água empregada no combate; separação do material não queimado e sua remoção para lugar seguro; cobertura de janelas, portas e telhados. Ações como jogar água em fumaça ou em objetos quentes (sem fogo) devem ser evitadas, pois acarretam conseqüências tais como: mais danos que o incêndio; gasto desnecessário de água, que poderá faltar no combate ao fogo; perda sensível de tempo; riscos desnecessários à guarnição. 2.1.Planejamento para Operação de Salvatagem Os danos causados pelo calor, pela fumaça e pela água freqüentemente são superiores aos causados pelo fogo. Uma salvatagem planejada e bem executada pode reduzir danos e perdas. Um bom serviço de salvatagem também é um dos melhores meios para se elevar o respeito e a estima que a sociedade tem pelo Corpo de Bombeiros. Este fator deve ser um incentivo para os bombeiros, gerando um constante aprimoramento profissional. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS

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A eficiência das operações de salvatagem depende de planejamento e treinamento. Também depende de uma adequada manutenção do material de salvatagem e, para isso, existem homens responsáveis pela conferência e conservação desse material. O planejamento deve ser específico (de acordo com as peculiaridades do incêndio e do efetivo) e deve ser prévio (cada um sabendo o que e como fazer). Todo bombeiro deve ser treinado para operações de salvatagem. A salvatagem é essencial nas atividades de bombeiros. 2.2.Organização dos Materiais a serem Cobertos Durante o combate, deve-se ter em vista que a água utilizada poderá causar mais danos que o fogo. Os móveis e materiais, portanto, devem ser cobertos e protegidos da ação nociva da água. A organização dos materiais a serem cobertos será definida pelas suas características e quantidade. Uma dificuldade comum para o trabalho de salvatagem é a falta de estrados sob materiais sujeitos à danificação pela água, tais como caixas de papelão, alimentos, papéis, entre outros. Deve-se, neste caso, remover os materiais acondicionando-os em estrados ou suportes de 15 cm de altura (no mínimo), improvisando-os, se necessário, e deixando espaço suficiente entre os materiais e o teto para colocação de coberturas de salvatagem. (Figs. 9.2-A e 9.2-B)

Quando o material de cobertura for escasso, usam-se as coberturas mais gastas empregadas na montagem de calhas ou reservatórios para captação da água utilizada no combate ao incêndio.

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Se bem utilizada, uma única cobertura protegerá satisfatoriamente a mobília de toda uma sala. Para isso, agrupam-se os móveis no centro da sala (se possível, não debaixo de luminárias, onde poderá haver goteira), voltando gavetas e portas para o interior do agrupamento de móveis. Se houver tapetes, enrolá-los e colocá-los sobre algum móvel. Pequenos objetos (bibelôs, peças de decoração, etc.) devem ser guardados convenientemente. Guarda-roupas, estantes e outros móveis altos devem ser colocados de forma a servirem de suporte para a cobertura (cumeada), enquanto os demais objetos e móveis são devidamente protegidos sob a cobertura. Alguém deve ficar responsável pela verificação constante das coberturas efetuadas, comunicando ao comandante da operação qualquer alteração na situação de salvatagem. (Fig. 9.3)

2.3.Coberturas de Salvatagem As coberturas de salvatagem devem ser constituídas de materiais impermeáveis e ter os cantos e bordas com bainha reforçada, onde se colocam ilhoses metálicos para amarração e sustentação por cabos. Modernamente usam-se coberturas de polietileno, que são mais leves, de fácil manuseio, geralmente inertes a produtos químicos e bastante flexíveis. Também não emboloram e não absorvem umidade. Não servem, porém, para envolver objetos cortantes ou perfurantes e têm tendência a escorregarem de pilhas altas, necessitando de amarração. 2.4.Escoamento de Água Toda água resultante do combate ao incêndio deve ser escoada para local próprio (esgoto ou reservatório), impedindo o acúmulo, prejudicial à edificação e ao serviço. Se a água apresentar condições de reutilização para o combate (ou seja, estar limpa e não muito quente), deve-se canalizá-la para COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS

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um reservatório. Caso contrário, a água deve ser canalizada para o sistema de esgoto da edificação. (Fig. 9.4)

Um meio prático de escoamento da água de pavimentos superiores é o uso de calhas, montadas com auxílio de coberturas de salvatagem. (Fig. 9.5)

As calhas também podem ser instaladas em um andar inferior, para conduzir a água através de janelas ou portas.

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(Fig. 9.6)

2.5.Cobertura de Janelas e Telhados A salvatagem deve continuar mesmo após o fogo ser totalmente extinto, pois os materiais previamente protegidos podem ser danificados pelas intempéries (chuva, sol, vapores). Deve-se cobrir aberturas em janelas, portas ou telhados, mesmo que não tenham sido causadas pelo fogo ou pelos bombeiros. (Fig. 9.7)

2.6.Transporte de Materiais O transporte de objetos pequenos e fragmentados pode ser feito com o uso de coberturas velhas ou danificadas.

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(Fig. 9.8)

3.Procedimentos em Rescaldo Os procedimentos de rescaldo têm por objetivo confirmar a extinção completa do incêndio e deixar o local sinistrado nas melhores condições possíveis de segurança e habitabilidade, sem destruir evidências de incêndio. O rescaldo consistirá em: determinar e sanar (ou isolar) as condições perigosas da edificação; detectar focos de fogo, seja visualmente, por toques ou sons e extingui-los completamente; remover escombros e efetuar a limpeza do local sinistrado e de objetos não queimados. As ações de salvatagem empregadas durante um incêndio afetarão diretamente o trabalho de rescaldo a ser realizado, minimizando-o ou prejudicando-o. Como toda operação de bombeiro, o rescaldo deve ser precedido de um planejamento adequado à situação. 3.1.Condições Perigosas da Edificação Antes do início do rescaldo, é imprescindível verificar as condições de segurança da edificação. A intensidade do fogo e a quantidade de água utilizada no combate ao incêndio são fatores importantes para se determinar essas condições. O fogo pode afetar partes estruturais da edificação, diminuindo sua resistência; a utilização de água em grandes quantidades implica em peso adicional sobre pisos e paredes. Há outros fatores que resultam em condições inseguras ao rescaldo, tais como: COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS

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Concreto avariado pela ação do calor. Madeiramento do telhado ou do piso queimado. Pisos enfraquecidos devido à exposição de vigas de sustentação ao calor e ao choque térmico produzido durante o combate ao incêndio. Estrutura metálica deformada pela ação do incêndio. Paredes comprometidas devido à dilatação de estruturas metálicas. Revestimento (reboco) solto devido à ação do calor. Constatando condições inseguras para a entrada ou permanência no local, o bombeiro deve comunicar-se imediatamente com o comandante da operação, que determinará as medidas cabíveis. (Fig. 9.9)

3.2.Detecção e Extinção de Focos Ocultos A detecção e a extinção de focos são procedimentos essenciais para o rescaldo. Requerem do bombeiro conhecimento, atenção e persistência. O bombeiro só deve abandonar esse serviço quando tiver certeza da completa extinção do fogo. Rescaldo apressado ou mal feito pode exigir o retorno ao local sinistrado, o que demonstrará ineficiência no serviço. Pode-se detectar focos ocultos visualmente, por toques e sons. VISUALMENTE, OBSERVANDO SE HÁ: material descolorado; pintura descascada; saída de fumaça pelas fendas; rebocos trincados; papel de parede ressecado e/ou chamuscado. POR MEIO DE TOQUES, SENTINDO: a temperatura das paredes, pisos e outros materiais. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS

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(Fig. 9.10)

OUVINDO OS SONS, PROCURANDO IDENTIFICAR: estalos característicos de materiais queimando; chiado de vapor. É importante em um rescaldo ter paciência para verificar todas as possibilidades de focos de incêndio escondidos. É imprescindível, na pesquisa de focos ocultos, a verificação sistemática e contínua para se determinar se houve propagação do fogo para outros compartimentos da edificação ou para outras edificações. Verificando-se que houve propagação, é preciso saber as maneiras pelas quais o fogo se propagou. Deve-se dar atenção especial ao madeiramento de telhado e pisos, devido à facilidade que estes têm de conduzir o fogo de um ambiente para outro. (Fig. 9.11)

Havendo suspeita de focos em espaços ocultos sob pisos, acima de forros ou entre paredes e divisórias, deve-se abri-los. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS

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O método de abertura de forro consiste em destacá-lo da estrutura de sustentação. Quando puxar o forro, o bombeiro deve posicionar-se distante da abertura, de onde poderão sair estilhaços. Não se deve realizar esta operação sem estar usando equipamento de proteção adequado (capa, luvas, capacete, máscara, etc.). (Fig. 9.12)

3.3.Extinguindo Focos de Incêndio Manter sempre uma linha de ataque armada para extinção de focos ou para qualquer eventualidade. Havendo necessidade do uso de água, deve-se fazê-lo em pequena quantidade, sempre tomando cuidado para não prejudicar a perícia do incêndio. Durante o rescaldo é comum descobrirmos pequenos objetos queimando. Devido ao seu tamanho e condições do local, é melhor colocá-los em um recipiente com água que molhá-los com jatos. Lavatórios, pias, bacias e tanques são muito úteis para isso. O bolsão também pode ser usado como recipiente para este fim. Os móveis grandes, como sofás, camas e estantes, deverão ser removidos para fora do ambiente, onde possíveis focos poderão ser facilmente extintos. É indispensável a utilização de EPIs, inclusive aparelho de proteção respiratória, nas operações de rescaldo.

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(Fig. 9.13)

3.4.Inspeção Final

A inspeção final tem por objetivo: assegurar que a causa do incêndio está totalmente eliminada; verificar se o rescaldo foi totalmente realizado; avaliar a eficiência do rescaldo; verificar as condições finais de segurança do local sinistrado. Durante esta inspeção, verifica-se se ainda há necessidade de escoamento da água ou remoção de escombros e limpeza. O local deve ser deixado nas melhores condições de segurança e habitabilidade. Somente então o equipamento é recolhido.

(Fig. 9.14)

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4.Proteção e Preservação do Local Sinistrado Durante o combate ao incêndio e rescaldo, o bombeiro deve ter duas preocupações: manter as evidências das causas do fogo onde foram encontradas, sem tocálas e sem removê-las, se possível; identificar, remover e guardar, em segurança, evidências que não possam ser deixadas no local. É importante lembrar que resíduos ou objetos parcialmente queimados podem ser evidências para a perícia determinar as causas e os efeitos do incêndio. O bombeiro que detectar evidências de incêndio criminoso deve preservar o local, proteger a evidência e comunicar imediatamente a descoberta a seu chefe imediato — (vide capítulo 8 — Determinação de Causas de Incêndio). Obs: A preservação do local de crime está prevista na resolução SSP-382, de 01/09/99 – (Bol G PM 171/99). Não alterar as evidências mais do que o absolutamente necessário à extinção do incêndio. (Fig. 9.15)

Não usar água em excesso, o que pode destruir a evidência, além de significar gasto desnecessário. Após a preservação do local e proteção das evidências, os escombros devem ser removidos para prevenir possível reignição. Qualquer material não danificado pelo fogo deve ser separado e limpo.

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(Fig. 9.16)

Os escombros devem ser colocados em local adequado, fora da área do incêndio, evitando-se deixá-los na calçada ou na rua. Especial cuidado deve ser tomado em locais onde se encontram livros contábeis, notas fiscais, recibos e outros documentos. A remoção deve ser ordenada — mantendo o material arrumado e separado — e a extinção, criteriosa, para não causar danos maiores. (Fig. 9.17)

Lembrar que esse tipo de material pode também ser evidência de incêndio criminoso. Com o intuito de preservar evidências e evitar acidentes, deve ser absolutamente proibida a presença de qualquer pessoa estranha ao serviço de combate a incêndio, com exceção das autorizadas pelo Cmt da operação, e devidamente acompanhadas por um bombeiro.

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(Fig. 9.18)

5.Equipamentos de Salvatagem e Rescaldo Muitos dos equipamentos usados para salvatagem e rescaldo são os mesmos que os utilizados para outras operações de bombeiros. A seguir são apresentados alguns equipamentos próprios para estas operações. 5.1.Equipamentos de Salvatagem Bolsão Ferramentas para chuveiros automáticos Passadeiras Bombas portáteis e edutores Aspirador de água Outros equipamentos Bolsão Um bolsão (ou sacola) pode ser feito de coberturas de salvatagem velhas ou danificadas. Deve medir 2 metros de lado e possuir ilhoses nas bordas. Pelos ilhoses são passados cabos que formarão as alças para seu transporte. Este bolsão poderá ser utilizado para carregar pequenos objetos ou resíduos do incêndio, ou ainda como recipiente para imersão de pequenos objetos que estejam queimando.

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(Fig. 9.19)

Ferramentas para chuveiros automáticos Para evitar que um chuveiro automático possa danificar objetos de uma instalação, quando aberto desnecessariamente ou quando permanecer aberto além do necessário, cada bombeiro deve carregar duas pequenas cunhas para serem empregadas como bloqueadores de chuveiros automáticos. Além destas cunhas individuais, deve-se ter disponível um conjunto básico de ferramentas, que constará de: chaves especiais para manipulação dos "plugs" (bicos) de chuveiros automáticos; plugs diversos para chuveiros automáticos; bloqueador para vedação. (Fig. 9.20)

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Passadeiras As passadeiras são usadas para proteger carpetes e pisos de alto custo dos detritos e do material sujo espalhados pelo próprio bombeiro, durante a sua locomoção no interior da edificação. Estes detritos acumulam-se, principalmente, no solado das botas dos bombeiros. Também é comum observar água escorrendo do seu capacete e da sua capa. (Fig. 9.21)

Bombas portáteis e edutores São utilizadas para a retirada de água dos pavimentos subterrâneos, poços de elevadores, etc. (Fig. 9.22)

Aspirador de água O aspirador de água é empregado para remover carpetes e tapetes. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS

líquidos e sujeiras dos

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Outros equipamentos Além dos equipamentos acima citados, deve-se dispor de outros equipamentos próprios para a salvatagem, entre os quais: alicates isolados; talhadeiras; malhos; chaves ajustáveis; martelos; grampeadores e grampos para trabalhos pesados; facas; chaves de fenda; pregos e parafusos; plásticos e papéis para cobertura; rodos; vassouras; esponjas; cadeados com barra. (Fig. 9.24)

5.2.Equipamentos de Rescaldo Entre os equipamentos usados para o rescaldo incluem-se: Croque Para abrir teto, verificando a extensão do incêndio e removendo forros em brasa. Machado e alavanca Para abrir paredes e pisos. Bolsão Para carregar escombros ou servir de recipiente para imersão de materiais em brasa. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS

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Pá, gadanho e enxada Para remover materiais em fardos ou soltos. (Fig. 9.25)

5.3.Limpeza, Inspeção e Manutenção dos Equipamentos A ação do incêndio sobre os equipamentos de bombeiros pode ser danosa se não há um cuidado especial logo após o seu uso. Entre os cuidados necessários, destaca-se a limpeza de todo o equipamento. Para a limpeza dos equipamentos de salvatagem e rescaldo, usam-se somente jatos d’água e escova dura. Apenas os materiais extremamente sujos devem ser esfregados com detergente neutro e enxaguados abundantemente. A limpeza deve ser feita antes que o material seque, evitando a impregnação de fuligem ou produtos químicos. Antes de guardado ou dobrado, o equipamento deve ser bem seco. A umidade é nociva, podendo causar-lhe ferrugem, bolor ou mofo. Deve-se fazer inspeções periódicas, especialmente após o uso, visando localizar danos ou irregularidades no material. Se possível, deve-se realizar reparos necessários. A manutenção dos equipamentos deve ser: preventiva: lubrificando, colocando em uso ou simplesmente limpando; corretiva: executando os reparos necessários. Limpeza adequada, inspeções periódicas e manutenção apropriada são fatores que determinarão uma duração maior do equipamento.

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(Figs. 9.26-A e 9.26-B)

5.4.Dobrando Coberturas de Salvatagem As coberturas de salvatagem, além de limpeza e manutenção cuidadosa, requerem uma dobradura especial, visando sua posterior utilização de forma rápida e fácil. Estende-se a cobertura no chão e dobra-se em forma de ziguezague, em direção ao centro. Enrola-se a partir de um lado até o outro, conforme mostrado nas Figuras (Fig 9.27- A a 9.27- H).

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Para lançar a cobertura dobrada desta forma, basta proceder de maneira inversa à utilizada na dobradura.

(Figs. 9.28-A a 9.28-F)

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