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Início de construção e licenças de moradias nos EUA caem em janeiro Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA caem

Oinício de construção de moradias unifamiliares nos Estados Unidos caiu em janeiro, mas uma redução nas taxas de hipoteca e uma melhora na con iança dos construtores sugerem que o mercado imobiliário, atingido pela recessão, está perto de encontrar um piso.

O início de construção de moradias unifamiliares, que representam a maior parte da construção de residências, caiu 4,3% no mês passado, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 841 mil unidades, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira (16). A construção de moradias unifami- liares caiu 27,3% na base anual em janeiro.

Taxas de hipoteca mais altas levaram o mercado imobiliário à recessão. Há sinais, no entanto, de que o pior já passou. O setor tem sido o maior afetado pela agressiva campanha de aumento de juros do Federal Reserve.

A taxa ixa de hipoteca de 30 anos está em média pouco acima de 6%, forte recuo ante os 7,08% do início de novembro, de acordo com dados da agência Freddie Mac.

O início de projetos habitacionais com cinco unidades ou mais caiu 5,4%, para uma taxa de 457 mil unidades. No geral, o início de construções de moradias caiu

4,5%, para uma taxa de 1,309 milhão no mês passado.

Economistas consultados pela Reuters previam que o início de construções cairia para uma taxa de 1,360 milhão de unidades em dezembro. As construções diminuíram 21,4% em relação ao ano anterior.

As licenças de construções unifamiliares caíram 1,8%, para uma taxa de 718 mil unidades, enquanto as de conjuntos habitacionais com cinco unidades ou mais subiram 0,5%, para 563 mil unidades. As licenças de construção gerais subiram 0,1% para uma taxa de 1,339 milhão de unidades.

Reuters

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu de forma inesperada na semana passada, oferecendo mais evidências da resiliência da economia dos Estados Unidos, apesar da política monetária mais rígida do Federal Reserve.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 1.000 na semana encerrada em 11 de fevereiro, para 194 mil em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (16). Economistas consultados pela Reuters previam 200 mil reivindicações para a última semana.

Os pedidos permanecem baixos, apesar das demissões na indústria de tecnologia e em outros setores altamente sensíveis às taxas de juros.

Alguns dos trabalhadores demitidos devem estar encontrando novos empregos ou estão atrasando o pedido por bene ícios devido aos pacotes de indenização.

As empresas têm relutado em demitir trabalhadores depois de enfrentarem di iculdades para contratar durante a pandemia.

A Federação Nacional de Empresas Independentes informou nesta semana que a parcela de pequenas empresas que relataram abertura de vagas aumentou em janeiro, dizendo que isso sugere que “os proprietários ainda estão vendo oportunidades para expandir seus negócios”.

A resiliência do mercado de trabalho, marcada pela menor taxa de desemprego em mais de 53 anos, é um dos fatores que deixaram os mercados inanceiros na expectativa de que o Federal Reserve continue elevando os juros até o meio do ano.

O banco central norte-americano elevou sua taxa de juros em 450 pontos-base desde março passado, de quase zero para uma faixa de 4,50% a 4,75%, com a maior parte dos aumentos entre maio e dezembro.

Dois aumentos adicionais de 25 pontos são esperados em março e maio. Os mercados inanceiros apostam em mais uma alta em junho.

Um segundo relatório do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira mostrou que o aumento dos preços ao produtor acelerou em janeiro em relação ao mês anterior.

O índice de preços ao produtor para demanda inal subiu 0,7% no mês passado, após cair 0,2% em dezembro.

Nos 12 meses até janeiro, o índice aumentou 6,0%, após avançar 6,5% em dezembro. Economistas previam que os preços subiriam 0,4% em relação ao mês anterior e avançariam 5,4% no ano.

Justiça divulgará partes de relatório sobre suposto esforço de Trump para mudar eleição

Partes do relatório de um grande júri especial da Geórgia sobre os esforços do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump para reverter o resultado da eleição no estado, em 2020, devem ser divulgadas publicamente, decidiu um juiz estadual na segunda-feira (13).

Entretanto, quaisquer recomendações sobre acusações criminais permanecerão sob sigilo por enquanto.

As conclusões do painel, que permaneceram sigilosas desde que o relatório inal foi divulgado, em janeiro, podem servir como base para um processo contra Trump ou seus associados que tentaram reverter a vitória do presidente Joe Biden na Geórgia.

O juiz do Tribunal Superior do Condado de Fulton, Robert McBurney, disse que três partes do relatório serão divulgadas nesta quinta-feira (16): a introdução, a conclusão e uma seção na qual o grande júri “discute sua preocupação de que algumas testemunhas possam ter mentido sob juramento”.

O relatório também inclui “uma lista de quem deve (ou não) ser indiciado e por quê, em relação à condução (e consequências) das eleições gerais de 2020 na Geórgia”, complementou o magistrado.

Mas essas conclusões permanecerão secretas por enquanto, decidiu o juiz, citando os direitos do devido processo de testemunhas ou réus em potencial que não tiveram chance total de responder às alegações durante o processo do grande júri.

Essas preocupações são particularmente sérias para indivíduos que nunca compareceram ao painel, disse ele. Trump não foi intimado e não testemunhou ao grande júri.

A decisão de abrir ou não acusações criminais cabe, em última análise, à promotora distrital do condado de Fulton, Fani Willis.

Em uma audiência no tribu- nal em 25 de janeiro, Willis disse a McBurney que as decisões de acusação eram “iminentes” e insistiu para manter o relatório em sigilo para garantir que os futuros réus não possam questionar o ato. podem servir como base para processo contra o ex-presidente e associados

Willis lançou a investigação logo após um telefonema, em janeiro de 2021, nos últimos dias do mandato de Trump, quando o então presidente pediu à principal autoridade eleitoral da Geórgia para “encontrar” votos su icientes para ele vencer no Estado. Dias depois, os apoiadores de Trump invadiram o Capitólio dos EUA tentando impedir o Congresso de certi icar a vitória de Biden.

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