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Destruição em barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia

Uma explosão na terça-feira (6) atingiu a barragem de nova Kakhovka, localizada em uma parte controlada pela Rússia no sul da Ucrânia, provocando evacuações em massa e temores de devastação em larga escala.

A usina hidrelétrica foi construída ainda na era soviética sobre o Rio Dnipro – um dos mais importantes da Ucrânia e que, atualmente, separa as tropas ucranianas da área ocupada pelo Exército de Vladimir Putin.

Ucranianos abandonaram suas casas conforme inundações atingiam uma faixa da região sul nesta quarta-feira após a destruição de uma vasta barragem na linha de frente entre as forças russas e ucranianas, que trocam acusações de responsabilidade.

Ainda não se sabe o que causou o colapso da barragem durante a madrugada do dia 6. No entanto Autoridades ucranianas e russas disseram que a barragem desabou em uma explosão e estão culpando umas às outras pelo ocorrido. O presidente Volodymyr Zelensky disse que os russos explodiram a barragem internamente. O Kremlin negou, a irmou que foi uma sabotagem da própria Ucrânia.

A represa tem cerca de 18 quilômetros cúbicos de água no reservatório de Kakhovka, aproximadamente igual ao Grande Lago Salgado no estado americano de Utah. O reservatório abastece comunidades de Kherson e da península da Crimeia, e também fornece água para o sistema de resfriamento da Usina de Zaporizhia. Mas, segundo a ONU, não há risco imediato à maior usina nuclear da Europa.

Duas mil pessoas foram retiradas até agora da parte controlada pela Ucrânia da zona de inundação, e o nível da água atingiu seu nível mais alto em 17 assentamentos com uma população somada de 16.000 pessoas. O ministério pediu a todos na “zona de perigo” que desliguem todos os aparelhos elétricos, levem documentos e itens essenciais e cuidem de “entes queridos e animais de estimação”. Autoridades europeias condenaram o uso de uma barragem como arma de guerra, e classi icaram o episódio como uma catástrofe ambiental.

Camila Fernandes

EUA fornecerão mais US$ 2 bi em armas para Ucrânia

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou o mais recente de uma série de pacotes de ajuda para a Ucrânia nesta sexta-feira (9), um valor adicional de 2,1 bilhões de dólares em assistência de segurança que, segundo o departamento, inclui capacidades críticas de defesa aérea e munições. O pacote inclui munições adicionais para sistemas de defesa aérea Patriot, da Raytheon, sistemas e mísseis de defesa aérea Hawk, munições de artilharia de 105 mm e 203 mm, sistemas aéreos não tripulados Puma, da AeroVironment, munições de sistemas de foguetes guiados a laser e suporte para treinamento e manutenção, disse o Departamento de Defesa em um comunicado. Os fundos da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia serão usados para adquirir as armas, permitindo que o governo do presidente norte-americano, Joe Biden, compre armas da indústria em vez de retirá-las dos estoques do país. A entrega do contingente bélico e dos sistemas dependerão da disponibilidade e cronograma de produção.

A guerra na Ucrânia atinge um ponto crucial no momento em que o país organiza uma contraofensiva para recuperar territórios que foram tomados pela Rússia. Nesta sexta-feira (9) o presidente russo, Vladimir Putin, disse que Kiev iniciou uma grande ofensiva, mas que as suas forças ucranianas falharam em atingir seus objetivos.

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