A ALMA E SEU MECANISMO - Alice Bailey

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A TEORIA DO CORPO ETÉRICO O psicólogo oriental começa pelo que o Ocidente considera como hipotético. Ele enfatiza a natureza espiritual do homem e crê que a própria natureza psíquica seja o resultado de uma atividade espiritual. Ele afirma que tudo o que se vê objetivamente não é senão a manifestação exterior de energias subjetivas e interiores. Ele considera todos os mecanismos do cosmos e do homem como efeitos e pensa que a ciência trata apenas dos efeitos. Sua posição pode ser resumida da seguinte maneira: Primeiro: Nada existe além da energia; e ela funciona por meio de uma substância que interpenetra e cria todas as formas e que é semelhante ao éter do mundo moderno. A matéria é energia ou espírito em sua forma mais densa, e o espírito é a matéria em seu aspecto mais sublimado. Segundo: Como todas as formas são interpenetradas pelo éter, cada forma possui uma forma etérica ou um corpo etérico. Terceiro: Assim como o minúsculo átomo tem um núcleo positivo, ou núcleos positivos, bem como aspectos negativos, assim também em cada corpo etérico acham-se centros positivos de força em meio à substância negativa. O ser humano possui também um corpo etérico, que é positivo em relação ao corpo físico negativo, que impulsiona esse corpo à ação e age como sua força de coesão, mantendo-o vivo. Quarto: O corpo etérico do homem tem sete núcleos principais de energia, através dos quais fluem diversos tipos de energia, produzindo sua atividade psíquica. Esses núcleos são ligados ao sistema cércbroespinhal, e a base dessa atividade psíquica ou sede da alma encontra-se na cabeça. O princípio que rege o conjunto acha-se pois na cabeça e, deste centro, todo o mecanismo deveria estar dirigido e vitalizado por meio dos seis outros centros de força. Quinto: Somente certos centros funcionam no homem, atualmente; os outros ainda não estão despertos. Num ser humano perfeito, todos os centros são ativos e levam a um desenvolvimento psíquico perfeito e a um perfeito mecanismo. A importância que o Oriente dá à energia espiritual, e a que o Ocidente dá à estrutura ou ao mecanismo justificam plenamente a natureza psíquica do homem, tanto em seus aspectos superiores quanto em seus aspectos inferiores. Se se quiser fundir a concepção vitalista do oriente e a concepção mecanicista do ocidente, cobrindo assim o vazio que os separa, é preciso demonstrar a existência do corpo etérico. O sistema oriental é abstruso e complexo; ele não pode ser resumido. Contudo, é preciso fazer uma breve introdução sobre ele e indicar suas grandes linhas. Será um trabalho incompleto, mas por outro lado, se ele der uma ideia geral desse sistema, ainda que breve, isso atenderá aos nossos objetivos. Neste relato, faremos afirmações definidas em vez de continuamente repetirmos que "o psicólogo oriental pensa", que "os orientais declaram" e outras fórmulas semelhantes. Basta reconhecer de uma vez por todas e deliberadamente que o pensamento oriental deve ser apresentado ao Ocidente como uma hipótese, a ser submetido à prova, o que demonstrará seu valor, ou então determinará sua rejeição. Após essa introdução, descreveremos as grandes linhas da teoria oriental. Existe uma substância universal, fonte de tudo, tão sutil, tão refinada, que ela está verdadeiramente além do que a inteligência humana pode realmente compreender. Comparados a esta substância, os perfumes mais delicados, o eclodir dos raios de sol, a glória púrpura do sol poente não cadppus@yahoo.com pG9@gmx.net


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