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ENSINAMENTO ORIENTAL SOBRE A ALMA, O ÉTER E A ENERGIA "Assim como o éter onipenetrante não pode ser tocado, devido à sua natureza sutil, tampouco a alma, que está em todas as partes do corpo, pode ser tocada. "Assim como o sol ilumina toda terra, também Aquele que habita o corpo ilumina todo o campo. "Aqueles que, pelo olho da Sabedoria, percebem a diferença, entre o campo e o Conhecedor do campo e a liberação dos seres da natureza, chegam ao Supremo. "(1) A literatura do Oriente, no que diz respeito à alma e sua expressão no plano físico, o corpo etérico ou vital, é vasta como o estudo de sua bibliografia muito incompleta o demonstrará. Distribuídos pêlos Upanishads e os Puranas, existem milhares de parágrafos que se ocupam deste ensinamento. As duas fontes mais importantes de informação são o Shiv-Samhita e o Shatchakra Nirupanam. Sir John Woodroffe (Arthur Avalon) tem feito muito, através de seus livros, para trazer um conhecimento do ensinamento oriental e dessa técnica do desenvolvimento da alma ao Ocidente. Devido à forma como tem apresentado tal conhecimento, ele tem resguardado o público também de captar de maneira demasiadamente rápida uma ciência muito perigosa, sendo de grande valor um pequeno livro intitulado: The Mysterious Kundalini, de Vasant, G. Rele, médico hindu, bem versado na ciência e na medicina ocidentais. O perigo desta ciência é perfeitamente conhecido por aqueles que sabem algo sobre ela. Reside no fato de que, pelo conhecimento de certo método técnico, o homem pode atuar, ativamente, com as forças de sua própria natureza, ao atuarem por intermédio do corpo vital. Os médicos modernos reconhecem, cada vez mais, o fator energia em conexão com o homem. Pelo reconhecimento lógico de que o corpo físico é formado de átomos, como também o são todas as formas da natureza, deduz-se que a unidade humana é de natureza elétrica. O cientista ocidental reconhece o éter e o movimento. O instrutor oriental fala do akasha e do prana. Ambos lidam com a vivência vital que permeia todas as formas, e é a causa de sua coesão, sensibilidade e duração da existência. Isto é corroborado por uma passagem do Kenopanishad: "O Imanifestado, sem forma, única fonte de luz, é o Grande Poder; dele saiu o éter sonoro (Akasha); deste se originou o éter tangível. Do éter tangível, o éter luminoso, e deste o éter gustativo, de onde provém o éter odorífico. Estes são os cinco éteres, e possuem uma quíntupla extensão. Destes emanou o universo; por eles continua; neles, desaparece; entre eles também ele se mostra novamente."(2) E evidente a semelhança entre o éter luminoso das antigas escrituras hindus e as ondas luminosas do cientista moderno. Rama Prasad, em seu livro As Forças Sufis da Natureza, enumera quatro estados de matéria sutil: 1. 2. 3. 4.
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