GOIÁS ESCOTEIRO INFORMATIVO REGIONAL | SETEMBRO | 7ª Edição
Ainda jovens, já líderes Jovens Líderes: quem tem disposição de sobra cai nessa rede!
2 Goiás Escoteiro | Setembro de 2011
QUE CHIQUE MEU CLIQUE
HUMOR
ESCOTEIRO
UMA VEZ
ESCOTEIRO, SEMPRE ESCOTEIRO
Matheus Dobes, João Carlos, Weiber, Arioldo Neto e Gabriela Ferreira Foto: Amanda Oliveira, G.E. Eleutério Novaes - 7º/GO
PARA MIM O QUE É ESCOTISMO?
Caixa de Entrada De Eugênia Victória, 18 anos, pioneira, Goyaz – 9º GO. Para Marcelo José Amador Filho Queria agradecer ao Marcelo José Amador Filho, chefe sênior do GE Goyaz, que além de ter sido meu chefe e por isso já se fazer bastante presente e especial na minha vida, me ensinou muito sobre ela e me fez ver o quanto é bom estar sempre cercado de amigos queridos. Agradeço pela amizade, pela paciencia, pelo carinho transmitido e por todos os momentos juntos! Eugênia Victória.
Quando digo para os meus amigos que sou escoteiro, eles sempre perguntam: " Isso ainda existe?" "O que é que você faz nisso, acampam de verdade?" Acho muito dificil explicar o que é o escotismo para os outros, é muito mais do que uma recreação como todos pensam, é muito mais do que ir acampar e se divertir com os seus amigos. Só quem é escoteiro de verdade que consegue entender o quanto isso faz bem para uma pessoa. No meu grupo escoteiro eu me sinto em casa, até porque somos nós que fazemos de lá um lar, pois temos muitos irmãos de coração, começando pelos nossos companheiros de patrulha, ate os nossos chefes, que nos ajudam em tudo que precisamos. E é claro, como não pode faltar, o escotismo é o lugar certo para se encontrar diversão, aventura e aprender a superar seus limites. Cada acampamento rende inúmeros momentos inesqueciveis em minha vida, cada fogo de conselho é especial, e a cada final de acampamento sempre fica um gostinho de quero mais. Já sou escoteiro a 4 anos, e espero que daqui 40 eu possa ter ajudado na formação fisica, moral e intelectual de mais 4.000 mil jovens, e mudar a vida deles, como o escotismo mudou a minha.
Lucas Cruvinel Nascimento, 17 anos, sênior, Arara Azul – 15º GO.
Carta
do Grilo Olá, escoteiros e escoteiras de Goiás!
Chegamos com a edição de setembro cheia de novidades para nossos queridos leitores e leitoras. E vocês que nos acompanham todos os meses devem estar se perguntando: e cadê a edição de agosto? Enquanto vocês se despediam das férias e voltavam para a rotina, eu e minha equipe decidimos tirar uma folguinha. Afinal, grilo também é gente! (hein?). Agora voltamos ao trabalho, descansados e a todo vapor, trazendo para vocês reportagens interessantíssimas e toda a típica alegria do Goiás Escoteiro. Já estávamos
com saudades! Para recomeçar com o pé direito, a reportagem de capa nos conta um pouquinho sobre quem são e o que fazem os jovens líderes. Para completar, o repórter grilo traz depoimentos de escoteiros e escoteiras de diferentes lugares do país que participaram ou ainda participam das redes nacional e regional dos jovens líderes, que nos contam como é importante e prazeroso contribuir com o Movimento Escoteiro para além dos grupos e das tropas. Não perca a oportunidade de se inteirar e, quem sabe, fazer parte
desta galera! Vocês também não podem perder a matéria sobre o primeiro acampamento escoteiro, ocorrido em 1907 na Ilha de
Brownsea, que no mês de agosto deste ano completou 104 anos. O Repórter Grilo conta detalhes sobre o que aconteceu nesse acampamento e nos mostra os primeiros passos do que viria a ser nosso querido Movimento Escoteiro. Confira ainda uma interessante reportagem sobre a nova lei que favorece o Escotismo, já que facilita a abertura de grupos escoteiros em áreas públicas das cidades. Muito legal, não é mesmo?! Em nossa super entrevista, trazemos informações sobre o Joti, o tão esperado Jamboree
na Internet. É o chefe Marcelo quem conta ao Repórter Grilo todas as novidades deste grande evento on-line. Ah! E não deixe de apreciar uma sessão super especial de nosso jornal, toda dedicada a mostrar como foi maravilhoso o XXII Jamboree Mundial. Mas vamos mostrar isso de um jeito bem especial: com o diário de bordo de uma escoteira goiana que marcou sua presença na Suécia. Quer saber quem foi? Então corra e passe logo as páginas! Repórter Grilo e Equipe CRIC
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Escoteiros ganham mais espaço Lei recém aprovada facilita a abertura de grupos de escoteiros e bandeirantes em áreas públicas Como já vem sendo noticiado pelos principais meios de comunicação, foi aprovado o Projeto de Lei 1050/07, do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), que autoriza a utilização de áreas e prédios públicos, em horário compatível ao seu funcionamento, por grupos oficiais de escoteiros e bandeirantes. O projeto foi aprovado em caráter conclusivo e seguirá para análise do Senado, caso não haja recurso para apreciação pelo Plenário da Câmara. Através deste projeto, os grupos escoteiros que já se encontram localizados em tais áreas, terão a partir deste projeto um meio de estreitar ainda mais seu vínculo com a instituição que os abriga. O relator da ementa, deputado Sarney Filho (PV-MA), além de ser favorável ao projeto, considerou "louvável a utilização dos espaços do poder público para práticas de grupos oficiais de escoteiros e bandeirantes, que contribuem para o pleno desenvolvimento da cidadania, com atividades que melhoram o condicionamento físico e mental, ético e social dos cidadãos envolvidos". Ademais, afirma, "essa já é uma prática comum e que tem contribuído para a formação do caráter e da personalidade desses jovens". Para uso destes locais, os grupos deverão requerer o espaço diretamente aos titulares do órgão ou unidade em que
pretendem implantar suas atividades, detalhando horários e programas de trabalho. Caso o uso do espaço público seja autorizado, a responsabilidade pela sua conservação e manutenção será dos grupos de escoteiros e bandeirantes, que poderão ficar impedidos de usar outros locais, caso não respeitem essa obrigação. Esse Projeto de Lei vem muito a acrescentar ao escotismo brasileiro em geral, visto que hoje um de nossos grande problemas é a localização da sede do grupo escoteiro. Vários grupos já viveram ou ainda estão vivendo o drama de não saber até quando permanecerão no local que se encontram atualmente, não sabendo se amanhã ou depois precisarão buscar um novo local para ser sede de seu grupo escoteiro, drama este que o Grupo Escoteiro Novo Horizonte já viveu, tendo iniciado suas atividades no bairro novo horizonte, passando posteriormente a exercer suas atividades na FAMA (instituição da maçonaria) no Setor Marechal Rondon e atualmente se encontra em um Colégio Estadual no setor Jardim América, todas elas na cidade de Goiânia. E drama este, vivido hoje pelo Grupo Escoteiro Cruzeiro do Sul, que com a reforma do Parque Mutirama, ainda não sabe qual vai ser o destino do grupo. Espera-se, que com este
projeto, os grupos escoteiros não se tornem mais "refém" das instituições que os recebem hoje. Mas antes mesmo deste Projeto de Lei surgir, há havia sido criado, o que talvez poucos ainda saibam, um convênio entre a Secretaria Estadual de Ensino e a União dos Escoteiros do Brasil - Região de Goiás. A idéia surgiu durante o Governo de Alcides Rodrigues, onde o até então Diretor de assuntos Institucionais da UEBGO, Virmondes Cruvinel e então presidente da UEB-GO Luiz Antônio de Paula, fizeram uma solicitação ao governador para ter a possibilidade dos grupos escoteiros funcionarem nas escolas estaduais, onde o mesmo após gostar da idéia autorizou e reportou a secretaria estadual de educação, na pessoa da então secretária, professora Milca, na qual ela fez um termo de cooperação. A partir disso, os grupos escoteiros que já tinham sua sede em escolas estaduais, agora funcionavam com legalidade. O acordo é datado de 06 de setembro de 2006. Novamente nossa região escoteira conquista uma vitória para que o escotismo goiano aconteça sempre com segurança e regularidade e agora acontece também esta conquista a nível nacional através deste Projeto de Lei que foi aprovado recentemente na Câmara.
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DOIS DEDOS DE HISTÓRIA CLARISSA ULHOA é da Região Escoteira de Goiás
Tudo começou em Jataí Lá na escola você aprende um montão de coisas interessantes sobre a história do nosso estado, do nosso país e do mundo, não é mesmo? E conhecer tudo isso é muito importante, até porque a professora de história não fala só do passado. Ela também fala do presente e de como esse passado influência em nossas vidas! Mas tem parte da história de nosso estado que você provavelmente não aprendeu na escola: a do escotismo goiano, por exemplo. É por isso que vou contar um pouquinho desta trajetória, para que a gente conheça, direta ou indiretamente, um pouco mais não apenas sobre o escotismo goiano em geral, como também sobre a história dos nossos grupos escoteiros. Para isso, vamos começar com perguntas como: Em que data o Movimento Escoteiro apareceu em Goiás? Onde isso aconteceu? Quem participou deste processo? E aí, alguém tem um palpite? Foi por meio de uma pequena tropa escoteira, iniciada na cidade de Jataí, no ano de 1921, que o escotismo goiano deu os seus primeiros passos. Ou seja, o escotismo em nosso estado é mais antigo que a própria cidade de Goiânia, dá pra acreditar? Esta primeira tropa contou com o incentivo do professor Eleutério Novais, falecido em 1970, que era proprietário do Colégio Novais, onde esta tropa realizava suas reuniões. Este colégio foi mais tarde transferido para Rio Verde, onde abriu uma nova tropa escoteira, que permaneceu em funcionamento até 1929. Neste tempo, a tropa fazia parte da Associação Paulista de Escoteiros, pois a União dos Escoteiros do Brasil ainda nem existia, muito menos a Região Escoteira de Goiás, não é? Por causa de tudo isso, o professor Eleutério Novais foi homenageado pelo chefe José Gonçalves de Brito, em 1957, ao criar o primeiro grupo escoteiro de Jataí, dando ao grupo que funciona até os dias de hoje o seu nome. Você conhece algum escoteiro ou escoteira do Grupo Escoteiro Eleutério Novais? Ainda não? Que tal conhecer melhor os nossos irmãos escoteiros de Jataí e descobrir um pouco mais desta história?
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Prepare-se para ler uma história fantástica sobre uma aventura que envolve um grupo de pessoas que passa dias em uma ilha, longe da civilização, e acabam aprendendo lições que levarão para o resto de suas vidas. Além disso, passam a conhecer melhor uns aos outros e se tornam grandes amigos e irmãos de ideal. Não, não! Isso não tem nada a ver com a ilha de Lost. Vamos falar sobre o primeiro acampamento Escoteiro, idealizado, organizado e realizado pelo próprio Baden Powell, fundador do Movimento Escoteiro. Isso porque passamos pelo mês de agosto, em que se comemora 104 anos da realização deste grande evento, marco importante para todos que participam do Movimento Escoteiro. Em primeiro de agosto de 1907, na Ilha de Brownsea, no Canal da Mancha, B-P realizou a abertura do acampamento que contava com 20 jovens, separados em quatro patrulhas: Maçarico, Corvo, Lobo e Touro. Mas as preparações para o grande acampamento começaram bem antes. BP enviou cartas para seus
Jovens participam de atividades durante o acampamento que daria origem ao Movimento Escoteiro
A ilha onde tudo começou No último mês de agosto se completou 104 anos desde que o primeiro acampamento escoteiro aconteceu na Ilha de Brownsea amigos militares que tinham filhos com idades entre 11 e 16 anos. Também convidou jovens da Companhia da Brigada de Rapazes, estudantes de escolas públicas e filhos de operários. As vagas eram limitadas, embora diversos jovens queriam participar de um acampamento organizado por Robert Stephenson Smith Baden-Powell, que na época já era conhecido como um grande herói do Exército Britânico. Na noite de 30 de
julho de 1907, os jovens já estavam reunidos na Ilha de Brownsea, prontos para o início das atividades no dia seguinte. Durante os oito dias seguintes, o “chefe” BadenPowell distribuiu deveres diários que as patrulhas deveriam realizar ao longo do acampamento. Cada dia tinha um tema, que norteava quais adestramentos seriam ensinados e quais atividades aconteceriam. O local do acampamento era sinalizado
por uma grande bandeira verde com o desenho de uma flor de lis amarela. B-P ensinou técnicas de acampamento, como construção de abrigos, preparação de fogueiras e de colchões; ensinou também sobre observação, levando os jovens a entender como seguir rastros e pistas, compreender sinais e treinar a visão; também estiveram presentes técnicas mateiras, observação de estrelas, estratégias de tocaia e reconheci-
mento de animais e plantas. Baden-Powel ainda ensinou sobre valores, explicando sobre cavalheirismo e cortesia, patriotismo e lealdade. Não só na última noite, mas a cada anoitecer havia a expectativa de se participar de um Fogo de Conselho. Os jovens se reuniam em torno da fogueira para avaliar as atividades do dia, contar suas experiências e sentimentos, além de ouvir as histórias que B-P tinha para contar. Dizem que o “velho chefe”, além de ser um excelente contador de histórias reais, sabia imitar o som de vários pássaros e mantinha a atenção de todos com histórias engraçadas e curiosas que inventava para ilustrar situações e aprendizados que queria transmitir. Todos sabemos que o acampamento foi um sucesso. Afinal, é justamente por causa desse sucesso que Baden-Powell escreveu, em 1908, o livro Escotismo Para Rapazes, grande responsável por espalhar rapidamente o Movimento Escoteiro pela Inglaterra e, logo em seguida, pelo mundo.
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Escoteiro só acampa? Não mesmo! Até mesmo na internet os escoteiros podem participar de atividades interessantes e divertidíssimas! Estamos falando do Joti, o Jamboree na Internet, que já está chegando cheio de novidades. Para não deixar os nossos leitores de fora dessa, eu, o Repórter Grilo, conversei com o Chefe Marcelo, do GE Goyaz, um dos organizadores regionais desta grande aventura on-line. Confira e se prepare! Para quem ainda não conhece, explique o que é e como funciona o Joti. O Jamboree na Internet (JOTI) é o evento escoteiro com mais participantes no mundo inteiro. O objetivo da atividade é permitir que os escoteiros do mundo todo se conheçam através da internet. A organização nacional promove várias tarefas que vão sendo publicadas antes mesmo do fim de semana do JOTI, que fazem parte da Gincana Virtual, onde todos os escoteiros dos países Lusófonos (que falam a língua portuguesa) participam. Paralelo à Gincana Virtual, os escoteiros se comunicam através da Scoutlink, uma rede mundial onde os jovens se comunicam em salas de bate papo de acordo com a língua que escolherem. É uma excelente oportunidade de conhecer escoteiros de outros países, outras culturas e trocarem experiências. Os jovens participam através de bases que podem ser feitas pela patrulha, na casa de alguém com acesso a internet, ou por seção. Basta juntar seus amigos, cadastrarem uma base e boa diversão! Tudo o que você precisa saber do JOTI está no site: http://www.jotibrasil.org.br. E o Joti deste ano, como será? Teremos novidades?
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Chefe Marcelo pousa ao lado de um dos "melhores amigos" dos escoteiros durante o Joti: o bom e velho computador!
Computadores ligados, fones e mouses em mãos: vem aí o Joti 2011, cheio de novidades para quem gosta de ser divertir na net!
JOTI na área O JOTI acontece sempre no terceiro fim de semana de outubro. Este ano teremos tarefas totalmente diferentes das que tivemos no ano passado e com certeza teremos mais participantes, o que vem ocorrendo ano após ano nesta grande atividade. Na organização nacional, temos escoteiros do nosso estado: nosso querido Rafael Froes, que é o coordenador nacional, e a grande Tatielli, ex-escoteira do grupo Goyaz, que hoje vive em Uberlândia, que mobiliza todos os coordenadores regionais. Porque é importante que todos participem? É uma alternativa para aqueles que não podem participar de atividades nacionais e inter-
nacionais, conhecerem escoteiros do mundo todo. Eu mesmo, quando mais jovem, fiz amizades com escoteiros da Argentina, de Portugal, da Itália, que fizeram uma base de JOTI em um acampamento próximo a sede deles. Fizemos atividades onde tínhamos que conseguir uma foto de um escoteiro de outro país com um cartaz falando da atividade, e um escoteiro da Inglaterra, terra de B.P., nos ajudou e enviou a foto. É muito gostoso ter a oportunidade de cumprir desafios com seus irmãos escoteiros de tropa, e, ao mesmo tempo, conhecer escoteiros de outros lugares. Para participar, o que o jovem deve fazer? É muito simples! Reúna sua
patrulha ou sua tropa / alcatéia / clã, escolham um lugar onde seja possível realizar a atividade, lembrando que ela acontece até durante a madrugada, sem parar. Peça sempre uma ajuda ao seu chefe, para que a atividade ocorra sem imprevistos e seja muito proveitosa. Depois de todos reunidos, acessem o site do JOTI (www.jotibrasil.org.br), quem é novo, faça o cadastro na atividade, e quem já participou antes, reative seu cadastro; façam o cadastro da sua base e coloquem a mão na massa para realizar as tarefas! E durante a atividade, o que não pode faltar? Boa pergunta! Não pode faltar computador/notebooks (é
claro!), impressora, webcam, fone de ouvido, microfone, cartolina, canetinha, tesoura; um espaço para todos poderem descansar um pouco durante a atividade; e o lanche, porque senão ninguém sobrevive (risos)! É importante também não esquecer da nossa maior propaganda: O TRAJE ESCOTEIRO! Não é necessário usá-lo durante toda a atividade, mas algumas tarefas ele será necessário; use camisetas de atividades escoteiras e seu lenço. Ninguém vai querer sair na foto mal vestido, não é? E por ultimo, mas não menos importante: como o Feva (Festival de Vídeo Amador) está chegando, não pode faltar câmera, figurinos e idéias para já começar a filmagem dos vídeos no embalo do Joti! Fique alerta! Na próxima edição, teremos uma entrevista imperdível com o organizador do Jota.
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ENTRE LINHAS WINDER GARCIA é escotista do Grupo Escoteiro Arara Azul - 15º GO
Ser Escoteiro É E afinal, o que é ser escoteiro? Anos atrás os escoteiros brasileiros não tinham a oferta de livros, manuais e sites especializados como os que temos hoje, vivendo no que se chama de a Era da informação. Por esse lado podemos nos considerar privilegiados, pois temos à nossa disposição informação bastante e a qualquer hora, seja nos livros vendidos a preços módicos pelas Lojas Escoteiras ou seja acessando a internet e lendo histórias, aprendendo nós, pioneirias ou pesquisando sobre a vida de B-P. Em meados de 1998 um grupo de chefes gaúchos se reuniu para traduzir e publicar alguns livros sobre Escotismo, ajudando assim escoteiros e chefes a terem em mãos mais informações sobre práticas escoteiras. No começo dos anos 2000 houve a tradução da série de livretos Ser Escoteiro É, com 14 pequenos volumes sobre a vida prática em patrulha. Cada edição trazia um tema que variava entre Fogo de Conselho, Corte de Honra, Promessa e Lei, Sistema de patrulhas entre tantos outros. Vários deles encontram-se hoje disponibilizados digitalmente, segue a lista dos que eu encontrei na rede: Sêde perfeitos - http://virou.gr/pcTVAZ Fogo de Conselho - http://virou.gr/qdlrHk Sistema de Patrulhas - http://virou.gr/mVl8Jm Corte de Honra - http://virou.gr/ps3uzu É importante lembrar que estes livros foram traduzidos sem intervenções do Inglês, portanto pode haver divergências em alguns detalhes com o Escotismo brasileiro. No mais, é uma excelente fonte de pesquisa e leitura para a sua patrulha. Em todos eles foca-se bastante o que fora escrito por Baden Powell, dando dicas úteis às Patrulhas e escoteiros. No livro sobre a Corte de Honra, por exemplo, na página 22 está escrito que uma das atribuições desse "órgão" da Tropa é instituir normas de comportamento e dá a dica para que, além de se manterem limpos de corpo e alma, como bem preceitua o 10º artigo da Lei Escoteira, seja cobrado dos escoteiros ou seniores da Tropa que mantenham-se atentos também à linguagem, sem palavrões ou erros grosseiros. Não deixa de ser uma boa idéia, hein? Pois bem, a orientação é que leiam os livretos aqui dispostos e compreendam cada vez mais o que é ser escoteiro, o código de conduta e as técnicas tão próprias desse nosso mundo particular. Boa leitura! Ser Escoteiro É. Porto Alegre, 2002. Gratuito para download
Jovens Líderes:
Quem são eles? Dirigentes, chefes, mestres, primos e monitores: todos eles exercem liderança em nosso movimento. Mas tem uma outra galerinha que faz um trabalho super importante: os Jovens Líderes. Você conhece? Para além do Escotismo vivido nas patrulhas e Tropas, há uma instância escoteira que algumas vezes por ano troca a barraca e o campo pelas plenárias e assembléias realizadas em salões ou hotéis. Para que o Movimento Escoteiro continue sempre evoluindo e crescendo, é realizado anualmente em alguma cidade brasileira o Congresso Nacional Escoteiro, em que as lideranças escoteiras participam de seminários e atualizam-se com o que de mais novo está acontecendo na nossa associação (Escoteiros do Brasil). Juntamente com o Congresso ocorre a Assembléia Nacional Escoteira, espaço em que são realizadas importantes votações e eleições para os principais cargos e atividades nacionais. Aqui o Movimento Escoteiro se democratiza e permite que todas as Regiões escoteiras tenham voto. Além dos dois eventos citados, acontece também o Fórum Nacional de Jovens Líderes, e é sobre este que vamos falar hoje, afinal, você sabe quem são eles? Os Jovens Líderes são os associados à UEB com idade entre 18 e 25 anos e fazem parte de um contexto mundial de envolvimento dos jovens nas
tomadas de decisão, iniciado em 1993, quando a Conferência Mundial Escoteira realizada na Tailândia aprovou uma resolução que reconhecia o afastamento dos jovens e propôs a adoção de medidas mais efetivas para a inclusão dos jovens na organização mundial do Movimento Escoteiro. Esses líderes mundiais entenderam que jovens nessa idade estão começando a sua vida adulta e têm um ponto de vista crítico e uma capacidade enorme para contribuir com o Movimento Escoteiro nas tomadas de decisões. Além disso, a definição de Escotismo é um movimento de jovens para jovens, e algo não estava fechando nessa equação. No Brasil, o 1º Fórum Nacional de Jovens Líderes aconteceu em 1996 e uma longa jornada foi percorrida até serem reconhecidos pela UEB. Em 2001, foi estruturada a Rede Nacional de Jovens Líderes e em 2004 os Escoteiros do Brasil reconheceram formalmente os Jovens Líderes, inclusive inserindo os coordenadores da Rede no Conselho de Administração Nacional, o órgão que reúne alguns daqueles eleitos na Assembléia e onde são tomadas importantes decisões estratégicas. Não é correto confundir os Jovens Líderes como mais um Ramo, afinal, não há programa
educativo ou aplicação do método escoteiro para os jovens inseridos neste movimento. Eles são fruto de uma movimentação política que aconteceu a nível mundial e tem muito a ver com as insatisfações jovens e a eterna vontade de mudar e evoluir, receita que já foi combustível de tantas revoluções História afora. No Brasil, os Jovens Líderes se organizam através da Rede Nacional de Jovens Líderes, que serve como elo de comunicação e mobilização, organizando e divulgando ações dos jovens. A Rede tem ainda 3 objetivos principais: • no âmbito da seção escoteira, apoiar a correta aplicação do método escoteiro, em especial as práticas democráticas previstas pelo Programa de Jovens. • no âmbito da organização escoteira, com a inserção participativa nos processos de tomadas de decisão. • no âmbito da sociedade, com a promoção de iniciativas de ação e desenvolvimento comunitário. Para organizar tudo isso existe um Núcleo Nacional de Jovens Líderes, composto por 2 coordenadores e 2 comunicadores, sendo que a cada Fórum Nacional acontece a renovação de metade dessa estrutura, sempre pelo voto e de forma democrá-
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tica, afinal, zelar pelas práticas democráticas, como vimos, é um dos principais objetivos deles. Atualmente há um goiano como um dos coordenadores deste Núcleo Nacional, Winder Garcia, dirigente do G.E. Arara Azul – 15º/GO, que nos conta como é essa experiência: No Fórum de Jovens Líderes ocorrido em Brasília-DF coloquei meu nome à disposição da Rede para a função de coordenador e fui eleito por aclamação. Foi um momento muito bacana pois comemorava-se 10 anos da criação da Rede e estavam presentes dois escoteiros goianos que eu admiro muito e também já foram coordenadores deste Núcleo: Rafael Macedo e Rafael Froes. Meu mandato é de 2 anos e eu espero realizar um bom trabalho à frente da Rede, inclusive ajudando o Núcleo Regional de Jovens em Goiás a voltar a ser mais ativo. A Rede Nacional de Jovens Líderes é pulverizada Brasil afora através dos Núcleos Regionais de Jovens Líderes, presentes em 14 estados brasileiros. Goiás desde o princípio é um desses Núcleos, que hoje é composto pelos coordenadores Rafael Matias - 9º GO e Aristóteles Gouveia - 7º GO e pelos comunicadores Leonardo Lemes - 9º GO e Matheus França - 9º GO. Para compreendermos mais a importância destes 15 anos de movimento jovem líder e 10 anos de atuação da Rede Nacional, o Repórter Grilo foi atrás de algumas pessoas que fizeram acontecer e perguntou a eles qual a contribuição desse movimento para os Escoteiros do Brasil:
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“Acredito que, o maior legado institucional da Rede Nacional de Jovens Líderes para a UEB, nestes 10 anos, são as pessoas que, ao passarem por ela, conheceram caminhos, concretizaram ações, mudaram conceitos, se envolveram e resolveram fazer parte das mudanças que querem ver! Ser Jovem Líder, para mim, é um estado de espírito, tentar fazer acontecer!” Cristtine Bohrer Ritt – Coordenadora do Núcleo Nacional de Jovens Líderes 2010-2012 e membro do CAN
“O envolvimento juvenil na UEB, além de ser um reflexo de toda a preocupação e política mundial, contribui para o panorama da nossa associação hoje... Uma mescla de jovens adultos e líderes mais experimentados em todos os órgãos de decisão ou de trabalho da associação, sendo hoje uma associação em franco crescimento e forte peso no panorama internacional. Um outro ponto muito interessante do envolvimento juvenil, a participação de jovens, cada vez mais jovens, nos eventos de decisão, assembléias nacionais, conferências e afins, possibilita o surgimento de amizades, sempre calcadas no trabalho e por que não na diversão, entre diversos líderes, gerando um forte sentimento de camaradagem e networking que são decisivos em um futuro próximo ao gerenciar o dia-a-dia da associação.” Felipe de Paulo Portela, coordenador do NNJL 2009-2011
“A criação da Política Nacional de Envolvimento Juvenil (Jovens Líderes) tem sido um importante instrumento de capacitação para jovens lideranças aptas a atuarem nos órgãos diretivos da União dos Escoteiros do Brasil. Desde 2001, tenho observado, sobretudo no nível nacional da Organização, um número crescente de novos colaboradores têm contribuído com novas idéias e novos projetos para a instituição”. Rafael Rocha de Macedo, coordenador do NNJL 2001-2003 e vice-presidente do CAN
"Antes da Rede de Jovens Líderes começar a ser implantada, em 2001, a idéia de jovens participarem dos processos decisórios ainda era vista com estranheza pela maioria dos dirigentes regionais e nacionais. Não havia naquela época nenhum jovem entre 18 a 26 no Conselho de Administração e nas Comissões Estratégicas do nível nacional. E pouca era a contribuição, ou pouco organizada, desta massa de jovens na transição para o novo programa e nos projetos comunitários da UEB. Com o trabalho de nossa Rede, fundamentados em importantes políticas de dentro e fora do movimento escoteiro, acumulamos 10 anos identificando e fortalecendo lideranças juvenis, ao mesmo que sensibilizando os adultos. Como resultado, hoje temos jovens, alguns ex-membros desta Rede, inseridos em importantes espaços decisórios e na execução de projetos nos níveis nacional e regional. A relação entre jovens e adultos nos espaços institucionais, antes tensa e conflituosa, hoje é vista como algo normal e necessário ao processo decisório e ao crescimento institucional". Luiz Gustavo Cardia Mazzeti. coordenador do NNJL 2001 a 2003
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A emoção de estar chegando ao Jamboree começou nas estradas Suecas - 25 de julho.
Abertura do Jamboree. O mundo ao alcance de todos nós - 28 de julho
Fazendo o check in para entrar no acampamento. E a emoção só aumentava - 25 de julho.
Nada como um lindo dia de sol para receber os jovens - 27 de julho
Ilvia no país do Jamboree Mundial O Jamboree Mundial da Suécia, como era de se esperar, foi um super sucesso! Um montão de escoteiros do mundo inteiro reunidos para celebrar essa nossa grande fraternidade não poderia resultar em outra coisa, não é mesmo? E para a nossa sorte, uma das mais animadas participantes desta grande atividade concordou em compartilhar com a gente o seu diário de bordo. Confira aqui as fotos e as impressões da chefe Ilvia, do GE Goyaz - 9 GO!
Brazilian Party 1 e as paquitas do Brasil agitando a festa - 29 de julho
Escotismo é inclusão
Trabalhar para o Jamboree acontecer
Trabalhando muito e se divertindo sempre
Porque fazer compras com amigos também é um programa de Jamboree - 29 de julho
Agora sim, a cidade Jamboree estava completa
Brincar como criança é simplesmente Jamboree
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Barracas mais escoteiras que estas? Não existem!
Isto sim é pioneiria!!!
Minha patrulha do Jamboree: Brasil, Inglaterra, Hong Kong e Zimbabwe. O mundo todo junto!
Nada como rever amigos queridos - 4 de agosto
O Rei da Suécia é com certeza "o cara".
Brincar como criança é simplesmente Jamboree
Um dia inteiro de cultura. 4 de agosto
“A saudade do Jamboree é do tamanho do acampamento”
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10 Goiás Escoteiro | Setembro de 2011
ESTÁ NA NET MAX BRAGA é escotista do Grupo Escoteiro Cruzeiro do Sul - 19º GO
Aniversário do Bernardo Sayão
O Escoteiro é alegre e ri de piadas O Escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades. Esse é um artigo da nossa lei do qual nos lembramos sempre que passamos por momentos difíceis em que precisamos superar desafios. Mas será que também sabemos rir de piadas? E estas piadas têm como tema justamente o nosso tão querido e amado Movimento Escoteiro? Se você não soube responder a esta pergunta, vamos fazer um teste prático. Está rolando na internet alguns vídeos dos Barbichas, uma companhia de humor, com temas escoteiros. Em seus shows de improviso eles costumam pedir sugestões de temas para a platéia. Acontece que em algumas ocosiões a platéia sugere o Escotismo como tema. Dois desses vídeos estão fazendo sucesso no YouTube. Em um dos vídeos, os humoristas divertem a plateia (e também se divertem) com piadas que envolvem desde o tamanho da lanterna de um Escoteiro “veterano” até a brincadeira de que os Escoteiros ajudam velhinhas pelas ruas. Outro vídeo, num jogo só de efeitos sonoros, eles retratam de forma divertida, embora um pouco exagerada, um acampamento escoteiro. Ficou curioso? Acesse o YouTube e pesquise por “Barbixas Escoteiro”. Os vídeos citados estarão entre os primeiros encontrados na busca.
A noite do dia 10 de setembro foi muito especial para o Grupo Escoteiro Bernardo Sayão e toda a comunidade de Anápolis. O tradicional Grupo Escoteiro da cidade comemorou seus 50 anos de atividades com uma festa de gala para mais de 500 convidados. Uma multidão vestida de vermelho se emocionou ao ver fotos antigas e novas, ouvir discursos caloroso e gritos de patrulha unindo diferentes gerações das patrulhas sêniores e do Clã. Das mãos do presidente Robson Natal, cada Grupo Escoteiro representado na cerimônia levou pra sua sede um lindo relógio ilustrado com a logo do evento, presente do GEBS. Para Heider Moraes, um dos organizadores, a festa foi especial e muito importante para o Grupo, pois envolveu todos e trouxe de volta amigos do Grupo e ex-membros que sempre sentiram saudades dos bons tempos de Escotismo. Esse clima era mesmo sentido no ambiente, muita nostalgia, saudade e alegria no ar. Que os próximos 50 anos sejam tão marcantes como foram esses primeiros. Vida longa ao GEBS!
Toda a alegria do G.E. Bernado Sayão na comemoração dos seus 50 anos de boas atividades
Setembro de 2011 |
Seniores nos contam sobre o ELO Que o XXIV ELO foi uma excelente atividade para todos os ramos, nós não temos a menor dúvida! Depois do encerramento do evento, o que se escutava aos quatro cantos eram elogios e mais elogios. As bases foram interessantes, os jogos divertidíssimos e o clima de amizade esteve impecável! O que mais poderíamos querer, não é mesmo? Os seniores do Grupo Escoteiro Rudyard Kipling foram convocados pelo Repórter Grilo para explicar pra todo mundo como foi esta super experiência. Eles aceitaram o desafio e nos contam tudinho nos relatos a seguir. Confira! No dia 27 de agosto teve início o Elo Nacional, com muitas atividades desafiadoras. Algumas tiveram como referência o Jamboree Mundial da Suécia, que tinha como tema “Simplesmente Escotismo”. Esse foi o primeiro Elo que participei e vai ficar na minha memória para sempre, pelo fato de ter feito novas amizades, aprendido coisas novas e por ser meu primeiro acampamento como monitor da minha patrulha amada, a Karajá. Eu, juntamente com os elementos de minha patrulha, cujos nomes também nunca esquecerei (Gabriel, Petrônio, Mariana e João Pedro), tínhamos apenas uma estratégia para os jogos: permanecer unidos, não importando o que acontecesse. Ainda lembro-me de uma cena do rapel onde o Gabriel escorregou e ficou de cabeça para baixo e eu não sabia quem estava mais apavorado, se era ele ou se era o chefe que estava organizando o rapel. Isso foi motivo de muitos risos e conversas! Já no final do acampamento tivemos uma surpresa enorme: nossa patrulha tinha ganhado na pontuação geral. Gritamos, pulamos, nos divertimos, estávamos muito felizes. Muitos dos amigos que fiz estavam em seu ultimo acampamento, mas sei também que logo nos veremos novamente em outra atividade escoteira, porque “uma vez escoteiro, sempre escoteiro e escoteiro sempre, alerta”! Reinaldo Barbosa Lima Junior - Patrulha Karajá Tropa Sênior do Rudyard Kipling - G.E. Rudyard – 8º GO Participar de um acampamento escoteiro sempre gera uma grande expectativa, quanto mais de um acampamento distrital, onde temos a oportunidade de rever velhos amigos e fazer novas amizades. Neste ano, o XXIV ELO nos surpreendeu com suas atividades, organização, criatividade e também com a infra-estrutura do local. Pudemos desfrutar de atividades inovadoras, radicais e instrutivas, onde a todo o momento tínhamos que nos superar e dar o melhor de si para cumprir com a proposta das atividades. Nós da patrulha Cayapó, tropa sênior do Rudyad Kipling, estamos muito satisfeitos com o evento e principalmente com a nossa colocação na pontuação geral: ficamos em 2º lugar! Gostamos muito do tema do acampamento, o Jamboree Mundial da Suécia, porque pudemos conhecer um pouco mais sobre a cultura deles e também vivenciar algumas atividades que aconteceram lá. Nós nos surpreendemos com a atividade noturna, que foi muito especial para cada um, pois nela recebemos cartas de nossos familiares e das pessoas que mais nos amam, representando um pouco do afeto e do carinho que eles sentem por nós. Achamos também muito legais as atividades no rio, o arvorismo, rapel e a preguiça. A comida estava maravilhosa e o fogo de conselho foi espetacular. Agradecemos todos aqueles que fizeram esse acampamento acontecer e ser um maior sucesso, mas em especial às chefes do ramo sênior, Aryanna e Simone, que foram fundamentais na organização e na execução das atividades. SAPS! Rafael Caldas Esteves Segato - Patrulha Cayapó Tropa Sênior do Rudyard Kipling - G.E. Rudyard Kipling - 8GO
Seniores do GE Rudyard - 8 GO mostram alegria e união ao pousarem para a foto.
Goiás Escoteiro
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BOA IDÉIA ISABELLY CASTRO é escotista do Grupo Escoteiro Arara Azul - 15º GO
Pequeno Maracajá Foi em busca da graduação máxima do Ramo Sênior, o distintivo de Escoteiro da Pátria, que cinco seniores, Bruna Costa Santos, João Paulo Santin Hübner, Pedro Henrique Canova Mosele, Bruna Dinah K. Formenton e Rafael Paini Pavlak criaram o projeto “Pequeno Maracajá”. O projeto tem como objetivo a proteção de duas importantes espécies da fauna do Rio Grande do Sul, o Gato Maracajá e o Gato-do-mato-pequeno. No passado, a pele desses animais rendia muito lucro no comércio ilegal, mas atualmente a maior ameaça para a espécie é o desmatamento, pois com as florestas reduzidas os felinos se aproximam das residências em busca de alimento, situação que acaba irritando o dono da casa que muitas vezes prefere matá-los ao invés de cercar sua propriedade ou manter as galinhas e outros animais pequenos em local seguro. Outros continuam matando para o comércio ilegal, e outros acabam sendo atropelados nas estradas! Através do projeto criado pelo grupo, estão sendo realizadas campanhas para a conservação e preservação das espécies. Os jovens também desenvolveram folders e um livro infantil com ilustrações e informações sobre esses animais: os personagens são o pequeno Maracajá e sua família. O projeto que começou em agosto de 2008 deu tão certo que foi divulgado na maioria das mídias locais. Jornais e programas mostraram e elogiaram a idéia de preservação da fauna local. Durante o desenvolvimento os seniores abordaram os seguintes itens, entre outros: * Preservar os fragmentos de floresta existentes nas propriedades rurais; * Deixar de extrair produtos da mata; * Proibir entrada de caçadores; * Conscientizar os filhos de moradores, informando sobre a presença da espécie e a necessidade de preserválos. Para o orientador do Projeto, professor Dr. Dionísio Link, da UFSM "é um excelente trabalho que permitirá avaliar a mudança de atitudes da população entrevistada". O Projeto Pequeno Maracajá foi apresentado à banca da UFSM no final de julho de 2011 e mais uma vez elogiado! A Tropa Sênior do Grupo Escoteiro Tupinambas 44ºRS merece muitos elogios! Excelente projeto! Parabéns! E você? O que está esperando? Comece agora mesmo a pesquisar os animais do nosso Cerrado... Tenho certeza que muitas espécies estão precisando de proteção, talvez possamos ajudá-los!
12 Goiás Escoteiro | Setembro de 2011
CANTINHO DO CHEFE
Nosso “Seu” Wilson “Dona” e “Seu” são palavrinhas que colocamos antes do nome daquelas pessoas que respeitamos muito, tanto por causa de sua sabedoria, quanto por conta de sua experiência de vida. E é exatamente esse o caso do Seu Wilson, ou mais precisamente do chefe Wilson José Nunes, que nesta edição homenageamos com todo o nosso carinho. Seu Wilson iniciou seu longo caminho no Escotismo enquanto um interessado e participativo pai dos escoteiros Fernanda e Frederico, que em 1989 entraram no Grupo Escoteiro Cruzeiro do Sul, naquela época chamado Tenente General Curado. Dois anos depois de conhecer o movimento, fez sua promessa e entrou oficialmente para a Fraternidade Escoteira. Daí em diante, participou do grupo enquanto dirigente e, sobretudo, como uma pessoa sempre disposta a prestar auxílio em mil e uma tarefas distintas. Foi, com toda certeza, uma das pessoas mais prestativas que o escotismo goiano conheceu em seus anos de existência. Uma prova disso está na maneira como sempre carregava para os acampamentos materiais extras para dar o apoio necessário aos escoteiros esquecidos. Piquetes, camisinhas de lampião, e até mesmo sacos de dormir e escovas de dente o Seu Wilson procurava levar a mais, sempre pensando no caso de alguém precisar. E, claro, tudo isso dentro do seu inesquecível e simpático fusquinha. Não é a toa que todos os anos ele recebia o título de “pai do grupo”. Mas o reconhecimento de sua dedicação ao Movimento Escoteiro não acaba por aqui. Seu Wilson recebeu duas medalhas de gratidão (bronze) e duas medalhas de bons serviços (prata), além de diplomas de mérito regionais e nacionais. Não é pra qualquer um não, hein?! Para nossa grande tristeza, Seu Wilson sofreu um acidente que gerou seqüelas que o impedem de andar e de falar. Mas mesmo depois disso, o Escotismo nunca deixou de acolhê-lo, sobretudo o grupo do qual sempre fez parte. Sua filha conta que foram os irmãos escoteiros que compraram a maior parte das rifas que a ajudou a reformar sua casa e adaptá-la às novas necessidades do pai. Ela também conta que Seu Wilson recebe muitas visitas de escoteiros. Ele sempre vai morar em nossos corações.
PAPO RETO ANTÔNIO CÉSAR DE OLIVEIRA é dirigente do Grupo Escoteiro Goyaz - 9º GO
Tapir de Prata: O que é? Quem pode ter? A medalha Tapir de Prata foi criada em 1924, por ocasião da criação da UEB, constando em seu primeiro regulamento. Inicialmente era denominada de “Ordem do Tapir de Prata” e os seus portadores tinham a obrigação de zelar pelos altos padrões de honra e bom proceder da UEB. Podiam, inclusive, assumir temporariamente a gestão da UEB em caso de crise. A anta foi escolhida como símbolo do Tapir de Prata porque não é um predador e vive pacificamente, principalmente em terras brasileiras, embora exista em toda a América do Sul. Durante anos ela não foi concedida a ninguém e só com a gestão de Bonifácio Antônio Borba é que foi de fato implantado. Em 1936 foram entregues as 9 (nove) primeiras, nesta ordem: Baden Powell, Humberto Martins (do Comitê Internacional), Mario Sergio Cardim, Jerônima Mesquita (fundadora das Bandeirantes) entre outros. Já foram concedidas em torno de 100 medalhas, dentre elas para dois goianos, o chefe Antônio Cesar Oliveira (2010) e
Iracema Bezerra Oliveira (post-mortem, em 2011). O Tapir de Prata é uma Condecoração de Mérito, só podendo ser concedida a sócios da UEB a quem já tenha sido conferida, há pelo menos 5 anos, a Medalha Tiradentes, e que tenham prestados novos e relevantes serviços ao Movimento Escoteiro. É concedida pelo Conselho de Administração Nacional, mediante proposta de um de seus membros ou por 3 Regiões Escoteiras, vinculada a aprovação de maioria absoluta de seus membros.
Participe do Goiás Escoteiro! Jovens! Participem do Goiás Escoteiro enviando fotos, histórias e recados, além de críticas, reclamações e sugestões. Que tal se candidatar a ser o nosso correspondente jovem na próxima atividade que participar? Não se esqueçam que este informativo é de vocês! Entrem em contato com a gente pelo e-mail: reporter-grilo@escoteirosgo.com.br
Goiás Escoteiro | Região Escoteira de Goiás Rua 74 nº. 271, Centro, Goiânia/GO Fonefax: (62) 3092-3700 | www.uebgo.org.br uebgo.secretaria@gmail.com | Editora-chefe: Clarissa Ulhoa | Editor de arte: Henrique de Paula | Repórteres e colunistas desta edição: Antônio César de Oliveira, Bárbara Garcia, Clarissa Ulhoa, Érika Oliveira, Isabelly Castro, Maxmiliano Braga, Pedro Henrique Brito, Thiago Eliandro e Winder Garcia.