Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Page 1

Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Centro de Formação de Assciação das Escolas de Matosinhos C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

Formadores: Elvira Rodrigues e Vítor Santos

PREPARA-TE BEM PARA OS TESTES PREPARA-TE BEM PARA OS EXAMES

Graça Maria de Jesus Quintal Matosinhos, 2014

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

1


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames.

Graça Maria de Jesus Quintal

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

2


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Índice 1. Atos ilocutórios - 4-5 2. Modificadores - 6-8 3. Predicativo do sujeito - 9-10 4. Flexão verbal - 11-26 5. Funções sintáticas - 27-31

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

3


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

1. Atos ilocutórios Os atos ilocutórios (ou atos de fala) são atos linguísticos que o falante realiza quando, em determinado contexto comunicativo, profere um enunciado, sob certas condições e com certas intenções. É uma forma de agir através da fala. Um ato de comunicação é um complexo espaço de troca onde locutor e alocutário se relacionam. A relação entre os interlocutores determina, em grande parte, a essência do ato comunicativo e define-se em função de um conjunto de características das quais salientamos: . as características físicas do canal utilizado (oral ou gráfico, direto ou indireto, etc.); . as características identificadoras dos interlocutores (sociais (idade, sexo,

raça,

etc.),

socioprofissionais

(professor, escritor, vendedor,

agricultor,...), psicológicas (calmo, frio, agressivo, amável, nervoso,...), relacionais (os interlocutores conhecem-se ou não? Que tipo de relação há entre eles?...) e as suas caraterísticas físicas (se estão em presença ou não, se são únicos ou múltiplos, se estão próximos ou afastados); . a intencionalidade do locutor: pretende informar, convencer, seduzir, divertir,... . Os atos ilocutórios podem ser diretos, quando aquilo que dizemos corresponde literalmente àquilo que pretendemos dizer, ou indiretos, quando o locutor, tendo em conta a capacidade do seu interlocutor para interpretar o enunciado, utiliza uma expressão cujo sentido literal é diferente da intenção de comunicação. Por exemplo, quando, por delicadeza ou cortesia, dizemos “Filho, importas-te de chegar cá?” (frase interrogativa) em vez de “Filho, chega cá!” (frase imperativa), estamos a usar um acto ilocutório indirecto pois, apesar do seu formato interrogativo, este acto ilocutório deve ser entendido como uma ordem.

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

4


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Tipologia dos atos ilocutórios Tipos

Objetivos ilocutórios

Marcas linguísticas

Assertivos

Traduzem uma verdade assumida

mais frequentes Afirmar, acreditar, achar

pelo locutor.

necessário, admitir,

Ex.: Ela não é a minha médica.

estar convicto, concluir,

Exprimem uma realidade criada pelo

… Declarar, certificar,

próprio ato de fala sendo

nomear, …

Declarativos

inquestionável a autoridade do locutor. Estão associados a atos sociais (casamentos, actos notariais, julgamentos, etc.). Expressivos

Ex.: Declaro aberta a sessão. Expressam sentimentos, emoções,

Adorar, agradecer,

estados de espírito do locutor.

amar, apresentar

Ex.: Adoro apanhar sol!

condolências, elogiar, felicitar, pedir desculpa, … Uso frequente de expressões

Diretivos

Pretendem conduzir o alocutário à

exclamativas. Aconselhar, avisar,

realização de uma ação.

convidar, implorar, pedir,

Ex.: Meninos, arranjem-se para irmos

proibir, …

à praia.

Uso de frases imperativas e

Compromissivos Exprimem um compromisso do

interrogativas. Comprometer-se,

locutor.

garantir, jurar, promete,

Ex.: Prometo que cumprirei as

funções que me são confiadas. Uso frequente do futuro. Nota: Há enunciados que podem integrar mais do que um ato ilocutório. Quadro adaptado de Maria Helena M. Mateus, , Ana Maria Brito, Inês Duarte e Isabel Hub Faria, Gramática da Língua Portuguesa, 3ª edição, Ed. Caminho, Lisboa, 1992

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

5


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

2. Modificadores 1. Modificador do Grupo verbal 

Não é seleccionado (exigido) pelo verbo. Pode, pois, ser eliminado sem que isso afecte a

gramaticalidade da frase. Exemplos: A Rita telefonou à mãe ontem. Ele veio rapidamente. 

Faz parte do predicado. A Rita telefonou à mãe ontem.

2. Modificador de Frase 

Modifica toda a frase e não faz parte do predicado. É móvel dentro da frase.

Exemplos: Decididamente, vou contigo. Evidentemente, era ele que decidia. Honestamente, surpreendeu-me a tua atitude. * Como distinguir o modificador do GV do modificador de frase? O modificador do GV pode ser negado e interrogado: Exemplo: O João almoçou no jardim. O João almoçou não [no jardim], mas em casa. Foi [no jardim] que o João almoçou? O modificador de Frase não pode ser negado nem interrogado: Exemplo: Infelizmente o João adoeceu. *Não [infelizmente] o João adoeceu. *É [infelizmente] que o João adoeceu? C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

6


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

3. Modificador do Nome 

Não sendo seleccionado pelo nome, modifica-o através de informações suplementares.

Os Modificadores do Nome podem ser: ▪ Modificador restritivo 

Restringe ( limita) o significado do nome a que se associa. Não pode ser separado por

vírgulas do nome a que se refere. Exemplos: A aluna que chegou é nova. Ele comeu a maçã assada. Ele abriu a janela da sala. ▪ Modificador apositivo 

Não restringe o significado do nome a que se associa. É separado obrigatoriamente por

vírgulas do nome a que se refere. Exemplos: Eça de Queirós, um autor consagrado, é lido nas escolas. O calor, que é normal nesta época, tarda a chegar. O livro, caro mas valioso, vale a pena. 4. Modificador do Adjetivo 

É um grupo adverbial que integra o grupo adjetival, correspondendo a um advérbio, colocado à esquerda do adjetivo. Exemplos: Ela anda muito cansada. Ele salta mais alto. Eles gostam de estar bem informados.

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

7


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Exercícios: Identifique a função sintática dos constituintes sublinhados. 1.

O António, que conheci ontem, é simpático. – Modificador de Nome Apositivo

2.

O aluno com sapatilhas roxas não é daqui.- Modificador de Nome Restritivo

3.

Ele agiu honestamente.- Modificador de GV

4.

Ele entrou subitamente e abriu a as portas do fundo. M. GV / M. Nome Restritivo

5.

Eu aprecio, claro, pintura impressionista.- Modificador de Frase

6.

Sinceramente, detestei a tua atitude. - Modificador de Frase

7.

A Susana, a melhor aluna da turma, venceu o concurso. Modificador de Nome Apositivo

8.

Os meus amigos chegam de Paris na próxima semana. Modificador de GV

9.

Elas entraram na casa amarela. Modificador de Nome Restritivo

10.

Choveu cá na semana passada. Modificador de GV

11.

Eu entrei em casa apressadamente. Modificador de GV

12.

Eu falei contigo por causa do teste. Modificador de GV

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

8


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

3. Predicativo do complemento direto Alguns verbos transitivos diretos, além do complemento direto, requerem uma palavra (adjetivo, nome ou grupo preposicional) que qualifica aquele complemento e que se denomina predicativo do complemento direto. Trata-se, pois, de um elemento que serve para precisar uma ideia relacionada com o complemento direto. É o caso dos verbos abaixo indicados, só quando estiverem na voz ativa: ACHAR

DENOMINAR

REPRESENTAR

ACLAMAR

DESCREVER

REPUTAR

APELIDAR

ELEGER

SAGRAR

CHAMAR

FAZER

SUPOR

COGNOMINAR

INSTITUIR

TORNAR

CONSTITUIR

INSTITUIR POR

UNGIR

CONSIDERAR

JULGAR

ACEITAR POR

CONSIDERAR COMO

JULGAR POR OU COMO

DAR POR

COROAR

JURAR

HAVER POR

CRER

NOMEAR

TER POR

DECLARAR

PINTA

TOMAR POR.

Exemplos: . D. José nomeou ministro o Marquês Pombal. A turma elegeu o Bessa delegado. . Chamaram formoso a D. Fernando. . Encontrei o Manuel pensativo. . Considerava-o como um filho. . Achei aquele rapaz engraçado. . Aclamaram Afonso rei de Portugal. . Considero o aluno apto. . Achei correcta a tua decisão. O predicativo do complemento direto, na voz passiva passa a predicativo do sujeito (pois o complemento direto passa a sujeito). Ex.: O Marquês de Pombal foi nomeado ministro por D. José. O Bessa foi eleito delegado pela turma. Não confundir o predicativo do complemento direto com o simples modificador restritivo do nome. C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

9


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

10


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

4. Flexão verbal Do ponto de vista morfológico, os verbos são palavras complexas, formadas pela combinação de vários morfemas. Os verbos são constituídos por um tema, que resulta da combinação de um radical com uma vogal temática (que define a conjugação do verbo, ou seja, indica o seu paradigma flexional). Cantar

cant

+ radical

a vogal temática

Ao tema verbal (1) segue-se um conjunto de sufixos que transportam informações de tempo, modo e aspeto e de pessoa e número. A ordem desses sufixos é a seguinte: sufixos de tempo, modo e aspeto (2) + sufixos de pessoa e número (3). canta va mos 1

2

3

No entanto, nem todas as formas verbais têm esta estrutura morfológica; as formas verbais não finitas (infinitivo impessoal, gerúndio e particípio), por exemplo, são formas invariáveis. Conjugações verbais Em português, os verbos agrupam-se em três conjugações, de acordo com a vogal temática que possuem. Os verbos da primeira conjugação formam o tema com a vogal -a- (ansiar, cantar, falar, recear…), os da segunda, com a vogal -e- (crer, dizer, fazer, perder ...) e os da terceira, com a vogal -i- (dormir, fugir, pedir, sorrir ...). A primeira conjugação é composta maioritariamente por verbos regulares, ou seja, verbos que mantêm o radical em toda a flexão (canta, cantava, cantaria, ...). A flexão irregular existe sobretudo nos verbos da segunda e da terceira conjugações, que sofreram muitas transformações no processo de passagem do latim para o português; estes verbos não mantêm o radical em toda a flexão (faço, fazia, faria, fazendo ...).

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

11


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

A vogal temática pode ser claramente identificada a partir da forma do infinitivo: andar, comer, sair. Conjugação

Vogal temática

Exemplos

Primeira

a

saltar, andar, rebolar, pintar…

Segunda

e

correr, ler, temer, roer, viver…

Terceira

i

fugir, vir, consentir, admitir…

Em alguns tempos verbais, a vogal temática pode não ser visível, porque ocorrem alterações fonéticas em determinados contextos. Por exemplo, no presente do indicativo e do conjuntivo, a vogal temática desaparece quando se encontra antes de vogal.

Tem Primeira

Presente do indicativo cant + a + o → canto

Presente do conjuntivo cant + a + e → cante

Segunda

com + e + o → como

com + e + a → coma

Terceira

sub + i + o → subo

sub + i + a → suba

Pessoa e número As formas flexionadas dos verbos expressam a concordância em pessoa e número com o sujeito da oração de que fazem parte. Na maioria dos casos, um único morfema expressa simultaneamente os valores de tempo, modo, aspeto, pessoa e número (por exemplo, no caso do verbo falar, o sufixo -o em falo indica presente do indicativo + 1.ª pessoa do singular). Em casos excecionais, a concordância é expressa através de um conjunto de sufixos independentes que ocupam a última posição na ordem dos morfemas verbais. Por exemplo, na forma verbal cantávamos,-va- é o sufixo de tempo, modo e aspeto, e -mos é o sufixo de pessoa e número. Em português, existem três formas para a pessoa (primeira, segunda e terceira), que variam em número (singular e plural).

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

12


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Número

Pessoa

Sufixo

Exemplo

Singular

Falava

-s

falavas

falava

-mos

falavamos

-is

faláveis

-m

falavam

Plural

Existem verbos que só são conjugados em certas combinações de pessoa e número. É, por exemplo, o caso dos verbos impessoais, como nevar, que apenas ocorrem na terceira pessoa do singular. Modo O modo verbal é uma categoria gramatical que expressa a atitude do locutor (dúvida, certeza, suposição, necessidade, exigência, etc.) face ao conteúdo do enunciado. Distinguem-se, em português, quatro modos verbais: indicativo, conjuntivo, imperativo e condicional.  O modo indicativo apresenta a ação como um facto verosímil ou tido como tal: Lisboa é a capital de Portugal. O Pedro comprou um carro novo. Picasso não pintou este quadro.  O modo conjuntivo não refere um estado de coisas real, mas um estado de coisas possível, desejável, incerto ou irreal: Quero que venhas cá amanhã. Talvez leia este livro. Duvido que chegues a tempo.  O modo imperativo é usado para expressar uma ordem, um convite, um conselho, em frases afirmativas cujo sujeito é uma segunda pessoa: Vai-te embora! C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

13


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Abre a porta! Vem jantar comigo amanhã. Este modo é, portanto, defetivo na primeira e na terceira pessoas. Nessas pessoas e em frases negativas, as formas verbais usadas para expressar ordens, pedidos, etc., pertencem ao modo conjuntivo: Chegue aqui! Avancemos! Não venhas tarde! Não se mexam!

 O modo condicional é utilizado para indicar acontecimentos que ocorreriam no futuro ou no presente, caso se verificassem as condições necessárias. Está frequentemente associado a frases complexas com orações subordinadas condicionais. Se não tivesses aparecido, ainda estaríamos perdidos. Se tivesse mais tempo livre, iria mais ao cinema. Tempo A categoria gramatical tempo indica o momento temporal em que decorre o estado de coisas expresso pelo verbo, tomando-se, como ponto de referência, o momento da enunciação.

Tempos verbais simples e compostos Os tempos verbais podem ser agrupados em duas séries: os tempos simples e os tempos compostos. Tempos verbais simples C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

14


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Modo

Tempo

Exemplos

Indicativo

Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito Futuro Presente Pretérito imperfeito Futuro

corro corria corri correra correrei corra corresse correr correria corre

Conjuntivo Condicional Imperativo

Os tempos compostos em português são formados por uma forma flexionada de um verbo auxiliar combinada com o particípio passado dos verbos principais. O auxiliar dos tempos compostos mais frequente no português atual é ter, mas o verbo haver também é por vezes usado (Havíamos lido os livros e feito os exercícios). Os tempos compostos indicam que o estado de coisas referido na frase se realizou, isto é, estas formas têm um valor aspetual perfetivo. Tempos verbais compostos Modo

Tempo

Exemplos

Indicativo

Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito Futuro perfeito Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito Futuro perfeito

tenho corrido tinha corrido terei corrido tenha corrido tivesse corrido tiver corrido teria corrido

Conjuntivo Condicional

Formas verbais finitas - As formas verbais finitas variam em tempo, pessoa e número. Ao contrário das formas verbais não finitas (infinitivo, gerúndio e particípio), estas formas podem constituir a única forma verbal numa frase simples. Tempos do modo indicativo Regra geral, as formas do presente são usadas para referir os estados de coisas atuais, as formas do futuro indicam os estados de coisas que irão acontecer e as formas de pretérito, os que se localizam no passado. C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

15


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

No entanto, os tempos verbais são muitas vezes usados para indicar um valor temporal diferente daquele que normalmente veiculam. Por exemplo, não é invulgar usar uma forma do presente para referir uma ação passada (1) ou futura (2): (1) Nos anos 90, uma epidemia quase acaba com os golfinhos riscados. (2) Amanhã vou às compras. Na verdade, em português, o presente do indicativo só expressa o tempo presente num número restrito de casos. O presente do indicativo é usado: • para referir um estado de coisas localizado num intervalo de tempo contemporâneo do tempo da enunciação: Estamos aqui para falar do contrato. A Rita está de férias. • em enunciados que expressam verdades intemporais ou eternas: A terra gira em volta do Sol. A neve é fria. • em enunciados que contêm instruções: Giras este manípulo e inseres o disco. Vais à loja e compras um litro de leite.

• para referir um estado de coisas habitual: Como uma maçã ao pequeno-almoço. Desde pequeno que vou para a praia da Adraga. CAPÍTULO 3 • para indicar o futuro próximo (geralmente acompanhado de advérbios de tempo): Vou a Paris amanhã. Logo leio isso. • na descrição de factos passados, em sequências narrativas que contêm uma expressão temporal: Em1530, a armada chega à Baía. C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

16


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Para situar uma ação no passado, usam-se os seguintes tempos verbais: • pretérito imperfeito — expressa uma ação passada habitual; • pretérito perfeito — expressa uma ação passada terminada; • pretérito perfeito composto — e expressa uma ação passada que continua no momento da enunciação; • pretérito mais-que-perfeito simples — expressa uma ação passada anterior a outra também situada no passado; • pretérito mais-que-perfeito composto — expressa uma ação passada anterior a outra também situada no passado. O tempo futuro tem duas formas: simples e composta. O futuro simples (irei, estudaremos, farão…) indica a probabilidade de ocorrência de um acontecimento ou estado num tempo posterior ao momento de enunciação: Afinal da prova decorrerá em Lisboa. O Pedro fará anos na próxima semana. Frequentemente, o futuro simples é substituído pelo presente do indicativo (Amanhã, vou à praia.) ou por construções perifrásticas (Hei de comprar um carro novo; A Laura vai mudar de casa amanhã). O futuro composto ( terei ido, teremos estudado, terão feito, etc.) indica uma ação terminada antes de outra: Quando o João voltar ,já o filho terá ido para a escola. Este tempo verbal pode ainda indicar incerteza: Julgo que terá sido o Pedro a causar o acidente. Tempos do modo conjuntivo Os tempos simples do conjuntivo podem, além do seu valor temporal intrínseco, expressar uma localização temporal futura. Numa frase como: Ela quer que tu lhe tragas um presente de Paris quando voltares, o presente do conjuntivo expressa um tempo futuro em relação ao tempo da enunciação. Em: A Luísa pediu que arranjasses a torneira, o C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

17


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

imperfeito do conjuntivo expressa um tempo posterior ao tempo da oração subordinante e ao tempo da enunciação. Tempos do modo condicional O condicional simples ou futuro do pretérito simples indica um tempo futuro em relação a um momento localizado no passado: O autor matriculou-se na universidade em1947 e terminaria o curso cinco anos depois. Este tempo verbal pode igualmente expressar uma possibilidade: O treinador disse que o convidaria se ele chegasse a tempo.ÍTULO O condicional composto indica uma consequência possível da não realização de um estado de coisas localizado no passado: Se não tivesses sofrido aquela lesão, terias ganho. Tempo do modo imperativo O modo imperativo tem um carater defetivo, visto só apresentar um tempo (o presente) e uma pessoa (a segunda pessoa gramatical). (2.ª pessoa do singular) anda (2.ª pessoa do plural) andai Para expressar os valores associados ao imperativo em frases com sujeito gramatical diferente da segunda pessoa (frases com o sujeito você/vocês, que é formalmente uma terceira pessoa) ou para expressar frases imperativas negativas, usa -se o conjuntivo: Traga-me já o contrato! Não venhas tarde!

As formas verbais não finitas As formas verbais não finitas são o infinitivo (pessoal e impessoal), o gerúndio e o particípio. Estas formas ocorrem, normalmente, associadas a outras formas verbais e não variam em tempo. Infinitivo impessoal O infinitivo impessoal é uma forma que pode ocorrer em orações subordinadas substantivas com função de sujeito (1), de complemento do C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

18


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

verbo (2) e de complemento do nome (3), em orações subordinadas adverbiais temporais (4) e em orações subordinadas adverbiais causais (5): (1) Fumar mata. (2) O Pedro quer ir ao cinema. (3) A ideia de ir à praia agrada-me. (4) Eles encontraram o Pedro ao sair de casa. (5) Eles caíram por escorregar no óleo. Este tempo tem uma forma simples (ex.: andar) e uma forma composta (ex.: ter andado). Infinitivo pessoal O português possui uma forma de infinitivo pessoal ou flexionado, além do infinitivo impessoal. Esta forma, que tem flexão de pessoa e de número (por exemplo: ler, leres, ler, lermos, lerdes, lerem), ocorre em certas orações subordinadas, como as finais: Vim chamar-te para ires ao telefone.

Gerúndio Este tempo verbal tem uma forma simples, constituída pela junção do sufixo -ndo ao tema verbal (ex.: andando, lendo, saindo), e uma forma composta, que associa o gerúndio do verbo auxiliar ter ao particípio do verbo principal (ex.: tendo andado, tendo lido, tendo saído). O gerúndio expressa um valor durativo e não acabado, indicando a simultaneidade das ações expressas pelo verbo no gerúndio e por um verbo numa forma finita (1) ou a anterioridade da ação expressa pelo verbo no gerúndio em relação a ação expressa pela forma verbal finita (2). (1) Ela ouvia-o sorrindo. (2) Dizendo isto, saiu da sala. As construções que têm como núcleo um gerúndio têm um valor adverbial. C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

19


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Dizendo isto, saiu da sala= Assim que disse isto, saiu da sala. Particípio O particípio e uma forma verbal não finita que entra na formação dos tempos compostos e das construções passivas. Nos tempos compostos, ocorre como forma invariável: Ela tinha ido a rua. Os rapazes tinham jantado fora. Em construções passivas, o particípio e uma forma que flexiona em género e em número: Estes carros foram reparados ontem. Existem verbos que apresentam duas formas de particípio passado: uma regular (forma fraca), habitualmente usada na formação dos tempos compostos com os auxiliares ter e haver, e outra irregular (forma forte), geralmente utilizada com os auxiliares ser e estar. O particípio regular é formado pela afixação do sufixo -do ao tema verbal: ama+do→amado.

Apresentam-se abaixo os principais verbos que manifestam esta particularidade. Infinitivo

Particípio regular

Particípio irregular

aceitar assentar descalçar entregar enxugar expressar expulsar fartar gastar isentar juntar libertar matar murchar ocultar salvar secar

aceitado assentado descalçado entregado enxugado expressado expulsado fartado gastado isentado juntado libertado matado murchado ocultado salvado secado

aceite assente descalço entregue enxuto expresso expulso farto gasto isento junto liberto morto murcho oculto salvo seco

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

20


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

segurar soltar sujeitar vagar enxugar

segurado soltado sujeitado vagado enxugado

seguro solto sujeito vago enxuto

Infinitivo

Particípio regular

Particípio irregular

acender benzer convencer eleger envolver incorrer morrer nascer prender romper suspender

acendido benzido convencido elegido envolvido incorrido morrido nascido prendido rompido suspendido

aceso bento convicto eleito envolto incurso morto nado/nato preso roto suspenso

Infinitivo

Particípio regular

Particípio irregular

afligir emergir exprimir extinguir frigir imergir imprimir inquietar inserir omitir submergir

afligido emergido exprimido extinguido frigido imergido imprimido inquietado inserido omitido submergido

aflito emerso expresso extinto frito imerso impresso inquieto inserto omisso submerso

As

formas

de

particípio

ocorrem

frequentemente

como adjetivos

qualificativos: C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

21


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Gosto de peixe assado.

Quando os verbos possuem duas formas de particípio, é sempre a forma irregular que funciona como adjetivo: Comi batatas fritas. *Comi batatas fritadas.

É também a forma forte que ocorre normalmente nas construções passivas: O suspeito foi solto pelo juiz. *O suspeito foi soltado pelo juiz.

Tipologia verbal Verbos regulares Os verbos regulares conservam o mesmo radical em todas as suas formas e os sufixos a ele associados seguem o paradigma da respetiva conjugação. A maioria dos verbos da primeira conjugação é regular. andar

and+o

ande+i

andar+a

lavar

lav+o

lave+i

lavar+a

saltar

salt+o

salte+i

saltar+a

Verbos irregulares Os verbos irregulares apresentam um conjunto de sufixos flexionais que não seguem o paradigma da conjugação a que pertencem. Em alguns casos, a irregularidade destes verbos pode afetar igualmente o radical. O

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

22


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

verbo ser, por exemplo, apresenta mais do que um radical na sua flexão: sou, és, fui, etc. Estas formam flexionadas pertencentes a radicais diferentes que preenchem lacunas existentes no paradigma flexional de um verbo denominam-se formas supletivas. CAPÍTULO 3 Para determinar se um verbo é irregular, basta observar as seguintes formas do indicativo (exceto no caso dos verbos irregulares dar, estar, haver, querer, saber e ir): presente, pretérito perfeito e futuro. caber dizer

caibo digo

coube disse

caberei direi

As irregularidades manifestadas pelos verbos podem dizer respeito a: • ocorrências de vários radicais: Ir, vou, fui, irei Ser, sou, és, fui, foste, serei, serás • alterações sistemáticas na forma dos radicais: Te Verbo ouvir perder poder caber crer Verbo

Presente do indicativo ouço perco posso caibo creio

Presente do conjuntivo ouça perca possa caiba creia

Indicativo Pretérito perfeito

P. mais -que-

Conjuntivo P. imperfeito

Futuro

por

pus

-perfeito pusera

pusesse

puser

ter

tive

tivera

tivesse

tiver

trazer

trouxe

trouxera

trouxesse

trouxer

Por razões fonológicas, em alguns verbos o timbre da vogal do radical altera-se em determinados contextos. É o que se verifica na flexão dos seguintes verbos:

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

23


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

- sonhar: sonho, sonhava — alternância entre [o] e [u]; - dever: devo, deves — alternância entre [e] e [E]; - ferir: firo, feres — alternância entre [i] e [E]; - mover: movo, moves, movia — alternância entre [o], [ç] e [u]. A este fenómeno dá-se o nome de alternância vocálica. CAPÍTULO 3 Verbos defetivos Os verbos defetivos são verbos que apenas ocorrem em certas combinações de pessoa e número e de tempo, modo e aspeto. A sua conjugação é, por isso, incompleta. Isto pode suceder por razões semânticas, como no caso dos verbos impessoais, que só ocorrem na terceira pessoa (nevar, suceder, acontecer...). Também os verbos que designam vozes de animais (ladrar, miar, zurrar,) são considerados defetivos no seu uso normal, embora possam ocorrer em qualquer pessoa num contexto adequado (por exemplo, numa fabula).Um verbo como falir só é usado, por razões de eufonia, na primeira e na segunda pessoa do plural do presente do indicativo (falimos, falis),e na segunda pessoa do plural do imperativo (fali). Outros verbos defetivos do mesmo tipo são banir, colorir, demolir, punir, etc. Verbos defetivos impessoais Os verbos impessoais apenas ocorrem na terceira pessoa do singular: é o caso de haver na aceção de existir, do verbo fazer quando indica tempo decorrido, do verbo tratar quando conjugado pronominalmente e dos verbos que indicam fenómenos meteorológicos— nevar, chover, trovejar, amanhecer, anoitecer, etc. As frases com estes verbos não têm sujeito expresso: Há muitos problemas nesta cidade. Faz cinco anos que ele emigrou. Nevou ontem em Londres. Ontem choveu torrencialmente. Trata-se de um projeto interessante.

Verbos defetivos unipessoais

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

24


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Os verbos ditos unipessoais apenas flexionam na terceira pessoa do singular e do plural. Esta restrição tem origem na semântica dos próprios verbos, que selecionam sujeitos não humanos. É o caso dos verbos que designam vozes ou comportamentos de animais: Os cavalos relincharam. O cão ladrou. Os lobos uivaram toda a noite. Os pássaros chilreavam alegremente. O cavalo galopou velozmente.

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

25


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

5. Funções sintáticas Função sintática

Consiste em Função sintática desempenhada pelo constituinte da frase (grupo nominal) que controla a concordância com o verbo (1). Pode

Sujeito:

ser desempenhada por um GN (1), por um pronome (2) ou por uma oração (subordinada substantiva relativa (3) e subordinada completiva (4)).

1. simples

Exemplos (1) Os rapazes trabalham em Lisboa. (2) Eles trabalham em Lisboa. (3) Quem trabalha em Lisboa vive longe. (4) É verdade que Lisboa fica longe.

Sujeito constituído por um grupo nominal

(1) A escola fica bem situada.

(det+nome) (1) ou por um pronome nominativo

(2) Elas estudam em Coimbra.

(2). (1) O João e o Pedro ganharam o Sujeito constituído por uma coordenação de 2. composto

grupos nominais (1), de pronomes (2) ou de combinações destas categorias (3).

torneio. (2) Eles e elas ganharam o torneio. (3) Elas e o João foram passear juntos. (1) Brincavam de manhã à noite.

3. nulo:

Função sintática em que o constituinte que a

(eles/elas)

desempenha não aparece na frase.

(2) Dizem que o governo vai cair. (3) Chove há três horas sem parar. (1)As crianças eram muito divertidas: (2)brincavam de manhã

3.1 subentendido

Tipo de sujeito que não aparece

à noite e (3) estavam sempre a

explicitamente na frase, mas que pode se

cantar.

recuperado a partir do contexto.

O sujeito das frases (2) e (3) pode ser recuperado pelo contexto. É

Tipo de sujeito que tem como referente uma

“As crianças” ou [Elas]. Ex: Dizem que o governo vai cair.

entidade não específica substituível por

(Como não há a possibilidade de

“alguém”

identificar “quem diz”, utilizamos

3.2

“alguém” para referir a

indeterminado

indeterminação do sujeito. A frase pode interpretar-se assim: [Alguém] diz que o governo vai

3.3 expletivo

Tipo de sujeito sem interpretação. Pode

cair.). (1) [ ?]Chove há três horas sem

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

26


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

Predicado

ocorrer com verbos que se referem a

parar.

fenómenos da natureza (1) e com o verbo

(2) [ ?]Há muito tempo que não

haver no sentido de existir (2) ou com a

chove.

expressão era uma vez (3) Função sintática desempenhada pelo grupo

(3) [?] Era uma vez uma princesa… (1) O Pedro telefonou ao primo.

verbal (GV), expressando o que se diz sobre o

(2) O João deu um presente à

sujeito.

Maria. (3) A Maria estuda à noite na

Função sintática desempenhada por

escola profissional. (1) [Felizmente,] hoje não chove.

constituintes não selecionados por nenhum

(2) Infelizmente, hoje está a

elemento da frase e que pode, por isso, ser

chover.

omitida sem que se perca a boa formação de

(3) Ele é um excelente trabalhador,

Modificador (de

frase (1). Pode ser constituído por grupos

sem dúvida!

frase)

adverbiais e grupos preposicionais (2) (3).

(4) Embora precisasse, não sairei.

Exprime uma posição/opinião do enunciador

(4) Se viesses cedo, seria ótimo!

sobre o sentido da frase na sua totalidade. As orações subordinadas adverbiais condicionais

Vocativo

e concessivas são modificadores de frase (4) Função sintática desempenhada na frase por

(1) João, tu estás distraído. (João

um constituinte que não controla a

é o vocativo, tu o sujeito)

concordância verbal e que serve para chamar

(2) Ó Sol, como és agradável!

ou interpelar o interlocutor. O vocativo

(3) João, traz-me aquele livro, por

distingue-se do sujeito por poder co-ocorrer

favor.

com ela na frase (1). Fica sempre entre

(4) Viste a Maria, Pedro?

vírgulas. Aparece frequentemente em frases do tipo exclamativo (2), imperativo (3) e interrogativo (4).

Funções sintáticas internas ao grupo verbal Função

Consiste em

Exemplos

sintática Predicativo do

Função sintática que ocorre com um verbo

(1) A cidade de Chaves parece

sujeito

copulativo. Pode ser constituído por um grupo

uma fortaleza.

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

27


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

nominal (GN) (1), um grupo adjetival (2), um

(2) A cidade de Chaves é

grupo adverbial (3) e um grupo preposicional

lindíssima.

(4).

(3) O castelo permanece ali, há séculos. (3) A Maria está bem. (4) A cidade está em festa.

Função sintática selecionada por um por verbo

(1) Ontem, visitei um castelo.

transitivo direto (1), direto e indireto (2) e

(2) Dei um livro ao João.

transitivo predicativo (3). Pode ser constituído

(3) Eu acho a cidade bonita.

Complemento

por um GN, pelos pronomes acusativos o, a,

(4) Conheço bem a cidade e acho-

direto

os, as (4) e por uma oração subordinada

a interessante.

completiva, substituível pelo pronome

(5) O professor disse [que a

demonstrativo átono o equivalente a isso (5)

cidade era bonita]= O professor

Função sintática selecionada por um por verbo

disse-o [disse isso] (1) Assisti ao espetáculo.

transitivo indireto (1), e por transitivo direto e

(2) Dei um presente à Maria.

indireto (2). É sempre constituído por um grupo

(3) Como são alunos novos,

preposicional iniciado pela preposição “a” ou

apresentei-lhes os colegas.

pelos pronomes dativos –lhe ou –lhes (3). Função sintática selecionada por um por verbo

(1) Eles vão a Paris.

transitivo indireto (1) e transitivo direto e indireto

(2) Coloquei o livro na estante.

(2). Pode ser constituído por um grupo

(3)A Maria lembrou-se das

Complemento

preposicional ou por um grupo adverbial. Não

amigas.

oblíquo

pode ser substituído pelos pronomes dativos –

(3) Elas moram aqui.

lhe e –lhes nem acusativos o, a, os , as. Pode

(4)Eu sinto necessidade de

também ser oracional (4)

descansar mais.

Função sintática selecionada por um verbo

(4) Ele precisa de quem o ajude. (1)Os Maias foi escrito por Eça de

conjugado na voz passiva. É constituído por um

Queirós.

Complemento

grupo preposicional geralmente iniciado pela

(2) O rato foi comido pelo gato.

agente da

preposição simples por(1) ou a mesma

passiva

preposição contraída com um determinante (2).

Complemento indireto

O complemento agente da passiva corresponde Predicativo do

ao sujeito de uma frase ativa. Função sintática selecionada por um verbo

(1)Elegeram a Carolina delegada

complemento

transitivo-predicativo, que atribui uma

de turma.

direto

propriedade ao complemento direto. Pode ser

(2) Acho este bolo delicioso.

constituído por um GN (1); um GAdj (2)ou

(3) Achei esta sobremesa sem

GPrep (3). Os verbos transitivos –predicativos

sabor.

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

28


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

são: achar, considerar, julgar, declarar, eleger, Modificador

nomear (…) Função sintática desempenhada por

(1) Li o livro [calmamente].

(do grupo

constituintes não selecionados pelo verbo e que

(2) Eles trabalham [em Lisboa].

verbal)

pode, por isso, ser omitida sem que se perca a

(3) Elas trabalham [devagar].

boa formação de frase (1). Pode ser constituído

(4) Ela levanta-se quando o

por grupos adverbiais e grupos preposicionais

despertador toca.

(2) (3). O modificador verbal também pode ser

(5) Ela acordou porque o

formado pelas orações subordinadas adverbiais

despertador tocou.

temporais (4), causais (5) e finais (6).

(6) A mãe abriu as janelas para que o filho acordasse.

Funções sintáticas internas ao grupo nominal Função

Consiste em

Exemplos

sintática Complemento

Função sintática desempenhada por um

(1) O pai do Pedro suicidou-se.

do nome

constituinte selecionado obrigatoriamente por

(1) O medo dos ratos paralisa-me.

um elemento do grupo sintático de que faz

(2) Os atos médicos só podem ser

parte, neste caso, o nome. Pode ser um GPrep

exercidos por médicos.

(1) , Adjetival (2) ou oracional (3).

(3)A possibilidade de te encontrar deixa-me feliz.

Função sintática desempenhada por um

(1) No apartamento espaçoso

constituinte não selecionado por nenhum

havia um piano.(restritivo)

elemento do grupo sintático de que faz parte,

(2) António Gedeão, o poeta, é o

neste caso, o nome (1). Os modificadores do

pseudónimo de Rómulo de

nome podem ser restritivos ou apositivos. Os

Carvalho, o cientista.(apositivo)

Modificador do

modificadores do nome podem ser

(3) No apartamento, amplo e

nome

desempenhados por grupos nominais (2),

arejado, havia um piano.(apositivo)

(restritivo e

grupos adjetivais (3), grupos preposicionais

(4) O encontro com os amigos

apositivo)

(4),orações subordinadas adjetivas relativas

tinha lugar na saleta.(restritivo)

(restritivas e explicativas (5) (6).

(5) O piano que estava na saleta

O modificador é um constituinte não obrigatório

era novo.(restritivo)

da frase, pelo que, se for retirado, não afeta a

(6) O piano, que foi vendido mais

gramaticalidade da frase.

tarde, era um objeto precioso. (apositivo)

Nota: Selecionam complementos os nomes que: a) Derivam de verbos: o desejo, a procura, a viagem… C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

29


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

b) Nomes de parentesco: filho de, primo de … c) Nomes icónicos: a imagem de, a fotografia de … d) Nomes modais: a hipótese de, a certeza de , a dúvida de, o dever de, a possibilidade de… e) Nomes multiplicativos e fracionários: metade de, um terço de, o dobro de, o triplo de… f)

Nomes regidos de preposição: a cedência de; a absolvição de ; o interesse por ; a reação contra; o facto de ; a tendência para; o medo de (…)

Funções sintáticas internas ao grupo adjetival Função

Consiste em

Exemplos

sintática Complemento

Função sintática desempenhada por um

(1) Este trabalho foi difícil de

do adjetivo

constituinte selecionado obrigatoriamente por

realizar.

um adjetivo. É um grupo preposicional oracional

(2) Isso não é compatível com os

(1) ou não oracional (2).

meus princípios.

Nota: 1 - Selecionam complementos os adjetivos regidos de uma preposição: consciente de, contrário a, confiante em, responsável por, fácil de, difícil de, compatível com, impossível de ….

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

30


Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames

C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem

31


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.