Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames
Centro de Formação de Assciação das Escolas de Matosinhos C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem
Formadores: Elvira Rodrigues e Vítor Santos
PREPARA-TE BEM PARA OS TESTES PREPARA-TE BEM PARA OS EXAMES
Graça Maria de Jesus Quintal Matosinhos, 2014
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Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames
Prepara-te bem para os testes. Prepara-te bem para os exames.
Graça Maria de Jesus Quintal
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Índice 1. Atos ilocutórios - 4-5 2. Modificadores - 6-8 3. Predicativo do sujeito - 9-10 4. Flexão verbal - 11-26 5. Funções sintáticas - 27-31
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1. Atos ilocutórios Os atos ilocutórios (ou atos de fala) são atos linguísticos que o falante realiza quando, em determinado contexto comunicativo, profere um enunciado, sob certas condições e com certas intenções. É uma forma de agir através da fala. Um ato de comunicação é um complexo espaço de troca onde locutor e alocutário se relacionam. A relação entre os interlocutores determina, em grande parte, a essência do ato comunicativo e define-se em função de um conjunto de características das quais salientamos: . as características físicas do canal utilizado (oral ou gráfico, direto ou indireto, etc.); . as características identificadoras dos interlocutores (sociais (idade, sexo,
raça,
etc.),
socioprofissionais
(professor, escritor, vendedor,
agricultor,...), psicológicas (calmo, frio, agressivo, amável, nervoso,...), relacionais (os interlocutores conhecem-se ou não? Que tipo de relação há entre eles?...) e as suas caraterísticas físicas (se estão em presença ou não, se são únicos ou múltiplos, se estão próximos ou afastados); . a intencionalidade do locutor: pretende informar, convencer, seduzir, divertir,... . Os atos ilocutórios podem ser diretos, quando aquilo que dizemos corresponde literalmente àquilo que pretendemos dizer, ou indiretos, quando o locutor, tendo em conta a capacidade do seu interlocutor para interpretar o enunciado, utiliza uma expressão cujo sentido literal é diferente da intenção de comunicação. Por exemplo, quando, por delicadeza ou cortesia, dizemos “Filho, importas-te de chegar cá?” (frase interrogativa) em vez de “Filho, chega cá!” (frase imperativa), estamos a usar um acto ilocutório indirecto pois, apesar do seu formato interrogativo, este acto ilocutório deve ser entendido como uma ordem.
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Tipologia dos atos ilocutórios Tipos
Objetivos ilocutórios
Marcas linguísticas
Assertivos
Traduzem uma verdade assumida
mais frequentes Afirmar, acreditar, achar
pelo locutor.
necessário, admitir,
Ex.: Ela não é a minha médica.
estar convicto, concluir,
Exprimem uma realidade criada pelo
… Declarar, certificar,
próprio ato de fala sendo
nomear, …
Declarativos
inquestionável a autoridade do locutor. Estão associados a atos sociais (casamentos, actos notariais, julgamentos, etc.). Expressivos
Ex.: Declaro aberta a sessão. Expressam sentimentos, emoções,
Adorar, agradecer,
estados de espírito do locutor.
amar, apresentar
Ex.: Adoro apanhar sol!
condolências, elogiar, felicitar, pedir desculpa, … Uso frequente de expressões
Diretivos
Pretendem conduzir o alocutário à
exclamativas. Aconselhar, avisar,
realização de uma ação.
convidar, implorar, pedir,
Ex.: Meninos, arranjem-se para irmos
proibir, …
à praia.
Uso de frases imperativas e
Compromissivos Exprimem um compromisso do
interrogativas. Comprometer-se,
locutor.
garantir, jurar, promete,
Ex.: Prometo que cumprirei as
…
funções que me são confiadas. Uso frequente do futuro. Nota: Há enunciados que podem integrar mais do que um ato ilocutório. Quadro adaptado de Maria Helena M. Mateus, , Ana Maria Brito, Inês Duarte e Isabel Hub Faria, Gramática da Língua Portuguesa, 3ª edição, Ed. Caminho, Lisboa, 1992
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2. Modificadores 1. Modificador do Grupo verbal
Não é seleccionado (exigido) pelo verbo. Pode, pois, ser eliminado sem que isso afecte a
gramaticalidade da frase. Exemplos: A Rita telefonou à mãe ontem. Ele veio rapidamente.
Faz parte do predicado. A Rita telefonou à mãe ontem.
2. Modificador de Frase
Modifica toda a frase e não faz parte do predicado. É móvel dentro da frase.
Exemplos: Decididamente, vou contigo. Evidentemente, era ele que decidia. Honestamente, surpreendeu-me a tua atitude. * Como distinguir o modificador do GV do modificador de frase? O modificador do GV pode ser negado e interrogado: Exemplo: O João almoçou no jardim. O João almoçou não [no jardim], mas em casa. Foi [no jardim] que o João almoçou? O modificador de Frase não pode ser negado nem interrogado: Exemplo: Infelizmente o João adoeceu. *Não [infelizmente] o João adoeceu. *É [infelizmente] que o João adoeceu? C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem
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3. Modificador do Nome
Não sendo seleccionado pelo nome, modifica-o através de informações suplementares.
Os Modificadores do Nome podem ser: ▪ Modificador restritivo
Restringe ( limita) o significado do nome a que se associa. Não pode ser separado por
vírgulas do nome a que se refere. Exemplos: A aluna que chegou é nova. Ele comeu a maçã assada. Ele abriu a janela da sala. ▪ Modificador apositivo
Não restringe o significado do nome a que se associa. É separado obrigatoriamente por
vírgulas do nome a que se refere. Exemplos: Eça de Queirós, um autor consagrado, é lido nas escolas. O calor, que é normal nesta época, tarda a chegar. O livro, caro mas valioso, vale a pena. 4. Modificador do Adjetivo
É um grupo adverbial que integra o grupo adjetival, correspondendo a um advérbio, colocado à esquerda do adjetivo. Exemplos: Ela anda muito cansada. Ele salta mais alto. Eles gostam de estar bem informados.
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Exercícios: Identifique a função sintática dos constituintes sublinhados. 1.
O António, que conheci ontem, é simpático. – Modificador de Nome Apositivo
2.
O aluno com sapatilhas roxas não é daqui.- Modificador de Nome Restritivo
3.
Ele agiu honestamente.- Modificador de GV
4.
Ele entrou subitamente e abriu a as portas do fundo. M. GV / M. Nome Restritivo
5.
Eu aprecio, claro, pintura impressionista.- Modificador de Frase
6.
Sinceramente, detestei a tua atitude. - Modificador de Frase
7.
A Susana, a melhor aluna da turma, venceu o concurso. Modificador de Nome Apositivo
8.
Os meus amigos chegam de Paris na próxima semana. Modificador de GV
9.
Elas entraram na casa amarela. Modificador de Nome Restritivo
10.
Choveu cá na semana passada. Modificador de GV
11.
Eu entrei em casa apressadamente. Modificador de GV
12.
Eu falei contigo por causa do teste. Modificador de GV
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3. Predicativo do complemento direto Alguns verbos transitivos diretos, além do complemento direto, requerem uma palavra (adjetivo, nome ou grupo preposicional) que qualifica aquele complemento e que se denomina predicativo do complemento direto. Trata-se, pois, de um elemento que serve para precisar uma ideia relacionada com o complemento direto. É o caso dos verbos abaixo indicados, só quando estiverem na voz ativa: ACHAR
DENOMINAR
REPRESENTAR
ACLAMAR
DESCREVER
REPUTAR
APELIDAR
ELEGER
SAGRAR
CHAMAR
FAZER
SUPOR
COGNOMINAR
INSTITUIR
TORNAR
CONSTITUIR
INSTITUIR POR
UNGIR
CONSIDERAR
JULGAR
ACEITAR POR
CONSIDERAR COMO
JULGAR POR OU COMO
DAR POR
COROAR
JURAR
HAVER POR
CRER
NOMEAR
TER POR
DECLARAR
PINTA
TOMAR POR.
Exemplos: . D. José nomeou ministro o Marquês Pombal. A turma elegeu o Bessa delegado. . Chamaram formoso a D. Fernando. . Encontrei o Manuel pensativo. . Considerava-o como um filho. . Achei aquele rapaz engraçado. . Aclamaram Afonso rei de Portugal. . Considero o aluno apto. . Achei correcta a tua decisão. O predicativo do complemento direto, na voz passiva passa a predicativo do sujeito (pois o complemento direto passa a sujeito). Ex.: O Marquês de Pombal foi nomeado ministro por D. José. O Bessa foi eleito delegado pela turma. Não confundir o predicativo do complemento direto com o simples modificador restritivo do nome. C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem
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4. FlexĂŁo verbal
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Do ponto de vista morfológico, os verbos são palavras complexas, formadas pela combinação de vários morfemas. Os verbos são constituídos por um tema, que resulta da combinação de um radical com uma vogal temática (que define a conjugação do verbo, ou seja, indica o seu paradigma flexional). Cantar
cant
+ radical
a vogal temática
Ao tema verbal (1) segue-se um conjunto de sufixos que transportam informações de tempo, modo e aspeto e de pessoa e número. A ordem desses sufixos é a seguinte: sufixos de tempo, modo e aspeto (2) + sufixos de pessoa e número (3). canta va mos 1
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No entanto, nem todas as formas verbais têm esta estrutura morfológica; as formas verbais não finitas (infinitivo impessoal, gerúndio e particípio), por exemplo, são formas invariáveis. Conjugações verbais Em português, os verbos agrupam-se em três conjugações, de acordo com a vogal temática que possuem. Os verbos da primeira conjugação formam o tema com a vogal -a- (ansiar, cantar, falar, recear…), os da segunda, com a vogal -e- (crer, dizer, fazer, perder ...) e os da terceira, com a vogal -i- (dormir, fugir, pedir, sorrir ...). A primeira conjugação é composta maioritariamente por verbos regulares, ou seja, verbos que mantêm o radical em toda a flexão (canta, cantava, cantaria, ...). A flexão irregular existe sobretudo nos verbos da segunda e da terceira conjugações, que sofreram muitas transformações no processo de passagem do latim para o português; estes verbos não mantêm o radical em toda a flexão (faço, fazia, faria, fazendo ...). A vogal temática pode ser claramente identificada a partir da forma do infinitivo: andar, comer, sair.
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Conjugação
Vogal temática
Exemplos
Primeira
a
saltar, andar, rebolar, pintar…
Segunda
e
correr, ler, temer, roer, viver…
Terceira
i
fugir, vir, consentir, admitir…
Em alguns tempos verbais, a vogal temática pode não ser visível, porque ocorrem alterações fonéticas em determinados contextos. Por exemplo, no presente do indicativo e do conjuntivo, a vogal temática desaparece quando se encontra antes de vogal.
Tem Primeira
Presente do indicativo cant + a + o → canto
Presente do conjuntivo cant + a + e → cante
Segunda
com + e + o → como
com + e + a → coma
Terceira
sub + i + o → subo
sub + i + a → suba
Pessoa e número As formas flexionadas dos verbos expressam a concordância em pessoa e número com o sujeito da oração de que fazem parte. Na maioria dos casos, um único morfema expressa simultaneamente os valores de tempo, modo, aspeto, pessoa e número (por exemplo, no caso do verbo falar, o sufixo -o em falo indica presente do indicativo + 1.ª pessoa do singular). Em casos excecionais, a concordância é expressa através de um conjunto de sufixos independentes que ocupam a última posição na ordem dos morfemas verbais. Por exemplo, na forma verbal cantávamos,-va- é o sufixo de tempo, modo e aspeto, e -mos é o sufixo de pessoa e número. Em português, existem três formas para a pessoa (primeira, segunda e terceira), que variam em número (singular e plural).
Número
Pessoa
Sufixo
Exemplo
Singular
1ª
—
Falava
2ª
-s
falavas
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Plural
3ª
—
falava
1ª
-mos
falavamos
2ª
-is
faláveis
3ª
-m
falavam
Existem verbos que só são conjugados em certas combinações de pessoa e número. É, por exemplo, o caso dos verbos impessoais, como nevar, que apenas ocorrem na terceira pessoa do singular. Modo O modo verbal é uma categoria gramatical que expressa a atitude do locutor (dúvida, certeza, suposição, necessidade, exigência, etc.) face ao conteúdo do enunciado. Distinguem-se, em português, quatro modos verbais: indicativo, conjuntivo, imperativo e condicional. O modo indicativo apresenta a ação como um facto verosímil ou tido como tal: Lisboa é a capital de Portugal. O Pedro comprou um carro novo. Picasso não pintou este quadro. O modo conjuntivo não refere um estado de coisas real, mas um estado de coisas possível, desejável, incerto ou irreal: Quero que venhas cá amanhã. Talvez leia este livro. Duvido que chegues a tempo. O modo imperativo é usado para expressar uma ordem, um convite, um conselho, em frases afirmativas cujo sujeito é uma segunda pessoa: Vai-te embora! Abre a porta! Vem jantar comigo amanhã.
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Este modo é, portanto, defetivo na primeira e na terceira pessoas. Nessas pessoas e em frases negativas, as formas verbais usadas para expressar ordens, pedidos, etc., pertencem ao modo conjuntivo: Chegue aqui! Avancemos! Não venhas tarde! Não se mexam!
O modo condicional é utilizado para indicar acontecimentos que ocorreriam no futuro ou no presente, caso se verificassem as condições necessárias. Está frequentemente associado a frases complexas com orações subordinadas condicionais. Se não tivesses aparecido, ainda estaríamos perdidos. Se tivesse mais tempo livre, iria mais ao cinema. Tempo A categoria gramatical tempo indica o momento temporal em que decorre o estado de coisas expresso pelo verbo, tomando-se, como ponto de referência, o momento da enunciação.
Tempos verbais simples e compostos Os tempos verbais podem ser agrupados em duas séries: os tempos simples e os tempos compostos. Tempos verbais simples Modo
Tempo
Exemplos
Indicativo
Presente
corro
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Pretérito imperfeito Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito Futuro Presente Pretérito imperfeito Futuro
Conjuntivo Condicional Imperativo
corria corri correra correrei corra corresse correr correria corre
Os tempos compostos em português são formados por uma forma flexionada de um verbo auxiliar combinada com o particípio passado dos verbos principais. O auxiliar dos tempos compostos mais frequente no português atual é ter, mas o verbo haver também é por vezes usado (Havíamos lido os livros e feito os exercícios). Os tempos compostos indicam que o estado de coisas referido na frase se realizou, isto é, estas formas têm um valor aspetual perfetivo. Tempos verbais compostos Modo
Tempo
Exemplos
Indicativo
Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito Futuro perfeito Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito Futuro perfeito
tenho corrido tinha corrido terei corrido tenha corrido tivesse corrido tiver corrido teria corrido
Conjuntivo Condicional
Formas verbais finitas - As formas verbais finitas variam em tempo, pessoa e número. Ao contrário das formas verbais não finitas (infinitivo, gerúndio e particípio), estas formas podem constituir a única forma verbal numa frase simples. Tempos do modo indicativo Regra geral, as formas do presente são usadas para referir os estados de coisas atuais, as formas do futuro indicam os estados de coisas que irão acontecer e as formas de pretérito, os que se localizam no passado. No entanto, os tempos verbais são muitas vezes usados para indicar um valor temporal diferente daquele que normalmente veiculam.
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Por exemplo, não é invulgar usar uma forma do presente para referir uma ação passada (1) ou futura (2): (1) Nos anos 90, uma epidemia quase acaba com os golfinhos riscados. (2) Amanhã vou às compras. Na verdade, em português, o presente do indicativo só expressa o tempo presente num número restrito de casos. O presente do indicativo é usado: • para referir um estado de coisas localizado num intervalo de tempo contemporâneo do tempo da enunciação: Estamos aqui para falar do contrato. A Rita está de férias. • em enunciados que expressam verdades intemporais ou eternas: A terra gira em volta do Sol. A neve é fria. • em enunciados que contêm instruções: Giras este manípulo e inseres o disco. Vais à loja e compras um litro de leite.
• para referir um estado de coisas habitual: Como uma maçã ao pequeno-almoço. Desde pequeno que vou para a praia da Adraga. CAPÍTULO 3 • para indicar o futuro próximo (geralmente acompanhado de advérbios de tempo): Vou a Paris amanhã. Logo leio isso. • na descrição de factos passados, em sequências narrativas que contêm uma expressão temporal: Em1530, a armada chega à Baía.
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Para situar uma ação no passado, usam-se os seguintes tempos verbais: • pretérito imperfeito — expressa uma ação passada habitual; • pretérito perfeito — expressa uma ação passada terminada; • pretérito perfeito composto — e expressa uma ação passada que continua no momento da enunciação; • pretérito mais-que-perfeito simples — expressa uma ação passada anterior a outra também situada no passado; • pretérito mais-que-perfeito composto — expressa uma ação passada anterior a outra também situada no passado. O tempo futuro tem duas formas: simples e composta. O futuro simples (irei, estudaremos, farão…) indica a probabilidade de ocorrência de um acontecimento ou estado num tempo posterior ao momento de enunciação: Afinal da prova decorrerá em Lisboa. O Pedro fará anos na próxima semana. Frequentemente, o futuro simples é substituído pelo presente do indicativo (Amanhã, vou à praia.) ou por construções perifrásticas (Hei de comprar um carro novo; A Laura vai mudar de casa amanhã). O futuro composto ( terei ido, teremos estudado, terão feito, etc.) indica uma ação terminada antes de outra: Quando o João voltar ,já o filho terá ido para a escola. Este tempo verbal pode ainda indicar incerteza: Julgo que terá sido o Pedro a causar o acidente. Tempos do modo conjuntivo Os tempos simples do conjuntivo podem, além do seu valor temporal intrínseco, expressar uma localização temporal futura. Numa frase como: Ela quer que tu lhe tragas um presente de Paris quando voltares, o presente do conjuntivo expressa um tempo futuro em relação ao tempo da enunciação. Em: A Luísa pediu que arranjasses a torneira, o imperfeito do conjuntivo expressa um tempo posterior ao tempo da oração subordinante e ao tempo da enunciação. C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem
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Tempos do modo condicional O condicional simples ou futuro do pretérito simples indica um tempo futuro em relação a um momento localizado no passado: O autor matriculou-se na universidade em1947 e terminaria o curso cinco anos depois. Este tempo verbal pode igualmente expressar uma possibilidade: O treinador disse que o convidaria se ele chegasse a tempo.ÍTULO O condicional composto indica uma consequência possível da não realização de um estado de coisas localizado no passado: Se não tivesses sofrido aquela lesão, terias ganho. Tempo do modo imperativo O modo imperativo tem um carater defetivo, visto só apresentar um tempo (o presente) e uma pessoa (a segunda pessoa gramatical). (2.ª pessoa do singular) anda (2.ª pessoa do plural) andai Para expressar os valores associados ao imperativo em frases com sujeito gramatical diferente da segunda pessoa (frases com o sujeito você/vocês, que é formalmente uma terceira pessoa) ou para expressar frases imperativas negativas, usa -se o conjuntivo: Traga-me já o contrato! Não venhas tarde!
As formas verbais não finitas As formas verbais não finitas são o infinitivo (pessoal e impessoal), o gerúndio e o particípio. Estas formas ocorrem, normalmente, associadas a outras formas verbais e não variam em tempo. Infinitivo impessoal O infinitivo impessoal é uma forma que pode ocorrer em orações subordinadas substantivas com função de sujeito (1), de complemento do verbo (2) e de complemento do nome (3), em orações subordinadas C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem
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adverbiais temporais (4) e em orações subordinadas adverbiais causais (5): (1) Fumar mata. (2) O Pedro quer ir ao cinema. (3) A ideia de ir à praia agrada-me. (4) Eles encontraram o Pedro ao sair de casa. (5) Eles caíram por escorregar no óleo. Este tempo tem uma forma simples (ex.: andar) e uma forma composta (ex.: ter andado). Infinitivo pessoal O português possui uma forma de infinitivo pessoal ou flexionado, além do infinitivo impessoal. Esta forma, que tem flexão de pessoa e de número (por exemplo: ler, leres, ler, lermos, lerdes, lerem), ocorre em certas orações subordinadas, como as finais: Vim chamar-te para ires ao telefone.
Gerúndio Este tempo verbal tem uma forma simples, constituída pela junção do sufixo -ndo ao tema verbal (ex.: andando, lendo, saindo), e uma forma composta, que associa o gerúndio do verbo auxiliar ter ao particípio do verbo principal (ex.: tendo andado, tendo lido, tendo saído). O gerúndio expressa um valor durativo e não acabado, indicando a simultaneidade das ações expressas pelo verbo no gerúndio e por um verbo numa forma finita (1) ou a anterioridade da ação expressa pelo verbo no gerúndio em relação a ação expressa pela forma verbal finita (2). (1) Ela ouvia-o sorrindo. (2) Dizendo isto, saiu da sala. As construções que têm como núcleo um gerúndio têm um valor adverbial. Dizendo isto, saiu da sala= Assim que disse isto, saiu da sala. C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem
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Particípio O particípio e uma forma verbal não finita que entra na formação dos tempos compostos e das construções passivas. Nos tempos compostos, ocorre como forma invariável: Ela tinha ido a rua. Os rapazes tinham jantado fora. Em construções passivas, o particípio e uma forma que flexiona em género e em número: Estes carros foram reparados ontem. Existem verbos que apresentam duas formas de particípio passado: uma regular (forma fraca), habitualmente usada na formação dos tempos compostos com os auxiliares ter e haver, e outra irregular (forma forte), geralmente utilizada com os auxiliares ser e estar. O particípio regular é formado pela afixação do sufixo -do ao tema verbal: ama+do→amado.
Apresentam-se abaixo os principais verbos que manifestam esta particularidade. Infinitivo
Particípio regular
Particípio irregular
aceitar assentar descalçar entregar enxugar expressar expulsar fartar gastar isentar juntar libertar matar murchar ocultar salvar secar segurar soltar
aceitado assentado descalçado entregado enxugado expressado expulsado fartado gastado isentado juntado libertado matado murchado ocultado salvado secado segurado soltado
aceite assente descalço entregue enxuto expresso expulso farto gasto isento junto liberto morto murcho oculto salvo seco seguro solto
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sujeitar vagar enxugar
sujeitado vagado enxugado
sujeito vago enxuto
Infinitivo
Particípio regular
Particípio irregular
acender benzer convencer eleger envolver incorrer morrer nascer prender romper suspender
acendido benzido convencido elegido envolvido incorrido morrido nascido prendido rompido suspendido
aceso bento convicto eleito envolto incurso morto nado/nato preso roto suspenso
Infinitivo
Particípio regular
Particípio irregular
afligir emergir exprimir extinguir frigir imergir imprimir inquietar inserir omitir submergir
afligido emergido exprimido extinguido frigido imergido imprimido inquietado inserido omitido submergido
aflito emerso expresso extinto frito imerso impresso inquieto inserto omisso submerso
•
As
formas
de
particípio
ocorrem
frequentemente
como adjetivos
qualificativos:
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Gosto de peixe assado.
•
Quando os verbos possuem duas formas de particípio, é sempre a forma irregular que funciona como adjetivo: Comi batatas fritas. *Comi batatas fritadas.
•
É também a forma forte que ocorre normalmente nas construções passivas: O suspeito foi solto pelo juiz. *O suspeito foi soltado pelo juiz.
Tipologia verbal Verbos regulares Os verbos regulares conservam o mesmo radical em todas as suas formas e os sufixos a ele associados seguem o paradigma da respetiva conjugação. A maioria dos verbos da primeira conjugação é regular. andar
and+o
ande+i
andar+a
lavar
lav+o
lave+i
lavar+a
saltar
salt+o
salte+i
saltar+a
Verbos irregulares Os verbos irregulares apresentam um conjunto de sufixos flexionais que não seguem o paradigma da conjugação a que pertencem. Em alguns casos, a irregularidade destes verbos pode afetar igualmente o radical. O verbo ser, por exemplo, apresenta mais do que um radical na sua flexão: sou, és, fui, etc. C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem
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Estas formam flexionadas pertencentes a radicais diferentes que preenchem lacunas existentes no paradigma flexional de um verbo denominam-se formas supletivas. CAPÍTULO 3 Para determinar se um verbo é irregular, basta observar as seguintes formas do indicativo (exceto no caso dos verbos irregulares dar, estar, haver, querer, saber e ir): presente, pretérito perfeito e futuro. caber dizer
caibo digo
coube disse
caberei direi
As irregularidades manifestadas pelos verbos podem dizer respeito a: • ocorrências de vários radicais: Ir, vou, fui, irei Ser, sou, és, fui, foste, serei, serás • alterações sistemáticas na forma dos radicais: Te Verbo ouvir perder poder caber crer Verbo
Presente do indicativo ouço perco posso caibo creio Indicativo Pretérito perfeito
por
Presente do conjuntivo ouça perca possa caiba creia
P. mais -que-
Conjuntivo P. imperfeito
Futuro
pus
-perfeito pusera
pusesse
puser
ter
tive
tivera
tivesse
tiver
trazer
trouxe
trouxera
trouxesse
trouxer
Por razões fonológicas, em alguns verbos o timbre da vogal do radical altera-se em determinados contextos. É o que se verifica na flexão dos seguintes verbos: - sonhar: sonho, sonhava — alternância entre [o] e [u]; - dever: devo, deves — alternância entre [e] e [E]; C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem
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- ferir: firo, feres — alternância entre [i] e [E]; - mover: movo, moves, movia — alternância entre [o], [ç] e [u]. A este fenómeno dá-se o nome de alternância vocálica. CAPÍTULO 3 Verbos defetivos Os verbos defetivos são verbos que apenas ocorrem em certas combinações de pessoa e número e de tempo, modo e aspeto. A sua conjugação é, por isso, incompleta. Isto pode suceder por razões semânticas, como no caso dos verbos impessoais, que só ocorrem na terceira pessoa (nevar, suceder, acontecer...). Também os verbos que designam vozes de animais (ladrar, miar, zurrar,) são considerados defetivos no seu uso normal, embora possam ocorrer em qualquer pessoa num contexto adequado (por exemplo, numa fabula).Um verbo como falir só é usado, por razões de eufonia, na primeira e na segunda pessoa do plural do presente do indicativo (falimos, falis),e na segunda pessoa do plural do imperativo (fali). Outros verbos defetivos do mesmo tipo são banir, colorir, demolir, punir, etc. Verbos defetivos impessoais Os verbos impessoais apenas ocorrem na terceira pessoa do singular: é o caso de haver na aceção de existir, do verbo fazer quando indica tempo decorrido, do verbo tratar quando conjugado pronominalmente e dos verbos que indicam fenómenos meteorológicos— nevar, chover, trovejar, amanhecer, anoitecer, etc. As frases com estes verbos não têm sujeito expresso: Há muitos problemas nesta cidade. Faz cinco anos que ele emigrou. Nevou ontem em Londres. Ontem choveu torrencialmente. Trata-se de um projeto interessante.
Verbos defetivos unipessoais Os verbos ditos unipessoais apenas flexionam na terceira pessoa do singular e do plural. Esta restrição tem origem na semântica dos próprios C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem
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verbos, que selecionam sujeitos não humanos. É o caso dos verbos que designam vozes ou comportamentos de animais: Os cavalos relincharam. O cão ladrou. Os lobos uivaram toda a noite. Os pássaros chilreavam alegremente. O cavalo galopou velozmente.
5. Funções sintáticas Função sintática Sujeito:
Consiste em Função sintática desempenhada pelo
Exemplos (1) Os rapazes trabalham em
constituinte da frase (grupo nominal) que
Lisboa.
controla a concordância com o verbo (1). Pode
(2) Eles trabalham em Lisboa.
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ser desempenhada por um GN (1), por um pronome (2) ou por uma oração (subordinada substantiva relativa (3) e subordinada completiva (4)).
1. simples
(3) Quem trabalha em Lisboa vive longe. (4) É verdade que Lisboa fica longe.
Sujeito constituído por um grupo nominal
(1) A escola fica bem situada.
(det+nome) (1) ou por um pronome nominativo
(2) Elas estudam em Coimbra.
(2). (1) O João e o Pedro ganharam o Sujeito constituído por uma coordenação de 2. composto
grupos nominais (1), de pronomes (2) ou de combinações destas categorias (3).
3. nulo:
torneio. (2) Eles e elas ganharam o torneio. (3) Elas e o João foram passear
Função sintática em que o constituinte que a
juntos. (1) Brincavam de manhã à noite.
desempenha não aparece na frase.
(eles/elas) (2) Dizem que o governo vai cair. (3) Chove há três horas sem parar. (1)As crianças eram muito divertidas: (2)brincavam de manhã
3.1 subentendido
Tipo de sujeito que não aparece
à noite e (3) estavam sempre a
explicitamente na frase, mas que pode se
cantar.
recuperado a partir do contexto.
O sujeito das frases (2) e (3) pode ser recuperado pelo contexto. É
Tipo de sujeito que tem como referente uma
“As crianças” ou [Elas]. Ex: Dizem que o governo vai cair.
entidade não específica substituível por
(Como não há a possibilidade de
“alguém”
identificar “quem diz”, utilizamos
3.2
“alguém” para referir a
indeterminado
indeterminação do sujeito. A frase pode interpretar-se assim: [Alguém] diz que o governo vai
3.3 expletivo
Predicado
Tipo de sujeito sem interpretação. Pode
cair.). (1) [ ?]Chove há três horas sem
ocorrer com verbos que se referem a
parar.
fenómenos da natureza (1) e com o verbo
(2) [ ?]Há muito tempo que não
haver no sentido de existir (2) ou com a
chove.
expressão era uma vez (3) Função sintática desempenhada pelo grupo
(3) [?] Era uma vez uma princesa… (1) O Pedro telefonou ao primo.
verbal (GV), expressando o que se diz sobre o
(2) O João deu um presente à
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sujeito.
Maria. (3) A Maria estuda à noite na
Função sintática desempenhada por
escola profissional. (1) [Felizmente,] hoje não chove.
constituintes não selecionados por nenhum
(2) Infelizmente, hoje está a
elemento da frase e que pode, por isso, ser
chover.
omitida sem que se perca a boa formação de
(3) Ele é um excelente trabalhador,
Modificador (de
frase (1). Pode ser constituído por grupos
sem dúvida!
frase)
adverbiais e grupos preposicionais (2) (3).
(4) Embora precisasse, não sairei.
Exprime uma posição/opinião do enunciador
(4) Se viesses cedo, seria ótimo!
sobre o sentido da frase na sua totalidade. As orações subordinadas adverbiais condicionais
Vocativo
e concessivas são modificadores de frase (4) Função sintática desempenhada na frase por
(1) João, tu estás distraído. (João
um constituinte que não controla a
é o vocativo, tu o sujeito)
concordância verbal e que serve para chamar
(2) Ó Sol, como és agradável!
ou interpelar o interlocutor. O vocativo
(3) João, traz-me aquele livro, por
distingue-se do sujeito por poder co-ocorrer
favor.
com ela na frase (1). Fica sempre entre
(4) Viste a Maria, Pedro?
vírgulas. Aparece frequentemente em frases do tipo exclamativo (2), imperativo (3) e interrogativo (4).
Funções sintáticas internas ao grupo verbal Função
Consiste em
Exemplos
sintática Predicativo do
Função sintática que ocorre com um verbo
(1) A cidade de Chaves parece
sujeito
copulativo. Pode ser constituído por um grupo
uma fortaleza.
nominal (GN) (1), um grupo adjetival (2), um
(2) A cidade de Chaves é
grupo adverbial (3) e um grupo preposicional
lindíssima.
(4).
(3) O castelo permanece ali, há séculos. (3) A Maria está bem. C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem
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(4) A cidade está em festa. Função sintática selecionada por um por verbo
(1) Ontem, visitei um castelo.
transitivo direto (1), direto e indireto (2) e
(2) Dei um livro ao João.
transitivo predicativo (3). Pode ser constituído
(3) Eu acho a cidade bonita.
Complemento
por um GN, pelos pronomes acusativos o, a,
(4) Conheço bem a cidade e acho-
direto
os, as (4) e por uma oração subordinada
a interessante.
completiva, substituível pelo pronome
(5) O professor disse [que a
demonstrativo átono o equivalente a isso (5)
cidade era bonita]= O professor
Função sintática selecionada por um por verbo
disse-o [disse isso] (1) Assisti ao espetáculo.
transitivo indireto (1), e por transitivo direto e
(2) Dei um presente à Maria.
indireto (2). É sempre constituído por um grupo
(3) Como são alunos novos,
preposicional iniciado pela preposição “a” ou
apresentei-lhes os colegas.
pelos pronomes dativos –lhe ou –lhes (3). Função sintática selecionada por um por verbo
(1) Eles vão a Paris.
transitivo indireto (1) e transitivo direto e indireto
(2) Coloquei o livro na estante.
(2). Pode ser constituído por um grupo
(3)A Maria lembrou-se das
Complemento
preposicional ou por um grupo adverbial. Não
amigas.
oblíquo
pode ser substituído pelos pronomes dativos –
(3) Elas moram aqui.
lhe e –lhes nem acusativos o, a, os , as. Pode
(4)Eu sinto necessidade de
também ser oracional (4)
descansar mais.
Função sintática selecionada por um verbo
(4) Ele precisa de quem o ajude. (1)Os Maias foi escrito por Eça de
conjugado na voz passiva. É constituído por um
Queirós.
Complemento
grupo preposicional geralmente iniciado pela
(2) O rato foi comido pelo gato.
agente da
preposição simples por(1) ou a mesma
passiva
preposição contraída com um determinante (2).
Complemento indireto
O complemento agente da passiva corresponde ao sujeito de uma frase ativa. Função sintática selecionada por um verbo
(1)Elegeram a Carolina delegada
transitivo-predicativo, que atribui uma
de turma.
Predicativo do
propriedade ao complemento direto. Pode ser
(2) Acho este bolo delicioso.
complemento
constituído por um GN (1); um GAdj (2)ou
(3) Achei esta sobremesa sem
direto
GPrep (3). Os verbos transitivos –predicativos
sabor.
são: achar, considerar, julgar, declarar, eleger, Modificador
nomear (…) Função sintática desempenhada por
(1) Li o livro [calmamente].
(do grupo
constituintes não selecionados pelo verbo e que
(2) Eles trabalham [em Lisboa].
verbal)
pode, por isso, ser omitida sem que se perca a
(3) Elas trabalham [devagar].
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boa formação de frase (1). Pode ser constituído
(4) Ela levanta-se quando o
por grupos adverbiais e grupos preposicionais
despertador toca.
(2) (3). O modificador verbal também pode ser
(5) Ela acordou porque o
formado pelas orações subordinadas adverbiais
despertador tocou.
temporais (4), causais (5) e finais (6).
(6) A mãe abriu as janelas para que o filho acordasse.
Funções sintáticas internas ao grupo nominal Função
Consiste em
Exemplos
sintática Complemento
Função sintática desempenhada por um
(1) O pai do Pedro suicidou-se.
do nome
constituinte selecionado obrigatoriamente por
(1) O medo dos ratos paralisa-me.
um elemento do grupo sintático de que faz
(2) Os atos médicos só podem ser
parte, neste caso, o nome. Pode ser um GPrep
exercidos por médicos.
(1) , Adjetival (2) ou oracional (3).
(3)A possibilidade de te encontrar deixa-me feliz.
Função sintática desempenhada por um
(1) No apartamento espaçoso
constituinte não selecionado por nenhum
havia um piano.(restritivo)
elemento do grupo sintático de que faz parte,
(2) António Gedeão, o poeta, é o
neste caso, o nome (1). Os modificadores do
pseudónimo de Rómulo de
nome podem ser restritivos ou apositivos. Os
Carvalho, o cientista.(apositivo)
Modificador do
modificadores do nome podem ser
(3) No apartamento, amplo e
nome
desempenhados por grupos nominais (2),
arejado, havia um piano.(apositivo)
(restritivo e
grupos adjetivais (3), grupos preposicionais
(4) O encontro com os amigos
apositivo)
(4),orações subordinadas adjetivas relativas
tinha lugar na saleta.(restritivo)
(restritivas e explicativas (5) (6).
(5) O piano que estava na saleta
O modificador é um constituinte não obrigatório
era novo.(restritivo)
da frase, pelo que, se for retirado, não afeta a
(6) O piano, que foi vendido mais
gramaticalidade da frase.
tarde, era um objeto precioso. (apositivo)
Nota: Selecionam complementos os nomes que: a) Derivam de verbos: o desejo, a procura, a viagem… b) Nomes de parentesco: filho de, primo de … c) Nomes icónicos: a imagem de, a fotografia de … d) Nomes modais: a hipótese de, a certeza de , a dúvida de, o dever de, a possibilidade de… C531AB-14_15 A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem
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e) Nomes multiplicativos e fracionários: metade de, um terço de, o dobro de, o triplo de… f)
Nomes regidos de preposição: a cedência de; a absolvição de ; o interesse por ; a reação contra; o facto de ; a tendência para; o medo de (…)
Funções sintáticas internas ao grupo adjetival Função
Consiste em
Exemplos
sintática Complemento
Função sintática desempenhada por um
(1) Este trabalho foi difícil de
do adjetivo
constituinte selecionado obrigatoriamente por
realizar.
um adjetivo. É um grupo preposicional oracional
(2) Isso não é compatível com os
(1) ou não oracional (2).
meus princípios.
Nota: 1 - Selecionam complementos os adjetivos regidos de uma preposição: consciente de, contrário a, confiante em, responsável por, fácil de, difícil de, compatível com, impossível de ….
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