CULTIVARES
DE
ALGODÃO 2019/2020
Além da PRODUTIVIDADE Nós somos uma empresa brasileira de melhoramento genético de plantas e trabalhamos para desenvolver cultivares de soja, algodão e híbridos de milho altamente produtivos e dotados de tecnologias que trazem rentabilidade e segurança para o agricultor. Para que os melhores grãos e fibras sejam colhidos é preciso que muitas pessoas se empenhem em diversas etapas do processo, desde o desenvolvimento de cultivares até a chegada do produto final para o consumidor. E nós, assim como você, fazemos parte desse processo. Contamos com um corpo técnico formado por renomados pesquisadores da área, além de estrutura de ponta referência no País, que aceleram o processo de desenvolvimento de novos produtos. No campo, cuidamos para que haja semente de qualidade e com o melhor posicionamento possível para garantir bons resultados na colheita. Em conjunto, as áreas de melhoramento genético, multiplicação de sementes e desenvolvimento de mercado atuam com agilidade, focadas em entregar soluções visando uma agricultura cada vez melhor. Com este trabalho, conseguimos chegar a resultados que nos orgulham. Em algodão, estamos no quinto ano consecutivo de crescimento em comercialização de sementes e, na safra (2018/19), o aumento foi de 48% com relação à safra passada. Juntos, vamos além!
Portfรณlio de cultivares de algodรฃo
Ótima qualidade de fibra e tolerância à ramulária.
Características Ciclo
Médio-precoce Peso capulho
4,87
Exigência de Fertilidade
Alta
Aderência de Fibra
Média
Reações às doenças Doença Azul
Resistente Ramulária
Tolerante
Bacteriose
Resistente Ramulose
Tolerante
Dados safra 15/16: média de 5 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Campo Verde e Serra da Petrovina). Plantio em meados de dezembro.
Anotações
3
Características de fibra Rendimento de Fibra (%)
43,10
Micronaire
Comprimento (mm)
3,99
30,30
Resistência (gFor/Text)
SFI (%)
31,10
7,50
Dados safra 15/16: média de 5 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Campo Verde e Serra da Petrovina). Plantio em meados de dezembro. Rendimento de fibra realizado em máquina de serra.
3º ponteiro 2º ponteiro
0,0 2,1 16,7
1º ponteiro 3º terço médio
3,5 17,5
2º terço médio
35,5
1º terço médio 3º baixeiro 2º baixeiro 1º baixeiro Vegetativo
* Plantio em meados de dezembro, safra 15/16.
Arquitetura de planta (%)*
1,6 6,6 12,5 3,9
Posicionamento Região
Stand (pl/m)
MT
7a9
BA (sequeiro)
7a9
BA (irrigado)
7a9
GO/MS
7a9
MG/SP
7a9
Maranhão
7a9
Piauí
7a9
Época de plantio preferencial
Espaçamento entre linhas: 0,76 a 0,90 m.
DEZ
JAN
FEV
Época de plantio tolerada
4
Alto potencial produtivo, tolerância à ramulária, equilíbrio na qualidade de fibra.
Características Ciclo
Médio-tardio Peso capulho
3,98
Exigência de Fertilidade
Alta
Aderência de Fibra
Média
Reações às doenças Doença Azul
Resistente Ramulária
Tolerante
Bacteriose
Resistente Ramulose
Tolerante
Dados safra 15/16: média de 5 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Campo Verde e Serra da Petrovina). Plantio em meados de dezembro.
Anotações
5
Características de fibra Rendimento de Fibra (%)
Micronaire
43,50
3,93
Comprimento (mm)
31,81
Resistência (gFor/Text)
SFI (%)
29,03
6,88
Dados safra 15/16: média de 5 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Campo Verde e Serra da Petrovina). Plantio em meados de dezembro. Rendimento de fibra realizado em máquina de serra.
3º ponteiro 2º ponteiro
1,2 8,6 29,3
1º ponteiro 3º terço médio
5,0 13,6
2º terço médio
26,3
1º terço médio 3º baixeiro 2º baixeiro
* Plantio em meados de dezembro, safra 15/16.
Arquitetura de planta (%)*
0,6 2,8
1º baixeiro
5,2
Vegetativo
7,2
Posicionamento Região
Stand (pl/m)
MT
8 a 10
BA (sequeiro)
8 a 10
BA (irrigado)
8 a 10
GO/MS
8 a 10
MG/SP
8 a 10
Maranhão
8 a 10
Piauí
8 a 10
Época de plantio preferencial
Espaçamento entre linhas: 0,76 a 0,90 m.
DEZ
JAN
FEV
Época de plantio tolerada
6
Sistema radicular agressivo e crescimento vigoroso, aptidão a solos de textura média, tolerância ao nematoide das galhas.
Características Ciclo
Tardio Peso capulho
4,89
Exigência de Fertilidade
Alta
Aderência de Fibra
Forte
Reações às doenças Doença Azul
Bacteriose
Resistente
Resistente
Ramulose
Nematoide M. incognita
Tolerante
Tolerante
Dados safra 14/15: média de 5 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Campo Verde e Serra da Petrovina). Plantio em meados de dezembro.
Anotações
7
Características de fibra Rendimento de Fibra (%)
Micronaire
43,30
4,27
Comprimento (mm)
29,00
Resistência (gFor/Text)
30,80
SFI (%)
8,17
Dados safra 14/15: média de 5 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Campo Verde e Serra da Petrovina). Plantio em meados de dezembro. Rendimento de fibra realizado em máquina de serra.
3º ponteiro
0,0
2º ponteiro
0,0 8,9
1º ponteiro 3º terço médio
1,9 16,2
2º terço médio
55,4
1º terço médio 3º baixeiro
1,6
2º baixeiro
8,1
1º baixeiro
7,0
Vegetativo
* Plantio em meados de dezembro, safra 14/15.
Arquitetura de planta (%)*
1,0
Posicionamento Região
Stand (pl/m)
MT
7a9
BA (sequeiro)
7a9
BA (irrigado)
7a9
GO/MS
7a9
MG/SP
7a9
Maranhão
7a9
Piauí
7a9
Época de plantio preferencial
Espaçamento entre linhas: 0,76 a 0,90 m.
NOV
DEZ
JAN
FEV
Época de plantio tolerada
8
LANÇAMENTO Ótima qualidade de fibra e alto teto produtivo.
Características Ciclo
Médio Peso capulho
4,50
Exigência de Fertilidade
Alta
Aderência de Fibra
Média
Reações às doenças Doença Azul
Resistente
Bacteriose
Resistente
Ramulose
Tolerante Dados safra 16/17: média de 5 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Campo Verde e Serra da Petrovina). Plantio em meados de dezembro.
Anotações
9
Características de fibra Rendimento de Fibra (%)
Micronaire
48,00
4,40
Comprimento (mm)
29,50
Resistência (gFor/Text)
SFI (%)
31,40
7,20
Dados safra 16/17: média de 5 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Campo Verde e Serra da Petrovina). Plantio em meados de dezembro. Rendimento de fibra realizado em máquina de serra. Por se tratar de uma cultivar de altíssimo rendimento de pluma, recomendamos maior cuidado no processo de descaroçamento, com o intuito de evitar a quebra do tegumento das sementes e possível danos à qualidade de fibra.
3º ponteiro
0,0
2º ponteiro
1,0 12,3
1º ponteiro 3º terço médio
5,8 18,5
2º terço médio
33,4
1º terço médio 3º baixeiro
* Plantio em meados de dezembro, safra 16/17.
Arquitetura de planta (%)*
1,6
2º baixeiro
5,4
1º baixeiro
10,8
Vegetativo
11,2
!
Posicionamento Região
Stand (pl/m)
MT
7a9
BA (sequeiro)
7a9
BA (irrigado)
7a9
GO/MS
7a9
MG/SP
7a9
Maranhão
7a9
Piauí
7a9
Época de plantio preferencial
Espaçamento entre linhas: 0,76 a 0,90 m.
DEZ
JAN
FEV
Época de plantio tolerada
10
Bom arranque e rápida definição do potencial produtivo, excelente opção para refúgio.
Características Ciclo
Médio Peso capulho
5,50
Exigência de Fertilidade
Alta
Aderência de Fibra
Média
Reações às doenças Doença Azul
Resistente
Bacteriose
Resistente
Ramulose
Tolerante Dados safra 16/17: média de 5 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Campo Verde e Serra da Petrovina). Plantio em meados de dezembro.
Anotações
11
Características de fibra Rendimento de Fibra (%)
Micronaire
42,60
4,40
Comprimento (mm)
29,70
Resistência (gFor/Text)
SFI (%)
30,10
6,90
Dados safra 16/17: média de 5 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Campo Verde e Serra da Petrovina). Plantio em meados de dezembro. Rendimento de fibra realizado em máquina de serra.
3º ponteiro 2º ponteiro
0,0 2,9 32,1
1º ponteiro 3º terço médio
1,3 8,3
2º terço médio
38,9
1º terço médio 3º baixeiro 2º baixeiro 1º baixeiro Vegetativo
* Plantio em meados de dezembro, safra 16/17.
Arquitetura de planta (%)*
0,0 4,5 10,0 2,0
Posicionamento Região
Stand (pl/m)
MT
7a9
BA (sequeiro)
7a9
BA (irrigado)
7a9
GO/MS
7a9
MG/SP
7a9
Maranhão
7a9
Piauí
7a9
Época de plantio preferencial
Espaçamento entre linhas: 0,76 a 0,90 m.
DEZ
JAN
FEV
Época de plantio tolerada
12
LANÇAMENTO
Alto potencial produtivo, equilíbrio na qualidade de fibra e tolerância à ramulária.
Características Ciclo
Médio-Precoce Peso capulho
4,80
Exigência de Fertilidade
Alta
Aderência de Fibra
Média
Reações às doenças Doença Azul
Resistente Ramulária
Tolerante
Bacteriose
Resistente Ramulose
Tolerante
Dados safra 18/19: média de 6 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Campo Verde, Serra da Petrovina e Correntina - BA). Semeadura início de Janeiro - MT; Início de Dezembro - BA.
Anotações
13
Características de fibra Rendimento de Fibra (%)
Micronaire
44,00
4,20
Comprimento (mm)
29,46
Resistência (gFor/Text)
SFI (%)
29,54
8,02
Dados safra 18/19: média de 6 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Campo Verde, Serra da Petrovina e Correntina - BA). Semeadura início de Janeiro - MT; Início de Dezembro - BA. Rendimento de fibra realizado em máquina de serra.
3º ponteiro 2º ponteiro
0,0 1,8 20,0
1º ponteiro 3º terço médio
3,1 13,2
2º terço médio
37,1
1º terço médio
15,6
3º baixeiro 2º baixeiro 1º baixeiro Vegetativo
* Plantio em meados de dezembro, safra 18/19.
Arquitetura de planta (%)*
1,5 2,4 5,2
Posicionamento Região
Stand (pl/m)
MT
7a9
BA (sequeiro)
7a9
BA (irrigado)
7a9
GO/MS
7a9
MG/SP
7a9
Maranhão
7a9
Piauí
7a9
Época de plantio preferencial
Espaçamento entre linhas: 0,76 a 0,90 m.
DEZ
JAN
FEV
Época de plantio tolerada
14
PROTEÇÃO DO INÍCIO AO FIM Em parceria com a Corteva Agriscience™, a TMG está lançando, com exclusividade, cultivar com a tecnologia WideStrike® 3. WS®3 é uma nova geração de Biotecnologia que oferece proteção superior contra lepidopteros-praga durante todo o ciclo da cultura do algodão, e maior facilidade de manejo. • Contém três proteínas Bt’s, que auxiliam no controle das principais pragas do algodão: Cry1Ac, Cry1F e Vip3A. • Proteção consistente contra lepidopteros-praga, incluindo populações suscetíveis da Spodoptera frugiperda. • Amplo espectro facilitando o manejo. • Proteção auxiliar do potencial genético de produção das cultivares.
15 15
Sequência de plantio Abertura
Meio
Fechamento
TMG 81 WS TMGB2RF 47 TMG 61 RF
TMG 62 RF TMG B2RF 44
Exigência de regulador
TMGB2RF 47
TMG B2RF 44 TMG 61 RF
TMG 81 WS
TMG 62 RF
Tolerância a nematoides M. Incognita
M. Reniformes
Suscetível
TMG B2RF 44
TMG 81 WS
TMGB2RF 47 TMG 61 RF
TMG 62 RF
16
Anotações
17
Qualidade de fibra Qualidade de fibra
A qualidade intrínseca da fibra é considerada, juntamente com a produ�vidade, um dos fatores mais importantes no cul�vo do algodoeiro. Neste contexto, três aspectos influenciam diretamente a qualidade da fibra do algodoeiro: 1) Potencial gené�co da cul�var (gené�co - G) 2) Flutuações climá�cas ocorridas durante o ciclo da cultura (ambiente - A) 3) Interação entre o genó�po e o ambiente (GxA). Genética
Ambiente
40
56
Comprimento
16
16
17
27
GxA
66 44 18
Resistência
Micronaire
Qualidade de fibra: efeito ambiental
O ambiente (localidade, época de plan�o, solo, etc.) exerce influência significa�va nas caracterís�cas que medem a qualidade da fibra do algodoeiro. Os dados dos Ensaios de Cul�vares e Linhagens de Algodão – Facual, avaliado em 11 localidades do Estado de Mato Grosso na safra 2007/08, demonstram que as caracterís�cas Elongação (ELONG), Micronaire (MIC) e Índice de Fibras Curtas (SFI) foram as mais afetadas pelo ambiente, apresentando as maiores variações, enquanto que Resistência (RES) e Comprimento (COMP) foram menos afetadas. 19
Amplitude
Variação (%)
4,02-4,81
19,65
Comprimento
29,57-30,99
4,80
Resistência (RES) - gf/tex
27,90-30,32
8,67
6,05-7,18
18,67
6,59-8,10
22,91
Micronaire (MIC)
Elongamento (ELONG) - %
Ensaio do Algodão - facual, safra 2007/08 entre 11 localidades.
Influência ambiental sobre micronaire
Para a caracterís�ca Micronaire, o local e a época de plan�o afetam significa�vamente os valores ob�dos. A variação de temperatura média, durante o processo de maturação da fibra, é a principal responsável por este efeito. De acordo com alguns trabalhos cien�ficos, temperaturas médias abaixo de 22° C e acima de 28° C, aumentam a probabilidade da ocorrência de Micronaire abaixo de 3,5 e acima de 4,9, respec�vamente. O mo�vo principal desta correlação é que ambientes mais quentes propiciam maior deposição de celulose de qualidade cristalina (alta densidade), enquanto que ambientes mais frios diminuem a deposição e a qualidade da celulose é amorfa (baixa densidade). A influência da temperatura no Micronaire pode ser verificada nos resultados Ensaios de Algodão conduzidos no Estado de Mato Grosso. Os maiores valores são, normalmente, observados na região de Sorriso, que apresenta la�tude de 12° Sul e al�tude média de 400m e os menores na região da Serra da Petrovina, com la�tude de 16° Sul e al�tude média de 750 metros. O atraso na época de plan�o (de dezembro para janeiro ou fevereiro) resulta em redução do valor de Micronaire. Efeito do ambiente sobre o Micronaire em diferentes regiões de Mato Grosso:
Ambiente favorável
Região meio-norte (Nova Mutum, Lucas de Rio Verde e Sorriso).
Ambiente neutro
(Campo Novo do Parecis, I�quira e Sapezal).
Ambiente desfavorável
(Campo Verde e Serra da Petrovina). 20
Resultados médios de Micronaire em relação à três épocas de plantio e a diferentes regiões produtoras de algodão no Mato Grosso 4,9
S. Petrovina Campo Verde
4,7
Sorriso Campo Novo
Micronaire
4,5 4,3 4,1 3,9 3,7 3,5
Meados Dez
Inicio Jan
Final Jan
(Figura 1): Safra 12/13. Dados de ensaio de Caracterização Varietal da Fundação
Correlação linear entre Micronaire e temperatura média durante a maturação de fibra 6,00
Micronaire calculado
5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00
15
17
19
21 23 25 Temperatura média
27
29
31
(Figura 2). Correlação entre Micronaire e temperatura média durante a maturação da fibra. (fonte: Bange et al., 2010) 21
Comparativo de cultivares Rendimento Fibra(%)
Micronaire
Comprimento (mm)
Resistência (gFor/Text)
Fibra curta (%)
43,30
4,27
29,00
30,80
8,17
TMG 44 B2RF** 43,10
3,99
30,30
31,10
7,50
TMG 47 B2RF** 43,50
3,93
31,81
29,03
6,88
TMG 61 RF***
48,00
4,40
29,50
31,40
7,20
TMG 62 RF***
42,60
4,40
29,70
30,10
6,90
TMG 81 WS*
Média de 5 locais (Sapezal, Campo Novo do Parecis,Sorriso, Campo Verde e Serra da Petrovina). Plan�o em meados de dezembro. Rendimento de fibra realizado em máquina de serra. Dados da safra: 14/15*, 15/16** e 16/17***
22
Tecnologias
Tecnologias
Tecnologia RX Há mais de 5 anos, as cul�vares RX vêm ajudando os cotonicultores no manejo de uma das principais doenças da cultura, a Ramulária. Para esta doença, atualmente, a média de aplicação de fungicida em lavouras com cul�vares que não têm tolerância à Ramulária é de aproximadamente 9 aplicações, o que representa um aumento expressivo nos custos da lavoura e ainda contabiliza impactos ambientais e sociais. Com as cul�vares RX, tolerantes à Ramulária, o manejo de fungicida recomendado proporciona economia, segurança e tranquilidade ao produtor. Veja abaixo as novas classificações das cul�vares RX, de acordo com o seu grau de tolerância à Ramulária.
Redução de 50% a 80% do número de aplicações* Redução de 20% a 50% do número de aplicações* *Considere como referência para porcentagem de redução de aplicação uma lavoura de algodão de uma cul�var sem este atributo, plantada na mesma área.
IMPORTANTE: Veja mais detalhes sobre o manejo de fungicidas para Ramulária e outras doenças no capítulo de Doenças deste Bole�m.
25
Use cultivares de algodão TMG com Tecnologia RX e siga as orientações de manejo: Para o manejo das cul�vares com Tecnologia RX recomendamos a u�lização de fungicidas com eficiência comprovada no controle da doença. De acordo com a recomendação da Fundação MT, renomada empresa de pesquisa, melhores eficiências no controle são alcançadas com a u�lização de fungicida estanhado nos programas de aplicação. Como complemento, recomenda-se a u�lização de misturas contendo carboxamidas associadas à fungicidas mul�ssí�os. Importante rotacionar grupos químicos e mecanismos de ação. Recomendamos essas ações de manejo visando garan�r que a cul�var expresse o seu potencial produ�vo e assegurar a longevidade daTecnologia RX.
26
Tolerância a Nematoide Os principais nematoides que causam significa�vos danos econômicos para a cultura do algodoeiro no Brasil são os nematoides de galhas (Meloidogyne incognita) e reniformes (Rotylenchulus reniformis). O algodoeiro também é hospedeiro do nematoide das lesões (Pratylenchus brachyurus), que apesar de poucos relatos de perdas significa�vas de produ�vidade, a sua relevância na cultura vem aumentando consideravelmente. Outro fato já consolidado é de que as áreas infestadas com nematoides vem expandindo em ritmo acelerado, sem expecta�vas de melhora. Para isso, a tecnologia TN é considerada uma ó�ma ferramenta para auxiliar o produtor a lidar com esta problemá�ca. TN é uma tecnologia que confere tolerância aos nematoides de galhas e/ou reniformis. Tolerância a nematoides é medido pela capacidade da planta de manter a produção à campo, mesmo na presença do nematoide, neste caso não há nenhuma correlação ou medição do fator de reprodução. Tolerância a Nematoides: M. incognita e/ou R. reniformis
IMPORTANTE: Veja mais detalhes sobre este assunto no capítulo de Nematoides deste Bole�m.
27
O trait WideStrike™ (WS) é uma tecnologia transgênica, pertencente à empresa Corteva. Tem como caracterís�ca principal a resistência à maior parte das pragas do gênero lepidopteros (pragas-alvo), que atacam o algodoeiro no Brasil. Isso é possível porque as plantas WS metabolizam as proteínas Cry1Ac e Cry1F, que são derivadas da bactéria Bacillus thurigiensis (Bt). A combinação dessas duas proteínas Bts promove efe�vo controle das pragas-alvo, reduzindo o risco de evolução da resistência de insetos, o que consequentemente aumenta a vida ú�l desta tecnologia. Entre as principais vantagens do cul�vo do algodão WideStrike™ podemos citar: • Proteção durante todo o ciclo da cultura. • As proteínas Bt são expressas em todos os tecidos vegetais • Amplo espectro de controle de lagartas. • • •
-
•
28
A tecnologia RRFlex é a segunda geração dos eventos Roundup Ready da Bayer, em algodão, no Brasil. O trait RRFlex confere a resistência ao herbicida glifosato durante todas as fases de desenvolvimento da cultura. E o trait Bollgard II RR Flex™ é o que confere resistência à algumas pragas do gênero lepidopteros (pragas-alvo) do algodoeiro, devido a expressão de duas proteínas Bts (Cry1ac e Cry2ab2). A junção dessas duas tecnologias garantem ao produtor redução no uso de inse�cidas específicos para lagartas e eficiência no manejo de plantas daninhas.
Nível de ação: 6% de plantas com presença de lagartas = ou > 3mm Fonte: Adaptação Emprapa, Abrapa e IMA/MT
Benefícios comerciais Redução no desenvolvimento de resistência aos inse�cidas; Maior eficiência no controle de pragas; Maior sobrevivência de insetos benéficos; Melhor controle biológico de pragas secundárias; Menos demanda de maquinário. Benefícios ambientais Redução na contaminação da água, do solo e do ar; Redução nos riscos de contaminação do meio ambiente; Maior diversidade biológica e sobrevivência de espécies não pragas; Redução na compactação do solo.
Fonte: Bollgard II RR Flex™ - Manual Técnico do Produto - Monsanto 2012. 29
Tolerância a Nematoide No cul�vo do algodão WS e B2RF, como em qualquer cul�var Bt disponível, a u�lização das prá�cas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) e Manejo de Resistência de Insetos (MRI) deve ser seguida conforme as recomendações de cada detentora do trait. Desta forma, ações como a aplicação de inse�cidas quando a presença das pragas-alvo a�ngem o nível de controle, rotação de a�vos químicos (inse�cidas/herbicidas) e cul�vo adequado de áreas de refúgio, são indispensáveis para o prolongamento da vida ú�l das tecnologias no campo. 1A 1B
Figura 1(A) Curuquerê-do-algodoeiro (Alabama argillacea). Figura 1(B) Lagarta-das-Maçãs (Heliothis virenscens).
2A
2B
Figura 2(A): Falsa Medideira (Chrysodeixis includens). Figura 2(B) Complexo Spodoptera (Spodoptera spp.) Figura 3(A): Helicoverpa Armigera
3A
30
Anotações
31
Manejo
Manejo
Fenologia
A fenologia do algodoeiro se subdivide em duas fases: vegeta�va e reprodu�va. A fase vegeta�va se inicia com a emergência da plântula e termina com a formação do primeiro ramo fru�fero. Esta fase é iden�ficada pela letra “V”. A fase reprodu�va se inicia com o surgimento do primeiro botão floral e termina quando as fibras no capulho a�ngem o ponto de maturação pela colheita, esta fase é iden�ficada pela letra “R”. Abaixo estão descritas as fases fenológicas do algodoeiro, segundo os professores Dr. Gil Miguel de Souza Câmara e Dr. Ederaldo José Chiavegato.
Fase vegetativa VE – Emergência Saída da alça do hipocó�lo da plântula (gancho), elevando os co�lédones acima do solo.
VC – Afastamento dos co�lédones: Exposição da gema apical vegeta�va à radiação solar. Primeira folha enrolada entre os co�lédones.
V1 – Primeiro nó vegeta�vo: Primeira folha cordiforme com 30% a 50% de expansão e segunda folha também em forma de coração aberta. Folha aberta significa que os respec�vos bordos não se tocam. 33
V2 – Segundo nó vegeta�vo: Segunda folha cordiforme com 30% a 50% de expansão e primeira folha lobada (com lóbulos) aberta.
V3 – Terceiro nó vegeta�vo: Primeira folha com 30% a 50% de expansão e segunda aberta. Devido ao hábito de crescimento indeterminado, o algodoeiro tende a vegetar indefinidamente, emi�ndo sucessivos nós vegeta�vos com folhas lobadas. Os cul�vares anuais (algodoeiro herbáceo) associados ao ambiente e ao manejo completam o ciclo natural com 20 a 25 nós.
VR – Primeiro ramo fru�fero: A par�r do V5 ou V6 surge o primeiro ramo fru�fero (simpodial) com botão floral e folha correspondente fechados. Desta fase em diante o algodoeiro acelera o desenvolvimento vegeta�vo emi�ndo novos ramos fru�feros (RF) nos nós vegeta�vos subsequentes.
34
Fase reprodutiva R1 – Primeiro botão floral Primeiro botão floral (BF) com 5 mm de comprimento, encoberto por brácteas, nas primeiras posições do primeiro RF. Intensifica-se o acúmulo de material seco na planta. Na sequência, surgem botões florais na seguinte ordem (padrão espiral): 2º BF na primeira posição do 2º RF; 3º botão floral na segunda posição do 1º RF; e assim sucessivamente.
R2 – Primeira flor: Início do florescimento com abertura da primeira flor, na primeira posição do primeiro ramo fru�fero. Plantas com 14 a 16 folhas. O florescimento prossegue seguindo o padrão espiral.
R3 – Crescimento da primeira maçã: Início da fru�ficação. Primeira maçã com 1,0 cm de diâmetro na primeira posição do primeiro ramo fru�fero.
R4 – Primeira maçã visível: Plantas com florescimento pleno fechando o dossel. Maçã visível na primeira posição do primeiro ramo fru�fero, sobressaindo às brácteas, rica em água, macia ao tato e com sementes e fibras em desenvolvimento.
35
R5 – Primeira maçã cheia: Primeira maçã na primeira posição do 1º RF, iniciando a pigmentação (antocianina), consistente ao tato, aquosa, com sementes e fibras imaturas (alongamento de fibras).
R6 – Final do florescimento efe�vo e fru�ficação plena: Fer�lização da úl�ma flor economicamente viável, isto é, que origine um capulho possível de ser colhido. Flor localizada a par�r do 5º nó vegeta�vo do ponteiro para baixo. Planta com altura final definida, predominando as maçãs.
R7 – Primeiro capulho: Final da fru�ficação e maturidade fisiológica. Primeiro capulho na primeira posição do 1º RF. Translocação intensa devido a carga pendente. Acentuada queda de folhas a par�r do baixeiro da planta. Final da deposição de celulose nas fibras, maturação das sementes e desidratação das maçãs cheias, consistentes e pigmentadas.
R8 – Maturidade plena: Planta com 2/3 de desfolha contendo 60% a 70% de capulhos. Colheita viável desde que a umidade nas fibras esteja por volta de 12% a 15%.
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Reguladores de crescimento “A u�lização inadequada dos reguladores de crescimento (tanto em excesso como em falta) pode comprometer significa�vamente a produ�vidade e a qualidade do algodoeiro”. A finalidade do uso dos reguladores de crescimento (RC) é a obtenção de plantas equilibradas, com porte compa�vel ao espaçamento e à arquitetura da planta, de forma a explorar ao máximo o potencial produ�vo das cul�vares. A altura ideal da planta de algodão no espaçamento 0,90 m é de aproximadamente 1,35 metros (espaçamento=2/3 da altura) e, de maneira geral, as cul�vares de ciclo precoce e tardio emitem 24 e 30 internódios, respec�vamente. Assim, numa lavoura bem manejada com reguladores de crescimento, teríamos um comprimento médio de internódios de 5,6 cm (cul�var precoce) e 4,5 cm (cul�var tardia). Diversos fatores interferem na taxa de crescimento da planta, tais como: cul�var, umidade do solo, temperatura ambiente, luminosidade, nível nutricional, adubação de cobertura, entre outros, sendo quase impossível estabelecer um protocolo para as aplicações de RC. As aplicações de RC devem ser definidas através de vistorias à campo e do conhecimento do hábito de crescimento das cul�vares: coloração verde claro e consistência “mole” do ponteiro indicam o escape de crescimento e a necessidade de aplicações do RC. Um dos métodos quan�ta�vos u�lizados para tomada de decisão quanto à aplicação ou não de regulador de crescimento é o da medição do comprimento dos primeiros cinco nós do ponteiro da planta. Recomendação de aplicação de RC é indicada quando o comprimento médio destes entrenós ultrapassa o valor de 3,5 cm.
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Comportamento das cultivares TMG - Cul�var de Ciclo Tardio ou Médio - Hábito de crescimento muito vigoroso - Exigentes em RC - Cul�var de Ciclo Médio - Hábito de crescimento vigoroso - Média exigência em RC - Cul�var de Ciclo Médio ou Precoce - Hábito de crescimento pouco vigoroso - Pouco Exigente em RC Indicação: Para as cul�vares que se enquadram nos selos de Alta e Média exigência para RC, em lavouras com desenvolvimento normal, sem estresse, indicamos iniciar as aplicações aos 30-35 Dias Após a Emergência (DAE), antes das plantas apresentarem escape de crescimento. Reaplicações deverão ser definidas através do monitoramento a campo. Nas cul�vares com o selo de Baixa Exigência para RC, iniciar as aplicações assim que as plantas apresentarem o escape de crescimento (coloração verde claro e consistência mole do ponteiro são indica�vos). Reaplicações deverão ser definidas através do monitoramento a campo.
Obs.: A taxa de crescimento da planta de algodão depende de diversos fatores, tais como: cul�var, solo, temperatura, umidade, luminosidade, etc. Dessa forma, o monitoramento a campo é indispensável para avaliar a necessidade ou não de aplicações dos RC.
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Algodão 2ª safra
O cul�vo de duas safras agrícolas (soja e algodão) no mesmo ano, sem irrigação, é uma prá�ca adotada há vários anos nas regiões produtoras de algodão, sendo que para áreas de Mato Grosso há diversas vantagens, entre elas a de o�mizar a estrutura de máquinas, equipamentos e recursos humanos. Para o seu sucesso, no entanto, a redução do ciclo das culturas (soja e algodão) é muito importante, a fim de melhor aproveitar o período de chuvas. A soja é uma planta de hábito determinado com o ciclo bem definido pelo material gené�co (cul�var) e, recentemente, tem sido disponibilizado ao produtor diversos materiais com ciclo precoce/super-precoce, viabilizando a prá�ca de duas safras. Já o algodão, planta de hábito indeterminado, o ciclo da lavoura é definido por três fatores: Cul�var, Manejo e Ambiente.
Manejo
Para produção de algodão 2ª safra, seja com espaçamento convencional ou adensado, é de fundamental importância o �po de manejo específico para cada época de plan�o (manejo de regulador de crescimento, controle de pragas e doenças, adubação de cobertura, etc.) No algodão 2ª safra, de espaçamento convencional, esse manejo proporciona a redução do ciclo da cultura com fixação da produção em todos os ramos reprodu�vos, sem as perdas de posição do terço inferior, geralmente sofridas em um algodão de 1ª Safra. No sistema de plan�o de algodão com espaçamento adensado (espaçamento reduzido – abaixo de 0,50 m entre linhas e estande de 200.000 a 250.000 plantas/ha), o obje�vo é a produção de 6-8 capulhos por planta. A data de plan�o, as condições climá�cas e o manejo com reguladores de crescimento, possibilitam a redução significa�va do porte das plantas e do ciclo da cultura, permi�ndo o plan�o da cultura em épocas mais tardias. 39
Ambiente As fases de desenvolvimento do algodoeiro são definidas pelo número de graus-dia, ou seja, pela somatória de calor. Em regiões de menor la�tude e menor al�tude (temperaturas médias mais altas) o ciclo do algodoeiro é menor. Na região de I�quira (17ºS, 54º40’W, 490m de al�tude) o ciclo do algodoeiro é, em média, 30 dias menor do que na região da Serra da Petrovina (16º53’S, 54ºW, 750m de al�tude). Assim, o ciclo da lavoura de algodão não é definido somente pelo material gené�co, sendo afetado fortemente pelo manejo e pelo ambiente. Isso explica o fato de observarmos em diversas situações (localidade e ano) cul�vares de ciclo tardio, semeadas “no tarde”, apresentando excelentes produ�vidades, muitas vezes superior a de materiais de ciclo precoce. A adoção conjunta das ferramentas cul�var e manejo proporciona as maiores reduções no ciclo da lavoura, diminuindo o risco de perdas de produ�vidade devido a falta de umidade na fase final da cultura.
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Cultivares de soja TMG para plantio de algodão 2ª safra Assim como já ocorre com a cultura de milho, o plan�o do algodão como segunda safra, após a colheita da soja, tem se tornado uma alterna�va viável em algumas regiões produtoras de algodão. Dentre as cul�vares de soja que tem possibilitado esta prá�ca podemos destacar a TMG 7063IPRO, TMG 7067IPRO, TMG 2173IPRO, TMG 2378IPRO, TMG 2381IPRO, TMG 2181IPRO, TMG 1180RR e TMG 4182, as quais vêm sendo u�lizadas com sucesso por cotonicultores de diversas regiões. É importante lembrar que a prá�ca da segunda safra de algodão pode trazer vantagens econômicas, mas também implica em aumento de determinados riscos, tais como a menor produ�vidade do algodão e menor estabilidade produ�va das cul�vares de soja, pois quanto menor for o ciclo da soja, maior poderá ser a variação de sua produ�vidade caso ocorra alguma adversidade (estresse climá�co ou agronômico). Isso ocorre devido ao tempo disponível para a recuperação da planta em uma cul�var de ciclo super precoce, quando comparado com uma de ciclo médio ou tardio. Por isso os fatores que estão sob o domínio do produtor, tais como: controle de ervas daninhas em pré e pós-plan�o (evitando fitotoxidez), perfil �sico e químico do solo, estande recomendado, nematoides, controle de pragas e doenças, etc, precisam ser o mais próximo do ideal para o ó�mo desenvolvimento da cultura, já que não é possível dominar o clima. Cabe então ao produtor fazer a análise individual das condições de clima e solo, das condições de mercado de cada safra e da estrutura gerencial de cada fazenda antes de decidir sobre a vantagem ou não desta prá�ca. 41
Indicação de plantio
Cultivar
GM
Características
TMG 7063IRPO
6.3
Indeterminada, resistente à ferrugem asiática, podridão radicular de fitóftora da raça 1 e resistente ao acamamento
MT, MS e GO
TMG 7067IPRO
6.7
Semideterminada, resistente à ferrugem asiática, podridão radicular de fitóftora da raça 1 e resistente ao acamamento
MT, MS e GO
TMG 2173IPRO
7.3
Indeterminada, resistente a cisto raça 3 e mod. resistente a cisto raça 14
MT, MS e GO
TMG 2378IPRO
7.8
Semideterminada,resistente a nematoide de cisto raças 1 e 3 e mod. resitências ao acamamento
MT, MS, GO, MA, TO e BA
TMG 2381IPRO
8.1
Indeterminada, ampla resistência a cisto às raças 1, 3, 4, 5, 6, 9, 10 e 14, mod. resistência ao acamamento
MT, MA, TO, PI e BA
TMG 2181IPRO
8.1
Determinada, resistente ao nematoide de cisto raças 1, 3 e 6 e mod. suscetível ao acamamento
MT, MS e GO
TMG 1180RR
8.0
Semideterminada, resistente ao nematoide de cisto raça 3 e resistente ao acamamento
MT, MS, GO, MA, TO e PI
TMG 4182
8.2
Determinada, ampla resistência a cisto, mod. recistência a P. brachyurus e mod. resistente ao acamamento
MT, MA, TO e PI
GM - Grupo de maturação. 42
Pragas
Pragas
Fonte: Fundação MT
Percevejo castanho da raiz Scaptocoris castanea e S. carvalhoi As ninfas são de coloração branca e os adultos possuem coloração castanha, com aproximadamente 8 mm de comprimento. Nos períodos mais secos aprofundam até 1,70 m. Possuem pernas anteriores adaptadas para a escavação. O acasalamento ocorre no solo. Os ovos são de coloração creme, de forma ovalada e com super�cie lisa e brilhante. Danos: Através da alimentação nas raízes, impede o crescimento das plantas que, quando atacadas, tornam-se avermelhadas, definham e algumas podem até morrer se o ataque ocorrer no ínicio do seu desenvolvimento. Ocorrem em reboleiras e os danos podem diferir em relação à fer�lidade do solo. Percevejo castanho da raiz
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Lagarta Elasmo Elasmopalpus lignosellus A lagarta apresenta coloração variando do verde-azulado ao róseo, com listras transversais marrons. Pode a�ngir 15 mm no máximo e se caracteriza por formar um abrigo feito de seda, detritos e par�culas do solo. O adulto é uma micromariposa cinza e é muito atraída por focos luminosos.
Elasmopalpus lignosellus
Danos: Penetram na planta à altura do colo, cavando uma galeria ascendente no interior do caule, alimentando-se do mesmo. As plantas atacadas inicialmente murcham, podendo morrer imediatamente e leva a falhas de estande ou sofrer agravamento de danos sob a ação de chuvas, vento ou implementos agrícolas, que tombam as plantas. 46
Pulgão
Aphis gossypii
Aphis gossypii
São insetos de tamanho pequeno, coloração variável do amarelo claro ao verde escuro. Vivem sob as folhas e brotos novos das plantas, sugando a seiva. No ínicio os indivíduos são ápteros; com o crescimento da população e a falta de alimento surgem as formas aladas que voam para outras plantas, construindo novas colônias. As chuvas reduzem seu nível populacional. Danos: Sugam a seiva das plantas e em altas infestações provocam deformação das mesmas. Na fase do surgimento dos capulhos, o melado e a fumagina provocam a caramelização das fibras. Os pulgões são vetores de duas viroses: Vermelhão e Azulão. O Vermelhão deixa as folhas com áreas avermelhadas entre as nervuras, é de ocorrência esporádica e causa poucos prejuízos. O Azulão se caracteriza pelo aparecimento de áreas amareladas, formando um mosaico. As folhas se apresentam com bordos curvados e quebradiços. O vírus causa encurtamento de entrenós, paralisação do crescimento e perda acentuada de produ�vidade.
Aphis gossypii 47
Broca da raiz
Eutinobothrus brasiliensis É um besouro com cerca de 5 mm, de cor pardo-escura. A fêmea abre cavidade no colo da planta, onde deposita seus ovos. Ao eclodir, a larva começa a se alimentar, abrindo galerias na região. Danos: A medida que a larva se desenvolve, as galerias tornam-se maiores, impossibilitando a circulação da seiva e impedindo o crescimento da planta e, em alguns casos, podem levar à morte da planta. Em solos arenosos, o prejuízo pode ser maior, com a disponibilidade de água e nutrientes inferior.
Eutinobothrus brasiliensis
Lagarta rosca
Agrotis sp e Spodoptera sp A lagarta-rosca ataca o caule de plan�nhas novas, um pouco acima da região do colo. Muitas vezes provoca tombamento de plântulas e alimenta-se das folhas, levando a falhas no estande. É de ocorrência bastante comum em áreas com palhada de milheto, sorgo e capim pé de galinha, por exemplo. 48
Danos: O dano direto é o tombamento da planta jovem, o qual é facilmente percebido caminhando pela lavoura, de manhã, onde são encontradas plan�nhas (às vezes fileiras delas) cortadas nas proximidades do nível do solo; e a lagarta é vista nas imediações. É uma praga esporádica, geralmente ocorre em reboleiras, principalmente em anos secos. Altas infestações geralmente estão associadas a muita matéria orgânica no solo, como a dos restos culturais recém destruídos.
Agrotis sp e Spodoptera sp 49
Tripes Frankliniella schultzel
Frankliniella schultzel
São insetos pequenos (1 a 3 mm), os adultos são de coloração escura e as ninfas de coloração amarelada. Os ovos são colocados nas partes tenras da planta. Danos: Alimentam-se de folhas e em ataques severos tornam-se coriáceas e quebradiças, com os bordos dobrados para cima. As maiores infestações ocorrem entre os 10 e 20 dias da cultura, pode haver surtos na fase de fru�ficação sob condições de falta de água.
Curuquerê do algodoeiro Alabama argilacea O adulto é uma mariposa marrom-avermelhada, a fêmea pode colocar a média de 500 ovos com coloração esverdeada que são depositados na face inferior das folhas. No ínicio as lagartas se alimentam raspando as folhas, após a primeira muda passam para a parte superior das folhas e se alimentam de todo o tecido foliar, ao longo das nervuras principais. As lagartas são de coloração verde escura, com duas estrias longitudinais no dorso e apresentam pintas pretas em todo o corpo. 50
Alabama argilacea
Danos: Atacam com voracidade as folhas e em ataques severos consomem as nervuras grossas, pecíolos. Podem causar 30% de redução na produ�vidade se não houver controle. Quando o ataque ocorre na época da abertura das maçãs, provoca sua maturação forçada, diminuindo a resistências das fibras.
Lagarta-das-maçãs Chloridea virescens A lagarta é de coloração variável, variando de creme, verde, amarelada, parda ou rósea com pintas escuras pelo corpo, apresentam micro-espinhos nas pintas salientes do corpo. As mariposas possuem hábitos noturnos e durante o dia ficam escondidas entre as folhas das plantas, apresentam coloração marrom-clara e três listras brancas transversais na largura das asas. Os ovos são depositados isoladamente nas folhas.
Chloridea virescens 51
Danos: o período de maior ataque da praga está compreendido entre os 50 e 90 dias após a emergência, atacam as plantas no sen�do descendente, destroem os botões a par�r do ponteiro e, posteriormente, a�ngem as flores e maças nas partes inferiores, diminuindo a produção. Favorecem a penetração de microrganismo através dos ori�cios.
Lagarta helicoverpa Helicoverpa armigera e H. zea
Helicoverpa armigera e H. zea
A mariposa apresenta nas asas anteriores uma série de pontos nas margens e uma mancha em forma de vírgula na sua parte inferior. As asas posteriores são mais claras, apresentam uma borda marrom escura na extremidade apical e há dimorfismo sexual entre machos e fêmeas. O período larval é cons�tuído de seis ínstares. A lagarta possui coloração variável, do verde ao amarelo claro a um tom mais escuro. A cápsula cefálica tem coloração parda clara, apresenta finas linhas brancas laterais e a presença de pelos. A par�r do quarto ínstar, a lagarta apresenta no quarto segmento formato de sela, devido a presença de tubérculos abdominais escuros e bem visíveis. O período pupal varia de 10 a 16 dias.
Vista lateral da Helicoverpa armigera: presença de tubérculos escuros e bem visíveis no 1º, 2º e 8º segmentos abdominais. Crédito: G. C. Gaston 52
Vista lateral da Helicoverpa armigera: presença de tubérculos escuros e bem visíveis no 1º, 2º e 8º segmentos abdominais. Crédito: G. C. Gaston
Helicoverpa armigera e H. zea
Danos: As lagartas H. armigera se alimentam de folhas e caules, contudo, mostram preferência por órgãos reprodu�vos como brotos, inflorescências, maçãs. No algodão sua ocorrência maior é no período de fru�ficação. Apresentam uma tendência para agressividade, são carnívoras e propensas ao canibalismo. Comprimento larval dos ínstares de Helicoverpa armigera Comprimento larval (mm)
Categoria de tamanho
Primeiro
1-3
Muito pequeno
Segundo
4-7
pequeno
Terceiro
8-13
pequeno/médio
Quarto
14-23
médio/grande
Quinto
24-28
Grande
Sexto
29-30+
Grande
Ínstar
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Aspecto larval
Identificação de larva 1A
1B
Figura 1A - Helicoverpa spp. Ausência de micropelos nos tubérculos do I, II e VIII seguimentos abdominais. Figura 1B - Adulto Helicoverpa spp.
2A
2B
Figura 2A - Helicoverpa spp. Ausência de micropelos nos tubérculos do I, II e VIII seguimentos abdominais. Figura 2B - Adulto Helicoverpa spp.
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Lagarta rosada Pectinophora gossypiella
Pectinophora gossypiella
O adulto é uma micromariposa (15 a 19 mm), a fêmea tem hábitos noturnos, de coloração pardo-escura e asas franjadas. Os ovos são de coloração branco-esverdeada e são colocados em maçãs jovens em grupos de 5 a 100. As lagartas perfuram as maçãs e passam a se alimentar das sementes. Inicialmente, as lagartas são brancas e com a alimentação se tornam rosadas.
Pectinophora gossypiella
Danos: As lagartas atacam os botões florais impedindo a abertura das pétalas, que apresentam aspecto de roseta e não se abrem, impedindo a polinização e formação de maçãs. Quando o ataque ocorre nas maçãs, as lagartas podem destruir as fibras e as sementes, um sintoma caracterís�co de seu ataque é a presença de carimãs, que são maçãs defeituosas e que não se abrem normalmente. 55
Lagarta falsa-medideira Chrysodeixis includens As lagartas apresentam coloração verde claro, com uma série de linhas brancas longitudinais espalhadas sobre o dorso. Apresentam apenas três pares de falsas pernas na região abdominal e, no seu deslocamento, parecem medir palmos. A mariposa apresenta cor marrom, com duas manchas prateadas em cada uma das asas do primeiro par. As asas posteriores também são marrons.
Chrysodeixis includens
Danos: As lagartas atacam as folhas do algodão, porém, não se alimentam das nervuras, dando um aspecto rendilhado. Dessa forma, acabam contribuindo para a redução da área foliar. Esta espécie é favorecida por condições de seca e se alojam no baixeiro das plantas.
Chrysodeixis includens 56
Lagartas Spodopteras Spodoptera eridania As lagartas apresentam cor cinza escura a castanha, com três listras longitudinais, alaranjadas, e triângulos pretos no dorso do corpo. As mariposas são de cor cinza, com uma mancha preta na parte central das asas anteriores. Spodoptera eridania
Spodoptera cosmioides
As lagartas nos primeiros estádios possuem coloração marrom, passando a preta com listras longitudinais brancas e marrons, nos úl�mos estágios apresentam coloração preta-brilhante com as pontuações douradas sobre o dorso, distribuídas em duas linhas longitudinais de cor alaranjada. As mariposas apresentam asas anteriores pardas, com riscos ou desenhos brancos, e as posteriores são de coloração branca. Os ovos são depositados em massas nas folhas.
Spodoptera cosmioides 57
Spodoptera frugiperda A lagarta inicialmente é verde clara, com a cabeça e pelos negros, quando desenvolvida apresenta coloração variando de esverdeada a pardo-escura, apresenta linhas mediana longitudinal de cor marrom-claro, entre duas linhas laterais de cor mais clara.
Spodoptera frugiperda
A mariposa apresenta asas anteriores pardo-escuras e as posteriores branco-acinzentadas. Deposita, em média, 1.500 ovos agrupados sob as folhas e as brácteas dos botões florais.
Spodoptera frugiperda
Danos: As lagartas podem atacar plantas jovens, cortando na base do caule, com hábito semelhante ao da lagarta rosca (S. frugiperda). As lagartas atacam as folhas, a parte superior do caule, brácteas, os botões florais e as maçãs. Geralmente são encontradas no interior das flores. Lagartas maiores raspam a base das maçãs antes de perfurá-las, ocasionando, de um modo geral, grandes ori�cios. 58
Percevejo Manchador Dysdercus sp
O adulto apresenta corpo elíp�co com coloração de castanho-claro a castanho-escuro. As ninfas são de coloração avermelhada e permanecem nas maçãs e capulhos, onde sugam a seiva e a�ngem a semente. Danos: Preferem atacar capulhos abertos, onde penetram entre as fibras para perfurar as sementes. O ataque também pode ocorrer em botões e maçãs pequenas, que caem ao solo quando picadas.
Dysdercus sp
Percevejo rajado Horcias nobilellus Os adultos apresentam coloração ocre brilhante, com listras vermelhas, amarelas e brancas, apresentam um “V” caracterís�co no dorso de cor amarela. Efetuam a postura em ramos tenros. 59
Hocias nobilellus
Danos: Provocam queda de botões florais, flores e maçãs novas. Quando sugam as maçãs podem acarretar deformações denominadas bico de papagaio, que normalmente não abrem, diminuindo a produção.
Percevejos migrantes Ao final do ciclo da soja poderá ocorrer migração de percevejos desta cultura para o algodoeiro. Estes percevejos migrantes causam danos aos botões florais e maçãs em fase de enchimento. 1
2
3
Figura1 - Percevejo Acrosterno (Chinavia sp) Figura 2 - Percevejo marrom (Euschistus heros) Figura 3 - Percevejo verde-pequeno (Piezodorus guildinii)
Danos: Os sintomas de ataque são pontuações nas maçãs, com formação de calosidades na parte interna, ocasionando queda destas estruturas, principalmente em maçãs novas. O ataque dos percevejos também provoca prejuízos nas caracterís�cas das fibras e reduzem a produ�vidade em ataques severos. 60
Outras pragas
Mosca-branca Bemisia argentifolli
Os adultos são de coloração amarela com as asas brancas. Localizam-se preferencialmente na face interior das folhas, onde ovipositam, em média, 150 ovos por fêmea. As ninfas são transparentes, ovais, medem de 0,3 a 0,7 mm, as pupas são amarelo-esbranquiçadas e apresentam os olhos avermelhados.
Bemisia argentifolli
Ácaro branco
Polyphagotarsonemus latus São ácaros pequenos, as fêmeas medem 0,17 mm de comprimento por 0,11 mm de largura. Os ovos são colocados isoladamente na face interior das folhas novas. Polyphagotarsonemus latus
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Danos: Inicialmente as folhas se tornam mais escuras, em seguida os bordos se dobram para baixo e a folha apresenta um aspecto vítreo, no úl�mo estágio ocorrem rasgaduras, mas nesse estágio não se observa mais ácaros nas folhas. O ataque aos ponteiros pode resultar em perdas significa�vas, principalmente devido às reduções no número de maçãs desta parte da planta.
Ácaro rajado
Tetranychus urticae
Tetranychus urticae
Os ovos são esféricos e de tonalidade amarelada, sendo a postura feita entre os fios de teia que o ácaro tece na página inferior das folhas. As fêmeas apresentam 2 manchas verdes escuras no dorso, sendo uma de cada lado. Danos: Aparecimento de manchas avermelhadas na página superior das folhas, com o passar do tempo essas manchas cobrem toda a folha e as tornam necrosadas e, posteriormente, há queda dessas folhas. Temperaturas elevadas e baixas precipitações favorecem o aumento populacional.
Bicudo do algodoeiro
Anthonomus grandis O adulto é besouro com 7 mm de comprimento, de coloração cinza ou castanha, com rosto alongado. Apresenta dois espinhos no fêmur do primeiro par de pernas. A fêmea oviposita em bo62
Anthonomus grandis
tões florais, flores e maçãs através do rostro e deposita um ovo por ori�cio. O número de ovos durante o ciclo é de 100 a 300 ovos e o período de incubação é de 3 a 4 dias. As larvas são de coloração branca e o período larval é de 7 a 12 dias dentro do botão floral. As pupas são brancas e após 3 a 5 dias transformam-se em adultos. Danos: Provoca queda de botões florais devido a sua alimentação. Os botões com postura também são danificados, pois a larva se desenvolve dentro desses. Por essa praga ter grande potencial de reprodução é preciso atenção ao seu ataque e o nível de controle é de 3 a 5% de botões atacados. Seu controle depende de uma série de estratégias para reduzir a população. Estratégia de ações conjuntas para controle do Bicudo do algodoeiro • Instalação de armadilhas de feromônio 60 dias antes do plan�o nas bordaduras de cada 150 a 300 mm; • Semeadura concentrada em 30 a 40 dias; • Aplicação de inse�cidas nas bordaduras (algodão com 2º folha desenvolvida até a fase da 1ª maçã); • Monitoramento constante da lavoura; • Amostragem em 100 plantas; • Avaliar 2 a 3 botões / ponto da amostragem; • Botão avaliado – planta maior e botão do terço médio da planta; • Redução da 1ª geração – 3 aplicações de inse�cida na fase floral em intervalos de 5 dias; 63
• Proteção da carga – 3 aplicações de inse�cida no 1º capulho aberto com intervalo de 7 dias; • Aplicação de inse�cida no final da safra para reduzir população que irá para os refúgios; • Instalação de tubo mata bicudo no período de colheita e da entressafra durante três meses, sendo a cada 80 m durante o primeiro mês, a cada 40 metros no segundo mês e a cada 80 metros no terceiro, a fim de controlar os insetos que estão migrando para as áreas de refúgio; • Colheita rápida; • Destruição de soqueiras após 15 dias da colheita.
Anthonomus grandis 64
Bollgard II RRFLEX® O algodão Bollgard II Roundup Ready Flex® expressa as proteínas Cry1Ac e Cry2Ab2 que são específicas para lepidopteros das espécies Alabama argillacea, Pectinophora gossypiella, Chloridea virescens, Spodoptera frugiperda.
Bollgard III RRFLEX® A tecnologia B3RF, assim como a B2RF, tem como caracterís�ca a resistência ao herbicida glifosato (RRFlex). Também tem expressão de três proteínas Bts: Cry1Ac, Cry2Ab e a Vip3A, que agregam no manejo de resistência dos lepidopteros, maior controle, redução de perdas pelo ataque de lagartas e no custo de aplicações. A adição da terceira proteína aumenta a longevidade da tecnologia, uma vez que se torna cada vez mais di�cil para pragas da ordem Lepidoptera desenvolverem resistência às proteínas Bt presentes no mercado.
WideStrike® O algodão Wide Strike (WS) expressa as proteínas Cry1Ac e Cry1F que conferem alta resistência às espécies de lepidopteros Alabama argillacea, Pectinophora gossypiella, Chrysodeixis includens, Chloridea virescens. Oferece moderada resistência para a espécie Elasmopalpus lignosellus e é suscetível para as espécies Spodoptera sp., Helicoverpa armigera e Helicoverpa zea.
WideStrike 3® WS®3 é uma nova geração de Biotecnologia que oferece proteção superior contra lepidopteros-praga durante todo o ciclo da cultura do algodão, e maior facilidade de manejo. Contém três proteínas Bts, que auxiliam no controle das principais pragas do algodão: Cry1Ac, Cry1F e Vip3A. Oferece proteção consistente contra lepidopteros-praga, incluindo populações susce�veis da Spodoptera frugiperda, tem amplo espectro que facilita o manejo e proteção auxiliar do potencial gené�co de produção das cul�vares.
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TwinLink® O algodão TwinLink® expressa as proteínas Cry1Ab e Cry2Ae que conferem alta resistência às espécies de lepidopteros Alabama argillacea, Chrysodeixis includens, Chloridea virescens, Pectinophora gossypiella, Spodoptera eridania e Spodoptera cosmioides. Conferem controle moderado para Helicoverpa zea, Helicoverpa armigera e Spodoptera frugiperda.
TwinLinkPlus® O algodão TwinLinkPlus® possui as proteínas Cry1Ab, Cry2Ae e Vip3A, que conferem alta resistência às espécies de lepidopteros Alabama argillacea, Chrysodeixis includens, Chloridea virescens, Pectinophora gossypiella, Spodoptera eridania e Spodoptera cosmioides. Conferem controle moderado para Helicoverpa zea, Helicoverpa armigera e Spodoptera frugiperda. Embora os estudos tenham mostrado uma diferença de performance nas tecnologias, optou-se por ser conservador em relação às pragas de controle moderado, já que as mesmas têm mudado alguns hábitos alimentares e de ecologia.
Ao se alimentarem de plantas de algodão Bollgard II RRFLEX®, Bollgard III RRFLEX®, WideStrike®, WideStrike 3®, TwinLink® e TwinLinkPlus® por meio da raspagem das folhas, as lagartas-alvos dessas tecnologias ingerem a proteína presente na folha, que se liga a receptores específicos no tubo diges�vo do inseto, provocando a ruptura da membrana do intes�no médio das lagartas e, consequentemente, a morte do inseto.
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A área de refúgio consiste no plan�o de algodão não Bt como parte da área a ser plantada. Essa prá�ca colabora para a manutenção de uma população de insetos susce�veis à tecnologia Bt. A área de refúgio deve atender aos seguintes critérios: • Estar próxima da área cul�vada com a tecnologia Bt, a menos de 800 metros de distância. • Recomenda-se 20% da área com plan�o de algodão não Bt, conforme ilustração abaixo. • A não adoção de áreas de refúgio para plan�os com plantas Bt pode levar a um risco potencial da adaptação das pragas às proteínas Bt, que pode ocasionar a redução de sua eficácia. Para prolongar a efe�vidade das proteínas Bt expressas em plantas transgênicas, ou mesmo das proteínas Bt pulverizadas sobre as plantas, é necessária a implementação de prá�cas conhecidas como programas de Manejo de Resistência de Insetos (MRI).
800m
800m
40ha 800m
800m
800m
800m
800m
Reduzir o movimento larval
Maior cruzamento
Campo separados
Faixas pequenas com a cultura
Faixas ou blocos grandes Faixas ou blocos grandes Faixas pequenas 67
Campos separados
Anotações
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Doenรงas
Doenรงas
Doenças Fonte: Fundação MT
Mancha de Ramulária ou Ramulária (Ramularia areola) Os sintomas iniciais são pequenas manchas azuladas observadas na face inferior da folha (face abaxial) que evoluem para pequenas lesões necró�cas angulosas e com esporulações do fungo de aspecto farináceo, cor branca e/ou amarela (Figura 1A). Sob condições diversas o fungo pode esporular na face superior da folha. Posteriormente, manchas arroxeadas ao redor das lesões são observadas com grande intensidade (Figura 1B). Em condições de alta severidade ocorre a abscisão foliar prematura, principalmente, de folhas do terço inferior da planta, ocasionando a redução na produ�vidade. Controle: o uso de cul�vares tolerantes à ramulária (Tecnologia RX) é uma das estratégias mais importantes do manejo desta doença, pois permite uma flexibilidade maior na janela de aplicações, resultando em um menor número de entradas ao longo do ciclo da cultura, quando em comparação aos materiais susce�veis. Ainda que a resistência gené�ca torne o manejo mais flexível e seguro para o produtor, a recomendação de produtos eficientes, incluindo os fungicidas estanhados, deve con�nuar sendo seguida, principalmente no início do processo de infecção e esporulação do fungo. 1A
1B
Figura 1(A). Folha de algodoeiro com sintomas de Ramulária. Super�cie abaxial, com esporulações do fungo de aspecto farináceo, cor branca e ou amarela. 1(B) Manchas arroxeadas ao redor das lesões de Ramulária.
Confira as cultivares da TMG com Tecnologia RX 71
Mancha de Corinespora ou Mancha Alvo (Corynespora cassiicola)
As primeiras observações de Mancha de Corinespora em algodão no estado de Mato Grosso foram feitas em Campo Verde, safra 2004/05 (Mehta & Almeida, 2005). Na safra 2007/08 foi confirmada a ocorrência da doença na região da Serra da Petrovina, em um campo experimental da Fundação MT. Desde as primeiras observações, a doença tem ocorrido de forma generalizada, especialmente em anos mais chuvosos. O patógeno é um fungo necrotrófico e inespecífico que sobrevive em sementes e restos culturais em decomposição, além de possuir ampla gama de hospedeiros. Os sintomas �picos da doença, inicialmente, se caracterizam por pontos de coloração castanho avermelhada a parda, com centro escuro, que evoluem para manchas circulares ou irregulares nas folhas. As lesões foliares, quando desenvolvidas, apresentam anéis concêntricos com margens escuras e à medida que envelhecem apresentam halo amarelado (Figura 2). Podem ocorrer lesões necró�cas nas hastes que levam à desfolha prematura e, consequentemente, redução da produ�vidade.
Figura 2. Folha de algodoeiro com sintomas de Mancha de Corinespora, lesões foliares com anéis concêntricos com margens escuras. 72
Estudos prévios realizados pela Fundação MT demonstraram que isolados de C. cassiicola ob�dos de algodoeiro e soja foram patogênicos às culturas do algodoeiro, soja e crotalária (Crotalaria spectabilis e C. juncea). A C. spectabilis demonstrou alta susce�bilidade à maioria dos isolados, devendo ter cautela na sua u�lização para rotação de culturas em áreas com elevada severidade da doença (dados não publicados, Fundação MT). Controle: Cul�vares resistentes ou tolerantes; tratamento químico de sementes; rotação de culturas; controle químico.
Ramulose
(Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides) 3A 3B
Figura (3A) Folha de algodão contendo lesões em formato de estrela, sintoma caracterís�co de ramulose. Figura (3B) Planta de algodão com sintoma de ramulose: aglomerado de ramos com entrenós curtos e intumescidos, superbrotamento.
Os sintomas aparecem inicialmente nas folhas jovens do ponteiro das plantas, caracterizados por manchas necró�cas de formato circular que evoluem e o tecido necrosado se rompe, dando origem a lesões com formato de estrela (Figura 3A). Após isso, ocorre a morte do meristema apical, resultando na paralisação do crescimento da planta e es�mulando a produção de gemas laterais, o que provoca ramificação dos galhos, redução dos internódios e superbrotamento (Figura 3B). Nos capulhos e hastes podem aparecer manchas necró�cas arredondadas com pontos rosados no centro, referentes à fru�ficação do fungo. A fase vegeta�va, florescimento e o início da fase de fru�ficação cons�tuem fases crí�cas da cultura em relação à doença. A manifestação tardia da doença originou a denominação de ramulose tardia, caracterizando-se apenas pelo superbrotamento apical, não afetando estruturas reprodu�vas e, consequentemente, a produ�vidade. Controle: Cul�vares tolerantes; sementes livres do patógeno; controle químico; destruição de restos de cultura, rebrotas e plantas voluntárias; respeitar intervalo de tempo entre cul�vos sucessivos; tratamento químico de sementes; rotação de culturas. 73
Mancha Angular ou Bacteriose do Algodoeiro (Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum) 4A 4B
Figura 4(A) Folhas de algodão com sintoma �pico de mancha angular, lesões angulares e necró�cas nas folhas. Figura 4(B) Lesões delimitadas pela nervura na super�cie abaxial, de coloração esverdeada e com aspecto oleoso ou encharcado.
A bacteriose ocorre em todos os órgãos da planta, em todas as fases do algodoeiro. A doença se caracteriza pela presença de lesões angulares e necró�cas nas folhas (Figura 4A), delimitadas pelas nervuras, de coloração esverdeada e com aspecto oleoso ou encharcado (Figura 4B), podendo ocorrer em brácteas, pecíolos e maçãs. As lesões são distribuídas no limbo foliar ou agrupadas ao longo das nervuras principais. Com o tempo, as lesões se tornam necró�cas, coalescem e destroem o limbo foliar, ocasionando a desfolha da planta. As lesões nas maçãs são arredondadas, oleosas e escuras (Figura 5), posteriormente enegrecidas com uma pequena depressão no local infectado. Figura 5. Maçã de algodoeiro com sintoma de mancha angular, lesões arredondadas, oleosas ou encharcadas.
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Dependendo do estágio que ocorre a infecção, a doença ocasiona queda de frutos novos, destruição de lojas ou abertura prematura de maçãs. Quando a bactéria se instala no interior do capulho, a infecção pode a�ngir as sementes e provocar o amarelecimento da fibra facilitando a entrada de novos patógenos. As lesões nos pecíolos e caules se caracterizam por manchas alongadas e necró�cas. Controle: Cul�vares resistentes ou tolerantes; deslintamento da semente com ácido; sementes livres do patógeno; controle químico. Todas as cultivares da TMG possuem resistência genética à Mancha Angular.
Doença Azul ou Mosaico das Nervuras f. Ribeirão Bonito (Cotton leafroll dwarf virus) 6A
6B
Figura 6(A) Planta de algodoeiro com rugosidade no limbo foliar, folhas pequenas com as margens encurvadas para baixo de coloração arroxeada e/ou azulada. Figura 6(B) Planta infectada na fase vegeta�va pelo vírus causador da Doença Azul sem estruturas reprodu�vas.
Plantas infectadas com o vírus da Doença Azul apresentam rugosidade no limbo foliar, folhas pequenas com as margens encurvadas para baixo de coloração arroxeada e/ou azulada e quebradiças (Figura 6A). As nervuras ficam amareladas ou pálidas e as plantas com porte reduzido devido ao encurtamento dos internódios. Quando a infecção ocorre na fase vegeta�va, em plantas novas, estas tornam-se estéreis e, consequentemente, improdu�vas. 75
A transmissão do vírus ocorre, somente, pelo pulgão Aphis gossypii, sendo a relação vírus-vetor do �po persistente e circula�va; não é transmi�do pela semente. Controle: Cul�vares resistentes; controle químico do pulgão-vetor; destruição de soqueiras e restos de culturas, assim como de plantas voluntárias e hospedeiros alterna�vos; eliminação de plantas doentes.
Mosaico das Nervuras Atípico ou Virose Atípica A virose a�pica foi observada na safra 2007/08 em cul�vares de algodão resistentes à Doença Azul. Embora os sintomas das plantas doentes sejam semelhantes ao da Doença Azul, a reação das cul�vares são diferentes e com menor agressividade. Poucos e inconclusivos são os estudos sobre a e�ologia da doença. Autores sugerem o surgimento de uma nova espécie da mesma família do vírus agente e�ológico da Doença Azul, Luteoviridae (Silva et al., 2008; Galbieri et al., 2010). Controle: Cul�vares resistentes; controle químico do pulgão-vetor; destruição de soqueiras e restos de culturas; eliminação de plantas doentes.
Pinta Preta ou Mancha Preta (Alternaria spp.)
Figura 7. Folha de algodoeiro com lesões circulares causadas por Alternaria spp.
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Os sintomas �picos da doença são caracterizados por pequenas manchas circulares (2-3 mm) com centro marrom e bordas escurecidas (Figura 7). O centro das lesões pode ter aspecto seco e quebradiço. Em casos com elevada severidade da doença é possível observar pequenas lesões circulares enegrecidas com halo arroxeado nas maçãs jovens. Posteriormente, as lesões nas maçãs apodrecem, resultando em redução de produ�vidade. Em cul�vares susce�veis, pode ocorrer desfolha precoce aos 60 dias após a emergência, sendo que a fase crí�ca da cultura se situa do florescimento à fru�ficação. Controle: Cul�vares resistentes ou tolerantes; rotação de culturas; destruição de soqueiras; controle químico.
Murcha de Fusarium ou Fusariose (Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum) Os sintomas da doença podem ocorrer em qualquer estádio de desenvolvimento do algodoeiro em reboleiras. Em cul�vares susce�veis ocorre murcha, amarelecimento e queda de folhas, redução do porte da planta, além do escurecimento dos vasos condutores de seiva (Figura 8A - 8B). 8A 8B
Figura 8. Murcha de Fusarium causando escurecimento dos vasos condutores de seiva.
A severidade da doença tende a ser maior quando em condições ambientais favoráveis ao patógeno, em solos arenosos, úmidos, com acidez elevada, baixos teores de potássio e na presença de nematoides, uma vez que estes causam ferimentos nas raízes que favorecem a infecção. Controle: Cul�vares resistentes ou tolerantes; sementes livres do patógeno; tratamento químico de sementes; rotação de culturas; eliminação de restos culturais e soqueiras; adubação equilibrada; eliminação de plantas doentes.
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Anotações
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Nematoides
Nematoides
Fonte: Fundação MT
Nematoides do Algodoeiro Dentre as espécies de nematoides do algodoeiro estão os nematoides das galhas (Meloidogyne incognita), reniforme (Rotylenchulus reniformis) e das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus), os quais foram encontrados em frequências variáveis em grande parte do estado de Mato Grosso. Essa ampla distribuição se deve ao modelo de cotonicultura iniciada na década de noventa, a qual passa por transformações relevantes quanto ao sistema de cul�vo, devido principalmente ao custo de produção. Atualmente, cerca de 40% do algodão de MT é plantado em janeiro, após o cul�vo da soja precoce e essa é a provável razão pela qual a questão dos fitonematoides está causando preocupação aos cotonicultores. Esse modelo agrícola oferece sí�os de alimentação aos fitonematoides durante quase todo o ano, uma vez que três espécies são comuns às duas culturas, soja e algodão. Aliado a isso, a maioria das cul�vares de algodoeiro são susce�veis às principais espécies de nematoides. Os levantamentos realizados nas culturas (soja e algodão) no período de 2009 a 2013, no estado de Mato Grosso, demostraram que a distribuição e população dos nematoides estão aumentando, principalmente de Meloidogyne incognita e Rotylenchulus reniformis. Há ainda relatos de ocorrência de nematoides parasitos ao algodoeiro na região do triângulo mineiro e no cerrado baiano. Situações como as encontradas em Acreúna, Itumbiara, Paraúna e Santa Helena de Goiás (GO), Aral Moereira (MS), I�quira, Rondonópolis, Campo Verde, Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde (MT) e em algumas lavouras irrigadas no oeste da Bahia, são exemplos preocupantes da dimensão dos riscos potenciais decorrentes do aumento das populações dos fitonematoides no Cerrado. Trabalhos de pesquisas foram realizados na safra 2010/11, em áreas algodoeiras do sul do estado de Mato Grosso, infestadas com os três nematoides de importância para a cultura, demostrando que as perdas variam de 21 a 35% dependendo da cul�var u�lizada. 81
Nematoides das galhas (Meloudogyne spp.)
A espécie M. incognita possui quatro raças, dentre as quais apenas as raças 3 e 4 são parasitas do algodoeiro, trata-se da espécie mais agressiva e a que causa os maiores danos na cultura, mesmo em baixas populações (a par�r de 10 nematoides por 100 cm³ de solo no momento do plan�o) já se pode observar danos à cultura. Na lavoura os sintomas são observados em manchas de reboleiras, onde as plantas apresentam porte reduzido ou morte e grande quan�dade de plantas daninhas (figura 1A), as raízes apresentam galhas (figura 1B) e as folhas apresentam o sintoma conhecido como “carijó” (figura 2). 1A
1B
Figura 1 (A). Reboleira com plantas murchas e amarelecidas. Figura 1(B) Em áreas infestadas e galhas em raízes de algodoeiro.
Figura 2. Plantas atacadas por M. incognita com folha ‘‘carijó’’ 82
A prevenção deve ser a principal medida de controle e em áreas infestadas devem ser u�lizadas, de modo integrado, várias estratégias de manejo, tais como: cul�vares resistentes ou tolerantes, rotação de culturas, plan�o de plantas supressoras e u�lização de produtos químicos (nema�cidas). Mais de 2.000 espécies vegetais são hospedeiras de M. incognita. Listam-se entre elas quase todas as plantas anuais de importância agrícola, várias espécies de fru�feras, florestais, coberturas vegetais, adubos verdes e plantas invasoras. Por essa razão, torna-se mais fácil enumerar as plantas não hospedeiras, que são, infelizmente, em número muito pequeno: amendoim, mamona, plantas cítricas, eucalipto, pinheiros, capim colonião, capim braquiária, capim sudão (sorghum sudanenese), Crotalaria spectabilis e C. breviflora. Há importante associação entre M. incognita e o fungo causador da murcha fusariana do algodoeiro (Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum), uma das mais importantes doenças da planta. O parasi�smo do nematoide aumenta a predisposição do algodoeiro à murcha fusariana. Além disso, cul�vares de algodoeiro com resistência gené�ca à murcha têm tal caracterís�ca diminuída ou eliminada se parasitadas por M. incognita. No estado de Mato Grosso, os registros de ocorrência da murcha fusariana estão aumentando rapidamente desde 2003. Hoje são comuns plantações com sintomas conspícuos da murcha (Figura 3), normalmente em associação com sintomas de galhas nas raízes, situação altamente preocupante, pois a maioria das cul�vares plantadas nesse Estado são susce�veis tanto à murcha fusariana como à M. incognita.
Figura 3. Sintoma de murcha provocado por Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum 83
Nematoides de lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus)
O nematoide Pratylenchus brachyurus (Pb) possui preferência por solos de textura médio-arenosa (15% a 25% de argila) e baixa capacidade de sobrevivência (menos de 6 meses vivos), porém, consegue sobreviver em restos de raízes hospedeiras, o que pode explicar sua elevada ocorrência em áreas sob plan�o direto. Os danos na cultura somente ocorrem sob altas populações (acima de 12.000 nematoides por 200 cm³ de solo), por esse mo�vo, com frequência não são observados danos econômicos em lavouras comerciais. O sintoma �pico causado pelo Pb em algodoeiro é o escurecimento das raízes parasitadas (Figura 4A). Na parte aérea, verifica-se apenas um menor crescimento da planta, o que pode ser atribuído à deficiência nutricional e, às vezes, avermelhamento. Além disso, as reboleiras causadas por P. brachyurus são bastante discretas e o sintoma folha “carijó” não é observado (Figura 4B). 4A
4B
Figura 4(A). Raízes de algodão com lesões e reboleira na Figura4(B) causada por P. brachyurus.
Alguns trabalhos realizados nas áreas de cul�vo de algodão de Mato Grosso mostraram que esse nematoide sobrevive na maioria das plantas daninhas frequentes nesse sistema. Por outro lado, algumas crotalárias, como Crotalaria spectabilis e C. breviftora, não são hospedeiras de P. brachyurus, e, de maneira geral, o amaranto granífero (Amaranthus cruentus), as aveias pretas (Avena strigosa) e o milheto ADR 300 (Pennisetum glaucum) são maus hospedeiros do nematoide.
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Nematoides Reniforme (Rotylenchulus reniformis)
O nematoide Rotylenchulus reniformis (Rr) possui preferência por solos de textura fina, siltosos ou argilosos. Dois aspectos fazem ainda do nematoide reniforme uma espécie bastante peculiar, o primeiro diz respeito a sua alta capacidade de sobrevivência no solo na ausência de plantas hospedeiras, a qual é relatada por alguns autores no exterior, de até 29 meses, e no Brasil há relatos de até 180 dias. Em condições de baixa umidade, a fêmea imatura entra em estado de anidrobiose, suportando a dessecação melhor que outras espécies. Nematoides nesse estado podem ser facilmente disseminados por ventos fortes, que carregam par�culas de solo – situação comum durante a primavera no cerrado brasileiro, especialmente em áreas onde se pra�ca o cul�vo convencional, com excessivo uso de grades. 5A
5B
Figura 5(A) Reboleira causada pelo nematoide reniforme, Figura 5(B) plantas com folhas ‘‘carijós’’.
Os sintomas apresentados na lavoura normalmente ocorrem em reboleiras (figura 5A), as plantas apresentam redução de porte e folhas “carijó” (Figura 5B). O nematoide Rr não produz alterações muito expressivas nas raízes, havendo redução no volume e estas, quando arrancadas do solo, possuem aspecto de sujas, mesmo depois de lavadas, devido à aderência de par�culas de solo às massas de ovos (Figura 6). Não é uma espécie muito comum na cultura da soja em Mato Grosso, porém, nos úl�mos anos tem sido frequente no Sul e Sudeste do estado (especificamente nos municípios de Rondonópolis, I�quira, Campo Verde e Primavera do Leste), possivelmente por serem as regiões pioneiras no plan�o de algodão, portanto, onde a densidade é maior que em outras regiões do estado. Nesses locais o uso das cul�vares de soja resistentes ao nematoide devem ser priorizadas. No entanto, em trabalhos recentes foi observado que a maioria 85
6A
Figura 6A. Raízes com vários pontos de acúmulo de argila onde está a massa de ovos.
das cul�vares de soja são susce�veis a essa espécie, ou seja, mul�plicadoras dela. Em Querência-MT há relatos de danos em soja provocados por Rr.
Figura 6B. Raízes e em pormenor uma massa de ovos. 86
Onde comprar sementes:
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João Francisco Menezes Região: GO, MG, MA, TO, PI, PA e BA Telefone: (77) 99907-0053 joaomenezes@tmg.agr.br Elismar Pereira Santos Região: BA (Oeste) Telefone: (77) 99835-2337 elismarpereira@tmg.agr.br
Eduardo Mergen Peres Região: MT (Médio Norte) Telefone: (66) 99624-8935 eduardoperes@tmg.agr.br
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Luiz Felipe Dal Bello Região: GO, MG, MA, TO, PI, PA e BA Telefone: (77) 99946-9741 luizdalbello@tmg.agr.br
Jovenil dos Santos Junior Região: MT (Médio Norte) Telefone: (66) 99722-7192 jovenilsantos@tmg.agr.br
Simoni Aparecida Almeida Ribas Região: BA (Oeste) Telefone: (77) 99907-0053 simoniribas@tmg.agr.br
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Dados: janeiro/2020.
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