A proposta inicial deste projeto, em 2014, foi desafiar um grupo de artistas emergentes a deslocarem-se do seu habitual atelier de produção para o espaço em branco de uma galeria de arte convencional.
_atelier coletivo
Como trabalhar com o
vazio ,
ou a partir dele?
_galeria graphos:brasil
Julho de 2014 -> primeira
exposição
_galeria graphos:brasil
Para a segunda exposição do projeto, em outubro deste ano, o grupo de artistas irá ocupar o Pavilhão 31 do Hospital Psiquiátrico Júlio de Matos, em Lisboa, Portugal.
_imagem do local
A proposta de deslocamento mantĂŠmse, oferecendo aos artistas um ambiente novo e improvĂĄvel.
_imagem do local
_artistas convidados para 2015
Alexandre
Baltazar
@mondobaltazar
Marcelo Macedo @marcelomacedo03
Olav Lorentzen
olavlorentzen.com
Peu Mello @peum
Rafael Uzai
@rafaeluzai
_curadoria: Marcelo Duarte @graphosbrasil
Formado em Comunicação Social, é sócio administrador da galeria de arte Graphos:Brasil, no Rio de Janeiro. Participou da produção de todas as exposições da galeria e vem, desde 2011, desenvolvendo projetos com artistas emergentes.
_informações A proposta inicial do projeto, em 2014, foi deslocar de um “atelier/galeria” coletivo para uma galeria de arte convencional um grupo de artistas emergentes do Rio de Janeiro. Amigos e parceiros de trabalho, esse grupo compartilhava o espaço, interesses profissionais e um estilo de vida voltado para uma refinada simplicidade. Foram desafiados a criarem obras e conceitos para um espaço estéril, muito diferente da sua zona de conforto. Para esta extenção do projeto já realizado, a proposta de deslocamento mantém-se oferecendo aos artistas um ambiente novo e improvável - um pavilhão de um hospital psiquiátrico em Lisboa. O grupo será estimulado a buscar referências, materiais e adequação cultural e espacial, além de ter que desenvolver idéias e técnicas que permitam incluir os artistas residentes do hospital no conceito da exposição.
O Pavilhão 31 é um espaço no qual se promove o desenvolvimento artístico no máximo das suas vertentes, reabilitando mentalidade e apostando numa ação de responsabilidade social direcionada para a doença mental. Liderado por Sandro Resende, que há mais de uma década dá aulas de artes plásticas aos utentes do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, o Pavilhão 31 tem desde então aliado artistas consagrados, nacional e internacionalmente – como Pedro Cabrita Reis, Jorge Molder, Souto Moura e Jeff Koons – com o trabalho desenvolvido no ateliê de artes plásticas do CHPL, através de exposições conjuntas. Inaugurado em Março de 2012, o Pavilhão 31 tem tido um enorme reconhecimento, tendo já merecido coberturas jornalísticas em órgãos de media internacionais tão conceituados quanto os espanhóis El País, El Mundo e TVE, a norteamericana Forbes, e o britânico The Guardian.
Alexandre Baltazar
Marcelo Macedo
É através da ilustração, da colagem feita a partir de imagens retiradas de revistas antigas e da pintura em nanquim que Alexandre Baltazar explora com ironia e crueza as sutilezas cotidianas da vida pós-moderna.
Marcada pela investigação de diferentes métodos criativos, a sua obra passeia por formas e dimensões. Com tintas e canetas, realiza sketchs e desenhos; com o spray explora o universo da street art; com a madeira desenvolve seus talentos como escultor.
@mondobaltazar
Com traços imperfeitos, cria imagens geralmente em preto e branco que remetem a movimentos contraculturais; do visual despretencioso dos zines à aparência provocativa da cultura punk, passando pelo antirracionalismo dadaísta, seu trabalho é voltado para a busca de uma estética não fabricada. Utilizando inúmeras referências da indústria cultural, questiona e ressignifica seus valores com humor, dando corpo a personagens tão familiares quanto estranhos e a cenas igualmente acostumadas e incômodas.
@marcelomacedo03
Reconhecido pela produção de personagens, Mack também flerta com a abstração, compondo telas de caráter conceitual através da xilogravura. Em sua diversidade, todas as obras possuem um norte comum: o uso de cores calmas e objetos encontrados pelas ruas e feiras da cidade conferem ao trabalho uma identidade marcante. A inclinação para um estilo de vida sereno, o entusiasmo pelo mar, a crença em uma fé própria e a presença do trabalho manual guiam a sua obra: uma mistura espontânea e sofisticada com resultados cativantes que garante ao artista um lugar de destaque entre os novos nomes da cena artística nacional.
Olav Lorentzen Entre Londres e Rio de Janeiro, onde mantém o seu atelier, Olav Lorentzen produz trabalhos simples que carregam conceitos e interpretações múltiplos e profundos. Com uma linguagem de fácil compreensão, suas obras desafiam a idéia de que é preciso ter uma formação cultural e intelectual definida para entender arte. Para Olav, a interpretação do espectador não é, de fato, uma preocupação. Seus trabalhos não se limitam a idéias e interpretações pré concebidas. A sua intenção é instigar as pessoas a terem uma interação mais pessoal com as obras, a fazerem associações rápidas e inteligentes. Olav quer COMUNICAR. “Eu tento encontrar a forma mais direta de enviar a mensagem para o espectador. Meu processo de criação é geralmente retirar excessos. No momento em que descubro o que quero fazer, tento entender o que não preciso mostrar antes
de definir o que, de fato, quero dizer”. Suas instalações são montadas considerando a relação do espectador com a obra e com o espaço. A riqueza da sua produção está na contextualização de coisas comuns. Com humor e ironia, Olav subverte significados e idéias. “Eu estou interessado em fazer arte que não pareça arte: coisas que poderiam ter acontecido por acidente ou ter sido deixadas lá por qualquer um”.
Peu Mello
Rafael Uzai
É no contraste entre o caos e a ordem que Peu Mello busca sua identidade artística.
É com madeira e tinta acrílica nas mãos que o artista carioca Rafael Uzai encontra sua principal forma de expressão.
@peum
Misturando pinceladas livres e composições elaboradas, Peu é adepto do improviso. Sua entrega espontânea ao fazer artístico revela uma relação visceral com o processo de criação. Com seu olhar caleidoscópico, traça investigações em diversas linguagens, com desdobramentos na pintura, ilustração, fotografia e mobiliário. Munido de materiais variados - tinta acrílica, látex, silk, bastão de óleo, giz, lápis, guache e café - explora as imperfeições e marcas das superfícies, revelando texturas e sombras, destacando, assim, uma qualidade orgânica às suas obras. Admirador de Antoni Tàpies, Basquiat, Miles Davis, Gordon Matta Clark e Cildo Meireles, Peu Mello já expôs em Tóquio e Nova York, além de já ter sido premiado como designer de produto em diversos concursos.
@rafaeluzai
Entre telas e esculturas, trilha há 12 anos caminhos criativos voltados para o “simples que impressiona”. Inspirado pelas formas orgânicas de Burle Marx e pelo simbolismo de Niemeyer, Uzai foge das simetrias, criando trabalhos que primam por qualidades orgânicas. O diálogo com a natureza, presente em todos os seus trabalhos, reforça sua inclinação pelo charme da imperfeição, enquanto a escolha de tons pastéis prima pela estética da pureza. Adepto do minimalismo, Uzai é também entusiasta da desconstrução do figurativo, buscando na abstração um caminho para a expressão de sua linguagem. Dessa experimentação nascem obras carregadas de uma emoção sutil, porém marcante e em constante evolução.