Ano VII #Edição 20
Marieta Severo Atriz volta a mergulhar no teatro e fala sobre sua carreira
Carnaval de São Paulo História, tradições e blocos da cidade
SABRINA
SATO
Apresentadora e humorista conta sua trajetória desde menina, quando veio do interior de São Paulo
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Uma publicação da Graiche Construtora e Imobiliária Ltda. Presidente: José Roberto Graiche Conselho Editorial: José Roberto Graiche Júnior Luciana Martins Graiche José Rodrigo Martins Graiche Editores: Adriano De Luca (Mtb 49.539) Juliano Guarany De Luca Diagramação e Arte: Pedro Pedrosa C Dias de Gouvea Grazieli Cunha (Estagiária) Reportagem: Letícia Iambasso Comentários e sugestões: viver@graiche.com.br Tiragem: 40 mil exemplares Foto de capa: Pedrita Junckes/Armazém
Caros leitores, Quando nos aproximamos do mês de dezembro a cidade fica mais iluminada. As ruas se acendem à noite e as principais avenidas estão enfeitadas para o Natal. É uma época de emoções intensas, de comemorações, de celebrar um ano que passou. Paira no ar uma sensação de dever cumprido, de um novo tempo que será construído. Por isso mesmo, é também o momento de refletirmos sobre como queremos edificar o próximo ano, e os próximos, e os próximos. Vivemos um intenso 2014. Recebemos o maior evento esportivo do planeta, a Copa do Mundo. Experimentamos a tristeza da eliminação e o vexame de uma derrota em larga escala. Devemos perceber, por outro lado, que no fim das contas trata-se apenas de futebol, e que o mundo – e o Brasil, principalmente – precisa dar atenção a outras questões muito mais importantes. A grande festa do futebol trouxe, além de muitas polêmicas e manifestações, milhares de turistas ao país e encheu os lares brasileiros de esperança; essa esperança não pode escoar pelo ralo. Pelo contrário, é preciso buscar o saldo positivo e, assim, detectar o que precisa ser mudado.
GRUPO GRAICHE Matriz: Rua Treze de Maio, 1954 1o, 2o, 3o e 4o andares 01327-002 São Paulo SP Tel.: 55 11 3145-1322 Filial: Rua Barão de Jaceguai, 1673 08780-100 Mogi das Cruzes SP Tel.: 55 11 4728-4359 graiche@graiche.com.br www.graiche.com.br Esta publicação é produzida por:
Obviamente, não estamos falando apenas de futebol. As eleições de 2014 marcaram os embates mais virulentos do Brasil democrático, despontando na polarização entre eleitores dos dois principais partidos políticos do país. Acompanhamos a intolerância e os ataques radicais de ambos os lados, fatos que, se por um lado enriqueceram o debate democrático, mostraram também como ainda falta ao brasileiro uma boa dose de maturidade para discutir e entender propostas políticas. A conciliação, ou pelo menos o respeito a diferentes opiniões, faz-se necessária para que, juntos, possamos fiscalizar nossos políticos, combater a corrupção, dialogarmos sobre a coletividade e construirmos juntos um conceito mais prático de país – o que queremos dele e como pretendemos chegar lá.
redacao@grappa.com.br www.grappa.com.br Os artigos e matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.
Nesta Edição
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1 Pedrita Junckes/Armazém | 2 Arquivo Marins Arquitetura | 3 Shutterstock
Sabrina Sato / 04 Home Theater - Cinema em casa / 08 Varizes - Como cuidar? / 10 Os benefícios da Romã / 12 Carnaval Paulistano - 100 anos de história / 14 Marieta Severo / 20 Catargena das Índias / 26 Hora de Brincar / 30 A execução da estratégia e a “Era das Incertezas” / 34
Desejamos que o próximo ano seja um novo período de muitos desafios. Somente assim, encarando e vencendo os obstáculos, seremos recompensados com um 2015 mais pleno de amor, de paz, de saúde e de vitórias para todos nós. Boa leitura, Boas Festas!
José Roberto Graiche Presidente
Foto: Pedrita Junckes/Armazém
4 ENTREVISTA
Sabrina
sato – Você estreou neste ano um programa solo na TV Record. Quais estão sendo os desafios deste novo projeto e quais frutos espera colher com ele? Está sendo uma experiência única! Era um sonho que eu tinha e lutei para conquistar. Estou dando tudo de mim no programa, participo das reuniões de pauta, viajo o Brasil todo gravando, conhecendo lugares e pessoas incríveis. Espero poder amadurecer ainda mais no palco e levar alegria para as pessoas que me assistem. – Quais lições você leva para sua carreira e para sua vida após 10 anos de Pânico? O Pânico foi uma escola para mim. Agradeço a todos pelo aprendizado e por ter vivido essa experiência incrível. Aprendi muito sobre trabalho, rotina e dedicação. – Você já interpretou alguns papeis no cinema nacional como nos filmes mais recentes “A Grande Vitória” e “O Concurso”. O cinema está nos seus planos? Amo cinema. Quando era criança ficava o dia inteiro na locadora e escondia em casa os filmes dos quais eu gostava muito. Chegava uma hora que a multa era tão alta, que meu pai tinha que comprar o VHS. Sim, fazer cinema é um grande desafio e essa experiência foi incrível, mas primeiro quero focar no crescimento do meu programa para depois pensar em administrar essas duas carreiras (risos).
6 ENTREVISTA
– O que essas experiências (cinema) te trouxeram de novo em relação à televisão? É uma experiência incrível! Além de contracenar com grandes atores (dos quais sempre fui fã), poder vivenciar um personagem é muito desafiador, ainda mais quando não tem nada parecido comigo! – Há alguém que te inspire como atriz e apresentadora? Quem? Por quê? Sim, com certeza! É a Hebe. Ela era uma mulher inteligente que conquistou o Brasil inteiro com o seu carisma. A Hebe sempre será uma inspiração para mim!
Sem dúvida, a minha família é a grande responsável! Sem eles, não teria alcançado nada disso. Eles me apoiam em tudo desde criança, quando decidi fazer aulas de teatro e dança até a minha mudança para São Paulo, a minha entrada na TV e, principalmente, nessa conquista do meu sonho em ter meu próprio programa. Devo tudo a eles! Meus pais sempre me diziam que em nossos sonhos não há limites, que a gente pode ir longe, ser tudo que quiser ser. E sou muito grata a eles e aos meus irmãos (Karina e Karin) por serem tão presentes e me ajudarem tanto. – A menina que saiu de Penápolis imaginou que um dia alcançaria a fama? Sempre foi meu sonho e eu tive o apoio da minha família para ir atrás do que eu realmente queria. Acho que por isso eu sempre acreditei que um dia fosse se tornar realidade. Batalhei muito e tenho orgulho disso. – Como foi enfrentar, na adolescência, uma cidade como São Paulo? Foi difícil no início, já que eu era uma menina do interior de São Paulo que brincava na rua (risos). Mas com o tempo fui me acostumando com a loucura de uma metrópole e hoje sou muito feliz por ter feito essa mudança. Amo São Paulo. – Qual conselho você daria para meninas que, cada vez mais jovens, tentam seguir os passos de modelo e dançarina? Meu conselho é que todos devem seguir os seus sonhos, mas também acho que tudo na vida tem seu tempo.
Foto: Pedrita Junckes/Armazém
– Desde criança você tinha o sonho de ser artista e de aparecer na TV. Qual a importância da sua família na realização desse sonho e em sua trajetória até aqui?
Foto: Pedrita Junckes/Armazém
Minha família é a grande responsável por tantas conquistas. Sem eles, não teria alcançado nada disso. Eles me apoiam em tudo desde criança.
– De que forma você espera que seu trabalho como apresentadora impacte a vida e o dia a dia dos brasileiros que te assistem e acompanham? O programa tem muito de mim, quase não tenho restrições. Quando não estou gravando, estou com a minha produção trocando ideias e sugestões de pautas para o programa. Minha parte preferida, com certeza, são as reportagens externas, me divirto e adoro poder conhecer muitas pessoas e histórias incríveis em cada gravação. E, além disso, posso ajudar essas pessoas e ter contato com meus telespectadores!
– Você diria que o humor é sua principal ferramenta para levar a mensagem aos telespectadores? Se sim, como cuidar para que esse humor não esbarre em preconceito e desrespeito como é tão comum vermos hoje em dia na nova geração de humoristas?
como humorista ? Sinto que já melhorei muito desde que comecei, mas temos que nos renovar todos os dias. Estou sempre aprendendo e buscando novidades. Quero muito melhorar meu inglês, para quando eu for entrevistar o Brad Pitt, né?! (risos)
Sim, com certeza o humor é a minha principal ferramenta para me comunicar com o público. Tento sempre tomar cuidado para não ofender as pessoas de maneira desrespeitosa.
– Você se vê trabalhando nas telas (televisão ou cinema) em um futuro bem distante? Ou existem outros planos a serem realizados em sua vida profissional?
– Em quais áreas ou habilidades da sua carreira você ainda deseja evoluir, investindo tempo e energia? Como atriz, como entrevistadora, como dançarina,
Com certeza. Amo trabalhar nas telas e quero fazer isso para o resto da vida. Estou vivendo o meu sonho de vida profissional. Sinto-me realizada.
8 decoração
Home Theater CINEMA EM CASA Projeto realizado por Marins Arquitetura
Fotos: Arquivo Marins Arquitetura
Conheça os principais tipos e dicas para instalar o equipamento em ambientes pequenos Morar em apartamento exige, muitas vezes, a criatividade para acomodar os móveis em espaços pequenos e a praticidade de escolher objetos de decoração e de lazer de acordo com o ambiente em que se vive. Uma das opções para o entretenimento é o Home Theater, conjunto de alto-falantes que instalado junto à TV produz melhor qualidade de áudio. Através de um posicionamento estratégico desses alto-falantes seja na sala de estar ou em outro cômodo, o sistema chamado de surround sound propaga o som em todo o ambiente, assim como acontece no cinema. Porém, de acordo com Maria Renata Pietra Papa, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Newton Paiva, o Home Cinema é um
conjunto completo de espaço, ambientação, iluminação e equipamentos, enquanto que o Home Theater é um equipamento mais simples e popular, utilizado principalmente em apartamentos e espaços pequenos. “A melhor opção para a instalação de um Home Theater é contratar um profissional capacitado (arquiteto ou designer de interiores), que irá projetar todo o espaço em função da área e do volume, criando o layout, especificando os materiais de revestimento e dimensionando os equipamentos de forma adequada, a fim de otimizar o uso com o espaço”, explica. Já o arquiteto Fábio Marins indica que é preciso manter a ideia de proporcionalidade no ambiente. “Ambientes menores requerem sistemas e equipamentos mais
otimizados, enquanto que em ambientes mais espaçosos é possível investir em sistemas mais robustos”, informa. Segundo ele, se a sala não oferece uma distância razoável entre o expectador e a TV não vale a pena adquirir um aparelho de televisão fora de suas proporções. “Isso pode trazer até alguns problemas de saúde para as pessoas, pois a vista será muito exigida por estar tão perto da imagem, ocasionando dores de cabeça”, diz Fábio. O arquiteto explica que o mesmo vale para o áudio quando não há espaço suficiente para a propagação do som de forma adequada. “Existem sistemas que não são tão robustos em termos de tamanho e potência, mas que oferecem uma qualidade superior de som e imagem, ao passo que há
Projeto realizado por Marins Arquitetura
outros que, à primeira vista, impressionam pela robustez, mas que são verdadeiros fiascos em termos de qualidade”, relata.
Como escolher um modelo Existem dois grupos principais de modelos de Home Theater: o “home theater in a box”, conhecido como “tudo em um só”, sistema que integra um reprodutor do tipo DVD ou blu-ray (com imagem e som em alta definição) e caixas acústicas próprias para o sistema. O outro grupo é o “Separate Component Systems” (Sistemas de Componentes Separados), com um sistema integrado independente e que é necessário conectar equipamentos como blu-ray, DVD, CD player com caixas de som também independentes e à escolha. De acordo com Fábio, dentro destes dois grupos citados acima há três tipos de home theaters:
• Soundbar: É um único aparelho em formato de barra posicionado abaixo da TV. Ele “simula” o som que seria produzido pelas cinco caixas acústicas. É indicado para ambientes muito pequenos, por ser compacto e dispensar a instalação de caixas adicionais. No entanto, sua qualidade fica aquém dos sistemas tradicionais; • Sistema 5.1: Composto por cinco caixas e um subwoofer (alto-falante específico para frequências de som graves), onde cada caixa reproduz um canal de áudio. São três caixas frontais junto à TV, uma à direita, uma ao centro e outra à esquerda, e duas caixas traseiras chamadas de surround; • Sistema 7.1/7.2: Além das cinco caixas descritas no sistema anterior, ele conta com mais duas caixas intermediárias entre o centro e a traseira. Indicado para ambientes grandes, onde são necessárias mais caixas para fazer a cobertura de todo “palco sonoro”.
Dicas para instalar um Home Theater • Aparelhos de TV com muitas polegadas podem distorcer a imagem e perder a nitidez, principalmente se estiverem posicionados muito próximos da poltrona. Privilegie as TVs com definição HD; • Utilize caixas de som 5.1 para propagar melhor o áudio no ambiente; • Caso adquira um equipamento com Sistemas de Componentes Separados, escolha aparelhos de reprodução de mídia em áudio e vídeo como blu-rays, DVDs, receptores de TV a cabo etc;
• As caixas frontais deverão estar próximas à TV, sendo que a caixa “frontal central” (C) deverá estar exatamente no eixo central da TV e as caixas “frontal direita” (L) e “frontal esquerda” (R) deverão estar simetricamente posicionadas na lateral da TV e na altura dos ouvidos; • O subwoofer (LFE) deve ficar diretamente no chão, sem estar apoiado em nenhuma mobília para não fazer vibrar nenhum objeto, e frontalmente, se possível; • Caso a sala de estar seja muito pequena, a solução é fixar as caixas nas paredes ou embuti-las no forro do teto.
10 cuide-se
VARIZES - Dor e estética Foto: Shutterstock
Conheça as principais causas e tratamentos da doença Quem tem na família pessoas com varizes, cedo ou tarde poderá desenvolver a doença. Segundo o Dr. Adílson Feitosa, angiologista do Hospital Badim do Rio de Janeiro, as varizes são veias dilatadas, tortuosas e alongadas localizadas nas pernas. “É uma enfermidade de evolução crônica e sua ocorrência primária teria predisposição hereditária, em consequência do enfraquecimento da musculatura e elasticidade da parede da veia. E evolui com o aumento da insuficiência das veias responsáveis pelo direcionamento do fluxo sanguíneo nas pernas”, explica. Outros possíveis fatores desencadeantes, segundo o médico, podem ser o processo degenerativo da veia por causa do envelhecimento; a postura predominante em pé ou sentado por longos períodos durante o trabalho; obesidade; sedentarismo e profissões ou atividades com levantamento de pesos excessivos. Em recente estudo divulgado pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), foi divulgado que a doença atinge 38% da população brasileira, sendo 45% em mulheres e 30% em homens. Segundo o presidente da
instituição Dr. Pedro Komlós, as varizes acometem mais as mulheres por causa da variação hormonal, menos frequente nos homens. “O homem amadurece hormonalmente e fica estável. Já a mulher sofre com mudanças hormonais, seja nas menstruações, nas gestações, na menopausa ou com a ingestão de pílulas anticoncepcionais. Mas isso não quer dizer que é impossível um homem ter varizes. Afinal, a doença é genética”, informa. O especialista diz que apesar de ser uma doença crônica, é possível prevenir alguns fatores desencadeantes. “Uma alimentação saudável e a prática de exercícios que impulsionam o retorno do sangue para as pernas podem diminuir e prevenir as varizes”, enfatiza. As varizes tendem a aparecer com mais frequência nas gestações pelo aumento do abdome da mulher que faz pressão nos vasos da pelve e também nos das pernas. Dr. Komlós informa que nesses casos a gestante deve utilizar meias elásticas e em alguns casos, seu médico pode receitar algum tipo de medicamento que possa ajudar na prevenção.
Sintomas Para o cirurgião vascular do Hospital do Coração de São Paulo (HCor), Dr. Gilberto Narchi, o primeiro sinal a que um paciente precisa prestar atenção é a presença de algumas veias dilatadas nas pernas. Na maioria dos casos a doença é assintomática, mas pode ter alguns sintomas como dor. “Pode-se sentir peso, cansaço, formigamento, câimbras ao final do dia, ardência e inchaço nas pernas, principalmente nos tornozelos”, revela. Porém, mesmo se o paciente não possuir sintomas, o cirurgião explica que é necessário fazer o tratamento o mais cedo possível, assim que as primeiras varizes surgirem. “Além de prevenir problemas futuros como trombose (formação de um coágulo sanguíneo nas veias que bloqueia o fluxo sanguíneo), úlcera (feridas nas pernas, principalmente nos tornozelos em decorrência da hipertensão venosa local), inchaço e manchas escuras nas pernas, o tratamento também melhora a estética”, conta.
DORES NAS PERNAS A analista de crédito Genalva Lima, sentia constantes dores nas pernas, principalmente na região das panturrilhas. Em 2010, após uma consulta médica e a realização do ultrassom Doppler, foi constatado que uma de suas veias localizada atrás do joelho estava com insuficiência no fluxo sanguíneo. “Segundo meu médico, o fato de eu trabalhar o dia inteiro sentada pode ter causado a má circulação”, conta. Para o tratamento, Genalva realizou uma microcirurgia para a retirada das varizes e no mesmo dia retornou para casa. “Fiquei seis horas em observação no hospital e depois fiz repouso por dois dias. Como complemento do tratamento, o médico me receitou meias elásticas e medicamento”, diz. Após uma semana, Genalva retornou ao consultório médico, dessa vez para fazer a escleroterapia em alguns microvasos que possuía. “Valeu a pena ter realizado a cirurgia, pois não senti mais dores desde então. Mas é necessário continuar com o acompanhamento médico”, revela.
Tratamentos Os especialistas informam que cada tratamento é individualizado e irá depender do tipo de varizes e da situação de cada caso. “É muito importante uma avaliação médica para aconselhar o que é mais indicado ao paciente”, diz Dr. Narchi. Conheça a seguir os principais tratamentos: • Escleroterapia química: São injeções de glicose aplicadas em microvasos (pequenas varizes em tom arroxeado na perna e com formato de teias de aranha) com objetivo de secá-los. Após algumas seções esses microvasos desaparecem completamente. “O tratamento é feito em consultório médico e o paciente pode levar vida normal durante as seções”, conta Dr. Adílson. • Laser: Endolaser ou laser endovascular é um tratamento com fibra ótica conectada a um aparelho emissor de laser. A fibra é introduzida na veia por punção através da pele com a utilização de um aparelho de ecodoppler (ultrassom) e controle da emissão do laser. Esse tratamento é indicado para alguns tipos de veia. “O tratamento mais indicado hoje para a safena é o laser. Não é mais necessário retirá-las com cirurgia”, revela Dr. Gilberto. As seções também são feitas em consultórios médicos ou ambulatórios e não é necessário repouso do paciente. “Esta técnica apresenta bom resultado estético e recuperação precoce no pós-operatório, sendo o método minimamente invasivo com menos hematomas e equimoses e boa recuperação em curto prazo”, informa Dr. Adílson. • Cirurgia/Microcirurgia: A cirurgia é recomendada para varizes mais grossas e dilatadas. A operação envolve microincisões na perna para a retirada das veias que estão com insuficiência. Não é necessária a internação e diferentemente do que acontecia antes, o paciente não precisa mais dos 15 dias de repouso antes necessários. “Atualmente, pedimos somente um afastamento das atividades físicas mais pesadas, entretanto, o paciente está liberado para no outro dia caminhar, trabalhar e demais atividades do dia a dia”, relata Dr. Gilberto. • Espuma: Outra opção de tratamento para varizes mais grossas e para a veia safena é a utilização da espuma densa (guiada por ultrassom), obtida com a mistura de ar e polidocanol. Essa técnica pode ser feita ambulatorialmente, também em sessões, com dosagem pré-determinada em visita ao consultório, sendo indicada especialmente para pacientes de alto risco para cirurgia de varizes e com presença de veias de difícil retirada pelo método cirúrgico.
12 gastronomia
´ ~ OS BENEFICIOS DA ROMA A simbologia e os benefícios medicinais de uma das frutas mais antigas do mundo Cultivada há cerca de 5 mil anos no Oriente Médio, mais precisamente no Irã, a romã é um fruto com diversos significados e benefícios. Na Armênia, acreditava-se que era símbolo de fertilidade, abundância e casamento enquanto que no Irã a fruta trazia boa saúde e vida longa. No Brasil, suas sementes são utilizadas em simpatias no Dia de Reis para trazer dinheiro e fartura durante o novo ano. Superstições à parte, suas propriedades medicinais auxiliam na prevenção e tratamento das doenças do coração, em processos inflamatórios e na redução do colesterol por causa de seus antioxidantes naturais. É rica em vitaminas, como A, B6, B9, C, E e também cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio, zinco. Devido à sua casca grossa, as romãs duram mais que as outras frutas, seja durante o calor ou o frio. Seu caldo pode ser utilizado em substituição ao limão, e na cozinha combina com pratos quentes ou frios.
MOUSSE COM CALDA DE ROMÃ Ingredientes: • 3 claras • 3 colheres (sopa) de açúcar • 250 g de chocolate branco • 1 lata de creme de leite • 1/2 xícara (chá) de água • 1/4 de xícara (chá) de groselha • Sementes de 3 romãs • 1 colher (sobremesa) de suco de limã o Modo de preparo: Bata as claras em neve, junte o açúcar e continue batendo até obter picos firmes. Derreta o choc olate em banho-maria, retire do fogo e adicione o crem e de leite. Misture delicadamente as claras com o creme de chocolate. Distribua em taças individuais e leve-as à gela deira. Em uma panela, coloque a água, a groselha e leve ao fogo alto até ferver. Acrescente as sementes de romã, desl igue o fogo e misture o suco de limão. Deixe esfriar e distr ibua sobre as mousses. Fonte: Site “M de Mulher”
Fotos: Divulgação
Divulgação
14 cultura
Foto: Caio Pimenta
Carnaval Paulistano 100 anos de HistÓria Personagens, fatos e lembranças de uma trajetória secular
Um dos principais eventos populares do Brasil e do mundo, o Carnaval em São Paulo atrai 30 mil turistas todos os anos, sendo 20% estrangeiros, segundo a SPTuris (São Paulo Turismo), organizadora dos desfiles das escolas de samba da capital. O evento que vê seu valor de arrecadamento aumentar a cada ano – na última edição foram 51 milhões de reais – também movimenta 52 setores da economia paulista, gerando empregos direta ou indiretamente. De acordo com dados da SPTuris, são 25 mil pessoas contratadas que contribuem com o crescimento econômico e cultural da cidade. Em 2013, o samba paulistano foi reconhecido como patrimônio imaterial pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da cidade de
São Paulo (CONPRESP). A despeito dos números tão significativos, a verdade é que muita gente não sabe como o samba tornouse um dos maiores eventos turísticos da capital paulista.
De cordão à escola de samba A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, organização que representa as agremiações carnavalescas, foi fundada em 19 de junho de 1986 com o objetivo de coordenar a atuação conjunta das escolas do Grupo Especial e do Grupo de Acesso, além de promover e produzir os desfiles desses grupos. O Sambódromo do Anhembi foi inaugurado no dia 1º de fevereiro de 1991 e recebeu seu primeiro evento naquele mesmo
1992 Alguns cordões continuaram a existir, mas pouco a pouco, foram dando espaço às escolas de samba, criadas, principalmente, nas várzeas e periferias das comunidades paulistas. Uma das primeiras fundadas foi a Primeira de São Paulo em 1935; dois anos depois o cordão Baianas Paulistas criou a Lavapés que até hoje existe e desfila por um dos grupos de carnaval de São Paulo. Os últimos cordões tornaram-se agremiações carnavalescas nos anos 1970.
Foto: Nara de Lima
2013 Nessa mesma década são criados os primeiros blocos de rua, alguns em atividade até hoje, cada vez mais organizados e bem estruturados. De acordo com a Prefeitura de São Paulo, 51 blocos já estão cadastrados para desfilarem pelas ruas paulistanas em 2015. Neste ano, a cidade bateu recorde de foliões e blocos: mais de 2 milhões de pessoas se espalharam por praças, viadutos, ruas e vielas da capital paulista embalados por mais de 200 blocos de rua.
Foto: José Cordeiro
mês. Mas a história do carnaval paulistano começou muito antes disso. Em 1914, um grupo de amigos e familiares moradores do bairro da Barra Funda, liderados por Dionísio Barbosa, negro, ex-escravo e recém-chegado à cidade, juntaram sua musicalidade do interior com a comemoração do Carnaval para fundarem o primeiro grupo carnavalesco de São Paulo: o Cordão Barra Funda. Nele, os homens desfilavam pelas ruas vestidos com camisas verdes e calças brancas, referência às cores do bairro, além de durante todo o ano organizarem outros eventos na comunidade onde viviam para cultivar a cultura local. O grupo era pequeno: cerca de 15 a 20 pessoas faziam parte do cordão. Com o passar dos anos, novos cordões e grupos carnavalescos foram surgindo pelos bairros mais afastados da cidade. O Cordão da Barra Funda, pioneiro, começou a levar para seus desfiles instrumentos de sopro, cordas e de percussão. Apesar de nessa época não ser conhecido como um estilo musical próprio, o samba tinha um modo próprio: ritmado pelas famosas marchinhas de letras curtas e melodias simples. Já na década de 30, com o surgimento das escolas de samba, o grupo foi refundado com o nome de Cordão Mocidade Camisa Verde e Branco, e depois, Associação Cultura e Social Escola de Samba Mocidade Camisa Verde e Branco.
Foto: HélvioSPTuris
Foto: Arquivo SPturis
1990
Foto: José Cordeiro
16 cultura
BLOCOS DE RUA Estrutura A Liga Independente das Escolas de Samba coordena os desfiles do Grupo Especial, formado por 14 agremiações, o Grupo de Acesso e mais quatro divisões de escolas de samba: os grupos 1,2,3 e 4 da União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP). A cada edição, dependendo do resultado da agremiação, a rotatividade das escolas em cada grupo muda. Cada escola do Grupo Especial possui investimento médio de R$ 2,5 milhões e até 3,5 mil componentes. Apesar de acontecer uma vez ao ano, as preparações para os desfiles das escolas começam até sete meses antes. Nesse período acontecem dentro de cada barracão a escolha do tema, das composições e os votos para decidir o samba-enredo, as apresentações pilotos das fantasias e logo depois o trabalho das costureiras, a gravação dos sambas que irão fazer parte do disco, os videoclipes para a televisão (no caso do Grupo Especial) e os ensaios técnicos no Sambódromo. Além disso, durante todo ano as escolas promovem festas temáticas e eventos comemorativos em datas específicas, como Dia das Crianças, por cumprirem às vezes o papel de núcleo cultural e de lazer em algumas comunidades. Atualmente está em fase de construção a Fábrica de Samba, um local exclusivo para a confecção dos elementos utilizados nos desfiles e próximo ao Sambódromo do Anhembi, o que denota facilidade para o transporte dos carros alegóricos e demais fantasias das escolas de samba. “Com infraestrutura adequada e permanente, além da segurança de poder desenvolver o tema proposto sem qualquer risco de perder o espaço, as agremiações do grupo Especial terão à disposição elementos inéditos na história do carnaval paulistano, além da facilidade de estarem a um quilômetro de distância do sambódromo”, divulgou a SPTuris no Censo do Samba Paulistano de 2014.
Acadêmicos do Baixo Augusta Um dos mais novos blocos em atividade, foi criado em 2009 com o objetivo de celebrar a diversidade e a revitalização da região da rua Augusta. Atrai mais de 20 mil pessoas à região com seu desfile de quatro horas da Rua Augusta até a Praça Roosevelt. No último ano, a cantora Pitty saiu como madrinha, a atriz Alessandra Negrini como rainha, o músico Wilson Simoninha como puxador e o jornalista Marcelo Rubens Paiva como porta estandarte. A data do evento é alterada todos os anos. Concentração: Rua Augusta, Centro. Bloco dos Esfarrapados De acordo com moradores do bairro do Bixiga, o bloco é o mais antigo do carnaval paulistano. Criado em 1947, desfila pelas ruas da região na segunda-feira de carnaval e atrai foliões de todos as regiões com suas marchinhas e sambas-enredos da escola de samba Vai-Vai. Concentração: Rua Conselheiro Carrão, 466. Vai Quem Quer Com 34 anos de existência, o bloco carnavalesco Vai Quem Quer parte da Praça Benedito Calixto, em Pinheiros, no domingo de Carnaval, mais precisamente às 21h. A folia atrai muitas pessoas e turistas que marcham pelas ruas do bairro e da vizinha Vila Madalena. Concentração: Praça Benedito Calixto, s/n, Pinheiros.
18 cultura
Para quem não perde um desfile no sambódromo do Anhembi ou para aqueles que preferem a folia dos blocos de rua, o Carnaval de São Paulo em 2015 já está batendo à porta: confira agenda e os enredos das escolas de samba do Grupo Especial e alguns blocos de rua de São Paulo. Foto: José Cordeiro
Sexta-feira – Dia 13/02 23h15 – Mancha Verde – “Quando surge o Alviverde Imponente, 100 anos de lutas e glórias”; 0h25 – Acadêmicos do Tucuruvi – “Entre confetes e Serpentinas: Tucuruvi relembra as marchinhas do meu, do seu, do nosso carnaval”; 1h35 – Tom Maior – “Adrenalina”; 2h45 – Dragões da Real – “Acredite se Puder”; 3h44 – Rosas de Ouro – “Depois da tempestade….O encanto”; 4h55 – Águia de Ouro – “Brasil e Japão: 120 anos de união”; 6h50 – Nenê de Vila Matilde – “Moçambique, a lendária Terra do Baobá Sagrado”.
Sábado – Dia 14/02 22h30 – Unidos de Vila Maria – “Só os diamantes são eternos na química divina”; 23h20 – Gaviões da Fiel – “No jogo enigmático das cartas, desvendem os mistérios e façam suas apostas, pois a sorte está lançada!”; 00h30 – Mocidade Alegre – “Nos palcos da vida, uma Vida no Palco…Marília!”; 01h40 – Império de Casa Verde – “Sonhadores do mundo inteiro: uni-vos!”; 02h50 – Acadêmicos do Tatuapé – “Ouro – Símbolo da Riqueza e Ambição”; 04h00 – Vai-Vai – “Elis Regina”; 05h10 – X-9 Paulistana – “Sambando na chuva, num pé d’água ou na garoa, sou a X-9 numa boa!”.
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20 perfil
“Quatorze anos é muito tempo. É muito avassalador, você fica muito impregnado no personagem”. É assim que a atriz Marieta Severo, 68 anos, se sente ao falar de sua personagem Dona Nenê do seriado “A Grande Família”, que ficou no ar por mais de uma década na TV Globo e recentemente se despediu das telonas. Para ela, o que ficou da série na qual interpretou uma das mãezonas mais queridas da televisão brasileira será a lição de convivência entre os atores. “Podíamos pensar e ter opiniões diferentes, mas conseguimos sobreviver muito bem”, revela.
Foto: Leo Aversa
Marieta SEVERO
Foto: Divulgação
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Apesar do término da série, a atriz não tem muito tempo para sentir saudades. Atualmente está se dedicando de “corpo e alma” à peça Incêndios, em que é produtora e protagonista com a direção de Aderbal Freire-Filho, Nawal é uma mulher árabe cuja vida é atravessada por décadas de uma guerra civil que parece nunca ter fim. Ela passa seus últimos anos em exílio voluntário no Ocidente, onde morre e deixa em testamento uma difícil missão para seu casal de filhos gêmeos: encontrar o pai e também um irmão perdido em seu remoto passado no Oriente. “É uma peça que toca em questões humanas. Uma delas, por exemplo, é a questão da violência que é muito próxima ao nosso cotidiano”, conta. Depois de uma temporada prorrogada por setes meses no Rio de Janeiro – a previsão inicial era de dois meses – a peça está hoje em São Paulo, reproduzindo o mesmo sucesso da capital carioca, provavelmente até o mês de dezembro.
– Você se lembra de quando decidiu ser atriz? Como foi?
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– Do que você já sente mais falta após se despedir da personagem da Grande Família? Dos colegas. Sinto muita falta das nossas conversas, do nosso bate-papo, do nosso besteirol, como a gente se chamava, de ficar falando bobagem, ficar rindo. Era uma turma muito divertida, muito alegre e isso me faz muita falta. A convivência com as pessoas é o que me dá mais saudade. E sinto falta também dos personagens e do universo da Grande Família. De pensar: onde está a Bebel? Cadê o Tuco? É muito estranho porque é uma convivência, digamos assim,
Eu acho sempre difícil atuar, criar essa mágica, convencer que você é outra pessoa, seja na televisão ou no teatro. Eu acho que a hora da verdade absoluta do ator é no teatro, porque ali não tem ninguém para te ajudar.
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Eu ia ser professora primária porque tinha muito jeito para contar histórias para crianças. Então, fui estudar no estúdio Educação da Tijuca, no Rio de Janeiro, e no terceiro ano eu fui transferida para a avenida Amaral que era em frente ao Tablado. Aí eu comecei a assistir as coisas no Tablado, a frequentá-lo e fiquei amiga do pessoal do teatro. Comecei a conhecer as entranhas do teatro e o lugar onde se fazia figurino, e fui sendo tocada pela magia do teatro. Um dia, por acaso, fui acompanhar uma amiga para um teste em um filme e o diretor Luís Carlos Maciel falou: tem um papel aqui que eu acho que é muito adequado para você. Fiz o filme e fiquei. A partir daí acho que fui sendo empurrada. Porque eu nunca disse na minha infância ou na minha adolescência que queria ser atriz, não fazia parte do meu mundo. Hoje em dia essa profissão é muito difundida, todo mundo quer, mas na minha época não era assim não. E eu não tinha ninguém na família ligado na área artística. Acho que a vida foi me direcionando e eu fui me deixando levar.
Foto: Leo Aversa
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Peça “Incêndios”
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“anormal” de um personagem para um ator. Quatorze anos é muito tempo. É muito avassalador, você fica muito impregnado no personagem.
– Você está na peça “Incêndios” como personagem principal, dirigida por Aderbal Freire-Filho. Como é voltar e ter foco total nos palcos do teatro?
Na verdade, a minha última peça (As Centenárias) estreou em 2007 e ficamos nos palcos por quatro anos. Não me sinto voltando porque apesar de ter ficado dois anos fora dos palcos, o processo de produção de “Incêndios” começou um ano antes. E a peça é uma daquelas bênçãos que os deuses teatrais dão para a gente de tanto em tanto tempo. É uma peça extremamente bem-sucedida com uma forma teatral belíssima, forte, criativa e com um texto que é de uma qualidade enorme. E eu estou na melhor forma porque estou contando uma belíssima, tocante e poética história dentro de um contexto que é possante, com uma direção teatral que é bastante criativa e com colegas de grande qualidade. Somos oito em cena. Então eu tenho um enorme prazer de, a cada noite, contracenar, brincar e jogar com colegas que tenham também uma paixão total pelo teatro, uma entrega total ao teatro. É um momento muito completo.
– Qual principal mensagem essa peça se propõe a passar ao público? Eu não me preocupo muito com a mensagem. É uma peça que toca em questões humanas. Uma delas, por exemplo, é a questão da violência que é muito próxima ao nosso cotidiano. Uma guerra civil que a gente não vive de forma declarada, mas que vivemos de uma forma camuflada, onde irmão mata irmão diariamente. A gente está conversando aqui e sabe que nesse mesmo momento irmãos estão sendo assassinados, mortos, sofrendo com a violência do tráfico, com a violência da pobreza. E a peça fala disso de uma maneira muito bonita. É legal estar com uma tragédia em cena. É um drama. As pessoas se comovem e saem tocadas do teatro. Porque além de divertir e entreter, outra bela função do teatro é de emocionar.
– O que é mais difícil fazer no Brasil? Teatro ou televisão? Por quê? Eu acho sempre difícil atuar, criar essa mágica, convencer que você é outra pessoa, seja na televisão ou no teatro. Eu acho que a hora da verdade absoluta do ator é no teatro, porque ali não tem ninguém para te ajudar, não tem luz, não tem uma câmera que chega ao seu rosto com uma música atrás que já dá algum significado à cena. A expressão absoluta para o teatro é o ator. Ali é só você.
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Arquipelago do Rosário
CARTAGENA DAS ÍNDIAS
Foto: Shutterstock
Um dos paraísos banhados pelo oceano caribenho, a cidade revela surpresas e muita história Margeada pelo Mar do Caribe, Cartagena ou Cartagena das Índias, na Colômbia, está dividida entre o charme dos séculos passados e a modernidade dos dias atuais. Patrimônio Cultural da Unesco desde 1984, a cidade foi fundada no ano de 1533 e muitos de seus edifícios originais ainda estão preservados. Durante o período colonial no país, foi construído um porto por causa de sua localização estratégica que facilitava a passagem de mercadorias. Com isso, a cidade era alvo de ataques constantes de piratas e ladrões. Para se proteger, os governantes da época construíram “A Cidade Amuralhada”, uma muralha de 11 km que
até hoje cerca todo o centro de Cartagena. Dividido em quatro pequenos bairros (Centro, San Diego, Matuna e Getsemani) esse local abriga e preserva os principais pontos turísticos, além de ruelas charmosas, igrejas, praças, restaurantes, museus, bares e edifícios de arquitetura colonial com varandas floridas. É possível ainda fazer todo esse trajeto escolhendo algum dos meios mais comuns para se locomover: bicicletas, carruagem ou chiva, veículo similar a um ônibus, mas com laterais abertas e sem vidros. Conheça alguns dos locais imperdíveis para se aproveitar a cidade.
Torre do Relógio A Torre do Relógio é um dos principais símbolos de Cartagena, pois é a entrada principal da Cidade Amuralhada e tem uma construção que chama atenção mesmo de longe. A torre funciona como um portal que divide dois bairros e é possível passar por debaixo dela e de seu relógio. À noite, a torre permanece iluminada e atrai mais turistas. Museu do Ouro Zenú O local abriga diversos objetos encontrados na região da Colômbia feitos pelo povo Zenú no período pré-colombiano. Através do ouro é possível conhecer a história da Colômbia e a cultura indígena de séculos muito antigos. As peças foram trabalhadas com muitos detalhes. Além das peças de ouro, há também utensílios de cerâmica e ferramentas de caça, pesca e agricultura.
Praias Em Cartagena, as praias urbanas não possuem o ar do paraíso caribenho. Entretanto, para conhecer e curtir as praias de areias brancas e águas transparentes é preciso ir de barco em alguns pontos específicos do arquipélago:
Castelo de San Felipe de Barajas Foto: Shutterstock
Centro Histórico Cidade Amuralhada A muralha é um dos pontos mais importante da cidade. Se você gosta de conhecer a história local, é uma ótima região para fazer uma caminhada pelas pedras ao pôr do sol, além de conhecer os baluartes da muralha e tirar fotos. Castillo de San Felipe de Barajas É uma fortaleza construída entre 1536 e 1657. É considerada a maior construção feita por espanhóis no Novo Mundo. Sua função era proteger a cidade de ataques estrangeiros e sua localização permitia observar possíveis inimigos vindos por terra ou mar. Por fora há uma grande estrutura, mas por dentro do castelo há quartos, labirintos, corredores e túneis, feitos com o objetivo de surpreender o inimigo, mas disponíveis hoje para visitação turística. Catedral de Cartagena Também conhecida como Basílica Menor Santa Catalina de Alejandria, é uma das igrejas mais importantes e históricas da cidade. Sua construção é de 1575 e sua arquitetura tem detalhes muito interessantes da época, como as colunas de sustentação, as capelas e o altar-mor com detalhes de ouro.
Arquipélago de Rosário Uma das principais atrações marítimas de Cartagena, o local fica cerca de uma hora de distância do centro da cidade e tem diversas ilhas privadas, que oferecem estruturas e atividades diferentes, como mergulho com a possibilidade de ver peixes e corais. As principais ilhas são: Oceanário, Isla del Pirata e Isla del Encanto. Ao final do passeio pela ilha de Oceanário há uma parada no aquário local, onde é possível assistir ao show dos golfinhos, nadar com eles e até alimentá-los. Playa Blanca De águas cristalinas, temperatura agradável, quase sem ondas e areia clara, é possível se distanciar do centro da cidade e curtir um dia típico de verão nesse local paradisíaco com o mar caribenho ao fundo. A viagem é de barco e tem a duração de aproximadamente uma hora. La Boquilla Mesmo sendo na cidade, o segredo dessa praia se encontra na sua distância da área central de Cartagena. O lugar tende a ser mais vazio, propício para o descanso. A extensão da praia é grande, a água é calma e há vários bares próximos à areia. Bocagrande Uma das praias mais famosas da cidade por suas águas quentes e ondas pequenas. O local é muito movimentado, principalmente aos finais de semana. Há nas redondezas diversas opções de restaurantes, lojas e bares.
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Foto: Shutterstock
Cartagena foi uma das paradas na viagem da professora Gaya Machado, que também incluiu San Andrés e Bogotá, ambas também na Colômbia. Sua escolha de hospedagem foi na cidade amuralhada para poder ficar mais perto do centro histórico e aproveitar seus pontos turísticos. “A cidade é muito histórica e charmosa. Seus prédios coloniais, cortados por ruas de paralelepípedo, foi como uma volta ao passado”, conta. Gaya aproveitou seus dois dias de estadia para caminhar nas ruas históricas, conhecer alguns lugares como o Castillo de San Felipe de Barajas, conferir o pôr do sol no Café Del Mar e, claro, conhecer as ilhas do arquipélago de Rosário. “É um paraíso de águas verdes e areia branca. Assisti a um show de golfinhos e até nadei com eles”, diz. Já a jornalista Mirian Gasparin viajou com sua filha para Cartagena em 2013 para uma estada de cinco dias. Segundo ela, é possível aproveitar a cidade tanto de dia como à noite. “Não dá para deixar de fazer o passeio de chiva (espécie de ônibus sem janelas) que passa pelos principais pontos turísticos da cidade durante o dia. Para a noite, é imperdível o “Rumba in Chiva” com paradas em discotecas de rumba, salsa e outros ritmos caribenhos”, destaca. Para quem tem interesse em visitar Cartagena, Mirian dá algumas dicas de lugares imperdíveis. “O centro histórico, o Convento de la Popa, onde é possível apreciar uma linda imagem de Nossa Senhora da Candelária e as águas quentes e tranquilas da praia de Bocagrande”, revela.
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Foto: Gaya
Cidade histórica e charmosa
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Mamusca Fotos: Divulgação
Conheça espaços que oferecem atividades para toda a família em São Paulo Imagine aquele lugar especial da sua infância. Um quintal com árvores, brinquedos como escorregadores, balanços de pneus e um espaço ao ar livre para crianças se divertirem. Apesar de nos remeter a uma casa de cidade pequena, interiorana ou um sítio no meio do mato, esse lugar pode ser encontrado em São Paulo, a maior cidade da América Latina.
Há cerca de cinco anos, espaços como esses surgiram na capital paulista, com a proposta de receberem crianças, pais, avós e outras pessoas que participam da vida dos pequenos. De acordo com Elisa Roorda, proprietária do Mamusca, pais, mães, crianças, gestantes e até bebês acompanhados podem passar manhãs ou tardes compartilhando atividades pensa-
Mamusca
ESPAÇOS PARA BRINCAR EM SÃO PAULO
Famíliarte Além das oficinas de expressões musicais, artísticas, corporais, do brincar e para a família, também abre o espaço para receber festas de aniversários, eventos corporativos e outras comemorações como chá de bebê, de cozinha e batizado. Rua Sales Júnior, 470, Alto da Lapa. Telefone: 3642-1706 http://www.familiarte.com.br/
A Casa das Ideias Recebe crianças e adolescentes com idades entre 5 a 17 anos. Oferece cursos e oficinas com professores formados em engenharia, arquitetura, design e pedagogia. Cada sala tem até três alunos. Rua Fidalga, 174 F, Vila Madalena. Telefone: 2364-4847 www.acasadasideias.com.br
Mamusca As atividades são programadas para diferentes faixas etárias, desde crianças até avós: artes, dança, música, culinária, yoga e capoeira. No espaço também há um café com refeições e lanches da tarde, além de horta orgânica, sala de artes e salas multifuncionais. Os bebês e as crianças de até três anos precisam estar acompanhadas de um responsável. Rua Joaquim Antunes, 778, Pinheiros. Telefone: 2362-9303 http://mamusca.com.br/
Casa do Brincar Oferece para crianças de 0 a 6 anos brincadeiras educacionais e culturais, entre elas, leitura, narração de histórias, parede de escalada, instalações etc. A programação é atualizada mensalmente e não há agendamento ou matrícula. É só chegar e brincar. Rua Ferreira de Araújo, 388, Pinheiros. Telefone: 3032-2323 http://www.casadobrincar.com.br/site/
Start Espaço de pensamento criativo, a proposta é proporcionar às crianças contato mais profundo com a arte com aulas de jardinagem, culinária, teatro e dança. Há também aulas de inglês em parceria com a Universidade de Cambridge. Rua dos Macunis, 180, Pinheiros. Telefone: 3097-8406. http://www.startarte.com.br/
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Familiarte das para cada um deles. Para isso, todo detalhe foi planejado – das oficinas culturais à concepção arquitetônica do lugar – para oferecer espaços integrados para a livre expressão das crianças. “Temos uma construção feita com blocos e tubulações aparentes que é cenário para que móveis, objetos vintage e brinquedos antigos tragam aquela cara de ‘casa da vovó’”, conta Elisa. A vontade de criar o espaço junto com outra sócia bateu quando Elisa se tornou mãe e notou a necessidade de existir um lugar de convivência em comum para os pais e os filhos pequenos. “Não pensava neste segmento antes de fazer parte dele. Além da nossa experiência, buscamos informações com nossos amigos e seus filhos para descobrir o que um espaço como esse deveria ter”, relata. Já Paula Santos Soares, sócia proprietária do Famíliarte diz que o objetivo é receber as crianças no período pré ou pós-escolar. “Nossa proposta é ser mais acolhedor do que a
escola. É desenvolver a cultura do brincar para as crianças de todas as idades, abrangendo também todo o grupo familiar”, explica. A cada hora, o Familíarte realiza uma atividade com um grupo de no máximo 10 crianças, mas com idades diversas. No espaço há um quintal com árvores para as crianças escalarem como pitangueiras, amoreiras, balanço de pneu e oficinas artísticas. “Fazemos um convite para as pessoas encararem brincadeiras como uma riqueza e ficarem mais atentos ao presente e ao processo do que ao resultado final. Afinal, o brincar não tem regras”, ressalta. Assim como não há regras na hora de se divertir, elas também não existem para os adultos participarem. Segundo Elisa, o fluxo de pais é cada vez maior e interessante. “O pai moderno e participativo realmente existe. Há também aqueles que querem se conectar mais com os pequenos e não sabem o caminho. Por isso ajudamos com atividades que ensinam a contar histórias e até um curso de primeiros socorros”, finaliza.
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A execução da Estratégia e a “Era das Incertezas”
Renê Guedes É formado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), pós-graduado em Economia Empresarial pela FEA/FIPE – Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP), “Master” em Economia e Planejamento pela Universidade de Grenoble (França), além do curso de Execução da Estratégia pela London Business School (Inglaterra).
O mundo atual é um inventário de incertezas que assusta Executivos e Empreendedores. Segundo o grande economista americano John Galbraith, vivemos uma “Era de Incertezas”, ou seja, um ponto determinado na história onde as revoluções econômicas e tecnológicas se encontram com novos paradigmas sociais e culturais, criando um momento de extrema tensão e indefinição. E se, nas cartilhas da teoria da administração, as variáveis costumam ser bem conhecidas, em nossa instável realidade elas são, muitas vezes, oblíquas e indeterminadas. contato@ideasgs.com.br www.ideasgs.com.br Finais de ano são angustiantes para quem tem a responsabilidade de conduzir um projeto, uma equipe ou mesmo uma empresa. É quando a “Era da Incerteza” grita nas páginas dos jornais. E quando se encontra a oportunidade de refletir sobre a estratégia desenvolvida para o seu negócio, avaliando os sucessos e os fracassos da empreitada. Muitas pessoas, em posição de comando, escoradas em seu domínio do assunto e ou processos dominantes na empresa, acreditam profundamente na sua capacidade de adaptar-se às vicissitudes diárias. Acreditam na sua capacidade de mobilizar e conduzir uma equipe que possa entregar os objetivos previamente definidos (nem que seja unicamente por ele mesmo), mesmo que “desvios” e “correções” aconteçam durante a vigência daquele planejamento. Mas é ai que as coisas complicam. É, nesse momento, que as incertezas podem definir a continuidade (ou não) de uma empresa ou projeto. Segundo a consultoria Mckinsey, em pesquisa realizada anos atrás com os seus principais clientes globais, 90% dos projetos e iniciativas desenhadas e planejadas pelas empresas falhavam. Não se trata mais de como planejar e quais ferramentas metodológicas utilizar. O desafio agora é executar sua estratégia. Segundo a consultoria, 5 fatores contribuem para número tão superlativo de fracassos. São eles: 1. Comunicar a estratégia: quanto mais discutida, explicada e entendida pelo maior número de pessoas da organização, melhor. A execução da estratégia não sobrevive a “pontos cegos”, onde o que é urgente para uns não é, necessariamente, para outros. 2. Tempo dedicado para a execução da Estratégia: O papel não transforma, por mágica, objetivos e definições por si só. Sem a dedicação de todos os envolvidos na execução da estratégia, ela, decerto, fracassará; 3. Fazer o que é necessário: Muitas empresas gastam muito dinheiro e energia, movidos em parte pelo perigoso ego, em acreditar que possuem uma infinita capacidade de execução. No processo de definição da “lista de ações”, definem uma lista épica de atividades, que nem a mais rica e estruturada das organizações poderia fazer frente. 4. Planejar a estratégia e projetar seu orçamento executivo: Um erro grave de muitas empresas é a desconexão entre estratégia e orçamento. O Planejamento orçamentário deve, necessariamente, “nascer” devidamente influenciado pela revisão estratégica. 5. Todos devem se sentir responsáveis pela estratégia: a estratégia é de todos. Se ela fracassa, todos sentem os reflexos. Algumas empresas definem indicadores associados aos objetivos estratégicos da empresa no plano de metas de todos os funcionários; A “Era da Incerteza”, acelerada pelo frenesi tecnológico e transformações socioculturais, impõe uma nova abordagem para os gestores. Uma mudança de paradigma. Logo, não é a existência de boas ideias que mantém uma empresa “no jogo”, mas a sua capacidade de enfrentar as demandas, imposições e restrições num mundo cada vez mais incerto.
‘’O JEANS MAIS DESEJADO DO BRASIL’’